Jornal Litoral Alentejano

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1 de setembro 2012 Ano XII n.º 265

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Pescadores da lagoa de Santo André afirmam que a missão é acabar com a pesca

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Pescadores da lagoa de Santo André afirmam que a missão é acabar com a pesca Os pescadores da Lagoa de Santo André lançam um apelo “dêem-nos condições para trabalhar, ou se a pesca é para acabar então façam-no de uma vez só” Gisela Benjamim giselabenjamim@gmail.com

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Lamentam a falta de diálogo com as autoridades gestoras daquele território. Afirmam que as regras ditadas para conservar a Lagoa estão a acabar com uma prática com muitos anos. A redução do número de redes, de licenças atribuídas, de horas e meses para pescar são para estes homens apenas medidas para erradicar de vez a pesca. O programa Pontos nos Is, da Rádio Sines, falou com dois pescadores da Lagoa de Santo André, que disseram o que lhes vai da alma. Augusto Manuel e Fernando Leocádio são pescadores e responsáveis pelo núcleo da Associação de Armadores da Pesca Artesanal e do Cerco do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina que esta dedicado à pesca na Lagoa de Santo André. A pesca na Lagoa tem os seus dias contados? Augusto Manuel – Não, de maneira nenhuma. A pesca na Lagoa não está a acabar, até porque já tem por si uma condicionante muito grande, pois só se pode pescar naquele território em certos e poucos meses. A exploração de redes é pouca, os pescadores são poucos por isso não vejo qualquer indicio para que a quantidade de peixe diminua na Lagoa de Santo André. Mas o que lhe estou a perguntar é se desde o tempo em que você começou a pescar, ainda moço novo, até aos nossos dias têm aparecido novos pescadores ou se há desinteresse pela actividade? Os pescadores só não aparecem porque não têm acesso, porque a pesca foi limitada a um certo número de pescadores que não deixam aumentar. Por isso não podemos falar em desinteresse das pessoas, há sim um desinteresse de quem manda que não quer que ande mais gente dentro da Lagoa e criam tantos condicionalismos. Desde

que

começou

a

pescar profissionalmente até aos dias de hoje que diferenças é que vê? No que se relaciona com as condições que nos são impostas há uma diferença muito grande. Por exemplo, nós pescávamos desde 15 setembro até a Lagoa ir ao mar em março, este ano com a nova legislação foi-nos

animais porque necessitam deles. Quem não gosta da Lagoa é quem lança para lá águas sem tratamento, ou quem capta água para vender para Sines. Mas muitas vezes ouvimos que se pescava até à exaustão dos recursos, e que por esse andar o peixe tinha os dias contados na Lagoa de Santo André? Augusto Manuel – Não digo que não haja um ou outro pescador que não cumpra as regras, mas não vamos generalizar e pôr todos no mesmo saco. Não se pode dizer que os pescadores são os predadores da Lagoa, que só vêm destruir o que existe, isso é mentira. Não digo

Segundo Augusto Manuel, “os pescadores só não aparecem porque não têm acesso, porque a pesca foi limitada a um certo número de pescadores que não deixam aumentar” imposto pescarmos durante todo o mês de setembro, depois temos de arrumar as artes e voltamos à pesca em janeiro. São três meses de defeso a juntar ao período que vai desde que a Lagoa vai ao mar até setembro, e não se compreende esta nova paragem. Ao menos que nos deixassem pescar a partir de agosto para compensar, porque os outros pescadores têm nove meses para pescar, enquanto nós ficamos reduzidos a três meses que se a Lagoa encher podem ser apenas dois ou mesmo um mês. Actualmente pescar na Lagoa não é uma actividade rentável economicamente serve apenas como um complemento para equilibrar as contas, mas também já não é grande ajuda com apenas três meses de pesca. A maneira como vocês pescavam prejudicava a manutenção das espécies na Lagoa? Fernando Leocádio – Nunca prejudicou, e já se pesca na lagoa há muitos anos. Os pescadores são amigos da natureza e dos

que não há um pescador ou outro que abuse um pouco mas para isso existem as autoridades, que façam a fiscalização e realmente quem estiver em contradição com o determinado na lei que seja punido. Agora dizer

que os pescadores prejudicam a Lagoa e que a exploram até à exaustão é falso, também é impossível acontecer porque são tão poucos meses de pesca e tão poucas redes e os pescadores. Isso são argumentos para tapar a realidade usados por quem quer pode e manda, e não nos ouve. Porque quando nós vamos para as reuniões e falamos vimos que entra por um ouvido e sai por outro, damos sugestões e no final dizem-nos sim senhor está tudo muito bem mas nós fazemos o que queremos. Na altura da elaboração do plano para a Reserva da Lagoa de Santo André e da Sancha foram ouvidos e as vossas sugestões tidas em conta? Na verdade muitas delas aconteciam sem que soubéssemos, depois para algumas das reuniões ainda convocaram alguém mas era tudo muito vago, e quem tinha algo de importante a dizer não era ouvido. Muitas das reuniões que se fizeram foi a nosso pedido, através de uma associação de pesca desportiva que foi criada por nós. Mas estas reuniões só aconteciam porque eram obrigados a convocá-las, e logo à partida as regras estavam já impostas nós falávamos mas de nada servia. Foi assim que as coisas foram feitas e duram até hoje, exemplo disso é esta nova regulamentação de âmbito nacional que limita ainda mais a pesca na Lagoa que já tinha condicionantes anteriormente definidas e

que são diferentes de outras zonas de pesca do país. Em 2011 enviaram um documento à Autoridade Florestal Nacional que é responsável pela gestão da pesca na Lagoa de Santo André e da Sancha que reivindicações continha? Fernando Leocádio – Uma das situações por nós apresentada, e que gostaríamos que mudasse, prende-se com as horas em que se pode pescar, o actual edital só permite pescar do nascer até uma hora depois do pôrdo-sol. O que acontece é que se não formos às redes antes do sol nascer os corvos marinhos comem as enguias quase todas, estes é que são os verdadeiros predadores desta espécie e há inclusive directivas comunitárias para os controlar. Outras reivindicações passam pelo número de meses em que podemos pescar e a quantidade de redes atribuída a cada pescador. Há outras espécies que considerem que ameaçam o pescado? As lontras também comem enguias e estragam as redes, mas são em menor quantidade e não prejudicam por aí além, no meu caso até as defendo porque são animais que não têm outro local para onde ir comer, já os corvos marinhos são uma praga que trás muitos prejuízos. Esta legislação quando foi elaborada devia ter tido em conta o caso da Lagoa


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de Santo André? De facto a Lagoa de Santo André é um caso especial, e dever-se-ia ter em conta a especificidade do local. As pessoas responsáveis por aquele local assim como quem conhece aquele território melhor de que ninguém deveria dar parecer sobre quando se deve começar e terminar o período de pesca. Neste momento é praticamente impossível desenvolver a pesca na Lagoa de forma profissional, isso é apenas uma designação. A pesca profissional está interdita pelas entidades gestoras da Reserva Natural da Lagoa de Santo André. Então na lagoa há apenas pesca lúdica? Nós estamos inscritos como pescadores profissionais, mas só que não nos deixam exercer actividade. Como é que podemos ser profissionais quando exercemos a penas, por exemplo este ano, durante apenas três meses. Realmente há 30 e até mesmo 15 anos atrás a pesca decorria durante 12 meses, havia cerca de 70 pescadores e as suas famílias. Neste momento estão a querer por lá apenas 30 pescadores, mas de facto não vale a pena porque a pesca na Lagoa é tudo menos profissional. Há também um conjunto de regras sobre o número de horas que podem pescar e a quantidade de peixe que podem trazer? Em relação às espécies não há qualquer limitação, mas

o número de artes é muito reduzido. Nós somos pescadores artesanais, nós andamos a remos, e como tal temos uma capacidade limitada, mas mesmo assim essa capacidade foi-nos reduzida para apenas 10% do que podíamos pescar. Qual é o número de redes que cada pescador pode lançar? Neste momento entre o período de 1 a 30 de setembro pode pescar com 20 redes, isto é irrisório não faz qualquer sentido. Há dois anos atrás pescávamos com três peças de rede ligadas de 150 metros agora essa peça só pode ter 50 metros, com estas dimensões só se encontrar um peixe encurralado num buraco é que o conseguia apanhar. Porque 50 metros de rede, ainda por cima sem albitanas que enganavam o peixe e o prendiam, na extensão da Lagoa não conseguem capturar nada. Ora não percebo esta medida porque as redes de emalhar são usadas para pescar tainhas, robalos e douradas e que saiba estes não estão em vias de extinção. É mesmo querer correr com os pescadores a todo o custo. Essa rede com 50 metros nem dá para fazer o caracol onde o peixe vai emalhar, um pescador profissional precisa de pelo menos 500 metros. Antes era livre a dimensão da rede que se usava, dependia apenas se o pescador era profissional ou se a pesca era só de subsistência. Actualmente com a

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determinação deste tamanho de rede nem dá para o consumo próprio. Mas quem faz estas determinações não percebe de pesca ou tem outros objectivos? Tem a intenção de acabar de vez com a pesca na Lagoa, porque a ideia principal da gestão da reserva é por de parte os pescadores. O facto da Lagoa de ter tornado reserva não trouxe grandes vantagens para os pescadores? Augusto Manuel – Pode ter trazido vantagens para a parte de protecção da fauna e conservação da natureza, mas agora para os pescadores e a população da

pessoas naquele território ficou limitada. Mas a pesca foi de facto a actividade que mais foi penalizada e provocou maior efeito, porque esta actividade não implica apenas o pescador envolve também, por exemplo, a restauração. Há muitos restaurantes na lagoa cujo ex-libré é a enguia se não há como é que fazem, mandam vir de

Para Fernando Leocádio, “as reivindicações passam pelo número de meses em que podemos pescar e a quantidade de redes atribuída a cada pescador” lagoa não trouxe nada de vantajoso. Antes pelo contrário, agravou em todas os sentidos a situação de vida de todos os moradores naquela zona, não foi só a pesca que foi condiciona também a actividade das

fora ou de viveiro. Em vez de se apostar num produto de qualidade, que recentemente numa investigação foi considerada a melhor enguia do país, o que é se esta a fazer apenas a protege-la para depois ir para o mar não para se consumir. Porque se houvesse vontade das entidades em se aproximarem dos pescadores e em tratarem das situações como deveriam ser, naturalmente que não se prejudicava nem a quantidade de peixe, nem os pescadores. Mas a realidade é outra está-se a erradicar a pesca na Lagoa a afastar as pessoas, a criar-se condicionantes que cansam e aborrecem e fazem com que menos se dediquem à pesca. Fernando Leocádio – Não trouxe vantagens nem aos pescadores nem aos habitantes. Neste momento a freguesia de Santo André tem mais prejuízo do que vantagens por ter uma reserva. Perdeu no turismo, na restauração, na agricultura, nas tradições e claro na pesca. Nós nunca pensamos que a pesca pudesse ser tão prejudicada porque na altura foi

garantido que esta se manteria, mas depois vimos que as pessoas que ficaram a gerir não eram razoáveis. Vocês têm licença de pescadores profissionais, ainda dá para viver da pesca? Augusto Manuel – Como é que uma pessoa pode viver com três meses de pesca, é impossível. Isto quando são três meses porque só podemos armar as rodinhas se o caudal da lagoa o permitir, se tiver muito cheia não conseguimos colocar redes no meio só à beirinha é que se apanha peixe. Como é a relação com as autoridades marítimas, estas são muito controladoras e rígidas? Cada pescador sabe aquilo que tem de cumprir, e se estiver em transgressão pois deve ser punido. As autoridades aparecem uma vez por outra para fazer uma fiscalização, não nos perseguem. O que muitas vezes acontece é que são espicaçadas por denúncias para irem ter connosco. Eu fui lá apanhado com uma pesca que estava legal mas consideraram que estava fora de horas, e essa actuação partiu de uma denúncia. A Brigada Fiscal da GNR foi lá ter comigo e passaram-me uma multa que ia de 25 a 35 mil euros. Eu estava a navegar para a margem quando as autoridades me encontraram, mas consideraram que estava a navegar e a pescar. Como não havia provas nenhumas, nem tinha de haver porque estava legal, acabei por pagar uma multa de 150 euros. Mas concordo que haja fiscalização para não haver abusos. Como há menos pescadores e artes lançadas na Lagoa sentem que há mais peixe? Fernando Leocádio – Nós não sabemos se há mais ou menos peixe porque não conseguimos pescar, há sítios completamente interditos, mas pela noção que tenho penso que não há menos peixe.

Augusto Manuel – Uma das coisas que eu penso que há a mais é poluição, as redes que colocamos na água quando as vamos retirar têm um cheiro insuportável, e decerto isso deve prejudicar o peixe. Outro problema é a pesca do meixão que é feita nos riachos, este peixe ia para a Lagoa mas se é pescado ainda pequeno não chega ao seu destino. Actualmente qual é a vossa área de pesca dentro da Lagoa? Nós antigamente com a Lagoa em máxima submersão costumávamos pescar até ao Monte Velho naquelas várzeas todas, dentro do caniço das terras do arroz por todo o lado se pescava. Mas as coisas foram ficando cada vez mais apertadas e hoje só podemos pescar em 10 ou 15 % da bacia da Lagoa, não se pesca dentro dos poços, e nas ilhas do lado do mar este ano foi só permitido pescar a partir de janeiro. Que medidas gostavam de ver implementadas na Lagoa para que pesca e preservação pudessem coexistir? Fernando Leocádio – Gostava de deixar um apelo ao presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém e ao presidente da Junta de Freguesia de Santo André que tomassem atenção em relação ao que se passa na Lagoa de Santo André, e em particular aos pescadores. Augusto Manuel – Gostava de ver as autoridades responsáveis se sentaram à mesa connosco e terem uma atitude séria e dizerem: vamos lá ver a situação dos pescadores e da população da Lagoa de Santo André. É necessário que as pessoas tenham noção das consequências que as medidas tomadas têm na vida das pessoas. Se a pesca é para continuar então dêem-nos condições para trabalharmos, se a pesca é para acabar então façam-no de uma vez só, publiquem um edital a dizer que a partir daquela data não se pode pescar e acabou.


