3.º Seminário da Arte de Ler em Rede

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III Seminário

da Rede de Bibliotecas do concelho de Alcobaça

27 e 28 de junho Biblioteca Municipal de Alcobaça

Organização: Rede de Bibliotecas do concelho de Alcobaça Rede de Bibliotecas Escolares


27 de junho 2016 - 10:00 O livro entre outras tecnologias: a importância do bom senso

José Augusto C. Bernardes

É professor catedrático da Faculdade de Letras de Coimbra e diretor da Biblioteca Geral da Universidade. Efetuou todo o seu percurso académico na Universidade de Coimbra: licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas, Português e Francês (1980), Mestre em Literatura Portuguesa (1985), Doutor em Literatura Portuguesa (1995) e Agregado (2003). Foi Presidente do Conselho Científico da sua Faculdade (2004-2007) e membro eleito do Conselho Geral da Universidade (2008-2012). É atualmente membro do Conselho Nacional de Educação. Foi professor visitante nas Universidades Blaise Pascal (Clermont-Ferrand), Oxford, Valência e Santa Barbara (Califórnia). Codirigiu a revista Biblos e a Enciclopédia Verbo das Literaturas de Língua Portuguesa (1995-2005). É membro do Atomium Culture, organismo do Conselho da Europa para a Cultura. Foi Coordenador do Centro Interuniversitário de Estudos Camonianos (2005/2006) e do Centro de Literatura Portuguesa (2007/2012).

De entre os livros que publicou, contamse os seguintes: O Bucolismo português (1988), Sátira e Lirismo no teatro de Gil Vicente (1996), História Crítica da Literatura Portuguesa. Humanismo e Renascimento (1999), Revisões de Gil Vicente (2003), A Literatura no Ensino Secundário (2004), Gil Vicente (2008), Gil Vicente, pastor e filósofo (2010) e A Literatura e o Ensino do Português (com Rui Mateus), 2013.


27 de junho 2016 - 11:45 Prácticas lectoras juveniles en la red

Daniel Cassany

É licenciado em Filologia Catalã e doutorado em Filosofia e Letras (língua de ensino da especialidade). É professor, desde 1993, na Universidade Pompeu Fabra, em Barcelona, na área de análise do discurso. Integra ainda o Departamento de Tradução e Linguagem, onde leciona disciplinas como Análise do Discurso, Ciência da Linguagem, Didática da Língua e Didática da Compreensão da Leitura e Produção Escrita. Trabalhou como professor na Escola de Formação de Professores EGB, Universidade de Barcelona, e como parceiro técnico na Direção-Geral de Política Linguística do Governo Autónomo da Catalunha. A sua área de investigação é o discurso escrito com diferentes objetivos, perspetivas e géneros: receção e produção; a sua estrutura e utilização em vários contextos gerais e específicos. Com base nestes estudos, publicou uma dúzia de livros e mais de 100 artigos de pesquisa em boletins e congressos científicos, em Catalão, Espanhol, Português e Inglês, tendo como foco principal o ensino de línguas e a análise linguística.

“En la red hacemos cosas tan diversas como chatear con amigos, publicar y leer literatura, estudiar para un examen, curar contenidos, comprar productos y servicios, informarnos, divertirnos, conocer gente... Todo es lectura y escritura, pero muy diversa. A partir de ejemplos de adolescentes y jóvenes de hoy exploraremos y analizaremos las prácticas letradas actuales en la red, en comparación con las formas de lectura que nos han acompañado hasta ahora. Veremos sus particularidades y su relación o alejamiento con la escuela y la biblioteca formales.”


27 de junho 2016 - 14:30 Ler no Século XXI

Dulce Melão É docente no Instituto Politécnico de Viseu. É licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, variante de Estudos Portugueses e Franceses, pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Mestre em Literatura Portuguesa, pela mesma faculdade, e Doutorada em Educação - Ramo da Didática e Desenvolvimento Curricular, pela Universidade de Aveiro. É detentora ainda de um Master em Nineteenth Century Literary Research, pela University of Lancaster, no Reino Unido. É autora de diversos artigos científicos na área das leituras digitais, nomeadamente: “Ler na era digital: os desafios da Comunicação em rede e a (re)construção da(s) literacia(s)”. Publicou outros artigos em revistas especializadas e múltiplos trabalhos em atas de eventos. É autora de 3 capítulos de livros publicados, para além de coautora de diversos trabalhos científicos. “Em tempos de constante redefinição do conceito de leitura e, por consequência, da demanda de um consenso possível sobre o amplo manto de significados que cobre a expressão «Ler no século XXI», procuraremos percorrer um dos seus itinerários de indagação em perene inaca-

