Jornal Litoral Alentejano

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15 de Agosto 2012 Ano XI n.º 264 Quinzenal Preço 0.70 €

Directora n Aliette Martins

m

Director-adjunto n Marcos Leonardo

Bombeiros sobre brasas

“ Está aí m

edição ais uma da Feira d grande o Turis mo e do Am b Litoral iente do Alenteja no

A maioria das associações de bombeiros do litoral alentejano, como muitas em todo o país, estão à beira da ruptura, com dívidas acumuladas de entidades de saúde e de particulares 15 de Ago Ano II

Lamas tóxicas

Inventem os o futuro

invadem Santiago do Cacém

Parte da carga de um camião de transporte de resíduos industriais - lamas e nafta - foi parar à via pública

Protocol os

Petrogacolaboração relativos a 2012 la instituiç tribui 300 mil ões e au e tarquia uros a s de Sin es de

A Petrog al, a Câm de Sines ara Mu e de 30 ent um conjunto nicipal de mais idades loc no dia ais ass 31 de julho, nos inaram, do Co nce Paços colaboraç lho, protoc olos de ão relativo montante s a 201 atribuídos total de 300 mil 2, no pel eur a os, empresa. Deste val or, 20 forma mil eur de patroc os Música ínio ao têm a s do Mu Festiva l pela Câm ndo, org anizado ara Mu O valor nicipal de Sines. Freguesia destinado à Jun atribuído de Sines - 80 mil ta de eur com o obj a organi etivo de os - é zação apo iar Sines das Tas 201 quinhas o munic 2, em parcer ia ípio. Os mil eur restantes com os 200 a 32 ent destinam-se ao realizadas idades com ativ apoio idades Na cer no concelho. imónia dos pro tocolos, de assinatura Câmara o presid ente da Manuel Municipal de Coelho, Sin subida destacou es, do val a or atri coletivida buí 146 mil des e institu do às através ições de da euros em Sines, des Junta de Fregue mil eur os em 201 2011 para 200 constitui tinados às Tas sia de o seu de 54 mil eur 2. Este aument quinhas, exemplo.J igualment os dos o indiret Catarin coletivida osé Co e um o apoios o, dire des rde apoio Sin em às iniciati às coletividades apoios às detriment es, disse tor da Refinar iro Associação va tem , ia de Bo que como um pois esta pela Humanitá explico atividades da Câm o dos finalida mbeiros empresa o apoio prestad a das ria dos des uo Volunt se insere o (€ 22. de com presidente, um ara é, de receita principais a ang suas política 000); Ass ários de Sin pensar a forma na sua aria de ção social es oci as associativ s para o mo garantind e mostro responsabilidade de Sines ( € 10. ação Pro Art vimento o as sua coletividades, o, que es u dispon 000); Ass Recreativa para con totalida áreas da s ativida ocupa de ibilidade a tinu ociação des nas for Dança 6.000); À semelh dos expositore quase relacionam ar a aprofu na cultura mação no des Sineen Associaçã ndar este s. ança de por anos ant (€ 1.0 O respon ento. a autarq , tendo em con to e president o Sines se (€ 00) Sol erio uia está e sáv ta da Câm idária res Cultural ; Associaçã de assegu impossibil que na cerimó ara manife , o sobre a imp el da Petrogal o Sóc Porto Co nia rar falo itad ortâ sto io ess de u u a nci Centro de Sin pro agravame es assinatura a da Refi Cultural vo ( € 1.000) es nto da cris apoios pelo à tocolos o seu ; Emmerico a nova reconheci dos da econom para a dinam naria ( € 10.000 Petrogal e finance lei dos ); Cercisi Nunes ização Clu mento nom pela qua ia local ira compro impõe ago ( ntia be ead e missos, e para limites a que ativ dinamiza atribuída importâ amente sob nacional, Porto Desportivo e Rec € 3.000); à câmara idades re ção s assum capacidade das das balanç ncia para o equ a sua Nataç Covo (€ 1.000) reativo de irem solidaried da cultura, des O facto ; Clube ão do Lit o ilíb de 80 mil despesa. porto e de oral Ale que ser comercial por rio da 6.500); de Sin ade social no euros ser nte concelho Clube de tuguesa, jan á refo em, grande es, instando € 500); entrada rça Ténis de o ( € as out s empre Clu em fun da com a Sines ( ras breve sas a (€ 2.000) be Náutico cionam de prazo, seguire m destina da nov ento, a da Par ; Comissão Fab Sines: a fábrica óquia de da riqueira , Contra Sines: (€ vocaciona à produção de gas Reg 2.000); distribuiç da para a exporta óleo e Animação ra - Associ açã ão do mo ção o Cu de ltural: apoios ntante tota . A Ginásio (€ 2.0 é de Ginásti a seguinte: Ac l dos 2.000); Clube de Sin 00); Hóquei es: (€ ademia ca de Sin Gama Anacat Clube es (€ 9.0 (ev 00); Fut : (€ 10.000); Ind Vasco da (€ 3.000) ento SinesC sal Ass at 2012) ; Andeb ociação:( ependentes Prosas Sines: ol Clu € (€ Projeto Sénior de 6.500); Associaçã 10.000); Arte be de Saberes de Sines: Velha Artes e Sines: (€ 1.500) o de Artesãos (€ 1.000) (€ de ; Rádio ; ( € 7.0 Associação A Sines Misericó 5.000); Santa Casa da 00); Ass rdia: (€ Gralha Fes verdiana oci 5.000); ta - Ass de Sines ação Cabo12.000); ociação de Car Siga a Cacém nav Soc (€ 5.0 e Santiago do 00); Ass S. Sineen iedade Musica al: (€ de Caç adores oci se:( l U. R. € 10.000 do Conce ação Gama Sines ( ); Vasco Atlético € lho de da Clube: Câmara Moradore 1.500); Associ (€ 23. Mu ação de FMM Sin nicipal Sines 000); Associaçã s da Sonega (€ (evento 1.500); Freguesia es): (€ 20.000 dos Tra o dos Serviços balhadore ); Jun Sociais Porto Co e Junta Locais s vo: (€ 10. ta Fre de Sin das Autarquias 000) es (€ Tasquinha guesia de Sines 10.000); (ev s Sines) : (€ 80.000 ento ).

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sto/12

• n.º 64

Direc Aliette tora Martins Director Marcos -adjunto Leonard o Ed Joaquim itor Bernard o


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Pequenos e Médios Agricultores acusam...

Não houve contestação, mas sim violação do Despacho Propriedade

LitoralPress, Lda

Directora

Aliette Martins

Director Adjunto Marcos Leonardo

Redacção

A apelidada “segunda versão” de utilização dos centros de secagem de Alcácer do Sal e Águas de Moura, está refém de uma posição administrativa que responsabiliza o actual Governo e é contestada pelos Agricultores.

Aliette Martins (aliette@sapo.pt)

Gisela Benjamim

(giselabenjamim@gmail.com)

Angela Nobre

(a.v.nobre@gmail.com)

Rute Canhoto

(rutecanhoto@iol.pt)

Joaquim Bernardo

(joaqbernardo@gmail.com)

Helga Nobre

(helga.nobre@gmail.com)

Cronistas

Francisco do Ó Custódio Rodrigues Serafim Marques Veríssimo Dias

Secretaria

Ana Cristina

Fotografia Ana Correia Luís Guerreiro José Miguel Duarte Gonçalves

Publicidade

Marcos Leonardo Telem. 919 877 399

Paginação

BRAIN DAMAGE, LDA geral@braindamage.pt Tel. 265 533 129

Distribuição VelozEficácia 269 862 292

Sede

Colégio de S. José Rua do Parque, 10 7540-172 Santiago do Cacém Tel./Fax: 269 822 570 Telem. 919 877 399 litoralalentejano@sapo.pt

Delegação

Rua do Romeu, 19-2.º 2900-595 Setúbal Telf./Fax: 265 235 234 Telem. 919 931 550 litoralalentejano@portugalmail.pt

Membro :

Segundo informação da Associação dos Agricultores do Distrito de Setúbal, “depois da luta para travar a venda em hasta pública, vem agora uma segunda versão dos centros de secagem da Ex-EPAC em Alcácer do Sal e Águas de Moura”. Através da apresentação de projectos de resolução do CDS/PP e do PSD, os agricultores do Distrito de Setúbal alegadamente estarão de novo, e citamos, “perante a tentativa de roubo aos pequenos e médios Agricultores e à economia da região”. Segundo os Agricultores, através da Associação que os representa: “os referidos projectos de resolução, contêm um conjunto de falsidades, afirmações políticas indignas do Portugal de Abril e, propostas anti – constitucionais”. Assim sendo, a Associação explica, em retrospectiva, as deambulações do percurso das negociações. A saber: 1. Como é sabido no seguimento da luta dos Agricultores que não possuem secadores próprios, a 4 de Fevereiro de 2003, o então Ministro da Agricultura Eng.º Sevinate Pinto, exarou um despacho para que, o Inga e o GPPAA, com a Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal, avaliassem formas e condições de utilização dos centros de secagem de Aguas de Moura e Alcácer do Sal de forma a servir os produtores de arroz da Herdade da Comporta e Vale do Sado.

Violação administrativa do despacho exarado? 2. Não se trata - conforme referem as referidas resoluções - de uma decisão administrativa para utilização em conjunto, do centro de secagem de Alcácer, entre a Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal e a APARROZ, mas sim de uma violação por via administrativa do despacho do Sr. Ministro da Agricultura. Que se saiba o Sr. Ministro

da Agricultura não era, nem é, nenhum chefe de divisão e, por ironia, foi candidato e Ministro da Agricultura no Governo PSD. 3. O que aconteceu foi uma imposição administrativa contestada desde a primeira hora, por violar e alterar o despacho do Sr. Ministro para servir uma organização ligada aos grandes agricultores e proprietários. 4. Ao longo de 9 anos não

houve conflitos mas, sim, contestação desde a primeira hora, de violação do despacho do Sr. Ministro por via administrativa, imposto no início da campanha, o que colocava em causa, a utilização do centro de secagem. Daí a razão por que passaram a utilizar uma linha. 5. É inaceitável e vergonhoso que se proponha recomendar ao governo que proceda a um estudo, no sentido de encontrar uma solução que acautele os interesses da APARROZ – uma organização ligada aos grandes produtores. Um governo seja ele qual for, não tem que privilegiar os mais ricos, neste caso os grandes agricultores. Pelo contrário, tem é o dever e a obrigação, de tomar medidas de discriminação positiva, para que os mais necessitados, os pequenos e médios Agricultores que não possuem secadores e por essa via naturalmente o desenvolvimento e a economia da região.

Cumpre-se a Constituição da República? 6. Porque a constituição da Republica Portuguesa que a todos obriga sita: artigo 97º N.º1 (Auxilio do Estado) na prossecução dos objetivos da política agrícola o Estado apoiará preferencialmente os pequenos e médios agricultores, nomeadamente, integrados em unidades de exploração familiar - individualmente ou associados em cooperativas, bem como as cooperativas de trabalhadores agrícolas e outras formas de exploração por trabalhadores. 7. Em Janeiro de 2011 realizou-se uma reunião entre

o Ministério da Agricultura do Desenvolvimento Rural e das Pescas e a Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal, onde foram colocadas várias condições à semelhança de outras organizações, para cedência - por 20 anos - dos centros de secagem de Alcácer do Sal e Águas de Moura, em que, por carta enviada em 8 de Fevereiro 2011, a Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal referia que aceitava, entre elas, as condições de investimento ao longo de 20 anos, com recurso ao PRODER, nomeadamente, com o valor de 450 mil euros no centro de secagem de Alcácer do Sal e, de 335 mil euros no centro de secagem de Aguas de Moura.

Estranha coincidência ou talvez não… 8. Depois disto apareceu a embrulhada da tentativa

da venda em hasta pública do centro de secagem de Alcácer do Sal, que a luta dos Agricultores, na altura, travou com o valor de licitação inicial de 600 mil euros, que era igual ao valor que a APARROZ, em carta enviada ao Ministério, dizia ter disponível para comprar o centro de secagem de Alcácer do Sal, o que é no mínimo uma estranha coincidência. De referir que o respectivo centro de secagem está avaliado em 1,2 milhões de euros. 9. Como se tudo isto já não bastasse, aparece agora uma versão nova da embrulhada, através dos projectos de resolução do CDS/PP e do PSD para que seja entregue o centro de secagem

em hasta pública do centro de secagem em Alcácer do Sal e a continuação da gestão a cargo da Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal conforme o despacho de 2003 do Sr. Ministro da Agricultura. 12. Como se já não bastasse que no concelho de Alcácer do Sal pouco mais que uma dezena de grandes Agricultores arrecadam mais de 70% do RPU destinado ao concelho e que fazem parte e estão na criação da Organização de Agricultores a quem o CDS/PP e o PSD querem ainda beneficiar mais. 13. Estamos alegadamente perante a tentativa de um atentado e roubo aos pequenos e médios Agricultores que não possuem secado-

de Alcácer do Sal à APARROZ, pelas mesmas condições aceites pela Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal, em representação dos pequenos e médios Agricultores e a agricultura familiar e a quem o despacho de 2003 do Sr. Ministro da Agricultura se dirigia. 10. Como alegadamente a opinião pública e a população de Alcácer do Sal refere, os grandes Agricultores que referimos têm secadores próprios, alguns com comparticipação de dinheiros públicos e que foram alugados a Agricultores que não possuem secadores, ao mesmo tempo em que houve situações que antes e depois de 2003 utilizaram o centro de secagem de Alcácer do Sal e alugavam os seus secadores próprios aos Agricultores que não tinham! 11. A Assembleia Municipal de Alcácer do Sal conhecedora da situação real do concelho e dos Agricultores aprovou por unanimidade uma moção contra a venda

res e á economia da região criando ainda mais dificuldades e miséria. Em reunião recente realizada com o senhor Secretario de Estado da Agricultura já demos conta da nossa posição face aos projectos de resolução do CDS/PP e do PSD e da nossa abertura em relação á resolução da situação do centro de secagem de Alcácer do Sal com a cedência de uma linha, e dado ao adiantado do tempo na presente campanha se manter a situação anterior, o que mereceu a concordância do Sr. Secretario de Estado. Ao mesmo tempo afirmámos e tornamos a reafirmar se o governo PSD/CDS-PP pensar avançar por outros caminhos, responsabilizamo-los por todas as consequências daí resultantes porque os Agricultores não irão cruzar os braços antes pelo contrário irão lutar por todos os meios ao seu alcance. Já basta de castigar quem menos tem e pode!


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Litoral Alentejano – Quarta-feira, 15 de Agosto de 2012

Grândola disse… “Basta. Temos direito à Saúde” Em Grândola, teve lugar uma Manifestação/Marcha Lenta a favor da Saúde, onde os populares deixaram um recado à tutela, afirmando: “Se o Ministério só ouve a rua, então iremos para a rua dizer Basta”. Foi o que fizeram. Grândola, através das suas forças locais mais significativas - tendo à cabeça o Presidente da Câmara Municipal e os Presidentes das Juntas de Freguesia do Concelho acompanhados por inúmeros populares - mais uma vez, mostraram-se ao País dizendo: “Basta, temos direito à Saúde”.

Herdade da Comporta estreia novo espaço cultural com exposição de pintor espanhol

testo, foi feito um corte de estrada para dar visibilidade ao que então os

6 médicos por cada mil e quinhentos habitantes. Segundo informação disponibilizada pelos organizadores da Marcha, actualmente, “no Concelho de Grândola, estão ao serviço 6 médicos para 15.000 habitantes. Por esse motivo há mais de 6000 utentes do Centro de Saúde de Grândola sem médico de família, a que acresce o facto do Centro

sição, exigiam, na Assembleia da República, a abertura do Centro de Saúde de Grândola durante 24 horas, a contratação dos recursos e humanos – médicos, enfermeiros e outros profissionais e, a reabertura do posto médico do Canal Caveira”.

manifestantes pretendiam. Ou seja, que o País visse, nomeadamente que os que idosos, atingidos pelas dificuldades existentes, manifestavam a sua revolta com

de Saúde não cumprir o horário até à meia-noite, conforme tinha ficado acordado com o Ministério da Saúde e, encerrando - muitas vezes - a

populares disseram: “Basta”

Na rua os

Caminhada até ao IC1 Com slogans representativos das queixas existentes quanto ao estado de calamidade a que a Saúde chegou no Alentejo Litoral, foram muitos os populares que desfilaram no passado dia 31 de Julho, desde a Praça da Liberdade, onde teve lugar – pelas 18h00 - a concentração para uma marcha que se viria a dirigir – caminhando da estrada de uma das entradas

de Grândola - até ao IC1, onde efectivos policiais escalados para a normalização do trânsito automóvel, aguardavam a manifestação, sendo – no local - uma presença assinalável, dando lugar a alguma aparente hesitação que, entretanto, embora tenha havido alguns momentos de “negociação” por parte dos organizadores do pro-

determinação.

Poucos médicos, serviços encerrados antes dos horários previstos e, o registo de acrescidas – incríveis – dificuldades É de recordar que há, em Portugal, uma média de

meio da tarde”.