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Autarcas cansados do “pára-arranca” na futura A26 querem projeto concluído Os autarcas de Sines, Santiago do Cacém, Grândola, Ferreira do Alentejo e Beja estão preocupados com a nova interrupção nos trabalhos de construção da A26, defendendo a necessária intervenção do Governo para assegurar a obra considerada estruturante para a região, a par de projetos como o aeroporto de Beja, o Alqueva ou a expansão do Porto de Sines.

ladas entre o Alentejo litoral e interior, tarda em se concretizar, o que pode por em causa outros investimentos, alertam ainda os autarcas. “Este é um de vários projetos estruturantes da região, que não podem ser dissociados, como o Alqueva, o Aeroporto ou o Porto de Sines”, disse

O presidente da Câmara de Grândola, Carlos Beato,

Miguel Góis, vereador da Câmara de Beja. “Em termos de investimento é negativo para a região, porque quando se planeia, tem que se ter em conta estas infraestruturas”, argumentou. “É preciso um sinal claro da parte do Governo em que se comprometa a retomar as obras e que as

além de, lembrou, ter sido mesmo feita a “expropriação de terrenos” para garantir o traçado da A26. O presidente da Câmara de Sines, Manuel Coelho, considera uma “obrigação” do Governo “intervir” para “ajudar a criar condições” para que a autoestrada “seja executada o mais rápido possível”. “A não execução prejudicaria o polo industrial”, alertou. “A Repsol [a maior empresa do litoral alentejano em termos de volume de negócios] escoa a maior parte do produto por rodovia”, exemplificou, para destacar a relevância da obra para os empreendimentos industriais instalados no complexo de Sines. Além disso, argumentou ainda, a região do Alentejo litoral “foi considerada, ainda pelo anterior Governo, como uma zona prioritária a nível de investimento”. “Aí, esta via é fundamental”, pelo que “deve ser reivindicada por todas as Câmaras Municipais que constituem a CIMAL

retome de facto”, defendeu o autarca. Os próprios “investimentos públicos já feitos” são “postos em causa” com a paragem das obras, considera o presidente da Câmara de Ferreira do Alentejo, que vê a situação “com grande apreensão”, alegando que os “investidores com expectativa se veem assim privados de uma via rodoviária fundamental”. “É uma medida insensata deixar as coisas ficarem por aqui”, criticou, apontando que “já estão 50% das obras concluídas”,

[Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral] ”, defendeu. “O Porto de Sines e o turismo são mais do que razão para que o Governo considere esta uma obra prioritária para o país”, asseverou, criticando a instabilidade do projeto. “Não sabemos quantas vezes mais vai voltar a acabar ou quando vai estar acabada esta obra necessária, a par da ferrovia, para garantir a competitividade e outros investimentos na região”, apontou.

moção da qualidade de negócios”, argumentou. “Isto é um mau sinal, que retira confiança e esperança aos diversos agentes económicos”, acrescentou, defendendo que “quando há dificuldades, tem que se debater por soluções viáveis e equilibradas”. Carlos Beato considera a interrupção das obras na A26 “mais uma maldade” feita a “uma região que foi tantos anos esquecida”, onde “os autarcas têm vindo a batalhar pelo desenvolvimento e pelas gentes”.

Ângela Nobre a.v.nobre@gmail.com A nova autoestrada entre Sines e Beja, que começou a ser construída em 2010, deveria já estar concluída desde o início deste ano, contudo, com o abrandamento do ritmo dos trabalhos de construção e com a paragem na obra no final de 2011, que está agora novamente interrompida, é difícil prever a data de conclusão da via incluída na concessão do Baixo Alentejo entregue à Estradas da Planície, que tem como acio-

ação, que considera “um atraso para o país”, o presidente da Câmara de Santiago do Cacém, Vítor Pro-

nistas a Edifer, a Iridium, a Dragados, a Tecnovia e a Conduril. O “pára-arranca” das obras preocupa os autarcas alentejanos que, cansados da situação, defendem a tomada de medidas concretas para garantir a conclusão da A26, atribuindo responsabilidades da interrupção das obras à renegociação das concessões, hipótese refutada pelo Governo, que aponta para as dificuldades de financiamento do consórcio. “Extraordinariamente preocupado” com a situ-

ença, apela à “urgência de olhar para a concessão do Baixo Alentejo”. “Com a paragem das obras a região fica condicionada”, lamenta, alertando que, com “a chegada do Inverno, há estruturas já construídas que podem ser postas em causa”, o que atrasará ainda mais a conclusão da A26, bem como encarecerá o investimento necessário. A expectativa criada junto de potenciais investidores, bem como o aumento esperado da competitividade da região e das empresas insta-

que lidera também a CIMAL e a Entidade Regional de Turismo do Alentejo Litoral, apreensivo com a situação, classifica a paragem das obras como “altamente lesiva e penalizadora dos interesses da região”. “Estando o litoral alentejano a afirmar-se como um território de excelência e competitivo, ao nível do Porto de Sines ou do Aeroporto de Beja e da nossa capacidade de atrair investidores, esta situação é algo que consideramos muito mal vindo e uma menos boa notícia, que não assenta naquilo que tem vindo a ser a pro-

Paragem deve-se a “dificuldades de financiamento” do consórcio As paragens na obra prendem-se com “dificuldades de financiamento” do consórcio junto da banca, alegou, em declarações à TSF citadas pelo Jornal de Negócios, o secretário de Estado dos Transportes e Obras Públicas, Sérgio Monteiro, que rejeita que a interrupção dos trabalhos esteja relacionada com a renegociação em curso das Parcerias Público-Privadas. “Nada tem a ver com o processo de revisão dos contratos, tem a ver exclusivamente com dificuldades de financiamento que o consórcio privado, do qual a Tecnovia faz parte, tem com o seu sindicato bancário financiador”, disse Sérgio Monteiro, recordando que “nos outros processos de revisão dos contratos, abrimos sete processos

para revisão no caso das subconcessões, nenhum teve paragem de obras durante esse processo”. “Isso significa que há uma situação excecional no caso do Baixo Alentejo e do Algarve Litoral que tem exclusivamente a ver com dificuldades de financiamento e que o consórcio privado e o sindicato bancário não estão a conseguir resolver”, concluiu o governante. A Tecnovia, empresa que integra o consórcio do Baixo Alentejo, está de


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Porque é Tempo de Aniversário

Manuel Coelho não quer via com perfil de autoestrada em Sines

facto a atravessar dificuldades, tendo já confirmado um “lay off” (suspensão temporária dos contratos de trabalho) que abrange “cerca de 330 trabalhadores”. Num comunicado enviado à Agência Lusa, citado pela Sic Notícias, a empresa justificou essa decisão com “o atual desajustamento entre as obras em carteira e a capacidade instalada da empresa, decorrente essencialmente da acentuada diminuição do investimento público,

da continuada redução do número de concursos públicos abertos e adjudicados e da suspensão dos trabalhos nas subconcessões do Baixo Alentejo e do Algarve Litoral”. Assim, a decisão de “reduzir ou suspender a prestação de trabalho do referido universo de trabalhadores” tornou-se “inadiável”, argumenta a empresa no mesmo documento.

O presidente da Câmara de Sines, Manuel Coelho, critica o projeto da A26 dentro do concelho, que considera não assegurar as necessárias vias alternativas para a circulação local, nem oferecer condições de segurança, reivindicando que não seja classificado com “perfil de autoestrada” os troços que ligam a cidade ao complexo industrial e a Vila Nova de Santo André, bem como ao Hospital do Litoral Alentejano. O autarca, defensor da A26 como via rodoviária estruturante para o desenvolvimento da região, quer manter a circulação dentro do concelho, entre a cidade de Sines e o complexo industrial, mas também, já no concelho de Santiago do Cacém, Vila Nova de Santo André e o Hospital do Litoral Alentejano (HLA), sem o perfil de autoestrada. Manuel Coelho argumenta que “não há garantia de segurança”, além de que “pequenos carros e alguns tipos de veículos não podem circular na autoestrada”. “Exigimos que se faça uma via segura e funcional para este tipo de veículos, para que não se estrangule a relação de outras zonas do concelho com a cidade”, disse. Um dos pontos criticados pelo autarca é “o troço entre Sines e o HLA”, que, aponta também, “não devia ter perfil de autoestrada” para que todos os tipos de veículos possam circular sem restrições. “Entre a Barbuda e a Metalsines [no complexo industrial] não há nenhuma alternativa paralela”, exemplificou. “Nós não admitimos isso”, asseverou. Para Manuel Coelho, a classificação como autoestrada só faz sentido a partir da zona do HLA, no concelho de Santiago do Cacém, para o interior. “É direito das pessoas terem um acesso em condições”, reforçou.

Quando as recordações são doces e ternas, porque vamos eliminando aquilo que à força de nos magoarem, aparecem como uma incarnação do mal, como referiu um poeta, o jornalista “é uma ilha como todos os homens. Escreve para não se evaporar no nevoeiro perpétuo do quotidiano. De quando em vez, aluga quartos na memória para regressar à infância. Gosta de caminhar fora do destino. E tem uma certeza ‘não ter ilusões é viver morto”. Isto para referir que o Jornalista, embora não se esqueça da indiferença, do isolamento, dos egoísmos que fazem com que a sua ilusão possa tombar diante do vazio de valores, aceita com consciência, que tudo isso faça parte do actual caldo de contrariedades, que caracteriza a sociedade contemporânea. Porque não quer fugir da realidade e é optimista - o Jornalista afirma que continua a acreditar que a crise poderá levá-lo a procurar uma visão adulta das suas crenças, sempre em busca do melhor, sabendo que - como hoje -, nunca os desafios com que se defronta poderão constituir oportunidades a que não deverá deixar de responder. Na realidade, necessita de estar atento e perceber o que fazer com a globalização. Marcando a diferença, no caso da Imprensa Regional, o Jornalista acredita que a globalização poderá ser capaz de devolver às localidades, um mundo que está mais pequeno e mais próximo do homem, permitindo-

lhe saber mais, se for dotado da capacidade de tornar esse saber e essa informação, em factores de dignidade e de respeito. Da nossa parte, a afirmação de que, não nos tem faltado força anímica – através da forte ligação com todos aqueles que fazem parte da nossa grande equipa desde jornalistas, fotográfos, cronistas, anunciantes, e, principalmente, leitores – a sua contribuição é determinante para fazer com que o nosso Jornal renasça em cada uma das suas edições. Por tudo isso, não é demais lembrar que, nesta Edição, em que o Jornal “ Litoral Alentejano” cumpre, mais uma vez, neste dia – 1 de Setembro de 2012 - 11 Anos de existência, se cumpre por inteiro, em obediência aos seus Estatutos. Assim sendo, vencidas muitas lutas, é com orgulho que os seus responsáveis saúdam todos aqueles que desde a primeira hora os têm acompanhado até ao presente. E, neste dia, através da ponte que as Palavras estabelecem, depois de afloradas algumas preocupações, transportaramnos – mais uma vez – para que lhes manifestemos a todos os que referimos que os momentos de compreensão, disponibilidade, compromisso e de respeito pelos anos que se passaram, são recordações doces e ternas, guardadas na nossa memória. Assim sendo, este é o momento de erguemos uma taça de espumante ao passado e, principalmente, ao futuro, com um Bem Haja a toda a Equipa. Aliette Martins

*Para que conste, sou mais uma das pessoas que não aceita escrever com as limitações do Novo Acordo Ortográfico.


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Crónicas de Lisboa

Tubarão e alforrecas não

Acabou a Festa, Vamos ao Trabalho E que grande festa, em todos os aspectos, foram os jogos olímpicos (JO). Desde a cerimónia de abertura, até à de encerramento, tudo “foi longe demais”. Confesso que as duas cerimónias “cansaram-me” tão ricas foram, incluindo a sua duração e a sua sequência e sem falhas.

Serafim Marques*

Pareceu-me fixação, mas o rigor britânico “exagerou”. A Grã-Bretanha soube aproveitar a organização dos JO para um exercício de poder, no bom sentido, e mobilização do país (de várias nações), exibindo e valorizando o seu património histórico, cultural, económico e humano e reforçando o papel de Londres como cidade do mundo e que estes JO (os terceiros na cidade) confirmam como destino de cidadãos de toda a parte do mundo. Cada organizador dos JO tenta ultrapassar o seu antecessor, pelo que Londres recebeu de Pequim um exigente legado, mas endossou aos cariocas do Rio de Janeiro um enorme desafio e responsabilidade para serem, no mínimo, competentes. Fazerem melhor, parece quase impossível, até porque são duas realidades de desenvolvimento muito diferente e também duas culturas quase diametralmente opostas. A ver vamos, mas esta será uma oportunidade de ouro para o Rio de Janeiro (metrópole e Estado) dar o grande salto qualitativo

e potenciar as suas valias, organização dos JO precedida com o mundial de futebol Brasil 2014, este a nível do país e não de cidade. O desporto moderno “casou-se” com a economia (em todas as suas vertentes e variáveis), incluindo a tecnologia (que lhe dá rigor, performance e rapidez na obtenção de dados, etc) e a televisão, que lhe dá visibilidade de dimensão universal, para além da captação de imagens e pormenores inatingíveis à vista desarmada pelos humanos. O que seriam os JO sem a televisão? O desporto é, cada vez mais, um negócio, mas que sem a televisão não teria o mesmo interesse, mas é também um exercício de poder das nações. As vitórias, nas “guerras desportivas”, medem-se pelo número de medalhas que os atletas conquistam para si e para os seus países, mesmo que alguns recorram à naturalização de atletas, para reforçarem os seus “exércitos de combate”, algo semelhante aos soldados mercenários contratados. Os dois (próximos) maiores eventos desportivos vão ocorrer no Brasil, pelo que esta é uma excelente oportunidade para muitos portugueses, porque se o governo brasileiro pretende que estes dois eventos dinamizem e desafiem os seus cidadãos a adquirirem mais competências para o desenvolvimento do país, como grande potência emergente, o Brasil carece de muitos trabalhadores especializados e os portugueses levam vantagem em relação a outros concorrentes. Convite à emigração de portugueses? Mas desde mil e quinhentos que esta é a nossa sina, porquê considerar então este tema um tabu e ofensivo a mentes instaladas no conforto do Estado, directa ou indirectamente dependentes? A sobrevivência (política, económica e mesmo física) e a valorização profissional e pessoal tem levado milhões de pessoas, ao longo dos séculos, a movi-

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mentos migratórios. É uma reacção ao desenvolvimento e riqueza desigual existente no globo e que só utopicamente o deixará de ser nos tempos mais próximos, tal é a enorme desigualdade entre os países. Aliás, muitos dos atletas que competiram nestes JO são emigrantes. As festas fazem parte da humanidade, mas estas têm que ser merecidas e, acima de tudo, não se deve esquecer que há sempre muito trabalho (e dinheiro) por detrás delas. Os JO, desde o tempo de Olímpia, são o claro exemplo disso e também de que nada se consegue sem esforço, dedicação e competências, para que a glória e o prazer possam ser saboreados e corresponderem ao prémio pelo trabalho desenvolvido. “Dos fracos não reza a história”, ou melhor, “reza” mas como (maus) exemplos, mas onde se aprende mais para que as vitórias possam acontecer. É assim em tudo na vida. “Acabou a festa, vamos ao trabalho” – poderia ser esta a mensagem dirigida a todos os cidadãos do mundo, porque os JO são uma festa mundial (neles participaram duzentos e quatro países), mas com destaque para os cariócas do Rio de Janeiro, cujas lições e ensinamentos deverão saber colher de Londres, e também para os atletas que ontem iniciaram a próxima olimpíada (ou ciclo olímpico de quatro anos) que os levarão aos JO de 2016 no Rio de Janeiro. Por cá e para muita gente, a festa é um objectivo de vida e não um meio, pelo que assim, as conquistas de “medalhas” serão acidentais, porque outros povos a ganharão, apesar dos exemplos que são excepções. Não me refiro apenas ao desporto, porque o nosso desenvolvimento e as nossas atitudes, como país, continuam a “ganhar” medalhas de lata e não de ouro. Custa a entender isso?

*Economista

No espaço de uma semana a pacata localidade de Vila Nova de Milfontes, Odemira, foi alvo de todas as atenções com o avistamento de um tubarão e o aparecimento de caravelas portuguesas que assustaram os banhistas e alertaram as autoridades.

