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ANO XVIII - EDIÇÃO 190 - JULHO DE 2014

JULHO DE 2014

A COR DO SOM ALINE MORENA CENTENÁRIOS DA CRUZ DHENNI SANTOS IVETE SANGALO KARLINHOS MADUREIRA LEA MICHELE MADONNA MARIANA VOLKER REVISTA DO SAMBA SHERYL CROW SUBTROPICAIS VITOR GOBI E MUITO MAIS

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Antonio Braga-Editor

MATÉRIA DE CAPA

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Waguinho, campeão de vendas no mercado popular e gospel Waguinho é o que se pode dizer de um compositor de sucessos... Foram 490 músicas gravadas, dentre elas 50 hits nacionais, no mínimo. Além de compositor, é percussionista e dos bons - não é meia boca não! Como músico, acompanhou grandes nomes como Bezerra da Silva, Dicró, Jorge Aragão, Jovelina, Marquinhos Satã, Mauro Diniz, Arlindo Cruz, dentre outros artistas que o atual pastor evangélico também contribuiu fazendo backing vocal em seus discos e shows. Pai de Vagner Jr, Cainã, Joyce, Stephany, Gabriel; filho de Seu Osmar e Dona Bibi; casado há 15 anos com Fabíola, já lançou 16 discos no mercado: 10 populares (6 com o grupo Os Morenos, e 4 em carreira solo) e 6 evangélicos, totalizando: 7 Disco de Platina e 8 discos de Ouro. Meu pai, meus tios tocavam na bateria - 90% da bateria do Cacique era da minha família. Enfim, fui nascido e criado no samba. Não tinha jeito, tinha que ser sambista. Desde muito cedo aprendi a tocar tantan, repique, pandeiro, e todos os outros instrumentos que você imaginar que existem numa bateria de escola de samba. Não tinha outro caminho. E as composições, quando começaram a surgir? Aos 13 anos comecei a escrever algumas coisas. Aos 14 já disputava concurso de poesia na escola. Em 1988 Sua história começa mesmo dentro do tive a alegria de ter minha primeira música, como compositor, gravada por samba, né? Nasci na Vila Cruzeiro, filho de um Gari um dos maiores nomes do samba, e de uma Faxineira. Minha família Mestre Marçal, a faixa "Povo de Aruansempre foi muito ligada ao bloco da"(Waguinho, Maurição e Cesinha). carnavalesco Cacique de Ramos, por conta da minha avó, Dona Concha, uma das fundadoras do bloco. Tive o privilégio de nascer dentro desse bloco onde foram revelados grandes nomes da música popular brasileira, como Zeca Pagodinho, Almir Guineto, Jorge Aragão, Arlindo Cruz, dentre muitos outros. Tenho fotos, eu menino, vestido com a roupa da bateria do bloco, mesmo porque quem fazia as roupas da bateira e da diretoria eram minha avó e minha mãe, que também faziam a comida etc.

Esse disco foi fundamental para minha carreira, pois foi o disco do Mestre Marçal que mais vendeu. Tinham autores como Geraldo Babão, Chico Buarque, Arlindo Cruz, Vinícius de Moraes, enfim e nós ali no meio. Em 1989 ganhei em primeiro lugar o Festival de Pagode da Rio Arte, organizado pela Prefeitura do Rio, era um festival de pagode das favelas, onde a final foi na Vila Cruzeiro. O samba "Alegria Derradeira" feito em parceria com Maurição e o Márcio nunca foi gravado. Ganhei também, nesse mesmo festival, como Melhor Intérprete e Melhor Apresentação. Nós éramos os mais jovens do evento. Disputamos com gente consagrada como Preto Jóia, Beto Sem Braço, dentre outros bambas. Sucesso! Dali por diante as coisas melhoraram... Continuei como compositor e também parti para cantar na noite, nos barzinhos, nas casas de shows com grupos de pagode. Tinha já umas 100 músicas gravadas, era um compositor de sucesso. Mas estourei mesmo com o grupo Molejo: "Quem samba com molejo samba diferente, viu" - faixa "Samba Diferente" que levou o grupo aos primeiros lugares nas Rádios de todo o Brasil. Depois em-

Waguinho, esposa e filhos


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MATÉRIA DE CAPA Rádio, 7 eram meus.

E quando foi que nasceu Os Morenos? Foi em 1994. Mas antes de falar de Os MoWaguinho e J.A. renos, vou falar do Grupo Molejo. Fui o fundaplaquei outra com eles dor desse grupo. Era eu "Brincadeira de Criança", quem vinha cantando e não também estourada nacional- o Anderson. Mas na época eu mente. Na sequência gravei estava usando muita droga, "Gato Manhoso" com o Grupo já tinha apartamento próprio, Raça. No primeiro disco do carro zero, e achei que não Arlindo Cruz e Sombrinha precisava de mais nada. Era também tinha música minha. um garoto que saiu da favela, Arlindo, na minha opinião, é filho de uma empregada e de o maior compositor de sam- um gari, ganhando muito ba do Brasil, ter uma música dinheiro, mas sem nenhuma minha no seu primeiro disco noção da vida. Quando o foi uma honra muito grande. Molejo foi gravar o primeiro Daí por diante as portas se disco, fui convocado mas não abriram ainda mais e gravei fui. Desisti. Achei que não ia com todo mundo: Sorrriso me acrescentar em nada. E, Maroto, Pixote, etc, todos foi o sucesso que foi, com a com a música de trabalho faixa "A Caçamba" (de autoria sendo de minha autoria. Em de Efson e Odibar). No segun1998, 1999 e 2000 ganhei do disco do Molejo, a música o Prêmio da Rádio FM O Dia de trabalho foi minha "Samba como O Melhor Compositor. Diferente"; no terceiro disco De cada 10 sucessos da a música de trabalho "Brincadeira de Criança", também era de minha autoria, que consolidou o grupo no mercado. Nesse intervalo fundei Os Morenos, com Gilmar PQD (que tinha saído do Molejo), Alex, Ésio Sam, Charles André, Marcelo Moço e Betinho. Era um grupinho para fazer um pagodinho de final de

semana na beira da praia da Barra da Tijuca. Começamos num restaurante falido que cabiam umas 60 pessoas. A ideia era fazer um barulho e convidar as nossas famílias e nossos amigos. No primeiro dia, onde esperávamos colocar 60 pessoas, apareceram 200 pessoas. Na segunda semana tinham 400 pessoas e aí a Prefeitura mandou parar o negócio porque estava tumultuando e atrapalhando o trânsito. Fui chamado pelo Soga, gerente do restaurante Biruta (o point da Barra naquela época) para fazer ali o nosso pagode. Dava para colocar umas 500 pessoas lá dentro. Começamos a fazer nas quintas-feiras e foi uma explosão. O Sérgio Carvalho, da BMG Ariola, junto com o produtor Jorge Cardoso estavam procurando um grupo de pagode e nos convidaram para gravar. Délcio Luis junto com o Ronaldo Barcellos que assistiam a gente, fizeram uma música e insistiam em nos mostrar, diziam que era a nossa cara, a cara do nosso grupo, a faixa "Marrom Bombom". O resultado todo mundo sabe, foi um sucesso daqueles. De repente estávamos em todos os programas de televisão: Xuxa, Gugu etc. Para se ter uma ideia da repercussão do nosso sucesso, em todos os anos a música mais tocada nas rádios

