Jornal Litoral Alentejano

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1 de Dezembro 2012 Ano XII n.º 271 Quinzenal Preço 0.70 €

Diretora n Aliette Martins

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Diretor-adjunto n Marcos Leonardo

Orçamento Participativo

1.º Encontro Ibérico debate modelos Odemira tem o maior índice de participação do País Com um valor de 500 mil euros destinado ao Orçamento Participativo, o Município de Odemira continua a ser o 3.º do País com maior percentagem - (2,6%) - do Orçamento Municipal a ser decidida pela população e, per capita, Odemira é o 1.º no que diz respeito ao valor do investimento.

Alcácer do Sal

Despoluição do rio Sado A Obra está adjudicada A “Águas Públicas do Alentejo” adjudicou a empreitada de Concepção/Construção da Estação de Tratamento de Águas Residuais de Alcácer do Sal e, no mesmo dia, anunciou o lançamento do concurso para a construção de três estações elevatórias que serão responsáveis pela bombagem dos esgotos para a ETAR.

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Litoral Alentejano – Sábado, 1 de dezembro de 2012

www.jornallitoralalentejano.com 02 Cerca de 60% dos efluentes chegam actualmente sem tratamento ao rio

Propriedade

LitoralPress, Lda

Diretora

Aliette Martins

Diretor Adjunto Marcos Leonardo

Redação Aliette Martins (aliette@sapo.pt)

Rio Sado deixa de receber esgotos de Alcácer do Sal em 2014 A adjudicação da obra de construção de uma nova Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) permite antever um futuro mais saudável para o Rio Sado, que vai deixar de receber, a partir de 2014, os efluentes sem tratamento de cerca de 60% da população da cidade de Alcácer do Sal.

Gisela Benjamim

(giselabenjamim@gmail.com)

Angela Nobre

(a.v.nobre@gmail.com)

Ângela Nobre a.v.nobre@gmail.com

Rute Canhoto

(rutecanhoto@iol.pt)

Joaquim Bernardo

(joaqbernardo@gmail.com)

Helga Nobre

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Cronistas

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Secretaria

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Fotografia Ana Correia Luís Guerreiro José Miguel Duarte Gonçalves

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O investimento, que ronda os 4,5 milhões de euros, a cargo da Águas Públicas do Alentejo, deverá estar concluído no final de 2013. A empreitada implica, para já, um investimento inicial de 2,2 milhões de euros, que inclui a construção de infraestruturas de pré-tratamento, de tratamento biológico por lamas ativadas, de decantação secundária, de espessamento gravítico de lamas e de desidratação mecânica de lamas. Para este mês de Dezembro está ainda previsto o lançamento de concurso público, no valor de 2,3 milhões de euros, para a construção do sistema intercetor, que integra três novas estações elevatórias e três condutas elevatórias, que conduzirão os efluentes da zona urbana até à ETAR.

Um sonho antigo, a despoluição do Sado A obra vai permitir a “despoluição” do Rio Sado, que recebe ainda hoje cerca

Distribuição

de “350 mil metros cúbicos anuais” de descargas de efluentes sem qualquer tratamento, segundo os cálculos por estimativa do vereador responsável pelos serviços urbanos, Hélder Serafim. Atualmente, apenas os efluentes de cerca de 40% da população de Alcácer do Sal, cerca de quatro mil pessoas, são enviados para tratamento primário na ETAR que existe já junto à cidade.

sublinhou. “Estamos a dar agora um contributo para que de facto o rio Sado seja ainda mais rico do ponto de vista ambiental, do ponto de vista da diversidade biológica e da riqueza do seu património natural,

Toda a região ficará a ganhar O presidente da Câmara de Alcácer do Sal, Pedro Paredes, lembrou, durante a cerimónia de adjudicação da obra, que decorreu no passado dia 22 de Novembro nos Paços do Concelho, que além de “um sonho antigo”, a construção da ETAR vem resolver “um problema de todos os habitantes da zona do rio”. “Toda a região ficará a ganhar também com isso”,

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Teatro Pedro Nunes invadido pelos aldeões de …

“A Tasca” “Taberna de aldeia rural alentejana, onde todos sabem de tudo mas ninguém viu nada… local onde de tudo se passa e de tudo se fala. Local de aventuras e desventuras, de histórias e de intrigas. Sala de convívio e de desconveio… espaço de crenças e desavenças. Casa de petiscos e de rabiscos, dos branquiais e dos tintóis… da patanisca e da bela linguiça…”, . esse é o mote da peça de teatro que o Grupo Cénico da Sociedade Filarmónica Progresso Matos Galamba estreou na noite do passado dia 30 de novembro, no Teatro Pedro

Nunes, com sala já esgotada para as quatro primeiras apresentações. “A tasca” promete muito humor e muita crítica social em tom descontraído mas acutilante, a julgar pela peça “Isto há cá destinos”, foi levada à cena pelo mesmo Grupo em 2011, um verdadeiro sucesso tornado possível por um grupo de cerca de 30 pessoas com as mais variadas ocupações, origens e idades, unidas com o objetivo de oferecer momentos de diversão de qualidade à comunidade alcacerense. O espetáculo “A tasca” tem autoria e encenação de Tózé

Grilo e assume-se como uma peça de base popular, da piada espontânea e do humor sadio em que a tasca é o cenário onde decorre toda a ação, o único local público daquela aldeia rural alentejana, por onde todos passam e todos convivem. A Tasca contou com diversos apoios, desde o Poder Político Local ao apoio dos comerciantes de Alcácer do Sal e, estará em cena hoje, dia 1 e dias 2 e 3 de Dezembro.

porque esse é um dos fatores diferenciadores desta região”, fez questão de destacar o presidente da Águas Públicas do Alentejo, Joaquim Marques Ferreira. “Estamos aqui a dar um passo significativo e determinante, estamos aqui a dar o passo de um arranque fundamental para Alcácer, para a qualidade de vida dos seus habitantes e para quem vem de visita, mas também para algo que me parece que é uma grande mais valia desta região e em particular para esta cidade, que é o rio Sado”, disse, na cerimónia de consignação da adjudicação da obra, entregue à empresa

Acciona Água S.A. Este é mais um dos vários investimentos que a empresa que congrega 21 municípios alentejanos tem vindo a fazer na zona litoral. Ao todo, Joaquim Marques Ferreira anunciou terem já decorrido ou estarem em curso investimentos que rondam os 10 milhões de euros nos concelhos da Costa Alentejana, incluindo o emissário de Santiago do Cacém, obra já concluída, a nova ETAR de Vila Nova de Milfontes, em fase de conclusão, e a construção de uma nova ETAR no Cercal do Alentejo, que tem adjudicação prevista para o próximo dia 5 de Dezembro.


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Orçamento Participativo: 1.º Encontro Ibérico debate modelos

Odemira tem o maior índice de participação do país A criação de uma dinâmica de participação cívica mais ativa é uma das metas dos processos de Orçamento Participativo (OP) que estão a decorrer em algumas autarquias do país. No mês de Novembro o concelho de Odemira recebeu o 1.º Encontro Ibérico de Orçamentos Participativos, para debater as práticas e modelos desenvolvidos em Portugal e no estrangeiro. Embora este seja o segundo ano consecutivo do processo em Odemira, este município é já o primeiro do país no que diz respeito ao índice de participação da população e ao valor do investimento per capita. Ângela Nobre a.v.nobre@gmail.com A necessidade de partilhar experiências, com o intuito de aperfeiçoar modelos de OP, conduziu ao 1.º Encontro Ibérico de Orçamentos Participativos, que juntou em Odemira em torno da temática, durante dois dias, eleitos de vários municípios, bem como representantes de associações e de institutos públicos envolvidos em processos semelhantes em Portugal, Espanha, Moçambique, Brasil e Colômbia. Em Portugal, segundo o adjunto do secretário de Estado da Administração Local, Ricardo Carvalho, dos 308 municípios, apenas “cerca de 25” investem actualmente em OP, o que revela por si só, considera, “que há um longo caminho a percorrer”, disse na abertura do encontro, elogiando a iniciativa de “partilhar ideias” entre países com realidades diferentes. Os modelos de OP aplicados nas diferentes regiões não são todos iguais e podem funcionam de forma diferente, tendo em conta a realidade de cada local. Daí que seja necessário aos municípios, do ponto de vista de Juan Lara, vice-presidente da Asociación de Ciudades Participativas (Espanha), começar a “trabalhar mais em rede”, partilhando experiências, sucessos e insucessos. A problemática em torno da “inclusão” da população, no sentido de atenuar a “desigualdade de participação”, das formas como e locais onde os projetos são debatidos ou ainda das ideologias políticas foram algumas das questões levantadas durante o encontro. Ernesto Ganuza, do Instituto de Estudos Sociais Avançados (Espanha), fez referência precisamente à “desigualdade de participação”, tendo em conta a necessidade de adaptar as formas e locais de debate e

de votação, considerando as faixas etárias, a educação e as ideologias políticas. Outro problema apontado é o eventual aproveitamento político desde sistema de participação cívica, que se multiplica em várias autarquias em anos próximos das eleições, situação notada já em Espanha, segundo destacou o mesmo responsável num balanço dos últimos 10 anos de OP no país vizinho, o pode por em risco a credibilidade do processo, caso não tenha continuidade. Em Portugal, a descontinuidade dos processos também é notada. Segundo os dados de Nelson Dias, presidente da Associação In Loco, ao todo terão decorrido experiências de OP, desde o ano 2000, em 46 municípios, sendo que, em 2012, foram registadas apenas 20.

O OP é “um processo dinâmico, inacabado e em evolução”, defende José Alberto Guerreiro O presidente da Câmara de Odemira, José Alberto Guerreiro, para quem o processo aplicado pelo segundo ano consecutivo no concelho “não representa ainda um modelo consolidado”, defende que “a metodologia deve ser adaptada à população”. “O OP deve ser um processo contínuo”, disse durante o encontro, sublinhando que “é um desejo da Câmara Municipal de Odemira incentivar a participação da população”, não apenas no que diz ao processo de votação final nos projetos candidatados, mas mesmo a “participação da sociedade civil na evolução das regras”. “A aprendizagem desta experiência permite aprender e evoluir para uma

nova forma de governar o concelho”, acrescentou, considerando este um “processo dinâmico, inacabado e em evolução”, que visa sobretudo reforçar a cidadania ativa. Da primeira experiência, em 2011, para a segunda, em 2012, a Câmara de Odemira implementou logo algumas alterações no processo. Uma delas foi a criação de uma “urna itinerante”, que permitiu tornar a votação “mais acessível”. “Tínhamos apenas uma urna fixa na sede de concelho, mas criámos uma itinerante que chegou mais perto das pessoas”, explicou o vereador da autarquia responsável pelo processo, Ricardo Cardoso. Essa alteração permitiu que mais pessoas votassem, tendo sido registado um aumento de perto de 1000 votos na primeira edição para cerca de 3500 em 2012. “O que se veio a constatar é que as pessoas têm vontade de participar, mas que havia algumas situações que as estavam a inibir, nomeadamente em termos de mobilidade, que é sempre condicionada em concelhos com a dimensão do de Odemira”, argumentou, satisfeito com a evolução da participação.