O avistamento de um tubarão com cerca de 1,5 metros, no passado dia 20 de Agosto, nas praias da Franquia e Furnas, em Vila

famílias com crianças, retirados da água. “Mandei as pessoas saírem de dentro de água e quando fui mudar a bandeira, as

a umas pedras quando vi uma barbatana ao cimo da água, mas pensei que fosse um mergulhador, Depois voltou a mergulhar e passou debaixo de água. Foi aí que fugi logo para terra e nem fiquei para ver se era o tubarão”. Um dia depois do avistamento, os banhistas mostravam alguma apreensão ao entrar dentro de água, mas as temperaturas altas fizeram com que não arredassem pé das praias e se atrevessem a mergulhar. Para isso, bastou a bandeira verde ser hasteada, às primeiras horas do dia e logo após as patrulhas da Polícia Marítima de Sines, verifi-

Nova de Milfontes deixou em alerta a Polícia Marítima de Sines que durante vários dias mobilizou para o local meios para tentar localizar o animal. O tubarão foi visto por diversos banhistas que se encontravam na água e alertaram o nadador-salvador para a presença de um “peixe grande” junto à linha de água. “Estava no meu posto quando alguns banhistas avisaram que estava um tubarão a dois metros da linha de água. Quando me aproximei também vi o animal e pareceu-me um tubarão com a barbatana dorsal fora de água”, contou David Vaz, nadador-salvador. A bandeira vermelha foi hasteada de imediato e os banhistas, na sua maioria

pessoas viram o tubarão a nadar para fora”, adiantou o nadador que confirmou a existência de relatos semelhantes na praia das Furnas, a poucos metros do local onde o animal foi avistado pela primeira vez. Mónica Silva, 33 anos, residente em Amora e de férias em Vila Nova de Milfontes, não ganhou para o susto quando reparou na presença do tubarão, junto ao filho, de 7 anos. “O meu filho estava dentro de água e ia pisando o tubarão que estava entre as rochas. Estivemos tão perto que acho que não faça mal porque a reação foi fugir”, contou a veraneante. Ricardo Santos, de 36 anos, natural de Anadia, conta que “estava na água junto

car que não havia perigo, para os utentes das praias da Franquia e Furnas, esquecerem o susto. “Já estive dentro de água com a canoa mas sempre com atenção ao que se passava à minha volta, apesar de acreditar que não era uma espécie perigosa”, disse ao Litoral Alentejano Pedro Penitência que avistou a barbatana do animal a entrar na barra. “Depois do alerta, o tubarão afastou-se e, ao final do dia, acabou por voltar ao mar”, acredita o atleta de canoagem do Clube Náutico de Milfontes. A treinar diariamente no rio Mira, o jovem garante que “nunca viu nada parecido” com um tubarão. De acordo com o comandante da Polícia Marítima

Helga Nobre helga.nobre@gmail.com


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Litoral Alentejano – sábado, 1 de setembro de 2012

afastam banhistas de Sines, Arrifana Horta, o encerramento das praias foi “uma medida cautelar apesar do animal não ter sido localizado pelas patrulhas que bateram a área durante vários dias. O tubarão já está no mar porque foi visto a sair da barra, no dia em foi avistado pelos banhistas e assim que a maré virou”, assegurou. A hipótese de se tratar de um tubarão-frade foi reforçada pelo responsável. “Tudo leva a crer que se tratava de um espécime pequeno”, concluiu.

Caravela-portuguesa ‘ataca’ sete pessoas

“À moda antiga”

de saúde. “São situações que não inspiram cuida-

dos”, adiantou fonte hospitalar que, no entanto, alertou que um contacto prolongado

com a espécie pode provocar reações graves.

Trata-se de uma espécie de alforreca cujos tentáculos estão cobertos de espigões

Uma família foi assistida na passada quinta-feira, 23 de Agosto, no Hospital do Litoral Alentejano, depois de ter sido picada por uma “caravela-portuguesa” na praia do Malhão, em Vila Nova de Milfontes. As vítimas, dois adultos e três crianças de sete, oito e 10 anos, residentes em Cascais e que estão a passar férias na costa alentejana, receberam os primeiros-socorros no areal, tendo sido levadas para a unidade

Lusco-Fusco Elogio da sombra

Verissimo Dias

Quando regressa a melancólica monda à charneca soalhenta? Quem está na janela verde que bordeja o chão aquecido, vendo de novo as mondadeiras? É a sombra! Quem diz primeiro o nome da “Aurora”? Quem lhe afaga os cabelos queimosos? Respondo que é a sombra: porque ela traz aos campos do Sul o bálsamo da frescura e do aroma. E, sem falar, nos diz todos os nomes. E nos traz o relógio do Outono, essa espiga podada ao contrário chamada Primavera. Bendita sejas, sombra!

que libertam uma substância tóxica. Este organismo é semelhante a uma alforreca, de cor azulada e tentáculos compridos. A reação é semelhante à de uma queimadura de segundo grau. O comandante da Polícia Marítima de Sines, Arrifana Horta, disse que “a subida da temperatura da água pode resultar no aparecimento destas espécies mas nada indica que se trate de uma praga”, sublinhou perante o alerta nacional lançado pela Polícia Marítima que dava conta de uma possível chegada de mais caravelas à costa nacional. As autoridades recomendam que não se entre em contacto com as “caravelas-portuguesas”.

O novo acordo ortográfico ai está em tudo que se escreve. Este Jornal continuou a escrever “à moda antiga” até hoje. Isto porque o corrector (corretor) automático dos nossos computadores assim o obriga, pois a trabalheira que dá corrigir para “português antigo” é muita. “Quando eu escrevo a palavra acção, por magia ou pirraça, o computador retira automaticamente o C na pretensão de me ensinar a nova grafia. De forma que, aos poucos, sem precisar de ajuda, eu próprio vou tirando as consoantes que, ao que parece, estavam a mais na língua portuguesa. Custa-me despedir-me daquelas letras que tanto fizeram por mim. São muitos anos de convívio. Lembro-me da forma discreta e silenciosa como todos estes CCC’s e PPP’s me acompanharam em tantos textos e livros desde a infância. Na primária, por vezes gritavam ofendidos na caneta vermelha da professora: - não te esqueças de mim! Com o tempo, fui-me habituando à sua existência muda, como quem diz, sei que não falas, mas ainda bem que estás aí. E agora as palavras já nem parecem as mesmas. O que é ser proativo? Custa-me admitir que, de um dia para o outro, passei a trabalhar numa redação, que há espetadores nos espetáculos e alguns também nos frangos, que os atores atuam e que, ao segundo ato, eu ato os meus sapatos. Depois há os intrusos, sobretudo o R, que tornou algumas palavras arrevesadas e arranhadas, como neorrealismo ou

autorretrato. Caíram hifenes e entraram RRR’s que andavam errantes. É uma união de facto, e para não errar tenho a obrigação de os acolher como se fossem família. Em ‘há de’ há um divórcio, não vale a pena criar uma linha entre eles, porque já não se entendem. Em veem e leem, por uma questão de fraternidade, os EEE’s passaram a ser gémeos, nenhum usa ( ^^^) chapéu. E os meses perderam importância e dignidade; não havia motivo para terem privilégios. Assim, temos janeiro, fevereiro, março, são tão importantes como peixe, flor, avião. Não sei se estou a ser suscetível, mas sem P, algumas palavras são uma autêntica deceção, mas por outro lado é ótimo que já não tenham. As palavras transformam-nos. Como um menino que muda de escola, sei que vou ter saudades, mas é tempo de crescer e encontrar novos amigos. Sei que tudo vai correr bem, espero que a ausência do C não me faça perder a direção, nem me fracione, e nem quero tropeçar em algum objeto. Porque, verdade seja dita, hoje em dia, não se pode ser atual nem atuante com um C a atrapalhar. Só não percebo porque é que temos que ser NÓS a alterar a escrita, se a LÍNGUA É NOSSA ...? !? Os ingleses não o fizeram, os franceses desde 1700 que não mexem na sua língua e porquê nós?” Em dia de aniversário, nada melhor para marcar a nossa identidade do que alterar a nossa escrita! Este texto não é meu, mas assino por baixo… Marcos Leonardo


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Feira de Agosto – ano a ano – o registo da sua História

“Tornámos realidade o que não passava de sonhos e de promessas adiadas” Ao cumprir-se, na sua tradição de Festa Popular, feitas as contas, a Feira de Agosto 2012, somou um grande entusiasmo e sucesso entre Grandolenses e um número assinalável de visitantes. Com a presença do Secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administrativa, Eng.º Paulo Simões Júlio, na sua qualidade de convidado de honra, o Governo fez-se representar na inauguração de mais uma edição da Feira de Grândola. Igualmente, na inauguração do Certame, foi assinalada a presença do Bispo da Diocese de Beja, D. António Vitalino, bem como – a exemplo do que tem vindo a ser habitual – o registo fez-se também com a presença inúmeros convidados de destacada referência.

Feira de Agosto uma das mais antigas e maiores feiras francas do País Neste ano de 2012, um ano duramente marcado por uma crise económica de que não há memória, a grande Feira Festa, a Feira de Agosto,

Turismo e Ambiente - uma das mais antigas e maiores Feiras Francas do País, com mais de 360 anos - foi inaugurada pelas 17h30 do passado dia 22, cumprindo-se com o destaque que granjeou, a partir do modelo criado e desenvolvido por uma vasta equipa liderada por Carlos Beato, através do chamado “Novo Ciclo”, um projeto que deu visibilidade acrescida à Vila Morena, Terra cantada por Zeca Afonso, inspirador de uma realidade assente na solidariedade, certificada no encontrar em cada esquina um Amigo como, incansavelmente, tem sido evocado pelo Presidente da Autarquia, a quem – neste tempos de preocupação – continua a não baixar os braços. A exemplo dos 10 anos que a liderança de Carlos Beato já cumpriu, a abertura da Feira de Agosto 2012 – o Edil, com o mesmo entusiasmo que lhe conhecemos – através da palavra - foi o anfitrião que muitos conhecem, não só dando as boas

vindas a todos que enchiam o pavilhão onde a cerimónia decorreu, que se encontrava cheio, agradeceu, na particularidade de uma referência oportuna, enumerando os nomes do convidados de honra ali presentes para, enumerando, de seguida, àquela plateia, os percursos vencidos, para deixar um sinal de esperança para vencer as batalhas que hão-de vir, em prol do “seu, nosso” Alentejo Litoral, enquanto destino digno - acima de tudo - da boa gente alentejana.

Governo de Portugal fez-se representar na Feira de Agosto Carlos Beato, a exemplo do que em todas as Feiras tem sido um ponto assente, sublinhou a presença do Secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administrativa, Eng.º Paulo Simões Júlio, em representação do Governo na inauguração de mais uma edição da Feira de Agosto, foi recebido não só por si, mas ainda pelo

“Grupo de Amigos de Valsa Mandada” da Casa do Povo de Melides, que a todos brindou com um ritmo alegre e um movimento a pedir um pezinho de dança, manifestando a força vinha do folclore alentejano, que fez parte desse primeiro momento da chegada do Secretário de Estado. Entretanto, já no interior do Pavilhão, após as saudações – personalizadas – Carlos Beato destacou os convidados para – a exemplo do que tem sido um hábito seu – apontar os caminhos

avanço verificado no rumo do progresso, da prosperidade, do bem-estar e da qualidade de vida das cidadãs e dos cidadãos deste Concelho”. Carlos Beato, com a frontalidade que o caracteriza não deixou de sublinhou que de facto, “creio ser justo reconhecer que poucas coisas se mantiveram inalteráveis”, lembrando que, entretanto, havida duas coisas que não mudaram, ao longo destes anos. “O local onde a Feira se realiza, e, a presença e o

“A Feira de Agosto, de modo exemplar, reflete o conceito de desenvolvimento que, em 2002, traçámos e que, desde então, colocámos em prática, com o apoio sempre mais expressivo do Povo deste Concelho” trilhados e, também, aqueles que manifestamente deseja, possam cumprir-se no futuro. Nesse sentido, para que conste, aqui deixamos alguns tópicos das suas afirmações. O Presidente começou por dizer que há precisamente uma década, em Agosto de 2002, estava a inaugurar, “…pela primeira vez, nos mandatos do “Novo Ciclo Autárquico, a Feira de Agosto de Grândola – Turismo, Ambiente e Desenvolvimento”, explicando que “Olhando para trás, para esses tempos, não é possível deixar de reconhecer o profundo

apoio solidário e empenhado de todos que, desde a primeira hora, têm estado ao nosso lado nesta caminhada pelo desenvolvimento do nosso Concelho, pela afirmação deste território e da nossa região e pela criação de mais e melhores oportunidades para a sua população”. Dito isso, centrando-se na plateia, confessando que na verdade “o vosso apoio, o vosso incentivo e a vossa intervenção, crítica, construtiva e empenhada não nos têm faltado. Também por isso fomos impelidos e estimulados a fazer sempre mais e cada vez melhor, num trabalho


1 de setembro/12 Ano III • n.º 65 •

Directora Aliette Martins Director-adjunto Marcos Leonardo Editor Joaquim Bernardo

Comemoração do Dia do Municipio de Odemira

Câmara Municipal atribui diplomas de desempenho meritório No próximo dia 8 de setembro a vila de Odemira vai ser palco para a 1.ª Cerimónia do Dia do Município, uma iniciativa que tem como objetivo de enaltecer e assinalar esta data junto de toda a população do concelho de Odemira. Sendo setembro o mês da cultura em Odemira, vão ser atribuídos no decorrer da 1.ª Cerimónia Protocolar do Dia do Município diplomas de desempenho meritório a entidades e/ou individualidades que se destacaram no último ano em diferentes áreas a nível municipal, regional e nacional, como forma de agradecimento e incentivo a cidadãos para os valores transmitidos pelos homenageados. A cerimónia está agendada para as 9 horas, no Largo Miguel Bombarda em Odemira à entrega de diplomas de desempenho meritório e conta com a atuação da Orquestra da Escola de Artes de Sines. Os homenageados pela Câmara Municipal pelos feitos alcançados ao longo do ano são aos alunos da Escola Secundária de Odemira, Lúcia Martins, Daniel Silva e Marlieke Pronk, Ana Correia, Milene Ramires e Mónica Raposo, pelos resultados obtidos “Genius Olympiad 2012” realizado nos Estados Unidos; ao aluno Leonardo Guerreiro, do Agrupamento de Escolas de Sabóia, pelos resultados obtidos no Campeonato Nacional de Jogos

Matemáticos; à aluna Adriana Catarino, do Agrupamento de Escolas de S. Teotónio, pelos resultados obtidos na final distrital do Concurso Nacional de Leitura 2012; aos atletas do Clube Náutico de Milfontes, Inês Esteves, Carlos Marques, Ana Brito, Carla Rosa, Nelson Bernardo, Sérgio Tavares e Gonçalo Gamito pelos resultados obtidos nas modalidades K1 e K2; aos atletas da ADMIRA, Pedro Nascimento, Manuel Pedro, João Amélio, Christian Jensen, Miguel Marques, Inês Telles, Ricardo Amélio, Emanuel Cortes, Francisco Machado, João Marcelo, Catarina Gomes e

Miguel Cortes, pelos resultados obtidos na modalidade de kickboxing na disciplina de “Semi-contact”; à atleta Teresa Fernandes pelos resultados obtidos na modalidade de BTT Cross Country (XCO), aos atletas do Núcleo Desportivo e Cultural de Odemira, Ana Catarina Dias, Ana Guerreiro, Rita Guerreiro, Fábio Batista, Pedro Poeira, Raul Lourenço, Luís Lourenço, Ilídio Campos, Marta Santana Silva, Tiago Curva Silva, pelos resultados obtidos nas diversas categorias de atletismo e natação; ao Grupo Desportivo e Recreativo Luzianes-Gare, por se ter sagrado

Canoagem: Campeonato Nacional de Maratonas

Campeão Distrital de Futebol na Taça Fundação Inatel; a Maria Odete pela dedicação e trabalho na defesa da cultura e tradições locais, nomeadamente com o grupo etnográfico “Gentes do Alto Mira”, a “Herdade do Touril”, propriedade do empresário Luís Leote Falcão, galardoada, pelo segundo ano consecutivo pela Publituris Portugal Trade Award, com o prémio de “Melhor Turismo em Espaço Rural em Portugal”, à Casa do Adro, propriedade de Idália José, por ter obtido o “Certificate of Excellence” atribuído pela Tripadvisor.