bamento. Tal itinerário contempla a apresentação dos resultados de um estudo que realizámos, incidindo nas representações sobre a leitura de estudantes futuros profissionais da Educação, a frequentar um 1.º Ciclo de estudos de Bolonha, e sua influência em futuras práticas educativas. Na multidimensionalidade e riqueza das representações que emergiram de tal estudo, destacou-se a associação do conceito de leitura às palavras conhecimento e compreensão, bem como a preferência dos estudantes pelo livro impresso nas práticas de leitura a desenvolver com o seu futuro público. A leitura com fins recreativos foi amplamente depreciada pelos estudantes, bem como o desejável entrelaçamento entre leitura, prazer, partilha e afetos, apesar de, na sua maioria, declararem gostar de ler. Dada a acrescida responsabilidade destes estudantes na formação dos leitores do século XXI, pensamos que as suas representações sobre a leitura são um elemento relevante no âmbito de um debate mais alargado sobre as práticas de leitura que se vão entretecendo nos múltiplos espaços do/no nosso quotidiano.”


27 de junho 2016 - 14:30 Ler no Século XXI

Bruno Duarte Eiras

É licenciado em História, com Pós-Graduação em Ciências Documentais pela Universidade Autónoma de Lisboa, onde também está a finalizar dissertação de mestrado na mesma área. Desde 2003 que exerce funções na Rede de Bibliotecas Municipais de Oeiras, desenvolvendo um conjunto diversificado de funções. Em 2015, foi nomeado coordenador das atividades de promoção da leitura e das literacias, bem como da área da comunicação da Rede de Bibliotecas Municipais de Oeiras. É formador na área das Tecnologias de Informação e Comunicação, leitura digital, promoção da leitura, grupos de leitores e Certificação da Qualidade. Integra, desde 2015, o grupo de bibliotecários ibero-americanos selecionados para o programa de formação INELI (International Network of Emerging Library Innovators) financiado pela Fundação Bill & Melinda Gates. Atualmente, é membro do Conselho Diretivo Nacional da Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas (BAD). É também Coordenador do

Grupo de Trabalho de Bibliotecas Públicas da BAD. “A recente explosão tecnológica, centrada em dispositivos de leitura eletrónica, está a revolucionar a forma como os leitores se relacionam com o objeto livro, a informação, o mercado editorial e, naturalmente, as bibliotecas. Como espaços privilegiados de acesso ao livro e à informação, as bibliotecas necessitam de preparar-se e adaptar-se a esta realidade e adequarem os seus serviços à previsível procura deste tipo de suporte nos próximos tempos, assumindo o seu compromisso de apoiar os seus públicos na utilização dos novos suportes de leitura digital. Numa conjuntura de recessão económica, o papel social das bibliotecas obriga a uma ação reforçada no sentido de apoiar todos os utilizadores, especialmente quando ainda não existem soluções adequadas para que as bibliotecas públicas possam disponibilizar conteúdos digitais de forma direta ao utilizador. “


27 de junho 2016 - 14:30 Ler no Século XXI

Eduardo Madureira Natural de Braga, é licenciado em Estudos Portugueses e Franceses. É na qualidade de professor que desenvolve diversas iniciativas de índole cultural, com forte incidência sobre os jovens. Exerce o cargo de diretor pedagógico do projeto ‘Público na Escola’, que tem como objetivo contribuir para fomentar uma relação mais próxima entre as escolas e a imprensa e os média em geral. Membro do Sindicato de Poesia, de que foi, em 1996, um dos fundadores, é também fundador da Velha-a-Branca - Estaleiro Cultural, onde coordenou uma comunidade de leitores. Tem centenas de textos publicados em livros, jornais, revistas, catálogos de exposição de artes plásticas e programas de teatro. Participou em colóquios, conferências e sessões diversas sobre temas como artes plásticas, literatura, comunicação social ou direitos humanos, promovidas por instituições e organizações diversas.