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Waguinho com seus pais

era do Roberto Carlos, pois naquele ano de 1995 "Marrom Bombom" foi a música mais tocada, superando o Rei. Claro que isso mexeu muito com a nossa cabeça, não estávamos preparados para tanto sucesso. Acho que ninguém que venha da pobreza, da favela, como viemos, está preparado para tamanho sucesso. O Alex era o vocalista e foi quem gravou ‘Marrom Bombom’. O segundo disco também foi sucesso de vendas. No terceiro disco tive a oportunidade de cantar três músicas que foram também sucesso: "Amor de Verão", "Tô Dentro, Tô Fora" e a "Dança do Bambolê". Em 1997/98, cantei mais três, que foram as músicas de trabalho: "Olho Grande", "Tá Afim de Sambar" e "A Mina de Fé". Essa última faixa ficou um ano e meio nas paradas de sucesso entre as mais tocadas. De 1997 a 2000 fiquei como vocalista principal de Os Morenos. Porém desde o início eu dizia aos outros componentes que eu queria fazer carreira solo. Como grupo, tínhamos que fazer músicas que acompanhassem o modelo do mercado e eu queria gravar


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Lazaro, Tonzão e Waguinho

Arlindo Cruz, Reinaldo, Martinho da Vila, coisas mais profundas do samba, homenagear grandes sambistas etc. E, aí pintou o convite da Universal Music para eu fazer um CD solo. Havia um movimento de cantores saindo de grupos: Belo saiu do Soweto, o Alexandre Pires saiu do Só Pra Contrariar, enfim. A Universal Music tinha montado um projeto para três pessoas de bandas que haviam saído para carreira solo: Eu, Ivete Sangalo (que havia saído da banda Eva) e Seu Jorge (que saiu do Farofa Carioca). Esse projeto englobava shows, rádios por todo o Brasil e foi o que fizemos. Ivete tornou-se uma grande amiga. No final de 2000 aconteceu a minha conversão ao Evangelho. Mas... Depois de tanto sucessso, de repente você jogou tudo pro alto e se converteu? Pirou? Não tem explicação, só Deus explica. Geralmente pensam que as pessoas só se convertem quando estão no buraco, Waguinho com toda a família

quando não têm mais para quem recorrer. Não foi o meu caso. Estava com a carreira solo consolidada numa gravadora multinacional; música de sucesso tocando nas rádios; 3 carros importados na garagem, escritório próprio e ganhando muito dinheiro; casa própria na beira da praia, e no entanto sentia um vazio por dentro e tentava preencher esse vazio com aquilo que a fama me dava: bebida, droga, boate e prostituição. As drogas me levaram ao fundo do poço como pessoa, ao ponto de pensar várias vezes em me matar tal era a infelicidade que sentia. Eu tinha dinheiro, fama, mulheres, sucesso, tudo aquilo que um homem pensa que precisa ter para ser feliz, entretanto não tinha Deus no coração, embora fosse uma pessoa que sempre ajudou aos outros. Mantenho uma creche, com 145 crianças, há 30 anos junto com minha mãe e minha família. Sempre que acontecia uma enchente na Vila Cruzeiro e as pessoas me procuravam para ajudar

eu ajudava, comprava casa, mantimentos, sempre ajudei. Mas vivia aprisionado nas drogas. Aquilo que eu usava com os amigos e que era uma curtição, maconha, cocaína, virou uma prisão que eu não conseguia sair mais. Estava destruindo minha saúde, destruindo minha família e eu não conseguia parar com aquilo. Descobri a igreja através da minha esposa Fabíola, que já estava na igreja. Me convidou para ir, fui e aceitei Jesus como meu salvador. Fizemos no mês de maio deste ano 11 anos de casados e 19 anos juntos. Foi um choque na mídia. No final de 2000, quando me converti, ainda tinham 3 anos de contratos para cumprir como artista, com gravadora, e com empresários, e quando terminaram todos esses compromissos da carreira secular parti para a carreira evangélica. Continuo compondo e cantando, mas agora só Louvores. Existe esse limite? Ou faz uma coisa, ou faz outra? Não daria para fazer os dois, tipo, ser evangélico e continuar com a carreira solo que já estava encaminhada? Acho que a minha contribuição para a música popular Zeca Pagodinho, Waguinho e Walter Alfaiate

já foi dada. Agora é o chamado de Deus. Aliás, meu primeiro disco evangélico, gravado há 10 anos chama-se: "O Chamado", que foi um disco de samba gospel. O samba encontrava muita dificuldade em tocar nas rádios evangélicas e esse disco veio romper isso. Vendemos 30 mil cópias independentes nos primeiros meses de lançado. Ninguém acreditava. Quando eu disse que iria gravar samba gospel me diziam que eu ia morrer de fome (risos). Aí veio gravadora me procurar e pronto estamos até hoje aí, gravando e vendendo muitos discos. Tenho um Centro de Recuperação de Drogados, em Tinguá, onde sou o diretor, junto com Renato Batista, e já recuperamos mais de 10 mil pessoas. Deus foi me dando os hinos e são esses sambas que fazem me aproximar das pessoas que necessitam da minha ajuda. Esse é o meu ministério. Sem querer você acertou outra vez, já que o único mercado que está vendendo CDs é o evangélico...


