Revista Identidade Cristã - Edição Especial - 130 anos da IPC

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PASTOR EFETIVO

Rev. Juarez Marcondes Filho

PASTORES AUXILIARES

Rev. Davi Nogueira Guedes (Ministério de Jovens) Rev. Luís Carlos Vieira (Ministério Pessoa Idosa) Rev. Nivaldo Wagner Furlan (Plantação de Igrejas) Rev. Wesley Emmerich Werner (Ministério de Visitação)

Edição Especial em Comemoração aos 130 anos da Igreja Presbiteriana de Curitiba ENDEREÇO: Rua Comendador Araújo, 343 CEP: 80420-000 . Curitiba/PR

COOPERADORES E EVANGELISTAS

Alexandre Emrich Zanetti (Ministério dos Pré-Adolescentes) Bel. Cristina Ribeiro Mattos Bel. Elenice dos Santos Barros (Ministério dos Adolescentes) Mis. Luciana Cipelli Barbosa (Ministério Infantil) Sem. Samuel Coelho (Ministério dos Adolescentes)

CONTATO IGREJA: (41) 3224-0302 www.ipctba.org.br

MISSIONÁRIOS

REDAÇÃO, EDIÇÃO E FOTOGRAFIA: Cinthia Connor Clayton Rucaly Gonçalves Silva Fabrício Pereira Barbosa Felipe Martins (MTB/PR 0010516) Igor Neves Luciana Abrahão Pires Paulo Roberto de Andrada Werner Roberto Melo Sarah Menezes Tacila P. Souza Waldemir Monteiro Queiroz

Anita e Eli Ticuna, Arlene e Alceris Dias, Corina e Henrique Terena, Daniella e Jocelei Silva, Débora e Cléber Alves, Denise e Wellington Camargo, Deonora e Clauber Quadros, Dilma e Ricardo Bruno, Elaine e Patrick Scherrer, Elizabeth e Heiler Maciel, Erika Hegenberg, Ester e Gladston Lucas, Família Rios Celeste, Graciete Mota, Josiane e Marcos Mayuruna, Leonízia e Markus Jutzi, Lindelvan de Jesus, Karina e Fernando Dantas, Masha e Tibério Olímpio, Natasha e Jonatas Portugal, Patrícia e Daniel Calze, Renata Santos, Richard e Fernanda Werner, Ronaldo Marubo, Rose e Emerson Menegasse, Rossana e Ronaldo Lidório, Rose e Francisco dos Santos, Sara e René Breuel, Sheila e Charles Sousa, Tatiana e Dering, Zazá Lima e Neto.

CONSELHO DA IPC

Marcelo Sathler Gripp (vice-presidente), Toshiaki Isumi (10 secretário), Carlos Roberto Maciel (20 secretário), Geraldo Ferreira Leite (10 tesoureiro), Antonio Carlos Teixeira Gonçalves (20 tesoureiro), Adalton José Lopes da Silva, Cláudio César Ferreira, Cláudio Manoel Ferreira Martins, Clayton Machado Carstens, Cornelis Kool, Fernando Rocha Filho, José Carlos Marcondes, Luiz Fernando Alves, Luiz Filipe Jordão, Paulo de Tarso de Lara Pires, Paulo Henrique Andrade, Paulo Roberto de Andrada Werner, Pedro Ronzelli Jr., Roberto Costa de Oliveira, Sérgio Duque Ferreira de Oliveira, Tiago Hessel Tormen, Vanderlei Endres. Eméritos: Joel Pugsley, José Luiz Pires, Leonel Valentim Ramos, Levy Soares Teixeira.

FOTO DA CAPA: Primeira Foto da Fachada da Igreja Acervo de Paulo José da Costa DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO: Teo Design Ltda. (41) 3078-3030 IMPRESSÃO: Gráfica Capital Tiragem: 1.200 exemplares

JUNTA DIACONAL

Felipe Martins Gonçalves (presidente), Edison Barrozo Antunes (vicepresidente), Fernando Bisinella (10 secretário), Marcelo Nassif Maluf (20 secretário), Ivair Lúcio Soares Jr. (tesoureiro), Arrison Marcel Stresser, Celso Lopes Valente, Cláudio Roberto Barbosa, Daniel Celli Souza, Eduardo Augusto Costa Ferreira, Eduardo Joakinson, Evandro Daudt da Costa, Fábio Muniz Soares, Fabrício Pereira Barbosa, Fabrício Veiga Nascimento, Francisco Augusto Zardo Guedes, Gerson Barbosa, Hélio Linzmeyer Santos , João Martins Ribeiro, Johnny Carlos Cordeiro Rosa, Leonardo Aguiar Martin, Lucas Augusto da Silva, Marco Aurélio Souto Lima, Nélio Antonio Uzeyka Jr., Paulo Roberto Lopes da Silva, Paulo Roberto Marques Leites, Reinaldo Muchailh Júnior, Sizenando Machado, Thiago Henrique Lopes Guimarães, Tiago Henrique Souza Marcelino, Vladimir Alcindo de Arruda, Wagner Pereira Barbosa. Eméritos: Henderson Antonio Jansson, João Augusto dos Santos Aust, Luiz César Valentim, Valdir Scheidt, Wilson Edel Schmidt, Wilson Peretti.

COORDENAÇÃO MINISTERIAL

Ação Social: Vladimir Alcindo Arruda Acolhimento e Integração: Sandra Isumi Amor que Comove: Julio Xavier Vianna Jr. Esportes: Tiago Pifani e Carolina Speltz Intercessão: José Luiz Pires Missões: Luiz Filipe Jordão Música: Cornelis Kool Núcleos Familiares: Toshiaki Isumi Oxigênio: Paulo Roberto Werner Som: Igor Neves

SOCIEDADES INTERNAS

REVISTA ONLINE: Acesse pelo issuu.com/ipcuritiba

CONJUNTOS VOCAIS

SAF: Célia de Lara Pires Coral da Fraternidade: Carlos Roberto Maciel UMP: Daniel Henriques Adorakids: Daniella Banks Leite Pinheiro UPA: Fernanda Heredia Conjunto Vida em Voz: Luiz Augusto P. Lima Jr. Kairós: Sandra e Clayton Carstens UCP: Guilherme Banks Aquino Pinheiro Havvah: Fernanda, Drica e Mônica

ESCOLA DOMINICAL

Superintendente: Luiz Fernando Alves Infantil: Luciana Cipelli

NOVAS IGREJAS

Campo Magro: Rua Jasmin 79, Jardim Boa Vista - ED 9h30 e Culto 19h. Dirigente: Rev. Marcelo Pereira Pinheiro. Piraquara: Av. Getúlio Vargas, 673. Domingo às 19h. Responsável: Rev. Luiz Henrique Correia Sampaio.

ENTIDADES DIVERSAS

Lar Hermínia Scheleder: 3562-7498 Escola João Lupion Filho: 3562-7498 Lar do Idoso - Vivencial das Oliveiras: 3666-3029 Rua Coimbra 492 - Guaraituba / Colombo

Associação Comunitária Presbiteriana: 3224-2294 Centro de Música Laudate: 3222-3470 Rua Comendador Araújo 343 / Centro

Creche Miriam: 3338-4566 Rua Amauri Lange Silvério 511 / Pilarzinho


Então, essa é a Revista Identidade Cristã Edição Especial de 130 anos. Vai ter em mãos um conjunto de matérias que abrangem desde um breve relato da história da Igreja Presbiteriana de Curitiba, dos templos e edificações, um artigo sobre as missões, e declarações diversas das pessoas que fazem parte da igreja. Do fundo do baú fotos inéditas do nosso acervo e recortes de jornais antigos. Além disso, uma entrevista com os pastores da nossa igreja, bastante elucidativa dos trabalhos que ela faz e da sua relevância. E é claro, a pastoral do nosso pastor efetivo Juarez Marcondes Filho. Foi um trabalho árduo, bastante intenso. Porém, muito prazeroso. Uma delas foi termos conseguido essa bela foto de capa, até o momento o registro mais antigo da nossa igreja, ainda em construção. É de meados de 1895 e podem reparar que não há os vidros e nem o muro está finalizado. O templo sendo preparado para muita história que vinha pela frente. E se Deus quiser, vem muito mais ainda! A Igreja Presbiteriana de Curitiba não faz 130 anos por acaso. É uma igreja com lutas, desafios constantes, vitórias e a todo momento tendo que dobrar os joelhos e pedir a orientação de Deus, a sua infinita misericórdia e de seu amor. Tendo como base a Bíblia como regra de fé e prática. A pregação incondicional do Evangelho de Jesus Cristo. Ele não tem nos desamparado. Tem sido fiel na sua promessa. Esperamos que você goste do que vai ler, que faça lembrar que tudo é para a honra e glória do único Deus vivo, eterno, criador dos céus e da terra. Que nos legou o amor e a graça redentora de Jesus Cristo. Que Deus abençoe a sua leitura. Feliz 130 anos, para todos nós.