Índice de participação em Odemira ultrapassa Cascais e Lisboa O OP de Odemira conseguiu este ano o maior índice de participação pública e o maior valor de investimento per capita, entre os cerca de 25 de processos implementados no país, segundo os dados apresentados pelo presidente da Associação In Loco, Nelson Dias. Apesar de ser recente e de

estar apenas no seu segundo ano de vida, o OP de Odemira conheceu bons indicadores, responsabilizando o executivo em afetar 500 mil euros do orçamento municipal para projetos propostos e votados pela população. Comparativamente com outros municípios que têm implementado um processo de OP, Odemira destaca-se na percentagem de participantes, registando 3469 votos, o que representa 16,1% da população, sendo a maior percentagem do país, seguida de Cascais, com 13,8%, e de Lisboa, com 5,9%. O aumento da participação, que Ricardo Cardoso relaciona com a segunda edição do processo, bem como com a criação da “urna itinerante”, revelou também uma maior votação presencial, com 2146 votos, do que pela plataforma na internet, onde se registaram 1323 votos. Esta situação é inversa à tendência observada em 2011, quando a maioria dos votos ocorreu online, sendo que na altura, a única urna fixa estava instalada no Balcão Único, na vila sede de concelho. Com um valor de 500 mil euros destinado ao OP, o município de Odemira é ainda o 3.º do país com maior percentagem (2,6%) do Orçamento Municipal a ser decidida pela população. Se o cálculo for feito per capita, Odemira é também o 1.º no que diz respeito ao valor do investimento, que ronda os €19,2 por habitante, ultrapassando Portimão (€17,9) e Cascais (€12,2). “Em Odemira habituámonos a fazer as coisas bem e acho que o facto de estarmos no topo da tabela tem muito a ver com isso, nós não inventamos as coisas, temos que apreciar e conhecer as outras experiências

e foi isso que fizemos”, disse Ricardo Cardoso, comentando os resultados obtidos em comparação a outros municípios. “Fomos conhecer as experiências que havia a nível nacional e internacional, absorvemos o que de melhor têm e, de alguma maneira, demos o nosso cunho pessoal e adaptámos às características específicas do concelho de Odemira”, acrescentou, ressalvando contudo a importância de continuar em “constante aprendizagem”.

“A própria organização do evento [1.º Encontro Ibérico de OP] tem esse objetivo, de aprender uns com os outros, e também de alguma maneira impulsionar os municípios que ainda não aderiram a poder pelo menos conhecer e tomar a sua opção de avançar ou não com sistema de orçamento participativo que, como o nosso, é deliberativo”, concluiu.

(Continua na Pag. seguinte)

Modelo de Orçamento Participativo de Odemira O processo de Orçamento Participado (OP) de Odemira está dividido em cinco fases que decorrem ao longo de todo ano: 1 – Janeiro a Março - avaliação e preparação Avaliação do ano anterior, Preparação do novo ciclo, Aprovação da verba a afectar 2 – Abril a Junho – recolha de propostas Divulgação do Orçamento Participativo, Participação pública através da internet e das Assembleias Participativas 3 – Julho a Setembro - análise técnica Análise técnica das propostas e formulação de projetos, Período para reclamação e respostas e apresentação pública das propostas a submeter a votação 4 – Outubro - votação Votação das propostas 5 – Novembro a Dezembro - apresentação pública de resultados Divulgação das propostas vencedoras, Incorporação das propostas mais votadas no orçamento municipal do ano seguinte


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Odemira: Proponentes fazem campanha “porta a porta” Cartazes, ‘flyers’, reuniões e campanhas de informação e sensibilização porta a porta foram as formas encontradas pelos proponentes dos projetos vencedores para divulgar o processo de Orçamento Participativo no concelho de Odemira. Na generalidade, os projetos, embora apresentados por um único cidadão do concelho, conforme ditam as regras do OP, estavam já enquadrados numa iniciativa

side à Associação de Pais de Colos. “No ano passado foi o primeiro OP no concelho e as pessoas que fizeram os projetos candidataramnos e ficaram por ali à espera dos resultados”, recordou. “E isso é manifestamente pouco”, criticou, considerando essencial seguir a metodologia porque que optaram este ano, procurando “motivar as pessoas”. “Fizemos cartazes e flyers”, “tentámos levar as pessoas a votar”, “infor-

que envolveu um grupo de pessoas e as próprias comunidades locais. Foi o caso do projeto de requalificação do espaço exterior da Escola Básica Aviador Brito Pais, na vila de Colos, que havia já sido candidatado em 2011, depois dos próprios alunos e professores terem contribuído com ideias. “O projeto já existia, mas no ano passado não conseguiu votos suficientes para ganhar”, explicou o proponente, Pedro Gonçalves, que pre-

mámos porta a porta sobre o que é o OP”, enumerou. Também Renato Sapata, que candidatou o projeto de construção de um pavilhão multiusos na Boavista dos Pinheiros, revelou ter feito “campanha” de forma semelhante, percorrendo ainda cafés e esclarecendo e levando os mais idosos, com dificuldades em ter acesso às urnas de outra forma, a votar. Além destes métodos, Silvestre Martins, proponente do projeto “São Luís e

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Relíquias, freguesias solares”, fez campanha junto dos amigos, bem como através da rede social facebook, explicando a importância para as duas freguesias da implementação da micro-geração. Também este projeto já tinha sido candidatado em 2011, mas apenas incluía a freguesia de São Luís. “E porque não apresentar um projeto conjunto para unir esforços”, questionou, explicando o que o levou a alargar o projeto à freguesia de Relíquias. O processo de OP é elogiado por todos os envolvidos, que consideram ser uma forma de potenciar a “cidadania mais ativa”, além de permitir a concretização de projetos que, de outra forma, poderiam não ver a luz do dia tão cedo. Ainda assim, apontou Pedro Gonçalves, falta ainda o envolvimento “de mais jovens”. “A camada dos 25 anos para baixo ainda está pouco atenta a estas situações”, considera. “Há já muita gente que vai votar, mostra interesse, mas há também muita falta de informação”, criticou. “Penso que haverá ainda algum trabalho da Câmara Municipal de Odemira a fazer nesse sentido”, acrescentou, acreditando contudo que em 2013 “haverá um outro crescimento muito grande nas votações”, à semelhança do que aconteceu este ano. “Está no bom caminho”, concluiu.

Requalificação de espaço escolar, energias renováveis e pavilhão multiusos incluídos no OM 2013 A requalificação do espaço exterior da Escola Básica Aviador Brito Paes, em Colos, o projeto de micro-geração de energia de São Luís e de Relíquias e a construção de um pavilhão multiusos em Boavista dos Pinheiros foram as três propostas mais votadas, entre 22, para serem incluídas no Orçamento Municipal para 2013. Em primeiro lugar, com 659 votos, ficou a proposta número 12 que prevê a requalificação do espaço exterior da Escola Básica Aviador Brito Pais, na vila de Colos, com um custo estimado de 185 mil euros, candidatada por Pedro Miguel Gonçalves, em representação da Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Colos. A proposta inclui a requalificação da pista de corta mato, instalação de um circuito de manutenção e de um skatepark, reflorestação da zona, colocação de um piso sintético no polidesportivo da escola, entre outros arranjos. Em segundo lugar, com 451 votos, ficou a proposta número 7, designada “ S. Luís e Relíquias freguesias solares”, num investimento de 180 mil euros, apresentada por Silvestre Miguel Martins, em representação da Comissão Social Inter Freguesias de S. Luís e Relíquias. O projeto visa a instalação de 8 unidades de micro-geração de energia elétrica nos edifícios das entidades públicas das duas freguesias; a energia elétrica produzida será utilizada pelas entidades e/ou serviços públicos e a diferença fornecida à EDP, sendo o rendimento gerido pelas entidades contempladas e/ou pelas próprias Juntas de Freguesia e utilizado para promover projetos no âmbito social, cultural, ecológico e comunitário. A terceira proposta mais votada, com 375 votos, foi a número 9, que prevê a construção de um “Pavilhão Multiusos”, em Boavista dos Pinheiros. O proponente foi Renato Armando Sapata, em representação do Juventude Clube Boavista, num investimento de 100 mil euros. A proposta visa a construção de um espaço multiusos, no campo de jogos junto à sede do Juventude Clube Boavista, para melhorar a oferta e qualidade de atividades desportivas e culturais da freguesia.

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Crónicas de Lisboa

Já não há paciência

Serafim Marques* Mais uma vez, o presidente do Futebol Clube do Porto (FCP), senhor Pinto da Costa (PC),com a acutilância que lhe é peculiar, veio criticar os responsáveis da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), pelo facto desta ter negociado a realização dum jogo amigável no Gabão entre a selecção nacional daquele país e a portuguesa. Afirmou que era um escândalo e que a FPF anda só atrás do dinheiro à custa dos jogadores dos clubes. “Levaram os jogadores para onde lhes apeteceu sem pagarem nada, para um campo sem condições nenhumas e para um clima diferente, muito húmido. É lamentável.»disse. Argumentou que a escolha daquele jogo prejudicou os jogadores e, consequentemente, os clubes que os cederam à selecção, que não recebem qualquer benefício. Referia-se, obviamente, ao seu clube, apesar deste ter cedido apenas dois jogadores à selecção portuguesa, enquanto, por exemplo, o Braga cedeu sete! Como já o tem feito, voltou a invocar que a FPF realiza muito dinheiro, servindo-se dos jogadores dos clubes para fazer encaixes financeiros e constituir depósitos a prazo nos bancos . O senhor PC queixa-se e ataca a FPF, porque o seu “estatuto de papa do futebol português” lho permite, até porque sabe que poucos ousam contestar as suas afirmações ou acusações. Mas não faz o mesmo com as federações nacionais de outros países e às quais o FCP cede também jogadores. Na mesma semana, o seu clube cedeu mais cinco jogadores a selecções doutros países (dois deles

