30 dias de oração pelos muçulmanos

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guia de oração

30 dias

de jejum e oração pelos muçulmanos


Algumas

sugest천es para participar desta


sta campanha enfatiza o amor de Deus pelos muçulmanos. Encorajamos todos os crentes em Jesus a cultivarem um espírito de humildade, respeito, amor e serviço para com os islâmicos. Afinal, eles precisam de Cristo, a paz que liberta. Orar e jejuar durante o mês do Ramadã não significa que concordamos com as práticas islâmicas. • Reserve um tempo pela manhã, em sua devocional, para ler a Bíblia e orar pelos povos correspondentes em cada dia do mês. • Dentro da campanha, reserve ao menos um período para jejuar. O jejum não significa ficar longos períodos sem alimentação, mas se privar daquilo de que você mais gosta durante um determinado tempo. • Dedique um período da reunião de oração da igreja para orar pelos povos muçulmanos. • Destine um tempo do culto, da Escola Bíblica Dominical, da reunião de jovens ou dos estudos bíblicos domésticos para interceder por um ou mais povos islâmicos. • Use as informações deste livro para interceder durante vigílias de oração, retiros ou em um congresso missionário. • Compartilhe esta campanha e todo o seu material com membros de outras denominações. Promova reuniões de estudo e oração por estes povos. Certamente o Senhor colocará um destes povos no coração da igreja. Escreva para pam@jmm.org.br e descubra se há algum projeto missionário para alcançar este povo.


Apresentação

[Apresentação]

Desafiamos você a orar pelos muçulmanos durante o Ramadã, mês sagrado do islamismo, que em 2012 começa em 20 de julho e termina em 18 de agosto. Nos últimos anos, cristãos de todo o mundo se unem nesta ação para ver os seguidores de Alá libertos e salvos por Cristo. Os resultados testificam o poder da oração: muçulmanos de todas as partes do mundo têm se rendido ao poder do Evangelho e se transformado em testemunhas do verdadeiro Deus entre seu povo.


religião islâmica subsiste a partir de cinco práticas que exige de todos os seus seguidores. Essas práticas também, conhecidas como os cinco pilares do islamismo, são as seguintes: 1 – SHAHADA Trata da aceitação e recitação do credo islâmico, que se resume na expressão: “Somente Alá é Deus e Maomé é o seu mensageiro”. 2 – SALAT Trata-se da prática diária da oração. Os muçulmanos devem orar em um lugar limpo, voltado na direção da cidade de Meca, cinco vezes por dia, nos seguintes horários: • • • • •

ao alvorecer depois do meio-dia entre meio-dia e o pôr do Sol logo após o pôr do Sol aproximadamente uma hora após o pôr do Sol

3 – ZAKAT Trata-se do pagamento de dádivas rituais, nomalmente no valor de 2,5% dos rendimentos dos muçulmanos devem ser calculados para obras de caridade e serviço religioso. 4 – SAUM O jejum ritual acontece no mês do Ramadã, quando, do alvorecer até o fim de cada dia, os muçulmanos, com exceção dos idosos e das crianças, devem se abster de comida, fumo, relações sexuais e pensamentos negativos. 5 – HAJJ Trata-se da peregrinação à cidade de Meca, que o muçulmano com saúde e condições financeiras precisa fazer pelo menos uma vez na vida.


Ao comprometer-se e esforçar-se por observar estas cinco práticas, o muçulmano sente-se em situação regular com a sua religião. Dos cinco pilares, o mais significativo do ponto de vista da religiosidade pessoal é o jejum do Ramadã. Ramadã é o nono mês do calendário islâmico. Nesse período de 30 dias, os muçulmanos se dedicam principalmente à oração, jejum e caridade. Eles consideram este um período sagrado porque creem ter sido nele que o profeta Maomé recebeu de Alá a revelação dos primeiros versos do Alcorão, o livro sagrado do islamismo. A religião muçulmana utiliza um calendário lunar, que começou com a Hégira (ou fuga do profeta Maomé para a cidade de Medina), no século VII. Por ter 11 dias a menos que o calendário ocidental, o início do Ramadã sempre varia a cada ano. Em 2012 (ou 1433 para os muçulmanos), o Ramadã acontecerá durante o verão no Hemisfério Norte e durante os Jogos Olímpicos de Londres, o que torna um desafio a mais para os atletas que professam a fé islâmica por causa do jejum durante o dia. Este livro apresenta 30 povos de maioria muçulmana e, portanto cumpridores das obrigações do Ramadã e dos outros quatro pilares do islamismo. Reserve cada dia do mês sagrado dos muçulmanos para orar por um desses povos, representantes de uma multidão de cerca de 1,5 bilhão de pessoas que ainda caminham sem Cristo. Vamos formar uma verdadeira corrente de oração e fazer com que muçulmanos em busca da revelação de Deus durante a chamada Noite do Poder, a 27ª noite do Ramadã, possam ter um encontro com o verdadeiro e único Deus. Eles precisam entender que Jesus Cristo é o Filho de Deus e que só o Seu sangue nos purifica do pecado. A religião islâmica tem Jesus Cristo apenas como um dos seus cinco principais profetas, ao lado de Abraão, Noé, Moisés e Maomé.


O islamismo dá maior relevância aos ensinamentos de Maomé (que teria vivido entre os anos 570 e 632 d.C.), que acreditava ter vindo ao mundo completar a mensagem de Jesus e dos demais profetas. Nossa missão é promover o encontro dos muçulmanos com o Senhor Jesus, o Messias. Nossa oração é que nesta campanha você se sinta profundamente tocado pelo compromisso de orar pela libertação espiritual dos povos muçulmanos, que também precisam da paz que liberta. Procure se imaginar andando pelas ruas de cada país dentre tantos sobre os quais você lerá neste livro. Imagine-se vivendo ali como um cristão, enfrentando todas as perseguições e pressões em função da sua fé. Ao fazer isso, certamente seu coração se encherá de compaixão pelo povo de cada etnia. Você vai descobrir quantos países a respeito dos quais você jamais ouviu falar, e vai se comover e entriscer ao constatar como avançou o processo de islamização de países da África, da Ásia e do Oriente Médio. Você vai ler ainda histórias emocionantes de missionários que vivem para levar Cristo, a paz que liberta, aos muçulmanos e curiosidades sobre este período de jejum. E aí será o momento de você se imaginar ao lado de cada missionário, acompanhando-o no trabalho de evangelização, enfrentando ao lado dele todas as dificuldades que lerá neste livro. Deus há de falar profundamente ao seu coração, por isso esperamos que você siga o plano de um mês de oração e alimente em sua alma um espírito de humildade, respeito, amor e serviço para com os muçulmanos. Encontre formas criativas para envolver o maior número possível de pessoas neste foco de oração. Junte-se a nós neste grande movimento de jejum e oração.


Oração e Jejum


s experiências espirituais, por mais arrebatadoras que sejam, não nos são normativas. A Bíblia é que o é. O princípio se aplica ao tema do jejum, que nos ajuda a expressar, aprofundar e confirmar que estamos prontos para nos sacrificarmos para alcançar o que buscamos para o Reino de Deus. O jejum é uma prática voluntária, na decisão e na extensão. Não é requerida por Deus, a exemplo do celibato e do martírio. Muitos homens e mulheres da Bíblia (e da história cristã) jejuaram, como Davi (Salmos 35 e 109), mas nela não encontramos Deus nos pedindo jejum. Nem mesmo Jesus o fez. O jejum não amarra a Deus. Não façamos como os contemporâneos de Isaías, que perguntavam por que o Senhor não reparava o jejum deles (Isaías 58.3). Jesus não recomenda o jejum, mas parte do pressuposto que seus seguidores o fazem e nos adverte do perigo implícito da vaidade que pode acompanhar a abstinência. “Quando jejuarem, não mostrem uma aparência triste como os hipócritas, pois eles mudam a aparência do rosto, a fim de que os outros vejam que eles estão jejuando. Eu lhes digo verdadeiramente que eles já receberam sua plena recompensa. Ao jejuar, arrume o cabelo e lave o rosto, para que não pareça aos outros que você está jejuando, mas apenas a seu Pai, que vê em secreto. E seu Pai, que vê em secreto, o recompensará” (Mateus 6.16-18). Quantos cristãos sinceros conheço que jejuam? Nenhum. Por seguirem à risca todas as instruções de Jesus sobre a prática, os cristãos sinceros que jejuam não permitem que os outros fiquem sabendo que eles jejuam. É por isto que não conheço nenhum cristão sincero que jejue. Quer jejuar? Jejue, mas não me diga, nem me deixe saber. Jejum não é uma prática constante; a oração, sim. Jesus respondeu: “Como podem os convidados do noivo ficar de luto enquanto o noivo está com eles? Virão


dias quando o noivo lhes será tirado; então jejuarão” (Mateus 9.14; Marcos 2.18-20; Lucas 5.33-35). Portanto, o jejum espiritual é companheiro da oração. Sem ela, tem efeitos medicinais ou de autodisciplina, mas não espirituais. Jejum faz parte do processo de santificação, não sua negação. E santificação se evidencia na busca pela obediência a Deus, no relacionamento com Ele (humildade e pureza para a intimidade com Deus e com o próximo, respeito e misericórdia para a produção da injustiça). O jejum pode acompanhar, como demonstração concreta, nosso arrependimento dos pecados, nossos e dos outros. Jejuar é abster-se do essencial (alimento durante um período determinado), mas também de todo desperdício. Jejum tem a ver com o quanto comemos (quando surgiram as balanças nos restaurantes, descobri, para minha vergonha, quantos gramas eu comia no almoço), com o que gastamos o nosso dinheiro, com as prioridades de nossa agenda diária, com o destino (quantas digo que não deveria ter dito!) de nossas palavras. Jejuar é também não comer em excesso, não reter recursos (dinheiro, talentos, dons) que foram entregues à nossa administração, não deixar a noite simplesmente ir vencendo o dia (como se não houvesse um propósito para a vida). Podemos precisar de um jejum como uma forma de intercessão, que é oração pelos outros, dentro e fora da família. Davi orou e jejuou por seu fi lho e não foi ouvido. “Davi implorou a Deus em favor da criança. Ele jejuou e, entrando em casa, passou a noite deitado no chão” (2Samuel 12.16). Esdras jejuou em favor de uma missão próxima. “Ali, junto ao canal de Aava, proclamei jejum para que nos humilhássemos diante do nosso Deus e lhe pedíssemos uma viagem segura para nós e nossos filhos, com todos os nossos bens. (...)


