Jornal O DIA

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Editor : DELANO MARTINS - jornalodia@jornalodia.com.br

FORA DA ROTINA

Estudantes devem equilibrar descanso e estudo nas férias Delano Martins Editor

Os estudantes vêm de uma rotina de aulas, aulas e mais aulas. De repente chegam as tão sonhadas férias de final de ano e o momento é para esquecer o mundo e curtir, certo? Errado. Nem sempre férias significam descanso, diversão e viagens. Para os estudantes, principalmente, os que vão fazer vestibular no próximo ano, em geral representam um período de dúvidas: como equilibrar o ócio e os estudos? Como relaxar sem ficar com peso na consciência? Na verdade, segundo educadores, é melhor que cada aluno não se desligue totalmente dos estudos, mas também não deixe de descansar e se divertir durantes os meses de férias escolares. A estudante Amanda Prado vai iniciar o terceiro ano do ensino médio apenas em fevereiro de 2011, mas já está aproveitando as férias escolares de fim de ano para estudar e revisar disciplinas importantes para o vestibular, que fará apenas daqui a um ano. Como o curso sonhado por Amanda é um dos mais concorridos – Medicina – a estudante não quer perder o ritmo de estudo que teve durante todo este ano. “Mesmo de férias estou aproveitando para estudar, principalmente aquelas disciplinas que são específicas para o curso que pretendo fazer vestibular. Quero rever todo o assunto de Biologia e Química do primeiro ano do ensino médio. Essa é uma das minhas metas para as férias”, afirmou Amanda Prado. A estudante explica que o período de férias é até melhor para estudar, já que não possui o compromisso de ter que estudar disciplinas apenas para fazer provas na escola. “Como sou obrigada a estudar outras disciplinas durante as aulas, acho até melhor esse tempo para focar assuntos que mais me identifico e que vou ser mais cobrada no vestibular. Sem essa obrigação, o estudo termina ficando bem melhor do que quando estamos no

Assis Fernandes/O DIA

O equilíbrio entre os estudos, a diversão e o descanso é o fundamental durante o período de férias

“Como sou obrigada a estudar outras disciplinas durante as aulas, acho até melhor esse tempo para focar assuntos que mais me identifico" período de aulas”, frisou. No entanto, as férias de Amanda Prado não são apenas estudo. O descanso também é fundamental para ela. “Eu aproveito para descansar bastante também e me divertir. Na verdade, não faço uma programação muito rígida de estudos. Vou estudando e lendo aquilo que acho melhor e no horário que quero, sem nenhuma obrigação”, explicou a estudante. Para o coordenador pedagógico Francisco Alves manter uma rotina nas férias é o ideal, planejando os estudos e os descansos. No entanto, a medida apropriada varia para cada estudante conforme a sua dedicação até o momento. “Tem aluno que desde o início do ano mantém a matéria em dia estudando em casa o que foi dado em sala de aula. Esses podem pegar mais leve nas férias. O outro perfil é o do estudante menos disciplinado, que não fez os exercícios em casa e então precisará correr atrás do prejuízo para que inicie o próximo ano sem dúvidas em relação aos tópicos já passados no ano anterior”, ressaltou Francisco Alves. O coordenador afirma que não é para os alunos estudarem mais do que estão acostumados. “Não é possível recuperar a matéria de um ano inteiro em um mês. As férias podem servir como um complemento para a preparação, mas não irão substituir o tempo perdido”, disse.

amanda prado aproveita as férias para rever assuntos de anos anteriores, mas não se esquece do repouso

Confira as dicas para aproveitar AS férias 1. Crie uma rotina, assim como na época de estudos: tenha hora para acordar, estudar, descansar, se alimentar; 2. Não fique o dia inteiro estudando nem se desligue totalmente do vestibular: equilíbrio é a palavra-chave; 3. Não adianta aumentar a carga de estudo nas férias e voltar mais cansado para o segundo semestre. Preocupe-se em repor as energias para os próximos meses; 4. Focar a matéria na qual se tem mais dificuldade é uma boa pedida nas férias,

mas não fique apenas nela: é preciso rever o conteúdo das demais disciplinas 5. Não é produtivo estudar por horas seguidas apenas uma matéria. Alterne o conteúdo de hora em hora;

cujo conteúdo se relacione com história, geografia, literatura. Também dá pra estudar vendo peças de teatro, exposições de arte, lendo história em quadrinhos e assistindo à televisão;

6. Se for viajar, se concentre na viagem: não leve livros e apostilas. É o momento para aproveitar o descanso, a família, os amigos;

9. Aproveite as férias para dormir um pouco mais que na época de aulas, mas oito horas já são suficientes para repor as energias;

7. Na viagem, dá para estudar mesmo sem levar livros e apostilas: aproveite para visitar museus e lugares históricos;

10. Praticar atividades físicas é importante tanto nas férias quanto no período normal de aulas. Aproveite as férias para praticá-las com mais frequência, duas ou três vezes por semana.