alinharam pela selecção da Colômbia num jogo semelhante ao de Portugal contra o Brasil nos USA) , porque, infelizmente, para a selecção portuguesa, o FCP tem muito poucos jogadores portugueses no seu plantel principal. Outros clubes europeus teriam mais razões de queixa do que o FCP, pois também eles cederam jogadores seus para jogos amigáveis e disputados bem longe das respectivas cidades. Desta vez, incluiu também o seleccionador Paulo Bento nas suas críticas, mas este respondeu-lhe e, em tom provocatório, disse :” Ou alguém tem algo contra a FPF e terá de resolver esse problema ou gostará mais da federação colombiana do que da portuguesa”. Mas mesmo que o senhor PC tivesse moral para atacar a opção da FPF, é condenável que esta tente obter receitas financeiras, se todas as outras federações o fazem também? Afinal, quem financia a actividade duma extensa pirâmide que é o futebol nacional? São os clubes grandes, maioritariamente compostos por jogadores estrangeiros? Reparou o senhor PC de que a federação espanhola deslocou a sua principal selecção ao Panamá, para fazer um jogo amigável também? E que a Argentina fez o mesmo deslocando-se à Arábia Saudita? E o Brasil jogou contra a Colômbia em New Jersey (USA)? E muitas outras selecções realizaram, neste mesmo período e a meio da semana, jogos amigáveis? É que a FPF não pode comprar jogadores noutros países, como fazem os nossos clubes e também não podem realizar brutais encaixes financeiros com as vendas de jogadores e treinadores, pelo que a FPF e outras, têm que fazer um gestão financeira que lhes permitam ser sustentáveis.Coitadinhos dos jogadores portugueses

que são, mais fraquinhos do que os espanhóis, os argentinos, os brasileiros, etc! E o que dizer do papel ingrato do seleccionador Paulo Bento que têm cada vez mais dificuldades em fazer uma boa selecção, por causa da invasão de jogadores estrangeiros, porque tem sido essa a opção dos dirigentes dos clubes portugueses, em vez de apostarem mais nos nossos jovens jogadores. O senhor PC, na sua feroz crítica à FPF, não se coibiu de invocar que o poder político deveria ter impedido a realização deste jogo, dizendo: “há uma tutela de desporto que devia ter intervindo”. Afinal, ele que se bate pela independência dos clubes e do futebol, não hesita em invocar o governo que, e ele sabe-o bem, não pode interferir na gestão da FPF, porque a FIFA não o permite. Parece que nem os problemas cardíacos de que padece o senhor PC, como eu tenho e que lamento ao cidadão, lhe refreiam as acutilantes críticas a todos aqueles que não façam parte do seu universo de “yes man”. A vítima recente parece ter sido Paulo Bento que, de “ menino querido”, foi alvo também do seu ataque. Respondendo, como o fez, o seleccionador, sabe que não será treinador do FCP enquanto o senhor PC for vivo. Já não há pachorra para ouvir esse senhor, mas até a imprensa lhe abre alas e lhe agradece a suas “sábias e autoritárias palavras”. Para mim basta e estou farto de assistir a esta “guerra” de gente para quem oitocentos mil euros (foi o cachê cobrado pela FPF) não significa nada. Afinal ele invocou que, enquanto os clubes portugueses são pobres, a FPF é rica! Contradições duma guerra que tem alvos? Quais? Constatase que também o futebol português têm muitos inimigos no seu seio. *Economista


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Em Santiago do Cacém

Noite de Emoção com Guitarra Portuguesa Guitarra Portuguesa e solidariedade estiveram de mãos dadas. Alunos da Escola da Guitarra Portuguesa Mestre António Chainho deram um espetáculo no Auditório Municipal de Santiago do Cacém que, para além da música, teve uma vertente humanitária, uma vez que os ingressos serviram de moeda de troca para a recolha de bens e produtos alimentares que serão distribuídos a famílias carenciadas do Concelho, pela Câmara Municipal de Santiago do Cacém. A Câmara Municipal de Santiago do Cacém promoveu, no passado dia 24 de novembro, um espetáculo de Guitarra Portuguesa. O espetáculo decorreu no Auditório Municipal António Chainho, a partir das 21h30, e teve como objetivo apresentar o trabalho desenvolvido pelos alunos da Escola da Guitarra Portu-

de S. José e, às segundasfeiras de cada semana, sob a orientação do Mestre António Chainho e do Professor Manuel Domingos, cumprese nos objetivos propostos. Atualmente, conta com 14 alunos, com idades compreendidas entre os 14 e os 70 anos. O aluno mais novo, Joaquim Flores, tinha sete anos quando começou a tocar os

que agarraram esta oportunidade para poderem tocar um instrumento tão bonito”, refere o Mestres, salientando que, hoje pos seus alunos “sentem-se felizes por tocarem peças que nunca pensaram tocar, é o caso de um aluno de 70 anos de idade que, quando cá chegou apenas arranhava as melodias que ouvia. Tive de lhe dizer para desaprender tudo

percurso interessante porque também aprendemos com os alunos. Cada um traz o seu motivo e uma história com um denominador comum, o gosto pela guitarra portuguesa”. Manuel Domingos é também construtor de guitarras portuguesas. Trata-se, segundo afirma, de uma “paixão de vida”. Para este professor, “a guitarra, tal como está hoje em termos de sonoridade, deve-se a uma evolução que foi feita pelos guitarristas e pelos construtores na procura de sonoridades diferentes”, destacando que os materiais de construção devem ser “nobres”, tais como “pau-santo, mogno, ébano e pinho muito fino”.

guesa António Chainho em Santiago do Cacém sob a orientação do Mestre António Chainho e do Professor Manuel Domingos. A Escola da Guitarra Portuguesa Mestre António Chainho, que abriu as portas em abril de 2005, além de representar uma homenagem ao Mestre da Guitarra Portuguesa natural do Concelho de Santiago do Cacém, pretende proporcionar a aprendizagem desse instrumento musical, numa comunidade com tradições enraizadas no domínio da música e que derem origem ao surgimento de músicos conhecidos no âmbito nacional e internacionalmente.

A Escola cumpre vários objetivos A Escola, pretende fomentar a formação, dinamização e criação de público ouvinte na área da música. Tem as suas instalações no Colégio

primeiros acordes. Hoje com 14 anos, conta porque decidiu ingressar na Escola, começando por afirmar que “Quando era pequeno vi um cartaz da Escola de Guitarra Portuguesa e pedi ao meu pai para experimentar e ver se gostava e… cá estou”, disse. Segundo Joaquim Flores, “o som da guitarra é único e, no futuro, quero continuar ligado à música”, concluiu.

Um sonho tornado realidade Para o Mestre António Chainho, o espetáculo do dia 24 de novembro foi um sonho agora tornado realidade, altura em o Mestre da Guitarra Portuguesa apresentou, pela segunda vez, os seus alunos. É de salientar que António Chainho quando fala da guitarra e da sua musicalidade, fala também de espetáculos de emoções, uma mensagem que sabe aos seus “pessoas que nunca tiveram oportunidade de aprender guitarra e

e começar de início. Hoje já toca as coisas simples, mas limpas”, disse.

O professor e construtor de guitarras portuguesas explica ainda que “a evolução

gos, fala em média de cera de “um mês e meio”, explicando que “fazer uma guitarra é sempre uma caixa fechada porque, muitas vezes, encontramse guitarras mais baratas com um som melhor do que o de uma guitarra feita com todo o cuidado e com materiais nobres”.

A verba dos ingressos serão para doação de bens e produtos alimentares a família carenciadas

acordo com o Serviço Social da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, os géneros entregues pela população vão ser distribuídos por 50 famílias. Foram entregues entre outros produtos, fraldas, produtos de higiene e de limpeza, material escolar e bens alimentares. No início do espectáculo, foi exibido um filme sobre a Escola da Guitarra Portuguesa Mestre António Chainho e sobre a construção de guitarras. Seguiram-se as atuações dos alunos e ouviu-se também cantar o fado pelas vozes de Alfredo Sargaço e Joana Luz. Igualmente dois alunos da Escola, Ricardo e Luís Gonçalves, cantaram fado.

De sublinhar que a realização deste Espetáculo teve ainda uma vertente humanitária, uma vez que os ingressos vendidos serviram de moeda de tro-

A noite foi de emoção para os alunos, familiares e o restante público que não poupou aplausos.

ca… Ou seja, irá potencializar a doação de bens e produtos alimentares que – posteriormente ao espetáculo - serão distribuídos a famílias carenciadas do Concelho pela Câmara Municipal de Santiago do Cacém. De

Material escolar, fraldas, papas lácteas, cereais, produtos de higiene, detergentes para a roupa, enlatados, óleos alimentares, azeite, etc., são alguns dos produtos que podem ser trocados pelo ingresso. As entradas podem já ser reservadas.

Um espetáculo Fado Menor, Corrido e Mouraria em tempo de emoções O espetáculo contará com muitas peças instrumentais e, como não podia deixar de ser, será destacado o Fado Menor, o Fado Corrido e o Fado Mouraria. Aliás no espetáculo atuarão também - promovendo um belo apontamento de musica portuguesa, a jovens Joana e Alfredo, um dos amigos do guitarrista. Um destino comum, o gosto pela guitarra portuguesa No que diz respeito à Escola, diz Manuel Domingos, ele que também é professor na Escola da Guitarra Portuguesa referindo-se aos alunos: “Para mim tem sido um

dos materiais ajuda na construção das guitarras, é o caso por exemplo dos leques, que hoje são muito perfeitos e mantêm a afinação, porque são recortados a laser”. Contabilizando o tempo de construção de uma guitarra portuguesa, Manuel Domin-


Litoral Alentejano – Sábado, 1 de dezembro de 2012

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Jangadas fenícias de São Torpes candidatas

A Património da UNESCO

São conhecidas como as jangadas de São Torpes e, embora a sua ligação ao povo fenício nunca tenha sido comprovada, a verdade é que essas embarcações rudimentares, que outrora povoaram as águas da costa sineense, sempre causaram espanto entre os mais curiosos e interrogações a quem procurava responder quais seriam as suas origens. Helga Nobre helga.nobre@gmail.com

