OJE (21-Set-2011)

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LEILÕES Antiguidades à praça

P14 Número 1183 • Quarta-feira, 21 de Setembro de 2011

O JORNAL ECONÓMICO

Preço: 1cênt. • Director: Luís Pimenta PUB

SONAE SIERRA APOSTA TUDO NO BRASIL ▲

IMOBILIÁRIO POR VÍTOR NORINHA

O BRASIL é a aposta vencedora da Sonae Sierra, a maior gestora e operadora nacional a nível de centros comerciais. Neste país, o grupo tem três projectos em construção e deverá anunciar novas construções até final do ano, disse o CEO da companhia, Fernando Oliveira. Contrastando com a operação portuguesa, onde as valorizações dos activos foram negativas em 18,7 milhões de euros no semestre, o Brasil compensou todo a operação mundial com uma valorização dos activos da ordem dos 24 milhões de euros, afirmou o gestor, num encontro com jornalistas. A par do Brasil, onde a alavancagem para o financiamento já consegue ser local, a Sonae Sierra tem previsto passar de uma situação de gestor de espaço comercial na Colômbia para investidor directo. Marrocos é outro mercado onde prestam serviços a terceiros e onde poderão anunciar uma operação de investimento directo, enquanto a China continua ser um mercado de eleição e onde o grupo tem actualmente uma equipa a analisar o potencial. Fernando Oliveira confirma as dificuldades dos centros comerciais na Europa e em particular em Portugal, mas mantém o optimismo no médio e longo prazo, já que no seu “business plan”

ANGOLA FORA DO RADAR O mercado angolano está fora dos planos da Sonae Sierra nos próximos cinco anos. A tentativa de investimento na área de gestão não resultou. O CEO, Fernando Oliveira, disse que o mercado é relativamente estreito, com uma classe média que não é representativa, e não está dentro dos modelos de funcionamento do grupo. A nível de financiamento local, o Brasil, a Alemanha e Itália são mercados autosustentáveis.

Peru suporta EBTDA da Mota-Engil

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Grupo da BA e Iberia cada vez mais perto da TAP Pág. 6 O centro “Boulevard Londrina”, no Estado brasileiro do Paraná, é um dos novos projectos da Sonae Sierra

está o lançamento de 20 novos projectos até 2020 e a passagem dos actuais 8700 contratos de lojistas para 14 mil até 2016. Em carteira está também uma nova área de negócio: a gestão de espaços comerciais de rua. A ideia não é nova, pois o grupo tentou fazê-lo há anos antes de construir o Via Catarina no Porto, mas a oportunidade está a surgir agora com espaços de rua centrais em cidades alemãs. O gestor confirma o estudo de dois projectos nesse sentido. A crise a nível de crescimento das economias e, sobretudo a nível de financiamento deste tipo de projectos que obriga a capital intensivo, deixou de fora outros “voos”, caso da Turquia

ou Rússia, enquanto na Roménia as perspectivas macro do país melhoraram e poderão ser retomados os dois projectos de centros comerciais que estão parados. Entretanto, segundo disse o CFO da Sonae Sierra, Edmundo Figueiredo, a operação em Portugal manteve a rendibilidade, mas o esforço dos lojistas cresceu. O custo de manutenção médio para um lojista passou dos 12,4% em 2011 para os 13% neste semestre, reflectindo perdas de vendas e/ou de rendibilidade. Adiantou que a empresa tem sido permeável a renegociações, tendo assumido um risco acrescido, nomeadamente na redução do esforço ao nível da renda variável.

Fernando Oliveira, CEO da Sonae Sierra “Estamos a estudar a China, que é um mercado onde gostaríamos de prestar serviços. Estão lá três executivos de topo a estudar as oportunidades do mercado”. O processo “levará sempre mais tempo [em relação a outros mercados], porque a China é culturalmente diferente”.

Foto DR

As vendas em Portugal no centros Sonae Sierra no semestre caíram 8,7%, em termos de “like for like”, quando em Espanha as operações caíram 3,5%. O gestor afirmou que os centros comerciais foram afectados pelas dificuldades de financiamento, pela queda da valorização, devido à menor procura, e ainda pelas medidas de austeridade, que retiram poder de compra.

Prada lucra mais 74% e reforça no mercado asiático

Pág. 8

FMI revê crescimento em baixa para toda a Europa Pág. 10

LUCRO REGRESSOU O resultado líquido da Sonae Sierra no 1º semestre deste ano atingiu os 13,1 milhões de euros, contra 0,6 milhões de euros no período homólogo. A nível de exploração directa, o EBITDA decresceu 4% para os 55,6 milhões de euros, embora os valores não sejam comparáveis. O grupo tem 49 centros como propriedade própria e 22 centros de terceiros que têm contrato de gestão. A zona euro representa 71% dos centros em valor e 80% em número.

espaços negócios de

RESEARCH

RESEARCH

INSTRUÇÃO

Portugal entre os países mais procurados pelas empresas internacionais, diz estudo da CB Richard Ellis Pág. IV

Mercado imobiliário degrada-se e Chiado é a zona mais cara de Lisboa, conclui a Cushman & Wakefield Pág. II

Jones Lang LaSalle concluiu a operação de arrendamento de dois pisos ao OMIP na Casal Ribeiro, em Lisboa Pág. II

OPINIÃO JOÃO DE CASTRO BAPTISTA

UMA PÉROLA (LEGISLATIVA) DO ATLÂNTICO Pág. 8




QUARTA-FEIRA 21 de Setembro de 2011

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Tenho dito

“Estamos falidos, não vale a pena andar a discutir. Quando se está falido está-se falido”

RADAR

Alexandre Soares dos Santos, presidente da Jerónimo Martins, sobre o buraco financeiro na Madeira e a “total irresponsabilidade” dos Governos na gestão dos impostos, in Lusa

NOTA O FIM DA APATIA As notícias sobre as maiores empresas portuguesas afinam cada vez mais pelo mesmo diapasão: com Portugal em quebra, a internacionalização é a única via para o sucesso ou até, em alguns casos, para a sobrevivência. Até aqui, como se sabe, nada de novo. O que nos pode trazer algo distinto é o que releva da torrente de informação sobre os gestores portugueses no exterior. A sua performance é exactamente a mais-valia para a auto-estima de Portugal enquanto Nação – porque este é um conceito que não conhece fronteiras geográficas. O empreendedorismo luso noutras paragens é a prova clara de que Portugal precisa urgentemente de voltar a um ambiente macroeconómico que saiba relevar o melhor que temos e, ao mesmo tempo, que consiga expurgar o País das sanguessugas que se alimentam da mediocridade e da cegueira indiferente que, a um dado momento, se instalou na nossa sociedade. Nesse aspecto, esta crise pode ser purificadora. Vai sê-lo seguramente. Até porque vemos sinais crescentes do fim da cidadania apática que nos paralisou.

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RADAR O número 2,2%

Bolsa

PSI 20

O World Economic Outlook, do Fundo Monetário Internacional (FMI), coloca Portugal com uma contracção de 2,2% do PIB este ano e de 1,8% em 2012, no segundo pior desempenho da Europa, a seguir à Grécia.

1,02% MAIOR DESCIDA

Jerónimo Martins

Banif

4,08%

3,33%

Lisbon&Estoril film festival

Atentado na Turquia

Os escritores Don deLillo, Paul Auster, JM Coetzee e Yasmina Reza e o ministro da Cultura francês, Frédéric Miterrand, vão estar em Novembro em Portugal no Lisbon&Estoril Film Festival. A próxima edição do festival, apresentada ontem em Lisboa, decorrerá de 4 a 13 nos concelhos de Cascais, como nas anteriores quatro edições, e de Lisboa, que se junta agora pela primeira vez ao evento criado pelo produtor Paulo Branco. O festival abrirá com os filmes "The Ides of March", de George Clooney, que deverá ser exibido no Estoril, e "Restless", de Gus Van Sant, que deverá passar em Lisboa. Encerrará com "La piel que habito", o mais recente filme de Pedro Almodóvar.

Três pessoas morreram e 15 ficaram feridas num atentado ontem no centro de Ancara, declarou o ministro do Interior, Naim Sahin. Interrogado sobre a natureza da explosão, afirmou existir a forte possibilidade de ser um ataque “terrorista”, termo geralmente usado pelas autoridades turcas para designar os actos dos rebeldes curdos.

