31º Edição - UnoNet: Mais de 15 Anos de Histórias, Desafios e Superações no Mercado

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FICHA TÉCNICA

COLABORADORES

Droander Martins / Anna Gardemann / Larissa Guidorizi de Barros / Mariana Vidotti / Eduardo Lagreca / Fabio

Andre Tamanho / Jonathan Fratta / Fabio Vianna Coelho / Paul Momtahan / Unonet / Mauricélio Oliveira / Eduardo de Ázara / Claudio Placa / FutureCom / Adrian Lovagnini / Lacier Dias / Nilberto Jácome / José Maurício dos Santos

Pinheiro

OBS: Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade dos autores e não refletem a opinião da Revista ISP Mais.

DIRETOR DE ATENDIMENTO

Ayron Oliveira

REVISÃO

Jéssica Paz

IMAGENS

Shutterstock / Pexels / Pixabay / PXHere / Unsplash

IMPRESSÃO

Gráfica Paraná Criativa

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2023

JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO

CAPA

EDIÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Mateus Vitor Borges

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ANO IX EDIÇÃO 31
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54 COLUNA FIBRA ÓPTICA ONTEM E HOJE ISPs: Soluções, Oportunidades e Desafios 06 A Importância de Resgatar as Origens para 2023 10 ESG no Setor de Telecomunicações 12 Vender Muito ou Vender Certo? 18 O Novo Mercado dos ISPs 20 Os 7 Vetores da Evolução do ROADM 14 SVA Educacional: Sua Melhor Opção como Diferencial 16 Onde Encontrar o Oceano Azul em 2023 no Mercado de Banda Larga? ARTIGOS 06 UNONET Mais de 15 Anos de Histórias, Desafiios e Superações no Mercado PROVEDOR EM DESTAQUE 24 Provedores do Ceará no Limite ESPAÇO ABRINT 30 34 Desvendando o Metaverso 44 Avaliando a Experiência do Usuário Final 48 Como a Ciência de Dados pode Ajudar as Empresas 50 Sua Empresa e Clientes Estão Seguros na Internet? 42 Especialistas Projetam a Quinta Revolução Industrial no Futurecom 2022
Gestão Profissional, Ajustando, Reestruturando e Adaptando a Cultura da Empresa
SUMÁRIO
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A IMPORTÂNCIA DE RESGATAR AS ORIGENS PARA 2023

Quando os provedores surgiram, conforme relatei a partir do primeiro capítulo do meu livro “Intangível” (fusões e aquisições

para ISPs), a grande maioria deles foram fundados e gerenciados pelos seus proprietários, que eram extremamente técnicos e formados nessa área.

Com a evolução dos serviços de telecomunicações e a necessidade de permanecer em um mercado de elevada concorrência, os proprietários de provedores se viram obrigados a iniciar um processo de integração de conhecimentos voltado a aperfeiçoar processos gerenciais, comerciais e administrativos. Muitas consultorias e treinamentos propagavam a ideia de que os administradores do provedor não deveriam ser “excessivamente e unicamente técnicos” e basear todas as suas decisões exclusivamente nessa questão.

Dessa forma, foram instruídos e entenderam a importância

de serem mais gestores, executivos, empresários, investidores, além de que deveriam estudar administração, finanças, vendas e compliance. Mas, com o passar do tempo, simplesmente parecem

ter “esquecido” a importância da parte técnica. Quando na verdade, posso afirmar que se trata do alicerce de toda operação, tanto é verdade que quando se parte para um processo de venda (evento cuja proposta é promover liquidez), os investidores e auditores são unânimes na evidência de muitos erros na parte técnica, sendo motivo para que muitas negociações não evoluam.

Uma tendência global citada por institutos internacionais é que para todas aquelas empresas que possuem tecnologia e desejam atingir a melhor performance em 2023, deverão investir em inteligência e gestão profissional nas suas áreas técnicas. No setor de telecomunicações, provedores e operadoras o investimento deverá ser voltado para gestão e monitoramento avançado de redes, não apenas de modo básico ou atuando exclusivamente de modo corretivo, mas de modo eficiente, imersivo e preventivo, e especial-

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“Não é necessário esperar o avião cair para avaliar problemas técnicos que poderiam ter evitado a queda”

mente que ajude o gestor, sócio ou acionista da operação na tomada de decisões.

Esse processo passa por evidenciar dados que tragam informações, como por exemplo, de “loss prevention churn”, isto é, que promova possível previsão de quedas ou desconexões por problemas técnicos, e eventual perda de assinantes justamente por essas questões de constantes instabilidades, quedas frequentes e recorrentes manutenções. A partir de um monitoramento eficiente podemos coletar dados que permitem avaliar curvas de tendências nos dados do NOC (Network Operations Center – Centro de Operações de Rede), EGR/CGR, relativo à parte técnica, possibilitando ao gestor/acionista tomar decisões antecipadas, reservando recursos e ações para não permitir desconexões que poderiam ter sido evitadas com uma simples análise antecipada desses dados através de curvas de tendências.

Posso inclusive citar alguns exemplos para permitir o melhor entendimento, imagine um determinado bairro em que não esteja ocorrendo efetivamente algum defeito ou instabilidade, mas que vem sendo acompanhado diariamente por um sistema de monitoramento do tipo Network Infrastructure Inteligence Services (NIIS), em regime de 24 horas por dia 7 dias por semana, focado em serviços que não devem parar, onde acompanha-se o sinal presente na fibra óptica que esteja ficando degradado ou abaixo do recomendado, com equipamentos defasados, e que, se continuar nessa tendência, vai começar a dar problemas em breve. A ideia principal aqui é evitar que o problema aconteça. Como analogia, posso citar: não é necessário esperar o avião cair para avaliar problemas técnicos que poderiam ter evitado a queda, após essa ter ocorrido, não adiantará mais, pois as perdas nesse caso serão irreparáveis, como a de vidas e materiais.

E, no caso de um provedor, se o gestor apenas deixar por conta da

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área técnica e acontecer o problema de desconexão ou instabilidades de sinal (o que aliás vejo que é muito constante ocorrer), reboots de equipamentos por estouro de memória ou excesso de erros, perda de configurações, constantes retrabalhos, antes de se antecipar ao problema, o que certamente vai ocorrer uma elevação percentual de “Churn Rate” de clientes, que é na prática a medida do número de assinantes que cancelam o serviço do provedor, havendo, portanto, perda de clientes por insatisfação. Além, obviamente, desse cliente propagar de maneira negativa a sua marca. É essencial que antes do sinal efetivamente indicar queda, ações sejam tomadas.

Antigamente provedores se destacavam unicamente pelo diferencial tecnológico dos serviços ofertados, como no rádio adotado, por exemplo. Entretanto, na atualidade existe um grande nivelamento entre a forma de acesso e uso de equipamentos tecnologicamente evoluídos (equilibrados) entre provedores que operam em redes ópticas, além das questões de gestão. Porém, há um calcanhar de Aquiles! Que é justamente a questão da gestão e monitoramento, que é realizado em sua maioria apenas de forma reativa, ou seja, “apagando incêndios” e resolvendo problemas que já ocorreram.

Um sistema de monitoramento tipo NIIS além de solucionar questões de gestão e monitoramento com foco técnico, devido a sua inteligência e capacidade de cruzamento de dados, traz uma previsão comercial e uma definição de planejamento estratégico com planos agressivos (o que permite blindar cancelamentos), melhorar qualidade de serviços, entender sinais e demanda de modo antecipado (como quantidade de chamados e entender o que pode estar prejudicando a qualidade junto ao assinante. Além disso, o monitoramento permite uma estratégia de tráfego planejada, projeções futuras, tendências, questões de latência, andamento de demanda, degradação de potência de sinal,

entre outras tantas questões.

Ainda, um sistema NIIS realizado de modo profissional permite adoção de técnicas e ações já comprovadas em diversos provedores, permitindo planejar, desde a engenharia de tráfego, ao monitoramento, avaliação de portas, switches, questões de CGNAT, gráficos e tendências, PTT, etc. Com equipamentos bem configurados onde se sabe que a estrutura de rede suporta aumento de velocidade e

cil e rápida, com o know how acumulado, apenas deixando para se preocupar com a parte lógica após sua concepção. No entanto, uma rede planejada desde o início, vinculando a parte física à parte lógica é o cenário ideal, com inteligência de crescimento vinculada a longo prazo.

Para que o empresário fique totalmente seguro de que sua área técnica mantém a eficiência e continuamente está olhando para oportunidades de melhorar os serviços ou diminuir os custos e aumentar a satisfação na experiência dos usuários, é necessário um processo que requer 5 pilares:

1- Diagnóstico;

2- Plano de Ação / Viabilidade;

3- Execução;

4- Monitoramento; e

5- Indicadores de resultados.

A maioria não faz esta análise e descobre que a operação deixou de ser eficiente da pior maneira, em uma auditoria num M&A, o que desvaloriza ou inviabiliza um negócio, ou quando a reputação da empresa está indo por água a baixo.

crescimento, e em que proporção, com identificação de investimentos que se façam necessários sem que isso cause impacto ao usuário final.

A maioria esmagadora dos provedores da atualidade buscam expansão de suas redes em relação à malha física e deixam a parte lógica e de Inteligência em segundo plano. Entretanto, grandes provedores perceberam pela “dor” (tentativa e erro), que esse movimento não dá certo, por vários motivos citados anteriormente. Fibrar uma cidade é a parte relativamente fá-

Portanto, afirmo categoricamente a importância de resgatar as origens em 2023, onde os empresários e acionistas tenham como foco a análise do todo, e priorizem a área técnica como faziam lá no início, agregando aos seus times, que são muito competentes tecnicamente, o conhecimento de empresas sérias e que possuam know-how, comprovado nessa área, aderindo a ferramentas modernas que potencializem a sua operação, atrelando a área técnica ao setor de negócios.

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Droander Martins, Investidor, consultor, mentor e palestrante, atua como conselheiro estratégico e é CEO da Vispe Capital e IPv7 Soluções Inteligentes, autor do livro INTANGÍVEL.
“A maioria esmagadora dos provedores da atualidade buscam expansão de suas redes em relação à malha física e deixam a parte lógica e de Inteligência em segundo plano.”

ESG NO SETOR DE TELECOMUNICAÇÕES: A EVOLUÇÃO E OS DESAFIOS FRENTE À TECNOLOGIA DO 5G

Oenvironmental, social and governance, também conhecido pela siga ESG, refere-se à atividade de medir as práticas am-

bientais, sociais e de governança de uma empresa. A sigla surgiu pela 1ª vez em 2004 como resultado de uma iniciativa da ONU e, atualmente, vem sendo discutida no âmbito das empresas de telecomunicações, aliada a temas, como por exemplo, a universalização do acesso, a desigualdade digital e o maior consumo de energia na implantação do 5G.

O ESG é tema atual e relevante, isto porque une três fatores que demonstram o comprometimento da empresa em ter uma operação mais sustentável em termos ambientais, sociais e de governança. Esses fatores devem ser considerados no setor de Telecom, em função de a internet ser um serviço de natureza essencial e indispensável à sociedade.

Vale destacar que a falta de acesso à internet pode implicar na exclusão social do indivíduo, razão pela qual, nos anos 90, surgiu a expressão “desigualdade digital”, que se refere a diferenças de acesso e uso da internet e os efeitos excludentes das tecnologias digitais na sociedade.

Assim, com o avanço da tecnologia, avançou-se também as preocupações relativas ao ESG, sendo que suas práticas buscam viabilizar a sustentabilidade, inclusive no âm-

bito social, o que engloba questões como a universalização do acesso e combate à desigualdade digital.

Outra questão que permeia a necessidade das iniciativas ESG é o consumo de energia elétrica em relação ao uso da tecnologia 5G, tendo em vista que o uso da nova tecnologia realizará um crescimento exponencial da quantidade de dados em circulação entre servidores e, portanto, dependerá de infraestrutura robusta para potencializá-la de maneira estável.

Neste mesmo sentido, uma pesquisa da Vertiv - fornecedora de equipamentos e serviços para infraestrutura crítica, expôs que, até o ano de 2026, haverá um aumento da ordem de 150% à 170% no consumo energético, no setor de Telecom, o que, por sua vez, demandará estratégias de otimização e redução do aumento excessivo do consumo. Desta forma, a busca por fontes de energia renováveis se torna essencial.

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“Os consumidores buscam empresas comprometidas com as boas práticas de prestação de serviço”

Por fim, indispensável se faz considerar que a letra “S” da sigla ESG diz respeito à relação de uma empresa com as pessoas, o que evidentemente engloba iniciativas de satisfação dos clientes e proteção de dados e privacidade. Assim, surge novamente o apelo para que os pequenos provedores – assim como as grandes operadoras, providenciem a adequação à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais e as normativas atinentes à matéria.

Em outras palavras, o ESG se relaciona a temas como Direitos do trabalhador; Impacto social; Responsabilidade com clientes; Mudança climática; Responsabilidade Ambiental; Uso de Recursos Energéticos; Poluição; Anticorrupção; Diversidade; Inclusão e equidade; e Integridade nas relações.

É de concluir-se, portanto, que as políticas de ESG podem – e devem, ser adotadas no setor de Telecom, sendo que grandes empresas já estão desdobrando esforços para construção de políticas nesse sentido.

Acontece que as iniciativas de ESG ainda estão concentradas em grandes empresas do setor, sendo pouco difundidas nas empresas de pequeno porte, o que precisa ser revertido pelos provedores regionais, isto porque, para além da questão sustentável inerente à matéria, a medidas ESG poderão ser vistas como critérios concorrenciais no mercado, tendo em vista que, cada vez, os consumidores buscam empresas comprometidas com as boas práticas de prestação de serviço, sem mencionar que investidores de renome apresentam uma tendência em direcionar seus recursos para empresas que adotam o ESG como uma prática.

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Dra. Anna Gardemann Dra. Larissa Guidorizi de Barros Dra. Mariana Vidotti Juntas compõem o corpo de Advogados da Gardemann & Vidotti Advogados Associados

VENDER MUITO OU VENDER CERTO?

Provavelmente, em algum lugar você já deve ter lido e/ou ouvido a afirmação de que um cliente novo pode custar até 7x mais do que

um cliente da sua base, conceito trazido por Philip Kotler o rei do marketing moderno.

Porém fica um pouco mais difícil de encontrar materiais que suportem essa tese e nos mostre na prática como isso funciona, se funciona e se deve ser aplicado.

Mais raro ainda é encontrar materiais, conteúdos, cursos ou o que quer seja que debrucem sobre essa teoria e estudem o cenário dos provedores de internet e seus novos desafios em relação ao mercado atual.

Nessa matéria, iremos abordar de forma didática e direta como é importante olhar para sua base de clientes e entender que dentro dela há um potencial ENORME não explorado.

Desde entendimento do perfil de cliente passando pelas oportunidades de up-selling (upgrade de pla-

nos/valores), cross-selling (venda de outros serviços e produtos) até a fidelização da base seja por força de contrato ou por relacionamento com o cliente.

Os princípios abordados servem para TODOS os provedores, independente do porte.

