Jornal Litoral Alentejano

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1 de Dezembro 2011 Ano XI n.º 247 Quinzenal Preço 0.50 €

Directora n Aliette Martins

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Director-adjunto n Marcos Leonardo

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Nesta entrevista, Paulo Barros Trindade - Presidente da Fundação Odemira - sublinhou a necessidade “de se agregar massa crítica nas regiões”.

Reestruturação no Turismo de Portugal

Pólos de Turismo serão extintos? Carlos Beato acredita que sim!

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Depois de ter estado em Sines na conferência “Costa Alentejana, Turismo todo ano” na passada sexta-feira dia 18, Luís Patrão foi, no passado dia 21, exonerado do cargo de Presidente do Turismo de Portugal

1 de Dez

Esta Revist

“Fundação Odemira, um projecto agregador de valor para a Região”

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Litoral Alentejano – Quinta-feira, 1 de Dezembro de 2011

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Obras paradas...IP feito num 8

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A construção da A26, que vai substituir o IP8 ligando Sines a Beja, foi anunciada em 2009 pelo então primeiro-ministro José Sócrates, que apontou Janeiro 2011 como prazo para a conclusão das obras. Gisela Benjamim* giselabenjamim@gmail.com As dúvidas e rumores em relação ao desenvolvimento das obras do IP8 e IP2 ganham amplitude. Por um lado temos o Governo que garante que o projecto é “intocável” no quadro da reavaliação das concessões rodoviárias, e o consórcio Estradas da Planície a afirmar que as obras estão em curso. Por outro lado os autarcas mostram preocupação perante esta possível suspensão dos trabalhos, sentimento reforçada pelas informações provenientes dos empreiteiros e subempreiteiros. Para o simples observador, que passa pela obra todos os dias, é difícil não deixar de se interrogar sobre o que se esta a passar. Já não se vêem tantas máquinas ou operários, e os trabalhos concentram-se apenas em alguns pontos. A construção da A26, que vai substituir o IP8 ligando Sines a Beja, foi anunciada em 2009 pelo então primeiro-ministro José Sócrates, que apontou Janeiro 2011 como prazo para a conclusão das obras. Completamente ultrapassado esse prazo de execução, a actual situação de abrandamento dos trabalhos está a deixar preocupados os autarcas da região que perante os rumores procuram explicações. O consórcio Estradas da Planície afirma que as obras do IP8 e IP2 não estão “paradas” contrariando informações sobre a alegada suspensão dos trabalhos. O que se assiste prende-se apenas com “questões internas de organização de trabalho”, informou o gabinete de comunicação da entidade ao Litoral Alentejano. Segundo o consórcio responsável pela construção dos dois troços, as obras estarão concluídas a 31 de Dezembro de 2012. Sendo que “a data de entrada em serviço do último lanço da A26 (IP8) esta previsto para 28 de Setembro, e a data de entrada em serviço do último lanço do IP2 acontece a 31 de Dezembro do próximo ano”. A obra promovida

pelo consórcio Estradas da Planície, no âmbito da Concessão Rodoviária do Baixo Alentejo, envolve a sociedade formada pelas empresas portuguesas Edifer, Tecnovia e Conduril e pelas espanholas Iridium e Dragados. As empresas entretanto desmentiram a

informação que se prende com a alegada paragem da empreitada, assegurando que as “obras estão em curso”. No entanto, trabalhadores e empreiteiros confirmam a suspensão da obra. Orçada em 690 milhões de euros a empreitada envolve os concelhos de Grândola, Sines, Santiago do Cacém, Ferreira do Alentejo, Beja, Évora, Portel, Vidigueira, Ourique, Castro Verde, Palmela, Cuba e Alcácer do Sal, beneficiando directamente 280 mil pessoas. O empreendimento tem uma extensão total de 344km, dos quais 124 correspondem a lanços a construir.

Autarcas apreensivos e preocupados consideram suspensão das obras negativa para a região O Governo afirmou que a A26 entre Sines e Beja, actualmente em construção, deverá “ser intocável”. O anúncio aconteceu aquando da apresentação do processo de “profunda reavaliação da dimensão e dos custos com as concessões rodoviárias adjudicadas pelo executivo de José Sócrates que têm 3,5 mil milhões de euros em

construção”. De acordo com a mesma fonte, “a primeira grande prioridade do governo é a suspensão de troços que ainda não estão construídos ou em construção, sempre que for possível e não se ponha em causa a viabilidade dos troços já construídos e em segundo plano serão alvo os troços que não têm portagem ou perfil de auto-estrada” como é o caso do IP8 entre Beja e Ficalho. Apesar destas garantias os autarcas da região estão preocupados, e esperam que a situação de abrandamento dos trabalhos que agora se assiste seja ultrapassada o mais breve possível. O presidente

da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Vítor Proença considera como “extraordinariamente negativa a suspensão dos trabalhos da futura autoestrada que vai ligar Sines a Beja (A26) e as obras de requalificação, do IP2 no troço entre Beja e Castro Verde”. Para já não falar do facto de “o início das obras já ter pecado por ser tardio em vários anos, tendo em conta a sua importância estratégica para o Alentejo”. Vítor Proença sublinha que “nem o governo, nem as “Estradas de Portugal” dão qualquer explicação sobre esta paragem. E eu pergunto: Quanto é que o Estado vai ter que eventualmente pagar por indemnizações ao consórcio luso-espanhol que está a executar as obras?” De acordo com as últimas informações, a que o autarca teve acesso, “as obras estão suspensas desde os últimos dias de Outubro e só deverão ser retomadas no início de 2012. Espero que as obras sejam realmente retomadas rapidamente e a sua concretização seja efectivada tendo em conta a importância da obra que vai beneficiar 280 mil pessoas nos distritos de Beja, Évora e Setúbal”

frisou. A suspensão dos trabalhos deixou o autarca surpreendido, tendo em consideração que a Câmara Municipal de Santiago do Cacém “não foi oficialmente informada. Apenas tive conhecimento do abandono da obra de parte de alguns empreiteiros”. Questionado sobre os prejuízos que este abrandamento dos trabalhos na A26 pode trazer para o concelho Vítor Proença assumiu que a sua preocupação “passa pela segurança da via, principalmente no troço entre Sines e o limite do concelho de Santiago do Cacém e entre Vila Nova de Santo André e a entrada de Sines”. O consórcio responsável

pela obra garantiu ao executivo há pouco tempo o reforço dos mecanismos de segurança rodoviária. Se a concretização da obra ficar no impasse e não se concretizar, os impactos para o Alentejo Litoral serão grandes tendo em conta que as acessibilidades têm uma importância estratégica no desenvolvimento da região. Recorde-se que a Concessão Rodoviária Baixo Alentejo (parceria público-privada entre a Estradas de Portugal e a Estradas da Planície) prevê

a construção, manutenção e conservação de 347 quilómetros de estradas, dos quais 84 km correspondem

a novos lanços. Também Carlos Beato, presidente da Câmara Municipal de Grândola segue a situação com “preocupação, e espero, desejo e acredito que o que soa e consta não seja verdade”. O autarca sublinhou que o IP8 (A26) “tem um amplo consenso quanto ao interesse estratégico da afirmação deste território, por essa razão tudo quanto seja abrandar ou adiar um projecto desta natureza, envergadura e importância temos de dizer de uma forma muito clara quer ao Governo, como mesmo à Troika, que não se pode cortar tudo. Porque certos cortes até podem não ter grande impacto, mas outros só vêem cortar as penas às regiões e às populações”. Apesar da apreensão o autarca acredita que “esta situação seja apenas um reajustamento da calendarização da obra, e que a todo o tempo vamos outra vez recomeçar”. Carlos Beato afirmou ainda que não foi dada qualquer justificação à autarquia, “tanto quanto julgo saber há alguns problemas de financiamento e estes problemas interagem depois com os empreiteiros e subempreiteiros. Mas é preciso arranjar soluções que já agora sejam a tempo e horas, porque essa história, já antiga, de que a sorte mudou à meia-noite mas o dinheiro acabou às onze horas não nos serve de nada”. A Câmara de Ferreira do Alentejo mostrou-se “apreensiva e preocupada” com a alegada suspensão da construção da Auto-estrada 26, entre Sines e Beja – a nova designação do IP8, entre Sines e Vila Verde

de Ficalho, defendendo que as obras “não podem, nem devem ser suspensas”. Em comunicado enviado à


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agência Lusa, a autarquia, liderada pelo PS, alude a “notícias, vindas a público, sobre a suspensão das obras” de construção da A26, que passa pelo concelho de Ferreira do Alentejo e está incluída na concessão rodoviária Baixo Alentejo, cujo concessionário é o consórcio Estradas da Planície. “As obras, que se encontravam a decorrer a bom ritmo, não podem nem devem ser suspensas, sob pena de o investimento que já foi, até agora, realizado, possa ser desperdiçado, com tudo o que isso significa de má utilização dos recursos públicos e de impasse na criação de condições de desenvolvimento” para o Baixo Alentejo, refere o município. Segundo a autarquia, a A26, a par do empreendimento de Alqueva e do aeroporto de Beja, “constitui um investimento público de grande valia, que dará maior esperança e dinâmica” à região. “Perante as indefinições que pairam sobre os três pilares de desenvolvimento, essenciais para o futuro do Baixo Alentejo”, a autarquia “apela ao bom senso do Governo para que se clarifiquem as opções tomadas e que, de forma natural, se incremente a sua concretização”. O Baixo Alentejo “necessita de futuro”, o que “só se consegue com a prossecução dos três ‘a’ do desenvolvimento: Alqueva, auto-estrada e aeroporto”, sublinha o município. O presidente da Câmara Municipal de Sines, Manuel Carvalho Coelho, foi também contactado por este jornal para expressar a sua

opinião sobre este assunto. Convite que declinou de momento, justificando que “possui pouca informação

sobre a questão para estar a emitir uma opinião fundamentada”, aguardando por isso uma melhor altura para emitir declarações.

IP2 atrasado Em relação à requalificação do IP2, que arrancou a

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Joaquim Cornacho e João Artur Cornacho, subempreiteiros da obra no troço Beja/Castro Verde do IP2, respectivamente Francisco Loureiro e Jorge Cornacho, disseram que não receberam indicações para suspender os trabalhos. Os dois gerentes explica-

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Há altura o ministro avançou que o estudo prévio do troço Santiago do CacémBeja estaria concluído e que o lançamento do concurso aconteceria em 2004. Estimando-se na altura que a abertura ao tráfego do primeiro lanço, Santiago do Cacém-IP1 (A2), teria lugar

Na nossa segunda edição, em 15 de Setembro de 2001, começámos a falar do IP 8... A 29 de Novembro de 2008, Paulo Campos anunciava o arranque da obra.

1 de Julho de 2010 no troço São Manços/Beja e a 30 de Setembro de 2010 no troço Beja/Castro Verde, devia ter terminado no passado dia 30 de Setembro, deverá terminar a “31 de Dezembro de 2012”, um ano e três meses após o previsto, avançou fonte da Estradas da Planície em declarações à Agência Lusa. “Em obras desta envergadura”, é “procedimento normal” haver “alterações por questões internas de organização de trabalho”, disse a fonte, referindo que as obras da A26 e do IP2 vão implicar um investimento global de 372 milhões de euros. Três subempreiteiros das obras de requalificação do troço Beja/Castro Verde do IP2 suspenderam as obras, um a pedido de uma das empresas do consórcio Estradas da Planície e os outros dois devido ao mau tempo, segundo informações prestadas à Lusa pelos gerentes das empresas. João Carvalho, gerente da Maquirruda, um dos subempreiteiros, disse à Lusa que recebeu, a 28 de Outubro, um e-mail da Conduril, uma das empresas do consórcio, a pedir para suspender os trabalhos de terraplanagem que estava a fazer e retirar o equipamento do local. A Conduril justificou o pedido com a “falta de verbas para poder continuar a obra”, disse, referindo que a Maquirruda já suspendeu os trabalhos e retirou o equipamento do local. Em declarações à Lusa, os gerentes das empresas José

ram que suspenderam os trabalhos de terraplanagem que estavam a fazer “devido ao mau tempo” e aproveitaram a paragem para retirar “algum equipamento” dos locais da obra para “manutenção”. No entanto, João Carvalho e Jorge Cornacho aludiram a informações de que a obra no troço Beja/Castro Verde do IP2 teria que “parar algum tempo”, porque “não há verbas para continuar”. “Está tudo parado” e “não é só” no troço Beja/Castro Verde do IP2, mas também no troço São Manços/Beja do IP2 e na A26, disse Jorge Cornacho, referindo que, “possivelmente, algumas obras estão paradas condicionadas pelo mau tempo”, mas, por outro lado, “a conversa é sempre a mesma: não há dinheiro”.

Um passo real para a concretização do IP8 Estávamos no ano de 2003 e o então ministro das Obras Públicas, Carmona Rodrigues, avançou que o IP8 ligando Sines a Beja estaria concluído em 2007. O anúncio aconteceu durante a Conferência Regional sobre Acessibilidades do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral que decorreu na cidade de Beja. Carmona Rodrigues afirmou então que o IP8, “entre Sines e Espanha”, era uma via que “facilita as deslocações entre o litoral e o interior, sendo uma ligação primordial entre o complexo industrial de Sines e o mercado espanhol”.

no primeiro semestre de 2006, e do segundo lanço, IP1 (A2)-Beja, no segundo semestre de 2006. Quanto a Beja-Vila Verde de Ficalho, o estudo prévio estaria concluído e o início das obras arrancaria em 2005, prevendo-se a abertura ao tráfego no segundo semestre de 2007. A 31 de Janeiro de 2009 realizou-se a cerimónia de assinatura do Contrato da Concessão Baixo Alentejo, presidida por José Sócrates que contou com a presença de Mário Lino, Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, e Paulo Campos, Secretário de Estado Adjunto das Obras Públicas e Comunicações. Criada pela Resolução do Conselho de Ministros n.º181/2007, de 29 de Novembro, esta Concessão foi lançada em 2 de Dezembro de 2007. Pouco mais de um ano volvido, o empreendimento é concretizado com a assinatura do respectivo Contrato a entidade adjudicatária é o Grupo Estradas da Planície. No site da Estradas da Planície podemos ler que “a Concessão Baixo Alentejo tem como objectivo assegurar a coesão territorial, através de uma ligação de qualidade (com perfil de autoestrada) entre o Litoral e o Interior do Alentejo, bem como melhorar os acessos a duas infra-estruturas cruciais para o desenvolvimento da capacidade logística comercial e económica daquela Região: o Porto de Sines e o futuro Aeroporto Internacional de Beja”. *com a Lusa

A 31 de Janeiro de 2009, José Sócrates foi a Ferreira do Alentejo anunciar a construção do IP 8 “contra ventos e marés”. Depois de vários anuncios do arranque das obras, José Sócrates foi a Santiago do Cacém a 17 de Novembro “garantir” que desta é que era.