Como surgiram as primeiras jangadas de São Torpes é uma das questões que Eugénio da Silva Prendas, de 62 anos de idade, não sabe responder. Constrói essas pequenas embarcações desde criança, ensinado pelo pai e pelos irmãos que acabaram por falecer, deixando-lhe nas mãos uma herança que agora quer ser candidata a Património da UNESCO. “Aprendi a fazer estas jangadas com os meus irmãos que depois foram morrendo e fui ficando com este conhecimento”, conta encostado ao velho portão de madeira que afasta os estranhos com um aviso: ‘Cuidado com o cão’. No quintal de sua casa, estão empilhadas algumas jangadas, que servem para o ‘Gravatinha’ vigiar o seu território e ladrar a quem se aproxima. O dono repara: “Estas já não têm uso. A que tenho na praia e que só utilizo de vez em

quando, tem uns cinco anos mas se forem bem cuidadas as jangadas podem durar 15 ou 20 anos” garante, fechando o portão. Surge uns metros adiante de remo na mão. É na praia da ‘Pedra da Apegada’, entre Morgavel e a Vieirinha, que a jangada está ‘ancorada’. Eugénio desvenda o esconderijo com um puxão, revelando o conjunto de canas ordenadas entre as pedras e a vegetação. “Já ninguém tem nada disto”, diz expondo o seu ‘tesouro’ à luz do dia e ao vento forte que se faz sentir e que o impede de ir para a água. A jangada surge e, com ela, as histórias que o pescador-cabaneiro guarda na memória. “Ainda andava na escola e já ia daqui São Torpes - para o navio Infante Dom Henrique que estava além…”, apontando para o terminal de contentores. “Em cima da prancha levava a bicicleta a pedal,

o caixote dos aparelhos, porque nessa altura deixavam armar, chegava a levar batatas, arroz, um fogão a petróleo, levava tudo para dormir. Demorava mais de 2 horas sem vento e com o mar calmo. Ficava por lá uma semana ou duas e, depois, quando me fartava, voltava para casa”, recorda. Para fazer uma jangada com pouco mais de 2 metros de comprimento, Eugénio utiliza perto de 60 canas. “Quando as escolho tenho sempre em atenção a espessura e o vidrado. Aproveito as canas que crescem no valado e escolho, mais ou menos, todas da mesma espessura. Quando são apanhadas estão mais bonitas. Agora é que já estão feias e rachadas pelo uso, mas ainda vão ao mar”. Depois das canas apanhadas “levo umas 3 horas e tal a fazer a jangada. O que dá mais trabalho ainda é apanhar as canas no valado”, garante. As canas unem-se com três travessas em madeira: “duas em cada ponta e uma ao meio e, depois, é só atar,

de duas em duas, e, de três em três canas, de cada lado da jangada para fechar depois ao meio”. Em cima da jangada, imitando os movimentos da remada, o pescador, mostra como se ganha equilíbrio. “Nas pranchas só utilizam uma pá, mas esta jangada tem duas porque dá mais jeito assim” explica, forçando a remada no ar. “Um gajo está habituado a isto, nascido e criado com isto”, remata com orgulho. “Quando vejo os surfistas a apanharem ondas, acho que a minha jangada também é parecida mas, a prancha, corre mais na onda do que a jangada, que agarra mais, enquanto a prancha desliza”, acrescenta o morador de São Torpes que lamenta não ter a quem deixar a sua herança: “O meu filho não quer saber disto e eu sou a única pessoa aqui das redondezas que sabe construir esta jangada. Os outros já morreram”. Quanto a ser património: “Não sei, não sei. Eu que sou eu, vou fazer uma para mim também” diz sorrindo.

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“Fazemos atividades à volta da jangada de São Torpes” A palavra do Arquiteto Ricardo Pereira, da Câmara Municipal de Sines, que responde ao Jornal Litoral Alentejano a questões colocadas. Litoral Alentejano - Como vê a intenção da ERT de candidatar as jangadas a património da Unesco? Ricardo Pereira – Arquiteto em exercício na Câmara Municipal de Sines Foi uma ideia muito inesperada porque é qualquer coisa que se mantém vivo desde a pré-história e que nunca foi promovido pela Câmara ou pelo Museu de Sines e é qualquer coisa viva. Continua a haver ali dois ou três idosos que fazem as suas jangadas e que continuam a utilizá-las. Há artigos publicados sobre as jangadas e é qualquer coisa de surpreendente a Região de Turismo, tendo uma noção muito clara de todo o património do Alentejo, ter percebido até que ponto isto é uma coisa rara. Às vezes estamos tão próximos do nosso património, que não percebemos até que ponto ele é único e fantástico e pode impressionar as pessoas, vindo até ser considerado património da Humanidade. Litoral Alentejano - Como as jangadas chegam a este território? - Não sabemos. Como qualquer manifestação tradicional, não há registos. É qualquer coisa que sempre se fez e que se continua a fazer. Naquela zona, as pessoas tinham uma economia de subsistência que não devia ser muito diferente da do Homem do Neolítico com a sua agricultura, pesca e pequenos rebanhos que aproveitavam os recursos que tinham ao seu dispor. Era uma zona de dunas, mas havia canas nas margens daquelas ribeiras e era fácil cortar as canas e fazer essas pequenas jangadas e pescar naquelas zonas muito ricas em peixe. Litoral Alentejano - Que atenção se poderá dar, a partir de agora, a este património? - A Câmara tem prestado alguma atenção a este património. Todos os Verões fazemos uma atividade com as escolas à volta da jangada de São Torpes. Levamos os miúdos que conversam com os mais velhos que as constroem e ainda usam. Além disso, temos um exemplar com alguns anos no Museu que pode ser visto pelos visitantes. Litoral Alentejano - A Câmara de Sines apoia esta candidatura? - Estas candidaturas obrigam a ter uma equipa técnica bastante sólida e isso obriga a reunir especialistas em várias áreas para validar o projeto, iniciativas de animação e preservação de um património vivo, genuíno. São muitos anos de trabalho, o que é ótimo porque, divulgar o património é uma das nossas principais missões.

Turismo do Alentejo quer jangada a Património da UNESCO A Entidade Regional de Turismo do Alentejo está a desenvolver um projecto que passa por reunir “um conjunto de bens imateriais” que possibilitem a candidatura a património junto da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). As jangadas fenícias de São Torpes estão entre as “expressões culturais” que a ERT do Alentejo quer ver classificadas. “Consideramos que há determinados bens imateriais, uns em vias de extinção e, outros, com grande significado no contexto da região, que também merecem ser candidatados e classificados pela UNESCO”, argumentou António Ceia da Silva, presidente da ERT do Alentejo. O projeto visa a salvaguarda das jangadas que se supõe de origem fenícia e usada na pesca artesanal local. Os chocalhos de Alcáçovas, concelho de Viana do Alentejo, os tapetes de Arraiolos, a tapeçaria de Portalegre e as Festas do Povo de Campo Maior, são os restantes bens imateriais que compõem a lista. Este trabalho vai incluir acordos de colaboração entre a Turismo do Alentejo e as câmaras municipais ou outras associações dos concelhos envolvidos, prevendo Ceia da Silva que os mesmos sejam todos assinados no espaço de “seis meses”. “Cada um dos bens imateriais vai ter a sua própria candidatura, a diferentes listas da UNESCO”, explicou. O presidente do Turismo do Alentejo admitiu que este projeto global seja executado “nos próximos dois anos” e assegurou que, atualmente, é preciso “afirmar as questões da identidade dos territórios e dos destinos turísticos”, afirmando que “ São decisivas. Por isso, é imprescindível valorizar e salvaguardar estes bens imateriais, que pertencem à identidade do Alentejo”, para que possam ostentar o “Selo da UNESCO, o que contribuirá para a dinamização turística e económica da região”, afirmou o dirigente.


1 de dezembro/12 Ano III • n.º 71 •

Diretora Aliette Martins Diretor-adjunto Marcos Leonardo Editor Joaquim Bernardo


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Odemira, Sines e Santiago do Cacém Nadadores-salvadores “prontos a agir” fora da época balnear “Zora Lutz” corresponde ao nome de um programa de voluntariado, com o objetivo de responder a qualquer situação de socorro a pedido da autoridade marítima, promovido pela Resgate. Ângela Nobre a.v.nobre@gmail.com Uma equipa de doze nadadores-salvadores voluntários está disponível para responder a eventuais ocorrências nas praias e no mar, fora da época balnear, nos concelhos de Odemira, Sines e Santiago do Cacém. O projecto ‘Zora Lutz’, promovido pela Associação de Nadadores Salvadores do Litoral Alentejano Resgate, que começou a ser implementado este ano, prevê também a formação da população para os cuidados de prevenção, tendo já decorrido sessões com cerca de 500 crianças de Vila Nova de Milfontes. O projecto ‘Zora Lutz’ está a decorrer desde o final oficial da época balnear, a 15 de Setembro, tendo começado com seis voluntários no concelho de Odemira. Agora, a iniciativa já se alargou a Sines, onde conta com três nadadores-salvadores, e a Santiago do Cacém, onde estão de prevenção mais dois voluntários.

É um programa que permite colocar um nadador nas praias em dez ou quinze minutos Trata-se de “um programa de voluntariado”, cujas equipas são acionadas pela Capitania do Porto de Sines, explicou o presidente da Resgate, António Mestre. “Conseguimos colocar um nadador nas praias dos três concelhos em cinco, dez ou quinze minutos”, assegurou. O objetivo é que a equipa esteja disponível para responder a qualquer situação de socorro, a pedido da autoridade marítima. Para isso, aos voluntários é atribuído um cinto de salvamento e uma máscara de reanimação, equipamentos que “devem estar sempre nas suas viaturas”, além de que, os próprios nadadores salvadores devem ter o seu próprio fato térmico e pés de pato e manter sempre o telemóvel ligado. Embora enquanto projeto

de voluntariado esteja agora a ganhar uma nova forma e dimensão, o mesmo responsável revelou que já antes havia uma parceria “informal” com a Capitania. “Desde sempre que a Capitania nos liga e nós disponibilizamo-nos e intervimos voluntariamente”, disse, argumentando contudo que

“o ideal” seria haver uma “equipa de profissionais financiada todo o ano”. O programa de voluntariado é visto “com bons olhos” pelo Capitão do Porto de Sines, Rui Arrifana Horta, que considera esta “uma muito boa forma de os civis e populares poderem contribuir para a segurança marítima”. Fora da época balnear, a autoridade marítima “não tem capacidade” para vigiar as praias dos cerca de 90 quilómetros de costa sob a jurisdição da Capitania de Sines, pelo que este projeto vem reforçar a prestação de socorro, em caso de necessidade de intervenção. “Geralmente somos avisados da ocorrência via 112 e deslocamo-nos para o local, mas este projecto agora vem-nos ajudar porque já tem pessoas no local”, sublinhou, explicando que isso permite uma intervenção mais rápida, bem como um melhor conhecimento da situação em causa. “Enviamos na mesma os nossos homens, mas acionamos os voluntários e reportam-nos de forma mais rápida o que se passa de facto no local”, disse.