ALEMANHA PORTUGAL

TURQUIA PALESTINA

OJE

MAIOR SUBIDA

IRÃO

AFEGANISTÃO

Palestina ganha votos na ONU

García Marquez esgota no Irão

Negociador de paz assassinado

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Palestiniana, Ryad al-Malki, revelou ontem que os palestinianos estão a dois votos de obter a maioria necessária para o Conselho de Segurança votar o pedido de adesão do Estado da Palestina à ONU. Al-Malki assegurou que os palestinianos contam com sete votos - entre os 15 membros do Conselho, cinco dos quais permanentes e com direito de veto.

O livro "Notícia de um sequestro", do escritor Gabriel García Marquez, esgotou esta semana nas livrarias de Teerão, depois de o líder da oposição Mir Hossein Mussavi, que está detido, ter dito que a história lhe recorda a sua própria vida. De acordo com o jornal The Guardian, Mussavi, opositor do regime iraniano, está detido desde Fevereiro, altura de manifestações anti-governamentais.

O antigo Presidente afegão Burhannudin Rabbani, encarregado pelo governo de negociar a paz com os talibãs, morreu ontem num atentado suicida no centro de Cabul, disseram fontes governamentais. O atentado ocorreu na rua em que Rabbani residia, num bairro luxuoso onde ficam numerosas embaixadas e onde os talibãs perpetraram uma série de ataques na quarta-feira passada.

SITES ÀS 20 HORAS DE ONTEM www.bloomberg.com

www.eleconomista.es

www.ft.com

www.folha.com

www.cincodías.com

Suíça revê crescimento em baixa

Fitch mantém rating da Alemanha

Siemens deposita no BCE

Vivo já pode expandir rede

Pfizer quer despedir 220 em Espanha

O governo helvético baixou a previsão de crescimento económico para este ano e o próximo, afirmando que o franco suíço ainda está “altamente valorizado”, após o banco central ter imposto um limite face ao euro. Assim, o PIB da Suíça vai subir 1,9% em 2011 e 0,9% em 2012. Em Junho, a estimativa apontava para 2,1 e 1,5%.

A agência de notação financeira Fitch manteve o rating de AAA a longo prazo da dívida da Alemanha, com perspectiva estável. O triplo A apoia-se “no bom trabalho que o país tem feito, se bem que é possível que modere a médio prazo”, e “noutros pontos fortes, como um elevado PIB per capita e uma gestão macroeconómica prudente”.

A alemã Siemens levantou mais de 500 milhões de euros de um banco francês de grande dimensão, depositando-os no Banco Central Europeu (BCE). O grupo retirou o dinheiro em parte devido ao receio quanto à saúde financeira do banco, cujo nome não é revelado, e em parte para beneficiar com as taxas de juro mais altas pagas pelo BCE.

A holding brasileira Vivo deve receber a linha de financiamento de 1,2 mil milhões de euros do Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES) para investir na expansão e melhoria da rede. Os recursos também devem destinar-se para a ampliação da infra-estrutura, e investimentos em pesquisa e desenvolvimento entre 2011 e 2013.

A Pfizer pretende apresentar um ERE – Expediente de Regulación de Empleo para despedir 220 trabalhadores em Espanha. A medida representará um corte de 11% na força de trabalho da multinacional no mercado espanhol, onde conta com 2 mil colaboradores. A empresa justifica o ERE com os cortes aprovados pelo Governo nos gastos farmacêuticos.

Publicado em todos os dias úteis PROPRIEDADE Megafin Sociedade Editora S.A. – Registo na ERCS Nº 223731 – Nº de Depósito Legal: 245365/06 SEDE Atrium Saldanha, Prç. Dq. de Saldanha, nº1, 3º andar, fracção F, 1050-094 Lisboa Tel.: 217 922 070 Fax: 217 922 099 Email: geral@oje.pt

DIRECTOR Luís Pimenta EDITORA EXECUTIVA Helena Rua REDACÇÃO Ana Santos Gomes (colaboradora), Armanda Alexandre, Almerinda Romeira, Catarina Costa (revisão), Inês Andrade, Isabel Cabral, Mafalda Simões Monteiro, Pedro Assis Conceição, Pedro Castro, Sandra Martins Pereira (colaboradora) e Vítor Norinha

ARTE Carlos Hipólito FOTOGRAFIA Victor Machado ÁREA COMERCIAL DIRECTOR João Pereira 217 922 088 – jpereira@oje.pt GESTORES DE CONTAS Alexandra Pinto – 217 922 096

Isabel Silva – 217 922 094 André Domingues – 217 922 073 Miguel Dinis – 217 922 090 PROJECTOS ESPECIAIS Paulo Corrêa de Oliveira 217 922 097 DIRECTOR DE CIRCULAÇÃO Jorge Tavares d’Almeida 217 922 092 – jtalmeida@oje.pt

PRODUÇÃO João Baptista, Rafael Leitão ÁREA FINANCEIRA Florbela Rodrigues CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO João Lino de Castro (Presidente), GRISA – Gestão Imobiliária e Industrial S.A., Pedro Morais Leitão e Guilherme Borba – gborba@oje.pt

IMPRESSÃO SOGAPAL – Soc. Gráfica da Paiã, S.A. TIRAGEM 22 000 Nenhuma parte desta publicação, incluindo textos, fotografias e ilustrações, pode ser reproduzida por quaisquer meios sem prévia autorização do editor. Membro da:

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QUARTA-FEIRA 21 de Setembro de 2011

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QUARTA-FEIRA 21 de Setembro de 2011

JM sinaliza entrada em novo mercado

ÍNDIA: Tata Motors apresenta 1º carro em ouro

RETALHO A JERÓNIMO Martins (JM), número dois do retalho em Portugal e líder no retalho alimentar na Polónia, deve anunciar a entrada num novo mercado no final de Outubro ou princípio de Novembro, revelou ontem o seu chairman, Alexandre Soares dos Santos. A empresa está a analisar a entrada em países da América Latina, no âmbito do seu plano de expansão, com a Colômbia a poder ser a próxima geografia no universo da JM. “Novas geografias estão estudadas, mas não foram ainda aprovadas pelo Conselho de Administração. Penso que em fins de Outubro, princípios de Novembro teremos a decisão e informaremos”, declarou Soares dos Santos, citado pela agência Reuters. A Polónia, onde a Jerónimo Martins opera a cadeia de desconto Biedronka, tem sido o motor de crescimento do grupo nos últimos anos, sendo já responsável por mais de 50% das vendas e do EBITDA consolidados da retalhista. Recorde-se que, nos primeiros seis meses deste ano, o lucro líquido atribuível da JM registou um crescimento homólogo de 41% para 144 milhões de euros, sustentado num aumento das vendas em 17,5 pontos percentuais para 4.752 milhões de euros e num crescimento do EBITDA em 24% para 311 milhões de euros.

BREVES EDPR inaugura em França A EDP Renováveis (EDPR) inaugurou dois novos parques eólicos em França, o de Liniez, com 15 megawatts (MW) de potência, e o de Vatan, de 18 MW, que permitem à energética acrescentar 33 MW à sua potência total instalada no país. A filial de renováveis da EDP explica que as duas infra-estruturas têm uma produção suficiente para fornecer electricidade a 33 mil pessoas.

Tâmega constrói em Cabo Verde Cabo Verde assinou ontem com as empresas portuguesas Armando Cunha e Tâmega o contrato de construção da barragem de Canto das Cagarras, na ilha de Santo Antão, no valor de mais de 5 milhões de euros. A estrutura é financiada pela linha de crédito concedida pelo BPI e destinada a projectos de energias renováveis.

Angola e China reforçam laços Angola tornou-se, em 2006, o maior parceiro comercial da China em África, destronando a África do Sul, devido, sobretudo, às exportações de petróleo, indica um estudo divulgado ontem pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD). Nesse ano, as exportações angolanas para a China representaram 35,6% do total, transformando o país no segundo maior parceiro comercial de Angola, a seguir aos EUA.

África e China sem equilíbrio O petróleo e outras matérias-primas de Angola, África do Sul, Sudão e Congo representam 70% das exportações africanas para a China e cinco países do continente absorvem 60% das importações chinesas. As contas retratam “o desequilíbrio”comercial detectado num estudo do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), ontem divulgado.