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A Greve Geral por outro ângulo CÂMARA MUNICIPAL DE GRÂNDOLA EDITAL 271

PUBLICIDADE DAS DELIBERAÇÕES Aníbal Manuel Guerreiro Cordeiro, Vereador da Câmara Municipal de Grândola, no uso da competência que lhe foi conferida pelo despacho nº 4/2011, de 10 de Janeiro, no âmbito das competências respeitantes ao art.º 91º alínea v) do nº 1 do artº 68º, da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro na redacção que lhe foi dada pela Lei 5-A/2002 de 11 de Janeiro, torna público que em reunião ordinária, pública, de 17 de Novembro de 2011, foram tomadas as seguintes deliberações com eficácia externa: Apreciação e eventual aprovação da Proposta de apoio à candidatura do Cante Alentejano a Património Cultural Imaterial da Humanidade junto à UNESCO: Deliberado, por unanimidade, aprovar a candidatura do Cante Alentejano a Património Cultural Imaterial da Humanidade junto à UNESCO, de acordo com a Proposta dos Serviços; Apreciação e eventual aprovação da Proposta de Representante do Município nos Conselhos Gerais das Escolas: Deliberado, por unanimidade, aprovar o Representante do Município nos Conselhos Gerais das Escolas, de acordo com a Proposta dos Serviços; Apreciação e eventual aprovação da Proposta de renovação de Bolsas de Estudo para o ano lectivo 2011/ 2012: Deliberado, por unanimidade, aprovar a renovação de Bolsas de Estudo para o ano lectivo 2011/ 2012, de acordo com a Proposta dos Serviços; Apreciação e eventual aprovação da lista de classificação provisória do concurso de atribuição de duas Bolsas de Estudo a estudantes do ensino superior para o ano lectivo 2011/2012: Deliberado, por unanimidade, aprovar a lista de classificação provisória do concurso de atribuição de duas Bolsas de Estudo a estudantes do ensino superior para o ano lectivo 2011/2012, de acordo com a Proposta dos Serviços; Apreciação e eventual aprovação da Proposta de rectificação da deliberação de 22 de Setembro de 2011, referente à aprovação do Loteamento OPL3 – Lousal, Procº 6-A/09: Deliberado, por unanimidade, aprovar a rectificação da deliberação de 22 de Setembro de 2011, referente à aprovação do Loteamento OPL3 – Lousal, Procº 6-A/09, de acordo com a Proposta dos Serviços; Apreciação e eventual aprovação da Proposta de declaração de caducidade do Processo nº 275/2005, requerido por Maria da Graça da Costa Casqueiro: Deliberado, por unanimidade, aprovar a declaração de caducidade do Processo nº 275/2005, requerido por Maria da Graça da Costa Casqueiro, de acordo com a Proposta dos Serviços; Apreciação e eventual aprovação do pedido de reembolso de taxas requerido por António Domingos Costa Viegas – Procº 232/2007 – Carvalhal: Deliberado, por unanimidade, aprovar o pedido de reembolso de taxas requerido por António Domingos Costa Viegas – Procº 232/2007 – Carvalhal, de acordo com a Proposta dos Serviços; Apreciação e eventual aprovação do pedido de parecer nos termos do nº1 do artº 54º da lei nº 91/95, com a redacção da Lei nº64º/2003 de 23 de Agosto, requerido por Ana Cristina Pereira Pinela, na qualidade de mandatária de Cecília Maria Chainho Parreira Ramos e Outros: Deliberado, por unanimidade, emitir Parecer Favorável nos termos do nº1 do artº 54º da Lei nº 91/95, com a redacção da Lei nº64º/2003 de 23 de Agosto, requerido por Ana Cristina Pereira Pinela, na qualidade de mandatária de Cecília Maria Chainho Parreira Ramos e Outros, de acordo com a Proposta dos Serviços; Apreciação e eventual aprovação da Proposta de revogação da deliberação de 22 de Setembro de 2011, referente à alteração dos Loteamentos C1, C2, C4, C5, C6, C7, C8, L1, L2, L3, L6 e L10 no Carvalhal: Deliberado, por unanimidade, aprovar a revogação da deliberação de 22 de Setembro de 2011, referente à alteração dos Loteamentos C1, C2, C4, C5, C6, C7, C8, L1, L2, L3, L6 E L10 no Carvalhal, de acordo com a Proposta dos Serviços; Apreciação e eventual aprovação da Proposta de alteração ao Loteamento Municipal C1 – Carvalhal: Deliberado, por unanimidade, aprovar a alteração ao Loteamento Municipal C1 – Carvalhal, de acordo com a Proposta dos Serviços, retirando do Art. 5º do Regulamento a palavra “etc.” e substituindo a respectiva folha do Processo; Apreciação e eventual aprovação da Proposta de alteração ao Loteamento Municipal C2 – Carvalhal: Deliberado, por unanimidade, aprovar a alteração ao Loteamento Municipal C2 – Carvalhal, de acordo com a Proposta dos Serviços, retirando do Art. 5º do Regulamento a palavra “etc.” e substituindo a respectiva folha do Processo; Apreciação e eventual aprovação da Proposta de alteração ao Loteamento Municipal C4 – Carvalhal: Deliberado, por unanimidade, aprovar a alteração ao Loteamento Municipal C4 – Carvalhal, de acordo com a Proposta dos Serviços, retirando do Art. 5º do Regulamento a palavra “etc.” e substituindo a respectiva folha do Processo; Apreciação e eventual aprovação da Proposta de alteração ao Loteamento Municipal C5 – Carvalhal: Deliberado, por unanimidade, aprovar a alteração ao Loteamento Municipal C5 – Carvalhal, de acordo com a Proposta dos Serviços, retirando do Art. 5º do Regulamento a palavra “etc.” e substituindo a respectiva folha do Processo; Apreciação e eventual aprovação da Proposta de alteração ao Loteamento Municipal C6 – Carvalhal: Deliberado, por unanimidade, aprovar a alteração ao Loteamento Municipal C6 – Carvalhal, de acordo com a Proposta dos Serviços, retirando do Art. 5º do Regulamento a palavra “etc.” e substituindo a respectiva folha do Processo; Apreciação e eventual aprovação da Proposta de alteração ao Loteamento Municipal C7 – Carvalhal: Deliberado, por unanimidade, aprovar a alteração ao Loteamento Municipal C7 – Carvalhal, de acordo com a Proposta dos Serviços, retirando do Art. 5º do Regulamento a palavra “etc.” e substituindo a respectiva folha do Processo; Apreciação e eventual aprovação da Proposta de alteração ao Loteamento Municipal C8 – Carvalhal: Deliberado, por unanimidade, aprovar a alteração ao Loteamento Municipal C8 – Carvalhal, de acordo com a Proposta dos Serviços, retirando do Art. 5º do Regulamento a palavra “etc.” e substituindo a respectiva folha do Processo; Apreciação e eventual aprovação da Proposta de alteração ao Loteamento Municipal L1 – Carvalhal: Deliberado, por unanimidade, aprovar a alteração ao Loteamento Municipal L1 – Carvalhal, de acordo com a Proposta dos Serviços, retirando do Art. 5º do Regulamento a palavra “etc.” e substituindo a respectiva folha do Processo; Apreciação e eventual aprovação da Proposta de alteração ao Loteamento Municipal L2 – Carvalhal: Deliberado, por unanimidade, aprovar a alteração ao Loteamento Municipal L2 – Carvalhal, de acordo com a Proposta dos Serviços, retirando do Art. 5º do Regulamento a palavra “etc.” e substituindo a respectiva folha do Processo; Apreciação e eventual aprovação da Proposta de alteração ao Loteamento Municipal L3 – Carvalhal: Deliberado, por unanimidade, aprovar a alteração ao Loteamento Municipal L3 – Carvalhal, de acordo com a Proposta dos Serviços, retirando do Art. 5º do Regulamento a palavra “etc.” e substituindo a respectiva folha do Processo; Apreciação e eventual aprovação da Proposta de alteração ao Loteamento Municipal L6 – Carvalhal: Deliberado, por unanimidade, aprovar a alteração ao Loteamento Municipal L6 – Carvalhal, de acordo com a Proposta dos Serviços, retirando do Art. 5º do Regulamento a palavra “etc.” e substituindo a respectiva folha do Processo; Apreciação e eventual aprovação da Proposta de alteração ao Loteamento Municipal L10 – Carvalhal: Deliberado, por unanimidade, aprovar a alteração ao Loteamento Municipal L10 – Carvalhal, de acordo com a Proposta dos Serviços, retirando do Art. 5º do Regulamento a palavra “etc.” e substituindo a respectiva folha do Processo; Apreciação e eventual aprovação do Projecto de remodelação e modernização das instalações da Creche e Jardim de Infância de Grândola: Deliberado, por unanimidade, aprovar o Projecto de remodelação e modernização das instalações da Creche e Jardim de Infância de Grândola, de acordo com a Proposta dos Serviços, não tendo o Senhor Vereador Rafael Rodrigues participado na discussão, nem na votação por se considerar impedido nos termos do Nº 6, do Art. 90º da Lei Nº 169/99, de 18 de Setembro; Apreciação e eventual aprovação do Plano de Segurança e Saúde, da Empreitada dos Arranjos Exteriores da Igreja Matriz e Recuperação do Mercado Municipal: Deliberado, por unanimidade, aprovar o Plano de Segurança e Saúde, da Empreitada dos Arranjos Exteriores da Igreja Matriz e Recuperação do Mercado Municipal, de acordo com a Proposta dos Serviços; Apreciação e eventual aprovação da Proposta de lançamento do novo procedimento para o Concurso Público de Concepção para a elaboração do Projecto da Biblioteca e Arquivo Municipais de Grândola: Deliberado, por unanimidade, aprovar o lançamento do novo procedimento para o Concurso Público de Concepção para a elaboração do Projecto da Biblioteca e Arquivo Municipais de Grândola, bem como a nomeação do Júri e aprovação das respectivas peças de Concurso, de acordo com a Proposta dos Serviços; Apreciação e eventual aprovação da remissão do Plano de Pormenor da Muda à Assembleia Municipal para eventual aprovação final do Plano: Deliberado, por maioria, com duas abstenções por parte dos Vereadores da CDU, aprovar a remissão do Plano de Pormenor da Muda à Assembleia Municipal para e eventual aprovação final do Plano, de acordo com a Proposta dos Serviços; Apreciação e eventual aprovação do pedido de parecer nos termos do nº1 do artº 54º da lei nº 91/95, com a redacção da Lei nº64º/2003 de 23 de Agosto, requerido por Rua Nova do Almada – Imobiliária, Lda.: Deliberado, por unanimidade, emitir Parecer Favorável nos termos do nº1 do artº 54º da Lei nº 91/95, com a redacção da Lei nº64º/2003 de 23 de Agosto, requerido por Rua Nova do Almada – Imobiliária, Ldª, de acordo com a Proposta dos Serviços. Para constar se lavrou este e outros de igual teor os quais vão ser afixados nos locais públicos do costume. Paços do Concelho de Grândola, 22 de Novembro de 2011. O Vereador do Pelouro da Administração, Aníbal Cordeiro

É incontornável o sucesso da greve geral de 24 de Novembro, a maior de todas as realizadas depois do 25 de Abril de 1974, de acordo com as afirmações dos principais dirigentes das duas centrais sindicais portuguesas. Não sendo agora tempo de voltar a recordar os números da adesão e os principais sectores económicos e sociais em que se fez sentir, quero apenas referir duas outras situações: as repercussões internacionais e o presente e futuro da democracia em Portugal. Tive oportunidade de ver uma revista de imprensa com as noticias publicadas por todo o mundo sobre a greve geral em Portugal. E praticamente todos os grandes órgãos de informação internacionais, desde a BBC à CNN, a Globo e a Telesur de Caracas, também a Al Jazirah e a televisão pública da Republica Popular da China, todos os grandes jornais e televisões europeias referiram de forma objectiva os resultados da greve geral portuguesa sem perderem muito tempo com os acontecimentos das escadarias da Assembleia da Republica. Questão para me perguntar o que tem Portugal de tão importante para tamanha cobertura noticiosa? Tamanho não é! População também não! Grande poder económico tão pouco! A questão parece residir, quanto a mim, na contradi-

ção entre as forças políticas apoiantes do programa de estabilidade e crescimento da Troika e as forças políticas apoiantes da greve geral. Isto é, as forças políticopartidárias que apoiam a troika recolheram mais de 80% dos votos nas últimas eleições legislativas de Junho e têm no parlamento a mesma percentual de deputados. Como é possível então que vários milhões de portugueses tenham aderido à greve e que um dos partidos políticos que assinaram o acordo com a troika tenha estado com os grevistas? Sim, porque o secretáriogeral do PS reuniu pela primeira vez com os socialistas que pertencem à CGTP e claro com a UGT, e também não foi inocente o manifesto de Mário Soares e de outros socialistas de referência nacional de apoio à greve. Para os analistas internacionais já começou a ruptura nas forças politicas portuguesas apoiantes da troika. Sobre a democracia portuguesa, o seu presente e o seu futuro, as coisas estão complicadas. O poder dos mercados financeiros já demitiu os governos de Portugal (o de Sócrates), da Grécia, da Itália e o de Espanha. E tem outros na mira. Quererá isto dizer que de pouco valerá aos povos elegerem os seus dirigentes políticos porque os donos das finanças internacionais

Francisco do Ó Pacheco

os demitirão quando e como quiserem? Para mim que tenho da democracia um profundo conceito de liberdade e de livres escolhas que os cidadãos e os povos fazem quanto aos seus destinos, pensar que os donos do dinheiro serão os donos dos povos, arrepia-me …

Lusco-Fusco Adeus Jambinha Jambinha. Sim, Jambinha foi o nome que Sara deu ao elefante anão que o avô lhe trouxera do Congo. Pouco maior do que um borreguito, nunca cresceu. Olho todo castanho. Roliço de tão mimoso. Pior do que um puto feliz, mirando o presente de Natal. Adormecia no colo, esfregava de mansinho a trombinha na orelha de Sara e bramia toda a meiguice de África. — Podem não acreditar. Se lhe levanto os olhos ou ralho, escapam-se lágrimas cálidas daqueles olhos castanhos. Tempo de volta da fábrica. Jambinha ergue-se nas

pernas de trás, redondinho, e aspira no vento do sul o aroma de Sara. Ali à espera, sempre, raspando a trombinha na porta. Soube-se de repente: cancro no pâncreas. O médico sugere o sacrifício, antes que advenham as grandes dores. — Pode ir embora doutor! — diz Sara. Deita Jambinha no colo; morde os lábios; espeta ela própria a seringa; de mansinho, para não doer; e fitam-se de olhos molhados até a trombinha pender, a seguir ao último suspiro. Nunca o coração de Sara pesou tanto, nem quando imaginou Cristo na cruz. — Adeus, Jambinha!

Verissimo Dias


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“Estes cortes podem ditar o fim do TAS, pelo menos como ele é hoje” O futuro do Teatro Animação de Setúbal (TAS) é uma incógnita, mas poderá não ser muito risonho atendendo à conjuntura económica que afecta o país em geral e o sector da cultura em particular. Bruno Cardoso brunojpcardoso@gmail.com A crise poderá mesmo acabar com o TAS, pelo menos tal como este é hoje, afirma o director da companhia. Em entrevista ao jornal “Litoral Alentejano,” Carlos Curto garante, porém, que o TAS vai tentar sobreviver, mesmo quando tudo parece “puxá-lo” para baixo. Uma casa nova e uma estrutura menos pesada podem dar, contudo, um outro alento à companhia nos próximos anos. O TAS é uma companhia profissional fundada em 1975 e tem o estatuto de Entidade de Utilidade Pública atribuído pelo então Primeiro-Ministro, Cavaco Silva, em 1987. A companhia tem uma forte intervenção no distrito de Setúbal, embora tenha também visibilidade nacio-

O seu trabalho é repartido entre criações, reposições e actividades paralelas próprias ou em parceria e digressão. Litoral Alentejano - A cultura tem este ano o maior dos cortes entre todos os sectores do Orçamento de Estado. Está com os dias contados em Portugal? Carlos Curto: Nem Salazar conseguiu acabar com a cultura neste país. Não gosto deste Orçamento de Estado. O país está mal, mas esta crise é sistémica. O que devia de haver era uma reformulação do sistema, que afectaria a cultura, o desporto, as artes e tudo o resto. Litoral Alentejano - A decisão de acabar com o

trabalhei com Secretários de Estado da Cultura. O ministério foi criado pelo Governo de Guterres. Antigamente, o Secretário de Estado da Cultura tinha muito peso no Conselho de Ministros, por exemplo, e hoje não tem. Litoral Alentejano - As verbas da Direcção-Geral de Artes deste ano são suficientes? As verbas claramente não são suficientes e as coisas não acontecem de um dia para o outro. As companhias deviam ser melhor investigadas, bem como o trabalho local que desenvolvem. A decisão de não atribuir subsídios ao TAS foi uma decisão cega. Litoral Alentejano - O ano passado não receberam qualquer subsídio do Estado? Não, mas estamos a tentar recuperar ainda algum desse dinheiro. O processo do TAS é público e salta à vista a parcialidade e a injustiça da decisão. É por isso que continuamos a estar em contacto com a Assembleia da República e com os deputados eleitos pelo distrito.

Nem Salazar conseguiu acabar com a cultura neste país. Não gosto deste Orçamento de Estado. O país está mal, mas esta crise é sistémica. nal. Além de Portugal, o TAS já se deslocou em digressão a França, Canadá, Roménia e Turquia.

Ministério da Cultura e reduzi-lo a uma Secretaria de Estado ajuda a entender este panorama? Em toda a minha vida sempre

Litoral Alentejano - A perda de subsídios tem afectado a vossa actividade?

Sim, bastante. As nossas condições de trabalho degradaram-se, a que acresce o facto de não

ficado, mas o mal do país vem desde o Governo de Cavaco Silva. É uma insanidade europeia a Europa

mas a questão é saber como será distribuído aquele que ainda existe. A distribuição actual tem vindo a ser injusta

O TAS é uma companhia que continua a lutar pela sobrevivência, com 16 pessoas a seu cargo, apesar de tudo continuar a puxá-lo para baixo.

termos um sítio próprio para levar a cabo os nossos espectáculos. Litoral Alentejano - Mas já não deviam ter a vossa nova casa pronta? A sala já era para estar pronta, mas são necessários estudos antes. A Câmara Municipal de Setúbal não deve ser responsabilizada por isso. O TAS é o maior culpado, dado que não conseguiu ao longo de todos estes anos resolver esse problema. Apesar das dificuldades, continuamos a trabalhar. Estamos muito agarrados ao trabalho com as escolas. Litoral Alentejano - A conjuntura pode ditar o fim do TAS? É possível que sim, que dite o fim do TAS. Pelo menos tal como ele é hoje. O TAS deve transformar-se e adaptar-se à nova realidade. O TAS é uma companhia que continua a lutar pela sobrevivência, com 16 pessoas a seu cargo, apesar de tudo continuar a puxá-lo para baixo. Litoral Alentejano - Voltando aos cortes. A decisão de aumentar o IVA para 23 por cento nos espectáculos agrava este panorama desanimador? O problema não é só subir o IVA, mas sim a perda do poder de compra das pessoas. Quem gosta de teatro não vai deixar de ir. Pode ir é menos vezes. Este Governo tem tendência para ser cruci-

tal como ela é hoje. E o desmantelamento de tudo o que antigamente tínhamos, também não nos ajuda em nada. Não há apenas um culpado para esta situação. Aliás, como é possível culpar este ou aquele Governo e não culpar aqueles que votaram neles?

e a prova disso é que as companhias teatrais locais têm vindo a ser vistas com cada vez menos seriedade. Ainda assim, vamos no próximo ano continuar com um projecto interessante que tínhamos, ou seja, teremos um espectáculo central e outros dois ou três que visam dinamizar alguns espaços museológicos.