Como tratá-los, aplicá-los, entendê-los isso é muito particular e depende de N fatores que iremos discorrer um pouco a frente.

Aproveitem esse conteúdo ao MÁXIMO, pensem na base de vocês de maneira diferente e se torne o provedor que você tem medo que o seu concorrente seja.

O anseio de aumentar a base de clientes, expandir a operação e a própria rotina diária muitas vezes deixam passar desapercebido a oportunidade que a base atual de clientes oferece.

Para isso é necessário mapear toda a jornada do cliente, os processos, indicadores, cultura da empresa em relação ao cliente, de ponta a ponta!

Em um exercício rápido, responda a você mesmo quantos % da sua base atual está fidelizada? E digo no sentido literal da palavra, está fidelizada naqueles 12 meses de contrato, que caso haja cancelamento o cliente paga uma multa.

Indo mais além, quantos % das retenções de cancelamento são feitas porque havia multa para pagar?

Se você não tem esses dados, se preocupe, se você tem e não faz nada, se preocupe mais ainda.

Em se tratando de ativação de novos clientes, são muitas as variáveis a serem analisadas, mas vamos levar em consideração um cenário “comum” na maioria dos provedores.

Para que um negócio de recorrência sobreviva é preciso entender qual é o CAC. Se um provedor não souber isso, essa é a PRIMEIRA coisa a ser feita como lição de casa.

CAC é o custo de aquisição de cliente.

O CAC é a principal métrica, por

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Custo da ONU

Custo do Roteador

Gastos com Marketing Geral por Cliente

Gastos com Campanha por Cliente (Caso Tenha Sido uma Campanha Específica)

Valor da Mensalidade

Tempo na Base (Meses)

Receita Bruta

CAC - Custo Aquisição Cliente

Lucro Bruto Anual

*OBS: Deixarei de lado nesse cálculo a MARGEM, pois há muita diferença entre os provedores

exemplo, para definir budget de marketing para determinada campanha, claro que sozinho nenhuma métrica faz milagre, e uma campanha precisa ser pensada em vários outros aspectos, mas sem o CAC qualquer campanha está incompleta.

Vamos imaginar que uma venda foi feita para um novo cliente, um plano de 200 Mb por 99,00 reais. Os cálculos são demonstrados na Tabela 1. Esse novo cliente te gerou um lucro bruto de R$658,00.

Agora vamos imaginar que eu faça a mesma venda, de um plano de 200Mb para um cliente que estava na minha base há 13 meses, ou seja, há um mês sem fidelização contratual e podendo cancelar a qualquer momento sem nenhum empecilho.

Esse cliente tinha um plano 100Mb de 79,00 e passou para um de 200Mb de 99,00. Como demonstrado na Tabela 2, esse cliente da base te gerou um lucro bruto de R$1078,00, isso é 64% de AUMENTO DO LUCRO BRUTO.

Para entender todo esse cenário é preciso também ter em mãos alguns dados e KPIs fundamentais.

Como LTV, CHURN, NPS para conseguir traçar uma estratégia de vendas baseada na realidade do seu provedor.

É importante ressaltar que não é para parar de vender para novos clientes ou querer definitivamente não aumentar a base.

A ideia é equilibrar as forças de venda, e não focar apenas no novo cliente e deixar de olhar para sua base e ver de perto, sem perceber, o

dinheiro cair pelo ralo.

RETENÇÃO É O MOTOR DO CRESCIMENTO DE EMPRESAS DE RECEITA RECORRENTE!

Comissão

Além disso a jornada de um cliente dentro da base vai muito além do up-selling, fidelização contratual.

Gastos com Marketing Geral por Cliente

Gastos com Campanha por Cliente (Caso Tenha Sido uma Campanha Específica)

Valor da Mensalidade

Tempo na Base (Meses)

Existem estratégias para marketing de indicação, cross selling, influenciadores entre tantas outras campanhas para fazer a sua base trabalhar para você.

Receita Bruta

CAC - Custo Aquisição Cliente

Lucro Bruto Anual

Equilibrar as forças de venda, fazer o seu atendimento ser um dos motores de venda do provedor, entender que todo mundo pode vender.

Veja o exemplo dos bancos, que sabem ganhar MUITO dinheiro.

Você chega na boca do caixa para fazer um depósito ou descontar um cheque, o caixa vai ter oferecer uma capitalização, consórcio, empréstimo a baixo custo e o principal, cada mês eles tem uma meta diferente, definida pela diretoria de acordo com o interesse de mix de produtos.

PORQUE OS PROVEDORES NÃO FAZEM ISSO?

Segundo mais de 1 milhão de registros analisados, temos os seguintes resultados: de todas as bases de dados, 60% delas estava sem fidelização; havia uma taxa de desistência de cancelamento por multa de 70% e um aumento de 85% da taxa de conversão de clientes da base em relação a novas vendas (Todos esses dados foram retirados de benchmark da GrowthISP).

Vender é excelente! Reter é melhor ainda! Vender retendo é o segredo. E com isso, escale seu provedor a níveis impossíveis de se imaginar!

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Eduardo Lagreca, CEO GrowthISP. Formado em Engenharia da computação, Mba em Gestão Estratégica de Empresas - FGV, MBA em Marketing, Branding e Growth - PUCRS, Negócios - Embry-Riddle Aeronautical University - Daytona-FL.
R$ 50,00 R$ 99,00 R$ 100,00 R$ 270,00 R$ 5,50 R$ 99,00 12 R$ 1.188,00 R$ 530,00 R$ 658,00 R$ 5,50
Instalação Comissão
Empreita de
50,00 99,00 100,00 270,00 5,50 99,00 12 1.188,00 530,00 658,00 5,50 provedores
por Cliente (Caso Tenha Sido uma Campanha Específica) R$ 99,00 R$ 5,50 R$ 99,00 12 R$ 1.188,00 R$ 110,00 R$ 1.078,00 R$ 5,50
Valor da Mensalidade Tempo na Base (Meses) Receita Bruta CAC - Custo Aquisição Cliente Lucro Bruto Anual Tabela 1 Tabela 2
Gastos com Campanha
Comissão Gastos com Marketing Geral por Cliente

SVA EDUCACIONAL SUA MELHOR OPÇÃO COMO DIFERENCIAL NO MERCADO DE PROVEDORES DE INTERNET

ENTENDA PORQUE TER UM SERVIÇO DE VALOR AGREGADO

Com o barateamento da banda larga, a velocidade deixou de ser o principal diferencial dos provedores de internet.

Hoje é possível contratar serviços de 100, 200 e 300 Mega facilmente, por preços acessíveis a todos e com valores muito próximos para todos os concorrentes.

O entretenimento também já há algum tempo deixou de ser um bom diferencial para provedores de internet. O streaming e os serviços encontrados na internet gratuitamente já garantem todo o entretenimento que a maioria dos usuários deseja.

Hoje, a esmagadora maioria dos usuários não usa a internet somente como lazer, como antigamente, pelo contrário, a maioria já depende da internet para seu trabalho e comunicação em geral - o telefone fixo já morreu e o serviço de telefonia móvel está em quedasem contar as compras, pagamentos e serviços bancários em geral.

Então, o que o usuário busca como diferencial é algo que ele ainda precisa pagar mais para ter acesso e isso é a Educação de Qualidade!

A Educação é a Bola da Vez

Estamos na era da informação. Com a comunicação instantânea a nível global, a informação flui pelo mundo de uma forma nunca vista antes.

Conhecimento é poder e pode, de fato, mudar a vida das pessoas. O ensino a distância está crescendo em proporções gigantescas e hoje já representa uma fatia gigantesca do mercado.

Para se ter ideia, no ano passado, houve mais matrículas em modalidades a distância do que presenciais nas instituições de ensino superior. Segundo dados oficiais fornecidos pelas próprias instituições de ensino em junho de 2021, 54% de todas as matrículas de graduação foram no EAD.

E o ensino superior é uma parte ínfima do mercado da educação que existe atualmente na internet.

As plataformas EAD também estão muito acessíveis e qualquer pessoa, que tenha algo para ensinar, pode fazer seu próprio curso e vender na internet.

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SUA MELHOR OPÇÃO
ATRAIR NOVOS CLIENTES E TER O PRINCIPAL DIFERENCIAL NO MERCADO DE PROVEDORES
EDUCACIONAL EM SEU PROVEDOR É
PARA
“Na era da informação, a educação é o produto que todo mundo quer!”

Que há procura e mercado, não existe nenhuma dúvida, o melhor negócio, para o usuário, é encontrar ensino de qualidade a um preço atraente. É exatamente aí que entra o SVA Educacional.

Educação de Qualidade por um Custo que já Estava no Orçamento Diante do atual contexto, o casamento Provedor de Internet x SVA Educacional é perfeito!

A contratação de um provedor de internet já é um gasto essencial no orçamento dos usuários, certamente a educação também é um gasto obrigatório de todas as famílias.

Se o ensino regular ainda tende a continuar sendo uma atividade de socialização, com aulas presenciais na escola, várias das atividades extracurriculares, cada vez mais, deixam de ser efetuadas presencialmente.

Aulas de inglês, música, reforço escolar, preparatórios para concurso público, entre diversos outros tipos de conteúdo educacional, vêm sendo, cada vez mais, consumidos por meio virtual.

O que já era uma tendência irrefreável sofreu um salto ainda maior no período da pandemia do Covid-19. Várias atividades que até então ainda não haviam migrado

para o virtual foram obrigadas a fazê-lo e, como tiveram uma experiência positiva, permanecem ocorrendo de forma virtual.

O home office, que era visto como privilégio de poucos, hoje é extremamente comum.

Diferencial para o Bolso e para a Vida

Então, não tenha dúvidas, enquanto a velocidade e estabilidade da conexão são obrigações dos provedores; e o preço já não é mais um diferencial; o verdadeiro diferencial só pode ser um serviço de valor agregado e, sem dúvidas, a educação é o melhor SVA disponível no mercado.

Se o usuário puder encontrar educação de qualidade a um preço que já está calculado em seu orçamento, e ainda economizar em algumas atividades extracurriculares, ele vai optar por isso, sem pensar duas vezes.

Já o provedor de internet, além de ter um diferencial valioso no mercado, ainda vai poder ter a certeza de que contribuirá para a melhoria da vida das pessoas, pois a educação transforma vidas!

Por melhor que possa ser um serviço de entretenimento oferecido, o seu poder de transformação de vidas não se compara ao de um

serviço de educação, fazer com que uma pessoa possa se qualificar para uma profissão, se aperfeiçoar na profissão que já escolheu, desenvolver um novo negócio e gerar empregos, enfim, o potencial transformador da educação não pode ser batido por nenhum tipo de entretenimento.

Em um bom SVA Educacional você encontra cursos de desenvolvimento pessoal, como marketing pessoal, informática, Excel, entre outros que podem, efetivamente, fazer diferença na vida de um profissional.

Também tem cursos específicos para empreendedores, como Canva para Empreendedores, Lei Geral de Proteção de Dados, Treinamento de Pessoas, etc.

Na era da informação, a educação é o produto que todo mundo quer!

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Fabio Andre Tamanho, Diretor ExecutivoSuper Conhecimento

ONDE ENCONTRAR O OCEANO AZUL EM 2023 NO MERCADO DE BANDA LARGA?

OLivro A Estratégia do Oceano Azul, apresenta um conjunto de táticas para vencer nos mercados competitivos e com

ações práticas para quebrar barreiras de mercado. Os provedores de internet (ISP) navegaram com o oceano totalmente azul desde que desafiaram o modelo existente das grandes operadoras (incumbentes) em 2007, com uma das teses do livro: buscar o mercado inexplorado. O sucesso foi tão grande que a partir de 2016 os ISP’s já somavam mais assinantes que todos as teles juntas. O mercado azul dos ISP’s ganhou um impulso ainda maior em 2020/21, quando a internet residencial que era exclusivamente para lazer tornou-se essencial para os estudos, com as aulas on-line, e para o trabalho com reuniões virtuais e serviços remotos. Com vento em popa e o oceano pela frente havia grande expectativa para 2022, mas acontece que neste ano o mercado pa-

rece ter ficado com tons de cinza. Os números não mentem! Em 2022 tivemos até setembro aproximadamente 1 milhão de adições líquidas de novos assinantes (segundo a Anatel), nada mal quan-

do comparado à 2019, que tivemos 1,6 milhões de novos assinantes, e mesmo que não fosse percebido pelos ISP’s, o mercado vinha com uma pequena maré contrária, retraindo cerca de 0,10% ao ano entre 2015 e 2019. Mas em 2020 e 2021 foram anos de expansão, tudo isso mudou em 2020/21, quando as famílias passaram a ficar em casa e o lazer, estudo e trabalho competiam pela mesma Internet fazendo com que a demanda por novas conexões e aumento de velocidade crescessem e cerca de 8,7 milhões de circuitos, os quais foram adicionados! Avaliando o cenário agora, podemos então dizer que o mercado antecipou as compras, acontece com frequência no varejo, uma Black-Friday anualizada e podemos estimar que estamos entre 3 milhões à 4 milhões de assinantes que foram antecipados. Quando chegamos a 2022 havia grande expectativa de manter o crescimento, mas foi aí que o jogo mudou novamente, com as aulas retomando

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“Uma preocupação recorrente é se ainda há mercado para crescimento na base de clientes, a resposta é sim, o mercado não está saturado, ainda há espaço!”

ao modelo presencial e o trabalho híbrido a vida digital das famílias ficou mais confortável.

O que esperar então para 2023?

O ano 2023 apresenta diversos desafios para o setor. O 5G chega a todas as capitais e passa a ganhar mais espaço e com isso o FWA-5G pode vir a ser uma alternativa em alguns casos. Na economia, o custo do capital para aquisição de novos equipamentos e a inflação pesando no bolso do consumidor são fatores que não podem passar desapercebidos. Somando a isso, temos as licenças nos postes. Sim! Este recurso finito será ainda mais pressionado no próximo ano, com os concessionários visando uma receita extra.

Então, o que esperar? Podemos dizer que o mercado passará por uma acomodação, isto é, com mais de 15 mil provedores regionais competindo e os principais clientes residenciais atendidos, os provedores terão que ser mais estratégicos nos seus movimentos, um olhar diferente para o mercado e buscar ir além da tradicional oferta de mais velocidade com menor

preço, neste sentido, será essencial a busca de produtos e serviços com nova abordagem.

Uma preocupação recorrente é se ainda há mercado para crescimento na base de clientes, a resposta é sim, o mercado não está saturado, ainda há espaço! Provavelmente não para todos e não da mesma forma, assim a consolidação com fusão e aquisições serão normais e até fundamentais para manter a operação competitiva e financeiramente saudável. As redes neutras passarão pela prova de fogo; o conceito é ótimo, o modelo deverá ser ajustado, mas, na guerra por postes quem tem licença é rei e nisso as redes neutras são inquestionáveis. Maior velocidade? Provavelmente não, as velocidades entre 300Mbps e 500Mbps devem ainda ser suficiente para o consumidor final, afinal, qual será a nova aplicação que leve ao usuário final a real necessidade de maior banda, jogos mais robustos no Metaverso talvez e quem sabe múltiplas SmartTVs de 8K? A manutenção das velocidades também oferece um equilíbrio na receita por cliente (ARPU). Os ISPs deve-

rão se preparar para trocar o discurso de maior banda para menor latência e maior disponibilidade, não é fácil pois será necessário aculturar o consumidor e também um controle maior interno e gestão com indicadores (KPI) da rede própria será fundamental. Novos serviços em WiFi Mesh 6, computação de borda, IoT residencial e industrial, jogos em nuvem, entre outras aplicações serão parte do mix comercial para aumentar o ticket médio e atrair novos clientes. Buscar alternativas para planos mais populares, talvez com anunciantes como fez a Netflix seja um caminho.

