Manual Chão de Estrelas

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Chテバ DE ESTrELAS MANuAL Do ProfESSor


SumÁrio Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 Leitura 1 – Reloginho, reloginho . . . . . . . . . . . . . . . . 8 Leitura 2 – Cabeça, ombro, joelho e pé . . . . . . . . . 13 Leitura 3 – Na loja do Mestre André . . . . . . . . . . . . 17 Leitura 4 – Oi o galo do patrão . . . . . . . . . . . . . . . . 20 Leitura 5 – O coelhinho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 Leitura 6 – Chão de estrelas . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 Leitura 7 – A cozinha de rimas . . . . . . . . . . . . . . . . 33 Leitura 8 – Gato pedrês . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 Leitura 9 – Lu-bilu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 Leitura 10 – Hoje é domingo . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 Leitura 11 – O sítio do Seu Lobato . . . . . . . . . . . . . 43 Leitura 12 – Cadê o toucinho que estava aqui? . . . . 45 Leitura 13 – Fazendo de conta . . . . . . . . . . . . . . . . 48 Leitura 14 – Doce de batata-doce . . . . . . . . . . . . . . 51 Leitura 15 – Meu galo quebrou o bico . . . . . . . . . . 53 Leitura 16 – O pato . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56 Leitura 17 – A dança da carranquinha . . . . . . . . . . . 60 Leitura 18 – Os dez sacizinhos . . . . . . . . . . . . . . . . 62 Leitura 19 – Fui andando . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66 Leitura 20 – A galinha ruiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68


INTRODUÇÃO A origem e A função dos Livros Gigantes O presente manual tem como objetivo apresentar sugestões para o uso eficaz do livro gigante. O livro gigante tem quatro funções principais: OO OO

OO OO

Desenvolver o gosto pela leitura. Desenvolver habilidades e linguagem apropriada para lidar e falar de leituras e livros (metalinguagem). Desenvolver vocabulário e competências de análise e interpretação de textos. Desenvolver conhecimentos, competências e habilidades preparatórias para o processo de alfabetização.

Os livros gigantes têm uma história. Eles foram desenvolvidos por professores de escolas rurais na Nova Zelândia, que não tinham material e criavam seus próprios livros e registravam as histórias e lendas locais. Depois eles passaram a ser produzidos em escala comercial e foram adquirindo outras importantes funções. O formato gigante serve para reproduzir, tanto quanto possível, o ambiente e o clima de aconchego próprio da leitura feita em casa, na cama, no sofá ou no colo dos pais. Isso significa, também, que um mesmo texto é lido e relido diversas vezes, as crianças adoram reler até decorar o texto. Elas fazem isso porque levam tempo para captar todas as dimensões de um texto – mesmo um texto simples. As ilustrações ligadas ao texto servem para ajudar a criança a identificar e discriminar a diferença entre dois códigos de representação das ideias: as imagens e as palavras. Uma terceira dimensão refere-se à forma de utilização: a leitura com crianças – leitoras ou não leitoras – deve ser sempre uma leitura dialogada, uma leitura que provoca conversas, em que o leitor adulto usa as perguntas dos alunos para fazer outras perguntas, “espichar a conversa” e levar a criança a refletir a partir dos textos, indo além das primeiras impressões. A quarta dimensão são os desdobramentos. Muitas das leituras ensejam dramatizações, danças, contagem de número ou a realização de projetos. Dessa forma, depois de explorar o conteúdo do texto, a criança vai experimentar sua relação com outras atividades de seu cotidiano e aprender que os textos contêm vários ensinamentos e provocam a imaginação e a criatividade. Chão

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Modo de usar ANTES DA LEITURA 1. Preparar-se muito bem para a leitura. Ler o Manual do Professor e decidir as estratégias que serão usadas em cada intervenção. 2. Preparar materiais, projetos, ter clareza de como vai conduzir a leitura e as atividades a ela relacionadas, como músicas, cantigas, danças, trava-línguas, etc.