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NEGÓCIOS

Peru suporta EBITDA da Mota-Engil CONSTRUÇÃO

RATAN Tata, presidente do Tata Group, apresentou o modelo Nano, coberto de ouro, prata e gemas, em Bombaim. O Goldplus Nano Car trata-se do primeiro automóvel construído com jóias e celebra os 5 mil anos da indústria de joalheira na Índia. Foto EPA/STR

Fisco angolano não estimula Galp PETRÓLEO O REGIME fiscal para a exploração de petróleo em Angola não é estimulante para os investidores assumirem riscos, apesar de a geologia ser muito atractiva no mar ultra profundo angolano, defendeu ontem Manuel Ferreira de Oliveira, CEO da Galp Energia. “Acontece que hoje o regime fiscal de exploração em Angola não é estimulante do assumir de riscos", justificou o responsável, citado pela agência Reuters. Ferreira de Oliveira explicou que a legislação prevê mecanismos que, de certa forma, prote-

gem o risco do investimento, mas também existem normas que estabelecem um cap, uma rentabilidade máxima para o investimento e para projectos de alto risco. “A pesquisa no offshore ultra profundo é, claramente, de altíssimo risco e hoje os intervalos de remuneração de capital associados aos contratos angolanos não estão a estimular as grandes empresas a estarem presentes", acrescentou o CEO. A petrolífera portuguesa tem feito fortes investimentos na exploração do petróleo angolano e prevê mais do que duplicar a sua produção no país africano até 2017.

A MOTA-ENGIL mantém o objectivo de um crescimento de dois dígitos do EBITDA este ano, apesar da recessão económica em Portugal, suportado pelas operações no Peru, avançou ontem o CEO da construtora. “A nossa ideia é ter um aumento de dois dígitos do volume de negócios do EBITDA e continuar a crescer dentro daquilo que é possível pelo facto de sermos uma empresa multinacional”, explicou Jorge Coelho, citado pela agência Reuters. “Temos de compensar o declínio que está a haver na actividade em Portugal indo para novos mercados. Neste momento, a nova estrela do firmamento da internacionalização da MotaEngil chama-se Peru”, acrescentou o responsável. Refira-se que a Mota-Engil é vista pelos analistas como uma das empresas mais penalizadas com as medidas de austeridade implementadas pelo Governo para consolidar as contas públicas, nomeadamente com o cor-

LULA-MEXILHÃO INICIA OPERAÇÕES A operação de um gasoduto integrado no consórcio que junta a Galp Energia à Petrobras e à BG Group foi iniciada na sexta-feira, no Brasil, anunciou ontem a petrolífera portuguesa em comunicado. Em concreto, o gasoduto Lula-Mexilhão vai ligar o campo Lula à plataforma de Mexilhão, localizada em águas rasas na Bacia de Santos. A Galp explica que esta infra-estrutura é “estratégica para o desenvolvimento da produção de petróleo do Présal desta bacia”. De acordo com a petrolífera nacional, o gasoduto irá ainda viabilizar o transporte do gás natural que sai do consórcio do bloco BM-S-11, explorado com uma participação de 10% da Galp Energia, de 65% da Petrobras e de 25% da BG Group, para ser transformado e distribuído no mercado brasileiro.

te no investimento público. A maior construtora portuguesa tem vindo a aumentar as suas margens EBITDA no continente americano, actualmente de 10%, suportada pelo aumento de encomendas no Peru e México. Cerca de 41% do EBITDA é gerado em Portugal, 43% em África e 12% no continente americano. Recorde-se que, no primeiro semestre deste ano, o EBITDA da Mota-Engil registou uma subida homóloga de 20% para 123,8 milhões de euros. A Mota-Engil está presente em 19 países.

DÍVIDA ENSOMBRA OUTLOOK Os analistas referem como ponto negativo do outlook da Mota-Engil o seu perfil de dívida. A dívida líquida era de 1.124 milhões de euros no final de Junho, contra 1.015 milhões no final de 2010, tendo sido penalizada pelo aumento dos encargos financeiros e pela subida do custo médio da dívida.

Défice do Estado melhora para 7,2 mil milhões DGO O DÉFICE do Estado até Agosto fixou-se nos 7.202 milhões de euros, uma melhoria de 2.024 se comparado com os primeiros oito meses de 2010, indicou ontem a Direcção-Geral do Orçamento. De acordo com a síntese de execução orçamental de Janeiro a Agosto, a melhoria do subsector Estado (serviços sem autonomia financeira) face ao ano anterior surge devido a um valor de despesa inferior em 924 milhões de euros face ao mesmo período do ano anterior e a um aumento das receitas em 1.100 milhões de euros.

IAG é única a manifestar EP tem “um problema interesse na TAP de tesouraria” PRIVATIZAÇÃO A INTERNATIONAL Airlines Group (IAG), que juntou a espanhola Iberia e a britânica British Airways, é a única transportadora assumidamente interessada na privatização da TAP, entre um conjunto de companhias aéreas contactadas pela Lusa. O jornal Financial Times noticiou ontem que a empresa portuguesa é um dos alvos da IAG, a par da BMI e

da Aer Lingus, mas esta é uma solução que não agrada à Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), que teme o desvio de turistas para Madrid, preferindo, um comprador extra-europeu. Questionadas pela Lusa, nem a TAM, nem a GOL, as duas maiores transportadoras aéreas brasileiras, manifestaram interesse na compra. Também a Lufthansa negou estar interessada em mais aquisições.

FINANCIAMENTO O ADMINISTRADOR da Estradas de Portugal (EP) José Castel Branco admitiu ontem que a empresa tem “um problema” de tesouraria e não consegue obter financiamento. “Há um problema de tesouraria”, afirmou José Castel Branco, que está a ser ouvido nas comissões parlamentares Orçamento, Finanças e Administração Pública e Economia e

Obras Públicas sobre uma auditoria à EP que conclui que a empresa corre o risco de insustentabilidade financeira. O administrador da EP disse que “existe um problema de financiamento temporal”. “Neste momento, não conseguimos obter financiamento”, acrescentou o administrador, afirmando que os “problemas da EP colocaram-se em 2010 e colocam-se em 2011 e em 2012”.


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NEGÓCIOS

TECNOLOGIA A SAP, maior produtora mundial de aplicações de gestão, vai apostar na inovação e no software em detrimento das grandes aquisições para competir com a rival norte-americana Oracle no mercado global de tecnologia empresarial, avaliado em 2 biliões de dólares (1,46 biliões de euros). “Tomámos a decisão de inovar o futuro, não de consolidar o passado”, refere a propósito o co-CEO Bill McDermott. “Não consigo vislumbrar onde é que o hardware nos pode dar vantagem”, acrescenta o responsável, em entrevista ontem concedida à agência de informação financeira Bloomberg. Enquanto Oracle, International Business Machines (IBM) e HewlettPackard (HP) utilizaram as aquisições para se tornarem fontes completas de software e hardware corporativo, a SAP tem centrado a sua estratégia na rapidez de chegada dos seus produtos ao mercado, recorrendo aos takeovers apenas para crescer

HOLANDA: Abertura tradicional do ano parlamentar

Sany Heavy quer fazer compras após IPO CONSTRUÇÃO

nos segmentos da análise de dados e das aplicações para smartphones e outros aparelhos móveis. Neste quadro, as vendas da SAP cresceram 17% no ano passado, com a companhia germânica a centrar-se em áreas de negócio como o software para o tablet Apple iPad. Acresce que a SAP vai cumprir a sua estimativa de vendas para 2015, que aponta para 20 mil milhões de euros, apesar da turbulência sentida na Europa, asseguraram Bill McDermott e o seu co-CEO, Jim Hagemann Snabe. Este valor supera os 18,5 mil milhões de euros de projecção média dos analistas do sector auscultados pela Bloomberg.

DOMÍNIO NO SOFTWARE DE GESTÃO A SAP controla 25,3% do mercado global de software de gestão, mais do dobro da quota da Oracle, segundo a consultora Gartner. Siemens, Exxon Mobil e Wal-Mart contam-se entre as cerca de 180 mil empresas que utilizam as suas aplicações.

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SAP descarta aquisições no hardware

QUARTA-FEIRA 21 de Setembro de 2011

O COCHE em ouro, que transporta a Rainha Beatrix da Holanda, chegou a Ridderzaal para a abertura tradicional do ano parlamentar, em Haia. No discurso anual, a Rainha hoFoto EPA/Robin Utrecht landesa apresentou o próximo exercício financeiro.