A história da Igreja Presbiteriana de Curitiba confunde-se com o progresso do Evangelho por todo o sul do Brasil. As primeiras incursões do presbiterianismo pátrio se deram a partir do Rio de Janeiro (1859), na direção de São Paulo (1862) e interior daquele Estado (1865). Em outra ponta do país, a iniciativa se deu em Pernambuco (1870), com a chegada de uma nova onda missionária. Foi somente na década de 80, do século XIX, que a atenção para com o sul teve lugar. O Rev. Lenington chegou à capital paranaense em 1884, com o fito de divulgar a Palavra de Deus, reunindo pessoas interessadas no conhecimento do Evangelho de Cristo; o resultado desta empreita trouxe à lume a IPC. No dia 1º de julho de 1888, foi organizada a Igreja de Curitiba. Foram arroladas cerca de 60 membros comungantes, e 20 membros não comungantes. A este primeiro rol constitutivo da novel Igreja, foram agregados milhares de membros ao longo dos anos, tornando esta comunidade um paradigma de fé e serviço no Reino de Deus. Como fruto de missão, a IPC, desde sua gênese, assumiu idêntica posição missional, despertando vocações, plantando novas igrejas, enviando missionários, motivando outras igrejas a procederem de igual modo. No âmbito denominacional, foi a pujança de seus esforços que embasou o surgimento do primeiro Presbitério da região sul, seguido de outros desdobramentos que viabilizaram o surgimento de Sínodos nesta mesma região. Para marcar com números, o que era uma única Igreja há 130 anos, hoje estão representados 30 Sínodos. A IPC é lídima representante do crescimento do presbiterianismo no Brasil, sempre identificada com as diretrizes emanadas dos concílios superiores; como unidade federada, empresta todos os seus esforços ao desenvolvimento da Igreja

REV. JUAREZ MARCONDES FILHO PASTOR EFETIVO

Presbiteriana do Brasil, física e materialmente, doutrinária e espiritualmente, na cessão de seus melhores quadros e comunitariamente. Nada obstante, a IPC se compreende como parte do Reino de Deus e, por esta razão, não se limita ao seu papel dentro da IPB, buscando sempre contribuir com a Obra de Deus em toda a face da terra. O compromisso da IPC com a obra missionária em todo o mundo, com as ações em benefício dos menos favorecidos, com a educação cristã e teológica onde ela é requisitada, atestam o amplo escopo de sua missão no mundo. A grande comissão (Mateus 28.18-20) não é apenas um dístico para enfeitar uma flâmula religiosa, mas é parte integrante do cotidiano de cada um dos membros de nossa amada Igreja. Nutridos e desafiados pela pregação da Palavra de Deus, temos buscado cumprir o IDE de Cristo, quer perto, quer longe, sob boas ou más condições, sendo reconhecidos ou não, levando a bandeira das boas novas da salvação aos que se acham sem Cristo, pois não há outro Nome pelo qual importa que sejamos salvos (Atos 4.12). Em retrospectiva, rendemos graças ao Senhor por esta expressiva trajetória de fé e serviço, de amor e esperança, da qual somos abençoados herdeiros. Sempre é bom ter em conta as ricas bênçãos que o Senhor tem derramado sobre o seu povo, de nenhuma delas queremos olvidar (Salmo 103.1-2). Louvado seja o nosso Eterno Deus. De outra sorte, projetando para os dias que se seguem, renovamos diante do Senhor o nosso compromisso de fazer a sua obra, sempre movidos pelo seu Espírito, que habita o nosso coração. Nesta magna ocasião, o Senhor propõe a renovação da sua aliança conosco, e, humildemente, na dependência da sua graça, damos o nosso aceite. Oramos como o salmista no passado: “Seja sobre nos a graça do Senhor nosso Deus; confirma sobre nos a obra de nossas mãos, sim, confirma a obra de nossas mãos” (Salmo 90.17).


É fácil falar sobre a Igreja Presbiteriana de Curitiba. Muitos passam por ela e dizem: “ah, é aquela igrejinha ali na Comendador Araújo, em frente ao Clube Thalia.” Ou ainda: “é aquela perto do supermercado, é só atravessar a rua. Tem uma escola de música lá”. Muitos também conhecem esta igrejinha como a Igreja Presbiteriana Central. É assim que a vida em 2018 corre por esta Curitiba cada vez mais cheia de gente. Como se 130 anos de história pudessem ser resumidos desta forma simples. Hoje, quem passa pela Comendador Araújo, mais especificamente, no número 343, não imagina a quantidade de histórias e a importância religiosa e social para Curitiba e região e, sem exagero, para o restante do Paraná e do Brasil. Esta igreja começou muito antes de 1888. Muito antes, de qualquer um pudesse imaginar que no ano de 1812, nos Estados

Unidos da América, a Igreja Presbiteriana Norte Americana iniciou a Junta de Missões (Board of Home Missions), primeiramente atuando dentro da América do Norte e algumas décadas depois expandindo o trabalho missionário para além, indo para países e regiões como Síria, China, Japão, Oriente Médio, Israel e África. A América do Sul foi um dos últimos lugares para onde os missionários foram enviados, com Ashbell Green Simonton chegando ao Brasil em 1859, no Rio de Janeiro. Em decorrência de muitos movimentos posteriores, que seriam por demais longos para mencionar aqui, os missionários chegaram ao Paraná. Houve muita resistência aos primeiros missionários presbiterianos. O trabalho foi árduo; o Paraná era uma terra selvagem, com as cidades muito distantes umas das outras. Além disso, o povo conhecia basicamente a Igreja Católica, ou, como diziam os missionários, os Romanistas.

Não foram poucos os embates entre George Anderson Landes e os padres católicos nos jornais da época. Discussões ferrenhas que abrangiam colunas inteiras nos jornais que davam espaço para que cada um defendesse o seu lado. Não bastasse isso, também era comum outros personagens da época questionarem veementemente a atuação dos missionários em Curitiba. Essa oposição não os enfraqueceu. Muito pelo contrário. Cada vez mais certos da presença de Deus e dos Seus planos para eles, foram adiante, enfrentando as dificuldades. Começaram com as “Conferências Públicas” realizadas na residência do agrimensor e professor Franz Motzko, que alugava o salão da sua casa na Rua do Rosário. As pregações eram ao meio-dia, em inglês, e a partir das 7 horas da noite, em português. Essa forma de abordagem atraiu a atenção de vários descendentes de ingleses, escoceses e mais alguns outros que foram atraídos pela Palavra de Deus.

No trabalho da consolidação da Igreja Presbiteriana de Curitiba não se pode jamais esquecer da contribuição decisiva das missionárias Mary Parker Dascomb e Elmira Khul. Elas foram vitais para que o presbiterianismo fosse implantado com muito sucesso em Curitiba. Missionárias experientes, já tinham montado e dirigido a Escola Americana em Brotas e Botucatu, no interior de São Paulo. Diversos relatos atestam a importância da Escola Americana de Curitiba, como floresceu, como foi impactante na forma de ensino, nas diferentes disciplinas, no rigor com que aplicavam as matérias. Além disso, era contínua e incessante a pregação do Evangelho todas as manhãs aos alunos, primeiramente com a oração, depois um cântico e uma palavra do pastor que estivesse na igreja, pois era só atravessar a rua e já chegava na Escola, que se localizava onde hoje é o supermercado na Comendador Araújo que mencionamos no início e se estendia até a avenida Vicente Machado. A atuação das missionárias na igreja era intensa, pois Miss Dascomb cuidava do coral e Miss Kuhl da Escola Bíblica Dominical, sendo que dava particular atenção às classes dedicadas exclusivamente em atender aos poloneses e italianos que viviam em Curitiba. O trabalho das missionárias Dascomb e Kuhl foi tão importante que ultrapassou os limites da igreja, sendo objeto de estudo na área da educação, com diversos artigos e teses acadêmicas atestando o valor e o empenho delas.


Nos idos de 1888 a congregação começava a tomar cada vez mais forma, com mais pessoas congregando, tanto é que no dia 1°de julho, ao meio-dia, sob a condução de George Anderson Landes, tem lugar a reunião de diversas pessoas e a primeira ata. Nomes que ficariam conhecidos da cidade de Curitiba fazem parte da reunião, como integrantes das famílias Pugsley, Ferreira, Brito, Oliveira, Souza, Costa, Ribas, Auler, Moraes, de Paula, Barddle, Reis, Samways, Müller, Squires, Boddy, Westley, Gonçalves e Oliveira, entre outros. Logo depois, a formalização da Igreja faz-se necessária em decorrência do Decreto do Congresso Nacional de 10 de setembro de 1893, que “regula a organização das associações que se fundarem para fins religiosos, moraes, scientificos, artísticos, políticos ou de simples recreio, nos termos do art. 72, § 3º, da Constituição.” Portanto, a igreja adquire personalidade jurídica e, no jornal “A República” de 14 de novembro de 1893, ela promulga os seus estatutos, que, entre outras coisas, afirmam nos seus artigos 3 e 4: “Esta Igreja tem por fim a adoração de Deus em espírito e verdade, a edificação dos seus membros, e a propaganda no Evangelho do nosso Senhor Jesus Christo” (art. 3° ) e “Esta Igreja recebe as Santas Escripturas como regra de fé e prática...” Portanto, o momento é propício para iniciar as obras do templo. E que fé esses pioneiros tiveram, pois na mesma época se iniciou a Revolução Federalista no Rio Grande do Sul, vindo até ao Paraná e trazendo declínio na economia, inclusive com o bloqueio a Curitiba, relatado numa carta das missionárias com o título “Curityba under blockade”, que também descreve como a Escola Americana serviu de refúgio para as meninas, pois os pais estavam no campo de batalha de “uma guerra fratricida” (Woman's Work for Woman”, novembro de 1894). Em face desse cenário, é de se maravilhar que as obras tenham sido levadas adiante. Relata a missionária Elmira Kuhl: “o templo é uma alegria para todos nós. Foi construído durante a Revolução e depois dela. É maravilhosa a quantia de dinheiro que foi conseguida” (WWW, dezembro de 1895). O jornal “A República” relatou em 12 de janeiro de 1896: “DEDICAÇÃO DE TEMPLO – Hoje às 11 ½ horas da manhã terá lugar a dedicação do edifício da Igreja Evangélica, sito a rua Commendador Araújo, desta cidade. Convidamos cordialmente o público a assistir a este acto solemne de dedicação do edifício ao culto divino. O Rvmd. G.W. Chamberlain pregará o sermão de dedicação do Templo. Também de noite as 7 ½ horas haverá pregação do Evangelho no mesmo Templo." Dois dias depois, no dia 14 de janeiro, era assim que o mesmo “A República” relatava: “IGREJA EVANGÉLICA – Perante numerosa concorrência de pessoas, inaugurou-se ante-hontem a Igreja Evangélica desta capital. A dedicação do templo ao culto divino foi feita com toda a solenidade. O templo é architetura simples e elegante; alegre e espaçoso. De suas paredes não pendem quadros, nem a ella se elevam altares, - mas unicamente cabe-lhe a alvura do mármore, desdobrando-se-lhe pelo dorso túnica de virgem. Está, pois, inaugurado o templo protestante.”


