O Roceiro - Julho - Agosto de 2011

CEBs - CPT - PJR

Jul/Ago - 2011

No Testemunho dos Mรกrtires: Terra, ร gua e Dignidade! a

15 ROMARIA DA TERRA -

07 DE AGOSTO - ITAPIPOCA

Palavra do Bispo RUMO AO CINQUENTENÁRIO –- MARCO HISTÓRICO A Igreja Católica entende por Diocese uma “Porção do Povo de Deus confiada a um Bispo, para que a pastoreie em cooperação com o presbitério, constituindo-se uma Igreja Particular, na qual verdadeiramente está e opera a Una, Santa, Católica e Apostólica Igreja de Cristo”.

Assim se constituiu aos 28 de setembro de 1963 pelo Papa Paulo VI a Diocese de Crateús, criada pela Bula “Pro Apostólico”. Seu território foi estabelecido com nove (09) paróquias recebidas da Diocese de Sobral e duas (02) de Iguatu.

A instalação da Diocese, entretanto, só se deu aos 09 de agosto de 1964, visto que no intervalo entre a criação e a instalação houve mudança de Núncio Apostólico no Brasil.

A chegada do 1º Bispo, o inesquecível Dom Antonio Batista Fragoso, aos 09 de agosto de 1964 assinalou o ponto de partida da Diocese, como Igreja plenamente constituída em torno de um “Sucessor dos Apóstolos”.

No cenário internacional havia uma onda de otimismo, motivada pela ideologia do desenvolvimento, ao lado da guerra fria entre Estado Unidos (capitalismo) e Rússia (comunismo). O Brasil vivia o início do golpe militar de 31 de março de 1964, chamado de Revolução, com um acento conservador e favorável ao capital econômico.

A Igreja Católica estava mergulhada em pleno Concílio Vaticano II (1962 - 1965), o maior acontecimento eclesial do século e que despertou grande esperança, pelos ventos renovadores que trouxe. No dizer de beato João XXIII, um “novo Pentecostes”. A palavra de ordem era “atualização”.

Dom Fragoso teve o insigne privilégio de ser “Padre Conciliar”, isto é, bispo que participa de um Concílio. Na qualidade de Bispo Auxiliar, esteve nas Sessões do Concílio Vaticano II nos anos 1962 e 1963. Tão logo feito Bispo Diocesano, tomou parte na 3ª Sessão (1964) e em 1965 da última, que encerrou o Concílio (08/12/1965).

A Diocese teve a graça de receber um Bispo jovem e renovado. Jovem, porque Dom Fragoso tinha apenas 44 anos quando aqui chegou e já era bispo desde 1957. Renovado, porque foi um dos que fez o Concílio! Portanto, foi ordenado bispo, em João Pessoa na Paraíba aos 37 anos de idade! Nascido no Sítio Riacho Verde - Teixeira-PB aos 10 de dezembro de 1920, teve como pais José da Costa Fragoso e Maria José Batista da

Costa. Família de agricultores, mãe professora na cidade, casal profundamente religioso. Dos 6 homens, 3 se tornaram padres e uma mulher, Madalena, foi a única irmã.

A trajetória pastoral do Pe. Fragoso, vai influenciar, sem dúvida o seu futuro episcopado: foi assistente Eclesiástico do Círculo Operário e da Juventude Operária Católica. Seus talentos se revelaram especiais como professor do Seminário da Paraíba, despertando a atenção de Dom José de Medeiros Delgado, então Arcebispo do Maranhão, mas que o conhecia, quando trabalhou em Campina Grande-PB. Aos 30 de maio de 1957 o padre Fragoso, de família pobre e dedicado aos pobres, se tornou Bispo Auxiliar de Dom Delgado até ser transferido para Crateús. No início do episcopado de Dom Fragoso em Crateús, marcado pelos ares renovadores do Concílio Vaticano II, em curso, foi de grande significado. Um jeito novo de organizar a Igreja, de se colocar como bispo junto aos padres, as autoridade e o povo, fez de Dom Fragoso um dos mais notáveis bispos da América Latina e do mundo!

As Comunidade Eclesiais de Base (CEBs) tiveram no seu nascer um promotor entusiasta. Aqueles e aquelas que eram conhecidos em alguns lugares como: “Delegados da Palavra”, “Dirigentes” etc. se tornaram conhecidos(as) aqui como Animadores(as).

A população da Diocese preponderandamente rural (88%) naquela época incitou o coração do Pastor a uma pastoral voltada para os Agricultores, visando sua dignidade e libertação. “Ouvi os clamores do meu povo”!

Leigos(as), Religiosos(as) e Padres de vários países e Estado do Brasil, aqui chegaram atraídos pela fama de Dom Fragoso.

Os arquivos Diocesanos confirmam. Pastor firme e terno, amigo e corajoso, Dom Fragoso marcou para sempre a sua Diocese e granjeou o respeito de todos, mesmo dos que com ele não concordavam! A Ele nossa eterna gratidão! Aos 17 de fevereiro de 1998 se torna emérito e no dia seguinte anunciou o nome do seu Sucessor, nomeado pelo Papa João Paulo II; sucessor a quem dispensou todo apoio! Retirando-se para João Pessoa aos 25 de maio do mesmo ano, ali veio a falecer aos 12 de agosto de 2006 com 85 anos de idade! A Diocese espera trazer um dia para a Catedral os seus restos mortais!

Dom Jacinto Brito - Bispo Diocesano

Cartaz do 13º Intereclesial de CEBs Foi inspirado no traço da xilogravura presente na literatura de cordel e expressão típica da cultura nordestina. No centro, está a cruz do crucificado ressuscitado, de onde emanam as fitas votivas simbolizando a Trindade Santa. Na outra extremidade a Palavra de Deus, experiência concreta de fé e vida. Da cruz emergem também os raios da “terra do sol”. A cruz é plantada sobre o chapéu do romeiro que busca seu abrigo no Pai do céu. Na aba do chapéu encontramos o trem das CEBs, acolhendo o 13º vagão.

Sob esta proteção e mística temos a caminhada do movimento dos romeiros do Reino, homens e mulheres, crianças e adultos, jovens e idosos, trabalhadores e desempregados da cidade e do campo, vocações religiosas e leigas, que unidas ao padrinho Pe. Cícero expressam, em romaria que “gente simples, fazendo coisas pequenas, em lugares não importantes, conseguem mudanças extraordinárias”.

02 Jul/Ago - 2011

Roceir o

A VOZ DAS COMUNIDADES.

Diocese Comissões para o nosso Jubileu

Ir. Emília de Santa Catarina

No dia 09 de agosto de 2014 nossa diocese celebrará seu jubileu: 50 anos de caminhada. O Conselho Diocesano de Pastoral sistematizou e distribuiu as diversas atividades aprovadas em 15 Comissões. Precisamos que você se engaje neste grande mutirão celebrativo. Ingresse em uma ou mais Comissão! Contato: Secretaria Diocesana de Pastoral Ir Mônica Telefone: (88) 3691 2366 (pela manhã). Seguem as atribuições de cada uma das 15 Comissões: 1. Preparar a celebração de abertura do jubileu; 2.

Liturgia; 3. Infraestrutura; 4. Finanças; 5. Divulgação e Comunicação; 6. Pesquisa e Documentação; 7. Peregrinação com a imagem de Nossa Senhora da Conceição; 8. Vocacional; 9.

Assembleia do Povo de Deus; 10. Assembleia das CEBs; 11.

Romaria Diocesana da Juventude; 12. Ações Sociais; 13. Escola Diocesana; 14. 50 Novos Assentamentos; 50 projetos de convivência com o semiárido e distribuição de 50 mudas por comunidades; 15. Construção de 50 casas populares, mutirão e 50 capelas.

Da minha parte estou bem e lembro com saudades de vocês, das comunidades e da CPT. Aprendi muito com a Espiritualidade do povo, da garra, determinação e resistência. Sempre tenho muitos fatos e vivências daí para contar nos diferentes encontros. Como prometi, estou cumprindo, sempre falar bem dos nordestinos. Minha missão é numa comunidade carente, ajudo na conscientização das políticas públicas, nos grupos de reflexão, visitas, encontros. Integro o grupo da Coordenação das CEBs preparando o Encontro de 2012 que será no Maciço do Morro da Cruz e nas comunidades da grande Florianópolis onde se concentra a maioria dos pobres. É nessas comunidades, onde há CEBs, com uma vivência muito forte de lutas, resistência e fé. Para vocês aí do Ceará que preparam o Encontro Nacional das CEBs, muita luz em todo processo. Desejo a cada uma e a cada um a bênção de Deus para sua caminhada.

Permaneçamos unidos. Sua amiga e companheira.

Pe. Alexandre Fonseca

DIÁCONOS A SERVIÇO DA IGREJA

NOVOS PADRES

Diácono Marcos e família - Quiterianopólis

“Eu sou o Bom Pastor” Jo 10,11 A Diocese de Crateús foi agraciada por Deus com três novos presbíteros e com os diáconos permanentes. O ministério ordenado na Igreja, como diz seu nome, tem mera função de serviço: está a serviço do Espírito Santo, do Evangelho e da Eucaristia, presidindo a construção da Igreja local e desempenhando a função de vínculo entre as Igrejas locais, sinal de comunhão entre elas. A Igreja não existe para si mesma, mas para o mundo em vista do Reino de Deus. Ela é sacramento de salvação para o mundo. Sua missão profética situa-se, precisamente, no anúncio do Reino, denunciar o pecado do mundo, exorcizá-lo e interceder pelo mundo. A Igreja está perante o mundo, como uma realidade que não é do mundo, portanto, vem “de fora”, é de Deus a sua origem. A missão da Igreja, comum a todos os batizados, pode ser definida em três termos: profeta Palavra - pregação / rei - Solidariedade - amor / sacerdote Sacramento - liturgia. Essas funções competem a todos os cristãos, é junção do “nós” eclesial. Definem, assim, a práxis da Igreja. A Igreja tem Cristo como Cabeça, e nós somos os membros que constituem o Corpo. A Igreja como todo é a comunidade salvífica. Cada cristão participa dessa missão salvífica na medida em que está unida ao todo. Assim cada um pode e deve pregar o Evangelho. Somos os responsáveis de levar a toda criatura o Deus que é “Caminho, Verdade e Vida” (Jo 14,6).

Precisamos compreender a Igreja como uma comunidade fraterna de iguais. Embora seja constituída de membros com carismas próprios, o Espírito Santo age na diversidade (1Cor 12;

Roceir o

A VOZ DAS COMUNIDADES.

Diácono Chagas e família - Novo Oriente

Diácono José Vilmar e família - Crateús

Diácono Manoelzinho e família - Parambu

Rm12). Ele não é Espírito de uniformidade, mas de unidade na diversidade. Dentre os carismas, há um que é o da direção (1Cor 12,28), a função de presidir que cuida da unidade na diversidade de carismas. É um serviço em função dos outros serviços e carismas. Tal é o carisma ministerial. O ministro, portanto, deve assegurar a Igreja na unidade, na comunhão fraterna entre irmãos e irmãs que desejam estar em união íntima com Deus.

Enoque Fernandes - Seminarista em Belo Horizonte - MG

Jul/Ago - 2011 03

Diocese Ir. Lemos de Fortaleza

Minha vida é andar por esse país

Quero parabenizar a todos que fazem o Roceiro, pela perseverança no trabalho, pela insistência em procurar receber as notícias e espalhá-las entre as famílias, pelo bem que conquista e animação que transmite às comunidades e a tantas pessoas.

E, enviar-lhe uma notícia nossa, daqui, onde moramos.

Completou 8 anos que saí da Diocese de Crateús. Mais de 4 anos morei no bairro Granja Portugal . Por falta de companhia, tive que deixar Granja e vir fazer parte da comunidade da Vila União, Rua Tianguá, 1027 (CEP 60.410-560). Somos 5 companheiras, uma das quais é a Ir. Siebra. Temos muita alegria em receber amigos (as). Começamos reunir pessoas da nossa rua, durante a quaresma para tratarmos do grande problema que atinge a ecologia e refletirmos sobre o que podemos fazer. Depois disso, resolvemos continuar nos reunindo nas famílias para celebrarmos o mês de maio. Foi muito bom. Foram momentos fortes para nos conhecermos melhor, estreitarmos a amizade e refletirmos sobre a nossa vida, o nosso papel de cristãs e cristãos na sociedade. Mas não parou no mês de maio. E quanto a mim, acompanho uma pequena favela que fica aqui próximo. É muito diferente acompanhar comunidade do interior e famílias faveladas, muitas vindas de outras favelas, quando o interesse maior era conseguir um rancho para morar. Mas estou tentando fazer amizade que gere confiança e aos poucos nos reunimos para rezar.

