IPS na Fórum Estudante | junho 2019

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Prepara as tuas férias de verão: entra nas Academias FORUM

Revista Forum Estudante | Junho 2019 | Edição n.º 316 | Mensal l Diretor: Gonçalo Gil l Disponível apenas por assinatura com o custo mensal de 1€

Profissões 7 ofícios para quem gosta de Desporto

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POLITÉCNICO DE SETÚBAL Fomos conhecer os projetos que distinguem esta instituição

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18 | Forum Estudante | jun’19

/IPSetúbal publireportagem

Os projetos que fazem o IPS À procura dos talentos que brilham O programa BrightStart procura captar talento na região de Setúbal, oferecendo a possibilidade de estudar no Ensino Superior a dezenas de alunos do Ensino Secundário e Profissional. Esta parceria entre o Instituto Politécnico de Setúbal e a Deloitte Portugal não olha apenas para “a média”, valorizando outras competências.

Foi em 2017 que a Deloitte e o IPS decidiram implementar este programa de aceleração de competências na área das Tecnologias Informáticas. Mas em que consiste exatamente o BrightStart? A ideia chave é “captar talentos”. Através deste programa, os estudantes selecionados ingressam no Curso Técnico Superior Profissional (CTeSP) em Tecnologias informáticas (exclusivo do programa), na Escola Superior de Tecnologia de Setúbal (ESTSetúbal) do IPS, com todas as despesas, como propinas e emolumentos, a serem garantidas pela Deloitte, para além do pagamento de uma bolsa mensal e da disponibilização de um computador portátil. “Queremos que [os estudantes] se foquem apenas no estudo”, realça Karla Pereira. Para encontrar os estudantes a selecionar, o processo envolve o contacto com as escolas e a realização de sessões de esclarecimento. Qualquer estudante pode candidatar-se, passando por um processo de entrevistas que visa aferir competências como a capacidade de liderança ou de trabalho em equipa. A média, sendo valorizada, não é um fator único. Por essa razão, há mesmo “estudantes com média de 18 e 19 do secundário que não foram selecionados”, explica Nuno Pina, docente da ESTSetúbal e Coordenador do Programa.

Os BrightStudents

Nuno Pina e Karla Pereira

João Grácio

Ismael Lourenço

Desde a sua criação, o programa já recebeu cerca de 200 candidaturas, tendo sido selecionados 42 estudantes para frequentarem o CTeSP. Karla Pereira e Nuno Pina destacam a oportunidade que este projeto significa, tendo em conta o “acompanhamento próximo” e a possibilidade de, ao permitir aos estudantes participar em projetos reais da Delloite, permite “contactar mais cedo com as necessidades do mercado de trabalho”. Ismael Lourenço é um dos estudantes que frequenta o Programa BrighStart. Antes de ingressar, trabalhava como segurança no Almada Forum e tinha o sonho “de viver sozinho e de entrar no Ensino Superior”. “Este programa permitiu-me fazer tudo isso”, realça o estudante de 21 anos. A sua média de notas no Secundário “não era especialmente boa”, revela Ismael, pelo que esta é “uma grande oportunidade”. A seu lado, João Grácio, de 19 anos, diz não ter acreditado e, durante a sessão de esclarecimento, foi conhecer todos os apoios envolvidos. Contudo, depois de confirmar juntamente com o pai todos os contornos do programa, decidiu participar e foi selecionado. “Agora, tenho a possibilidade de trabalhar em conjunto com uma empresa do nível da Deloitte”, realça antes de concluir: “Esta é uma grande oportunidade para evoluir pessoal e profissionalmente”.

“Tinha o sonho de viver sozinho e de entrar no Ensino Superior. Este programa permitiu-me fazer tudo isso”. João Grácio, estudante do programa BrightStart


19 | Forum Estudante | jun’19

/IPSetúbal publireportagem

Estudar no IPS é mais do que estar sentado na sala de aula. Para além da teoria, há projetos que permitem aos estudantes colocar em prática os seus conhecimentos, bem como ter impacto no mundo real. Conhece alguns exemplos, ao longo das próximas páginas.

Aprender fora da sala de aula Os alunos do Curso Técnico Superior Profissional (CTeSP) em Produção Audiovisual da Escola Superior de Educação (ESE/IPS) não se limitam a aprender em sala de aula. Ao longo do ano letivo, são vários os momentos de trabalho no terreno. Conhece alguns dos exemplos.