Litoral Alentejano - E tendo em conta a conjuntura, como correu o

Litoral Alentejano - O que mudaria no TAS caso pudesse?

não é só subir o IVA, mas “ Osimproblema a perda do poder de compra das pessoas. Quem gosta de teatro não vai deixar de ir. Pode ir é menos vezes

ano de 2011 ao TAS? 2011 foi um ano de fraca produção. Cumprimos o protocolo com a autarquia e houve dois espectáculos previstos inicialmente que tiveram de ficar para trás. Toda a gente da companhia, desde Março, está a receber metade do seu ordenado e não há possibilidade de aumentarmos as nossas receitas, uma vez que muitas entidades que nos ajudavam também estão a sentir esta crise. Foi um ano atípico. Litoral Alentejano - E 2012 como será? Uma incógnita. Há menos dinheiro para a cultura,

Mudaria o facto de não termos um espaço próprio. Caso o tivéssemos, este seria polivalente e não apenas uma solução de remedeio. Talvez mudasse também a estrutura actual da companhia, que considero demasiado pesada e a necessitar renovação, não só de elementos, mas também de funcionamento. Litoral Alentejano - E continuam a ter presença no Litoral Alentejano, não é? Estamos sempre presentes na mostra de Santo André, por exemplo. Já tínhamos também um protocolo com a câmara de Alcácer, que acabou quando esta mudou do PCP para o PS.


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Sines entre os 10 concelhos do país com maior poder de compra De acordo com dados relativos a 2009 divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística no dia 10 de Novembro de 2011, Sines é o 10.º concelho do país no indicador do poder de compra “per capita”, 32,62 pontos acima da média nacional. Sines sobe quatro lugares em relação à tabela divulgada no ano passado, com dados relativos a 2007. Numa tabela em que Lisboa, Oeiras, Porto, Cascais e Faro ocupam os cinco primeiros lugares, Sines é o concelho alentejano mais bem classificado, oito posições à frente de Évora. O presidente da Câmara Municipal de Sines, Manuel Coelho, considera que esta posição de Sines se deve “à conjugação do pólo portuário e industrial com as políticas municipais de investimento em educação, ensino profissional, desportos, lazer e cultura”. “Sines já é, nesta data, o mais dinâmico pólo económico do nosso país e o maior contribuinte para

as exportações e a balança comercial. No entanto, tem ainda um enorme potencial de crescimento em indústrias limpas, turismo e pesca, assim como numa cidade cosmopolita e voltada para o futuro”. Em 2009, dos 308 concelhos portugueses apenas 39 apresentavam, relativamente ao indicador sintético do poder de compra “per capita”, resultados acima da média nacional, na sua maioria capitais de distrito e concelhos integrados em áreas metropolitanas.

Poder de compra “per capita” 1. Lisboa, 232,54 2. Oeiras, 185,27 3. Porto, 178,77

4. Cascais, 150,63 5. Faro, 146,06 6. Coimbra, 144,88 7. Montijo, 136,85 8. Aveiro, 134,76 9. Funchal, 133,28 10. Sines, 132,62 11. Alcochete, 132,58

12. Matosinhos, 130,57 13. São João da Madeira, 129,07 14. Almada, 122,15 15. Loures, 121,60 16. Porto Santo, 120,24 17. Maia, 119,14 18. Évora, 118,65 19. Ponta Delgada, 117,74 20. Amadora, 115,76

 de Santiago do Cacém Câmara Municipal   

ÁLVARO DOS SANTOS BEIJINHA, Vereador do Pelouro do Urbanismo da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, no uso da competência delegada por despacho 42/GAP/2009 de 05 de Novembro, de acordo com a alínea v) do nº 1 do artigo 68º da Lei nº 169/99 de 18 de Setembro, com a redacção dada pela Lei nº 5A/2002, de 11 de Janeiro, faço público que: --------------------------------------------------De acordo com a alínea i) do nº 2 do artigo 53º e alínea a) do nº 6 do artigo 64º da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção dada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, a Câmara Municipal, reunida em dez de Novembro de dois mil e onze, deliberou, na sequência da aprovação pela Assembleia Municipal, de 23/09/2011, efectuar uma Hasta Pública para a alienação dos Lotes 1 e 2 do Loteamento Municipal “Nova Lezíria”, em Vila Nova de Santo André. Os lotes destinam-se à construção de superfícies comerciais. --------------------------------------A hasta pública realizar-se-á no dia 05 de Dezembro de 2011 pelas 10:00 horas no Sala de Sessões do Município. ------------------------------------------------------------------O valor base de licitação dos lotes será de 600.000,00€ (seiscentos mil euros). ---Os lanços mínimos serão de 10.000,00 € (dez mil Euros) sobre a licitação da proposta anterior. ------------------------------------------------------------------------------------O pagamento será efectuado em 10% do valor de licitação, a ser paga até ao 2º dia útil seguinte à Hasta Pública e os restantes 90% do valor de licitação, a ser paga no acto da celebração da escritura pública. -------------------------------------------Todas as obras de infra-estruturas que servirão o Loteamento, ficam a cargo do adjudicatário dos lotes. -----------------------------------------------------------------------------O adquirente fica obrigado aos termos das “Condições Especiais” e “Especificações Técnicas” da Hasta Pública constantes nos documentos anexos, nomeadamente obrigando à execução das infra-estruturas e obras de edificação aí referidas. -----------------------------------------------------------------------------------------------O prazo máximo para a realização da escritura é de 60 dias após a Hasta Pública, e em data a acordar entre as partes. -----------------------------------------------------------Constituem encargos do adquirente, todas as despesas relacionadas com a celebração da escritura, o imposto de selo e o imposto municipal de transmissões. E PARA CONSTAR SE PUBLICAM ESTE E OUTROS DE IGUAL TEOR QUE VÃO SER AFIXADOS NOS LUGARES DE ESTILO. ----------------------------------------

Paços do Concelho de Santiago do Cacém, 10 de Novembro de 2011 O Vereador do Pelouro do Urbanismo _______________________________________ (Álvaro Beijinha, Dr.)

Santiago do Cacém acima da média nacional Santiago do Cacém, foi

um dos três concelhos do país que viu o seu poder de compra aumentar para valores acima da média nacional em 2009. De acordo com o estudo há três concelhos que viram o seu poder de compra aumentar para valores acima da média nacional em 2009 – Santarém (100,94), Vila Real (102,53) e Santiago do Cacém (100,23). Segundo os mesmos dados, outros três concelhos baixaram o nível – Lagos (96,67), Marinha Grande (91,56) e Sesimbra (94,85). Em 2009, dos 308 municípios portugueses, 39 apresentavam, relativamente ao indicador sintético do poder de compra “per capita”, resultados acima do valor médio nacional. Uma análise global dos

resultados permite destacar valores mais elevados nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto e também em alguns municípios coincidentes com capitais de distrito. A análise sugere, assim, uma associação positiva entre o grau de urbanização das unidades territoriais e o poder de compra aí manifestado quotidianamente. O indicador Percentagem de Poder de Compra revela que os 27 municípios das subregiões da Grande Lisboa, da Península de Setúbal e do Grande Porto concentravam 50% do poder de compra nacional. A leitura dos resultados do IpC para 2009 associa ao território continental um poder de compra manifestado superior ao observado

nas duas regiões autónomas portuguesas: o valor atingia 100,5 para o Continente e era, respectivamente, de 86,1 e 94,7 para as regiões autónomas dos Açores e da Madeira. A região de Lisboa (134,2) e do Algarve (100,4) constituíam as regiões NUTS II com valores acima do poder de compra “per capita” médio nacional, embora de forma marginal no caso do Algarve. As três restantes regiões continentais — Norte, Centro e Alentejo — registavam índices de poder de compra “per capita” abaixo da média nacional e relativamente próximos: 88,4 para a região Alentejo, 87,6 para a região Norte e 84,4 para a região Centro.

Um grupo de investidores brasileiros visitou o Porto de Sines com o objectivo de conhecer as potencialidades de desenvolvimento de novas infra-estruturas portuárias vocacionadas para a movimentação de contentores, assim como as áreas disponíveis para a instalação de unidades industriais e logísticas. Com efeito, o Porto de Sines tem disponível uma vasta área para a implantação de um novo terminal de contentores vocacionado para receber os novos megacarriers projectados para transportar 18.000 TEU, cuja entrada em operação está prevista para breve. Este terminal, com capacidade para competir com os principais portos

europeus, tirará partido das águas profundas, dos sistemas de gestão portuária de alta tecnologia e, principalmente, da excelente localização geográfica do Porto

Este grupo de empresários mostrou também o maior interesse nas potencialidades da ZILS – Zona Industrial e Logística de Sines que, numa área contígua ao

de Sines no cruzamento das principais rotas marítimas internacionais, para se afirmar no mercado mundial de carga contentorizada.

porto, oferece excelentes condições para a instalação de projectos industriais e logísticos.

Investidores brasileiros visitam Porto de Sines


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Luís Patrão foi exonerado do Turismo de Portugal Frederico Costa, até aqui vogal, vai assumir a presidência do Turismo de Portugal, substituindo Luís Patrão, há cinco anos no cargo. Os 5 membros ficam reduzidos a 3. Depois de ter estado em Sines na conferência “Costa Alentejana, Turismo todo ano” na passada sexta-feira dia 18 (ver peça na pag. 14), naquele que terá sido o seu último acto oficial, Luís Patrão foi, no passado dia 21, exonerado do cargo de Presidente do Turismo de Portugal, um processo que se estende a todos os membros do Conselho Directivo, à excepção de Frederico

Nascido em 1965, Frederico Costa formou-se na Escola de Hotelaria e Turismo do Porto, pós-graduado pelo Centro Internacional de Glion, é Mestre pela Universidade de Bournemouth, segundo o currículo publicado em Diário da República aquando da nomeação do actual Conselho Directivo do Turismo de Portugal, em Maio de 2010. Frederico Costa foi vice-

Luis Patrão entrou no Turismo de Portugal em 2005, como Vogal do seu Conselho Directivo.

Costa, que passa a assumir a presidência do Instituto. A substituição de Luís Patrão, muito ligado ao anterior primeiro-ministro, José Sócrates, de quem foi chefe de gabinete, era considerada inevitável. Além de Luís Patrão, que presidia o Conselho Directivo do Turismo de Portugal, são também exonerados Ana Mendes Godinho, vice-presidente, e os Vogais: Maria José Martins Catarino e Nuno Manuel Oliveira dos Santos. Luís Matoso e Maria de Lurdes Vale (assessora do Ministro da Economia), passam a integrar o Conselho Directivo do Turismo de Portugal, que fica reduzido dos anteriores cinco para três elementos.

Um Instituto menos “politizado” Tornar o Turismo de Portugal menos “politizado” e, conferir-lhe uma gestão mais próxima das empresas, apoiando o sector numa vertente de negócio é, segundo fontes próximas do sector, é o objectivo da reestruturação avançada pelo Governo de Passos Coelho. O Turismo de Portugal vai ver as suas 21 representações no exterior do País, fundidas com as do AICEP, ficando ambos sob a tutela dos Negócios Estrangeiros.

presidente do Instituto entre 2007 e 2010 e, Director de Marketing e Vendas das Pousadas de Portugal, entre 2004 e 2005, desempenhado um ano antes, funções de Director de Promoção Turística do antigo Instituto do Comércio Externo de Portu-

II – Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo, Algarve. Foram ainda criados os pólos de desenvolvimento turístico, integrados nas áreas regionais – Douro, Serra da Estrela, Leiria-Fátima, Oeste, Litoral Alentejano e Alqueva. Este novo quadro de interlocutores para o desenvolvimento do turismo regional no território Nacional Continental, concretiza-se, assim, pela criação de onze entidades regionais de turismo, dinamizadoras e interlocutoras das áreas regionais e dos pólos de desenvolvimento turístico junto do órgão central de turismo, e responsáveis pela valorização turística e pelo aproveitamento sustentado dos recursos turísticos das respectivas áreas. Com a reestruturação agora efectuada, o Litoral Alentejano contactou o Presidente do Pólo de Turismo do Litoral Alentejano para apurar da sua sensibilidade sobre o futuro do “seu” Pólo.

Pólos de Turismo serão extintos? Carlos Beato, na sua qualidade de Presidente do Pólo de Turismo do Alentejo Litoral, naquele que é o seu primeiro comentário sobre a exoneração de Luís Patrão do cargo de Presidente do Turismo de Portugal, começando por fazer uma retros-

cia do Turismo de Portugal, Carlos Beato salientou o facto de Luís Patrão ser uma “uma pessoa competente, que tratou da mesma maneira – e, isso é que faz falta – neste Portugal de Abril”.

Um rosto credível Um segundo comentário ainda sobre a exoneração de Luís Patrão, Carlos Beato afirmou que “é normal que o Dr. Luís Patrão tivesse sido afastado das suas funções porque é um rosto credível e, um rosto conectado com o antigo Primeiro-ministro António Guterres, de que foi Secretário de Estado, depois, no Governo de José Sócrates, foi seu Chefe de Gabinete, de onde transitou para o importante cargo no Turismo de Portugal”, isso para frisar “que é normal que, na visão política existente, passados quase quarenta anos de Abril de 74, ainda existam em Portugal os governos e os partidos a se pautarem por estas decisões”. Carlos Beato referia-se às exonerações de cargos políticos tal como se conhecem, afirmando que não concordava com o método que tem existido até ao presente. Preocupou-se em explicar que deveriam ser apoiados os mais competentes, frisando que, entretanto, “não é essa a cultura que temos tido”, diria para

Qual o futuro da Marca...

gal (ICEP) e sido delegado dessa mesma entidade em Nova Iorque, entre 1998 e 2003. Em 2003, durante o Governo de Durão Barroso, foi representante do Ministério da Economia na Comissão Estratégica dos Oceanos e na Comissão Interministerial para as Comunidades Portuguesas. Entrou no Instituto do Turismo de Portugal em 2005, como Vogal do seu Conselho Directivo. Como é do conhecimento público, a publicação do Decreto-Lei n.º 67/2008, de 10 de Abril, criou cinco áreas regionais, que reflectem as áreas abrangidas pelas unidades territoriais utilizadas para fins estatísticos NUTS

pectiva do desempenho de Luís Patrão à frente do Turismo de Portugal, para sublinhar que “foi notável”, motivo pelo qual levou-o a sublinhar que: “isso é bom que fique dito para que o tempo e a memória não apaguem o que foi feito”, reafirmando que o desempenho de Luís Patrão “foi notável para ajudar as Regiões de Turismo do nosso País e, não só a nossa do Alentejo e do Pólo do Alentejo Litoral a terem mais meios, para serem mais competitivas e, para melhor poderem tirarem partido das suas potencialidades”. Agradecendo os cinco anos passados, exercidos por Luís Patrão à frente da Presidên-

destacar que percebe e acha totalmente legítimo que o Governo de Passou Coelho tivesse substituído uma pessoa, “embora discorde, que tenha substituído alguém que conseguiu, até ao presente, conseguido dos melhores resultados que o Turismo de Portugal atingiu”, facto esse que “deve fazer pensar”, disse.

Frederico Costa, passa a assumir a presidência do Instituto. agentes do sector esperam, como faça ainda, mais e melhor do que fez a que terminou funções”. Em síntese manifestou o seu desejo, de que, “as oportunidades sejam dadas a todos, mas que essas oportunidades têm que ser transformadas em resultados”.

Pólo de Turismo do Alentejo Litoral, a caminho da extinção? Carlos Beato, respondendo à pergunta colocada, afirmou que, pela interpretação dos sinais existentes e pela ausência da Secretária de Estado do Turismo na Conferência que se realizou em Sines, está em crer que a reestruturação que está a ser ultimada, “que os Pólos de Turismo irão deixar de existir, acrescentando que essa é a sua leitura e sensibilidade”, reforçando a ideia matriz da sua intervenção, dizendo que espera “é que, o modelo que vier a ser encontrado, que não ponha em causa o trabalho que tem sido feito no Alentejo e, em especial, na Costa Alentejana, bem como a em todas as Regiões do País”.

Carlos Beato acredita que o “seu” pólo será extinto.