As Equipes de Administração das comunidades de Tauá se reuniram Sábado, 28 de Maio, pra avaliar sua atuação na comunidade, utilizando como subsídio o encarte do último Roceiro. Cada comunidade trouxe: - O nome das pessoas que compõem a Equipe de Administração da Comunidade, a data em que a Equipe foi escolhida e a data em que será renovada.

- A cópia do documento da capela e dos outros imóveis da comunidade; - A cópia da Lista dos Bens da comunidade; - O Livro de Caixa da comunidade; - A pasta com os recibos e notas fiscais; - O valor do saldo da comunidade e onde é guardado; - O número de dizimistas.

- A lista das necessidades mais urgentes da comunidade que vão ser enfrentadas nas próximas campanhas financeiras.

Em ocasião da prestação de conta das Festas das capelas, surgiram algumas duvidas sobre a destinação dos recursos das promoções realizadas durante a festa, em particular no que se refere aos 15 % que está sendo repassado para a diocese. A discussão chegou às rádios, para onde a Paróquia repassou uma nota de esclarecimento e o Encarte do Roceiro para os radialistas.

Passei 40 dias na Alemanha. Fui e voltei! Graças a Deus, digo, foi uma bênção. Alegrou-me reencontrar as pessoas amigas, de lá. Conheci outras. Encontrei-me com grupos e pessoas individualmente, que partilharam comigo, as suas experiências de trabalho dedicado ao bem da vida. Encontrei com quem cuida de pessoas doentes terminais de câncer, oferecendo-lhes a possibilidade de morrer com dignidade. Visitei uma entidade que acolhe pessoas portadoras de deficiência mental ou física e que trabalham em oficinas de produção de equipamentos que são comercializados no mercado da cidade, restaurando, em cada uma dessas pessoas, a dignidade humana e a capacidade de participar da construção de relações com a sociedade. Um padre ajuda com a orientação pastoral, religiosa e lamenta: "Depois de mim não virá mais nenhum padre para cá”. Estive, em visita, no escritório de uma entidade que acompanha jovens que usam drogas. Como aqui no Brasil, lá este desafio é muito sério e preocupante. Ainda, estive com a Equipe que coordena o Instituto de Teologia e Política da cidade de Münster. Espetacular! Teólogos(as) leigos(as) que estudam, refletem e colaboram para que a força do dinheiro, da injustiça, da exploração, não tomem o lugar de Deus. É claro que tive a oportunidade de passear, de conhecer lugares lindos. Mas, a marca maior desta viagem foi ser envolvido pela fraternidade generosa e humana das pessoas que me acolheram por lá. Voltei já nos primeiros dias de junho e, o resto desse mês, ficarei aqui mesmo em casa de meus pais. Quero ter a alegria de ver de perto a beleza das festas juninas, do jeito próprio de Pernambuco. Por sinal, domingo passado, festa de Pentecostes, lembrei tanto do vocês aí, mas vivi uma experiência diferente. À noite, com pessoas amigas, fui a Recife e, em meio a uma apresentação folclórica, o Maestro da orquestra que se apresentava em praça pública, falou que no dia anterior passara pela cidade de Palmares que havia sido devastada pelas águas das enchentes e ele dizia: "a cidade está arrasada. Nós estamos aqui, alegres, nos divertindo, mas não podemos esquecê-los, são nossos irmãos. Convido vocês para fazerem o que os macumbeiros fazem, os católicos fazem, os evangélicos fazem, todas as religiões fazem: vamos rezar um Pai Nosso por essas pessoas que estão sofrendo e, amanhã, peguem roupas, panelas, comidas, tudo o que vocês têm em casa e pode ser oferecido.

Entreguem nos postos de coletas de doação, pois o povo de lá precisa muito." Aí, todos rezamos. E eu disse aos que estavam comigo: “um jeito diferente e concreto de celebrar a Festa de Pentecostes. Sem nenhuma organização promovida pela Igreja, pessoas diferentes, falam a mesma língua e são impulsionadas a restaurar a vida dos mais pobres, em sua dignidade, por meio de um gesto solidário de amor”.

Paróquia de Tauá

Pe. Géu

Os bens da Comunidade

Plano da articulação das CEBs Estamos enviando esta pequena colaboração para o plano das CEBs, como nos comprometemos na última reunião: 1. Preocupar-se com a vida dos agricultores, no momento da colheita, tendo como armazenar e valorizar sua produção e vender no momenRECEBER O INTERECLESIAL to oportuno. 2. Incentivar a pessoa a conscientizar-se, ter um olhar crítico para os problemas NO CEARÁ É COMPROMISSO que atinge a natureza, o descaso do poder público, na questão dos esgotos e lixo que traz DE VIDA NOVA PARA CEBs como consequência a doença e destrói a vida. 3. Resgatar e motivar a festa da colheita.

CEBs de Ipaporanga

04 Jul/Ago - 2011

Roceir o

A VOZ DAS COMUNIDADES.

Cartas Boa participação

Festa de Nossa Senhora

Celebramos 9 noites de novenas de São José e foram arrecadados R$ 90,00. Houve uma boa participação de jovens, crianças e adultos. As novenas do mês de Maria, também foram bem participadas e fizemos um dia de comes e bebes. Está marcada uma missa na comunidade, no mês de julho. Nos dias de sábado, Adelaide e Gildo acompanham 22 crianças que participam do catecismo para a 1ª Eucaristia e nos domingos temos uma turma grande que se prepara para Crisma, coordenada pela catequista Tonha.

Na ultima semana do mês de maio, celebramos nossa mãe Maria com o tema: "Todas as nossas senhoras são a mesma mãe de Deus". A cada dia ao meio dia era rezado o terço na casa de uma família, e a noite aquela mesma família junto com os devotos levavam em procissão até a igreja uma imagem de nossa senhora, uma imagem diferente a cada dia, em seguida era rezada a novena e depois sempre tinha alguma coisa para ser vendido na barraca. Encerramos as festividades do mês mariano com a coroação de Maria que foi feita pelo grupo da catequese numa novena bem bonita, animada e participativa.

Agradecemos Maria por mais essa oportunidade e que ela possa está abençoando todas as nossas famílias.

Adelaide e Gildo - Ingá - Tauá

O Espírito que dá força Celebramos o mês de maio, com partilha todos os sábados, encerrando com a coroação de Nossa Senhora. Na semana do meio ambiente, com a escola, grupos de estudantes foram às casas das famílias, visitando e motivando para recolher resíduos jogados na natureza, ao redor de nossas casas. No dia de Pentecostes, fizemos uma caminhada luminosa passando por todas as casas, juntando o pessoal na direção da capela. À frente, um grupo com símbolos dons do Espírito com seu significado. Na capela, realizamos uma boa celebração, pedindo que Deus renovasse em nós os seus dons, para perseverarmos em nossa missão.

Ana Gonçalves, Palestina - Independência

Maio com Maria em família Festejamos o mês mariano com muito fervor e alegria, com a participação de crianças, jovens, adultos e idosos. Cada pessoa levou o que é mais importante na vida de um cristão: a fé e o amor. O andor de Nossa Senhora acompanhou as novenas de casa em casa num clima de muita festa e animação. Foi um mês de paz, amor, respeito. Contamos com a participação de vários visitantes de outras comunidades, principalmente no dia 30 que foi o dia de nossa coroação. Apesar de ser a primeira vez que fizemos os novenários, foi simplesmente encantador.

Fazíamos as novenas e rezávamos o terço. Houve até a participação das crianças vestidas de anjo ofertando a virgem Maria nossa mãe, o terço é sinal de força, as flores sinal de alegria e pureza e o coração sinal de amor. A comunidade ofertou a fé que é sinal de vida. Só temos que agradecer as pessoas que participaram das novenas, a Deus e nossa Senhora.

Diego - Baixio - Quiterianópolis

Mês de Maio Em nossa comunidade celebramos o mês de maio com muita animação e participação das famílias. Celebramos nas casas das famílias e nos sentimos bem fortalecidos com esse momento forte de alegria, junto com a presença de Nossa Senhora no meio de nossa caminhada. No dia 31 de maio fizemos uma bela coroação de Nossa Senhora com símbolos naturais, que foram usados durante o mês, com os grupos de jovens, adultos e crianças. Em procissão, eles chegaram e ficaram ao lado da imagem de Nossa Senhora, em seguida uma criança coroava a imagem enquanto cantávamos. Foi um momento fervoroso de muita alegria, muita fé e devoção a Nossa Senhora, agradecemos a Deus por tudo de bom que realizamos na nossa caminhada.

Aparecida - Comunidade de Carão - Tamboril

Firmes e fortes na Comunidade Em nossa comunidade a celebração das novenas no mês de maio, nesse ano, foi especial. Tivemos um grupo maior nas preparações, e também foi vivenciado de forma bastante viva, envolvendo crianças, jovens e adultos. Concluímos com uma linda coroação de Nossa Senhora e ficamos todos felizes e fortes na caminhada de nossa comunidade.

Cleidiana e Claudiana - Água Fria - Tamboril

Grupo do dia 13

Elenice e Damião - Queimadas – Tamboril

Festejando a Mãe de Jesus Festejar o mês mariano para nós é um tempo de oração, de visitas às famílias e ao mesmo tempo fazer missão. É tempo de fazer com que as pessoas se sintam convidadas a conhecer melhor Jesus, a ter um compromisso de escutar a palavra de Deus e por em pratica os ensinamentos que aprendemos com o exemplo de nossa mãe Maria. Em nossa cidade foram uns 40 grupos de rua que se reuniam com essa finalidade. Envolvemos crianças, jovens, adultos e pessoas idosas que, com alegria, participavam e acolhiam as pessoas em suas casas para a celebração que sempre terminava com uma partilha. Encerramos o mês fortalecidas/os pelo Espírito Santo, com tantas coisas boas e bonitas que ouvimos e experimentamos. É com essa alegria que começamos a preparar a festa de nossa padroeira.

Foi com muita louvação e devoção que o Grupo do dia 13 do Tauazinho assumiu as novenas do mês de maio que foram realizadas nas casas de várias famílias do bairro, encerrando no dia 29/05 com a Santa Missa e a coroação de Nossa Senhora na Capela de Santa Luzia juntamente com os bairros COHAB, Meireles. Que a nossa devoção a Maria Santíssima ajude-nos a vivenciar o compromisso com Jesus, espelhando-se e aprendendo com suas atitudes de maneira comprometida, alegre e que seja guia, luz e fermento para a nossa comunidade.

Helena - Independência

Eulália - Tauazinho - Tauá

Roceir o

A VOZ DAS COMUNIDADES.

Jul/Ago - 2011 05

Cartas Dona Madalena: 100 anos

No dia 12 de maio, a comunidade reunida celebrou o centenário de vida de Dona Madalena. Ela nasceu no dia 11 de maio de 1911, em Ipu e veio morar em Nova Russas, em 1934.

Aos 22 anos de idade casou-se com Raimundo Nonato da Silva.

Nasceram 6 filhos, 22 netos, 39 bisnetos e 12 tataranetos. Dona Madalena, mulher de muita fé e dedicação à Igreja, é uma grande animadora e missionária na comunidade, da qual foi coordenadora e só se afastou por limitações de saúde. Hoje continua como testemunho vivo, como raiz forte e profunda a animar e fortalecer a vida da comunidade. Rendemos graças a Deus pelo dom da vida de Dona Madalena. Que Nossa Senhora a cubra com seu manto de paz, saúde, proteção e amor!

Bairro Subestação II - Nova Russas

Chá de mulheres Aconteceu no dia 22 de maio, no Rutilo Esporte Clube, de Independência, o 9º Chá, com o tema: “Um Chá na Roça”.