Por isso jejuamos e suplicamos essa bênção ao nosso Deus, e ele nos atendeu” (Esdras 8.21-23). Podemos precisar de um jejum como um tempo de conexão maior com Deus para podermos ser por Ele orientados. “Alarmado, Josafá decidiu consultar o Senhor e proclamou um jejum em todo o reino de Judá” (2Crônicas 20.3). O jejum de alimento não é para todos. O jejum de alimento é para quem tem saúde capaz de resistir, sem dano, a um longo tempo sem ingestão de comida. Os outros jejuns são para todos. Sem ignorar o valor do jejum de alimentos, alguns de nós precisamos (e esta é uma decisão que vem do coração que se conhece e não se engana) de outros jejuns. Jejum tem a ver com a boca, mas não só com a boca, porque também com os olhos, com as mãos e com o bolso. Quem sabe, alguns precisemos de um jejum de palavras. Jejua de palavras quem, sabendo o poder delas, abstém-se de as dizer. O jejum de palavras termina em não dizer, mas começa em não pensar, que começa em não desejar. Se você não deseja comentar a vida de alguém, aí começa o seu jejum. Se você não pensa mal de alguém, você não fala mal de alguém. Ouça suas próprias palavras e meça como está o seu coração. Quem sabe, precisemos alguns de nós de um jejum de ódio. Tem sobrado ódio em nossos corações, por que não um jejum de ódio? Tem sobrado egoísmo em nossas práticas, por que não um jejum de egoísmo? Tem sobrado curiosidade cúpida em nossos olhares, por que não um jejum de olhar? Tem sobrado julgamento (do outro) em nossa razão, por que não um jejum de razão? Tem sobrado palavras que não edificam (a nós mesmos e aos outros) em nossos lábios, por que não um jejum de palavras? Tem sobrado críticas às ações dos outros, por que não um jejum de críticas?


De que você precisa jejuar? • De alimentos, para não ser dominado por eles e ter mais tempo para Quem deve controlar suas vontades? Jejue deles. • De desejos, que afastam você da busca maior de sua vida? Jejue deles. • De pensamentos de autopiedade, ao não se sentir amado? Jejue deles. • De sua autossuficiência, que o torna um idólatra de si mesmo? Jejue dela. • De palavras que sujam? Jejue delas. • De tristeza quando não é reconhecido? Jejue dela. • De que mais? Jejue. Talvez estas espécies de práticas, de tão enraizadas, só deixarão você com oração e jejum (Mateus 17.21). Israel


[Convers達o]

Convers達o em noite do Ramad達

[Ramad達]


u venho de uma família islâmica e somente pela graça de Deus pude conhecer o Salvador Jesus. Admiro o trabalho dos missionários que conseguem trazer as pessoas até Jesus e anunciar o Evangelho. Recebi Jesus como Salvador no momento da oração islâmica, quando eu seguia os rituais muçulmanos. Eu sabia que o Senhor me amava, e que eu deveria segui-Lo. Esta certeza me acompanhava desde a primeira vez que Ele apareceu para mim e mostrou-se como o Caminho, a Verdade e a Vida. Oro pelos meus familiares que ainda são muçulmanos. Tenho dois irmãos que já creem em Jesus e outro que abriu o coração para receber Cristo como Salvador. No entanto, o contexto no país onde moro é de vida comunitária; ainda é necessário algum tempo para que eles tenham a coragem de professar publicamente a fé no Salvador. Sou missionária em um país de maioria muçulmana. Não posso dizer onde moro, porque aqui há risco de morte para aqueles que pregam a Palavra de Deus. Eu tinha 16 anos quando vi Jesus pela primeira vez. Eu sempre jejuava durante o Ramadã e, como mulher, orei para que não menstruasse naquele período, porque do contrário não poderia ir à mesquita orar e tampouco jejuar. Louvo a Deus porque até a chamada Noite do Poder daquele Ramadã eu não menstruei e pude orar. Os muçulmanos creem que neste dia Deus atende a todas as orações. Eu coloquei diante do Senhor o meu questionamento: “Será que os rituais religiosos que estou fazendo são mesmo verdadeiros?”. Eu não conseguia entender como, apesar de jejuar e orar, poderia ser fiel a Deus com o coração cheio de amargura. Eu tinha raiva até da minha mãe. Naquela noite, orei e chorei diante de Deus. Eu falei: “Deus me mostre o caminho da verdade.


Não quero ir para o inferno por não conhecer a verdade. Isso não é justo. Eu não andarei mais com o senhor, se o senhor não me mostrar o caminho da verdade nesta noite”. Eu não imaginava que essa oração seria ouvida por Deus. O meu corpo ainda estava prostrado, quando senti algo reluzente diante dos meus olhos. O rosto não era tão claro para mim, mas ele usava uma veste branca. Eu sentia que era Isa Al Masih (Jesus Cristo). Um temor tomou conta de mim naquele momento. Ele estendeu suas mãos para mim e disse-me: “Segue-me!”. Não entendia como Jesus poderia falar com uma muçulmana. Pensei que estivesse ficando louca. Eu estava muito confusa, quando Ele me disse outra vez: “Segue-me!”. Só no Seu terceiro chamado entendi que poderia obedecer a ordem. Como eu buscava a Deus naquele momento, decidi segui-Lo e mudar minha atitude que era de altivez e orgulho. Se Deus me mostrou o caminho, eu deveria segui-Lo. Como fi lha mais velha, logo pensei o que seria de meus irmãos e como minha família agiria quando descobrisse que eu havia me tornado cristã. Mas ao pensar que Jesus era o Caminho, a Verdade e a Vida, a paz superabundava em meu coração. Finalmente decidi: “Sim, Senhor. Eu quero segui-Lo. Não importam as consequências”. Entregar minha vida a Jesus foi como tirar uma carga do meu corpo. Uma alegria indescritível tomou conta de mim e desde então sinto-me como se fosse outra pessoa. Minha experiência de conversão não foi fácil. A comunidade em que vivia não gostou da minha decisão de aceitar Jesus. Por aqui muitos creem em Jesus, mas poucos são os que se mantêm fiéis por causa da vida social.


Os muçulmanos convertidos ao cristianismo geralmente perdem seus amigos. Eu mesma não me relaciono com toda a minha família. Nos vemos apenas em ocasiões sociais de fachada. Como nos diz a Palavra de Deus que temos que anunciar a sua glória às muitas ilhas, em minha nação há muitas ilhas, muitas culturas, povos e etnias. O Senhor voltará quando os povos ouvirem a Boa Notícia. Espero que muitos missionários venham anunciar o Evangelho aos que nunca o ouviram. Os missionários que servem por aqui têm uma tarefa bem difícil. Eles têm que se adaptar a uma terra diferente, línguas diferentes, comidas diferentes. Eles precisam da força e sabedoria de Deus e estratégias para chegar aos não alcançados. Eles precisam do seu apoio financeiro e em oração. Deus pode fazer coisas extraordinárias através da sua vida. Como ouvirão se não há quem pregue, e como pregarão se não forem enviados para os povos mais distantes? Ore, venha e contribua. Dini


Uma experiência que virou rotina m 2012, como no ano passado, o Ramadã acontece em pleno verão no Oriente Médio, começando por aqui entre os dias 20 e 23 de julho, sempre dependendo da aparição da Lua. Aqui, durante o Ramadã, presenciamos o peso espiritual desse mês com as respectivas mudanças de comportamento do povo. É um tempo de muita tensão e nervosismo, devido à abstinência do cigarro, da bebida alcoólica e da carne de porco. A tradição ordena, também, abstenção de calúnias e fofocas, de perfume e até mesmo de ficar irritado ou olhar alguma coisa ilegal. Para os mais de 1,5 bilhão de muçulmanos em todo o mundo este é um mês especial para reflexão e devoção a Alá. Do nascer ao pôr do Sol, por 30 dias, os muçulmanos se abstêm de coisas carnais e são conclamados a fazer orações especiais à noite, nas chamadas tarawih, que consiste numa sequência de 20 orações, geralmente feita coletivamente. Estamos no Oriente Médio desde 2006 como missionários dos batistas brasileiros. No outono daquele ano, no primeiro dia do Ramadã, eu estava num ponto da cidade quando vi um grupo de homens nos arredores de uma mesquita, olhando para o céu, cumprindo assim o que diz o Alcorão: “A lua do Ramadã, durante a qual descendeu do alto o Alcorão para servir de direção aos homens, de explicação clara dos preceitos, e de distinção entre o bem o mal; é o tempo que deverás jejuar. Todo aquele que ver esta lua deve se dispor a jejuar” (Sura II 181). A partir daquele dia, todo o povo, após ouvir a voz do líder da mesquita anunciar o início do jejum (aproximadamente às 4h30), cumpriria o que a tradição manda: “O jejum consiste em absterse – do nascer ao pôr do Sol – das seguintes ações:


comer, beber, fumar, perfumar-se e ter relações sexuais. Quando o Sol se pôr e durante a noite todas essas ações voltam a ser permitidas”. Para nós, tudo já era diferente na manhã seguinte: o comércio fechado, o trânsito mais lento e com o ânimo dos motoristas bem alterado; algumas pessoas cuspindo nas ruas para não ingerirem sequer a saliva, enfim, já não era o mesmo que no dia anterior; tudo parecia estar em marcha lenta. E o pior foi ver tudo se repetir igualmente, durante 30 dias. O mais difícil era observar as crianças. Elas não são obrigadas a praticar o jejum, mas como querem mostrar que são responsáveis (principalmente os meninos) também o praticam. Certa vez, estávamos numa feira livre e vimos dois meninos deitados à sombra de uma barraca de roupas buscando poupar forças até ouvirem a chamada da mesquita decretando o fim do jejum daquele dia. Um mês triste! Mês que em nome da fé, vimos um povo, apesar de todo o sacrifício e devoção, estar ainda mais longe de Deus, crendo nas declarações islâmicas. Foi assim durante todo aquele mês: os mesmo ritos, nos mesmos horários, tudo da mesma maneira, até que chegou o seu fim. Este foi estabelecido quando testemunhas de “crédito” afirmaram ter visto a lua nova do mês seguinte e assim o certificaram. E aí começou uma festa que durou quatro dias, a qual é a maior do ano. Caleb


Alta tensão “Receber o mandamento de amar a Deus acima de tudo, ainda mais estando no deserto, é como receber a ordem de sentir-se bem quando se está doente, cantar de alegria quando se morre de sede, correr quando as pernas estão quebradas. Este, porém é o primeiro e o maior mandamento. Mesmo no deserto – especialmente no deserto – devemos amá-lo.” - Frederick Buechner

o ano de 2008 éramos missionários no Norte da África, uma região majoritariamente muçulmana, onde vivemos a experiência de passar pelo Ramadã. Neste período todo o mundo árabe gira em torno dos afazeres do jejum islâmico. Tudo muda em apenas um mês: o tipo de comida, a hora da refeição, a religiosidade das pessoas... Tudo é muito intenso. As mesquitas ficam lotadas no momento de orações e pessoas leem o Alcorão durante todo o dia. Até os que fumam e bebem deixam seus maus hábitos durante este período. Os horários dos transportes, comércios, repartições públicas, tudo se adapta ao Ramadã. Uma das principais mudanças pode ser constatada no humor das pessoas. Tornam-se ainda mais frequente as discussões, brigas e insultos em lugares públicos e nos lares. As pessoas ficam com os nervos “à flor da pele”. Ninguém está preparado para passar todo o dia sem comer, beber e até mesmo engolir uma saliva. O hábito de cuspir passa a ser maior. O trânsito, que já é complicado, se torna ainda pior. Pedestres e motoristas com pressa, cansados e tensos. É uma explosão de nervos.