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Esse meu primeiro Lazaro, Tonzão, Waguinho, Renato Batista (Diretor do CD que as pessoas Centro de Recuperação Vida Renovada) disseram que ia encalhar e não ia vender nada, hoje já contabiliza 150 mil cópias vendidas ( disco de Ouro e de Platina); o segundo CD "Vida Renovada" é Disco de Ouro; o terceiro disco "Bem Mais Feliz", também é Disco de Ouro; o quarto disco "Samba Adorador" conquistamos Disco de Ouro e de Platina; e agora, o mais recente, do ano passado "Momentos de dentro de igrejas evangé- perar a pessoa humana, o Com O Senhor", já está licas. Tenho notícia também caráter, a dignidade. Chega chegando a Disco de Ouro e que muitos artistas popula- gente da Cracolândia que a já estou entrando em estúdio res preferem trabalhar com família não quer mais. Nosso para gravar "Samba Aben- músicos evangélicos, pois trabalho é de ressocializar çoado" que deverá sair no não bebem, não fumam, não aquele indivíduo e dar consegundo semestre. Além arranjam problemas e não se dições para ele voltar ao disso, continuo compondo atrasam para ensaios. Meus convívio com a família, com para outros artistas evan- músicos, da minha atual as pessoas. Chega gente de gélicos, e já fui gravado por banda, e outros também que todas as religiões, de todas Elaine Martins, Nivea Silva, me acompanham em even- as cores, de todos os lugares. Kelly Rodrigues e Milena tos solo, são quase que os Gente que nunca viu nada Preta. mesmos que me acom- que não fosse violência, por panhavam quando eu era um que o ambiente que nasceu Não fossem as igrejas evan- cantor popular. Eu me conver- e viveu era assim. Temos que gélicas, acredito que muitas ti e eles também. Muitos se mostrar que a vida lá fora é lojas de instrumentos musi- converteram e passaram a melhor que isso. Eu, quando cais e até fábricas já teriam ganhar dinheiro, pois o que pequeno, pulava o muro para fechado as portas... ganhavam antes ficava na dentro dos CIEPS pois lá tinha Posso te afirmar que os me- noite mesmo, com bebibas, comida, tinha quadra de lhores músicos, hoje, saem mulheres, drogas etc. esporte, era mais digno. Mas Meu filho caçula os políticos não quiseram dar toca bateria desde continuidade a esse projeto os 8 anos de ida- que dignificava o cidadão, a de. Na igreja evan- criança. gélica a aula de Eu achava que nunca ia me música é a brinca- envolver com política, mas a deira saudável que gente chega a um ponto que a criança pode ter. se não se envolver não vai resolver nada e tudo ficará Fale do seu Centro como está. Quando você de Recuperação começa a fazer um trabalho social entende que se não de Drogados. Não obrigamos tiver vontade política fica ninguém a ser difícil resolver certos procrente. Nossa in- blemas sociais. Infelizmente tenção é de recu- o povo está muito decep-

JULHO DE 2014 cionado com a atual política que estamos vivendo e decepcionado principalmente com os políticos desse quadro momentâneo. Para se ter um referencial de um candidato é preciso saber o que ele faz, fez, e o que continua fazendo. Saber que tem gente que abre mão da própria vida particular para fazer alguma coisa por seus irmãos. Mas isso não é divulgado, não dá mídia. Só é divulgado quando você deve uma pensão alimentícia de 22 salários mínimos e não paga, aí vem mandado de prisão e você sai na capa do jornal. Que você tem um Centro de Recuperação há 10 anos com 150 pessoas morando, sendo alimentadas, dormindo e sendo recuperadas das drogas; que você mantém uma creche há 30 anos com 145 crianças, isso ninguém divulga, não é notícia, não vende jornal. 50% do que eu ganho em shows ou com venda de CDs vai para essas instituições que mantenho junto com as cantoras Elaine Martins, Nívea Silva, Milena Preta, Kelly Rodrigues. Também contamos com a ajuda de artistas amigos como do Arlindo Cruz, Belo e outros que já fizeram shows para nos ajudar. Eventos também contribuem para ajudar a causa, como o futebol: 'Amigos do Vaguinho X Belo Futebol Clube' que sempre tem o apoio da classe artística; o Programa Pagode da Família, na Rádio Família FM 104,5, junto com Felipe Silva. Isso é o chamado de Deus.


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Fábio Cezanne

SAMBA CLASSUDO DO REVISTA

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Revista do Samba lança quinto disco Depois de passear pelos maiores compositores do samba brasileiro sempre buscando unir a tradição a uma linguagem própria e contemporânea, o Revista do Samba lança seu quin-to disco de carreira, o CD "Samba do Revista" (Independente/distribuição nacional Tratore - preço médio R$25,00), explo-rando agora suas próprias composições, criadas ao longo dos treze anos de carreira do trio paulista, entre shows no Brasil e festivais em mais de dez países de quatro continentes. Além de composições de seus integrantes (Letícia Coura - voz/cavaquinho, Beto Bianchi - violões e vocais, e Vítor da Trindade - percussão e vocais), o CD traz parcerias com o poeta Solano Trindade, Marcia David, Carina Iglecias e Adriana Capparelli, e ainda pérolas dos compositores Osvaldinho da Cuíca e seu Maninho da Cuíca, mestres da velha guarda do samba paulista e parceiros de longa data do trio. A produção musical é assinada pelo baixista, arranjador e produtor musical Paulo Lepetit, produtor da Caixa Preta de Itamar Assumpção e seu parceiro por vários anos na banda Isca de Polícia, e produtor musical do CD de Itamar com Naná Vasconcelos e de artistas como Chico César, Zeca Baleiro, Tetê Espíndola, Elza Soares entre outros. No repertório o trio alterna canções compostas a seis mãos, como 'Só eu Só e Mais Uma Cidade', que os três criaram juntos, com o samba Esquenta Bloco Kambinda, de Seu Maninho da Cuíca e cantado no aquecimento do bloco de Raquel Trindade no Embu das Artes. Em homenagem a ele, Osvaldinho da Cuíca compôs 'A Cuíca do Maninho', que o trio interpreta com a participação especial do próprio homenageado na cuíca. 'Vou Mudar' traz o lado romântico de Vítor da Trindade; 'Tudo' e 'Mesmo Refrão' selam a parceria pop de Beto Bianchi e Marcia David, e Letícia Coura vem com suas impressões das viagens do trio, com o 'Rasta-pé do Cercadinho', que compôs na volta da viagem ao Paquistão e 'Kamzahammidá', samba em homenagem à boa recepção que tiveram na Coréia do Sul. Vítor e Beto trazem o poeta Solano Trindade em grande estilo com suas composições para os poemas 'Gravata Colorida' e 'Cirandinha da Vida', que no CD contaram com a participação de dois bisnetos do poeta, Zinho Trindade e Manoel Trindade, e do piano de Gabriel Levy, respectivamente. O disco foi gravado no estúdio Outra Margem em São Paulo em 2012/13, e tem projeto gráfico de Marcia David e fotos de Laílson dos Santos, parceiros do Revista desde sua criação. Conta com as participações especiais de Paulo Lepetit, no baixo; seu Maninho da Cuíca, nas cuícas; Gabriel Levy, no piano; Zinho Trindade, na voz; Manoel Trindade, na bateria e percussões e Rafael Fazzion, na percussão.