Fica a pergunta - Para quando a política poderá vir a ser feita com verdade e sem demagogia? - Questionavam os manifestantes, para lembrar que, entretanto, o “Governo é apoiado por Partidos que, há um ano, na opo-

Com o sofrimento de viverem das magras reformas que recebem e da falta de recursos para tratar da saúde quando ela mais dói, na velhice, muitos dos populares que se encontravam na Marcha, não tiverem receio em afirmar que “Chegou o momento” de fazerem ouvir a sua voz, a sua indignação e revolta. Sem nada temer, os manifestantes sublinharam que o “Basta” que proferiram, era para sublinhar que chegara o “momento” de afirmarem “a força da sua união”, sobretudo porque, estavam convictos de que, se “o Ministério da Saúde só ouve a rua” e, a rua teria que ser o local para fazer o protesto, sobretudo depois de goradas que foram todas as diligências feitas para solucionar os problemas existentes e registados no a cesso à saúde no Concelho de Grândola. Aliás, na Manifestação foi registado que: A Saúde, é um direito dos cidadãos, assegurado na Constituição da República”.

Casa da Cultura reforça aposta na programação de lazer da região

Um ano depois da inauguração do Espaço Museológico “Museu do Arroz”, localizado na antiga Fábrica de Descasque de Arroz, a Herdade da Comporta volta a contribuir para o reforço da oferta cultural da Costa Alentejana com a inauguração da Casa Cultura, um espaço que resulta da reabilitação de antigos armazéns de arroz, localizados no centro da aldeia da Comporta. A Casa da Cultura espelha a aposta da Herdade da Comporta na dinamização de uma agenda cultural e de entretenimento apelativa ao longo de todo o ano, procurando alargar o leque de actividades colocado ao dispor dos visitantes e complementar a oferta turística já existente com as praias e os restaurantes da região. Para assinalar a abertura deste novo equipamento cultural, a Casa da Cul-

aga, Van Gogh e de Goya que, reunidos com os traços de Miguel Ángel Bedate, dão origem a um estilo que considerado intemporal. Nos seus traços e na cor é possível encontrar a maior parte das marcas que definem a pintura espanhola, desinteresse pelo detalhe em benefício da expressividade e um dinamismo que é projectado pelos seus esboços. Miguel Ángel Bedate pinta desde os seis anos, mantendo nos dias de hoje o mesmo feeling do primeiro dia. As viagens que tem feito por Portugal, Suíça, França, Holanda, Itália, Bulgária, Grécia, Inglaterra, Estados Unidos, Canadá e África do Sul tem-lhe proporcionado a oportunidade de visitar vários museus e estudar outros artistas, aprofundado como poucos a técnica dos “grandes mestres”.

tura recebe a exposição “Bedate. Rescatar El Arte”, da autoria do pintor espanhol Miguel Ángel Bedate, que estará patente até 30 de Setembro, das 11h às 13h e das 19h às 22h. A mostra é composta por pinturas a óleo e gravuras, num total de 35 obras, que apresentam as marcas do estilo do pintor espanhol. Na sua pintura é possível encontrar influências de Velásquez, Zurbarán, Sánchez Cotán, Ribera, Zulo-

Miguel Ángel Bedate tem realizado várias exposições colectivas e individuais em Espanha, Portugal e Estados Unidos e já expôs em mais de uma centena de espaços. Casa da Cultura Largo de S. João (à Rua do Secador), Comporta Aberto ao público das 11h às 13h e das 19h às 22h


Litoral Alentejano – Quarta-feira, 15 de Agosto de 2012 CARTÓRIO NOTARIAL - ALCÁCER DO SAL EXTRACTO ____Certifico narrativamente, para efeitos de publicação, que neste cartório e no livro de notas para escrituras diversas nº 17 – A, de folhas 53 a folhas 55, se encontra exarada uma escritura de justificação notarial, com data de hoje, em que foram intervenientes JOAQUIM ANTÓNIO BESUGO, NIF 108 139 662, natural da freguesia do Torrão, concelho de Alcácer do Sal e mulher CONSTANÇA LAMEIRAS SALVADOR, NIF 131 251 457, natural da freguesia de Alvalade, concelho de Santiago do Cacém, casados sob o regime da comunhão geral, residentes na Rua João Falcão, n.º 9, Torrão, em Alcácer do Sal, que declararam serem donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do DIREITO A 1/2 do PRÉDIO RÚSTICO, composto de olival e cultura arvense, sito na freguesia do Torrão, concelho de Alcácer do Sal, descrito na Conservatória do Registo Predial de Alcácer do Sal sob o número 1430, da dita freguesia, onde se mostra registada a aquisição do mencionado direito a favor de Francisco José Jobita Besugo, solteiro, maior, actualmente falecido, com última residência conhecida na Tv. dos Cravos, n.º 2, R/C dto., Fogueteiro, Seixal; Gertrudes Maria Jubita e marido Argentino José Grave, casados sob o regime da comunhão geral, o marido actualmente falecido, residentes no B.º 1.º de Maio, R. 25 de Abril, Vivenda Grave, em Brejos do Assa, Palmela; Isidro José Besugo e mulher Júlia do Bom Sucesso Rodrigues Besugo, casados sob o regime da comunhão geral, o marido actualmente falecido e a mulher ausente em parte incerta, ambos com última residência conhecida em França; João Luís Besugo e mulher Celize de Oliveira Crespo, casados sob o regime da comunhão geral, residentes na R. Guerra Junqueiro, n.º 32, Aroeira, Charneca de Caparica, Almada; Maria Isabel Zebita José Mira e marido António Mira, casados sob o regime da comunhão geral, residentes no B.º 1.º de Maio, R. 25 de Abril, em Brejos do Assa, Palmela; e Mariana Carmo Jovita Besugo Romão, casada sob o regime da comunhão de adquiridos com José Francisco Romão, actualmente falecida, com última residência conhecida no B.º 1.º de Maio, R. 25 de Abril, em Brejos do Assa, Palmela, sem determinação de parte ou direito, conforme Ap. 4, de 25/05/2001, inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 317, secção K, em nome deles e de Francisco José Besugo, NIF 139 702 997, em comum e partes iguais, com o valor patrimonial actual total de €27,96, correspondendo ao mencionado direito o valor patrimonial de €13,98, que foi o atribuído. ____Que os justificantes adquiriram o mencionado direito por compra verbal que dele fizeram a Francisco José Besugo e Ana Jobita, actualmente falecidos, ao tempo casados sob o regime da comunhão geral, residentes que foram em Brejos do Assa, Palmela, em data que não podem precisar, mas seguramente antes de 1992, pelo que não ficaram a dispor de título formal que lhes permitisse o registo na Conservatória do Registo Predial mas, desde logo, entraram na posse e fruição do referido imóvel, na indicada proporção, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, nomeadamente fazendo e mantendo sementeiras e plantações, retirando dele todas as suas utilidades, colhendo os frutos naturais e suportando os respectivos encargos com despesas de cultura, sementes, matériasprimas, produção e colheita. ____Que, posteriormente, vieram a adquirir o restante direito a 1/2 aos então comproprietários Estevão José Besugo e Esperança Maria Manteiga Guerreiro, casados sob o regime da comunhão geral, aquisição registada, conforme Ap. 4, de 26/05/2000 e que, pouco tempo depois, tentaram reunir os herdeiros dos falecidos vendedores da outra metade para reduzirem aquele negócio verbal a escritura pública, mas tal não se veio a concretizar porque alguns dos filhos, os titulares inscritos, ou já tinham falecido ou vieram a falecer e relativamente a alguns outros os justificantes perderam por completo o contacto com eles, desconhecendo o seu paradeiro. ____Que os justificantes estão, assim, na posse do direito a 1/2 do imóvel atrás descrito há mais de 20 anos, sem a menor oposição de quem quer que seja, posse que foi adquirida e mantida sem violência e que, desde o seu inicio, foi exercida sem interrupção ou ocultação e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente, com ânimo de quem exerce direito próprio, sendo por isso uma posse pública, pacifica, contínua, pelo que adquiriram o referido direito por usucapião, que invocam, justificando assim o direito de propriedade, para efeitos de registo, dado que esta forma de aquisição originária, por natureza, não pode ser comprovada por quaisquer outros títulos, documentos ou meios extrajudiciais normais. ______________________________ ______Está conforme o original, como se narra. __________ ______Alcácer do Sal, 31 de Julho de 2012. _____________ A Notária, (Assinatura - Elisa Maria das Neves Saraiva) Conta registada sob o nº 139 (Rurica)

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Associações à beira da ruptura quere A maioria das associações de bombeiros do litoral alentejano, como muitas em todo o país, estão à beira da ruptura, com dívidas acumuladas de entidades de saúde e de particulares, uma situação ainda agravada com a grande diminuição da prestação de serviço de transporte de doentes não urgentes, que se tem vindo a reflectir nas contas das associações humanitárias nos últimos dois anos. Ângela Nobre a.v.nobre@gmail.com A necessidade de criar uma Lei de Financiamento que assegure a continuidade das instituições é sentida pelas associações da região, que estão a viver graves dificuldades, umas de forma mais acentuada do que outras. A redução do número de elementos assalariados nos corpos de bombeiros, viaturas paradas - por avaria ou por falta de pagamento de seguros - dívidas relativas a combustíveis e outros consumíveis, salários ou subsídios de férias em atraso são alguns dos sinais das debilidades económicas apresentados por algumas das associações do litoral alentejano, que lutam para continuar a prestar socorro às populações. Embora todas as direcções das Associações de Bombeiros da região apontem a redução dos serviços de transporte de doentes não urgentes como uma das principais causas do agravamento da situação financeira, também as próprias dívidas de terceiros, que em vários casos atingem cerca de 30 mil euros, não ajudam.

“O Hospital de São Bernardo [Setúbal] deve tudo de 2011 e 2012”, revelou o presidente da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Grândola à data, David Santos, substituido no cargo entretanto por José Luís Dias, que tomou posse no sábado passado (dia 11). Ao todo, adiantou, são

“mais de 40 mil euros” de dívida só daquela instituição de saúde, o que torna bastante difícil cumprir com os vencimentos mensais dos 21 assalariados do corpo de bombeiros de Grândola. Também com valores de dívida na ordem dos milhares de euros por parte de várias instituições de saúde estão as restantes associações humanitárias da região.

“Ministério da Saúde é principal asfixiador” Com uma gestão rigorosa, que conseguiu reduzir alguns custos e despesas, a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Milfontes, sentiu um corte de cerca de 50 por cento no número de transportes de doentes não urgentes efectuado, o que já terá levado a que não fossem “renovados contratos de trabalho”, segundo disse o presidente da instituição, Carlos Oliveira. Também esta associação se queixa de dívidas de instituições de saúde, como é o caso do Hospital do Litoral Alentejano, que alegadamente deve ainda facturas referentes a 2011, embora esteja já a pagar serviços de 2012. Carlos Oliveira critica o papel do Ministério da Saúde que considera ser “o principal asfixiador da associação”. “Se o Estado nos pagasse tudo o que nos deve, pagávamos todas as dívidas de curto prazo à banca”, assegurou, lembrando que, para cumprir com as obrigações, foi necessário, à semelhança das associações congéneres da região, “recorrer aos bancos e pagar juros”. “O Estado não pode empurrar as associações para andarem de mão

estendida”, asseverou. Da mesma opinião é Maria Teresa Branco, vice-presidente da Associação de Bombeiros de Santo André. “Não devia ser preciso pedinchar, daí a necessidade da Lei de Financiamento”, disse a mesma responsável que acredita ser possível um acordo que possa “ser incluído” já no Orçamento de Estado de 2013. Em Alcácer do Sal, o retrato de dificuldades traçado pelo presidente da associação humanitária, António Balona, é semelhante a outros da região. Este dirigente associativo defende que deve ser decidido de uma vez por todas um modelo de financiamento aos bombeiros, para que a instabilidade financeira das associações acabe. “A questão de fundo é o financiamento das associações, enquanto isso não for definido, não é o transporte de doentes não urgentes que resolve a situação”, asseverou. Nuno Braz, presidente da Associação Humanitária de Bombeiros Mistos de Santiago do Cacém, considera importante o “acordo” alcançado entre a LBP e os

única figura tutelar”, em vez de estarem sob a tutela de dois ministérios. Cansado de dificuldades, o

dois ministérios que tutelam o sector, que, do seu ponto de vista, “só pode ser entendido como uma base para uma solução mais profunda”. Não é contudo, considera, uma “solução imediata”. Para simplificar o funcionamento e gestão das corporações, Nuno Braz defende que deveria ser criada “uma

presidente da Associação de Bombeiros de Odemira, Augusto Maria, confessa que tem “contado com a boa vontade dos credores e dos próprios bombeiros”, que têm recebido os salários repartidos. Incrédulo quanto à criação de um novo modelo de financiamento para as associações, Augusto Maria confessa que


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Litoral Alentejano – Quarta-feira, 15 de Agosto de 2012

em novo modelo de financiamento aos Bombeiros de verbas para fazer face às despesas de reparação ou para pagar seguros. No Cercal do Alentejo, o corpo de bombeiros conta com menos quatro viaturas (duas de transporte múltiplo, uma de emergência e outra de combate a incêndios), paradas desde o fim-de-semana passado, por falta de pagamento dos seguros, uma

Saúde (Centro de Saúde de Santiago do Cacém), deve 12 mil euros”, revelou. “A dívida para com a nossa associação é de tal ordem face ao volume de trabalho, que leva a que não consigamos fazer face às despesas”, lamentou, considerando que as associações de bombeiros estão hoje “ingovernáveis”.

Para o presidente da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Sines, João Santa Bárbara, apesar da redução em “cerca de 80 por cento” dos serviços de transporte de doentes não urgentes, é mais importante começar a pensar no “papel da ANPC”.

Embora os ordenados dos 9 assalariados de Alvalade estejam em dia, têm sido sacrificados os subsídios de natal e de férias, bem como as reparações mecânicas das viaturas. “Temos duas viaturas avariadas paradas”, disse Lénia Machado, presidente da associação, que ainda revelou que tem contado também com a “com-

O mesmo dirigente critica a distribuição de verbas no sector da protecção civil, defendendo mesmo o “desmantelamento da ANPC, para que o financiamento chegue aos bombeiros”. “O grande bolo fica na ANPC e para as associações vêm migalhas”, apontou. “Já estamos a pagar para apagar fogos”, asseverou,

Governo adia Veículo de Transporte Simples de Doentes Após uma reunião entre a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), o Ministério da Saúde e o Ministério da Administração Interna, o Governo resolveu recuar na intenção de permitir o transporte de doentes não urgentes nos chamados Veículos Simples, criticado pelas associações humanitárias. Em protesto contra a intenção do Governo, a LBP tinha já convocado uma concentração para o dia 18 de Agosto, para “mostrar o investimento feito em ambulâncias (a pedido do estado), para o Transporte de Doentes não Urgentes”. Entretanto, a manifestação foi desconvocada, após uma reunião entre a LBP, o Ministério da Administração Interna e o Ministério da Saúde, em que terá sido acordado o adiamento, até 2015, do transporte de doentes não urgentes nos Veículos Simples “De um momento para o outro, o Governo esqueceu-se dos investimentos feitos pelas associações”, disse Jaime Marta Soares, presidente da LBP, em declarações ao jornal Litoral Alentejano, falando do Veículo de Transporte Simples de Doentes, que permitia, segundo explicou, “a qualquer pessoa” fazer o serviço de transporte de doentes não urgentes.

tinha “expectativa de que um acordo pudesse trazer alguma estabilidade”. “Quando isso acontecer”,

“A questão de fundo é o financiamento das associações, enquanto isso não for definido, não é o transporte de doentes não urgentes que resolve a situação”

alertou contudo, “não sei se as associações ainda cá estão”.

Seis viaturas paradas por falta de verbas Duas corporações de bombeiros do litoral alentejano foram “forçadas” a encostar seis viaturas por falta

situação que Benvindo Patrício, presidente da associação humanitária, classifica de “ridícula” e “inacreditável”. “Isto está a chegar ao caos e à ruptura”, alertou, falando de dívidas à associação que ultrapassam os 50 mil euros. “Há um hospital que nos deve 9 mil euros, outro à volta de 30 mil e a Administração Regional de

preensão dos credores”. Com a associação humanitária “à beira da ruptura”, Lénia Machado está contudo confiante de que um acordo entre as entidades governamentais e a LBP vai criar uma “resposta a médio prazo”. Mas, alertou, aproveitando ainda para deixar um apelo ao apoio da população do concelho de Santiago do Cacém, é preciso também uma solução “a curto prazo para resolver situações emergentes”.

“Estamos a pagar para apagar fogos”

adiantando que o valor recebido “corresponde a 30 ou 40 por cento dos gastos”. “Há um grande esforço financeiro”, acrescentou ainda, revelando que todos os meses em combustível, salários e segurança social são gastos “cerca de 60 mil euros”, quando a “facturação na área da saúde ronda os 18 mil”. João Santa Bárbara sugere ainda uma “redução do número de associações humanitárias”, que poderiam dar lugar a “secções locais”, para evitar a “duplicação de serviços e de viaturas”.