Fizemos um resgate da nossa cultura, valorizando todas as mulheres que trabalham a terra, com carinho, estimulando os homens agricultores. Vimos que a mulher está contribuindo, em todo o Brasil, e, de muitas formas, para tornar o Brasil mais justo e humano. Fizemos uma ornamentação simples, com as coisas da roça: milho, chapéus de palha... Contamos com mais de 500 mulheres. A coordenação e todos os trabalhos foram encaminhados por um grupo de 39 mulheres, que hoje é uma Associação de Mulheres. A arrecadação foi destinada à sustentação de nossa paróquia: uma contribuição para a pintura da igreja, preparandonos para a festa de Sant'Ana. A Coordenação do chá - Independência

É missão de todos nós

Festa de Santo Antonio no Orkut Glorioso Santo Antonio, grande amigo do Senhor, escutai nossos pedidos, sede nosso protetor. A cada noite nos alegramos com um grande número de devotos, com a participação das comunidades vizinhas, nesse encontro que nos irmanou. Oração da manhã, caminhada até o açude e o cruzeiro da serra, café comunitário, queima de fogos, o novenário, procissões luminosa, animação dos cantos, a participação de muitas pessoas da comunidade, 1ª Eucaristia, Santa Missa, os bingos, mutirão para arrecadar donativos, foram de grande importância para a vivência desse tempo, o nosso muito obrigado a todos. "Agora nos sentimos bem fortes pra lutar, a vós nos unimos para o amor testemunhar, Santo Antonio por nós olhai..." Acompanhe nossa comunidade pelo Orkut capelasantoantoniocacimbas@hotmail.com.

Temos todas as fotos desses momentos de alegria.

Comunidade Cacimbas - Tamboril - CE.

Vigília de Pentecostes Aconteceu na noite de 11 de junho muito bem participada por jovens, catequistas animadores e pais. Refletirmos sobre os dons do Espírito Santo em nossa vida quando percebemos a presença de Deus em nosso meio. Dia 12, continuamos, a nossa reflexão participando do estudo sobre o sacramento da crisma com o tema “Confirmados, no Espírito para partilhar a justiça.”

Agradecemos a Deus por esses momentos que, nos reunimos para refletir sobre a ação do Espírito Santo agindo em nós e em nossas comunidades.

Independência

Jardim mais florido A festa da colheita foi bem animada. Muita gente da região participou, durante o dia, de um estudo de Liturgia - das comunidades de São Joaquim, Várzea da Cacimba, Irapuá, Morro Agudo, Riacho Verde, Mulungu e Jardim. No final da tarde tivemos a missa da festa da colheita, partilha das comunidades de Jardim e São Joaquim, com o jantar para todas as pessoas. O mês de maio foi, também, muito animado, contando com a participação de muitas pessoas. Os jovens assumiram junto com os adultos, inclusive com instrumentos musicais. Como as casas são muito espalhadas, fizemos todo o festejo no prédio escolar, que fica no centro. Só a última noite foi na casa de uma família.

Quase todas as noites, tivemos partilha. Todas as pessoas gostaram muito.

Ponciano - Jardim - Independência

Nós animadoras/es da região de São Joaquim, estamos vivenciando, este ano, uma nova experiência, que vem nos enriquecendo muito, fortalecendo nossa fé e nos animando para a caminhada. Desde março, começamos visitas missionárias.

Cada mês visitamos uma comunidade. Já fomos a 4, sempre com o objetivo de conhecer melhor cada família, a realidade da comunidade, trocar experiência, e, a partir daí, estimular para uma maior participação, enfrentamento das necessidades.

A cada visita uma nova surpresa. É como se ressurgíssemos diante de algumas dificuldades que animadoras/es encontram. Não tem como descrever os nossos sentimentos e todo o êxito da visita, mas não poderíamos deixar de falar que, através das mesmas, nós fazemos uma unidade na região que se fortalece a cada dia.

Leio sempre com muito carinho tudo que me chega em mãos da diocese. Meus 20 anos de caminhada junto a vocês foram uma experiência que transformou a minha vida e me ajudou a resignificar o sentido da Vida Religiosa. Sou sempre muito agradecida por tudo que me ensinaram. Aprendi muito na convivência, na partilha e no testemunho de vida de cada um(a) de vocês. Aqui em João Pessoa eu estou bem. Continuo os meus trabalhos no bairro, junto aos idosos e mulheres e na Secretaria de Saúde. Sou a responsável pela formação e acompanhamento dos Terapeutas Comunitários, envolvendo as Equipes de Saúde da Família. É um trabalho muito gratificante. Quem quiser nos visitar sinta-se convidado(a). Meu abraço amigo.

Leidiana e Marlúcia - São Joaquim - Independência

Ir. Ana Vigarani - João Pessoa - PB

06 Jul/Ago - 2011

Ir. Ana Vigarani

Roceir o

A VOZ DAS COMUNIDADES.

Cartas Testemunha da Catequese com adultos

Usar o mel na alimentação Associação dos apicultores com os/as camponeses/as queremos partilhar com vocês o que aconteceu nos dias 16 a 18 de maio, tivemos uma oficina de culinária de mel na comunidade de São Jerônimo. Tivemos a assessoria do SEBRAE na pessoa de Cristina, o curso teve como objetivo sensibilizar os produtores e criadores de abelha a utilizarem o mel na alimentação na fabricação de bolos, biscoitos, usar na carne além de aproveitar como remédio. O curso contou com a participação das comunidades de Brilhante, Santa Cruz, Várzea Alegre, assentamento Floresta, Novo Juazeiro e São Jerônimo Francisco (apicultor) - São Jerônimo – Independência

Grupo de jovens Tudo começou assim: Cristina chamou 3 pessoas, começando dentro de casa, para criar um grupo de jovens.

Cristina pediu que cada um dos 3 convidasse um amigo, mas eles convidaram cinco pessoas. Começamos o nosso grupo com poucos jovens, mas agora já somos 42. Têm encontro todos os sábados. É muito bom. No começo fomos muito criticados.

Mesmo assim, ficamos firmes, vencemos essas críticas. A graça de Deus nos ajudou muito! O grupo foi criado no dia 20 de março.

O nome do grupo é: “Caminhando e cantando em busca de paz”.

Cristina - Poço Cercado - Parambu

Crisma de 100 adultos na fé

Bela, João, Antônia: Estamos encerrando o primeiro grupo de catequese de adultos, com muita alegria e satisfação.

Foi muito bom participar do grupo “Chamados por Deus”.

Aprendemos muito. Todos sempre dão seu depoimento. Não da para colocar de todos, escolhemos alguns. Esperamos que o testemunho de quem está concluindo sirva de motivação para os que sendo convidados no bairro queiram se inscrever.

Francisca: Quando eu recebi o convite não para participar da catequese de adultos fiquei muito feliz, porque senti que Jesus estava me chamando para aquele momento de benção.

Chegando na Igreja Nossa Senhora do Rosário, quando Padre Maurício falou: “Venha, Jesus está chamando para ser seu discípulo” senti Jesus no coação. Ao longo de toda minha vida, Jesus me abençoou com suas graças, mas depois daquele dia, ele só aumentou minhas graças. Obrigado, meu Deus, por tudo.

Gostaria de agradecer aos meus catequistas: Bela, Antônia e seu João.

Edilson: Eu senti que ganhei muita força principalmente na hora da minha cirurgia. Foi ótimo não sentir nada. Aprendi muito com o grupo.

Cosma: Antigamente não lia a Bíblia. Agora a leio.

Participo da legião de Maria. Falo mais; antes não falava muito.

Antonio Costa: Eu aprendi muito com o grupo. Não sabia cantar salmo. Sempre tinha vontade e agora aprendi. Estou feliz.

Bezerra e Sousa - Tauá

17ª Grito Dos Excluídos e Excluídas “Pela vida grita a terra, por direitos todos nós, Grita povo excluído ninguém cala a nossa voz” Companheiros e Companheiras das diversas paróquias e comunidades de nossa Diocese, esse ano irá acontecer o 17º Grito dos excluídos e excluídas com o tema “Pela vida Grita a terra por Direitos todos nós”. Com mais esse grito pela vida queremos convidar a sua paróquia, comunidade e grupos para começar a pensar e planejar esse momento do exercício da cidadania e culminar no dia sete de setembro por ocasião do dia da “Independência do Brasil”. Precisamos ecoar os diversos desafios que impedem nossa gente de viver com dignidade como é o projeto de Jesus para todos e todas nós quando diz :“Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância”.

Planeje, organize e vamos as ruas com o intuito de defender e promover a vida em todos os seus aspectos.

No dia 30 de junho dom Jacinto crismou um grupo de adultos na idade e (se Deus quiser) adultos na fé. Representam pouco menos da metade dos que participaram dos grupos de catequese de adultos nas comunidades dos bairros de Tauá.

Esse último período proporcionou intensos momentos de reflexão e oração. Uma bonita vigília de Pentecostes, junto com as CEBs, os grupos de catequese, dos jovens, dos casais, da Legião de Maria, dos Amigos do Terço e da Infância Missionária e um retiro na manhã do dia de Corpo de Cristo, além dos encontros semanais de costume.

A proposta é que cada pessoa se engaje na comunidade do seu bairro, integrando, quanto for possível, uma pastoral e que continue o aprofundamento bíblico participando de um grupo de Amigos da Bíblia. Nos bairros e nas comunidades do interior estamos buscando criar novos e mais numerosos grupos de catequese de Adultos.

Pe. Eliésio convocou para uma reunião, leigos engajados em pastorais e movimentos para escolher dentre eles, membros para compor Conselho de Assuntos Econômicos Paroquial, cuja escolha se deu por votação. Os eleitos foram apresentados pelo Pároco ao Bispo que os nomeou, para um mandato de três anos. O Dízimo já existia desde 1994. Inicialmente era denominado “domingo da partilha”. Depois foram cadastrados os dizimistas que receberam carnês para devolução do Dízimo. Após a implantação da pastoral a coordenadora formou uma equipe de trabalho e tem-se empenhado para treiná-la. Na Igreja Matriz foi criado o cantinho do Dízimo e aos finais de semana funciona o plantão do Dízimo. Houve incremento nas receitas. Um abraço pela equipe da Pastoral do Dízimo.

Coordenação da Catequese de Adultos - Tauá

Antônia Mano de Carvalho - Ipueiras

Roceir o

A VOZ DAS COMUNIDADES.

Adriano - Cáritas Diocesana.

Dízimo na Comunidade

Jul/Ago - 2011 07

Cidadania A Nossa Capa A Romaria da Terra que será realizada em Itapipoca no dia 7 de agosto é capa deste número do Roceiro. Itapipoca é terra de mártires na luta pela terra, água e direitos! O Mandacaru mostra a resistência dos trabalhadores do Ceará e a terra manchada de sangue cria vida nova pelas mãos da mulher que cuida da horta, da mandala, da cisterna... Na Galeria de Fotos estão recolhidas imagens de momentos importantes das lutas dos trabalhadores: a Romaria da Terra realizada em Crateús, a ocupação do 1º de Setembro em Tauá, a Assembleia dos Assentamentos de Pocinhos, um piquete na BR 020...

Trabalho escravo A Empresa Esperança Agropecuária que já estava na "lista suja" do trabalho escravo desde 2010 foi, pela terceira vez, flagrada, utilizando mão de obra escrava. A empresa é do grupo Edson Queiroz do Ceará, dono da Unifor, da água Indaiá e Minalba, da TV Verdes Mares e TV Diário do Nordeste e de empresas de reflorestamento, piscicultura. Os fiscais foram na fazenda Entre Rios que cria gado para corte, localizada em Maracaçumé-MA onde resgataram 16 trabalhadores, sem carteira assinada, que atuavam no roço e na aplicação de agrotóxicos. Os trabalhadores, aliciados por um "gato", estavam acumulando dívidas apesar de estar trabalhando a cerca de um mês. Alojados em um barraco de tábuas de madeiras podres, coberto de telhas de barro e zinco viviam em péssimas condições de higiene e os galões de agrotóxicos eram armazenados próximos aos alimentos.

Bebiam água retirada de um poço e na frente de trabalho do roço tomavam água das grotas utilizadas pelo gado.

Trabalho Infantil Os dados mais recentes do IBGE apontam que, em 2009, o Ceará mantinha 293 mil crianças e adolescentes (5 a 17 anos) em situação de trabalho. No País, o número chega a 4,25 milhões de meninos e meninas explorados precocemente em sua força de trabalho. O Ceará está em 5º lugar no ranking nacional.