O oceano azul está aí, basta conhecer os novos espaços e feliz 2023!

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Jonathan Fratta, Diretor de Inteligência de MercadoVispe Capital

O NOVO MERCADO DOS ISPS

Oano de 2022 marcou a mudança do mercado de banda larga no país. Quando estas linhas foram traçadas, o número

de conexões ativas em dezembro ainda não era conhecido mas, a julgar pelo comportamento errático observado mês a mês, é bem provável que o crescimento não tenha chegado sequer à metade dos 14% registrados no ano anterior. Como foram os ISPs que impulsionaram a Internet rápida no país nos últimos anos, surge a pergunta: teria passado a maré que impulsionou o segmento? A resposta é NÃO.

No final de 2019, ano que antecedeu a pandemia e o consecutivo buuum da banda larga no país, havia 32,9 milhões de acessos ativos. Em setembro, eram 42,8 milhões. O serviço estava disponível, segundo o IBGE, em 90% das residências brasileiras. Sobre essa nova base, não há como manter o ritmo de expansão apenas com a oferta de novas conexões. Estas, porém, ain-

da possibilitam margens significativas.

Entre janeiro e agosto de 2022 – quando este artigo foi redigido, era o dado mais atual não sujeito à revisão pela Anatel –, foram regis-

tradas 2,5 milhões de novas conexões banda larga, uma alta de 6% ante o fechamento de dezembro de 2021. Se é pouco perante o que o segmento exibiu nos anos anteriores, é um dos melhores desempenhos observados na economia brasileira no período.

Menor mas ainda relevante, o potencial de crescimento de conexões permanece concentrado nos ISPs, até porque a oferta de banda larga nas áreas atendidas pelas operadoras praticamente atingiu o teto. Conforme a pesquisa Fronteiras da Inclusão Digital, coordenada por Cetic.br, Nic.br, Programa de Acesso Digital da Embaixada Britânica e Anatel, 79% da população dos grandes centros, áreas atendidas pelas teles, dispõem do serviço. Em cidades com até 20 mil habitantes, o percentual cai para 66%. Nestas localidades está a maior parte das 7,28 milhões de famílias que, segundo o IBGE, não tinham acesso à Internet em 2021.

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“Com diversas variáveis a serem observadas, os ISPs devem estar atentos quando forem escolher parceiros que os orientarão nos aspectos regulatórios de seus negócios.”

Este quadro bastaria para que os ISPs continuassem sob os holofotes de investidores, dando sequência às transformações que o segmento vive há anos, como a onda de M&As que não dá sinais de desaceleração. A competição continuará crescente. Não há mais espaço para novos entrantes e a disputa pelos mesmos consumidores passa pela oferta de vantagens, como instalações gratuitas e brindes, e pela excelência na prestação dos serviços.

Com empresas capitalizadas e com maior porte, a disputa por mercado se dará de outra forma, particularmente no aumento das velocidades fornecidas e melhoria dos pacotes de serviços que a banda larga viabiliza, um leque amplo.

Dentre as inúmeras atividades que pandemia levou para o mundo virtual, o teletrabalho é das que mais se consolidaram. A possibilidade de se trabalhar em qualquer local acabou por acelerar a descentralização econômica que estava em curso havia anos.

Muitos puderam deixar as grandes cidades e estabelecer moradia no campo ou no litoral, áreas atendidas apenas por PPPs. Essas pessoas, quase todas com alto poder aquisitivo, além do consumo de bens e serviços, levaram consigo ou criaram negócios nas localidades onde passaram a residir. Essa migração elevou a demanda por soluções voltadas ao público corporativo, como armazenamento em nuvem, e-mail e afins.

Ao mesmo tempo, mas num ritmo mais intenso, cresce o consumo de jogos online e, principalmente, de streaming de vídeo, usos que consomem maior banda, o que aumenta o interesse de clientes de PPPs por velocidades maiores de conexão. Já serviços como o acesso a conteúdos audiovisuais configuram já oferta de boa parte dos provedores, ávidos por conquistar ou fidelizar clientes. Mais que a ampliação das carteiras, o aumento do ticket médio passa a ser o principal objetivo dos ISPs.

Dispor desses serviços, no entanto, implica na adoção de cuidados que vão muito além da escolha de fornecedores e dos pacotes mais adequados ao público final. A falta de zelo na viabilização dessas ofertas pode transformar o aumento de receita no curto prazo em passivos e outros problemas no futuro.

algo que agrega valor ao acesso à Internet sem viabilizá-lo. Porém, há cuidados para que se evite futuros questionamentos por parte do Fisco.

Caso notório é o streaming. Geralmente, é configurado como um SVA, classificação que tem como principal tributo o ISS, com alíquotas que não chegam a 5%. Porém, algumas Secretarias da Fazenda tentam caracterizá-lo como SeAC (Serviço de Acesso Condicionado), sobre o qual há incidência de ICMS, que tem hoje alíquotas de 17% e 18%. Caso seja comprovada artificialidade na configuração do serviço como SVA, o ISP pode sofrer cobrança retroativa.

A simples comercialização desses serviços geralmente não implica em grandes investimentos, já que se dá a partir de parcerias com fornecedores. Os ISPs, que basicamente comercializam essas soluções, também não precisam de novas licenças. Ocorre que a incorporação de novas ofertas demanda tanta atenção quanto a uma série de ações necessárias que, se mal conduzidas, expõem os ISPs a riscos.

Após a negociação e acerto com os fornecedores, deve-se formular a política do serviço. Haverá necessidade de uso de aparelho – por exemplo, na Box TV –? Se houver, este será vendido ou fornecido em comodato? A que custo? Outro ponto é a forma como esse tipo de comercialização será diferenciado no faturamento e como ele será configurado para fins de tributação.

Em geral, esses serviços são caracterizados como SVA (Serviço de Valor Adicionado). A grosso modo, a classificação se aplica a

A adoção de modelos de contratos adequados elimina esse risco. Em norma, a Anatel classifica SeAC de Comunicação Audiovisual como serviços compostos pelas atividades de (I), produção, (II) programação, (III) empacotamento e (IV) distribuição. A formalização contratual de que o ISP não responde pelas três primeiras caracteriza o streaming como um SVA.

A formalização é necessária sempre que um provedor ofertar novos serviços. Seja em novos contratos ou em aditivos aos já existentes, cada solução ou mudança no que se fornece ao cliente deve ser registrada. Isso implica na utilização de modelos de contrato ou aditivos corretos. Com diversas variáveis a serem observadas, os ISPs devem estar atentos quando forem escolher parceiros que os orientarão nos aspectos regulatórios de seus negócios.

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“Menor mas ainda relevante, o potencial de crescimento de conexões permanece concentrado nos ISPs”
Fábio Vianna
Coelho, Sócio da VianaTel e da RadiusNet, especializadas, respectivamente, em regularização de provedores de Internet e softwares de gestão para ISPs. contato@vianatel.com.br

OS 7 VETORES DA EVOLUÇÃO DO ROADM

Aevolução do ROADM está sendo impulsionada por várias inovações, que incluem desenvolvimentos em nível de componentes

relacionados com o interruptor seletivo de comprimento de onda (WSS), amplificadores, canal supervisório óptico (OSC), monitoramento de canal óptico (OCM) e reflectômetro óptico de domínio do tempo (OTDR). Outras inovações estão relacionadas aos fatores de forma ROADM, com forma de chassis, e software para controle de ligações. Mas quais são os benefícios dessas inovações para as operadoras de redes ópticas? Elas proporcionam aos fabricantes benefícios por meio de sete vetores.

1. Capacidade de alcance de comprimento de onda do transceptor coerente aprimorado

O desempenho do ROADM está evoluindo para ajudar a maximizar o binômio capacidade-alcance do comprimento de onda coerente do

transceptor com reduções correspondentes no custo do transceptor por bit, no consumo de energia e no espaço ocupado. Os ROADMs de rede flexível, primeiro com granularidade de 12,5 GHz e, mais recentemente, com granularidade de 6,25 GHz, juntamente com filtros de adição/ extração sem-rede/sem-cor e filtros fixos de banda larga de passagem, estão permitindo taxas de transmissão cada vez mais elevadas.

Uma segunda evolução é a melhoria da capacidade de equipar ROADMs em cascata, permitindo mais WSS no caminho do comprimento de onda. Uma terceira está nas melhorias no ganho e no ruído do amplificador que possibilitada tanto pela evolução da tecnologia do amplificador como pelas arquiteturas ROADM-/node-on-a-blade. A redução do ruído do amplificador permite uma modulação de ordem superior para o mesmo requisito de alcance.

Um outro fator essencial adicional para a maximização do desem-

penho do transceptor é a evolução para o controle automatizado de ligações baseado na relação sinal/ ruído óptico generalizada (GOSNR). Outras melhorias de desempenho vêm da adição de equalização de ganho dinâmica (DGE) para otimização de potência do comprimento de onda em amplificadores de linha (ILAs).

2. Aumento da capacidade de fibra

Além das melhorias na eficiência espectral do transceptor habilitadas pelas melhorias no desempenho do amplificador, na cascatabilidade, e no controle de ligações descritas anteriormente, os ROADMs também estão evoluindo para maximizar a capacidade total da fibra. O espectro disponível em cada fibra evoluiu para 4.800 GHz com a banda C alargada, 6.000 GHz com a super banda C e 9.600 GHz com C + L, aumentando para 11.200 GHz com super-C + super-L.

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Capacidade de Alcance do Tranceptor

Capacidade de Fibra

Adição/Eliminação e Grau de Flexibilidade

Área Reduzida

Abertura

Funcionamento e Capacidade de Gestão

Maior Disponibilidade de Rede

Os ROADMs também se tornaram mais flexíveis tanto em termos de adição/ extração de sinais como de número de graus. A adição/extração evoluiu para estruturas sem-cor/sem-direção (CD) com MxN WSSs. As estruturas sem-cor/sem-direção/livre-de-contenção (CDC) evoluíram com interruptores multicast (multidifusão) (MCSs) não amplificados de baixo número de portas, MCSs amplificados de alto números de portas e MxN WSSs sem contenção, cada um fornecendo diferentes opções para custo e escalabilidade do CDC. A adição/extração fixa para altas taxas Baud também é uma opção com a recente disponibilidade de filtros fixos de banda larga de passagem. As contagens de portas do WSS evoluíram para mais de 30, com 48 portas e até 60 portas provavelmente disponíveis no fu-

turo. Isso fornece a opção de oferecer suporte a nós com um grande número de ligações/nós adjacentes em locais de hub e proporciona outra opção para dimensionar a capacidade com múltiplas ligações de fibra paralelas. Os WSSs de alto número de portas também permitem a escalabilidade de adição/extração de CD e CDC.

4. Área reduzida

A área ocupada pelo ROADM tem diminuído drasticamente. Isso foi possível graças à redução do tamanho dos principais componentes do ROADM, incluindo WSSs e amplificadores, e à disponibilidade de funções tais como OSC e OTDR, e como plugáveis SFP. Isso também foi possível graças à evolução para WSSs duplos e quádruplos em uma única unidade, bem como pela mudança para arquiteturas ROADM-on-a-blade.

Além disso, foi possível graças

à disponibilidade de plataformas modulares compactas com 600 mm de profundidade. Por exemplo, em ~2005-2010, os ROADMs de longa distância normalmente exigiam cerca de 6RU por grau, enquanto os ROADMs metropolitanos eram de cerca de 3RU por grau.

As modernas plataformas modulares compactas podem agora fornecer dois graus ROADM em 1RU. As arquiteturas node-on-a-blade, com dois ou mais graus ROADM em um único módulo, permitirão configurações ainda mais densas, com quatro graus ROADM em 1RU.

5. Maior abertura

Com benefícios que incluem inovação acelerada, redes otimizadas, e economia transformada, muitas operadoras de rede estão adotando redes ópticas abertas. Os ROADMs estão, portanto,

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3. Mais adição/extração e grau de flexibilidade

se tornando mais abertos. Com OCMs integrados, atenuação baseada em WSS, e controle de ligação compatível com comprimentos de onda alien, simplificam o suporte a comprimentos de onda fornecidos por equipamento de terceiros, enquanto os recursos de rede flexível também fornecem um caminho para os serviços de espectro. Interfaces de gerenciamento tais como TL1 e SNMP evoluíram para APIs abertas (NETCONF, RESTCONF, gRPC, gNMI) com Open ROADM e, no futuro, OpenConfig, modelos de dados YANG.

O OPEN ROADM MSA tem fornecido padrões para interoperabilidade de linha entre ROADMs de CD metropolitano de diferentes fornecedores, com especificações que abrangem o controlador de domínio SDN, controle de ligações, níveis de potência óptica, segurança dos lasers, monitoramento de desempenho, detecção de falhas e OSC (1 GbE, LLDP, negociação automática de Ethernet).

6. Operações e capacidade de gerenciamentos aprimorados Uma série de inovações atende à necessidade de reduzir os custos operacionais e de melhorar a capacidade de gerenciamento. Estas incluem a adoção de plataformas modulares compactas de vários transportes para todas as aplicações, desde o edge metropolitano até a longa distância e submarina. A instalação foi simplificada com provisionamento zero-touch (sem toque), verificação e descoberta automática de cabeamento, descoberta automática de transponder/ muxponder, módulos de roteador e amplificadores de ganho comutáveis.

O controle de ligações de alto desempenho já não requer planejamento e configuração complexos. As sondas coerentes permitem que os caminhos de comprimento de onda sejam caracterizados e validados antes que os transceptores sejam instalados e provisionados. Outros aprimoramentos de gerenciamento incluem streaming de telemetria (em fluxo), OCMs coe-

rentes de alta resolução e OTDR integrado, incluindo OTDR coerente.

7. Maior disponibilidade de rede

Os períodos de restauração óptica estão evoluindo de minutos para segundos com balanceamento de energia mais rápido habilitado pelo controle de ligação aprimorado. O OTDR integrado permitiu a localização rápida de cortes de fibras, com o OTDR coerente estendendo isso a longas fibras submarinas com repetidores, ao mesmo tempo em que fornece o potencial para alerta antecipado de cortes de fibras terrestres. As fontes de ruído de emissão espontânea amplificada (ASE) permitem redes C+L mais resilientes, incluindo uma recuperação mais rápida após falhas.

