Pesquisa: Plano ABC e Programa Inovagro

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4SUMÁRIO


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4EXPEDIENTE Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Neri Geller Secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo Caio Tibério Dornelles da Rocha Diretor-Geral do IICA Víctor M. Villalobos Representante do IICA no Brasil Manuel Rodolfo Otero Presidente do Simers Claudio Affonso Amoretti Bier Vice-presidentes Carolina Luiza Rossato Hayashida Gilson Lari Trennepohl Mário Wagner Diretores secretários Siegfried Kwast Mathias Elter Diretor tesoureiro Flávio Geraldo Zacher Alexandre Appel Coordenador do CT-ISA Francisco Hercílio da Costa Matos Relações institucionais Jassira Castro Coordenador de feira Rodrigo Rancheski Assessoria de imprensa Taís Teixeira Secretário Josias Portal Assistente operacional Alfredo Medeiros Editoração Itamar Pelizzaro Fotos Roberto Vinicius

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4S U M Á R I O Apresentação .............................................................................................................. 7 Introdução .................................................................................................................. 8

1. Caracterizações do Plano ABC e do Programa INOVAGRO

1.1. Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura - (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) - Plano ABC ............................................................................ 10 1.1.1. Concepção e Conceito .............................................................................. 13 1.1.2. A implantação do Plano ABC..................................................................... 13

1.2. Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária – INOVAGRO ................................................................................................................ 15 1.2.1. Concepção e Conceito ............................................................................ 15 1.2.2. A implantação do PROGRAMA INOVAGRO .............................................. 15

2. A Enquete realizada no contexto do CT-ISA 2.1. O que foi o CT-ISA .......................................................................................... 18 2.2. A Enquete ...................................................................................................... 20 2.3. O questionário utilizado na enquete .............................................................. 22 2.4. A aplicação dos questionários ....................................................................... 26

3. Os resultados obtidos ........................................................................................... 27

4. A Título de Conclusão ............................................................................................ 46

5. Referências Bibliográficas ...................................................................................... 48

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4APRESENTAÇÃO

FRANCISCO HERCÍLIO DA COSTA MATOS Economista, coordenador da pesquisa no CT-ISA e consultor do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (SIMERS)

Este é o Produto 4 (P04) da consultoria contratada ao SIMERS pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) para atender à solicitação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA, através da cooperação técnica entre ambos (PCT/BRA/IICA-13/002 – Desenvolvimento Agropecuário), cujo Termo de Referência está consubstanciado em TR Expointer – 2014. Prevê-se ali a elaboração de 4 (quatro) produtos, todos frutos da prestação de serviços de apoio técnico à realização do Circuito Tecnológico sobre Inovação e Sustentabilidade na Agropecuária (CT-ISA), realizado no âmbito da Expointer 2014, no município de Esteio (RS), no período de 30 de agosto a 7 de setembro de 2014. Este quarto produto constitui-se, pois, de Relatório Técnico com os resultados e as análises da enquete realizada junto aos produtores rurais visitantes do CT-ISA, na Expointer, sobre o grau de conhecimento das tecnologias preconizadas do Plano ABC e das facilidades e vantagens promovidas pelo Programa INOVAGRO. Para esse fim, o SIMERS se cercou dos cuidados metodológicos necessários para realizar o trabalho durante os nove dias da exposição. Cabe agradecer ao MAPA e ao IICA pela confiança na capacidade realizadora do SIMERS, que renova sua satisfação pela construção da parceria, a qual empresta brilho e reconhecimento à sua atuação como entidade fomentadora do desenvolvimento do agronegócio brasileiro.

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4INTRODUÇÃO De 30 de agosto a 7 de setembro de 2014, foi realizada uma enquete junto aos agricultores visitantes do Circuito Tecnológico sobre Inovação e Sustentabilidade na Agropecuária (CT-ISA) para aquilatar o estado da arte da aplicação e difusão do Programa INOVAGRO e do Plano ABC, ambos políticas públicas criadas e destacadas pelo MAPA. Para tanto, o instrumento de coleta de dados foi estruturado no sentido de identificar e captar as diferentes visões de desempenho do Programa e do Plano. A hipótese subjacente para a aplicação desta enquete durante a Expointer é que os agricultores da região sul do País são tão ou mais informados que aqueles das demais regiões brasileiras. Isso porque o padrão tecnológico da agricultura dessa região é notoriamente mais inovador, rivalizando inclusive em apropriação de tecnologia com as regiões Centro-Oeste e Sudeste. Ademais, a agricultura na região Sul conta com maior diversidade, tanto de culturas e atividades quanto de porte dos produtores, o que torna mais amplas e significativas as eventuais constatações. Logo, esperava-se que houvesse maior apropriação de informações da parte desses agricultores quanto ao conteúdo das políticas avaliadas. O questionário aplicado compreendeu três blocos de perguntas. A saber: o perfil do respondente e de sua propriedade, o seu conhecimento sobre o Plano ABC e o seu conhecimento sobre o Programa INOVAGRO. Assim, os blocos de questões oferecidas ao respondente contiveram itens quanto à sua qualificação de agricultor e de sua unidade de produção, além de suas avaliações sobre as informações que dispõe e o grau de utilização que faz tanto do INOVAGRO, quanto do ABC. As entrevistas, por sua vez, foram conduzidas por pesquisadores com

perfis técnico-profissionais compatíveis aos temas, escolhidos, treinados e acompanhados por profissional tecnicamente gabaritado, contratado para superintender os trabalhos e produzir o relatório final. Na análise e avaliação das respostas foi utilizado tratamento estatístico adequado ao modelo da enquete, baseada por sua vez em amostragem não probabilística, de natureza intencional* próprio desse padrão de levantamento. Para a estruturação do presente relatório, parte-se inicialmente da caracterização dos dois instrumentos de politica pública focados: o Plano ABC e o Programa INOVAGRO. Para tanto, o primeiro capítulo revisa suas concepções e conceitos respectivos, a implementação e as expectativas almejadas de ambos os instrumentos. No segundo capítulo, apresentam-se o contexto e a estrutura da enquete. Sobre o contexto, baseia-se na descrição do que se constituiu o CT-ISA. Sobre a estrutura da enquete, lastra-se na concepção e no desenvolvimento do instrumento de coleta de dados (“questionário”) e na metodologia de aplicação e na apuração dos resultados. No terceiro capítulo, se apresentam os resultados aferidos, comentados por bloco de questões. No quarto e último capítulo, se discutem algumas premissas para, em seguida, se apresentarem as observações e sugestões de aperfeiçoamento destes instrumentos de políticas públicas, a título de conclusões.

* A amostragem é dita intencional quando o investigador se dirige intencionalmente a um grupo de elementos dos quais deseja saber opinião. Neste caso, os agricultores que visitaram a Expointer.

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4CARACTERIZAÇÃO

TITULO DO TRABALHO

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1. CARACTERIZAÇÃO DO PLANO ABC E DO PROGRAMA INOVAGRO 1.1. Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura - (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) - Plano ABC 1.1.1. Concepção e Conceito A partir da década de 1980, as questões ambientais afloraram de forma menos tímida e mais determinada na agenda da agropecuária mundial. Isso fez com que se buscassem alternativas para as rotas tecnológicas até então observadas, tendo presente a necessidade de cotejar a expansão da demanda de alimentos e de matérias primas com a preservação e a melhoria do meio ambiente. A comunidade científica passou a se voltar para a pesquisa e o desenvolvimento de novas metodologias de produção. Passou a desenvolver novos padrões tecnológicos para a agropecuária, agora tendo foco também na sustentabilidade. O mundo quis e impôs uma nova ordem de produção para o século XXI, em que o meio ambiente fosse tão importante quanto à própria segurança alimentar da população. No Brasil, tais entidades, tendo a Embrapa à frente, buscaram o protagonismo. Muitos processos produtivos foram reconsiderados, o que se estendeu desde a biotecnologia, passando aos processos bioquímicos e mecânicos do desenvolvimento da agropecuária nacional. Ademais, no ano de 2009, o Brasil como participante da 15ª Conferência das Partes (COP 15) assumiu um compromisso voluntariamente com o resto do mundo: reduzir entre 36% a 39% as emissões de gases de efeito estufa (GEE), em um horizonte de tempo de 10 anos. A partir dessa decisão soberana do governo brasileiro, foi produzida legislação específica, materializada na Lei nº 12.187/09, de 29 de dezembro de 2009, que criou e deu forma à política nacional sobre mudanças do clima. Naquele estatuto jurídico ficou estabelecida a criação de planos setoriais de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, objetivando o baixo consumo de carbono. A assim chamada economia de baixo carbono. E dentre os vários setores da economia, coube destaque à agricultura. Para tanto, recorreram-se às alternativas tecnológicas que pudessem significar naquele momento avanços ambientais, como a recuperação de pastagens degradadas; a integração entre atividades de lavoura e pecuária; a ampliação do sistema de plantio direto; e a fixação biológica do nitrogênio. Em dezembro de 2010, houve a regulamentação da lei federal através do Decreto nº 7.390, que estabeleceu e constituiu o plano para consolidação de uma economia de baixa emissão de carbono na agricultura, cujos objetivos ratificaram os compromissos de redução das emissões de gases de efeito estufa oriundos das atividades agropecuárias. A partir da redução do desmatamento, com o aumento da produção agropecuária em bases sustentáveis, com a adequação das propriedades rurais à legislação ambiental, com a ampliação da