Clube Naútico de Milfontes com uma prestação muito positiva O Clube Náutico de Milfontes participou no dia 25 de agosto, no Campeonato Nacional de Maratonas. O destaque da participação vai para Nuno Silva que na prova de K1 seniores foi o 6º classificado, depois de ter gerido a prova de trás para a frente, devido às condições de dificuldade extrema que o rio Cávado proporcionou devido à falta de caudal. Igualmente em 6º lugar, mas na prova de Veteranos A ficou Sérgio

Tavares. Já Carlos Marques terminou a sua participação num honroso 4º lugar, em K1 Júnior. Miguel Amador, em C1 Sénior classificou-se na 5ª posição, resistindo até ao final às condições nada favoráveis à prática desta vertente da modalidade. A representante feminina, Diana Aires, classificou-se em 8º lugar em K1 Cadete. Mais uma participação muito positiva dos atletas do Clube Naútico de Milfontes.


Litoral Alentejano – sábado, 1 de setembro de 2012

Estrela de Santo André

O objetivo é passar para a segunda fase O Estrela de Santo André já apresentou o plantel com que vai participar no Campeonato Distrital de Setúbal da 2ª divisão 20122013. O objetivo do clube passa por lutar pelo apuramento para a 2ª fase e depois tentar a melhor classificação possivel. Continuam da época passada, Joel, Samuel, Chalana, Daniel, Jorge Condesso, Rivago, Ricardo Ferreira, Ruben Gonçalves, André Fernandes e Hugo Almeida. Reforços: Flávio, Malaquias, Diogo Santos, Ricardo Coelho e Kifo, todos ex. Melidense. Santinhos, Alexandre, Pedro Estevão e Calado ex. juniores. Mauro e João Generoso ex. grandolense, Filipe Mariano ex. Milfontes, Cadinho ex. Vale Figueira e Tiaguinho ex. júnior do Vasco da Gama de Sines. No dia 25 de agosto, o Estrela realizou o primeiro jogo de preparação em Cuba onde perdeu por 2-1. No dia 1 de Setembro, às 18 horas, joga em Milfontes, frente ao Clube Praia de Milfontes da 1ª divisão de Beja. No dia 8 de Setembro,

realiza-se um Torneio em Santo André, com a participação do Estrela de Santo André, Bairro do Conceição e Sporting de Cuba. No dia 15 de Setembro, o clube realiza o último jogo de preparação na Cabeça Gorda frente à equipa local que disputa a 2ª divisão de Beja.

Futebol: Distrital de Beja da 1ª divisão

Milfontes com o plantel quase fechado O Clube Praia de Milfontes tem praticamente definido o plantel para a época 2012-2013, onde vai participar no Campeonato Distrital de Beja da 1ª divisão. Neste momento Fernando Candeias já conta com 20 jogadores. GuardaRedes: Nuno Pinóia, João Neto (ex Odemirense) e Nuno Silva (ex Sanluizense). Defesas: Rui Guerreiro, Ricardo Oliveira,

Gilson Furtado, Henrique Martins, Richard Santos, Filipe Ribeira, André Pato, Bruno Candeias. Médios: Pedro Cardita, José Luís Brito, João Luís, Paulo Romão, Rui Silva (ex Melidense), Rúben Filipe, Guilherme Cruz. Avançados: Valter Tairo, Rui Sousa (ex Atlético de Reguengos). Treinador: Fernando Candeias.

Na época 2012-2013

Daniel Direito no União de Santiago

O União de Santiago de Santiago já anunciou onze reforços para a época 2012-2013, onde vai participar no Campeonato Distrital de Setubal da 2ª divisão e na Taça do Distrito de Setubal. Os reforços anunciados são:

Tito, Paulo Silva, Paulo Freitas, Ruan Carlos e Aldenir todos ex. Melidense. Dario ex. Ferreirense, Alemão que jogava no Chipre, Daniel Direito e Paulinho ex. Vasco da Gama, Cuca e João Batista ex. Estrela de Santo André.

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Hóquei: Nacional da 3ª divisão

HC Santiago do Cacém começa a nova época dia 4 de Setembro O Hóquei Clube de Santiago do Cacém vai iniciar a época desportiva 2012-2013, no próximo dia 4 de Setembro. O clube já divulgou o plantel e o respetivo treinador para cada escalão. Na formação, irá contar com uma equipa de escolares, orientada por Fábio Jorge, iniciados por Filipe Quinto, juvenis por Hélder Mateus e juniores por Gonçalo Silva, treinador também da equipa sénior. Patrocínio Pacheco será o treinador de guarda-redes. O HCS conseguiu ainda reforçar algumas equipas com atletas que poderão vir a ser elementos importantes no decorrer da época, como são os casos de Iago Torres ( juvenil, ex. HC Vasco da Gama), Iúri Passarinho (júnior, ex. HC Vasco da Gama), João Matos (júnior ex. Amadora) e Pedro Raposo (júnior, ex. Beja). Em relação à equipa principal o HCS, regista duas saídas, Jorge Silva e Tiago Marques, que vão atuar no Vialonga. Para colmatar estas saídas, entraram o guardaredes Pedro Fernandes e Pedro Pereira (ambos ex. Aljustrelense). O plantel ainda não está fechado, podendo entrar mais algum atleta nas próximas semanas. Segundo podemos apurar junto do treinador e coordenador geral do clube, Gonçalo Silva, o HC de Santiago apresenta-se este ano com o objetivo de conseguir bons resultados, principalmente nos escalões mais velhos. “Há muitos meses que estamos a trabalhar de forma a podermos alcançar melhores resultados este ano, para isso tentámos reforçar as equipas

e penso que conseguimos tapar algumas lacunas. Depositamos muitas esperanças nas equipas de juvenis e Juniores que pensamos terem hipóteses de realizaram uma época muito positiva. Em relação aos seniores, temos os pés bem assentes na terra e vamos apenas tentar dar continuidade ao trabalho desenvolvido na época passada, onde acabamos por realizar uma boa segunda volta, mas é preciso muito trabalho pois o passado fica para trás e só podemos pensar no presente e no futuro”. Plantel de escolares 2012-2013: Diogo Gonçalves (guarda-redes), Tomás Pereira (guarda-redes), Diogo Martins, Paulo Rufino, Eduardo, José Pedro, Tiago Pereira, Tomás Canha, Guilherme Dias e Otílio. Plantel de iniciados: João Morilhas (guarda-redes) Fernando (guarda-

redes), João Balsinha, Afonso Correia, Rodrigo Malaquias, Diogo Pratas, Bruno, João Martinho, Diogo Conceição, Rodrigo. Plantel de juvenis: Luís Morilhas (guardaredes) Igor Afonso (guarda-redes) Miguel Freitas, Manuel Moreno, Iago Torres, José Moreno, Pedro Mesuras e Ricardo Matias Juniores: André Botelho (guardaredes), João Ablum (guarda-redes), João Matos (guarda-redes), Iúri Passarinho, Fábio Santos, Fábio Jorge, João Ribeiro, Pedro Raposo, Henrique Pereira, João Rodrigues, Ricardo Valente, Rafael Rocha. Plantel de seniores: Pedro Fernandes (guarda-redes), Gonçalo Silva (treinador/jogador), Hélder Mateus, Gonçalo Gomes, Gonçalo Paixão, Luís Delgado, Nuno Santos, Pedro Pereira.

Associação de Futebol de Setúbal

Já foram realizados vários sorteios na A.F. de Setúbal A Associação de Futebol de Setúbal já realizou o sorteio relativo a várias competições por si organizadas na época desportiva 2012-2013. Na 1ª divisão de juniores, o campeonato começa dia 13 de outubro e termina a 11 de maio de 2013. Na 1ª jornada, dia 13 de outubro, vão jogar: G. Corroios – Trafaria; Desportivo de Portugal – Seixal; Alfarim – Alcochetense; Vasco da Gama – Pinhalnovense; Almada – Amora; Fabril do Barreiro – Cova da Piedade e Pescadores da Costa da Caparica – Sesimbra. Na 2ª divisão de juvenis, o campeonato começa dia 23 de Setembro e termina a 14 de Abril de 2013. Na 1ª jornada, dia 23 de setembro, vão jogar: Brejos de Azeitão – Pelezinhos; Grandolense – Estrela de Santo André; Alcacerense – Sindicato; Comércio e Industria – Botafogo; União de Santiago – Areias e Alcochetense – Palmelense. Na 2ª

divisão de iniciados, o campeonato começa dia 21 de outubro e termina a 19 de maio de 2013. Na 1ª jornada, dia 21 de outubro, vão jogar: Cova da Piedade – Vitoria de Setúbal; Barreirense – 1º Maio de Setúbal; Pinhalnovense – Vasco da Gama; Brejos de Azeitão – Trafaria; Seixal – Paio Pires; Fabril do Barreiro – Vale Milhaços e Leão Altivo – Alcacerense. No futebol de sete,

o campeonato de infantis começa dia 29 de Setembro e termina a 29 de dezembro. Na 1ª jornada, dia 29 de setembro, vão jogar: Vitória de Setubal – Pelezinhos; C. Industria – Amarelos; Est. Santo André – Alcacerense; Vasco da Gama – Escola Sonho 21; Ídolos da Praça – Grandolafoot; Porto Covo – Ermidense e 1º Maio de Setúbal – Associação Luvas Pretas.


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Futebol: Campeonato Distrital de Setúbal - 1ª Divisão

Litoral Alentejano – sábado, 1 de setembro de 2012

Hóquei: Nacional da 2ª divisão

Vasco da Gama de Sines HC Vasco da Gama já regressou com a prata da casa regressou ao trabalho A equipa de futebol sénior do Vasco da Gama de Sines iniciou no dia 27 de agosto, a preparação com vista à participação no Campeonato Distrital de Setúbal da 1ª divisão e na Taça do Distrito. A redução de apoios obrigou a direção do clube a formar um plantel apenas com jogadores da região e onde o objetivo passará naturalmente por conseguir a melhor classificação possível. Para o comando técnico a direção vascaina apostou na prata da casa, Joaquim Sezões regressou ao clube depois de ter saído a meio da época passada e Hélder Estrela regressa ao Vasco da Gama depois de ter orientado o Estrela de Santo André. O terceiro elemento da equipa técnica é Aníbal Machado que continua da época passada. Quanto a jogadores continuam da época passada, Filipe Silva, Carlos Pereira, Diogo Filipe, Mascarenhas, Filipe Sampaio, Sandro, Cadu, Vítor Reis, Mikó e Idy. Para preencher o plantel o clube apostou no regresso de alguns atletas que já representaram o clube sineense no passado. Regressam Hélder Gomes e Gerson Estrela (ambos ex. Est. Santo André), Rui Ismael, Eder, Edson Malik, Filipe Pires (todos ex. U. Santiago) e João Chambel (ex. Melidense).

A equipa sénior do Hóquei Clube Vasco da Gama iniciou no dia 28 de agosto, a preparação com vista à participação no Campeonato Nacional da 2ª divisão. O clube aposta na continuidade do plantel e da equipa técnica do ano passado, o objetivo é a “manutenção na 2ª divisão nacional”. O plantel 2012-2013 conta com os seguintes elementos: guardaredes: Miguel Pereira, Pedro Ferreira, Miguel Dinis e David Simões. Jogadores de campo: Nuno Martins, Custodio Augusto, Luís Custodio, Filipe Duarte, Marco Abrantes, Henrique Pereira, Micael Silva, Nuno Torpes, Paulo Pereira e João Correia. Reforços confirmados: Diogo Mestre, Rui Cova e Daniel Paías todos ex. Portosantense. A equipa técnica conta com três elementos. Nuno Martins treinador principal, Gonçalo Correia treinador adjunto e Carlos Eugénio treinador de guarda-redes.

Pela primeira vez na 1ª divisão

Do Atlético Alcacerense chegou David Matias e do Estrela de Santo André o central, João Luís. Estão ainda a treinar com a equipa cinco atletas juniores, Valdir Silva,

Miguel Silva, Mendonça, Vítor e Gerson Anjos. O plantel não está fechado e nos próximos dias o clube vai apresentar mais alguns atletas.

Nas antigas instalações do Centro de Emprego

Câmara de Sines cedeu novas instalações a seis associações A Câmara Municipal de Sines cedeu novas instalações a seis associações do concelho no prédio do Bairro 1.º de Maio onde funcionava o Centro de Emprego de Sines, que em 2011 se mudou para a Rua Marquês de Pombal. Neste momento já se encontram instaladas no antigo Centro de Emprego a Associação de Caçadores do Concelho de Sines, o Hóquei Clube Vasco da Gama, a Missão Coragem, o Prosas Projeto Sénior de Artes e Saberes e o Vespa Clube do Litoral Alentejano.Aguarda-se a instalação de uma sexta coletividade. No caso dos clubes de hóquei e vespas, é a primeira vez que têm instalações para a sua sede. No que diz respeito à Missão Coragem e ao Prosas, que ocupavam outros espaços da cidade arrendados pela Câmara, a mudança deveu-se ao objetivo de, mantendo condições adequadas ao seu funcionamento, diminuir os custos de arrendamento, suportados pela autarquia, que baixam significativamente com esta solução. Quanto à Associação de Caçadores, a sua antiga sede será destinada ao alojamento de uma família carenciada. Além destas coletividades, a Câmara Municipal de Sines cede instalações - arrendadas ou em

O clube vai ter em competição uma equipa de juvenis, que terá Nuno Martins como treinador, uma equipa de infantis que será orientada por Arnaldo Godinho e uma equipa de Benjamins que será orientada por Nuno Martins e Micael Silva. A equipa de Bambis será orientada por Nuno Martins e Rui Cova.

Melides já iniciou a nova temporada O Juventude Melidense que vai participar pela primeira vez na 1ª divisão distrital de Setúbal, apresentou no dia 25 de agosto o plantel para a época 2012-2013. O plantel ainda não está fechado, neste momento estão garantidos 18 jogadores. São eles: Tiago ex. Alcacerense; Álvaro; Conga; Gil ex. Palmelense; Edu, ex. Ferreirense; Paulinho; Vítor - Aldeia Chãos; João Duarte - ex júnior Vasco Gama; João Gonçalves ex. júnior Vasco Gama; Diogo; Fusão - Estrela Faralhão; Granpola - Maritimo Rosarense; Zé Alberto - Ex Estrela Faralhão; Gonçalo; Louzeiro – Independentes; Péu – Comércio e Industria; Artur; Lameiras – Grandolense e Vítor Hugo ex.

alcacerense. Treinador Fernando Encarnação. Treinador Adjunto Carlos Nobre e Diretor Desportivo Rito.

