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LEITURA, ESCRITA E ALFABETIZAÇÃO
Vol.
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2023
Anos iniciais
MATERIAL DE APOIO Leitura, escrita e alfabetização
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MATERIAL DE APOIO – ANOS INICIAIS
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO SEBASTIÃO Felipe Augusto Prefeito do Município de São Sebastião/SP Reinaldo Alves Moreira Filho Vice-Prefeito
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – SEDUC Marta Regina de Oliveira Braz Secretária de Educação Rosana Salvini Diretora do Departamento de Ensino
ORGANIZAÇÃO DO MATERIAL DE APOIO Cacilda Almeida Coordenadora dos Anos Iniciais da rede municipal Janaina de Figueiredo Coordenadora da área de ensino de História da rede municipal Ilustração Isabel Galvanese Colaboração Renato Fanti e Solange Estanislau dos Santos Projeto gráfico e diagramação Juliana Aguiar | Estúdio Lumine
LEITURA, ESCRITA E ALFABETIZAÇÃO
“
O necessário é fazer da escola um âmbito onde leitura e escrita sejam práticas vivas e vitais, onde ler e escrever sejam instrumentos poderosos que permitem repensar o mundo e reorganizar o próprio pensamento, onde interpretar e produzir textos sejam direitos que é legítimo exercer e responsabilidades que é necessário assumir.”
Délia Lerner Educadora, especialista em didática da linguagem
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MATERIAL DE APOIO – ANOS INICIAIS
LEI Nº 13.696, DE 12 DE JULHO DE 2018 INSTITUI A POLÍTICA NACIONAL DA LEITURA E ESCRITA Art. 2º: São diretrizes da Política Nacional de Leitura e Escrita: I.
A universalização do direito ao acesso ao livro, à leitura, à escrita, à literatura e às bibliotecas;
II.
O reconhecimento da leitura e da escrita como um direito, a fim de possibilitar a todos, inclusive por meio de políticas de estímulo à leitura, as condições para exercer plenamente a cidadania, para viver uma vida digna e para contribuir com a construção de uma sociedade mais justa.
LEITURA, ESCRITA E ALFABETIZAÇÃO
Apresentação Caros/as educadores/as, Este material foi elaborado pela equipe de Educação Fundamental dos Anos Iniciais da SEDUC, para apoiar e fortalecer o processo de institucionalização das práticas de leitura e escrita nas escolas municipais. Igualmente, criar um campo de investigação e de trocas de práticas pedagógicas voltadas à leitura e à escrita. Consideramos que criar uma cultura da escrita e da leitura nas instituições escolares de São Sebastião, requer uma ação conjunta e comprometida entre Secretaria Municipal de Educação, gestores/as, docentes, alunos/as, famílias e comunidade. O acesso à leitura e à escrita é um direito de crianças e jovens, devendo ser contemplado no ambiente escolar. Uma das grandes desigualdades sociais está pautada na exclusão de crianças e jovens do mundo da leitura e da escrita. Assim, incentivar, valorizar e implementar práticas de leitura e de escrita constitui um compromisso político e, sobretudo, educacional. Neste número, dedicamos a refletir sobre o papel da leitura e da escrita na formação de alunos/as críticos, criativos, autônomos e imaginativos. Discutiremos a importância de práticas educativas que reconheçam a leitura e a escrita como práticas sociais, com sentidos e significados específicos. Também focaremos a importância da reflexão contínua das transposições didáticas. Esperamos que este material possa abrir novos caminhos para o trabalho com leitura e escrita nas nossas escolas.
Juntos por uma escola democrática e de qualidade!
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O menino que carregava água na peneira
T
enho um livro sobre águas e meninos.
O menino aprendeu a usar as palavras.
Gostei mais de um menino
Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.
que carregava água na peneira.
E começou a fazer peraltagens.
A mãe disse que carregar água na peneira
Foi capaz de modificar a tarde botando
era o mesmo que roubar um vento e
uma chuva nela.
sair correndo com ele para mostrar aos irmãos.
O menino fazia prodígios. Até fez uma pedra dar flor.
A mãe disse que era o mesmo que catar espinhos na água.
A mãe reparava o menino com ternura.
O mesmo que criar peixes no bolso.