Idosos: O Ceará está envelhecendo!

O Ceará tem 1,063 milhão de idosos. A população de idosos com 60 anos ou mais no Ceará aumentou 61% em dez anos. Pelos dados do Censo 2010 são 1 milhão, enquanto em 2000 eram 658 mil. Desses 887 estão acolhidos em instituições de longa permanência para idosos que sãos somente 30 em todo o estado e não tem capacidade de receber os idosos que precisam de um local de abrigo. Cresce a violência contra o idoso de 2006 para 2010: em 2006 as Promotorias registraram 5 denúncias de violência psicológica, em 2010 foram 199; e 64 casos de abandono.

08 Jul/Ago - 2011

Quase 10 mil crianças sem registro No Ceará, 9.825 (cerca de 1%), crianças ainda não possuem registro de nascimento. Destas, 7.471 estão na faixa etária de zero a três anos, e 2.354, de quatro a dez anos de idade. uma das principais razões da ausência de certidões de registros civis é a falta de comprovação de paternidade. a maioria das mães prefere não fazer o registro, porque não quer que conste, no documento do filho, a palavra "solteira”.

Nesse casos a mãe deve registrar no cartório o nome do suposto pai e explicar para o tabelião a situação. Diante disso, o cartório encaminha o registro para o juiz que irá convocar o "pai" a fazer um exame de comprovação de paternidade.

Juventude rural Nesse tempo estamos começando a receber os resultados das pesquisa do IBGE realizadas no ano passado. Quase metade da população rural hoje possui menos de 24 anos. São 10 milhões de jovens rurais, 4,5% do total de jovens do país.

Apesar desse alto percentual de jovens, a população do campo está envelhecendo: mulheres de 15 a 19 e homens, com idade entre 20 e 24 anos, têm optado por migrar para áreas urbanas.

Por trás dessa escolha há inúmeros fatores: 29,5% dos jovens pobres do país estão na área rural.

Os adolescentes da área rural têm quatro vezes mais possibilidade de serem analfabetos do que os da área urbana.

Em 2000, dos 1,1 milhão de adolescentes analfabetos mais de 1 milhão vive no campo, é do sexo masculino e está entre 10 e 14 anos. Dos jovens rurais, apenas 8,36% frequentam escolas. O nível escolar do jovem rural é 50% inferior ao do jovem urbano.

9% dos jovens rurais são analfabetos. Apenas 9% dos professores do campo são formados em universidades e o salário dos professores na zona rural é quase metade daqueles que trabalham em áreas urbanas. Em 2009, apenas 4,2% dos universitários do país eram jovens rurais.

Crianças e adolescentes Pelos dados do IBGE (2010) existem no Brasil 132. 033 domicílios que tem como chefe de família uma criança e adolescente entre 10 e 14 anos. A violência domestica é o principal motive que leva crianças e adolescentes às ruas. Cerca de 70% das crianças que dormem na rua foram violentados dentro de casa (32,2% tiveram brigas com pais ou irmãos, 30,6% foram vítimas de violência física e 8% sofreram abusos sexuais). Entre os adolescentes de 7 a 14 anos de idade, 51% estão for a da escola e o 38% vivem em situação de pobreza.

Em 1998 foram registrados mais de 27 mil nascimentos de mães com idade entre 10 a 14 anos. Em 2008 este número subiu para 28.000. A maioria das meninas foi vítima de abuso sexual ou de exploração sexual comercial.

Analfabetos no Ceará é de 18,8% No Ceará, do total de 6.264.131 pessoas com 15 anos ou mais, 18,8% são de analfabetas. Em Fortaleza, 7%; no Nordeste 19,1% e no Brasil, o percentual atinge 9,6%. Ararendá 38,9 Crateús 32,4 Independência 35,3 Ipaporanga 40,7 Ipueiras 36,6 Mons. Tabosa 34,1 Nova Russas 33,2 Novo Oriente 44,3 Parambu 43,9 Poranga 44,1 Quiterianópolis 38,3 Tamboril 37,7 Tauá 36,5.

Roceir o

A VOZ DAS COMUNIDADES.

CF - Água - Meio Ambiente Caminhada Ecológica

Mata atlântica no Ceará

O trabalho da Campanha da Fraternidade nas escolas, coordenado pela Pastoral da Educação e a Pastoral Familiar, culminou com uma Caminhada Ecológica no inicio da Semana do Meio Ambiente. Percorremos algumas ruas da cidade, finalizando no Centro Pastoral onde podemos contemplar o cuidado com a natureza. Cada escola apresentou de forma criativa o projeto trabalhado ao longo da Quaresma: A escola Jerônimo Alves: sinais de morte no açude Falcão. Também, seu apoio aos quintais produtivos, envolvendo alunos e professores.

A Abigail Marques: tratou do reflorestamento, mostrando através de cartazes, faixas e mudas o que é reflorestar. A Maria do Carmo Cardoso: trabalhou a coleta seletiva do lixo. A José Ferreira mostrou a situação do rio Cupim, fazendo um apelo para uma ação urgente em melhor cuidar e preservar o nosso rio.

O Ginásio Santana: enfocou a arborização. A Pequeno Príncipe: os males causados pelo lixo jogado no meio em que vivemos e o tempo que ele leva para se decompor. A Coração de Maria tratou da poluição e da coleta seletiva do lixo em recipientes apropriados. A Maria Júlia: sensibilizou a comunidade para práticas de convivência com o nosso semiárido. Por fim, vimos que é possível tornar espaços degradados em ambientes acolhedores, com beleza natural, produção de frutas, vegetais que curam. Acreditamos que, com essa atividade fortaleceu-se em nós todos/as a consciência em cuidar da vida e do planeta.

Restou pouco, mas a Mata Atlântica remanescente no Ceará continua sendo destruída. De acordo com estudo divulgado pelo Inpe) e Fundação SOS Mata Atlântica, em oito anos (20022010), 188 hectares do bioma foram desmatados no Estado.

O município líder na devastação é Viçosa do Ceará, com 74 hectares a menos de Mata Atlântica. A cidade fica na região da Serra da Ibiapaba, que junto com as serras de Guaramiranga e Monsenhor Tabosa ainda abrigam áreas remanescentes do bioma no Ceará.

Apenas desmatamentos maiores do que três hectares -o equivalente a 3,6 campos de futebol - são registrados pelas imagens do satélite. De seis estados nordestinos, Ceará é o terceiro em devastação da Mata Atlântica. Fica atrás de Pernambuco e Sergipe, 253 e 224 hectares devastados respectivamente

Preservação do Ambiente

Pastoral da Educação - Independência

Agrotóxicos em Novo Oriente O Promotor de Novo Oriente Marcos Augusto Brandalise, promoveu, dia 03 de junho, uma audiência pública tendo como tema “Meio Ambiente: Efeito do Agrotóxico - Situação atual e perspectivas na cidade de Novo Oriente” com o objetivo de conscientizar a população da importância da preservação do Meio Ambiente, enfatizando os efeitos negativos dos agrotóxicos, buscando soluções para eventuais problemas já existentes no município em decorrência do uso e alternativas para evitar esta prática. O encontro contou com a presença de representantes da Semace, Adagri, Ibama, Ematerce e Ministério da Agricultura, além de autoridades locais, associações interessadas e população em geral.

A EEIF Raimundo Gonçalves Maia, situada a 15 km da sede do município de Tauá preocupado com os graves problemas ambientais, desenvolveu um trabalho de conscientização para a preservação do meio-ambiente. São abordados e trabalhados nas salas de aula, temas que interceptam os mais diversos assuntos relacionados ao meio-ambiente, como, lixo, água, desmatamento, queimadas erosão entre outros. Culminamos todas as atividades realizadas na escola, em passeatas ecológicas e debates.

Aterro sanitário ou lixão?

Um dos temas priorizados pela coordenação da CF de Tauá foi: O lixo. Uma linha de trabalho foi incentivar cada entidade envolvida a assumir um compromisso concreto para retirar do lixo, uma destinação apropriada, uma “riqueza”. A paróquia ficou de realizar oficinas sobre reciclagem de garrafas PET e sabão, a partir do óleo utilizado; o colégio Antonio Araripe de recolher papel; o CRAS de encontrar um destino para as pilhas usadas... Outra frente de trabalho foi visitar o aterro sanitário que esta sendo usado como um grande lixão. Uma comissão foi fazer uma visita, redigiu um relatório apontando alguns passos para superar as dificuldades, entregou o documento à prefeitura, vereadores, ministério público. Está também em estudo a redação de uma proposta de Lei de iniciativa popular para que a gestão seja ecologicamente correta e chegar a eliminar a utilização de sacolas de plástico.

Coordenação da CF – Tauá

Roceir o

A VOZ DAS COMUNIDADES.

Jul/Ago - 2011 09

Trabalhadores Seminário sobre a mineração Aconteceu em Tauá nos dias 15 e 16 de junho com agentes de pastoral, lideranças sindicais e representantes de comunidades atingidas por empreendimentos de mineração dos municípios de Quiterianópolis, Novo Oriente, Independência e Tauá e as comunidades atingidas pelo Lago de Fronteiras em Crateús. Os representantes de cada comunidade tiveram a oportunidade de colocar as consequências sobre o ambiente, a saúde e as relações sociais com a chegada das mineradoras. Foi criada uma coordenação regional para articular as iniciativas de visita, assessoria e apoio as comunidades atingidas em cada município. Contamos com a assessoria de João Alfredo, advogado ambientalista, sempre solidário com às causas populares que apresentou a legislação relativa ás atividades de mineração e às possibilidades de defesa para o movimento popular.

CPT de Crateús

Escola Camponesa Nos dias 27, 28 e 29 de maio, a comunidade de Brilhante, teve o prazer de receber os/as participantes da 1º módulo da Escola Camponesa do ano, que reuniu gente de Crateús, Tamboril, Novo Oriente e Independência.

Naqueles dias, discutimos assuntos ligados à agroecologia e à recuperação do solo, insetos que atacam as plantações e provocam doenças quando elas estão fracas, trazendo prejuízos à lavoura. Na parte prática: fizemos canteiros o composto orgânico, plantio de mudas e defensivos naturais.

Na alimentação, degustamos produtos orgânicos vindos da própria comunidade e da EFA Dom Fragoso. Também, foi muito importante o envolvimento da comunidade que acolheu as pessoas em suas casas, preparou a comida gostosa, partilhou do seu alimento, ajudou na animação.

Juntos, tivemos alguns momentos celebrativos e de animação, muito bons. Ficamos felizes!

Hugo Melo - Independência

Mineradora Globest é multada

A Semace multou em R$ 64.300 e embargou a empresa Globest que extraía e beneficiava minério na Serra do Besouro Quiterianópolis. A operação resultou em quatro autos de infração porque foi detectado um desmatamento sem autorização em uma área de 17,61 hectares, dos quais 400 m² estavam dentro da Área de Preservação Permanente de um açude localizado em uma propriedade vizinha à empresa. As lenhas e toras oriundas do desmatamento irregular estavam sendo armazenadas, também, sem autorização. Foram encontrados aproximadamente 111 metros de lenha e 1,94m³ de tora. Toda a madeira foi apreendida. Outra irregularidade encontrada pela equipe da Semace foi a área que a Globest estava operando. Tinha licença de extração do mineral para cinco hectares, mas a atividade esta sendo desenvolvida em mais 13 ha.

Assembleia da PJR Vai ser realizada em Crateús de 1 a 3 de julho, precedida pelas Assembleias dos Jovens da Roça de cada paróquia. Já temos notícias de Assembleias paróquiais animadas e com grande participação de jovens em Independência, Quiterianópolis e Tauá.

povo unido tem forças, para lutar Festa da Um Por isso, juntos, viemos comemorar.

Colheita O padre veio pra Santa Missa rezar (Na voz da “Asa Branca”) Na festa da colheita e a Deus vamos louvar.

Nos não podemos nunca desanimar Ter fé em Deus e ele vem nós ajudar Ter esperanças pra na vida caminhar O Senhor é meu pastor e nada me faltará.

Deus mandou chuva, para a mãe terra molhar E a natureza começou a se alegrar.

O agricultor foi sua roça plantar Animado e confiante, pra seu sustento tirar.

Quem é o amigo de Jesus reparte o pão Quem é amigo de Jesus diz a verdade. É neste mundo quem não tem coração É quem pensa em si próprio e não ajuda o seu irmão.