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área de florestas cultivadas e com o estímulo à recuperação de áreas degradadas. Portanto, a mudança de padrão tecnológico de produção estabeleceu-se no Brasil, onde - por muitos anos - as políticas de desenvolvimento da agricultura foram voltadas, meramente, à expansão da produção, sem muito levar em conta a questão da sustentabilidade da atividade, seja do ponto de vista econômico ou ambiental. Nesse sentido, o Plano ABC é, pois, um marco. Desde então, pode-se considerar que independentemente dos cenários sobre aquecimento global e mudanças climáticas, de se confirmarem ou não, as tecnologias previstas no Plano são o novo padrão para agropecuária brasileira, pois sustentável, conservando os recursos naturais e elevando a renda do produtor rural. Pormenorizadamente, o Plano ABC aponta no sentido das seguintes rotas tecnológicas para a agropecuária brasileira: A) Recuperação de pastagens degradadas. Constituindo-se na recuperação, em qualidade e quantidade, do vigor e da produtividade exigidos pelos animais da produção das forrageiras implantadas. Para tanto, existem alternativas técnicas indicadas para diversas situações de melhoria de área degradada. A saber: a recuperação, que consiste no “restabelecimento da produção de forragem, mantendo-se a mesma espécie ou cultivar’’; a renovação, que consiste ‘’no restabelecimento na produção da forragem com a introdução de uma nova espécie ou cultivar, em substituição à que está degradada’’; a reforma de pastagens, que consiste ‘’na realização de correções ou reparos após a pastagem já estabelecida’’. B) A integração lavoura–pecuária–floresta. Constituindo-se em utilização de tecnologia que objetiva a um só tempo aumentar a produtividade agrícola e pecuária. Integra atividades agrícolas, pecuárias e florestais em uma mesma área de cultivo consorciando, sucedendo ou rotacionando entre elas. Existem também formas, pelo menos quatro, de promover a integração lavoura, pecuária e floresta: 1. Integração lavoura-pecuária, ou agropastoril, que se constitui “em sistema de produção que integra as componentes agrícola e pecuária em rotação, consórcio ou sucessão, em uma mesma área, em um mesmo ano agrícola ou por múltiplos anos”; 2. Integração pecuária-floresta, ou silvipastoril, que consiste “no sistema de produção que integra as componentes pecuária e florestal em consórcio”; 3. Integração lavoura-floresta, ou silviagrícola, que se constitui “em sistema de produção que integra os componentes florestal e agrícola, pela consorciação de espécies arbóreas com cultivos agrícolas”, podendo ser de caráter anual ou perene; 4. Integração lavoura-pecuária-floresta, ou agrossilvipastoril, que consiste “em sistema de produção que integra os componentes agrícola, pecuária e florestal em rotação, consórcio ou sucessão, em uma mesma área”.

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C) Sistema Plantio Direto. Constitui-se em adoção de tecnologia agrícola visando ao aumento da produtividade e à conservação do solo. Pode ser entendido como o conjunto de ações e processos técnicos adotados na chamada agricultura conservacionista voltados a sistemas agrícolas de produção. Tais ações e processos dizem respeito a: 1. Eliminação total ou parcial do revolvimento do solo com a utilização de implementos; 2. Movimentação do solo somente na linha da semeadura; 3. Cobertura permanente do solo com resíduos vegetais ou plantas vivas; 4. Diversificação de culturas buscando ampliar a biodiversidade obedecendo a multicultivo em rotação, sucessão ou consorciação de culturas. Além disso, outras ações consideradas benéficas e consentâneas com o que se apregoa no sistema plantio direto são também invocadas: a adição de palhada ao solo, a implementação do processo “colher-semear”, a utilização de insumos de maneira precisa e não perdulária, afora o controle do tráfico das máquinas agrícolas na área de plantio. D) Fixação Biológica de Nitrogênio. Constitui-se na adoção de tecnologias para aumentar a produtividade agropecuária, através de processo biológico (inoculação de bactérias nas raízes das plantas) que, através de processo complexo de uso de enzimas, capta nitrogênio atmosférico em estruturas nitrogenadas assimiláveis pelos vegetais. E) Florestas Plantadas. Constituem-se em modalidades tecnológicas de plantio de florestas para produção de material lenhoso destinado a diferentes aproveitamentos, tais como produção de madeira, de papel e celulose ou de carvão vegetal. Em função da necessidade de obtenção de máxima produtividade, a tecnologia recomendada aponta o plantio homogêneo de espécies, a destacar a utilização de “pinus” e “eucalyptus”. Os resultados práticos na utilização destas tecnologias podem significar para o agricultor adição de renda, redução de desmatamento de área nativa, geração de energia (carvão vegetal) e de material para utilização na indústria da construção civil (‘escoras’ por exemplo). F) Tratamento de Dejetos Animais. Constitui-se em modalidade tecnológica que permite melhorar a qualidade ambiental, pela redução da poluição das águas e do meio atmosférico, gerar energia (através de processo de biogestão) e produzir compostos orgânicos para fertilização dos campos produtivos.

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Segundo a literatura técnica, outros benefícios advindos do processo de tratamento de afluentes animais podem ser destacados, além dos já mencionados: a redução do custo de produção, com a maior disponibilidade de fonte de energia, a redução da dependência de fertilizantes químicos industrializados, além da possibilidade de utilização do gás metano gerado no processo (biogás). 1.1.2. A implantação do Plano ABC No ano de 2010, foi criado pelo governo federal, através do MAPA, o Plano ABC, com estimativas de aplicação de recursos da ordem de R$ 200 bilhões no período de 10 anos. Deste total, exatos 78% disponibilizáveis através de financiamento, “via crédito rural, para realização das metas físicas de cada Programa”. A destacar que os financiamentos preveem taxas de juros subsidiados pelo Tesouro Nacional, alcançando a quantia estimada de R$ 33 bilhões em subsídios para os 10 anos aludidos. Além disso, o orçamento da União também prevê outras ações como medidas de apoio à execução do Plano, através da pesquisa e assistência técnica, treinamento e capacitação de produtores e técnicos. Afora isso, ações de divulgação e de monitoramento do Plano. Para o presente ano-safra 2014-2015, preveem-se recursos aplicáveis da ordem de R$ 4,5 bilhões, com um limite de empréstimo de R$ 2 milhões por tomador, com prazo máximo de até 15 anos para o reembolso, carência limite de 6 anos. Já as taxas de juros variam de 4,5% ao ano, para agricultores enquadráveis no PRONAMP, e de 5% ao ano, para os demais. As expectativas de resultados dos financiamentos estão vinculadas à seguinte lógica de aplicação dos recursos pelo agricultor: A) Para o ABC - Ambiental Adequação ou regularização das propriedades rurais frente à legislação ambiental, inclusive recuperação da reserva legal, de áreas de preservação permanente; recuperação de áreas degradadas e implantação e melhoramento de planos de manejo florestal sustentável, inclusive: elaboração de projeto técnico, georreferenciamento das propriedades rurais, despesas técnicas e administrativas relacionadas ao processo de regularização ambiental; realocação de estradas internas das propriedades rurais para fins de adequação ambiental. B) ABC – Integração Destinado à implantação e ao melhoramento de sistemas de integração lavoura-floresta, pecuária-floresta ou lavoura-pecuária-floresta e de sistemas agroflorestais, podendo ser financiados, desde que vinculados a projeto técnico que ateste o enquadramento do crédito aos objetivos e às finalidades da linha: aquisição de bovinos, ovinos e caprinos, para reprodução, recria e terminação, e sêmen, óvulos e embriões dessas espécies, limitada a 40% do valor financiado, aquisição de máquinas, implementos e equipamentos de fabricação nacional, inclusive para a implantação de sistema de irrigação, limitados a 40% do valor financiado.

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C) ABC – Florestas Destinado à implantação, à manutenção e ao melhoramento do manejo de florestas comerciais, inclusive aquelas destinadas ao uso industrial ou à produção de carvão vegetal, podendo ser financiados, desde que vinculados a projeto técnico que ateste o enquadramento do crédito aos objetivos e às finalidades da linha: aquisição de máquinas, implementos e equipamentos de fabricação nacional, inclusive para a implantação de sistema de irrigação, limitados a 40% do valor financiado, custeio associado ao investimento, limitado a 30% do valor financiado, podendo ser elevado a 35% do valor financiado, quando destinado à implantação e à manutenção de florestas comerciais e a 40% quando o projeto incluir a aquisição de bovinos, ovinos e caprinos, para reprodução, recria e terminação, e sêmen dessas espécies. D) ABC – Plantio Direto Implantação e melhoramento de sistemas de plantio direto “na palha”, podendo ser financiados, desde que vinculados a projeto técnico que ateste o enquadramento do crédito aos objetivos e às finalidades da linha: aquisição de máquinas, implementos e equipamentos de fabricação nacional, inclusive para a implantação de sistema de irrigação, limitados a 40% do valor financiado; adubação verde e plantio de cultura de cobertura do solo; marcação e construção de terraços e implantação de práticas conservacionistas do solo; custeio associado ao investimento, limitado a 30% do valor financiado. E) ABC – Recuperação Recuperação de pastagens degradadas, podendo ser financiados, desde que vinculados a projeto técnico que ateste o enquadramento do crédito aos objetivos e às finalidades da linha: aquisição de bovinos, bubalinos, ovinos e caprinos, para reprodução, recria e terminação, e sêmen, óvulos e embriões dessas espécies, limitada a 40% do valor financiado; custeio associado ao investimento, limitado a 30% do valor financiado, admitida a elevação até 40% do valor financiado quando o projeto incluir a aquisição de bovinos, ovinos e caprinos, para reprodução, recria e terminação, e sêmen dessas espécies. F) ABC - Orgânico Implantação e melhoramento de sistemas orgânicos de produção agropecuária, inclusive pagamento de serviços destinados à conversão da produção orgânica e sua certificação. G) ABC – Tratamento de Dejetos Implantação, melhoramento e manutenção de sistemas de tratamento de dejetos e resíduos oriundos da produção animal para geração de energia e compostagem, inclusive: 40% do valor financiado para a aquisição de máquinas, implementos e equipamentos, de produção nacional, para a realização de compostagem e para produção e armazenamento de energia; ou até 100% do valor financiado para a aquisição de máquinas, implementos e equipamentos, de produção nacional, para a implantação, melhoramento e manutenção de sistemas de tratamento de dejetos e resíduos oriundos da produção animal para compostagem e geração de energia.