A mãe falou: Meu filho você vai ser poeta! Você vai carregar água na peneira a vida toda.
O menino era ligado em despropósitos. Quis montar os alicerces
Você vai encher os vazios
de uma casa sobre orvalhos.
com as suas peraltagens, e algumas pessoas vão te amar por seus
A mãe reparou que o menino
despropósitos!
gostava mais do vazio, do que do cheio. Falava que vazios são maiores e até infinitos. Manoel de Barros Com o tempo aquele menino que era cismado e esquisito, porque gostava de carregar água na peneira. Com o tempo descobriu que escrever seria o mesmo que carregar água na peneira. No escrever o menino viu que era capaz de ser noviça, monge ou mendigo ao mesmo tempo.
Exercícios de ser criança, publicado em 1999
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Leitura, escrita e alfabetização
O menino que carregava água na peneira, de
Assim, a formação leitora e a alfabetização são
Manoel de Barros, nos aponta quão encantador
duas instâncias que não se diferenciam (LERNER,
pode ser o universo da leitura. As possibilidades
D., 2002). A criança precisa praticar a leitura,
imaginativas e poéticas abertas pela prática da
antes mesmo de ser alfabetizada.
leitura e da escrita transformam as vidas das crianças, adolescentes e jovens.
Ela precisa aprender a experimentar, sentir, fabular, conectar, relacionar, compartilhar, debater...
Mas, por que ainda ler e escrever nas escolas são temas que trazem tantos debates e dificuldades? De acordo com Délia Lerner, pesquisadora e educadora argentina, a dificuldade está na falta de compreensão de como ocorre o processo de formação de leitores e escritores (usaremos a palavra escritores se referindo aos sujeitos praticantes da escrita e não no sentido profissional). A pesquisadora argentina se debruçou durante
Ler é uma prática de construção de significados. “(...) não é ler letra por letra, a leitura implica uma construção de significados e que eles não estão no texto, mas são construídos pelo leitor.” LERNER, D., 2006.
muitos anos a pesquisar sobre esse tema, e afirmou que aprender a ler não é somente decodificar, mas criar condições didáticas para
A leitura e a escrita são práticas sociais que
inserir os alunos/alunas na cultura da escrita
chegam às escolas e se transformam em um
e da leitura.
objeto de ensino. Isso significa que se torna necessário a criação de condições didáticas para ensinar a leitura e a escrita. Mas, é preciso garantir os sentidos na aprendizagem, sua ligação com seu contexto de origem.
SAIBA MAIS A pesquisa feita pelo Governo do Estado para avaliar a fluência leitora das crianças dos segundo anos, nas escolas de São Sebastião, mostrou que nas escolas que trabalham com a leitura, a fluência leitora é maior.
Ler para aprender a ler. É isso que se costuma a chamar de Compreensão Leitora. LERNER, D.
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Leitura e escrita nas diversas disciplinas
As práticas de leitura e escrita devem formar o
A leitura e a escrita nas escolas devem ser
núcleo das instituições escolares e se espraiar pelas
institucionalizadas, isto é, fazer parte da
diversas áreas do conhecimento. Cada área contém
organização curricular e das práticas educativas.
uma lógica própria, com propósitos e estruturas textuais diferentes. Os alunos e alunas precisam ter acesso aos mais variados tipos de textos.
É importante que a escola toda – e não somente
Por exemplo, ler um cardápio, num bar, ou ler uma
professores dos anos de alfabetização – esteja
enciclopédia buscando informações, ou ler um
consciente de que a leitura pode ser ensinada
livro didático para estudar e aprender, ou ler uma
em todas as disciplinas e em todos os anos
revista em quadrinhos para se distrair – cada um
de escolaridade, isto é, podem ser ensinadas
desses processos é diferente dos outros e requer
estratégias de leitura que ajudam o leitor a ler
procedimentos diferentes. Há grandes vantagens
melhor. Outra consideração para quem ensina é
em se pensar a leitura desse modo. A principal
que é importante ajudar o leitor a ler com objetivos
delas é a de mostrar que existem formas para
determinados. Isto é, ler para interagir com
aumentar a competência em leitura ao longo da
um autor à distância por meio do texto escrito,
vida, isto é, que o ensino de leitura não é uma
buscando prazer, ou distração, ou informação, ou
etapa pontual que se esgota na alfabetização.
conhecimento. Os diferentes gêneros discursivos se prestam a diferentes objetivos de leitura, e para cada um há uma estratégia específica, mais eficaz.