“Uma personagem de um conhecido cartoon de El Roto, publicado no diário El País, serve muito bem para enunciar um singular paradoxo contemporâneo: «O mal desta idade de ouro da comunicação e da informação é que não há maneira de saber o que se passa.» O escritor Claudio Magris dizia algo idêntico numa entrevista concedida ao Diário de Notícias neste fim do mês de maio: «Há demasiada informação atualmente para percebermos o que está mesmo a acontecer.» A superabundância de informação é, de facto, um grave problema que é preciso enfrentar nesta «idade de ouro da comunicação e informação». Não é o único. Há outros com que, igualmente, é necessário lidar: a desinformação e a mediocridade da informação; a contaminação da informação; o abuso e os efeitos perversos da publicidade, do marketing e da referência paga; e a lógica ou a tirania do tempo real. Encontrar remédios que resolvam ou sirvam para minorar os efeitos destas patologias da informação e da comunicação é uma necessidade quando se pretende formar leitores competentes.”


27 de junho 2016 - 14:30 Ler no Século XXI

José Manuel Saraiva

Nasceu no Porto em 1974, onde se licenciou em Design de Comunicação na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, tendo recebido o Prémio Eng.º António de Almeida por se ter licenciado com a média de curso mais elevada da faculdade. Leciona na ESAD, Escola Superior de Artes e Design, em Matosinhos, desde o ano letivo 1998/1999. O seu trabalho tem sido distinguido em Portugal e no estrangeiro, destacando-se a seleção para a Mostra de Ilustradores da Feira Internacional do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha (2002); a exposição anual da Society of Illustrators; Comunication Arts Illustration Annual, Graphis New Talent Design, Una muestra de Ilustracion Ibero Americana Contemporânea, na Biblioteca Nacional de Madrid; Bienal Internacional de Ilustração para a Infância, ILUSTRARTE, (Menção especial, 2003); Bienal de ilustração de Bratislava (2005), Mostra Internazionale d´illustrazione per l´infanzia, Le Immagini della Fantasia (2004 ), 3x3 Children’s Show (2012), menção especial da 16ª edição do Pré-

mio Nacional de Ilustração (2012) ou as exposições da Ilustração Portuguesa, da Bedeteca de Lisboa. Foi convidado pela editora francesa Editions Sarbacane a ilustrar os álbuns Juste à ce moment-là (Lauréat Printemps 2004 da AMAZON.FR) e Rouge Cerise (2005). Em 2014, foi distinguido com o Best of the Best da Hii International Illustration Competition. “Debruço-me sobre a passagem das técnicas tradicionais de ilustração de um livro para as novas técnicas digitais e como materiais como acrílico, aguarela e outros são mimetizados em computador, com o acrescento de novas possibilidades.”


27 de junho 2016 - 14:30 Ler no Século XXI

José Afonso Furtado

É licenciado em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL). Entre 1987 e 1991, foi presidente do Instituto Português do Livro e da Leitura. Foi docente do Curso de Especialização em Ciências Documentais (FLUL, 199295) e do Curso de Especialização em Técnicas Editoriais (FLUL, 1994-2002), tendo lecionado no Curso de Pós-graduação em Edição: Livros e Novos Suportes Digitais da Universidade Católica Portuguesa, assegurando o módulo O Livro e a Edição na Era Digital. Foi diretor da Biblioteca de Arte da Fundação Calouste de Gulbenkian (19922012), instituição onde integra o Conselho Consultivo do programa Leitura Digital. É membro da Comissão de Honra do Plano Nacional de Leitura. Foi agraciado com o grau de grande oficial da Ordem do Infante D. Henrique em 2012. Participa em diversos livros conjuntos e publica regularmente em revistas de prestígio nacionais e internacionais, como Letras de Hoje, revista publicada pela

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Revista de Comunicação e Linguagens e Trama & Texturas. Os direitos dos seus livros já foram vendidos para a Argentina, Brasil e Espanha.