Que as oportunidades sejam dadas a todos Um outro comentário prendeu-se com a sua análise sobre a equipa que virá a seguir, dizendo que “o que nós todos esperamos desta nova equipa que foi nomeada, é que corresponda àquilo que os diversos

rar este apontamento com o Presidente do Pólo de Turismo do Alentejo Litoral, sem procurar – em termos comparativos – relembrar a extinção recente da Costa Azul, questionando-o sobre as eventuais consequências do modelo que aí vem, no sentido de o questionar se, esse modelo poderá a adiar o desenvolvimento do Turismo no Alentejo Litoral. Carlos Beato, em resposta a esta importante questão diria: “Para se tomarem decisões adequadas temos que conhecer os territórios e as suas aptidões. De facto, eu não tenho qualquer dúvida de que a antiga Costa Azul e a Região da Costa Alentejana são seguramente, dos melhores produtos para apoiar e para explorar uma oferta daquilo que já não há. É uma oferta que não é massificada, onde as Autarquias têm um papel muito importante no acompanhamento dos projectos, processos e, também, é uma oferta que é amiga do ambiente e da conservação da natureza, por isso, espero, desejo e tenho que acreditar que é possível que o modelo que o Governo venha a pôr em

Depois da Costa Azul, e, do Pólo da Costa Alentejana, que modelo… se seguirá? O Jornal não poderia encer-

prática, seja um modelo que não ponha em causa – pelo contrário – todo o trabalho que foi feito nos últimos anos, que designadamente, atingiu os resultados que estão à vista de todos. É isso que espero”, sublinhou para encerrar.


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“A Fundação é um projecto - fundamentalmente agregador de valor para a Região” Em, breve entrevista, Paulo Barros Trindade - Presidente da Fundação Odemira - sublinhou a necessidade de se agregar massa crítica nas regiões em que, um dos seus problemas é saber que a sua população está muito dispersa. Aliette Martins aliette@sapo.pt Litoral Alentejano - A Fundação Odemira, em termos de intervenção opera apenas no território de Odemira ou tem capacidade jurídica para “sair desse limite”? Eng.º Paulo Barros Trindade, Presidente do Conselho de Administração da Fundação Odemira – A área de intervenção da Fundação, prioritariamente – é o Concelho de Odemira. Litoral Alentejano – Intervenção só em Odemira? - Os estatutos da Fundação falam em Região. Litoral Alentejano – Que é mais vasta. - Que é mais vasta. No entanto, posso dizer-lhe que a nossa área de intervenção tem sido - fundamentalmente - o Concelho de Odemira, nomeadamente a da Escola Profissional. Entretanto, devo acrescentar que desde que assumimos a administração da Fundação, tentamos transformar o projecto da Escola Profissional num projecto nacional porque, temos em Odemira, um conjunto de cursos que não existem em todas as regiões, por isso, faz algum sentido tentarmos atrair miúdos de outras regiões, onde - se calhar - não existe essa oferta de cursos. Atrair miúdos para a Escola de Odemira por duas razões, para já porque temos que a viabilizar e, a forma de o fazer, é – como referi - atrair miúdos para alunos da Escola. Por outro lado, temos um Concelho com quinze pessoas por quilómetro quadrado, temos muita área disponível – por isso, faz todo o sentido contribuirmos com uma estratégia de atracção de novos residentes. Nos estudos que temos feito, o que também percebemos é que, metade dos nossos alunos acabam por ficar no Concelho de Odemira. Doulhe um exemplo concreto: Temos alunos de onze nacionalidades e, temos alunos praticamente de todas as regiões do País. Ou seja,

se metade dessas pessoas conseguem fixar-se e trabalhar em Odemira, estamos a contribuir também para fixar mais pessoas no Concelho de Odemira. Quando me pergunta qual é a área de intervenção geográfica que temos, realmente a área geográfica é o Concelho de Odemira, no entanto, temos um projecto nacional para intervir em Odemira. Litoral Alentejano – O projecto nacional para intervir em Odemira, como explicou, não poderá ir mais longe? Ir – por exemplo – até aos países de língua portuguesa? - A verdade é a de que todos os meios estão concentrados em Odemira. Existe apenas um projecto, mas ainda muito incipiente, que poderá vir a ser uma realidade nos próximos anos, que é, eventualmente, a de constituirmos um pólo em Cabo Verde. Historicamente a Escola Profissional de Odemira, mesmo antes de ser Fundação - a Fundação tem 11 anos. A Escola Profissional de Odemira tem 21. Houve um período de 10 anos que funcionou apenas como Escola - teve sempre uma ligação muito forte com Cabo Verde e que ainda hoje se mantém. Temos presentemente uma comunidade muito grande de cabo-verdianos a estudar na Escola Profissional, a exemplo do que se tem passado ao longo dos anos. Aliás, também ao logo dos anos temos tido solicitações, por parte de Cabo Verde, para que possamos desenvolver, naquele País, um Pólo. Cabo Verde está a perceber que, a partir do momento em que os alunos vêm estudar para Portugal, dificilmente retornam. E não é essa a ideia que defendem. Obviamente, Cabo Verde, um país com 400 mil habitantes, tem todo o interesse em fixar população. Portanto, aquilo que, eventualmente, poderá – no futuro – vir a ser ponderado, mas que,

neste momento, não é prioridade, será abrirmos um pólo em Cabo Verde, para ir ao encontro desse desejo que os cabo-verdianos têm, a de uma colaboração mais estreita connosco, neste caso, no âmbito do seu território. No momento, aquilo que se pretende é apenas continuarmos a receber alguns alunos. Aliás, não conseguimos abrir o número de vagas que Cabo Verde pretendia. Se deixássemos ao critério das entidades de Cabo Verde, se calhar, teríamos na Escola mais cem alunos. Mas, voltando à sua questão, a estratégia, pelo menos até ao fim do mandato da Administração em exercício - que estará ao serviço da Funda-

tos que estamos a desenvolver, enquanto tentamos que, durante o próximo ano, continuemos a fazer o desenvolvimento desses projectos. A única coisa que, eventualmente, poderá mudar, é que temos que investir um pouco mais, em relação àquilo que aconteceu nos últimos dois anos a nível da campanha de divulgação dos cursos. Litoral Alentejano – A mudança de que fala, refere-se a que área? - O ano passado já iniciamos um processo de divulgação dos cursos a nível nacional, incluindo ilhas, mas iniciamos – talvez – uma campanha um pouco tarde. Iniciamos essa campanha em Maio, deste ano. Temos

Expo que geriu o processo, mas há uma entidade gestora onde estão incluídas no processo as Câmaras Municipais - fomos convidados por essa entidade gestora para assumirmos o “Plano de Comunicação e Marketing do Polis”. Já assinamos o contrato com a Entidade gestora para assumir esse Plano de Comunicação e Marketing que, entretanto, neste momento, está em stand Bay. Litoral Alentejano – Essa prestação ao Poli, será uma prestação pontual ou é um projecto de continuidade? - É um projecto para três anos. Nós tentamos ter uma intervenção em áreas em que

A estratégia, pelo menos até ao final do ano que vem, é concentrarmos os nossos esforços apenas em Odemira ção até ao final de 2013 - é concentrar os seus esforços apenas em Odemira. Litoral Alentejano - Há algum projecto novo que possa transitar para o próximo mandato da Fundação? - Os mandatos da Administração da Fundação Odemira são de três anos. Devo esclarecer que – entretanto - a maior parte dos elementos da actual Administração, já estavam ligados à Fundação há muitos anos. Eu, pessoalmente estou ligado à Fundação desde 2003, embora só agora, neste mandato, ter assumido funções, a de Presidente, isto para dizer-lhe que tínhamos um plano estratégico para os 3 anos de mandato e, à partida, não nos vamos afastar muito do que foi e está definido, daí que tenhamos um grande conjunto de projec-

que fazer uma dinâmica de divulgação dos cursos mais cedo, com tempo. Esta é a única estratégica que será ajustada. De resto, o que temos é, manter os cursos que temos.

A Fundação Odemira é a responsável pelo “Plano de Comunicação e Marketing do Polis” Litoral Alentejano Comenta-se que a gestão do Polis do Litoral poderá transitará para a responsabilidade da Fundação Odemira. Confirma esse comentário? - A ligação da Fundação Odemira com o Polis não tem a ver com a gestão, mas posso dizer-lhe que, realmente, a Fundação foi convidada pela Entidade gestora do Polis, no caso foi a Parque

o tecido empresarial local não intervém. É de lembrar que temos um tecido empresarial relativamente disseminado pelo território, com alguma fragilidade, em que talvez o sector mais forte seja o da agricultura intensiva. Depois, há já algum desenvolvimento a nível do turismo rural mas, de resto, o tecido o é de microempresas espalhadas pelo território, daí que, haja um conjunto de serviços, que existem em outras regiões, que não existem em Odemira. A Fundação tem tido um pouco o papel de colmatar algumas das necessidades que possa detectar e, tirar partido das estruturas que já tem. Neste caso, temos o ensino de “Comunicação e Marketing” e, um conjunto de professores que podem perfeitamente, até com os próprios alunos, desenvolver até mesmo uma activi-

dade mais empresarial, mais adequada à prestação de serviços, dentro do campo específico de Comunicação e Marketing. Litoral Alentejano – As finanças da Fundação estão de boa saúde? - Obviamente, todos temos a noção de que a actividade de educação é uma actividade deficitária. Não conseguimos ter os cem por cento da despesa que temos com a educação. Não conseguimos que a despesa contabilizada seja totalmente comparticipada pelos fundos comunitários. Se é certo que vivemos do orçamento dos fundos comunitários, a percentagem que não conseguimos cobrir com esses fundos, terá que ser a própria Fundação a cobri-los, com serviços, para que não tenhamos um orçamento deficitário. Isto para dizer-lhe que um dos exemplos prende-se exactamente com o que anteriormente me perguntou. O facto de termos celebrado o contrato para fazer o Plano de Comunicação do Polis e para implementá-lo, vai no sentido de dar resposta a essa sua pergunta. Litoral Alentejano – Como é que se sente na condução de uma “estrutura” como a Fundação Odemira? - Eu estou há doze anos em Odemira. Vim de Lisboa. O meu percurso é, fundamentalmente, empresarial. Tenho empresas há muitos anos e, na área da consultoria. Há dezassete anos que exerço essa actividade na área de consultoria económica e da consultoria imobiliária. Quando vim para Odemira, em 1999, como tenho uma ligação familiar ao Alentejo, houve sempre aquele sonho edílico de voltar às raízes. No fundo, o sonho era voltar ao Alentejo. Assim aconteceu. Vim Odemira, muito embora a minha família não seja desta região e sim do interior Alentejano. Em mim, nasceu a ideia de voltar ao Alentejo com o desejo de fazer qualquer coisa para o desenvolvimento, no caso, da Região em que estou, por isso, quando vim para Odemira tentei entrar nas dinâmicas que existiam localmente. Cerca de quatro anos depois de ter vindo para o Concelho de Odemira, acabei por entrar para este projecto da Fundação. Curiosamente, na altura, fui logo convidado para a sua Administração.


1 de Dezembro/11 Ano II • n.º 47 •

Directora Aliette Martins Director-adjunto Marcos Leonardo Editor Joaquim Bernardo

Ginástica- Campeonato do Mundo em Birmigham

Esta Revista faz parte integrante do Litoral Alentejano nº 241 de 1 de Setembro de 2011, não pode ser vendida separadamente

Beatriz Martins 62º lugar no Campeonato do Mundo em Birmigham

10

anos

que mudaram a

Região 01-09-01 01-09-11

Se não conseguiu o seu exemplar peça-o para as nossas delegações

269 822 570 265 235 234

A ginasta sineense Beatriz Martins, da Academia de Ginástica de Sines, integrou a selecção portuguesa feminina presente nos Campeonatos Mundiais de Trampolim e Tumbling realizados em Birmingham, Inglaterra, entre 17 e 20 de Novembro. Embora a classificação final 62.º lugar - não tenha sido a que esperava, pelo fato de reunir a elite mundial do trampolim individual, a presença neste campeonato foi um dos pontos altos da carreira da ginasta sineense de apenas 17 anos. Entre 24 e 27 de Novembro, Beatriz voltou a entrar em acção a nível internacional, desta vez no Campeonato do Mundo por Grupos de Idades, onde teve a companhia de outras duas atletas da Academia de Ginástica de Sines (Sara Sousa e Tatiana Belchior).

Beatriz Martins aqui à direita na foto

Futebol - Campeonato Distrital de Setúbal da 1ª divisão

Vasco da Gama venceu na Amora e apanhou o Barreirense no primeiro lugar Beneficiando da derrota do Barreirense em casa por 1-0, frente ao Desportivo de Portugal, o Vasco da Gama de Sines que venceu na Amora por 2-1, apanhou a equipa do Barreiro no primeiro lugar do Campeonato Distrital de Setúbal da 1ª divisão. O Alcacerense regressou às vitórias, venceu no Zambujal por 3-1. O Grandolense recebeu o Paio Pires e empatou a um golo. Restantes resultados: Cova da Piedade,3 – Sarilhense,0; C. Industria,1 – BM Almada,0; Na 6ª jornada, o Vasco da Gama de Sines recebeu o Alcacerense e venceu por 3-0. Uma partida muito bem disputada, onde a equipa da casa foi superior e justificou a vitória, embora o Alcacerense se tenha batido muito bem e dificultado o trabalho aos jogadores sineenses. Nesta jornada o Grandolense conseguiu a primeira vitória na competição, a equipa orientada por Antonio Gomes recebeu o Zambujalense e venceu por um expressivo 4-1. Uma partida com total domínio da equipa da casa. Restantes resultados: Sarilhense,0 – Amora,1; Desp. Portugal,1 – Cova da Piedade,0;

Alfarim,0 – Barreirense,4; Luso,1 – Palmelense,1; BM Almada,1 – Rosarense,1 e Paio Pires,3 – C. Industria,1.Rosarense,4 – Luso do Barreiro,1 e Palmelense,2 – Alfarim,1. Classificação Geral: 1º Barreirense e Vasco da Gama,18; 3º Paio Pires,16; 4º Alcacerense,15; 5º Palmelense,14; 6º Amora e Cova da Piedade,13; 8º Desp. Portugal,12; 9º Rosarense

e Sarilhense,9; 11º Grandolense e C. Industria,6; 13º Alfarim,4; 14º Luso e Zambujalense,2 e 16º BM Almada,1 ponto. Na 8ª jornada, dia 4 de Dezembro, vão jogar: Alcacerense – Amora; Sarilhense – Barreirense; Alfarim – Rosarense; Luso – C. Industria; BM Almada – Grandolense; Paio Pires – Zambujalense; Desp. Portugal – Palmelense e Vasco

da Gama – Cova da Piedade. Para o dia 11 de Dezembro, estão marcados os jogos da 9ª jornada, onde vão jogar: Zambujalense – Amora; Cova da Piedade – Alcacerense; Barreirense – Vasco da Gama; Palmelense – Sarilhense; Grandolense – Luso; Paio Pires – BM Almada; Com. Industria – Alfarim e Rosarense – Desp. Portugal.


Litoral Alentejano – Quinta-feira, 1 de Dezembro de 2011

Hóquei - Nacional da 2ª divisão

H. C. Vasco da Gama somou primeira vitória

Depois de uma derrota em casa frente ao Biblioteca por 5-2, o HC Vasco da Gama deslocou-se ao Pavilhão de Santa Cita onde conseguiu a primeira vitória no campeonato, venceu por 8-5. Os golos sineenses foram apontados por Custódio Augusto (3); Nuno Martins (2); Luís Custódio (1); Paulo Rodrigues (1) e Henrique Pereira (1). Após esta jornada o HC Vasco

da Gama ocupa o 11º lugar com três pontos. Na frente continua o Sporting com 18 pontos. Neste sábado, dia 3 de Dezembro, a equipa sineense joga em Sines às 21 horas, frente ao Turquel. Dia 10 de Dezembro, a equipa orientada por Nuno Martins joga na Parede pelas 18 horas, e dia 17 de Dezembro, recebe em Sines o Campo de Ourique.

Futebol - Taça Distrito de Setúbal

Vasco da Gama joga em Almada dia 1 A Associação de Futebol de Setúbal vai realizar nesta quinta-feira dia 1 de Dezembro, os jogos da 1ª eliminatória da Taça do Distrito. Vão jogar: Amora – C. Industria; Grandolense – Quinta do Conde; Barreirense – Alfarim e Almada – Vasco da Gama.

Os jogos começam às 14.30 horas. Se no final da partida se registar um empate, o encontro terá 30 minutos de prolongamento, dividido em duas partes de 15 minutos, sem intervalo. As quatro equipas vencedoras vão disputar as meias-finais da competição.