Formado em 1999, o Revista do Samba mescla um amplo trabalho de composição e pesquisa do melhor do samba brasileiro, envolvendo canções com uma roupagem contemporânea, em um estilo próprio de criação. Tem quatro CDs gravados, o primeiro, Revista do Samba de 2002, traz grandes clássicos do gênero. O segundo, Outras Bossas em 2005, reúne suas próprias composições, novos autores, clássicos e autores não restritos ao samba, como Arnaldo Antunes e Jorge Mautner, e o terceiro, Revista Bixiga Oficina do Samba - lançado em 2006, um projeto especial patrocinado pela Petrobras, dedicado aos sambas do bairro do Bexiga em São Paulo. O quarto é um projeto conjunto com a banda Tante Hortense de Marselha - França. Fez parte do Ano da França no Brasil e resultou no CD Hortênsia Du Samba - 2009/2011, parceria de composição e arranjos, lançado em tournée na França em 2011. Em 2011 excursionou pelo interior e litoral do estado de São Paulo com o projeto 10 Anos de Revista do Samba, com apoio do ProAC da Secretaria de Cultura do Estado. De suas turnês, destacam-se apresentações no Brasil, Europa, Estados Unidos, Oriente Médio, Ásia e África - tais como temporada de abertura do novo Bar Brahma - São Paulo Brasil, 2002, Karneval der Kulturen - Berlim - Alemanha 2002, Strictly Mundial 2003 - Marselha, França - 2003, APAP - Nova York - EUA - 2004, Stimmen04 (Alemanha), Val Latina e Parque La Villete, Jazz à Vienne - França 2005 (dentro do Ano do Brasil na França), Minta Festival (Tel Aviv - Israel 2005), Samba Syndrom 2005 a convite da Landesmusik Akademie de Berlim, Alemanha, ministrando masterclasses sobre o violão, percussão e cavaquinho no samba, SESCs - no estado de São Paulo, Lakasa - Point-a-Pitre - Guadeloupe - French Isles - Caribe - 2005, World of Performing Arts Festival Paquistão 2006, Teatro Rival Petrobras - Rio de Janeiro 2006, Førde Folk Music Festival - Noruega - 2006, Teatro Oficina São Paulo, Festival Village Tropical - Genebra - Suíça 2007, Festival Latino - Turim Itália 2007, Festival du Désert - Oasis de Merzouga Marrocos - 2007, Festival Mawazine Rabat - Marrocos - 2007, Virada Cultural Paulista - Mogi das Cruzes e Assis -, e Belo Horizonte 2008 e 2009, Brazilian All Stars em Seul, Coréia do Sul, 2009, Café de la Musique, Paris - França 2011. Vale a pena conferir essa pérola de CD.


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INFORME INSTRUMENTAL

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Lançamentos Novas cores, novos modelos, pintura personalizada

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JGNEWS Elias Nogueira

NOTAS INSTRUMENTAIS

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eliassnogueira@gmail.com

Shows de emocionar, no Rival!

O dia em que Armandinho Macedo, Ary Dias e Gustavo Schroeter fizeram a plateia do Teatro Rival debulhar em lágrimas! No dia 6 de Junho presenciei um fato até então inédito para mim. Era show do grupo A Cor do Som, no Teatro Rival, Rio de Janeiro. Quando cheguei ao teatro por volta das 19 horas o clima era de tristeza total. Armandinho Macedo, Ary Dias e Gustavo Schroeter estavam às lágrimas. Momentos antes, logo depois da passagem do som, veio a noticia do falecimento de Heloisa Carvalho Tapajós, irmã de Dadi e Mú Carvalho integrantes da banda. Clima tenso, abracei meus amigos e consegui entender o ocorrido. Mas como ficaria o show agendado naquela noite? Depois de muita conversa os três integrantes resolveram fazê-lo e dedicá-lo naquele momento a Heloisa Tapajós, sem a presença dos irmãos Carvalho.

Em vários momentos era Heloisa e perceptível as lágrimas do trio no Paulinho Tapajós palco. O Público que ficou - muitos ingressos foram devolvidos na bilheteria - respondeu cantando todas as músicas em coro. Heloísa sempre foi muito querida no meio artístico. Heloisa Carvalho Tapajós era pesquisadora de Música Popular Brasileira e produtora cultural. Irmã de Sérgio de Carvalho (produtor musical), Dadi Carvalho (baixista, compositor e cantor) e Mú Carvalho (pianista, compositor e produtor musical). Tia de Daniel Carvalho (músico e produtor musical) e André Carvalho (cantor e compositor). Prima, pelo lado paterno, de Beto Carvalho (radialista e produtor musical) e Guti Carvalho (produtor musical). Prima, pelo lado materno, do pianista Homero Magalhães e de seus filhos músicos Homero Magalhães Filho, Alain Pierre, Alexandre Caldi e Marcelo Caldi. Heloisa vinha, desde 1999, ocupando a função de pesquisadora do Instituto Cultural Cravo Albin, sendo responsável pela pesquisa e redação dos verbetes do segmento "Bossa Nova e MPB" (de 1958 aos dias atuais) do Dicionário Cravo Albin da MPB, contabilizando, até 2013, a produção de mais de 1.700 verbetes de sua autoria. Heloísa Tapajós estava internada há aproximadamente dois meses num hospital da Zona Sul do Rio de Janeiro. Somente a família e seus companheiros do Dicionário Cravo Albin da MPB sabiam e não divulgaram a informação.

Ainda no Teatro Rival/Petrobrás showzaço dos artistas Cláudio Nucci e Dori Caymmi. Pela primeira vez esses grandes artistas se encontram num duo. No repertório a MPB compostas por ambos e por Dorival Caymmi.