Em 1903 entrou no seio da igreja presbiteriana do Brasil a questão maçônica, que discutia se membros desta organização poderiam participar dos cultos e serem oficiais da igreja. Além disso, somava-se a disposição de alguns membros em ver a igreja desligada das missões norte-americanas e terem pastores exclusivamente brasileiros. Não foram poucos os debates que ocorreram em várias partes do Brasil, e, em Curitiba em particular, houve uma dissensão forte que causou a separação da igreja, criando a Igreja Presbiteriana Independente. Há relatos dos missionários totalmente estupefatos e incrédulos com o que estava acontecendo. Não

acreditavam que essa cisão estivesse ocorrendo depois de tanto esforço para montar a igreja, erigir o templo, sustentar a Escola Americana e os trabalhos pastorais. Vários membros da igreja foram para os independentes, como Carlos Augusto Cornelsen, que relatou aos jornais da época a sua saída da igreja, assim como o pastor da igreja, José Maurício Higgins. Foi um período triste, que os relatos daqueles anos exprimem o profundo lamento por tal fato. Entretanto, há muito o que fazer. Novamente o Reverendo Landes assume a igreja, com o objetivo de continuar os trabalhos.

Como o esforço rendeu frutos e mais e mais pessoas eram atraídas pelo Evangelho pregado com muita dedicação pelos missionários, o trabalho feito por esta igreja chamava cada vez mais atenção. Fato notável foi a visita do Secretário Geral da Junta de Missões, Robert Elliot Speer, que em viagem às missões na América do Sul, faz uma parada em Curitiba, pregando no dia 4 de julho de 1909 na nossa igreja. É um evento que os jornais da época registram que “estas reuniões foram muito concorridas, máxime a última, durante a qual ficou o templo completamente cheio, notando-se a presença de muitas pessoas gratas” (A República, 7 de julho de 1909). Nessa ocasião estavam presentes vários missionários, entre eles Robert Frederick Lenington, John Kolb, George Bickerstaph, Thomas Jackson Porter e a musicista Alice Maud Withers, assim como o Reverendo Henrique Vogel, pastor interino à época.

Em 1923, vindo diretamente de Belo Horizonte, chega um maranhense alto, com muita disposição e destemido para trabalhar. Eis que começa o pastorado do Reverendo Luiz Lenz de Araújo César. Foi pastor da nossa igreja por quase 20 anos, com um trabalho vigoroso de expansão do trabalho evangelístico. Em seu pastorado teve início o processo de plantação de novas igrejas, sendo a mais notável a congregação do Capão das Amoras, que deu origem à Igreja Presbiteriana da Silva Jardim, em 1926. Também se destacam os trabalhos na congregação do Rio Sagrado, em Morretes. O revendo Lenz teve papel de destaque na sociedade curitibana, pois além de ter sido pastor, foi professor do Colégio Estadual do Paraná, entre outras atividades. Envolveu-se intensamente com diversos setores da sociedade curitibana.


Em 1934, ele assume a Escola Americana, criando então o Colégio Belmiro César, em homenagem ao seu pai, também pastor e educador. Inicia-se uma nova era brilhante da educação no Paraná. Nas suas fileiras estiveram professores como Guido Viaro, Bento Mussurunga, Lycio Bley, Lauro Esmanhoto e muitos outros.

Durante a 2ª Guerra Mundial, a Igreja e a Escola Americana serviram de refúgio para judeus, alemães e italianos por causa do sentimento nacional, fato relatado por pessoas ainda vivas que presenciaram tais eventos naquele período. Quando estava próximo do seu vigésimo aniversário frente à igreja, no ano de 1942, houve o seu afastamento por ocasião de divergências que ocorreram à época. Foi um choque para a comunidade, que tinha muito carinho pelo seu pastor. Essa separação foi muito sentida e muitos não se sentiam mais ligados à igreja sem o seu pastor de vários anos. Entretanto a igreja precisava ir adiante, pois os tempos não param. Por breve período, assume o pastor Alcides Nogueira.

Em 1942 assume o reverendo Parísio Cidade, vindo de Santa Catarina, com formação em Medicina. A sua atuação com outros ministros de diversas agremiações evangélicas cria a Sociedade Evangélica Beneficente, que daria início ao projeto do Hospital Evangélico. Foi uma força-tarefa que exigiu muitos esforços, mas que rendeu muitos frutos.

Então chegamos ao ano de 1950. Um mineiro natural de Lavras, vindo da igreja de Campo Belo, vem para assumir a igreja. Chega num ambiente conturbado, com uma igreja dividida por diversos fatores que estavam acontecendo. Esse mineiro de muita habilidade, firme na Palavra de Deus, com muita oração e diplomacia, consegue apaziguar os ânimos e levar a igreja adiante. Dessa forma bem resumida, inicia

o pastorado mais longevo que uma igreja presbiteriana no Brasil conheceu. O Reverendo Oswaldo esteve à frente da Igreja Presbiteriana de Curitiba por 57 anos, e mesmo quando era pastor emérito continuou atuando, fazendo a sua última pregação 40 dias antes de falecer. É um pastorado cheio de desafios, lutas e tragédias pessoais, porém de uma fé inabalável em Jesus Cristo.


Em 1960 aparece um desafio totalmente inesperado ao Reverendo Oswaldo Emrich. Chega até ele a notícia de que o chalé ao lado esquerdo do templo está à venda e que o vendedor prefere que a igreja o adquira. Bom, e agora: temos dinheiro? Não temos, mas pela providência divina conseguiu-se um bom acordo, adiantando boa parte do dinheiro e pagando o restante em várias prestações. Hoje é quase inimaginável pensar a vida sem o chalé ao lado do templo histórico. Ele faz parte do nosso meio, servindo para várias atividades e abrigando as salas pastorais, da administração, dos missionários, da escola dominical e, ainda, os serviços de ensino musical.

O pastorado do Reverendo Oswaldo é por demais extenso, marcante, profundo nas memórias de quem o conheceu. O pastor Luiz Carlos Vieira, afetuosamente chamado de “Tio Luizinho”, definiu muito bem um dos grandes feitos do Reverendo Oswaldo: “Ele foi capaz de manter unida uma igreja por 57 anos. Não é qualquer um que consegue isso”. Foi no seu pastorado que foram plantadas as igrejas Tarumã, Vista Alegre, Vila Tingüi, Boqueirão e a Igreja Presbiteriana de Paranaguá. É uma característica que tem sido seguida pelos outros pastores que vieram depois: plantar igrejas. Não bastasse isso, foi líder das campanhas para a construção do Hospital Evangélico. Ele foi pastor de gerações, fiel e temente a Deus.

E por aqueles movimentos que somente a graça divina explica, eis que chega a nossa igreja o Reverendo Elias Abrahão, nos idos de 1972. Personalidade forte, hábil nas palavras e argumentações, carismático e dotado de uma oratória exemplar, foi pastor auxiliar do Reverendo Oswaldo por 4 anos, depois como pastor efetivo por 17 e então 4 anos como pastor emérito. Não atuando somente na igreja, mas também como professor em cursos vestibulares, foi firmando a sua presença em outros segmentos da sociedade curitibana. A inclinação ao debate o levou a enveredar pelos caminhos da política. Tornando-se pastor emérito e restringindo a sua atuação na igreja, em 1994 dedica mais tempo para o trabalho na política. A morte repentina do querido Elias Abrahão num trágico acidente de automóvel em 1996 foi um duro golpe. A igreja sentiu e lamentou muito; foi mais um dos momentos difíceis que a comunidade enfrentou. As pessoas ainda lembram com muita admiração a sua atuação, dentro e fora da igreja. Porém, muito ainda viria.

E como veio! Filho desta igreja, de famílias que têm forte ligação com ela desde a década de 1910. Pastor catedrático, com livros publicados sobre diversos assuntos, tem dirigido a igreja nestes últimos 26 anos com muita dedicação e viagens pelo Brasil e pelo mundo. Se hoje a Igreja Presbiteriana mantém um forte viés de apoio social com a ACP

– Associação Comunitária Presbiteriana, que abrange o Lar Hermínia Scheleder, Lar do Idoso e Creche Miriam, é porque tem tido a presença e dedicação constante do nosso efetivo pastor, dando continuidade a trabalhos missionários diversos, tais como a ligação com a MAIS – Missão em Apoio a Igreja Sofredora e com os povos indígenas. Some-se a isso a manutenção e a expansão da Escola Bíblica Dominical.