A SANY Heavy Industry, a maior fabricante de maquinaria e equipamento de construção na China, planeia avançar com aquisições e a construção de fábricas no exterior após a oferta pública inicial (IPO) na Bolsa de Hong Kong. A empresa, que anunciou ontem o adiamento da IPO para 3 de Outubro, numa tentativa de escapar à actual volatilidade dos mercados, espera arrecadar até 2,4 mil milhões de euros com a operação. A fabricante pretende iniciar a produção numa fábrica nos EUA até ao final do ano, enquanto aposta nas vendas na Índia, Brasil, Indonésia, Médio Oriente e África, afirmou Tang Xiuguo, presidente e co-fundador da empresa-mãe, o Sany Group. A companhia pode ainda trabalhar em cooperação ou adquirir empresas fora da China no sentido de acrescentar tecnologia e clientes ao seu portefólio, adiantou o Tang Xiuguo. “Temos algumas oportunidades e estamos em conversações, que podem incluir fusões e aquisições”. O Sany Group, que também fabrica equipamento para portos e turbinas eólicas, tenciona obter até 50% da receita no exterior no espaço de dez anos, ao direccionar-se para novos mercados. A multinacional abriu este ano um parque industrial na Alemanha, fazendo assim frente às concorrentes Caterpillar e Komatsu. PUB


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QUARTA-FEIRA 21 de Setembro de 2011

Prada lucra mais 74% no semestre BENS DE LUXO A PRADA, fabricante italiana de produtos de luxo, anunciou um lucro líquido de 179,5 milhões de euros no primeiro semestre do ano, mais 74% face aos 103 milhões registados um ano antes. A Prada justifica o crescimento com a abertura de 26 novas lojas, em apenas seis meses, e com o aumento da procura nos mercados asiáticos. As vendas na região da Ásia Pacífico, excluindo o Japão, cresceram 35% com o aumento generalizado dos gastos em bens de luxo. A Prada tem ainda planos para abrir mais 35 estabelecimentos comerciais este ano. “A Ásia é o nosso mercado número um”, revelou Carlo Mazzi, vice-presidente da Prada, à agência Bloomberg. “O topo do mercado de luxo é hoje junto dos consumidores asiáticos. A nossa confiança para o futuro

no mercado asiático é muito forte”, acrescentou. O mercado chinês deu a maior contribuição para o aumento de vendas da fabricante italiana durante os primeiros seis meses do ano. As vendas na Ásia subiram para 368 milhões de euros, enquanto as receitas globais cresceram 21% para 1,1 mil milhões de euros. A venda de produtos em pele cresceu 35%, para 616,6 milhões de euros, enquanto as receitas provenientes do calçado subiram 13%, para 275 milhões. As vendas da marca Prada aumentaram 21%, totalizando 878 milhões de euros, e as da Miu Miu 25%, para 199 milhões. A Prada realizou este ano um IPO, no mercado de capitais de Hong Kong, utilizando agora 75% desses proveitos (206 milhões de euros) para construir outlets, aumentar os espaços de retalho e renovar lojas.

CVC Capital excluída pela France Télécom TELECOMUNICAÇÕES A FRANCE Télécom, que tem andado a sondar o mercado para vender a operadora móvel que detém na Suíça, excluiu do processo a CVC Capital Partners, a proprietária da principal rival no mercado suíço (Sunrise). Segundo a agência Bloomberg, a France Télécom justifica esta decisão com possíveis obstáculos à livre concorrência. Detalhes de venda da Orange Switzerland foram enviados a potenciais compradores na última semana, sendo que as primeiras licitações deverão ocorrer a meio de Outubro, asseguraram fontes próximas das negociações. Uma combinação da Orange

Switzerland e da Sunrise deixaria um país de cerca de 8 milhões de residentes com apenas duas operadoras móveis. Firmas de investimento como a Apax Partners LLP, a EQT Partners, a Liberty Global e a Providence Equity Partners estão entre as companhias interessadas numa compra que poderá representar 2 mil milhões de euros para a empresa francesa. Stephane Richard, presidente executivo da France Télécom, quer libertar alguns activos europeus para se focar na expansão no Médio Oriente e em África, onde as vendas têm crescido quase dez vezes mais do que o ritmo em alguns mercados europeus.

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NEGÓCIOS

UMA PÉROLA (LEGISLATIVA) DO ATLÂNTICO O DIREITO E A VIDA JOÃO DE CASTRO BAPTISTA Advogado e sócio da JPAB*

Ficar surpreendido com o buraco nas contas da Madeira é quase tão ingénuo como afirmar que a responsabilidade do Governo Regional deve ser avaliada nas urnas. Efectivamente, há décadas que essa avaliação vem sendo feita e os resultados estão à vista. Neste contexto, ocorre recordar a Resolução n.º 12/2008/M da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, publicada no DR, 1.ª Série, de 13.05.08, com título “Congratulação pelos 30 anos de governação do Dr. Alberto João Jardim da Região Autónoma da Madeira”. Dos considerandos desta Resolução merecem destaque os segundo, quarto e quinto parágrafos, que a seguir se transcrevem: “A Região Autónoma da Madeira apresenta hoje um visível e notável desenvolvimento económico-social, alicerçado quer através do seu Produto Interno Bruto, quer através da melhoria real das condições de vida da sua população, ostracizada e ignorada durante séculos pela República Portuguesa.”

“Infelizmente, a realidade é vista de forma deturpada por uma minoria. Esses, os fundamentalistas da oposição, os adeptos da política da terra queimada, ao longo destes 30 anos só vaticinaram desgraças para a Madeira e a sua população.” “Minoria que ainda não interiorizou o quanto de errado são as suas políticas, sucessivamente rejeitadas pelo povo madeirense, ao dar a maioria absoluta ao PSD da Madeira e ao seu líder, Dr. Alberto João Jardim, ao longo destes 30 anos.” Numa época em que tanto se fala da qualidade da Democracia e do crescente alheamento dos cidadãos em relação à vida política, é difícil ficar indiferente ao texto deste curioso acto normativo do Parlamento Regional. O mesmo justificava uma análise atenta sob o espectro da Constituição da República Portuguesa (CRP), nomeadamente dos princípios, direitos e deveres fundamentais que a mesma estabelece. Seria interessante confrontar tão solenes considerações com detalhes constitucionais menores como o princípio do “Estado unitário” – artigo 6.º da CRP – a “soberania una e indivisível” – artigo 3.º da CRP – ou até, porque não, o “pluralismo de expressão e organização política democráticas” – artigo 2.º da CRP. Não obstante, talvez seja oportuno colocar três questões muito simples, meramente interpretativas e eventualmente pouco dignas dos elevados propósitos do legislador madeirense. Tendo a República 100 anos, como será

possível que a mesma há séculos venha ostracizando e ignorando a Região Autónoma da Madeira? Na aplicação concreta deste rigoroso texto normativo deverá fazer-se uma interpretação extensiva dos 100 anos da República ou uma leitura restritiva dos séculos de ostracismo e ignorância? O conceito de visão deturpada da realidade engloba todas as formas de discordância ou só aquelas que partam de uma minoria fundamentalista? O exercício sugerido à oposição madeirense de interiorizar o erro das suas propostas políticas tem uma dimensão psicossomática ou meramente cultural? A resposta a estas questões permitirá, com certeza, perscrutar a densidade do texto normativo em análise e afastar definitivamente toda e qualquer dúvida de que a resolução aprovada pela Assembleia Regional da Madeira, ao invés de traduzir uma justa e oportuna demonstração da vontade representativa, tivesse sido utilizada para, com serôdios complexos regionalistas, camuflar uma governação despesista e faltar ao respeito dos Portugueses (da Madeira) que, com ou sem razão, ousam ter opinião diferente e discordar de supostas verdades absolutas e dos Portugueses (da “República” e da Madeira), que vão assistindo com paciência ou indiferença a este e a outros dislates. Já agora, e ainda que atrasados, muitos parabéns Dr. Alberto João Jardim. *José Pedro Aguiar-Branco & Associados (jcastro.baptista@jpab.pt)

LISBOA: Lisbon & Estoril Film Festival apresenta programa

ANTÓNIO Costa, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, e Francisco José Viegas, secretário de Estado da Cultura, na apresentação do programa do Lisbon & Estoril Film Festival, na Torre de Belém. O Festival vai decorrer entre 4 e 13 de Novembro. Este ano vão estar Foto LUSA/Tiago Petinga em competição 12 filmes.