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Patricia Rodrigues

MEMÓRIA DA MPB

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Centenário de Autores da SBACEM

Armando Cavalcanti (19/04/1914 - 12/05/1964) Armando Cavalcanti de Albuquerque nasceu no estado de Pernambuco. Foi um dos maiores parceiros do compositor Klecius Caldas. Com ele, começou a compor, na década de 1940, uma série de músicas. A primeira foi "O velho bar", lançada por Francisco Alves na Rádio Nacional e gravada depois por Helena de Lima. A dupla de compositores lançou vários sucessos carnavalescos: "Marcha do gago", cantada pelo comediante Oscarito no filme Carnaval no fogo, em 1949, e Papai Adão, gravada em 1951 por Black-out. Ainda em 1951, teve o bolero "Jamais" e o samba "Bahia da primeira missa", escritos em parceria com David Nasser, gravados por Dircinha Batista, e o samba "Ó de penacho", parceria com Manezinho Araújo, gravado por Linda Batista. Em 1952, sua composição "Maria Candelária", satirizando o funcionalismo público, foi gravada por Blackout e tornou-se o maior sucesso do Carnaval. No ano seguinte, lançou "Máscara da face", mais uma parceria com Klécius Caldas levada ao disco por Dircinha Batista. Em 1954, a marcha "Piada de salão" foi a primeira colocada em um concurso carnavalesco. Em 1955, Armando Cavalcanti e Klécius Caldas tiveram grande êxito no carnaval com a marcha "Maria Escandalosa", também gravada por Black-out. Na década de 1960, a dupla fez sucesso no carnaval com as composições "A letra jota", parceria com Ivo Santos; "A lua é dos namorados", parceria com Brasinha; "Marcha do paredão"; "O último a saber"; "A lua é camarada".

Stelinha Egg (18/7/1914 - 17/6/1991) Stella Maria Egg nasceu em Curitiba - PR. Cresceu recebendo a influência do ambiente musical existente em sua família. Aos cinco anos de idade já cantava nas festas da Igreja Evangélica. Iniciou a carreira profissional na Rádio Clube Paranaense, em Curitiba. Venceu um concurso de melhor intérprete do folclore brasileiro e logo depois foi contratada pela Rádio Tupi de São Paulo. Na capital paulista trabalhou nas Rádios São Paulo e Cultura. No início dos anos 1940, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde foi contratada pela Rádio Tupi. Na emissora carioca, apresentou-se ao lado de Dorival Caymmi e Sílvio Caldas. Stelinha dedicava-se também ao estudo e pesquisa do folclore brasileiro e gravou diversas composições de domínio público e folclóricas, como a toada "Garoto da lenha de Angico", a toada "Boi Barroso", "Samba lelê", "A moda da carranquinha", "Cantigas do meu Brasil" e outras. Sua estreia no disco foi em 1944, com a gravação da toada "Uma lua no céu... outra lua no mar", de Jorge Tavares e Alaíde Tavares e do coco "Tapioquinha de coco", de Jorge Tavares e Amirton Valim. Em 1950, foi eleita a Melhor Cantora Folclórica, no Congresso Internacional de Folclore, em Araxá, Minas Gerais. Em 1952, gravou a rancheira "Toca sanfoneiro", de sua autoria, em parceria com Luiz Gonzaga e a canção "Luar do sertão", de Catulo da Paixão Cearense. Stelinha Egg gravou também diversas composições de Dorival Caymmi. Nos anos de 1955 e 1956 excursionou à Europa. Apresentou-se na URSS, França, Polônia, Finlândia, Itália e Portugal acompanhada pelo maestro Lindolfo Gaia, seu esposo. É autora de "Jerônimo, voltei pra ficar", em parceria com Macedo Netto, e "Os olhos".

Lupicínio Rodrigues (16/09/1914 - 27/08/1974) Lupicínio nasceu em Porto Alegre - RS. Compôs sua primeira música em 1928, aos 14 anos: a marcha "Carnaval", que não chegou a ser gravada. Três anos depois, a composição foi a vencedora de um concurso de músicas carnavalescas no Rio Grande do Sul. Em 1935, escreveu com Alcides Gonçalves a música "Triste história". A composição ficou em primeiro lugar em concurso realizado em Porto Alegre durante as comemorações do Centenário da Revolução Farroupilha. A música foi gravada em 1936, na RCA Victor, por Alcides Gonçalves. Mesmo sem sair de Porto Alegre, as músicas de Lupicínio Rodrigues tornaram-se conhecidas no Rio de Janeiro, trazidas por marinheiros. Entre as composições mais cantadas pelos marinheiros, estava o samba "Se acaso você chegasse". Os diretores da gravadora RCA Victor ouviram o samba e se interessaram pelo autor. "Se acaso você chegasse" foi gravado por Cyro Monteiro, em 1938, e tornou-se o primeiro grande sucesso nacional de Lupicínio Rodrigues. Outra composição do gaúcho que alcançou sucesso nacional foi o samba "Brasa", gravado por Orlando Silva, em 1945. Dois anos depois, foi a vez de Francisco Alves transformar uma das composições de Lupicínio em mais um grande sucesso. O Rei da Voz levou ao disco o samba "Nervos de aço". É também do ano de 1947 a composição "Felicidade", um dos clássicos da Música Popular Brasileira gravado por diversos cantores e lembrado até hoje. Outros grandes sucessos de Lupicínio Rodrigues: "Quem há de dizer", "Vingança", "Nunca", "Aves daninhas", "Ela disse-me assim", "Volta" "Esses moços, pobres moços" e "Cadeira Vazia".


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JULHO DE 2014


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Márcio Paschoal

paschoal3@gmail.com

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COMENTÁRIOS DE MARCIO PASCHOAL CD SENSAÇÕES ALINE MORENA A gaúcha de Erechim, Aline Paula Nilson, mais conhecida como Aline Morena, estreia em CD solo, "Sensações", reunindo 18 faixas, com um time de multi-instrumentistas de gosto refinado. Além de Hermeto Pascoal na direção e arranjos, Itiberê Zwarg (baixo e vocal), João Pedro Teixeira (acordeom), Marcio Bahia (bateria), entre outros, o disco traz um repertório interessante. Algumas autorais surpreendem, como "Lamento Verde" e "Canjica Animada", com Aline no piano. Releituras de difícil e exigente interpretação, como "Todo sentimento" (Cristóvão Bastos e Chico Buarque) e notadamente "Beatriz" (Edu Lobo e Chico Buarque) têm o seu preço e risco, embora não decepcionem e tragam alguns toques de originalidade nos arranjos de Hermeto. Em "Tenho sede" (Dominguinhos e Anastacia) Aline tem melhor resolução vocal. Destaque ainda para a instrumental de Hermeto "Voa, Ilza", em que nosso bruxo-mestre improvisa numa mangueira e Aline toca viola caipira. Uma grata surpresa que promete novos frutos.

EP PALAFITA MARIANA VOLKER Aposta do produtor Liminha, a cantora e compositora carioca Mariana Volker vem com seu EP "Palafita". Afeita às cores, vinda de uma família de artistas plásticos, Mariana mostra talento. Ex-vocalista da banda Unidade Imagi-

nária, desde 2011 vem se arriscando em voos solos. "Some blue" é uma agradável mistura de blues e bossa nova. "Eterno verão" (que tem clipe com caleidoscópio original da artista) é a canção mais solar e de trabalho. Além da produção, Liminha aparece no baixo e na guitarra. A bateria fica com Cezinha, e na percussão, Stephan San Juan. Muita atenção na moça ruiva cantante, que ela promete.

referência aos 40 anos de estrada das meninas.