“O Ministério da Saúde inventou uma nova viatura para transportar doentes, em que bastava ter uma placa, um extintor, uma mala de primeiros socorros e qualquer pessoa podia transportar doentes”, descreveu. “É um desrespeito das instituições de saúde pelo empenho dos bombeiros em equipar-se e pelo investimento feito para responder às exigências do próprio Governo”, criticou, defendendo a criação de um “regulamento de transporte de doentes”, que deverá agora ser elaborado por um grupo de trabalho que foi criado, constituído por elementos da LBP, do INEM e dos ministérios da Saúde e da Administração Interna. “Este acordo não vem de imediato resolver o problema financeiro das associações humanitárias, que ao mesmo tempo que não recebem, continuam a prestar serviços e esta questão é grave porque põe e causa a resposta dos bombeiros”, alertou, lembrando que “não havendo sustentabilidade, não há possibilidade de resposta no socorro imediato”. O grupo de trabalho agora criado, que começa oficialmente a laborar a 15 de Agosto, tem um prazo de 60 dias para elaborar propostas “que possibilitem também aos bombeiros obter viaturas mais simples, menos dispendiosas, mas tripuladas por bombeiros”. Além disso, adiantou ainda Jaime Marta Soares, “até 15 de Setembro deverá ser apresentada a proposta para o financiamento de bombeiros, a ser incluído no Orçamento de Estado de 2013”, que está a ser elaborada por um outro grupo de trabalho criado no passado mês de Julho.


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Trocar as voltas a Portugal

“O futuro é mesmo a partilha” Trocou a vida cómoda, com emprego estável e bem remunerado, pela troca de serviços e bens. Se há um ano, gastava mais de 200 euros por dia, actualmente ensina os portugueses a poupar e viver da partilha. Andresa Salgueiro esteve em Sines e contou ao Litoral Alentejano como nasceu o projecto ‘Believe in Portugal’ Helga Nobre helga.nobre@gmail.com “A ideia era fazer um desafio em que vivesse mais ou menos com o meu ordenado mas em vez de ser durante um mês, seria durante um ano. Queria mudar de vida e experimentar tudo o que é mais sustentável, ecológico e saudável porque é esse o caminho da felicidade”. As palavras são de Andresa Salgueiro, responsável pelo projecto ‘Believe in Portugal’ que se propôs viver com 1111 euros, durante 1 ano, 11 dias, 11 horas e 1 minuto, sobrevivendo apenas “com aquilo de que precisa pelo que de melhor pode dar”. Tarefa árdua? A jovem lisboeta diz que não. “A grande vantagem é ter casa própria, se tivesse um filho penso que era possível fazer tudo da mesma forma e até acho que teria mais tempo para estar com o meu filho”. Com formação em psicopedagogia, Andresa, abandonou a empresa ligada à hotelaria, onde desenvolvia funções de gestora, logo após o divórcio. “Estava num escritório e condicionada a fazer as tarefas que outros nos mandam. Agora vivo em total liberdade, fazendo trocas à medida que tenho neces-

sidades, sem obrigações e horários para cumprir” e, garante, a vida mudou radicalmente. “Ao nível do consumo, mudou tudo porque

como não faço compras e o meu dinheiro é só para gastos como água, luz e seguro do carro, tudo o que preciso consigo através das trocas. Gastava entre 100 e 200 euros por dia, em roupas, bugigan-

gas e maquilhagem. A nível de noção ecológica também é tudo diferente, porque estou sempre preocupada em desligar todas as fichas e poupar água, mas não tem a ver com a poupança em si, mas com um estado de consciência que fui adquirindo depois de começar a viver das trocas”, reconhece. Bastou-lhe uma inscrição no Banco do Tempo, em Abril do ano passado, para se tornar adepta deste género de partilha e daí a criar um projecto seu foi um passo. “Lembrei-me de fazer um grupo no facebook ‘Troco uma Hora’ que fez bastante sucesso. A primeira troca foi com uma amiga,

que passou a minha roupa a ferro e eu ajudei-a a fazer uma mudança de casa. Entretanto, as pessoas adicionavam cada vez mais amigos que já trocavam contactos para arranjar emprego, ideias, projectos,

serviços. Foi aí que pensei que isto era o futuro e que tinha de deixar de trabalhar para gerir o grupo das trocas”, contou a jovem que gosta de um bom desafio. “Há dois meses que não gasto dinheiro e a última coisa que comprei foi uma torneira porque não tive alternativa. Tenho uma rapariga que vive no quarto da minha casa e a troca é ela pagar as despesas da casa e tomar conta dos meus animais quando tenho de sair, portanto arranjei forma de ter vida própria e ajudar alguém”, relata. A meio do percurso, recorda com emoção uma das trocas mais engraçadas em que participou. “Um senhor que ficou a saber que as minhas batatas estavam a acabar e através da página do grupo ofereceu 20 kg de batatas em troca de um abraço, e ainda trouxe ovos e óleo. Não sei se a troca foi muito justa”. Outro dos objectivos de Andresa passa por viver ‘à troca’ em onze comunidades sustentáveis onde o estilo de vida “é semelhante ao meu” embora nem todos o façam. “O povo português ainda está muito agarrado às crenças tradicionais, mas está na altura de mudar o chip porque a crise está aí e o futuro é mesmo a partilha. Se tu precisas e eu tenho, vou-te dar”, sublinha a jovem que participou numa palestra de motivação no Centro de Artes de Sines, durante o Festival Músicas do Mundo à custa de uma troca. “Como este ano não tenho dinheiro para vir ao festival, propus uma troca à organização que logo aceitou e acabamos por acordar uma palestra durante o evento onde transmito que é sempre

Melides e Carvalhal com biblioteca na praia

O mar e o sol como cenário para muitas leituras Melides e Carvalhal são as praias do concelho de Grândola que recebem ao longo de Julho e Agosto a Biblioteca na Praia, que funciona de segunda a sexta-feira, entre as 10h e as 17h. A Biblioteca de Praia, é uma extensão itinerante da Biblioteca Municipal de Grândola, que se traduz num serviço gratuito de cultura e informação, ao dispor de todos os veraneantes, promovendo a leitura em

tempo de férias. Diariamente são disponibilizados para consulta e empréstimo na praia, livros, jornais diários e semanários, revistas, pequenos contos, banda desenhada e alguns livros úteis. A iniciativa destina-se a adultos, jovens e crianças e funciona de forma muito simples: para requisitar um livro ou qualquer outra publicação, basta apresentar e deixar no local um docu-

mento de identificação. À semelhança do ano passado, o Centro de Ciência Viva do Lousal - Mina da Ciência associa-se à iniciativa e “Vai a Banhos” com muita ciência e diversão. Os dias 20 de Julho e 10 de Agosto no Carvalhal, e 25 de Julho e 3 de Agosto em Melides, prometem muitas experiências e descobertas: “CSI das areias” - identificar e quantificar as várias componentes das areias, “areias

e águas movediças” - perceber o conceito de permeabilidade associado à calibragem das areias e ver a reação do que acontece às conchas dos organismos marinhos, como consequência da acidificação do oceano são algumas das atividades A Biblioteca na Praia é um projeto que nasceu na década de 90, e que este ano reúne um conjunto de 500 livros, que são renovados quinzenalmente.

tempo de trocar as voltas à vida. Se sentirmos que o caminho é por um lado completamente diferente, mesmo que os outros pensem que não, devemos seguir o instinto”, explica Andresa que se dedica igualmente à organização de feiras de trocas em Lisboa e já conseguiu a adesão de sete distritos. E, em pouco mais de sete meses, já conseguiu transformar a vida de algumas pessoas que, pela internet, partilham como o projecto as ajudou. “Uma senhora de Arganil decidiu fazer um evento onde as pessoas trocavam saberes, ou seja cada pessoa levava conhecimentos (arte, culinária) inspirados no Believe in Portugal e assim conseguiu juntar as pessoas em comunidade”, revela. Quando o desafio terminar vai dar continuidade ao projecto social que está ligado a esta ideia. “Mesmo que decida voltar a trabalhar as

pessoas já absorveram de tal forma esta ideia que já não vão deixar que acabe. Já chegou a 7 distritos e as pessoas já começam a converter a moeda à troca. Conheço quem faça 20 a 30 trocas por semana, portanto o ‘Believe in Portugal’ vai continuar porque existem pessoas em cada distrito a organizar feiras e existem outros projectos porque é um caminho irreversível” prossegue. E projectos futuros não faltam. Além de um serviço de coaching, a jovem pretende converter uma casa devoluta com serviços ‘à troca’. “A ideia é que a casa seja um ponto de convergência de trocas, alojamento, oficinas, sapateiro, costureira e espectáculos, como se fosse uma sede que desse apoio a outras cidades” que queiram replicar este conceito. “Não sou contra o dinheiro mas é muito mais interessante pensar que é possível trocar bens e serviços com outra pessoa em vez de pagar por isso e essa é a resposta para a crise”, conclui.


15 de Agosto/12 Ano II • n.º 64 •

Directora Aliette Martins Director-adjunto Marcos Leonardo Editor Joaquim Bernardo

Inventemos o futuro

Protocolos de colaboração relativos a 2012

Petrogal atribui 300 mil euros a instituições e autarquias de Sines A Petrogal, a Câmara Municipal de Sines e um conjunto de mais de 30 entidades locais assinaram, no dia 31 de julho, nos Paços do Concelho, protocolos de colaboração relativos a 2012, no montante total de 300 mil euros, atribuídos pela empresa. Deste valor, 20 mil euros têm a forma de patrocínio ao Festival Músicas do Mundo, organizado pela Câmara Municipal de Sines. O valor destinado à Junta de Freguesia de Sines - 80 mil euros - é atribuído com o objetivo de apoiar a organização das Tasquinhas Sines 2012, em parceria com o município. Os restantes 200 mil euros destinam-se ao apoio a 32 entidades com atividades realizadas no concelho. Na cerimónia de assinatura dos protocolos, o presidente da Câmara Municipal de Sines, Manuel Coelho, destacou a subida do valor atribuído às coletividades e instituições de 146 mil euros em 2011 para 200 mil euros em 2012. Este aumento de 54 mil euros dos apoios às coletividades em detrimento dos apoios às atividades da Câmara é, explicou o presidente, uma forma de compensar as coletividades, garantindo as suas atividades nas áreas da formação no desporto e na cultura, tendo em conta que a autarquia está impossibilitada de assegurar esses apoios pelo agravamento da crise financeira e a nova lei dos compromissos, que impõe limites à capacidade das câmaras assumirem despesa. O facto de 80 mil euros serem,

através da Junta de Freguesia de Sines, destinados às Tasquinhas, constitui igualmente um apoio indireto às coletividades, pois esta iniciativa tem como uma das suas finalidades principais a angariação de receitas para o movimento associativo, que ocupa a quase totalidade dos expositores. À semelhança de anos anteriores, o presidente da Câmara manifestou na cerimónia de assinatura dos protocolos o seu reconhecimento à Petrogal pela quantia atribuída para a dinamização das atividades da cultura, desporto e solidariedade social no concelho de Sines, instando as outras grandes empresas a seguirem

o seu exemplo.José Cordeiro Catarino, diretor da Refinaria de Sines, disse que o apoio prestado pela empresa se insere na sua política de responsabilidade social e mostrou disponibilidade para continuar a aprofundar este relacionamento. O responsável da Petrogal falou sobre a importância da Refinaria de Sines para a dinamização da economia local e nacional, nomeadamente sobre a sua importância para o equilíbrio da balanço comercial portuguesa, que será reforçada com a entrada em funcionamento, a breve prazo, da nova fábrica, destinada à produção de gasóleo e vocacionada para a exportação. A distribuição do montante total dos apoios é a seguinte: Academia de Ginástica de Sines (€ 9.000); Anacat (evento SinesCat 2012) (€ 3.000); Andebol Clube de Sines: (€ 10.000); Arte Velha Associação de Artesãos de Sines (€ 1.500); Associação A Gralha ( € 7.000); Associação Caboverdiana de Sines e Santiago do Cacém (€ 5.000); Associação de Caçadores do Concelho de Sines ( € 1.500); Associação de Moradores da Sonega (€ 1.500); Associação dos Serviços Sociais dos Trabalhadores das Autarquias Locais de Sines (€ 10.000);

Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Sines (€ 22.000); Associação Pro Artes de Sines ( € 10.000); Associação Recreativa Dança Sineense (€ 6.000); Associação Sines Solidária (€ 1.000); Associação Sócio Cultural Porto Covo ( € 1.000); Centro Cultural Emmerico Nunes ( € 10.000); Cercisiago ( € 3.000); Clube Desportivo e Recreativo de Porto Covo (€ 1.000); Clube de Natação do Litoral Alentejano ( € 6.500); Clube de Ténis de Sines ( € 500); Clube Náutico de Sines: (€ 2.000); Comissão Fabriqueira da Paróquia de Sines: (€ 2.000); Contra Regra - Associação de Animação Cultural: (€ 2.000); Ginásio Clube de Sines: (€ 2.000); Hóquei Clube Vasco da Gama: (€ 10.000); Independentes Futsal Associação:( € 6.500); Prosas - Projeto Sénior de Artes e Saberes de Sines: (€ 1.000); Rádio Sines: (€ 5.000); Santa Casa da Misericórdia: (€ 5.000); Siga a Festa - Associação de Carnaval: (€ 12.000); Sociedade Musical U. R. S. Sineense:( € 10.000); Vasco da Gama Atlético Clube: (€ 23.000); Câmara Municipal Sines (evento FMM Sines): (€ 20.000); Junta Freguesia Porto Covo: (€ 10.000) e Junta Freguesia de Sines (evento Tasquinhas Sines): (€ 80.000).


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Canoagem: Campeonato Nacional

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Ciclismo: Taça de Portugal 2012

Inês Esteves sagrou-se Andreia Ponte conquistou a Campeã Nacional Taça de Portugal de Elites

A canoísta Inês Esteves, do Clube Náutico de Milfontes sagrouse campeã nacional de k1 200 metros e k1 500 metros e vice campeã nacional de k2 200metros e medalha de bronze no k2 500

metros. Por equipas, o Clube Náutico de Milfontes terminou no 8º lugar, entre 41 clubes participantes. A prova decorreu entre 19 e 22 de julho.

Futebol: Taça do Inatel 2012-2013

Nuno Oliveira treina a Aldeia dos Chãos

O Aldeia dos Chãos, equipa de Santiago do Cacém, já está a preparar a participação na próxima edição da Taça do Inatel de Setúbal. O treinador será Nuno Oliveira, que terá como adjuntos Rodrigo Matos e Sérgio Pereira, jogadores mais antigos do clube. Neste momento está a ser preparada a nova temporada,

segundo apuramos o jogador tem sentido algumas dificuldades em conseguir jogadores para formar o plantel, uma situação que deve ficar resolvida nas próximas semanas. O objetivo da direção, segundo apuramos, passa por continuar a ter futebol na Aldeia dos Chãos e pretendem continuar a jogar no distrito de Setúbal.

Futebol: Taça do Inatel 2012-2013

Bairro do Olival com plantel quase fechado O Bairro do Olival de Alcácer do Sal tem praticamente definido o plantel para a época 2012-2013, onde volta a participar na Taça do Inatel de Setubal. Neste momento o clube já tem garantidos 26 atletas, são eles: Márcio; Nuno Rocha; Pedro Marques; André Cupido; João António, João Palmela; José Santos; Nuno Trindade; Pedro Rita; Zé Ângelo; Rui Mendes; Pedro Quintas; Luís Pereira; Luís Sobral, Diogo Cândido; António Simão; Miguel Costa; Cláudio Barrela; Álvaro Martins; Luís Ramalho; Jerónimo Carvalho;

Rui Olímpio; Luís Fragoso; Fábio Santos e Hélio Pinto. O treinador é Pedro Coelho.

Futebol: Camp. Nacional de Juvenis

Odemirense joga no Estoril dia 19 agosto

A equipa de juvenis do Sport Clube Odemirense vai começar no dia 19 de agosto, a participação no Campeonato Nacional de Juvenis. António Oliveira e Filipe Morais são os treinadores da equipa que tem como objetivo garantir tal como aconteceu na época anterior

a manutenção. Na 1ª jornada, dia 19 de agosto, vão jogar: Vitória de SetúbalBeira Mar de Almada; LouletanoImortal; Estoril Praia-Odemirense; Cova da Piedade-Lusitano de Évora; Despertar-Oeiras.

A ciclista sineense Andreia Ponte conquistou a Taça de Portugal de Estrada na categoria de elite, ao serviço da equipa Ouribike/Ouriquense. Andreia Ponte terminou a sua participação na competição com um segundo lugar na etapa disputada em Penafiel no final de julho. Durante a competição, que é composta por várias provas disputadas ao longo do ano, a jovem sineense conseguiu estar sempre em bom plano e somar os pontos necessários para se sagrar a vencedora da competição no escalão de elite. Andreia Ponte começou a prática desportiva em Sines, primeiro na natação, depois no triatlo, dedicando-se, atualmente ao ciclismo de estrada e de pista. Em declarações ao nosso jornal a jovem atleta fez “um balanço positivo” da carreira até ao momento. Atualmente dedicase apenas à prática do ciclismo de estrada e de pista o que tem permitido melhorar os resultados. Andreia Ponte tem participado em várias provas internacionais o que lhe tem permitido ganhar

bastante experiência. O objetivo da atleta sineense nos próximos anos é continuar a melhorar, participar em provas nacionais e internacionais e tentar disputar um Campeonato da Europa. Andreia Ponte treina diariamente, e divide

a sua vida entre a Universidade onde está a tirar um curso superior e a prática desportiva, o que nem sempre é fácil de conciliar, mas com muito trabalho e dedicação tudo é possível, como demostram os bons resultados conseguidos.