Vasco da Gama de Sines

edifícios propriedade do município - a quase duas dezenas de outros clubes e associações do concelho: Andebol Clube de Sines, Arte Velha - Associação de Artesãos, Associação A Gralha, Associação Cabo-verdiana de Sines e Santiago do Cacém, Associação de Comércio e Serviços do Distrito de Setúbal (delegação de Sines), Associação dos Antigos Combatentes das Forças Armadas, Associação dos Serviços Sociais dos Trabalhadores das Autarquias, Associação Pro Artes de Sines, Associação Sines Solidária, Associação Sociocultural de Porto

Covo, Clube de Natação do Litoral Alentejano, Centro Cultural Emmerico Nunes, Contra-Regra / Teatro do Mar, Ginásio Clube de Sines, Independentes Futsal Associação, Resgate - Associação de Nadadores Salvadores e Siga a Festa - Associação de Carnaval. A Academia de Ginástica de Sines realiza trabalho administrativo no Pavilhão Municipal dos Desportos, onde passará a ter melhores condições com a inauguração do novo Pavilhão dos Desportos, prevendo-se uma solução semelhante para a Associação Recreativa de Danças de Salão.

Mário João treina a equipa de iniciados

O Vasco da Gama de Sines já anunciou os treinadores das camadas jovens, assim como a data do início dos treinos. A equipa de Juniores começa a treinar no dia 17 de Setembro, o primeiro jogo no Campeonato Distrital de Juniores da 1ª divisão realiza-se no 13 de Outubro, o treinador é José Matias. A equipa de  Juvenis começa a treinar no dia 10 de Setembro, o primeiro jogo no Campeonato Distrital da 1ª divisão realiza-se no dia 14 de Outubro, o treinador é Paulo Candeias. A equipa de Iniciados começa a trabalhar no dia 24 de Setembro,

o primeiro jogo no campeonato distrital da 2ª divisão realiza-se no dia 21 de Outubro. O treinador é Mário João. A equipa de Infantis começa a treinar no dia 3 de Setembro, primeiro jogo oficial realizase no dia 29 de Setembro. O treinador é João Paulo Viegas. A equipa de Benjamins começa a treinar no dia 12 de Setembro, o primeiro jogo realiza-se no dia 13 de Outubro. O treinador é Jaime Saldanha. As equipas de Traquinas e Petizes começam a treinar no dia 25 de Setembro.


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Futebol: Campeonato Nacional de Juvenis

Canoagem: Campeonato Nacional de Kayak-Mar

Atletas de Milfontes venceram várias provas

Odemirense luta pela manutenção no nacional

lugar, Lusitano de Évora 4 pontos; 5.º lugar, Beira Mar Almada 3 pontos; 6.º lugar, Odemirense 1 ponto; 7.º lugar, Estoril Praia 1 ponto; 8.º lugar, Cova da Piedade 1 ponto; 9.º lugar, Imortal 0 pontos; 10.º lugar, Despertar 0 pontos. Próxima jornada (09 de Setembro): V. Setúbal – Odemirense; Lusitano de Évora - Louletano; Estoril Praia – Oeiras; Despertar Cova da Piedade (sábado, 8 de Setembro, às 15 horas); Beira Mar Almada -

Imortal (domingo, dia 9 de Setembro, às 17 horas). O plantel do Odemirense, na época 2012-2013, conta com os seguintes elementos: Leandro Rosa; Pedro Avoila; Alexandre Loução; João Mira; Manuel Ramos; Joel Silva; Roberto Silva; Bruno Soares; João Felicidade; Ricardo Nobre; Diogo Oliveira; Diogo Ribeiro; Manuel Soares; Miguel Viegas; Hugo Canelas; Sérgio Encarnação; Leonardo Rafael. Os treinadores são António Oliveira e Filipe Morais.

Os canoístas do Clube Náutico de Milfontes estiveram em destaque na Taça de Portugal de Kayak-Mar que decorreu em Ílhavo, na zona de Aveiro. Os canoístas Maria de Deus e Miguel Amador venceram ontem, dia 19 de agosto em  Ílhavo, a Taça de Portugal de Kayak-Mar em K2 Misto, batendo a

dupla de Alhandra e a dupla de Sesimbra. Inês Esteves, apesar de já ter terminado a sua época, participou e venceu a prova de K1 sénior feminino. Sérgio Jesus também foi ao pódio na prova de K1 sénior masculino, terminando a sua prestação no terceiro lugar. Carlos Marques, que como Inês Esteves já terminou

a sua época, acabou por participar e classificar-se na terceira posição em K1 Júnior. De referir que na classificação coletiva, o Clube Náutico “Milfontes” ficou na segunda posição, apesar da pequena comitiva que levou a participar nesta Taça de Portugal

setembro | 2012

teatro

ú s ica

fotografia

artes plásticas

il te r a t u r a

pa t ri m ó n i o

ODEMIRA CULTURAL m

A equipa de juvenis do Odemirense depois de um empate no campo do Estoril, na jornada inaugural, no último domingo recebeu o Louletano e perdeu por 1-0. Resultados da 2.ª jornada: Lusitano de Évora,3 Estoril Praia,1; Beira Mar Almada,3 Despertar de Beja, 2; Imortal de Albufeira,0 V. Setúbal,1; Odemirense,0 Louletano,1 e Oeiras,1 Cova da Piedade,0. Classificação: 1.º lugar, V. Setúbal 6 pontos; 2.º lugar, Oeiras 6 pontos; 3.º lugar, Louletano 6 pontos; 4.º

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coletivo cujos frutos estão à vista de todos. Como tenho vindo a repetir, ao longo destes 10 anos, a Feira de Agosto, a grande Feira/Festa do Turismo e Ambiente da Costa Alentejana, é a principal montra do desenvolvimento do nosso Concelho e da própria Região e um dos mais importantes fatores de visibilidade das potencialidades de um território ímpar e de um Povo generoso e empreendedor, mas, tão ou mais importante do que isso, a Feira de Agosto tem sido, ao longo desta década, um espelho fiel do árduo caminho percorrido, do trabalho diligente e esforçado em que nos temos empenhado e dos resultados relevantes que temos vindo a alcançar. Percorrem-se os Pavilhões Centrais da Feira e eles devolvem-nos a imagem do progresso fantástico verificado na nossa Frente

plo, este Verão – e apesar da crise – obtivemos resultados francamente positivos com um aumento de cerca de 30% da taxa de ocupação de hotéis em relação a 2011 e a Marina a registar, poucos anos após a sua inauguração, o resultado histórico de 100% de ocupação. Também aqui é visível o dinamismo dos agentes económicos locais e o desenvolvimento harmo-

Fraternidade e Solidariedade, estão sempre presentes nesta Terra cada vez mais Morena Outro tópico importante sublinhado por Carlos Beato, referia-se ao “reflexo fiel do trabalho esforçado e generoso do Movimento

“A Feira de Agosto é uma imagem muito viva e muito marcante do que fomos, do que somos, daquilo que coletivamente construímos e do muito que ainda ambicionamos ser” nioso de todo o Concelho, bem demonstrado no processo de revitalização da aldeia Mineira do Lousal, de que a criação do Centro Ciência Viva é exemplo paradigmático e que é, já hoje, uma referência a

Associativo e das Coletividades e Clubes locais e a Atividade relevante que desenvolvem nas múltiplas áreas, demonstrando que os valores da Fraternidade e da Solidariedade, tão bem destacados e cantados por Zeca Afonso estão sempre presentes e atuais nesta Terra cada vez mais Morena”.

Não podemos compreender, que as autarquias sejam o ‘bode expiatório’ dos problemas da dívida pública

Atlântica, graças às características únicas das nossas praias de qualidade de ouro e Bandeira Azul – duas das quais estão entre as finalistas das 7 Maravilhas – Praias de Portugal – à excelência ambiental, paisagística e urbanística dos projetos de investimento e fruto de um trabalho concertado de simplificação administrativa e desburocratização de processos e procedimentos, sem perda de rigor e exigência, a par da prioridade dada ao planeamento e ordenamento do território. Tornámos realidade o que não passava de sonhos e promessas adiadas. Hoje estamos a consolidar um novo Destino Turístico, competitivo, diferenciador e de qualidade e excelência reconhecidas. No Tróiaresort, por exem-

nível nacional e inclusivamente, internacional”. Na continuação do seu discurso, Carlos Beato falaria da mais-valia, da Feira enquanto montra das atividades do Concelho de Grândola, desde a intervenção, sobretudo, de preocupações relacionadas com o desenvolvimento económico da Região, passando pelas mostras representadas na que é Festa da Feira de Agosto donde, aleatoriamente, selecionamos a sua referência às tasquinhas, uma sua afirmação, tasquinhas que “espelham bem a qualidade da gastronomia” da Região, que “combinam harmoniosamente os aromas do mar com os sabores típicos do Alentejo e que constitui um dos fatores de promoção e valorização do Destino turístico que temos vindo a consolidar”.

Com o cuidado de não deixar de se referir a todos os sectores da realidade Grandolense, o presidente Carlos Beato não se inibiu de deixar um sublinhado oportuno ao Governo, dizendo que: “De igual modo, ao verificarmos que apesar de todas as melhorias introduzidas de ano para ano nesta Feira, ela continua sem entradas pagas – uma vez que as receitas obtidas cobrem, integralmente, as despesas efetuadas”, facto que levou o Autarca a reafirmar que não podia deixar de reconhecer “o rigor e a exigência que sempre colocámos, ao longo desta década, na gestão dos dinheiros públicos, fazendo obra relevante sem pesar em demasia nos cofres municipais e obtendo resultados que nos têm permitido figurar em posição de grande destaque, regional e nacional, em muitos indicadores de relevo do Anuá-

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rio Financeiro dos Municípios Portugueses. Por estes motivos não podemos compreender, e muito menos aceitar, que as autarquias sejam o ‘bode expiatório’ dos problemas da dívida pública, quando é sabido que só a dívida acumulada de três empresas do Estado, é superior à do conjunto dos 308 Municípios do País e que tem sido o Poder Local Democrático, um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento integrado de Portugal e pelo combate constante às assimetrias e ao despovoamento dos territórios do interior, dificuldades que esta crise económica e financeira ainda veio acentuar mais. Finalmente, ao olharmos este espaço, de ano para ano cada vez mais ordenado, requalificado e bonito, não podemos deixar de recordar o relevante trabalho realizado na requalificação urbanística dos principais centros urbanos do Concelho, de que são exemplos as intervenções realizadas no Carvalhal, em Azinheira dos Barros, no Lousal, em Santa Margarida da Serra, em Melides, nas pequenas aldeias e na sede do Concelho, requalificando as principais entradas de Grândola, Vila Morena, e dando-lhe a projeção e a qualidade que tanto merece”. Resumindo o sublinhado da sua intervenção, Carlos Beato diria ainda que o que fez com a sua equipa e que está em fase de conclusão, “foi tirar partido das imensas potencialidades de um território de exceção, promovendo o seu desenvolvimento sustentado e integrado, colocando sempre a riqueza gerada no aproveitamento de Grândola que é hoje um símbolo de qualidade e uma referência ao nível do turismo, do ambiente, da gastronomia, da educação, do desporto, da cultura, do desenvolvimento social – com o Programa Viver Solidá-

rio, com a Universidade Sénior, com o Programa Grândola Solidária, com a aquisição e equipamento da nova Unidade Móvel de Saúde – transmitindo a imagem de um Concelho de progresso onde os valores mais nobres do 25 de Abril – A Liberdade, a Democracia e a Solidariedade – continuam a permanecer sempre vivos e atuantes. Por isso, mesmo em tempo de dificuldades crescentes para todos os portugueses, num País que enfrenta mais uma grave crise da sua história, esta grande Feira de Grândola e da Costa Alentejana, demonstra-nos que

há, de facto, razões objetivas para ter esperança e confiança num futuro cada vez melhor e que Grândola, e este território, podem continuar a constituir uma das principais alavancas do crescimento económico necessário para superar a crise, corrigindo erros do passado e continuando a rasgar e a desbravar os caminhos do Progresso e do Futuro.” A encerrar o seu discurso, Carlos Beato deu vivas ao “Portugal de Abril, ao Concelho de Grândola Vila Morena, à Costa Alentejana e, a Portugal”.

Paulo Simões Júlio foi quem a presidiu à cerimónia de inauguração da Feira de Agosto O Secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administrativa, Eng.º Paulo Simões Júlio, - acompanhado na mesa de honra pelo Eng.º António Chainho, na sua qualidade de Presidente da Assembleia Municipal de Grândola -, foi quem presidiu e encerrou a sessão inaugural da Feira de Agosto, deixando as suas felicitações e duas notas, para significar o desenvolvimento da Administração Local, começando por reafirmar – a exemplo das palavras do Sr. Presidente da Câmara - que “Grândola é um ícone do 25 de Abril de 74”. Paulo Simões Júlio referia-se também a Zeca Afonso, para frisar a importância do Poder Local, na afirmação de que está intimamente ligado a essa data. Depois disso, a primeira nota que quis deixar, a que chamaria “O desafio de mudança do modelo de gestão”, o Secretário de Estado destacou q necessidade da mudança preconizada por um novo modelo de gestão nos territórios e nas cidades, exemplificando algumas linhas orientadoras do Governo de que faz parte. A segunda nota que deixou foi a de que, do lado da Administração Local, é preciso que haja uma visão, orientada para a construção de uma estratégia na ligação dos municípios. Por fim, Paulo Simões Júlio deixou uma palavra de esperança, com que se despediu.


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Palavras com Açucar O regador que pingava chuva de letras Era uma vez um regador que vivia por cima das nuvens. Escolhia as brancas para que fosse avistado. Era vaidoso. Quando escolheu a côr do fato, disse “ Quero às riscas, todo colorido!”. E, lá do alto, saltitava de nuvem em nuvem, pavoneando-se, mostrando a paleta de arco-íris que trazia vestido.

Os pássaros, que planavam por debaixo do algodão branco, fitavam-no admirados! Eles tinham asas e voavam com a elegância e a sofisticação das bailarinas, dan-

nuvens, ficavam com os pescoços hirtos com lábios em “0”, tal nunca se tinha visto! Um regador desengonçado e vaidoso!?. Ridículo. Mas, o regador tinha um segredo, estava cheio de letras. As vogais, as consoantes encontravam-se apertadas, amontoadas e empilhadas dentro daquele objecto minúsculo, que por dentro era cinzento e frio. As letras viviam deprimidas e revoltadas contra o regador, “ Egoísta!”, gritavam as consoantes. As vogais, mais frágeis, emitiam gemidos, que ficavam abafados com o vociferar das companheiras. Quando chegava o inverno, as letras sorriam, era a época de caírem para a Terra. As nuvens, tornavam-se negras, balançavam com o vento e por vezes os relâmpagos roçavam o regador, este desequilibra-se e tombava. E, pingava chuva de letras. As consoantes e as vogais juntavam-se e, de mãos dadas, voavam, desamarrotavam as vestes, e pulverizavam com ansiedade,

çavam, faziam acrobacias e, o regador, que para os pássaros, era uma lata desajeitada, ali estava, a admirar o infinito, como se este fosse um espelho ajustado às listras coloridas, para que brilhassem com os raios de sol que ali poisavam! As gentes que olhavam as

as folhas de papel que se encontravam lisas. Elas corriam, de um lado para o outro, para pegarem o maior número de letras e encheram-se de histórias. Nasciam livros, lindos livros! Vitória, vitória acabou-se a história!