CD LOUDER LEA MICHELE Mais conhecida como atriz, famosa por suas atuações em musicais da Broadway, particularmente pelo papel de Wendla Bergman em Spring Awakening, e da estudante Rachel

CD TRIBUTO PEDRA DE RIO A OBRA DE LUHLI E LUCINA DHENNI SANTOS Nada mais justa a homenagem que o cantor, arranjador e compositor carioca Denilson Santos faz à dupla Luhli e Lucina no CD-tributo "Pedra de Rio". Ao todo são vinte faixas (selecionadas entre mais de 800), algumas inéditas, e outras já consagradas em vozes como a de Ney Matogrosso, assíduo da dupla. Destaque para "Coração aprisionado". Outro bom momento, a parceria da dupla com o paraense Joãozinho Gomes "Viola de prata", tendo a luxuosa participação das duas no backing. "Barra/ Leblon", sucesso nos anos 90, ficou ótima com o contraste da voz grave do cantor. Felipe Radicetti (programações eletrônicas) e Daniel Drummond (guitarras) se alternam nos arranjos, e Denilson (agora Dhenni), amigo e parceiro das homenageadas, assina a produção e direção musical. Uma bela

Berry, no famoso seriado Glee, a agora cantora Lea Michele faz sua estreia em disco com o álbum "Louder", que já conta com o hit "Cannonball". Algumas músicas bem xaropes, outras no melhor estilo pop, formam a seleção de 11 faixas que valem pelos arranjos caprichados e alguns vocais. A melhor do disco "You're mine" é dedicada a Cory Monteith, co-estrela da série Glee e namorado dela, que morreu em julho de 2013.

CD PRODUTO DA MODERNIDADE SUBTROPICAIS Uma banda formada em Porto Alegre e com mais de dez anos de estrada lança seu CD "Produto da Modernidade". Alexandre Marques e João Ortácio se revezam nas guitarras e vocais, Leo Brawl no baixo, Marcelo Brack e Diego Velasco nas percussões, formando o quinteto gaúcho que não se limita ao cenário do rock tradicional e instiga com letras ácidas e bem sacadas, provo-


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cando o bom gosto e alçando mais perspectivas que o simples regional. A cena roqueira inteligente agradece. Vale conferir o trabalho deles.

DVD CLEMENTINA DE JESUS RAINHA QUELÉ Vencedor de vários prêmios, como o Festival Internacional de Cinema de

www.tiaflex.com.br

Arquivo, 34º Festival Guamicê de Cinema, Júri Popular no Prêmio Nego Chico 2011, e melhor vídeo documentário no Festival Ibero-Americano 2012, o DVD "Rainha Quelé", sobre a vida e a obra da cantora e sambista Clementina de Jesus, com direção de Werinton Kermes, reúne depoimentos de nomes como Martinho da Vila, João Bosco, Paulinho da Viola, entre outros, em 56 minutos de um registro histórico e jornalístico do mais alto nível. A artista

é lembrada como patrimônio e orgulho da cultura negra. Werinton já havia se destacado com o excelente documentário "João do Vale - Muita Gente Desconhece", narrando a vida e a obra de outro gigante do nosso cancioneiro popular.


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Foto Nostalgia

IMAGENS DA INTERNET

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Acontecendo/Acontecido

Elias Nogueira, nosso colunista (fotógrafo, escritor e assessor de imprensa) anda cobrindo eventos em casas de shows. Acima, com o pessoal do A Cor do Som, Ary Dias e Armandinho; também com Maurício Maestro do Boca Livre. Elis e Jair Rodrigues - Em 19 de Maio de 1965 estreava na TV Record de São Paulo o programa "O Fino da Bossa", apresentado por Elis Regina e Jair Rodrigues. Programa 'Musica' feito especialmente para a TV.

Quase irreconhecíveis nesta foto: Erasmo Carlos, Moacyr Franco, o apresentador Silvio Santos, Wanderlei Cardoso, Jair Rodrigues, Martinha e Wanderléa.

Paula Fernandes renova com Universal Music - O maior destaque feminino do sertanejo na atualidade, a mineira Paula Fernandes renovou seu contrato com a Universal Music, mantendo a parceria que já dura desde 2008. Paula conquistou a marca de 1,6 milhão de cópias vendidas em seu primeiro CD/DVD e até o momento totaliza mais de 3 milhões de cópias vendidas de seus produtos. Paula Fernandes gravou recentemente seu novo DVD no HSBC Arena (RJ). Jota Quest renova com Sony Music - Dezoito anos na Sony Music, a banda Jota Quest acaba de renovar contrato com a gravadora para mais quatro anos. Até aqui, foram 12 CDs e 7 DVDs totalizando mais de 5 milhões de cópias vendidas; mais de 13 faixas em trilhas de novelas e 2 Grammys Latinos em 2012 e 2013, como Melhor Álbum brasileiro de Rock e Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasil, respectivamente. Para acrescentar mais alguma coisa a carreira de sucesso da banda, o Jota Quest recebeu o "celular de diamante"- referente à marca de 500 mil aparelhos vendidos com conteúdo embarcado - e tem presença expressiva nas redes sociais com mais de 2,7 milhões de fãs no Facebook, mais de 59 mil seguidores no Instagram e cerca de 13 milhões de visualizações no canal oficial do youtube. Banda Cheiro de Amor assina com a Sony Music Na foto, Alex a n d r e Schiavo, presidente da Sony Music e a nova cantora do grupo, Vina Calmon. Vem aí CD e DVD.

The Rolling Stones em 1963.

Roberto Carlos e Dorival Caymmi.

Gui Rebustini é contratado pela Som Livre - Rebustini que nasceu em São Paulo, estudou nos Estados Unidos. Graduou-se pelo Victory Bible Institute em Tulsa, escola bíblica de uma das maiores igrejas dos Estados Unidos, onde surgiu o interesse pela música. Breve lançará o CD "Além do Horizonte".