Delaine Cafiero Bicalho – Glossário Ceale
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Abricó do Pontal Em um casebre rodeado de laranjeiras e coqueiros,
Então, por desejar mais que tudo a felicidade
vivia um velho pescador e sua filha. A moça era a
da moça, resolveu acabar com o tormento da
mais bela do vilarejo! Tinha cabelos robustos e olhos
pobrezinha. Ao retornar para a Ilha, largou o remo
tão profundos que até pareciam o fundo do mar.
e deixou a canoa desgovernada, ao sabor do vento
Além de sua beleza, preparava a melhor tainha com
forte que a derrubou.
banana verde! Todos os rapazes se encantavam pela moça, mas seu coração havia sido fisgado por um
O seu corpo, afogado em amor, foi encontrado
jovem, também pescador como o pai. Ele morava
próximo à pedra onde outrora se encontrava com a
em uma Ilha distante e vinha vê-la todas as tardes.
moça. Ela, quando soube do ocorrido, também se
Saía em sua canoa a remo e navegava por horas
deixou levar pela amargura e doença. No entanto,
para ver sua amada. Todos os dias fazia essa viagem,
tal como tudo na vida, algo de extraordinário
da Ilha para o continente e do continente para Ilha.
aconteceu. Na pedra, onde o casal se encontrava
O casal se encontrava em uma praia. Era a praia
nasceram dois pés de abricó. Nasceram
dos apaixonados, conhecida por Pontal da Cruz.
emaranhados, como se estivessem apaixonados.
Neste local, em cima de uma grande pedra, o jovem
Dizem por aí que o casal habita essas árvores e em
pescador e a bela moça faziam juras de amor. Entre
noite de lua cheia, o jovem pescador e a bela moça
o mar e a pedra, o amor caiçara florescia!
dançam uma linda ciranda na beira do mar.
Mas, o rumo dessa história mudou quando um rapaz, vindo de outras bandas, chegou ao vilarejo.
Janaina de Figueiredo
Ele vestia um paletó branco engomado, uma
Boi de Conchas, 2019
gravata borboleta e calçava um sapato danado
* Essa é uma adaptação das histórias orais do universo caiçara do litoral norte paulista. Esse conto foi adaptado a partir da Lenda conhecida como Lenda do Amor ou Lenda do Pontal da Cruz, de São Sebastião. Há várias versões sobre essa mesma história. Esse reconto foi escrito por Janaina de Figueiredo, para o livro Boi de Conchas e outros contos caiçaras, 2019.
de lustroso. Além disso, o forasteiro não pescava como todos os outros jovens do vilarejo e tinha um ar sedutor. Os olhos da moça transbordaram de amor! Seu coração, tão bondoso, ficou dividido e adoeceu de amargura. A moça não sabia o que fazer. Eram dois amores em um só coração. Na tarde seguinte, como sempre acontecia, o jovem pescador atravessou o mar para encontrar com sua amada. Contudo, ao chegar à praia encontrou a pedra vazia. A bela moça não o esperava. O jovem pescador ficou desesperado e tentou saber o que havia acontecido. Soube, mais tarde, que a moça sofria de uma doença terrível, a doença do amor. Procurou por toda cidade algum remédio que a curasse. Mas, não o encontrou.
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Caminhos que inspiram
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Sequência da proposta: 1. APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA Leitura da lenda “Abricó do Pontal” para o grupo. Discussão sobre a história e levantamento de
•
Série: 2º ano
hipóteses. Criar um ambiente em que seja considerado o ponto de vista da criança, e a discussão coletiva.
•
Tema:
Pedir aos alunos para pesquisarem com a família sobre
Gravação de lendas caiçaras.
lendas do município. Nessa fase, estimular a pesquisa e a investigação. Na sala, discutir as descobertas de
•
Propósito comunicativo:
outros contos e histórias trazidas pelos alunos/as.
Compartilhar as histórias.