Debenhams capitaliza Pemex quer globalizar operações com reforço da participação na Repsol com descontos RETALHO A DEBENHAMS, segundo maior grupo de armazéns do Reino Unido, anunciou que o lucro anual ultrapassou as expectativas, impulsionado pelo aumento das vendas da marca própria Designer at Debenhams e por ter captado mais consumidores com os descontos praticados. Com base numa avaliação preliminar dos números – a companhia divulga os resultados a 20 de Outubro, o CFO, Chris Woodhouse, declarou que o lucro no ano fiscal concluído a

3 de Setembro passa da anterior previsão de 158 milhões de libras para 164 milhões (181 milhões de euros para 188 milhões). O retalhista, que reduziu os preços e iniciou os saldos de Verão cinco dias antes do previsto, refere que ganhou quota de mercado no vestuário, produtos de saúde premium e de beleza. O CEO, Michael Sharp, disse ainda que as vendas cresceram nos últimos dois meses em termos comparáveis, e que a loja ícone da marca em Londres, na Oxford Street, terá mais 10% de espaço de venda em 2013.

PETRÓLEO A ESTATAL Petróleos Mexicanos (Pemex) quer aumentar a participação de 4,8% no capital da espanhola Repsol para 9,8% e unificar os votos na empresa com a também espanhola Sacyr, promovendo alterações para “fomentar o crescimento internacional rentável”, refere o plano da companhia mexicana, a que a agência EFE teve acesso. O objectivo da Pemex é globalizar as operações por intermédio da Repsol, com maior participação na ges-

tão da empresa espanhola e acesso à sua tecnologia, bem como à experiência na produção, refinaria e venda de energia, refere o documento da companhia. A petrolífera mexicana estima desembolsar até 1600 milhões de dólares (1170 milhões de euros) com a operação, cerca de 600 milhões (439 milhões de euros) com recursos próprios, e mil milhões (731 milhões de euros) com uma emissão de dívida cujo custo será coberto em parte com o dividendo da Repsol. O documento acrescenta que a ali-

ança com a Repsol permitirá “potenciar” a tecnologia de interpretação sísmica em projectos de grande complexidade, entre eles o de Chicontepec, em águas profundas. A Pemex prevê que a tecnologia da Repsol permita reduzir os custos em 105 milhões de dólares por ano (77 milhões de euros) em várias actividades de exploração e comercialização. Além disso, estima beneficiar com as sinergias na refinação de crude mexicano em substituição do russo, e na produção e venda de diferentes tipos de gasolina.


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21 DE SETEMBRO DE 2011

SUPLEMENTO COMERCIAL

Conjuntura COLOCAÇÃO DE ESCRITÓRIOS Pág. VII CAI 50% RESEARCH

PORTUGAL ESTÁ ENTRE OS 35 PAÍSES MAIS PROCURADOS

Mercado em mínimos e Chiado a zona mais Pág. II cara

Pág. IV

INSTRUÇÃO Jones Lang LaSalle arrenda na Casal Ribeiro Pág. II ao OMIP

NEGÓCIO B. Prime coloca Booking no Parque das Nações Pág. VI

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II

QUARTA-FEIRA 21 de Setembro de 2011

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JONES LANG MERCADO IMOBILIÁRIO ESTÁ A DEGRADAR-SE E LASALLE ARRENDA NA CASAL RIBEIRO CHIADO É A ZONA MAIS CARA DO PAÍS, DIZ A C&W O mercado imobiliário português atingiu vários recordes mínimos no primeiro semesAO OMIP O DEPARTAMENTO de Office Agency da Jones Lang LaSalle concluiu a operação de arrendamento de dois pisos ao OMIP – a bolsa de futuros de electricidade do Mercado Ibérico de Electricidade (MIBEL) - no Edifício Casal Ribeiro 14, em Lisboa. O negócio foi concretizado no âmbito da execução do seu mandato de comercialização exclusiva deste imóvel detido pelo Fundo de Pensões do Pessoal da Caixa Geral de Depósitos. O novo inquilino irá ocupar a totalidade dos pisos 7 e 8 daquele edifício, numa área conjunta de 456 m2. Numa lógica de prestação integrada de serviços, a Jones Lang LaSalle é, ainda, responsável pela preparação e estruturação das novas instalações do OMIP, um trabalho desenvolvido pelo Departamento de Arquitetura da consultora, que tem vindo a consolidar a sua actuação no mercado de escritórios com a assinatura de projetos de “fit-out” e execução da obra para empresas nas mais diversas áreas de atividade económica. Mariana Seabra, directora do Departamento de Office Agency da Jones Lang LaSalle, sublinha: “apesar do agravamento da situação económica e da quebra de confiança do tecido empresarial, o mercado de escritórios não está completamente estagnado e as zonas mais centrais continuam a registar procura”. O Edifício Casal Ribeiro 14 localizase na Avenida Casal Ribeiro, em Lisboa, entre a Praça Duque de Saldanha e o Largo Dona Estefânia. É propriedade do Fundo de Pensões do Pessoal da Caixa Geral de Depósitos, que mandatou a Jones Lang LaSalle para a comercialização, em regime de exclusividade, deste imóvel. No total, o edifício integra 8 pisos de escritórios, dos quais se encontram ainda disponíveis para arrendamento os pisos 1, 2 e 6, além de uma área destinada a exploração comercial no piso térreo. Neste momento, existem ainda 1331 m2 de área de escritórios, além dos 594 m2 respeitantes à área de retalho. O edifício dispõe ainda de estacionamento em cave.

1,00 EUR = 200,482 PTE REFLECTIR PAULO HENRIQUES Partner da B.Prime*

No outro dia travei uma animada discussão com um colega de profissão. O motivo da troca de ideias era a perspectiva de evolução futura do investimento imobiliário em Portugal. O meu colega mostrava-se algo esperançado que, dado o crescente incremento do diferencial das “yields” praticadas nos principais mercados europeus em relação às prati-

tre de 2011. Os projectos previstos até ao final do ano são poucos, mas é de assinalar alguma animação no comércio de rua. O Chiado é actualmente a zona mais cara do país, avança a edição de Outono do Marketbeat da Cushman & Wakefield

O

mercado imobiliário português não está de boa saúde e a edição do Marketbeat de Outono da Cushman & Wakefield revela que foram atingidos vários recordes mínimos ao nível da oferta do retalho, da procura de escritórios e até mesmo na logística e no investimento imobiliário. Em causa estão questões como os problemas de financiamento do mercado. Marta Esteves Costa, directora de Research e Consultoria da Cushman & Wakefield, em conferência de imprensa, assinala que as dificuldades não estão directamente relacionadas com o sector imobiliário, mas por dúvidas sobre Portugal como um todo, que acabaram por se diluir com a primeira visita da “troika” ao país em Julho e com os resultados das eleições legislativas. A quase ausência de financiamento para o sector teve um forte efeito na actividade de investimento imobiliário que registou no primeiro semestre do ano uma quebra de 30% face a igual período do ano passado. O mercado de retalho manteve um crescimento modesto. Foram inaugurados dois centros comerciais, sendo esperadas outras duas para o segundo semestre. O Mercado de escritório registou o volume de transacção mais baixo desde 2003 e o sector do imobiliário industrial apresenta uma postura cautelosa, que se mantém desde 2009.

vel assinala que a oferta em “pipeline” para o mercado de Lisboa caiu mais de 60% face a 2008 e que mais de 805 dos projectos já está em construção, sendo que não há nova oferta prevista para o Parque das Nações.