JGNEWS Jorge Piloto

PERFIL DO COMPOSITOR / SBACEM

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A renovação acontece à toda hora. A bola da vez tem nome:

Vitor Gobi é o cara! Vitor Gobi de Melo, 25 anos, é um talento promissor dentro do segmento samba. Compositor apurado e cantor de voz ímpar, vem conquistando seu espaço, passo a passo, na música popular brasileira. Contando sua história, Gobi, que é exclusivo da Sbacem, relata suas primeiras vitórias: Meu pai, Melo de Valença, tinha um grupo de pagode, o 'Sangue Bom', então desde criança tenho esse contato com a música, mais especificamente com o samba. Era um grupo de botequim mesmo, que depois do futebol faziam um encontro musical e eu sempre estava por lá acompanhando meu pai. Dos 13 para os meus 14 anos comecei a aprender a tocar teclado e logo na sequência entrei para um grupo musical de Valença, chamado Nova Era. Entrei como tecladista, mas um belo dia o cantor faltou por problemas pessoais e eu então assumi seu lugar. A primeira música que cantei, lembro até hoje, foi do Grupo Pique Novo, "Uma Estrela". O pessoal gostou tanto que acabei virando o vocalista principal do grupo. Por conta das dificuldades, falta de dinheiro e coisa e tal o grupo acabou. Parti para fazer MPB em barzinhos com o parceiro Léo Vinícius. Não tinha pretensão de viver de música. Tocávamos para ganhar um dinheirinho, claro, mas principalmente por que queríamos tocar mesmo, era vontade de

tocar. Paralelo a essa atividade passei a fazer voz guia em estúdios, e fiz muito isso, principalmente para o Douglas Lacerda, um grande compositor com faixas de sua autoria em diversos discos de samba. Depois comecei a compor com ele. As guias que ele mandava para os grupos iam parar nas mãos de empresários e, numa dessas, um desses empresários me convidou para ser o vocalista de uma banda chamada Disfarce que já estava com algumas músicas no mercado ('Pega Pega', 'Solução' etc). Tive sorte, pois a primeira música que gravei como vocalista do grupo foi uma composição minha, em parceria com Indinho e Munir Trade, a faixa

22 Minutos, que estourou nas rádios. Por conta do sucesso dessa música, viajamos por quase todo o Brasil. Como acontece, eventualmente, com grupos, ocorreram os desentendimentos com o empresário e aí todos os componentes do grupo saíram. Como o nome Disfarce foi registrado pelo empresário, ele montou outra formação e continuou com o projeto. Nós que saímos, resolvemos montar um grupo. Como a faixa 22 Minutos estava estourada nas Rádios, resolvemos aproveitar para colocar o nome do grupo de 22 Minutos, aproveitando o gancho. Gravamos um CD, com várias faixas de minha autoria e colocamos para

tocar nas rádios. Tivemos problemas também com o nome 22 Minutos, sendo rejeitado por algumas rádios por remeter ao grupo Disfarce. A confusão foi tanta que o grupo teve que mudar de nome novamente. Pensamos em outros nomes e chegamos ao um consenso: Link. Esse é o atual nome do grupo que já está com a faixa 'Não Importa Mais", de autoria do DBlack, tocando em algumas rádios. Fui gravado por outros grupos, como: Tá Na Mente, as faixas: 'Que Cena', 'Não Há Limite', 'Quem Muito Quer Nada Tem'; com o Pique Novo a faixa 'Aonde Está Você'; com o Sociedade Do Samba, "Unhas e Dentes"; com o grupo de Porto Alegre, o Favela Social, a faixa "Aqui No Meu Ap", essa em parceria c o m Douglas Lacerda, dentre outros. ‘É vida que segue, tamos juntos’.

Denis (pres. Sbacem) Gobi e Jayme (Pepe Music) O autor Diogo Rosa e Gobi


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LANÇAMENTOS FONOGRÁFICOS

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Caixa 3 CDs - Brasil 2014 Samba, Bossa e MPB Sony Music

Caixa 3 CDs - Luiz Gonzaga Coletânea Sony Music

Ôla Brasil Hits Internacionais Sony Music

Official Album The 2014 Fifa World Cup Sony Music

Amo Você Coletânea MK Music

Pr Lucas Faz Acontecer MK Music

Mariana Volker Palafita Independente

Louvor Delas Coletânea Sony Music

Raimundo Fagner Pássaros Urbanos Sony Music

Hellen Caroline O Sonho Aconteceu Sony Music

Shakira Edição Deluxe Sony Music

Jamily Além Do Que Os Olhos Podem Ver Sony Music


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PERFIL ARTISTA/COMPOSITOR/SBACEM

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“Tá Escrito”, Karlinhos Madureira https://www.youtube.com/watch?v=09_s_Kh8sls

Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira).

Karlinhos Madureira, nasceu e foi criado entre os bambas do bairro que lhe deu o nome artístico, bairro carioca onde se localizam duas grandes Escolas de Samba: Portela e Império Serrano. Como não podia deixar de ser, sua primeira composição foi gravada por uma Escola de Samba muito querida do povo do carioca, a Unidos do Cabuçu. Karlinhos foi vencedor dos sambas de enredo dessa agremiação nos anos de 1991, 1993 e 1994. Em 1993 também ganhou em outra Escola, a Caprichosos de Pilares, junto com os parceiros Tico do Gato, Carlos Ortiz, Marquinhos Lessa, Almir Araújo e Luizito (esse então, intérprete da

Karlinhos é parceiro musical de grandes nomes do samba, como: Tiago Soares (Ex grupo Bom Gosto), Fernando Magarça, Bruno Sotto, Badá, Brasil do Quintal, Leandro Di Menor, Flavinho Silva entre outros, com os quais têm diversos sucessos gravados. Fugindo um pouco do universo do samba popular carioca, o cantautor tem um CD lançado de samba gospel, mas garante que ainda este ano lançará um outro voltado ao samba secular. Seu maior sucesso está na boca do povo e foi escolhida pela Seleção Brasileira como sua música oficial. Trata-se do sucesso 'Tá Escrito', feito em parceria com Gilson Bernini e Xande de Pilares (Ex vocalista do grupo Revelação), sucesso do Grupo Revelação. "Essa música foi e é especial. De tantas canções que já fiz essa mexeu com tudo. Vou contar um fato ocorrido que vai dar para enfatizar o poder dessa música. Esse samba mudou minha vida como

compositor e o retorno artístico foi fundamental para elevar minha autoestima e minha consciência como pessoa. Um dia fui fazer um show e um cara em uma cadeira de rodas me puxou pelo braço e me disse "Eu ia me suicidar, pois sofri um acidente de moto e fiquei paralítico, foi quando ouvi a música 'Tá escrito' e graças a Deus mudei de ideia". Preciso dizer mais alguma coisa? Sou músico autodidata e minha carteira da Ordem dos Músicos data de 1986. Cheguei a estudar música na Escola Vila Lobos, mas não concluí o curso. Meu xodó é o cavaquinho, onde me considero um bom instrumentista. Embora viva da música, estou sempre ligado no futuro e atualmente faço o Curso de Petróleo e Gás, na Universidade Estácio de Sá, pois sei que futuramente o Governo Federal vai contratar mais gente e ampliar o quadro da Petrobrás. Isso não atrapalha em

nada minha carreira artística, aliás, muitos grandes autores e intérpretes foram funcionários de grandes empresas mesmo mantendo carreiras artísticas. Quanto aos direitos autorais, estou super feliz com o trabalho que tem sido realizado pela minha associação, a Sbacem. Lá me sinto respeitado, e meus direitos estão bem protegidos. O presidente Denis Lobo é um amigo e parceiro, assim como o Jayme Pepe, o Diogo Rosa, a Cibele e toda família Sbacem.