Pedro Felício

Em Novembro de 2018, sete equipas formadas por estudantes do CTeSP em Produção Audiovisual espalharam-se pela área entre Setúbal e a Lisnave. O objetivo passou por filmar os momentos chave do Mitrex 2018 – um simulacro organizado pela Câmara Municipal de Setúbal. A tarefa, conta o coordenador deste curso, Pedro Felício, “foi desafiante”, pela responsabilidade e dimensão envolvidas. O resultado final, “não poderia ter corrido melhor”. “Os nossos estudantes foram verdadeiros profissionais”, completa o docente. O Mitrex é apenas um dos exemplos dos eventos em que trabalham os estudantes do 1º ano deste CTeSP. A cobertura de uma mini-maratona e da Noite Europeia dos Museus ou a transmissão do evento E-tech 2019 são alguns exemplos recentes. Em qualquer um deles, explica Pedro Felício, o objetivo é “complementar as atividades curriculares”. O facto de estes serem eventos “a sério”, acarreta uma pressão e um risco mais elevados, que obrigam a dar uma resposta à altura. Também por essa razão, realça, existe a preocupação de garantir sempre um acompanhamento próximo por parte dos docentes. Aos poucos, o objetivo é também que os estudantes ganhem competências na gestão de equipas e na área de produção. Estas experiências poderão mesmo fazer a diferença no futuro profissional dos estudantes. A área do audiovisual, destaca Pedro Felício, caracteriza-se por um “mercado muito competitivo”, onde “se procuram diplomados já com alguma bagagem”. Por outro lado, a possibilidade de aplicar conhecimentos teóricos e trabalhar em equipa “resulta numa maior motivação”. Uma motivação que o docente ilustra com um número: “Estas ações são facultativas e a taxa de resposta é superior a 90%”.

Do outro lado da lente José Barros é um dos estudantes que participa nestes eventos. “Tenho muito interesse em trabalhar nesta área quando terminar o curso. Vi nestes eventos uma oportunidade de retirar mais conhecimentos e experiência no terreno”, conta o estudante de 21 anos. O primeiro trabalho surgiu no início de abril e, desde então, já participou num outro. Em qualquer um deles, conta, “a experiência é sempre positiva: utilizei equipamento que nunca tinha utilizado, passei por diferentes funções e pude compreender a visão dos professores, de forma a elaborar um melhor produto final”. Destacando as “excelentes condições dos equipamentos da IPS TV (Projeto dinamizado por estudantes e docentes da ESE/IPS)”, José Barros destaca o impacto que esta experiência poderá ter no seu futuro. “Vai fazer uma diferença enorme, tenho a possibilidade de contactar com o mundo e o equipamento profissional. Tudo isto, em contexto de formação, onde ainda temos espaço para aprender”.

“[Participar neste projeto] vai fazer uma diferença enorme no meu futuro profissional”. José Barros, estudante do José Barros

CTeSP em Produção Audiovisual


20 | Forum Estudante | jun’19

/IPSetúbal publireportagem

Para amar a voz, há que cuidá-la Duas alunas da licenciatura em Terapia da Fala, na Escola Superior Saúde (ESS/IPS), desenvolvem um projeto de Saúde Vocal na Voz Cantada, no Coral Luísa Todi. O projeto procura sensibilizar para aquisição de “comportamentos amigos da voz”.

Marina Francisco e Ana Patricia Carvalho

Aquecimento Vocal - Ensaio CLT

Que práticas podem proteger ou potenciar o desempenho das pregas vocais quando cantam? Esta é uma das perguntas em que se baseia o projeto de investigação-ação das estudantes Ana Patrícia Carvalho e Mariana Francisco, sob a orientação pedagógica das docentes Ana Paula Mendes e Sónia Lima. A iniciativa nasceu no início deste ano letivo, sendo integrada na Unidade Curricular de Projeto de Intervenção Comunitária, do 4º ano da licenciatura em Terapia da Fala. Todos os estudantes finalistas da licenciatura têm oportunidade de participar neste projeto. Para além do contacto direto, salientam as professoras, pretende-se que os estudantes produzam “mudanças sobre as necessidades identificadas”. As orientadoras contam que o projeto começou com o levantamento de necessidades no Coral Luísa Todi, “verificando-se ser preciso sensibilizar para a aquisição ou adequação de comportamentos amigos da voz” e para práticas vocais que “protejam ou potenciem o desempenho” dos coristas. Por se tratar de um coro amador, acrescentam, o programa foi batizado como “Ama’Voz”. Durante todo o segundo semestre, as alunas marcaram presença em todos os ensaios do coral e em sessões formativas especiais. De acordo com as estudantes que participam, no decurso da implementação do projeto, “já foi possível verificar o impacto do trabalho”. A alteração de hábitos de hidratação, o pedido de aconselhamento ou a procura de rastreios à voz são alguns exemplos. Por outro lado, a maioria dos coristas manifestou o desejo de realizar aquecimento e arrefecimento vocal — um dos pilares base para a higiene vocal. De igual forma, destacam as estudantes, a participação contribuiu para desenvolver as suas competências profissionais, como a “flexibilidade e capacidade de gestão de risco”. Sendo esta uma área “pouco explorada no contexto profissional do terapeuta da fala”, “muito fica por fazer”, acrescentam, antes de concluir: “Mas essa é uma tarefa que será continuada pelas colegas que pegarem no projeto no próximo ano e por nós, na nossa prática profissional”.