Júlia Carvalho

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João, Alentejano de gema No princípio da tarde, vindo da agência do Totoloto, João ia para casa, no Mucifal. João Camacho Bonito nasceu em São Marcos da Taboeira, no Concelho de Castro Verde, no Distrito de Beja, Alentejo, no dia 11 de Fevereiro de 1937. António de Oliveira Salazar (1889-1970) era Presidente do Conselho de Ministros desde há cinco anos e o ficaria mais trinta e um. Um mês mais tarde, o Papa Pio Xi (1857-1939) condenaria, numa encíclica, a ideologia nazi.

consegui”. De regresso a Portugal, comprou uma casa no Bairro do Totobola, na freguesia de São Martinho, no Concelho de Sintra e não fez mais nada. É o esposo de Maria Alzira, nascida em Almoçageme, doméstica, que lhe deu duas filhas: Maria João, 44 anos, tipógrafa na Alemanha e, Maria da Conceição, de 37 anos de idade, que cuida de crianças no bairro do Totobola. É ademais o avô de Suzana, de 17 anos de idade, de Vanessa, de 15, de Sofia, de 12 anos, Carolina de 11 anos e de João Miguel de sete anos de idade. Todos são estudantes. Gosta de comer bem mas não é guloso.

Os pais de João eram ambos oriundos de São Marcos da Taboeira. O pai era agricultor e, a mãe, doméstica. Tendo estudado até à quarta classe, sabe ler e escrever. Teria gostado de cumprir o serviço militar “para aprender a ser homenzinho”, mas não pôde porque, num acidente de carro, um tenente partiu-lhe uma perna. Começou a trabalhar aos 12 anos de idade, guardando gado no Alentejo: “Tinha de gostar. Não tinha outra coisa”. Aos 16 anos, começou a trabalhar na construção civil, na firma Artur Joaquim de Carvalho, em Lisboa. Participou na construção de estradas e barragens e, depois, de edifícios: “Gostei. Os patrões eram bons para mim e eu gostava da construção”. Aos 35 anos, emigrou para a Alemanha, para a cidade de Bonn e, de novo, trabalhou na construção civil, passando depois para Hamburgo onde foi, durante doze anos, soldador, na firmam DEMAG: “Gostei. Fui para lá tentar melhorar a minha vida e,

Sabe cozinhar “um bocadinho”, sobretudo vários petiscos. Como gastrónomo, não tem pratos de predilecção, diz que “Qual coisa me sabe bem”. A televisão interessa-o “um bocadinho”. Nela vê as notícias e abola, sendo simpatizante do Benfica: “Há outras coisas que não vale a pena perder tempo a ver”. O seu lazer preferido era, antes, o de ir pescar no rio. Hoje, a sua preferência vai para o estar em casa ou ir a um bar com amigos. Faz questão de votar a cada eleição. Solicitado a dizer, qual é a sua maior qualidade, declarou que é o seu bem-estar e que o seu maior prazer é dar-se bem com toda a gente. Solicitado a dizer, com a mesma franqueza, qual é o seu maior defeito, retorquiu: “Se calhar é o de ser bom demais. “Bondade é criação. Bondade é fecundidade. É a bênção do arcto

O Sal da Terra

sagrado”, lê-se em “A Mulher”, do historiador Jules Michelet (1798-1874). O dia mais feliz da sua vida foi o do nascimento da sua primeira filha. O mais triste foi quando partiu a perna. Do que mais se orgulho é de “ter feito duas filhas e, tê-las criado”, sentindo-se hoje realizado. Hoje em dia considera ter feito um erro ao comprar uma casa no bairro o Totobola: “Eu vim-me embora da Alemanha porque o clima era húmido e sofro da coluna. Aqui é húmido também e não me dou bem. Não fui para o Alentejo porque a minha esposa é de cá e o pai tinha construído esta casa”, disse. Orgulha-se muito igualmente de ser Alentejano: “Não me considero saloio. Não sou”. Para o João, o Alentejo é a mais bela região do país. Como em qualquer outra região, nela não vivem só boas pessoas. O que mais desejaria que acontecesse neste mundo seria que acabassem as guerras: “Tenho 69 anos e vou deixar netinhos”. Como o escreveu Fénelon (1651-1715), no seu “Diálogo dos Mortos”: “A guerra é um mal que desonra o género humano”. Não há, no Globo, nenhum sítio no qual gostaria mais de viver do que no Alentejo. A personalidade dos tempos actuais pela qual tem a maior consideração é Álvaro Cunha (1913-2005), “que foi uma pessoa que lutou muito”. Também tem muita estima pelo fadista Tristão da Silva e pelo cantor Paço Bandeira. A personalidade pela qual não tem consideração nenhuma é o ex-deputado do CDS e hoje Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas: “Não sei porquê, mas não gosto nada dele”. A palavra da língua portuguesa que acha a mais bela é “amor”. O humanista Miguel Torga (1907-1995) anotou, em 8 de Junho de 1964, no seu “Diário” que: “No amor, não sei qual é o melhor, se o desespero da insatisfação prolongada, se o cansaço da satisfação repetida”. A palavra da língua de

François Baradez Camões que acha a mais feia é “mentir”. O filósofo Jean-Jacques Rousseau (17121778) salientou, nos seus “Sonhos”, que: “Mentir por vantagem a si próprio é impostura. Mentir por vantagem a outrem é fraude. Mentir para prejudicar é calúnia e, é a pior espécie da mentira”. Os ofícios que preferiu a quaisquer outros foram os de pedreiro e o de soldador. Há muitos ofícios que não teria gostado de praticar, de que são exemplos, os de trabalhador no campo e o de carpinteiro: “Não sei porquê…”, disse. Para ele, a felicidade é ter “Saúde”. A infelicidade é “ter um filhinho ou uma filhinha doente”. Tendo 69 anos de idade, João Camacho foi, durante quatro anos, pastor na região na qual nasceu, o Alentejo, de onde partiu aos 16 anos. Foi, depois, pedreiro durante vinte anos, na região Saloia e, um ano na Alemanha, para onde teve a coragem de emigrar para melhorar a sua vida e, foi, durante doze anos, soldador. Tendo vivido meio século fora do Alentejo, considera-se, no entanto, Alentejano, mais nada. Em “Portugal”, Miguel Torga evidenciou que, “Foi a terra alentejana que fez o homem alentejano e eu quero-lhe por isso. Porque o não degradou, proibindo-o de falar com alguém de chapéu na mão”. Avô de cinco netos, João, denuncia – com razão - as guerras e, denuncia, igualmente, a mentira. No “Talmud” está lavrado que, o castigo do mentiroso é: “Ninguém acreditar nele ainda que diga a verdade”.


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Bebé nasce numa ambulância Uma menina nasceu, no passado dia 27 de Agosto, numa ambulância dos Bombeiros Voluntários de Sines, durante o transporte da mãe para a maternidade do Hospital São Bernardo, em Setúbal.

Litoral Alentejano – sábado, 1 de setembro de 2012

Câmara de Alcácer pede intervenção urgente para prevenir ruína da Torre do Relógio A Câmara de Alcácer do Sal pediu ao IGES-

O presidente acrescentou que, face a esta realidade,

PAR, através da DireçãoRegional de Cultura do Alentejo, uma intervenção urgente para impedir a ruína da Torre do Relógio, mas poderá não esperar por esta medida, avançando com uma operação de escoramento das zonas em maior risco. Esta decisão foi tomada após uma observação apurada do estado de degradação daquele monumento efetuada pelo próprio presidente do Município, arquiteto de formação. “Mandei abrir um caminho de ronda, porque a zona estava obstruída por vegetação, nomeadamente catos, e pude confirmar que a base da torre não apresenta problemas de estabilidade visíveis. Por outro lado, confirmei também que a guarda de alvenaria que coroa a torre ameaça ruína, assim como os arcos da torre sineira”, explicou Pedro Paredes.

o Município informou o IGESPAR da situação e solicitou uma intervenção urgente, já que é àquele

Helga Nobre helga.nobre@gmail.com Os bombeiros Fernando Tavares e Dulce Borges foram chamados, para assistir a uma parturiente que tinha entrado em trabalho de parto. “Como não temos maternidade nesta zona, o CODU, mandou seguir para Setúbal que fica a 130 quilómetros”,

Dulce Borges assistiu pela primeira vez num parto... adianta o motorista do veículo que contabiliza três partos em ambulân-

cias da corporação. Pelo caminho, a quarenta quilómetros de casa, as contrações começaram a ser mais violentas e a equipa de socorristas foi obrigada a parar a viatura na berma da estrada, na zona da serra de Grândola, e assistir no parto. “Quando vi que as

contrações eram mais longas percebi que o parto estava perto. Nessa altura, foi acionada a viatura de emergência médica que chegou mesmo a tempo de assistir ao parto”, recorda Dulce Borges. Após o parto, mãe e recém-nascida foram transportadas para o Hospital São Bernardo em Setúbal, onde foram assistidas. “Estão as duas bem e quando chegamos à maternidade disseramnos que o trabalho já estava feito”, conta a jovem que assistiu pela primeira vez num parto. A menina, de nome Mafalda, nasceu às 9h30, a mais de oitenta quilómetros da maternidade

...já o Fernando Tavares contabiliza três partos em ambulâncias da corporação

mais próxima e a experiência dos bombeiros de Sines em casos semelhantes tem sido crucial. “Se tivéssemos uma maternidade estávamos mais seguros e não passávamos uma hora e meia de caminho com a vida de duas pessoas nas mãos, sem saber se as coisas vão correr bem ou mal”, sublinha Fernando Tavares, que reconhece o apoio das equipas da Viatura de Emergência Médica do Hospital do Litoral Alentejano, “Já nos sentimos mais apoiados”, adiantou. No Litoral Alentejano, as parturientes têm de se deslocar para as maternidades dos hospitais de Setúbal e Beja.

organismo que cabe este tipo de responsabilidades. No entanto, prevendo que aquele instituto governamental possa demorar a avançar com uma solução do problema, a autarquia solicitou um orçamento a uma empresa da especialidade para esta intervenção. O primeiro orçamento apresentado revelou-se extremamente dispendioso, já que implicava um reforço estrutural e restauro integral dos panos de muralha e da própria torre. Dada a atual indisponibilidade financeira da Câmara para efetuar uma intervenção tão profunda, e caso o IGESPAR não avance com a obra, o Município poderá levar a cabo uma intervenção de escoramento, exclusivamente centrada nas questões de segurança, até o IGESPAR assumir os seus deveres, já que por debaixo da torre se ergue parte significativa do casario da malha antiga da cidade de Alcácer do Sal, sendo necessário prevenir situações de risco para pessoas e bens.

Município de Alcácer do Sal EDITAL A Vereadora do Pelouro da Divisão de Planeamento e Gestão Urbanística da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, faz saber, pelo presente, que correm éditos de 30 (trinta) dias para que os eventuais interessados que mostrem interesse direto, fundado e legítimo, relativamente à titularidade do lote nº.6, do Loteamento de Iniciativa Municipal, denominado por “Carrasqueira 7”, Freguesia da Comporta, assinalado em planta anexa, venham por meios adequados e expeditos, dizer o que tiverem por conveniente. Não havendo interessados a reclamar a titularidade do lote, dentro do prazo concedido, a CMAS, após os formalismos legais para o efeito, procederá à alienação do lote mencionado a favor dos Herdeiros de Marcos Nunes Marques. Publique-se a afixe-se nos locais devidos. Paços do Concelho de Alcácer do Sal, 20 de Agosto de 2012 A Vereadora do Pelouro (Isabel Cristina Soares Vicente)


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Ciência e Religião

Crescimento supranormal

Carneiro

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 31 Carta Dominante: Rei de Copas, que significa Poder de Concretização. Amor: Pense com calma qual será a melhor atitude a tomar para resolver os seus problemas amorosos. Saúde: Pede cuidados especiais. Dinheiro: Boa altura para se lançar em empreendimentos. Números da Sorte: 1, 18, 22, 40, 44, 48 Pensamento positivo: Eu valorizo os meus amigos.

Touro

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 32 Carta Dominante: 6 de Copas, que significa Nostalgia. Amor: este será um período de paixão muito intensa. Saúde: Pode sentir-se em baixo de forma. Dinheiro: Deve tomar atenção aos seus compromissos financeiros. Números da Sorte: 3, 11, 19, 25, 29, 30 Pensamento positivo: Estou atento a tudo o que se passa à minha volta.

Gémeos

Caranguejo

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 33 Carta Dominante: 2 de Paus, que significa Perda de Oportunidades. Amor: Aproveite para expandir os seus conhecimentos e amizades. Saúde: Período isento de preocupações. Dinheiro: Aproxima-se uma oportunidade interessante que não deve desperdiçar. Números da Sorte: 2, 8, 11, 28, 40, 42 Pensamento positivo: Dedico-me às pessoas que amo.

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 34 Carta Dominante: 9 de Ouros, que significa Prudência. Amor: Poderá sentir alguma dificuldade em estabelecer um verdadeiro contacto emocional com a pessoa que ama. Saúde: O stress acumulado poderá traduzir-se em cansaço. Dinheiro: Modere as suas expectativas, os tempos não estão para gastos. Números da Sorte: 19, 26, 30, 32, 36, 39 Pensamento positivo: Eu tenho Fé para ultrapassar todos os momentos.

Leão

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 35 Carta Dominante: 9 de Copas, que significa Vitória. Amor: O seu sucesso dependerá da habilidade em lidar com situações de tensão. Saúde: Dores de cabeça e outros sintomas de mal-estar. Dinheiro: A impulsividade está a ser o seu maior inimigo. Números da Sorte: 5, 9, 17, 33, 42, 47 Pensamento positivo: Tenho cuidado com o que digo e com o que faço para não magoar as pessoas que amo.

Virgem

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 36 Carta Dominante: A Roda da Fortuna, isto quer dizer que a sua sorte está em movimento. Amor: Uma certa tendência para a irritabilidade poderá provocar discussões. Saúde: Tudo deverá permanecer estável. Dinheiro: Tenha cuidado no que diz respeito à assinatura de qualquer tipo de compromisso financeiro. Números da Sorte: 8, 9, 22, 31, 44, 49 Pensamento positivo: Eu sei que mereço ser feliz.

Escorpião

Balança

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 37 Carta Dominante: 3 de Paus, que significa Iniciativa. Amor: Repense melhor o percurso afetivo que tem com o seu amor. Saúde: Não se preocupe em demasia. Dinheiro: É provável que venha a obter alguns benefícios. Números da Sorte: 7, 19, 23, 42, 43, 48 Pensamento positivo: Eu valorizo os meus amigos.

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 38 Carta Dominante: 6 de Ouros, que significa Ganho. Amor: se tem estado só, poderá agora viver um grande amor caso consiga pôr de lado a sua mania de ser perfecionista. Saúde: Seja prudente, não abuse. Dinheiro: Não descure das suas obrigações ou será repreendido. Poderá sofrer de falta de concentração. Números da Sorte: 2, 4, 22, 36, 47, 48 Pensamento positivo: Vivo cada momento com felicidade.

Sagitário

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 39 Carta Dominante: Rainha de Ouros, que significa Ambição. Amor: Evite os problemas e as discussões, ao contrário do que pensa nunca foi nem será a melhor forma de resolver as questões. Saúde: Terá tendência para o nervosismo. Dinheiro: Evite a dispersão, os tempos não estão bons para gastos. Números da Sorte: 3, 24, 29, 33, 38, 40 Pensamento positivo: A alma não tem idade, jamais envelhece!