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Viviane Marins

Batendo um bolão...

Ivete Ouro e Triplo de Platina

Música e Progresso Da Cruz

Ivete Sangalo foi surpreendida pelo apresentador do programa Altas Horas, da Rede Globo, Serginho Groisman um CD de Ouro e um DVD Triplo de Platina pelas vendas de seu último trabalho, "Multishow Ao Vivo Ivete Sangalo 20 Anos". O conjunto fonográfico lançado há pouco mais de um mês pela Universal Music, chegou aos primeiros lugares das paradas desde a pré-venda - do DVD, cinco faixas apareciam no Top 10 da parada de singles do iTunes. Na página oficial do Facebook da baiana ficou escrito: "Estou tão orgulhosa de ver esse DVD tão sonhado me dando muitas alegrias. Obrigada demais amores, o tempo realmente é de alegria! Disco de ouro e DVD triplo de platina!". Além de lançar o CD/DVD "Multishow Ao Vivo - Ivete Sangalo 20 anos", a cantora acaba de ganhar um site multimídia que relembra toda sua trajetória, do começo dos anos 90 até os dias atuais.

Mariana Da Cruz, ou Da Cruz, começou a aparecer por aqui há pouco tempo. A paulista é figurinha carimbada na Europa e EUA, encontrada nas seções de "Tropical New Wave" e "Urban Brazilian Disco" das lojas. Da Cruz mistura sua brasilidade, com batidas eletrônicas, disco music e uma influência honesta de 70's, groove, swing, samba, bossanova e breakbeats - o menu completo para fazer dançar até quem não leva jeito para a coisa. Radicada na Suíça, gravou quatro discos: Nova Estação (2007), Corpo Elétrico (2008), Sistema Subversiva (2011) - este também lançado nos EUA pelo selo Six Degrees Records (o mesmo de Bebel Gilberto e Céu) e seu último, Disco e Progresso (2014) - o primeiro a sair no Brasil. Em meio a uma turnê gigante pela Europa, que incluiu os festivais Weltnacht em Bielefeld, M4Music 2014 em Zurich e World Village em Helsinki, Da Cruz encontrou um tempinho para lançar Disco e Progresso por aqui. O CD duplo tem o "bright side" e "dark side" e, segundo a cantora: "esta dualidade foi a maneira encontrada para refletir o que acontece no Brasil neste momento". Um disco é easygoing e, o outro, a trilha sonora de uma revolução.


JGNEWS Robson Candêo (Curitiba)

CDS, DVDS E BLU-RAYS

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MUSICANDOMUSICANDO Muitos não conhecem de nome, mas a cantora norte-americana Sheryl Crow é uma das melhores na ativa atualmente. Multifacetada toca vários instrumentos, compõe, tem excelente voz e canta rock, pop e country. No Bluray Sheryl Crow - Miles from Memphis Live at the Pantage Theatre, podemos ver sua grande performance e de sua banda, gravada em 2010, com hits como "Can´t Cry Anymore", "Strong Enough", "If it Makes you Happy", a dançante "All I Wanna Do" e a deliciosa "Soak up the Sun". Um show realmente imperdível. Já os que gostam de uma super produção, não podem deixar de ver o novo Blu-ray da Madonna - Mdna World Tour que como sempre é um espetáculo para os olhos e para os ouvidos. O show tem elementos chocantes e ofensivos, momentos alegres e dançantes, momento acústico e romântico, momentos de protestos, os eternos sucessos, os novos sucessos, ótimas coreografias, efeitos visuais incríveis, enfim, um verdadeiro espetáculo da maior cantora pop do mundo, e quero destacar a direção das imagens com efeitos de slow motion muito legais e bem aplicados em todo o show. Outro título que também não é novo, mas que é formidável, é o Blu-ray Sting

EXPEDIENTE Editores Antonio Braga e Jorge Piloto

- Live in Berlin, onde o ex-Police está ainda mais fantástico nesta versão acústica de seus grandes sucessos acompanhado de uma orquestra sinfônica, onde destaco as canções "Every Little Thing She does is Magic" com um arranjo brilhante, "Desert Rose" e a belíssima "Fragile" em um show nota 10! E quem acaba de lançar um novo álbum é o pessoal do Coldplay - Ghost Stories que aposta em músicas mais suaves, destacando as ótimas "Magic", "Another's Arms" e a mais dançante "A Sky full of Stars". Este é um dos grandes lançamentos de 2014 de uma das bandas mais queridas atualmente. Já nos lançamentos nacionais tem um álbum ao vivo da cantora Marisa Monte - Verdade, uma ilusão - que registra sua última turnê, gravado ao vivo e que traz grandes hits como "Depois", "Ilusão", "Ainda Bem", "O Que Você quer saber de Verdade" e a belíssima homenagem a José Datrino, conhecido como Profeta Gentileza, na música "Gentileza". Não preciso falar da grande voz de Marisa e nas suas excelentes canções, preciso? Já o cantor e também (grande) compositor Antonio Villeroy, acaba de lançar o CD Samboleria, que foi feito pelo chamado financiamento coletivo, cujas canções focam no samba e na música latina e que ainda traz boas participações. Para quem não sabe

Villeroy é um dos compositores mais requisitados pelos grandes cantores nacionais, e só com Ana Carolina tem uma dúzias de hits gravados. Robson Candêo escreve para o blog www.blurayedvdmusical.blogspot.com/

Colaboradores

Rio de Janeiro

Bahia

Redação:

Nido Pedrosa, Viviane Marins, Elias Nogueira, Alberto Guimarães, Márcio Paschoal, Robson Candêo, Fábio Cezzane.

Viviane Marins: (22) 98828-0041 (21) 98105-4941 bragaa@gmail.com

Jorge PIloto (71) 98299-5219 / 991718911 / 98647-7625 jorge.piloto@yahoo.com.br

Rua Soldado Ernesto Coutinho, 10 Saquarema / RJ CEP 28.990-000

http://www.youblisher.com/p/186646-Anuario-de-Lojas-de-Instrumentos-Musicais-Discos/

Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.


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