Jornal Litoral Alentejano

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15 de Fevereiro 2012 Ano XI n.º 252 Quinzenal Preço 0.70 €

Directora n Aliette Martins

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Director-adjunto n Marcos Leonardo

aicep Global Parques não quer ocupações ilegais Vários moradores, que habitam zonas expropriadas do antigo Gabinete da Área de Sines, estão a ser contactados pela aicep Global Parques para abandonarem as habitações, sob risco de demolição. Os moradores recusam abandonar as “Têm derrubado as casas mas deixam-nas a bravo porque é só mato por todo o lado. Só querem tirar daqui casas e a empresa diz que se tratam as pessoas” garantem Julieta e José Gonçalves de edificações ilegais.

“Somos passarinhos do campo, não vamos para uma gaiola” afirma Heliodoro Santos

Tragédia em Setúbal

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Ano II

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LNEC, ACT e PJ tentam apurar causas do acidente. Autarquia mantém confiança na construtora ABB e lamenta aproveitamento político desta tragédia

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Em Vale Marim e Monte da Previdência, Sines Propriedade

LitoralPress, Lda

Directora

Aliette Martins

Director Adjunto Marcos Leonardo

Redacção

Aliette Martins (aliette@sapo.pt)

Raul Oliveira Claúdio Catarino Angela Nobre

(a.v.nobre@gmail.com)

Rute Canhoto

(rutecanhoto@iol.pt)

Joaquim Bernardo

(joaqbernardo@gmail.com)

Helga Nobre

(helga.nobre@gmail.com)

Bruno Cardoso

(brunojpcardoso@gmail.com)

Cronistas

Francisco do Ó Custódio Rodrigues Serafim Marques Veríssimo Dias

Moradores enfrentam demolições Vários moradores, que habitam zonas expropriadas do antigo Gabinete da Área de Sines, estão a ser contactados pela aicep Global Parques para abandonarem as habitações, sob risco de demolição. Os moradores recusam abandonar as casas e a empresa diz que se tratam de edificações ilegais.

outro local para viver. Estão alarmados por não terem para onde ir. “Só se derrubarem com a gente lá dentro”, responde Julieta Gonçalves, 75 anos,

Helga Nobre helga.nobre@gmail.com Cerca de cinco famílias, a maioria idosas, enfrentam a ameaça de demolição das casas que habitam há mais de vinte anos, localizadas em Vale Marim e Monte da Previdência, concelho de Sines. O prazo para a desocupação das casas terminou, no passado dia 1 de Fevereiro, sem o consenso das partes

bens susceptíveis de serem danificados (…) Como alternativa de habitação a Global Parques poderá equacionar o arrendamento dum apartamento em Santo André, se o desejar”, informa o documento.

encostada ao portão. “Fui chamada ao aicep nas vésperas de Natal e até lhes agradeci a prenda. Ainda me disseram para tirar o cavalinho da chuva se julgava que ía sair dali

Secretaria

Ana Cristina

Fotografia Ana Correia Luís Guerreiro José Miguel Duarte Gonçalves

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Marcos Leonardo Telem. 919 877 399

“Somos passarinhos do campo, não vamos para uma gaiola” afirma Heliodoro Santos

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Delegação

Rua do Romeu, 19-2.º 2900-595 Setúbal Telf./Fax: 265 235 234 Telem. 919 931 550 litoralalentejano@portugalmail.pt

Membro :

aicep Global Parques não quer ocupações ilegais

envolvidas: moradores e aicep Global Parques. “Já o ano passado recebemos uma carta a informar da demolição mas nem sabemos a razão. Diz que temos de abalar daqui para uns apartamentos em Vila Nova de Santo André mas sempre vivemos no campo e temos animais, como é que vamos para um apartamento”, questiona Heliodoro Santos, que vive na moradia do irmão mais velho, em Vale Marim, São Torpes. Na mão, a carta mais recente da aicep, que data de Dezembro de 2011, com a ameaça de demolição da habitação. “A demolição em causa poderá ter lugar a todo o tempo a partir de 1 de Fevereiro de 2012, pelo que nessa data não deverá haver no local quaisquer

Heliodoro não compreende o motivo de tanta urgência. “Temos contribuído uma vida inteira para o Estado, já fomos expropriados pelo antigo Gabinete e sair daqui para um apartamento nem pensar. Somos passarinhos do campo, não vamos para uma gaiola”, garante o morador de 56 anos. O irmão, um ano mais velho, desempregado, reside naquele local vai para 20 anos e tem a seu cargo uma menor portadora de deficiência. “A menina não pode subir umas escadas, mal consegue andar, passa muito tempo em casa e só sai para fazer exames no hospital”, adianta, revoltado com a situação. A uns metros de distância, em Monte da Estrada, vive o casal Julieta e José Mariano, que nunca conheceram

com um cheque”, adianta. O casal também desconhece as razões que levam a aicep a avançar com a demolição das habitações. “Eles não dizem. Têm derrubado as casas mas deixam-nas a bravo porque é só mato por todo o lado. Só querem tirar daqui as pessoas”, acrescenta. Julieta e o marido, José, de 86 anos, reconhecem que a via rápida, a 20 metros, e o tubo do gás natural, a pouco mais de 10 metros da sua habitação, não oferece segurança e até estão dispostos a deixar aquele local por outro com melhores condições. “Temos animais, a nossa horta, de onde tiramos alguma coisa para fazer face às despesas, por isso não podemos aceitar um apartamento noutro concelho”, dizem.

Contactado pelo jornal Litoral Alentejano, o presidente da Comissão Executiva da aicep Global Parques, respondeu, via e-mail, que é sua “competência praticar todos os actos necessários ao desenvolvimento, promoção e exploração da Zona Industrial de Sines” no âmbito das suas competências, que decorrem do acordo de gestão celebrado com o IAPMEI – Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação. Francisco Sá, recordou que a aicep “desenvolveu em articulação com a Câmara Municipal de Sines e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo – CCDRA, o Plano de Urbanização da Zona Industrial e Logística de Sines, aprovado por unanimidade pela Assembleia Municipal de Sines em 31 de Outubro de 2008, tendo como objectivo dotar a ZILS de um instrumento jurídico de gestão e ordenamento

encontra sob sua gestão directa cumpre todos os requisitos adequados para acolher, a todo o momento, os projectos industriais e logísticos que aí se queiram instalar, devendo para o efeito garantir que os mesmos se encontram em condições de serem infraestruturados e licenciáveis pelas diversas entidades competentes nos termos da Lei, o que manifestamente não se coaduna com qualquer outra ocupação dos terrenos que não a prevista nos instrumentos jurídicos”. Adianta que “os terrenos que integram a ZILS foram a seu tempo objecto de expropriação nos termos da Lei, não havendo hoje nenhum outro proprietário dos mesmos que não seja o IAPMEI, pelo que qualquer edificação que aí ainda se encontre é ilegal e abusiva”. Recorda ainda que “os terrenos industrias e

“Têm derrubado as casas mas deixam-nas a bravo porque é só mato por todo o lado. Só querem tirar daqui as pessoas” garante Julieta Gonçalves do território”, ficando responsável por “assegurar que o território que se

logísticos, sob gestão da aicep Global parques, estão permanentemente


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Câmara de Sines reuniu-se com as Águas de Santo André

Acabar com os “maus cheiros” da ETAR foi o mote no mercado, não podendo a sua competitividade e operacionalidade estar diminuída ou prejudicada por ocupações ilegais e ilegítimas que os condicionem”. Sublinha ainda que “no cumprimento das suas obrigações sabe, soube e saberá sempre, pautar a sua intervenção por um forte sentido de responsabilidade social,

não anunciou “qualquer projecto iminente” para aquela área. “Neste caso, não há urgência conhecida e comprovada e a CM de Sines intervirá na defesa dessas famílias, a maioria idosos”, garantiu o edil. Na resposta ao ofício enviado pela aicep, a CM de Sines, respondeu “negativamente e dissemos que esta questão tem de ser esclarecida

...a Câmara de Sines intervirá na defesa dessas famílias, garantiu o seu presidente na certeza porém de que não deixará de utilizar todos os mecanismos legais para cumprir a sua missão, contribuindo para o desenvolvimento do complexo industrial, logístico e portuário de Sines”.

Câmara de Sines rejeita demolições O presidente da CM de Sines, Manuel Coelho

considerou a atitude da aicep “desajustada” uma vez que, até ao momento, a empresa

e negociada”, adiantou. “Para uns a solução proposta não é aceitável e para outros é desadequada por via de deficiências”, recordou Manuel Coelho que garante ter “tranquilizado os moradores” no sentido de se encontrar “uma solução razoável” com o envolvimento da aicep Global Parques. “Além das habitações, as pessoas estão habituadas a cultivar a terra. Há uma família que se dedica à criação de gado e tem um espaço amplo com uma actividade interessante do ponto de vista económico”, concluiu. Por seu lado, a aicep Global Parques, sublinha que “no cumprimento das suas obrigações sabe, soube e saberá sempre, pautar a sua intervenção por um forte sentido de responsabilidade social, na certeza porém de que não deixará de utilizar todos os mecanismos legais para cumprir a sua missão, contribuindo para o desenvolvimento do complexo industrial, logístico e portuário de Sines”.

A câmara municipal de Sines, a Autoridade de Saúde do Alentejo Litoral e a capitania do Porto de Sines visitaram a ETAR da Ribeira dos Moinhos e reuniram-se com a entidade gestora, AdSA Águas de Santo André, no dia 24 de Janeiro, para discutir e exigir a tomada de medidas para resolver os problemas dos maus cheiros provenientes daquela unidade e do sistema de drenagem na zona da Barbuda. O presidente da câmara de Sines, Manuel Coelho, entregou um documento síntese das reivindicações da autarquia para um melhor funcionamento da ETAR e transmitiu às entidades participantes a posição da Câmara e as suas preocupações sobre a situação dos maus cheiros, sendo sua convicção que a ETAR da Ribeira dos Moinhos não é o único mas é um dos principais focos desta poluição e dos seus efeitos na população e danos na imagem de Sines. Os representantes da Águas de Santo André, que recusam ser a ETAR o principal foco de maus cheiros em Sines, entregaram um documento com um resumo das medidas tomadas recentemente, com a concordância da Administração da Região Hidrográfica do Alentejo, para diminuir os odores na envolvente da ETAR:

• Aumento da frequência da substituição do carvão activado no sistema de desodorização na Caixa de Reunião da Barbuda, bem como da frequência da limpeza das areias e gradados nela acu-

mulados (implementados) • Trabalhos de construção civil para beneficiação da mesma caixa (em fase de análise de propostas) • Projecto de arquitectura

intervenções referidas e as já dadas como concluídas e implementadas não se revelaram minimamente suficientes para resolver os problemas, pois os episó-

ano, sendo, na opinião do presidente, inadmissível que uma instalação deste tipo funcione sem o factor humano durante a noite, não acolhendo desta

paisagista para criar barreira arbórea no interior da ETAR (projecto em curso) • Estudo de odores na ETAR e envolvente até Sines (conclusão prevista em 29 de Fevereiro) • Substituição da cobertura do tanque de remoção de O&G (concluída) • Instalação de sistema de tratamento de odores no edifício de desidratação de lamas (proposta para projecto em análise) • Instalação de novo sistema de neutralização de odores junto ao reactores biológicos (concluído)

dios de maus cheiros provenientes da ETAR continuaram a afectar a cidade de Sines”. A autarquia continua a defender como medida fundamental para evitar a emissão de gases poluentes e os maus cheiros em Sines “uma intervenção programada e urgente na instalação de coberturas eficazes nos tanques, decantadores e espessador gravítico, na instalação de sistemas de tratamento do ar em vários órgãos da ETAR que emanam gases poluentes e em obras no sistema

• Incremento no número de horas de funcionamento dos sistemas de neutralização de odores existentes (concluído)

de drenagem de efluentes, principalmente na zona da Barbuda. Em associação a estas medidas, a Câmara reitera ser indispensável a existência de turnos de 24 horas todos os dias do

forma a posição da Águas de Santo André de que são suficientes os sistemas de telegestão e uma boa concertação com as empresas utilizadoras”. É, aliás, convicção de Manuel Coelho “que o derrame de hidrocarbonetos para o mar em 25 de Abril de 2011 e os danos provocados na ETAR podiam ter sido evitados se à data houvesse um sistema de turnos de 24 horas”. “Não obstante a necessidade de resolver os problemas existentes, e embora a AdSA afirme que não tem verbas nem competência para essa decisão, a Câmara reivindica a construção de uma nova ETAR, dotada de tecnologias modernas e eficazes ao adequado tratamento dos efluentes industriais, em local adequado mais próximo das fábricas, com aproveitamento da água tratada, devendo o seu custo ser assumido não pela administração central mas pelas empresas do complexo industrial”. A autarquia associou-se ainda às preocupações transmitidas na reunião de dia 24 por Fernanda Santos, coordenadora da Unidade de Saúde do Alentejo Litoral, relativas à necessidade de a AdSA fazer a caracterização do ambiente da atmosfera laboral para os trabalhadores da ETAR, expostos à emanação de poluentes.

A câmara municipal de Sines considera “que as


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Quando o frio aperta há que tomar precauções Nos dias de frio intenso são necessários alguns cuidados de prevenção a nível pessoal e das condições da habitação.

banho com água morna e use creme hidratante em especial nas mãos, pés, cara e lábios; Beba líquidos mornos como sopas, chá e

O frio intenso pode ter efeitos prejudiciais na saúde como o enregelamento, a hipotermia e o agravamento de algumas doenças cardíacas e respiratórias, em especial atenção a crianças, idosos e pessoas sem-abrigo. Durante os períodos de frio, é importante que vista várias camadas de roupa em vez de uma única peça de tecido grosso, Use calçado quente e que não escorregue; tome

leite; coma legumes e frutas; tenha cuidado com a utilização dos aquecimentos a gás e a lenha (braseiras, salamandras, lareiras), para evitar queimaduras e intoxicações; tenha em casa uma reserva de alimentos e medicamentos; Promova o arejamento da casa regularmente. Se estiver ao ar livre deve tomar as seguintes precauções, se trabalha no exterior, proteja o corpo com roupa e

calçado adequado; em dias de muito vento, procure andar por locais abrigados. Deve também preocupar-se com as outras pessoas como por exemplo Pessoas Sós/ Isoladas/ Pessoas SemAbrigo, aí certifique-se que familiares, vizinhos e amigos que vivem sozinhos, se encontram bem de saúde e em condições de conforto e Preocupe-se com as pessoas sem-abrigo. No que diz respeito às crianças quando sair de casa com bebés ou crianças, proteja-os bem do frio. Se cuida de idosos ou de pessoas com alguma dificuldade de mobilidade, incentive-os a fazer pequenos movimentos com os dedos, braços e pernas, pois evitam o arrefecimento. Se tiver de viajar de automóvel cumpra as regras de segurança: cuidado com a berma da estrada pois pode haver gelo. Mantenha-se atento aos Avisos e informações dos organismos oficiais sobre previsões meteorológicas e alertas e para mais informação consulte: Administração Regional de Saúde do Alentejo, I.P. – www.arsalentejo.min-saude.pt Direcção-Geral da Saúde – www. dgs.pt Autoridade Nacional de Protecção Civil – www. prociv.pt Instituto de Meteorologia – www.meteo.pt e se necessário ligue para: Saúde 24 - 808 24 24 24 e em caso de emergência 112

Regeneração da zona ribeirinha de Alcácer teve início formal A empreitada de Requalificação do Espaço Público da Margem Norte do rio Sado, em Alcácer do Sal, foi no passado dia 7 con-

cer do Sal, Pedro Paredes, e marca a entrega formal da empreitada A obra propriamente dita tem início hoje dia 15 de Fevereiro,

signada à empresa Vibeiras/Mota Engil. O ato público teve lugar no gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Alcá-

mas até lá já começaram os trabalhos preparatórios. Trata-se de uma intervenção numa área de 34 mil metros quadrados, com

prazo de execução de 365 dias, que foi adjudicada pelo montante de 2.302.583 euros, comparticipado no âmbito do QREN-InAlentejo. A empreitada está integrada no Programa RUAS – Regeneração Urbana de Alcácer do Sal, envolvendo uma reformulação dos espaços públicos e das infraestruturas, nomeadamente de abastecimento de água e saneamento, com a criação de condições para encaminhar os esgotos para tratamento. A primeira obra deste programa de regeneração urbana, decorre já no largo dos Açougues e ruas adjacentes, na zona alta da cidade.