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1.2. Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária – INOVAGRO 1.2.1. Concepção e Conceito Criado no último ano safra (2013-2014), o INOVAGRO promove o crédito para apoiar “investimentos necessários à incorporação de inovação tecnológica nas propriedades rurais, visando ao aumento da produtividade, à adoção de boas práticas agropecuárias e de gestão da propriedade rural, e à inserção competitiva dos produtores rurais nos diferentes mercados consumidores”. Para que acesse ao financiamento é preciso que o agricultor apresente projeto técnico para aquisição dos seguintes itens, desde que vinculados aos objetivos: • Aquisição, implantação e recuperação de equipamentos e instalações para proteção de cultivos inerentes ao segmento da olericultura, fruticultura, floricultura e cafeicultura; • Serviços de agricultura de precisão, desde o planejamento inicial da amostragem do solo à geração dos mapas de aplicação de fertilizantes e corretivos; • Automação e adequação de instalações para os segmentos de avicultura, suinocultura e pecuária de leite, inclusive a aquisição integrada ou isolada de máquinas e equipamentos para essa finalidade; • Programas de computadores para gestão, monitoramento ou automação; • Consultorias para a formação e capacitação técnica e gerencial das atividades produtivas implementadas na propriedade rural; • Aquisição de material genético (sêmen, embriões e oócitos), provenientes de doadores com certificado de registro e avaliação de desempenho ou, alternativamente, para pecuária de corte, o certificado especial de identificação de produção-CEIP;

Além disso, prevê também o financiamento de itens que estejam em conformidade com os Sistemas de Produção Integrada Agropecuária PI-Brasil e Bem-Estar Animal, e aos Programas Alimento Seguro das diversas cadeias produtivas e Boas Práticas Agropecuárias da Bovinocultura de Corte e Leite. Quando o financiamento se destinar a tais fins, o projeto técnico deve mencionar as normas ou condições do Sistema ou Programa a que se refere. Da mesma forma, é também obrigatória a apresentação de projeto técnico específico, elaborado por profissional habilitado, com descrição das inovações tecnológicas. Outros itens financiáveis, desde que vinculados aos objetivos: • Itens ou produtos desenvolvidos no âmbito do Programa de Inovação Tecnológica (Inova-Empresa); • Assistência técnica necessária para a elaboração, implantação, acompanhamento e execução do projeto, limitada a 4% do valor total do financiamento; • Custeio associado ao projeto de investimento e aquisição de matrizes e reprodutores, com certificado de registro genealógico, emitido por associações de criadores autorizados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e avaliação de desempenho;

1.2.2. A implantação do PROGRAMA INOVAGRO A partir do ano safra de 2013-2014 foi criado o INOVAGRO, que teve como expectativa de aplicações de recursos, no primeiro ano, cerca de R$ 1,0 bilhão. As condições do financiamento previam taxas de juros de 3,5% ao ano, prazo de dez anos, com carência de até

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três anos. O limite de aplicação por tomador era de até R$ 1 milhão. Já para este segundo ano safra, as condições permanecem muito semelhantes às do seu primeiro ano, alterando-se a expectativa de aplicação de recursos para R$1,7 bilhão, com uma pequena variação, para maior, na taxa de juros que agora é de 4% ao ano. Quando se tratar de financiamentos coletivos, o montante pode chegar a R$ 3 milhões por tomadores do financiamento. No caso de financiamentos contemplando a modalidade “custeio”, o somatório dos recursos disponibilizados para esta finalidade, associado a projetos de investimento e aquisição de matrizes e reprodutores, é limitado a 30% do valor do financiamento. Em relação às conformidades com Sistemas de Produção Integrada Agropecuária PI-Brasil e Bem-Estar Animal e com os Programas Alimento Seguro das diversas cadeias produtivas e Boas Práticas Agropecuárias da Bovinocultura de Corte e Leite, os projetos podem contemplar: • Construção, adequação e manutenção de instalações para manejo de animais, tais como: currais, cercas, bretes, cochos, embarcadores, bebedouros, pisos, baias, área de descanso dos animais e outros; • Aquisição e instalação de equipamentos para captação, distribuição e tratamento de água para os animais, incluindo poços artesianos; • Aquisição e instalação de sistemas de irrigação para forrageiras; • Aquisição de equipamentos de identificação de animais, tais como: microchip, brinco e outros; • Adequação do ambiente térmico das instalações, tais como: sistema de ventilação forçada ou ar-condicionado, proteção contra a radiação solar direta, barreira quebra-ventos e outros itens relacionados ao bem-estar animal; • Tanques de expansão, ordenhadeiras, sistema de automação de ordenha, medidores e analisadores de leite integrados, incluindo “robô” para ordenha voluntária; • Energizador, arame, postes, conectores, hastes de aterramento, esticadores, portões e demais acessórios para instalação de cercas elétricas; • Misturadores, inclusive vagões misturadores, e distribuidores de ração, balanças e silos de armazenagem de ração; • Tratores, equipamentos e implementos agrícolas para produção, colheita e armazenagem de forragem, no limite de 30% (trinta por cento) do valor financiado; • Insensibilizadores portáteis para abate emergencial nas fazendas; • Aquisição de botijões para armazenagem de material genético animal; • Instalações e equipamentos para laboratórios de análises de qualidade do leite; • Aquisição de geradores de energia elétrica, cuja capacidade seja compatível com a demanda de energia da atividade produtiva; • Equipamentos veterinários; • Adequação ou regularização das propriedades rurais frente à legislação ambiental; • Construção, adequação e manutenção de instalações utilizadas na atividade produtiva, tais como: pátios de compostagem, galpões para máquinas e equipamentos, instalações para armazenamento de insumos, instalações para lavagem, classificações, processamento e embalagem de produtos vegetais; • Aquisição e instalação de câmara fria para produtos agrícolas; • Estações meteorológicas;

Além disso, o INOVAGRO também contempla a aquisição de: • Computadores, equipamentos e softwares para gestão, monitoramento ou automação, abrangendo gestão da produção agrícola, gestão da propriedade, registro e controle das operações agrícolas, monitoramento de pragas, monitoramento do clima, rastreabilidade, automação de sistemas de irrigação, automação de cultivo protegido; • Conservação de solo e água; • Equipamentos para monitoramento de pragas; • Aquisição de material genético e de propagação de plantas perenes; • Equipamentos e kits para análises de solo.

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DE PESQUISA


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ENQUETE NO CT-ISA

2. A ENQUETE REALIZADA NO CONTEXTO DO CT-ISA 2.1. O que foi o CT-ISA Durante a 37ª Expointer, realizada no município de Esteio (RS), o MAPA promoveu um espaço de demonstração e difusão de tecnologias para que os agricultores e o público pudessem conhecer as políticas públicas relacionadas à automação e à agricultura e pecuária de precisão, irrigação, tecnologias de produção sustentáveis, boas práticas agropecuárias e rastreabilidade. Esta iniciativa caracterizou-se como o primeiro Circuito Tecnológico sobre Inovação e Sustentabilidade na Agropecuária (CT-ISA), no âmbito do espaço de máquinas e implementos agrícolas na Expointer, gerido pelo SIMERS. Nessa iniciativa, dentre os critérios adotados, o circuito de máquinas, implementos e equipamentos agrícolas exigiu que os produtos exibidos na mostra fossem somente aqueles fabricados no Brasil, alinhado com as políticas de desenvolvimento da indústria nacional. Para tanto, foi exigido que os produtos expostos constassem do Cadastro de Financiamento Industrial (CFI) do BNDES – o código Finame. Ademais, cada equipamento tinha que estabelecer diálogo com os respectivos eixos das políticas públicas destacadas pela SDC/MAPA: o Programa INOVAGRO; o Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (Plano ABC); a Agricultura de Precisão e a Produção Integrada. Para os agricultores visitantes também houve a preocupação em prestar informações técnicas, da parte dos representantes das fábricas, fornecendo-lhes os esclarecimentos sobre cada produto, além de esclarecer sobre a relação com o padrão tecnológico que mais pudesse se adequar ao processo produtivo de cada um. Outra iniciativa foi a realização de seminários temáticos, durante quatro dias, para apresentação e discussão dos primados das políticas públicas, contando com apresentações de especialistas especialmente convidados para este fim. Uma terceira iniciativa foi a realização de oficinas de prospecção de negócios, para que os agricultores apresentassem suas demandas por produtos tecnológicos, de base mecânica, inovadores na engenharia do produto ou no processo de aplicação, diretamente aos fabricantes de máquinas agrícolas.

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ENQUETE NO CT-ISA

O CT-ISA se constituiu em espaço de demonstração e difusão de tecnologias durante a Expointer, realizada em Esteio (RS)

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ENQUETE NO CT-ISA

2.2. A Enquete Uma quarta iniciativa foi a realização de uma enquete junto aos agricultores visitantes do Circuito Tecnológico sobre Inovação e Sustentabilidade na Agropecuária (CT-ISA) para aquilatar o estado da arte da aplicação e difusão do Programa INOVAGRO e do Plano ABC. A pesquisa realizada – aqui também tratada sinonimicamente por “Enquete” – objetivou gerar informações para aplicação prática e dirigida. Ou seja: avaliar o grau de difusão e conhecimento dos agricultores sobre as duas políticas públicas do MAPA, tendo em vista subsidiar eventuais soluções para problemas de divulgação. Portanto, se constituiu em ação específica com fim específico. Nada teve de compromissos metodológicos e teóricos para além do mencionado. No escopo da consultoria contratada, o objetivo da iniciativa foi exatamente procurar aquilatar uma opinião do agricultor, e poder com isso encaminhar sugestões à SDC/MAPA para o aperfeiçoamento da comunicação dos gestores das políticas com o público alvo, de modo a permitir uma difusão de informações mais eficaz.