Capricórnio

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 40 Carta Dominante: Cavaleiro de Espadas, que significa Cuidado. Amor: Procure estar próximo das pessoas que mais gosta. Não se deixe absorver pelo trabalho. Saúde: Esteja atento a todos os fatores, não arrisque. Dinheiro: Entrará num período favorável à consolidação dos seus objetivos. Números da Sorte: 4, 11, 17, 19, 25, 29 Pensamento positivo: Procuro manter-me sereno e ouvir a voz de Deus!

Peixes

Aquário

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 41 Carta Dominante: 7 de Paus, que significa Discussão. Amor: dê mais valor ao diálogo na sua relação amorosa. Saúde: tendência para tensão arterial alta. Dinheiro: seja mais diplomático e menos reivindicativo no seu local de trabalho. Números da Sorte: 5, 17, 22, 33, 45, 49 Pensamento positivo: O meu coração está disponível para o Amor.

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 42 Carta Dominante: 2 de Ouros, que significa Dificuldade. Amor: Fique atento às queixas da pessoa que tem a seu lado e não seja demasiado sarcástico. Saúde: Escute o seu organismo, ele poderá começar a dar sinais de cansaço. Dinheiro: Trabalhe e confie no seu sucesso. Números da Sorte: 2, 8, 11, 25, 29, 33 Pensamento positivo: Eu venço os meus medos!.

Há um fenómeno parapsicológico que se chama alongamento. É um fenómeno no qual o corpo de quem manifesta isso, aumenta de tamanho. Na realidade tudo se deve a alguma transfiguração. Portanto a explicação reside no ectoplasma (= telergia visível). Alongamento (mais correto será aqui dizer crescimento) supranormal é completamente diferente. Não há como confundir o verdadeiro milagre com um simples fenómeno parapsicológico. Milagre esse que tem sempre como primeiro objetivo alentar e confirmar a fé. Dos muitos exemplos que existem seleciono alguns poucos: Com Santa Inês. Inês nasceu no ano 291 em Roma. Ainda jovenzinha, por ser cristã acabou por ser presa e condenada à morte. Vários prodígios aconteceram com Santa Inês. Vendo que ela se mantinha firme na sua fé, ordenou-se que a despissem totalmente, «para a expor à vergonha do público. Deus, porém, operou o milagre de lhe fazer crescer (instantaneamente) o cabelo, para lhe cobrir todo o corpo, de modo a não ser profanado pelos olhares impúdicos da ralé». Este milagre do cabelo aconteceu ainda numa outra oportunidade (Do livro Santa Inês). Século XVI. A imagem de Cristo que cresceu (Senhor dos milagres de Buga – Colômbia). «A história remonta ao início do desbravamento, pouco mais de meio século depois da chegada de Colombo ao Novo Mundo. Entre as famílias colonizadoras, encontravam-se os Fuenmayor. Havia na sua casa uma índia ignorante, cuja função era lavar roupa. Tinha um espírito nobre e escutava atentamente as aulas de religião. Ficou com um desejo profundo de ter um crucifixo bonito, e economizou por muito tempo, do pouco dinheiro que ganhava, uma quantia para poder encomendar um em Quito. Tendo conseguido o

dinheiro necessário, dirigiu-se à casa do padre a fim de fazer a encomenda. No caminho encontrou um índio seu conhecido, acorrentado; estava sendo levado preso porque não conseguira pagar uma dívida a um agiota. Comovida, a índia comprou-lhe a liberdade. Retornou feliz para casa e reassumiu as suas funções, convencida de ter feito uma obra de caridade mais agradável a Deus do que ter encomendado um crucifixo. Juntar novamente a mesma quantia de dinheiro era difícil… Certo dia, enquanto lavava roupa nas margens do rio Guadalajara, viu um objeto que flutuava, afundava, reaparecia por instantes e sumia de novo. Entrou na água, agarrou o objeto e levou-o até à margem do rio. Emocionada, verificou ser um pequeno crucifixo, que lhe tinha vindo parar às mãos como um presente do céu. Sem comunicar a ninguém o facto, levou o precioso achado para a sua humilde moradia, improvisou ali um altar com flores silvestres e o venerou por vários meses. Certa noite, uns ruídos estranhos despertaram a piedosa índia. Ela olhou para o seu crucifixo, que era pequeno anteriormente, mas agora estava maior. Tinha crescido! O crescimento milagroso prosseguiu por vários dias, atingindo o crucifixo o tamanho de um menino. Estupefacta com tal prodígio, a índia procurou os seus patrões e todos informaram o padre. A notícia espalhou-se e o crucifixo começou a ser visitado continuamente. Com o passar dos anos, a piedade indiscreta de muitos peregrinos (que cortavam do crucifixo pequenas lasquinhas para as levar consigo) desfigurou-o totalmente. Um século depois, por determinação do bispo de Popayán, uma comissão do Santo Ofício examinou a imagem de Cristo e concluiu que, por causa da sua aparência deformada, já não era possível expô-lo à veneração dos fiéis. E decidiram

que seria queimado. O sacerdote encarregado do trabalho mandou fazer num lugar apropriado uma grande fogueira, na qual lançou a imagem para ser consumida pelo fogo. Mas as chamas nada puderam contra ela. A fogueira ardeu durante dois dias, mas o crucifixo além de ficar incólume ao fogo, ainda foi aumentando de tamanho e desapareceram as deforma-

Custódio Rodrigues ções causadas pelos fiéis. Parecia uma obra de arte recentemente acabada. Diante do milagre, o sacerdote mandou apagar o fogo e retirar o crucifixo. E até hoje, a imagem de Cristo que ficou invulnerável ao fogo, conserva a cor da madeira queimada, muito escura, quase negra. A devoção do povo colombiano e também de outras nações vizinhas tornou necessária a construção de um grande santuário, onde a imagem de Cristo é continuamente visitada por milhares de peregrinos» (Eugénio Trujillo). Conclusão: No tema dos milagres com imagens, estes são bastante numerosos. Essas manifestações são também diversas. Por exemplo na imagem de Cristo de Orense, o cabelo cresceu; noutras imagens, geralmente de madeira, as unhas têm crescido, como é o caso do crucifixo do Pilar, em Saragoça. Para nós tudo isto é incrível. Deus certamente sorri das limitações que lhe queremos impor. Deus não tem os nossos limites. Ele é completamente “à frente”… Incrível, sim. Mas verdadeiro. E isso é que importa. Na foto à esquerda: a imagem de Cristo de Buga (Colômbia). Na foto à direita: imagem de Cristo de Orense (Espanha).


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Águias-pesqueiras escandinavas ensaiam voos no Alqueva O Projeto de reintrodução da espécie em Portugal, parceria entre a EDP e o CIBIO, cumpre o segundo dos cinco anos programados. Ave típica das zonas costeiras e húmidas deixou de nidificar em Portugal há mais de uma década. O projeto de reintrodução da águia-pesqueira em Portugal ultrapassou na passada semana uma etapa decisiva com a libertação da última ave, na região do Alqueva. Junta-se assim às restantes águias trazidas, em julho, da Suécia e Finlândia com apenas oito a nove semanas de vida. O grupo testa agora as artes do voo e da pesca, preparando-se para a grande migração, em Setembro, rumo à costa ocidental de África. Espera-se que regressem, dentro de dois ou três anos, para se reproduzirem, atingindo-se assim o objetivo do projeto. Desenvolvido pelo Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO), da Universi-

dade do Porto, e financiado pela EDP, este programa visa recuperar esta espécie, em tempos comum na costa portuguesa.

Desafio: reverter perdas de biodiversidade Com o desaparecimento dos últimos indivíduos reprodutores em 2002, a possibilidade de recuperação natural da população portuguesa de águias-pesqueiras seria muito improvável. Apesar disso, Portugal mantém condições de habitat muito favoráveis para a espécie, incluindo não só a costa rochosa que constituiu o seu último reduto como também algumas zonas

húmidas estuarinas e albufeiras de barragens. A recuperação da águia-pesqueira nestas áreas é possível. O processo passa necessariamente pela colheita de indivíduos em populações dadoras onde a espécie não corra risco de extinção e pela posterior transferência e libertação em locais favoráveis. Com isto, será possível assegurar a criação de um núcleo reprodutor inicial, a partir do qual se pode promover a recolonização progressiva das áreas históricas de ocorrência da espécie. O processo implica a transferência de aves juvenis, para que a habituação ao local de libertação seja mais facilitada. As transferências serão efetuadas de países escandinavos, envolvendo cerca de 10 aves por ano durante um período mínimo de 5 anos. Tal como no ano passado, as transferências ocorreram em julho. A libertação fez-se, de forma faseada, durante o mês de agosto.

Com esta iniciativa pretende-se demonstrar que é muitas vezes possível reverter perdas de biodiversidade, desde que sejam adotadas ações adequadas e promovida a compatibilização das atividades humanas com a conservação de espécies sensíveis e ameaçadas. O apoio da EDP a esta iniciativa enquadra-se na Política de Biodiversidade do Grupo, na qual são assu-

midos os objetivos de contribuir para aprofundar o conhecimento científico e promover a melhoria dos ecossistemas naturais. O projeto, executado pelo CIBIO, conta também com a colaboração institucional do ICNB, e tem ainda como parceiros a SAIP, a TAP e a EDIA. A nível internacional, o projeto envolve investigadores dos países dadores das aves,

a Finlândia e a Suécia, e tem a estreita colaboração de investigadores espanhóis e britânicos. Em Inglaterra foi realizado com êxito o primeiro projeto de reintrodução da espécie na Europa, e um projeto similar tem vindo a ser desenvolvido em Espanha, com elevado sucesso desde 2003.

Marginal de Alcácer reabre provisoriamente ao trânsito A câmara municipal de Alcácer do Sal abriu ao trânsito a área do largo Luís de Camões com continuação na avenida marginal ao rio e criou ali uma zona provisória de estacionamento. A medida vai ao encontro dos comerciantes ali instalados, com o intuito de minimizar os impactos da atual conjuntura de crise, ao dinamizar a zona durante os meses de verão, previsivelmente com maior movimento de clientela, já que aquela ligação se encontrava cortada ao tráfego automóvel devido ao desenvolvimento das obras de Requalificação Urbana do Espaço Público da Margem Norte do Rio Sado. Para além do estacionamento existente ao longo da avenida Marginal, os visitantes têm ao seu dispor vastas áreas de estacionamento na margem sul, com ligação fácil e rápida pela ponte pedonal e pela ponte metálica, bem como outro estacionamento nas proximidades da Igreja de Santiago, em pleno centro histórico e a 2 minutos a pé da zona do comércio e restauração. Todas estas áreas se encontram sinalizadas e são gratuitas, proporcionando

um pequeno trajeto junto ao Sado ou pelas estreitas ruas do casco antigo da cidade. Quem sabe o visitante não avista uma garça ou um colhereiro, talvez se surpreenda com a proximidade dos enormes ninhos de cegonha, desvende um portal manuelino ou um belo fontanário. Vai descobrir, com certeza, uma gastronomia muito especial, com raízes alentejanas e inspiração costeira. A intervenção de regeneração urbana decorre normalmente, embora marcada por

um conjunto de imprevistos e constrangimentos, normais, mas que impediram a abertura do largo mais cedo, como inicialmente estava previsto. De facto, esta era uma prioridade, dada importância daquele largo como entrada na cidade, mas a existência de tubagens antigas de água, esgotos e eletricidade não cadastradas (sem registo nos serviços), camadas de betuminoso com mais do dobro da espessura prevista; um depósito de combustíveis

enterrado e alguns achados arqueológicos que, não tendo especial relevância histórica, obrigam a prospeções e acompanhamentos adicionais, impediram a programada abertura do largo em junho. Até ao final do verão, as obras centram-se nos dois extremos da área de intervenção, mais propriamente junto ao quartel dos Bombeiros Mistos de Alcácer do Sal e no lugar da Parvoíce, decorrendo também a construção do edifício do novo

posto de turismo, no largo Luís de Camões mas mais próximo do rio. Recorde-se que, embora o mais visível desta intervenção fique à superfície - novos pavimentos, mobiliário urbano e arranjos públicos – esta vertente do RUAS tem uma componente de 70 por cento de trabalhos ao nível do subsolo, com substituição de condutas de água, de esgotos, eletricidade e telecomunicações, algumas com mais de três décadas de existência. Decorre em

paralelo a empreitada da responsabilidade da empresa Águas do Alentejo, a qual tem por objeto a construção de duas estações elevatórias (uma a nascente – perto do Quartel dos Bombeiros – e outra a poente) e a colocação de uma conduta entre essas duas estações, cujo objetivo futuro é a retirada definitiva dos esgotos que ainda hoje correm para o rio Sado. O RUAS – Regeneração Urbana de Alcácer do Sal foi desenvolvido de raiz nos últimos anos pelo executivo municipal alcacerense, tendo em conta as características muito especiais desta cidade e visa proporcionar melhor qualidade de vida a quem vive e trabalha em Alcácer do Sal, criando igualmente melhores condições de atratividade para quem nos vista. Isso mesmo está espalhado no mote deste projeto: Alcácer merece o melhor! Tanto a empreitada do largo dos Açougues, já inaugurada, como a que decorre na zona ribeirinha norte, são comparticipadas em cerca de 85 por cento por fundos comunitários no âmbito do QREN, condições de apoio financeiro que não se repetirão no futuro.


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Atendimento Pessoal “FILHOS da ESCOLA” - Incorporação de Setembro de 1962

Em nome do Marido e Filhos, os nossos sinceros agradecimentos pela presença nesta hora de dor e sofrimento, e pelo apoio e carinho demonstrados no velório e cerimónia fúnebre que se realizou no passado dia 29 e 30 de Julho pelo falecimento de Irene Maria de Brito Simão Deodato

Informam-se todos os “Filhos da Escola” que, no próximo mês de Setembro irão celebrar-se, em Unidades no Alfeite, confraternizações para comemorar o 50º Aniversário da nossa Incorporação na Armada Portuguesa em Setembro de 1962. Os interessados deverão contactar: Arnaldo Duarte - Tm. 965758340 ou e-mail: incorporacao.setembro1962@sapo.pt

VENDE-SE Em Vila Nova de Santo André (bem localizado) Informa:

931 768 909

Continente - 20,00€ w Europa - 25,00€ w Mundo - 30,00€


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Interdição da apanha e comercialização de todos os bivalves Decreto-lei nº 112/2005 de 08 de julho e no Decreto-lei

nº 56/2007, 13 de março.