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Lusco-Fusco

Estávamos desesperados. Não descortinávamos forma de apanhar o maldito gato ruço que todas as noites nos roubava qualquer coisa do monte. Desconfiado, fugia de nós, e escondia-se tão bem que era difícil pôr-lhe o olho em cima. Um dia, de soslaio, vimo-lo à distância e pareceu-nos que o vagabundo tinha a orelha descaída. Estaria roída? Alcunhamo-lo de gatuno. Roubava tudo: peixe, carne, sopa, pão, chouriço, pintos. Um dia chegou ao desaforo de abrir um armário e de levar o isco. É verdade que não o comeu, mas destapou o frasco, e as galinhas tiveram lanche de minhocas. Roguei todas as pragas do mundo, mas nesse fim-de-semana a minha pescaria, sem engodo, ficou estragada. Tentámos durante meio ano apanhar o gato ruço. Veneno, armadilhas, esperas. Nada! Sozinhos e em grupo. Nada! Com cavalos, com cães. Nada! Os caçadores das redondezas ajudavam. Nada! Os ciganos também. Nada! Os putos dos montes vizinhos, armados de fisgas e varapaus, varriam terreno, buracos, telhados. Nada! Certa vez, um coxo ofegante disse-nos que tinha visto o gatuno com um barbo nos dentes. Corremos logo para a cave. A raiva fez-me enrubescer: da dezena de barbos pescados na albufeira, só contei nove. Os furtos à socapa davam lugar ao roubo descarado em plena luz do dia. Jurámos punir o gatuno com forca ou decapitação. Numa tarde, notámos o desaparecimento de paté, caviar, de um chouriço. E eis que vimos de repente o gato no quintal; precipitamo-nos como soldados, baionetas em riste, encurralamo-lo, mas, por uma nesga, sem soltar dos dentes uma salchicha, escapou-se, correu, trepou para uma macieira, depois, na iminência de ser caçado, saltou de novo, passou-me entre as pernas, correu, esgueirou-se num buraco. Mas estava encurralado, enfim. Montámos espera. Uma, duas, três horas. Nada! Um, dois, três dias. Nada! Uma semana. Nada! Tivemos uma ideia: colocar uma sardinha num anzol, descer o engodo pelo buraco, esperar: a fome faria o resto. E resultou, doze horas vol-

Gato gatuno

vidas. Depois, foi a força de Moisés, nosso velho amigo: meia hora de luta a puxar o fio, eis que uma cabeça ruça que não largava o peixe, apareceu à entrada do buraco. De imediato, a manápula do gigante fechou-se como uma tenaz no cachaço do gato. Pela primeira vez olhávamos o gatuno como devia ser: olhos nos olhos. Estava magro, apesar dos roubos constantes. Pintalgado na barriga. Tinha ramelas. — O que vamos fazer com ele? — perguntou Salomão? «Surrar» — ­ disse Barrabás. «Afogar» — disse Caim. «Enforcar» — disse Adolfo. — Não resulta — disse Aurora. Tentemos alimentá-lo com deve ser! O gatuno esperava de olhos fechados. Concordámos. Levámos o gato para a despensa e servimos jantar de gala: leitão assado, peixe cru, gelatina, requeijão. O bichano comeu durante mais de uma hora; a seguir, cambaleando, sentou-se no tapete, virou para nós duas pupilas verdes, bufou, lavou-se com a língua, adormeceu. Daquele dia em diante, estabeleceu-se. E os roubos acabaram. Uma semana volvida, outorgou-nos um gesto nobre. Quando as galinhas subiram a uma mesa para roubar milho, ele, gemendo de revolta, pulou, e, com duas patadas que encheram o ar de penas, resolveu o atrevimento. Foi remédio santo dali em diante: o galinheiro via cão de guarda no gato. Meses volvidos numa noite fria, escura mas estrelada, em que crepitavam aqui e acolá braseiros e na vila sitiada a turba se espalhava por vias estreitas, tortuosas, entre casas de tapume habitadas por gente pobre — espoliada por banqueiros e Governo — ­ vi o gatuno olhar alternadamente para o céu e para dentro da nossa casa. Ele tinha os olhos molhados. Percebi que as lágrimas — as dele e as nossas — contam neste mundo tanto ou mais do que as estrelas: estas são apenas gás a arder lá longe, aquelas são água e dor aqui em baixo, descendem da fome … por vezes, da felicidade.

Verissimo Dias


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Comissões disseram ao Governo

Pescadores querem...pescar. Os Pescadores da Pesca Lúdica começam a ver um sinal de luz ao fundo do túnel. Segundo os representantes das Comissões que os representam, a resposta às questões que tem mobilizado os pescadores do País, está a tomar um rumo satisfatório. Por agora, depois de uma reunião em Lisboa, aguardam as decisões governamentais. “A nossa luta tem sido contra leis que têm multiplicado por toda a parte da costa portuguesa, zonas interditas à pesca”, explicaria à nossa reportagem – em representação das Comissões de Pescadores e População da Costa Portuguesa - David Rosa, por altura da última manifestação que aquela Comissão organizou e que teve lugar em Vila Nova de Milfontes, no passado dia 14 de Maio de 2011. É de salientar que os Pescadores têm encetado uma luta que já atravessou dois governos, procurando que a lei que os penaliza, seja alterada, considerando que o sistema pelo qual presentemente continuam a ter que prestar obediência, enferma – como sublinham - de uma grande injustiça. O impedimento dos pescadores pescarem às quartasfeiras é um dos buzílis do processo que têm deixado a pergunta: “Porque razões querem a costa portuguesa deserta às quartasfeiras?”. Uma questão, de alguma perplexidade, que nunca foi respondida pela tutela, mas que continua em vigor.

Pescadores em luta Portanto, as Comissões referidas, com uma mão cheia de problemas que querem ver solucionados, a sua luta para que a legislação do sector seja alterada, fez com que, mais uma vez, se tivessem deslocado a Lisboa, para uma reunião com representantes governamentais. Aliás, esta peça fundamenta-se exactamente na reunião - que teve lugar no passado dia 1 de Fevereiro, em Lisboa, e que durou cerca de duas horas - com o Secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto Abreu e que contou com a representação de “toda a Costa Portuguesa, através das suas Comis-

sões e, também, do deputado Cristóvão Norte, onde foram discutidas as propostas dos Pescadores em relação à pesca lúdica”.

Governante mostrou-se sensível às pretensões dos pescadores Segundo os representantes das Comissões que se deslocaram a Lisboa, “o Governo mostrou uma grande abertura e sensibilidade” em relação às alterações pretendidas pelos pescadores. Refira-se que, nessa deslocação, os representantes das Comissões entregaram ao Secretário de Estado “uma proposta de projecto-lei” e manifestaram o desejo de que “seja assinado um compromisso, no sentido de ser criado um grupo de trabalho para desenvolver uma concertação das portarias ao longo da Costa Portuguesa”. Segundo David Rosa, o Secretário de Estado fixou o prazo de 15 dias para poder analisar as propostas vinculadas pelas Comissões para que, depois de analisadas, possam vir a ser “alteradas o mais rapidamente possível”.

lamentos similares “possam ser aplicados por igual a toda a população portuguesa. Por conseguinte que se ponha termo – imediatamente - à discriminação que é feita aos habitantes do Sudoeste Alentejano, da Costa Vicentina e do Algarve, bem como aos que, residindo em Lisboa, Porto e em todo o País, no Algarve e Alentejo passam férias e fins-de-semana”, citamos.

Os Parques Naturais foram criados também para atrair as pessoas e não para as hostilizar

Definição das É entendimento das Comisalterações pretendidas sões e da população em Assim, como primeira prioridade, os representantes das Comissões, em nome dos Pescadores da Pesca Lúdica, fizeram ver ao Governante que desejam ver consagrada a igualdade de Direitos para todos os Cidadãos, tendo sido essa a primeira pretensão do documento deixado ao Governante. Aliás, a explicação que contextualiza o documento afirma que: “Sem pôr em causa que o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina possa ter regulamentos próprios”, as Comissões exigem que regu-

geral que: “Os Parques Naturais e as suas regulamentações”, nasceram para viabilizar a preservação da natureza, mas “devem ser também para atrair as pessoas e não para as hostilizar”. Ficou também a denúncia, de que “a informação acerca da pesca lúdica e zonas de restrição é inexistente ao longo da costa Portuguesa”.

Pormenores do Documento entregue ao Secretário de Estado O Jornal Litoral Alente-

jano falou com David Rosa, sobre o documento entregue em Lisboa, perguntando: O que é que as Comissões de Pesca Lúdica não prescindem de reivindicar? David Rosa - Comecemos pelas quantidades autorizadas da apanha do marisco. Em nosso ver a apanha deve ser suficiente para um convívio familiar. Litoral Alentejano – Quando fala da apanha de marisco suficiente para um convívio familiar está a referir-se a que quantidades? - No documento entregue ao Sr. Secretário de Estado foi referido que, no caso dos perceves, a quantidade deve ser de 3kg. Já em relação às restantes espécies – o mexilhão deverá ser 6kg, ostras 10kg e, ouriços, 10kg. Estas são as quantidades que gostaríamos de ver consagradas, mas estamos abertos a participar na discussão das mesmas. Dizer-lhe também que para os polvos a referência é 7,5 kg, como no pescado.

Multas e Vigilância Litoral Alentejano: Qual é a posição das Comissões em relação a multas e à vigilância que é feita aos pescadores? - Como é do conhecimento público, os valores das

multas/coimas na pesca lúdica, tanto no mar como no rio, são exorbitantes quando comparadas com as condições sociais do país e da maioria dos pescadores lúdicos. E são afrontosas quanto aos valores aplicados, comparando-as com as multas aplicadas em outros actos que podem provocar consequências de graves acidentes. Estou a referir-me – por exemplo – a quem conduzir embriagado. Além disso, que se refere à vigilância, a nosso ver, devem ser dadas instruções às forças policiais no sentido de terem um comportamento adequado para com uma actividade em que as pessoas se vão distrair e descontrair. É absurdo e insultuoso que um pescador lúdico se veja vigiado, através de binóculos, como se fosse um delinquente capaz de causar graves danos e prejuízos à sociedade.

tuída por Pescadores e representantes do Governo - para acompanhar as alterações das zonas de restrição. De referir a zona do Rogil em Aljezur. Litoral Alentejano – A proibição dos pescadores pescarem às quartas-feiras também fez parte do “pacote” das vossas exigências? - As restrições de pescar às quartas-feiras, como tem vindo a ser afirmado pelos representantes das Comissões, não faz qualquer sentido. Esta é uma correcção que o Governo deve fazer, reclamada desde sempre pelos pescadores. Numa pequena frase dissemos ao Secretário de Estado: “Quartafeira: Não faz sentido”.

Zonas de restrição

Litoral Alentejano - No que diz respeito ao defeso, que reivindicação? - No documento entregue ao Secretário de Estado, a nossa afirmação foi a de que, o defeso do sargo deverá ser igual para todos. Ou seja, não é compreensível que seja apenas para os pescadores da pesca lúdica. Não faz sentido.

Litoral Alentejano – Qual a norma sugerida pelas Comissões ao Governante para as chamadas zonas de restrições? - Gostaríamos e, foi nossa pretensão, de vir a ser criada uma “Comissão Permanente” – consti-

Litoral Alentejano – Diga-me em que lugares da Costa Portuguesa as Comissões apontam para a prática da pesca lúdica? - Reiteramos aquilo que sempre temos dito: Que os pescadores da pesca lúdica possam pescar nos Portos de Pesca e em toda a Costa Portuguesa.


Litoral Alentejano – Quarta-feira, 15 de Fevereiro de 2012

Crónicas de Lisboa

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Jesus não gosta dos portugueses?