2.3. O questionário utilizado na enquete O instrumento de coleta de dados – ICD (“Questionário”) foi estruturado no sentido de identificar e captar as diferentes visões para o desempenho das políticas públicas mencionadas. Dada à natureza complexa e ampla dos objetos da pesquisa, isto é, o grau de conhecimento e avaliação do agricultor quanto às políticas públicas “Plano ABC” e “Programa INOVAGRO”, teve-se que construir um questionário denso, o que de certa forma contraria as recomendações técnicas de metodologia para estes casos. Para superar essa dificuldade metodológica, dispõe-se de uma “questão filtro” fundamental na abertura dos dois blocos de informações específicos: “Você conhece o Plano ABC / INOVAGRO: ( ) SIM ( ) NÃO”. Claro que, aqui, a assinalação “NÃO” indicava a suspenção da aplicação das demais questões, simplificando assim o processo. Outra opção importante quanto ao método adotado no questionário, diz respeito ao

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Bloco 01 de perguntas, que versam sobre o perfil e a qualificação do respondente. Com esse conjunto de informações, notoriamente de absoluto domínio do entrevistado, procurou-se criar um ambiente de empatia na interação com o pesquisador, o que passava a ser importante para obtenção de respostas mais fidedignas para os demais blocos. Além disso, já com preenchimento desse primeiro bloco de informações, o entrevistado se gabaritava a concorrer ao prêmio oferecido pela organização, através de sorteio: um conjunto de ordenha mecânica e mais um equipamento transferidor de leite avaliados em R$ 4.000,00 pelos fabricantes expositores no CT-ISA. Com isso, imaginou-se aproximar mais ainda o entrevistador do entrevistado para a sequência de aplicação do questionário. Desse modo, foram concebidos três blocos de questões para o questionário, a serem oferecidos ao respondente para suas avaliações. A saber: A) Bloco 01 - Perfil de qualificação do agricultor e da sua unidade de produção, composto de 11 (onze) itens. Versa sobre identificação pessoal do respondente, a natureza da sua entidade agrícola (pessoa física ou jurídica), localização (município e estado) da(s) propriedade(s), tamanho das áreas, áreas exploradas, número de ocupações geradas nas atividades, à condição de domínio das áreas, atividades econômicas exploradas, infraestrutura de produção (base da mecanização). B) Bloco 02 - Questões referentes ao grau de conhecimento e da avaliação do respondente sobre o Plano ABC, tais como: conhece o Plano, como conheceu, que modalidades de tecnologias previstas no Plano conhece, se já participou de evento técnico de capacitação sobre o plano, quais os entraves ao bom desempenho do Plano, se já promoveu investimentos e em quais alternativas tecnológicas, etc. Além disso, itens opinativos sobre a adequação das condições e dos limites dos financiamentos, tais como: taxas de juros, montantes, prazos, e a participação do agente financeiro. Também averigua a hipótese do agricultor já ser também produtor de serviços ambientais. Finaliza questionando as expectativas do respondente quanto aos ganhos futuros que possa usufruir com relação à implementação do Plano ABC. C) Bloco 03 – Assim como nas questões referentes ao grau de conhecimento e da avaliação do respondente sobre o Plano ABC, também para o INOVAGRO foram formuladas indagações semelhantes. Tais como: conhece o Programa, como conheceu, que modalidades de tecnologias previstas no Programa conhece, se já participou de evento técnico de capacitação sobre o Programa, quais os entraves ao bom desempenho do Programa, se já promoveu investimentos e em quais alternativas tecnológicas, etc. Além disso, também, foram incluídos itens opinativos sobre a adequação das condições e dos limites dos financiamentos, tais como: taxas de juros, montantes, prazos, e a participação do agente financeiro. Finaliza questionando as expectativas do respondente quanto aos ganhos futuros que possa usufruir com relação à implementação do Programa INOVAGRO. Veja nas próximas páginas a reprodução do questionário utilizado pelos pesquisadores durante o CT-ISA:

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2.4. A aplicação dos questionários Por se tratar de uma pesquisa intencional, visando observar e descrever situações específicas de um dado conjunto de pessoas (“agricultores”) adotou-se o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: o questionário. A aplicação de um questionário procura, por definição, recolher uma amostra dos conhecimentos, atitudes, valores dos respondentes. Assim, do ponto de vista do presente trabalho, previu-se que as informações levantadas seriam produzidas a partir das declarações do entrevistado, de forma que o preenchimento do questionário fosse feito com base somente das informações prestadas, não cabendo ao aplicador interpretações particulares sobre o tema abordado. Como a maioria das perguntas tinha opções pré-definidas de respostas, estas deveriam ser lidas para o respondente. Quando se tratava de questão aberta, a informação prestada pelo entrevistado deveria ser transcrita da forma mais fidedigna possível ao exposto por este. Em caso de alguma dúvida do respondente, caberia ao entrevistador dar a explicação, nos termos listados no questionário, para aquilo que não fosse suficientemente compreendido pelo entrevistado. Portanto, optou-se por se trabalhar apenas com preenchimento das respostas a partir das entrevistas conseguidas dentre os frequentadores interessados no CT-ISA, evitando-se uma abordagem Expointer afora, o que poderia significar perda de qualidade e fidedignidade ao público alvo. Procurou-se com isso reduzir alguma perda de substância por razão de interpretação das perguntas, nem se comprometesse a qualidade das respostas por qualquer outra razão. Mesmo em se tratando de uma amostragem intencional, que significa que a apuração dos resultados pudesse ser baseada no número de respostas válidas por quesito, não tendo que haver necessariamente uma amostra mínima a ser coberta. Para procurar motivar a participação do público alvo, recorreu-se ao sorteio de brindes disponibilizados pelos parceiros industriais, o que cativou o interesse dos agricultores presentes no CT-ISA. Assim, de 540 questionários respondidos, total ou parcialmente, exatos 02 (dois) foram descartados por se descaracterizarem do público alvo. Embora se tratassem de agricultores, ambos eram produtores na cidade de uruguaia de Colônia Sacramento. Portanto, não usufrutuários do sistema de crédito oficial e das políticas públicas brasileiras. Ao longo de todo o período de 30 de agosto a 7 de setembro de 2014, foram realizadas as entrevistas junto aos agricultores visitantes do CT-ISA, a cargo de uma equipe de quatro pesquisadores, todos com nível superior concluído ou em conclusão. Tais pessoas passaram por uma capacitação ao longo da manhã do primeiro dia, de modo a se familiarizarem com o conteúdo e material da pesquisa. Para a apuração dos dados, após a leitura crítica das respostas de todos os questionários, foi montado um sistema de tabulação de dados baseado em todas as respostas encontradas, a partir de planilha Excel. Dessas, apuraram-se as válidas em cada questão, o que explica haver variação de “n” (a amostra qualificada) por quesito respondido.

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4O S

R E S U L T A D O S

3. OS RESULTADOS OBTIDOS É próprio deste padrão de pesquisa a avaliação dos dados do ponto de vista da qualidade das informações, que por sua vez se baseia na percepção dos atores sociais envolvidos. Não se vincula às “medidas estatísticas” e procura interpretar os fenômenos estudados a partir dos atributos, das opiniões e dos significados dados pelo público alvo entrevistado. É essencialmente descritiva e o pesquisador procura analisar os dados indutivamente. Assim, se farão a seguir os comentários sobre os resultados aferidos, a partir dos três blocos de perguntas.

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4PERFIL DO PRODUTOR RURAL

BLOCO 01 – Perfil e Qualificação do Produtor e da Propriedade.

No primeiro bloco de perguntas referentes à qualificação do Agricultor e de sua unidade produtiva, composto por onze perguntas, foram apuradas as seguintes respostas: 1) Dos 538 questionários validados, a natureza da entidade agrícola que promove a exploração da propriedade foi majoritariamente declarada como sendo de “Pessoa Física” (83%), contra apenas 1% que se declarou “Pessoa Jurídica”. Outros 87 respondentes não informaram sobre a natureza dessa relação. 2) Entre os dois estratos de 41 anos a 60 anos, se situaram 41% das respostas quanto à faixa etária do pesquisado. A destacar nesse quesito, a expressiva participação de jovens (até 21 anos), que registrou 12% das respostas, o que de certo modo confronta com o senso comum que alude ao “esvaziamento do campo”. Inda mais se agregarmos a este contingente, outro que remeta à faixa etária dos 21 anos a 30 anos (16%). 3) Em 538 questionários considerados, foram mencionados 10 (dez) Unidades da Federação (UF’s) diferentes onde operam os agricultores, cobrindo toda a geografia do País. Das UF’s mencionadas, a que apresentou a maior frequência foi o estado do Rio Grande do Sul, como se era de esperar, com 463 menções (86%), seguido de Santa Catarina com 60 menções (11%). Muito embora, Distrito Federal, Tocantins, Mato Grosso, Goiás e Sergipe registraram apenas uma menção cada um. Esse nível de menção a estados das diferentes regiões do País (dez), embora com baixa frequência, de certa forma, corrobora a visão que se tem sobre a cobertura da Expointer, enquanto feira multifocal e de abrangência nacional. 4) Dos estratos que consideram o tamanho de propriedade, exatos 77% das respostas concentraram-se em até 50 hectares (ha) de área, com registro de assinalação equilibrado nos estratos de 50 a 100 ha (9%) e mais de 250 ha (8%). Isto indica forte concentração da estrutura fundiária na mão de pequenos e médios agricultores, o que é compatível com o volume de respostas de agricultores operando no RS (vide item anterior), onde a questão fundiária está mais sedimentada em função das inúmeras sucessões hereditárias registradas. 5) O mesmo entendimento se pode aplicar ao tamanho das áreas exploradas (pergunta 06 do bloco 01 do questionário), com registros semelhantes. Até porque este item é subconjunto do anterior – eventuais diferenças, a menor, podem ser creditadas às condições da legislação ambiental, por exemplo, que limita a exploração da área a uma taxa percentual do todo da propriedade, cuja taxa essa que varia de uma região (bioma) a outra do País.

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4PERFIL DO PRODUTOR RURAL 1) Natureza da entidade agrícola Pessoa jurídica Pessoas física Não informou

Entrevistas 7 444 87

4) Tamanho da área das propriedades

% 1% 83% 16%

Propriedade Entrevistas % Até 50 ha 414 77% De 50 a 100 ha 47 9% De 100 a 150 ha 21 4% De 150 a 200 ha 11 2% De 200 a 250 ha 3 1% Maiores que 250 ha 42 8% 77% até 50 ha

83% Pessoa física 1% Pessoa jurídica

9% de 50ha a 100 ha d

16% Não informou

e1 00 a 1 de 5 5 4% 0 h 0 a e 1 c ta 00 9d%res he e 1 ct 50 are a2 s 0 2% 0 h ec ta

4% de 100 a 150 ha re s

2% de 150 a 200 1% de 200 a 250 Ex m tr aio a to

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ue 2 8% 50

8% Maiores que 250 an h o da s rie da de s

9%

6%

5) Tamanho das áreas exploradas

Hectares Entrevistas % Até 50 446 83% De 50 a 100 35 7% De 100 a 150 11 2% De 150 a 200 hectares 11 2% De 200 a 250 6 1% Maiores que 250 29 5%

até 21de 21 a 30 16% 11%

Não informou

> 60 9%

Mais de 60

Pr op

Não Informou de 31 a 40 6% 17%

% 12% 16% 17% 21% 20% 9% 6%

es

Entrevistas 58 78 84 106 98 47 29

50 77 hect % ar

Até 21anos De 21 a 30 anos De 31 a 40 anos De 41 a 50 anos De 50 a 60 anos Mais de 60 anos Não Informou