A verificação dos cabos também pode reduzir significativamente os erros de cabeamento. Para cenários de anel e malha protegidos que exigem separação total de grau, o modular compacto e o ROADM-on-a-blade reduzem a desvantagem da distância para colocar cada grau ROADM em sua própria prateleira. O node-on-a-blade também pode aumentar a disponibilidade da rede em cenários de cadeia linear desprotegidos, reduzindo o número de componentes em cada nó intermediário, reduzindo assim o risco de uma falha de um componente com impacto sobre o serviço.

Assim, para resumir, impulsionada pelos exigências de evolução da transmissão coerente e pela tendência para redes ópticas abertas, a tecnologia ROADM continua a evoluir ao longo desses sete vetores que, juntos, estão permitindo reduções significativas no custo total de propriedade das redes ópticas.

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Paul Momtahan, Diretor de Marketing de Soluções da Infinera.

UNONET

Mais de 15 Anos de Histórias, Desafios e Superações no Mercado

Com uma história marcada por dificuldades, a Unonet orgulha-se de sua trajetória. A empresa fundada em agosto de 2004, com quase 20 anos de mercado, possui um portfólio interessante e desafiador, fornecendo internet a milhares de residências no norte do Brasil. A Unonet atende diversas regiões distantes como a cidade de Cruzeiro do Sul, local onde fica a sede da Empresa, além de também atender outras cidades como Rodrigues Alves, Mâncio Lima, entre outras cidades do Acre, bem como também em Guajará no Estado do Amazonas.

Segundo o CEO da Unonet, Ronei Alves Pequeno, o surgimento da empresa se deu de forma curiosa. De acordo com ele “havia uma grande dificuldade

no fornecimento de Internet na cidade, e, um amigo indicou para contratar um link dedicado, solicitei o CNPJ e contrato social da empresa do meu Pai e fiz um contrato de 256Kbps, e comecei a compartilhar com algumas pessoas no bairro, foi nesse momento que surgiram os primeiros clientes, pois fazia a distribuição e cobrava um valor para pagar a fatura total. Com isso, enxerguei a possibilidade de investir mais nesse negócio. Nessa época chegamos a ter cerca de 100 clientes com 64 Kbps cada, neste link de 256kbps.”, frisou.

Por estar instalada na região Norte do Brasil, a Unonet encontrou dificuldades para fornecer Internet de qualidade aos seus clientes: “Quando comecei a distribuir internet no bairro, por meio de cabo de rede, me foi solicitado pela companhia energética que providenciasse o projeto de redes para instalação. Então, foi nesse momento decidi abrir o CNPJ, empresa individual, e então começamos a distribuir internet a partir dos postes da companhia de energia”, conta.

Muitos foram os momentos de dificuldades enfrentados pela empresa para se instalar no mercado de telecomunicações na região

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norte, um dos primeiros desafios enfrentados foi a primeira visita dos fiscais da ANATEL ao provedor que exigiram a licença de SCM, solicitando este documento em mãos com até 24 horas. Vale ressaltar que, por estarmos no Norte temos uma diferença de fuso horário de Brasília, ou seja, duas horas de diferença, assim às 05 horas da manhã conseguimos uma empresa que resolvesse esta licença “Ficamos à noite em claro, pois os fiscais poderiam fechar a empresa. Além disso, estávamos despreparados para esta situação, entretanto quando eles retornaram o documento estava pronto, foi um momento complicado e de grande desafio, só Deus!”, relembra.

Visto que, todo início de empresa é difícil e um dos maiores desafios da Unonet foi realizar a expansão da rede sem muitos recursos. Não possuíamos crédito no mercado, pouco investimento, e link dedicado com valor alto. Primeiro crédito ficamos em débito, iniciamos com

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dois funcionários, e nosso o primeiro veículo usado nas instalações foi uma moto.

A fibra Óptica veio após seis anos de prestação de conexão com a internet via rádio e em seguida o provedor deu um salto de crescimento com novos clientes, por isso, dobramos nossos serviços e nosso quadro de funcionários. Antes da fibra óptica tínhamos cerca de 10 funcionários, e atualmente estamos com 47 funcionários, e 3 terceirizados.

A empresa hoje se orgulha de ter crescido tanto. Para se ter uma ideia, o Portal G1 veiculou uma matéria com o título: “cerca de 170 mil pessoas no Acre não usaram a internet em 2021 segundo o IBGE”1. Isso representa 23% da população do Acre acima de 10 anos de idade, ou seja, ¼ dos Acreanos, 223 mil pessoas sem acesso nenhum a Internet.

Hoje com o Projeto “é tempo de conectar” que tem como ponto estratégico a inclusão digital, a Unonet está concluindo um enlace de

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fibra óptica de 273 km de distância ligando o Município de Cruzeiro do Sul a Cidade de Feijó, passando por comunidades como Boa Hora, Recanto, Tocantins, São Vicente dentre outras diversas. São Comunidades que não tem nenhum tipo de acesso à internet, ou seja, localidades totalmente excluídas de Tecnologia.

“Para nós é uma imensa satisfação ser referência no mercado com o Projeto de inclusão digital. A conectividade através da Fibra Óptica, fortalece a comunicação com os moradores de áreas remotas do Acre, como é o caso da Aldeia Puyanawa em Mâncio Lima – AC do cacique Joel e do líder Puwe.” A internet possibilita aos indígenas divulgar suas culturas e potencialidades de forma mais independente e autônoma, e a Unonet está orgulhosa de fazer parte desse processo”, disse Ronei.

“Antes, qualquer atividade que precise de uso da Internet, eu precisava me deslocar para a Cidade

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de Feijó para fazer uso da internet em lugares públicos. Era bem difícil. Aqui sempre teve internet fixa de uma operadora [X]. Mas sempre que solicitávamos a instalação, era informada que não havia mais pontos disponíveis. Com a chegada da Unonet já estamos planejando muita coisa, estamos ansiosos.” Conta Maria Clara, 25 anos, estudante.

São desafios como esses que nos orgulha a seguir em frente, ajudando pessoas a ter uma conexão com o mundo para explorar novas possibilidades. Essa é uma das grandes conquistas da Unonet e sua história de sucesso.

Enfim, a Unonet possui um projeto de expansão dos seus serviços, principalmente no nosso estado e na região do Vale do Juruá. Além disso, vamos trabalhar com projetos para TV e Streaming, e em cinco anos acreditamos que a nossa base de clientes estará mais que o dobro da atual.

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PROVEDORES DO CEARÁ NO LIMITE

AAbrint discute o tema de compartilhamento de postes há anos. Ainda hoje vemos descrença e resistência de vários atores quando o assunto é uma

solução definitiva e perene, que resolva o caos instalados nos postes de todo o Brasil e, ao contrário, consiga estabelecer um ambiente de organização cada vez mais eficaz.

De fato, é uma questão complexa, com desafios de ordem concorrencial, operacional e de segurança. Muitas vezes os interesses dos setores de energia elétrica e telecomunicações são opostos. Contudo, há uma dimensão que é comumente negligenciada nas discussões. Entre todos os cálculos setoriais, a óptica do consumidor costuma ficar bem distante do topo da lista de prioridades.

Temos que lembrar de colocar o consumidor também no centro deste debate. Afinal, é ele que, em última medida, vai pagar o boleto que sustenta as operações desses

“Não

economia de centavos na conta de energia, vai virar um acréscimo de reais na conta de internet.

Recentemente, o Ceará se tornou um exemplo claro desse desafio. No início de 2022, a Enel Ceará enviou um comunicado às empresas de telecomunicações do estado que passaria a cobrar por equipamentos instalados em postes. Como ente monopolista, a distribuidora tem força para colocar o preço que bem entender. E, neste caso, a cobrança é alta: um multiplicador de três a seis vezes o valor do ponto de fixação no poste.

dois setores essenciais. Muitas vezes, o consumidor sequer compreende o tamanho do problema que enfrentamos. É preciso reformar atentamente o modelo de compartilhamento e revisitar o conceito de modicidade tarifária para equilibrar os custos entre os setores. Não é sustentável seguir fechando os cálculos como fazemos hoje, caso contrário, o futuro é certo: a

Com o valor do ponto de fixação já acima dos R$ 12, isso quer dizer que cada CTO poderia custar cerca de R$ 70 mensais. Não foi preciso nem conta de padeiro para saber que seria impossível fechar as contas de um provedor no final do mês: o custo de uma CTO ficaria praticamente igual ao ticket médio de um cliente. Se efetivada, a cobrança exigiria reajustes significativos no preço dos pacotes de internet comercializados no esta-

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é mais sustentável usar os postes para lucrar em cima dos provedores regionais brasileiros.”

do, além do sério risco de falência de grande parte dos provedores regionais.

Vale ressaltar, os provedores regionais são a espinha dorsal da conectividade do Nordeste. No Ceará, atendem mais de 80% dos consumidores de internet banda larga fixa, conectando mais de 1 milhão de residências em todos os municípios do estado. São centenas de pequenas e médias empresas, que geram mais de 100 mil empregos de Camocim ao Cariri. Sem essas empresas a maior parte dos consumidores cearenses não teriam sequer oferta de internet em suas cidades.

Com o susto da cobrança, os provedores cearenses – que já trabalham com margens apertadas – reagiram. Foram às ruas e alertaram sobre esses riscos. Em face à pressão, a Enel Ceará aceitou suspender a cobrança e iniciar um processo de diálogo com uma comissão de associações e provedores locais. Durante todo o ano, trabalharam com essa nuvem carregada sobre suas operações, na ansiedade de não saber até quando vão conseguir manter suas operações.

O debate seguiu desde fevereiro, com a comissão tentando demonstrar – com base em cálculos e dados – que a conta dos provedores regionais simplesmente não fecha se houver cobrança pelos equipamentos. No entanto, a distribuidora de energia se mostrou irredutível: não renuncia à cobrança, aceita apenas modular o multiplicador definido.

Insensível aos argumentos da comissão, a distribuidora decidiu unilateralmente encerrar o diálogo e colocou um prazo para todos os provedores do estado. Até o dia 30 de novembro de 2022, precisam escolher entre a proposta inicial de seis vezes o valor do ponto de fixação ou uma proposta de escalonamento, que varia de quatro a uma vez o valor do ponto de fixação. Contudo, para o provedor cearense, isso é equivalente apenas a escolher a grossura da corda em volta de seu pescoço.

Mesmo a cobrança do multiplicador mínimo – de apenas uma vez o ponto de fixação – já será

suficiente para aumentar o custo mensal de cada provedor em cerca de 50%. Com margens apertadas, é impossível não repassar parte significativa deste aumento aos consumidores. Para piorar, os provedores seguem as regras da ANATEL, que limita a capacidade de reajuste dos preços já pactuados. Para muitos provedores, quando a cobrança vier, será um cenário de morte súbita.

Para o consumidor, isso quer dizer que, nas hipóteses atuais, os planos de internet podem chegar a reajustes de 40% a 70%. Em muitos casos, vai representar a redução da oferta dos serviços e do número de empresas competindo, o que também poderá trazer impactos sobre os preços. Repito: os provedores regionais estão presentes em cidades onde as grandes operadoras não chegam. Foram esses empreendedores que mantiveram escolas, universidades, hospitais e toda a sociedade conectada durante a pandemia. Muito mais que um risco econômico, é um gravíssimo risco de retrocesso social.

A Abrint vai seguir apoiando as associações e provedores do estado do Ceará nessa disputa e ainda mantemos esperança de resolver a situação de forma dialogada com a distribuidora de energia. Contudo, esse cenário mostra mais uma vez a urgência de mudarmos o modelo de compartilhamento dos postes no Brasil. Convido o leitor a visitar as redes sociais da Abrint e conhecer a nossa proposta sobre o assunto. Não é mais sustentável usar os postes para lucrar em cima dos provedores regionais brasileiros.

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Mauricélio Oliveira, membro fundador e atual Diretor Presidente da ABRINT - Graduado em Engenharia Elétrica e Administração de Empresas, com vasta experiência no setor de telecomunicações.

DESVENDANDO O METAVERSO

Eventos de inovação, desfiles de moda, shows virtuais de cantores famosos, produtos para avatares: nos últimos meses, ficou

quase impossível não ouvir em algum momento a palavra metaverso.

Diversos setores começaram a explorar esse universo paralelo mesmo sem entender todo o seu potencial. A indústria da moda, do entretenimento, dos alimentos e da educação já lançaram suas iniciativas no metaverso.

Mas como entrar ou fazer parte deste novo hype? Para responder a esta e outras perguntas, precisamos entender melhor o que é, de onde surgiu e o que se projeta para o futuro.

Metaverso é a terminologia utilizada para indicar um mundo virtual, paralelo ao mundo real, que busca replicar a realidade através da internet e dispositivos digitais. Imagine um espaço coletivo, compartilhado, que mescla a realidade

aumentada e ambientes virtuais. Podemos imaginar que neste mundo paralelo, as pessoas poderão interagir umas com as outras, estudar, trabalhar, ir a eventos, ter uma vida social completamente

diferente através de seus avatares 3D personalizados, além de possuir bens materiais virtuais.

As pessoas deixarão de ser observadores e passarão a fazer parte efetivamente desta realidade paralela, unindo o real e o virtual de forma online. O objetivo é que o usuário esteja dentro deste mundo, em uma experiência imersiva. Para isso, é preciso usar dispositivos de realidade virtual, como óculos que ficam posicionados em frente aos olhos permitindo acessar o ambiente.

Esse conceito não é novidade, mas ganhou destaque quando Mark Zuckerberg anunciou a mudança do nome da sua empresa de Facebook inc. para Meta, durante o lançamento de seu primeiro metaverso, denominado Horizon Worlds.

A criação do termo metaverso é creditada ao escritor Neal Stephenson em seu livro “Snow Crash”, de 1992, que descrevia um jogo onde um entregador de pizza

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“As pessoas deixarão de ser observadores e passarão a fazer parte efetivamente desta realidade paralela, unindo o real e o virtual de forma online.”

na vida real é um samurai no universo virtual chamado “metaverso”.

Este livro de ficção científica serviu de inspiração para jogos como Minecraft, Roblox, Fortnite e Second Life, onde os jogadores podem dar vida aos seus personagens em ambientes virtuais.

O Second Life, que foi lançado em 2003 e atraiu milhares de gamers, provavelmente fracassou porque não conseguiu unir os mundos real e virtual e por não ter estabelecido uma economia digital, onde as pessoas pudessem ganhar dinheiro ou ter uma propriedade virtual.

Os especialistas consideram que o metaverso é o futuro da Internet e da tecnologia em nossas vidas. Na prática, a implantação dessa utopia, no entanto, ainda depende do amadurecimento de algumas tecnologias e da evolução da velocidade e da qualidade dos acessos à Internet.

A evolução da Internet, conhecida como Web 3.0 adiciona uma camada de propriedade ao modelo baseado em produção e consumo de conteúdo (Web 2.0). As criptomoedas e os bens digitais já são uma realidade. O NFT é uma sigla para non-fungible token – ou token não-fungível. De forma simplificada, o NFT serve como autenticação ou garantia de que é único. Ou seja, nenhum outro é igual a ele. O NFT é vendido junto ao bem digital e garante a autenticidade dele.