Futebol: Campeonato Distrital de Setúbal da 2ª divisão

Estrela de Santo André já tem a pré-época definida O Estrela de Santo André, orientado por Vítor Madeira já anunciou vários jogos de preparação, com vista à participação no Campeonato Distrital de Setubal da 2ª divisão. O clube já tem vários jogos agendados. Assim, no dia 19 de Agosto a equipa de Santo André deve realizar o primeiro jogo treino da época em casa às 17 horas, frente ao Castrense embora ainda não esteja totalmente confirmado. No dia 25 de agosto o Estrela de Santo André joga às 18 horas, em Cuba, frente ao Sporting de Cuba, da 1ª divisão de Beja. No dia 1 de Setembro, às 18 horas, joga em

Milfontes, frente ao Clube Praia de Milfontes da 1ª divisão de Beja. No dia 8 de Setembro, realizase um Torneio em Santo André, com a participação do Estrela de Santo André, Bairro do Conceição e Sporting de Cuba. No dia 15 de

Setembro, o clube realiza o último jogo de preparação na Cabeça Gorda frente à equipa local que disputa a 2ª divisão de Beja. O Estrela iniciou os treinos na última segunda-feira, dia 13 de agosto.

Natação- Campeonato Regionais de Categorias e Absolutos

Atletas do CNLA obtiveram 11 lugares no pódio em Rio Maior O Clube de Natação do Litoral Alentejano marcou presença nos Campeonatos Regionais de Categorias/Absolutos no Complexo Olímpico de Rio Maior, entre os dias 6 e 8 de Julho, com nove atletas: Débora Patrocínio, Maria Marques, Hugo Correia, Nélson Malheiros, Gil Gonçalves, Daniel Pereira, Rui Brito, David Gorgulho e Rodrigo Costa. Destaque para os dois títulos obtidos: Gil Gonçalves venceu os 200

Mariposa (2:23,10) em Juvenis e a estafeta masculina de 4x200 Livres conquistou o título Absoluto (9:23,02), com Daniel Pereira, David Gorgulho, Rodrigo Costa e Rui Brito. Os atletas do CNLA obtiveram ainda mais 11 lugares de pódio - num total de 13 lugares de honra (2 primeiros, 5 segundos e 6 terceiros) - assim distribuídos: Débora Patrocínio - 3ª nos 50 e 200 Bruços (Absolutos); estafeta de 4x50 Livres masculinos Abso-

lutos (David Gorgulho, Rodrigo Costa, Rui Brito e Daniel Pereira) - 2º lugar; Gil Gonçalves - 2º nos 100 Mariposa e 400 Estilos e 3º nos 400 Livres (Juvenis); Hugo Correia - 2º nos 100 e 200 Mariposa (em que fez mínimo para o Campeonato Nacional de Infantis) e 3º nos 100 Bruços; David Gorgulho - 3º nos 50 Livres e 200 Costas (Absolutos).


“ Está aí mais uma

edição da grande Feira do Turismo e do Ambiente do Litoral Alentejano


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Em Grândola de 22 a 27 de Agosto

A Feira / Festa do Litoral Alentejano A Feira de Agosto – a Feira do Turismo e do Ambiente do Litoral Alentejano e os destaques que a anunciam. A par da festa, poderá ficar a saber mais sobre o momento político, feito de respostas claras e inequívocas. Aliette Martins aliette@sapo.pt Este ano, a iniciar uma entrevista da praxe, o Dr. Carlos Beato começou por falar dos contornos gerais da Feira, destacando que: “Está aí mais uma edição da Feira de Agosto, que é a grande Feira do Turismo e do Ambiente do Litoral Alentejano. Está aí – também – mais uma edição daquele que é o maior certame a Sul do Tejo, depois da Ovibeja. É um evento que faz parte, cada vez mais, do destino de férias de muitos portugueses, de muitos emigrantes Grandolenses, e é, também, um Certame que reúne aqui, famílias que vivem espalhadas em vários pontos de Portugal e que em Grândola se concentram no mês de Agosto para assistirem a uma afirmação das capacidades e das potencialidades de um Povo e de um Território. O Certame de este ano, está a ser preparado desde - praticamente - a Feira do ano passado. Vamos ter 400 expositores, que são a grande mola real desta visitação. Vamos ter um cartaz de espectáculos – mesmo em tempo de crise - acima da média, por exemplo, fecharemos a Feira com os “Sétima Legião” e, vamos, ter em Grândola, esse grande nome, aplaudido por todas as idades e, de sempre, que é o cantor José Cid, que actuará no “Dia do Emigrante”. Também teremos a nossa habitual Corrida de Toiros à Portuguesa que, este ano, como cabeça de cartaz tem essa grande figura da tauromaquia que é Rui Salvador. Depois, vamos também ter a 16.ª edição do Festival Hípico, que é sempre um grande sucesso e que é sempre uma grande organização equestre que trás à Feira multidões. Vamos ter as tasquinhas onde iremos apresentar a qualidade da nossa gastronomia e um pouco também na nossa identidade e da nossa história, na continua-

ção da que foi recentemente “A Rota das Tabernas”, um evento que acabou recentemente. Teremos também ter um espaço especialmente dedicado aos jovens. Será um espaço aberto junto aos jardins das associações e dos produtores regionais. Ou

dos para outro sítio do que aquele em que sempre estiveram, no sentido de os colocar mais próximos do movimento associativo e dos produtos regionais que, como sabe, tem sido sempre um lugar de muita participação e de muita concorrência. A par do que lhe afirmei, iremos ter ainda os comboios do Lotas que, no ano passado teve dois comboios, um dos quais e, de acordo com o protocolo assinado entre a Autarquia e a Super Bock Unicer ficou para a Câmara e para o Município utilizar ao longo do ano. Alias, os dois comboios do Lotas, que são sempre um grande sucesso, permitem uma facilidade de transporte,

Setembro, ficará aberto à população. Litoral Alentejano – O momento que referiu, para além da cerimónia que terá lugar na Feira, será assinalado também no próprio campo de golfe? - Exactamente. Será com uma ida ao campo de Golfe do Pinheirinho. Para o efeito, estão já convidados para, no sábado, com programa ainda a acertar, possamos ver que, no Concelho de Grândola Vila Morena, mesmo em tempo de crise, os projectos continuam a andar, continua-se a acreditar, continua-se a fortalecer as oportunidades de, emprego, de negócios e de qualidade de vida.

Feira também possa ser uma montra que vá ao encontro, não só da produção deste produto tão importante e de tanta qualidade, no sentido de envolver o vinho e os produtores, enquanto uma mais-valia para a Feira de Agosto e para quem nos visita.

A entrada na Feira de Agosto continuará a ser grátis? Litoral Alentejano – Embora não querendo falar de crise, perguntelhe: As dificuldades financeiras existentes terão alguma influência, invertendo o comportamento que tem havido até aqui, obrigando a que a entrada na Feira seja paga? - Devo dizer-lhe que a Feira de Agosto vai custar menos do que a do ano passado. Vai manter o seu espaço com a qualidade, diversidade, oferta e, estará aberta à população, onde as entradas continuam a ser gratuitas. Uma feira que, mesmo assim, não pesa no erário público Municipal,

“O Certame de este ano, está a ser preparado desde a Feira do ano passado. Vamos ter 400 expositores, que são a grande mola real desta visitação” seja, este ano, os jovens vão ter um espaço novo à medida daquela que é a sua importância, não só na nossa Terra, como na nossa Feira. Portando os jovens que são e irão ser sempre o futuro, vão ter um espaço recriado, melhor organizado e ordenado para que possam curtir sempre muito, à maneira deles.

Os Jovens terão espaço recriado Litoral Alentejano – Em que consiste a oferta que referiu para que os jovens possam curtir? - Para os jovens, são bares que foram deslocaliza-

especialmente para aqueles que têm mais dificuldade em se deslocarem, daí que, os dois comboios do Lotas vão circular - alternativamente num percurso estratégico -, a percorrer vários pontos da nossa Terra, como sempre, em ligação à Feira. Litoral Alentejano - Que novidades serão assinaladas na Feira deste ano? - Vamos ter um grande momento que assinalará na Feira do Turismo e do Ambiente - , a abertura do Campo de Golfe do Projecto Pinheirinho. Ou seja, no fim-de-semana da Feira, terá lugar uma cerimónia, em que o campo de golfe será aberto à prática do golfe, espaço esse que, a partir do próximo dia 1 de

Frisar-lhe que não só o campo de golfe está pronto - esse campo de golfe à beira do Atlântico, de onde se avista a Serra Arrábida – como já tem condições de ser utilizado.

Vinho e produtores estarão na Feira de Agosto Litoral Alentejano – Na Feira haverá – este ano um espaço para os Vinhos Alentejanos? - Exactamente. Vamos ter, na Feira, um espaço do Turismo da Costa Alentejana, onde irão estar representados dez produtores de vinho da nossa Região, no sentido de que, a própria

o que muito nos orgulha. Aliás, representa um grande esforço do Município mas, sem dúvidas nenhumas, a “Feira de Agosto, Turismo e Ambiente” é o nosso grande cartaz de afirmação da vontade do nosso povo, do seu talento, da sua arte e engenho, de ser cada vez mais fraterno, mais unido e mais solidário, como tão bem cantou José Afonso.

Notas finais sobre a Feira A Feira, como é hábito, vai ser inaugurada por um membro do Governo. Como sabe, desde que sou Presidente da Câmara de Grândola tem havido sempre

um membro do Governo a inaugurar a feira, e, houve uma altura que foi o Presidente da República e outra o Presidente da Assembleia da República. Este ano, mais uma vez, iremos ter, na inauguração da Feira de Agosto, um membro do Governo. Dizer também que o projecto aplicado e que revelou a actual Feira de Agosto é um exemplo do caso de sucesso, do envolvimento entre o Município e os Empresários, dentro das regras do respeito, legalidade e da consideração mas, obviamente que, uma realização desta natureza, só é possível pela confiança que os diversos agentes depositam na forma como o Concelho tem sido conduzido e, como a Feira, todos os anos, tem vindo a crescer e, isso – mesmo sendo do beato - nada cai do céu. É preciso chamar as coisas pelos nomes. De facto o envolvimento empresarial tem feito toda a diferença e, este ano, volta a fazer essa diferença.

Paixão e causas Litoral Alentejano – Vou fazer-lhe uma pergunta aparentemente simples, mas não se engane, não é simples: - Apaixona-se com relativa facilidade? - Eu não sou Homem de paixões fáceis, mas sou um homem apaixonado e de coerência, portanto, quando eu me ligo e me dedico a uma paixão, a transportarei sempre comigo, no meu coração. Litoral Alentejano - Estou a pensar na paixão - que se afigura grande - que tem manifestado pelo percurso que tem trilhado e pelas causas que tem defendido. - Não me fez uma pergunta. Construiu uma rasteira…

No Carvalhal, para além das praias, dos arrozais, a batata-doce, uma das melhores do mundo Litoral Alentejano – Não quero ir por aí. Estou a pensar numa abordagem diferente da que se fez o ano passado, em que – na entrevista realizada destacou as freguesias rurais. Este ano, o convite é para nos levar até à frente Atlântica, aliás, penso que


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foi uma indicação sua, para que muitos descobrissem a paixão da descoberta da costa alentejana e, isso – se me permite - para podermos apanhar a onda das praias maravilhosas existentes no Concelho de Grândola. Também, a solicitação vai para que fale da rectaguarda, quando começa o espaço urbano. Ou seja, posicionados numa das praias apontadas, qual é a parte genuína do Carvalhal? Esta questão impõe-se pela procura que já muitas pessoas fazem em passar as suas férias em localidades, a exemplo do Carvalhal. Aliás, a praia poderá ser um dos objectivos de procura por parte das pessoas nesta época do ano, para as férias, entretanto, acredito que talvez o seu interesse poderá ser a ainda o encontro com a vivência dos hábitos e costumes das localidades. - Essa sua questão é muito interessante porque, a grande genuinidade e o grande argumento (chamamos-lhe assim) para uma visita ou estadia no Carvalhal, além das suas magníficas praias - Do Carvalhal e do Pego – são os arrozais – o arroz é uma fonte de receita e uma afirmação da capacidade daquele território para a agricultura, aquelas varas de arroz, mesmo agora, além de serem lindíssimas, fazem toda a diferença no processo de desenvolvimento económico e das oportunidades das pessoas para o emprego. Depois, a batata-doce. A batata-doce está num processo de certificação, que estamos a acompanhar, juntamente com a Federação dos Agricultores do Distrito de Setúbal, é, de facto, também, uma mais-valia para aquelas gentes, para a Freguesia e para o próprio Concelho de Grândola. A batata-doce do Carvalhal é, seguramente, uma das melhores batatas-doces do mundo. Portanto, temos que dar também relevo e apoio a esse produto que ajuda a afirmar e a distinguir a nossa Terra. Depois, também temos uma outra variedade de produtos agrícolas regionais que, fazem já hoje, com que os restaurantes e as pessoas que nos visitam, se abasteçam dos produtos das Lagoas. Estou a falar da cebola, estou a falar do alho, do feijão – frade, arraiado

– batata branca e vermelha, estou a falar de produtos que representam uma riqueza muito grande – repito – para a Freguesia, para o Concelho e, especialmente para as populações.

Tróia tem a única marina de todo o Alentejo Litoral Alentejano – Falemos um pouco de Tróia, que contrasta com o Carvalhal por ser diferente. - No caso de Tróia, temos agora ali um grande argumento com vários objectos de atractividade. Desde logo a marina, a única marina digna desse nome - de todo o Alentejo. Depois temos os dois Centros de Congressos, onde irá decorrer em Outubro, o Congresso dos Hotéis de Portugal. Temos também as Ruínas Romanas, que estiveram sem requalificação tantos e tantos anos e que hoje, estando concluída a primeira fase, é um argumento muito forte para fazer com que, a passagem dos romanos durante seis séculos por Tróia e por Setúbal, pudessem vir a ser um cartão-de-visita para aquela Península que os apaixonou, onde foi feito o primeiro caviar para exportar para a Europa e que se chamava garun. Depois, triplicamos a área verde existente. Hoje, Tróia com a requalificação, não só está mais ordenada, está mais bonita, como tem o triplo da área verde que tinha. É que nós cuidamos do espaço urbano. Cuidamos da qualidade de vida das pessoas, aliás, pensamos que se não fora assim, não fazia nem dava sentido, a todo o esforço de investimento que foi possível realizar em tempo recorde porque o projecto de Tróia ficou pronto em cerca – do princípio ao fim – temos que ter isso em conta, em cinco anos, o que é um tempo recorde em Portugal ou no Mundo. Fazer um empreendimento daqueles, com a qualidade que tem, deitando abaixo duas torres de seis pisos cada uma e, tudo quanto tem ali em altura, já vinha do antigamente, quer isto dizer que, nós queremos que Tróia possa ser, de facto, o grande motor e o grande impulso deste turismo e deste novo destino que a Costa Alentejana e o Concelho de Grândola querem ser para, a excelência e a quali-

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dade que têm. A Feira de Agosto deste ano vai ter a componente de dar visibilidade e relevo às praias nas “Sete Maravilhas” e, em especial, as nossas duas praias, Tróia e do Carvalhal. Voltemos ainda à Feira. A Feira de Agosto deste ano vai ter uma grande promoção e afirmação das praias das Sete Maravilhas. Teremos lugares de grande destaque e de grande visibilidade, para

“Este ano, mais uma vez, iremos ter, na inauguração da Feira de Agosto, um membro do Governo” que os 100 mil visitantes que esperamos visitem a Feira de Agosto, possam levar esse apelo e possam dar o seu voto a estas maravilhas que são as nossas praias de dunas e, urbanas, todas elas, com bandeira azul e com classificação de “Praia Dourada” pela Quercus. Ou seja, a Feira de Agosto deste ano vai ter a componente de dar visibilidade e relevo às praias, nas “Sete Maravilhas” e, em especial, as nossas duas praias, Troia e do Carvalhal, que estão entre as 21 seleccionadas.