é

at

2) Faixa etária

12%

até 21 anos até 50 ha

83% 16%

21 a 30 anos

7% de 50 a 100 ha

50 a 60 anos 20% de 50 a 60 20%

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5% Maiores que 250 ra to

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41 a 50 anos

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3) Entrevistados por Estado Estado Rio Grande do Sul Santa Catarina Distrito Federal Paraná São Paulo Tocantins Rio de Janeiro Mato Grosso Goiás Sergipe

31 a 40 anos

21%

ex p

de 41 a 50 21%

17%

2% de 100 a 150 ha 2% de 150 a 200 1% de 200 a 250

Entrevistas 463 60 1 3 3 1 4 1 1 1

% 86% 11% 0% 1% 1% 0% 1% 0% 0% 0%

4% Outros Estados

11% Santa Catarina 86% Rio Grande do Sul

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4PERFIL DO PRODUTOR RURAL 6) Quanto ao número de pessoas que trabalham por estabelecimento, 51% das assinalações se concentraram no estrato de 03 a 05 pessoas ocupadas, seguido de 42% das respostas consideradas no estrato até 02 e de quase 8% no estrato acima de 05 pessoas. Por se tratarem de pequenos e médios agricultores, é comum a participação de membros da família na composição da forma de trabalho da unidade produtiva (“agricultura familiar”). Ainda mais que, no Rio Grande do Sul, há uma notória prevalência de agricultores familiares (86% dos estabelecimentos agrícolas em 2006, segundo o Censo Agropecuário). Aliás, coincidentemente, o mesmo percentual de questionários respondidos pelos agricultores gaúchos na presente pesquisa. 7) Quanto à condição de domínio na ocupação da propriedade, observou-se forte concentração de respostas (91%) na condição de proprietário, seguida da condição de arrendatário (6%). Note-se que aqui as informações podem ser assinaladas em mais de uma condição, visto que o Agricultor pode ocupar tanto uma condição quanto outra, concomitantemente, em mais de uma propriedade. De fato, registrou-se aqui um “n” amostral igual a 539 questionários considerados. Houve, portanto, um respondente que assinalou possuir mais de uma condição de domínio. 8) No quesito referente às principais explorações econômicas da propriedade, foram admitidas respostas com até três citações. Isso porque é própria da agricultura da região, entre pequenos e médios produtores, a diversificação de atividades e culturas. Assim, houve maior prevalência das citações de atividades agrícolas (70%) em detrimento das atividades pecuárias (30%). Naquelas, predominou citações às atividades olerícolas (48%), contra 22% para produção de grãos. No que se refere às atividades pecuárias, houve registro predominante da atividade leiteira e criação de “gado misto”. 9) Em relação à utilização de equipamentos mecânicos na propriedade, cabe destacar que 83% dos respondentes dizem possuir trator agrícola, além do que 45% disseram que tinham dois ou mais tratores. É um índice surpreendente se se tomar em conta que o Censo Agropecuário do Brasil, em 2006, traz uma densidade de “Número de Tratores Agrícolas”/ “Número de Estabelecimentos Agrícolas” da ordem de 15%. 10) Quanto aos dez implementos e equipamentos mais mencionados na enquete, a maioria mencionou Plantadeira (19%), Pulverizador (18%), Grade (18%) e Arado (13%) como os itens mais recorrentes.

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4PERFIL DO PRODUTOR RURAL 6) Número de trabalhadores

Respostas Até 2 trabalhadores 225 De 3 a 5 trabalhadores 272 Mais que 5 trabalhadores 41

% 42% 50% 8%

Quantidade Respostas % Nenhum trator 90 17% Apenas 1 trator 248 46% 2 tratores 134 25% Mais que 2 tratores 66 12%

50

at% é N 2 tr úm8 ab a lha e%ro d or e s d e Tra de 3a bal 5t r h a b al a d or had o es

Apenas 1 trator 46%

8% Mais que 5

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até 2 trabalhadores

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42%

Tem 2 tratores

25%

50% de 3 a 5 trabalhadores

9) Tratores

es or at Tr

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42%

lha d s

10) Os dez implementos mais utilizados

7) Condições que exercem a atividade

Condição Entrevistas % Proprietario 493 91% Arrendatário 33 6% Posseiro, meeiro, parceiro 7 1% Outras formas 6 1%

8) Culturas mais exploradas

Condição Entrevistas % Melancia 195 23% Gado de Leite 143 17% Trigo 133 16% Cenoura 101 12% Pasto 70 8% Verduras 64 7% Arroz 51 6% Olericultura 43 5% Peixe 33 4% Culturas Mais Citadas Gado misto 20 2%

Implemento Respostas % Plantadeira 192 19% Pulverizador 182 18% Grade 180 18% Arado 125 13% Roçadeira 102 10% Ensiladeira 54 6% Subsolador 51 5% Colheitadeira 39 4% Pé de pato 36 4% Carreta Os Dez Implementos 27 Mais Citadas3%

3%

CARRETA

CARRETA; 27

4%

PÉ DE PATO

PÉ DE PATO; 36

4%

COLHEITADEIRA

COLHEITADEIRA; 39

SUBSOLADOR

5%

SUBSOLADOR; 51

ENSILADEIRA

6%

ENSILADEIRA; 54

10%

ROÇADEIRA

12%

Cenoura Pasto

16%

7%

Verduras

6% Arroz

Trigo

20% 17% Gado de leite

5% Olericultura

GRADE

18%

GRADE; 180

Pulcerizador

18%

Pulcerizador; 182

19% 0

Peixe

23%

ARADO; 125

Plantadeira

4%

Melancia

13%

ARADO

8%

ROÇADEIRA; 102

2% Gado misto

31

50

100

150

Plantadeira; 192 200

250


4AVALIAÇÃO DO PLANO ABC

BLOCO 02 - Questões referentes ao grau de conhecimento e da avaliação do respondente sobre o Plano ABC.

No segundo bloco de perguntas sobre o Plano ABC, composto de 17 questões, foram apurados os seguintes resultados: 1) Das 538 entrevistas obtidas, apenas e tão somente, 56 pessoas disseram conhecer o Plano ABC (10%), contra 428 que diziam desconhecer (80%) e outras 54 que não informaram resposta (10%).

2) Das tais 56 respostas validadas que disseram conhecer o Plano ABC, 43% informaram que o conheceram através de veículos como o Rádio e a TV. As alternativas “Através do Agente Financeiro que opera” (9%), ou “Através da Entidade de Assistência Técnica” (9%), ou mesmo por “Jornais e Revistas” especializadas (9%), foram as demais alternativas mais mencionadas – todas com um mesmo grau de citações.

3) Já quanto às modalidades tecnológicas previstas no Plano ABC, que diz conhecer, as respostas mais destacadas foram: “Implantação de sistemas de Plantio Direto na Palha - ABC Plantio Direto” (19%); “Recuperação de Pastagens Degradadas – ABC Recuperação” (18%); “Implantação e melhoramento de sistemas orgânicos - ABC Orgânico” (14%); “Implantação, melhoramento de sistemas de integração lavoura-pecuária, pecuária-floresta, lavoura-pecuária-floresta e sistemas agroflorestais - ABC Integração” (13%). Acresça-se que nesta pergunta se admitiu mais de uma resposta, por razões óbvias, totalizando mais de 100 menções.

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4AVALIAÇÃO DO PLANO ABC

2) Se respondeu sim ao item anterior, indique a seguir como conheceu o Plano ABC

1) Voce já teve a oportunidade de conhecer o Plano ABC Entrevistas % Conhece 56 10% Não conhece 428 80% Não informou 54 10%

Entrevistas % Através do Banco que opera 5 9% Através de cooperativa 1 2% Entidade de assistencia técnica 5 9% Rádio ou TV 24 43% Jornal e revista 5 9% Revenda de máquinas/material agro 0 0% Internet 4 7% Vizinhos, parentes ou amigos 2 4% Outra 10 18% Como Conheceu o Programa ABC Bancos

80% Não conhece Conh

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Outras

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10% Conhece o Pr ogra ma A

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Amigos ou parentes

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10% Não informou

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2% Cooperativas 9% Entidade

3%

N ão

Internet 7%

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Jornal ou revista

9%

43%

Rádio ou TV

3) Se respondeu sim ao item 1, qual(ais) às modalidade(s) e tecnologias previstas no plano ABC que você conhece: Modalidades e tecnologias Entrevistas % A) Recuperação de pastagens degradadas 19 18% B) Implantação e melhoramento de sistemas orgânicos - ABC Orgânico 15 14% C)Implantação de sistemas de plantio direto na palha - ABC Plantio Direto 20 19% D) Implantação melhoramento de sistemas de integração lavoura pecuária, pecuária-floresta, lavoura-pecuária-floresta e sistemas agroflorestais - ABC integração 14 13% E) Implantação, manutenção e melhoramento do manejo de florestas comerciais - ABC Florestas 8 8% F) Adequação ou regularização das propriedades rurais frente a regularização ambiental, inclusive recuperação de reserva legale de APPs - ABC Ambiental 10 10% Implantação de sistemas de plantio Implantação, manutenção e Estimulo ao uso da fixação biológica Recuperação de pastagens Implantaçõa e melhoramento de na palha ABC Plantio Direto; animal degradadas;de 19 dejetos sistemas organicos - ABC direto Orgânico; 15 - da Tecnologia que Conhecem G) Tratamento e residuos oriundos produção para a melhoramento do manejo de florestas de nitrogênio - ABC Fixação biológica 20 comerciais - ABC Florestas; 8 de nitrogênio; 7 geração25de energia ABC tratamento de dejetos 11 11% H) Estímulo ao uso da fixação biológica de nitrogênio - ABC Fixação biológica de nitrogênio 7 7% 20 20 15 15

14%

13%

10 10

11%

10%

8%

55

7%

AB C

Fi xa ç de ão ni bio tr ló og gi ên ca io

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19%

18%

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4AVALIAÇÃO DO PLANO ABC

4) Quanto à participação em evento técnico de capacitação ou difusão de tecnologias sobre o Plano ABC, apenas 12 pessoas informaram que já participaram (21%), contra 32 respostas negativas (57%) e outros 12 pesquisados que não informam (21%). 5) Das 12 pessoas que responderam ter participado de algum evento técnico de capacitação ou difusão de tecnologias do Plano ABC, dez disseram ter participando em acontecimento no próprio estado do Rio Grande do Sul e dois não souberam precisar onde. Desses dez, cinco disseram tê-lo feito através de promoção de entidade privada de ATER.