DURANTE A LEITURA 3. Sentar-se no chão, com as crianças ao redor. O ideal é que todas as crianças possam ver o livro à sua frente, mas nem sempre isso é possível. Para tanto, o professor deve estar atento para variar o grupo de crianças que fica mais próximo de si. Algumas atividades supõem que o professor converse sobre o livro antes de abrir a página que será lida, pois isso será parte da tarefa das crianças. 4. Partir sempre de conversas, estimular as crianças a identificar detalhes, figuras, palavras, personagens conhecidos, título, autor, ilustrador, encontrar uma determinada leitura no livro, identificar o formato de um texto corrido, de um poema, etc. Permitir e estimular que as crianças coloquem a mão no livro, indiquem, identifiquem personagens, detalhes, palavras, etc. 5. Introduzir a leitura sempre de maneira alegre, viva, divertida, com ritmo adequado ao texto. Conquistar e manter a atenção das crianças. Saber parar ou mudar de estratégia quando as crianças perderem o interesse. Lembre-se de que você é o modelo – talvez o primeiro modelo de leitor que a criança terá. A forma como você ler será marcante no futuro leitor. 6. Estar preparado para interromper e para ser interrompido. E retomar o rumo da atividade logo depois que a criança fizer sua intervenção. Ignorar, sem inibir, interrupções impertinentes – dessa forma elas tenderão a desaparecer. 7. Dialogar, espichar a conversa, devolver perguntas com outras perguntas, deixar as crianças responderem umas às outras. Mas sempre ao final conduzir o assunto para os objetivos desejados em cada leitura. O professor deve: ³³

³³ ³³

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usar a linguagem padrão, adaptando o vocabulário às crianças, mas sem fazer concessões; usar frases corretas e completas do ponto de vista gramatical; ouvir as crianças falarem do seu jeito e repetir falando com o uso da linguagem padrão: dessa forma o professor não corrige a criança, mas dá o modelo da linguagem esperada futuramente na escola; quando possível, estimular a criança a repetir a palavra ou frase, sem chamar atenção para o erro ou sem constranger.

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APÓS A LEITURA 8. Encaminhar as atividades previstas no Manual do Livro Gigante – cantigas, danças de roda, projetos especiais. 9. Fazer leituras de trechos similares ou afins, a pedido das crianças ou por iniciativa própria. Dessa forma as crianças vão começar a perceber que os textos conversam entre si, que há uma relação entre textos. 10. Retomar a leitura como contexto para a execução das tarefas previstas no Meu livro de atividades que integra o Programa Alfa e Beto da pré-escola.

ROTINAS, REGRAS E COMANDOS A leitura do livro gigante deve ser um evento esperado, querido e muito bem planejado. O professor deve estabelecer seu próprio ritual ou rotina para a leitura. Nesse processo as crianças devem aprender a: OO

OO OO

sentar-se, ouvir, saber quando falar, quando ouvir, quando interagir, quando esperar a vez; fazer perguntas, dar respostas, dar a vez ao colega; manusear o livro (trazer, guardar, indicar figuras ou palavras sem sujar o livro, mas com liberdade de interagir com ele.

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Leitura 1

Reloginho, reloginho

Parte I QQ

Apre­sen­te o li­vro aos alu­nos.

QQ

Diga que este é um li­vro que vo­cês vão ler jun­tos nas pró­xi­mas se­ma­nas.

QQ

Con­ver­se com os alu­nos so­bre os há­bi­tos e co­nhe­ci­men­tos de lei­tu­ra de­les: OO OO OO OO OO OO

QQ

Per­gun­te se al­guém já viu um li­vro des­te ta­ma­nho: OO OO

QQ

Este é o ver­so. É o ver­so do li­vro. É a par­te de trás do li­vro.

Vol­te à capa, mos­tre a capa e diga: OO

OO

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Esta é a capa. É a capa do li­vro. É a par­te da fren­te do li­vro.

Mos­tre a úl­ti­ma pá­gi­na do li­vro e diga: OO

QQ

Peça aos alu­nos que iden­ti­fi­quem as di­fe­ren­ças des­te li­vro com ou­tros li­vros. Ex­pli­que por que o ta­ma­nho é gran­de: vo­cês vão ler jun­tos, é para to­dos en­xer­ ga­rem.

Mos­tre a capa da fren­te e diga: OO

QQ

Quem já leu um li­vro? Qual é o nome do li­vro que você leu? So­bre o que era o li­vro? Vo­cês co­nhe­cem pes­soas que leem li­vros? Quem? Que li­vros elas leem? Onde as pes­soas con­se­guem li­vros para ler? Por que as pes­soas leem? – si­tua­ções em que a lei­tu­ra é im­por­tan­te: XX ter pra­zer, di­ver­tir, ob­ter in­for­ma­ção, apren­der; XX tam­bém para ler si­nais, avi­sos, re­cei­tas, lis­tas de mer­ca­do, con­tas, ró­tu­los de mer­ca­do­rias.