27 de junho 2016 - 20:00 Jantar Literário A Caminho do Books & Movies

André Gago

Recebeu a sua formação inicial em teatro no Teatro da Comuna. Frequentou vários estágios, com Filipe Crawford, Peter Brook, Colin Egan ou Ferrucio Soleri. Estreou-se como ator em Marat, de Peter Weiss, dirigido por João Mota. Trabalhou com Artur Ramos (A Castro, de António Ferreira - RTP), Norberto Barroca, Ricardo Pais (Clamor, baseado em textos de Padre António Vieira e Luísa Costa Gomes - TNDMII), Ana Tamen (Grande e Pequeno, de Botho Strauss) e Almeno Gonçalves, entre outros. Junto de Filipe Crawford, dirige a companhia Meia Preta e participa em vários espectáculos. Também dobrou Picker, em Hannah Montana, do Disney Channel Explorou a commedia dell’arte, realizou trabalhos de investigação e dirigiu diversas acções pedagógicas nessa área. É, desde 2004, diretor da Companhia deTeatro Instável, onde em 2007 encenou e protagonizou Hamlet, de W. Shakespeare. Popularizou-se na televisão portuguesa, onde interpretou mais de vinte personagens, sendo protagonista das séries ‘’Pós de Bem-Querer” (1991) e “Milongo” (1994).

Ator pontual no cinema, protagonizou Solo de Violino (1992) da cineasta Monique Rutler, tendo participado ainda em A Comédia de Deus (1995), de João César Monteiro, ou Non ou a Vã Glória de Mandar (1990), de Manoel de Oliveira. Em 2010, foi um dos atores principais da longa-metragem 100 Eyes, do realizador holandês Thijs Bayens. Tem-se dedicado ainda à escrita literária, tendo publicado Rio Homem e O Circo da Lua.


28 de junho 2016 - 10:00 Bibliotecas Escolares: mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

Elsa Conde

Integrou, em 1997, a equipa do Programa Rede de Bibliotecas Escolares (RBE), no âmbito do qual continua a exercer funções como coordenadora interconcelhia. Licenciada em História, Mestre em Comunicação Educacional Multimédia e com uma especialização em Ciências Documentais, tem desenvolvido atividade como formadora na área das bibliotecas e participado, em representação da RBE, em diversos eventos a nível nacional e internacional. É uma das coautoras do Modelo de Avaliação da Biblioteca Escolar e do referencial Aprender com a Biblioteca Escolar. “Nunca como agora ouvimos falar com tanta insistência das expetativas e das projeções que o dia de amanhã consumará. O ritmo das inovações científicas e técnicas, a rápida modificação dos nossos modos de vida e a aceleração da História ditam o presente e antecipam o futuro. Na Educação, fala-se da Escola do século XXI, de novas aprendizagens e multiliteracias, e do futuro da leitura e das bibliotecas, gerando através destas idealizações o

capital de esperança e de mudança indispensáveis para lidar com os desafios com que nos vamos deparando. A presente intervenção debruça-se sobre a natureza destes desafios e mudanças e o papel que neles ocupam as bibliotecas escolares, tendo em conta a imersão dos jovens na nova sociedade, baseada no conhecimento e profundamente marcada pela revolução digital. Não chega saber ler. Hoje em dia há que saber ler bem, em todas as plataformas e em todos os formatos, e as bibliotecas são o lugar físico e virtual onde estas competências melhor podem ser treinadas e livremente exercidas. Para tal, as bibliotecas escolares e os seus responsáveis necessitam de continuar a evoluir e a crescer, quer enquanto gestores de informação, quer como promotores de um trabalho em equipa e de parceria para a criação de situações mobilizadoras das novas formas de saber, ser e fazer.”


28 de junho 2016 - 11:45 Morte do livro impresso: uma notícia exageradamente anunciada

Delfim Ferreira Leão

Doutor em Letras, na especialidade de História da Cultura Clássica, pela Universidade de Coimbra, é professor catedrático da Faculdade de Letras, docente do Instituto de Estudos Clássicos e investigador do Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da mesma Universidade. As suas principais áreas de interesse científico incidem sobre a história antiga, o direito e a teorização política dos Gregos, bem como sobre a pragmática teatral e a escrita romanesca antiga. Entre as suas publicações mais recentes, encontram-se Law and Drama in Ancient Greece (London, Duchworth, 2010), cuja coordenação repartiu com Edward M. Harris e Peter J. Rhodes, e também Dez Grandes Estadistas Atenienses (Lisboa, Edições 70, 2010), em coautoria com José Ribeiro Ferreira. Delfim Leão é ainda ator e encenador de teatro clássico.