Escalar experiências digitais imersivas para milhões de pessoas depende da evolução da inteligência artificial quando a criação de conteúdo for automatizada e personalizada. Neste momento, o metaverso poderá ser considerado como uma extensão da realidade e não apenas uma versão digital em um ambiente isolado, com avatares engraçados e sem correspondência com a vida real.

Como entrar no metaverso?

Existem diversas formas para entrar no metaverso. Se você gostaria de ter uma experiência imersiva, será necessário adqui-

rir óculos e manoplas de realidade virtual. Existem várias opções no mercado (desde o Google Cardboard ao Oculus Quest 2). Espera-se que estas tecnologias evoluam significativamente nos próximos anos.

Em seguida, você precisa definir qual o ambiente (universo virtual) que deseja acessar. Isso mesmo, não existe apenas um metaverso. As principais plataformas, no momento, se destacam porque oferecem uma variedade de experiências, como jogos, espaços de trabalho virtuais e entretenimento ao vivo – por exemplo: Decentraland, Axie Infinity, Horizon, Mesh, Sandbox, Fortnite e Roblox.

Finalmente, será necessário participar de economias virtuais descentralizadas, que são alimentadas por criptomoedas para

viabilizar a compra, venda ou até mesmo a troca de itens entre os usuários. Você poderá adquirir roupas, novos avatares, terrenos e até mesmo ingressos de eventos virtuais.

Vamos lá... Agora é com você. Que tal criar seu avatar hoje mesmo?

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Eduardo de Ázara, Formado em Engenharia de Telecomunicações com Pós Graduação em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios. Atualmente, Diretor de Novos Negócios da IPv7 Soluções Inteligentes.

VEM AÍ MAIS UMA EDIÇÃO DO EVENTO DA ABRAMULTI

Vem aí mais uma edição do Evento da AbramultiAssociação Brasileira dos Operadores de Telecomunicações e Provedores de

Internet, um evento que se posicionou como um dos mais importantes e maiores do país.

O evento chama atenção não somente pela preocupação em levar bons expositores mas também em tornar o ambiente agradável, levando experiências diferentes ao público presente. Jony Cruz que é Vice Presidente da entidade explica que “ Nossa pretensão não é ser o maior evento do país, pois entendemos que todos eles, de todas as associações são extremamente importantes para todo o ecossistema cada vez mais crescente e maduro dos provedores. Nosso evento já é o maior de Minas e um dos maiores do Brasil, mas queremos nos posicionar

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como o mais inovador, trazendo conteúdo e entretenimento”.

O Evento da Abramulti foi o primeiro evento do seguimento de provedores a ser temático no Brasil, sempre associando os temas a algo semelhante à história do provedores ou que transite sobre a influência da internet. No ano de 2019 foi contada a história das cervejarias artesanais que tal como os provedores cresceram desafiando os grandes monopólios industriais, nascendo e se posicionando em período igual e neste evento já foi criado o conceito de área única de entretenimento com shows introduzidos no evento e com todos confraternizando juntos com chopp distribuído pela Associação, gerando mais networking.

Pós pandemia no ano de 2022 com a volta dos eventos o evento cresceu ainda mais e foi para o Expominas, contando dessa vez a história do rádio como a primei-

ra rede social existente e também introduzindo elementos regionais Mineiros e dessa vez com shows de grande porte como Jota Quest, Danilo Reis e Rafel, Lô Borges e João Lucas e Diogo.

Em 2023 chegou a hora de contar a história da evolução dos jogos eletrônicos no Abramulti Gametronics 2023 – Do Atari ao Metaverso, onde teremos a oportunidade de conhecer e jogar todos os consoles desde o atari até os dias atuais, além de museu dos jogos eletrônicos, cosplay, sala de realidade virtual, palestras e claro expositores de ponta e os já conhecidos e esperados shows, nesse ano teremos dia 29/03 Wilson Sideral, Biquini Cavadão e no dia 30/03 Marra Pura e pra fechar João Bosco e Vinícius. As inscrições e mais informações você encontra em evento.abramulti.com. br. Vale a pena conferir de perto.

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GESTÃO PROFISSIONAL AJUSTANDO, REESTRUTURANDO E ADAPTANDO A CULTURA DA EMPRESA

No meu artigo anterior, falei sobre como utilizar KPIs e suas metodologias para direcionar e comunicar a todos da empresa os obje-

tivos e focos dessa nova jornada, pois o crescimento como sabemos pode machucar diversos detalhes dos processos, normas e cultura até então implantada na empresa.

Nesse meu último artigo sobre os desafios da mudança de Gestão Familiar para Gestão Profissional, abordaremos a implantação dessa mudança na empresa, desse novo caminho desenhado pelos empresários para sua empresa, e que nem sempre é bem compreendido pelos colaboradores.

A gestão profissional definirá em primeiro lugar a atualização do escopo de valores, missão e objetivos da empresa, sendo o último alinhado com um BP (plano de negócio) da empresa, e essa atualização e parte fundamental pois será base para todos os passos que devem ser seguidos.

Analisar e organizar o organograma da empresa para encaixar dentro do BP, definindo as atividades, principalmente da linha C-level / Diretores. E nesse momento devem ser analisados as competências dos

colaboradores que ocuparão esses cargos, que estejam alinhadas com o modelo de negócios e os valores definidos. Essas definições devem estar contemplando todos os KPIs necessários para o planejamento do período. Lembrando que no artigo passado enfatizei bastante a questão de se planejar para extrair o melhor e mais ágil resultado esperado.

Feito isso, agora é a vez do perfil do seu RH pois será parte fundamental nesse processo, e na grande maioria das vezes as mudanças começarão por esse setor. Alinhar o perfil do seu RH ao novo escopo é de extrema importância pois ele será o motor dessas mudanças, e junto ao RH é necessário analisar o perfil do seu time, incluindo todos, sem exceção, pois todos os passos e o sucesso dessa mudança dependerá deles. Vale ressaltar que a mudança do modelo é para potencializar as competências do time e assim atingir melhores resultados e escalabilidade.

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“Vou replicar uma famosa frase de Peter Drucker: A cultura come a estratégia no café da manhã!”

O RH irá compor uma série de análises, como análise comportamental, análise de resultados, análise curricular dentre outras técnicas, usando ferramentas como o DISC para medir o nível de maturidade, competências e envolvimento dos colaboradores, e traçar uma linha bem direcionada nos quadros que precisarão ser treinados, potencializados, engajados e substituídos. O ponto mais crítico nessa etapa é garantir que essa análise ocorra sem sentimentalismo e paternalismo, o que acontece em grande parte das empresas. As análises precisam ser feitas por competências e não somente por âmbito sentimental, como “ele trabalha comigo a anos e sempre foi muito bonzinho”, ou “ele é de confiança e nunca deu trabalho”.

Por diversas vezes a mudança da gestão familiar para a profissional causam um “trauma” pois ela demonstra que profissionais até então considerados chaves e/ ou importantes, na verdade não batem meta e nem resultados, e são grandes “apagadores de incêndios” onde de fato precisariam evitar os “incêndios”, e acabamos descobrindo que eles não se desenvolveram para o tamanho do desafio

que a empresa está almejando, ou até para o tamanho atual mesmo, seja por que eles entraram em uma zona de conforto ou por que não deslumbraram o desafio da grandeza do projeto, que é muito comum, demonstrando assim o que o empreendedor já sente, que sem ele no dia a dia a empresa possivelmente para, pois tudo depende dele, e isso acaba como conversamos no primeiro artigo dessa trilogia, tirando a velocidade do crescimento da empresa.

Feito as análises de colaboradores e feito as devidas tratativas, encaixando cada colaborador na estrutura do novo organograma, vem outro fator extremamente complexo, dolorido e demorado: trata-se do ambiente sistêmico, que envolve processos e sistema ERP bem definido e implantado.

Mas por que estamos falando de sistema? O que tem a ver sistema com gestão profissional? Eu tenho a coragem de afirmar que 75% do seu sucesso na gestão e organização, além da velocidade e assertividade que sua empresa terá, dependerá exclusivamente de um sistema ERP bem implantado e processos bem desenhados, evitando retrabalho.

No item retrabalho temos alguns pontos que esquecemos no dia a dia, e que passam batido, como por exemplo:

Cadastro uma venda em planilha para controle de meta e comissionamento, depois cadastro a venda no sistema ERP, além de ficar consultando o mapa para viabilidade técnica e analisando venda a venda a regra de crédito. Se pensarmos em 10 vendas por dia, ok, uma atividade que facilmente um colaborador faz, porém quando pensamos em escala, essa rotina se

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“Bons salários e benefícios são fundamentais para ter os melhores talentos.”

torna cansativa, suscetível a falhas e de mais colaboradores para dar agilidade a essas vendas.

Nossa! Todos esses passos manuais só para realizar uma venda, sendo que em um processo bem analisado, desenhado e definido, alinhado com o sistema ERP e suas facilidades como integrações e controles, geração automática de dashboards e relatórios, agilizaria as atividades dos colaboradores fazendo com que o mesmo tenha uma maior produtividade, facilitando o treinamento de novos colaboradores, aumentando o entendimento das atividades, e evitando desgastes dos mesmos com a empresa, pois ele não considerará ela desorganizada.

Um ERP bem implantado gera ótimos Dashboards e KPIs, diminuição no quadro de colaboradores ou a potencialização do quadro atual, fazendo com que tenha maior produtividade, melhoria nas tomadas de decisões de forma ágil e segura, o que nos dias de hoje é fundamental para as empresas modernas. No exemplo acima, colaborador realizando 10 vendas dias, facilmente faria 50 / 60 análises e/ou cadastros por dia. Em alguns casos o colaborador nem faria o cadastro e sim poderia ser alocado para confirmar o agendamento da mesma e garantir a qualidade dos dados efetivados.

Nos dias de hoje, a agilidade no processamento e tratamento das informações são vitais para garantir diferencial competitivo no mercado, e ter um ambiente sistêmico bem implantado com processos bem ajustados garantindo um quadro de colaboradores enxuto e engajado, podendo inclusive pagar melhores salários e prêmios por metas alcançadas. Por isso recomendo fortemente, invistam em uma análise de todos os processos da empresa e em sistema (s), a gestão fica mais fácil, mais ágil e principalmente sem depender de uma “única pessoa”, o que invariavelmente acontece nas estruturas familiares.

Outro fator que é importante para o ambiente sistêmico é a qua-

lidade da infraestrutura (qualidade do ambiente físico), e com isso quero dizer: sede, ambiente, cadeiras, baias/mesas e etc. esse fator causa um impacto muito produtivo na equipe. Pesquisas mostram que a produtividade aumenta em 37% com um ambiente “bonito e confortável”. Então esse é outro ponto que muitas vezes as empresas não colocam em foco, mas que é fundamental para o crescimento da empresa.

empresa. Sejam muito criteriosos na análise do time, nas escolhas das competências, na montagem correta do organograma da empresa, que sempre deve ser atualizado com as tendências e objetivos da empresa. Importante reter colaboradores com uma boa política de desenvolvimento profissional, alinhado com uma estratégia de crescimento, pois para o colaborador a visão do crescimento da empresa potencializa esse desenvolvimento.

Bons salários e benefícios são fundamentais para ter os melhores talentos. Porém fica um alerta aqui, do mesmo jeito que é necessário ter uma política de retenção de colaboradores, precisam saber a não manter colaboradores que estão fora da cultura organizacional, dos objetivos e valores da empresa, das competências adequadas, pois nem sempre é possível desenvolver o profissional, seja pelo tempo gasto nesse desenvolvimento que pode não ser compatível ou pela vontade do colaborador se desenvolver, sair da sua zona de conforto.

A própria Microsoft passou por uma mudança em sua cultura organizacional em 2014, quando o novo CEO da empresa, Satya Nadella assumiu, e ele resumiu esse processo com a seguinte frase:

“A cultura de uma organização é o que fará dela ter êxito ou não.”

E ai, qual será a sua escolha, ter êxito ou não?

Mas depois de todos esses pontos colocados, como isso impacta na implantação da cultura organizacional? Minha resposta é: Em tudo!!!!

E para comprovar o que estou dizendo, vou replicar uma famosa frase de Peter Drucker: “A cultura come a estratégia no café da manhã!”

A cultura organizacional é a parte mais complexa dessa alteração no processo de mudança da gestão, pois quanto mais lento essa implantação, mais lento é a absorvição dos colaboradores, o que vai dificultar a transição consideravelmente, pois eles são quem dão o ritmo na

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Claudio Placa, Formado em Redes de Computadores, com cursos em Análise Comportamental, Processos Gerenciais, além de Palestrante e Coach. Atualmente, CEO da AONET Internet, um dos mais sólidos ISP’s do interior de SP.
“Nos dias de hoje, a agilidade no processamento e tratamento das informações são vitais para garantir diferencial competitivo no mercado”

ESPECIALISTAS PROJETAM A QUINTA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NO FUTURECOM 2022

A22ª edição do Futurecom encerra-se hoje com a certeza de que a transformação é definitiva. Como afirmou Paulo Rufino, pesquisador e

keynote speaker do evento, 2030 é o ano previsto para o mundo presenciar a consolidação da quinta revolução industrial, que será estimulada por todas as possibilidades das aplicações a serem desenvolvidas em torno das redes móveis 5G e 6G. Essas discussões vão se aprofundar na próxima edição do Futurecom, entre 3 e 5 de outubro de 2023.

Rufino é PhD Researcher em 6G na universidade de Aarhus, na Dinamarca. Em sua visão, a rede 6G apresentará atributos como hiperconectividade (IoB), sendo inteligente, onipresente e focada em energia verde e eficiência. “Será humanizada, ultra rápida, descentralizada e segura, inteligente e cognitiva, com novas tecnologias, heterogênea e de orquestração múltipla.” “O 6G parte de um princípio diferente das tecnologias anteriores, buscando considerar aspectos humanos prioritariamente. Essa tecnologia se inicia com base em proporcionar ajuda e auxílio para acelerar os desenvolvimentos sustentáveis designados pela ONU”, observa Rufino.

O pesquisador foi a principal atração em painel com participação de José Marcos Câmara Brito, secretário Geral do Projeto 5G Brasil na TeleBrasil, e Wilson Cardoso, CTO Latam da Nokia, mediados por Hermano Pinto, diretor de Tecnologia e Infraestrutura da Informa Markets, responsável pelo Futurecom.

Hermano comemora o que considera “o maior encontro de tecnologia, telecomunicações e transformação digital da América Latina”. “Este ano, ratificamos a determinação do público brasileiro em retomar os eventos presenciais para networking e desen-

volvimento de negócios.” Foram mais de 30 mil visitantes nos três dias, 800 palestrantes do congresso, mais de 200 horas de conteúdo e mais de 250 marcas expositoras.

Entre os expositores, a percepção é também de sucesso nessa retomada presencial do Futurecom. Para Marcello Miguel, diretor-executivo de Marketing e Negócios da Embratel, “Futurecom 2022 representou uma importante oportunidade para mostrarmos o posicionamento da Embratel como uma habilitadora da infraestrutura digital que levará o 5G para as empresas e governos”. “Os diversos casos de uso utilizando 5G que demonstramos durante o evento já indicam na prática exemplos de como a tecnologia apoia a inovação e potencializa novos modelos de negócios em áreas como saúde, indústria, cidades inteligentes e educação, em um importante processo de evolução tecnológica, econômica e social para o Brasil.”