O mês sagrado do Ramadã se tornou uma simples obrigação a ser cumprida todos os anos. No geral, as pessoas não veem a hora de chegar o último dia para se vestirem com suas melhores roupas, visitar os familiares e terem a liberdade de comer normalmente durante todo o dia, e não somente na madrugada, horas antes do sol nascer, como determina o Ramadã. Ore por tantas pessoas que buscam agradar um deus ao qual nem elas sabem se existe mesmo. Ore pelos cristãos locais que passam por um momento muito difícil neste período por se recusarem a jejuar como os muçulmanos. Interceda também pelos missionários que trabalham com povos islâmicos e que sofrem muita pressão espiritual neste período. Davi e Ester


Ramadã na Albânia oi em um Ramadã que convocamos a igreja para orar e jejuar para que o Senhor se revelasse aos muçulmanos e que, através do nosso jejum, pudéssemos ficar mais atentos às palavras da Bíblia e buscarmos uma santidade maior. No final do mês do Ramadã, na chamada Noite do Poder, eu estava andando pela calçada na cidade onde atuei como missionário na Albânia e de repente um homem barbudo, que se apresentou como irmão do imã da mesquita, me pegou pelo braço e me levou para um local próximo. Naquele momento, pensei que algo ruim aconteceria comigo, mas ele tinha me chamado apenas para um café… O homem ficou por mais ou menos 20 minutos falando sobre assuntos desinteressantes, apenas para passar o tempo. Então eu perguntei a ele: – O que o senhor quer de verdade? O irmão do imã respondeu: – Pastor, nesta noite meu fi lho de nove anos teve um sonho com o senhor, e o senhor sabe que ele tem um câncer na perna – me disse o homem. – Como foi o sonho? – perguntei. – Ele sonhou que o senhor ia a nossa casa e colocava suas mãos sobre a perna dele e orava por ele. Pedi, então, que o homem me contasse novamente o sonho para ver se era realmente o que eu tinha entendido, e ele deu o mesmo relato. Mais que depressa fui com o homem até a casa dele, e logo a esposa trouxe o menino que estava com câncer na perna. O garoto quase não conseguia andar direito, muito menos praticar qualquer atividade física. A perna estava enfaixada, e eles começaram a tirar


as bandagens, e conforme elas iam saindo, escorria sangue misturado com pus, além de exalar mau cheiro. Imediatamente pus minhas mãos sobre a enfermidade e orei pedindo ao Senhor que enviasse Seus anjos e curasse aquele menino, tirando o sofrimento dele. Ao final da oração, eu falei: – Que toda a doença saia dessa perna. Em nome de Jesus, amém. E todos os presentes também disseram: – Amém! Isso já é um milagre, pois estávamos orando em nome de Jesus, e eles eram muçulmanos. Após a oração, fomos todos lavar as mãos e a perna do menino, mas aparentemente nada de especial tinha acontecido com ele. Dias depois, o câncer secou, e o garoto passou a fazer parte de um nossos times de futebol na nossa escolinha na Albânia. Louvado seja Deus por Seu poder e graça sobre o homem.

Henrique


Povos isl창micos


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Os alauítas são um grupo étnico-religioso no Oriente Médio concentrado principalmente na Síria, onde constituem cerca de 10% da população e onde também dominam as estruturas políticas. No país, a minoria governante alauíta vive em confl ito com a maioria islâmica sunita. Os alauítas têm celebrações principais como a Festa do Sacrifício (segundo a tradição islâmica, a data marca o sacrifício de Ismael por Abraão) e o Ramadã. Seguem a lei islâmica e estão sujeitos a determinadas práticas do islamismo ortodoxo, como as restrições alimentares. Apesar das constantes difamações pelas demais seitas do islamismo contra a doutrina alauíta, dizem não serem vistos como membros do islã, embora eles se considerem muçulmanos xiitas.


Oro hoje, Senhor, pela libertação dos alauítas, para que entendam que Jesus é o cumprimento e o fim da lei. Peço, Senhor, que eles enxerguem que Deus os ama e os entregou Seu único Filho, Jesus, para restabelecer Seu relacionamento com todos os homens, independentemente de origem, cor ou raça. Oro também, Senhor, pelo testemunho dos Seus servos nesta região, para que as portas se abram para a pregação da verdade do Evangelho. Que a Sua Palavra opere o milagre da cura interior nos locais onde a intolerância religiosa produzida pelo ódio dos homens tem ferido o coração dos alauítas. Abençoa, Senhor, os crentes nesta região. Dê força e ânimo para enfrentarem os momentos de perseguição. Protege os Seus servos que habitam ali, para que testemunhem da Sua fé, com liberdade e ousadia! Em nome de Jesus. Amém.


A Albânia, onde está a maioria dos albaneses, já foi ocupada por vários outros povos ao longo de séculos. Em 1912, o país conquista a independência do Império Otomano, porém o Kosovo fica com a Sérvia, apesar da maioria albanesa da província. Nos últimos anos, o povo albanês esteve na mídia por causa dos confl itos em que esteve envolvido. No Kosovo, uma província sérvia, a maioria albanesa luta por independência. O separatismo levou a uma guerra no final da década de 1990. O apóstolo Paulo esteve na Ilíria (atual Albânia) em uma de suas viagens missionárias, como ele mesmo diz na carta aos Romanos 15.19: “…de modo que desde Jerusalém e arredores, até a Ilíria, tenho divulgado o evangelho de Cristo”. Existe uma pequena comunidade cristã entre os albaneses. No entanto, os muçulmanos albaneses ainda não são considerados alcançados e há poucas igrejas.

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Os albaneses são os integrantes de um grupo étnico espalhados por países europeus como Albânia, Macedônia, Montenegro e Sérvia, onde estão concentrados no Kosovo. Em todo o mundo, são aproximadamente 8 milhões de albaneses que professam, na grande maioria, a fé em Alá e nos preceitos islâmicos.


Pai amado, intercedo neste dia em favor dos albaneses que vivem na região do Kosovo. Embora visitada no primeiro século por Seu servo o apóstolo Paulo, hoje a Albânia, onde está a maior parte dos albaneses, está quase totalmente tomada pelo islamismo. Senhor, precisamos prosseguir e avançar com a meta de levar a revelação especial de Deus em Jesus Cristo a todo o povo do Kosovo. Meu Deus, em meio a tantos conflitos e guerras, o povo albanês necessita ser impactado, com a máxima urgência, pelo anúncio da mensagem de Cristo, a paz que liberta. Desperte, Senhor, vocacionados cheios de amor e obstinação pela evangelização no Kosovo. E permita que o povo de Deus avance na evangelização dos albaneses. Em nome de Jesus. Amém.


Os árabes são um povo cuja história se confunde com o início e expansão do islamismo. O povo árabe é originário da Península Arábica, onde há vastas regiões desérticas, dificultando o plantio e criação de animais, fazendo com que seus habitantes se tornassem nômades. Hoje existem mais de 400 milhões de árabes no mundo que vivem, em sua maioria, em países no Oriente Médio e Norte da África. Apesar de a religião muçulmana ter começado no século VII e ter se tornado uma característica marcante da cultura árabe, muitas pessoas se confundem ao se referir aos árabes e ao islamismo. De fato, o povo árabe espalhou a religião islâmica – e a língua árabe – pela África, Ásia e Europa durante a Idade Média, deixando influências nas culturas dos países dessas regiões até os dias de hoje.

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No entanto, há expressivas comunidades cristãs em países de maioria árabe e islâmica, como Síria e Líbano, onde ortodoxos e maronitas fazem contraponto aos muçulmanos.


Pai celeste, o meu coração chora em favor do povo árabe. Gente carente da Sua graça e da Sua salvação. Sua igreja em países como a Síria e o Líbano precisa muito da Sua proteção e direção. Senhor, em tempos e contexto de tantas guerras, as nações invadidas por uma religião que distancia o homem do Senhor precisam muito ouvir a mensagem de Cristo, a paz que liberta. Obrigado pelo privilégio de já estarmos em algumas nações árabes, anunciando a Sua Palavra, através de missionários enviados do Brasil e de outros da própria terra. Eu peço proteção, saúde e coragem para os nossos missionários nesses países, bem como suplico que o Senhor levante intercessores e vocacionados no Brasil para abraçarem a causa da evangelização dos árabes espalhados pelo mundo. Em nome de Jesus. Amém.


O povo balúchi pertence ao Baluchistão – uma região delimitada a oeste pelo Irã, ao norte pelo Afeganistão e ao Mar Arábico pelo sul. É a rota de invasão histórica para a Índia, que foi atravessada por Alexandre, o Grande (325 a.C.). No final do século XIX, passou para o controle britânico e, em 1947, tornou-se parte do Paquistão. Os balúchis são um grupo étnico supostamente originário do que são hoje a Síria e partes da Turquia e da Ásia Central, além de serem aparentados dos curdos. O balúchi é também a língua falada no noroeste do Irã, o que faz com que alguns os vejam como um povo iraniano. O povo balúchi é predominantemente muçulmano sunita, embora haja também entre eles xiitas e outras correntes islâmicas de menor influência. Aproximadamente 70% dos balúchis vivem no Paquistão, com outros 20% residentes no sudeste do Irã. A população total é estimada em cerca de 4.800 pessoas que precisam conhecer a graça do Pai.