O projecto ‘Zora Lutz’ não está oficialmente protocolado com a Capitania, estando ainda numa fase “experimental”. Contudo, até à data, “já ocorreram duas situações em que foi solicitada a colaboração dos voluntários”, uma delas “foi a Zora Lutz”, que “correu muito bem”, a outra foi nas buscas por um “pescador desaparecido”, exemplificou Rui Arrifana Horta. Quanto a uma replicação do programa de voluntariado a outras zonas do país, o mesmo responsável considera que “teoricamente faria sentido”, mas lembra que “é preciso ter em conta os meios disponíveis”,

porque neste momento “é tudo feito com base no voluntariado”. “Vamos avaliar primeiro como corre”, disse. A iniciativa da Resgate foi também elogiada pelo vicepresidente da Câmara de Odemira, Helder Guerreiro, que reconhece a relevância de um programa de voluntariado do género, tendo em conta ter já “contribuído” para salvar duas vidas no concelho. “Revelou-se logo à partida muito eficiente e eficaz”, elogiou, adiantando ainda estarem já a decorrer negociações com a Resgate no sentido de o projeto poder integrar o Banco de Voluntariado de Odemira, para que “haja cobertura de seguro e seja perfeitamente legitimado”.

Educar para prevenir A par da equipa de voluntários, o projeto tem também uma dimensão de sensibilização e formação tendo em vista a mudança de comportamentos de risco. No mês de Outubro, alguns elementos da Resgate estiveram nas

escolas básicas de Vila Nova de Milfontes a fazer chegar a mensagem a cerca de 500 crianças dos 3 aos 10 anos e, ainda este ano, estão a preparar uma ação de formação sobre o Suporte Básico de Vida para cerca de 40 professores. “Andámos em setes escolas do pré-escolar ao 1.º ciclo, a ensinar medidas de prevenção e a mostrar equipamentos e materiais, como a carrinha da Resgate ou a mota de água”, relatou. “Abordámos o uso do colete salva-vidas, os sinais de bandeiras e explicámos o que é um agueiro ou uma corrente de retorno, bem como o perigo de afogamento em recipientes como baldes, bacias, alguidares ou banheiras”, acrescentou. Este tipo de iniciativas também não é novidade para a Associação Resgate, que há alguns anos atrás já fez ações de formação do género no concelho de Santiago do Cacém, contudo não tem sido seguido nenhum plano contínuo de formação dos mais jovens, o que considera que seria importante. “Seria importante que todas as crianças passagem por esta formação, porque conduz a uma mudança de comportamento e de conhecimento dos riscos”, argumentou. “É melhor prevenir do que resgatar”, defende.

Prevenção permite “poupar” e “salvar vidas” A Resgate tem vindo a apostar na prevenção como a melhor forma de “salvar vidas”, desenvolvendo um papel formativo, principalmente junto dos jovens, de que é exemplo o programa “Nadador-Salvador Júnior”, por onde têm passado nos últimos verões centenas de participantes. A ideia de que a prevenção, através da informação e da educação, permite “salvar

vidas”, evitar que outros arrisquem as suas vidas para fazer um salvamento, mas também “poupar” ao Estado os custos de uma operação de resgate, bem como da recuperação médica, é defendida há muito tempo por António Mestre. “A situação que ocorreu com Zora Lutz não ficou ao Estado Português em menos de 50 mil euros e isso custa aqui uma época balnear”, disse no mesmo dia em que decorreu o salvamento, lembrando que para o local foi enviada a equipa da autoridade marítima, os bombeiros de Odemira, a Viatura Médica de Emergência e Reanimação baseada no Hospital do Litoral Alentejano e ainda o helicóptero do INEM.

“Se houver três ou quatro ocorrências destas, estamos a falar de números que ascendem a 150 a 200 mil euros”, calculou, lembrando que a jovem alemã teria ainda que ficar internada no hospital até recuperar. António Mestre defende que a “forma mais simples de tratar o afogamento é através da prevenção”, até porque pode ser feito com um “investimento”, que estima entre 40 a 50 mil euros, e portanto com um custo inferior ao resgate.

Quem é Zora Lutz? Zora Lutz é uma jovem alemã de 15 anos que foi salva, no mês de Outubro, da praia da Zambujeira do Mar, por populares que a resgataram do mar já inconsciente, tendo em terra recebido apoio de nadadores-salvadores que estavam de prevenção, bem como da equipa do INEM, que entretanto chegaram ao local. Após cerca de 48 minutos sem respirar sozinha, período durante o qual estava a ser aplicado o Suporte Básico de Vida, a jovem foi estabilizada e transportada por helicóptero para o Hospital de Santa Maria, onde recuperou depois de um coma de 12 dias, tendo já regressado com a família à Alemanha. A adopção do nome de ‘Zora Lutz’ para o projecto que estava já a ser implementado na altura, mas apenas com seis voluntários, é “simbólico”, explicou o presidente da Resgate, António Mestre. “Em onze anos de Associação Resgate, esta foi a primeira vez que se tirou uma pessoa da água inconsciente, inanimada, sem respirar e se conseguiu recuperar”, disse.


www.jornallitoralalentejano.com 12 Em Odemira até ao dia 7

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“Campanha Aliados do Natal”

Carneiro

Touro

Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 11 Carta Dominante: Rainha de Paus, que significa Poder Material. Amor: Seja corajoso. Não tenha medo de arriscar tudo por amor. Saúde: Período em que se sentirá muito saudável. Dinheiro: A determinação fará de si um vencedor. Lute pelos seus objectivos. Números da Sorte: 1, 18, 22, 40, 44, 49 Pensamento positivo: Eu valorizo os meus amigos.

Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 12 Carta Dominante: A Lua, que significa Falsas Ilusões. Amor: Poderá ser iludido por pessoas que não são aquilo que aparentam ser. Tenha cuidado, esteja alerta. Saúde: Alguma instabilidade emocional. Procure refugiar-se dentro de si mesmo e coloque as suas ideias no lugar. Dinheiro: É possível que receba um convite para trabalhar numa empresa de grande prestígio, no entanto procure saber bem aquilo com que conta. Números da Sorte: 3, 11, 19, 25, 29, 30 Pensamento positivo: Estou atento a tudo o que se passa à minha volta.

Gémeos

Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 13 Carta Dominante: 8 de Copas, que significa Concretização, Felicidade. Amor: Esteja atento às pessoas que o rodeiam porque pode ser surpreendido por muitas emoções fortes. Saúde: Mantenha a serenidade e sentir-se-á muito bem consigo e com o que o rodeia. Dinheiro: Procure não arranjar conflitos com os seus colegas de trabalho. A concórdia é fundamental ao sucesso. Números da Sorte: 19, 26, 30, 32, 36, 39 Pensamento positivo: Eu tenho Fé para ultrapassar todos os momentos.

Caranguejo

Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 14 Carta Dominante: 9 de Espadas, que significa Mau Pressentimento, Angústia. Amor: Tenha cuidado e procure gerir esta situação com sensatez. Promova o diálogo honesto com o seu parceiro, não alimente mal-entendidos nem situações duvidosas, esclareça as dúvidas de imediato e seja feliz com quem mais ama. Saúde: Tendência para as dores musculares. Dinheiro: Os seus objectivos só serão concretizados se trabalhar com empenho e se esforçar por aquilo que quer. Números da Sorte: 5, 9, 17, 33, 42, 47 Pensamento positivo: Tenho cuidado com o que digo e com o que faço para não magoar as pessoas que amo.

Leão

Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 15 Carta Dominante: Ás de Copas, que significa Principio do Amor, Grande Alegria. Amor: Poderá viver momentos muito felizes ao lado da sua cara-metade. Viva este período sem reservas e não tenha medo de libertar toda essa sensualidade que existe em si. Saúde: Sem grandes problemas. Período marcado pela alegria e pela boa energia física. Dinheiro: Essa sua mania de querer comandar todas as actividades pode irritar os seus colegas de trabalho. Números da Sorte: 8, 9, 22, 31, 44, 49 Pensamento positivo: Eu sei que mereço ser feliz.

Virgem

Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 16 Carta Dominante: Rei de Ouros, que significa Inteligente, Prático. Amor: Dê largas à sua imaginação e surpreenda o seu companheiro com uma noite sensual e excitante. Saúde: Cuide da saúde do seu coração. Evite o consumo de alimentos que façam subir os seus níveis de colesterol, corte com os fritos e os temperos exagerados e procure andar a pé. Dinheiro: Os novos investimentos estão protegidos. A conjuntura favorece a entrada de dinheiro. Números da Sorte: 2, 8, 11, 28, 40, 42 Pensamento positivo: Dedico-me às pessoas que amo.

Balança

Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 17 Carta Dominante: 6 de Paus, que significa Ganho. Amor: Dedique-se à sua família e promova a união entre aqueles que se amam. Seja um bom ouvinte e esteja presente quando precisam de si. Saúde: Procure não se preocupar em demasia com os problemas alheios pois isso só irá prejudicar a sua saúde. Dinheiro: O sucesso estará garantido, mas tenha cuidado porque é possível que um colega se mostre seu amigo mas no fundo não seja digno da sua confiança. Números da Sorte: 7, 19, 23, 42, 43, 48 Pensamento positivo: Eu valorizo os meus amigos.

Escorpião

Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 18 Carta Dominante: O Louco, que significa Excentricidade. Amor: Poderá ter de enfrentar alguns problemas com a sua cara-metade, provocados por intrigas e mal-entendidos. Aprenda a moderar a sua possessividade e os seus ataques de ciúmes para não magoar quem ama. Saúde: Período marcado por alguma agitação e instabilidade emocional. Dinheiro: Esteja atento e saiba gerir o seu dinheiro porque a tendência é para o descontrolo e a dispersão. Números da Sorte: 2, 4, 22, 36, 47, 48 Pensamento positivo: Vivo cada momento com felicidade.

Sagitário

Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 19 Carta Dominante: 6 de Copas, que significa Nostalgia. Amor: Poderá reencontrar um amor do passado que o deixará muito abalado. Procure ultrapassar o trauma e libertese daquilo que já passou. Seja seguro acerca dos seus sentimentos e não se deixe abater sem motivo. Viva o presente. Saúde: Tendência para a depressão. Fomente pensamentos mais optimistas, sorria mais! Dinheiro: Cuidado com possíveis perdas de capital. Esteja atento e conte com novas despesas. Números da Sorte: 3, 24, 29, 33, 38, 40 Pensamento positivo: A alma não tem idade, jamais envelhece!