Edital nº.07/2012 Interdição da apanha e comercialização de todos os bivalves

A Capitania do Porto de Sines, por indicação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P, informa através do edital n.º 7/2012 que se encontra interdita a apanha e comercialização de todos os bivalves, na zona de produção do L6 (Litoral de Sines – Setúbal), espaço de jurisdição desta entidade. A interdição temporária da apanha com vista à comercialização e comercialização de bivalves na zona que abrange o litoral de Sines Setúbal resulta da presença

de resultados positivos de biotoxinas DSP, toxinas que provocam intoxicação diarreica. As infrações às indicações da Capitania do Porto de Sines, que estão em vigor desde o dia 17 de agosto, constituem contraordenações puníveis nos termos do Decreto-lei 278/87, de 07 de julho, na sua atual redação dada pelo Decreto-lei 383/98, de 27 de novembro, bem como, pelo Decreto-lei 246/2000, de 29 de setembro, com as alterações constantes no

RUI FERNANDO ARRIFANA HORTA, Capitão-de-fragata e Capitão do Porto de Sines, no uso das competências conferidas pelo artº. 13º do Decreto-lei nº 44/2002, de 02 de março, e nº 6. artigo 3º da Portaria nº 1421/2006 de 21 de dezembro, faz saber que por solicitação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P.: 1- Está interdita a apanha e comercialização de todos os bivalves, na zona de produção do L6 (Litoral de Sines – Setúbal) - espaço de jurisdição desta Capitania, devido à obtenção de resultados positivos de biotoxinas DSP. 2- As infrações ao estabelecido neste Edital, constituem contraordenações puníveis nos termos do Decreto-lei 278/87, de 07 de julho, na sua atual redação dada pelo Decreto-lei 383/98, de 27 de novembro, bem como, pelo Decreto-lei 246/2000, de 29 de setembro, com as alterações constantes no Decreto-lei nº 112/2005 de 08 de julho e no Decreto-lei nº 56/2007, 13 de março. 3- Este Edital entra em vigor logo que publicado. Capitania do Porto de Sines, 17 de agosto de 2012 O Capitão do Porto, Rui Fernando Arrifana Horta Capitão-de-fragata

Reabilitação Urbana em Sines A Área de Reabilitação Urbana dos Bairros 1.º de Maio e Soeiro Pereira Gomes em Sines foi publicada em Diário da República no dia 24 de agosto e encontra-se em vigor. A nova Área de Reabilitação Urbana confere benefícios fiscais aos proprietários de casas ou lojas que realizem obras e, assim, contribuam para reverter a degradação destes dois bairros. Os Bairros 1.º de Maio e Soeiro Pereira Gomes foram construídos nas décadas de 1970 e 1980 com os objetivos iniciais de realojar população que tinha ficado sem habitação devido às expropriações e trabalhadores do novo complexo industrial. Atualmente, ambos os bairros apresentam sinais de avançada degradação, quer devido à ausência de obras de manutenção e reabilitação do espaço público, quer devido à ausência de obras de manutenção nas habitações e lojas. Nos últimos anos têm-se agudizado os problemas estruturais dos edifícios, passadiços, pontes e escadas que, nalgumas situações, põem em causa a segurança de pessoas e bens. Com a criação de uma Área de Reabilitação Urbana para esta zona da cidade, a segunda em Sines depois da já em vigor para o centro histórico, pretende-se contribuir para fomentar a reabilitação dos edifícios e das habitações, requalificar os espaços privados de utilização pública, responsabilizar os proprietários pela manutenção dos espaços comuns, melhorar a qualidade dos estabelecimentos comerciais e criar condições para o desenvolvimento de mais e melhores atividades económicas. Para atingir estes objetivos é concedido um conjunto de incentivos à realização de obras pelos proprietários particulares e pelo Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana, que, ainda como IGAPHE, herdou o espaço após a extinção do Gabinete da Área de Sines e se mantém como proprietário de vários fogos. Entre os apoios e incentivos a conceder destacam-se a isenção de várias taxas municipais relacionadas com obras de reabilitação, a redução da Taxa Municipal de Urbanização em 50%, a isenção de Imposto Municipal sobre Imóveis durante 5 anos renovável por igual período, a isenção de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) e outros benefícios conferidos pelo Estatuto dos Benefícios Fiscais, como redução do IVA e do IRC. A Área de Reabilitação Urbana é uma operação de reabilitação urbana simples, a executar em 5 anos, por iniciativa dos particulares e com o apoio da entidade gestora, a Câmara de Sines.

Histórias do Ciclismo XVI Emoções, “o Sol vai ficando cada vez mais quente” Vale da Rosa. Dois fugitivos pedalam apressados. Na encosta da Serra, um velho munido de canadianas, berra ao telemóvel: “Eles já levam um grande avanço”. Dez minutos mais tarde, passa imponente, compacto, o pelotão “chega pr’a lá, carago…”, no meio da confusão, adverte um corredor. Por fim o carro-vassoura dá por terminada a passagem, a primeira de três, de uma prova que se adivinha emocionante.

Na boxe onde há de tudo Nas boxes, o ambiente é

comparável a uma corrida de fórmula 1, um amontoado de viaturas, cabos eléctricos, bancadas montadas em atrelados abertos, câmaras de televisão, máquinas fotográficas, blocos de apontamentos, microfones, telemóveis, óculos escuros, corpos descobertos, entretanto, um rancho de raparigas distribui, pela multidão concentrada junto à meta, brindes pedinchados, um pouco por todos. Pobreza franciscana, eram isqueiros, t.shirts, bonés, sacos, bandeiras, folhetos publicitários e outros que fazem as delícias de centenas de curiosos. Nos stands dos diversos

patrocinadores, mesas com apetitosos aperitivos aguardavam a chegada dos vip’s e de outras forças vivas da terra. Na pista, um grupo de espectáculos com demonstrações de agilidade por bando de jovens.

O relato do animador de serviço O speaker, ou seja, o animador de serviço ao microfone e responsável pela prevenção rodoviária, grita a plenos pulmões o que lhe vai na alma, dizendo: “Eu sou como muitas mulheres…divido o cora-

ção entre várias pessoas (…). Então e eu? Não terei direito a um brinde desses (…)? Reparem, reparem bem no pequeno ecrã, há um grande entendimento entre o ciclista e a sua bicicleta”, disse. O speaker, não parando de falar, comunicava, brincando, exaltando os sentimentos de todos quantos aguardavam o final da etapa. São muitos a aplaudir. O Sol vai ficando cada vez mais quente, as expectativas crescem de intensidade, a sede aperta e a emoção a apodera-se das gentes.

Na recta final O speaker volta ao ataque decidido. Sem tréguas, dizendo: “vem aí o vencedor pedalando muito certinho.” Um olhar profundo para o corredor da meta, vê que a confusão é total, e, continua o relato: “(…) entrou na cidade, olha prá frente, meu, vira à direita, vira à esquerda, lá vem ele, a pedalar. Já está na recta da meta a 150 metros de ser o primeiro camisola amarela. Agradece os aplausos do público”.

Manuel dos Santos


Registado na ERC com o nº 123876 Propriedade e Editor - LitoralPress, Lda

QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO - Decreto -Lei 306/2007, de 27 de Agosto Zona de Abastecimento de Santo André - 2º Trimestre 2012 Tel./Fax: 269 822 570

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QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO - Decreto -Lei 306/2007, de 27 de Agosto Zona de Abastecimento de Santo André - 2º Trimestre 2012 QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO - Decreto-Lei 306/2007, de 27 de Agosto Zona de Abastecimento de Santo André - 2º Trimestre 2012

Parâmetros

Expressão dos resultados

Valor Paramétrico

Nº análises

Nº análises

(VP)

previstas*

AdSA

(D.L. 306/07)

PCQA

Total *

% realizadas

Valor Determinado

% análises

análises

conforme

Mín.

Máx.

> V.P.

(D.L.. 306/07)

Controlo de Rotina 1 Escherichia coli

UFC/100 mL

0

9

9

100%

0

0

0

100%

Bactérias Coliformes

UFC/100 mL

0 ---

9 9

100%

mg/L Cl2

9 9

100%

0 0,10

0 0,51

0 0

100% 100%

Contagem do número de organismos viáveis a 22ºC

nº/mL

s/ alt. anormal

3

3

100%

0

1

0

100%

Contagem do número de organismos viáveis a 37ºC

nº/mL

s/ alt. anormal

3

3

100%

0

128

0

100% 100%

Desinfectante residual (Cloro Livre) (Det. no local) Controlo de Rotina 2

pH

(6,5 - 9)

3

3

100%

7,5 (25ºC)

7,8 (24 ºC)

0

Condutividade

µS/cm 20ºC

2500

3

3

100%

735

748

0

100%

Cor

mg/L Pt/Co

20

3

3

100%

< 5,0 (LQ)

< 5,0 (LQ)

0

100%

Cheiro, a 25ºC

Factor de diluição

3

3

3

100%

< 1 (LQ)

< 1 (LQ)

0

100%

Sabor, a 25ºC

Factor de diluição

3

3

3

100%

< 1 (LQ)

< 1 (LQ)

0

100%

UNT

4

3

3

100%

0,28

0,42

0

100%

Turvação

Unidades de pH

Oxidabilidade

mg/L O2

5

3

3

100%

< 1,0 (LQ)

< 1,0 (LQ)

0

100%

Manganês

µg/L Mn

50

3

3

100%

< 15 (LQ)

< 15 (LQ)

0

100%

Nitratos

mg/L NO3-

50

3

3

100%

13

15

0

100%

Azoto amoniacal

mg/L NH4+

0,5

3

3

100%

< 0,05 (LQ)

< 0,05 (LQ)

0

100%

Controlo de Inspecção Dureza total

mg/L CaCO3

---

3

3

100%

310

340

0

100%

Enterococos

col./100mL

0

1

1

100%

0

0

0

100%

Clostridium perfringens

col./100mL

0

1

1

100%

0

0

0

100%

Ferro

µg/L Fe

200

1

1

100%

< 20 (LQ)

< 20 (LQ)

0

100%

Antimónio

100%

µg/L Sb

5

1

1

100%

< 2 (LQ)

< 2 (LQ)

0

Benzeno

µg/L

1

1

1

100%

< 0,16 (LQ)

< 0,16 (LQ)

0

100%

Benzo (a) pireno

µg/L

0,01

1

1

100%

< 0,0050 (LQ)

< 0,0050 (LQ)

0

100%

mg/L B

1

1

1

100%

< 0,25 (LQ)

< 0,25 (LQ)

0

100%

µg/L BrO3

10

1

1

100%

< 6,0 (LQ)

< 6,0 (LQ)

0

100% 100%

Boro Bromatos Cádmio

µg/L Cd

5

1

1

100%

< 1 (LQ)

< 1 (LQ)

0

mg/L Ca2+

---

1

1

100%

85

85

0

100%

Chumbo

µg/L Pb

25

1

1

100%

< 6 (LQ)

< 6 (LQ)

0

100%

Cálcio Cianetos

µg/L CN-

50

1

1

100%

< 12 (LQ)

< 12 (LQ)

0

100%

Cloretos

mg/L Cl-

250

1

1

100%

62

62

0

100%

Cloritos

mg/L ClO2-

---

1

1

100%

< 0,10 (LQ)

< 0,10 (LQ)

0

100%

Cloratos

mg/L ClO3-

---

1

1

100%

< 0,10 (LQ)

< 0,10 (LQ)

0

100%

Cobre

mg/L Cu

2

1

1

100%

< 0,010 (LQ)

< 0,010 (LQ)

0

100%

Crómio

µg/L Cr

50

1

1

100%

< 10 (LQ)

< 10 (LQ)

0

100%

Fluoretos

mg/L F-

1,5

1

1

100%

0,15

0,15

0

100%

Magnésio

mg/L Mg2+

---

1

1

100%

29

29

0

100%

Mercúrio

µg/L Hg

1

1

1

100%

< 0,3 (LQ)

< 0,3 (LQ)

0

100%

Níquel

µg/L Ni

20

1

1

100%

< 6 (LQ)

< 6 (LQ)

0

100%

Selénio

ug/L Se

10

1

1

100%

< 1 (LQ)

< 1 (LQ)

0

100%

1,2-Dicloroetano

µg/L

3

1

1

100%

< 0,40 (LQ)

< 0,40 (LQ)

0

100%

Tetracloroeteno e Tricloroeteno

µg/L

10

1

1

100%

<0,83(LQ)

<0,83(LQ)

0

100%

Tetracloroeteno

µg/L

10

1

1

100%

< 0,48 (LQ)

< 0,48 (LQ)

0

100%

Tricloroeteno

µg/L

---

1

1

100%

< 0,35 (LQ)

< 0,35 (LQ)

0

100%

mg/L Na+

200

1

1

100%

43

43

0

100%

Sulfatos

mg/L SO42-

250

1

1

100%

52

52

0

100%

Nitritos

mg/L NO2

0,5

1

1

100%

< 0,03 (LQ)

< 0,03 (LQ)

0

100%

Tri-halometanos total (THM)

µg/L

100

1

1

100%

9,8<THM<10

9,8<THM<10

0

100%

Clorofórmio

µg/L

---

1

1

100%

2,8

2,8

0

100%

Bromodiclorometano

µg/L

---

1

1

100%

< 0,53 (LQ)

< 0,53 (LQ)

0

100%

Dibromoclorometano

µg/L

---

1

1

100%

1,2

1,2

0

100%

Bromofórmio

µg/L

---

1

1

100%

5,8

5,8

0

100%

HAP - Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos

µg/L

0,1

1

1

100%

< 0,08 (LQ)

< 0,08 (LQ)

0

100%

Benzo (b) fluoranteno

µg/L

---

1

1

100%

< 0,020 (LQ)

< 0,020 (LQ)

0

100%

Benzo (k) fluoranteno

µg/L

---

1

1

100%

< 0,020 (LQ)

< 0,020 (LQ)

0

100%

Benzo (ghi) perileno

µg/L

---

1

1

100%

< 0,020 (LQ)

< 0,020 (LQ)

0

100%

Indeno (1,2,3-cd) pireno

µg/L

---

1

1

100%

< 0,020 (LQ)

< 0,020 (LQ)

0

100%

Sódio

Os resultados constantes deste quadro foram obtidos em amostras recolhidas na torneira do consumidor (Art.º 10º, D.L. 306/2007 de 27 de Agosto).

Os resultados constantes deste quadro foram obtidos em amostras recolhidas na torneira do consumidor (Art.º 10º, D.L. 306/2007 de 27 de Agosto). * Número de análises no período a que este boletim se reporta. * Número de análises no período a que este boletim se reporta. LQ-Limite de quantificação do método. LQ a)- Limite de quantificação do método Não é desejável que a concentração seja > 100 mg Ca/L. a) Não é desejável que aMundial concentração > 100 mg Ca/L. b) Valor Guia da Organização da Saúde (OMS):seja 0,7 mg/L b) Valor Guia da Organização Mundial da Saúde (OMS): 0,7 mg/L c) Não é desejável que a concentração seja > 50 mg Mg/L. c) Não é desejável que a concentração seja > 50 mg Mg/L.

Administrador Executivo

Dr.º Octávio Almeida

Os Os resultados analíticos apresentados evidenciam que àaZona água distribuída àdeZona de Abastecimento de Santo André está em conformidade com as normas resultados analíticos apresentados evidenciam a água distribuída de Abastecimento Santo está em conformidade normas de qualidade Os resultados constantes deste quadro foramque obtidos em amostras recolhidas na torneira doAndré consumidor (Art.º 10º,com D.L.as306/2007 de 27 deestabelecidas Agosto). no Decreto-Lei 306/2007, de de qualidade estabelecidas no 27 Decreto-Lei 306/2007, de 27 de Agosto. de Agosto. * Número de análises no período a que este boletim se reporta. LQ - Limite de quantificação do método a) Não é desejável que a concentração seja > 100 mg Ca/L. b) Valor Guia da Organização Mundial da Saúde (OMS): 0,7 mg/L c) Não é desejável que a concentração seja > 50 mg Mg/L. Os resultados analíticos apresentados evidenciam que a água distribuída à Zona de Abastecimento de Santo André está em conformidade com as normas Cerca da Água, 306/2007, Rua dos Cravos Apartado de qualidade estabelecidas no Decreto-Lei de 27 •de Agosto.64 • 7500-999 Vila Nova de Santo André

Tel. 269 708 240 • Fax 269 708 269 • e-mail geral@aguasdesantoandre.com.pt


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