Senhor amado, o desafio de alcançar o mundo para Cristo nos coloca diante de comunidades e das mais variadas, distantes e peculiares etnias. Hoje eu quero orar em favor dos balúchis. O Senhor sabe que o islamismo já está arraigado na cultura daquele povo, em especial no Paquistão, país de localização estratégica que uma vez alcançado pelo Evangelho pode ser responsável pela evangelização de toda uma grande região hoje tomada pelos muçulmanos. Embora poucos em número, cada balúchi precisa ser liberto das algemas da religiosidade e resgatado da escravidão do pecado, sendo trazido aos pés do Salvador. Ajude-nos, Pai, com estratégias e visão certas para que a paz que liberta se instale também entre os balúchis. Em nome de Jesus. Amém.


O povo bambara vive na África Ocidental, principalmente no Mali, mas também na Guiné, Burkina Fasso e Senegal. No Mali, 50% da população é formada por bambaras. Ele é considerado um dos maiores grupos étnicos do país. Apesar de a maioria dos bambaras se dizer muçulmana, muitos seguem crenças tradicionais de culto aos antepassados. Os bambaras acreditam que espíritos ancestrais podem assumir a forma de animais e até mesmo de verduras. Em rituais animistas, os espíritos são adorados e recebem ofertas de farinha e água. O membro de linhagem mais antiga é considerado o mediador entre vivos e mortos. Cada povo bambara é formado por muitas unidades familiares diferentes, geralmente de uma mesma linhagem ou família. As casas dos bambaras se caracterizam por serem maiores que as moradias de outros grupos étnicos das nações da África Ocidental. Algumas chegam a abrigar até 60 pessoas. Após séculos de escravidão e exploração colonial, os bambaras mantêm seus hábitos e cultura que se tornaram uma espécie de proteção contra barbáries estrangeiras.


Senhor, o poder do Evangelho precisa atuar urgentemente em etnias como a dos bambaras, gente que vive na ignorância e, por isso, na escravidão espiritual. Longe do Senhor, as pessoas iludidas ou pelo islamismo ou pelas crendices tradicionais de seus antepassados jazem perdidas e condenadas à perdição eterna se não forem alcançadas logo pelo Evangelho de Jesus Cristo. Eu clamo nesta hora que o Senhor desperte vidas ao redor do mundo e, em especial no nosso Brasil, enchendo-as de amor e de compaixão pelas almas perdidas, dispostas a se envolverem em todas as dimensões com o cumprimento da Grande Comissão. Intercedo em favor do bambaras, para que também venham a conhecer Cristo, a paz que liberta. Em nome de Jesus. Amém.


Descendentes dos árabes, os beduínos formam um grupo nômade que vive espalhado por países no Oriente Médio e Norte da África. O termo “beduíno” significa, em árabe, “pessoas do deserto”. Com suas caravanas, praticavam o comércio de vários produtos pela região que habitam. Na difícil vida pelo deserto, o camelo é um grande aliado para a sobrevivência dos beduínos, pois o animal fornece leite e carne para alimentação, e pele, para se proteger do calor e do frio. A adesão dos beduínos ao islamismo e a forma tribal de vida em sociedade permanecem as mesmas há séculos. A hierarquia social entre eles é percebida pelo animal que cada grupo usa. Quem tem camelo tem mais prestígio; já os criadores de cabras e ovelhas ficam em segundo plano. Uma característica dos beduínos são as tendas usadas por eles, um acampamento fácil de montar e desmontar. O ex-ditador Muammar Kadafi tinha o costume de receber líderes mundiais na Líbia em luxuosas tendas beduínas, como forma de manter suas raízes. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi recebido por Kadafi em visita oficial do chefe de Estado brasileiro a Trípoli, em 2003.


Minha oração hoje, Pai, é em favor deste povo que vive de terra em terra, armando e desarmando suas tendas, como o Seu povo viveu no passado. Por não criarem raízes territoriais e assim fortalecerem suas tradições tribais, os beduínos têm um modo de viver tão diferente, Senhor, mas ao mesmo tempo, tão desafiador à nossa tarefa evangelizadora! Eu quero pedir que o Senhor atue com poder no Norte da África e no Oriente Médio, de forma abrir portas para a pregação da Sua Palavra. Também que o Senhor possa proteger e ungir o Seu povo nessas regiões, para que prossiga anunciando Cristo, a paz que liberta, e alcance, com maior eficácia, os beduínos. Use, Pai amado, as nossas vidas para cooperarmos na transformação da vida dos beduínos. Em nome de Jesus. Amém.


A população de Bangladesh, cuja capital é Daca, passa de 161 milhões de habitantes. Esse rápido crescimento populacional trouxe um sério problema de superpopulação, pois a maioria dos habitantes é composta de agricultores pobres, que se esforçam para tirar seu sustento de pequenos lotes de terra. Muitos dos trabalhadores das cidades ganham apenas alguns centavos por dia. A Constituição estabelece o islamismo como religião oficial dos bengalis, mas prevê o direito de professar, praticar ou propagar todas as religiões. Afirma também que cada comunidade religiosa ou denominação tem o direito de estabelecer, manter e gerir suas instituições religiosas. Embora o governo tenha apoiado publicamente a liberdade de religião, os ataques a minorias religiosas e étnicas continuam a ser um problema no país. Os cristãos enfrentam oposição de seus familiares e comunidade. A polícia também os discrimina e, constantemente, os pastores são vítimas de ameaças e violência.

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A nação bengali, também conhecida por Bangladesh, é um país asiático rodeado quase por inteiro pela Índia, exceto a sudeste, onde tem uma pequena fronteira terrestre com Mianmar; ao sul fica o litoral no Golfo de Bengala. Aproximadamente 85% dos bengalis são muçulmanos, sendo o restante composto de hindus.


Deus santo, o Seu povo já colocou a planta dos pés em Bangladesh. Apesar de tanta opressão e influência da religiosidade islâmica e do politeísmo hindu, a liberdade religiosa tem sido assegurada em lei naquele país. Por isso, venho pedir que o Senhor guarde e abençoe Seu povo ali. Que os pastores e líderes da Sua igreja em Bangladesh experimentem a paz e a alegria em meio à hostilidade da discriminação e da perseguição. Honra ali, Senhor, o povo santo que se chama pelo Seu nome, e proporcione bênção e vitória para o Seu Evangelho. Pai, que a conquista do país para Cristo, ainda que banhada pela dor e agruras inerentes aos contextos de cegueira espiritual, se dê de forma crescente e constante, para a honra e a glória de Jesus, em cujo nome eu oro. Amém.


Os berberes vivem no Norte da África, principalmente em países como Marrocos, Argélia e Mauritânia, e são em geral nômades. Eles se instalaram na região há 2 mil anos, quando introduziram a criação de camelos e passaram a controlar as rotas comerciais no Saara. Foram islamizados no século VII, quando a religião muçulmana foi criada e espalhada pelos árabes. Na verdade, não existe um grupo étnico berbere definido, pois vários falantes da língua berbere apresentam etnias diversas. Portanto, é o idioma que une esse povo, estimado em 70 milhões de pessoas que vivem isoladas em vastas áreas no deserto. Por estar muito espalhada territorialmente, a língua berbere é sempre minoritária e não é considerada oficial em nenhum país; apenas no Marrocos passou a ser ensinada nas escolas, em 2001. Apesar de várias tentativas, nunca atingiu o status de língua escrita. Depois das manifestações em 2011 da Primavera Árabe, o rei do Marrocos, como forma de acalmar os ânimos do povo e aumentar sua popularidade, deu à língua berbere tamaxeque o status de também língua “quase” oficial, ao lado do árabe e do francês. Diversos programas já são transmitidos oficialmente nessa língua.


Senhor, é em favor de 70 milhões de pessoas, pelas quais Jesus também morreu no Calvário; vidas que preservam uma língua e uma cultura, ainda que sempre minoritariamente nos países em que se instalou, ao longo de milênios. Hoje, Pai amado, é para os berberes que rogo a Sua ação libertadora. Os missionários que atuam no Norte da África precisam ser revestidos da Sua graça e do Seu poder, para não ignorarem a necessidade e chegarem até onde vivem os berberes e anunciar-lhes Cristo, a paz que liberta. Pois, Senhor, é alcançando cada pequena comunidade berbere em cada país do Norte da África que podemos sonhar com 70 milhões de vidas libertas da ilusão islâmica e rendidas aos pés do Salvador Jesus. Peço hoje, Pai santo, pela salvação dos berberes. Em nome de Jesus. Amém.


Assim como muitos povos da África Ocidental, os biafadas vivem principalmente da agricultura bem primitiva. Eles plantam milho, mandioca, melão, arroz, pimenta, entre outros produtos agrícolas. Os biafadas também criam ovelhas, cabras e gado. Os biafadas vivem em grupos que se organizam em casas simples construídas em círculo em volta de um grande espaço. As tarefas para cada um são bem definidas: os homens caçam, pescam, limpam o terreno e cuidam dos animais, enquanto as mulheres ajudam nas plantações. Grande parte dos biafadas é animista, mas também há uma parcela expressiva de muçulmanos. Há um pequeno grupo de cristãos. Entre os muçulmanos, a maioria segue a corrente sunita. Há missionários cristãos em Guiné-Bissau trabalhando com a etnia biafada e outros grupos nesse país cuja língua oficial também é o português.


Ó Deus, oro hoje pelo povo biafada, tão semelhante ao nosso povo indígena, de origem simples e vida humilde. Agradeço, ó Pai, pois o Seu amor nos alcançou! Agradeço pelos missionários que também enxergaram nosso povo indígena e abriram seus corações para trazerem a Sua Palavra ao nosso conhecimento. Da mesma forma agora, Senhor, quero abrir meu coração ao povo biafada. Ajuda a Sua igreja, ó Pai, a expressar a graça libertadora de Jesus àqueles que vivem presos ao ódio muçulmano e aos que creem no animismo a revelar que o Senhor é o Deus criador e sustentador do universo. Ajudenos, como igreja, a continuarmos apoiando os programas evangelísticos existentes e dê-nos novos projetos de evangelização para este povo, com quem compartilhamos a mesma língua. Que a Sua igreja enxergue as necessidades materiais e espirituais do povo biafada e envie o apoio necessário a este povo carente de tantas coisas, principalmente do Senhor. Em nome de Jesus, amém!


O Cazaquistão está localizado na Ásia Central, e no país existem duas principais religiões: islamismo (57%) e cristianismo (40%). A maioria dos muçulmanos é da corrente sunita, e grande parte dos cristãos são ortodoxos russos. O restante da população segue outras crenças. O povo cazaque convive com mais de 100 etnias de diferentes confissões religiosas. Desde a independência do país com a dissolução da União Soviética, em 1991, não aconteceu nenhum confl ito étnico ou religioso. O islamismo chegou ao Cazaquistão levado por mercadores persas e por exércitos árabes. Os muçulmanos sempre foram abertos e tolerantes para com as pessoas de outras religiões. Até a expressão “infiel”, que os islâmicos usam para os que não aceitam o Alcorão, nesse país é usado apenas para indicar maus muçulmanos. No entanto, o país tem sido invadido nos últimos anos por pregadores fundamentalistas vindos de Afeganistão, Paquistão, Irã e Arábia Saudita.