Diana Coll, diretora de Marketing e Comunicação da Nokia para América Latina, afirma que “no Futurecom 2022 foi possível nos reencontrarmos pessoalmente com nossos clientes e parceiros”. “Foi uma oportunidade fantástica para discutir como o setor está se moldando para fornecer conectividade de forma mais eficiente e criar indústrias mais produtivas.”

“O Futurecom se mostrou, mais uma vez, extremamente relevante e inovador, apresentando as principais tendências da indústria de tecnologia, mídia e telecomunicações”, afirma Matheus Rodrigues, sócio de TMT (tecnologia, mídia e telecomunicações) da Deloitte. “O conteúdo, apresentado por renomados executivos de todo o mundo, contribuiu para que as empresas participantes e os visitantes saibam como tirar o melhor proveito de cada inovação. Foi uma excelente

oportunidade para se refletir sobre desafios e soluções relacionados ao futuro da transformação digital, da conectividade e do 5G em todos os setores do mercado.”

“Futurecom 2022 foi um momento especial para todos nós da Huawei Brasil. Tivemos uma excelente visitação no nosso estande e no 5G Truck, nossos dois principais sites no evento. Percebemos que os visitantes – nossos clientes, parceiros, gestores, profissionais de TI, estudantes, jornalistas – buscaram com afinco informações sobre as tecnologias 5G do portfólio da Huawei, além de debater os desafios importantes no atual momento, como a expansão da infraestrutura 5G e a inclusão digital no país. A nova tecnologia móvel tem potencial para gerar muitas oportunidades de negócios e a feira mostrou que esse será o cenário nos próximos meses”, declarou Atilio Rulli, vice-presidente de Relações Públicas da Huawei América Latina e Caribe.

“Futurecom, como sempre, apresentou as principais tendências de tecnologia num momento em que o 5G é um divisor de águas para toda cadeia de valor ganhar performance no mercado. Nós da Watch Brasil tivemos uma experiência bastante positiva. Recebemos, além dos grandes players, um número surpreendente de pequenos e médios ISPs procurando serviço de valor agregado. É um ótimo cenário e demonstra que todos estão em busca de diferencial”, afirma André Santini, diretor de marketing da Watch Brasil.

Para JB Queiroz Filho, CEO do grupo JBQ.Global, “depois de um período pandêmico, participar de um evento como Futurecom para nós da JBQ. Global foi extremamente importante, uma vez que escolhemos este local para o lançamento de duas grandes marcas dentro do nosso grupo: Adaga

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e Anggle. Foi um evento muito construtivo, onde fizemos grandes contatos e conexões incríveis olho no olho. Conseguimos apresentar soluções e serviços alinhados ao futuro da transformação digital e da inovação. A organização foi incrível, o atendimento está de parabéns e, por todo o resultado que tivemos, consideramos renovar a parceria em 2023.”

A estreia da TBNet, operadora de Telecom da TecBan, com estande próprio superou as expectativas. A empresa recebeu a visita de potenciais clientes interessados nas soluções, especialmente o LinkBooster, que fornece conexão redundante com altos índices de disponibilidade e rápida implantação, e o Wi-Fi Hub, que possibilita serviço de hotspot Wi-Fi em áreas de interesse do cliente com portal personalizado para cadastro de clientes ao fazer login. “Além disso, apresentamos um case com o Santander, com o qual realizamos uma eficaz instalação de nossas soluções, durante a pandemia e deu seu feedback sobre o benefício nas operações diárias. Estamos muito satisfeitos com a nossa participação no evento e esperamos retornar no próximo ano”, declarou o gerente-executivo da TBNet, Alexandre Coelho.

“Neste ano, a participação da DPR se resumiu em um trabalho incessante para atender nossos clientes. Mais uma vez, nosso estande foi um dos mais visitados do evento. Os resultados foram fantásticos e fechamos importantes parcerias e vendas com grandes clientes. Aplicamos diversas promoções para fechar novos negócios durante o evento”, ressaltou Marco Silva, diretor comercial da DPR.

A sueca Ericsson teve participação efetiva nesta edição em vários painéis, quando apresentou inovações baseadas em 5G. Rodrigo Dienstmann, CEO da Ericsson para o Cone Sul da América Latina, foi destaque no painel “O 5G chegou, e agora? Como vamos suprir as expectativas do público e das empresas”, que reuniu altos executivos de fornecedores, parceiros e ope-

radoras de telecom na Plenária Principal. Segundo Rodrigo, fabricantes e operadoras estão investindo centenas de milhões de reais desde o 4G, mas monetizam pouco. “A implementação do 4G foi um ‘desmatamento’ para o setor de telecomunicações. Está em nossas mãos mudar isso. Agora, temos que jogar as sementes e o adubo certo para que as operadoras monetizem toda a cadeia de valor do 5G.”

Crimes cibernéticos

Crimes cibernéticos e vazamento de dados sensíveis foram temas tratados na trilha Future Jud, comandada por Solano de Camargo, presidente da Comissão de Privacidade e Proteção de Dados da OAB/SP. Sua abordagem cita as medidas jurídicas de proteção contra-ataques hackers, principalmente sobre a legislação brasileira, que tem até alternativas que antecedem a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Entre elas, a Lei Carolina Dieckmann, homologada após o caso de vazamento de arquivos íntimos da atriz.

“Os casos de má-fé são em menor número do que os casos de ataques. Temos notícia de órgãos públicos sendo atacados por hackers já há muito tempo. Os mega vazamentos que o Brasil sofreu foram fruto de hackers”, observou o advogado. Camargo também explicou as diferenças entre os tipos de hackers, como crackers, white hat, black hat, gray hat, script kiddies e spy hacker, entre outros. De acordo com ele, o Brasil levou tempo para conseguir se adequar de forma jurídica em temas relacionados a crimes digitais.

Segundo Camargo “a pandemia digitalizou o mundo todo, fez com que todos ficássemos cada vez mais dependentes da internet e, por isso, tivemos uma pandemia de ataques cibernéticos tão intensa quanto a pandemia da Covid”. Ainda de acordo com o especialista, conforme estabelecido pela LGPD, caso os dados se-

jam vazados por conta de uma falha de uma empresa ou órgão, as pessoas podem procurar seus direitos até mesmo junto ao Procon.

Para o presidente da comissão da OAB/SP, a conta em ataques hackers no Brasil ainda é majoritariamente paga pelo setor privado, que fica à mercê de se adequar às regulamentações e proteger seus sistemas. “Quem paga essa conta mesmo são as empresas e principalmente as startups, que aliás vão pagar uma conta ainda maior quando entrar o marco civil da Inteligência Artificial.”

Ransomware: vale a pena negociar com hackers?

Um dos crimes virtuais mais comuns da atualidade são os ransomwares, ou sequestro de dados e contas em redes sociais que são supostamente liberados após o pagamento de um resgate. Apesar de constatar que a vítima deve seguir todos os procedimentos legais, Camargo crê que, em alguns casos, negociar acaba sendo a opção mais em conta, já que muitas vezes um contra-ataque poderá gerar ainda mais despesas, além de não garantir o retorno das informações sequestradas.

“Será que é ético eu chegar ao meu cliente e falar, ao mesmo tempo, levar ao conhecimento das autoridades e negociar com os hackers? Eu como advogado, presidente da comissão da OAB, em alguns casos eu posso aconselhar a negociar, mesmo sabendo que existe 10% de chance de o hacker não devolver”, pondera.

Ao final sua palestra, Camargo comentou que, em sua visão, os órgãos públicos ainda não estão preparados para lidar com as regulamentações existentes, mas que o cenário pode mudar com novas medidas que estão atualmente em discussão, como a PL da Inteligência Artificial e a LGPD Penal. “Não é que eu não acredite no órgão público, mas é que estou sendo realista, de que muitas vezes tais regulamentações não são cumpridas.”.

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AVALIANDO A EXPERIÊNCIA DO USUÁRIO FINAL

As empresas que implantam com sucesso um plano de avaliação da experiência dos clientes, melhoram significativamente a qualida-

de, entendendo os requerimentos e expectativas do cliente, aumentando as vendas e reduzindo custos. Para projetar uma boa experiência de usuário, deve-se sempre partir do pressuposto de deixar o usuário final feliz, e para isto é necessário ter um entendimento claro das necessidades e das prioridades dos clientes. Melhorar a experiência do usuário é um fator chave para se destacar no mercado dentre os concorrentes.

Enumeramos algumas ferramentas que podem ajudar para realizar uma correta avaliação.

Perfis de usuário

Uma das primeiras medidas a implantar para proceder com uma avaliação, é classificar os clientes finais em diferentes perfis. Uma classificação básica pode consistir em:

• Usuários Básicos: aqueles que utilizam a conexão para tarefas cotidianas, navegação web, e-mail, comunicação, streaming e vídeos online

• Usuários Intermediários: aqueles que além do anterior, utilizam P2P, gaming, configurações avançadas de roteador, port mapping, etc.

• Usuários Avançados: usuários com acesso total, que precisam de um serviço flexível, por exemplo, usuários corporativos, que possuem servidores locais com acesso direto à internet, IP público fixo, etc.

Cada perfil tem diferentes necessidades e prioridades visto que os fatores importantes para alguns deles, podem ser insignificantes para outros e vice-versa. Desse jeito, a avaliação deve ser realizada em cada caso por separado.

Mapa de experiência

Os Mapas de Experiência (User Journey Maps) são representações gráficas da experiência de usuário com o serviço, sobre uma linha de tempo, incluindo as necessidades, motivações e emoções do usuário a cada etapa do processo. São um jeito de reproduzir o sentimento do cliente quando interage com a nossa empresa seja ao utilizar o serviço, ao pedir a conexão do serviço, na hora de acionar o suporte, ou de pagar a franquia.

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“Para projetar uma boa experiência de usuário, devese sempre partir do pressuposto de deixar o usuário final feliz”

Journey Map for Repeat Customer Buying Drink from Coffee Shop

O método consiste em dividir cada processo em fases, e analisar o estado emocional do cliente em cada uma das fases para poder trabalhar na melhora da experiência. Implantar o mapa de experiência, conseguirá alinhar todos os membros do time para que todos vejam qual é a experiência do cliente desde o início, até o fim de um procedimento, e em consequência iniciar conversações entre as diferentes áreas para lograr melhoras.

Desse jeito, a aplicação do mapa de experiência permite então que todos os envolvidos no processo compartilhem informações concisas, efetivas e fáceis de lembrar.

Pesquisa de satisfação

Conforme a competitividade do setor aumenta, para manter o market share, é importante manter a fidelidade do cliente e um relacionamento positivo. Um baixo nível de satisfação, é um disparador direto para um alto churn rate (rotatividade de clientes).

A pesquisa pode ser realizada de diferentes jeitos (hoje, a maioria das pesquisas são realizadas online mediante envio de um link ao cliente) porém o importante, é que as perguntas sejam focadas para cada perfil de usuário definido anteriormente. Também pode se classificar a pesquisa demograficamente e por tipo de cliente, se isso for um fator determinante.

A informação coletada deve ser de qualidade e relevante para descobrir se os clientes estão obtendo o que precisam.

Uma pesquisa bem-feita, pode

ser utilizada como a base para construir o Mapa de Experiência.

O foco no Cliente é essencial É indispensável focar os recursos pensando em resultados para os clientes. A empresa deve reduzir os tempos dos processos, e reorganizar os times para que a experiência de usuário seja tida em conta ao longo de todas as operações.

Uma boa prática, é criar times funcionais, conformados com colaboração de funcionários de diferentes áreas, para ajudar na rápida distribuição da informação e no correto compartilhamento de métricas globais para que todas as áreas da empresa possam estar involucradas no processo: o primeiro objetivo é que todos os funcionários entendam a importância da satisfação e a fidelidade do cliente, com a rentabilidade da empresa.

A flexibilidade é hoje um parâmetro essencial: para entender as necessidades do cliente: é importante que não só os funcionários de suporte e vendas estejam involucrados, mas sim que pessoas de todas as áreas possam ser treinadas para melhorar a experiência do cliente desde suas posições.

3 dicas para evitar emoções negativas em contatos com o cliente

• Em toda a comunicação, se focar para que o processo de comunicação seja fluido. Seja através do telefone, via chat ou usando alguma App mobile, o cliente deve perceber que a empresa está focada em resolver o problema. Tentar evitar todo tipo de interrupções e

esperas, e solicitar ao cliente apenas a informação indispensável para proceder.

• Em todas as circunstâncias, demonstrar intenção de se antecipar às necessidades e requerimentos do cliente. Cada ponto deve ser abordado com claridade, e sempre tentando se colocar no lugar do cliente. Cada decisão e comunicação deve ser feita pensando em como será tomada pelo cliente, e é muito importante também interpretar quando pode ser utilizada a linguagem técnica, e quando deve de ser evitada.

• Informação. É importante antecipar e contar com as informações necessárias para resolver qualquer inquietude do cliente o quanto antes possível. Uma das piores sensações que podemos ocasionar, é aquela em que o cliente sente que está sendo atendido por alguém sem conhecimento ou sem informações sobre o que está se falando, e isto leva muitas vezes a cancelamentos. O cliente deve sempre ter acesso às informações pertinentes, com facilidade, seja através do meio que for.

ingadrianlovagnini@gmail.com

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EMOTION POSITIVE NEGATIVE Driving to coffee shop Decides to go to coffee shop Trying to find parking spot Enters coffee shop Sees long line to order drink Deciding what drink to order Places order Pays for drink Waiting for drink Still waiting for drink Drink is ready Enjoying drink Leaving coffee shop
Exemplo de Journey Map representando as emoções do cliente a cada etapa do processo analisado (fonte: idew.org) Adrian Lovagnini, Engenheiro em Telecomunicações com formação em Finanças. Atualmente é Assessor de Negócios TI e Consultor da VoIP Group

IBUSINESS 2023: O MAIOR EVENTO DE ISP DO PARANÁ REUNIRÁ

PALESTRANTES RENOMADOS NO BRASIL

CAMILA FARANI, ARTHUR IGREJA E RODRIGO PIMENTEL ESTÃO CONFIRMADOS NO EVENTO PROMOVIDO PELA REDETELESUL

OIbusiness, maior evento de Telecomunicação do Paraná, é promovido pela Redetelesul, associação sem fins lucrativos,

regida por estatuto e formada por micro e pequenas empresas provedoras de internet, que promovem a verdadeira inclusão digital, levando o acesso à internet aos quatro cantos do estado paranaense. A edição de 2023 do Ibusiness acontecerá em Foz do Iguaçu, no Rafain Palace Hotel & Convention, nos dias 16 e 17 de março.

O evento reúne profissionais renomados do mercado de ISP que estão em busca de conhecimento, networking e novas oportunidades de negócio. Sendo um evento familiar, o Ibusiness possui o intuito de unir conhecimento, negócios e lazer. Realizado na cidade de Foz do Iguaçu, proporciona aos

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participantes uma experiência única e agradável, pois os participantes podem estender a viagem para conhecer os pontos turísticos da cidade.