Aqui na terra continua a missão De Jesus Cristo que nos dá libertação.

Ter fé em Deus é o caminho do Cristão Seguindo Jesus Cristo pra alcançarmos a salvação.

Socorro Alves Miguel Antonio Nova Russas

É trabalhando que se tem libertação É do trabalho que se tira o nosso pão É trabalhando que as coisas vão melhorando Confiando no Deus vivo e o mundo Transformando.

10 Jul/Ago - 2011

Olha que a vida é tão bonita para nós Ter esperança e nunca desanimar Ter muita fé no Deus, nosso criador Que enviou o seu Filho amado que morreu Por nosso amor.

Cantando a vida, mostra que somos felizes Agradecer é o que devemos fazer.

Aqui trazemos os frutos para oferecer Frutos tirados da roça que acabamos de colher.

Termina o inverno, agora é tempo de colheita Por tudo a Deus, vamos nós agradecer.

E esperamos no próximo ano que vem Termos outro bom inverno, isso se nós merecermos.

E neste mundo, ninguém é nada sem Jesus E foi por nós, que ele morreu na cruz.

Deus enviou para nós a sua luz.

Quem vive nela segue o caminho de Jesus.

Roceir o

A VOZ DAS COMUNIDADES.

Trabalhadores Festa da Colheita

Matam e desmatam

Este ano, são muitas as festas da colheita em nossa Paróquia. Já aconteceram 16, reunindo mais de 2000 pessoas.

Em todas, houve um prévio acerto de onde seria e como seria, com a distribuição dos serviços e preparação de cada um deles.

A maioria correu dentro de uma celebração da eucaristia. Um exemplo: No dia 24 de maio de 2011, aconteceu na comunidade de Santa Luzia, Independência, uma festa muito bonita, neste dia realizamos a Festa da Colheita, que deu inicio as 16h00 com a missa a onde 80 pessoas tiveram a oportunidade de louvar e agradecer a Deus pela boa produção agrícola, obtida nos roçados, quintais e criatórios de galinhas, caprinos, ovinos e de abelhas. Após a missa foi servido um jantar com alimentos produzidos na comunidade. A festa foi animada ao som de violão, gaita e zabumba. Os tocadores são da própria comunidade.

Nos últimos dias, depois a aprovação do novo código Florestal e da emenda que fez exultar de alegria o Caiado, chefe da UDR que nos anos passados fazia leilões de gado para comprar armas para os fazendeiros, seis líderes rurais foram assassinados no Brasil. No Pará, mataram Herenilton Pereira dos Santos e o casal de ambientalistas Maria do Espírito Santo da Silva e José Cláudio Ribeiro da Silva. Os três viviam no mesmo assentamento rural, em Nova Ipixuna. Foi assassinado também, com um tiro de espingarda no ouvido, Obede Loyola Souza, de 31 anos, no acampamento Esperança, em Pacajá, no sudeste do Estado. Em Rondônia assassinaram Adelino Ramos, presidente do movimento camponeses Corumbiara. Em Eldorado dos Carajás, mataram Marcos Gomes da Silva.

CPT e Animadores de Santa Luzia

Prefeito de Nova Russas na cadeia Acusado de crime contra a administração pública, o prefeito de Nova Russas, Marcos Alberto Martins (PSC), encontra-se detido pelo envolvimento em licitações fraudulentas relacionadas com a prisão do empresário Raimundo Morais Filho, acusado de desviar R$ 300 mil de prefeituras do Ceará.

Ainda em dezembro de 2010, Marcos Alberto foi afastado do cargo pela primeira vez, por decisão do juiz.

No dia 10 foi decretada a prisão do prefeito e de mais 21 pessoas, dentre elas, quatro secretários do município.

Seminário sobre as casas de sementes

Foi realizado em Tauá pela CPT e o STTR que convocaram as Associações e as comunidades que tinham tradição de ter uma Casa de sementes e as que gostariam começar.

Foi estudado o Encarte do Roceiro “Nossas Sementes” publicado em 2008 e foi feita uma avaliação da situação em que as Casas se encontram atualmente. É necessário, a juízo de todos os participantes, retomar com mais vigor a importante experiência. Como encaminhamentos ficaram oficinas em todos os distritos para poder atingir um número bem mais significativo de comunidades e um programa radiofônico que aprofundasse a temática. Outra reunião está prevista depois da rodada de oficinas .

Roceir o

CPT de Tauá

A VOZ DAS COMUNIDADES.

Desmatam e matam Os deputados federais aprovaram um novo Código Florestal que, deverá sofrer modificações no Senado. Suas cláusulas mais nocivas serão, com certeza, vetadas pela presidente Dilma. Ao transferir para estados e municípios o controle ao desmatamento e anistiar o agronegócio de pesadas multas aplicadas a crimes de degradação ambiental, o novo código dá sinal verde à ocupação descontrolada de terras e agrava as tensões fundiárias. Tal como aprovado na Câmara dos Deputados, o novo código retira a referência à lei de crimes ambientais. No art. 130, que isenta propriedades de até quatro módulos fiscais da obrigatoriedade de manter a reserva legal nos limites da lei, permite o desmate direto de 69. 245.404 hectares de florestas nativas. Apenas nos estados do norte do Brasil, esse dispositivo proporcionaria desmatamento de até 71 milhões de hectares de florestas nativas.

Como Votaram os deputados do Ceará: Dos 22 deputados do Ceará, 16 participaram da votação. Metade se posicionou a favor da orientação do Governo de Dilma de votar contra a emenda que abre para o desmatamento da floresta. A outra metade foi contra. Dos oito votos cearenses a favor da emenda e contra o Governo, cinco foram do PMDB, dois do PSDB e um do PCdoB. São eles: Aníbal Gomes (PMDB); Chico Lopes (PCdoB); Danilo Forte (PMDB); Genecias Noronha (PMDB); Manoel Salviano (PSDB); Mauro Benevides (PMDB); Raimundão (PMDB); Raimundo Gomes de Matos (PSDB); Votaram contra a emenda dos latifundiários: André Figueiredo (PDT); Antonio Balhmann (PSB); Ariosto Holanda (PSB);Arnon Bezerra (PTB);Edson Silva (PSB);Gorete Pereira (PR); José Guimarães (PT); Vicente Arruda (PR); Se ausentaram da votação: Artur Bruno (PT); Domingos Neto (PSB); Eudes Xavier (PT); José Linhares (PP); João Ananias (PCdoB) e José Airton (PT). Votaram a favor do texto do Código Florestal apresentado pelo relator: Raimundo Gomes de Matos PSDBCE dos interesses dos ruralistas, pelas mudanças no Código Florestal: André Figueiredo (PDT); Aníbal Gomes (PMDB); Antonio Balhmann (PSB); Ariosto Holanda (PSB); Arnon Bezerra (PTB); Chico Lopes (PCdoB); Danilo Forte (PMDB); Domingos Neto (PSB); Edson Silva (PSB); Genecias Noronha (PMDB); Gorete Pereira (PR); José Guimarães (PT); José Linhares (PP); Manoel Salviano (PSDB); Mauro Benevides (PMDB); Raimundão (PMDB); Raimundo Gomes de Matos (PSDB); Vicente Arruda (PR). Os que votaram contra esses interesses foram: Arthur Bruno (PT) e Eudes Xavier (PT). Vamos ficar de olho como votam nossos senadores: Eunicio Oliveira (PMDB), Inácio Arruda (PC do B) e Pimentel (PT).

Jul/Ago - 2011

11

Saúde

As Páginas de Saúde são preparadas pela Ir. Ailce - Tauá

Combater as doenças com ervas medicinais ChÁ DE MACELA - Indicações: No tratamento das perturbações da digestão, da diarreia e como protetor do estômago. Componentes: 1 colher de chá de sementes; 1 xícara de água fervente. Modo de fazer: Ferva a água em panela bem limpa. Após fervura apague o fogo e acrescente a macela. Tampe e deixe abafado até esfriar. Modo de usar: Tomar 1 a 3 xícaras de chá ao dia. Viaje sempre conduzindo um pouco de macela. Qualquer indigestão é só tomar os grãozinhos.

MACELA

PAU D’ARCO

MALVA SANTA

TINTURA DE MACELA - Indicações: Antiespasmódica, antidiarreico e protetora do estômago. Combate também os vírus; a enxaqueca, dispepsia, azia e indigestão.

Componentes: 100ml de álcool; 20g de capítulos ou cabecinha de macela. Modo de fazer: Colocar a macela juntamente ao álcool e cereais num vidro de boca larga e deixar passar 3 dias em maceração; coar e filtrar em pasta de algodão colocado no funil na boca do frasco esterilizado, onde vai ser armazenado a tintura; conservar em vidro de cor escura. Modo de usar: tomar até 40 gotas de tintura, diluída em água, 3 vezes ao dia. O tratamento pode ser prolongado nos casos resistentes.

TINTURA DE PAU D´ARCO (IPÊ ROXO, IPÊ AMARELO OU IPÊ) -

Indicações: Anti-inflamatório, antialérgico, antibacteriana e contra gastrite, úlcera, dor de estômago, tendinite e bursite. Componentes: 10g de casca ou madeira triturada (em forma de pó); 3 litros de água; ½ litro de álcool de cereais. Modo de fazer: Fazer o cozimento da casca triturada, juntamente com 1 litro de água. Em seguida juntar ao cozimento, ½ litro de álcool de cereais e 2 litros de água. Deixar ferver bem, de 5 a 10 minutos. Deixar esfriar, coar e filtrar numa pasta de algodão, no recipiente a ser armazenado, use vidro de cor escura. Uso oral: Tomar ½ xícara de (café) diluída em ½ xícara (café) de água, de 1 a 3 vezes ao dia, como antinflamatório.

Uso local: Diluir 1 colher de tintura, juntamente com 1 colher de água bem limpa e filtrada para gargarejar, bochechar e fazer lavagem da mucosa ou de ferimentos abertos.

ChÁ DE MALVA SANTA - Indicações: má digestão, azia, mal-estar gástrico, ressaca.

Componentes: 4 folhas frescas, 1 xícara de água quente. Modo de fazer: ferva a água e despeje sobre as folhas limpas e cortadas; tampe e deixe abafado até esfriar. Modo de usar: 2 a 3 xícaras de chá por dia.

BALA DE MALVARIÇO OU MALVA DO REINO - Indicações: Tosse, rouquidão.

MALVARIÇO

Componentes: 30 a 40 folhas de malvariço ou malva do reino; 150g de açúcar. Modo de fazer: Colocar os ingredientes numa panela e deixar cozinhar sem água. Ao apurar o cozimento, bata bem a massa até que fique lisa e esbranquiçada. Colocar em pedra de mármore ou assadeira de alumínio, cortar no tamanho de mais ou menos 2 centímetros. Enrolar em papel manteiga.

LAMBEDOR CASEIRO DE MALVARIÇO E GUACO (OU HORTELÃ OU RASPA DE MUCAMBÉ) - Indicações: Tosse, asma, bronquite. Componentes: 20

HORTELÃ

ALHO

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Jul/Ago - 2011

folhas de guaco; 30 folhas de malvariço; 1 copo de água; 2 copos de açúcar; 1 punhado de hortelã vick. Modo de fazer: Colocar as 20 folhas de guaco com copo de água numa panela e deixar ferver por 10 minutos. Colocar em outra panela 2 copos de açúcar as folhas de malvariço.

Levar ao fogo a fim de se obter o mel. Misturar as 2 formulações obtidas. Colocar por último o punhado de hortelã vick e cobrir por alguns minutos. Guardar em vidros esterilizados e bem tampados. Modo de usar: Adulto: tomar 2 a 3 colheres de sopa, 3 vezes ao dia; Criança: tomar a metade da medida.

ELIXIR DE ALHO - Indicações: baixa a pressão, anti-inflamatório, vermífugo (para vermes). Componentes: 8 dentes de alho roxo picadinho, 1 copo de cachaça ou álcool de cereais Modo de fazer: Colocar a cachaça (ou álcool) e alho machucado num vidro esterilizado e seco. Deixar a infusão num lugar fresco por 8 dias, balançando-o de vez em quando. Modo de usar: Tomar 3 gotas em meio copo de água pela manhã. Crianças: 1 gota.