Ó Deus, este grande povo, tão sofrido por lutas e morador de uma região com um clima tão rigoroso, tem sido alvo dos ataques do inimigo através de religiões que pregam o ódio e a adoração a outros deuses. Para esta terra que há tão pouco tempo conquistou sua independência, a minha oração hoje é que o verdadeiro Evangelho alcance o coração destas pessoas, tornando-as dependentes da graça de Jesus. Que o povo cazaque ouça e aprenda a Palavra de Deus, que é viva e eficaz. Dê-me, ó Pai, compaixão para com este povo, que vive em meio à confusão religiosa e ajude-me no desafio de contagiar outros cristãos para que, juntos, possamos garantir que o Evangelho prossiga conquistando na sua totalidade o povo cazaque, para a glória do Seu nome e para que todo joelho se dobre diante do Senhor. Em nome de Jesus. Amém.


Os curdos habitam uma vasta região conhecida como Curdistão, que abrange partes dos territórios de Turquia, Iraque, Síria, Irã e países do Cáucaso. São 26 milhões de pessoas sem um país, e o projeto de um Estado curdo ganhou força em meados do século XX, mas movimentos separatistas – como o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) – são fortemente reprimidos principalmente pelos governos turco e iraquiano. O povo curdo é majoritariamente muçulmano sunita. Eles se organizam em clãs e, em algumas regiões, falam a língua curda. Na Turquia, a luta pela independência e a repressão do governo já deixaram mais de 40 mil mortos.

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No Iraque, os curdos se concentram no norte do país, onde mantêm relativa autonomia. Apesar disso, vivem desavenças com o governo central sobre a cidade de Kirkuk, que os curdos reivindicam como parte de seu território, mas que sofreu com a arabização imposta pelo regime de Saddam Hussein, que os expulsou de suas casas. O resultado disso é uma explosiva mistura de grupos religiosos e étnicos na cidade, que os árabes não querem entregar aos curdos.


Oro hoje, Senhor, pelo povo curdo, um povo aprisionado pela política governamental e por sua religião. Um povo, sem terra, sem casa, sem Deus! Este povo que vive em ambiente de insegurança política e social, que habita numa região afetada pelos conflitos armados constantes, necessita da liberdade que só o Evangelho de Jesus pode produzir no coração. Protege, Senhor, os cristãos que pregam a Sua Palavra neste ambiente hostil. Acampa Seus anjos ao redor daqueles que se reúnem em Seu nome no Curdistão. Acompanhe cada passo dos Seus servos naquele território, livrando-os do perigo da intolerância religiosa, dos ataques de grupos fanáticos, da ação de um governo totalitário. Protege, ó Deus, as crianças curdas de crescerem neste ambiente onde o ódio é tão evidente! Livre-as de terem seu coração e suas mentes desde tão cedo endurecidas pela guerra, e seus corações obstinados pela vingança de seus antepassados. Desperta o Seu povo para interceder pelos missionários no Curdistão e a apoiar o envio de novos missionários para esta terra. Livre os curdos de um governo tirano, bem como da tirania de grupos radicais. Em nome de Jesus. Amém!


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Os drusos formam uma comunidade pouco conhecida que vive na Síria, no Líbano e na Jordânia. Sua crença é basicamente islâmica. Eles acreditam que o sexto califa muçulmano, Tariq al-Hakim, que viveu no século XI foi a última de uma série de encarnações terrenas de Alá. Sua população é de aproximadamente 900 mil habitantes. Por considerarem Tariq como encarnação de Deus, os drusos foram perseguidos pelos muçulmanos ortodoxos, em especial depois da morte do califa, em 1021. Os drusos usaram então a taqiyya (“dissimulação”), mantendo a sua verdadeira crença em segredo e aceitando formalmente a religião dominante. Os drusos acreditam que Tariq desapareceu e irá regressar no final dos tempos. Os drusos também tiveram um papel importante na Guerra Civil Libanesa (1975-1990). Organizaram uma milícia, provavelmente a mais forte da guerra no Líbano em oposição à milícia cristã maronita.


Pai querido, é pelo povo druso, que vive na cegueira espiritual, que nega a Deus como Senhor e rejeita o sacrifício de Jesus, que intercedo hoje. Peço que o Senhor abra os olhos dos drusos para que entendam o sacrifício de Jesus na cruz, para que creiam que só Ele é o caminho e para que enxerguem que só através Dele temos a vida eterna com Deus. Cure este povo que vive em meio às guerras. Salve este povo que se apoia em mentiras e que caminha para o abismo de uma vida e morte sem Jesus. Oro também, Senhor, pelo Seu povo que se chama pelo Seu nome nesta terra onde reinam o ódio e a idolatria. Dê coragem ao Seu povo para ensinar a Sua Palavra onde o risco de morte é tão real. Dê estratégias novas de evangelismo aos missionários que estão neste campo, abra portas para que os missionários consigam entrar nesta região e se estabelecerem. Oro, Senhor, para que a esperança do povo druso seja estabelecida no nome de Jesus, que é sobre todo nome. Amém!


Os fulas são um grupo étnico que compreende várias populações espalhadas pela África. São conhecidos por vários nomes, como fulani, e existem cerca de 15 milhões de pessoas dessa etnia, tradicionalmente pastores nômades (80%). O povo fula está espalhado por países como Senegal, Guiné, Gâmbia, Mali, Burkina Fasso, Guiné-Bissau, Camarões, Níger, República Centro-Africana, Gana, Libéria e Sudão. Com exceção da Guiné, em nenhum desses países os fulas representam maioria. Os fulas se consideram muçulmanos autênticos, ainda que conservem muitos costumes tradicionais entre eles. No Níger, há uma congregação com 60 crentes e devem existir cerca de 2 mil cristãos entre os fulas. Também há grupos de missionários trabalhando com eles em pelo menos seis países. No entanto, a proporção é de um cristão para cada 500 fulas.

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Em todos os países onde há presença de fulas, existe abertura para a pregação do Evangelho, exceto no Sudão.


Senhor Deus, obrigado pelo trabalho já realizado entre os fulas e pela liberdade estabelecida para a pregação do Evangelho em alguns locais de sua habitação. Senhor, peço que as portas se abram para que novas frentes de trabalho possam ser estabelecidas, principalmente no oeste e centro da África. Que os fulas possam ouvir de Jesus Cristo, a paz que liberta, e experimentar o amor de Deus em suas vidas. Que as igrejas possam testemunhar de Cristo a este povo carente de amor, graça e misericórdia. Fortaleça, Senhor, o trabalho missionário já existente para que mais almas sejam resgatadas dos costumes muçulmanos. Renove as forças dos missionários nos campos e levante, Senhor, novos missionários para o trabalho com os fulas. Em nome de Jesus. Amém.


Os hauçás são um povo africano que vive principalmente no norte da Nigéria e no sudeste do Níger. Os hauçás são muçulmanos e, há entre eles, menos de 1% de cristãos. Estão presentes em mais de 27 países, somando um total de 30 milhões de pessoas. Há populações significativas em áreas do Sudão, Camarões, Gana, Costa do Marfim e Chade, além de muitos grupos espalhados pela África Ocidental e na rota tradicional do hajj (nome dado pelos muçulmanos à peregrinação à cidade de Meca). A maioria dos hauçás é formada por agricultores e pastores de ovelhas e cabras; muitos também são comerciantes. Os contatos econômicos de comunidades comerciais e da política são fatores importantes da disseminação do islamismo na África Ocidental. Os hauçás, embora muçulmanos fervorosos, acreditam também em vários espíritos. Louvamos a Deus porque há trabalho missionário eficaz na marioria dos países daquela região.


Ó Deus, abençoe o trabalho que já está sendo desenvolvido entre os hauçás, para que cresça e alcance o resultado de muitas almas rendidas aos Seus pés. Oro hoje para que o Senhor proteja e fortaleça os missionários e os cristãos hauçás, para que mantenham firme e inabalável sua fé em Jesus, bem como seu testemunho a este povo aprisionado pela fé muçulmana e pela doutrina dos espíritos. Amplie as frentes missionárias já estabelecidas e abra, Senhor, as portas para que novas igrejas sejam plantadas entre os hauçás. Fortaleça o testemunho dos cristãos que mantêm contato direto com este povo em outros países onde eles se encontram, a fim de que a Palavra da verdade seja conhecida dos hauçás. Em nome de Jesus. Amém.


Por volta de 300 a.C., tribos originárias da Ásia se espalharam pelas ilhas da Indonésia. Os casamentos entre os asiáticos e os nativos formaram diferentes etnias, em diferentes ilhas. Atualmente, a população do país é composta por aproximadamente 300 etnias, e mais de 500 línguas e dialetos são falados na região. Quarto país mais populoso do mundo, a Indonésia conta com mais de 240 milhões de habitantes, número superior à população brasileira. A grande maioria dos indonésios é da etnia javanesa. O restante da população se divide em outros grupos étnicos. A Indonésia possui a maior população muçulmana do mundo. Aproximadamente 88% da população seguem o islamismo, embora o animismo ainda seja praticado em algumas ilhas.


Pai amado, a nossa mente moldada no ambiente cultural brasileiro sequer consegue imaginar o que significa pertencer a uma nação formada por 300 etnias, onde mais de 500 línguas são faladas. Minha oração hoje é por discernimento espiritual e por sabedoria. Precisamos de estratégias que venham do alto para alcançarmos os javaneses da Indonésia. Pai, somam-se a estas enormes dificuldades étnicas e linguísticas, a predominância muçulmana e da suscetibilidade a intempéries como os tsunamis, terremotos e os maremotos. Pai amado, esses fatores conjugados fazem da Indonésia uma das nações mais difíceis de serem alcançadas para Cristo em nosso tempo. Mas, Senhor, ali vivem cerca de 200 milhões de pessoas que precisam de Cristo. Encha o coração do Seu povo de amor pelos javaneses. Coloque, Deus santo, a Indonésia a incomodar-nos à oração, contribuição e engajamento missionário, com a urgência que esta realidade estabelece. Em nome de Jesus. Amém.