O que foi descrito acima passa raspando na superfície da

das Sagradas Escrituras, não fazendo concessões para

história da Igreja. Existiram outros pastores, efetivos e

modismos espirituais das épocas que passam, não se

auxiliares, que de uma forma ou outra contribuíram para

deixando levar por falsos ensinos que assolam a nossa

a nossa história. Por isso, neste ano de 2018, o projeto

nação. Deus tem derramado muitas bênçãos sobre nossa

de Resgate Histórico da Igreja Presbiteriana de Curitiba

igreja e a comunidade, corrigindo os seus rumos quando

é importante para lembrar às diversas gerações que a

necessário, levantando homens e mulheres dedicados a

igreja tem uma história rica e vital para entendermos sua

divulgar o Evangelho de Jesus Cristo, plantando igrejas,

relevância para a sociedade.

mantendo missionários e atuando fortemente nas ações

Se

hoje,

para

alguns

desavisados,

a

Igreja

sociais.

Presbiteriana Central de Curitiba pode aparentar não

É uma história intensa, a qual estas poucas páginas

ter a mesma projeção social que teve no passado, isso

não têm como abranger tudo. No entanto, pelo que

pouco importa. O que interessa é que para diversas

foi descrito antes, e como ainda há muita história para

gerações ela tem sido um exemplo da firmeza em

contar, podemos afirmar:

pregar a genuína Palavra de Deus, não se desviando

“É aquela igrejinha ali na Comendador Araújo, 343”.

Esta Igreja tem por fim a adoração de Deus em espírito e verdade, a edificação dos seus membros, e a propaganda no Evangelho do nosso Senhor Jesus Christo” Jornal “A República” de 14/11/1893


Uma igreja que cumpre o seu papel missionário é aquela que participa do que Deus está fazendo. É o que compartilha Juarez Marcondes Filho, pastor efetivo da Igreja Presbiteriana de Curitiba desde 1992, ao relatar uma das principais características da IPC: uma igreja que desde a sua fundação, se identificou com a perspectiva do peregrino - aquele que não possuía residência fixa e nem rumo para casa. “Deus nos constituiu nesta condição peregrina a fim de que usemos o prazo de nossa peregrinação para difundir o seu Evangelho a toda a criatura. Muitos vieram de fora e fizeram de nossa cidade residência permanente, mas isto não lhes retirou o desafio missionário”, conta. Nesse contexto, a relevância da IPC para a cidade foi à contribuição, tanto no acolhimento dos que chegavam, como no envio dos melhores quadros para outras paragens, levando sempre a mensagem das boas novas. A igreja atua de dentro para fora e neste sentido, Juarez explica que tudo começa no íntimo, quando a Salvação atinge o coração do homem e a partir disto ela vem marcando sua trajetória, costumes, projetos e valores. “Cristo não habita em santuários feitos pelas mãos dos homens, mas os nossos corações, que são feitos pelo próprio Deus. Como comunidade, assumimos primeiramente valores e princípios que se acham no profundo do ser, para então realizar a obra de ministério que nos foi confiada”, explica. Como agente de transformação em todas as esferas, é importante ressaltar o destaque que a igreja dá para que o cristianismo exposto pela vida de cada membro se manifeste em todas as esferas. “Tudo deve estar permeado pelo exercício da fé cristã. Desta forma, o membro que louva o Senhor no Culto dominical, não o louva menos em seu local de trabalho na segunda-feira, entre os amigos, na terçafeira, e no lar todos os dias da semana”. Juarez também nos conta que os desafios são permanentes. “De criança, aprendemos o cântico 'quero ser um 'missionariozinho' - creio que esta lembrança dá o tom das nossas vidas. Missionário não é somente aquele que vai para o outro lado do oceano, pregar para um povo não-alcançado; o infante é um missionário, o trabalhador, também, o estudante, sem dúvida é. Neste aspecto, é

capital que a Igreja, como comunidade de fé, esteja permanentemente desafiando seus membros a uma vida de real testemunho, a fim de que vejam as nossas boas obras e glorifiquem a Deus, movidos pelo nosso comportamento exemplar. (Mateus 5.15)”. Coadjuvante da missão de Deus Luiz Filipe Jordão, Presbítero e Coordenador do departamento de missões da IPC, mesmo tendo vivenciado experiências missionárias ainda em sua juventude, iniciou sua trajetória com a IPC em 1998, quando ainda era apenas membro da igreja. Jordão sempre manifestou o seu apreço e envolvimento com a obra missionária e, mesmo recém chegado a IPC, em todas as reuniões de oração que participava, levava o nome de um missionário para que pudessem orar. E, foi por possuir esse coração missionário que, a convite de Juarez, Jordão foi convidado a organizar a primeira conferência missionária da IPC, já em seus 111 anos. Na ocasião, Jordão e Mário Freitas, que era um dos pastores da comunidade, se reuniram e pensaram em alguns nomes para compor o time de preletores. Além deles, também fazem parte deste marco o casal de missionários Heiler e Betinha, que hoje servem em Santiago do Chile. Eles foram imprescindíveis na organização da primeira conferência e na seqüência dos trabalhos missionários da igreja. Dentre os nomes sugeridos estava o de Ronaldo Lidório, que na época não estava bem de saúde, mas com autorização de seu médico conseguiu vir a Curitiba para ministrar na conferência, que também contou com a presença do pastor Nivaldo Nassif. Liderando o trabalho feito em missões, Jordão nos conta que muito tem sido o envolvimento da Igreja com a obra missionária, mas que ainda há no coração da liderança o desejo de contribuir ainda mais nesse sentido. Hoje a IPC tem parceria com 35 famílias (contanto com missionários solteiros), com a PMI (Povos Muçulmanos Internacionais) e missionários vinculados e assim alguns projetos extras. “Sou grato a Deus pelas oportunidades que ele tem concedido a mim e minha família. Deus tem me agraciado desde

jovem no compartilhamento do Evangelho a pessoas que eu nunca imaginei. Todos os lugares que eu conheço são com o objetivo missionário”, comenta Jordão. Conexões do Reino Sobre a relevância da IPC na cidade, Ronaldo Lidório (pastor e missionário) contribui dizendo que essa importância se dá proporcional ao quanto à Igreja vive e fala do Evangelho de Cristo. À medida que conciliamos o que cremos com a forma como vivemos, a sociedade passa a ver a luz que brilha e dá glória a Deus. O primeiro contato que teve com a IPC foi por meio de um contato com Jordão, que por sua vez convidou ele e sua família para conhecer a Igreja. Na ocasião, Lidório compartilhou sobre os projetos missionários que ele e sua família estavam envolvidos e então, nasceu ali uma preciosa parceria. “É muito gratificante reconhecer que, pela bondade de Deus, a IPC permanece fiel à Palavra, envolvida com o rebanho e engajada com a missão ao longo dos anos. A IPC é reconhecidamente uma igreja missionária. Não apenas pelo envolvimento com uma grande diversidade de iniciativas missionárias, perto e longe, como também pelo modelo que gera, encorajando outras igrejas nesse caminho”, comenta Lidório. Desta parceria nasceram muitos frutos. A IPC contribuiu ativamente com o projeto de tradução do Novo Testamento para a língua Konkomba-Limonkpeln, bem como no plantio de igrejas entre aquele povo em Gana, na África. Lidório

Luiz Filipe Jordão


compartilha que já por vários anos a IPC tem apoiado de forma efetiva algumas frentes ministeriais como o plantio de igrejas entre os Mura e Sateré na Amazônia, os treinamentos missionários no Oriente Médio e partes da Ásia, além das pesquisas missionárias no Brasil e outros países. Grato pela cooperação e amizade ao longo desta jornada, Lidório recorda dos encontros com o presbítero Jordão, Rev. Juarez, além de e-mails recebidos de irmãos da comunidade, todos com palavras de encorajamento justamente nos dias que ele e sua família mais precisavam. “Em uma dessas ocasiões, Rosana e eu estávamos voltando de uma região no interior do Amazonas onde lidávamos com diversos desafios logísticos, políticos e de saúde e, aguardando-nos, havia um e-mail de um irmão da IPC dizendo que durante aqueles dias a igreja estava orando por nós. Certamente um bálsamo! Somos constantemente encorajados e animados, além de sermos frequentemente alvos das bondosas orações”, conta. Sementes Em 1994, por meio de um intercâmbio feito entre os jovens da Igreja Presbiteriana de Dourados com os jovens da IPC, Fernando Dantas teve seu primeiro contato com a comunidade e, em 1995, se mudou para Curitiba, dando início a sua trajetória missionária. Naquela época, dedicava seus fins de semana e algumas noites para apoiar o trabalho da igreja: dirigia o louvor na reunião dos jovens no sábado, dava aula na escola dominical no domingo, tocava no louvor do culto das 11h, apoiava no louvor da congregação do Jardim Gabineto nos domingos à noite, e ainda ajudava nos núcleos familiares da igreja. Que maratona! Mas foi apenas em 2003 que Dantas e sua família iniciaram sua caminhada e jornada missionária com a IPC. Por meio desta parceria Fernando Dantas e sua família já serviram na Espanha, Índia e Amazonas.

Espanha: 02 igrejas plantadas e uma terceira já está em andamento; aulas no seminário de Madrid e trabalho no estabelecimento de centros de extensão teológica em todo o país; saídas para evangelismo semanalmente; impactos de verão – recepção de equipes do Brasil, Estados Unidos e Inglaterra no período de verão para que nos apoiem na pregação do Evangelho de maneira criativa. Índia: Coordenação de dois centros de extensão de formação teológica. O primeiro no norte (Bihar) e outro no sul (Chennai). Treinamento para 120 pastores e líderes que estão envolvidos na plantação de 340 igrejas em todo país.