A edição deste ano contará com palestrantes reconhecidos nacionalmente, nomes como Camila Farani, empreendedora há 18 anos, é uma das maiores investidoras-anjo do Brasil, reconhecida pela Startup Awards e LAVCA, palestrante internacional, membro do Conselho de Administração do PicPay, colunista da Forbes, do Estadão e do MIT Tech Review, além de investidora do Shark Tank Brasil, o maior reality de empreendedorismo do mundo; Arthur Igreja, palestrante, empresário, investidor-anjo e professor pela FGV, autor do livro sobre inovação “Conveniência é o nome do Negócio” e cofundador da plataforma AAA com Ricardo Amorim; e Rodrigo Pimentel, palestrante especialista na construção de tropas de elite, ex-oficial da Polícia Militar do Rio de Janeiro, ex-capitão do BOPE e especialista em segurança pública, internacionalmente conhecido por escrever a história do “Capitão Nascimento” nos livros e filmes da franquia “Tropa de Elite” baseado em suas próprias vivências.

Além destes palestrantes, o Ibusiness 2023 contará com a presença de Adriana Loduvichak, treinadora de comunicação e especialista em oratória, falando sobre comunicação pessoal e a respeito de como dominar o medo de falar em público. O evento

também contará com a presença de Leandro Quintão, consultor, empresário, criador do método “Máquina de vendas” e fundador do Grupo 5G. E os irmãos Ronaldo e Rogério Couto, especialistas em treinamentos para ISPs, que apresentarão uma reflexão sobre a trajetória deste setor no Brasil.

Essas palestras serão o ponto alto do Ibusiness, mas no evento também há espaço para troca de experiências entre os empreendedores, apresentação e exposição de novos produtos e serviços, networking e oportunidade para o fechamento de novas parcerias.

Seguindo a tradição, no último dia do evento, acontecerá o famoso baile de encerramento do Ibusiness, onde todos os participantes poderão aproveitar para se divertir, dançar, rever e fazer novas amizades. Este é um momento muito especial, pois é celebrado todo o aprendizado adquirido durante o evento.

Viva uma experiência incrível! Participe do maior evento de ISP do Paraná, aprenda com as palestras de grandes profissionais da área da inovação, tecnologia e ISP e concretize novas parcerias de negócios. O Ibusiness 2023 está repleto de oportunidades para o seu negócio evoluir! Foz do Iguaçu te espera nos dias 16 e 17 de março.

Acesse o site e faça sua inscrição: https://redetelesul.com.br/ibusiness.

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COMO A CIÊNCIA DE DADOS PODE AJUDAR AS EMPRESAS?

De acordo com um estudo recente da Gartner, até o final de 2022, 90% das empresas já estarão utilizando a ciência de dados, isso significa

que, se você não estiver usando a ciência de dados, estará ficando para trás.

Mas o que é ciência de dados? Resumindo, é a prática de extrair informações relevantes dos dados.

Mas como isso pode ajudar as empresas? A ciência de dados pode ajudar as empresas de várias maneiras, desde a tomada de melhores decisões, melhoria dos processos, otimização de recursos, melhoria dos esforços do comercial e marketing, até a redução dos custos operacionais.

Ao entender e utilizar a ciência de dados como ferramenta, você pode direcionar com mais precisão seus esforços de marketing, tomar melhores decisões sem desperdiçar recursos, criar produtos e serviços de qualidade com maior probabilidade de gerar vendas e reter clien-

tes com mais eficiência. Resumindo, a ciência de dados pode ajudar você a vender mais, ser mais competitivo, ser mais assertivo nas análises e tomadas de decisões.

Vamos examinar mais de perto como a ciência de dados pode ajudar as empresas:

Tomada de Decisão

O status quo da tomada de decisões de negócios é oferecer estratégias para que as empresas sejam mais competitivas, eficientes e eficazes. Ao entender as relações entre dados, pessoas e empresas, os cientistas de dados podem ajudar as organizações a tomar melhores decisões. Melhores decisões vêm de uma mistura de experiência, intuição, conhecimento e análise. A ciência de dados traz rigor analítico ao processo de tomada de decisão. Muitas vezes, as empresas tomam decisões com base em intuições ou dados limitados, o que pode levar à perda de tempo e recursos. Ao aproveitar o poder da ciência de dados, as empresas podem tomar decisões me-

lhores baseando-se em evidências e fatos. A aplicação de técnicas como aprendizado de máquina pode ajudar a identificar padrões nos dados que, de outra forma, seriam indetectáveis. Isso permite que as organizações automatizem processos e façam previsões sobre eventos futuros com um alto grau de precisão.

Em um mundo em que os dados estão se tornando cada vez mais abundantes, aqueles que conseguirem aproveitar seu poder terão uma vantagem significativa sobre seus concorrentes. As empresas capazes de fazer uso da ciência de dados poderão vender mais, ser mais competitivas hoje para terem negócios mais saudáveis ao médio e longo prazo.

Vendas

Ao analisar dados comportamentais, as empresas podem de forma assertiva compreender quem são seus verdadeiros clientes fiéis, quem são clientes medianos e principalmente quem são seus clientes problemas e assim tomar decisões

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apropriadas. Por exemplo, se uma empresa perceber que suas vendas tendem a cair durante os meses de final do ano, ela pode decidir dar férias a parte da equipe de vendas para que todos estejam trabalhando nos meses de maior probabilidade de vendas ou mudar a estratégia de abordagem e marketing nos meses que as vendas tendem a cair.

Por fim, a ciência de dados também pode ajudar as empresas a reter clientes com mais eficiência. Ao entender o comportamento e as tendências dos clientes, você pode desenvolver estratégias para mantê-los felizes e engajados com sua empresa. Isso leva à repetição de negócios e a relacionamentos mais fortes com sua base de clientes.

Marketing

Ao entender o comportamento e as preferências dos clientes, as empresas podem criar campanhas de marketing direcionadas com maior probabilidade de sucesso. Por exemplo, imagine que uma empresa que detecta que seus melhores e mais fiéis clientes são donos de Pets, e que existe na sua cidade dezenas de Pet Shops.

A ciência de dados pode ajudar as empresas a tomar melhores decisões, fornecendo insights que podem ser usados para melhorar os processos de abordagem dos clientes, por exemplo, usando os Pets Shops como pontos de vendas, desta forma a ciência de dados pode ajudar a identificar áreas em que melhorias podem ser feitas, como no atendimento ao cliente ou no desenvolvimento de produtos.

Com a análise de dados correta, você pode direcionar com precisões suas campanhas de marketing e garantir que suas mensagens cheguem às pessoas certas. Isso pode gerar mais vendas e um maior ROI para seus gastos com marketing.

Além disso, a ciência de dados pode ajudar a prever tendências futuras que podem impactar a empresa, como mudanças no mercado ou novos concorrentes. Ao entender essas tendências, as empresas podem tomar decisões proativas para se manterem à frente da concorrência.

No geral, a ciência de dados ofe-

rece uma grande oportunidade para as empresas obterem uma vantagem competitiva. Aqueles que o adotarem estarão bem posicionados para levar seus negócios a novos patamares.

8 dicas para iniciar a análise dos seus dados:

1. Conheça seus dados: Antes de tomar qualquer decisão, você precisa entender quais dados você tem e como eles podem ser usados. Isso significa saber de onde vêm seus dados, o que eles representam e quais são suas limitações. Caso contrário, você corre o risco de tomar decisões erradas com base em informações defeituosas ou incompletas.

2. Estabeleça objetivos claros: Não basta apenas coletar dados, você precisa saber o que quer fazer com eles. Quais são seus objetivos? Quais decisões você precisa tomar? Depois de entender bem seus objetivos, você pode começar a pensar em quais dados serão mais relevantes e úteis para ajudá-lo. Não faça coleção de dados. Se o dado não for útil para uma tomada de decisão, não desperdice seu tempo.

3. Colete os dados certos: Não existem dados em excesso, mas existem dados irrelevantes ou inutilizáveis. Ao coletar dados para fins de tomada de decisão, certifique-se de que sejam precisos, atualizados e completos. Qualquer coisa menos do que isso só prejudicará sua capacidade de tomar decisões.

4. Limpe e prepare seus dados: Mesmo que você tenha coletado dados de alta qualidade, eles não serão muito úteis se não forem no formato correto. A preparação de dados pode envolver várias etapas diferentes, incluindo normalização, imputação, codificação e muito mais. O objetivo é obter seus dados em uma tabela adequada para modelagem.

5. Escolha o modelo certo: Quando seus dados estiverem prontos, você precisará escolher o modelo certo para cada análise. Existem dezenas de modelos diferentes que podem ser usados e cada um tem seus próprios pontos fortes e fracos. Alguns modelos são mais adequados para determinados tipos de

dados ou determinadas tarefas. É importante escolher um modelo que funcionará bem com seus dados e fornecerá as análises que você está procurando.

6. Treine e ajuste seu modelo: Depois de selecionar um modelo, é hora de treiná-lo com base em seus dados. É aqui que a mágica acontece! O modelo aprenderá com os dados e tentará encontrar padrões que podem ser usados para fazer previsões. Depois que o modelo for treinado, você precisará ajustá-lo para obter os melhores resultados possíveis. Os ajustes envolvem itens como hiper parâmetros e pode exigir teste de valores diferentes até encontrar o que funciona melhor.

7. Considere as implicações éticas: Neste trabalho você muitas vezes irá lidar com informações confidenciais, então é fundamental ignorar suas suposições e crenças. Muitas vezes fazemos suposições sobre os dados que estamos analisando e o que realmente eles significam antes de realmente testá-los e isso pode viciar o modelo, por isso é importante receber contribuições das partes interessadas com antecedência e com frequência durante a construção, pois são elas que usarão o produto final e podem ajudar a apontar erros em nossos modelos ou em parâmetros que podemos ter ignorados.

8. Aprenda com seus erros: A ciência de dados é um processo interativo e infelizmente você cometerá erros ao longo do caminho, por isso sempre teste e repita seus modelos antes de implantá-los e sempre é importante aprender com seus erros e usá-los para melhorar seu trabalho futuro.

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Lacier Dias, Diretor de Ciência de Dados e TI, professor de Redes para ISPs com 20 anos de experiência no setor de telecom, atua no projeto, produção e aprimoramento de produto visando soluções sob medida a partir de projetos especiais.

SUA EMPRESA E CLIENTES ESTÃO SEGUROS NA INTERNET?

As Atividades realizadas no mundo digital vem se tornando cada vez mais comum e nos últimos anos o número de pesso-

as conectadas aumentou expressivamente, a densidade de pessoas utilizando serviços digitais, trabalhando em home office entre outras atividades que passaram a fazer parte desse cenário, principalmente pós-pandemia, está sendo muito relevante. Adotar medidas de segurança digital que há pouco tempo eram eficazes passaram a ser simplesmente insuficientes para garantir a proteção dos usuários que se conectam a rede para usufruir de algum serviço, aquele pensamento que tínhamos em implantar tecnologias de proteção dos dados de uma infraestrutura local para impedir que fossem acessados de fora da empresa, por exemplo, tornou-se ultrapassado, uma vez que funcionários que trabalham de forma remota precisam se co-

nectar para realizarem suas atividades, todas essas informações agora precisam passar por um ambiente de rede pública onde pessoas de todas as naturezas estão conectadas, inclusive criminosos, e garantir a proteção dessas informações passou a ser um dos

maiores desafios e preocupações para todos os envolvidos sejam eles corporações ou usuários finais. E nós como profissionais éticos que atuamos nesse mercado temos a responsabilidade em difundir o conhecimento sobre cibersegurança, para que empresas e usuários com pouca informação possam tomar ciência da importância e aplicar ações simples para usufruir dos benefícios de estar conectado de forma tranquila e segura.

No Brasil ainda temos um alto índice de incidentes relacionados a segurança digital, segundo dados da empresa especializada em privacidade SurfShark, o Brasil ficou em 12º lugar entre os países que mais contabilizaram episódios de vazamento de dados no primeiro trimestre deste ano. O levantamento mostrou que, no início de 2022, dados de 286 mil brasileiros ficaram expostos através de suas informações na internet. Os vazamentos revelaram ende-

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SAIBA O QUE FAZER PARA NÃO SER A PRÓXIMA VÍTIMA DE VAZAMENTOS DE DADOS.
“No Brasil ainda temos um alto índice de incidentes relacionados a segurança digital”

reços de e-mail, senhas, números telefônicos, documentos e outras informações sensíveis.

Além do número expressivo em vazamento de dados, segundo um estudo realizado pelo laboratório de inteligência e ameaças, FortiGuard Labs, o Brasil registrou no primeiro semestre de 2022, 31,5 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos a empresas, o número é 94% superior na comparação com o primeiro semestre do ano passado, quando foram 16,2 bilhões de registros.

Em grande parte desses ataques apontados os criminosos usam técnicas que utilizam malware, phishing, spyware, ransomware e entre outros, mas por incrível que pareça as principais causas de incidentes de segurança não estão ligadas apenas a essas técnicas com nomes estranhos citados anteriormente, em sua grande maioria estão relacionadas as falhas simples de configurações de segurança que poderiam ser corrigidas, evitando assim enormes prejuízos de reputação e perdas financeiras para as empresas e usuários. Mas afinal de contas, como se proteger em meio a esse cenário tão nocivo no qual estamos expostos diariamente?

A melhor maneira de aplicar uma conduta de proteção eficiente é identificando os pontos de fragilidade, não adianta construir uma muralha na frente da empresa se a porta dos fundos permanece aberta 24h por dia de forma que qualquer indivíduo possa entrar e sair o momento que bem entender, e o que é pior, sem que os responsáveis pela empresa tenham a mínima ideia de que isso está acontecendo. Apesar de serem difíceis de detectar, o melhor a fazer para mitigar o iminente risco é implementar gestão de risco para detecção, contenção e comunicação no caso de um vazamento. Quanto mais rápida sua detecção menor o prejuízo.

Adotar uma conduta proativa por parte da empresa aos riscos de incidentes, é considerado uma boa prática e faz total diferença

nesse contexto: implantar softwares de proteção em todos os dispositivos, inclusive smartfones; Evitar a utilização de softwares piratas, geralmente possuem código fonte desconhecidos e sem garantia de proteção das informações armazenadas; implantar um controle de acesso a sites considerados nocivos e que não estão de acordo com as políticas da empresa; Manter um backup atualizado com frequência é fundamental, dessa forma, em caso de perda por incidentes de segurança ou falhas humanas os dados podem facilmente ser recuperados;

pação com a segurança é expor também informações de terceiros como clientes, funcionários, fornecedores entre outros, a não adequação à nova legislação de proteção de dados pode resultar em penalidades, que vão desde advertências e multas à suspensão das atividades.

A regulamentação de privacidade de dados contida na LGPD requer que as empresas informem os clientes e procurem remediar o vazamento de dados assim que eles ocorram. Os prejuízos de um vazamento de segurança não são apenas financeiros mas também ocasionam perda de reputação cada vez mais evidente. Além disso, sugere a criação de procedimentos para incidentes de segurança da informação, de forma que todos os responsáveis por segurança e tecnologia na empresa, saibam como proceder em caso de um vazamento de dados.