O povo malaio consiste de uma mistura de chineses, malaios, indianos e aborígines. Espalhados pelo Sudeste Asiático, 24 milhões de malaios muçulmanos são uma força para o islamismo numa região mais associada com o budismo e o animismo. Os poucos malaios convertidos ao cristianismo enfrentam perseguição social bastante significativa. A lei para controlar e restringir as religiões não islâmicas entre os malaios foi adotada em 1980 na Malásia. No país, a renúncia à fé islâmica deve ser feita através de anúncio oficial. No entanto, esta regra não é reconhecida nos tribunais locais. A tensão entre malaios e cristãos cresceu a partir de 2009, quando um tribunal decidiu permitir que os católicos utilizassem a palavra “Alá” para se referir a Deus na língua malaia. Muitos muçulmanos na Malásia acreditam que esta palavra é exclusiva para sua religião.


Nesse dia, Pai, quero orar pelos irmãos que tem sido oprimidos pelo regime religioso cruel na Malásia. Peço, Senhor, a Sua proteção para os Seus servos e a Sua igreja estabelecida naquela região, para que não perca oportunidades de compartilhar as verdades do Evangelho. Guarde a entrada e a saída daqueles irmãos, Senhor, livrandoos do homem mau, daquele que trama contra suas vidas, para que eles possam abertamente falar de Jesus. Cegue, Senhor, e desbarate os inimigos da Sua igreja na Malásia. Que o anjo do Senhor acampe ao redor das igrejas cristãs malaias, detendo o avanço do islamismo naquela região, promovendo a tolerância, curando o ódio arraigado em suas almas e produzindo esperança em seus corações. Que os malaios também possam confessar que Jesus é o Senhor, para a glória de Deus e em nome de Jesus. Amém!


Os mandingos são um dos maiores grupos étnicos da África Ocidental, com uma população estimada em 11 milhões. Os mandingos pertencem ao maior grupo etnolinguístico da África Ocidental: o mandê, que conta com mais de 20 milhões de pessoas (incluindo os diúlas, os bozos e os bambaras). Uma série de confl itos, primeiramente com os fulas, levou metade da população mandinga a se converter do animismo ao islamismo. Hoje, quase 100% dos mandingos são muçulmanos, com pequenas comunidades animistas e cristãs. Os mandingos vivem principalmente em países como Gâmbia, Guiné, Mali, Burkina Fasso, Guiné-Bissau e Níger.


Deus amado, hoje eu levo à Sua presença esta etnia que vive, majoritariamente, espalhada por mais de 10 países na África Ocidental. A ação demoníaca é evidente, o que faz deles um povo muito necessitado do Evangelho de Jesus Cristo. Nesses dias da observância do Ramadã, os mandingos intensificam seu compromisso com a religião islâmica. Somente um clamor sério e engajado do povo de Deus, seguido por uma ação missionária consistente, poderá instalar na etnia, independentemente do país onde vive, um processo de mudança e de transformação, através da pregação da Palavra de Deus. Por isso peço que o Senhor mobilize o seu povo em ações e orações pela libertação integral dos mandingos. Em nome de Jesus. Amém.


Os manjacos são um povo de Guiné-Bissau. O nome do povo significa: “eu digo”. A língua manjaca é classificada também como parte dos idiomas de Senegal e Guiné. A população dos manjacos se concentra na região de Cacheu, no norte de Guiné-Bissau, ocupando o litoral e as ilhas do país africano, cuja língua oficial também é o português. As principais atividades dos manjacos são o plantio de arroz, cereais e caju. A dança kakau é realizada no início e no final das colheitas, dinamizada pelos rapazes e moças para demonstração de contentamento com a safra. Existem grandes comunidades de manjacos no Senegal, França, Gâmbia e nos países vizinhos a Guiné-Bissau.


Minha oração, Senhor, é pelo povo manjaco, mergulhado no islamismo e tão necessitado de conhecer a Jesus. Que o Senhor possa fazer com que a Sua Palavra seja pregada a este povo, por caminhos que pode abrir. Levante, Senhor, oportunidades de testemunho do Seu amor ao povo manjaco, abra portas para a implantação de igrejas e para a livre proclamação do Evangelho de Jesus a este povo tão simples. Levante missionários para, com intrepidez e constância, ensinarem do amor de Deus a este povo. Fortaleça o ardor e a fidelidade do teu povo, ampliando a visão de firmar frentes de evangelismo. Remova, Senhor, os obstáculos à pregação do Evangelho entre o povo manjaco, para o louvor e a glória do Seu nome sobre a terra. Em nome de Jesus. Amém.


A população do Sudão, conhecido na Antiguidade como Núbia, é composta por diversos grupos étnicos. Com a divisão do país em dois (Sudão e Sudão do Sul), a parte meridional ficou com uma população majoritariamente cristã e animista, e o norte com maioria muçulmana. Juntas, as populações do norte e sul somam quase 55 milhões de pessoas. Os árabes muçulmanos chegaram à Núbia no século VII para pregar o islamismo. Os cristãos fizeram um acordo para conseguir manter sua religião. Esse acordo durou mais de 600 anos e implicava o pagamento de um tributo anual de 400 escravos. No século XIII, porém, os muçulmanos investiram pesado para impor a religião islâmica. Eles derrubaram o rei cristão e puseram um príncipe muçulmano em seu lugar. Soberanos islâmicos governaram nos cinco séculos seguintes. Atualmente, o islamismo é praticado por 70% dos sudaneses. Uma considerável minoria – cerca de 10% – segue crenças e tradições tribais. Muitos dessa minoria estão se voltando ao cristianismo. Líderes de igrejas locais afirmam que o governo endureceu ainda mais o controle sobre as igrejas, e existe o desejo das autoridades de eliminar o cristianismo do país. Há casos de prisão e condenação à morte de muçulmanos núbios convertidos ao cristianismo.


Neste dia, minha oração, Senhor, é pelos cristãos que sofrem perseguição religiosa nas regiões do Sudão, impossibilitados de professar livremente sua fé em Cristo e impedidos de pregar o Evangelho abertamente aos seus compatriotas. Clamo, Senhor, por Seu cuidado àqueles irmãos que à luz dos cristãos do primeiro século têm sacrificado suas vidas e posto em risco sua segurança e de suas famílias para que a luz de Cristo brilhe em meio às trevas da religiosidade. Cubra com Seu poder a vida de cada irmão núbio, de cada missionário que dispôs sua vida na proclamação do Seu reino estabelecido por Jesus. Que o Seu Espírito Santo console, fortaleça e proteja a Sua igreja estabelecida naquela região, suas famílias, e as famílias dos irmãos que entregaram suas vidas em prol da sua fé em Jesus. Cuide das famílias que perderam seus pais, mães, irmãos, filhos. Dê-lhes segurança e motivo de alegria e esperança, apesar das tribulações. Afirme Seu Reino naquela região Senhor, pelo testemunho dos cristãos. Mova, ó Senhor, o coração dos líderes mundiais para que sejam resguardados os direitos humanos naquela região. Faça brotar do sacrifício dos Seus santos a esperança que o Seu Espírito produz. Em nome de Jesus, para a Sua Glória. Amém.


Os pachtuns vivem no Afeganistão e no Paquistão. São um povo que se caracteriza por falar a língua pachto e principalmente pela prática do islamismo sunita. A destreza marcial dos pachtuns é muito famosa, e graças a isso puderam resistir a várias invasões estrangeiras ao longo da história, mantendo sua identidade étnica e cultural. A tradição diz que a nação pachtun é descendente de Qais Abdur Rashid, que se converteu ao islamismo após viajar, no século VII, à cidade de Medina, onde se encontrou com o profeta Maomé. Qais voltou ao Afeganistão e islamizou os pachtuns. No século XX, a participação dos pachtuns foi essencial para conter a tentativa de invasão do Afeganistão pelos soviéticos. Mais recentemente, formavam a maioria do movimento fundamentalista islâmico do Talibã, que foi derrubado após a invasão, desta vez pelos Estados Unidos, em 2001 após os atentados de 11 de Setembro. Assim como outros muçulmanos cuja língua não é o árabe, muitos pachtuns leem o Alcorão, mas não entendem o que está escrito. Essa dificuldade criou terreno para que várias práticas do islamismo – inclusive extremistas, como o Talibã – se espalhassem no Afeganistão. Por isso, o governo começou a ensinar inglês para que os pachtuns pudessem ler o Alcorão por si mesmos ao invés de não entenderem e ficarem à mercê de interpretações de líderes fundamentalistas.


A minha oração hoje, Senhor, é pela libertação do povo pachtun desta religião tão distante dos ideais cristãos e da verdade contida na Sua Palavra. Liberte da cegueira e da ignorância espiritual este povo, que de forma tão cruel trata suas crianças e mulheres. Que a Sua Palavra possa alcançar as lideranças dos pachtuns, de forma a produzir transformação pela renovação de suas mentes. Proteja este povo do conformismo, da influência dos líderes fundamentalistas. Abençoe as tentativas de trabalho de evangelização a deste povo, abrindo as portas para envio de missionários para estas regiões. Que a Sua Palavra seja apresentada como um manancial, uma fonte de esperança verdadeira para um povo imerso nas mentiras de uma religiosidade vazia de significados. Em nome de Jesus. Amém.


O povo punjabi recebe esse nome por ocupar a região conhecida como Punjab, na fronteira da Índia com o Paquistão. Há uma série de comunidades punjabi espalhadas pelo mundo. Eles são tradicionalmente hindus, muçulmanos ou siques. No Paquistão, eles se concentram na região da cidade de Lahore, no norte do país e predominantemente muçulmana desde o século XII. Lahore foi por muito tempo um centro de difusão da cultura islâmica. Em 1849, a cidade foi conquistada pelos britânicos e passou a fazer parte do Paquistão, um país oficialmente muçulmano, no século XX, quando o país se separou da Índia, de maioria hindu. Lahore sofre há bastante tempo com confl itos religiosos entre muçulmanos e outros grupos religiosos. Os muçulmanos representam mais de 90% da população da cidade, que abriga mais de cinco mesquitas.


A minha oração hoje, Senhor, é pelo povo punjabi, não somente os que habitam em sua terra de origem, mas aqueles que estão espalhados pelo mundo. Eles precisam conhecer a Jesus e confessá-lo como único Deus e Senhor! Liberta o povo punjabi do pecado da idolatria, abrindo-lhes os olhos do entendimento para que a verdade possa ser revelada. Que a Sua Palavra alcance este povo, Senhor! Que testemunhas do Seu amor se levantem para proclamar o puro Evangelho de Jesus a todo punjabi desde o mais humilde até os líderes deste povo, e que todos sejam alcançados para a Sua glória! Oro pelos evangélicos que habitam nesta região para que a influenciem com o testemunho do amor de Cristo, através de sua vida e suas palavras. Capacita os Seus servos para transmitirem a Sua Palavra a este povo, com coragem e constância. Em nome de Jesus. Amém!