28 de junho 2016 - 16:30 Novas formas de ler e escrever

Ana Paula Ferreira

É licenciada em Línguas e Literaturas Modernas (Português-Francês), pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tendo uma especialização em Gestão e Animação de Centros de Recursos Educativos. Fez um mestrado em Investigação e Intervenção Educativa pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (2005) e está a terminar a tese de doutoramento, na área de formação de adultos, na mesma instituição. Atualmente é professora coordenadora das bibliotecas escolares do Agrupamento de Escolas de Alcanena. Tem experiência na área de educação, com ênfase em educação de adultos e metodologia de projeto. É formadora na área da avaliação de desempenho docente, bibliotecas escolares, avaliação das aprendizagens, entre outras.

“A aquisição da competência da leitura é um processo complexo, fundamental para a criação de leitores fluentes e, consequentemente, para o sucesso escolar dos alunos. A utilização de dispositivos móveis pode contribuir de forma significativa para a aprendizagem da leitura e, consequentemente, da escrita, não só pelas enormes potencialidades das tecnologias m-learning, mas também porque coloca o aluno no centro do processo de ensino e aprendizagem. Foi neste âmbito que surgiu no Agrupamento de Escolas Artur Gonçalves o projeto “Ginásio de Leituras”, um projeto que envolve a concepção, implementação e avaliação de um programa de promoção da fluência na leitura oral, indicador essencial da proficiência leitora. Pretendese, desta forma, colmatar dificuldades de leitura e promover situações de escrita diversificadas, com recurso aos dispositivos móveis.”


28 de junho 2016 - 16:30 Novas formas de ler e escrever

Raquel Ramos

É licenciada em Inglês e Alemão (UTAD), tendo uma pós-graduação em Administração Escolar (FACFIL). Fez um mestrado em Gestão da Informação e Bibliotecas Escolares (UA), com a dissertação A Utilização das Novas Tecnologias ao Serviço da Promoção da Leitura Recreativa. É professora de Inglês e Alemão na Escola Básica e Secundária de Vila Nova de Cerveira. Acompanha no terreno a implementação do Programa da Rede de Bibliotecas Escolares, desempenhando funções de coordenadora interconcelhia da Rede de Bibliotecas Escolares no distrito de Viana do Castelo e concelho de Esposende. “A comunicação que se apresenta tem como objetivo dar a conhecer dois projetos de promoção da leitura e da escrita, desenvolvidos em bibliotecas escolares portuguesas, que incluem nas suas estratégias a utilização da tecnologia em ambientes presenciais e virtuais de aprendizagem. Partindo do estudo realizado em 2011 (As novas tecnologias na biblioteca es-

colar ao serviço da promoção da leitura recreativa), junto de 51 professores bibliotecários, e que apontava para uma utilização unilateral das tecnologias por parte do mediador da leitura, duas bibliotecas escolares definiram ou reestruturaram os seus projetos de promoção da leitura, colocando o enfoque na implicação dos alunos de forma ativa nas atividades delineadas. A Escola Básica António Correia de Oliveira (Esposende) dinamizou o clube de leitura “Ler o Mundo”, no qual os alunos foram chamados a ler diferentes tipos de textos, a partilhar leituras e a expressar pontos de vista através do uso de ferramentas da Web 2.0. A Escola Básica e Secundária Muralhas do Minho (Valença), através do projeto “Ler e envolver: da biblioteca escolar à sala de aula”, disponibiliza recursos educativos digitais relacionados com diversas áreas disciplinares na sua página web. Os alunos, de forma autónoma ou por indicação do professor da disciplina, acedem aos recursos online, na biblioteca, em ambiente de sala de aula, ou em casa e realizam diferentes exercícios de interpretação.”


28 de junho 2016 - 16:30 Novas formas de ler e escrever

Adelina Moura

É licenciada em Ensino do Português/ Francês, pela Universidade do Minho, tendo um Diploma de Estudos Superiores Especializados em Administração Escolar (DESE) -Instituto Superior de Educação e do Trabalho (ISET), Porto. Tem um mestrado em Educação, na área de Supervisão Pedagógica do Ensino do Português, na Universidade do Minho (“Mecanismos de Coesão e Coerência Textual: da ardósia ao computador na aprendizagem dos conectores”). É doutorada em Ciências da Educação, na especialidade de Tecnologia Educativa, na Universidade do Minho - “Apropriação do Telemóvel como Ferramenta de Mediação em Mobile Learning: Estudos de Caso em Contexto Educativo”.