Destaque para o momento Político Litoral Alentejano - Como não poderia deixar de ser, convido-o a falar do momento político que se vive em Grândola. Aliás, na Feira, os momentos políticos também fazem sentido. Com esse pressuposto, pergunto-lhe: em sua análise encerra-se o capítulo da governação autárquica chamado de “ Novo Ciclo”? Se assim for, qual será o ciclo que se segue e, que ciclo projectaria se tivesse oportunidade de o comandar? - Eu, antes de mais queria dizer-lhe que, aqui há dias, o Mandatário de todos os meus três mandatos e candidaturas, o Médico Veterinário José Pablo, de Angola, numa reunião quando se falava da situação actual da organização do próximo Novo Ciclo, disse assim: “Meus caros amigos permi-

tam-me que eu discordo. O Novo Ciclo Autárquico de Grândola vai terminar com o nosso Presidente. Depois, virá outro Ciclo, mas não é o Novo. O Novo Ciclo começou com ele e com Carlos Beato acabará”. Essas foram as palavras que proferiu há poucos dias mas, respondendo à sua pergunta, como é meu hábito, devo dizer-lhe francamente o seguinte: “Bom, sem vaidades, mas também sem falsas modéstias, este Ciclo de 12 anos na Grândola Vila Morena, vão ficar para sempre marcados – para o bem e para o mal – na sua história. E, eu, por vias disso, sinto-me gratificado e compensado por tudo quanto me tenho empenhado pela Terra onde me apaixonei e pela qual me tenho batido. Como é sabido, de alguma forma, tenho contribuído para o bem comum. Depois deste Ciclo, naturalmente, vai haver outro ciclo, com outras pessoas, com outras ideias, com outros problemas, com outras realidades, agora, o que para mim, não há dúvidas são duas coisas: Eu vou envolver-me nesse ciclo, por Grândola, com Grândola e para Grândola e, nesse ciclo, naturalmente que vão emergir novos rostos. Naturalmente que é desejável que possam emergir novas ideias, novas formas de exercer o serviço público autárquico, entretanto, devo dizer que ficarei triste se, depois de mim, as coisas não forem melhores. Eu quero é que sejam

melhores. Eu quero é que o rumo que temos vindo a seguir e que tem merecido o apoio incondicional da população do Concelho de Grândola, possa continuar e que possa vir a aumentar. Essa é a minha maior alegria e a minha maior compensação. Litoral Alentejano – Como gostará de vir a ser lembrado futuramente? - Ao contrário do que às vezes leio e oiço sobre outras pessoas e sobre outros momentos, eu não gostava que eu viesse a ser lembrado como o presidente mais votado de toda a região. Não. Eu gostava era que isso pudesse ser ultrapassado e, especialmente em Grândola e pelas pessoas que se disponham a servir o novo ciclo e não, a servir-se do novo ciclo. Litoral Alentejano - Já escolheu o candidato que virá a apoiar? - Essa é uma boa questão sobre a qual quero começar por dizer-lhe a si e aos leitores do Litoral Alentejano que, não tenho gostado do que tenho visto. Litoral Alentejano - Gostaria que explicasse o alcance dessa sua afirmação. - Eu acho que as pessoas do Novo Ciclo devem pôr muito cuidado naquilo que fazem, ou seja, devem ser ponderadas, devem fazer avaliações, e devem pensar que um projecto que veio para unir, fortalecer e acrescentar, não pode estar a dividir.

Hoje é com alguma mágoa, tristeza e preocupação que vejo na sociedade grandolense que isso tem vindo a acontecer. Quero dizer-lhe que isso não é bom para o projecto do Novo Ciclo. Isso não é bom para as pessoas que nele se têm envolvido e, não é bom, para ninguém. Eu acho, sinceramente, que ainda há tempo para parar e para escutar. Como se diz nas passagens do comboio, pare, escute… Neste caso, pondere, porque todas as pessoas merecem muita consideração, muito respeito e atenção. As pessoas andam preocupadas. Andámos uma dezena de anos a unir para agora estarmos a dividir e, às vezes diz-se assim: O Presidente não se define. Não. Isso é errado porque, eu já me defini há muito tempo. A minha definição é por este projecto. É por esta Terra e com as pessoas daqui. Eu tenho que me preocupar é com as responsabilidades que tenho com este projecto. Eu não tenho que me preocupar com o “a”, com o “b“ e com o “c”. Não. Eu tenho que me preocupar é com a continuação da visibilidade, com a continuação das oportunidades e com a continuação da auto-estima e da esperança que o projecto do Novo Ciclo trouxe a esta Terra e a esta Região. Essas foram as minhas preocupações gerais, colectivas, de afirmação de uma Terra, de um Povo e de um Projecto.


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A boa gastronomia de Grândola acalmou o estômago para esta entrevista

A minha definição É bom que fique claro que, as figuras que se têm perfilado como eventuais candidatos não vieram falar comigo antes. Não me pediram opiniões antes. Tomaram as suas decisões legitimamente de modo próprio, agora as pessoas não podem pensar ou dizer que eu não me defino. Eu estou definido – repito – há muito tempo. “Grândola Vila Morena Terra da Fraternidade, em cada esquina um Amigo, em cada rosto igualdade”. Esta é a minha definição.

é bom que as pessoas digam: “(…) é pá, mas o que é que pensa o comandante?”.

Criação do chamado Grupo de Reflexão Litoral Alentejano – Sabemos, como o nome indica, que foi criado um “Grupo de Reflexão” exactamente para reflectir sobre quem será o melhor candidato à Câmara de Grândola nas próximas eleições Autárquicas, a que conclusão chegou? - Esse Grupo foi criado por

debate - acho que assim é que deve ser porque, são pessoas ligadas à fundação deste projecto - e, depois falamos abertamente, aprofundadamente e, à Novo Ciclo. Litoral Alentejano – E… já saiu “fumo branco”? Já há um nome que reuniu consenso? - Que ninguém tenha dúvidas nenhumas, eu gosto muito de ouvir. Aprendo muito a ouvir, mas quando chegar a altura própria para o fazer, darei a

Que veículo pensa vir a utilizar, comunicado ou conferência de imprensa? - As duas coisas podem ser possíveis mas, se calhar, neste caso, justifica-se que possa ser um encontro com a comunicação social. Litoral Alentejano – Esse encontro não poderá ser uma festa? É de todo o interesse que as pessoas voltem a votar com alguma alegria. - Olá! Devo dizer-lhe que a decisão que será anunciada é muito importante porque

Litoral Alentejano – Após os esclarecimentos que fez, conclui-se que o seu desejo é que, a personalidade que vier a ser o próximo comandante do próximo Ciclo, deverá – sem quaisquer equívocos - continuar a unir e não a dividir os grandolenses. Fica o recado, porém a verificar-se uma eventual

Nesse sentido, no Certame – nos preliminares que o anunciam - consta uma chamada para a sua visibilidade enquanto montra da realidade económica do Concelho de Grândola, mas ainda, constitui-se como um tempo privilegiado, onde é permitido abrir o espaço da palavra. Ou seja, falar dos bastidores onde as realizações se esquiçam, terá a sua importância, aliás, começamos por dizer que a poucos dias de completar 11 anos de existência, durante os 10 anos vencidos, neste ano de 2012, o Jornal Litoral Alentejano, pela primeira vez, não fez o trabalho jornalístico que abaixo apresenta, no Gabinete da Presidência da Câmara Municipal de Grândola. Sugeriu sim, e o Presidente aceitou, um encontro informal, que teve lugar às 13h00 do passado dia 31, assinalado por uma temperatura agradável.

“Depois deste Ciclo, naturalmente, vai haver outro ciclo, com outras pessoas, com outras ideias, com outros problemas, com outras realidades, agora, o que para mim, não há dúvidas são duas coisas: Eu vou envolver-me nesse ciclo, por Grândola, com Grândola e para Grândola e, nesse ciclo, naturalmente que vão emergir novos rostos” incompatibilidade entre o Grupo de Reflexão e a Concelhia do Partido Socialista no apoio dado ao candidato, hesitaria em vir a ser o advogado do diabo? - Eu não sou pessoa de hesitações, como o povo de Grândola sabe. Sou pessoa de decisões mas, não posso ser eu – nem devo ser eu – a controlar um tempo que não fui eu a definir e que não fui eu que o criei. Portanto, as pessoas – devo dizer que até é bom - não sou vaidoso, mas também não sou parvo -, até

O primeiro flash, aquele que orientou a entrevista que neste espaço se publica, obedece a um encontro anual e cumpre-se, no objectivo de destacar a Feira de Agosto. Entretanto, o momento sugere alguns destaques - não só da festa que constitui prioritariamente um dos sentidos da Feira – de obediência a uma informação que será levada a um vasto público que quer e, precisa, inteirar-se do que se passa na localidade em vive.

mim. É composto pelos eleitos do Novo Ciclo: Juntas de Freguesia, Vereação, Presidente da Assembleia Municipal, Presidente da Câmara, o Mandatário das nossas candidaturas e, os Directores de Campanha. Litoral Alentejano – Como funcionou ou funciona o Grupo? - Cada uma das personalidades que está perfilada, cada um deles, indicou três nomes e, o chamado líder deste Novo Ciclo, também indicou outros três nomes. Iniciamos o processo de

minha opinião. Que ninguém tenha dúvidas disso. Isto para dizer-lhe que essa revelação, vai ser no momento em que eu considere o mais adequado para o processo que aí vem e que tem que conduzir a mais uma retumbante vitória deste Ciclo Novo. Litoral Alentejano – Vou fazer-lhe um desafio. Não deixe de realizar uma conferência de imprensa para dar-nos as conclusões que por agora, continuamos a aguardar.

vai decidir o futuro do Concelho de Grândola.

Nota da Redacção Segundo fontes credíveis, da reunião do chamado “Grupo de Reflexão” - que teve lugar no passado dia 2 de Agosto - não houve ainda escolha do candidato à liderança da Câmara Municipal de Grândola. Todavia houve quem se prenunciasse claramente sobre essa matéria e, fê-lo, claramente, a favor de António Candeias.

Mais uma vez, os sabores da refeição foram da cozinha do Restaurante Litoral do Alentejo (que não é do proprietário deste Jornal, mas sim de Alcindo Bacalhau) onde, mesmo em tempo de crise e, porque estamos em crise, tivemos oportunidade de fazer um brinde com um bom vinho, companheiro ideal das deliciosas sardinhas que se deixaram apreciar no primeiro prato, seguindo-se uma não menos apetitosa caldeirada, especialidades do mar responsáveis pelo excelente almoço partilhado com a agradável presente da Jú, esposa do Dr. Carlos Beato, a quem pedimos desculpa pelo atrevimento em tratá-la com o diminutivo carinhoso com que é conhecida, a quem expressamos o mais sincero reconhecimento, atendendo à atitude de simpatia com que sempre tem tido para com todos aqueles que, de uma forma ou de outra, se têm ocupado de Grândola. E, porque a entrevista se fez durante o almoço, o comer bem, desde o pão ainda quente, passando pelos torresmos até chegar a toda uma vasta quantidade de iguarias, não queremos deixar de sublinhar de imediato, as tasquinhas da Feira de Agosto, com a magnífica gastronomia local com que se apresentam, como sabemos, é um dos fortes argumentos para se participar na Feira.


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O Universo da Herdade da Comporta Uma das maiores propriedades agrícolas nacionais, com 12.500 hectares, a Herdade da Comporta é um dos espaços de eleição para o período de férias de Verão de muitos portugueses e estrangeiros. Situada na Costa Alentejana, entre os concelhos de Grândola e Alcácer do Sal, a Herdade da Comporta tem muito mais para oferecer do que praias com areal a perder de vista. Carlos Beirão da Veiga, administrador da Herdade da Comporta, revela o que este território tem para oferecer no domínio da cultura e lazer, sem esquecer a ligação à comunidade e a sustentabilidade. Litoral Alentejano - A Herdade da Comporta continua nos dias de hoje a ser uma referência do ponto de vista agrícola, embora a componente turística seja cada vez mais relevante, sendo aguardado com expectativa o vosso Projecto de Desenvolvimento Turístico. De que forma a Herdade vai conciliar a vertente agrícola com o turismo? Carlos Beirão da Veiga - A Herdade da Comporta é uma das maiores propriedades agrícolas nacionais. Ao longo de 12.500 hectares de um património de inestimável valor, que tem sido preservado de forma exemplar até aos dias de hoje, mantemos viva a matriz agrícola-rural que nos diferencia de outros projectos no país e mesmo da Europa. As actividades agrícolas, em especial a cultura do arroz, sempre foram um ícone do nosso território. Hoje, os desafios são outros e, como tal, procuramos ajustar essa realidade aos dias de hoje, apostando em actividades como a agricultura biológica, a cultura de produtos tradicionais como a batata-doce e o mel, sem esquecer o vinho, que tem vindo a ganhar uma crescente aceitação quer no mercado nacional, quer no estrangeiro. Ao associar a cultura agrícola e a interacção com as sete aldeias que integram o território, estamos a dar todas as condições para que o nosso Projecto Global de Desenvolvimento Turístico seja efectivamente diferenciado de outros projectos similares. A baixa densidade de cons-

trução, o facto da área turística ocupar apenas 6 por cento do total da propriedade, a criação de equipamentos hoteleiros e de lazer únicos, que valorizam os recursos naturais e proporcionam experiências de lazer enriquecedoras permitem que a Herdade da Comporta venha a assumir-se como um ponto incontornável no turismo de elevada qualidade no roteiro dos destinos turísticos de excelência a nível internacional. Litoral Alentejano - Ao longo dos últimos meses a Fundação Herdade da Comporta tem vindo a ganhar uma crescente visibilidade, com várias iniciativas que têm tido adesão da população, nomeadamente junto dos mais jovens. Qual o balanço que faz do trabalho promovido por esta instituição?

Face ao desenvolvimento que a região conheceu ao longo dos últimos 50 anos, e para o qual a Herdade da Comporta deu também um significativo contributo, é importante manter esta estrutura de apoio e, se possível, reforçá-la, dotandolhe de condições para que possa fazer um trabalho eficaz e que seja valorizado pela comunidade. A Fundação Herdade da Comporta é, portanto, herdeira de um legado com mais de 50 anos, e procura criar uma plataforma que reúna esforços e vontades das instituições públicas e privadas da região em torno de um bem comum. A colaboração entre a Herdade da Comporta e a sociedade civil é um princípiochave deste projecto. O balanço do que tem sido feito pela Fundação não podia ser mais positivo, sobretudo com os mais jovens, levando-os a desenvolver actividades variadas, como workshops multimédia, passeios culturais ou visitas a espaços que estão bem perto deles mas que nunca tinham conhecido. Um dos projectos mais emblemáticos foram as aulas de iniciação à equi-

fotografia a sua visão pessoal de espaços da região. Esta exposição é o culminar do trabalho iniciado nas férias escolares do Natal, que levou os jovens a aprender as técnicas e procedimentos correctos para fotografar junto de profissionais credenciados. Este é um exemplo de uma actividade que, mais do que ter uma motivação de lazer e entretenimento, tem um claro objectivo formativo, de abrir novos horizontes aos jovens, de lhes motivar a procurar caminhos alternativos para o seu futuro. Por fim, merece ser referida a iniciativa “Comporta – Praias Limpas”, na qual convidámos a população local a juntar-se a nós na preparação das praias para a época balnear de 2012. A componente ambiental é outros dos vectores do plano de actividades da Fundação e visa sensibilizar toda a população, desde os mais novos aos mais velhos, para

A Herdade da Comporta tem muito mais para oferecer para além das praias. Começaria por destacar a gastronomia de excelência da região, presente em inúmeros restaurantes com pratos de reconhecida qualidade, onde o peixe, o marisco e o arroz ocupam lugar de destaque

A Fundação Herdade da Comporta foi criada em 2004, materializando nos dias de hoje a tradição de apoio à comunidade que a Herdade da Comporta sempre demonstrou, procurando responder aos desafios do século XXI. Desde a sua criação que a Fundação tem desenvolvido um trabalho relevante, que passou pela criação das bases necessárias para que fosse possível avançar neste momento com várias iniciativas, que consideramos marcantes para a população que vive nas sete aldeias que integram a Herdade. Desde sempre a Herdade tem apoiado a comunidade e as instituições que a compõem em áreas como a educação, a saúde, sem esquecer o entretenimento.

tação, em parceria com a CavalosNaAreia, que foram proporcionadas a cerca de 60 crianças das escolas da Comporta e do Carvalhal. Foi bastante enriquecedor verificar o grande interesse que todas as crianças revelaram e o envolvimento das suas famílias, que não deixaram de acompanhar todas as aulas e de reconhecer a importância do projecto para o crescimento dos seus filhos. Gostaria ainda de destacar um outro projecto que a Fundação tem vindo a desenvolver e cujo resultado está patente no Espaço Museológico “Museu do Arroz” até ao dia 27 de Agosto. Trata-se de uma exposição de fotografia da autoria de jovens da Herdade da Comporta, que registaram em

a importância de cuidar dos espaços da Herdade, de mantê-los limpos e preservados. Esta será uma área que vamos procurar dinamizar no futuro com mais iniciativas de sensibilização como esta. Em suma, o balanço das actividades desenvolvidas pela Fundação não podia ser mais positivo. O feedback que temos recebido, quer dos participantes, quer dos parceiros que nos têm permitido concretizar as iniciativas, motiva-nos a procurar fazer mais, a envolver mais parceiros e a contri-

buir para a qualidade de vida das nossas comunidades. Litoral Alentejano - A Comporta é um dos espaços mais procurados no Verão, sobretudo pela qualidade das suas praias. Para si quais são os “segredos” para as praias da Herdade serem tão procuradas? A Herdade da Comporta conta com uma extensão de 12 kms de praias com um extenso cordão dunar, que oferece todas as condições para os nossos visitantes se abstraírem da rotina do diaa-dia e viverem momentos

de verdadeiro descanso. São praias de areia branca e fina que temos um especial cuidado em preserválas, seja ao nível de limpeza, como na preservação dos ecossistemas locais. Sabendo que são um dos cartões-de-visita da região, temos investido nelas ao longo do tempo, dotando-as de boas condições de estacionamento, acessibilidade para todos, mesmo para quem tem necessidades especiais de mobilidade, com serviços concebidos a pensar em todos os visitantes e infra-estruturas de apoio de qualidade irrepre-


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Os Vinhos da Herdade da Comporta no desenvolvimento da Herdade da Comporta enquanto uma referência ao nível da cultura do arroz. Este ano demos seguimento a esta aposta inaugurando a “Casa da Cultura”, no Largo de S. João, na Comporta. Este espaço, que resulta da reabilitação de antigos armazéns de arroz, tem capacidade para acolher não só exposições de arte como outro tipo de actividades culturais. Acima de tudo, queremos com estes dois espaços proporcionar uma agenda cultural e de lazer regular e com qualidade, procurando diminuir a sazonalidade que ainda persiste na visita à Herdade e à Costa Alentejana em geral.

ensível. Este esforço tem vindo a ser recompensado com a atribuição de várias distinções às nossas três praias balneares: Comporta, Pego e Carvalhal. A praia da Comporta, que tem vindo a ser elogiada inclusive nos media internacionais pela sua qualidade, foi eleita em 2011 a “Praia Mais Acessível” pelo Instituto Nacional para a Reabilitação. A praia do Pego foi eleita o “Melhor Concessionário” da época balnear 2011 e a praia do Carvalhal está entre as 21 finalistas para as “7 Maravilhas – Praias de Portugal” na categoria de “Praias de Dunas”. Não faltam, portanto, motivos para visitar as praias da Herdade e conhecer de perto um espaço de inegável qualidade. Litoral Alentejano - Para além das praias, que mais tem a Herdade da Comporta para oferecer a nível de lazer? A Herdade da Comporta tem muito mais para oferecer para além das praias. Começaria por destacar a gastronomia de excelência da região, presente em inúmeros restaurantes com pratos de reconhecida qualidade, onde o peixe, o marisco e o arroz ocupam lugar de destaque.