Socotri é o nome de um povo e idioma nativo do arquipélago de Socotra, que pertence ao Iêmen, um país com forte tradição islâmica localizado no sul da Península Arábica. Quase 100% da população é adepta da religião muçulmana. O socotri é um idioma raro de se encontrar no Iêmen continental, formando assim uma língua distinta do restante do país, onde o árabe também é falado. Em Socotra, não há a instabilidade política protagonizada na parte continental do país, por terroristas da Al Qaeda, nem mesmo confl itos tribais tão comuns em várias regiões do Iêmen. O medo não faz, portanto, parte do dia-a-dia da ilha. Apesar disso, os moradores são mais avessos a estrangeiros. O isolamento geográfico também dificulta a presença de estrangeiros na ilha, especialmente de missionários. Há ferramentas de comunicação, como televisão e serviço público de internet disponível na principal, mas isso parece não atrair os nativos. É assim que Socotra permanece como um paraíso natural parado no tempo e perdido no Oceano Índico.


Senhor, meu Deus, um povo que vive em algumas ilhas, totalmente islamizado, avesso a quem chega de fora e sem intimidade com os meios de comunicação de massa, parece estar condenado a não ter jamais sua condição espiritual transformada. No entanto, Senhor, as 44 mil vidas preciosas que formam o povo socotri justificam todo esforço em oração, finanças e ação missionária estratégica para que tenham a chance de conhecerem a mensagem do Evangelho da Sua graça, ouvirem a história do Seu imenso amor, serem tocadas pelo Seu Espírito Santo e renderem-se a Cristo, a paz que liberta. Pai querido, eu oro em favor dos socotris, clamo ao Senhor para que levante jovens em nosso Brasil, convictos do Seu chamado, para investirem suas vidas na luta pela salvação desse povo, aparentemente perdido e esquecido no Oceano Índico, mas que podem ser alcançados e resgatados para o Senhor. Este é o meu pedido, em nome de Jesus. Amém.


O povo sussu vive principalmente na Guiné, país na costa ocidental da África. Também há pequenas comunidades de sussus em Serra Leoa. A família é muito importante na cultura sussu. No entanto, o islamismo permite a poligamia, e os homens podem ter até quatro esposas, mas isso não é muito praticado, pois é muito dispendioso para o homem sustentar mais de uma mulher e os fi lhos. Na Guiné, a língua sussu é falada em grandes cidades, inclusive na capital, Conacri. A maioria maciça dos sussus são muçulmanos, e as datas religiosas são observadas com fervor, principalmente o Eid-al-Fith, a festa que celebra o fim do Ramadã. Além disso, os sussus combinam o islamismo com credos tradicionais, como a crença em espíritos e feitiçaria. Existem pouquíssimos cristãos entre os sussus.


Glorificado seja o Seu nome, Pai eterno, pelas vidas de missionários que estão dedicando suas vidas à evangelização dos sussus, na Guiné. Eu preciso agradecê-Lo pelo fato de o Senhor ter escolhido estas preciosas vidas e enchido os seus corações de amor por este povo tão imerso em religiosidade contrária à Sua vontade. Agora, Senhor, eu quero interceder por eles, para que os abençoe com perseverança e discernimento espiritual, a fim de que saibam como construir um testemunho cristão saudável e encontrar as estratégias corretas para pregarem o Evangelho em contexto cultural tão adverso. Que em nome de Jesus, os sussus encontrem a luz de Cristo e sejam libertos das trevas. Amém.


O povo tártaro é dissidente dos turcos. Sua população principal está concentrada no centro e sul da Rússia (no Tartaristão), mas também há muitos tártaros em países como Azerbaijão, Bielo-Rússia, Ucrânia e nas repúblicas da Ásia Central. Sua população está estimada em 10 milhões de pessoas. Os tártaros ucranianos são majoritariamente muçulmanos. Infelizmente, as tentativas da Igreja Ortodoxa Russa para convertê-los através da coerção e incentivos fiscais foram consideradas como atos repressivos. Durante o século XIX, os poucos “convertidos” retornaram à fé islâmica.


Minha oração neste dia, Senhor, é para que levante ainda mais profetas para, em Seu nome, proclamarem o Reino de Deus aos tártaros. Assim como o Senhor fez com Seus servos no passado, peço-Lhe, ó Deus, que o Senhor mude o nome deste povo para que este seja também chamado pelo Seu nome. Levante igrejas para proclamarem o Seu nome nesta região. Atue no coração dos Seus servos no mundo inteiro para que apoiem os programas de evangelização a este povo perdido sem o Seu amor, a fim de que os missionários e os cristãos locais possam ter mais oportunidades de proclamar o Evangelho do Reino de Deus. Revista de sabedoria os Seus servos para pregarem o Evangelho a este povo, de forma contextualizada e ousada. Em nome de Jesus. Amém.


De maioria muçulmana, os tuaregues são um povo nômade e habitam o Norte da África, espalhados por Argélia, Líbia, Níger, Chade e Mali, país onde em 2012 entraram em confl ito com o governo para a instalação de uma república islâmica. Os tuaregues falam línguas berberes, como o tamaxeque, e estima-se que existam 1 milhão de pessoas desse grupo étnico no mundo. É o idioma que une esse povo, que vagueia pelo deserto. Não são árabes, e usam um alfabeto próprio, o tifinagh. Viviam originalmente na costa mediterrânea da África, e começaram a se expandir para o sul quando começaram a domesticar os camelos, possibilitando longas jornadas pelo deserto. Por conta disso, dominaram por anos as rotas comerciais do deserto chegando até a serem chamados de “piratas do deserto”, por causa das abordagens que faziam às caravanas com a intenção de roubar os mercadores.

Os tuaregues seguem a religião muçulmana há vários séculos, porém o nomadismo dificulta que sigam algumas obrigações, como o Ramadã. Além disso, combinam o islamismo com tradições animistas.

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Outra marca característica dos tuaregues é o véu azul índigo, usado para cobrir o rosto e se protegerem do calor desértico e tempestades de areia.


Meu Deus, coloco hoje diante do Senhor o povo tuaregue, gente sofrida, peregrina que, em função inclusive de questões políticas tem sido privado da pregação do Evangelho da paz. A revelação de que necessitam de Sua parte foi a que o Senhor fez na pessoa de Jesus Cristo e sua morte na cruz. Esse povo que vive constantemente se deslocando, que nunca se fixa em um lugar, que está sempre chegando ou saindo, necessita ser alcançado pela mensagem do Seu amor. Por isso, eu quero rogar, em nome de Jesus, que o Senhor promova algo especial no meio deste povo, que tenha misericórdia dele e o supra com nova oportunidade para ouvir o Evangelho. Muito obrigado, Deus bendito, pelas vidas dos missionários cristãos que vivem entre os taruegues. Que o Senhor os abençoe e ajude a entender e trabalhar em seus corações o Seu governo soberano sobre todas as coisas. Em nome de Jesus. Amém.


Fruto da expansão dos árabes, o Império Otomano foi consolidado no século XIII. Oriundos da região do atual Cazaquistão, os otomanos empreenderam um longo processo de expansão territorial que dominou regiões da Europa, Oriente Médio e Norte da África. Em meados do século XIX, as pressões nacionalistas e imperialistas passaram a ameaçar a estabilidade do Império Otomano. Sem condições de reestruturar o governo mediante os interesses capitalistas, o império turco não resistiu aos confl itos da Primeira Guerra Mundial, que reduziu o antigo território à atual Turquia.

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Embora a Turquia seja constitucionalmente um Estado laico, o islamismo domina a cultura do país. A maioria dos muçulmanos turcos é de tradição sunita, embora haja xiitas no país.


Oro neste dia, Senhor, pelo fim da violência armada na região da Turquia. Compadeça-Se, Senhor, dos milhares que morrem em função da intolerância religiosa, baseada em religiões falsas e vingativas, onde a luta pelo poder tem gerado manifestações sanguinolentas, explosões e guerra urbana, ceifando vidas cada vez mais precocemente. Ponha Seu sentinela ao redor da igreja, para guardá-la e protegê-la e capacite Seus servos cada vez mais a, sem embaraço, testemunharem de Jesus aos turcos. Interrompa, Senhor, aqueles que fazem projetos de maldade, atentando contra a vida de pessoas. Levante, ó Pai, servos para em Seu nome produzirem o crescimento do Seu Reino entre os turcos, prepare-os para o trabalho e fortaleça a obra das suas mãos. Em nome de Jesus. Amém.


O Turcomenistão, uma antiga república soviética, situa-se na costa do Mar Cáspio, onde existem grandes reservas de petróleo. Sua população passa dos 5 milhões de habitantes, sendo três quartos dos habitantes turcomenos, um povo tradicionalmente nômade de fala turca e muçulmano sunita. No Turcomenistão, país considerado não alcançado pelo Evangelho, há uma forte perseguição a evangélicos. Com isso, alguns cristãos deixam de frequentar cultos ou reuniões de estudos bíblicos e ficam em casa. Uma cristã, em lágrimas, confessa: “Tenho duas fi lhas e não posso dar a elas uma criação cristã. Quando elas eram menores, cada uma podia levar algo para a escola o que fosse importante para si. Minhas fi lhas levavam livros ilustrados de histórias bíblicas, mas a professora não deixava mostrar os livros. Se desobedecessem, eram perseguidas nas aulas. Agora elas são adolescentes e nem sempre querem respeitar a mãe. No passado, elas gostavam de ouvir as histórias bíblicas que eu contava. Agora dizem que já ouviram essas histórias tantas vezes que não querem ouvi-las novamente. É difícil falar de Cristo”.


Senhor, o meu coração me impele hoje a orar em favor dos meus irmãos ao redor do mundo que sofrem sob o impacto de densa perseguição religiosa, como acontece com os turcomenos. Pai, como deve ser difícil e angustiante não poder professar ou sequer assumir publicamente a fé que temos em Jesus Cristo, por causa da perseguição religiosa! Aprendemos na Sua palavra, Senhor, que mesmo em contexto de perseguição, a Sua igreja sempre prevaleceu e cresceu. Por isso eu peço que derrame Sua graça sobre toda igreja no Turcomenistão, fundamentando ousadia temperada com sabedoria, para que as vidas, hoje presas pelo islamismo, encontrem livramento em Cristo, a paz que liberta. Peço que acampe o Seus anjos ao redor da igreja perseguida. Em nome de Jesus. Amém.