8. Concilie diversão e estudo: veja filmes

Boas leituras são imprescindíveis durante as férias, diz pedagoga “Não dá pra se desligar totalmente dos estudos durante as férias. É preciso equilibrar momentos de descanso com estudo”, afirma a pedagoga Alderina Marreiro. O período de férias, segundo ela, deve ser fundamental para que os estudantes possam repor as energias. “Aproveitar o tempo para viajar e se divertir não sig-

nifica que o estudo vai ser deixado totalmente de lado. Boas leituras durante esse período são imprescindíveis não apenas para os vestibulandos, mas para os alunos de todas as séries”, afirma. Alderina Marreiro diz ainda que é importante que o estudante aproveite o tempo livre das férias e, principalmente, a

internet para poder ler bastante sobre atualidades, que são assuntos cobrados nos vestibulares. “O conteúdo não acaba em sala de aula. Tudo o que acontece no mundo tem relação com o que se estudou. E isso vai de encontro à interdisciplinaridade, ponto importante nos atuais vestibulares”, frisou. Para ela, manter uma

rotina nas férias é o ideal, planejando os estudos e os descansos. “O estudante precisa diminuir a carga de estudo em relação ao período normal de aulas. Aproveitar as férias para descansar e diminuir o ritmo, para depois voltar com tudo, disposto”, explica a pedagoga. (Delano Martins)

qualidade no ensino jose.gayoso@iqe.org.br José Gayoso - Planejamento e Controle/IQE

Filantropia e Educação Na coluna de hoje abordarei um tema que tem passado por uma espécie de metamorfose morfológica ao longo dos últimos anos. Palavra de origem grega, filantropia significa “amor à humanidade”. No Brasil, assim como em outros países, esse vocábulo está associado à caridade(assistencialismo), ou seja, ao simples fato de doar algo. Com a participação ascendente da sociedade civil brasileira nas causas sociais, seja financiando diretamente projetos ou cobrando da gestão públi-

ca maior eficácia nos gastos realizados, o emprego da palavra filantropia tem sido substituído pela expressão “investimento social”. Cabe aqui definir para o leitor o significado atribuído à expressão investimento social - “O investimento social privado é o uso voluntário e planejado de recursos privados em projetos de interesse público. Ao contrário do que muitos pensam, o investimento social privado não deve ser confundido com assistencialismo.” Exemplos do engajamento da

sociedade em projetos sociais têm sido frequentes. No Piauí, podemos citar o projeto intitulado “Aliança”, com encerramento previsto para fevereiro/2011. Ação coordenada entre IQE (Instituto Qualidade no Ensino), Estado (através da Secretaria Estadual de Educação) e empresários piauienses (Aliança Pró-Educação), esse Programa beneficiou 65 escolas da rede estadual em Teresina, com foco nos anos iniciais do ensino fundamental. Ao longo de três anos, foram qualificados 561 professores e 24 “formadores” (professores nomeados pela Secretaria e qualificados pelo

IQE com o intuito de perpetuar na rede de ensino a tecnologia educacional desenvolvida). Os resultados do Programa “Aliança” falam por si: os 14 mil alunos participantes apresentaram nota na última “Prova Brasil” (resultado publicado pelo Ministério da Educação em julho/2010) igual a 5,01, superando a nota obtida pelo restante da rede estadual (nota = 4,76). Experiências exitosas como essa merecem ser replicadas no Piauí. Alunos melhores qualificados no ensino fundamental constituir-se-ão em melhores alunos no ensino médio, que por sua vez

lograrão patamares mais elevados de proficiência no ensino superior. Esse ciclo gera cidadãos mais capazes e produtivos, fomentando na sociedade a geração de riqueza, inovação e crescimento. O Poder Público, por sua vez, também tem procurado apoiar, através de legislação específica, um maior envolvimento da sociedade nas questões sociais. A Lei 8069/1990, no seu artigo 260º, possibilita às pessoas físicas e jurídicas contribuírem para o financiamento de projetos, desde que aprovados e inscritos nos Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do

Adolescente. O valor doado é abatido diretamente do imposto de renda devido pelo contribuinte, respeitando-se os limites estabelecidos pela Lei. Nos países com resultados na educação pública superiores aos obtidos pelo Brasil, observamos um envolvimento intenso da sociedade na vida estudantil, constituindose a participação dos pais dos alunos fator precípuo na cobrança contínua por uma melhora do processo ensinoaprendizagem. Isso colocará definitivamente o investimento social privado na pauta de prioridades da sociedade brasileira.

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Jornal o dia Quarta, 22/dezembro/2010

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