“Nas últimas décadas, a escrita, seja para fins académicos ou profissionais, tem passado do papel para o ecrã. Com os desenvolvimentos tecnológicos, são poucos os exemplos em que a escrita não seja digital. Embora a leitura digital esteja a evoluir mais devagar, as novas gerações de alunos procuram, cada vez mais, textos em formato eletrónico para ler nos seus dispositivos móveis, em particular no smartphone. Neste sentido, não faz grande sentido a escola continuar a perpetuar a cultura do papel, devendo antes ocorrer uma verdadeira transformação da leitura para ambientes digitais. O Podcast é um excelente recurso para a leitura digital. Nesta intervenção apresentamos o projeto “Leituras d’Oriente e d’Ocidente”, que permitiu a mistura de texto e áudio, ajudando os alunos do 10.º ano a ler obras clássicas de uma forma divertida.”


28 de junho 2016 - 16:30 Novas formas de ler e escrever

Paulo M. Faria

É licenciado em Humanidades pela Universidade Católica Portuguesa (1993). Foi professor de latim e lecionou língua portuguesa até 2010. Concluiu o mestrado em Literatura Portuguesa na Universidade do Minho (2005) e possui um Diploma de Estudo Avançados na área das Políticas Educativas pela Universidade de Salamanca (2007) . É formador acreditado pelo CCFCP na área da língua portuguesa e das tecnologias digitais. Presentemente, é doutorando na área das Ciências da Educação – especialidade Tecnologia Educativa, no Instituto de Educação da Universidade do Minho, onde desenvolve a sua investigação na área da formação de professores para a inovação no âmbito das multiliteracias. Ao mesmo tempo, leciona as unidadades curriculares de tecnologias de informação e comunicação na prática profissional e prática supervisionada aos mestrados via ensino desta universidade. Tem participado em eventos científicos em Portugal e no estrangeiro, tendo comunicado e publicado em revistas especializadas. É investigador do Centro

de Investigação em Educação (CIEd) do Instituto de Educação da Universidade do Minho. “Tendo presente a centralidade da língua como instrumento basilar na economia curricular, na baixa proficiência leitora de textos científicos dos alunos portugueses e nas profundas transformações comunicacionais e de acesso à informação, propõe-se nesta comunicação apresentar ações que decorreram no âmbito do desenvolvimento de dois projetos sobre leitura digital, no âmbito da Língua Portuguesa e das Línguas. Distinguidos e premiados pela Fundação Calouste Gulbenkian e pela Fundação Montepio, descrevem-se aspetos da sua implementação e ações desenvolvidas.“


28 de junho 2016 - 16:30 Novas formas de ler e escrever

Alexandre Castro Caldas

É o atual diretor do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa. Até fevereiro de 2004, foi professor catedrático de Neurologia na Faculdade de Medicina de Lisboa e diretor do Serviço de Neurologia do Hospital de Santa Maria, em Lisboa. Fez a sua licenciatura e o seu doutoramento na Faculdade de Medicina de Lisboa, onde iniciou a sua carreira em 1974. Foi responsável pelo Laboratório de Estudos de Linguagem até 1998 e organizou o Centro de Neurociências de Lisboa em 1990. Foi ainda Presidente da International Neuropsychological Society (20002001). As suas publicações incluem dois livros de texto para os estudantes, A Herança de Franz Joseph Gall e Viagem ao Cérebro e a algumas das suas Competências, e mais de 100 artigos em revistas internacionais, tais como: Brain, Neurology, NeuroImage, Journal of Cognitive Neurosciences, JINS, e inúmeros capítulos em livros nacionais e internacionais. É membro de diversas sociedades internacionais e consultor de muitas revistas nacionais

e estrangeiras. O seu principal interesse científico relaciona-se com as Neurociências Cognitivas e com as doenças do Movimento.


Nuno Matos Valente

Nascido em 1977, é professor desde 2002, tendo lecionado em todos os ciclos de ensino. É autor de Recursos para aulas de substituição, publicado pela Texto Editores em 2007. Desde 2008, integra a equipa de autores que tem vindo a publicar regularmente a coleção Segredos – manuais escolares para o 1.º ciclo, publicada pela Raiz Editora. É ainda coautor do livro de apoio ao estudo Preparar a Prova Final – 4.º ano – Matemática. Em 2012, publicou o seu primeiro livro de ficção, A Ordem do Poço do Inferno, através das Edições Escafandro. Com este livro, o autor estreou-se na literatura juvenil de aventuras, centrando a ação no Mosteiro de Alcobaça e na sua história. Em 2014, lançou O tesouro do Califa, o segundo volume da coleção. Dinamizou oficinas de escrita criativa em diversos auditórios FNAC do país, tendo participado na Feira do Livro de Lisboa com atividades de escrita criativa relacionada com A Ordem do Poço do Inferno. Tem viajado por inúmeras escolas e bibliotecas, apresentando os seus livros e trabalhando em vários projetos relacionados com as suas obras.