Os uigures habitam principalmente a Ásia Central e são um dos 56 grupos étnicos reconhecidos oficialmente pelo governo da China, onde estão concentrados na região autônoma de Xinjiang, no extremo oeste do país. De acordo com um censo demográfico de 2004, existem mais de 8,5 milhões de uigures vivendo em território chinês. O povo uigur é majoritariamente muçulmano sunita e luta pela independência de Xinjiang, onde o crescimento econômico tem sido acompanhado de forte imigração de indivíduos da etnia han, a principal da China, em uma tentativa do governo do país para tornar chinesa a região. A postura do governo de Pequim tem como consequências diretas a marginalização dos uigures em sua própria terra, gerando uma onda separatismo na região, com episódios pontuais de violência. Os protestos mais recentes começaram em 2008, coincidindo com os Jogos Olímpicos de Pequim. Um ano depois, uigures e chineses han entraram em confl ito em Xinjiang, e mais de 200 pessoas morreram, segundo informações oficiais. Em 2001, com a intervenção dos Estados Unidos no Afeganistão, o governo chinês optou por incluir os uigures em sua lista de organizações terroristas por afirmarem que eles possuem relações com a rede Al Qaeda, o que é negado por Washington, que insinua haver oportunismo nesta atitude de Pequim.


Deus eterno, em alguns contextos, em nosso tempo, a práxis religiosa assume conotações políticas e, não poucas vezes, até de militância bélica. Senhor, em nome do que chamam de ‘religião’ os seres humanos ferem-se mutuamente até a morte. Os uigures representam um grande desafio para o cumprimento do ide. Porém, alcançar os uigures com a pregação do Evangelho é uma das mais difíceis e perigosas tarefas hoje. No entanto, Senhor, precisamos realizar esta tarefa. Como no episódio da conquista de Canaã, onde os inimigos eram gigantes e perigosos, e o Seu povo precisou avançar com fé e jamais retroceder, assim também hoje a Sua igreja precisa enfrentar o desafio de anunciar Cristo, a paz que liberta, a povos como os uigures. Rogo por Sua unção de amor pelos uigures e coragem para, de fato, pregarmos até os confins da terra. Em nome de Jesus. Amém.


Os uólofes formam um grupo étnico encontrado em países como Senegal, Gâmbia e Mauritânia. A cultura desse povo se mantém viva mesmo após a colonização europeia na África e é um grande elemento da cultura senegalesa. Pelo menos 50% dos habitantes do Senegal falam uólofe. No país, membros de outras etnias são geralmente bilíngues e conseguem entender o idioma, apesar de o francês ser a língua oficial. A maioria dos senegaleses segue o sufismo, uma corrente mística do islamismo. Os sufistas (como são chamados seus seguidores) buscam desenvolver uma comunicação direta e contínua com Alá, utilizandose de música e danças, práticas condenadas pela lei islâmica. Essa corrente do islamismo foi difundida no Senegal por Amadou Bamba, um líder religioso que comandou uma resistência pacífica à ocupação francesa, na virada dos séculos XIX e XX. Os seguidores de Bamba o consideram um “renovador” do islamismo e citam uma passagem do Alcorão que insinua que Alá enviará em cada século um renovador da fé muçulmana.


Senhor, quando estudamos sobre etnias como a dos uólofes, tão fortemente presente no Senegal, vemos o grau de miopia espiritual no qual vivem tantos povos. Também observamos como o nosso inimigo é astuto e sagaz, sempre no afã de manter pessoas escravizadas aos seus caprichos. Senhor, que a luz do Seu Evangelho possa iluminar os caminhos dos sufistas e de todos os povos de fala uólofe. Que eles enxerguem, de uma vez por todas, que a solução não está na reforma ou na inovação política, econômica ou mesmo religiosa do islamismo, mas sim numa mudança profunda, e de natureza espiritual, no coração de cada senegalês uólofe. Que missionários sejam chamados e enviados a anunciarem Cristo, a paz que liberta, para este povo, é a minha oração. Em≈nome de Jesus. Amém.


Existem na África Ocidental cerca de 2 milhões de zarmas, sendo que a maioria desse povo vive no Níger. Eles são um dos povos africanos menos alcançados, com menos de 1% de cristãos. Os zarmas são muçulmanos, e sua cultura e tradições estão fortemente ligadas ao islamismo, como o cumprimento das obrigações do Ramadã. Além disso, zarmas de algumas aldeias misturam a fé islâmica com religiões animistas. “Em nossa aldeia há pessoas que vieram de um outro país e falam da existência de um Deus que ouve e responde as nossas orações. Eu começo a crer que eles estão falando a verdade. Mas como sou apenas uma criança, os adultos não me escutarão” (depoimento de uma criança da etnia zarma). Para testemunhar do amor de Jesus, missionários ensinam jovens e adolescentes a costurar, propiciandolhes uma fonte de renda. Também dão aulas de educação física e informática.


Senhor amado, que desafio tremendo para os missionários que estão na África Ocidental! Que oportunidade grandiosa dedicar um tempo da vida ajudando a resgatar para Cristo crianças, jovens e adultos de uma etnia tão distante do Senhor e de uma cultura tão avessa às práticas cristãs. Mas louvado seja o Seu santo nome, pelos que hoje empregam suas vidas jovens em servirem e ajudarem humanitariamente o povo zarma, que se espalha por países como Nigéria, Gana, Guiné, Benin, Costa do Marfim, Senegal, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e, em especial, o Níger. Dê-nos força e visão para continuarmos investindo e orando; dê-lhes ânimo e perseverança para vencerem as barreiras e anunciarem aos zarmas o amor de Cristo, a paz que liberta. Em nome de Jesus. Amém.


Por que os

muรงulmanos

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precisam de Cristo?


s muçulmanos são os seguidores do islamismo, religião fundada pelo profeta Maomé no século VII na Península Arábica. Seus adeptos acreditam que Alá é o criador do Universo e o único deus. Para os muçulmanos, Maomé é o profeta mais importante do islamismo e foi ele que recebeu os ensinamentos para a fé em Alá. Assim como o domingo está para os cristãos e o sábado para os judeus, a sexta-feira é considerada um dia de oração e descanso para os muçulmanos. A religião islâmica possui cinco pilares que “moldam” o estilo de vida do seguidor da fé muçulmana: professar e aceitar o credo (shadada), orar cinco vezes ao longo do dia (salat), pagar dádivas rituais (zakat), observar as obrigações do Ramadã (saum) e fazer a peregrinação à cidade de Meca (hajj). Motivos não faltam para anunciar a Verdade aos muçulmanos, porque eles precisam de Cristo, a paz que liberta: • O Ramadã é o nono mês do calendário muçulmano. Cumprir o jejum obrigatório durante esse período do ano constitui o quarto dos cinco pilares da religião islâmica. O jejum, realizado pelos muçulmanos do nascer ao pôr do Sol, é interpretado como parte de um esforço de autopurificação. Isto significa abster-se de comida e bebida, inclusive água, durante as horas claras do dia. • No Ramadã, os muçulmanos não podem usar nem suas escovas de dentes durante o jejum. Eles chegam aos seus locais de trabalho mais tarde do que o normal e saem mais cedo. Enfermos, idosos, mulheres grávidas e pessoas com algum tipo de incapacidade não são obrigados a cumprir o jejum, podendo fazê-lo em outra época do ano ou alimentar uma pessoa necessitada para cada dia que a obrigação for quebrada.


• Normalmente, o Ramadã é um tempo em que os muçulmanos convertidos ao cristianismo enfrentam muita perseguição. • O jejum é obrigatório nos países islâmicos; por isso, ninguém pode declarar em público que não está jejuando durante o Ramadã. Sendo o saum um dos pilares do islamismo, os chamados sábios muçulmanos consideram deixar de jejuar, mesmo que seja somente um dia do Ramadã, um dos pecados mais graves. • Para os casados, o Ramadã também inclui abster-se das relações sexuais durante as horas de jejum. As mulheres não podem jejuar durante a menstruação porque a religião as considera impuras para jejuar durante este período. • Durante o Ramadã, os muçulmanos levantam-se bem cedo (uma hora e meia antes de amanhecer) para uma refeição pré-jejum. Normalmente, tomam uma refeição bem forte, evitando comidas salgadas para não ter que beber água durante o dia. • No fim do dia, o jejum é completado com o iftar (a refeição “quebra jejum”), que normalmente inclui tâmaras (pois Maomé costumava comer tâmaras e beber leite), frutas frescas, aperitivos, bebidas e jantar. • Ao final do Ramadã, nos três primeiros dias do décimo mês (Shawwal), os muçulmanos celebram o Eid-al-Fith, a principal festa religiosa do islamismo. • A maior e mais impressionante reunião de muçulmanos acontece em Meca, onde mais de 2 milhões de peregrinos podem orar ao mesmo tempo na Mesquita Haram, em Meca, na Arábia Saudita, durante o hajj, que acontece cerca de 70 dias após o Ramadã. • Os muçulmanos frequentemente dizem “Ó Alá, eu estou jejuando”, uma contrariedade ao ensinado


pela Bíblia em Mateus 6.16: “Quando jejuarem, não fiquem com uma aparência triste como os hipócritas, pois eles mudam a aparência do rosto a fim de que os homens vejam que estão jejuando”. • Os muçulmanos também acreditam que jejuar durante o Ramadã traz perdão de pecados, mas sabemos que “só o sangue de Jesus purifica de todo o pecado” (1João 1.7). • À noite, os muçulmanos participam de orações especiais nas mesquitas. Todas as noites, durante o Ramadã, é recitado um trecho do Alcorão durante as orações. Eles fazem isso até completar todo o livro ao final do mês, período do ano em que, segundo a tradição, Maomé recebeu as primeiras revelações do livro sagrado do islamismo. • De acordo com o Alcorão, Maomé recebeu sua primeira revelação do livro durante a 27ª noite do Ramadã, chamada de Laylat al-Qadr (Noite do Poder), a mais importante para os muçulmanos. • Os muçulmanos acreditam que durante a Noite do Poder, grupos de anjos realizam tarefas especiais na Terra. Por isso, o povo islâmico fica mais aberto para ouvir Alá à espera de visões e uma orientação sobrenatural. • Muitos muçulmanos acreditam que a oração feita durante a Noite do Poder irá compensar a omissão das orações diárias. • No calendário islâmico, cada dia começa com o pôr do Sol, portanto, em 2012 a Noite do Poder poderá ser em 15 de agosto. Muçulmanos em todo o mundo passarão esta noite buscando um favor de Alá. Dedique seu tempo de oração pedindo ao Deus vivo e verdadeiro que se revele nesta noite.


Publicação exclusivamente digital.


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