Alguns destes espaços, ao se localizarem junto à praia, oferecem uma visão espectacular para o mar e um pôr-do-sol verdadeiramente deslumbrante, situações que sabemos são muito ao agrado dos nossos visitantes. O turismo equestre é já uma realidade na Herdade da Comporta. É possível passear pelos diferentes espaços da Herdade de uma maneira bem especial – a cavalo. A CavalosNaAreia, localizada na aldeia da Torre, é uma óptima sugestão para uma actividade lúdica interessante para conhecer o território de outra perspectiva. A visita à Adega, seguida por uma prova dos nossos vinhos, é também um programa de lazer que recomendamos. A Adega faz a síntese perfeita entre o passado e o presente da Herdade, reabilitando o espaço das antigas Oficinas Gerais da Herdade para torna-lo um espaço equipado com todas as tecnologias para fazer um vinho de excelente qualidade. Uma última sugestão entre as várias que poderia indicar é uma visita ao Porto Palafítico da Carrasqueira. Este porto de abrigo para os pescadores da aldeia tem características únicas e oferece uma visita sublime para o Estuário do Sado.

Litoral Alentejano - Preservar o legado histórico da região tem sido também uma preocupação da Herdade da Comporta, nomeadamente com a criação do “Museu do Arroz”. Esta é uma aposta que vai continuar no futuro? Que novos projectos estão a ser preparados? A oferta cultural da Herdade da Comporta tem vindo a ser reforçada ao longo dos últimos anos. Desde sempre presente no quotidiano da Herdade, desde 2011 que temos procurado dotar a região de espaços multidisciplinares, capazes de receber as diferentes expressões artísticas. Esse objectivo teve a sua primeira expressão no ano passado com a inauguração do Espaço Museológico “Museu do Arroz”, que foi o culminar do projecto pensado para a antiga Fábrica de Descasque de Arroz. É para nós um grande motivo de satisfação poder partilhar com os visitantes da Herdade e com as novas gerações como era viver na Herdade nos anos 50 e 60, as actividades económicas desenvolvidas então, as tradições e os costumes da época. Sentíamos que era importante preservar este património e prestar tributo às pessoas que participaram

Litoral Alentejano - O projecto cultural da Comporta visa destacar artistas nacionais ou vai mais longe e prevê a intervenção de artistas de reputação internacional? Estamos completamente disponíveis para receber todos os artistas, sejam portugueses ou estrangeiros. Como disse atrás, temos dois espaços de âmbito cultural preparados para receber as diferentes expressões artísticas e é nosso objectivo mostrar artistas diferentes, culturas distintas, realidades que não seja possível ver todos os dias na Herdade da Comporta. Temos vindo a acolher exposições de artistas em afirmação no seu percurso profissional, de pessoas e grupos locais, bem como pessoas que, não sendo profissionais, dedicam uma parte significativa do seu tempo às artes. É para nós extremamente gratificante ter feedback positivo dos artistas que passam pela Herdade e que mostram vontade em voltar no ano seguinte. Também acolhemos artistas internacionais, que é algo que vamos procurar que seja mais frequente e não apenas algo pontual. Destaco a exposição que o pintor espanhol Miguel Ángel Bedate tem patente na “Casa da Cultura” da Comporta, até 30 de Setembro. É uma oportunidade para conhecer a obra e a visão de um artista estrangeiro sem ter necessidade de sair para fora da Costa Alentejana. É uma oportunidade a não perder e desde já convido todos a visitar o novo espaço cultural da Comporta e a ver de perto esta mostra de pintura.

Bons vinhos, protecção da paisagem e respeito pelo ambiente, são apenas algumas das dimensões de uma actividade que é, cada vez mais, um factor de atracção turística e uma prática cultural. Os vinhos Herdade da Comporta são o fruto do empenho num projecto vitivinícola moderno e ousado, onde as tecnologias de ponta projectam o tradicionalismo do processo de vinificação em lagares mecanizados. E é nesta terra de uma beleza selvagem e calma, onde o sol descobre cores de intensidade vibrante, que se produzem os vinhos Herdade da Comporta, que beneficiam das condições inigualáveis de um solo arenoso e de um clima único, temperado pela proximidade do oceano.

A Adega Modernidade Ao serviço da tradição Depois de vindimada manualmente, a uva chega à adega em caixas de 20 kg, onde é cuidadosamente escolhida, esmagada e desengaçada. Fermenta em lagares de inox com capacidade para 8 toneladas de uva, equipados com sistema de refrigeração para fermentações a temperaturas controladas. A fermentação decorre aproximadamente durante 8 dias, com o auxílio de um moderno «robot» de pisa mecânica. Depois de terminada esta fase, o vinho desce para a sala de depósitos, por gravidade e sem recurso a qualquer bombagem. Esta sala está equipada com cubas inox, com capacidade para 15.000 litros cada. Do vinho obtido, são seleccionados os melhores lotes, que estagiam por 12 meses, em pipas (500 litros) de carvalho Francês (Allier) e Americano. A sala de estágio, onde o vinho descansa calmamente, está equipada com um moderno sistema de refrigeração/humidificação, garantindo as condições ideais para a melhor evolução dos vinhos.


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22 A 27 DE AGOSTO DE 2012 . PARQUE DE FEIRAS E EXPOSIÇÕES

Turismo e Ambiente

22 DE AGOSTO PALCO PRINCIPAL » 22H15

AMOR ELECTRO Palco Bar » 23h45 Erva Daninha Hip Hop Palco Bar » 00h30 DjOaNa A DJ Mais Old School – anos 70, 80, 90

23 DE AGOSTO PALCO PRINCIPAL » 22H15

26 DE AGOSTO

TRADICIONAL CORRIDA DE TOIROS

17H00

Rui Salvador, Luís Rouxinol (25 anos de ALternativa) e Sónia Matias Grupo de Forcados: Aposento da Moita e Amadores de Coruche. Toiros da Ganadaria Conde Cabral PALCO PRINCIPAL » 21H00

FESTIVAL DE FOLCLORE

24 DE AGOSTO

Grupo de Dança Típica da Queimada Agrupamento de Danças e Cantares da Póvoa da Isenta – Santarém Grupo de Danças e Cantares da Casa do Povo de Vila Nova de Anha – Viana do Castelo Rancho Folclórico de Moncarapacho – Algarve

PALCO PRINCIPAL » 22H15

Palco Bar » 23h30

JOSÉ CID

The Cadillacs Rock n’roll

Palco Bar » 23h45

27 DE AGOSTO

BLASTED MECHANISM Palco Bar » 23h45 Rock em Stock Rock português

D Gang com David Ripado da OT1 Pop / rock

25 DE AGOSTO 15H00 16º FESTIVAL HÍPICO PALCO PRINCIPAL » 22H15

PALCO PRINCIPAL » 22H15

SÉTIMA LEGIÃO

YOLANDA SOARES “METAMORPHOSIS” Palco Bar » 23h45 Rédea Curta Rock / hard rock

22 A 27 DE AGOSTO


Litoral Alentejano – Quarta-feira, 15 de Agosto de 2012

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Futebol: Campeonato Distrital de Beja - 1ª Divisão

Avançado Rui Sousa assinou pelo Praia de Milfontes

O Clube Praia de Milfontes continua a preparar a nova temporada, onde depois de recusar a subida à 3ª divisão nacional, volta a disputar a 1ª divisão distrital de Beja. Depois da renovação do treinador Fernando Candeias, agora é a vez de serem anunciados os jogadores que vão formal o plantel. O avançado Rui Sousa, 26 anos, natural de Beja, e atualmente residente em Vila Nova de Milfontes, é uma das novas caras do plantel sénior do Praia Milfontes. O avançado, ex-Atlético de Reguengos, assinou pela equipa de Milfontes, e é para já o grande reforço da equipa para a nova temporada. Do plantel da época passada já foi anunciada a renovação de contrato de vários jogadores. Nuno Pinóia, guarda-redes de 38 anos, renovou por mais uma temporada, continuando assim a defender a baliza da equipa da Foz do Mira, na temporada 2012/13. O mesmo aconteceu com Rui Guerreiro, um dos capitães da equipa do Milfontes, que vai realizar a 7ª temporada ao serviço do clube. Outras duas renovações anunciadas

são os médios Pedro Cardita e Paulo Romão, ambos com 32 anos e que vão para a segunda época ao serviço do clube do concelho de Odemira. João Luís, médio criativo de 27 anos, renovou e caminha para a sua 5ª época a defender as cores do Milfontes. José Luís Brito, médio ofensivo de 26 anos,

renovou vínculo com o Milfontes e contínua pelo segundo ano ao serviço da equipa da Foz do Mira. Valter Tairo, médio ofensivo de 24 anos, renovou e caminha para a sua 4ª época ao serviço do clube. Nas próximas semanas será conhecido todo o plantel para a época 2012-2013.

Canoagem: Clube Naútico de Milfontes

Mateus Luís e Pedro Rosa Vice-Campeões Nacionais

Clube Náutico de Milfontes teve uma prestação muito positiva no Campeonato Nacional de Esperanças 2012. Nesta última etapa do Campeonato Nacional de Esperanças o destaque dos canoístas do Clube Náutico de Milfontes vai para a dupla de iniciados formada por Mateus Luís e Pedro Rosa, que  com apenas 11 anos, conquistaram a terceira posição em K2 Iniciados, após uma prova bem disputada. Com este resultado, juntando o somatório das outras duas etapas permitiu-lhes alcançar o segundo lugar da competição, ou seja, são os novos Vice-Campeões Nacionais. Destaque também para Gonçalo Gamito, ao classificarse na quinta posição nesta etapa, alcançou a Medalha de Bronze

Futsal troca o JAC pelo U. de Santiago

O União de Santiago do Cacém vai regressar à prática do futsal sénior, na época 2012-2013. A secção de futsal do Juventude Atlético Clube foi convidada e decidiu mudar para o vizinho União Sport Clube, que no passado já teve uma experiencia na modalidade. Contactado pelo nosso jornal, David Carpinteiro, responsável técnico confirmou a mudança, “sim é verdade, surgiu um convite do União e depois de analisado decidimos mudar. Posso confirmar que comigo vai toda a equipa técnica e os jogadores.” O União vai assim regressar à modalidade com um projeto ambicioso, “no JAC o nosso projeto também era ambicioso, mas aqui o União é um clube histórico, que tem à frente pessoas ambiciosas e que têm muita vontade de trabalhar e de fazer crescer o clube”. O clube santiaguense vai disputar o

Campeonato Distrital de Setúbal, neste momento “já temos tudo preparado, quer ao nível do plantel, assim como os jogos de preparação e torneios onde vamos participar até ao início do campeonato”, adiantou David Carpinteiro. O União vai treinar e jogar no Pavilhão Municipal dos Desportos de Santiago do Cacém.

Hóquei: Nacional da 2ª divisão

H.C.V. Gama recebe o Sporting de Tomar A Federação de Patinagem de Portugal já realizou o sorteio relativo ao Campeonato Nacional da 2ª divisão, onde o Litoral Alentejano vai estar representado pelo HC Vasco da Gama e HCP de Grândola. Na 1ª jornada, marcada para o dia 6 de Outubro, vão jogar: Oeiras – Sesimbra; Campo de Ourique – HC Sintra; Santa Cita – HCP Grândola; Parede – Biblioteca;

Nafarros – Entroncamento; HC Vasco da Gama – Sporting de Tomar; Alcobacense – Salesiana e Alenquer e Benfica – Académica de Coimbra. As duas equipas do Litoral Alentejano vão defrontarse no dia 5 de janeiro de 2013 em Grândola e no dia 18 de maio em Sines. A prova começa dia 6 de outubro de 2012 e termina no dia 1 de junho de 2013.

Futsal: Nacional da 3ª divisão

Independentes recebem U. Montemor

do Campeonato Nacional.  A nível coletivo, o Clube Náutico

“Milfontes” posição.

terminou

na

15ª

Futebol - Duarte Jesus será o treinador

Ginásio Clube de Sines vai disputar a Taça do Inatel

O Ginásio Clube de Sines vai contar com uma equipa de futebol sénior na Taça do Inatel 20122013. Neste momento ainda há poucas notícias em relação a este projeto do clube sineense. Mas segundo apurámos, o treinador será Duarte Jesus, antigo treinador do Estrela de Santo André. O plantel será formado por jogadores naturais de Sines, quase todos

Futsal: Em Santiago do Cacém

formados nas camadas jovens do Vasco da Gama e que atualmente representavam várias equipas da região. O principal objetivo, segundo apurámos, é proporcionar condições para que estes jogadores possam praticar futebol em Sines, sem precisar de se deslocar para outros locais. Vão treinar e jogar no campo sintético do Estádio Municipal de Sines. Para

suportar as despesas deste projeto, os diretores do clube sineense procuram pequenos patrocínios junto de casas comerciais da cidade de Sines. Ainda não foi anunciado se vão jogar no distrito de Beja ou de Setúbal. Os treinos começam dia 3 de Setembro, e só a partir daí é que serão divulgados mais pormenores sobre o departamento de futebol do Ginásio C. de Sines.

A Federação Portuguesa de Futebol já realizou o sorteio relativo ao Campeonato Nacional da 3ª divisão e 1ª eliminatória da Taça de Portugal, onde vão participar os Independentes de Sines. Na 1ª Eliminatória da Taça de Portugal, dia 6 de Outubro, na série D, vão jogar: Pedra Mourinha-Sonâmbulos; Freguesia de Alte-Quinta do Conde; Os Indefectíveis”-Oficinas São José; Miratejo-Sporting de Viana Alentejo; Fonsecas

Calçada – União de Montemor; Piedense-”Os Independentes” e Louletano – Sassoeiros. No dia 13 de Outubro, realizamse os jogos da 1ª jornada do Campeonato Nacional da 3ª divisão série D, onde vão jogar: Quinta Conde-Louletano; Independentes Sines-U. Montemor; SassoeirosOs Indefectíveis; Miratejo-Pedra Mourinha; Piedense-Sonâmbulos; Freguesia de Alte - Fonsecas Calçada; Oficinas S. José-Sporting de Viana Alentejo

Associação de Futebol de Setúbal

Já estão marcados vários sorteios

A sede da AF Setúbal vai acolher no próximo dia 17, a partir das 18 horas, a realização de quatro sorteios referentes às competições distritais de juvenis e juniores, em futsal, e juniores (I Divisão) e juvenis (II Divisão), em futebol.

No dia 24, a partir das 18 horas, serão sorteados os calendários competitivos das provas de iniciados (II Divisão), iniciados (I Divisão) e infantis ‘A’, em futebol.