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Futebol - Campeonato Distrital da 2ª Divisão - AF Setúbal

Juventude Melidense continua na luta pela subida de divisão União de Santiago do Cacém jogou na Quinta do Conde e venceu por 2-1, depois de estar a perder por 1-0, a equipa orientada por João Direito conseguiu dar a volta a resultado marcado a golo da vitória nos momentos finais do encontro. O líder Melides jogou em Lagameças e não conseguiu melhor que um empate a zero. O Estrela de Santo André recebeu o Arrentela e empatou a um golo. Nas restantes partidas, o Almada recebeu o Faralhão e empatou a um golo. No dérbi da Caparica, o Monte da Caparica venceu na Charneca por 3-1. A 6ª jornada ficou marcada pelo dérbi entre o Melides e o Est. Santo André, no qual a equipa da casa venceu por 1-0. Uma partida muito bem disputada, com uma ligeira superioridade da equipa da casa que acabou por justificar a vitoria pela diferença mínima. Uma vitória que permitiu à equipa orientada por Fernando Encarnação manter o primeiro lugar da classificação. Restantes resultados: M. Caparica,0 – Almada,4; Faralhão,3 – Quinta do Conde,3; União

de Santiago,1 – Lagameças,3 e Arrentela,2 – Charneca da Caprica,0. Apos esta jornada, o Melidense mantém o primeiro lugar, agora com 16 pontos, mais três que o Arrentela que continua em segundo. O Quinta do Conde com 12 ocupa o 3º lugar. 4º Almada

e Lagameças,10; 6º União de Santiago,8; 7º Faralhão, Estrela Santo André e Monte da Caparica,7 e 10º Charneca Caparica, 1 ponto Na 8ª jornada, dia 4 de Dezembro, vão jogar: M. Caparica – Arrentela; Faralhão – Ch. Caparica; União de Santiago –

Almada; Melides – Quinta do Conde e Lagameças – Est. Santo André. Dia 11, na 9ª jornada, vão jogar: Est. Santo André – Monte da Caparica; Arrentela – Faralhão; Charneca da Caparica – U. Santiago; Almada – Melides e Quinta do Conde – Lagameças.

Futebol - Campeonato Distrital de Juvenis - 2ª divisão

Vasco da Gama venceu o União de Santiago e continua no 1º lugar

Hóquei -Nacional da 3ª divisão

HC de Grândola continua na frente Somando por vitórias em todos os jogos realizados, o HCP de Grândola comanda o Campeonato Nacional da 3ª divisão, com 18 pontos. A equipa de Grândola orientada por Nelson Matias continua a realizar uma prova dentro dos objectivos traçados e que passam pela subida à 2ª divisão. Resultados da 6ª Jornada: HC Santiago,7 – Seixal,1; HCP Grândola,9 – Azeitonense,0; Estremoz,6 – Aljustrelense,4; Salesiana,6 – Boliqueime,5 e Lobinhos,4 – Castrense,2. Resultados da 5ª Jornada: Seixal – Lisbonense; Azeitonense – HC Santiago; Aljustrelense – HCP Grândola; Boliqueime – Estremoz e Castrense –

Salesiana. Classificação Geral: 1º HCP Grandola,18; 2º Lisnonenses,13; 3º Salesiana,12; 4º Boliqueime e Lobinhos,9; 6º H. Santiago e Azeironense,7; 8º Estremoz,6; 9º Seixal e Aljustrelense,3; 11º Castrense,1 ponto. Na 7ª jornada, dia 3 de Dezembro, vão jogar: Lisbonenses – HC Santiago; Seixal – HC Grândola; Azeitonense – Estremoz; Aljustrelense – Salesiana e Boliqueime – Lobinhos. Na 8ª jornada, dia 10 de Dezembro, vão jogar: HC Grândola – Lisbonenses; Estremoz – Seixal; Salesiana – Azeitonense; Lobinhos – Aljustrelense e Castrense – Boliqueime.

No principal jogo da 10ª jornada, o Vasco da Gama recebeu o União de Santiago e venceu por 9-1, com 3-0 ao intervalo. Uma partida onde a equipa sineense foi sempre superior, justificando a vitória. O Vasco da Gama é líder do campeonato, onde em dez jogos, soma nove vitórias e um empate. Nas

restantes partidas o Estrela de Santo André venceu por 6-2 em Cabanas. O Ermidense goleou o Samouquense por 8-0 e o Grandolafoot venceu o Palmelense por 1-0. Classificação Geral: 1º Vasco da Gama,28; 2º Grandolafoot,23; 3º Alcacerense,19; 4º Amarelos, Ermidense

e Brejos de Azeitão,16; 7º Grandolense,14; 8º Palmelense,13; 9º Sarilhense,10; 10º União de Santiago,9; 11º Botafogo e Samouquense,8; 13º Estrela Santo André,7 e 14º Areias,4 pontos. Na 11ª jornada, dia 4 de Dezembro, vão jogar: União de Santiago – Est. St. André;

Amarelos – Grandolafoot; Grandolense – Brejos de Azeitão; Samouquense – Alcacerense e Vasco da Gama – Ermidense. Na 12ª jornada, dia 11 de Dezembro, vão jogar: Est. St. André – Palmelense; Sarilhense – Grandolense; Alcacerense – Vasco da Gama e União de Santiago – Ermidense.


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Litoral Alentejano – Quinta-feira, 1 de Dezembro de 2011

Ralis - Campeonato Regional de Ralis do Sul 2011

Pedro Lança e Ricardo Batista venceram Rali Casinos do Algarve

A dupla sineense Pedro Lança e Ricardo Batista conquistaram a vitória na prova mais importante do Campeonato Regional Sul de Ralis, entrando assim para a última ronda em condições de lutar pelo título regional. O Rally Casinos do Algarve afigurava-se como a principal prova da temporada, pois contava igualmente para o Campeonato de Portugal e Taça Nacional de Ralis, contando com um excelente lote de inscritos. A dupla que agora corre também com as cores do Portimonense Sporting Clube entrou muito bem em prova, assegurando a liderança das duas rodas motrizes logo no troço inaugural por perto de vinte segundos, acabando depois por controlar a vantagem para a concorrência na classe, mas mantendo sempre um ritmo elevado, o que lhes valeu o terceiro lugar absoluto no Regional e que lhes valeu a subida a igual posição no campeonato. “Gosto muito do Rally Casinos do Algarve e dada a nossa posição no campeonato era uma prova que tínhamos que ganhar. Iniciámos o rali muito fortes e logo no primeiro troço - onde apesar de sentirmos que o setup do carro não estava perfeito conseguimos distanciar-nos da concorrência directa. A partir daí seguimos com algumas cautelas uma vez

que o piso estava muito traiçoeiro e não fazia sentido continuar a atacar forte dadas as condições climatéricas pelo que gerimos a nossa prova sempre com os objectivos bem definidos. Entrámos para o ultimo troço com alguma vantagem e como queríamos muito ganhar este rali atacámos ao máximo. Tivemos alguns problemas de travões na parte final, mas mesmo assim conseguimos melhorar muito face á primeira passagem e no final sabíamos que a vitória e o terceiro lugar da geral do CRRS eram nossos. Estou muito contente com o resultado e aproveito para

felicitar a entrada de um novo parceiro para o nosso projecto, o Portimonense Sporting Clube e logo com uma vitória no CRRS”, comentou Pedro Lança “Fizemos a melhor prova do ano e uma das melhores de asfalto desde que corremos juntos. Entrámos logo muito bem e gerimos a vantagem nos troços que nos eram mais desfavoráveis, chegando ao último troço com uma vantagem de sete segundos para os nossos principais adversários. Nessa última especial entrámos literalmente ao ataque e não só garantimos a vitória nas duas rodas motrizes, como asseguramos um excelente

terceiro posto á geral. Para além do excelente resultado que obtivemos, tenho que destacar de sobremaneira o facto de termos lutado toda a prova com viaturas bem mais competitivas do que o nosso Citroen Saxo. Agora vamos para o último rali da temporada com o objectivo de manter o terceiro posto no regional sul ”, comentou o navegador Ricardo Batista que ainda tem possibilidades de obter o título regional de navegadores. A próxima prova do Regional Sul de Ralis será o Rally Cidade de Silves, última prova da temporada e que vai para a estrada nos dias 3 e 4 de Dezembro.

Futsal - Campeonato Distrital de Setúbal

Juventude A. C. conquistou a terceira vitória consecutiva

Futebol - Taça do Inatel de Setúbal

Vale Figueira mesmo folgando é o primeiro

O Vale Figueira mesmo folgando nesta 4ª jornada, continua em primeiro lugar, com quatro vitórias, nos quatro jogos realizados. Resultados da 4ª jornada: Grupo A. Juventude do Carvalhal- 2 Aldeia de Chãos- 2; Cadoços - 0 Bairro Olival- 3 e Forninho – 1 Curvas- 0. Comanda o Vale Figueira com 12 pontos, seguido do Bairro do Olival com 10. Em 3º e 4º lugar estão respectivamente Aldeia dos Chãos e Forninho, ambos com 7 pontos. Juventude do Carvalhal segue em 5º com 2 pontos, á frente do Cadoços com 1 e do Curvas com 0 pontos. Na próxima ronda, no sábado dia 3 de Dezembro, jogarão Aldeia dos Chãos-Cadoços; enquanto no domingo os jogos são : Vale Figueira - Forninho e Curvas Carvalhal. Grupo-B: Casa do Povo de Corroios- 4 Passil- 2 e Terras da Costa- 0 Azul Ouro- 2 Lidera a C.P.Corroios com 9 pontos, á frente do Azul Ouro com 7 e do Terras Costa com 6 pontos. Em 4º lugar está o Passil com 4, em 5º o Vale Milhaços com 3 e o último é o Areias com 0

pontos. A próxima jornada, no domingo tem os jogos: Azul Ouro - Areias; Passil -Terras Costa e o derby da Freguesia de Corroios, Vale Milhaços - Casa do Povo de Corroios. Grupo-C: Valdera0 Águias Negras - 1; Sport Clube Sado- 2 Lagoa Palha0 e Jardiense- 2 Rio Frio- 2. O Águias Negras soma 13 pontos e é líder destacado; á frente de Valdera e Sport Sado ambos com 7 pontos. O 4º é o Africanos com 4 pontos, á frente de Jardiense e Lagoa Palha ambos com 3 pontos. Fecha a tabela o Rio Frio com 1 ponto. No próximo domingo joga-se a 6ª ronda da Prova, com os jogos Rio Frio - Valdera; Africanos - Sado e Lagoa Palha - Jardiense. Após esta 5ª Jornada, os dois melhores terceiros classificados passaram a ser Aldeia Chãos e Terras Costa. A Tabela dos Marcadores é liderada por quatro jogadores, todos com 6 golos apontados: Vítor Madeira (Vale Figueira), Vasco (Africanos), Fábio Cordeiro (Águias Negras) e André Rodrigues (Casa Povo de Corroios). Em 5º lugar está Gonçalo (Vale Figueira) com 4 golos.

Futsal - Nacional da 3ª divisão

Independentes subiram ao 3º lugar Ao vencer o Cotovia por 10-3, o Juventude Atlético Clube somou a terceira vitória consecutiva no campeonato, subindo ao quarto lugar com

10 pontos. Na frente está o Quinta do Conde e Piedense com 18 pontos. O Bairro do Laranjal de Alcácer do Sal continua sem pontuar, nesta

jornada perdeu com a Casa do Benfica de Alcochete por 11-0.Na próxima jornada, dia 3 de Dezembro, o JAC joga no Miratejo e o Bairro

do Olival recebe o Àguias Unidas. No dia 10 de Dezembro, o JAC recebe o Quinta do Conde e o Bairro joga no São Francisco.

Depois de uma vitória por 5-3, frente ao Baronia, os Independentes de Sines receberam o Évora Futsal por 13-0. Com esta vitória a equipa sineense subiu ao terceiro lugar com 16 pontos. Na frente estão o Portela e

Rangel com 21 pontos. Dia 10 de Dezembro, os Independentes jogam no Pavilhão dos Sassoeiros e dia 17 de Dezembro, recebe em Sines a Casa do Benfica de Vila Real.


Litoral Alentejano – Quinta-feira, 1 de Dezembro de 2011

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Atletismo - 19º Cross dos Cavaleiros em Vale de Santiago

Hugo Pinto e Clarisse Cruz venceram em Vale de Santiago Hugo Pinto em masculinos e Clarisse Cruz em femininos foram os grandes vencedores do 19º Cross dos Cavaleiros, prova que decorreu no dia 20 de Novembro, em Vale de Santiago. No total participaram 445 atletas na 19ª edição do Cross dos Cavaleiros e 5º Percurso Pedestre dos Cavaleiros, que decorreu, dia 20 de Novembro, na localidade de Vale de Santiago, no interior do concelho de Odemira. Em paralelo decorreu também o Corta Mato de Abertura da Associação de Atletismo de Beja e o Encontro Beja/Algarve, que confrontou as duas selecções regionais. A prova contou com a presença de 275 atletas em competição, em representação de 33 equipas, e 170 participantes no Percurso Pedestre dos Cavaleiros. O vencedor do Cross dos Cavaleiros foi Hugo Pinto, a correr pela equipa RBRunning. Em 2º lugar classificou-se Jorge Varela, do CD Areias São João, e em 3º ficou Carlos Silva, do Sporting Clube de Portugal.

Nas senhoras, a vencedora foi Clarisse Cruz, do Sporting Clube de Portugal; na 2ª posição classificou-se Tânia Sousa, a correr pela equipa CO Oeiras, e em 3º ficou Francisca Farrajota, da Quarteira.

Na classificação colectiva, em 1º lugar ficou o Oriental do Pechão, em 2º GDR Reboleira e em 3º Olímpico Clube de Lagos. No Encontro Beja/Algarve, a selecção vencedora foi a Associação de Atletismo do Algarve.

O evento foi promovido em conjunto pelo Núcleo Desportivo de Odemira, Município de Odemira e Junta de Freguesia de Vale de Santiago, com o apoio da Associação de Atletismo de Beja.

Futebol - Taça do Inatel de Beja

Sonega venceu a Bemposta por 3-1

Ao vencer a Bemposta por 3-1, a Sonega passou a liderar a Série A da Taça do Inatel de Beja. Resultados da 5ª jornada: Sonega - 3 Bemposta – 1; J. Cercalense-2 C. Redondo – 2 e Cavaleiro -1 Longueira- 0. Folgou: Malavado. Resultados da 4ª jornada: C. Redondo-2 - Sonega – 0; Bemposta-2 -Malavado -1 e Longueira2-J. Cercalense-0. Folgou: Cavaleiro. Classificação: 1ºSoneguense 9; 2º-Bemposta

O grupo AIR LIQUIDE é especialista mundial de gases industriais e medicinais ao nível do equipamento e de serviços associados. Desenvolve a sua actividade em diferentes áreas de negócio, tais como siderurgia, refinarias, electrónica, produção de pasta de papel, saúde e área espacial, entre outras, associando novas tecnologias e serviços.

Operador Técnico de Electricidade Operador Técnico de Instrumentação Operador Técnico de Manutenção Industrial estabelecidos; de Para a Fábrica de Sines procuramos procedimentos três operadores técnicos com o seguinte manutenção curativa e preventiva de toda a instalação; de actualização dos registos, perfil: bem como, de tarefas diárias relacionadas 12º ano técnico-profissional com a segurança, qualidade e ambiente da (preferência pela área de electricidade, instalação. Instrumentação ou electromecânica); Experiência na área de electricidade Procuramos um profissional empreendedor, (pelo menos 2 anos), nomeadamente em orientado para os resultados, com manobras de média e alta tensão, capacidade de análise, que deseje projectar conhecimentos de selectividade de o seu futuro profissional neste sector, redes eléctricas (para Operador Técnico integrando um ambiente de trabalho em de Electricidade); equipa. - Experiência na área de Instrumentação (pelo menos 2 anos), nomeadamente na Oferecemos integração em empresa sólida e calibração de medidores diferenciais de remuneração compatível com a função. pressão, temperatura e caudais (para Operador Técnico de Instrumentação); Se está interessado envie o seu curriculum - Experiência na área de manutenção de vitae para: pelo menos dois anos (para Operador DRH – Desenvolvimento Profissional Técnico de Manutenção Industrial); Sociedade Portuguesa do Arlíquido Lda. - Boa compreensão escrita e capacidade R. Dr. António Loureiro Borges Nº 4 – 2º de comunicar em Inglês; Miraflores Arquiparque 1495-131 Algés - Disponibilidade para residir na zona F de Sines. A MISSÃO associada à referida função consiste na realização de tarefas de: produção, de acordo com os

7; 3º-C. Redondo 6; 4ºCavaleiro 6; 5º- Malavado 5; 6º- Longueira 4 e 7º- J. Cercalense 4. Na 6ª jornada, dia 3 de Dezembro, vão jogar: Malavado – Sonega; Campo Redondo – Cavaleiro e Bemposta – Cercalense. Na 7ª jornada, dia 10 de Dezembro, vão jogar: Longueira – Campo Redondo; Cercalense – Malavado e Cavaleiro – Bemposta.

O grupo AIR LIQUIDE é especialista mundial de gases industriais e medicinais ao nível do equipamento e de serviços associados. Desenvolve a sua actividade em diferentes áreas de negócio, tais como siderurgia, refinarias, electrónica, produção de pasta de papel, saúde e área espacial, entre outras, associando novas tecnologias e serviços.