2. ORGANIZAÇÃO DA ATIVIDADE •
Propósito didático: Compreensão das características
formar duplas e pedir para cada uma escolher um
das lendas, mergulho na cultura oral
conto que gostou. Contar um pouco para o grupo o
caiçara, leitura em voz alta.
motivo da escolha. Incentivar a argumentação dos/as aluno/as.
•
Público: Apresentação para os 3ºs anos.
Cada dupla vai planejar a gravação. Planejar como contar, quem contar. Para casa, treinar a narração dos contos. Destaca-se aqui a ação de planejamento e oralização do texto envolvidas nessa atividade. GRAVAÇÃO Momento para ensaio. Enquanto uma dupla grava, as outras ensaiam. Há sempre a necessidade de regravar. AUDIÇÃO O grupo todo escuta as gravações realizadas. É possível dar sugestões. Incentivar leitura/ escuta crítica. A opinião é bem vida! CARTA CONVITE produzir uma carta convite, apresentando para o público (3ºs anos) as gravações. Intervenção da professora nessa produção textual. APRESENTAÇÃO no dia da apresentação, organizar sessões. Três grupos passaram pelas sessões. Solicitamos ao público que façam sugestões e “críticas” construtivas.
12 MATERIAL DE APOIO – ANOS INICIAIS Essa atividade evidenciou o propósito
3. PASSO A PASSO
comunicativo e didático. O projeto trabalhou com os seguintes conteúdos: conhecimento sobre
Para planejar ações em torno da leitura
estruturas de contos de tradição oral (gênero
e da escrita é preciso:
literário), leitura da professora e do grupo. O grupo conheceu histórias locais e, com entusiasmo, avançaram na “leitura em voz alta”.
a. Formular perguntas mobilizadoras Quais propósitos estarão envolvidos? Quais conteúdos serão mobilizados?
b. Ter propósito comunicativo Compartilhar essas histórias com outras pessoas.
c. Ter propósito didático Compreensão das características das lendas, mergulho na cultura oral caiçara, leitura em voz alta.
d. Fazer levantamento de hipóteses e. Respeitar o ponto de vista da criança f. Incentivar a discussão coletiva e a argumentação dos/as aluno/as
g. Estimular a pesquisa e a investigação h. Conciliar o tempo de aprendizagem com o tempo didático
i. Propor auto avaliação j. Visar o processo k. Pensar em mecanismos avaliativos voltados para a autonomia
dos/as alunos/as Nesse tipo de atividade, o trabalho com a leitura em voz alta foi significativo e as crianças perceberam que ler em voz alta pode ser divertido. Nessa proposta, a professora criou situações didáticas de incentivo à formação de comportamentos leitor e escritor.
LEITURA, ESCRITA E ALFABETIZAÇÃO
4. AVALIAÇÃO
O CONCEITO PARA ESSE TRABALHO É:
Os instrumentos avaliativos devem estar voltados a análise do processo para redefinições de caminhos e estratégias didáticas. As autoavaliações são excelentes alternativas para criar autonomia dos/as alunos/as. Eles passam a se responsabilizar pelos seus processos. Veja abaixo um modelo de autoavaliação:
AUTOAVALIAÇÃO DA ATIVIDADE
“[...] todo professor é, em última instância, professor de leitura.” (KLEIMAN e MORAES, 2003, p. 23)
Objetivos não alcançados
Objectivos alcançados insatisfatoriamente
Objectivos alcançados satisfatoriamente
CRITÉRIOS:
Objetivos Alcançados Plenamente
1. Preencha a tabela abaixo:
Me dediquei muitas horas na atividade em dupla. Me dediquei muito na busca por informações e objetos antigos da minha família. Descobri muitas histórias sobre o passado dos meus familiares.
2. Se você não fez a atividade ou não apresentou no dia combinado, justifique-se abaixo:
3. Responda a pergunta: O que eu mais gostei desse projeto e o que menos gostei?
Está na Convenção Internacional dos Direitos da Criança:
Direito de se expressar, dar opinião e participar da vida da sociedade como cidadão.
Direito de sonhar, rir, brincar e participar de atividades culturais, esportivas e lúdicas.