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Natação: 9ª Prova de Mar “Baía de Sines”

Vasco Gaspar e Daniela Pinto venceram a 9ª Prova de Mar “Baía de Sines”

Vasco Gaspar em masculinos e Daniela Pinto em Femininos foram os vencedores da 9ª Prova de Mar “Baía de Sines”. A prova de Águas Abertas organizada pelo Clube de Natação do Litoral Alentejano, decorreu no dia 5 de Agosto, como sempre na Praia Vasco da Gama e resultou num enorme sucesso desportivo e de convívio. Foram 98 os atletas que desafiaram as sempre frias águas de Sines (este ano com uma temperatura que rondava os 17,5 graus) distribuídos pelas três distâncias: 400m, 1000m (ambas provas de divulgação) e 2500m (prova oficial). Na prova de 2500 metros - Vasco Gaspar (SFUAP) venceu pela primeira vez em Sines, ao percorrer a distância em 27:03,54 minutos, após uma chegada algo atribulada com Gustavo Santa (Sporting), que resultou na desclassificação do ex-atleta do CNLA. Na 2ª posição chegou Mário Bonança (Sporting) e em 3º lugar

André Marinho (SFUAP). Em femininos a vitória foi para Daniela Pinto (Vitória de Guimarães), que gastou 28:12,86 a percorrer as duas voltas de 1250m à Baía de Sines e repetiu assim o triunfo de 2009. Em 2º lugar chegou a vencedora de 2011, Leonor Neves (Sporting), e na 3ª posição Júlia Lopes (SCALABISPORT). Quanto aos atletas do CNLA em prova, no sector

masculino, David Gorgulho foi o 9º classificado (1º em Masters A/B), Rodrigo Costa 13º (1º em Masters C/D), Rogério Tavares 14º (10º em Juniores/Seniores) e Gil Gonçalves 18º (3º em Infantis/Juvenis). Em femininos, a melhor do CNLA foi Maria Marques em 6º lugar (5ª em Juniores/Seniores), Débora Patrocínio 10ª (7ª em Juniores/Seniores), Andreia

Possuis o 9º ano? Inscreve-te num dos Cursos Profissionais prioritários no desenvolvimento do país:

TÉCNICO DE PRODUÇÃO AGRÁRIA TÉCNICO DE RECURSOS FLORESTAIS E AMBIENTAIS TÉCNICO DE TURISMO TÉCNICO DE TURISMO AMBIENTAL E RURAL

Lopes 12ª (8ª em Juniores/ Seniores) e Isabel Cansado 16ª (2ª em Masters E/F). O CNLA sagrou-se vencedor por equipas, repetindo assim o triunfo do ano passado. A prova de 2500m contou com a participação de 51 nadadores. A prova de 1000 metros, contou com 28 participantes e a vitória sorriu a Diogo Pinto, que venceu por muito pouco Rui Brito, com o 3º

lugar a pertencer a Pedro Videira. Em femininos, o triunfo sorriu a Ana Sara Oliveira, seguida de Mariana Guerreiro e Ana Rute Pereira. A prova de 400 metros, contou com 19 nadadores, prova que foi dominada por Nélson Malheiros, que se superiorizou a André Santos e a Jaime Costa (ex-atleta do CNLA que nunca perde a oportunidade de vir nadar a Sines). Em femininos, a

vitória foi para Ana Raquel Pereira, o 2º lugar para Íris Rola e a 3ª posição para Daniela Santos. Mesmo não havendo alusão aos clubes nas provas de divulgação, de referir que Rui Brito e Mariana Guerreiro (1000m), e Nélson Malheiros e Íris Rola (400m) são atletas do CNLA e conseguiram lugares de destaque.

Possuis o 9º ano e tens mais de 23 anos ou tens mais de 18 anos e gostarias de o completar? Então valoriza-te e inscreve-te nos Cursos de Educação e Formação de Adultos da

Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Grândola Técnico de Jardinagem e Espaços Verdes (nível 4) (se tens o 9º ano completo)

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ESCOLA PROFISSIONAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL DE GRÂNDOLA Habilitas-te a: Possuir o 12º ano de escolaridade; Ter acesso à Universidade; Beneficiar do contingente especial para os Institutos Politécnicos; Ter um curso profissional de nível IV da União Europeia; Ter ajudas comunitárias para a instalação de jovens empresários Apoios educativos: Subsídio de alimentação Subsídio de transporte/ alojamento Bolsa de profissionalização Bolsa de material de estudo Orientação profissional e escolar Auxilio na inserção da vida activa Contacta: EPDR Grândola tel 269441222 fax 269441223 Email: epdr.grandola@drealentejo.pt www.ep-agricola-grandola.rcts.pt

Este curso habilita-te: Diploma do 12º ano e Diploma Profissional de Técnico de J. e Espaços Verdes Bolsa de Formação/subsídios

Operador Agrícola (nível 2)

(se tens o 6º ano ou frequência do 7º ou 8º ano) Este curso habilita-te: Diploma do 9º ano e Diploma Profissional de Operador de Máquinas Agrícolas Habilitação para condução de máquinas agrícolas/carta de tractorista Bolsa de Formação/subsídios

Contacta: EPDR Grândola tel 269441222 fax 269441223 Email: epdr.grandola@drealentejo.pt WWW.ep-agricola-grandola.rcts.pt


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Câmara Municipal vai participar caso ao Ministério Público

Derrame de lamas perigosas em Santiago do Cacém Parte da carga de um camião de transporte de resíduos industriais – lamas e nafta – foi parar à via pública, quando a porta do veículo se abriu e derramou o lixo industrial por várias ruas da cidade de Santiago do Cacém, numa extensão de três quilómetros. Helga Nobre helga.nobre@gmail.com O incidente ocorreu ao final da tarde da última quintafeira, 9 de Agosto, e obrigou ao encerramento das ruas Professor Egas Moniz, Cidades de Setúbal e Lisboa devido à quantidade de lamas e ao mau cheiro que se fazia sentir. “O camião com lamas, proveniente do pinhal do concelho, passou pelo perí-

que se abriu”, avançou ao Litoral Alentejano o responsável pela protecção-civil municipal, Fernando Dinis. Trata-se de resíduos industriais provenientes das bacias de lamas oleosas que estão a ser transportadas do aterro de Maria da Moita, em Vila Nova de Santo André, para os Centros Integrados de Recuperação, Valorização

metro urbano de Santiago do Cacém e, sem que nada o fizesse prever, derramou

e Eliminação de Resíduos Perigosos (CIRVER) da Chamusca.

CM de Santiago do Cacém, Vítor Proença anunciou a intenção de participar o caso ao Ministério Público.

que entra no sistema pluvial”. Vítor Proença apontou o dedo à Estradas de Portugal

tos perigosos no interior da cidade. “O camião não devia ter passado pela cidade”,

“Devem ser imputadas responsabilidades civis e criminais”, sustentou o

(EP) que nunca aceitou uma deliberação da Assembleia Municipal a proibir a cir-

enfatizou o autarca, que culpa a EP por ter “retirado a sinalização que proibia o transporte de matérias perigosas no perímetro urbano”. Foram necessárias mais de 12 horas para proceder à remoção das lamas e limpeza das vias, sendo a mais afectada a rua Professor Egas Moniz, devido à calçada. “Tivemos de fazer a limpeza desta via com pó de pedra e a ajuda de uma máquina varredora para retirar o resto das lamas porque se trata de calçada, ao contrário das restantes vias que estão pavimentadas com alcatrão”, explicou a protecção-civil municipal que utilizou 37 mil litros de água na limpeza das ruas. Os moradores e comerciantes afectados pelo derrame, foram aconselhados a manterem as portas e

Glória Espada, proprietária de um mini-mercado na rua Professor Egas Moniz presenciou a situação, “o cheiro era muito intenso e ainda hoje [sexta-feira] ainda estou com dores de cabeça”

lamas ao longo da cidade, tudo devido a uma porta

Poucas horas depois do incidente, o presidente da

autarca, vincando que se trata de “matéria viscosa

culação de viaturas pesadas com transporte de produ-

janelas fechadas enquanto prosseguiam os trabalhos de limpeza que decorreram durante a madrugada e terminaram ao início da tarde de sexta-feira, altura em que foram abertas ao trânsito todas as vias da cidade. “A firma responsável pela transferência dos resíduos, assumiu de imediato a responsabilidade perante as autoridades e efectuou os contactos para proceder à limpeza durante toda a noite, com jactos de água”, adiantou Fernando Dinis. Com o passar das horas o cheiro intenso a gás acabou por se dissipar mas os comerciantes continuavam apreensivos. “Estava aqui dentro quando senti um cheiro horrível e saí para a rua para ver o que se passava e percebi que aquilo eram resíduos de Sines espa-

lhados pela rua toda. O cheiro era muito intenso e ainda hoje [sexta-feira] ainda estou com dores de cabeça”, contou Glória Espada, proprietária de um mini-mercado na rua Professor Egas Moniz. A gestão dos resíduos industriais é da responsabilidade da empresa AdSa – Águas de Santo André que adjudicou a operação de remoção das lamas ao consórcio EGEO – Tecnologia e Ambiente, S.A./ SISAV – Sistema Integrado de Tratamento e Eliminação de Resíduos, S.A./ Carmona – Sociedade de Limpeza e Tratamento de Combustíveis, S.A./Lena Ambiente – Gestão de Resíduos, S.A que, por sua vez, subcontratou a TML para realizar o transporte para os CIRVER.


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Regeneração Urbana de Sines

Obra do Pátio das Artes em curso

Carneiro

Touro

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 31 Carta Dominante: 10 de Ouros, que significa Prosperidade. Amor: Tente parar para pensar um pouco na sua relação. Saúde: Evite andar tenso, relaxe! Dinheiro: Poderá surgir um crescimento inesperado do seu poder material. Números da Sorte: 1, 3, 24, 29, 33, 36 Pensamento positivo: Vivo o presente com confiança!

A obra do Pátio das Artes, integrada no Programa de Regeneração Urbana de Sines, está em curso desde o início de Maio. Esta operação tem como principal objetivo transformar o espaço das traseiras do Centro de Artes de Sines numa praceta qualificada e polivalente para acolhimento de acontecimentos culturais

com ligação à Rua Cândido dos Reis, Rua Marquês de Pombal e Rua Pêro de Alenquer; - Tratamento dos muros e paredes confinantes com os quintais vizinhos de modo a criar um enquadramento uniforme e harmonioso; - Construção de um “murobiombo” a nascente; - Demolição do anexo da

ocupadas com instalações degradadas neste quarteirão entre a Rua Pêro de Alenquer e a Rua Marquês de Pombal, de modo a poder ampliar a praceta e assim qualificar todo este espaço degradado. A operação Pátio das Artes tem um valor de cerca de 100 mil euros e um prazo previsto de execução de oito

e cívicos, ao mesmo tempo que dignifica o espaço exterior de um edifício de grande valor arquitetónico e embeleza a entrada norte do centro histórico. As principais intervenções da empreitada são: - Construção de um pátio pavimentado a vidraço e granito nas atuais traseiras do Centro de Artes de Sines,

“casa amarela”; - Construção, na “casa amarela”, de WC de apoio às atividades a realizar no pátio; - Instalação de portões em todas as entradas do pátio para garantir a segurança e conservação do espaço durante a noite. Num futuro próximo, a Câmara pretende adquirir todas as parcelas de terrenos

meses. O projeto é da autoria de Ricardo Pereira, arquiteto da Câmara Municipal de Sines. O Programa de Regeneração Urbana de Sines é cofinanciado por fundos FEDER / União Europeia, no âmbito do programa operacional INALENTEJO do QREN 2007-2013.

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 32 Carta Dominante: Rainha de Espadas, que significa Melancolia. Amor: Andará nas nuvens, pois só o amor faz milagres. Saúde: Faça um Check-up. Dinheiro: Deverá ter mais atenção ao seu mealheiro. Números da Sorte: 7, 11, 18, 25, 47, 48 Pensamento positivo: Eu tenho pensamentos positivos e a Luz invade a minha vida!

Gémeos

Caranguejo

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 33 Carta Dominante: Cavaleiro de Paus, que significa Partida Inesperada. Amor: Alguém que lhe é muito chegado pode desapontá-lo, saiba perdoar. Saúde: Cuidado com os excessos alimentares. Dinheiro: Pense bem antes de pôr em marcha qualquer tipo de projeto que implique correr riscos. Números da Sorte: 4, 6, 7, 18, 19, 33 Pensamento positivo: procuro ser compreensivo com todas as pessoas que me rodeiam.

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 34 Carta Dominante: A Torre, que significa Convicções Erradas. Amor: Renove o amor, surpreenda o seu par. Saúde: Cuidado com o consumo excessivo de doces. Dinheiro: Com calma e prudência conseguirá atingir os seus objetivos. Números da Sorte: 9, 11, 25, 27, 39, 47 Pensamento positivo: O Amor invade o meu coração.

Leão

Virgem

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 35 Carta Dominante: Rei de Espadas, que significa Poder. Amor: Seja mais carinhoso com a sua cara-metade. Saúde: Cuidado com as correntes de ar. Dinheiro: Não se deixe influenciar por terceiros. Números da Sorte: 10, 20, 36, 39, 44, 47 Pensamento positivo: Eu sei que posso mudar a minha vida.

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 36 Carta Dominante: 3 de Espadas, que significa Amizade. Amor: Não sinta inveja daquilo que os outros têm, agradeça o que tem. Saúde: A sua energia está em plena forma. Dinheiro: Nem sempre podemos ter tudo o que desejamos, e esta não é uma boa altura para gastos elevados. Números da Sorte: 7, 18, 19, 26, 38, 44 Pensamento positivo: Sou otimista, espero que me aconteça o melhor!

Balança

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 37 Carta Dominante: 7 de Ouros, que significa Trabalho. Amor: Energias positivas avizinham-se, aproveite-as devidamente. Saúde: Tente descontrair saindo da rotina. Dinheiro: Procure demonstrar mais interesse pelo seu trabalho, e será recompensado por isso. Números da Sorte: 1, 8, 42, 46, 47, 49 Pensamento positivo: Eu tenho força mesmo nos momentos mais difíceis!

Escorpião

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 38 Carta Dominante: Rei de Ouros, que significa alguém Inteligente e Prático. Amor: Tente ter uma vida social mais ativa. Saúde: Possíveis dores em todo o corpo. Repouse mais. Dinheiro: Cuidado com os grandes investimentos. Números da Sorte: 4, 9, 11, 22, 34, 39 Pensamento positivo: Eu acredito que todos os desgostos são passageiros, e todos os problemas têm solução.

Sagitário

Capricórnio

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 39 Carta Dominante: 9 de Copas, que significa Vitória. Amor: Procure dar um pouco mais de ânimo e vitalidade à sua relação afetiva. Saúde: Não faça grandes esforços. Dinheiro: Nunca deixe para amanhã aquilo que pode fazer hoje, será prejudicial para si. Números da Sorte: 1, 2, 8, 16, 22, 39 Pensamento positivo: O Amor enche de alegria o meu coração!

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 40 Carta Dominante: 4 de Copas, que significa Desgosto. Amor: Poderá receber a visita de um familiar que já não vê há muito tempo. Saúde: Faça mais exercício físico. Dinheiro: O seu rendimento mensal poderá ter um aumento inesperado. Números da Sorte: 7, 13, 17, 29, 34, 36 Pensamento positivo: Vivo de acordo com a minha consciência.

Aquário

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 41 Carta Dominante: 5 de Copas, que significa Derrota. Amor: Não se deixe influenciar por terceiros. Saúde: Possíveis dores de cabeça. Dinheiro: Tudo decorrerá dentro da normalidade. Números da Sorte: 7, 11, 19, 24, 25, 33 Pensamento positivo: O meu único Juiz é Deus.

Peixes

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 42 Carta Dominante: Rei de Paus, que significa Coragem. Amor: Sentirá necessidade de estar rodeado de amigos. Saúde: Dê ânimo à sua vida, pratique uma modalidade de que goste. Dinheiro: A necessidade de contenção toca a todos, modere os seus gastos. Números da Sorte: 5, 25, 33, 49, 51, 64 Pensamento positivo: Esforço-me por dar o meu melhor todos os dias.