INDUSTRIAL

O sector do retalho em Portugal é dos que mais se tem ressentido. Desde 2007, este segmento do imobiliário tem vindo a sofrer com a deterioração do poder de compra dos consumidores. Segundo a análise da Cushman “a taxa de crescimento de conjuntos comerciais registou em 2010 o seu valor mais baixo desde os

anos 90, apenas 2,5% e no final deste ano, este indicador deverá situar-se abaixo dos 3%, à semelhança dos anos 2012 e 2014, para os quais esse espera um crescimento muito moderado da oferta. Marta Esteves Costa refere que “não há fuga de retalhistas de Portugal, mas há sim uma retracção na expansão, registando-se ainda a renegociação das rendas e a procura de uma maior proximidade com o cliente”. No primeiro semestre abriram dois centros comerciais em Portugal. A grande Lisboa recebeu o Fórum Sintra da MultiDevelopment com 27.100 m2 de nova ABL e resultante da expansão do antigo Feira Nova. Em Portimão, no Algarve abriu o segundo centro comercial da Bouygues Imobiliária em Portugal, o Aqua Portimão com 35.500 m2 de ABL. Até ao final deste ano são esperadas as inaugurações de dois “retail parks”: o Multiusos Oriente, na Grande Lisboa, e o Évora Retail Park. Até 2013, estão anunciados 12 novos conjuntos comerciais em Portugal, com uma ABL que ronda os 230 mil m2. A região norte domina as intenções de investimento, seguido do Algarve. O comércio de rua merece destaque pela positiva, apesar da apatia do mercado. Regista-se um crescimento na procura e neste momento as ren-

cadas em Lisboa, esse mesmo diferencial resultasse num acréscimo de potenciais investidores interessados no nosso pequeno Mercado. A minha perspectiva era precisamente a contrária, alicerçando a minha opinião na presente conjuntura económica. À primeira vista pareceria que, dado o exacto diagnóstico que o meu colega fazia baseado na evolução divergente dos “yields”, conjuntamente com as boas oportunidades de investimento que vão aparecendo no mercado, esse acréscimo de interesse por parte de investidores estrangeiros seria lógico. No entanto, a minha opinião é a de que tal não vai acontecer. Antes pelo contrário, corremos um sério risco de assistirmos a um total desinteresse de investidores estrangeiros em Portugal, ao ponto de assistirmos a generalizadas tentativas de venda de activos detidos por essas entidades para diminuição da sua exposição ao mercado nacional. Também me parece óbvio que essas tentativas serão sempre limitadas pelo processo de “desalavancagem” em curso na economia nacional.

Conclusões mais distintas para um mesmo cenário não poderia haver! Toda a minha argumentação gira em torno de um “chavão” que está arredado do nosso vocabulário desde 1998. Refirome muito concretamente ao risco cambial, passando a concretizar o raciocínio: Começa a ser uma ideia mais ou menos aceite, que o “G” dos “PIGS” corre um sério risco de entrar em “default” e ser obrigado a deixar a Zona Euro. Esta hipótese, que era académica há apenas uns meses, começa agora a ser muito plausível, mas não deixará de ter graves repercussões em toda a estrutura da moeda única. Uma das primeiras repercussões será o reaparecimento da noção de “risco cambial” mesmo para ex-países da Zona Euro, visto que ninguém ignora que após a decisão de saída da Grécia se sucederá uma desvalorização maciça da nova moeda grega, face ao euro. Mas e depois disso? Depois disso estará aberta a Caixa de Pandora. Entre muitas outras, a meu ver, todos os intervenientes nos mercados farão uma análise sobre qual poderá ser o próximo a país a deixar o euro e obviamente Portugal estará na

RETALHO

das “prime” de retalho já são mais caras (80 euros/m2/mês) no Chiado, do que em centros comerciais (75 euros). No Chiado, insígnias como a Blanco, a Nike ou a H3 abriram lojas e Marta Esteves Costa destacou mais uma vez o surgimento de novos clusters no Príncipe Real e em Campo de Ourique.

ESCRITÓRIOS No que diz respeito aos escritórios, a evolução da procura de Janeiro a Junho é um reflexo da situação económica do país, tendo atingido o valor mais baixo desde que há registos (31 mil m2). Marta Esteves Costa assinala que “na maioria dos casos, estes movimentos foram motivados por estratégias de redução de custos, tirando partido da actual situação de mercado em que se verificam importantes correcções nos valores de renda, muito frequentemente acompanhados por uma redução efectiva da área anteriormente ocupada”. A área transaccionada média foi 268 m2 e registaram-se apenas três negócios acima dos 1000 m2. Em Junho de 2011 foi também atingido o máximo histórico para os volumes e taxa de desocupação no mercado de Lisboa. Havia mais de 500 mil m2 disponíveis, o que representa uma taxa de desocupação de 11,4%. A responsálinha da frente, conjuntamente com a Irlanda, nessa análise. Perante um risco cambial desta magnitude, estarão investidores estrangeiros disponíveis para investir em Portugal? Perante um “default” da Grécia, não será preferível vender imediatamente quaisquer activos em Portugal e sair do mercado mesmo que a perder pouco, do que ver o valor do imóvel ser positivamente derretido por uma desvalorização massiva da moeda, em caso de saída do euro por parte de Portugal? A taxa de câmbio que serviu de base à adesão de Portugal à moeda única foi de 1,00 euro = 200,482 escudos, já na altura várias vozes se levantavam referindo que a taxa de câmbio estava sobrevalorizada. Perante uma saída de Portugal da Zona Euro, torna-se evidente que imediatamente ocorrerá uma desvalorização da moeda, que poderá ser ainda mais agravada pela adopção de políticas de “crawling peg” (desvalorização deslizante da Taxa de câmbio) para incentivo às exportações nacionais. Este, a meu ver, é um dos principais elementos para a corrente aversão ao

No actual momento de crise que o país atravessa o segmento do imobiliário industrial foi naturalmente afectado, fruto da sua dependência da actividade logística que, por sua vez, é prejudicada pelos baixos níveis de consumo. O mercado mantém-se cauteloso e os ocupantes efectuam análises de custos cada vez mais criteriosas e procuram uma maior optimização das instalações e estão a renegociar as condições de ocupação. O efeito da crise já se sente na indústria desde 2007. Os níveis de procura foram anormalmente baixos, tendo sido a zona de Montijo e Alcochete o palco para a maior operação de relevo conhecida na área logística (Farmavenix ocupou 5300 m2 no Logispark Montijo). No que diz respeito à oferta, mantém-se em fase de comercialização e arranque as plataformas logísticas Abertis Logisticpark Lisboa, na Castanheira do Ribatejo, e a Logz Atlantic Hub no Poceirão.

INVESTIMENTO Também o mercado de investimento imobiliário continuou, no primeiro semestre, a reflectir os efeitos da crise económica do país. De Janeiro a Junho, foram registados negócios de investimento que totalizaram 185 milhões de euros, o que representa uma quebra de cerca de 30% face a igual período do ano passado. O volume de activos de investimento transaccionado em 2011 foi um dos mais baixos da última década, ultrapassando apenas os anos d 2000, 2002 e 2005. investimento em Portugal e, a concretizar-se efectivamente a saída da Grécia do euro, esta tendência agravarse-á muito e não se registarão quaisquer melhorias pelo menos até meados de 2013, altura em que é suposto o plano de resgate à República Portuguesa estar concluído com sucesso e Portugal poder financiar-se em condições normais nos mercados internacionais. Perante os riscos envolvidos não creio que se verifiquem quaisquer melhorias, a curto e médio prazo no actual panorama de investimento imobiliário no mercado de Lisboa, que estará muito dependente de operações realizadas por operadores domésticos. Sinceramente, espero que este cenário (muito) negro não se verifique e que no final a moeda única continue a ser uma realidade para todos os actuais países da Zona Euro. Todos, a Grécia, Portugal e muito especialmente a Alemanha têm a ganhar em não deixar o euro cair. Os governantes só precisam é de explicar porquê aos seus eleitores.