Se o barão Pierre de Coubertin, o percursor do olimpismo da era moderna, viesse ao mundo, ficaria chocado com o que se passa no desporto em geral, mas no futebol em especial, pois este transformou-se num negócio de milhões, tais são os interesses a ele ligados. É óbvio que o futebol obedece a uma estrutura piramidal, mas é no topo que está a questão mercantilista do futebol. Os grandes clubes europeus são “produtores do produto futebol” que vendem internamente, mas que acabam também por exportar, essencialmente através da televisão, para

no estrangeiro, provando que estes têm qualidades? (Infelizmente, exceptuando Mourinho e Villas-Boas, todos os outros treinam em países das divisões secundárias do futebol mundial!). É verdade que os adeptos e os dirigentes exigem resultados imediatos e se estes não surgem, é o treinador que paga (é despedido), mas será que estes não poderiam fazer algo mais pelos jogadores portugueses? Instado a comentar as conclusões daquele estudo, o treinador do Benfica, Jorge Jesus, atacou forte e feio e até se deu ao luxo de dizer algumas barbaridades futebolisticas, por exemplo: “Somos formadores de portugueses mas também de estrangeiros e se queremos competir com os clubes ricos da Europa não nos podem impor limitações de estrangeiros”- disse e acrescentou que “os portugueses são visionários e que outros clubes nos vão imitar nesta política de contratações que temos seguido”. Depois em tom agressivo disse: “não me obriguem a dizer as verdades com palavras incorrectas”. De facto, desde que Jorge Jesus chegou a treinador do Benfica, o número de jogadores portugueses no plantel tem decrescido, pois este foi excluindo muitos dos jogadores portugueses da equipa, deixando a ideia de que “Jesus não gosta dos portugueses?” E os adeptos pouco se importam com a nacionalidade do onze do glorioso. Imaginem o que seria se nas suas profissões a concorrência (desleal ainda por cima) fosse assim como no futebol! Infelizmente, o cenário não é muito diferente em muitos dos clubes ditos profissionais portugueses, alguns deles subsidiados com os nossos impostos! “O futebol é a coisa mais importante das coisas menos importantes”. Porque há-de ser tão diferente da nossa estrutura sócio-económica? Numa altura que se pede aos portugueses que “comprem o que é nosso”, será que os dirigentes e treinadores não entendem isso, aplicando o lema ao futebol? *Economista lusitano.ser@gmail.com

Idosos pagam transportes a prestações A suspensão do transporte não urgente está a penalizar muitos doentes, na maioria idosos, das zonas mais isoladas que são obrigados a percorrer grandes distâncias para serem consultados. Helga Nobre helga.nobre@gmail.com No concelho de Odemira, multiplicam-se os casos de pacientes que abandonam os tratamentos por falta de dinheiro e de idosos que são obrigados a pagar o transporte em prestações. É o caso de Adriana Augusta, 79 anos, doente oncológica. É obrigada a deslocar-se para Lisboa, de três em três meses, com uma reforma de 274 euros. Só em transporte chega a gastar 211 euros, para ir aos tratamentos na viatura da Junta de Freguesia de Sabóia. “Com o que ganho, e depois de pagar as despesas, não sobra nada ao fim do mês. Estou a pensar ir de autocarro, porque os 20 euros já me fazem falta para a mercearia, onde também não posso ficar a dever”, disse. “O grande problema é a distância”, diz o presidente da Junta de Freguesia de Sabóia, cujas ambulâncias chegam a percorrer mais de 400 quilómetros até Lisboa, para um tratamento de hemodiálise. “Um serviço para Lisboa

“fecha os olhos” a muitas situações e permite que “as pessoas paguem em prestações e dêem 20 euros por mês”, acrescenta. Desde que a medida foi implementada que a Junta de Freguesia, que conta com três ambulâncias, reduziu significativamente o número

chega aos 200 euros e isso é o valor de muitas reformas”, explica o autarca. “Temos muitos casos em que o hospital não passa a credencial quando as pessoas têm alta e isso implica que têm de pagar do seu bolso o serviço”, diz Manuel José que “não pode perdoar a dívida” mas

de saídas. “Fazemos muito menos serviços porque as pessoas pensam duas vezes e quando não têm alternativa optam pelo Expresso e ficam na casa de um familiar para poupar”. Arnaldina Dâmaso, 58 anos, fez uma mastéctomia total, em 2004, e sempre que o braço lhe incha, necessita de

“Um serviço para Lisboa chega aos 200 euros e isso é o valor de muitas reformas”, explica presidente da Junta de Freguesia de Sabóia

recorrer à fisioterapia para acalmar as dores. “Quando estou pior, preciso de fisioterapia e eles não me passam a credencial, porque dizem que é só para pessoas que dão andando”, queixa-se. A viver em Azenha do Mar, São Teotónio, Arnaldina, tem de se deslocar até ao Hospital do Litoral

Luis Guerreiro

países onde ele não tem ainda a mesma qualidade. Para manterem esse nível de qualidade, recorrem à importação massiva de jogadores de países africanos e da américa latina, onde os salários são mais baixos e a quantidade de praticantes é ainda elevada, ao contrário da Europa onde os jovens já não sentem apelo pela prática futebolística e também de outras modalidades desportivas. No nosso país, o problema é semelhante, embora com valores à nossa dimensão mas que mesmo assim ofendem, tal os milhões envolvidos nas transferências de jogadores. De país de emigrantes, somos, no desporto em geral e no futebol em especial, um país de imigrantes, pelo que actualmente o cenário é de grande desequilíbrio entre portugueses vs estrangeiros, isto é, «existência de um rácio elevado de jogadores estrangeiros por plantel nas modalidades de futebol, basquetebol, andebol e voleibol», e que no caso do futebol profissional o número de jogadores estrangeiros chega a ser de 80 por

cento ou mais. É verdade que também há muitos jogadores portugueses emigrados, mas muitos tomam esta opção porque se não o fizessem ficariam inactivos/desempregados, tal a concorrência que sofrem com as contratações de estrangeiros e da desigualdade de oportunidades. Quando Ronaldo acabar, ficaremos órfãos dum ídolo, porque a renovação não se fez. Figo, Ronaldo e outros, atingiram o top mundial porque, ainda jovens, os treinadores apostaram neles dando-lhe as oportunidades que agora não dão a outros jovens portugueses. Preocupado com esta situação, o Governo nomeou um grupo de trabalho e que concluiu que devem ser encontrados mecanismos de protecção aos jovens futebolistas e de outros praticantes, porque este problema é, para lá de desportivo e económico, também cultural. Não é tarefa fácil, porque quer a UE quer a FIFA têm normas nesta matéria pelo que os governos nacionais pouco ou nada podem fazer em termos de regulamentação. Por outro lado, os dirigentes e treinadores são homens que vivem do imediatismo e, por isso, preferem recorrer a um imenso mercado futebolístico (América Latina e África) sempre pronto a fornecer jogadores para todos os gostos e preços, em vez de apostarem nos jovens jogadores portugueses. Aos estrangeiros contratados são dadas oportunidades negadas aos portugueses. Nem mesmo em período de crise (aumento do IVA nos bilhetes, acesso limitado ao crédito bancário, quebra do poder de compra dos “consumidores” de futebol, etc) esta loucura tem contenções, esquecendo-se os dirigentes que o futebol, como sector de actividade económica (especial), não vai ficar imune à crise em que o país está mergulhado. No futebol, queremos ser (tão) grandes como os países ricos? No meio desta invasão de jogadores estrangeiros, qual é o papel dos treinadores dos nossos clubes, curiosamente todos portugueses e que enche de orgulho a classe dos treinadores, acrescentando que há muitos treinadores portugueses a trabalhar

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Alentejano, a 200 km de distância para os habituais tratamentos. “Ia na carrinha da Junta de Freguesia, duas vezes por semana, para Santiago do Cacém e pagava 16 euros” adianta. Acabou por interromper

os tratamentos por falta de dinheiro. “Cada vez que lá ia enchia o depósito com 100 euros até que abandonei porque para me tratar tenho de economizar e não consigo porque a reforma é baixa. Nem comia para fazer os tratamentos”, conta.


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Litoral Alentejano – Quarta-feira, 15 de Fevereiro de 2012

Para tratar da Nova Extensão de Saúde de Vila Nova de Milfontes

“Foi escolhido o caminho do desprezo” A ida de Mário Simões a Milfontes terá consequências positivas para a população? Na sua qualidade de Deputado da Nação anunciou que o Governo vai passar à acção ou o polémico episódio provocado pela sua visita não passou de uma promessa sem outras consequências senão aquelas que vieram a público? Nova Extensão de Saúde, construção definitiva ou provisória? Depois da visita - supostamente particular - de autoridades governamentais ligadas à saúde terem visitado a Extensão de Saúde de Vila Nova de Milfontes, José Alberto Guerreiro esclarece o sucedido, enquanto Presidente da Câmara Municipal de Odemira, nomeadamente após a situação bizarra que foi criada, onde não faltaram opiniões e factos pouco interessantes para a vida da população. Esclarece o Presidente de Odemira: “ No passado dia 23 de Janeiro, ouvia-se dizer em Vila Nova de Milfontes que o Secretário Estado da Saúde iria, nesse mesmo dia, visitar a Extensão de Saúde local. Algumas pessoas telefonaram para o Município de Odemira a perguntar a que hora seria tal visita e quem mais iria estar presente. Questionados sobre o assunto, estranhámos, tendo confirmado que ninguém havia comunicado algo sobre o assunto à Câmara Municipal.

A informação da ida do Secretário de Estado a Milfontes, não se viria a confirmar

Sabe-se agora que alguns já sabiam antes e que esperaram pelo Governante, mas afinal quem apareceu foi o Sr. Deputado Mário Simões, acompanhado de responsáveis da ARS Alentejo, ACES do Litoral Alentejano, do Sr. Presidente da Junta de Freguesia, entre outros convidados, que de “molho de chaves na mão” lá foram experimentando as diversas e visitando as instalações. Soube-se a 25 de Janeiro, em comunicado do PSD, que afinal a visita de trabalho era partidária e tinha sido a convite do Sr. Presidente da Junta de Freguesia, algo que temos a

certeza, não ser verdade.

O Deputado Mário Simões afirmou em Vila Nova de Milfontes que é viável a construção de uma nova Unidade de Saúde ainda este ano A 26 de Janeiro foram tornadas públicas afirmações do Sr. Deputado Mário Simões dizendo-se “chocado com a falta de condições” da Extensão de Saúde de Vila Nova de Milfontes. Mais, o Sr. Deputado afirmou que “é viável a construção de uma nova Unidade de Saúde através do Programa Modelar 2, no âmbito da prestação de cuidados de saúde”, afirmando ainda “que é possível avançar para esta solução ainda este ano”, baseando-a numa construção pré-fabricada para servir de posto de saúde em Vila Nova de Milfontes, sobre alegação de restrições orçamentais, não concretizando o seu local de implantação.

José Alberto Guerreiro questiona - Será em terreno da Câmara Municipal? - Soubemos depois que não existindo outra solução terá de ser aí mesmo, em terreno Municipal. Para nós, Vila Nova de Milfontes merece muito mais! Entretanto o Presidente da Autarquia esclarece aquilo que os políticos sabem e muitos populares também: “A responsabilidade da construção da Extensão de Saúde de Vila Nova de Milfontes é do Governo Central, sendo uma justa reivindicação da população local, Câmara Municipal e Junta de Freguesia, que é necessário concretizar”.

É bom recordar que a Câmara Municipal de Odemira já dispõe de projecto e terreno para a construção de uma nova Extensão de Saúde em Vila Nova de Milfontes, à semelhança do que aconteceu em S. Teotónio (onde as condições ainda eram piores e em cuja inauguração das novas instalações, assumimos publicamente a nossa disponibilidade para uma parceria com o Governo na construção de uma solução idêntica em Vila Nova de Milfontes), rejeitando desde sempre a

solução pré-fabricada”.

Há ou não vontade governamental para que o problema existente seja resolvido ainda este ano Segundo José Alberto Guerreiro - “Perante a vontade e disponibilidade do Sr. Deputado Mário Simões e dos responsáveis Regionais da Saúde, dispondo a Câmara Municipal de projecto e terreno, não temos dúvidas de que

Um impasse? Considerando a informação dada pelo Deputado do PSD Mário Simões por ocasião da sua visita à extensão de saúde de Vila Nova de Milfontes, quando afirmou que “é viável a construção de uma nova Unidade de Saúde através do Programa Modelar 2, em Vila Nova de Milfontes”, o Jornal Litoral Alentejano contactou o Presidente da Câmara Municipal de Odemira, no sentido de esclarecer se a referida visita do Deputado terá, para a população de Milfontes, consequências positivas. Ou seja, se o Governo dará luz verde para a construção da Extensão de Saúde de Milfontes ainda este ano, ou a visita do Deputado terá sido - apenas e tão só - uma promessa? A resposta do Presidente José Alberto Guerreiro, conclui que “A questão colocada tem pertinência, mas caberá ao Sr. Deputado e ao Governo responder cabalmente. Estamos em crer que na sequência da visita e anúncio público da proposta do Sr. Deputado, algo acontecerá este ano, independentemente da opinião da Câmara Municipal de Odemira”. A julgar válidas as afirmações proferidas, será construído de novo um pavilhão pré-fabricado “tipo modular” em Vila Nova de Milfontes, em terreno propriedade do Estado (?), ainda no decorrer do ano 2012.

há condições para o problema se resolver já este ano, caso seja essa a vontade governamental, até porque o QREN financia 85% da obra e o estado apenas 15%, não sendo necessário - dessa forma - o pré-fabricado, que é sempre uma solução tipo provisório/definitivo. Neste contexto, lamenta-se que o Sr. Deputado Mário Simões tenha escolhido o caminho do “desprezo” pelo poder local, nem ao menos comunicando à Câmara Municipal a sua visita ao concelho (já o havia feito na visita à Escola Secundária de Odemira). Não admitimos que vá anunciando decisões sem nos consultar, tanto mais que o terreno “escolhido” para a colocação da sua solução de pré-fabricado é Municipal. A boa educação e respeito institucional é um velho princípio cultivado na Câmara Municipal de Odemira, que tem passado de gerações e que se continuará a praticar”.

Nova Extensão de Saúde de Vila Nova de Milfontes provisória ou definitiva? Fica no ar o impasse sobre a futura construção da nova Extensão de Saúde de Vila Nova de Milfontes, aliás, o comunicado emitido pelo PSD comentando o episódio da vista do Deputado Mário Simões a Vila Nova de Milfontes, afirma que: “Os Social-democratas olham com reserva, para a vontade do Presidente da Câmara Municipal de

Odemira de ver construída em Vila Nova de Milfontes uma nova extensão de saúde pois entendem que dada a situação que o País atravessa, não é fácil a concretização de um investimento na ordem dos 800 mil euros. A concelhia do PSD considera assim viável a proposta avançada pelo deputado Mário Simões que prevê a candidatura da extensão de saúde ao Programa Modelar 2”.

A palavra do Presidente da Junta de Vila Nova de Milfontes Em declarações ao Litoral Alentejano, que procurou saber de José Gabriel Lourenço, Presidente da Junta de Vila Nova de Milfontes, perante as hipótese em aberto, qual é a que defende: se uma nova Extensão de Saúde definitiva ou provisória? O Autarca foi muito claro dizendo, que “acredita no bom das pessoas que desejam o melhor para a Freguesia de Vila Nova de Milfontes e para o Conselho de Odemira”, frisando que a sua “função é ser útil à sua população”. Sobre a matéria em causa, para si “o ideal será os decisores juntarem-se à mesa e trabalharem para a melhor solução”. Cumpre-nos - entretanto - referir que fomos atendidos com particular atenção, tendo o Sr. José Gabriel Lourenço connosco trocado alguns esclarecimento adicionais, reveladores da sua dedicação à Freguesia a que preside.