Capricórnio

Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 20 Carta Dominante: O Mundo, que significa Fertilidade. Amor: Tudo aquilo com que sempre sonhou a nível amoroso está prestes a ser realizado. O amor está muito perto de si, será impossível não o sentir. Saúde: Esteja atento aos valores do colesterol. Não se desleixe na sua alimentação e procure ter um ritmo de vida saudável. Dinheiro: Período marcado pelo sucesso e pela estabilidade financeira. Números da Sorte: 4, 11, 17, 19, 25, 29 Pensamento positivo: Procuro manter-me sereno e ouvir a voz de Deus!

Aquário

Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 21 Carta Dominante: Rainha de Espadas, que significa Melancolia, Separação. Amor: Não se deixe levar pelas ideias dos outros. Pense por si e seja fiel a si próprio. Saúde: Cuidado com os alimentos demasiado condimentados porque podem dar origem a problemas gastrointestinais. Dinheiro: Assuma as suas responsabilidades e responda pelos erros cometidos sem procurar desviar as atenções. Números da Sorte: 5, 17, 22, 33, 45, 49 Pensamento positivo: O meu coração está disponível para o Amor.

Peixes

Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 22 Carta Dominante: 9 de Paus, que significa Força na Adversidade. Amor: Poderá sofrer uma desilusão amorosa que o fará sentir perdido e desamparado. Acredite mais em si próprio e proteja o seu coração. Saúde: Cuidado com as quedas. Está muito distraído. Dinheiro: Coloque as suas ideias no lugar e prossiga com os planos que traçou para a sua área profissional. Números da Sorte: 2, 8, 11, 25, 29, 33 Pensamento positivo: Eu venço os meus medos!

Já está em curso em Odemira a “Campanha Aliados do Natal”, que tem como objectivo a oferta de brinquedos, bens alimentares e roupas a famílias carenciadas do Concelho. Mais um Natal que se aproxima e numa época em que o país atravessa uma enorme crise financeira, as nossas famílias estão mais pobres e há novas famílias em dificuldades. Neste sentido, a TAIPA decidiu promover mais uma vez a campanha “Aliados do Natal”, à semelhança do que tem feito nos últimos anos. “Aliados do Natal” pro-

move a recolha de brinquedos, bens alimentares e roupa, uma campanha que está a decorrer no concelho de Odemira até ao dia 7 de dezembro, para ajudar as famílias mais carenciadas do concelho a ter um Natal mais feliz, numa iniciativa da TAIPA - Organização Cooperativa para o Desenvolvimento Integrado do Concelho de Odemira. Os interessados em participar podem entregar presentes, roupas e bens alimentares (não perecíveis) na sede da TAIPA, nas Juntas de Freguesia, nos espaços comerciais identificados e

escolas do concelho de Odemira. Depois da fase de recolha, o Pai Natal e as suas ajudantes vão andar pelo concelho de Odemira a oferecer prendas e receber sorrisos, nos dias 18, 19, 20 e 21 de Dezembro. Será então realizada a entrega de presentes às crianças (em primeira linha para aquelas que são identificadas pelas organizações e depois por todas, espalhando o espírito de Natal) e de cabazes alimentares a famílias e idosos do concelho, que são também identificados pelas diferentes entidades de intervenção na comunidade.

Sonoridades & Sabores

Música Tradicional e Petiscos no Interior Odemirense O roteiro “Sonoridades & Sabores” convida os amantes da música e da gastronomia tradicional para as próximas datas, nas freguesias de S.Teotónio e de Relíquias, no interior do concelho de Odemira, hoje, dia 1 e 29 de dezembro. Depois do sucesso das duas primeiras datas no mês de novembro, o evento “Sonoridades & Sabores” terá lugar hoje, dia 1 dezembro, no Café Flor da Serra, na Ribeira do Ruivo, freguesia de S.Teotónio e, por último, no dia 29 de dezembro, no Café Porfírio, em Vale Ferro, fre-

guesia de Relíquias. A partir das 15.30 horas, o Canto ao Baldão enche os espaços, com a alma e coração do interior, acompanhado pela Viola Campaniça. Mais tarde, pelas 18.30 horas, entrarão em cena acordeonistas, poetas populares e o Grupo Atar e Pôr ao Fumeiro. Em cima da mesa estarão os melhores sabores da região, com os petiscos como carne de porco frita, salada de orelha, cachola de coentrada, galinha à moda do campo, cozido de couve e de grão à alentejana ou arroz de feijão com pataniscas, sem esque-

cer o pão e vinho da região. Esta iniciativa acontece desde 2006, numa iniciativa da Associação para o Desenvolvimento de Amoreiras-Gare, em parceria com o Município de Odemira, e este ano com o apoio das Juntas de Freguesia de Santa Clara-aVelha, Colos, S.Teotónio e Relíquias. Sonoridades & Sabores é um evento que tem como objetivo tentar reavivar tradições antigas e divulgar a gastronomia e cantares populares do interior do concelho de Odemira.

Na Feira do Livro de Grândola

AL BERTO – Poeta de Sines A Exposição: “Doze Moradas de Silêncio”, simbolizou o destaque da Edição da Feira de Grândola deste ano de 2012 A 28ª edição da Feira do Livro, promovida pela Câmara Municipal de Grândola, abriu ao público no dia 23 de Novembro, às 21h30, na Biblioteca Municipal. A Feira que decorre até 2 de Dezembro, é um dos eventos com maior relevância a nível cultural no concelho, promovendo o livro e a leitura através das várias atividades dirigidas à população e possibilita a aquisição de livros a preços vantajosos. Segundo os entendidos na matéria, os críticos literários, o destaque desta edição da

Feira de Grândoila, vai para “AL BERTO – POETA DE SINES, HOMEM DO MUNDO: Doze Moradas de Silêncio” uma exposição do Centro Cultural Emmérico Nunes inaugurada na noite do dia de ontem, sextafeira, seguida de conversa informal, sobre o poeta Al Berto, com os coordenadores da exposição, José Mouro e Paulo Correia. “ A partir do conceito geral do projeto Al Berto – Poeta de Sines, homem do mundo, constituído por quatro núcleos, pretende-se com este primeiro núcleo reivindicar Al Berto como

poeta de Sines, através do espaço geográfico, sítio que habitou e laços familiares. Mostrar o percurso biográfico de Al Berto a partir das casas como espaços de identidade, família, de afetos, crescimentos, inspiração e criação literária. A exposição centra-se nas diversas casas onde Al Berto viveu. Estas servem de referente para as suas vivências, definidas pelos lugares, pessoas e elementos textuais evidenciados na obra literária.”


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Câmara de Sines aderiu a programa

para pagamento de dívidas a fornecedores Sines candidatou-se ao Programa II do PAEL, destinado às autarquias que, embora necessitando de financiamento, não se encontram em desequilíbrio financeiro estrutural. Como contrapartida do empréstimo concedido, os municípios que aderiram ao Programa, comprometem-se a aplicar um Plano de Ajustamento Financeiro com objetivos de redução de despesas e otimização de receitas. A Câmara Municipal de Sines aderiu formalmente ao Programa de Apoio à Economia Local (PAEL), através do qual terá acesso a um empréstimo de 3 milhões 823 mil e 306 euros para pagamento de dívidas vencidas a fornecedores. O contrato de financiamento do programa foi assinado com o governo numa cerimónia realizada em Lisboa no dia 16 de novembro, juntamente com outros 81 municípios cujas candidaturas já foram aprovadas. Segundo a explicação que aqui se publica, através de uma declaração do Dr. Manuel Coelho, na sua qualidade de presidente da Edilidade: “A coincidência da quebra de receitas provocada pela crise económica nacional com um período de realização de numerosos investimentos estruturantes para o concelho (nomeadamente escolas em Sines e Porto Covo, acessibilidades e obras de requalificação urbana) é a causa principal da necessidade de recorrer ao empréstimo concedido no âmbito do PAEL”. “Sines candidatou-se ao Programa II do PAEL, destinado às autarquias que, em-

bora necessitando de financiamento, não se encontram em desequilíbrio financeiro estrutural. Como contrapartida do empréstimo concedido, os municípios comprometem-se a aplicar um Plano de Ajustamento Financeiro com objetivos de redução de despesas e otimização de receitas”.

Sines apresentou Plano de Ajustamento Financeiro Assim, segundo a informação recebida, “A Câmara Municipal de Sines apresentou um Plano de Ajustamento Financeiro que se enquadra no esforço de contenção de despesas iniciado pelo executivo em 2011. Este plano abrange áreas como a aquisição de bens e serviços e o pessoal, bem como a realização de investimentos que melhoram a sustentabilidade financeira da Câmara e aumentam a eficiência dos serviços a prestar à população no presente e no futuro. Entre os investimentos com efeitos na redução de custos a curto, médio e longo prazo contam-se vários projetos / programas para diminuição

da fatura energética da Câmara, como a reformulação da iluminação pública da cidade, poupanças energéticas nos edifícios do município e no aquecimento das piscinas municipais e o novo programa de telegestão da água distribuída à população, que alivia as necessidades energéticas do sistema de bombagem. As obras que permitiram uma autonomia de perto de 100% no transporte e abastecimento de água à população através das captações municipais e as novas contratações de serviços para diminuição dos custos com comunicações também contribuem para diminuir as despesas da autarquia a curto, médio e longo prazo”.