6) Das alternativas apontadas como maior obstáculo para a implementação do Plano ABC, 37% disseram acreditar que se tratavam das “Exigências Bancárias”, outros 28% disseram ser a “Falta de Apoio Técnico”, e outros 17% afirmaram que é o “Próprio Conhecimento sobre o Plano”. “Falta de Apoio Técnico” com 9% das respostas e a “Falta de Mão de Obra Especializada”, com 6%, completam o quadro de respostas.

7) Sobre a realização ou não de investimentos na propriedade visando à implementação das tecnologias previstas no Plano ABC, 47 respondentes (79%) disseram não haver promovido ainda qualquer investimento neste sentido. Dos demais, 12 respondentes que conheciam o Plano ABC, 10 disseram que haviam feito investimentos, dos quais 05 com recursos próprios e outros 05 recorrendo a recursos oficiais. Outros dois não informaram qualquer resposta. 8) Dos dez pesquisados que responderam já terem promovido investimentos com base nas tecnologias apregoadas pelo Plano ABC, lhes foi questionado a natureza de tais investimentos. Naturalmente que aqui cabiam diversas possibilidades de resposta uma vez que um mesmo agricultor já poderia ter promovido diferentes aplicações neste sentido. Neste caso, das respostas dadas, em termos das alternativas tecnológicas: “Recuperação de Pastagens Degradadas – ABC Recuperação” (32%); “Implantação de sistemas de Plantio Direto na Palha - ABC Plantio Direto” (27%); “Implantação, melhoramento de sistemas de integração lavoura-pecuária, pecuária-floresta, lavoura-pecuária-floresta e sistemas agroflorestais - ABC Integração” (14%); e “Adequação ou regularização das propriedades rurais frente a regularização ambiental, inclusive recuperação de reserva legal de APPs - ABC Ambiental” (14%), se constituíram nas mais citadas modalidades de aplicação de recursos.

9) Os três tópicos seguintes procuraram, sucessivamente, avaliar a opinião dos agricultores sobre as condições dos créditos oficiais implantados pelo Governo Federal para o Plano ABC. Indagavam sobre o limite do montante, sobre as taxas de juros aplicadas e sobre os prazos de carência e de amortização. Destaque-se que a grande maioria das respostas (88%) considerou o montante suficiente, as taxas de juros adequadas (73%), assim como também os prazos de carência e amortização (84%).

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4AVALIAÇÃO DO PLANO ABC

5) Se respondeu sim ao item anterior, especifique:

4) Você já participu de algum evento técnico de capacitação ou difusão de tecnologias sobre o Plano ABC?

Onde Entrevistas % No RS 10 83% Não respondeu 2 17% Quando 2011 1 8% 2012 1 8% 2013 4 33% 2014 3 25% Não informou 3 25% Entidade promotora ATER oficial 3 25% ATER privada 5 42% Embrapa 1 8% Entidade Bancária 1 8% Entidade Sindical 1 8% Universidades 1 8%

Resposta Entrevistas % Sim 12 22% Não 32 58% Não infomou 12 21% Participação em Eventos

22% Sim

21% Não informou

58% Não participou

Falta mão de obra

7%

6) Qual(is) das alternativas a seguir você acredita representar maiores dificuldades para a implementção do Plano ABC Conhecimento sobre o plano Elaboração de projeto Exigências bancárias Falta de apoio técnico Falta de mão de obra

9 6 20 15 4

Falta de apoio técnico

17% 11% 37% 28% 7%

de projeto

Exigências bancárias

s io is pr a i ó pr fic os Promoção s o de Investimentos s o r t sim, com recursos di cu ou não promovi sim, com créditos Ainda é Não informou; re 2 minvestimento; próprios; 5 cr r oficiais; 5 44 m fo in om co c , o , Nã Sim SIm

7) Se respondeu sim ao item 1, já promoveu algum investimento visando à implementação das tecnologias previstas no plano ABC, em sua propriedade 44 5 5 2

11% Elaboração

28%

37%

Ainda não promovi investimento Sim, com créditos oficiais Sim, com recursos próprios Não informou

Conhecimento sobre o plano

17%

9%

78% 9% 9% 4%

9%

4%

78% Ainda não investiu

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4AVALIAÇÃO DO PLANO ABC

10) Já quanto aos agentes financeiros, dos dez que responderam haver feito investimentos com base nas tecnologias do Plano ABC, oito reportaram ao Banco do Brasil como parceiro, contra uma menção ao sistema de crédito cooperativo e uma menção a agente financeiro privado.

11) Embora no quesito seguinte, quanto ao maior entrave que ele julgou ter enfrentado, os destaques tenham sido as alegações referentes às “Exigibilidades Bancárias” (62%) e à “Pouca Agilidade” (29%), informadas como maiores obstáculos para uma efetivação mais eficiente do Plano ABC.

12) Sobre Serviços Ambientais versaram os próximos três tópicos. No primeiro deles, item 14 do questionário, indagado se sabia o quê é “Crédito Carbono”, 57% disseram que sim, contra 39% que disseram “Não” e outros 4% que não informaram.

13) Em seguida, indagado se a propriedade já havia prestado, ou se presta, algum serviço ambiental, 27% disseram que “Sim”; ou seja, em 15 das 56 enquetes validadas. Dos quais, 10 disseram tê-lo promovido ligado ao tema “Uso de Recursos Naturais”; contra 03 que disseram tê-lo feito através de “Gestão de Recursos” e outros 02 em “Controle da Produção”.

14) Quanto às expectativas que o agricultor eventualmente tenha de ganho futuro com a aplicação de tecnologias preceituadas no Plano ABC, a maioria respondeu que espera “Mais Melhorias Ambientais” (20%); “Mais Produtividade” (18%); “Mais Geração de Renda” (17%); “Mais Conservação de Água e Solo” (14%); “Mais Uso de Tecnologias Sustentáveis” (10%); “Mais Qualidade de produto” (9%); “Mais Acesso a tecnologias, Produtos e Serviços” (8%); e “Mais Remuneração por Serviços Prestados” (4%).

36


4AVALIAÇÃO DO PLANO ABC

8) Se já aplicou recursos com base nas tecnologias previstas no plano ABC, aponte em qual(ais) modalidade(s) Modalidades e tecnologias Entrevistas % Recuperação de pastagens degradadas 7 32% Implantaçõa e melhoramento de sistemas organicos - ABC Orgânico 1 4% Implantação de sistemas de plantio direto na palha - ABC Plantio Direto 6 27% Implantação melhoramento de sistemas de integração lavoura pecuária, pecuária-floresta, lavoura-pecuária-floresta e sistemas agroflorestais - ABC integração 3 14% Implantação, manutenção e melhoramento do manejo de florestas comerciais - ABC Florestas 1 4% Adequação ou regularização das propriedades rurais frente a regularização ambiental, inclusive recuperação de reserva legal de APPs - ABC Ambiental 3 14% Tratamento de dejetos e residuos oriundos da produção animal para a geração de energia ABC tratamento de dejetos 0 0% Estimulo ao uso da fixação biológica de nitrogênio - ABC Fixação biológica de nitrogênio 1 4%

Aplicação de Recursos 8 7 6

32% 27%

5 4 3

14%

14% 2 1

4%

4%

0

37

4%


4AVALIAÇÃO DO PLANO ABC

9) Quanto ao limite de recursos disponiveis no plano ABC, para cada agricultor, conforme estabelece o plano agrícola e pecuário do governo federal, você considera:

S

ufic ie

ncia d

5%

os

Não informou

Re cu rso s

88% 7% 5%

Dis íve is

49 4 3

7% Recursos insuficientes

po n

Que os recursos são suficientes Que os recursos são insuficientes Não informou

Recursos suficientes

88%

10) Quanto aos juros aplicados nos financiamentos no plano ABC, você considera:

Consideração sobre os Juro s

Adequados à natureza dos investimentos 41 Inadequados à natureza dos investimentos 13 Não informou 2

Juros inadequados

23%

4% Não infomou

73% 23% 4%

73%

Juros adequados

11) Quanto aos prazos de carência e de amortização aplicados aos financiamentos disponíveis no plano agrícola e pecuário do governo federal para o plano ABC, você considera:

Q

4% c ia e

Banco do Brasil

80% 10%

Santander

ve Entra

Cooperativa de crédito

q os sa iro u ce re an cor Fin re

s com

s te en Ag

10%

Banco do Brasil 8 80% Santander 1 10% Cooperativa de Crédito 1 10%

9%

62%

is ua

29% 62% 0% 9%

Outras

29% Pouca agilidade

nanc

Exigibilidade em excesso

i tes F Agen

13) Em relação ao agente financeiro, cite qual o maior entrave na relação bancária para implementação do plano ABC

se

eiros

6 13 0 2

Não informou

Ca rê n

12) Em relação ao agente financeiro, cite qual ou quais você recorre ou já recorreu para desenvolvimento de projetos com base nas tecnologias do plano ABC:

Pouca agilidade Exigibilidade em excesso “Reciprocidades” compulsórias Outras

ua nt o

12% 4%

ao s

7 2

Juros inadequados

de

84%

12%

pr az os

47

Prazos adequados

Am or tiz aç ão

Prazos adequados à natureza dos investimentos Prazos inadequados à natureza dos investimentos Não informou

84%

38


4AVALIAÇÃO DO PLANO ABC

Sabe o que é Cré

14) Você sabe o que é “crédito carbono”?

39%

Sim 32 57% Não 22 39% Não informou 2 4%

57% Sim

Não

4% Não informou dito Carbono

15) A sua propriedade presta ou já prestou serviços ambientais:

Ap ro p r se r ie d a d v i ç os e pre am sta b / i e nta pres is? tou

62% Não

11% Não informou

Sim 15 27% Não 35 62% Não informou 6 11%

27% Sim

Que serviços ambientais prestou?

16) Se respondeu sim ao item anterior, especifique qual(ais) temas: Controle de produção Gestão de recursos Uso de recursos naturais

2 3 10

13% Controle de produção Uso de recursos 67% naturais

13% 20% 67%

20% Gestão de recursos

17) O que você espera alcançar no futuro em relação às práticas tecnologicas previstas no plano ABC

O que espera alcançar no futuro?