*paulo.henriques@bprime.pt


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CB RICHARD ELLIS COLOCA NDRIVE NO CENTRO EMPRESARIAL LIONESA

BREVES Aldo abre mais duas lojas

A CB Richard Ellis colocou a NDrive no Centro Empresarial da Lionesa. A empresa ocupa agora 650 m2 num espaço localizado perto da Maia e do Porto A CB RICHARD Ellis foi a consultora responsável pela colocação da NDrive Navigation Systems, no Centro Empresarial da Lionesa, em Leça do Balio. A empresa portuguesa de sistemas de navegação ocupa um espaço de 650 m2 e junta-se a outras marcas que já estavam localizadas neste espaço, como a Gant, Decénio, Throttleman, River Woods, Red Oak Wells, e empresas como a Hilti, Clariant, entre outras. Graça Ribeiro da Cunha, consultora de Agência de Escritórios e Retail da CB Richard Ellis, acredita que “no Centro Empresarial Lionesa, a Ndrive encontrou um espaço com fáceis acessos, que lhes proporciona o máximo conforto, segurança e serviços. Como empresa em fase de grande expansão, os escritórios à medida das suas actuais necessidades contam já com potencial para ampliação. Ao mesmo tempo que usufrui de todas as valências de um parque empresarial, a NDrive beneficia também dos espaços verdes e do sossego de quem trabalha longe da azáfama da cidade.” Pedro Pinto, responsável pelo Centro Empresarial Lionesa, refere que “o nosso core business é disponibilizar e gerir espaços organizados em condomínio fechado, para implantação de empresas de diferentes sec-

III

A Cushman & Wakefield (C&W) anunciou a abertura de duas novas lojas Aldo em Portugal – uma no Braga Parque e outra no factory outlet Strada, em Odivelas. As lojas, com abertura prevista para o início de Outono terão áreas de aproximadamente 120 m2. A C&W iniciou a sua colaboração com a Aldo, em Portugal, em Agosto de 2003. Após a elaboração de um estudo de mercado, as primeiras três lojas da Aldo abriram no Almada Fórum, CascaiShopping e Madeira Shopping em 2005, seguiramse, entre outras, aberturas no Centro Colombo e Norteshopping. Ao longo destes anos, a consultora tem sido responsável pela expansão da marca de calçado no nosso país, que conta já com 26 lojas em território nacional. A Aldo é uma cadeia internacional de calçado de origem canadiana e tem mais de 1000 lojas na América do Norte, Europa e Médio Oriente. A Aldo iniciou a sua expansão europeia no Reino Unido em 2002, tendo sido Portugal o segundo país europeu onde a Aldo esteve presente.

Efapel cresce com exportações

tores de actividade”. Para Carlos Coutinho, COO da NDrive, “a mudança de instalações era um dos objectivos da NDrive para o corrente ano e temos a certeza que fizemos a escolha correcta. Encontrámos no Centro Empresarial da Lionesa o espaço ajustado às nossas necessi-

dades actuais e futuras e, mais importante, uma equipa que desde o primeiro momento nos ajudou e criou todas as condições para o sucesso deste processo”. Perto do Mosteiro de Leça do Balio, o Centro Empresarial Lionesa é um parque empresarial multiuso, totalmente

destinado ao arrendamento de esritórios, lojas e armazéns. Entre inúmeras vantagens, destaca-se a vigilância 24 horas por dia, parque gratuito, caixas de correio ou “shuttle” de ligação ao Metro Forum Maia, cafetaria, restaurante, ginásio e equipamentos de lazer.

A Efapel, fabricante de aparelhagens eléctrica de baixa tensão sedeado em Coimbra, encerrou o primeiro semestre de 2011 com uma facturação de 14,3 milhões de euros, um crescimento de 9,3% face a igual período do ano anterior. O bom resultado deve-se em parte às vendas no mercado externo, que representam cerca de 30% do volume total da facturação da empresa. Durante o semestre, a empresa entrou em mercados como os EUA e os Emirados Árabes Unidos. Cresceu 28% no mercado espanhol, uma das apostas estratégicas da empresa. A Efapel exporta para mais de 40 países. PUB


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BREVES Chamartín reforça certificação A Chamartín Imobiliária viu a certificação do Sistema de Gestão Integrado reforçada com a distinção “zero não conformidades” pelo organismo internacional Bureau Veritas Certification. A empresa vê assim reconhecido, internacionalmente, o seu trabalho em prol da qualidade, ambiente, segurança e saúde no trabalho nos Centros Comerciais em que opera, avança em comunicado. A distinção reconhece a qualidade e a eficiência do Sistema de Gestão implementado, com especial destaque na área de Retail (Centros Comerciais Dolce Vita), área de Corporate Solutions (Escritórios e Armazéns) e KidZania. O Bureau Veritas Certification recomendou a Recertificação ISO 9001 (Qualidade), Recertificação OHSAS 18001 (Segurança e Saúde no Trabalho) e a manutenção da Certificação ISO 14001 (Ambiente).

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CB RICHARD ELLIS COLOCA PORTUGAL ENTRE OS 35 PAÍSES MAIS PROCURADOS PELAS MAIORES EMPRESAS

Ramos Catarino com prémio A Ramos Catarino vai realizar, até 29 de Setembro, sessões de apresentação da edição 2011-2012, do “Prémio Ramos Catarino Inovação”, que tem como tema a “Independência Energética em Edifícios”. As sessões começaram dia 20 em Lisboa e prosseguem amanhã na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Os prémios serão apresentados nos dias 28 e 29, respectivamente, nas Universidades de Aveiro e de Coimbra. Esta iniciativa tem como objectivo contribuir para o fomento do empreendedorismo na Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI) em Portugal, este prémio distingue propostas de criação de valor baseadas em resultados de IDI, com aplicação no sector da Engenharia e Construção. As candidaturas ao decorrem até ao dia 31 de Outubro.

Hörmann protege garagens A Hörmann introduziu no mercado portas de garagem que se integram no próprio lintel (parte superior) tornando imperceptível os seus limites. Segundo a empresa é uma “revolução no design das portas de garagem” e, para além de um efeito estético mais apelativo, estas portas possuem um maior isolamento térmico e robustez. O novo sistema de lintel fixo está disponível em Portugal, em modelos de porta seccional de garagem LPU, em canelado S, M e L.

CPLP com nova Sede A assinatura pública do protocolo de cedência e aceitação do Palácio do Conde de Penafiel para a instalação da Sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) celebrou-se no dia 16 de Setembro. O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Portas, o ministro das Relações Exteriores de Angola, Georges Chikoti, e o director-geral da CPLP, Hélder Vaz, em representação do Secretário Executivo, estiveram presentes no acto que decorreu no Palácio do Conde de Penafiel. PUB

Hong Kong lidera a tabela das cidades mais procuradas pelas empresas internacionais

P

ortugal está entre os 35 países mais procurados pelas maiores empresas mundiais para instalar os seus escritórios, revela um estudo da CB Richard Ellis. Segundo o Business Footprints, o primeiro do género a analisar as localizações dos escritórios de 280 das maiores empresas do mundo em 232 cidades e 101 países, conclui que a nível mundial Hong Kong é a cidade mais popular para negócios internacionais, concentrando 68,2% das empresas internacionais em análise. Portugal acolhe 130 das maiores empresas internacionais (46,4% do total) e Lisboa foi a cidade escolhida por 83 dessas companhias (29,6%).

André Almada, director sénior da Agência da CB Richard Ellis comenta que “as regras do mercado imobiliário estão em reajuste face às condições económicas em que vivemos, o que nos leva à necessidade de uma constante actualização para nos mantermos na vanguarda das soluções imobiliárias. Portugal continua a apresentar boas soluções para as empresas internacionais”. O responsável acrescenta que “estudos como o Business Fooprints são uma ferramenta essencial para uma análise mais exacta dos mercados, proporcionando “bases” de avaliação que nos auxiliam no acompanhamento das mudanças durante os próximos anos”.

RANKING DOS PRINCIPAIS MERCADOS MUNDIAIS DE NEGÓCIO - PAÍSES Ranking 1 2 3 4 5 6 6 8 9 9 (…) 32

País EUA Reino Unido França China Alemanha Itália Japão Espanha Austrália Hong Kong

n.º de empresas 251 247 229 227 219 194 194 193 191 191

% de empresas 89,6% 88,2% 81,8% 81,1% 78,2% 69,3% 69,3% 68,9% 68,2% 68,2%

Portugal

130

46,4% Fonte: CB Richard Ellis

As economias asiáticas são aquelas que se encontram em franca expansão e onde se posicionam as cidades mais procuradas pelas empresas, reflectindo desta forma uma mudança no poder económico. O impacto combinado do rápido crescimentos nos principais mercados da China Continental, com fácil acesso a outras importantes economias asiáticas, e da liderança mundial da Ásia na recuperação da recessão global permitiram que Hong Kong servisse de porta de passagem entre o Oriente e o Ocidente com acesso a mão-de-obra qualificada, diversificada e, frequentemente de baixo custo para os negócios interna-

cionais. Hong Kong tem o terceiro mais baixo regime fiscal do mundo, um imposto máximo sobre o rendimento das empresas de 16,5%, um imposto máximo sobre o rendimento das pessoas singulares de 15% e ausência de impostos sobre as vendas ou IVA, o que constitui um cenário atractivo para mão-de-obra e empresas internacionais, avança a CB Richard Ellis. Londres é a única cidade do mundo ocidental a integrar as cinco primeiras posições das cidades mais populares do mundo, juntamente com as potências orientais em rápida expansão.