Declaração de Manuel Coelho, Presidente Câmara Municipal de Sines No sentido de melhor esclarecer a opinião pública, o Presidente patrocinou a declaração que abaixo se publica: “A decisão de candidatura a este empréstimo foi ponde-

rada, tendo em conta a situação atual de dívidas a fornecedores de serviços para o normal funcionamento da Câmara, o pagamento das obras em curso e as medidas tomadas para reduzir despesas e encargos da Câmara, que permitirão melhorar o equilíbrio financeiro e pagar os empréstimos contraídos. Com estas medidas, e outras que já vínhamos a tomar desde 2011, a Câmara vai conseguir pagar cerca de 80% das dívidas de curto prazo aos fornecedores e irá reduzir significativamente o endividamento global (dívida de curto prazo aos fornecedores + dívida de médio longo prazo aos bancos). Relembro que entre 2009 e 2012 reduzimos a dívida de médio longo prazo em cerca de 4 milhões de euros e que os níveis do atual endividamento resultam da grave situação financeira do país, com reduções significativas

das receitas previstas, e dos investimentos que esta Câmara fez e está a fazer aproveitando (muito bem) as candidaturas comunitárias. Todos os investimentos concluídos e em curso em Sines são estruturantes para o concelho: novas escolas, novas estradas, qualificação das vias de entrada de Sines e da Costa do Norte, qualificação do centro histórico, falésia e Avenida da Vasco Gama, novos pavilhões para desportos e feiras e novo pavilhão para ensino e qualificação profissional e energias renováveis (Academia das Energias – ZIL 2). O conjunto destas obras representa um volume de investimentos de 30 milhões de euros, dos quais 22 milhões cofinanciados pela União Europeia com taxas de comparticipação elevadas e os restantes 8 milhões sem custos significativos para a Câmara: Pavilhão de Des-

portos de Sines (financiado pela Galp Energia), Pavilhão de Porto Covo (construído pelo promotor do empreendimento da Cova do Lago) e qualificação das vias de entrada de Sines e via da Costa do Norte (financiada pela Estradas de Portugal e administração central). A realização destas obras e o seu pagamento estão garantidos e vão confirmar a importância da vontade e da capacidade de realização e gestão financeira deste executivo. No final de 2012, vamos apresentar contas nos órgãos autárquicos e à população, sendo minha convicção que vamos conseguir uma redução significativa do endividamento global da Câmara e melhores condições para a gestão futura e a capacidade de realização de mais obras em benefício da Cidade e do Concelho.”

cerca de 142 mil euros (valor da empreitada e outras despesas), comparticipado em 85% por fundos FEDER

/ União Europeia, no âmbito do programa operacional INALENTEJO do QREN 2007-2013.

A inauguração do pátio contou com um momento musical pela Escola das Artes de Sines.

Sines inaugurou

O Pátio das Artes A Câmara Municipal de Sines inaugurou o “Pátio das Artes” às 1630h do passado dia 24 de novembro, obra de requalificação urbana integrada no Programa de Regeneração Urbana de Sines. Situado nas traseiras do Centro de Artes de Sines, com ligações à Rua Marquês de Pombal, Rua Cândido dos Reis e Rua Pêro de Alenquer, o Pátio das Artes é uma nova praceta polivalente destinada a acolher acontecimentos culturais, atividades lúdicas e outros eventos. A qualificação da área anteriormente desqualificada das traseiras do Centro contribui também para dignificar o

exterior de um edifício de grande valor arquitetónico e para embelezar a entrada norte do centro histórico. Além da pavimentação do espaço a vidraço e granito, foi feito o tratamento dos muros e paredes confinantes com os quintais vizinhos e construído um “muro-biombo” a nascente, de modo a criar um enquadramento uniforme e harmonioso. Junto aos muros foi plantada vegetação para tornar o pátio mais acolhedor e melhorar as suas condições acústicas. O pátio dispõe de uma casa de banho pública de apoio às atividades e portões em todas as entradas para garantir

a segurança e conservação do espaço durante a noite. A Câmara pretende adquirir no futuro todas as parcelas de terreno ocupadas com instalações degradadas no quarteirão entre a Rua Pêro de Alenquer e a Rua Marquês de Pombal, de modo a poder ampliar a praceta, transformando-a numa praça ampla valorizadora do centro histórico e da cidade e propícia para realizações culturais, de lazer e pequeno comércio. O projeto é de Ricardo Pereira, arquiteto da Câmara Municipal de Sines, a obra do Pátio das Artes representa um investimento de


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Atendimento Pessoal

Comarca do Alentejo Litoral

Santiago do Cacém - Juízo Instância Criminal - Juiz 1 ANÚNCIO A Mmª Juiz de Direito Dr(a). Ana Antunes Calçada, do(a) Santiago do Cacém – Juízo Instância Criminal – Juíz 1 - Comarca do Alentejo Litoral: FAZ SABER que no Processo Comum (Tribunal Coletivo) n.º 516/05.2TASTC, em que é arguido(a) Marina da Conceição Gonçalves (filho(a) de Francisco Gonçalves e de Casimira da Conceição Gonçalves natural de Sines: [Sines]; nacional de Portugal nascido em 21-02-1961 estado civil: Solteiro, profissão: Joalheiro (Ourives), BI – 6677664, domicílio: Bairro da Atalaia Norte – N.º 246, 7500-110 Vila Nova de Santo André, foi o (a) mesmo (a) condenado (a) pela prática, como coautora, de 1 crime(s) de Fraude na obtenção subsídio ou subvenção, p.p. pelo art.º 36º, nº 1. Al. A, 2, 4, 5, al. a) e 8 al. b), 39º, 19º e 21º, todos do Dec. Lei n.º 28/84, de 20 de Janeiro, praticado em 02-01-2003, por sentença/acórdão proferido(a) nos presentes autos e transitado(a) em julgado em 21-092012, na pena de 2 (dois) anos e ( quatro) meses de prisão, suspensa pelo período de 2 ( dois ) anos e 4 (quatro ) meses. Rui Manuel Teixeira Santos Dias filho (a) de Rui Américo Santos Dias e de Maria de Lurdes Teixeira Santos Dias natural de Oeiras – Oeiras e São Julião da Barra [Oeiras]; nacional de Portugal nascido em 09-111969 estado civil: Casado, profissão: Professor do Ensino Superior NIF – 194724280, BI – 9045028, domicílio: Estabelecimento Prisional Pinheiro da Cruz, Pinheiro da Cruz, 7570-784 Pinheiro da Cruz, foi o(a) mesmo(a) condenado(a) pela prática em autor material, de 1 crime(s) de Fraude na obtenção subsídio ou subvenção, p.p. pelo art. 36º, n, 1, al. a), 2, 4, 5 al.a) e 8 al.b), 39º, 19º e 21º, todos do Dec. Lei n.º 28/84 de Janeiro, e art. 75º n.1 e 2 e 76º n.º 1 do C. Penal, praticado em 02-01-2003, por sentença/ acórdão proferido(a) nos presentes autos e transitado(a) em julgado em 21-09-2012, na pena de 3 ( três ) anos e 4 ( quatro ) meses de prisão; 1 crime(s) de Fraude na obtenção de subsídio ou subvenção, p.p. pelo art.º 36, n.º 1, al. a), 2, 4, 5 al. a), e 8 al.b, 39º, 19º e 21º, todos do Dec. Lei n.º 28/84 de 20 de Janeiro, e art. 75º n.º 1 e 2 e 76º n.1 do C. Penal, praticado em 01-2003; por sentença/acórdão proferido(a) nos presentes autos e transitado(a) em julgado em 21-09-2012, na pena de 3 ( três ) anos e 4 ( quatro ) anos de prisão. Em cúmulo jurídico das duas penas de prisão aplicadas, na pena de 4 ( quatro ) anos e 4 ( meses ) de prisão. Maria do Carmo Abreu Fialho filho(a) de Francisco António Fialho e de Maria Justina Abreu natural de: Vila de Frades [Vidigueira]; nacional de Portugal nascido em 29-10-1957 estado civil: Casado (regime:Desconhecido), profissão: Joalheiro (Ourives), BI – 5614172, domicílio: Av. De Sines Lote 152 – Loja 1, 7500-130 Santo André, foi o(a) mesmo(a) condenado(a) pela prática, como coautora de 1 crime(s) de Fraude na obtenção subsídio ou subvenção, p.p. pelo art.º 36º, nº. 1, al. a, 2, 4, 5, al. a), e 8 al.b), 39º, 19º e 21º, todos do Dec. Lei n.º 28/84 de 20 de Janeiro, praticado em 02-01-2003; por sentença/acórdão proferido(a) nos presentes autos e transitado(a) em julgado em 21-09-2012, na pena de 2 ( dois ) anos e 4 ( quatro ) meses de prisão, suspensa pelo período de 2 ( dois ) anos e 4 ( quatro ) meses. Santiago do Cacém, 16-10-2012 A Juiz de Direito Dr(a). Ana Antunes Calçada A Escrivão Adjunto, Camila Oliveira

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Em Évora, no passado dia 22

António Ceia da Silva reeleito Presidente da ERT Direcção da Turismo do Alentejo, ERT e Mesa da Assembleia-Geral já tomaram posse

António Ceia da Silva foi reeleito, por unanimidade, Presidente da Direção da Turismo do Alentejo, ERT. O ato eleitoral decorreu no passado dia 22 de novembro, no Évora Hotel, em Évora. Em declarações à imprensa, o dirigente diz esperar que, “com muito trabalho de equipa, dinâmica e colaboração de todos os agentes, empresários e autarquias, o Turismo se assuma como um sector

que marque as dinâmicas de desenvolvimento regional do território”. Ceia da Silva foi reeleito pelo Colégio Eleitoral da ERT, constituído pelos 47 municípios da região e por outras 25 instituições. Tal como a Direção, também a Assembleia Geral da entidade continua a ser formada pelos mesmos elementos que no mandato anterior já desempenhavam funções.

Entretanto, a Direcção da Turismo do Alentejo, ERT - presidida por António Ceia da Silva eleita, foi empossada pelas 12h00 do dia 23 de novembro, numa cerimónia que decorreu nas instalações da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), em Beja. Para além de António Ceia da Silva, a Direcção da Entidade Regional de Turismo do Alentejo é ainda constituída pelos Vicepresidentes Vítor Silva, Pedro Lancha, José Godinho e Domingos Cordeiros. Na mesma ocasião tomam também posse os membros da mesa da AssembleiaGeral, liderada por João Basto, Presidente da EDIA; e da qual fazem parte António Sebastião, Presidente da Câmara Municipal de Almodôvar; e Roberto Grilo, Vice-presidente da CCDR Alentejo.

16ª Feira do Livro e ofertas doces

Biblioteca Municipal de Alcácer do Sal A 16.º Feira do Livro de Alcácer do Sal, além da apresentação de obras literárias, terá uma Mostra de Doçaria Tradicional de Natal e vários momentos musicais. Abre hoje ao público sábado dia 1 de dezembro - às 16h30, a 16ª edição da Feira do Livro de Alcácer do Sal, evento que decorrerá – a exemplo dos anos anteriores - na Sala de Exposições da Biblioteca Municipal (Solar dos Salemas) . Segundo a organização, este ano haverá uma série

de novidades na Feira que passam pela presença de escritores e pela realização da “I Mostra de Doçaria Tradicional de Natal”, não faltando igualmente toda uma programação musical e, para além da oferta existente, a Feira constitui uma excelente oportunidade não só para só adquirir livros

com preços mais acessíveis, uma vez que dará acesso a 30% de desconto na maioria dos títulos disponíveis que o visitante vier a adquirir, como ainda dispõe da possibilidade a quem queira adquirir Livros ou os doces típicos da época que se aproxima, que se deixarão provar na referida Mostra da Doçaria Tradicional (de Alcácer) com sabor a Natal. Refira-se ainda que a 16.ª Feira do Livro vai estar aberta até ao próximo dia 16 de dezembro.