Responsável de Produção Para a Fábrica de Sines procuramos Procuramos um profissional empreendedor, orientado para os resultados, com um profissional com o seguinte perfil: capacidade de análise, e tomada de decisão, x Licenciatura em engenharia que deseje projectar o seu futuro profissional (preferência pela área de química, neste sector, integrando um ambiente de mecânica ou electricidade); trabalho em equipa. x Experiência profissional de pelo menos 2 anos na área Industrial, Oferecemos integração em empresa sólida e preferencialmente na área química remuneração compatível com a função. ou petroquímica; x Bons conhecimentos de inglês falado Se está interessado envie o seu curriculum e escrito; conhecimentos de espanhol vitae para: são valorizados; DRH – Desenvolvimento Profissional x Conhecimentos do universo Sociedade Portuguesa do Arlíquido Lda. industrial, noções de instrumentação, R. Dr. António Loureiro Borges Nº 4 – 2º electricidade, mecânica e DCS; Miraflores Arquiparque 1495-131 Algés x Disponibilidade para residir na zona de Sines. A MISSÃO associada à referida função consiste em supervisionar e analisar a produção diária afim de optimizar, melhorar e registar, em colaboração com a equipa; coordenar a programação da produção semanal, assegurando os melhores rácios de produção; programar e acompanhar a execução dos procedimentos de segurança, qualidade, e ambiente; coordenar a gestão da manutenção; organizar; colaborar nas acções formativas e propor medidas de melhoria da eficácia.


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Marcelo Rebelo de Sousa em Odemira

“A Hora da Verdade” Sou membro da Administração desde 2003, enquanto membro não executivo. Posso dizer-lhe que, sinceramente, era quase impensável eu vir a morar em Odemira, sobretudo porque a minha actividade infelizmente não está dentro de Odemira. A maior parte da minha actividade empresarial é fora de Odemira e até fora do país. Hoje, em Odemira é a minha residência oficial e permanente, embora boa parte das semanas eu não esteja cá, no entanto seria impensável eu nada fazer pensando no desenvolvimento da Região. Como não tenho nenhum tendência nem nenhuma apetência política, não era pela via política que ia fazer intervenção, por isso, para mim, o projecto da Fundação acabou por ser muito interessante. Digo que é mesmo muito interessante porque, os meios que a Fundação tem – para um Concelho como o de Odemira, são suficientemente interessantes para se poder marcar a diferença em iniciativas como – por exemplo - esta que culminará hoje, depois de termos a possibilidade de chegar a Marcelo Rebelo de Sousa e, convidá-lo para vir a Odemira e termos a iniciativa de juntar 100 pessoas à volta do jantar onde – no fundo, será uma tertúlia, uma troca de ideias. Se calhar, em Odemira, serão poucas as entidades que teriam a capacidade de fazer isto. A Fundação tem já um peso suficiente para conseguir fazê-lo. Litoral Alentejano – De facto, o eco que se recebe da capacidade da Fundação Odemira é relevante - A realidade é que, em 2010 ano passaram por esta Casa mais de mil e setecentas pessoas em formação e, se pensarmos que temos 250 miúdos na Escola Profissional e que temos – em cursos anuais – mais outras 200 pessoas e isso, num Concelho com 26 mil habitantes, responderá à sua pergunta. 1700 pessoas ou mais de 1700 pessoas passarem por esta Casa tem realmente peso. Obviamente, o que esta Casa tenta fazer – pelo menos tem sido a sua estratégia – é agregar massa crítica. Aliás, um dos problemas destas localidades é que a massa crítica está muito dispersa. É como eu lhe dizia há pouco, se Odemira tem 15 habitantes por quilómetro

quadrado, estamos todos dispersos. Mesmo no litoral temos pouco mais do que 25 habitantes por quilómetro quadrado, mesmo nas zonas mais densas. Estamos todos muito dispersos. O projecto da Fundação Odemira é o de agregar as pessoas. Cada vez que se lança um projecto tenta-se ir buscar as aqueles que entendemos que fazem sentido para levar o projecto para a frente e que, no fundo, acaba por ser o projecto da Fundação. Na minha perspectiva acaba por ser um projecto de agregação de valor. É um projecto com a tentativa de atrair as pessoas de Odemira – que estão em Odemira para se juntarem à volta das várias iniciativas que a Fundação tem e, depois, tentar – pelo menos aí já é quase um cunho pessoal – que, a nossa visão não se esgote no Concelho. Ou seja, cada vez que nós queiramos fazer um evento, como por exemplo, o de uma iniciativa que temos, o Fórum Empresas (acabou por não se realizar porque realizamos o encontro de Fundações do Alentejo), mas essa iniciativa, depois de estabelecermos um tema com matérias que tenham interesse para os empresários, depois disso, vamos buscar um conjunto de pessoas para falarem desse tema. Tem sido hábito, inclusive de as ir buscar ao estrangeiro. Lá está a situação de agregar valor para fazer por Odemira. Quando falo em valor, estou a referir-me não só ao valor das pessoas que cá estão, dispersas e que, pelo facto de não estarem agregadas com outras pessoas, acabam por ter massa crítica insuficiente. Dou-lhe disso, um exemplo concreto: Há aqui o caso de um senhor que é um antigo Juiz e que foi ex-Director da PJ de Macau, que vive hoje em Odemira. É uma pessoa que tinha um projecto empresarial de turismo rural. Estou falar de um Juiz, com todo o conhecimento que adquiriu ao longo da sua vida que, possivelmente, se iria perder, não o aplicando, uma vez que está na fase de reforma. No entanto, agregado ao projecto da Fundação Odemira, é uma maisvalia que passará a ter. Este é um exemplo e há inúmeros outros. A Fundação é um projecto fundamentalmente - agregador de valor para a Região.

Fragmentamos alguns momentos de uma palestra que esteve livre do “cutelo” do relógio, não podendo deixar de sublinhar alguns excertos de frases muito fortes e elucidativas das matérias proferidas pelo Professor Marcelo Rebelo de Sousa que, em Odemira, que ocupou-se da realidade politica e financeira Nacional, bem como da que se vive no velho Continente, desde a intervenção dos homens aos parceiros em guerra: o Euro e o Dólar. Na noite do passado dia 11, o professor Marcelo Rebelo de Sousa foi o convidado do ciclo de conferências “Conversas à mesa”, organizado pela Fundação Odemira.

associada a uma indiscutível simpatia e disponibilidade, o que fez do serão, bons momentos de reflexão, considerando a matéria abordada, que viria a merecer a

relevante actualidade, foi claro e objectivo na condução da conferência/ debate, criando a ponte para a passagem das respostas sobre os temas propostos, dadas pelo Professor Marcelo Rebelo de Sousa. Relativamente à pergunta que questionava o futuro da Europa, Marcelo Rebelo de Sousa, salientou – em primeiro lugar - a falta de solidariedade dos países da Europa Central em relação aos países com maiores dificuldades, como é o caso de Portugal para, magistralmente percorrer a trajectória – com os políticos dentro dela, nomeadamente Merkel e Sarkozi – que nos trouxe até ao presente, para, no fim de uma longa e interessante explicação, abrir um parên-

Euro, um tema muito debatido ultimamente, Marcelo Rebelo de Sousa é mais uma personalidade que se vem juntar ao grupo daquelas que consideram que tal acontecimento teria consequências desastrosas, especificamente ao nível do aumento da dívida pública portuguesa, já para não falar dos outros países do mediterrâneo. Em relação ao tema do Desenvolvimento Regional, defensor da regionalização, o Professor considera que actualmente não há espaço para o seu desenvolvimento face às restrições orçamentais. Em alternativa defendeu uma maior intervenção das Associações Intermunicipais, no sentido de maior autonomia das regiões.

- Europa que futuro? - Federalismo na sua forma mais pura? “A Europa foi-se construindo com altos e baixos. Da última vez ficou a meio da ponte. A visão Europeia não acompanhou o ritmo do mundo. Também a guerra entre o dólar e o euro. Os países que estão mais frágeis precisam mudar de padrões de comportamentos. Dez anos para o fim da crise é muito tempo. A agricultura é uma área privilegiada, só que não temos Ministério da agricultura… Hoje, a única constante, é a mudança. No outro mundo não havia Angela Merkel nem Sarkozi. Estamos a assistir a uma nova fase do capitalismo financeiro. Estaremos a viver o prelúdio do fim da União Europeia? Alguma prudência no contexto em que estamos é desejável”. A conversa, conduzida por Paulo Barros Trindade, Presidente do Conselho de Administração da Fundação Odemira, centrou-se em dois temas: “Europa Que futuro?” e “Desenvolvimento Regional”. É dispensável dizer da qualidade oratória do Professor Marcelo Rebelo de Sousa,

atenção de quem participou naquele que foi o 2.º Encontro das Conferências: “Conversas à Mesa”.

União Política? Um Modelo Federalista? Será? Paulo Barros Trindade, com questões pertinentes e de

tese nesse futuro para a possível saída da crise: União Política? Um Modelo Federalista? Será?

Portugal fora da zona do Euro? Também a saída proposta de: Portugal fora da Zona

Com perguntas de vários participantes no jantar/debate, a noite fez-se de um ambiente de partilha e reflexão, um evento que a Fundação Odemira pretende dar continuidade, levando a Odemira convidados de diferentes áreas do saber, para partilharem as suas experiências e pontos de vista.


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Amigos de Quatro Patas

por Patrícia Carloto Matos

Associação fez a primeira cirurgia a tumor Como sabemos a saúde toca a todos. E tal como nós, por infelicidade da vida, adoecemos, e cada vez mais com doenças cancerígenas. O mesmo se passa com os animais. A Associação São Francisco de Assis, que acolhe animais há 30 anos, deparou-se recentemente com um caso ao qual não tinha meios económicos, nem técnicos para superar. A Fifi, uma cadela de 10 anos, de raça indefinida, foi acolhida pela Associação há certa de sete anos. Desde o Verão que a Fifi apresentava uma inflamação na pata direita. A solução era operar, mas na altura não houve essa possibilidade por falta de um médico. E no espaço de poucos meses a inflama-

vida deste animal. Mas como casos, não são casos, a Associação alerta para a regularização das cotas dos sócios através do NIB 0045 6320 4004 54989 2961. Todo o dinheiro depositado será a favor da compra de alimentação, vacinas, para a prática de esterilizações e para apoiar os animais acolhidos. Para além desta situação, é de notar que nos últimos meses a Associação têm registado um número elevado de adopção de animais, ao qual agradece às famílias adoptivas este apoio. De qualquer modo, é importante saber que a Associação está de portas abertas para quem esteja a precisar de um ‘amigo’, e apresente condições para tal.

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Costa Alentejana quer atrair mais tu O Alentejo Litoral quer apostar na marca promocional ‘Costa Alentejana’ para combater a sazonalidade e atrair o maior número de visitantes ao longo do ano. Helga Nobre helga.nobre@gmail.com Os cinco municípios da região parecem convergir na intenção de tornar este território no próximo destino turístico de Portugal e deixaram bastante claro durante o evento ‘Costa Alentejana, Turismo todo ano’, que decorreu no Centro de Artes de Sines, organizado pela Turismo do Alentejo Litoral. O seu presidente, Carlos Beato não tem dúvidas das potencialidades da região. “Temos uma ideia cada vez mais sentida de que

podemos congregar esforços, unir sinergias e rentabilizar vontades” para que “este território seja cada vez mais de excelência, se calhar ainda mais em tempos de crise”, sublinhou aquele responsável que acredita existir “capacidade, arte e engenho de afirmar aquilo que é a realidade” desta região. “Somos actores, parceiros e players de um território que tem quase tudo para vencer, resta que os responsáveis estejam à altura”, frisou.

Para por em prática esta intenção muito contribuiu o entendimento dos cinco municípios da ERT Alentejo Litoral – Alcácer do Sal, Grândola, Sines, Santiago do Cacém e Odemira -,

que vêem nesta aposta, um factor de oportunidades para os negócios, emprego, qualidade de vida e ambiente. “Com imaginação, empe-

Município de Sines Câmara Municipal EDITAL N.º 99/2011 MARISA RODRIGUES DOS SANTOS, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Sines, torna público que no uso da competência que lhe confere a alínea f) do n.º 1 art.º 64º da Lei 169/99 de 18 de Setembro, e por deliberação da Reunião de Ordinária de 17-11-2011, manda proceder à venda em hasta pública, a realizar no dia 07 de Dezembro pelas 14,30 H, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, de 5 lotes de terreno e 1 Escola Rural:

Artº 47 Porto Côvo Lote 220 com a área de 6.955,00 m2, inscrito na matriz sob o artº 1614 - Área de implantação -----------------------------------2.087,00 m2 - Área máxima de construção acima do solo-------- 3.478,00 m2; - Número de pisos acima do solo – 2; - Número de pisos abaixo do solo – 1; - Número de fogos – 23 - Preço base do lote – 1.100.000,00 €. Lote 2 com a área de 135,20 m2, inscrito na matriz sob o artº P 1700 - Área de implantação -----------------------86,50 m2; - Área de construção acima do solo--------86.50 m2; - Área de construção abaixo do solo ------86.50 m2; - Número de pisos acima do solo – 1; - Número de pisos abaixo do solo – 1; - Número de fogos – 1; - Preço base do lote – 45.000,00 €.

ção que tinha, desenvolveu-se num tumor maligno. O tamanho do tumor foi aumentando gradualmente acabando por limitar a mobilidade de Fifi. Perante este cenário nada animador, a Associação teve a sorte de duas médicas veterinárias aceitarem este desafio, e partirem para uma operação de emergência para retirar o tumor. Esta foi a primeira vez que a Associação conseguiu, com sucesso, realizar uma operação deste tipo, para além das regulares esterilizações no precário consultório. As médicas veterinárias Sofia Messias e Alexandra Reis deram como positivo o resultado da operação. De momento da Fifi encontra-se em recuperação, mas a salvo, e ainda à espera de uma família. O que é certo é que mesmo com precárias condições, mas sem nunca desistir, a Associação São Francisco de Assis conseguiu salvar a

Relativamente às obras de melhoramente de condições da Associação, as notícias não têm sido as melhores. As obras já perduram há muitos meses e só ainda não foram terminadas devido a falta de pessoal que colabore com esta causa. Para além de acolher, a Associação tem de garantir o bemestar destes animais, e para isso precisa de ver terminadas estas reparações o mais rápido possível. A Associação apela a quem tenha disponibilidade para ajudar a terminar a construção. A Associação São Francisco de Assis encontra-se no pinhal do concelho, junto ao Canil Municipal e já conta com 32 animais acolhidos. Ajude esta causa, faça-nos uma visita! E-mail: afa.santiago@gmail.com Telefone: 269 829 414 Tlm: 962 743 204 Site: www.cmsantiagocacem.pt

- Lote 3 com a área de 135.20 m2, inscrito na matriz sob o artº 1688 - Área de implantação -----------------------86,50 m2; - Área de construção acima do solo--------86.50 m2; - Área de construção abaixo do solo ------86.50 m2; - Número de pisos acima do solo – 1; - Número de pisos abaixo do solo – 1; - Número de fogos – 1; - Preço base do lote – 45.000,00 €.

LOTEAMENTO MUNICIPAL DE SÃO MARCOS II 1 LOTES PARA HABITAÇÃO Lote k35.1 com a área de 206,00 m2, inscrito na matriz sob o artº 6467 - Área de implantação -----------------------155,50 m2; - Área de construção acima do solo--------311,00 m2; - Área de construção abaixo do solo ------100,00 m2; - Número de pisos acima do solo – 2; - Número de pisos abaixo do solo – 1; - Número de fogos – 2; - Preço base do lote – 100.000,00 €.

LOTEAMENTO MUNICIPAL DO FAROL 1 LOTE PARA HABITAÇÃO UNIFAMILIAR Lote 41 com a área de 217,50 m2, inscrito na matriz sob o artº 3821 - Nº Pisos – 2 - Índice de Construção 0,90 - Índice de Ocupação 0,60 - Preço Base – 40.000,00 €

ESCOLA RURAL Escola Primária do Paiol (Ribeira da Junqueira) – inscrita na matriz sob o artº 1286 Superfície coberta 195,00 m2 Logradouro 1.805,00 m2 Uso Previsto – Habitação e Restauração Preço Base 70.000,00 €

CONDIÇÕES GERAIS DE ALIENAÇÃO 1 - Poderão ser licitantes quaisquer cidadãos nacionais ou estrangeiros, residentes ou não no concelho de Sines. -----------------2 - Serão admitidos lanços de 500,00€ sobre o preço base -------------------------------------3 - Após a adjudicação provisória o adquirente deverá proceder ao pagamento de trinta por cento (30%), no acto da arrematação. 4 - O pagamento dos restantes setenta por cento (70%) terá lugar no acto da Escritura, a realizar na data fixada pelo Município no Notariado Privativo da Câmara Municipal, no prazo máximo de trinta dias após a arrematação. ------------------------------------5 - O adquirente poderá se assim o entender, proceder ao pagamento integral da arrematação no próprio dia da realização da hasta pública. ------------------------------------6 - Não é permitida a utilização industrial ou semi-industrial do lote. ------------------------7 - Não são permitidas construções precárias no lote. -------------------------------------------Sines, 21 de Novembro de 2011 A Vice-Presidente, Marisa Rodrigues dos Santos

nho, sentido estratégico e vontade é possível atingir os objectivos, em especial para fazer valer uma oferta diferente e estimular uma procura ainda maior”, salientou Carlos Beato, que defende uma estratégia concertada de combate à sazonalidade. “Apostando na sua singularidade, temos um


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uristas

território ambientalmente cuidado, com um micro clima ímpar, com serras e planícies, ruínas e castelos e o porto de Sines que

é um valor acrescentado”, elencou o responsável. Na conferência, foram apresentados o filme promocional e o portal associados à nova marca ‘Costa Alentejana’.