Outro projeto em que a Igreja Presbiteriana de Curitiba está envolvida é o da Cidade Refúgio, da Missão em Apoio à Igreja Sofredora (MAIS). A MAIS é uma jovem organização missionária que tem sido resposta para os nossos irmãos que são perseguidos pela sua fé. Nasceu em 2010 após o terremoto que assolou o povo haitiano, quando Mário Freitas, ao ver a notícia pela TV, se compadeceu pela dor daquele povo. Desde então, a MAIS tem sido resposta para esta realidade. Luiz Renato Maia, presidente da MAIS, conta que quando a organização estava à procura de um terreno, sonhando com a construção da Cidade de Refúgio, Mário e Juarez se encontraram, e o pastor da IPC comentou sobre o acampamento “Boicininga”, local que durante muitos anos reuniu jovens da Igreja para retiros. Fruto deste vínculo, desde quando Mário Freitas pastoreou na IPC, a Igreja tem caminhado próxima da MAIS e muitos dos missionários da organização já são membros na comunidade, servindo-a de alguma forma. “Biblicamente não há missão sem a

Amazonas: CEBIPAM (Centro Bíblico para Povos Amazônicos) para dar treinamentos a líderes indígenas. Líderes mayurunas, tikunas, cocamas e ribeirinhos participam do programa. Fernando Dantas nos conta que a IPC tem sido uma grande parceira em seu ministério. Não apenas com o apoio financeiro, mas também orando e participando do que ele e sua família têm feito.“Por duas vezes a IPC enviou o grupo Oxigênio para nos ajudar nas campanhas evangelísticas de verão. O Presbítero Jordão já nos fez uma visita de campo e muitos outros irmãos estão em constante contato conosco”. Fernando também comenta que se sente parte da Igreja, mesmo em campo transcultural. “Não falamos da IPC como uma igreja que nos apoia, mas sim como 'nossa' igreja. É nossa casa!”. Ele ainda acrescenta que os 130 anos de ministério da Igreja foram dedicados ao alcance do perdido.

igreja. A missão foi dada à igreja. Nosso relacionamento com a IPC é contínuo; hoje temos vários missionários que congregam ali e servem de alguma forma. Desde missionários dando aula junto ao ministério infantil, assim como atividades operacionais na área de mídia”, comenta Maia. Grato pela parceria e pelo envolvimento com a igreja local, Luiz Renato Maia conta que os membros da IPC também sempre pensam na MAIS servindo a organização. “Eu fico muito feliz em caminhar com a IPC; eu e minha família e também como missão. É uma igreja que tem visão missionária, que está cumprindo com a sua vocação missionária. Pra nós é uma alegria estar servindo como organização que tem vínculo com essa resposta vocacional da igreja em fazer missões”, expressa Maia. 130 anos de compromisso com a Palavra de Deus, assim como participantes da missão de Deus. Esses são apenas alguns nomes que complementam a história da Igreja Presbiteriana de Curitiba, uma igreja missionária que cumpre sua vocação, sendo relevante na cidade, de dentro para fora.

Tacila P. Souza, jornalista e missionária em tempo integral da MAIS (Missão em Apoio à Igreja Sofredora)

Luiz Renato Maia


Diácono Emérito LuizCésarValentim, vulgo Peninha

Diácono Sizenando Machado “Hoje sabemos que o ano de 1888 foi um marco na História de nossa cidade, com o nascimento da Igreja Presbiteriana de Curitiba. Após esses 130 anos, o balanço que podemos fazer é de que nossa querida IPC contou com as infinitas bênçãos do Senhor e, assim, pôde divulgar a Palavra de forma intensa e ininterrupta. É um privilégio para cada membro, em especial para nós, oficiais, fazer parte dessa maravilhosa História ! E a História inexiste sem o agradável Amor de Cristo!”

"Agradeço a Deus por ter servido como Diácono a esta Casa de Oração por muitos anos, e por ter recebido a honraria como Diácono Emérito. Também agradeço por aqui ter conquistado a mulher da minha vida. Guardo na memória quando comemoramos o centésimo aniversário desta também minha casa. Hoje ao comemorarmos 130 anos, continuo a agradecer a Deus pelas muitas bênçãos derramadas sobre minha vida, da minha família dos amigos e da população Curitibana. Parabéns Igreja Presbiteriana de Curitiba."

Diácono Emérito João Aust "Sempre foi um prazer participar das atividades da igreja e com tantos anos servindo como diácono da IPC fico orgulho por ter visto nesses 130 anos a igreja crescer tanto e ter se tornado uma instituição respeitada e acolhedora, visto que para mim o ofício de diácono é uma honra e uma bênção e uma confiança que tenho na fé em Cristo."

Presbítero Marcelo Gripp, vice-presidente do Conselho

Uma Igreja para o seu tempo A Igreja Presbiteriana de Curitiba tem em sua gênese a aptidão e o desafio de ser comunidade cristã para uma sociedade em profundas mudanças. Como igreja histórica, tem em sua raiz as guias da Reforma Protestante ocorrida em um tempo de grande mudança social com propostas diretas de atingir os fiéis de forma inteligível, clara e transparente, passando do mundo medieval para o moderno. Em 1888, quando da formação da IPC, o Brasil experimentava mudanças significativas nas estruturas sociais a partir da abolição da escravatura no contexto dos ideais republicanos e positivistas que fervilhavam entre poderosos e burgueses

urbanos trazendo novos ares para os cidadãos brasileiros, do sul do país e os curitibanos. Esta mesma Igreja ainda hoje, no tempo da pós-modernidade, é desafiada a ser comunidade cristã para (ou com) o cidadão hodierno, com as mudanças sociais profundas e rápidas por nós observadas. Ser igreja na era da Informação, da religião privatizada e individual, da “produtização” de todas as coisas, inclusive do transcendente. O desafio de ser uma igreja firmada na Palavra, para glorificar a Deus, criando um ambiente acolhedor e comunitário que vive a prioridade do Amor antes mesmo do que seus dogmas. Queremos ser uma igreja relevante para o nosso tempo e para o amanhã!


"Servir na IPC por 14 anos tem sido uma honra, privilégio, e uma escola. Aprendi demais! E continuo aprendendo a cada dia. O Ministério Infantil me trouxe várias oportunidades de crescimento e relacionamentos com outros ministérios (mulheres, homens, adolescentes, jovens e esportes). Existem desafios também, pois a cada dia as demandas crescem e com isso precisamos estar sempre inovando. A IPC é uma igreja especial! Louvo a Deus pela Igreja Presbiteriana de Curitiba."

“Deus concede, através dos 130 anos da IPC, histórias maravilhosas. Minha bisavó Dona Erica Amaral Camargo caminhava de perto com a Dona Iolanda Santos. Alguns anos depois, nos divertimos vendo essa caminhada se repetir. Deus reservou para mim a alegria de poder caminhar com a Rebequinha, a neta da Dona Iolanda, por meio do discipulado. Além de histórias como essas, a dinâmica da IPC converge tradição e renovação. Desde 2014 já pude participar do Amor que Comove, do Ministério de Esporte, da Escola Bíblica Dominical Infantil, da Mocidade, e conheci servos incríveis e dedicados na busca incessante pela expansão da proclamação da verdade do Reino. Há 130 anos atrás, pessoas ousadas e inovadoras tornaram a IPC uma realidade. Algo que foi sonhado no coração de Deus e que Ele permitiu, por sua graça, que essas pessoas e nós fizéssemos parte dessa história. Agora cabe a nós, darmos seguimento à obra, ousando, sendo firmes e sempre reformando."

"Há algum tempo eu estava procurando uma oportunidade de retribuir toda a bênção com que Deus me privilegiou durante toda a minha vida. Em oração, estava pedindo que Deus me usasse como ferramenta de seus propósitos. E estava há muito tempo afastado da Igreja Presbiteriana, frequentando a Igreja Católica, por motivos familiares. Em agosto de 2016 eu fui ao culto das 11h e, naquele dia, a Rebecca Almeida - então presidente do AQC - foi ao púlpito pedir a adesão de pessoas para trabalhar no ministério. Eu atendi ao chamado, crendo que era Deus respondendo à minha oração. Minha visão do futuro da IPC, assim como do AQC e de cada um de nós é muito simples. Conhecemos a Palavra, portanto façamos o melhor, submissos à vontade do SENHOR e obedientes aos Seus mandamentos. Ele estará conosco todos os dias e isto é o que nos basta confiar que o melhor nos espera, nos próximos dez segundos ou 130 anos."

"Nos últimos onze anos, a história missionária da Igreja Presbiteriana de Curitiba (IPC) conta com um reforço importante: o Grupo Oxigênio. Criado por jovens da IPC, que sonhavam em evangelizar com arte, o Oxigênio tem cumprido um papel importante de estreitar a relação da comunidade local com os muitos missionários que recebem o apoio da IPC em diferentes locais do mundo. E são esses missionários que fizeram e fazem a diferença na vida do Oxigênio. Em meio aos projetos internacionais, que ajudaram a aproximar ainda mais os membros da IPC dos missionários apoiados pela igreja, o Oxigênio levou a arte evangelística para diferentes bairros de Curitiba e muitas cidades brasileiras, em parceria com diversas igrejas, de diferentes denominações. Apesar de ser um ministério novo, o Grupo Oxigênio ajuda a escrever a história da IPC em Curitiba e no Brasil."


Elenice Barros "Fazer parte desta igreja é um privilégio, por ser uma igreja que investe no reino em todas as suas vertentes. Nesta caminhanda tenho entendido que investir nos adolescentes contribui para que esta igreja permaneça atuante no reino e relevante na sociedade. O trabalho com os adolescentes é frutífero quando igreja e família caminham juntos em prol de algo maior. É gratificante encontrar com jovens e adultos firmes em Cristo e saber que fui parte de seu processo de amadurecimento espiritual."