Litoral Alentejano – Sábado, 1 de dezembro de 2012

Sines passado e presente Encaminho a 24 de Novembro parte do meu pensamento para a história do município de Sines e de Portugal. História antiga de muitos séculos, que hoje felizmente, se conhece com maior profundidade. Recordemos a Carta de Foral de 1362 - há 650 anos - outorgada a Sines pelo rei D. Pedro I. Assinalamos também o Foral de 1512 - 500 anos depois - outorgado pelo rei D. Manuel I. Penso entender as razões do porquê, sob o ponto de vista político, ter D. Pedro I atribuído o foral a Sines. Ao tempo, o Alentejo e o Algarve, eram territórios pouco povoados e ainda sob grande influência árabe. Era portanto muita a preocupação real quanto à afirmação territorial, quanto à segurança e à defesa das fronteiras terrestres e marítimas. Apesar de a aldeia de Sines de então contar com poucas centenas de pessoas e de não ter qualquer fortaleza que as defendesse, ainda assim o rei D. Pedro I decidiu a outorga da carta de foral e a correspondente autonomia política e administrativa. Porquê? Penso que, porque o povo de Sines disse ao rei que estava disposto a construir pelos seus próprios meios um castelo para sua defesa, cujos muros já havia começado a levantar. No fundo as mesmas políticas de hoje, sempre que uma população pretende algo e está disposta a fazê-lo com as suas próprias mãos. Ao poder político basta apoiar e retirar daí todos os louros políticos. Já com D. Manuel I a coisa foi diferente. Em 1512 D. Vasco da Gama era um herói nacional e internacional. D. Vasco aguardava impacientemente que o rei o nomeasse conde de Sines e impusesse tal nomeação à Ordem de Santiago e aos seus mandantes. O rei na impossibilidade de cumprir com Vasco da Gama atribuíu um novo foral a Sines, iludindo o povo, desarmando politicamente Vasco da Gama perante a população siniense, fazendo promover virtualmente o concelho. Como se diria hoje, ficando na mesma, mas tornando-o mais moderno e competitivo. Os tempos da actualidade de Sines são feios. Demasiadas vertentes endógenas entraram em decadência nos últimos anos. A pesca decresceu de importância económica e social e reduziuse a menos de metade. A agricultura quase se extinguiu. O turismo estagnou. O ambiente degradou-se. A qualidade de vida da população deteriorou-se gravemente. Emergiram como sabemos nos últimos quarenta anos, as indústrias ligadas ao petróleo refinação e petroquímicas, ligadas ao carvão - produção de energia e ainda à actividade portuária. Posso dizer que a Câmara Municipal de Sines falhou o cumprimento do Plano Director Municipal. Falhou claramente o objectivo estratégico de manter o equilíbrio entre a economia tradicional de Sines, (pesca, turismo e agricultura), e a nova componente industrial. E sendo assim podemos dizer que este falhanço tem como principal responsável a actual direcção política da câmara municipal e o Movimento SIM que a suporta. Mas este não é o único falhanço. Falharam também as políticas relativas ao bem-estar social e urbano dos sinienses. São disso exemplos incontestáveis: - a destruição da avenida Vasco da Gama junto à praia de Sines; - a decadência do parque de campismo e das zonas verdes da cidade; - os gastos desmesurados com as políticas de integração das chamadas minorias étnicas; - a estagnação turística de Porto Covo; - o despesismo, a elevada dívida municipal, a insuficiência de apoios ao movimento associativo; - a situação intolerável, por aberrante, dos serviços e infraestruturas de saúde locais, que incomodam e prejudicam dramaticamente a população e os profissionais de saúde. Mas perguntarão se não haverá nada de bem feito em Sines. Claro que sim. Existem algumas boas obras e iniciativas. E vou realçar aquela que me parece a mais significativa. A parceria entre a autarquia e a Petrogal para construção do novo pavilhão dos Desportos de Sines. E quero sublinhar o esforço financeiro que a Petrogal está a fazer, para oferecer ao povo de Sines este equipamento que custará pelo menos quatro milhões de euros, porque exemplos destes devem ser seguidos por outras empresas, não só em Sines como em todo o país. Para encontrar exemplo semelhante terei que referir a EdP, quando esta empresa há 30 anos disponibilizou mais de trinta milhões de euros, a preços actuais, para construção do porto de pesca de Sines. A crise internacional e nacional não explica tudo aquilo que sucede no município de Sines. Poderá quanto muito desculpar algumas insuficiências das políticas camarárias. Mas não explica porque se deitam à rua 10 milhões de euros na “nova” avenida marginal da praia Vasco da Gama. E perguntamos: - Porque não tem Sines um novo Centro de Saúde? Porque não tem nenhuma unidade de cuidados de saúde? Porque não se lavam regularmente os contentores de lixo? Porque não se limpam as ervas dos passeios? Porque não se tratam os jardins e as zonas verdes? Poque se cortaram as palmeiras da avenida da praia? Porque se deixam morrer as palmeiras em toda a cidade? Porque o lago do jardim das descobertas está seco e abandonado? Porque não se pintam, não se caiam, não se reparam, não se conservam os edifícios e outros bens do patrimônio municipal? Porque não se plantam novas árvores no pinhal da cidade? O povo de Sines já começou a exigir uma nova direcção política à frente dos destinos do município. Este vai ser certamente o último dia do município a que o actual presidente da câmara comparecerá enquanto tal. A sua despedida em 2013 será uma boa noticia para Sines, pois colocará um ponto final no despesismo e nas obras megalômanas.


Registado na ERC com o nº 123876 Propriedade e Editor - LitoralPress, Lda Tel./Fax: 269 822 570

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O Alentejo vai assumir Presidência da Euroace O Alentejo vai presidir à Euroace, Euroregião que engloba o Alentejo a Região Centro e a Extremadura espanhola. O Alentejo sucede assim à Extremadura, que tem presidido a esta Euroregião desde a sua criação. O Alentejo assumirá a presidência da Euroace no início do próximo ano, aquando da realização do Conselho Plenário da EUROACE - que decorrerá em data a fixar - no início de 2013. Entretanto, o Conselho Executivo da EUROACE reuniu em Mérida, com a presença do Vice Presidente da CCDR Alentejo, Dr. Roberto Grilo e do Dr. Paulo Silva, Coordenador da Eurorregião pelo Alentejo, dos coordenadores pela Região Centro, Dra. Alexandra Rodrigues e Dr. Jorge Brandão e do Director General de Acción Exterior do Governo de Extremadura, Enrique Barrasa, que preside ainda à EUROA-

CE, Juan Carlos Martínez Candela, Jefe de Servicio de Acción Exterior e Montaña Hernandes, do GIT Extremadura. No decorrer dessa reunião foi delineada a base de trabalho para os próximos dois anos, no decorrer da qual, as três regiões se propõem revitalizar a actividade dos comités setoriais constituídos pela EUROACE para a cooperação transfronteiriça. Nos próximos meses decorrerão diversas comissões setoriais, que reunirão os responsáveis das três administrações regionais em cada área, bem como representantes de outros órgãos e entidades, públicas e priva-

das, para que possam trabalhar de forma sistemática e organizada em projectos de cooperação transfronteiriça. As prioridades futuras desta Euroregião concentramse - principalmente - em questões relacionadas com o turismo, a economia, a internacionalização das empresas. Outras áreas estratégicas serão a mobilidade transfronteiriça e a criação de uma rede de cidades da Euroregião. Em termos de turismo, as três regiões têm, como objetivo, melhorar o setor de turismo da Euroregião, como motor de crescimento e criação de emprego. O rico património natural e

as boas condições ambientais das regiões tornam-na atrativa para uma grande variedade de turistas, destacando-se a complementaridade entre três regiões que misturam praias, com paisagens interiores e um rico património artístico e cultural. Quanto à internacionalização de empresas, a missão é promover e intensificar o intercâmbio de negócios e extensão das actividades económicas das empresas em Portugal e Extremadura. No que diz respeito à mobilidade transfronteiriça vai procurar-se construir um verdadeiro espaço europeu

em que as barreiras ou limitações para a interacção entre os cidadãos, território e economias sejam minimizadas. Além disso, pretende-se criar uma rede entre as cidades de EUROACE, como se avançou, com o intuito de fomentar e promover acções no contexto da sustentabilidade e crescimento inteligente. Também se vai trabalhar para encontrar objetivos comuns a posicionar em linha com as instituições europeias e facilitar a formação de alianças e lobbies que suportem o desenvolvimento do sudoeste da Península Ibérica.

Todas estas prioridades de trabalho serão desenvolvidas por meio de atividades concretas, com a participação dos respectivos responsáveis sectoriais regionais, como no caso da criação de um portal para o turismo nas três regiões, a publicação de um mapa turístico comum, ou a participação conjunta em feiras internacionais. Para além disso pretende-se organizar reuniões de negócios bilaterais em setores estratégicos ou o desenvolvimento de material de divulgação e informação no quadro da mobilidade dos trabalhadores na EUROACE.

Município de Grândola adere à iniciativa

“GO LOCAL: Por Uma Cidade Sustentável” Ao aderir a esta campanha, o Município de Grândola, a exemplo dos demais municípios aderentes, compromete-se a atingir as seguintes metas: assumir o compromisso local; comunicar para o desenvolvimento; promover um território de oportunidades; criar uma economia inclusiva e gerir o ambiente urbano. O Município de Grândola acaba de assinar a declaração de adesão à campanha “GO LOCAL: POR UMA CIDADE SUSTENTÁVEL”, tornando-se a terceira autarquia a nível nacional e europeu a aderir a esta iniciativa promovida no âmbito do projeto “Redes para o Desenvolvimento: da Geminação a uma Cooperação mais Eficiente”. Esta adesão decorre do rumo que tem vindo a ser percorrido no sentido de

promover a sustentabilidade económica, social e ambiental no Concelho. Trata-se de um desafio dirigido aos Municípios e a entidades locais da sociedade civil – escolas, universidades, organizações locais, sector privado, instituições públicas e cidadãos – convidando à participação na construção de um futuro sustentável e no reforço das Políticas de Desenvolvimento. Ao aderir a esta campanha,

cada Município compromete-se a atingir as seguintes metas: assumir o compromisso local; comunicar para o desenvolvimento; promover um território de oportunidades; criar uma economia inclusiva e gerir o ambiente urbano. “GO LOCAL: POR UMA CIDADE SUSTENTÁVEL” conta até ao momento com a participação dos Municípios de Grândola, Palmela e Moita.


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