27 de junho 2016 - 16:45 Pósteres participativos Oeiras a Ler

“A Rede de Bibliotecas Municipais de Oeiras concebeu um projeto de ebooks e leitura digital baseado em 4 eixos fundamentais: 1) Inquérito online: a realização de um inquérito aos utilizados permite compreender os seus conhecimentos sobre o tema e apurar quais as suas necessidades e expectativas quanto à disponibilização de ebooks e de outros conteúdos digitais; 2) Ações de formação: através da organização de ações de formação sobre ebooks, tablets e e-readers pretende-se fornecer conhecimentos básicos sobre o tema e esclarecer dúvidas (os participantes podem trazer para estas sessões os seus próprios equipamentos ou utilizar os que estão disponíveis na biblioteca); 3) Conteúdos digitais (ebooks, jornais e revistas): a organização de uma coleção de ebooks através do catálogo online permite disponibilizar um conjunto diversificado de ebooks disponíveis no domínio público, com a preocupação de selecionar diferentes géneros literários e temáticas e em diferentes formatos. Esta coleção de ebooks permite aos utilizadores encon-

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trar uma seleção inicial de títulos para iniciarem as suas leituras, bem como reunir conteúdos que são utilizados nas ações de formação; 4) Equipamentos (tablets e e-readers): ao disponibilizar para consulta tablet e e-readers pretende-se proporcionar experiencias de utilização e dessa forma contribuir para a literacia digital. Estes equipamentos encontram-se carregados com novidades editoriais em formato ebook.”


27 de junho 2016 - 16:45 Pósteres participativos Fazer a Ponte

“A Escola Básica da Ponte é uma escola pública que, desde 1976, procura enquadrar-se num paradigma de racionalidade emancipatório, o qual sustentou, após a avaliação externa de 2003, a celebração do primeiro Contrato de Autonomia com uma escola do sistema público nacional. Abrange o Pré-escolar, 1.º, 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico, com 204 alunos, distribuídos por três Núcleos de Projeto: Iniciação, Consolidação e Aprofundamento.”

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27 de junho 2016 - 16:45 Pósteres participativos Monitores do CRE

“O projeto dos Alunos Monitores da EB 2,3 Professor Galopim de Carvalho é já uma prática sedimentada, em funcionamento desde o ano letivo de 2003/2004. Ser monitor do CRE é das funções mais prestigiadas na escola. Essa é talvez uma das razões que explica o grande número de candidaturas que se regista em cada ano. Os professores e funcionários manifestam sempre apreço pelos monitores e os colegas respeitam-nos. As regras dentro da biblioteca são muito claras e, se alguém não obedece a um monitor, este tem logo de comunicar a um adulto (professor ou assistente) que intervém imediatamente.”

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27 de junho 2016 - 16:45 Pósteres participativos Há Ler e e-Ler

“O projeto da Escola Básica e Secundária de S. Martinho do Porto desenvolve-se em torno de duas vertentes: promoção da leitura e promoção das literacias da informação e dos média. Na primeira vertente, o objetivo é promover a leitura digital autónoma, através da disponibilização de e-readers e de e-books, prioritariamente a alunos do 9º ano e 10º ano, com a experimentação de um serviço de e-empréstimo na Biblioteca Escolar. Na segunda vertente, disponibilizam-se dispositivos móveis (iPad), para utilização presencial na Biblioteca Escolar, para uso na sala de aula e em regime de requisição domiciliária. Em contexto curricular, promove-se a elaboração de trabalhos de pesquisa, tendo como pressuposto o trabalho articulado com os docentes. Também são disponibilizadas aplicações específicas relacionadas com conteúdos curriculares. Inerente ao projeto, pretendemos avaliar os seguintes aspetos: o impacto do uso dos equipamentos móveis envolvidos na motivação para a leitura, em es-

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pecial por parte de alunos não leitores; a evolução da aquisição de competências ligadas às literacias da informação e digitais; a implementação de um serviço de e-Empréstimo na biblioteca escolar.”