Mais acesso às tecnologias, produtos e serviços 8 8% Mais uso de tecnologias sustentáveis 10 10% Mais melhoria ambiental 20 20% Mais produtividade 18 18% Mais qualidade de produto 9 9% Mais geração de renda 17 17% Mais conservação do solo/água 14 14% Mais remuneração pelos serviços prestados 4 4%

Mais conservação de solo e água

pelos uneração Mais rem s o restad serviços p

14%

8%

4%

s, protecnologia Acessos a erviçis dutos e s

10%

Uso de tecnologias sustentáveis

17% 20%

Mais geração de renda

9% Mais qualidade do produto

18% Mais produtividade

39

Mais melhoria ambiental


4A V A L I A Ç Ã O

I N O VA G R O

BLOCO 03 - Questões referentes ao grau de conhecimento e da avaliação do respondente sobre o Programa INOVAGRO.

No terceiro bloco de perguntas referentes ao grau de conhecimento e da avaliação do agricultor sobre o Programa INOVAGRO, composto de 14 questões, foram apurados os seguintes resultados:

1) Das 538 entrevistas obtidas, apenas e tão somente 36 pessoas disseram conhecer o Programa INOVAGRO (7%), contra 450 que afirmaram desconhecer (83%) e outras 52 que não informaram resposta (10%).

2) Das citadas 36 respostas validadas que disseram conhecer o Programa INOVAGRO, 42% informaram que o conheceram através de veículos como o Rádio e a TV. As alternativas “Através do Agente Financeiro que opera” (19%), ou “Através da Outras Formas” sem especificar quais (14%). A participação da “Entidade de Assistência Técnica” (6%), ou mesmo por intermédio da “Internet” (6%), e “Através de Vizinho, Parente, ou Amigo” (11%) foram as alternativas, em seguida, mais mencionadas.

3) Quanto às modalidades de financiamentos previstas no Programa INOVAGRO, que diz conhecer, as respostas mais destacadas foram: “Aquisição, implantação e recuperação de equipamento e instalações para proteção de cultivos inerentes ao segmento da olericultura, fruticultura, floricultura e cafeicultura” (29%); “Máquinas e equipamento para automação e adequação de instalações nos segmentos de avicultura, suinocultura e pecuária de leite” (24%); “Programas de computadores para gestão, monitoramento ou automação” (12%); “Aquisição de material genético (sêmen, embriões e oócitos), provenientes de doadores com certificado de registro e avaliação de desempenho ou, alternativamente para pecuária de corte, o Certificado Especial de Identificação de Produção – CEIP” (10%).

40


4A V A L I A Ç Ã O

I N O VA G R O

1) Voce já teve a oportunidade de conhecer o Programa Inovagro

83% 10%

mo Co n he

7%

Não conhece Não informou

Co

Conhece 36 7% Não Conhece 450 83% Não informou 52 10%

Conhece

ce u

2) Se respondeu sim no item anterior, indique a seguir como conheceu o Programa Inovagro

Como Conheceu o INOVAGRO

Outras

Através do Banco que opera 7 19% Através de cooperativa 0 0% Entidade de assistencia técnica e extensao rural/escritorio técnico de projeto 2 5% Rádio/TV 15 42% Jornal/revista 1 3% Revendedora de maquinas agricolas ou material agropecuario 0 0% Internet 2 6% Vizinhos, parentes ou amigos 4 11%

14%

Amigos 11 % parentes Internet

19% Bancos

5%

Entidade

6%

Jornal ou 3% revista

42% Rádio ou TV

Outra 5 14%

3) Se respondeu sim ao item 1, qual(ais) modalidada(es) de financiamentos previstas no Programa Inovagro que você conhece 3%

Assitência técnica necessária para a elaboração, implementação, acompanhamento

3%

Itens ou produtos desenvolvidos no âmbito do Programa de Inovação Tecnológica (INOVA - Empresa

7%

Itens e projetos vinculados aos Sistemas de Produção Integrada Agropecuária (PI-Brasil)

10%

5%

Aquisição de material genetico (semen, embriões e oócitos), provenientes de doadores com certificado de registro e avaliação de desempenho ou, alternativamente para pecuária de corte, o Certificado Especial de Identificação de Produção - CEIP

Consultorias para a formação e capacitação técnica e gerencial das atividades produtivas implementadas na propriedade rural

12%

Programas de computadores para gestão, monitoramento ou automação

24%

7%

Máquinas e equipamento para automação e adequação de instalações nos segmentos de avicultura, suinocultura e pecuária de leite.

Serviços de agricultura de precisão, desde o planejamento inicial da amostragem do solo à geração dos mapas de aplicação de feritilizantes e corretivos

29%

41

Aquisição, implantação e recuperação de equipamento e instalaçãoes para proteção de cultivos incerentes ao segmento da olericultura, fruticultura, floricultura e cafeicultura.


4A V A L I A Ç Ã O

I N O VA G R O

4) Quanto à participação em evento técnico de capacitação ou difusão de tecnologias sobre o Programa INOVAGRO, apenas 2 (duas) pessoas informaram que já participaram (6%), contra 29 respostas negativas (80%) e outros 5 de pesquisados que não informam (14%).

5) Das duas pessoas que responderam ter participado de algum evento técnico de capacitação ou difusão de tecnologias do Programa INOVAGRO, uma disse ter participando em acontecimento no Rio Grande do Sul e outra fora do estado. Uma em atividade promovida pelo SENAR e outra pelo SICREDI.

6) Das alternativas apontadas como maior obstáculo para a implementação do Programa INOVAGRO, 38% disseram acreditar que se tratavam das “Exigências Bancárias”, outros 24% afirmaram que é o “Próprio Conhecimento sobre o Plano”. A “Falta de Apoio Técnico” com 14% das respostas e a “Falta de Mão de Obra Especializada”, com 14%, e “Outras” (10%), sem especificar quais, completam o quadro de respostas.

7) Sobre a realização ou não de investimentos na propriedade com base nos postulados do programa INOVAGRO, 26 pessoas (72%) disseram não haver promovido ainda qualquer investimento neste sentido. Dos demais, 05 respondentes que promoveram investimentos com base no Programa, 04 disseram que o haviam feito com recursos oficiais e 01 com recursos próprios. Outros cinco não informaram.

8) Dos cinco pesquisados que responderam já terem promovido investimentos com base nas tecnologias apregoadas pelo Programa INOVAGRO, lhes foi questionado a natureza de tais investimentos. Naturalmente que aqui cabiam diversas possibilidades de resposta uma vez que um mesmo agricultor já poderia ter promovido diferentes aplicações neste sentido. Neste caso, das respostas dadas, 57% foram destinados para “Máquinas e equipamento para automação e adequação de instalações nos segmentos de avicultura, suinocultura e pecuária de leite”. Enquanto outros 29% foram destinados para “Aquisição, implantação e recuperação de equipamento e instalações para proteção de cultivos inerentes ao segmento da olericultura, fruticultura, floricultura e cafeicultura”.

42


4A V A L I A Ç Ã O

nico? o téc t n e e ev

4) Você já participou de algum evento técnico de capacitação ou difusão de tecnologias sobre o Programa Inovagro

Não

Sim 2 6% Não 29 80% Não informou 5 14%

Sim

ud

c ip o Parti

Senar 1 50%

Maiores dificuldades Outros

10%

O conhecimento sobre o programa 7 24% Elaboração de projeto 0 0% Exigências bancárias 11 38% Falta de apoio técnico 4 14% Falta de mão de obra especializada para a implementação 4 14% Outros 3 10%

14%

Falta de apoio técnico

14%

e Não informou ov om Pr

m

e tim s e inv

o nt 38%

Exigências bancárias

14%

Sim, com 3% recursos próprios

72% 11% 3% 14%

Conhecimento sobre o programa

24%

Falta de mão de obra

lgu ua

7) Se respondeu sim ao item 1, já promoveu algum investimento com base nos postulados do Programa Inovagro, em sua propriedade 26 4 1 5

6%

Entidade promotora Sicredi 1 50%

6) Qual(is) das alternativas a seguir você acredita representar maiores dificuldades, para a implementação do Programa Inovagro

Ainda não promovi investimento Sim, com créditos oficiais Sim, com recursos próprios Não informou

80%

Não informou 14%

5) Se respondeu sim, ao ítem anterior especifique: Onde No RS 1 50% Outro Estado 1 50%

I N O VA G R O

72%

Ainda não investiu

11% Sim, com créditos oficiais

8) Se já investiu com base do Programa INOVAGRO, aponte em qual(ais) modalidade(s) Modalidades

Respostas %

Aquisição, implantação e recuperação de equipamento e instalaçãoes para proteção de cultivos incerentes ao segmento da olericultura, fruticultura, floricultura e cafeicultura. 2 29% Serviços de agricultura de precisão desde o planejamento inicial da amostragem do solo à geração dos mapas de aplicação de feritilizantes e corretivos. 0 0% Máquinas e equipamento para automação e adequação de instalações nos segmentos de avicultura, suinocultura e pecuária de leite. 4 57% Programas de computadores para gestão, monitoramento ou automação. 0 0% Consultorias para a formação e capacitação técnica e gerencial das atividades produtivas implementadas na propriedade rural. 1 14% Aquisição de material genetico (semen, embriões e oócitos), provenientes de doadores com certificado de registro e avaliação de desempenho ou, alternativamente para pecuária de corte, o Certificado Especial de Identificação de Produção - CEIP. 0 0% Itens e projetos vinculados aos Sistemas de Produção Integrada Agropecuária (PI-Brasil) e bem estar animal, e aos programas alimentos seguro das diversas cadeias produtivas, e boas prática agropecuárias da bovinocultura de corte e de leite. 0 0% Itens ou produtos desenvolvidos no âmbito do Programa de Inovação Tecnológica (INOVA - Empresa). 0 0% Assitência técnica necessária para a elaboração, implementação, acompanhamento e execução do projeto, limitada a 4% (quatro por cento) do valor total do financiamento. 0 0%

43


4A V A L I A Ç Ã O

I N O VA G R O

9) Os três tópicos seguintes procuraram, sucessivamente, avaliar a opinião dos agricultores sobre as condições dos créditos oficiais implantados pelo Governo Federal para o Programa INOVAGRO. Indagaram sobre o limite do montante, sobre as taxas de juros aplicadas e sobre os prazos de carência e de amortização. Destaque-se que a grande maioria das respostas (89%) considerou o montante suficiente, as taxas de juros adequadas (61%), assim como também os prazos de carência e amortização (83%).

