Para termos de compreensão do significado de tais índices, os valores do índice de exclusão social apontam para situações de exclusão social muito altas (IES < 0,4) nos municípios de Açailândia/MA, Barras/PI, Caxias/MA, Chapadinha/MA e Codó/MA (todos da região nordeste do Brasil); e situações de exclusão social altas (0,4 > IES < 0,5 ) em todos os demais. Quanto ao índice de emprego formal, a empregabilidade formal é muito baixa (IEF < 0,05) nos municípios de Barras/PI, Caxias/MA, Chapadinha/MA, Codó/MA e Porto Alegre do Norte/MT; havendo empregabilidade formal baixa (0,05 > IEF < 0,1) nos municípios de Açailândia/MA, Imperatriz/MA, Marabá/PA e Redenção/PA; Araguaína/TO é o único município da lista com empregabilidade formal média (0,1 > IEF < 0,2). No quesito empregabilidade nenhum dos municípios nordestinos da lista tem um índice razoável, o que sugere explicações para a emigração da mão-de-obra para regiões, especialmente da região norte, onde, apesar de haver exclusão social alta, se disponibilizam mais empregos que os seus vizinhos. Pochmann e Amorim (2004) alertam que a situação de vulnerabilidade social do Nordeste é drástica, considerando que a região abriga 72,1% dos municípios brasileiros com índice de exclusão social muito alto, sequer as capitais da região nordeste têm índice de exclusão social baixo; o único município nordestino com IES pouco acima de 0,6 (considerado baixo), é Fernando de Noronha (IES igual a 0,664; IEF igual a 0,166, alto). Para comparação, note-se que São Caetano do Sul/SP, município brasileiro com o menor grau de exclusão social, apresenta IES igual a 0,864 e empregabilidade alta (IEF igual a 0,740). No que se refere à região ―consumidora‖, a Norte, Becker (2005) aponta para um caminho de compreensão de sua dinâmica econômico-laboral quando, ao recordar da Amazônia — na qual a região Norte se inscreve — como uma região grande espacialmente porém pequena populacionalmente, compreende que os problemas dessa região também se inscrevem na própria lógica da exclusão decorrente de dois fatores, (1) o modo de inserção do Brasil no sistema capitalista e (a) a reorganização regional acelerada da sociedade brasileira, o
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