Portanto, até aqui você já consegue perceber tamanha importância ao assunto, bem como a necessidade de implantar medidas que tragam o mínimo de proteção aos dados tratados por sua empresa, desse modo, deve-se estar sempre buscando por novas informações e atento as mudanças no cenário tecnológico para evitar implantar medidas ultrapassadas e ineficientes no contexto atual, adotar uma conduta proativa em relação a segurança dos dados, além de garantir um ambiente seguro para a empresa e os clientes, podem trazer um impacto bastante positivo na experiência do usuário.

Promover treinamento e capacitação de funcionários voltados para a utilização de recursos digitais de forma segura; Utilizar VPN corporativa para o acesso remoto aos sistemas internos, desse modo a empresa garante privacidade e integridade dos seus dados encaminhados pala internet; Atuar em conformidade com a LGPD, e aqui vai um ponto importante, pior do que expor a empresa a este cenário digital sem a menor preocu-

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“Adotar medidas de segurança digital que há pouco tempo eram eficazes passaram a ser simplesmente insuficiente para garantir a proteção dos usuários”
Nilberto Jácome, Analista de Redes e Cibersegurança na Solintel, Possui experiência em projetos de arquiteturas FTTx, Wireless, GPON, OSPF, MPLS, VPLS. nilberto.jacome@solintel.com.br.

ISP’S: SOLUÇÕES, OPORTUNIDADES E DESAFIOS

AInternet não é uma rede de computadores, mas sim um conjunto de redes que estão interconectadas entre si a nível mundial. Está definido na Lei

nº 12.965, de 23 de Abril de 2014, o Marco Civil da Internet, em seu Art. 5º, como “o sistema constituído do conjunto de protocolos lógicos, estruturado em escala mundial para uso público e irrestrito, com a finalidade de possibilitar a comunicação de dados entre terminais por meio de diferentes redes”. Cada uma dessas redes é administrada por diferentes entidades globais que definem sua topologia, capacidade e qualidade. Existem muitos equipamentos e várias formas dos mesmos serem interligados e compartilhados, dentre diversos meios de acesso, protocolos e níveis de segurança.

Os Provedores de Serviços de Internet (Internet Service Provider - ISP’s) participam dessa grande rede atendendo as exigências de órgãos de controle em cada país, buscando oferecer serviços de conectividade de forma a maximizar a qualidade do serviço prestado ao cliente, para cumprir e, sempre que possível, extrapolar o nível de serviço contratado pelo cliente. Atualmente existem ISP’s com cobertura nacional e, em muitas áreas metropolitanas, ISP’s locais.

ISP ou IAP?

Um provedor pode ser uma pessoa jurídica ou uma instituição que fornece serviços e/ou informações. A principal função do Provedor de Acesso à Internet (ISP) é a de intermediação da conexão entre o usuário de computador pessoal e a rede mundial de computadores. Deve oferecer uma conexão permanente, disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana através de

um backbone.

O ISP é o responsável por possibilitar conexão e acesso aos diversos domínios na internet, permitindo que seus usuários possam ter acesso a qualquer página ou serviço disponível na Internet em todo o planeta, além de diversas tecnologias que utilizam a internet como veículo. Essas conexões são feitas através de circuitos de comunicação ponto a ponto, conhecidas como links.

Adicionando Valor ao Serviço Conforme consta na Lei Geral de Telecomunicações (LGT), Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, Serviço de Valor Adicionado é a atividade que acrescenta a um serviço de telecomunicações que lhe dá suporte (e com o qual não se confunde) novas utilidades relacionadas ao acesso, armazenamento, apresentação, movimentação ou recuperação de informações. Não é o meio que possibilita a conexão entre pontos, mas sim uma ativida-

de que acrescenta a essa conexão novas utilidades relacionadas ao acesso, armazenamento, apresentação, movimentação ou recuperação de informações.

Convém salientar que serviço de valor adicionado não constitui serviços de telecomunicações, classificando seu provedor como usuário do serviço de telecomunicações que lhe dá suporte, com os direitos e deveres inerentes a essa condição.

Adicionando valor ao serviço, o ISP deve atentar para alguns pontos importantes:

• Atendimento ao cliente: Os usuários buscam cada vez mais provedores com boa reputação de atendimento ao cliente;

• Preços: Atualmente, há muitos planos competitivos à disposição dos usuários. Analisar a concorrência é importante na tomada de decisões sobre qual estratégia comercial seguir;

• Estabilidade da rede: A infraestrutura deve permitir a rápida

ispmais.com.br 54 COLUNA FIBRA ÓPTICA ONTEM E HOJE SÓCIO DIRETOR DA RATIO CONSULTORIA E PROFESSOR UNIVERSITÁRIO WWW.PROJETODEREDES.COM.BR
JOSÉ MAURÍCIO DOS SANTOS PINHEIRO
FIGURA 1: Serviços ISP RÁDIOS DIGITAIS
INDÚSTRIAS
CENTRAL OFFICE CIDADES DIGITAIS
CONDOMINIOS RESIDENCIAIS CONDOMINIOS COMERCIAIS
USUÁRIOS RESIDENCIAIS PON Wi-Fi Wi-Fi Wi-Fi Wi-Fi Wi-Fi Wi-Fi
REDES ÓPTICAS PASSIVAS

recuperação dos serviços em caso de falhas;

Estrutura de Acesso à Internet

No acesso à Internet estão envolvidos basicamente dois tipos de provedores de serviços:

• Provedor de acesso, que oferece serviços de valor adicionado e que tem a função de conectar um usuário à Internet permitindo a navegação em sites web e acesso a diversos serviços como redes sociais e envio e recebimento de e-mails.

• Provedor de serviço de telecomunicações, que fornece a conexão entre o usuário de Internet e o local onde estão localizados os equipamentos de rede que permitem acesso à Internet.

. A infraestrutura básica de um ISP pode ser dividida em três níveis distintos:

• Rede de Backbone – Nível responsável pela conexão com a Internet. Neste nível encontramos a interconexão com as operadoras e carriers, possibilitando, inclusive, a conexão entre diferentes ISP;

• Rede de Distribuição – Este nível é responsável pela distribuição das conexões do ISP e onde os serviços de backbone se conectam a rede de acesso;

• Rede de Acesso – Neste nível os serviços são entregues aos clientes através de diferentes tecnologias. Por exemplo, Metro Ethernet, ADSL, FTTx, Wi-Fi, rádio enlace licenciado etc.

Redundância e Contingência

O sucesso de um ISP pode ser avaliado pela capacidade de sua rede em oferecer os serviços essen-

ciais requeridos por seus usuários e por preservar os seus principais componentes na eventual ocorrência de falhas. As falhas podem ser derivadas de degradação do hardware e dos meios de transmissão, erros humanos e outros fatores fora do controle.

A redundância descreve a capacidade de um sistema em superar a falha de um de seus componentes através do uso de recursos equivalentes, ou seja, um sistema redundante possui um segundo dispositivo que está imediatamente disponível para uso quando da

Provedor de Serviço

falha do dispositivo primário do sistema, no mesmo nível do primeiro.

A contingência considera a possibilidade de uma falha ocorrer ou não. É uma situação de risco existente que envolve um grau de incerteza quanto à sua efetiva ocorrência. As ações neste caso são encadeadas, e por vezes sobrepostas, de acordo com procedimentos previamente acordados no escopo do projeto. O sequenciamento das ações depende dos acontecimentos que precederam o evento bem como das condições contextuais que vão sendo construídas no próprio processo, ou seja, o processo de contingenciamento é construído e negociado à medida que a interação se processa e, necessariamente os recursos disponíveis não são proporcionais àqueles afetados.

Em resumo, a redundância prevê uma rede que recupere sua funcionalidade à plena carga na ocorrência de uma falha e a contingência considera a possibilidade de alguns recursos ficarem inoperantes temporariamente na ocorrência de falha.

ISP e a Neutralidade da Rede “Neutralidade da rede” é uma expressão cunhada pelo professor

ISP Mais 55 COLUNA FIBRA ÓPTICA ONTEM E HOJE
FIGURA 2: Provedores de Serviço FIGURA 3: Infraestrutura ISP
Provedor de Acesso
Internet
Usuários Usuários Usuários
Distribuição Distribuição Distribuição ISP Local ISP Local Cliente A Cliente B Cliente C Cliente D Distribuição Tráfego Clientes Peering
Tráfego Upstream Internet Backbone

Tim Wu, da Universidade de Columbia, EUA. Trata-se de “[...] um princípio de projeto: a ideia é maximizar a utilidade de uma rede de informação pública tratando igualmente todos os conteúdos, sites e plataformas”.

Atualmente fala-se mais de “Internet aberta” e dá-se maior ênfase a aspectos técnicos e econômicos. Neste contexto, a chamada neutralidade da rede tem como premissa que os provedores de acesso à internet não possam cobrar mais ou mesmo diminuir a velocidade de navegação em sites ou aplicativos de acordo com o conteúdo explorado por quem navega. O objetivo é que não seja possível a comercialização de pacotes limitando o conteúdo acessado, salvo distinções motivadas por “requisitos técnicos indispensáveis à prestação adequada dos serviços e aplicações” e “priorização a serviços de emergência”.

O Art. 9º da Lei nº 12.965, aponta que o responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicação. Assim, pode-se considerar que são casos de quebra de neutralidade da rede:

• Restringir o uso do terminal móvel de acesso;

• Bloquear ou degradar aplicações VoIP;

• Impedir a troca de arquivos P2P;

• Proibir os grupos de notícias;

• Filtrar de pacotes de vídeo;

• Proibir de acesso a determinados conteúdos;

• Interromper premeditadamente fluxos de download (reset);

• Proibir a utilização de certos terminais;

• Motor de busca orientado a interesses de terceiros;

• Cobrar adicional a certos provedores de aplicações;

• Negativa de interconexão à rede do concorrente;

• Descarte intencional de pacotes do concorrente.

Por outro lado, não está relacionado com a neutralidade da rede:

• Direito universal ao acesso e não suspensão da conexão à Internet;

• Obrigações de compartilha-

mento de infraestrutura;

• Uso de tecnologias, padrões ou formatos abertos e livres;

• Governança da Internet envolvendo os vários setores da sociedade;

• Nomes, números e identificadores da Internet / redes convergentes.

Quem utiliza a Internet, principalmente aqueles que têm acesso à banda larga (ainda minoria no Brasil) e que fazem downloads / uploads de grandes volumes de dados via protocolos de transferência, podem notar que, em determinados horários (ou para determinadas aplicações), a conexão de Internet fica mais lenta, isto porque em redes compartilhadas, como é o caso da Internet, quando várias pessoas estão conectadas ao mesmo tempo, a velocidade de conexão é compartilhada e por vezes reduzida em função da falta de capacidade de fornecimento de banda do ISP.

Tentando contornar suas limitações de banda, alguns Provedores de Internet se utilizam de “soluções” limitando o tamanho da banda para os protocolos P2P e FTP, os quais usam mais a banda de rede e que são responsáveis pela transferência de grandes arquivos. Este tipo de prática é chamado de Traffic Shaping (modelagem de tráfego), que preconiza a priorização do tráfego de dados, através do condicionamento da banda de rede

disponível com o objetivo de melhorar o tráfego de dados e, assim, “ganhar” velocidade.

Provedor de Backbone

São empresas ou instituições que constroem e administram backbones de comunicação de longo alcance, com o objetivo de fornecer acesso à Internet para redes locais, através de Pontos de Presença. Trata-se, pois, de uma entidade mantenedora de rede de longa distância (WAN), de âmbito regional ou nacional, com o objetivo básico de “repassar” conectividade à rede através de vários Pontos de presença distribuídos pela região a ser coberta.

No Brasil, um provedor de serviços de backbone contrata meios para a comunicação digital, seja através de links dedicados, circuitos de rádio enlaces digitais em frequência licenciada, redes de fibras ópticas, canais de satélite. Um provedor de serviços de backbone opera no atacado de conectividade, vendendo acesso a outras empresas que farão a comercialização de acesso para usuários finais ou simplesmente utilizarão a rede para fins institucionais internos.

Provedor de Acesso

O Provedor de acesso Internet utiliza um ou mais acessos dedicados e disponibilizam acesso web a terceiros a partir de suas instalações. Normalmente ele se conecta a um provedor de backbo-

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FIBRA ÓPTICA ONTEM
HOJE
FIGURA 4: Neutralidade da Rede

COLUNA FIBRA ÓPTICA ONTEM E HOJE

ne através de um link confiável, preferencialmente redundante, e revende conectividade na sua área de atuação a outros provedores (usualmente menores), instituições e especialmente a usuários individuais, através de redes dedicadas ou via rádio enlace digital. O provedor de acesso é, portanto, um varejista de conectividade à Internet, e como tal pode operar em diversas escalas de valores comerciais e capacidades de link ao nível de atuação local e regional, aproximando-se da escala de atuação de provedores de backbone.

O provedor de acesso fornece um serviço de intermediação entre usuário e a Internet mediante contrato. É o típico contrato de prestação de serviços onde, de um lado, o usuário se responsabiliza pelos conteúdos de suas mensagens e pelo uso da internet como meio de comunicação e transmissão de dados, de outro, o provedor fornece serviços de conexão à rede, hospedagem, serviço de e-mail, fornecimento de conteúdo, armazenamento de arquivos, dentre outros, sendo responsável pelos serviços que presta ao usuário. Trata-se de

um contrato normalmente oneroso e, por ter cláusulas arbitradas pelas partes, os seus termos são livres, desde que não contrariem a disposição legal.

Provedor de Informação

Outra forma de explorar comercialmente os recursos da Internet é através da disponibilização de informações na rede. O Provedor de Informação disponibiliza informações de naturezas diversas aos usuários através de um Provedor de Acesso, e tais informações são disponibilizadas através de servidores, podendo estar organizadas em bases de dados locais ou distribuídas pela Internet. O exemplo mais simples seria a venda de informação de algum tipo. O empreendedor seria dono de uma base de dados e estabeleceria contas para os usuários, que acessariam o sistema mediante o uso de senhas.

É importante frisar que não há consenso a respeito da classificação acima, pois em muitos casos é difícil se enquadrar uma empresa ou instituição em uma delas apenas. Por exemplo, quando um Pro-

vedor de Informação disponibiliza acesso via fibra óptica aos seus clientes, caracteriza-se também como Provedor de Acesso, além de Provedor de Informação

Conclusão

A despeito da crise econômica, o mercado de telecomunicações se mantém em plena atividade e com o mercado ISP isto não é diferente. Nesta realidade, o mercado de provedores de Internet caminha rumo sua consolidação e muitos ISP´s encaram o desafio de buscar novas oportunidades e novos mercados procurando novas soluções tecnológicas, integrando as tecnologias via rádio enlace com fibra óptica desde o seu backbone até o cliente final, tudo em busca de melhor qualidade, mais eficiência e, consequentemente, mais competitividade. Competitividade, por sinal, é a palavra da hora tendo em vista que os grandes players também buscam novos nichos de mercado.

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Até o próximo artigo!
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