27 de junho 2016 - 16:45 28 de junho 2016 - 14:30 Um Percurso

“A Rede de Bibliotecas do Concelho de Alcobaça surge graças a um trabalho conjunto entre as Bibliotecas Escolares dos Agrupamentos integradas na Rede de Bibliotecas Escolares, o Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares do concelho e a Câmara Municipal de Alcobaça. Posteriormente, associaram-se a este projeto outros parceiros, nomeadamente a Universidade de Coimbra, a Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Cister e o Instituto Nossa Senhora da Encarnação (Externato Cooperativo da Benedita). Na génese da sua criação está a importância das bibliotecas, o seu papel fundamental na aprendizagem ao longo da vida e as possibilidades múltiplas de acesso à informação, ao conhecimento e à cultura. Trata-se de um projeto de trabalho colaborativo e de partilha de objetivos, de conhecimento, de recursos e de experiências, procurando fomentar a realização de projetos e iniciativas de interesse pedagógico, a animação da leitura, a promoção do livro e a disponibilização do catálogo coletivo.”

Pósteres participativos Elos em rede


28 de junho 2016 - 14:30 Pósteres participativos Histórias Ajudaris

“O Projeto “Histórias da Ajudaris” é uma iniciativa pioneira e inovadora de incentivo à leitura, à escrita, à arte e de ajuda aos que mais necessitam. Trata-se de um desafio anual lançado a escolas para criar histórias com recurso à imaginação e à criatividade. Todo o resultado é compilado numa obra coletiva que junta contos escritos por pequenos grandes autores, protagonistas desta rede de afetos coorientados por professores solidários em contexto de sala de aula. Os contos, após seleção, são pincelados por artistas solidários que dão cor e magia. Os fundos conseguidos com a venda dos exemplares revertem em prol dos projetos sociais em desenvolvimento direcionado a famílias e crianças em idade escolar.”

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28 de junho 2016 - 14:30 Pósteres participativos PLIP

“O Projeto de Leitura Inclusiva Partilhada (PLIP), do Instituto Politécnico de Leiria, visa formar técnicos, professores e pais na adaptação/criação de livros multiformato para que pessoas com necessidades especiais (crianças e jovens com deficiência, pessoas com baixa literacia e idosos) tenham acesso à leitura. Seguindo o formato de atelier prático e com o apoio de uma plataforma de ensino à distância, são partilhadas técnicas de adaptação/criação de livros multiformato e estimuladas atividades de leitura inclusiva. Com as referidas atividades são criados “KITS multiformato matriz” que ficam disponíveis em formato eletrónico, para replicação por quantos deles necessitem em lares, escolas, bibliotecas e instituições de apoio a pessoas com necessidades especiais de qualquer local do país ou estrangeiro.”

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28 de junho 2016 - 14:30 Pósteres participativos Letrinhas

“O Letrinhas surge de uma parceria entre o Agrupamento de Escolas Artur Gonçalves e o Instituto Politécnico de Tomar, no sentido de responder às necessidades reais dos atores educativos e que se prendiam com as dificuldades dos alunos ao nível da leitura. Este sistema de informação é constituído por um repositório digital de conteúdos didáticos e uma aplicação multiplataforma, que funciona em dispositivos móveis. Este sistema de informação visa promover a aprendizagem e o desenvolvimento da leitura em alunos do 1.º e 2.º ciclos do ensino básico e fornecer aos docentes ferramentas de acompanhamento e avaliação da competência leitora. A sua estrutura permite a adequação ao perfil individual de cada aluno, bem como a escolha dos textos ou listas de palavras por parte de cada docente.”

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28 de junho 2016 - 14:30 Pósteres participativos Uma ideia de biblioteca

“Mais do que um local de cultura e conhecimento, uma biblioteca deve ser um espaço dedicado às pessoas e à sua necessidade de expansão intelectual. Idealizamos, portanto, uma biblioteca aberta, abrangente, atingindo até uma desintelectualização, tornando-se um espaço acessível, independentemente de quem a frequenta. Queremos, acima de tudo, propor uma biblioteca que funda diversas áreas, diversos suportes de informação e diversos programas culturais, dado que, por vezes, é graças a estes espaços que as populações locais têm possibilidade de contactar com outras realidades, descentralizando, desse modo, o conhecimento dos centros urbanos.” Pedro, Sara e Teresa, 12.ºAV Agrupamento de Escolas de Cister

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