Célia Pires “Fomos escolhidas por Deus para cumprir a missão de levar o nome de Jesus onde o nosso trabalho for realizado. Muitos fazem missões indo a outras partes do mundo como manda a Bíblia. Nós fazemos missão aqui mesmo, mas vamos ao mundo todo com nossas orações e nosso dons e talentos. Somos um time, é isso o que importa.”

Maria José da Luz Luchtenberg

"Graças dou ao meu bom Deus por ter conhecido esta amada Igreja, pois foi aqui que me converti e Jesus entrou no meu coração, tornando-me uma pessoa melhor. Aqui fui muito bem acolhida pelos nossos queridos pastores, pelas queridas senhoras da SAF e demais pessoas. Rogo a Deus que continue abençoando esta Igreja. Parabéns minha Igreja! "

Regente Cornelis Kool juntamente com o coral da fraternidade O Coral da Fraternidade iniciou seus trabalhos em meados de setembro de 1971. E desde então, tem trazido muitas alegrias e pessoas para a Igreja Presbiteriana de Curitiba. Em 1982, o maestro Cornelis Kool assumiu à frente do ministério e está até hoje regendo, ensinando e aprendendo com nossos coralistas. “Aprendi muito com o coral quanto a repertório, relacionamento entre cantores e sobretudo louvar a Deus”, afirmou o maestro. Desde o seu início, há quase 47 anos, o Coral da Fraternidade já realizava alguns trabalhos em hospitais e presídios. Mas foi, recentemente, que os convites por parte dos locais passaram a ser mais frequentes. “Uns quatro anos atrás começamos a atender pedidos para cantar na época do Natal nos hospitais

e, dali em diante abriram-se portas que possibilitam esta programação mensalmente”, compartilha Cornelis. Segundo o Reverendo Wesley Emmerich Werner, definiu o maestro como uma figura especial no trabalho do Coral. “Hoje o Cornelis é o patrimônio mais valioso do Coral da Fraternidade”, referindo-se ao trabalho que o maestro tem desenvolvido ao longo desses 36 anos de ministério. Cornelis se sente agradecido por estar à frente desse trabalho, pois foi por meio do Coral que ele e sua família se integraram na Igreja. “Foi para mim e minha família uma forma de nos integrarmos na igreja. Tem sido prazeroso e trabalhoso ao mesmo tempo”, conclui.


Cristina Mattos e Leila Maciel A atual diretora do Centro de Educação Integral Miriam, Raquel Ferreira, conta que vê o amor e o carinho de Deus por essa obra e como essa instituição é também um meio de alcançar pessoas que a igreja diretamente não tem acesso. ”Algo que me marca é ver crianças compreendendo e sentindo o amor de Deus e transmitindo esses aprendizados que recebem aqui para suas famílias. É ver elas sendo agentes transformadores

na vida de suas famílias”, conta. A professora de educação religiosa, Cristina Ribeiro Mattos lembra também de casos que a comoveram. “Eu me lembro de um caso marcante em que uma das crianças ficou muito doente e internado. Sua mãe compartilhou conosco que o que lhe dava forças porém, eram as histórias da Bíblia que ele contava para ela quando chegava em casa”, lembra emocionada.

Renan Ferreira

Levy Soares Teixeira e sua esposa Alaíde A igreja está comemorando 130 anos de vida, e Deus tem levantado muitas famílias que tem atuado em diversos ministérios. Dentre essas, destaca-se a família do presbítero Levy Soares Teixeira, que dedicou bastante atenção a ação social. No passado, o presbítero Levy, carinhosamente chamado de “Tio Levy”, e a sua esposa Dona Alaíde, estiveram a frente do Lar Hermínia Scheleder, onde trabalharam voluntariamente por 12 anos. Recentemente a sua filha Leila, esposa do presbítero Maciel, deixou a direção da Creche Míriam após se aposentar, pois

esteve à frente do trabalho há 21 anos. Há 8 anos a Raquel, neta do Levy, tem trabalhado na Creche Míriam. Agora, assumiu a direção no lugar da Leila, após ter atuado como pedagoga. E o Renan, filho do presbítero Geraldo, casado com a Raquel, está há oito anos à frente da coordenação do Lar Hermínia Scheleder. Portanto, de todo esse cruzamento de famílias dedicadas a servir ao Senhor, Renan declara: “Para mim ser o gestor do Lar Hermínia Scheleder nestes 130 é um privilégio, pois, destes há 54 anos a igreja tem sido sal no mundo e luz na terra, obedecendo ao mandamento contido em Mateus 25:31.”

Desde sempre a Igreja Presbiteriana de Curitiba preocupa-se com a ação social. A partir de 01 de fevereiro de 2009, instituiu o LAR DO IDOSO, na chácara de sua propriedade denominada “Vivencial das Oliveiras”, localizado no Bairro Santa Teresinha, em Colombo, na Rua Coimbra, 492, onde também funciona o Lar Hermínia Scheleder, que abriga crianças encaminhadas pelo Juizado de Menores O Lar do Idoso é a concretização do sonho acalentado pelo Rev. Oswaldo Soeiro Emrich, que pastoreou a Igreja Presbiteriana em Curitiba por mais de 57 anos, falecido no dia 02 de novembro de 2007, para atender as pessoas idosas, pois bem conhecia suas necessidades em visitas que sempre realizou, vinculados

ao seu profícuo pastorado. A residência onde está instalado o Lar do Idoso, tem aproximadamente 1.000 metros quadrados e dispõe de suítes individuais, duas copas, um amplo salão de estar todo envidraçado, com lareira, mais três apartamentos, uma capela, cozinha, lavanderia e uma antiga moradia. Atualmente moram no local quatorze senhoras, com idades que variam de 80 a 98 anos. As moradoras são o principal foco da atenção dos responsáveis e dispõe de seis refeições diárias e cuidados 24 horas por dia, além de exercícios devocionais diários e culto semanal. Todas as atividades desenvolvidas no Lar do Idoso são fruto do incondicional Amor de Deus.


"O que falar dos meus anos vividos como adolescente e jovem na presbiteriana, Igreja que me ensinou o maior propósito da minha vida que é amar a Jesus acima de todas as coisas. Tenho princípios fortes em todas as áreas devido ao fato de ter crescido e sido ministrada por pessoas comprometidas com Deus e que sempre mostraram que o real sentido da vida era servir a Jesus. Minhas maiores e verdadeiras amizades foram construídas aqui, entre encontros na igreja, acampamentos, viagens, bagunças saudáveis que mostram que o grande amor é feito por uma comunhão saudável e com princípios cristãos. Obrigada por tudo."

"Comecei a frequentar a Igreja Presbiteriana Central, através da minha irmã Patricia (falecida), que era aluna do Reverendo Elias Abrahão no Curso Positivo, sendo que ele a convidou para ir ao Culto, e nós fomos junto. Logo que chegamos na central, já fui convidada a participar no mesmo dia da reunião da UMP e mesmo sem ter voz, fui convidada para participar do coral Canto Vivo, viajei e também participei de apresentações com este conjunto. O coral fez serenata na frente de minha casa. Foram momentos inesquecíveis, sem contar com acampamentos. Estive frequentando a IPC entre de 1988 a 1991. Tenho várias lembranças boas e minha melhor lembrança era a bênção final do Reverendo Oswaldo Emrich, na hora que ele abria seus braços, dava impressão que eles se multiplicavam de tamanho, e que iriam abraçar toda a Igreja."

"Hoje quando converso com pessoas da qual convivo a pouco tempo e tocamos no assunto adolescência sempre escuto as dificuldades enfrentadas por elas. Eu sinceramente não me recordo de momentos difíceis e sim plenos. Tive a felicidade de viver essa fase dentro da igreja. Então minhas lembranças são ensaios do Canto Vivo, pós-ensaio na casa de algum dos membros do coral ou em uma pizzaria ou na frente da igreja rindo e deixando o Pastor Oswaldo doido com as risadas. Lembro com a maiores saudades os acampamentos em Boicininga aonde criamos laços de uma vida. Mesmo passando frio, sujos de barro e noites mal dormidas éramos só sorrisos. As viagens a Piumhi. Como sentíamos a presença de Deus nas nossas vidas em cada olhar. Hoje madura e mãe entendo ainda mais a importância de Deus na minha vida naquele momento e sinto muito orgulho quando revejo cada um de nós pessoas cristãs. Como foi importante esse grupo abençoado que Deus uniu, mesmo nos afastando com o tempo mas para sempre dentro de coração um do outro."

“Ter feito parte da UPA e da Mocidade da Igreja Presbiteriana Central, nos anos 80, foi uma alegria e um privilégio. Como alegre e privilegiada foi a oportunidade de viver a adolescência em meio à Palavra de Deus, cercada por pessoas com quem compartilhei muitas bênçãos e que se tornaram, para toda a vida, irmãos e irmãs em Cristo. Hoje, adulta e muitas vezes sujeita a fatores que já não me permitem frequentar a igreja com tanta assiduidade, sou extremamente grata pela semente que há muito foi plantada em meu coração, e que nunca deixou de germinar.”