10) Já quanto aos agentes financeiros, dos cinco que responderam haver feito investimentos com base nas tecnologias do Programa INOVAGRO, quatro reportaram ao Banco do Brasil como parceiro, contra uma menção dada à Caixa Econômica Federal.

11) Embora, no quesito seguinte, quanto aos entraves ao deslanchar do programa, o destaque foi a alternativa “Exigibilidades Bancárias” (67%).

12) Quanto às expectativas que o agricultor eventualmente tenha de ganho futuro com a realização de investimentos previstos no Programa INOVAGRO, a maioria das assinalações corresponderam a: “Mais Tecnologias” (34%); “Mais Geração de Renda” (24%); “Mais Produtividade” (17%); “Mais Qualidade do produto” (12%); “Mais Gestão na produção” (12%);

44


Recursos insuficientes

89% 11%

61%

61% 39%

Co

rsos

s cado apli

20%

ns

Banco do Brasil 80%

sp

Prazos adequados à natureza dos investimentos 30 83% Prazos inadequados à natureza dos investimentos 6 17%

raz os

Ag en te

Caixa Econômica sF in

ac e

12) Em relação ao agente financeiro, cite qual(ais) você recorre (ou já recorreu) para desenvolvimento de projetos com base nas tecnologias do Programa Inovagro

Prazos inadequados

o

17%

id e raç ão s

Prazos 83% adequados

bre o

11) Quanto aos prazos de carência e de amortização aplicados aos financiamentos disponíveis no plano agrícola e pecuário do governo federal para o Programa Inovagro, você considera:

Juros inadequados

39%

e cu os r

Juros adequados

bre

10) Quanto aos juros aplicados nos financiamentos Programa INOVAGRO, você considera: Adequados à natureza dos investimentos 22 Inadequados à natureza dos investimentos 14

11%

so ação id e r

32 4

Con

Que os recursos são suficientes Que os recursos são insuficientes

89%

Recursos suficientes

sider ação s o dispo bre os r e cu r níve os is

9) Quanto ao limite de recursos disponiveis no Programa INOVAGRO, para cada agricultor, conforme estabelece o plano agrícola e pecuário do governo federal, você considera:

I N O VA G R O

s Con

4A V A L I A Ç Ã O

iro sa os

80% 20%

qu ai

4 1

sr e c or re ra m

Banco do Brasil Caixa Econômica

Entraves com agentes financeiros

13) Em relação ao agente financeiro, cite qual o maior entrave na relação bancária para implementação do Programa Inovagro

Outras

33%

67%

Egibilidade em excesso

Pouca agilidade 0 0% Exigibilidade em excesso 2 67% “Reciprocidades” compulsórias 0 0% Outras 1 33%

Mais tecnologias 14 34% Mais produtividade 7 17% Mais qualidade de produto 5 12% Mais geração de renda 10 25% Mais gestão da produção 5 12%

Mais geração de renda Mais qualidade do produto Mais produtividade

12%

25% Espe c t a t iv as co in v e s time m relaçã ntos o futur aos os

14) O que você espera alcançar no futuro em relação aos investimentos previstos no Programa Inovagro

Mais gestão

12% da produção

17% 34%

Mais tecnologias

45


4C

O

N

C

L

U

S

Ã

O

4. A TÍTULO DE CONCLUSÃO Como se vê, os resultados aferidos traduzem as expectativas, até com algumas surpresas, que fundamentaram a contratação po SIMERS ara sua realização: a necessidade de se dar maior divulgação e amplitude às informações sobre as políticas públicas do MAPA quanto ao Plano ABC e ao Programa INOVAGRO. Senão, vejamos algumas constatações: A) Houve um reduzido registro de questionários afirmando que o respondente conhecia o Plano ABC e Programa INOVAGRO: respectivamente, 10,4% e 6,7% das respostas. Ainda mais se se considerar o conjunto intersecção, dos quantos conheciam ao mesmo tempo os dois instrumentos: somente 1,9% – exatas 10 respostas. B) Parte da explicação para esta constatação poderia ser atribuída ao fato de que houve um volume significativo de respondentes com características de agricultores familiares (AF’s), se se tomar como “proxy” o tamanho da propriedade que, em até 50 hectares, concentrou 77% dos informantes. C) Neste caso, a política pública de estímulos para este tipo de agricultor está centrada no PRONAF do MDA, e não no MAPA. Daí, poder-se imaginar se tratar de “outro público”. D) Não obstante, e ainda tomando o tamanho das propriedades como “proxy”, nos demais cinco estratos, todos acima de 50 hectares, houve concentração de 23% das respostas. Ou seja, se todos os agricultores abaixo de 50 hectares fossem familiares e não soubessem do ABC e do INOVAGRO, e se os demais todos fossem não familiares (nAF’s), os índices dos que disseram conhecer ou o Programa (6,7%) ou o Plano (10,4%), seriam bastante limitados, se os tomássemos no âmbito dos 23%. E) Ora, isto também até poderia ser atribuído a um viés da pesquisa: a população da região de sua aplicação (região Sul/estado do Rio Grande do Sul) contar com forte concentração de AF’s. Ainda assim, não se justificaria uma vez que boa parcela dos agricultores, supondo-se como não-AF’s todos os 23% com 50 hectares ou mais, ainda desconheceria tão importantes instrumentos de alavancagem da produção. F) Mas, por outro lado, das 10 respostas que assinalaram conhecer ambos os programas, veja-se: 6 são de agricultores com menos de 50 hectares (!). E destes mesmos 10, sete estão do RS, enquanto dois estão de SC e um no PR.

46


4C

O

N

C

L

U

S

Ã

O

G) Portanto, de qualquer maneira com que se observem esses resultados, salta aos olhos a inexpressiva assinalação de grau de conhecimento sobre o ABC e o INOVAGRO. H) Urgiria se estabelecer uma ação estratégica de divulgação desses instrumentos. Tanto mais, porque se podem considerar os agricultores da região Sul do País dentre aqueles mais bem informados. I) Outra constatação interessante diz respeito à mídia pelo qual os que disseram conhecer o Plano ABC, assim como o INOVAGRO, o fizeram. No caso do Plano ABC, 43% assumiram ter conhecido através de informações em Rádios ou TV’s. Da outra forma, para o INOVAGRO a menção a jornais e revistas preponderou (42%). Isto é um forte indício de veículos de comunicação social a serem buscados para uma eventual dinamização da divulgação dos instrumentos. J) Fato importante diz respeito ao conjunto de informações sobre as condições de fomento estabelecidas nos créditos da política oficial do Governo Federal (MAPA). Tanto para o Plano ABC quanto para o Programa INOVAGRO há uma notória concordância da parte dos respondentes no que tem relação com a sua satisfação em termos de montantes, taxas de juros e prazos estipulados. E isso é tão ou mais importante, se se considerar que o estado brasileiro passa por dificuldades fiscais, o que pode limitar – em tese – eventuais pleitos de ampliação destes parâmetros no prazo curto. K) Com isso, essa informação pode ser ampliada e – talvez – servir de base à manutenção das atuais condições do financiamento, embora essas precisem ser melhores e mais amplamente conhecidas e debatidas como já mencionado. L) Outro ponto sugerível é quanto ao papel da nova estrutura de ATER pública, prestes a ser promovida pelo Governo Federal, que poderia assumir maior protagonismo na promoção do Plano ABC e do Programa INOVAGRO. De resto, é importante também dizer que, dada à natureza intrínseca desta pesquisa, é conveniente que se possa aplicá-la em outros contextos histórico-temporais para que se façam comparações e se ampliem seu escopo analítico.

47


4REFERÊNCIAS

BIBLIOGRÁFICAS

Livros ABASTECIMENTO e segurança alimentar: o crescimento da agricultura e a produção de alimentos no Brasil. Brasília: Conab, 2008. 386 p. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Política Agrícola. Plano agrícola e pecuário, 2013/2014. Brasília, 2013. 123 p. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo. Desenvolvimento sustentável e expansão do agronegócio brasileiro. Brasília, 2008. 55 p. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Plano setorial de mitigação e de adaptação às mudanças climáticas para a consolidação de uma economia de baixa emissão de carbono na agricultura: plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono). Brasília, 2012. 172 p. CORDEIRO, Luiz Adriano Maia, et al. O aquecimento global e a agricultura de baixa emissão de carbono. Brasília: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 2011. 75 p. FRANÇA, Caio Galvão de; GROSSI, Mauro Eduardo Del; MARQUES, Vicente P.M. de Azevedo. Censo agropecuário 2006 e a agricultura familiar no Brasil. Brasília: Ministério do Desenvolvimento Agrário, 2009. 95 p. PLANO ABC-DF: Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono do Distrito Federal, 2012-2020. [Brasília]: [s.n.], [201-]. 42 p. RAMOS, Pedro (Org.) Dimensões do agronegócio brasileiro: políticas, instituições e perspectivas. Brasília: Ministério do Desenvolvimento Agrário, 2007. 360 p. Revistas VOTO – política cultura e negócios. Porto Alegre: Expointer, ago./set. 2014. GARCIA, Junior Ruiz; VIEIRA FILHO, José Eustáquio Ribeiro. Política agrícola brasileira produtividade, inclusão e sustentabilidade. Revista política agrícola. Brasília, ano 23, n. 1, p. 91-104, jan./fev./mar. 2014. Folders BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. De um lado, o Governo Federal investe cada vez mais na agricultura e pecuária. ______. Enfrentando o aquecimento global e as mudanças climáticas (Plano ABC). ______. Fixação biológica do nitrogênio. (Programa ABC) ______. Florestas plantadas. (Plano ABC) ______. Integração lavoura-pecuária-floresta. (Plano ABC) ______. Rally do ABC: uma viagem pelo Brasil que produz. 2014 ______. Recuperação de pastagens degradadas. (Plano ABC) ______. Sistema plantio direto. (Plano ABC) ______. Tratamento de dejetos de animais. (Programa ABC)

48



4PERFIL DO PRODUTOR RURAL

4SUMÁRIO

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