CÂMARA MUNICIPAL DE GRÂNDOLA EDITAL110 PUBLICIDADE DAS DELIBERAÇÕES Aníbal Manuel Guerreiro Cordeiro, Vereador da Câmara Municipal de Grândola, no uso da competência que lhe foi conferida pelo despacho nº 4/2011, de 10 de Janeiro, no âmbito das competências respeitantes ao art.º 91º - alínea v) do nº 1 do art.º 68º, da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro na redacção que lhe foi dada pela Lei 5-A/2002 de 11 de Janeiro, torna público que em reunião ordinária, não pública, de 26 de Julho de 2012 foram tomadas as seguintes deliberações com eficácia externa: Proposta – Atribuição de subsidio de alimentação aos jovens integrados no programa Biblioteca na Praia no âmbito do Projeto Bora lá Bulir: Deliberado, por unanimidade, atribuir subsídio de alimentação aos jovens integrados no programa Biblioteca na Praia no âmbito do Projeto Bora lá Bulir, no valor total de 666,12€ (seiscentos e sessenta e seis euros e doze cêntimos), de acordo com a Proposta dos Serviços, tendo o Senhor Vereador Rafael Rodrigues saído da Sala, não participando na discussão, nem na votação, por incompatibilidade nos termos do nº 6 do art.º 90º da Lei Nº 169/99, de 18 de Setembro; Proposta - Adjudicação ao concorrente vencedor do concurso público para adjudicação do serviço de fornecimento de refeições e lanches nos refeitórios escolares do município de Grândola: Deliberado, por maioria, com duas abstenções por parte dos Vereadores da CDU, aprovar a adjudicação ao concorrente vencedor do concurso público para adjudicação do serviço de fornecimento de refeições e lanches nos refeitórios escolares do município de Grândola, de acordo com a Proposta dos Serviços; Proposta – Emissão de Parecer nos termos do nº 1 do art.º 54º da Lei 91/95, com a redação da Lei 64/2003, de 23 de Agosto, requerido por Margarit Le Caruyer de Lainsecp: Deliberado, por unanimidade, emitir parecer favorável nos termos do nº 1 do art. 54º da Lei 91/95, com a redação da Lei 64/2003, de 23 de Agosto, requerido por Margarit Le Caruyer De Lainsecq, de acordo com a Proposta dos Serviços. Para constar se lavrou este e outros de igual teor os quais vão ser afixados nos locais públicos do costume. Paços do Concelho de Grândola, 30 de Julho de 2012. O Vereador do Pelouro da Administração, Aníbal Cordeiro


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Festival Músicas do Mundo despediu-se de Sines Terminou com balanço positivo e 36 concertos depois, a 14ª edição do Festival Músicas do Mundo de Sines que se despediu do público, que não arredou pé do castelo de Sines, com o habitual fogo-de-artifício no castelo da cidade ao som dos congoleses Jupiter & Okwess International. Helga Nobre helga.nobre@gmail.com O festival voltou a encher para a última noite de concertos com os aclamados Hugh Masekela (África do

Sul) e Tony Allen (Nigéria/EUA) a prenderem o público que se transferiu para o palco da praia Vasco da Gama que tinha à sua espera o brasileiro Lirinha,

com ritmos mais calmos. O fim da festa, coube aos Bailarico Sofisticado, que animaram os resistentes que se despedem do festival até ao raiar do dia. Ainda a festa se fazia no interior do castelo e já o director do festival, Carlos Seixas, revelava aos jornalistas que, este ano, a organização deci-

diu oferecer “uma especial reserva” aos amantes da world music, apostando num dos cartazes mais fortes dos

últimos anos. “Foi um festival mais forte do que o do ano passado” que recebeu cerca de 30 mil pessoas. Até ao fecho desta edição

não foi possível apurar o número de espectadores que assistiram ao Festival Músicas do Mundo. “Aqui não há aquela questão do palco principal e secundário, são dois palcos com as mesmas condições técnicas e artísticas para que o público usufrua do festival com a mesma qua-

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lidade e em que a música revela que é a vida e a festa”, salientou. Catorze anos depois do arranque do Festival Músicas do Mundo, Carlos Seixas, reconhece que o espirito de aventura mantém-se, apesar do trabalho “profundo” de toda a equipa. “Todos têm a mesma paixão que eu tenho por este evento”, reconhece. Apesar das obras na Avenida Vasco da Gama, que obrigaram a uma alteração na colocação do palco, Carlos Seixas diz que a dinâmica foi idêntica: “É um vai e vem entre o palco do castelo e o da

Litoral Alentejano – Quarta-feira, 15 de Agosto de 2012

27.680 atendimentos em 2 anos no balcão único do município de Odemira

Desde que abriu ao público, no dia 12 de Julho de 2010, já foram realizados 27.680 atendimentos no Balcão Único do Município de Odemira, sendo na sua maioria assuntos relacionados com ambiente, infraestruturas, urbanismo e espaço público. O Balcão Único centralizou o atendimento administrativo municipal, proporcionando maior profissionalismo no serviço e conforto para os utentes. O Balcão Único é uma das medidas desenvolvidas no âmbito do Projeto de Simplificação Administrativa Municipal – ODEMIRA SIMPLIFICA e uma das medidas de simplificação administrativa candidatadas ao Programa Simplex Autárquico. Tem por objetivo melhorar as condições de atendimento, reunir num único espaço de atendimento presencial todo

O Município de Odemira vai criar novos serviços no atendimento ao público, enquadrados no Balcão Único, com o objetivo de facilitar o contacto entre munícipes e os serviços municipais e criar canais privilegiados para os empresários e empreendedores.

Em breve serão criados no Balcão Único mais dois serviços, que visam um atendimento privilegiado ao empresário e que passa pela criação do Balcão do Empreendedor, numa lógica de maior e melhor inter-relação entre a autarquia e os empresários, e a Via Verde Empre-

Decorridos dois anos da centralização do atendimento administrativo municipal no Balcão Único, o Município apresenta quatro

sário, que tem por objetivo melhorar o prazo de resposta e potenciar a confiança nos serviços municipais. Poderão utilizar a Via Verde

o atendimento administrativo, reduzir os custos e a morosidade no relacionamento entre os munícipes / empresas e o Município de Odemira, tornando os serviços municipais mais eficientes. Com o Balcão Único reduziram-se os tempos de espera e minimizou-se o número de interações relacionadas com o mesmo processo. Aposta-se no contacto direto com os mesmos interlocutores, com formação e perfil para atendimento ao público, num espaço de acolhimento agradável e moderno.

novos serviços associados: o Balcão Único Virtual, o Balcão do Empresário, a Via Verde Empresário e o Balcão Único Kiosk. O Balcão Único Virtual é um serviço on-line, enquadrado no portal municipal, em www.cm-odemira.pt, onde podem ser tratados todos os assuntos administrativos, a partir de qualquer ponto, sem se deslocar aos serviços municipais. O Balcão Único Virtual disponibiliza documentos úteis ao cidadão/empresa e acesso aos sites do Balcão do Empreendedor e do Licenciamento Industrial (REAI). O novo Portal Municipal, lançado no passado dia 20 de Julho, inclui o site institucional, um site exclusivo para o Turismo em Odemira e o Balcão Único Virtual.

Empresário os projetos urgentes, designadamente quando a atividade venha a criar postos de trabalho ou o projeto seja candidatado a fundos comunitários. Uma outra medida também em preparação será o BU Kiosk, que consistirá na criação de pontos descentralizados de atendimento em diversas freguesias, num conceito inovador de atendimento ao público, que pretende facilitar o acesso dos munícipes aos serviços municipais. O caráter inovador, baseado também na componente tecnológica com atendimento virtual 24 horas por dia, e descentralizado, de aproximação presencial à comunidade, faz deste um projeto verdadeiramente diferenciador.

praia. Aquele também é um espaço muito bonito e acolhedor”. Para o ano, o programador do festival, promete comemorar em grande o 15º ani-

versário do Festival Músicas do Mundo. “Este festival já está muito inserido na comunidade, o público vem sempre e não acontece nada de especial, senão a boa onda” por isso, reforça, o formato “é o ideal”.

Município cria novos serviços no atendimento ao público


Litoral Alentejano – Quarta-feira, 15 de Agosto de 2012

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Litoral Alentejano – Quarta-feira, 15 de Agosto de 2012

Trabalhadores da câmara de Grândola em risco de ter de devolver aumentos?

Procuradoria da República dá razão à Câmara Municipal de Grândola “Mais de cem trabalhadores da Câmara Municipal de Grândola poderão ter de devolver os aumentos salariais relativos aos valores decorrentes de alterações de posição remuneratória por opção gestionária da autarquia, decidida em anos anteriores”. Este foi o teor da peça publicada na nossa edição de 15 de Março, na qual o presidente da câmara municipal, Carlos Beato, garantia que o caso “será levado até aos tribunais”, uma vez que a autarquia “se limitou a cumprir a lei, seguindo, entre outros, um parecer da Associação Nacional de Municípios Portugueses”. “A lei foi aplicada, algo muito diferente de uma mera interpretação da lei, que é aquilo que no fundo está em causa”, afirmou o autarca. A posição firme do presidente da câmara municipal de Grândola, Carlos Beato, e do município de não aceitarem a interpretação da

IGAL (Inspeção Geral da Administração Local) e de considerarem que só os Tribunais poderiam determinar a alegada ilegalidade dos

actos praticados no âmbito da opção gestionária foi caucionada pela Procuradoria da República, junto do Tribunal Administrativo e

Fiscal de Beja, ao entender não “sufragar o entendimento expresso” no relatório da IGAL relativamente ao processo de opção ges-

tionária no Município de Grândola. Dispõe o despacho que considera não ter ocorrido qualquer desvio de lei e decide,

os seus pares, para Presidente do Conselho Executivo da AMGAP, substituindo assim José Maria

O Conselho Executivo é composto também por Vítor Proença (Presidente da Câmara Municipal

por essa razão, não instaurar qualquer ação para declarar a nulidade dos atos administrativos do município da Vila Morena que determinaram a alteração de posicionamento remuneratório dos seus trabalhadores. O Ministério Público vem, assim, reconhecer os argumentos apresentados e desde a primeira hora esgrimidos pelo autarca da Costa Alentejana e dá razão à posição assumida por si e pela autarquia a que preside. Esta decisão legal testemunha ainda a força e a convicção do município e não pode deixar de ser interpretada como uma vitória expressiva do Poder Local Democrático. Além de que constitui um exemplo de aplicação da lei e da Constituição da República, facto nada irrelevante num momento em que a autonomia das autarquias locais tem vindo a ser tão fortemente condicionada nos planos político, administrativo e financeiro.

Odemira preside à AMGAP O Presidente da Câmara Municipal de Odemira, José Alberto Guerreiro, preside desde 31 de Maio à AMGAP - Associação de Municípios para a Gestão da Água Pública do Alentejo, Empresa Intermunicipal, que reúne 21 municípios alentejanos para a gestão e exploração do sistema integrado de abastecimento de água em alta e de saneamento de águas residuais, numa parceria pública com o Estado. A AMGAP e o Estado, através da holding Águas de Portugal (AdP), criaram a sociedade anónima Águas Públicas do Alentejo (AgdA, SA), com sede em Beja, para gerir a parceria e o sistema. A AMGAP detém 49% do capital social e a AdP 51%. Até ao final de 2015, serão investidos 227 milhões de euros, com 70% de comparticipação de fundos comunitários,

num sistema integrado para melhorar e gerir o abastecimento de água em alta e o saneamento de águas resi-

anunciam reformas profundas no sector da água e resíduos em Portugal, José Alberto Guerreiro, Presi-

A nova ETAR de Vila Nova de Milfontes já está a tratar parcialmente os esgotos.

duais, que beneficiará cerca de 250 mil habitantes. Numa altura em que se

dente da Câmara Municipal de Odemira, foi eleito por unanimidade entre

Pós-de-Mina, Presidente da Câmara Municipal de Moura.

de Santiago do Cacém), Jorge Rosa (Presidente da Câmara Municipal

de Mértola), José Maria Pós-de-Mina (Presidente da Câmara Municipal de Moura) e António Sebastião (Presidente da Câmara Municipal de Almodôvar). A AMGAP junta 14 municípios do distrito de Beja (Aljustrel, Almodôvar, Alvito, Barrancos, Beja, Castro Verde, Cuba, Ferreira do Alentejo, Mértola, Moura, Odemira, Ourique, Serpa e Vidigueira), quatro de Évora (Arraiolos, Montemor-o-Novo, Vendas Novas e Viana do Alentejo) e três de Setúbal (Alcácer do Sal, Grândola e Santiago do Cacém). Entre os vários investimentos a realizar, estão previstas para o concelho de Odemira as ETAR’s de S.Teotónio, S. Luís, Sabóia e de Vila Nova de Milfontes (esta obra já a decorrer), bem como o reforço do abastecimento de água ao interior do concelho.


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Festividades Religiosas Fluviais

Uma Romaria no Sado Texto de Ana Paula Pinto* Fotos de Carlos Vitorino* Alcácer do Sal, terra de pontes abraçando margens, de um Sado tranquilo entre canaviais ondulantes e campos verdes de arroz. Pensar em Alcácer é fazer presente, imagens de salinas, de pescas, de história; de presença de marcas de povos que, por aqui, exerceram um forte e prolongado domínio, aculturando as suas gentes. Destacam-se os Fenícios que a fundaram, um milénio antes da nossa Era, e os Árabes que lhe deram o nome de Al-Kassr. Nos campos circundantes, o sobreiro continua senhor e rei, num domínio disputado pelos pinheiros, ambos tesouros da nossa floresta, da nossa riqueza e marca identitária da nossa cultura, desde a extração de cortiça à confeção de doçaria à base de pinhão.

Sábado, 28 de julho de 2012 Ao cair da noite, celebra-se no rio e nas margens Nª Srª do Castelo. Romaria do Sado traduzida numa procissão fluvial noturna que conta meia dúzia de anos. Nascida do sonho de um homem,

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Filismino Coelho, ex-autarca da terra, que queria ver colorido o rio, com flores e bandeiras e engalanados os barcos, em homenagem e veneração da Virgem Maria, aqui invocada sob o nome de Senhora do Castelo. E é o castelo que se destaca sobre o casario que se eleva a partir do rio. Altaneiro olha as águas parecendo estender os braços num suave abraço, feito muralhas de pedra. Para lá, caminham todos os passos ao entardecer, lusco-

dem-se as primeiras velas que, pouco a pouco, com a saída da procissão, formarão alamedas de luz descendo a rua que serpenteia entre o branco das paredes caiadas. São luzes abençoadas pelo sacerdote, agora na escuridão total. Luzes que guiam, luzes que protegem, luzes que confortam na dureza dos dias de luta. De uma luta nas águas do Sado ou nas salinas das margens. Uma luta travada na água.

fusco da tarde de Verão. O sol vai tombando no horizonte, espalhando tons púrpura e dourados no rio. A igreja de Santa Maria do Castelo enche-se de fiéis para a celebração eucarística. Cá fora, no adro, acen-

Água que santifica e purifica no batismo; água que é o “centro da vida”, tal como foi referido na homilia. E é esta água que continua a comandar a vida. Presente no corpo e no espírito e presente também nas festivida-

des do Sado; é no capricho das marés que se prepara a procissão. No Sado as embarcações engalanadas aguardam a chegada da imagem que veneram. Algumas vieram de véspera, da Carrasqueira, de Setúbal e de outras povoações ribeirinhas. Entoam-se cânticos e reza-se o rosário, enquanto o cortejo desce em direção ao rio. Aí chegado, aguarda-se respeitosamente que a imagem seja colocada numa das embarcações. Ladeiam-na as outras. As margens enchem-se de milhares de pessoas e velas tremeluzentes. Depois, as embarcações deslizam, rio abaixo e rio acima, tingindo de cor, as águas escuras do Sado, sob o manto negro da noite. A banda instalada num batelão acompanha em ritmos musicais a viagem da

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Virgem no rio. É a Mãe que abençoa as viagens, a faina e os filhos do Sado. Depois, suavemente, os barcos acostam e o andor é retirado para retornar, mais tarde, à igreja, onde permanecerá até ao próximo ano. Ficam a ecoar as salvas de palmas com que a população se despede da Senhora do Castelo. Ecoam também as invocações: “Senhora do Castelo, abençoai a nossa terra”; “Senhora do Castelo, abençoai as nossas famílias”; “ Senhora do Castelo, abençoai os nossos corações”. A procissão da Senhora do Castelo agregou milhares de pessoas. De entre tantos e tantos rostos curtidos pelo sol, de entre tantas e tantas mãos calejadas pela faina piscatória, procurávamos uns em particular… Foi em busca da comunidade avieira do Sado que nos deslocámos a Alcácer. Encontrámo-la. Continua presente nas margens deste rio. Quatro famílias de pescadores oriundos da Praia da Vieira, descendentes das primeiras famílias que iniciaram este movimento migratório singular, desde os meados do século dezanove. Foi a procura de sustento em águas mais tranquilas que os trouxe. Alves Redol chamou-lhes “avieiros”, os “ciganos do rio”. Viviam nos barcos. Estes eram a sua casa, a sua cama e toda a sua vida. Antes de se instalarem de forma permanente nas margens do Tejo e do Sado, os avieiros realizavam o percurso sazonal de ida e volta, partindo da Vieira, quando os rigores do inverno e a bravura do mar

lhes dificultavam as artes de pesca. Voltavam, depois, para a praia de origem. Constituíam comunidades nómadas de pescadores, de uma cultura vincada e própria. Foram ficando. Levantaram assentamentos palafíticos. Construíam os seus barcos, remendavam as redes e vendiam o pescado que o rio lhes oferecia. Ficaram, também, as marcas da sua cultura. Uma cultura que é parte integrante da nossa identidade e dos povos da Borda d´Água. A “Cultura Avieira” encontra-se em fase de constituição a candidatura a Património Nacional e Imaterial da Unesco, liderada pelo Instituto Politécnico de Santarém. “Descoberta”, há alguns anos, através de uma investigação no campo académico, rapidamente extravasou os limites desse estudo, agregando a si diversas áreas, entidades, associações e instituições. É um projeto de afetos e um projeto cativante. Cativa pela singularidade do seu objeto. Cria afetos pelos laços que se estabelecem e pela experiência completa de reviver os tempos árduos, mas simultaneamente felizes do povo avieiro. “Ti” Joaquim Lobo Guerra é um dos avieiros do Sado. Nele encontrámos a ligação ao passado recente da sua comunidade e falámos sobre o futuro. Construímos pontes. Como estas pontes de Alcácer, fortes e que se querem, para sempre, ligando margens de culturas. *Colaboradores no Projeto de Candidatura da Cultura Avieira a Património Nacional


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