"Vim para Curitiba em setembro de 1986 com minha família, na época eu tinha 17 anos. A mudança de cidade sempre provoca algumas dificuldades de adaptação. Mas por conhecermos algumas pessoas e família fomos nos integrando às atividades e departamentos da igreja. Em especial, para mim, nesse processo de integração foi o Coral do Canto Vivo (coral dos jovens na época). Assim, vieram as viagens com o grupo, acampamentos ... e minha amizade com a Ilka, que nos aproximou muito mais que amigas, verdadeiras irmãs. Dessa participação com a UMP Central comecei a frequentar as reuniões da Federação de Jovens de Curitiba, onde pude conhecer e fazer outros amigos e amadurecer na fé, e conhecer meu amado Carlos Mauricio que participava e congregava na Igreja do Tarumã. Casei no templo centenário da nossa Igreja em bela e emocionante cerimônia celebrada pelos reverendos Juarez Marcondes, e os já falecidos Oswaldo Emrich, Elias Abraão e Roberto Pavelec. Fomos morar no interior mas nunca nos desligamos da nossa igreja, tanto que batizamos nossos filhos que com alegria durante as férias de julho ficavam ávidos para participarem da EBF com a tia Luciana, quando saíam mais fortalecidos na fé com a ministração. Passados mais de 15 anos voltamos para nossa cidade querida e para a amada Igreja Central e vemos nossos filhos, jovens, participando da UMP e atividades da Igreja, crescendo e amadurecendo na fé e que muitos dos seus amigos são filhos de nossos amigos daquela época. Vemos as mãos de Deus guiando, sustentando nossas vidas e daquelas que participam da Igreja há várias gerações. Que possamos ser luzeiro para àqueles que nos rodeiam, mostrando a mensagem de Cristo e seu amor!"


Tenho participado desta igreja em três períodos distintos. O primeiro, no ano de 1950, quando vim para Curitiba para prestar o serviço militar; o segundo, durante sete anos (1955 a 1961), tempo de preparação para o vestibular e curso de Medicina. Por fim, os últimos 43 anos em que, junto da Célia e dos nosssos filhos, nora e netos, temos comungado dos deveres e privilégios de seus membros. Ao longo desse tempo, fomos pastorados pelos Reverendos Oswaldo Emerich, Elias Abrahão (de saudosas memórias), e nesses últimos 26 anos pelo Rev. Juarez Marcondes. Sinto-me altamente agraciado por pertencer a esta comunidade querida. Nela, ao lado da Célia, recebemos a benção nupcial e, nela também, bençãos semelhantes receberam nossos filhos. Certamente, grande parte da formação de nossa família, não apenas no sentido espiritual, mas também no social e até no intelectual, está ligada à Rua Comendador Araújo, 343 – dádiva resultante da consagração de seus pastores e da comunhão dos santos permanente ali.

Foi em 1955 que me tornei membro da Igreja Presbiteriana de Curitiba e em 1958 esta mesma Igreja me enviou para fazer estudos teológicos no Seminário Presbiteriano de Campinas. Foi em nosso histórico templo que recebi a ordenação para o ministério pastoral em 1963 e depois trabalhei como pastor de diversas igrejas do Presbitério de Curitiba, sob orientação do Rev. Oswaldo Emrich. Em 1988 o Rev. Elias Abrahão convidou-me para entrar no colégiado pastoral da I. P. de Curitiba; o Rev. Juarez Marcondes Filho renovou esse convite em 1992, de modo que estou completando em 2018 o tempo de 30 anos de serviço ininterrupto nesta amada Igreja. É com imensa gratidão a Deus que contemplo os 130 anos da magnífica história que hoje comemoramos. Agradeço também a oportunidade de fazer parte desta história não como espectador somente, mas como um de seus protagonistas. A experiência de trabalhar na Igreja Presbiteriana de Curitiba tem sido para mim uma bênção de extraordinário valor. Rogo humildemente ao Senhor da Igreja que minha participação tenha sido relevante e significativa, para honra e louvor de Seu glorioso nome.

Há um ditado que prescreve: “Quem no presente não respeita o passado, não tem direito ao futuro” O contato da família Bley Vieira com a Igreja Presbiteriana se inicia na década de 1920. Meu avô Bellarmino Garcia Vieira falece em 24 de junho de 1918, aos 43 anos de idade, deixando viúva minha avó Isaura, com 31 anos, meu tio Lauro com 6 anos de idade e Papai com menos de 2 anos. Com poucos recursos, minha avó trabalhava com facção, em sua residência, costurando camisas e mangueiras de lona utilizadas pelas locomotivas no abastecimento de suas caldeiras, no único bem que herdara de seu Pai, uma máquina de costura Singer. Foi nestas condições que se iniciou uma amizade com Sezinanda, à época prestando seus serviços domésticos na residência do dr. Victor do Amaral. Sezinanda convida a avó Isaura para ir a um Culto na Igreja Presbiteriana de Curitiba. Nos primeiros dias, as missionárias presbiterianas, ao conhecer a situação da família, oferecem bolsas de estudo para os dois meninos, na melhor instituição de ensino de Curitiba, a Escola Americana. Do lado materno, meu avô Herbert Thomas Neal, presbiteriano desde o nascimento, natural de Londres, chega ao Brasil, aos 7 anos de idade, acompanhando sua mãe. Casa-se com Júlia Legat Neal. Na chácara da família, na Vila Isabel, inicia-se um ponto de pregação, considerado embrião da Igreja Presbiteriana da Silva Jardim. Mamãe viu Papai, pela primeira vez, quando corria no pátio da Escola Americana, agitando seus cabelos ruivos e cacheados, que chamaram sua atenção. Casaram-se em 22 de setembro de 1938, um matrimônio que durou mais de 62 anos, até o falecimento de mamãe em 28 de março de 2001. Papai faleceu no dia 10 de junho de 2008. Louvado seja Deus pelo abençoado início de vínculo de nossa família com a Igreja Presbiteriana de Curitiba.


Ashbel Green Simonton chegou ao Brasil em 1859 trazendo o avivamento que havia recentemente experimentado e a doutrina presbiteriana que aprendera no seminário nos quatro anos anteriores na Pensilvânia - EUA. Menos de três décadas depois, instala-se na Rua Comendador Araújo a comunidade que viria a se tornar a família que hoje habita os espaços de adoração ali erguidos. Hodiernamente conhecemos seis grandes prédios e seus anexos que compõem o complexo da Igreja Presbiteriana de Curitiba. Seus pavilhões, entretanto, à época, eram sonhos de homens simples, servos do único Deus vivo e verdadeiro que compartilhavam o chamado e a fé de Simonton. Um deles, o Reverendo Thomas Jackson Porter, contrata o arquiteto Carlos Neumann para fazer o templo de nosso matutino e domingueiro culto das 9. De referências claramente britânicas e escocesas, o projeto foi inaugurado em 1895, ano que, se você, caro leitor, se lembra bem, faz muito tempo! O culto inaugural foi cento e vinte e quatro anos atrás, para sermos precisos, e apenas 6 anos após o inicio oficial das atividades da nossa “egreja”, aos 12 de janeiro de 96 do século XIX, embora relatos apontem para uma igreja finalizada desde o Natal do ano anterior. As linhas horizontais que permanecem nas fachadas até hoje evocam sentimento de solidez. O frontão triangular remete à clássica arquitetura que permeou o projeto de templos desde a Grécia antiga e a Bíblia que ornamenta seu cimo foi colocada pelo próprio pastor Thomas. De lá de cima ela testemunhou muitas mudanças em nossa urbe. Os presbiterianos haviam achado lugar no coração da pequena Curitiba, à época ainda sem linha férrea. Na rua da igreja passaram bondes que ligavam o centro ao bairro do Portão, atravessando o Batel e o Água Verde, bairros novos. Esse era o contexto histórico da cidade que beirava o modesto número de 50 mil habitantes então. O púlpito do templo ficava um tanto mais próximo dos fiéis porque na parte posterior do edifício encontravam-se a secretaria, a sala da junta diaconal e o gabinete pastoral. O parapeito que vemos naquela parede atrás do pregador era necessário, pois aquele terraço era mais largo e acessível, tendo sido usado pelo coro da igreja durante anos. A galeria oposta ao púlpito, onde hoje está instalada a mesa de som e sua aparelhagem, já abrigou um grande órgão e dezenas de jovens e crianças que ali se reuniam todo culto antes de sua interdição. Os degraus da escada de madeira que lhe dá acesso nem rangem. Em 1916, minha querida vó nasceu (outras coisas importantes também aconteceram, então deixemos dona Lila Correia Accioly Lins para uma outra conversa). A casa pastoral, o edifício atrás do templo, data deste mesmo ano. O “1916”, cravado em seu frontispício, era acompanhado do nome “presbitério” em arco, nome como costumeiramente se classificava a casa pastoral naqueles dias. Um grande mal acometeu o planeta nos idos do início do século passado. Tratava-se da gripe espanhola, enfermidade que dizimou milhões e chegou a colocar a humanidade em grande apreensão, ainda que num mundo muito menos conectado se comparado ao nosso. O Presbitério virou enfermaria, uma casa de amparo e tratamento dos doentes locais, apenas 2 anos depois de sua construção, sem deixar de ser a casa pastoral, e, quando passado o surto terrível, voltou à sua utilização de origem. Dez anos depois da construção do Presbitério, em 1926, é inaugurada a primeira versão do pavilhão Reverendo Oswaldo Soeiro Emrich, projeto idealizado e concretizado pelo Reverendo Luiz Lenz de Araújo César, local onde proseamos depois de quase todo culto noturno com um cafezinho na mão pra espantar o frio curitibano. O homenageado, pastor Oswaldo, por 57 anos liderou a comunidade desta igreja e legou-nos, dentre tantos documentos, um escrito recentemente finalizado por seu parente e pupilo, o Reverendo Wesley Emmrich Werner. A obra “Pedras Vivas: Edificando A Igreja Pedra Por Pedra” conta, com os detalhes de quem viveu e fez a história, o curso dos acontecimentos e a sequência das personagens que por aqui passaram. Roberto Melo, é arquiteto e membro da Juventude da IPC.