Chão

Aqui está es­cri­to o tí­tu­lo do li­vro (mos­tre com o dedo, com o li­vro vi­ra­do para os alu­nos). Quem sabe di­zer qual é o tí­tu­lo des­te li­vro? XX Se al­gum alu­no sou­ber, dei­xe-o ler e di­zer. De­pois dis­so, leia você o tí­tu­lo do li­vro, cor­re­ta­men­te. XX Ex­pli­que aos alu­nos que o tí­tu­lo é o nome do li­vro. XX Peça aos alu­nos que di­gam o tí­tu­lo de ou­tros li­vros que eles co­nhe­cem, já le­ram ou que al­guém leu para eles. de

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XX

QQ

Ex­pli­que que o tí­tu­lo do li­vro tam­bém é o nome de uma das lei­tu­ras do li­vro – essa a ra­zão para o li­vro ter esse tí­tu­lo.

Com o li­vro vi­ra­do para os alu­nos, leia no­va­men­te o tí­tu­lo apon­tan­do com o dedo para cada pa­la­vra: OO OO OO

QQ

Abra o li­vro na lei­tu­ra 1: Re­lo­gi­nho, re­lo­gi­nho. OO OO OO OO

OO

OO

QQ

OO OO

OO OO OO OO

QQ

QQ

Leia o tí­tu­lo da lei­tu­ra. Re­leia o tí­tu­lo, mos­tran­do aos alu­nos cada pa­la­vra. Per­gun­te se al­gum alu­no co­nhe­ce este poema. Diga que de­pois vo­cês vão apren­der a fa­zer brin­ca­dei­ras partindo des­se tex­to. Diga que lei­tu­ra tam­bém ser­ve para brin­car. Leia o tex­to bem de­va­gar. Enfatize as ri­mas. Mova seu dedo para in­di­car a li­nha em que você está len­do e quan­do você muda de li­nha. Diga aos alu­nos: XX Ago­ra eu vou ler de novo e vou apon­tar para cada pa­la­vra que es­tou len­do. To­dos os alu­nos de­vem es­tar em po­si­ção que lhes per­mi­ta acom­pa­ nhar sua lei­tu­ra e o mo­vi­men­to dos seus de­dos.

De­pois de ter­mi­nar a lei­tu­ra, ve­ri­fi­que se os alu­nos com­preen­de­ram: OO

QQ

“Chão de Estrelas”. Per­gun­te o que sig­ni­fi­ca “Chão de Estrelas”. Diga que existe uma leitura no livro que tem esse nome e que algum dia eles vão aprender mais sobre essa expressão.

So­bre o que é o tex­to (re­ló­gio). O que o re­ló­gio faz (mar­ca ho­ras). O que são mi­nu­tos e se­gun­dos: XX Quan­tos mi­nu­tos tem uma hora (ses­sen­ta). XX Dê ideia do que seja um se­gun­do – mar­que com pan­ca­das na mesa, por exem­plo. O que sig­ni­fi­ca di­zer que o re­ló­gio vai an­dar? Re­ló­gio anda? O que acon­te­ce se o re­ló­gio pa­rar para des­can­sar? E se pa­rar? O que sig­ni­fi­ca a pa­la­vra con­tém? Con­ver­se com os alu­nos so­bre du­ra­ção de coi­sas que eles co­nhe­cem: XX Dia, par­tes do dia (ma­nhã, tar­de, noi­te), ho­ras, du­ra­ção do tem­po da es­co­la, etc.

Ve­r i­f i­q ue se os alu­n os sa­b em ler ho­r as em re­ló­g ios (com pon­t ei­r os e di­g i­ tais). Ve­ri­fi­que se os alu­nos sa­bem onde há re­ló­gios (na es­co­la, na ci­da­de, na igre­ja, pre­ fei­tu­ra, etc.), e por que exis­tem es­ses re­ló­gios. Mos­tre as ilus­tra­ções em vol­ta do tex­to: OO

Peça a um alu­no que iden­ti­fi­que as ilus­tra­ções. Chão

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