Roceir o

A VOZ DAS COMUNIDADES.

Saúde Receitas gostosas que nos ajudam a ter uma alimentação saudável Omelete verde com Beldroega - Ingredientes: 1 ovo; 1 xícara (chá) de cebola picada; ½ xícara (chá) de tomate picado; 1 xícara (chá) de coentro picado; ½ colher (sopa) de óleo; 1 pitada de sal. Preparo: Bata o ovo, misture o sal, o coentro, a cebola, o tomate e a beldroega. Unte a frigideira com óleo ou manteiga e deixe esquentar. Despeje a mistura na frigideira e deixe cozinhar. Vire a omelete e deixe cozinhar do outro lado, até dourar.

Salada de Beldroega - Ingredientes: 1 molho de folha de beldroega; sal, alho socado, pimenta do reino, limão, azeite de oliva ou óleo. Preparo: Lave bem as folhas de beldroega, retire os talos mais grossos e deixe escorrer; Coloque em uma travessa e regue as folhas com o molho feito com os temperos acima.

Sopa de verdura de Beldroega - Ingredientes: 1 molho de folha de beldroega sem os talos; 2 xícaras (chá) de batata picada; 1 xícara (chá) de cebola picada; 1 colher (chá) de alho amassado; 1 xícara (chá) de tomates maduros picados sem pele e sementes; 3 colheres de sopa de azeite ou óleo; sal a gosto. Preparo: Coloque os legumes picados em uma panela e regue com 1 litro de água. Junte o azeite, tempere com o sal e leve ao fogo até ficarem bem cozidos. Prepare a beldroega reservando apenas as folhas. Reduza o conteúdo da panela a purê, acerte o sal e leve novamente ao fogo para ferver. Junte as folhas de beldroega e deixe cozinhar. Sirva bem quente.

Maxixe com arroz - No preparo normal do arroz branco, acrescente o maxixe fatiado em quatro partes, na hora em que colocar a água fervente. Ele cozinha ao mesmo tempo em que o arroz.

Bolinho frito com macaxeira - Ingredientes: 4 xícaras (chá) de macaxeira cozida e amassada; 2 ovos inteiros; ½ xícara (chá) de farinha de trigo; ½ xícara (chá) de queijo ralado; ½ colher de sopa de fermento em pó; sal, coentro, cebolinha e outros temperos a gosto. Preparo: Cozinhe a macaxeira com água e um pouco de sal; em uma vasilha misture a macaxeira cozida com os ovos, a farinha de trigo, o queijo ralado, o fermento e os temperos e mexa bem. Frite os bolinhos em óleo quente. Use papel para absorver a gordura.

Doce de batata doce - Ingredientes: 3kg de polpa de batata doce; 3 kg de açúcar; 1 abacaxi; 3g de ácido cítrico; 1 e ½ g de benzoato de sódio se for em grande quantidade. Preparo: Coloque 4 kg de batata em 6 litros de água potável. Leve ao fogo e deixe cozinhar por 30 minutos. Descasque as batatas e as coloque em um liquidificador com 6 litros de água potável. Bata por 5 minutos.

Pão de abobora ou batata doce - Ingredientes: 500g de abóbora cozida com casca; 1kg de farinha de trigo; 1 xícara de açúcar não muito cheia; ½ colher (sopa) de sal; 1/3 de um copo de óleo (3 dedos);1 pacotinho de Fermix próprio para pão (30g); 1 ou 2 ovos; 1 copo de leite bem morno (ou 1 vidro de leite de coco). Preparo: Juntar no liquidificador: aos ovos, o leite bem morno, óleo, açúcar, sal e o fermento. Bater bem. Colocar em uma vasilha de fundo largo. Colocar a farinha de trigo e a massa de abobora quase toda. Misturar e sovar bem. Use o restante da farinha de trigo para desgrudar a massa das mãos. Cortar a massa formando uma cruz.

Reservar por 30 minutos, coberta com um pano. Durante esse período a massa irá crescer. Dividir, estirar com o rolo ou um litro de vidro.

Formatar os pães e colocar em forma untada e polvilhada. Levar ao forno e assar (mais ou menos 30 minutos).

Tijolo de cenoura ou beterraba - Ingredientes: 1 kg de cenoura ou beterraba; 1 e 1/2 kg de açúcar; 1 coco ralado; cravo e erva doce a gosto. Preparo: Lavar e raspar as cenouras. Ralar ou passar na máquina de moer, colocar na panela e misturar com o açúcar. Levar ao fogo, mexendo até a fervura. Colocar o coco ralado, cravo, erva. Retirar do fogo. Quando esfriar soltando da panela colocar nas formas de madeira.

Importância nutricional das Hortaliças VITAMINAS SAIS MINERAIS

FONTES

FUNÇÕES

CARÊNCIA

Vitamina A

Abóbora, cenoura, couve, beterraba, pimentão, alface brêdo, batata doce, amarela

Protege a vista, pele e cabelos

Problemas de vista e pele; Escarmento da pele e queda de cabelos

Vitamina do Complexo B

Abobrinha, quiabo, couve, alface, batata, tomate, sementes de abobora, folhas verdes

Vitamina C Ferro Cálcio e Fósforo

Roceir o

Tomate, pimentão, couve, cebola, alho, beldroega, vinagreira, brêdo Alho, inhame, pepino, vinagreira, brêdo, pimentão Coentro, couve, comino, quiabo, todas as hortaliças de cor escura tem boa concentração de cálcio e fósforo

A VOZ DAS COMUNIDADES.

Protege as mucosas (área mais sensível da pele) regula o sistema nervoso, promove bom funcionamento do intestino, músculos, coração e fígado Aumenta a resistência contra infecções, acelera o processo de cicatrização Protege o sangue Fortalece os ossos e dentes, nervos e músculos

Depressão, irritabilidade, prisão de ventre, boqueira Dores nas articulações (juntas), gripe, cansaço Anemia (fraqueza no sangue), desânimo, cansaço Enfraquecimento dos ossos e dentes, caimbras, falta de sono e nervosismo

Jul/Ago - 2011

13

Litúrgia

As Páginas de Liturgia são preparada pelo Pe. Machado - Independência

“...É PRECISO QUE O FRUTO SE PARTA E SE REPARTA...”

Depois de um longo período de envolvimento com o roçado, desde o plantio até à colheita, chega o tempo de muitas famílias darem um balanço de qual foi mesmo o resultado do seu trabalho. Quem anotou todas as despesas tem mais facilidade de agora fazer os cálculos. Mas a maioria não anota nada e nem está preocupada se o resultado é positivo ou negativo, apenas quer continuar tendo as condições necessárias para sustentar a família. Isso talvez fizesse sentido quando todo o trabalho era da família, mas agora muita gente tem que contar com mão-de-obra externa, o que vai ficando raro e caro. Daí porque não dá pra continuar do mesmo jeito. É tempo, também, de guardar as sementes para o próximo inverno, o que vai ser necessário para o consumo da família e o que e como fazer com o excedente. Tudo depende de um plano que, em geral, não é discutido e assumido por toda a família. É tempo de tirar lições de tudo isso e de celebrar levando em conta essa realidade.

a) Um tempo de férias escolares: muitas famílias camponesas não puderam contar com a participação dos filhos e filhas nos trabalhos da lavoura porque estavam frequentando a escola. Também, as comunidades não contaram muito com quem é estudante e educador/a. Chegando as férias, o que precisa ser diferente? Não é para tirar o atraso, mas esse pessoal pode dar um tempo maior para reforçar as atividades da família e da comunidade, que andaram devagar. É bom, então, dar uma olhada no plano e ver o que é urgente fazer e de modo mais intenso no mês de férias escolares, dando oportunidade às pessoas de contribuírem mais, realizando coisas que só elas podem fazer! Pode ser a festa do padroeiro ou padroeira que vai contar com mais empenho dessa turma, ou um mutirão de visitas que a comunidade não conseguiu realizar... É ajudando o grupo de jovens ou de crianças a conhecer melhor o seu lugar, o meio em que vivem, como se deu (ou se dá) a produção, o armazenamento dessa produção, das sementes... Ou, simplesmente, um tempo maior para a convivência familiar, comunitária. b) Um tempo de aprofundar a formação: Muita gente não teve oportunidade de estudar no tempo devido e agora quer, muitas vezes, correr contra o tempo. Preenche o período escolar e o das férias de cursos e mais cursos sem conseguir digerir, assimilar as temáticas. E a formação de que falamos não é a da forma (ô), a que consiste apenas em obter mais um certificado. É a formação para a vida em comunidade, em sociedade: o conhecimento dos direitos e deveres - a cidadania. Aquela pode ser necessária, uma exigência do emprego... Mas pode ser algo desumano e improdutivo. Por que não questionar, não cobrar um tempo só para isso? c) O mês vocacional: Deus quis contar com cada um/a de nós para realizar o seu reinado. Para isso nos chamou e nos deu talentos, qualidades... para que cada pessoa faça a sua

parte, sem tomar o lugar de ninguém. Infelizmente, temos uma ideia errada de vocação (que não é profissão). Achamos que só algumas pessoas são chamadas para assumir a missão e que umas são mais importantes que outras. Assumir a paternidade, a maternidade, animar, coordenar a comunidade ou a região... é tão importante quanto a coordenação de uma paróquia, diocese.

Cada pessoa fazendo o que lhe cabe, conforme seus dons, contribuindo com a construção do Reino. É, pois, necessário que cresçamos na compreensão de que somos todos/as responsáveis pela obra de Deus, ele não quer que ninguém fique de fora. d) A festa do Padroeiro/a: Várias paróquias e muitas comunidades festejam padroeiros/as neste período. Como serão essas festas? Serão um tempo forte de ligação das CEBs com a massa dos cristãos e cristãs; um tempo de propor algumas coisas que fale às massas enfeitiçadas pelas mídias, indiferentes a qualquer ideia de organização, de uma nova consciência...Talvez possamos contar com mais gente participando do planejamento. É importante que façamos valer as marcas populares, as prioridades pastorais que assumimos; que valorizemos as pessoas que estão assumindo a caminhada no dia a dia; que descentralizemos os diversos serviços... Tudo isso vai exigir firmeza e clareza das equipes.

O jeito de fazer tudo isso: realizar todas as atividades levando em conta a realidade que vivemos - a problemática do campo e da cidade, com todos os desafios trazidos pela pósmodernidade. Devemos valer-nos da experiência que já temos: trabalhar a memória, a atual realidade, o para onde caminhamos.

Dentro disso, o ver: qual a situação que enfrentamos, como estão vivendo as pessoas, como está a comunidade...; o julgar: o que diz a Palavra de Deus sobre tal situação, em que as ciências podem ajudar a entender melhor; o agir: que compromisso nos traz, que mudança exige.

FESTAS DA COLHEITA: ALEGRIA DA FARTURA E MANISFESTAÇÃO DE NOSSA CULTURA

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Jul/Ago - 2011

Roceir o

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Litúrgia

Nossa vida à luz do mistério pascal JULHO

AGOSTO

03: Domingo dos apóstolos Pedro e Paulo

07: Domingo da tempestade acalmada

(começa a 14ª semana do Tempo Comum) At 12,1-11 * Sl 34(33) * 2Tm 6-8.17-18 * Mt 16,13-19

(começa a 19ª semana do Tempo Comum) 1Rs 19,9-13 * Sl 85(84) * Mt 14,22-33

Jesus nos faz testemunhas do Reino - Como são distribuídos os serviços em nossa comunidade?

- Como estamos dando testemunho do reino?

Vamos fazer uma programação de férias com crianças e jovens da comunidade - ajudando-os a conhecer melhor sua comunidade e como colocarem seus talentos a serviço dela.

10: Domingo do semeador (começa a 15ª semana do Tempo Comum) Is 55,10-11 * Sl 65(64) * Mt 13,1-23

Jesus se preocupa com camponeses empurrados para a cidade - Por que, hoje, muitas famílias camponesas continuam passando a viver nas cidades?

- Como estão vivendo essas famílias que chegam na cidade?

Vamos lembrar famílias que estão encontrando mais motivação para permanecer no campo e, também, famílias que estão recriando a vida do campo na cidade.

17: Domingo do trigo e do joio (começa a 16ª semana do Tempo Comum) Sb 12,13.16-19 * Sl 86(85) * Mt 13,34-40

Jesus nos fala deste mundo marcado por forças de vida e, também, de morte.