Litoral Alentejano – Quarta-feira, 15 de Fevereiro de 2012

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Mercado do Livramento já reabriu mas causas de acidente estão por apurar Desmoronamento de parede vitimou mortalmente cinco pessoas. LNEC, ACT e PJ tentam apurar causas do acidente. Autarquia mantém confiança na construtora ABB e lamenta aproveitamento político do caso da derrocada. Bruno Cardoso brunojpcardoso@gmail.com O Mercado Municipal do Livramento, em Setúbal, reabriu as portas no passado sábado (11), depois de ter estado encerrado desde terça-feira, dia 7, devido à derrocada de uma parede do edifício camarário, que provocou a morte de cinco pessoas. Apesar de o espaço ter reaberto ao público mais cedo do que se previa, graças ao aval da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), nem tudo está a funcionar com normalidade. Os vendedores de peixe são os mais prejudicados. As suas bancas estavam encostadas à parede que ruiu. Os comerciantes arranjaram, ainda assim, uma solução e têm partilhado entre si o espaço que não está condicionado. Foi criada uma zona de segurança na área do desabamento, com cerca de dois metros, devidamente policiada, até que se avance com a construção de uma parede metálica provisória, que carecia, até ao fecho desta edição, da aprovação do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).

pal de Setúbal, lamentou a tragédia, mas disse manter “toda a confiança” na empresa Alexandre Barbosa Borges (ABB), firma

a quem foi adjudicada esta obra, pelo menos até que se prove que houve realmente uma conduta negligente. O proprietário da “Casa das Bifanas” do Mercado do Livramento, Luís Bernardo, chegou a avançar com essa hipótese, depois de explicar que os operários da empresa estavam a fazer fundações junto da parede que ruiu, retirandolhe consistência. “Até que

seu lado, Henrique João, presidente da Associação de Comerciantes do Mercado do Livramento. A Polícia Judiciária de Setúbal está, no entanto, a investigar este cenário, depois de ter sido levantada a suspeita de que houve alterações no projecto face ao que estava previsto inicialmente. Entretanto, engenheiros do LNEC efectuaram, a pedido da autarquia, perícias no

ainda conhecidas. A ACT não detectou, por seu lado, nenhuma irregularidade. “Os procedimentos estão todos legais e a autarquia está de consciência tranquila”, afirma a presidente

porque, tal como diz, “a câmara nunca teve documentos na sua posse que podiam prever que este acidente acontecesse”. A empresa responsável pela empreitada de ampliação do mercado do Livramento

da câmara municipal, que lamenta “profundamente” o “aproveitamento par-

já lamentou, através de um comunicado, a morte dos seus cinco operários e

ia dotar o espaço camarário de uma área técnica de cargas e descargas, câmaras frigoríficas e uma central de tratamento de lixo. A empreitada estava orçada em pouco mais de 3,8 milhões de euros e estava a ser acompanhada por uma empresa de fiscalização contratada especialmente para o efeito. A autarquia, que garante que a estrutura restante do edifício não está ameaçada, está já a apoiar as famílias das cinco vítimas, inclusive a nível financeiro, e prepara-se para accionar um seguro para ressarcir os comerciantes do mercado pelos prejuízos que tiveram durante os dias em que este esteve encerrado. A derrocada desta parede, com cerca de 50 metros de

Foi esta a parede que ruiu...

...deixando o topo sul do mercado “aberto” Em declarações ao Jornal Litoral Alentejano, Maria das Dores Meira, presidente da Câmara Munici-

se averigúe realmente aquilo que se passou, é perigoso avançar com especulações”, reitera, por

local para que seja possível perceber o que causou o acidente. As conclusões não são

tidário deste assunto tão sério e triste”. A autarca garante ainda que não pensa demitir-se,

também garantiu que cumpria todos os procedimentos de segurança. A construtora de Barcelos

comprimento por oito de altura, destruiu ainda um painel de azulejos de interesse histórico.


15 de Fevereiro/12 Ano II • n.º 52 •

Directora Aliette Martins Director-adjunto Marcos Leonardo Editor Joaquim Bernardo

O União de Santiago do Cacém volta a ter uma sede

Esta Revista faz parte integrante do Litoral Alentejano nº 241 de 1 de Setembro de 2011, não pode ser vendida separadamente

União de Santiago do Cacém inaugurou a nova sede na antiga escola primária

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anos

que mudaram a

Região 01-09-01 01-09-11

Se não conseguiu o seu exemplar peça-o para as nossas delegações

269 822 570 265 235 234

O União de Santiago do Cacém inaugurou dia 4 de Fevereiro a nova sede e assinado o contrato de comodato com a Câmara Municipal de Santiago do Cacém que cedeu a título gratuito parte das instalações da antiga escola primária da Avenida. Considerado um dia histórico para o clube, que foi fundado em 18 de Outubro de 1938. À cerimónia não faltaram sócios e simpatizantes do clube, assim como atuais e antigos jogadores que se encontra atualmente a competir na 2ª divisão Distrital. O dia começou com o hastear das bandeiras, seguido da atuação da Banda da Sociedade Filarmónica e do descerramento da placa de inauguração das instalações pelo Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Vítor Proença e pelo Presidente da direção do União, Vítor Louricho, que emocionado agradeceu o empenho da atual direção e

também à Câmara Municipal por ter cedido as instalações para a nova sede do clube. “Este clube merecia isto, eu sabia que este dia chegava e a todas as pessoas que tem trabalhado comigo neste projeto ficam os meus agradecimentos”, disse

Vítor Louricho que sublinhou a importância da atribuição das instalações para o futuro do clube. “Esta câmara tem sido para nós um elo muito importante, temos um canal aberto e eles têm feito de tudo para que o União possa ser o União”, realçou o presidente da direção. Para o autarca de Santiago do Cacém, “a câmara reconheceu o trabalho desta direção e o empenho de todos os seus elementos e assim decidiu proporcionar ao clube um espaço muito interessante que já dá para organizarem um conjunto de iniciativas com o objetivo de angariarem receitas para o clube”. A mesma opinião tem a vereadora do Desporto, Margarida Santos que explicou que a autarquia “foi verificando que esta nova direção é constituída por uma equipa coesa com determinação para melhorar a vida do clube”. Antiga glória do clube, Eduardo

Candeias, mais conhecido pelo Ferreirinha estava emocionado e feliz por estar a assistir a um acontecimento que representa “a continuidade do clube”. “Há 46 anos que estou ligado a este clube, fui jogador, diretor e até roupeiro. Deixei a minha família durante muitos anos para fazer parte do União e esta sede representa o futuro do clube que não tinha casa”, desabafou o antigo jogador e dirigente. A nova sede, conta com um Bar, sala de Jogos e um recinto exterior para a realização de bailes e outras festas. As paredes contam através de fotografias e troféus a história do clube santiaguense, que já disputou os Campeonatos Nacionais da 2ª e 3ª divisão. Depois de uma profunda crise o clube está a renascer e a inauguração desta sede é considerado pelos sócios como “o inicio de uma nova vida para o clube” que conta com uma equipa de seniores, veteranos, iniciados e Juvenis.

Futebol: Taça do Distrito de Setúbal

Barreirense e Quinta do Conde vão disputar a final da Taça de Setúbal Aconteceu Taça na Quinta do Conde, onde a equipa local a disputar a 2ª divisão, eliminou o Vasco da Gama de Sines do escalão principal. Nas meias-finais realizadas no dia 12 de Fevereiro, o Quinta do Conde recebeu o

Vasco da Gama de Sines e venceu por 1-0. Depois de uma igualdade a zero ao intervalo, no inicio do segundo tempo, o Quinta do Conde com um remate de fora da área chegou à vantagem por 1-0, que lhe garantiu a vitória. O Vasco

da Gama teve mais oportunidades e mais posse de bola, mas foi incapaz de marcar e acabou por ser eliminado da prova. O Amora recebeu o Barreirense no final dos 90 minutos registavase uma igualdade a dois golos.

No prolongamento o Barreirense conseguiu colocar-se em vantagem e venceu por 3-2. Barreirense e Quinta do Conde vão disputar dia 25 de Abril, a final da Taça do Distrito de Setúbal.


Litoral Alentejano – Quarta-feira, 15 de Fevereiro de 2012

Natação - Seleção Nacional de AA

Maria Marques convocada para estágio

A atleta sénior do CNLA, Maria Marques, voltou a merecer a confiança do selecionador nacional de Águas Abertas e foi convocada para o 2º estágio de preparação global que a Seleção vai realizar no Campus Aquático de Montemor-oVelho, entre os dias 18 e 22 de Fevereiro, e para o qual estão convocados 18 atletas (nove masculinos e nove femininos). Maria Marques tem vindo a evidenciar-se no domínio das AA nas últimas duas temporadas, com resultados de relevo nas competições nacionais.

Dia 11 de Fevereiro de 2012

Santo André recebeu encontro de Traquinas

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Natação: Open de Inverno de Masters

CNLA conquista nove títulos nacionais de Masters O Clube de Natação do Litoral Alentejano (CNLA) foi um dos clubes em destaque no Open de Inverno de Masters, competição realizada nos dias 28 e 29 de Janeiro em Tomar. Mesmo com uma representação pouco numerosa – Alexandre Souza, David Gorgulho, Rodrigo Costa, Germano da Velha e José Carlos Rosa – os cinco atletas presentes colocaram o clube entre os oito melhores clubes nacionais em termos de títulos (nove) e lugares de pódio conquistados (13), com a participação a ser ainda abrilhantada com dois recordes nacionais. O elemento em maior destaque da delegação do CNLA foi Rodrigo Costa, que conquistou três títulos no escalão C (35-39 anos): 100 Estilos (1:02.73), 200 Estilos (2:19.90) e 100 Bruços (1:08.31), com esta última marca a constituir um novo Recorde Nacional do seu grupo etário. Também em destaque esteve Germano

da Velha (escalão F, 50-54 anos), que obteve dois títulos: 100 Estilos (1:12.54) e 100 Bruços (1:15.77), com este último tempo a constituir um novo máximo nacional. David Gorgulho (escalão B, 30 – 34 anos)

venceu igualmente por duas vezes – 50 Mariposa (28.42) e 50 Costas (29.56) – e Alexandre Souza (escalão A, 25-29 anos) venceu os 50 Livres (25.63) na sua estreia em competições nacionais. Também em estreia neste

contexto competitivo esteve José Carlos Rosa (escalão F), cuja participação foi igualmente positiva e de onde sobressai a melhoria registada nos 50 Livres (49.37).

Futebol - Taça do Inatel de Setúbal

Bairro do Olival e Aldeia dos Chãos apurados para a 2ª fase O Campo Municipal de Vila Nova de Santo André recebeu no dia 11 de Fevereiro, o 4º Encontro Distrital de Traquinas da A.F. Setúbal, prova destinada a atletas com idades entre os 7 e os 8 anos. A iniciativa contou com a participação de mais de uma dezena de equipas. Do Litoral Alentejano estiveram presentes o Estrela de Santo André (A e B), Vasco da Gama (A e B), Associação Luvas Pretas (A) e Grandolafoot (A). Participaram ainda o C. Industria, Amarelos, Ídolos da Praça, Alfarim e 1º Maio. Participaram cerca de uma centena de jovens atletas. No dia 24 de Março, realiza-se no mesmo local um encontro de Petizes.

Resultados da 13ª jornada da Taça do Inatel de Setúbal. Grupo-A: Cadoços - 0 Aldeia dos Chãos- 3; Juventude Carvalhal- 1 Curvas- 0 e Forninho- 4 Vale Figueira1. Com a vitória do Forninho em casa perante o Vale Figueira, as contas deste grupo ficaram já fechadas, com o apuramento imediato do Bairro do Olival, Forninho e Aldeia dos Chãos, restando apenas definir a ordem classificativa dos mesmos. Bairro Olival comanda com 23 pontos em 10 jogos realizados, á frente do Forninho com os mesmos 23 pontos, mas com 11 jogos. Em 3º está a Aldeia dos Chãos com 21 pontos; seguindo-se em 4º e 5º, Vale Figueira e Juventude Carvalhal, ambos com 12 pontos. O 6º é o Curvas com 7 pontos e o último o Cadoços com apenas 4 pontos. No próximo Sábado, jogam Aldeia dos Chãos - Bairro Olival e Vale Figueira – Juventude Carvalhal e no Domingo, Cadoços - Curvas; para cumprir calendário. Grupo-B: Casa Povo de Corroios- 2 Vale Milhaços2; Areias- 0 Azul Ouro- 1 e Terras da Costa- 6 Passil- 2.

Azul Ouro venceu o grupo com 22 pontos, á frente da Casa Povo de Corroios que somou 20. O Terras da Costa ao ganhar em casa o seu duelo com o Passil, assegurou o 3º lugar, para já com 16 pontos, mas que lhe garante desde já a qualificação. O 4º lugar é do Passil com 11 pontos e o 5º é do Vale Milhaços com 10 pontos. O 6º e último é o Areias com apenas 1 ponto. No próximo Domingo en-

cerra a 1ª Fase com os jogos Vale Milhaços –Terras Costa e Passil - Areias; já sem qualquer influência nas posições finais mais relevantes. Grupo C: Valdera- 1 Rio Frio- 2 e Jardiense- 2 Lagoa Palha- 1. O Águias Negras lidera com 20 pontos, seguido do Jardiense com 14; e da Lagoa da Palha em 3º com 12 pontos. Em 4º lugar segue a Valdera com 11 pontos; em 5º o Rio Frio com 10 e em último o Sport

Clube Sado com 8 pontos. No Domingo, para além do Lagoa Palha-Valdera joga-se o Rio Frio-Águias Negras. A Tabela dos Melhores Marcadores, continua a ser liderada por André Rodrigues(CP.Corroios) com 13 golos em 10 jogos; seguido de Filipe Vilhena-(Ald.Chãos) também com 13 tentos mas em 11 jogos efectuados. O 3º lugar pertence a Lino(Forninho) com 9 golos apontados.


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Futebol - Campeonato Distrital da 2ª Divisão - AF Setúbal

Juventude Melidense venceu em Santiago do Cacém

Jornada marcada pela deslocação do líder Melides a Santiago do Cacém, onde venceu por 2-1. Uma partida muito disputada, com muita luta, onde a equipa de Melides foi mais eficaz e acabou por somar os três pontos. Destaque para a estreia de Jorginho na equipa santiaguense. O Estrela de Santo André depois de quatro derrotas consecutivas deslocou-se ao campo da Charneca da Caparica onde venceu por 2-1. Com esta vitória a equipa de Santo André voltou a entrar na luta pela passagem à 2ª fase. Na próxima jornada, o líder Melides joga em Vila Nova de Santo André. Resultados da 14ª jornada: M. Caparica,1 Quinta do Conde,3; Faralhão,2 Lagameças,2; União de Santiago,1 Melidense,2; Arrentela,2 Almada,0 e

Futebol: 1ª Divisão - AF Beja

Milfontes empatou em Castro Verde

No principal jogo da 17ª jornada, o líder Castrense recebeu o segundo classificado Milfontes e não conseguiu melhor do que uma igualdade a zero. Um resultado que deixou tudo na mesma o Castrense continua com mais cinco pontos do que o clube de Milfontes. Resultados: Cuba,0 Guadiana,1; Panoias,1 Vidigueira,2; Castrense,0 Milfontes,0; Rosairense,1 Almodovar,3; Odemirense,4 Serpa,1; Ferreirense,2 São Marcos,2 e Desp. Beja,0 Aldenovense,2. Classificação Geral: 1º Castrense,43; 2º Milfontes,38; 3º Ferreirense,31; 4º Serpa,38; 5º Panoias e Aldenovense,27; 7º Vidigueira,25; 8º Rosairense,24; 9º Odemirense,23; 10º Almodovar,22; 11º São Marcos,16; 12º Desp. Beja,15; 13º Guadiana,13 e 14º Sp. Cuba,7 pontos. Na 18ª jornada, dia 19 de Fevereiro, vão jogar: Vidigueira – Guadiana; Milfontes – Panoias; Almodôvar – Castrense; Serpa – Rosairense; São Marcos – Odemirense; Aldenovense – Ferreirense e Desp. Beja – Cuba.