Em 1960, cinco anos após a chegada a Curitiba do jovem Wesley, a propriedade ao lado da igreja foi adquirida graças aos recursos dados por Deus e repassados à igreja pelos irmãos que aqui se reuniam, grei da qual fazia parte o ilustre Sr José Lupion, sem o qual essa compra talvez tivesse demorado algum tempo mais. O pastor Wesley voltou a Curitiba após o seminário em Campinas e foi ordenado em 63, aproximadamente 15 anos antes da construção do penúltimo anexo desse grupo de prédios. É o Edifício Jorge Kaluf, de 1977, espaço no qual se transfere o conhecimento das Escrituras nas escolas dominicais em salas dedicadas tanto a públicos de tenra idade, nossos pequenos infantes, quanto aos mais experientes ouvintes e detentores da sabedoria. É nesse contexto de conseguintes gerações em que se dão as reformas de estabilização dos blocos históricos. Da requalificação interna do “Chalet”, em 2002 (onde se encontram atualmente os gabinetes pastorais e a secretaria), do “Presbitério” (onde mais recentemente foi instalado um espaço para reunião da juventude da igreja) e do “Espaço de adoração” (inaugurado em 2007, local no qual cultuamos a Deus com congressos e outros eventos e aos domingos tanto às 11 como às 19 horas). Dessa geração o que se escuta é que existe uma profunda identificação com as tais pedras sobre pedras. A Yasmin Renata, por exemplo, nos conta que: “De todos os pedaços de concreto que cercam a Comendador Araújo, há um específico que em seu interior abriga a esperança necessária para que todos os outros lugares também se encham de luz. Paredes com a capacidade de ressignificar estruturas a partir da fé. É sobre solidificar sobre a rocha algo que o visível não pode tocar, mas que pode sentir ao contemplar cada detalhe da beleza que há ali.” Alinhado a esse pensamento, Mariana Pompeu escreve: “assim como nós somos juntos a morada de Cristo, a igreja, ela tanto como corpo e como templo, está sendo importante. Em relação à estrutura posso até considerar como uma segunda casa, pois tenho muito carinho e cuidado com toda a história que a IPC carrega e fico muito feliz de fazer parte disso.” Beatriz Vila Nova, jovem da UMP e estudante de arquitetura diz: “Quando entro no templo histórico me sinto acolhida e essencial ao prédio, como se não devesse estar em nenhum outro lugar”. Em resumo cito as palavras de Vitória Prioste que, assim como a Beatriz, a Mariana e a Yasmin, é membro atuante da mocidade e conclui: “Os lugares da IPC tem sido a base de um descanso milenar.” A história desses edifícios não é apenas material, mas sentida e percebida por todos nós que, sem óbice, seremos lembrados através de efemérides como esta pela geração vindoura da mesma forma pela qual conhecemos os feitos da derradeira. Uma igreja não funciona através de concordância absoluta. Os variados matizes das ideias particulares moldam nossas mentes, corações e construções, nos guiando na tomada de decisões que influenciam as gerações seguintes. Façamos, portanto, bom uso dos espaços ali consagrados ao culto ao Deus Santíssimo, ao crescimento da descendência de Abraão e à edificação da fé de velhos, de jovens e de crianças.


Ao longo dos últimos 130 anos, a Igreja Presbiteriana de Curitiba viu passar uma enorme quantidade de pregadores pelo púlpito da Rua Comendador Araújo. Crias do seio da comunidade ou adotados pela família de fé reunida no histórico templo, pastores e seminaristas ajudaram a escrever a história desta Igreja, ao pastorear o rebanho e levando a Palavra de Deus à sociedade. Em uma conversa com peças importantes da atual equipe pastoral, registramos algumas impressões sobre a IPC, sobre os detalhes que mais chamam a atenção e marcam quem está à frente do rebanho.

Juarez Marcondes Filho, sobre as bases sólidas da Igreja Presbiteriana de Curitiba:

Nós temos uma história, e é um legado que a gente passa daqui pra frente. Nós não vamos estar aqui daqui a 130 anos, mas outros vão estar. Nós estamos semeando o que outras pessoas vão colher, assim como colho o que outras pessoas plantaram. E eu espero estar deixando algumas sementinhas aqui que outros irão colher no futuro. Nós não nos bastamos para nós mesmos, como que o que eu faço é o mais importante e o que o outro faz não é tão importante. Todos aqui têm o seu grau de importância e nós procuramos valorizar ao máximo as pessoas. Deus nos enriqueceu com muitos dons e talentos na forma de pessoas, mas temos que ter a consciência de que vamos passar e outros vão chegar. E eu acho que essa é uma marca importante nesses 130 anos, porque Deus sendo Senhor soberano na igreja sempre nos supriu com este contingente de pessoas. E é isso que tem dado a ela essa continuidade. Nós temos uma marca de continuidade e solidez, e o dono da igreja é o Senhor Jesus.

Nivaldo Wagner Furlan, sobre a firmeza da IPC em não negociar o ‘estilo’:

Geralmente em cidades com muitas igrejas, o que se vê é que, quando uma igreja desponta e começa a crescer, cria-se uma sensação de ‘o que estamos fazendo de errado?’, e essa pressão cai bastante sobre o pastor. Os membros começam a questionar a equipe pastoral, pedindo por mudanças que tragam mais membros. E um ponto que chama a atenção da nossa igreja é nunca ter negociado o estilo e a firmeza na Palavra. É uma Igreja que tem um zelo e preocupação enorme em pregar o Evangelho tal qual o Evangelho é, com a preocupação de adaptar conforme as faixas etárias. Durante toda a semana temos os mais diversos formatos de culto; adolescentes se reúnem da forma deles, assim como jovens; há cultos mais tradicionais e outros mais contemporâneos, mas prevalece a Palavra de Deus. E mais recentemente vemos o fenômeno de famílias que se achegam a nós procurando justamente a pregação da Palavra. Essa marca de não negociar o Evangelho é o que mais chama a atenção.

Davi Nogueira, sobre a experiência em ser parte de uma igreja histórica:

Qualquer pastor presbiteriano gostaria de servir nesta Igreja, por diversos motivos. É uma igreja histórica, que vem desempenhando um papel imprescindível na missão de Deus nesta cidade, há 130 anos. Servir como pastor auxiliar do Rev. Juarez, nos últimos 4 anos, tem sido minha experiência mais profunda e significativa ao longo dos meus 17 anos de ministério. Quando cheguei em Curitiba, em 2010, lembro-me de ter vindo conhecer as dependências da IPC, quando subi pela primeira vez no púlpito do nosso Templo, e pensei: Será que um dia vou pregar neste lugar, onde tantos homens de Deus pregaram? Mal sabia eu que o Senhor já tinha preparado estes anos para que eu pudesse integrar equipe pastoral desta igreja. Nos últimos anos, venho provando do melhor de Deus em minha vida pessoal e ministério. Sou grato a Deus por fazer parte deste capítulo tão importante na história da IPC, e oro para que o Eterno nos conceda a oportunidade de servir com o meu melhor, o tempo que for, desfrutando das bênçãos incontáveis e imensuráveis que Ele tem derramado sobre nós, nesta Igreja, e tenho uma relação de profundo amor e respeito com a IPC, que pretendo levar por toda a minha vida!

Luís Carlos Vieira, sobre a relação da IPC com a comunidade:

Em ponto de vista de projeção, nós tivemos dois episódios interessantes que foram liderados pelo Rev. Oswaldo. O primeiro foi o ecumenismo do lado católico romano, que começou no Colégio Sion, envolvido com os jovens, e sempre com muita ternura. O segundo episódio foi em 1964, no Centro Cívico, quando o Rev. Oswaldo foi nos representar e discursar, evidenciando bem o Reino de Deus ao falar do amor de Deus. Além disso nós sempre tivemos uma posição de atendimento às pessoas, tendo uma porção de acadêmicos de medicina. Em uma época montamos aqui um ambulatório, onde eram realizados atendimento às pessoas, além de fazer visitas. Hoje o potencial que nossa Igreja tem é muito grande, entre profissionais da área da saúde, engenheiros, desembargadores. E seguimos focados na educação, uma das principais marcas.

Wesley Emmerich Werner, sobre o foco da IPC em receber quem vem de fora:

Às vezes temos uma noção de história muito errada, de que ela é apenas de livro. Mas ela é de vida, e quando fazemos parte da história, ela se torna viva. Pensamos em quantas vidas já passaram pela nossa Igreja, e quantas deixaram suas marcas - alguns até anonimamente. É uma igreja voltada para fora, não uma igreja introvertida, principalmente na época do Rev. Elias Abraão. A IPC ficou ainda mais extrovertida por causa da personalidade do pastor. Ele era professor no cursinho da cidade e se tornou muito conhecido, o que também trouxe muitas pessoas para a igreja. Ao fazer carreira política, deu mais projeção ao nome da igreja. Nossa Igreja é uma igreja de imigrantes. Se você pegar uma lista dos membros, verá que eram nomes de imigrantes ingleses e escoceses, alemães, espanhóis. E isso seguiu com o tempo; a quantidade de pessoas que chegou e ficou por aqui, e foram muito importantes para nossa história. Nós pedimos a Deus o entendimento de que somos um; pois somos unidos e essa é uma característica da nossa igreja, uma igreja que tem união.

Nota: o pastor Jairo Porto Alegre estava ausente por motivo de viagem, portanto não pôde participar da entrevista. Felipe Martins é jornalista, diácono e presidente da Junta Diaconal.



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