Turismo de Portugal saúda crescimento no Alentejo

Portugal já atingiu mais 2,3 milhões de dormidas do que no ano passado e o sector turístico está a crescer cerca de 10 por cento ao ano, referiu o presidente do Turismo de Portugal, Luís Patrão. O responsável, que falava na sessão de abertura do evento, referiu-se à região do Alentejo como um dos pólos que encontra no turismo uma das actividades mais relevantes em termos de desenvolvimento. “A condição do sucesso do desenvolvimento turístico desta região reside na ambição e no delinear das metas estratégicas e coerência na sua execução”, alertou.

Showroom apresentou agentes turísticos

A conferência contou também com um showroom onde estiveram representadas várias unidades hoteleiras e de turismo rural, empresas de animação turística e dos cinco municípios do Litoral Alentejano que apresentaram as suas propostas turísticas ao longo do ano.

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Greve geral paralisa Litoral Alentejano em jornada de luta contra austeridade Paralisação afectou administração local, escolas, hospitais, recolha de lixo e transportes. Sindicatos admitem possibilidade de avançar com nova greve. Bruno Cardoso brunojpcardoso@gmail.com A greve geral da passada quinta-feira, dia 24, convocada pelos vários sindicatos afectos à CGTP e UGT, atingiu com maior incidência o sector dos transportes, o ensino, a saúde e o poder local na região do Litoral Alentejano, à semelhança do que aconteceu no resto do país. A paralisação generalizada foi a segunda convocada pelas duas centrais sindicais e surgiu depois de o Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho, ter anunciado novas medidas de austeridade que vão originar perda de poder de compra dos portugueses no próximo ano. De acordo com os dados avançados por Manuel Paços, do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), as câmaras municipais de Santiago do Cacém e de Alcácer do Sal foram as que sentiram

os maiores efeitos da greve, com 99,8% e 95,4% respectivamente, seguidas da de Grândola, onde a adesão foi ligeiramente inferior. Até ao fecho desta edição, o STAL não divulgou os dados relativamente a Odemira. Em Sines não existem dados, uma vez que a greve coincidiu com o feriado municipal. A recolha de resíduos sólidos urbanos paralisou completamente em toda a região. Das 82 freguesias do distrito de Setúbal, 68 paralisaram a 100%. Os jardins-de-infância de Melides e números 1 e 2 de Grândola paralisaram completamente, à semelhança de outras escolas espalhadas pelo resto do território. Também o Hospital do Litoral Alentejano funcionou a meio gás, tendo 80 por cento dos enfermeiros decidido aderir à greve nos turnos da noite e da manhã.

Já no Centro Hospitalar de Setúbal, e de acordo com Zoraima Prado, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, a totalidade dos enfermeiros decidiu aderir à greve no turno da noite no Outão. Já no Hospital de São Bernardo os números foram inferiores, tendo-se verificado que entre 77 a 60 por cento dos profissionais aderiram à paralisação nos três turnos em análise. O bloco operatório só funcionou em situações de emergência e as consultas externas realizaram-se a meio gás. A greve geral afectou a circulação de comboios da CP na linha do Sado, entre o Barreiro e o apeadeiro das Praias do Sado, embora os serviços mínimos decretados pelo Tribunal Arbitral tenham sido cumpridos. A CP confirma ainda que apenas

um comboio Intercidades prosseguiu viagem em cada sentido entre as cidades de Lisboa e Faro. A paralisação atingiu ainda a Transportes Sul do Tejo, a Atlantic Ferries e a Rodoviária do Alentejo, bem como a lota de pesca de Sines e o porto de Setúbal. Algumas empresas como a Secil ou a Lisnave também sentiram os efeitos da paralisação. Os líderes da CGTP e a UGT admitiram, depois de fazerem o balanço desta greve, estar disponíveis para uma nova paralisação geral, caso o Governo não abra as negociações em sede de concertação social de forma séria. Carvalho da Silva e João Proença consideraram a greve um “êxito”, tendo criticado os números da paralisação entretanto apresentados pelo Governo.

Alves Redol e Manuel da Fonseca em destaque na Feira do Livro de Grândola A Exposição “Alves Redol” – Centenário do Nascimento” e um Documentário sobre a vida e obra do autor marcam a inauguração no sábado, dia 26 de Novembro, às 16h, da 27ª edição da Feira do Livro na Biblioteca Municipal de Grândola. A Feira que decorre até 8 de Dezembro – um dos eventos com maior relevância a nível cultural – pretende promover o livro e a leitura através das várias iniciativas dirigidas à população e possibilita a aquisição de livros a preços vantajosos. Os destaques vão para “Manuel da Fonseca – Por Todas as Estradas do Mundo” a exposição comemorativa do centenário do nascimento de Manuel da Fonseca e “À Fala com Manuel da Fonseca”, um espectáculo de Poesia e Prosa da Adante - Associação Artística, com interpretação de Cristina Paiva. A não perder também o ciclo

de cinema que começa com a exibição no Cine Granadeiro Auditório Municipal de “As Aventuras de TinTin – O segredo do Licorne (3D)” um filme de Steven Spielberg a partir da obra de Hergé. Segue-se, “Ave Maria”, um filme de João Botelho adaptado de um conto de Natal de Manuel da Fonseca; e “Meia Noite em Paris” – o mais recente filme de Woody Allen. A fechar o ciclo, a Biblioteca, recebe “Cerromaior” – um filme de Luis Filipe Rocha, a partir da obra homónima, de Manuel da Fonseca. A destacar também na Feira do Livro as sessões de promoção do livro e da leitura com José Fanha, a apresentação do Livro “Golfinhos do Sado” e uma sessão de informação sobre o novo acordo ortográfico. Horário: 2ª a 6ª feira - 16h às 20h / sábados e domingos - 15h às 20h Entrada Livre


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Ciência e Religião

A fenomenologia parapsicológica ao longo da História (3 de 3) Carneiro

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 31 Carta Dominante: 9 de Copas, que significa Vitória. Amor: Mostrará um interesse renovado por todos os assuntos ligados ao amor e ao sexo. Saúde: A sua saúde exige que faça exercício físico. Dinheiro: Provável promoção na carreira e aumento de estatuto social. Números da Sorte: 1, 18, 22, 40, 44, 49 Pensamento positivo: Não desanimo perante as dificuldades nem desisto dos meus sonhos!

Touro

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 32 Carta Dominante: 6 de Paus, que significa Ganho. Amor: Poderão surgir alguns conflitos com a pessoa amada, que serão facilmente resolvidos se optar pelo diálogo. Saúde: Embora esteja num período de equilíbrio, mantenha-se sempre alerta. Dinheiro: Invista na consolidação dos seus negócios com prudência. Números da Sorte: 6, 14, 36, 41, 45, 48 Pensamento positivo: eu sei que o momento mais importante da minha vida é o “agora”.

Gémeos

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 33 Carta Dominante: 4 de Espadas, Inquietação, agitação. Amor: Verá renascer em si sentimentos que há muito andam escondidos. Saúde: Não se enerve, pois isso poderá ser prejudicial para a sua saúde. Dinheiro: Não misture amigos e familiares nos seus negócios. Números da Sorte: 7, 22, 29, 33, 45, 48 Pensamento positivo: Agradeço a Deus a graça da Vida que se renova a cada dia.

Caranguejo

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 34 Carta Dominante: 5 de Ouros, que significa Perda/ Falha Amor: Vire-se mais para os seus familiares, eles precisam de si. Saúde: Possíveis dores na coluna. Dinheiro: Não é boa altura para comprar imóveis. Números da Sorte: 8, 17, 22, 24, 39, 42 Pensamento positivo: Agradecer é sempre a melhor maneira de merecer!

Leão

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 35 Carta Dominante: Valete de Copas, que significa Lealdade, Reflexão. Amor: A sua sensualidade vai deixar muitos corações a bater mais forte e a suspirar à sua passagem. Saúde: Possíveis dores nas pernas. Procure repousar e evite estar muitas horas seguidas em pé. Dinheiro: Possível dinheiro extra. Saiba geri-lo da melhor forma. Números da Sorte: 3, 7, 11, 18, 22, 25 Pensamento positivo: Tenho o poder de corrigir os meus erros, porque sei que tudo tem solução.

Virgem

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 36 Carta Dominante: A Torre, que significa Convicções Erradas, Colapso. Amor: As festas familiares estão favorecidas. Convide as pessoas que mais ama para um jantar em sua casa. Saúde: Não terá preocupações de maior. Dinheiro: Tudo estará equilibrado a este nível, mas modere os gastos. Números da Sorte: 1, 8, 17, 21, 39, 48 Pensamento positivo: Eu venço as dificuldades com determinação e coragem, eu sei que sou capaz!

Balança

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 37 Carta Dominante: 2 de Copas, que significa Amor. Amor: Poderá surgir um mal-entendido com o seu companheiro, mas com calma e honestidade tudo se resolverá. Saúde: Este será um período de paz, aproveite para descansar. Que o seu sorriso ilumine todos em seu redor! Dinheiro: Momento pouco favorável para grandes investimentos. Números da Sorte: 7, 11, 18, 25, 47, 48 Pensamento positivo: Eu sei que todos os dias são bons dias, por isso esforço-me diariamente para melhorar.

Escorpião

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 38 Carta Dominante: 10 de Paus, que significa Sucessos Temporários, Ilusão. Amor: Pense bem naquilo que realmente quer para não magoar os sentimentos dos outros. Saúde: Tenha algum cuidado com os seus olhos. Esteja atento a sintomas de vista cansada. Dinheiro: Este não é um período favorável. Seja comedido e equilibrado. Nunca desista dos seus sonhos! Números da Sorte: 4, 6, 7, 18, 19, 33 Pensamento positivo: procuro ser tolerante para com todas as pessoas que me rodeiam.

Sagitário

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 39 Carta Dominante: 2 de Espadas, que significa Afeição, Falsidade. Amor: Poderá reencontrar um amor do passado, o que o deixará um pouco abalado. Procure ultrapassar o trauma e liberte-se daquilo que já passou. Saúde: Que a sabedoria seja a sua melhor conselheira! Dinheiro: Cuidado com possíveis perdas de bens valiosos. Números da Sorte: 1, 8, 42, 46, 47, 49 Pensamento positivo: sei usar a minha inteligência para alcançar os meus objectivos.

Capricórnio

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 40 Carta Dominante: 9 de Paus, que significa Força na Adversidade. Amor: Poderá sentir a necessidade de se isolar e de pensar na sua vida. Aproveite este período de reflexão para tomar as decisões de que precisa para mudar o rumo da sua vida. Saúde: Não se deixe dominar pelo cansaço. Dinheiro: As suas novas ideias poderão trazer-lhe benefícios, mas aja com prudência. Números da Sorte: 7, 13, 17, 29, 34, 36 Pensamento positivo: Procuro criar harmonia na minha vida todos os dias.

Aquário

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 41 Carta Dominante: 9 de Ouros, que significa Prudência. Amor: Neste período estará mais virado para si mesmo e para os seus assuntos pessoais. Que a sua alma seja bela e transparente! Saúde: Poderão ocorrer complicações a nível do sistema digestivo. Dinheiro: Analise bem novas propostas antes de tomar qualquer decisão. Números da Sorte: 5, 25, 36, 44, 47, 49 Pensamento positivo: O Amor alegra o meu coração.

Peixes

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 42 Carta Dominante: 5 de Copas, que significa Derrota. Amor: Controle os seus ciúmes pois poderão perturbar a harmonia conjugal. Não se deixe dominar por maus presságios! Saúde: Faça uma pequena dieta. Dinheiro: Não cometa excessos nesta área. Números da Sorte: 1, 3, 24, 29, 33, 36 Pensamento positivo: Acredito que tenho força para vencer todos os desafios.

Um exemplo moderno, entre muitos, bastante elucidativo: a senhora Aubry foi no dia de finados ao túmulo do seu avô e logo que se ajoelhou, viu aparecer um “espectro” que lhe disse ser a alma daquele parente que lhe pediu que mandasse celebrar missas e quantos sufrágios fossem possíveis para libertá-lo do purgatório. Em casa, voltou a ver (alucinações) várias vezes a alma do avô, que sempre lhe pedia sufrágios, missas, terços, comunhões… Toda a família, com grande dedicação, atendia aos pedidos, mas tudo era inútil e as “aparições” se transformaram em ataques impossíveis de serem suportados: a senhora rolava por terra, perdia a consciência, uivava e rapidamente mudava de um lugar para o outro. Disseram que era ataques do demónio. Os parentes não queriam aceitar que não fosse obra da alma do avô, mas por fim ficaram convencidos, vendo a senhora Aubry em horríveis contorções musculares, falando várias línguas (xenoglossia), revelando coisas ocultas, dizendo o que naquele momento estava a acontecer em lugares longínquos (HIP ou percepção extrasensorial), ficando insensível a duros tormentos (insensibilidade), escapando facilmente das mãos de várias pessoas (sansonismo) que inutilmente pretendiam segurá-la. Com voz cavernosa, declarava continuamente que era o demónio que tinha tomado posse do corpo da senhora… Administraram-se os exorcismos…, mas “o demónio” afirmava que não se ia embora alegando que o Bispo não se confessara, ou que não estava presente todo o clero da cidade, etc. Finalmente, cumpridas todas as exigências do “demónio”, enquanto o Bispo mostrava a eucaristia à “endemoninhada”, esta se arrancou dos braços de vários homens, levantou-se no ar alguns segundos (pequeníssima levitação), caiu e ficou livre. Muitas pessoas que assistiam converteram-se ao catolicismo. Perante estes casos, os espíritas afirmam que era de facto a alma do avô! E assim acabam com o espiritismo, pois esse espírito “pouco desenvolvido”, como eles dizem, contradiz

a doutrina espírita ao pedir missas, comunhões, defendendo os dogmas, etc. Para os cristãos demasiado tradicionalistas era o demónio! Um demónio que “defendia” e confirmaria totalmente o catolicismo?! Ele seria assim tão estúpido? As pessoas até se converteram! Nem espíritos nem demónios… O caso e toda a fenomenologia que o acompanha, mostra unicamente a grande potencialidade das faculdades humanas que em determinados casos se podem manifestar à margem da Psicologia comum. E o grande perigo das superstições que produzem casos desses. Uma pessoa que manifeste fenómenos parapsicológicos deve é procurar tratar-se o mais rapidamente possível com um médico psiquiatra com formação em Parapsicologia. (Conferir em Revista de Parapsicologia Nº 1 do CLAP). Em todas as classificações da fenomenologia parapsicológica, encontram-se factos, naturais, humanos, acontecidos em todas as épocas, em todos os ambientes, em todos os povos, em todas as religiões. Mas em todas as classificações dessa fenomenologia existem também muitos outros factos enormemente superiores e que só aparecem numa certa época, num certo ambiente religioso… São os factos supranormais, os milagres divinos. Um exemplo desses maravilhosos factos supranormais, que seleccionei de um artigo do Pe. Oscar Quevedo. Pertence à classificação telecinesia (= movimento de objectos sem contacto observável) supranormal. Concretamente: sinos que tocam sozinhos. Século XIII. Uma multidão preparava-se para acompanhar os restos mortais de São Isidro Lavrador, do cemitério para o interior da catedral. O padroeiro de Madrid tinha morrido 40 anos antes. Era ao entardecer, quando abriram o

túmulo. Logo a admiração e a emoção percorreram todos os presentes: o corpo de São Isidro estava completamente incorrupto, e um indescritível aroma espalhou-se pelo ambiente. A emoção foi ainda mais profunda quando todos, ao redor da catedral como na cidade inteira, no mesmo instante em que foi aberto o túmulo de São Isidro, ouviram os sinos de Madrid a badalar alegremente sem que ninguém os tocasse. E alegremente badalando sozinhos, continuaram durante toda a noite. (Observação: a telergia humana – sempre a menos de 50 m – pode fazer

Custódio Rodrigues

tocar os sinos do campanário de uma catedral durante algum tempo. Mas jamais a telergia humana conseguiria fazer tocar os sinos de todos os campanários de todas as igrejas de uma cidade inteira). Os fenómenos parapsicológicos (extranormais e paranormais) são uma realidade. É preciso ter isso presente para depois poder mostrar em que medida são diferentes os factos supranormais bíblicos, hagiográficos e os modernos… Só assim se pode evidenciar a enorme diferença destes factos que são claramente de carácter milagroso (supranormais – SN). Só assim se pode fazer uma pastoral responsável. Só assim se pode ensinar religião racionalmente.

A fé em Deus é inata no ser humano, mas só os milagres podem confirmar uma fé.