Futebol: 2ª divisão - AF Beja

Ch. Caparica,1 Est. Santo André,2. Classificação Geral: 1º Melidense,31; 2º Quinta do Conde,26; 3º Arrentela,23; 4º U. Santiago e Almada,22; 6º M. Caparica e Lagameças,17; 8º Est. Santo André,16;

9º Faralhão,11 e 10º CH. Caparica,7 pontos. Na 15ª jornada, dia 18 de Fevereiro, vão jogar: Almada – M. Caparica; Quinta do Conde – Faralhão; Lagameças – União de Santiago; Est. Santo André – Melides e

CH. Caparica – Arrentela. Na 16ª jornada, dia 26 de Fevereiro, vão jogar; M. Caparica – Ch. Caparica; Faralhão – Almada; U. Santiago – Quinta do Conde; Melidense – Lagameças e Arrentela – Est. Santo André.

São Teotónio venceu o Barrancos

Hóquei - Campeonatos Regionais

H. Vasco da Gama Campeão Regional de Iniciados

Hóquei Vasco da Gama e Iniciados e HCP de Grândola em Infantis sagraram-se Campeões regionais de Hóquei em Patins. No escalão de Juvenis: 1º CP Beja, 41 (Campeão Regional), 2º HC Santiago,40; 3º Seixal,35 (todos apurados para o Campeonato Nacional). 4º Sesimbra,33; 5º Estremoz,20; 6º Naval Setubalense,16; 7º HC Grandola, 9; 8º Azeitonense,7 e 9º Diana de Évora,6 pontos. No escalão de Iniciados: 1º Hóquei Vasco da Gama,49 (Campeão Regional), 2º Estremoz,46, 3º Beja,31(apurados para o nacional), 4º Sesimbra,29, 5º Boliqueime,28, 6º HCP

Resultados da 15ª Jornada: Amarelejense,5 Messejanense,1; Bairro da Conceição,4 – Vale de Vargo,2; Ourique,2 Sanluizense,0; São Teotónio,3 Barrancos,0; Piense,4 Cabeça Gorda,0 e Negrilhos,1 – Saboia,4. Classificação Geral: 1º Piense,31; 2º Cabeça Gorda,30; 3º Amarelejense e Bairro da Conceição,27; 5º São Teotónio,26; 6º Saboia,25; 7º Ourique,21; 8º Messejanense,17; 9º Alvorada e Vale de Vargo,14; 11º Sanluizense,13; 12º Barrancos,6 e 13º Negrilhos,4 pontos. Na próxima jornada, dia 25 de Fevereiro, vão jogar: Messejanense – Alvorada; Vale de Vargo – Amarelejense; Sanluizense – Bairro da Conceição; Barrancos – Ourique; Cabeça Gorda – São Teotónio e Sabóia – Piense.

Futebol - Taça Distrito de Beja

Grandola,27, 7º Naval Setubalense,19, 8º Fabril do Barreiro,18, 9º HC Santiago,9 e 10º Seixal,4 pontos. No escalão de

Infantis: 1º HCP Grândola (Campeão Regional), 2º Estremoz, 3º Boliqueime, (apurados para o nacional), 4º Naval Setubalense, 5º

Hóquei Vasco da Gama, 6º Azeitonense, 7º Sesimbra, 8º HC Portimão, 9º HC Santiago, 10º São Filipe, 11º Alcacerense e 12º Seixal.

Odemirense joga em Milfontes dia 11

Futebol: Taça do Inatel de Beja

Sonega apurada para a 2ª fase

Ao empatar em casa a dois golos frente ao Malavado e beneficiando da derrota do Bemposta no Cercal do Alentejo, a equipa da Sonega conquistou a uma jornada do fim, o primeiro lugar na série A da Taça do Inatel de Beja. Resultados da 13ª jornada: Sonega,2-Malavado,2; Cercal do Alentejo,1 Bemposta,0 e Cavaleiro,2 Campo Redondo,2. Classificação Geral:1º Sonega,22; 2º Bemposta,16;

3º Longueira,15; 4º Malavado,14; 5º Cavaleiro e Cercal do Alentejo,13 e 7º

Campo Redondo,9 pontos. Dia 26 de Fevereiro, vão jogar: C. Redondo

– Longueira; Malavado – Cercal do Alentejo e Bemposta – Cavaleiro.

Milfontes e Odemirense vão defrontar-se na 3ª eliminatória da Taça do Distrito de Beja. Resultados da 2ª eliminatória: Serpa,3 Messejanense,2; Panoias,0 Milfontes,2; Rosairense,2 Amarelejense,0; Odemirense,4 Cuba,0; Aldenovense,3 Saboia,0; Cabeça Gorda,2 Castrense,2 (4-3 AP); Vidigueira,4 Ferreirense,2 e Bairro da Conceição,0 – Almodovar,3. No dia 11 de Março, na 3ª eliminatória vão jogar: Aldenovense – Serpa; Vidigueira – Rosairense; Milfontes – Odemirense e Cabeça Gorda – Almodôvar.


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Futebol - 1ª Distrital de Setúbal

Vasco da Gama atrasou-se na luta pela subida de divisão Uma jornada onde o Vasco da Gama perdeu e permitiu ao Barreirense ampliar para cinco pontos, a diferença entre as duas equipas. O líder Barreirense, jogou no campo do Maritimo Rosarense e venceu por 2-1, numa partida onde foi claramente superior. O Vasco da Gama deslocou-se ao BM Almada e perdeu por 3-1, numa partida onde os responsáveis do Vasco da Gama criticam a actuação da equipa de arbitragem. O BM de Almada beneficiou de duas grandes penalidades e a equipa sineense terminou com 8 jogadores, por expulsão de Maicon, Mikó e Herbert. Uma partida onde a equipa sineense tem razões de queixa da equipa de arbitragem que realizou um trabalho muito fraquinho e com clara influência no resultado final. Resultados da 15ª jornada: Palmelense,1 Zambujalense,1; M. Rosarense,1 Barreirense,2; Comercio e Industria,1 – Cova da Piedade,3; Grandolense,1 Amora,0; Paio Pires,2 Alcacerense,1; BM Almada,3 Vasco da Gama,1; Luso do Barreiro,3 Sarilhense,3 e Alfarim,4 Desp. Portugal,2. Classificação Geral: 1º Barreirense,34; 2º Vasco da Gama e Paio Pires,29; 4º Palmelense e Cova da Piedade,28; 6º Amora,27; 7º Alcacerense,24; 8º Alfarim,23; 9º Desp. Portugal,20; 10º Grandolense,19; 11º BM Almada,18; 12º Sarilhense,16; 13º C. Industria,14; 14º M. Rosarense e Zambujalense,10; e 16º Luso do Barreirense,7 pontos. Na 16ª jornada, dia 18 de Fevereiro: Alfarim – Sarilhense; Desp. Portugal – Zambujalense; BM Almada – Alcacerense; Paio Pires – Amora; Grandolense – Cova da Piedade; C. Industria – Barreirense; M. Rosarense – Palmelense e Luso do Barreiro – Vasco da Gama. Na 17ª jornada, dia 26 de Fevereiro: Sarilhense – Desp. Portugal; Vasco da Gama – Alfarim; Alcacerense – Luso do Barreiro; Amora – BM Almada; Cova da Piedade – Paio Pires; Barreirense – Grandolense; Palmelense – Comercio e Industria e Zambujalense – M. Rosarense.

Depois de rescindir com o Arouca

Jorginho reforçou o União de Santiago

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Com 40 mil euros para cada concelho

Repsol apoia colectividades de Sines e Santiago do Cacém Repsol apoiou colectividades de Sines e Santiago do Cacém com uma verba de 40 mil euros para cada concelho. No concelho de Sines, a Repsol apoia 16 coletividades, com um apoio total de 40 mil euros. São apoiadas, A Gralha (2500), Academia de Ginástica de Sines (2500), Andebol Clube de Sines (3000), Associação de Caçadores do Concelho de Sines (1000), Associação Recreativa de Dança Sineense (2000), Associação Sines Solidária (1000), Bombeiros Voluntários de Sines (2000), Cercisiago (3000), Clube de Natação do Litoral Alentejano (1000), Clube Desportivo e Recreativo de Porto Covo (500), Contra-Regra – Associação de Animação Cultural (5000), Ginásio Clube de Sines (1000), Hóquei Clube Vasco da Gama (2500), Independentes Futsal Associação (2000), Siga a Festa – Associação de Carnaval (7000) e Vasco da Gama Atlético Clube (4000). Na cerimónia de assinatura dos protocolos, o presidente da Câmara, Manuel Coelho, destacou “a importância extraordinária” das coletividades e instituições para Sines e disse que as empresas

devem assumir uma prática de parceria com a Câmara nos apoios às associações e entidades que trabalham para o desenvolvimento dos desportos, da cultura e da solidariedade social, de modo a melhorar as suas atividades e tornar o concelho e a cidade mais atrativos para as pessoas e os investimentos produtivos”. No concelho de Santiago do Cacém, a Repsol apoia seis colectividades, igualmente com um valor de 40 mil euros. A autarquia não quis

divulgar as verbas atribuídas a cada associação, mas o nosso jornal conseguiu junto das associações saber o valor atribuído a cada uma. As colectividades apoiadas foram: Estrela de Santo André (7.000), Hockey Club de Santiago(2.000), ICEQuinta da Educação(2.500), Juventude Atlético Clube(5.000), Quadricultura Associação(3.000) e União Sport Club de Santiago do Cacém(20.000). No final da cerimónia, Vítor Proença, destacou a

“importância destes apoios para associação que passam por grandes dificuldades, e que fazem um grande trabalho no município na divulgação da cultura e do desporto.” Estes Protocolos visam o desenvolvimento de actividades sociais e de utilidade pública pelas várias colectividades e associações contempladas. Sebastian Mussini, que deixou o cargo de diretor da Repsol e foi substituído por José Font Manez, não quis prestar declarações aos jornalistas.

Atletismo: 10ª edição do Grande Prémio de Grândola

Sérgio Silva e Jelena Prokopchupkas venceram Jorginho estreou-se no dia 5 de Fevereiro, com a camisola do União de Santiago do Cacém frente ao Juventude Melidense, onde a equipa santiaguense perdeu por 2-1. Actuando no meio campo, com a camisola 7, Jorginho actuou durante toda a partida, não conseguiu fazer a diferença, mostrando não estar habituado a este tipo de futebol. Aos 33 anos, Jorginho está pela primeira vez a jogar num campeonato distrital, depois de actuar em todos os escalões do futebol nacional.

Sérgio Silva e Jelena Prokopchupka foram os vencedores da 10ª edição do Grande Prémio de Grândola - Circuito José Afonso. Perto de sete centenas de concorrentes preencheram as ruas da Vila de Grândola nesta prova de atletismo, uma organização da Junta de Freguesia local. Sérgio Silva, do Maratona, impôs-se ao seu colega de equipa, Sérgio Dias, com o

letão Valery Zholnerovich a chegar em terceiro lugar. Na corrida feminina, foi a conhecida letã Jelena Prokopchuka, medalha de bronze dos mundiais de meia maratona em 2002, a concluir a corrida na primeira posição, à frente de Raquel Trabuco (Elvense de Natação) e Vera Nunes (Benfica). Terminaram a prova 694 concorrentes.


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Tróia vai acolher declaração oficial das 7 Maravilhas – Praias de Portugal Apresentação do projecto decorreu no local e contou com a presença do Secretário de Estado do Ambiente e Ordenamento do Território. Região anfitriã acredita que iniciativa pode alavancar turismo e gerar riqueza. Bruno Cardoso brunojpcardoso@gmail.com A região do Litoral Alentejano vai ser a anfitriã da iniciativa 7 Maravilhas – Praias de Portugal, cuja declaração oficial está agendada para o próximo dia 8 de Setembro, em Tróia. Durante a apresentação oficial do projecto, na terça-feira, dia 7, Carlos Beato, presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo Litoral, garantiu que este vai “potenciar a estratégia de turismo seguida pela região nos últimos anos” e dar mais visibilidade à sua extensa frente de praias, a maior parte das quais detentora do galardão da bandeira azul e acessível a praticamente todos. Tal como avançado na edição passada do Jornal Litoral Alentejano, a região vai candidatar 22 praias à iniciativa, das quais doze poderão ser encontradas no

município de Grândola. O presidente da câmara municipal congratula-se com os números e espera que pelo menos um dos seus areais saia vencedor na categoria

e de excelência”, diz. A mesma posição é partilhada, aliás, pelo Secretário de Estado do Ambiente e Ordenamento do Território. Pedro Afonso de Paulo acredita que o concurso pode ajudar a “consciencializar as pessoas para a importância que o turismo tem para a economia nacional, numa altura em que o país precisa de soluções para sair da crise”. “As 7 Maravilhas – Praias de Portugal podem vir também a contribuir para uma melhor reorganização do território à beira-mar e para a eficiência do país”, acres-

Luís Segadães, presidente das 7 Maravilhas; Pedro Afonso de Paulo, Secretário de Estado; Carlos Beato, presidente do Turismo do Alentejo Litoral em que concorre. “Trata-se de uma oportunidade que afirma o trabalho da região, que continua a achar que pode ser um destino turístico forte, ímpar

centa, em declarações ao Jornal Litoral Alentejano. Catarina Furtado, apresentadora de televisão que vai dar a cara e a voz pela iniciativa, garante conhecer

“bem” a região anfitriã do concurso e acredita que as praias, “além de reforçarem a identidade nacional, promovem a projecção do ambiente e ajudam a estimular o turismo, unindo as pessoas em torno de algo tão nosso”. A iniciativa das 7 Maravilhas – Praias de Portugal deverá ser objecto de candidatura ao Quadro de Referência Estratégico Nacional. A região anfitriã vai apoiar o projecto apenas a nível logístico, embora não esteja descartada a possibilidade de esse apoio também ser do foro financeiro. As linhas gerais da parceria serão definidas com a assinatura

de um compromisso formal, em breve. A eleição das sete melhores praias nacionais vai decorrer até ao próximo dia 8 de Setembro. As 21 finalistas serão escolhidas por votação pública, através de uma SMS, da Internet ou por chamadas telefónicas. As vencedoras serão apuradas pelo maior número de votos em cada uma das sete categorias a concurso (praias de rios, de albufeiras e lagoas, urbanas, de arribas, de dunas, selvagens e de uso desportivo) e não é possível a uma região do país eleger mais do que uma praia. A primeira fase de nomeações terminou no passado

dia 15 de Janeiro, cabendo agora a um painel de setenta especialistas, escolher as setenta praias pré-finalistas. Figuras públicas de todos os quadrantes da sociedade portuguesa, cujos nomes estão por saber, irão escolher até dia 7 de Maio as 21 finalistas. A votação pública decorrerá a partir desse dia e prolongar-se-á por um período de quatro meses. Em 2011, 66 milhões visitaram as praias nacionais, dos quais onze milhões eram estrangeiros. O país tem 600 quilómetros de praias e 250 quilómetros de zonas fluviais com aptidão para actividades balneares.