- Que forças de vida percebemos em nosso meio?

- Que forças de morte estão, também, em nosso meio?

Vamos estudar, ao longo da semana, para ver bem o que é que estamos reforçando com as nossas práticas na família, no lazer, na sociedade.

24: Domingo do tesouro escondido (começa a 17ª semana do Tempo Comum) 1Rs 3,5-12 * Sl 119(118) * Mt 13,44-46

Jesus nos anima a procurar o tesouro escondido.

- O que estamos fazendo para encontrar o tesouro escondido?

- Que mudanças essa busca exige de cada um/a de nós?

Vamos convidar jovens e crianças a partilharem suas descobertas e dizerem em que podem ajudar a melhorar a comunidade.

Jesus nos convida a buscar a vida com ele.

- Por que ainda há muita gente que não quer entrar na comunidade?

- O que estamos fazendo para que essas pessoas escutem o chamado de Jesus?

Vamos lembrar comunidades que encontraram dificuldades para se organizar e que hoje conseguiram superar e as pessoas são mais felizes.

14: Domingo da mulher Cananéia. Dia dos Pais. (começa a 20ª semana do Tempo Comum) Is 56,1.6-7 * Sl 67(66) * Mt 15,21-28

Jesus nos ensina a acolher as pessoas marginalizadas - Qual a atitude de um pai de verdade diante do filho ou filha marginalizado/a?

- Com o nós nos comportamos ante irmãos e irmãs marginalizados/as?

Vamos pensar juntos como acolher as pessoas marginalizadas de nossa comunidade.

21: Domingo da Assunção de Maria (começa a 21ª semana do Tempo Comum) Ap 11,19a.13,1.3-6ª * Sl 45(44) * Lc 1,39-56

Em Maria, Deus nos mostra qual o nosso futuro definitivo.

- Que situações desumanas precisamos superar, juntos?

- Que compromisso Deus pede de quem, realmente, ama a mãe de Jesus?

Vamos lembrar o testemunho de mulheres que consideramos mães da nossa comunidade.

28: Domingo da renúncia para seguir Jesus (começa a 22ª semana do Tempo Comum) Jr 20,7-9 * Sl 63(62) * Mt 16,21-27

Jesus apresenta condições para seremos pessoas seguidoras dele.

- Que exigências Jesus nos faz? O que achamos delas?

- Que pessoas da comunidade nos ajudam com seu testemunho? Por quê?

Vamos fazer uma lista das pessoas que são servidoras da comunidade e os seus serviços. Também Deus para esses serviços.

31: Domingo da partilha do pão (começa a 18ª semana do Tempo Comum) Is 35,1-3 * Sl 145(144) * Mt 14,13-21

Jesus nos dá um sinal do Reino.

- Por que há gente passando necessidade em nossa comunidade?

- Como solucionar esse problema?

Vamos combinar uma ação coletiva da nossa comunidade para que as famílias mais necessitadas produzam mias alimentos e, assim, tenham a vida que Deus quer.

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CASAS DE SEMENTES E DE MUDAS

A CASA DE SEMENTES DE ALTAMIRA Tica, Altamira – Tauá Teve início em 1983 pela necessidade que os produtores enfrentavam depois de cinco anos de estiagem, não tendo estoque para o plantio de 1984. Conseguimos através da CPT um tipo de feijão a que foi dado o nome de “feijão do padre”. Foi reforçada em 1986 através do ESPLAR com a construção de um salão e em 1993 através da ADEC com compra de vasilhame. Ao longo dos anos tem sido útil pelo fato de ter a semente estocada na própria comunidade, para o plantio no início das chuvas. Após a fundação da Associação, ela passou a ser gerenciada e coordenada pela própria Associação que emite comprovante de entrega e devolução das sementes. Documento que é reconhecido como comprovante de atividade agrícola para fins de aposentadoria e outros benefícios. A Casa de Semente iniciou com 30 sócios, mas por motivos das sementes distribuídas pelo Governo, no caso do milho híbrido e outros serem considerados ligeiros e os invernos serem irregulares, hoje temos apenas 13 sócios que armazenam feijão cote, branco, milagroso e semente de leucena. A Casa de Sementes tem como objetivo trabalhar umas práticas agrícolas: troca de sementes; resgate das sementes crioulas; troca de plantas da caatinga, plantas ornamentais, medicinais. A Casa de Sementes trabalha também com a decomposição do lixo e aproveitamento das garrafas PET para reciclagem. Com a expectativa da devolução do milho que vai acontecer em setembro, podemos contar com um maior número de sócios. Dia 29 de maio nos reunimos para receber as sementes de feijão e nos confraternizamos com um gostoso café da manhã, celebrando assim a alegria da colheita.

OS GEMIDO DA CRIAÇÃO SÃO UM GRITO DE ALERTA A variedade das espécies está diminuindo Os povos pré-históricos alimentavam-se de mais de 1.500 espécies de plantas e, pelo menos, 500 espécies e variedades têm sido cultivadas ao longo da história. Há 150 anos, a humanidade alimentava- se com o produto de 3.000 espécies vegetais, que eram, em 90% dos países, consumidas localmente. Hoje, somente 15 espécies respondem por 90% dos alimentos vegetais e as quatro culturas dos alimentos mais comuns no mundo inteiro (milho, trigo, arroz e soja) respondem por 70% da produção e do consumo. Essa preocupante redução de variedades tem muitas causas e nessas últimas décadas o processo de redução das espécies está acelerando sempre mais por causa de grandes empresas multinacionais que controlam os produtos de alimentação desde a produção de sementes, até a comercialização do alimento.

A monocultura tende à morte A lógica da produção em grande escala é de produzir um produto homogêneo, de boa aparência e aceitação no mercado, com alto índice de produtividade e com ciclo de produção mais breve. Para alcançar esses objetivos, não somente operam com a seleção de sementes, e com sementes híbridas que não tem poder de se reproduzir, mas criam sementes transgênicas, transferindo qualidades de outros seres vivos nas sementes pro eles produzidas.

Todo esse processo é perigoso para a vida da natureza porque a homogeneidade tende à morte. Quanto maior a variedade das espécies vegetais e animais, maior é a força vital da criação que com sua variedade supera os tempos de estiagem e as calamidades que

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ocorrem periodicamente e se adapta às condições de solo que são muito variados nas diferentes regiões dos vários países do mundo.

A cultura camponesa é ameaçada O processo das grandes empresas multinacionais é perigoso para as populações camponesas e indígenas. Ele faz desaparecer as sementes tradicionais, selecionadas ao longo de milhares de anos e adaptadas àquele particular tipo de solo e de clima em que a população vive e onde produz um tipo de alimento que tem as características próprias da cultura alimentar do povo especifico. Por exemplo, um milho que não seca tão rapidamente e que pode ser utilizado para fazer pamonha e canjica por um período maior. Além disso, cria dependência, obrigando camponeses e indígenas a comprar sementes, ou recorrer às distribuições do governo.

O patenteamento cria dependência Essas sementes, uma vez “patenteadas” ou registradas, viram de propriedade das Empresas, que junto aos lucros que vêm da venda das sementes enriquecem vendendo o adubo e os defensivos químicos que são indispensáveis para produzir com essas sementes que são bem mais frágeis e que para poder ser produzidas em lugares diferentes, no sul do Brasil, no nordeste, na África e na Europa, não são próprias para o nosso clima e precisam de maiores cuidados. È por isso que a tradição camponesa e a agricultura biológica resistem às pressões da lógica do mercado das grandes multinacionais e defende a utilização da maior variedade possível de sementes selecionadas com a lógica camponesa.

Jul/Ago - 2011

01

A IMPORTÂNCIA DAS SEMENTES Tecidos de Reserva

embrião tecido de reserva tegumento

tecido de reserva

embrião

tegumento

Milho

Feijão

A principal importância das sementes é assegurar a continuidade da vida vegetal, garantindo a biodiversidade no nosso planeta. A maioria dos vegetais se propaga através da semente que é a parte da planta organizada especialmente para garantir a continuidade da vida vegetal. As sementes podem ser muito diferentes uma das outras, seja pela aparência que pelo tamanho, mas escondem dentro delas as mesmas partes que podemos ver, com bem mais facilidade, no ovo da galinha. A semente contém o embrião onde já estão os órgãos e as características da futura planta (como na gema do ovo), os tecidos de reserva que proporcionam os nutrientes necessários para a formação da futura planta (como a clara no ovo) e o tegumento que é a estrutura de proteção (como a casca no ovo). Para a planta se reproduzir precisa que aconteça a fecundação e o pólen que é parte “masculina” deve ser levada até à parte feminina da flor. Esse transporte é feito com a ajuda de muito agentes polinizadores: insetos, especialmente as abelhas, vento, animais, água... A fecundação acontece de modo diferente, em diferentes tipos de plantas. No caso do algodão, feijão, amendoim, soja e outros vegetais a fecundação acontece através do pólen da mesma flor ou de outra flor da mesma planta. Neste caso fala-se de autofecundação. No caso da fava, do girassol, fumo, milho e outros vegetais, o pólen deve chegar da flor de outra planta (fecundação cruzada). È muito importante o agricultor saber do jeito da planta se reproduzir para manter os cuidados necessários com a reprodução e a pureza da variedade que pretende cultivar. Quando a gente quer criar vacas, bodes ou ovelhas, tem um cuidado todo especial com o reprodutor. Investe dinheiro no reprodutor, troca o reprodutor depois de um tempo, o alimenta e zela por ele de um jeito especial! Devemos aprender sempre mais a ter cuidado com as sementes: elas são importantes para a safra, assim como o reprodutor é importante para o criatório.

OBJETIVO E PLANO DA CASA DE SEMENTES E MUDAS O grupo que compõe a Casa de Sementes e Mudas deve explicitar seus objetivos e elaborar seu Plano de Trabalho.

Umas perguntas podem ajudar a clarear: - Quais são as sementes (e de que variedades) que estamos utilizando nas roças e roçados? (Feijão, fava, andu, milho, milho massa, jerimum, gergelim, melancia, algodão, mamona...)

- Qual o tamanho da área plantada pelo grupo?

- Qual a quantidade de sementes de cada variedade que o grupo precisa para o plantio?

- Quem utiliza as sementes distribuídas pelo governo?

Quais as vantagens e quais os problemas com essas sementes?

São suficientes?

- Quais as sementes e mudas que o grupo precisa para suas hortas e seus quintais? (alface, tomate, alho, cebolinha, coentro, cenoura, beterraba...)

- Precisa de sementes e mudas de arvores forrageiras, de fruteiras, de arvores ornamentais que embelezam a casa e forneçam sombra? (palma, leucena, ipê, sabiá, imburana e camarú) - Precisa de sementes e mudas para reflorestar a caatinga, a beira dos rios e riachos e as áreas de preservação ambiental? (cedro, sabiá,...)

- Quais as sementes e mudas que foram desaparecendo na região e que poderiam ser recuperadas e reproduzidas?

Com certeza não será possível enfrentar todos os desafios de uma vez. O grupo deve priorizar o que é mais urgente e deixar para mais na frente ações até importantes, mas que, no momento, não estão ao seu alcance.

Produzir sementes compensa Por tudo que foi dito até agora, ficou claro que a produção de semente é uma arte especial que precisa de muito cuidado.

Produzir sementes, até para o próprio uso, é diferente de produzir feijão ou milho para comer, assim como é diferente criar uma cabra para fazer um churrasco ou criar um reprodutor. Produzir sementes dá trabalho, mas é um investimento que recompensa com certeza porque quando a semente é de boa qualidade, a germinação vai ser maior, vai diminuir o trabalho de replantar e a quantidade e a qualidade da safra vai aumentar muito.

A IMPORTÂNCIA DA CASA DE SEMENTES E MUDAS Qual então a importância da Casa de Sementes e Mudas na comunidade?

- Incentiva a organização dos camponeses e fortalece o compromisso de todos com a preservação da natureza.

- Garante que a família camponesa terá semente boa, selecionada e conhecida, na hora em que começa o inverno e para os replantios necessários.

- Preserva as variedades que representam a riqueza da região e são adaptadas para resistir aos tempos de estiagem e ás características do solo.

- Mantém as características dos alimentos regionais que fazem parte da nossa cultura, preservando o gosto das comidas próprias do lugar.