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Animação de Natal no comércio local de Odemira e S. Teotónio Natal no mercado de Odemira Dinamizar o Mercado Municipal e incentivar o consumo no Comércio Local é o objectivo da iniciativa “Natal no Mercado”, que decorrerá entre os dias 1 e 3 de Dezembro, entre as 9 e as 20 horas, em Odemira. Artesanato ao vivo, gastronomia, workshops de artesanato, culinária/pastelaria e bordados, animação infantil, passeios de bicicleta (no âmbito do projecto BICLLA – Bicicletas Itinerantes Amigas do Ambiente) e música são as propostas para três dias muito agitados no Mercado Municipal de Odemira. Vários comerciantes da vila terão os seus serviços e produtos disponíveis, com promoções e descontos. No sábado, pelas 16 horas, será sorteado o Cabaz do Mercado Municipal. A iniciativa é promovida pelo Comércio Local do Concelho de Odemira, com o apoio do Município de Odemira.

Natal na Faceco, em S. Teotónio

Entre os dias 8 e 10 de Dezembro, entre as 14 e as 22 horas, e no dia 11, entre as 11 e as 18, os comerciantes de S. Teotónio, com o apoio do Município de Odemira, vão promover a iniciativa Natal na FACECO, também com o objectivo de dinamizar o sector e estimular o consumo no comércio local. Artesanato ao vivo, gastronomia, animação infantil, música, yoga, aulas de dança, demonstração de desportos de com-

bate e uma tertúlia literária são as propostas do Natal na FACECO.

Concurso de montras de Natal em Odemira e S. Teotónio

Com o objectivo de dinamizar o comércio local, o Município de Odemira vai promover um Concurso de Montras alusivas à época de Natal, que decorrerá entre os dias 5 e 31 de Dezembro, com a participação de dezenas estabelecimentos comerciais, restauração e serviços das vilas de Odemira e S. Teotónio. As inscrições encontram-se abertas até 2 de Dezembro, no Gabinete de Apoio ao Empresário do Município de Odemira. Serão atribuídos prémios iguais nas duas localidades, sendo o 1º prémio a participação a título gratuito e um stand na Feira das Actividades Culturais e Económicas do Concelho de Odemira de 2012; o 2º prémio será a oferta da inscrição na AEPO

– Associação Empresarial e de Promoção de Odemira; o 3º prémio será um passeio de barco no rio Mira, oferta da empresa de animação turística Duca.

Sorteios de Natal em S. Teotónio Mais de 40 comerciantes de S. Teotónio uniram esforços e lançaram a iniciativa “É Natal em S. Teotónio”, a decorrer até ao final de Dezembro, para aumentar as vendas nesta época do ano, com oferta de prémios semanais. Haverá prémios e vales de compras no valor de 30 € para sortear todas as semanas e será realizado um grande sorteio de Natal. Basta procurar o símbolo “Loja aderente” e efectuar compras para ficar habilitado aos prémios. A iniciativa conta com o apoio do Município de Odemira, Caixa de Crédito Agrícola de S. Teotónio, Casa Aleixo e Intermarché.

Biblioteca Municipal recebe 15ª feira do Livro de Alcácer do Sal De 2 a 17 de Dezembro a Biblioteca Municipal de Alcácer do Sal, realiza a habitual feira do livro, que vai já na sua 15ª edição. Tal como em anos anteriores, a Feira do Livro de Alcácer do Sal é um excelente espaço para adquirir os seus presentes de Natal, com descontos na aquisição que podem ir até aos 30 por cento. Bertrand, Civilização, Dinalivro, Leya, Kalandraca, Porto Editora e Presença são algumas das editoras que participam no certame, que pode ser visitado durante a semana entre as 10h e as 12h30 e das 14h30 às 19h e ao sábado das 10h às 13h e das 14h às 18h. Integrada na 15ª Feira do Livro, tem lugar no dia 16, sexta-feira, pelas 16h, uma

palestra sobre os golfinhos do Sado, onde será apresentado o livro com o mesmo nome.

Sado e um apelo à preservação e à conservação desta comunidade de golfinhos residente.

“Golfinhos do Sado” é da autoria de Maria João Fonseca e Pedro Narra e pretende ser um meio de divulgação e uma fonte de informação sobre o estado da população de Roazes do

A comunidade de Roazes do Sado constitui a única população de golfinhos residente num estuário em Portugal. No final da palestra haverá sessão de autógrafos.

Litoral Alentejano – Quinta-feira, 1 de Dezembro de 2011

Crónicas de Lisboa

Farmácias em crise, com reflexos nos doentes? Uma farmácia é um daqueles locais públicos pelos quais sentimos: i) “amor”; ii) “ódio” e iii) confiança. i) Sentimos “amor”, porque ali recorremos para nos aconselharmos, sempre que temos pequenas queixas ou pequenas “maleitas”. Os técnicos, alem de vendedores, são também conselheiros nos quais confiamos, “prescrevendonos” ou sugerindo a recorrência aos médicos ou hospitais. Obviamente que também ali recorremos para adquirir os medicamentos de que necessitamos para debelar as nossas doenças. ii) Apesar de as reconhecermos quase como um “serviço de utilidade pública”, sentimos um certo “ódio” porque a ida a uma farmácia acaba por representar para nós um duplo castigo, isto é, estarmos doentes e ainda termos que suportar a parte do custo dos medicamentos não comparticipada pelo SNS ou a sua totalidade. Para muita gente, portadora de doença (s) crónica (s), então a “conta da farmácia” pode ser assustadora e continuamente sorver parte do seu rendimento mensal. iii) Sentíamos confiança, porque o paciente ao dirigir-se à farmácia, com a receita médica, sabia que só muito excepcionalmente ela não seria aviada de imediato, mesmo que nela constassem alguns fármacos menos comuns. Quem estivesse atento, ao longo destes anos, foi verificando que muitas coisas estavam a mudar nas farmácias, não só na sua modernização, mas também noutras vertentes, e muitas delas a exibirem um luxo que poderia ferir a sensibilidade dos clientes/doentes, pois estes facilmente deduziam que essa ostentação provinha dos “ganhos da doença” (pagos por ele e pelo SNS - através dos nossos impostos). Era o tempo das “vacas gordas” e as farmácias pareciam assim ser um sector económico apelativo, pelo que os trespasses de farmácias e alvarás sucediam-se e eram feitos por milhões de euros, valores esses altamente especulativos, mas que um dia a “batata quente” acabaria por queimar alguém, logo que surgisse o

período das “vacas magras” e este está instalado através de várias componentes, nomeadamente, esmagamento das margens de comercialização, medicamentos genéricos mais baratos, concorrência das grandes superfícies, insuficiência de capitais e endividamento da “empresa”, etc. Só os mais desatentos e menos entendidos em gestão empresarial, para a qual muitos dos proprietários das farmácias não tinham a preparação desejada, porque de um negócio se trata, embora com muitas condicionantes e privilégios, ficará agora surpreendido que a crise nas farmácias seja notícia na imprensa. Outros, ficarão ainda mais confusos ao ouvirem que há farmácias à venda por um euro, cujos proprietários desejam vender a farmácia por aquele valor, mas que obviamente o comprador terá que assumir todo o activo e o passivo (dívidas) do negócio. Se em meios pequenos se compreende, porque ali o negócio, do ponto de vista económico, não é sustentável, já noutras situações as razões são outras, conforme já citadas atrás, mas também profundas alterações na sociologia urbana, pelo que nalgumas zonas citadinas (as mais antigas) o número de farmácias é incomportável, podendo, num raio de poucas centenas de metros, existirem várias farmácias, pelo que, obviamente, a sua rentabilidade está fortemente ameaçada. O valor dos trespasses, se o houve, os investimentos na loja e a quebra das margens reflectem-se na tesouraria da farmácia, atrasando-se nos pagamentos aos fornecedores, e assim esta passará a ter dificuldades na gestão/ reposição dos stocks dos medicamentos. Assim, noticía a imprensa que as empresas farmaceuticas e os grandes distribuidores de medicamentos não fornecem algumas farmácias a crédito, pelo que estas têm grandes dificuldades em gerir os stocks de medicamentos, não evitando as roturas de fármacos. O cenário é negro: “Associações de farmácias alertam para o colapso das farmácias e a situação, dizem, está a degradar-se a um ritmo acelerado desde

2005. O cenário é de alerta e 20% das farmácias estão sem dinheiro para repor stocks”. Esta situação de roturas de stocks acaba por penalizar o cliente/doente, porque ao dirigir-se a uma farmácia corre riscos do medicamento de que necessita não estar disponível, o que, como se disse atrás, era “impensável” no passado. Imagine-se que esta situação (rotura do medicamento – mesmo os mais “banais”) ocorre em plena noite ou numa localidade onde só há uma farmácia! Que consequências pode ter para o doente?

Pessoalmente, confesso que já perdi a confiança atrás citada nas farmácias, e testemunho e como doente crónico, que já me aconteceu, mais do que uma vez e em pouco tempo, não conseguir aviar a receita na totalidade, porque a farmácia (e não foi numa só) não tinha todos os medicamentos constantes na receita médica e como esta não pode ser “partida”, a opção foi voltar lá para levantar o (s) medicamento (s) em falta, com inconvenientes para mim. Observando, tenho constando também ali outras situações semelhantes, bem como um certo desconforto dos técnicos de farmácia nestas situações. Que medidas tomarão as autoridades competentes? Assim não, porque o doente, que até é o elo mais fraco desta cadeia, pode ser seriamente prejudicado (mais um “castigo”?) nas situações de rotura dum fármaco de vital importância e que ele necessita, de imediato. *Economista lusitano.ser@gmail.com


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Medicina Interna Dr. M. Manso-Ribeiro

Oiça as Rádios Locais Saiba o que se passa na sua Terra, no seu Bairro na sua Rua

Chefe de Serviço de Medicina Interna Membro da Sociedade Portuguesa de Oncologia

Helena Manso Saúde

Angiologia/ Cir. Vascular

Fatores de Risco Vascular Drª Helena Manso-Ribeiro Rastreios Vasculares Especialista pela Ordem dos Médicos Eco–Doppler Vascular Colorido Membro da Sociedade Francesa de Flébologia Esclerose de Varizes Sines:Bairro 1º de Maio 112 tel: 269634515 e-mail: geral@hms.com.pt (Dr. Mário Manso-Ribeiro e Drª Helena Manso-Ribeiro) Santiago do Cacém : R. Eng. Costa Serrão 28-28A tel: 269086900 e-mail : cclinico@hotmail.com (Drª Helena Manso-Ribeiro)

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Universidade Sénior de Alcácer no novo ano lectivo “em casa própria” A Universidade Sénior de Alcácer do Sal (USAS) iniciou o seu 3º ano lectivo, com 79 alunos e 19 professores, embora ainda estejam

(alfabetização e estudo avançado), literatura, coro, história do séc. XX, bijutaria, lavores, economia e dança e movimento.

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Histórias do Ciclismo VI 14.ª Volta a Portugal em Bicicleta Já chega de graça, Nossa Senhora! Com Gouveia perto, resta “dar corda aos sapatos”. Na gíria do Volta “pernas para que te quero?” Com a Senhora da Graça completamente pelas costas, rolamos em direcção a Bragança, com passagem por várias localidades, numa distância de 184 quilómetros. Como facilmente se poderá

abertas as inscrições para mais interessados em aprender nas 17 disciplinas disponíveis. Este é um início de ano muito especial, pois a USAS tem pela primeira vez “casa própria”, já que se instalou na antiga escola básica dos Açougues, bem no coração do centro histórico de Alcácer do Sal. Abertas estão também as inscrições para o voluntariado de professores. Todos os docentes da USAS são voluntários e cedem o seu tempo de forma graciosa a este projecto. Este ano estão disponíveis as disciplinas de francês, inglês (2 níveis),

A Universidade Sénior foi criada pelo Município de Alcácer do Sal com o objectivo de fomentar a aprendizagem numa perspectiva lúdica ao longo de toda a vida, proporcionando também momentos de convivência e troca de experiências à população mais idosa e, tantas vezes, isolada. A abertura do ano lectivo, que contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, Pedro Paredes e da vereadora da Educação e Acção Social, Isabel Vicente, foi comemorada com uma festa onde actuo o coro da USAS.

biologia, informática (a disciplina mais procurada), antropologia, etnografia, filosofia, expressão plástica, história, língua portuguesa

Alunos e professores contribuíram com doces e salgados para mais este momento de confraternização e convívio.

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tagens de montanha e que, embora terem sido todas de terceira categoria, decorreu de forma pacífica. Sem grandes sobressaltos, tendonos possibilitado apreciar os encantos da Região. Aliás,

um bom filme. As características de um hipotético filme tanto poderiam fazer a partir de um drama, comédia ou, apenas e tão só, de ficção, sem excluir a hipótese de hard-core, com fuga. Em 1931, corria a “Volta a Portugal em Bicicleta” – Edição que foi recebida – pela primeira vez - em Bragança e, quem viria a triunfar nessa etapa, foi uma das figuras lendárias da modalidade: José Maria Nicolau. Nesse ano, o ciclista do Benfica, iria também alcançar,

Manuel dos Santos

cleta” que voltou a Bragança, o ciclista do Benfica José António Garrido e o Vencedor da Etapa, fez com que os “Benfiquistas” ficassem radiantes. Pela nossa parte, já com Gouveia no horizonte, não restava outro remédio do que “dar corda aos sapatos” – e, na gíria do ciclismo: “pernas para que te quero”, tanto mais que se iniciaram as Festas de Bra-

imaginar, qualquer uma das localidades por onde passamos daria páginas de sobra de texto sobre a sua história, com suas gentes, sítios e monumentos, não faltando a gastronomia e as curiosidades únicas que existem em cada local. Entretanto, o espaço era curto, o tempo apertava e estava um calor dos demónios. Estava-se na oitava etapa, que marcaria o início da segunda semana da “Volta a Portugal em Bicicleta” estávamos estoirados… –, embora tivesse sido considerado pelos especialistas como “uma das mais duras”, possivelmente pelo facto dos ciclistas ainda estarem a sentir os efeitos da penosa subida à Senhora da Graça e por essa etapa incluir, nada menos do que cinco con-

quando será que um cineasta se lembrará de filmar estas paragens? Só o seu cenário paisagístico, por certo, daria

pela primeira vez, a consagração final. Na citada etapa da “14.ª Volta a Portugal de Bici-

gança, as Festas da Senhora da Graça. E, para graça já chega.


Tel./Fax: 269 822 570

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O Novo Canal do Panamá constitui uma oportunidade estratégica para o Porto de Sines A I Conferência da Comunidade Portuária de Sines, subordinada ao tema “O Impacto do Novo Canal do Panamá nos Portos Portugueses”, teve lugar no passado dia 14 de Novembro no Auditório do Porto de Sines e contou com a presença de mais de 150 conferencistas. Como oradores, participaram diversos decisores dos sectores marítimo-portuário e logístico, destacando-se ainda a intervenção do Embaixador do Panamá e de um representante da Universidade da Corunha. Integrando o painel “Visão do Mar”, a Presidente do Conselho de Administração da APS, Lídia Sequeira, salientou a importância do Novo Canal do Panamá que irá levar ao redesenhar

de novas rotas e serviços atlânticos, representando uma excelente oportunidade para os portos da fachada atlântica, em especial para o Porto de Sines devido às suas condições físicas, geográficas e operacionais. O Novo Canal do Panamá entrará em funcionamento em 2014 e permitirá a passagem de navios de contentores de porte até 13.000 TEU. Participaram ainda neste painel a Presidente da APL, Natércia Cabral, e o Administrador da APDL, Amadeu Rocha, que apresentaram a visão dos respectivos portos em relação ao tema da conferência. Seguidamente, foi apresentada a “Visão da Logística” com Francisco Sá, Presidente Executivo da aicep

Global Parques, a salientar o posicionamento da entidade gestora da ZILS – Zona Industrial e Logística de Sines face às alterações previstas, nomeadamente no que respeita ao reforço das condições para a instalação de projectos industriais e logísticos naquela que é a maior zona industrial e logística da Península Ibérica, adjacente a um grande porto de águas profundas. O especialista do Instituto Universitário de Estudios Maritimos da Universidade da Corunha apresentou um estudo sobre a evolução operacional dos principais portos ibéricos, destacando o incremento de serviços regulares utilizando grandes navios que se tem verificado, recentemente, no Porto de Sines. Já o Embaixador do Panamá em Portugal focalizou-se nas obras que estão a decorrer, salientando a importância daquela infraestrutura para a economia mundial. Este foi o primeiro evento organizado pela recémcriada Comunidade Portuária do Porto de Sines (CPSI), uma associação que tem como objectivo contribuir para o desenvolvimento

do Porto de Sines como plataforma portuária e logística de âmbito internacional.

Sobre a Comunidade Portuária de Sines A Comunidade Portuária de Sines (CPSI) nasceu no dia 9 de Junho de 2011 e integra os principais agentes económicos com actividade nesta infra-estrutura portuária. A CPSI visa cumprir um

conjunto de objectivos que contribuam para o desenvolvimento do Porto de Sines, nomeadamente no âmbito comercial e propõe-se ainda contribuir para a melhoria das condições de operacionalidade do Porto de Sines, bem como para o desenvolvimento da área logística adjacente, visando tornar Sines numa grande plataforma logística Ibérica e Europeia.


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