Grândola e Setúbal unem esforços para promover turismo da Região Acordo constitui virar de página nas relações institucionais entre as duas autarquias. Objectivo passa por criar no turista apetência pelo regresso, gerando riqueza e bem-estar. Bruno Cardoso brunojpcardoso@gmail.com As câmaras municipais de Grândola e de Setúbal e as entidades regionais de turismo do Alentejo Litoral e de Lisboa e Vale do Tejo assinaram um protocolo que visa promover de forma integrada o turismo da região. A parceria deverá vir mesmo a aproximar as autarquias lideradas, respectivamente, por Carlos Beato e Maria das Dores Meira, cujas relações institucionais chegaram a estar tremidas no passado devido às críticas que foram feitas de parte a parte sobre a actual realidade da península de Tróia. O presidente da câmara grandolense garantiu, ao Jornal Litoral Alentejano,

que este se trata de “um momento de viragem” e tentou desvalorizar as acusações que foram feitas nessa época. “Só é pena que esta estratégia turística comum planeada para a região não tenha surgido há bem mais tempo”, desabafa. O acordo assinado entre as quatro partes visa, na prática, potenciar os recursos naturais e turísticos da região, gerando desenvolvimento, crescimento económico e bem-estar, num contexto económico e político “particularmente complexo”. Maria das Dores Meira garante, ainda assim, que a região “vai traçar o seu caminho, porque apre-

senta tudo aquilo que Portugal tem do seu melhor”. A autarca reitera ainda a “absoluta necessidade de existir um olhar específico sobre o território de quem o conhece”. “Recusamos modelos de controlo remoto das políticas de promoção e desenvolvimento turístico da zona que, no passado, nunca produziram os resultados aceitáveis”, sublinha. Além da elaboração de projectos de desenvolvimento turístico para ambos os concelhos, as duas edilidades comprometem-se a unir esforços para desencadear estratégias que visam a sua implementação e promoção. A apresentação de relatórios periódicos sobre estes projectos também está prevista no protocolo. Todas estas medidas visam captar e fidelizar mais turistas, a nível nacional e internacional. Cerca de 22 por cento dos portugueses escolhem, aliás, as zonas de Grândola e de Setúbal para passar as suas férias. Estes

números podem, contudo, vir a aumentar no futuro, caso a região consiga criar no turista apetência pelo regresso. “O desafio passa

ter nesta estratégia, “por permitirem à região diferenciar-se, pela positiva, de todas as demais”. A parceria agora estabele-

nível do turismo de natureza, sol e mar, golfe, touring cultural e paisagístico, birdwatching, eventos, vinhos e gastronomia.

por dar mais visibilidade às potencialidades que as duas margens do rio Sado já apresentam”, sublinha Joaquim Rosa do Céu, presidente da Entidade Regional de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo, que não esquece a importância que os golfinhos sadinos podem

cida teve o seu empurrão inicial na noite da última passagem de ano, ocasião em que fogos de artifícios das duas margens do Sado iluminaram o rio de forma coordenada, fazendo as delícias dos visitantes. O protocolo deverá assim identificar actividades a desenvolver ao

Apesar de estas actividades permanecerem por divulgar publicamente, já estão previstas algumas manifestações gastronómicas da zona, com a comida típica setubalenses a ocupar lugar de destaque em Tróia.


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Alentejo Litoral diz Não à reorganização do Carnaval Em tempo de crise, fazendo jus ao ditado que afirma que “tristezas não pagam dívidas”, nada melhor que deitar para fora das costas o peso das preocupações que todos temos. Que os dias de Carnaval que se aproximam possam servir de motor para exorcizar algum desalento existente, convertendo-o em ritmo e alguma alegria é o que todos precisamos. No nosso País, o Carnaval antigo, chamado “Entrudo Português”, acontecia também no período anterior à Quaresma e tinha um significado ligado à Liberdade. Esse sentido, apesar de tudo, continua a permanecer até aos dias de hoje. A prová-lo registe-se a polémica que se instalou após o Primeiro-ministro ter anunciado a não tolerância de ponto para o dia mais carismático do Carnaval, dando origem a uma reacção dos populares e, por consequência, talvez, dos Autarcas de todos os cantos do País que - rapidamente - perceberam as dificuldades que a medida anunciada - em termos económicos – poderia provocar, para além de

ditos opiniosos que pouco ou nada contribuem para o estímulo de quem suporta duramente a crise instalada, também os bolsos de muitos. Mas, voltemos ao Carnaval, que – neste espaço - é o que importa.

Carnaval no Alentejo Litoral No Alentejo Litoral, ao contrário do anuncio governamental da abolida tolerância de ponto na terça-feira - dia 21 - que obrigaria, a que, a preparação da Festa Carnavalesca, já com a sua contabilidade assumida, em várias regiões, viesse a sofrer eventuais reorganizações, deitando por terra

algum investimento realizado e, não só… Analisado o cenário criado, autoridades políticas e sociais das localidades, tomaram a decisão de contrariar a “superior ordem” do Governo, fazendo com que, o momento, seja o de ajustar a informação, actualizando-a, no sentido de noticiar quais serão os Concelhos que não cumprirão a tradição do Carnaval e os que optaram por fazê-la cumprir.

Sines vai festejar o Carnaval Tradicional Nesse contexto, a informação existente no mapa das

localidades em que os festejos carnavalescos serão celebrados - e que incluem a chamada terça-feira gorda - já todos sabemos qual é, atravessa todo o território Nacional e, também sabemos que o Alentejo Litoral não terá necessidade de reorganizar o seu Carnaval. Assim, a notícia vinda da Câmara Municipal de Sines é a de que, “Face à decisão anunciada pelo Governo de, ao contrário do que sempre tem acontecido, este ano não ser concedida tolerância de ponto aos funcionários públicos na terça-feira de Carnaval, 21 de Fevereiro”, por isso, a Edilidade, “no âmbito das suas competências,

vai conceder tolerância de ponto aos seus funcionários”.

O Mar e a América Latina

A Câmara Municipal de Santiago do Cacém decidiu também conceder tolerância de ponto, no dia de Carnaval, terça-feira, dia 21 de Fevereiro. A Autarquia decide assim

O tema do Carnaval 2012 em Alcácer do Sal é a “Selva” e todas as suas diferentes interpretações: a selva urbana em que muitos de nós vivemos, a selva amazónica, a selva em que se transformou a sociedade de consumo actual, a selva como local de preservação de espécies em risco e refúgio de tribos esquecidas.

Grândola em Festa

Destaque-se que o Carnaval de Sines 2012 teve a sua abertura oficial na noite do passado dia 4 de Fevereiro, com as eleições dos Reis do Carnaval e dos Soberanos dos mais pequeninos, uma iniciativa inédita que se realizou pela primeira vez em 2007, com êxito junto do público infantil. Entretanto, a animação em Sines vai prolongar-se pelos dias: 17, 18,19, 20, 21 e 22 de Fevereiro e, segundo a entidade organizadora, o Carnaval embora não tenha sido sujeito a qualquer tema, este ano, o tema “O Mar e a América Latina” vão ser os mais destacados, não esquecendo as críticas sociais. Na terça-feira, na parte da tarde, o Carnaval voltará à Avenida e, para não fugir a tradição, na quarta-feira dia 22 de Fevereiro, realizarse-á o enterro do Entrudo, encerrando - oficialmente o Carnaval de Sines 2012.

Para que conste, o Carnaval de Sines, é uma festa de grande tradição na Costa Alentejana desde 1926.

Santiago do Cacém terá tolerância de ponto

fazer cumprir a tradição dos festejos carnavalescos existentes na região do Alentejo Litoral.

Alcácer do Sal Desfile de Carnaval realiza-se no dia 18 e retoma circuito habitual

De Alcácer do Sal, a informação é a de que, o habitual desfile de carnavalesco que anima as ruas da cidade de Alcácer do Sal realiza-se este ano, no sábado, dia 18 de Fevereiro devido à não concessão de tolerância de ponto por parte do Governo para a 3ª feira de Carnaval. Entretanto, mantém-se a data de 19 de Fevereiro (domingo) para o corso na Vila do Torrão. Ao contrário do que foi inicialmente anunciado, o circuito não sofre alterações face aos anos anteriores,

tendo concentração marcada para a praça Pedro Nunes/ parque de estacionamento dos Pescadores e início a partir das 15 horas, percorrendo a avenida João Soares Branco, largo 25 de Abril e avenida dos Aviadores.

“Porque o nosso carnaval não passa na televisão venham ter connosco ao Pavilhão”. O convite partiu de Grândola que aproveita a oportunidade para, com o chão da casa, fazer uma rima apropriada. Dizem os organizadores:

Prepare as máscaras e os adereços. Neste carnaval há duas noites de “Grândola em Festa” no Parque de Feiras e Exposições. Esta é a 6ª edição da festa de carnaval organizado pela associação age.GDL, num formato renovado, que espera muitos foliões e promete muita animação. Noites de folia serão, no sábado, dia 18, a partir das 23h com o DJ Frederico Barata e o DJ Grouse e, na segunda, dia 20, a partir das 21h30 com o acordeonista Eliseu Brás, a brasileira Edna Pimenta e a Banda Bambaiana, as DJ´s SIS e um Dj Convidado. “Grândola em Festa” conta com os apoios da Câmara Municipal de Grândola e Junta de Freguesia de Grândola.

Setúbal com tolerância de ponto

A Presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira decidiu dar tolerância de ponto na terça-feira de Carnaval. Segundo declarações da Edil “a Câmara vai manter as suas portas fechadas e os seus trabalhadores podem participar no Carnaval e criar dinâmica e riqueza local”. Entretanto, Bruno Frazão, presidente da ACOES – Associação do Carnaval e Outros Eventos de Setúbal, está convicto de que “tudo irá correr dentro da normalidade. O corso vai sair, tal como estava previsto”, afirmou, Bruno Frazão, sublinhando que o facto de haver tolerância de ponto, “será bom para as colectividades”.

Este ano, a entrada é livre Este ano, os tradicionais desfiles de foliões de Setúbal, realizam-se nos dias 19 e 21 deste mês, centrando-se na avenida Luísa Todi. Com entrada livre (este ano a população não irá pagar para assistir ao desfile), os desfiles contam com 250 participantes de seis colectividades e diversos grupos informais. Serão antecedidos de momentos de animação a partir das 15 horas, no Auditório José Afonso. Nos desfiles vão participar a Associação dos Comerciantes do Mercado do Livramento, com o tema “Mitologia dos Mares”, a Associação de Moradores do Bairro da Anunciada, com a temática “As Sardinhas entre nós” e a “Academia Cultural Teatro e Artes de Setúbal”, que apresentará “Smurf e Smurfinas”.


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Litoral Alentejano – Quarta-feira, 15 de Fevereiro de 2012

Sines vai realojar famílias de etnia cigana em pré-fabricados A decisão de instalar cerca de 15 famílias, a maioria de etnia cigana, em pré-fabricados levantou dúvidas à população. A CM de Sines diz que o objectivo é limpar a zona do futuro complexo desportivo e garante que não cede instalações a famílias que não residam no concelho. Helga Nobre helga.nobre@gmail.com A Câmara Municipal de Sines vai instalar cerca de 15 famílias do concelho, que vivem em barracas, na área

da futura Cidade Desportiva e das Barradas, em préfabricados, localizados no Bairro Social da Floresta. À falta de fogos disponíveis e de candidaturas que permitam a construção de bairros sociais no

municipio, à semelhança de 2005, com a construção do bairro da Floresta, a Câmara de Sines decidiu canalizar

uma verba de 100 mil euros para realojar algumas famílias, a maioria de etnia cigana, que se instalaram de “forma clandestina” nos terrenos do futuro complexo desportivo. “Procurámos soluções

precárias, mas que resolvem o problema destas famílias, principalmente, de casais jovens de famílias de etnia cigana de Sines”, afirmou Manuel Coelho, presidente da Câmara Municipal que não ficou indiferente à

polémica que a decisão está a causar. “Estas 15 famílias estão disponíveis para adquirir os préfabricados”, adiantou. Em Sines, a notícia não foi bem acolhida e a população receia que a autarquia tencione alojar famílias de etnia cigana de outros concelhos nos préfabricados. O autarca reage dizendo “não ser admissível proporcionar instalações a famílias que não residam no concelho de Sines”. Segundo o edil, a Câmara “vai recorrer a todos os meios para não permitir que famílias de fora se apropriem de espaços que não são seus ou não são autorizados” e desafia os munícipes a denunciar

qualquer construção clandestina. “Qualquer pessoa pode informar a câmara da construção de barracas ou algo parecido que será fiscalizado”, garante. A intenção, esclarece, é “limpar uma zona, que está a dar problemas aos cidadãos de Sines”, em termos de segurança, referindo casos de distúrbios e desordem. “Os moradores de proximidade queixam-se e houve comportamentos de pessoas de etnia cigana que reportam a faltas de respeito e outras situações, que não são toleráveis”, disse o autarca, acrescentando ser necessário “recorrer a outros meios” para que “situações

também para ser levada a mal. A câmara municipal de Sines decidiu não trazer a Sines o filme “Florbela” de Vicente Alves do Ó cuja estreia irá ocorrer no final deste mês de Fevereiro penso que dia 28.no cinema S. Jorge em Lisboa. Motivo escrito na carta de resposta à produtora do filme o custo elevado da exibição do filme. Mesmo que fosse verdade o tal custo exagerado, que não é, a exibição custará cerca de mil euros se tanto. Coisa ridícula se comparada com as centenas de milhares de euros que a autarquia siniense joga à rua todos os anos nas mais supérfluas e desnecessárias despesas. Mas o mais grave ainda é que se trata de um filho da terra. Se a recusa

da exibição em Sines de um filme sobre Florbela Espanca, seguramente a maior poeta alentejana até aos nossos dias, já seria censurável, então que dizer da recusa de mostrar aos sinienses o trabalho cultural de um seu conterrâneo que se vem afirmando claramente no panorama cinematográfico português. Não há memória de um município português desde Abril de 1974, de ostracizar um seu filho procurando esconder o seu trabalho intelectual do conhecimento dos seus pares quando deveria ser o primeiro a elevar e a enaltecer tal trabalho. Censura pura e simples. Uma nódoa mais para os responsáveis políticos que administram o concelho de Sines.

semelhantes não voltem a acontecer”. Para evitar a edificação de novas barracas, a Câmara de Sines, através dos serviços de fiscalização, está “atenta” e já informou, por escrito, que “não há autorização para essas construções naquele sítio”, sublinhou o edil que visitou, recentemente, a zona das Barradas para garantir que “todas aquelas famílias saem dali”. Um levantamento recente, identificou perto de duzentas famílias, com carência de habitação, a viver em Sines. “Tratam-se de pessoas de Sines que vão continuar nesta situação porque não existem comparticipações do Estado que permitam o seu realojamento”, concluiu.