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Formação de professores da rede – Anos Iniciais
As formações realizadas com educadores da
Além disso, desenvolvemos ações pontuais sobre
rede municipal de São Sebastião focaram temas
fluência leitora, com professores e coordenadores
fundamentais e que consideramos entrelaçados,
dos Anos Iniciais. Nesses encontros, discutimos
a saber, alfabetização, leitura e fluência leitora.
os resultados das avaliações externas de fluência,
Dividimos os encontros formativos em duas etapas:
mostrando disparidades entre perfis de leitores nos Anos Iniciais (pré-leitor, leitor iniciante e leitor
1. reflexões teóricas, percorrendo por estudos clássicos sobre o tema da leitura, e
fluente). A partir dos resultados, observamos com os educadores a existência de diversos perfis leitores – com níveis diferentes – em um mesmo
2. experimentações didáticas, acompanhando
grupo. Analisamos cada sala, levantamos hipóteses
e criando espaços de troca de experiências
importantes e organizamos, ao final do processo,
em leitura.
ações conjuntas para avançar na proficiência da leitura, sobretudo nos 2ºs anos.
Acima e abaixo à esquerda: Formação para os Anos Iniciais da rede municipal. Leitura, escrita, investigação e aprendizagens. Com Janaina de Figueiredo.
Abaixo à direita: Formação para os Anos Iniciais da rede municipal. Fluência Leitora. Com Cacilda Almeida.
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Dicas de conteúdo
LEITURA:
Delia Lerner Ler e escrever na escola o real, o possível e o necessário
Isabel José Estratégias de Leitura
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Sobre as autoras Janaina de Figueiredo Nascida em São Sebastião, sempre percorreu o universo da tradição e da oralidade. Na infância, suas lembranças se entrelaçam com as histórias contadas pelas famílias caiçaras e pelas tradições do universo afro-brasileiro. Dentro da sua formação acadêmica, tem Doutorado em Antropologia (PUC/SP) e está cursando o Pós-doutorado em Antropologia, pela Universidade de São Paulo (USP). Na literatura infantil busca flagrar encontros e desencontros de diversas vozes. É autora dos livros O fuxico de Janaina (Ed. Aletria), Nós de Axé (Ed. Aletria), Meu avô é um Tata (Ed. Pallas), Boi de Conchas e outros contos caiçaras (Ed. Sowilo), Formigável (Ed. Aletria), Seu Tainha (Ed, Tigrito), Sapatinho de Makota (Ed. Pallas), A rosa e o poeta do morro (Ed. Pallas), Kererê (Ed. Pallas), entre outros. É a primeira escritora do litoral norte a ser finalista do Prêmio Jabuti de literatura.
Cacilda Almeida
Emilia Ferreiro Os processos de leitura e escrita
Emilia Ferreiro Alfabetização em processo
ENTREVISTA: Delia Lerner:
Formada no curso de Magistério e licenciada nas faculdades de Pedagogia e Educação Física; Tem Pós graduação em Psicopedagogia, Neuropsicopedagogia, Alfabetização e Letramento. Atualmente, cursa especialização em Pedagogia Waldorf. É professora da rede municipal de São Sebastião há 23 anos, com ampla experiência na Educação Infantil e nos Anos Iniciais. Durante sua trajetória, atuou como coordenadora pedagógica e diretora de escola. Há alguns meses têm se dedicado a trabalhar na coordenação dos Anos Iniciais, da Secretaria Municipal de Educação de São Sebastião. Desenvolvendo projetos e ações educativas junto a coordenadores e educadores da rede.
“É preciso dar sentido à leitura” – Nova Escola https://encurtador.com.br/lwRY1
VÍDEOS: O professor alfabetizador | Grandes Diálogos com Delia Lerner https://encurtador.com.br/lLPSU Atividade de leitura e escrita para alfabetização inicial http://youtu.be/cAiO5Tv6eH8
Isabel Galvanese É ceramista, artista visual, ilustradora e escritora. Em 2019/2020 fez ilustrações para animação do projeto Treboada- sobre a obra da Mestra Caiçara Neide Palumbo. Tem três livros publicados que escreveu e ilustrou: O Segredo de Druzilla, A encantadora de siris, aprovado e selecionado Plano Nacional do Livro Didático (PNLD) do Governo Federal; A Lagarta Sufi, adotado pela Prefeitura Municipal de São Sebastião, e O fio Vermelho de Mieko. Ilustrou mais de 15 livros para outros escritores. Nas horas vagas gosta de cuidar das plantas e passear na praia.
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