A Saúde Vocal

Mesa de Higiene Vocal

Aquecimento Vocal - Concerto CLT Allegro Setúbal, Dia Mundial da Voz

De acordo com as orientadoras e estudantes do Ama’Voz, “a saúde vocal é muito negligenciada, mesmo em contexto de profissionais de voz”. Algo que fica especialmente patente na prevenção e higiene vocal. Desta forma, realçam, “o contexto justifica a pertinência do projeto”. Nesse sentido, os alunos da licenciatura em Terapia da Fala realizam eventos com frequência, procurando sensibilizar a comunidade. No Dia Mundial da Voz, realizaram um rastreio de voz no Centro Comercial Allegro de Setúbal. Outra das ações consistiu num debate com o tema “Todos Nós Temos Voz”. As estudantes Ana Rita Gomes e Inês Dias estão ainda, neste momento, a implementar um programa de promoção da saúde na voz falada.

“Projeto procura sensibilizar para a aquisição de comportamentos ‘amigos da voz’.”


21 | Forum Estudante | jun’19

/IPSetúbal publireportagem

O Laboratório que simula o real No interior da Escola Superior de Ciências Empresariais (ESCE/IPS), há um lugar que “cria espírito de pertença”. Falamos do LogisticsLAB — o espaço emblemático dos cursos na área da Logística do IPS. Fomos conhecer o que se faz neste laboratório.

Ainda antes de cruzarmos a porta, o professor Tiago Pinho, coordenador do laboratório, aponta para o poster que nela se encontra. Em específico, chama a atenção para o número de parceiros que participam neste projeto. Contámos 33 logótipos. “Esta é a forma de trazermos as empresas para dentro da Academia”, realça o professor. O LogisticsLAB nasceu em 2016, com o apoio de muitos executivos de empresas que, nalguns casos, são diplomados do Instituto Politécnico de Setúbal, conta Tiago Pinho. Esta proximidade ao tecido empresarial, especialmente na área da logística, permitiu contar com o apoio das empresas para garantir o funcionamento do laboratório. Nas estantes existem equipamentos com diferentes funções como etiquetagem, pesagem ou embalamento, por exemplo. Hoje, o espaço é utilizado pelos alunos para o desenvolvimento dos seus projetos. A grande maioria dos projetos de fim de curso, por exemplo, incluem responsáveis de empresas no júri, conta Tiago Pinho: “Muitos ficam surpreendidos com as condições e equipamentos que possuímos”. Por essa razão, Tiago Pinho considera este laboratório uma “clara mais-valia” ao ter “as condições suficientes para qualquer estudante que necessite de realizar um trabalho”. Por outro lado, este tornou-se também um espaço que identifica os cursos na área de Logística dentro da ESCE/IPS, “criando um espírito de pertença”. O facto de os estudantes partilharem o espaço permite ainda momentos de entreajuda entre colegas.

Uma simulação real

Bruno Silva (à esquerda) e Tiago Pinho

Bruno Alves é um dos estudantes da licenciatura de Gestão da Distribuição e da Logística – uma das duas únicas do país dedicadas a esta área. O estudante começa por ressalvar um perceção errada da maioria das pessoas: “Pensam que esta área se resume a trabalhar em armazém, mas há muito mais saídas profissionais”. Gestão de compras, de tráfego ou hospitalar são alguns exemplos. “Até podemos trabalhar na NASA”, reforça. O projeto de Bruno consiste em desenvolver um manual de apoio para um software especializado, que poderá depois ser utilizado por professores e estudantes. O objetivo final passa por “fazer deste laboratório uma simulação de um armazém real”, onde os estudantes podem, para além de aprender as técnicas logísticas, tornar-se operadores e controlar os próprios equipamentos. Neste espaço, acrescenta Bruno Alves, os estudantes têm a possibilidade compreender integralmente todas as fases do processo: criar bases de dados, fazer layouts de armazém, criar regras e restrições, entre outros. “É possível construir um armazém de raiz. Para muitos, poderá ser um primeiro contacto com esta realidade, em contexto de aula”, conclui.

“Esta é a forma de trazermos as empresas para dentro da Academia” Tiago Pinho, coordenador LogisticsLAB


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