É carnaval ninguém a mal (?) Ninguém leva a mal (?) alto aí e pára o baile! Há coisas que acontecem por alturas de carnaval que, muito provavelmente os seus autores gostariam de as ver consideradas dentro daquele provérbio carnavalesco e por isso passarem incólumes às críticas e aos justos julgamentos desfavoráveis dos cidadãos e da opinião pública. Por exemplo a decisão de Passos Coelho de não dar aos funcionários públicos do estado português tolerância de ponto na terçafeira de carnaval. Mas que raio de ideia foi esta!!! Então o primeiro-ministro de Portugal não sabe que há centenas senão milhares de terras por esse país fora que comemoram o carnaval

durante quatro dias com corsos e desfiles de carros alegóricos, com foliões aos milhares, com bailes e escolas de samba, com tradições mais ou menos abrasileiradas ou genuinamente nacionais? E que tudo isto custa muitos milhões de euros de investimentos e muitos milhares de horas de trabalho voluntário? E acima de tudo que a malta do povo e não só, gosta de gozar e brincar ao carnaval? Foi errado senhor primeiro-ministro e desrespeitador das tradições populares que está obrigado a defender para que tais tradições subsistam para além do seu tempo. Cá para mim a única coisa que prevaleceu na mente do primeiro-ministro de Portugal foi que o Carnaval se

iria realizar por alturas da visita da Troika a Portugal e logo na semana de carnaval, que se vem inteirar sobre o nosso grau de cumprimento do programa de ajuda financeira, melhor dizendo do programa de empréstimo com juros usurários. Duas vezes era demais. Mesmo que o povo vá gozar o carnaval Passos Coelho poderá sempre dizer ao FMI/BCE/ UE que o governo não deu a terça-feira de carnaval, que foram os municípios e as regiões autónomas que apesar de estarem endividados até à raiz dos cabelos optaram por deixar o povo brincar ao carnaval. Sacudiu a água do capote como sói dizer-se. Outra decisão erradíssima em época carnavalesca e

Francisco do Ó Pacheco


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Ciência e Religião

A Ciência e a busca de Deus

Carneiro

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 31 Carta Dominante: 5 de Ouros, que significa Perda/ Falha. Amor: Dedique-se verdadeiramente às suas amizades. Aprenda a escrever novas páginas no livro da sua vida! Saúde: Procure relaxar e meditar mais, de forma a reencontrar a sua estabilidade emocional. Dinheiro: Planifique a sua vida profissional para que possa ser mais organizado e rentabilizar o seu trabalho. Números da Sorte: 1, 3, 24, 29, 33, 36 Pensamento positivo: Vivo o presente com confiança!

Touro

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 32 Carta Dominante: 3 de Paus, que significa Domínio. Amor: É possível que passe momentos agradáveis na companhia de um amigo muito chegado. Saúde: Respeite o horário das refeições e evite alimentos pesados. Dinheiro: Durante este período vai estar sob uma enorme tensão, pois as exigências vão ser muitas e o seu tempo é muito apertado. A Vida espera por si. Viva-a! Números da Sorte: 7, 11, 18, 25, 47, 48 Pensamento positivo: Eu tenho pensamentos positivos e a Luz invade a minha vida!

Gémeos

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 33 Carta Dominante: 10 de Paus, que significa Sucessos Temporários. Amor: Poderá sentir-se um pouco confuso em relação aos seus sentimentos. Saúde: Seja moderado: não abuse da sua resistência física. Dinheiro: Um colega de trabalho pode deixá-lo numa situação muito complicada perante o seu chefe. A força e a humildade caminham de mãos dadas! Números da Sorte: 4, 6, 7, 18, 19, 33 Pensamento positivo: procuro ser compreensivo com todas as pessoas que me rodeiam.

Caranguejo

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 34 Carta Dominante: 4 de Espadas, que significa Inquietação. Amor: Deixe-se de inseguranças e receios infundados e invista na conquista do seu amor. A força do Bem transforma a vida! Saúde: Pratique mais exercício físico, o seu coração agradece-lhe. Dinheiro: Todo o trabalho que tem vindo a realizar vai, finalmente, ser reconhecido. Números da Sorte: 9, 11, 25, 27, 39, 47 Pensamento positivo: O Amor invade o meu coração.

Virgem

Leão

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 35 Carta Dominante: 7 de Copas, que significa Sonhos Premonitórios. Amor: Quem sabe proteger-se das emoções negativas aprende a construir um futuro risonho! Saúde: Cuidado com as mudanças de temperatura. Dinheiro: A sua excelente capacidade de aprendizagem facilitará a sua ascensão profissional. Números da Sorte: 10, 20, 36, 39, 44, 47 Pensamento positivo: Eu sei que posso mudar a minha vida.

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 36 Carta Dominante: O Louco, que significa Excentricidade. Amor: Atue de forma tranquila e harmoniosa, evitando conflitos e mal-entendidos com as pessoas que mais ama. Uma personalidade forte sabe ser suave e leve como uma pena! Saúde: Possíveis dores musculares. Faça massagens que o ajudem a relaxar. Dinheiro: Procure poupar algum dinheiro. Números da Sorte: 7, 18, 19, 26, 38, 44 Pensamento positivo: Sou otimista, espero que me aconteça o melhor!

Balança

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 37 Carta Dominante: Valete de Ouros, que significa Reflexão. Amor: Esteja atento, um novo amor poderá surgir a qualquer momento e não o pode deixar fugir! Sonhar é o maior tesouro! Saúde: Pratique um desporto que lhe permita relaxar e tonificar os seus músculos. Dinheiro: Seja responsável e esteja presente em todos os compromissos da sua empresa. Números da Sorte: 1, 8, 42, 46, 47, 49 Pensamento positivo: Eu tenho força mesmo nos momentos mais difíceis!

Escorpião

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 38 Carta Dominante: 4 de Paus, que significa Ocasião Inesperada. Amor: As emoções encontram-se sobrevalorizadas. Não sofra por antecipação, porque assim não viverá as alegrias e felicidades de cada momento que passa. Saúde: Tendência para distúrbios gastrointestinais. Dinheiro: Deixe o orgulho de lado e peça ajuda a um colega que o poderá ajudar a finalizar uma tarefa importante. Números da Sorte: 4, 9, 11, 22, 34, 39 Pensamento positivo: Eu acredito que todos os desgostos são passageiros, e todos os problemas têm solução.

Sagitário

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 39 Carta Dominante: A Imperatriz, que significa Realização. Amor: Seja corajoso e confesse ao mundo aquele amor antigo que é segredo há tanto tempo. Viva o presente com confiança! Saúde: Agasalhe-se bem. Proteja-se para evitar uma possível gripe. Dinheiro: Procure não delegar nos outros tarefas que lhe foram atribuídas a si. Seja responsável. Números da Sorte: 1, 2, 8, 16, 22, 39 Pensamento positivo: O Amor enche de alegria o meu coração!

Capricórnio

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 40 Carta Dominante: Dama de Espadas, que significa Melancolia, Separação. Amor: Evite definir projetos isoladamente, pois o seu par tem uma opinião a dar. Saúde: Vá ao médico e faça uma consulta de rotina. Valorize mais o seu bem-estar. Dinheiro: A sua vida profissional tende a melhorar significativamente. Números da Sorte: 7, 13, 17, 29, 34, 36 Pensamento positivo: Vivo de acordo com a minha consciência.

Aquário

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 41 Carta Dominante: 6 de Copas, que significa Nostalgia. Amor: Se perceber que a sua relação amorosa não está a corresponder às suas expectativas tenha uma conversa com o seu par. Saúde: Que a leveza de espírito seja uma constante na sua vida! Dinheiro: Um colega ambicioso não olhará a meios para conseguir alcançar uma posição de destaque dentro da empresa onde trabalham. Números da Sorte: 7, 11, 19, 24, 25, 33 Pensamento positivo: O meu único Juiz é Deus.

Peixes

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 42 Carta Dominante: 9 de Ouros, que significa Prudência. Amor: Um pequeno mal-entendido pode fazer com que aja injustamente com o seu par. Preocupe-se com aquilo que você pensa sobre si próprio, faça uma limpeza interior. Saúde: Poderá sentir algumas náuseas e dores de cabeça. Dinheiro: Tenha muito cuidado pois durante esta quinzena a tendência é para a distração e a dispersão. Números da Sorte: 5, 25, 33, 49, 51, 64 Pensamento positivo: Esforço-me por dar o meu melhor todos os dias.

- Deus e o big bang. Não há coisa alguma que venha do nada. O universo teve um começo. Como é que o universo começou a existir? Para tentar descartar Deus, houve quem argumentasse que «há numerosos universos gerados pelas flutuações de um vácuo infinito…», e várias outras teorias, todas elas inverificáveis. Vamos supor que existem muitos universos (isto é aceite por muitos cientistas). Nesse caso o problema ainda fica maior. «Se a existência de um universo requer explicação, múltiplos universos requerem uma explicação ainda maior: o problema aumenta em razão do factor correspondente ao número total de universos, seja ele qual for» (Antony Flew). - Deus e as Ciências de Observação. «A razão fala-me da extrema dificuldade, ou mesmo impossibilidade, de conceber este imenso e maravilhoso universo, incluindo o homem e a sua capacidade de olhar muito para trás, e para longe para o futuro, como resultado do acaso cego e da necessidade. Quando assim reflicto, sinto-me compelido a pensar numa Primeira Causa possuidora de uma mente inteligente, análoga em certa medida à do homem. Mereço, por isso, ser chamado teísta» (Charles Darwin). Como surgiram as leis da natureza? De onde vêm as leis da física? Quem fez essas leis? Porque existem estas leis e não outras? As regularidades que existem na natureza são matematicamente precisas, universais e agem “em bloco”. Recordar por exemplo a lei de Boyle, a lei da conservação da energia… Como é que a natureza aparece organizada desta maneira? Os cientistas, de Newton a Einstein e Heisenberg, responderam. E a sua resposta é Deus. Deus manifesta-se «nas leis do universo (por Ele criado) como um espírito imensamente superior ao do homem, um espírito em face do qual, com os nossos modestos poderes, não podemos deixar de nos sentir humildes» (Einstein). E Paul Dirac observou que «Deus é um matemático de um nível muito elevado que usou a matemática avançada para construir o universo». «A impressão esmagadora é a da existência de uma ordem. Quanto mais sabemos sobre o universo, mais percebemos que é governado por leis racionais» (Stephen Hawking). A imagem do

mundo que saiu da ciência moderna mostra que o universo foi criado por uma Inteligência infinita. A maior descoberta da ciência moderna é a descoberta de Deus. Sabe-se que a vida não pode surgir da matéria. É uma certeza científica. Mas a vida existe. Como pode surgir a vida da não-vida? Como se tornou viva a vida? «Como pode um universo de matéria inanimada produzir seres com propósitos intrínsecos, capacidade de replicação e com uma “química codificada”?». As recentes investigações sobre a origem da vida apontam para a existência de uma Inteligência criadora. «… Sobretudo por causa das investigações sobre o ADN. O material existente sobre o ADN mostra, em virtude da complexidade quase inacreditável de combinações necessárias para produzir (vida), que uma inteligência teve de estar envolvida para que toda esta diversidade de elementos pudesse funcionar em conjunto. É a enorme complexidade do número de elementos e a enorme subtileza com que interagem que me leva a esta conclusão. A possibilidade de combinação casual destes dois elementos no momento certo é realmente mínima. É, de facto, a enorme complexidade pela qual os resultados foram alcançados que me parece obra de uma inteligência» (Antony Flew). Como, então, teve origem a vida, e mais ainda, a consciência ou o pensamento, o eu? Não há ciência que consiga responder a isso. Pensemos por exemplo numa mesa de mármore. «É concebível que esta mesa, ao fim de um trilião de anos ou de um tempo infinito, pudesse súbita ou gradualmente tornar-se consciente, e ciente do que a rodeia e da sua identidade, tal como nós, seres humanos? É simplesmente inconcebível que isto acontecesse ou que pudesse acontecer. E o mesmo pode ser dito de todo o tipo de matéria. Assim que compreendemos a natureza da matéria, da massa-energia, percebemos também que, pela sua própria natureza, ela nunca poderá tornar-se “consciente” ou “pensante” e estar em condições de dizer “eu”… E, a um nível subatómico, o que vale para a mesa vale para toda a restante matéria do universo…Estes fenómenos – vida, consciência/ pensamento conceptual/eu… – pressupõem a existência de uma Mente infinita e eterna»

(Roy Abraham Varghese). - Deus e a Filosofia. Devemos seguir a razão para onde quer que ela nos leve. «Existem alguns seres limitados e mutáveis. A existência actual de todos os seres limitados e mutáveis é causada por outros seres. Não pode haver uma regressão infinita das causas do ser, pois uma regressão infinita de seres finitos não causaria a existência de coisa alguma. Portanto, há uma primeira causa da existência destes seres. A primeira causa tem de ser infinita, necessária, eterna e una. A primeira causa não causada, é idêntica ao Deus da tradição judaico-cristã» (Miethe). Portanto tem de haver uma Causa Incausada uma vez que «a existência de uma série infinita de aconte-

Custódio Rodrigues

cimentos passados não pode auto-explicar-se por um processo em que cada acontecimento é explicado por um anterior» (Leslie). Em síntese: «as leis da natureza, a vida com a sua organização e a existência do universo, podem apenas ser explicados à luz de uma Inteligência Superior que explica tanto a sua própria existência como a do mundo. Uma tal descoberta do divino provém de uma compreensão das estruturas que as experiências científicas ou as equações revelam e mapeiam» (Antony Flew). - Deus e a Teologia. «Os cientistas descobrem as leis que governam o universo e também as suas relações. Ficam atónitos e humildes diante da ordem criada e sentem-se atraídos pelo amor do Autor de todas as coisas. A fé, por sua vez, é capaz de integrar e assimilar toda a investigação, porque todas as pesquisas, através duma compreensão mais profunda da realidade criada em toda a sua especificidade, dão ao homem a possibilidade de descobrir o Criador, fonte e finalidade de todas as coisas» (J. Paulo II).