- Permite recuperar e recompor gradativamente a caatinga, facilitando não somente a vida humana, como também as de todos os animais que vivem ou costumavam viver nela.

02

Jul/Ago - 2011

Roceir o

A VOZ DAS COMUNIDADES.

SELEÇÃO DE SEMENTES A seleção de sementes das diferentes características desejáveis numa planta vem sendo realizada pelos agricultores há milhares de anos.

Isto explica o grande número de variedades crioulas existentes na agricultura e a adaptação destas sementes aos mais diferentes locais e sistemas de cultivo. Podemos continuar este processo e buscar as características que nos interessam. Apresentamos como exemplo uma tabela relativa ao milho.

OBJETIVO DA SELEÇÃO CARACTERÍSTICAS BUSCADAS NAS PLANTAS Produtividade da lavoura Número e tamanho dos grãos. Número e tamanho das espigas Alimentação humana Grãos macios, graúdos, que produzam farinha de qualidade Alimentação animal Quantidade de grãos, quantidade de palha, qualidade nutricional Muitas raízes e porte baixo para resistir ao vento. Espiga bem envolta em palha e com a ponta Resistência bem fechada para resistir ao caruncho.

Longo, médio, curto Ciclo Pé macio para a dobra, palha macia para a desfolha, grãos fáceis para o debulho e macios para Facilidade de manejo a moagem Usos Alimento, artesanato, adubação verde Ecologia Plantas que se adaptem ao semiárido, aos baixios, aos terrenos mais altos...

Conforme o quadro, a produtividade é apenas uma das características desejadas. Outras características são também importantes e procuradas pelos camponeses, como: adaptação ao solo e ao clima, resistência às pragas e doenças, tamanho, formado, cor...

FORMAS DE SELEÇÃO

SECAGEM DAS SEMENTES É a retirada da umidade (água) através de calor ou vento. È fundamental para a manutenção da qualidade, vigor e poder germinativo. Sementes úmidas produzem fungos e perdem o vigor e a capacidade de germinar. Algumas sementes como a pitanga, laranja e abacate precisam de um maior teor de umidade para sua conservação, mas quase todas as outras devem ser secadas ao sol que possui um efeito de matar os fungos ou em ambientes ventilados, sem superar a temperatura de 45º para não “assar” as sementes.

DICAS PARA UMA BOA SECAGEM DAS SEMENTES 1. Selecionar as plantas. Essa seleção é feita no roçado.

No caso que estejamos querendo buscar sementes rústicas ou resistentes a doenças e pragas, ao vento e à estiagem o camponês deve observar seu plantio na fase do florescimento e depois dos ventos mais fortes e identificar as plantas que reagem melhor diante dos ataques das pragas, das doenças e dos ventos! É importante selecionar e marcar, com uma fita ou uma estaca, um bom número de plantas com boa aparência, sanidade e boa taxa de crescimento. Se possível 200 plantas, mas se a lavoura for pequena, é melhor selecionar 10 plantas de que uma ou duas. As plantas escolhidas devem ser espalhadas por toda a área da lavoura, mesmo nas manchas mais fracas.

2. Selecionar os frutos. Essa seleção é feita depois da colheita. É bom deixar estocado por um tempo os frutos retirados das plantas escolhidas. Ai será possível escolher os frutos mais resistentes a podridão, insetos, mudança de cor, deformação...

3. Selecionar a semente. A seleção da semente é a fase final do processo de seleção, depois de ter selecionado as plantas na lavoura e os frutos.

Nessa fase o camponês escolherá as sementes mais pesadas e mais graúdas, excluindo toda impureza (areia, folhas, pedras) e sementes de outras variedades. No caso do milho, as sementes devem ser retiradas da parte central da espiga, porque as localizadas nas pontas são mais duras e demoram mais para germinar, precisando de uma quantidade maior de água.

Quando bem secas, tem mais reserva de energia, gerando mudas mais vigorosas. A seleção pode ser feita aproveitando do vento ou de ventilador e através de peneiras. Quando a quantidade não for muito grande podem ser escolhidas as sementes uniformes pela forma e pela cor.

Roceir o

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- A umidade e a temperatura do ar são os fatores que mais influenciam a conservação das sementes - Quando o teor da umidade é alto, é bom começar a secagem das sementes à sombra para evitar rachaduras.

- Evitar secar as sementes sobre superfícies demasiadamente quentes (calçadas, lonas pretas, telhados de metal...) ou nas horas mais quentes do dia.

- O processo de secagem deve ser feito de maneira continua e o mais rápido possível, evitando demorar semanas!

- Com a diminuição de 1% da umidade, quase se duplica o tempo de armazenamento, o mesmo resultado se alcança com a diminuição de cinco ou 6 graus de temperatura do deposito - As sementes danificadas, imaturas e deterioradas se conservam muito menos que as inteiras, maduras e saudáveis.

- Fungos e bactérias se desenvolvem com umidade superior a 12% e a temperatura de armazenamento superior a 27º - Os insetos têm maior dificuldade a se desenvolverem e atacar as sementes quando a temperatura é mais baixa (menor de 17º) ou mais alta (maior de 35º).

- Sementes com elevado conteúdo de carboidratos como arroz e milho se mantém por um período maior. As sementes com muitas proteínas como o feijão e a fava se mantém por um período intermediário e as sementes com muito óleo, como girassol e a soja, tem um período bem menor de conservação.

CAMPOS DE SEMENTES Algumas comunidades têm costume de fazer, em mutirão, um campo coletivo para a produção de sementes, especialmente para aquelas que precisam de maior distância dos lugares onde é produzida o mesmo tipo de semente de diferentes variedades. É esse o caso do milho que, para não cruzar com o pólen de milhos de variedades diferentes deve ser plantado a uma distância mínima de 300 metros.

Jul/Ago - 2011

03

TROCAR AS SEMENTES

GERMINAÇÃO DAS SEMENTES

Quando uma família ou uma comunidade camponesa planta por anos seguidos, a semente da sua produção, corre perigo da semente ficar mais fraca, assim como acontece na reprodução de um rebanho quando não é trocado o reprodutor. Por evitar esse perigo, muitas comunidades tradicionais têm o costume de trocar sementes entre as famílias e de misturar as sementes produzidas em diferentes lugares. A prática de trocar sementes tem como objetivo de aumentar a base genética na região ou na comunidade e evitar o refinamento nas lavouras. A forma mais eficiente e de reunir as sementes selecionadas da mesma variedade num dia certo, por exemplo, em ocasião da Festa da Colheita de uma região ou da Feira da Agricultura Familiar. Cada família ou Casa de Sementes traz uma quantidade certa de sementes. As sementes da mesma variedade, mas que provêm de diferentes lugares, são misturadas e redistribuídas entre todos. Assim, a variedade terá sua base genética ampliada e cada um estará levando sementes que ampliarão a sua “rusticidade” e as outras qualidades daquela variedade.

Nas plantas que produzem sementes, germinar consiste numa série de processos que culminam na emissão de pequenas raízes e do caule.

O estímulo para a germinação é dado pela absorção de água, mas pode ser influenciado por outros fatores como a idade da semente, a quantidade de luz na área cultivada, a temperatura do solo, a profundidade da semente no solo.

GUARDAR AS SEMENTES

Sementes guardadas sem os cuidados adequados na secagem e limpeza têm tempo de conservação menor. A forma melhor é guardar as sementes em vasilhas fechadas sem contato com o ar. Utilizam-se vasilhas de vidro, garrafas PET e outros tipos de plástico duros, impermeáveis e resistentes, tambores...

- É fundamental encher o recipiente sem deixar espaço vazio ocupado por ar.

- As sementes devem ser bem secas.

- Ao serem colocadas no vasilhame as sementes devem estar na temperatura ambiente, para não acumular umidade na vasilha.

- As sementes devem estar inteiras e sem resíduos e impurezas.

- Os silos e os vasilhames não devem ter contato direto com o chão para evitar umidade, mas devem ser colocados em prateleiras ou em cima de caixotes ou pedaços de madeira.

- O local do armazenamento deve ser bem ventilado, seco, bem limpo e não receber diretamente os raios do sol para o vasilhame não esquentar demais.

- Nunca se esqueça de identificar o que está no vasilhame colocando uma etiqueta com o nome da variedade da semente, a data de armazenamento, a proveniência.

RECEITAS PARA CONTROLE DE INSETOS NOS SILOS Receita da vela: Deixar um pequeno espaço sem sementes nos silos. Colocar um algodão com álcool ou uma vela acesa, se a vasilha for maior. Fechar a vasilha com dentro a chama acesa para o fogo consumir todo o oxigênio até se apagar sozinho.

Deixar a vasilha fechada por duas semanas ou mais. Conferir se os insetos morreram e fechar novamente a vasilha.

Receita da areia ou cinza de madeira: Introduzir areia fina ou cinza de madeira na vasilha junto com as sementes. Esses produtos além de serem abrasivos para os insetos e dificultar a movimentação, diminuem a presença de oxigênio no interior da vasilha dificultando a respiração e sobrevivência dos insetos.

04

Jul/Ago - 2011

TESTE DE GERMINAÇÃO É um bom indicador da qualidade das sementes. Todos os anos, deve ser feita uma revisão para verificar que as sementes se encontrem em boas condições. Retire uma amostra de 100 sementes (sem escolher) do lote a ser analisado. Faça a semeadura em caixa com areia umedecida.

Cubra as sementes com uma cama fina de areia. O espaçamento deve ser mais ou menos 5 vezes a largura da semente plantada (no caso do feijão o espaçamento deve ser igual à largura de um polegar). Espere um período de 7 a 14 dias, de acordo com a variedade da semente. Avalie e conte o número das plantas com desenvolvimento normal. Se das 100 sementes plantadas, 80 germinaram, se obteve uma taxa de germinação de 80%. O valor mínimo aceitável da taxa de germinação varia de acordo com a espécie. Na tabela reportamos, como indicativo, as referências oferecidas pela Comissão de Sementes do Paraná.

CULTURA ALGODÃO AMENDOIM ARROZ FEIJÃO GERGELIM GIRASSOL

% GERMINAÇÃO 65 60 80 80 80 70

CULTURA MAMONA MILHO MACUNÁ SOJA SORGO

% GERMINAÇÃO 70 85 70 80 70

PRODUZIR MUDAS Uma das atividades da Casa de Sementes pode ser de fazer um viveiro e produzir as mudas necessárias para a comunidade e para poder trocar com outras comunidades. Muitas vezes é um grupo de jovens ou de mulheres que, com gosto, fica responsável desta atividade.

Cada planta tem seus “segredos” para poder se reproduzir.

Algumas espécies criaram uma proteção especial para suas sementes que deve ser vencida com choque térmico ou com outros métodos. As mudas devem ser criadas num ambiente mais protegido dos ataques dos insetos, na sombra duma árvore ou num viveiro protegido por sombrite e aguado com regularidade.

LEI DE MUDAS E SEMENTES O controle da produção de sementes é um grande negocio controlado por um pequeno número de multinacionais que tem muito poder seja econômico que político. Apesar disso, pela luta dos trabalhadores, foi aprovada em 2003 uma nova Lei de Mudas e Sementes (Lei 10.711/03) onde está escrito (art. 3º) que os agricultores familiares, os assentados e os indígenas não precisam de registro no Ministério da Agricultura para produzir sementes e mudas.

Eles podem produzir, distribuir e vender, sem necessidade de registro. As grandes empresas, porém tiveram a força de fazer proibir que as sementes “crioulas” sejam comercializadas fora da agricultura familiar, por exemplo, numa casa de agropecuária. No art. 48 proíbe-se qualquer restrição à inclusão de sementes e mudas de cultivar crioula em programas de financiamento, distribuição ou troca de sementes.

Esse texto foi organizado pela CPT de Tauá-CE

Roceir o

A VOZ DAS COMUNIDADES.

Encontro de Assentamentos no Saco de Juazeiro - 2000

Primeiras Crianças nascidas no assentamento Palmares - 1994

3ª Aniversário da ocupação do 1º de Setembro - 1997

Encontro de Assentamentos em Pocinho - 2001

Caçada por terra em Parambu

Romaria da Terra em Crateús - 1995

Piquete na BR 020 - 1998

Assentamento Bonifácio - 1998

Luta e conquista da terra