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Autarca apela a “sensatez” da tutela e quer manutenção de tribunal em Sines Proposta inicial presente no novo mapa judiciário do país eliminava tribunal de Sines do horizonte. Cenário pode obrigar populações a percorrer em breve dezenas de quilómetros para chegar a Setúbal ou a Santiago do Cacém. Bruno Cardoso brunojpcardoso@gmail.com Manuel Coelho, presidente da Câmara Municipal de Sines, apelou ao Ministério da Justiça para tomar a decisão “sensata” de manter o tribunal na cidade, depois de Paula Teixeira da Cruz ter vindo a público dizer que o caso sineense “estava a ser repensado”. A Ministra da Justiça acrescentou que a reforma do mapa judiciário do país, que perspectiva a extinção de 47 tribunais do norte ao sul de Portugal e coloca em itinerância perto de trezentos juízes, “não é um processo fechado, nem uma agressão ao poder local”. “É um processo que deve decorrer num ambiente de fé e de franco diálogo”, frisou a governante na abertura oficial do ano judiciário, no passado dia 31 de Janeiro. Em declarações ao Jornal Litoral Alentejano, o autarca sineense considerou “desastrosa e irracional” a possibilidade de a tutela avançar com o fecho do tribunal,

sobretudo tendo em conta que Sines “é o maior pólo portuário do país e um local onde inúmeras empresas e trabalhadores laboram”. “Já é de prever, atendendo a este panorama, a grande conflituosidade laboral que por aqui vai e que parece estar a aumentar ano após ano”, afirma. Segundo a proposta do Ministério da Justiça, os processos do Tribunal de Família e Menores transitariam para Santiago do Cacém, enquanto os do tribunal do Trabalho seguiriam para Setúbal. A capital de distrito e Sines estão separadas por quase 150 quilómetros, um motivo que ajuda a “demonstrar a insensatez da proposta do Governo, que só quer poupar mais uns milhões em tesouraria”. O Ministério da Justiça está a propor o encerramento dos tribunais cujo volume processual não excedia os 250 por ano. Em Sines, o Tribu-

nal da Família e Menores não atingia este rácio, mas o Tribunal do Trabalho excedia-o largamente. Manuel Coelho alerta para os dias “perdidos” e os prejuízos que isso poderá trazer à economia nacional, caso os trabalhadores “tenham de perder horas de trabalho para se deslocarem a Setúbal”. “Parece que o país, com este tipo de medidas, está a regredir no tempo”, desabafa. O autarca condena também o facto de esta proposta estar a ser tomada à revelia da câmara municipal, uma “atitude que revela pouca

prática democrática”. “É de lamentar o facto de a câmara municipal estar a saber de tudo pelos meios de comunicação social e ainda não ter sido contactada para dar a sua opinião sobre este assunto”, diz Manuel Coelho. Os dois tribunais de Sines deram origem em 2009 à Comarca-Piloto do Litoral Alentejano. Na altura, o governo de José Sócrates investiu praticamente dois milhões de euros neste projecto. A Câmara Municipal de Sines deu total apoio para que este investimento estatal se concretizasse.

“Museu das histórias” incentiva à leitura e à partilha Uma história de reis, rainhas, princesas e cavaleiros, contada por fantoches. Foi esta a proposta dos meninos e das meninas do ensino pré-escolar da Comporta,

gota recortada em papel, o contributo de uma das turmas do 4º ano da Escola Básica nº1 (Telheiros), que no mesmo dia apresentou uma dramatização da

que estrearam assim o projecto “Museu das histórias”, a decorrer na Biblioteca Municipal de Alcácer do Sal até ao final do presente ano lectivo. No “museu”, deixaram dois dos fantoches, aos quais se juntou uma enorme

história “Menina gotinha de água”, percorrendo em poucos minutos todo o ciclo da água. “Museu das histórias” é isso mesmo: uma troca de narrativas, personagens e objectos entre grupos de crianças

de idades e origens diversas. Cada turma deixa um elemento representativo da sua participação neste museu recriado na sala de exposições da biblioteca, decorada para o efeito. O objectivo é contribuir para a formação de leitores, levando as crianças e os jovens à descoberta de uma relação afectiva com o livro e incentivando a partilha desse momento com colegas de outras escolas e graus de ensino diferentes. O projecto destina-se a toda a comunidade educativa, do pré-escolar ao 3º ciclo. Cada grupo de crianças, em conjunto com o professor responsável, pesquisa e selecciona um autor e uma história na biblioteca municipal ou na biblioteca da sua escola. Outra alternativa é criar a sua própria história. Qualquer que seja a opção,

a história é depois contada ou dramatizada numa sessão no Museu das histórias. Há, assim, uma troca de experiências entre as duas turmas que partilham cada uma destas sessões. Deixam depois um testemunho no museu. A localização deste símbolo - nas prateleiras, nas paredes, no chão ou até pendurado nos candeeiros - será escolhida pela turma. De uma forma mais específica, o projecto Museu de Histórias tem como metas incentivar o prazer de ler; desenvolver competências da escrita e da leitura; estimular a imaginação e a criatividade; garantir a todas as crianças as mesmas oportunidades no acesso aos livros; potenciar o desenvolvimento de condutas, hábitos e atitudes (respeito, partilha e cooperação).

Monda de Palavras Recentemente assistimos às exéquias de um ditador da Coreia do Norte, tudo levando a crer - como por aqui se diz - que: “acaba com três badaladas e um coxo de cal”, mas não. Ao que parece a coisa vai mesmo perpetuar-se através de um nutrido rebento. A história colectiva daquele povo leva-nos, sem qualquer dúvida, àquela máxima de que “cada povo tem o governante que merece”, mas lá que tenho medo, não por mim, mas por aqueles que ainda não estão no início do último segmento da curva da banheira, a verdade é que tenho. Embora não pretendesse abordar publicamente o tema que se segue, terá sido a morte do inqualificável dirigente da Coreia do Norte, assim como o comentário quase sensório de uma minha amiga, dizendo: “Alexandre não estragues o serão com essas coisas…” a ignição, para fazer vossa, mais esta experiência que terminei há alguns dias. Estamos no Camboja, mais precisamente num complexo que faz parte dos campos da morte, onde se julga que, em cerca de dois anos, foram assassinados pelos cmeres vermelhos, em três milhões de pessoas. A foto de um colorido desenho efectuado por um ocupante do campo, iconógrafa uma das milhares de situações de horror, junto à árvore que ali existe - eu próprio lhe toquei no tronco – que continua testemunha muda, indiferente à tragédia que, debaixo da sua copa, se processou pelos finais dos anos 70. Saber que a besta humana está mais perto do que muitas vezes se julga, desde sempre, faz parte do nosso quotidiano porque, o desespero que ataca os povos começa pelos desequilíbrios socioeconómicos, elemento ideal para a incubação de tiranos. Não vos quero deixar sem lhes dar a conhecer um apontamento que escrevi e interpretei num então programa da “Antena 2”, às quartas-feiras, intitulado: “do sul em lá”. “Christis Jesu Nomine Invocato”, assim foi condenado pelos inquisidores, António José da Silva, por “(…) convicto, negativo, pertinaz e relapso no crime de heresia e que foi herege da nossa santa fé católica… etc… etc… etc.” Numa manhã de Lisboa, em triste Outono, este sentenciado escritor de 34 anos de

idade (lembro que não pôde assinar a sentença por lhe terem flagelado as mãos), foi conduzido para a fogueira, acorrentado dentro de uma gaiola colocada sobre uma carroça. António José da Silva era seguido pela mulher de mão dada com uma pequenina de quatro anos, única filha do casal. Cabe referir que, sob tortura, quem declarasse ter crença na santa fé cristã, era pela igreja concedida a graça de ser estrangulado antes do acender da fogueira. O então “Teatro Bairro Alto” funcionava numa sala adaptada para o efeito, no Palácio dos Condes de Soure. Foi ali que, entre 1733 e 1738, um ano antes da morte de José da Silva, tiveram lugar as suas famosas intituladas: “Óperas do Judeu”.

Álvaro Alexandre As “Óperas do Judeu” eram peças escritas para serem declamadas ou cantadas, tendo como alvo principal, a crítica a uma fidalguia já em adiantado estado de ruína ou da falta de justiça no mundo. Numa leve abordagem ao património literário que nos foi deixado por esse malogrado escritor português, chego a questionar que implicância teria se o espírito dessas peças fossem transportadas para a actualidade? Quem tem conhecimento da crítica literária de António da Silva, não poderá deixar de pensar que… há por aí tantas situações à espera de serem contadas ou cantadas, inspiradas na obra de o Judeu. Resumindo: António José da Silva foi queimado na fogueira da Santa Inquisição. A crónica a que me refiro foi apresentada na “Antena 2”, no dia 4 de Dezembro de 2002. O Alexandre Baptista foi despedido passadas 48 horas. O Duarte Lima (esse mesmo), passou a ser o novo cronista.


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Encontro de autocaravanas pretende mostrar benefícios da prática Gisela Benjamim giselabenjamim@gmail.com Em Santiago do Cacém realiza-se o 2º Aniversário do Clube Autocaravanista Itinerante (CAI), que decorre nos dias 24, 25 e 26 de deste mês. A realização das comemorações do aniversário do CAI num concelho do Litoral Alentejano “é também uma oportunidade de acalmar algum mal-estar que existe na região, em especial em Porto Covo, pois esta é uma grande oportunidade de ficarem a conhecer os benefícios que o turismo de autocaravanas pode trazer para a região” afirma o representante do Clube em Santiago do Cacém. Destaque para o colóquio que decorre dia 25, sábado, a partir das 16h30, no auditório municipal “e que é aberto a todas as pessoas que podem de alguma forma ganhar com o autocaravanismo”. Sob o mote “autocaravanismo uma forma de turismo”, o colóquio conta com a presença de representantes da Agência Regional

de Promoção Turística, que abordará as perspectivas do futuro do autocaravanismo no Alentejo e a sua interacção junto das autarquias; da Comissão de Coordenação

e Desenvolvimento da Região Alentejo, da ACAP que irá prenunciar-se sobre a perspectiva dos importadores de autocaravanas em relação ao futuro da prática em Portugal. A iniciativa conta também como a presença do Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, que na sua

intervenção focará as potencialidades do autocaravanismo no crescimento económico da nossa região. A iniciativa promove ainda o roteiro Manuel

da Fonseca, passeios ao museu do trabalho na Abela e à Lagoa de Santo André, e um desfile de autocaravanas pela cidade. Para os curiosos estará disponível para visita uma autocaravana, estacionada junto ao mercado municipal. Será ainda leiloado um quadro cujos fundos revertem para a casa abrigo Farol.

Inaugurada área de serviço Segundo previsões da organização, durante o encontro será inaugurada a primeira área de serviço pública para autocaravanas do Litoral Alentejano, que vai funcionar na cidade de Santiago do Cacém. Trata-se de um projecto promovida pela Junta de Freguesia local e vai localizar-se junto às piscinas municipais, no Parque do Rio da Figueira. Este espaço disponibiliza estacionamento, possibilitando a pernoita dos autocaravanistas, sistema de abastecimento de água e de recolha de resíduos, mediante o pagamento de uma taxa. Numa segunda fase as verbas obtidas com este equipamento vão reverter para instituições solidariedade social. “O concelho de Santiago Cacém serve de caminho ao Algarve e de acesso à Costa Vicentina, e esta será uma área de boas vindas para os autocaravanistas estacionarem visitarem a cidade e o concelho”.

Manuel Liberato “Só eu é que decido”

Manuel dos Santos

esperava que ao longo da época, a Volta viesse a trazer retorno económico para os patrocinadores. As suas ambições limitavam-se “a fazer alguns brilharetes em etapas, vestir algumas camisolas e, envolverem-se em algumas fugas”.

A Volta a Bicicleta a Portugal - em 2002 começou no Algarve Com um orçamento um pouco limitado, foi dado início à época de 2002 da Volta à Bicicleta a Portugal no Algarve, sem os espanhóis ao serviço da equipa, por falta de licença da Federação Espanhola. Um dos nomes mais aguardados na Volta era Manuel Liberato que, no ano ante-

Grândola

Idosa morre à porta do Centro de Saúde Uma mulher, de 91 anos, morreu no passado dia 1 de Fevereiro, à porta do Centro de Saúde de Grândola, dentro do carro da neta. A idosa, segundo fonte da GNR, terá sentido falta de ar quando se preparava para realizar um exame radiológico, numa clínica da vila. Terá sido a neta, que a acompanhava, a transportá-la para a unidade de saúde, dado o histórico de insuficiência cardíaca. Ao chegar à porta da antiga urgência terá exclamado que a avó estava morta no carro. Enfermeiros e médicos acorreram de imediato para socorrer Deolinda Pereira, que se encontrava sentada no banco traseiro do veículo, sem sinais de vida. Dada a presença dos utentes, o corpo foi removido para o interior do Centro de Saúde, com a ajuda dos bombeiros, onde foi declarado o óbito, por enfarte agudo do miocárdio. “Tal como os médicos, nada podíamos fazer. Já estava cadáver”, afirmou o comandante dos bombeiros, Ricardo Ribeiro.

Sines

Idosa encontrada morta em casa Uma mulher, de 80 anos, foi encontrada morta no passado dia 1 de Fevereiro, cerca das 15h30, no interior da sua habitação, em Sines. O alerta terá sido dado por conhecidos que terão estranhado a ausência da idosa, desde terça-feira. Maria Emília Estelano, vivia sozinha, no apartamento onde acabou por ser encontrada pelos bombeiros, ao que tudo indica, caída na banheira, sem sinais vitais.

Santiago do Cacém Paciente de hospital continua desaparecido As buscas para encontrar o homem de 57 anos que desapareceu, na sexta-feira, 3 de Fevereiro, das urgências do Hospital do Litoral Alentejano (HLA), em Santiago do Cacém, mantém-se no terreno, apesar da redução dos meios de socorro e salvamento. Nos primeiros dois dias elementos da GNR, Bombeiros e equipas de binómios (homem/cão) passaram a pente-fino o concelho, sem sinal do paciente, mas ao terceiro dia apenas a GNR ficou a fazer o patrulhamento.

Histórias do Ciclismo IX

Projecto: Matesica/Abóboda. Diferente, com algumas caras conhecidas. O “sprint” Manuel Liberato, que representou as cores do Barbot, P. Ravessa, Maia e, o contra-relogista Alberto Amaral, ex-Benfia. Foram as figuras da Matesica-Abóboda na época 2002, uma equipa que não teve um chefe-de-fila mas, possuía, o mais jovem director desportivo, José Cordeiro, com apenas 28 anos de idade tinha apenas a experiência de relações públicas - mas que permitiu-lhe dizer que não iria encontrar embaraços. Sabia no que estava metido. José Cordeiro preferiu que na apresentação dos atletas fosse respeitada a ordem alfabética. José Cordeiro

Casos de Polícia

rior, tinha ficado fora das corridas mas, mantendo-se sempre na sua manutenção, ganhando alguns trocos como mecânico. Manuel Liberato regressou ao Pelotão Nacional para provar que ainda tinha qualidades. Aliás, dizia sempre que só ele é que iria decidir quando deveria abandonar o ciclismo. O “sprinter” de 32 anos, nesse ano, esperava fazer uma temporada normal mas, quando começava bem ninguém - da sua equipa - o ajudava. Manuel Liberato e Alberto, ambos com a mesma idade, não queriam deixar o ciclismo, mas fizeram-nos por força das circunstâncias.

João Rosário, residente em Vila Nova de Milfontes, Odemira, foi transportado pelo INEM para o HLA após uma queda na via pública. Foi observado pelo médico e enquanto aguardava para realizar mais exames, decidiu abandonar a unidade hospitalar. “Estava à espera para ser examinado mas entretanto saiu porta fora”, contou desesperada a mulher, Ana Paula Rosário, que tem participado nas buscas. “Quando o foram chamar para fazer os exames, deram pela falta dele e quando cheguei ao hospital já os seguranças tinham dado o alerta”, adiantou. O homem, doente devido a um AVC, ainda foi visto a andar na berma da estrada junto ao hospital mas não levantou suspeitas. Na altura do seu desaparecimento, vestia calças de fazenda cinzentas, pólo azul e casaco verde-azeitona.


Tel./Fax: 269 822 570

www.jornallitoralalentejano.com


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