RANKING DOS PRINCIPAIS MERCADOS MUNDIAIS DE NEGÓCIO - CIDADES Ranking 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 (…) 49

Cidade Hong Kong Singapura Tóquio Londres Xangaii Moscovo Pequim Madrid Dubai Paris

Empresas 191 189 179 177 172 170 169 167 157 156

% de empresas 68,2% 67,5% 63,9% 63,2% 61,4% 60,7% 60,4% 59,6% 56,1% 55,7%

Lisboa

83

29,6% Fonte: CB Richard Ellis


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AVILA BUSINESS CENTERS CRESCE 16,5% NO SEMESTRE O volume de negócios registado pela empresa de arrendamento de escritórios fixos e virtuais contraria a situação económica global, prevendo crescer 20% este ano O VOLUME de negócios do Avila Business Centers cresceu 16,5%, em termos anualizados, para quase 198 mil euros, no primeiro semestre de 2011. Carlos Gonçalves, CEO da empresa, disse ao OJE que em 2010, o volume de negócios se aproximou dos 450 mil euros e que para a totalidade de 2011, em termos anualizados o crescimento deverá atingir os 20%. Para este crescimento têm contribuído factores como a ocupação de escritórios físicos a 100% nos dois centros de escritórios da empresa

(Avenida da República e Avenida João Crisóstomo). Segundo a empresa de arrendamento de espaços de trabalho físicos chave-na-mão para empresas e de escritórios virtuais, a

“aposta na abertura do Centro de Negócios na Avenida da República revelou-se acertada, contribuindo para um aumento da procura dos escritórios físicos e virtuais, devido à centralidade e prestígio das moradas disponibilizadas pelo Avila Business Centers”. Segundo Carlos Gonçalves, CEO, o investimento na tecnologia, nomeadamente na aplicação mobile myOffice, é um dos exemplos desta personalização de serviços oferecida aos clientes do Avila Business Centers. A aplicação, que neste momento está

disponível para iOS e Android, resultou num aumento da procura por parte de profissionais e empresas que adoptaram o modelo de escritório virtual: “Conseguimos ganhar mais notoriedade com a promoção no mercado desta app”, conclui Carlos Gonçalves. O conceito “Escritórios Virtuais” solidificou-se na primeira metade deste ano e que está agora em franco crescimento no Avila Business Centers, diz a nota. O reforço da comunicação aumentou também a visibilidade da empresa e dos produtos.

Carlos Gonçalves, CEO do Ávila Business Centers PUB

REGRESSADOS DE FÉRIAS REFLECTIR SÉRGIO CORDES ANICETO Consultor*

Regressados de férias, só temos boas notícias para nos alegrar e incentivar nestes tempos manifestamente mais difíceis, ainda que quase exclusivamente para as classes médias. Lembro o agravamento generalizado e exagerado dos impostos, taxas e sobretaxas, dos preços de bens e serviços básicos e outros aumentos vários, a redução de comparticipações e apoios, bem como o visível e acentuado desinteresse pelo bem comum. É ainda, e sempre, bom saber que as melhores e mais sérias previsões apontam para uma mais acentuada recessão, sobretudo devido à situação das contas públicas e do decréscimo sucessivo do aforro. Estamos pois no bom caminho e, como resultado, esperaremos assim, por essa via e sem que haja sequer um cabaz básico compensatório, mais greves, mais falências, mais desemprego, mais insolvências e mais informalidade. Não despiciendo, a manifesta insensibilidade social também está patente no processo pouco eficaz de redução da TSU, ou no novo fundo de compensação do trabalho. Mas nem tudo são más notícias e como as exportações estão efectivamente a crescer, tanto por via rodoviária como por via marítima, até “parece estarmos no bom caminho”, sobretudo num país com insuficiente regulação e reduzida fiscalização. Contudo, a capacidade instalada tem limites e os manifestamente reduzidos e insuficientes incentivos à economia produtiva, bem como à diversificação com vista a incentivar a inovação e desenvolvimento que promovam o aumento da produtividade, não só não surtem o desejado efeito imediato como o terão muito dilatado no tempo. Tempo, agora, parece ser o que realmente não temos e há que alterar estratégias.

No que à Hotelaria e à Restauração diz respeito e apesar de alguns arautos nos fazerem crer que está em franca recuperação, confirmou-se o pior e na região natural do Algarve registou-se, comprovadamente, uma quebra homóloga tanto na taxa de ocupação, quanto no volume de negócios total e nas receitas. Mesmo na área referência que é Lisboa, apesar do “maior número de transacções nos escritórios, o volume de absorção também caiu”. Mais, o “investimento imobiliário abrandou na Europa no segundo trimestre”, onde a “forte actividade na Europa do norte contrasta com os declínios a sul”, particularmente nos PIIGS. Naturalmente que a crise das dívidas soberanas e do euro contribuem, e Portugal está pouco atractivo a outros investimentos. Estudos confirmam que o “imobiliário europeu prefere mercados “core” contra os periféricos” sendo assim que “o mercado imobiliário europeu está a crescer nos mercados maduros em detrimento dos mercados periféricos”. Contrariando a quebra generalizada no mercado nacional – em que o tempo médio necessário à realização das transacções continua a aumentar, não somente devido à dificuldade de obtenção de crédito hipotecário mas, também, devido às avaliações e fracas vendas –, no Algarve e apesar da “quebra continuada na habitação usada, o segmento da nova registou uma melhoria no segundo trimestre, chegando mesmo a valorizar 1,6%”. Apesar de estarmos muito longe dos melhores lugares do ranking da competitividade, afinal nem tudo são más notícias. Num quadro de sucessivo estrangulamento e encerramento de pequenas e médias empresas promotoras de emprego e, ainda que sem grande capacidade para forçar a alteração do statu quo, da protecção dos monopólios e das muito grandes empresas, não nos resignemos. Vivendo e trabalhando em Portugal – referido internacionalmente como sendo um país com um cinzento e muito incerto futuro – não podemos desistir. Tenho, também, vindo a apontar alguns caminhos possíveis e, insisto aqui, que temos mesmo que trabalhar a reestruturação das empresas.

*scaniceto@gmail.com


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QUANDO AS GARANTIAS DIMINUEM DE VALOR COLUNA LEGAL RITA LUFINHA BORGES Departamento de Direito Imobiliário e Urbanismo*

Num tempo em que se fala de queda do valor do imobiliário, é natural que se coloquem questões sobre o que acontece às garantias associadas, em particular àquelas que foram constituídas sobre os imóveis para garantia dos respectivos empréstimos à habitação e que oneram

B. PRIME COLOCA BOOKING NO PARQUE DAS NAÇÕES

uma parte muito significativa das casas em Portugal. Num cenário de previsível aumento do incumprimento desses empréstimos e bem assim de obrigações de outra natureza, nomeadamente fiscal, a questão passa a interessar não apenas a potenciais afectados e seus credores, mas também a quem procura oportunidades de negócio e ao público em geral. Quantos não tiveram ou têm curiosidade de espreitar os editais que são publicados na imprensa relativamente a penhoras e anúncios de venda de bens penhorados e verificar o valor atribuído aos imóveis? Por outro lado, notícias sobre decisões judiciais desfavoráveis aos bancos em situações de “entrega de casa” para sal-

dar as dívidas, contribuíram para intensificar a discussão à volta deste tema colocando ainda em evidência – mais uma vez – a questão da avaliação e do valor dos imóveis. Importa, porém, fazer uma distinção essencial: uma coisa será o valor da dívida (do empréstimo contraído); outra, o valor do imóvel sobre o qual foi constituída uma garantia ou que é dado em garantia. Aquele primeiro não depende nem é necessariamente afectado pelo segundo. Aliás, o valor em dívida tem tendência a aumentar (com o vencimento dos juros, remuneratórios ou de mora) e em regra só diminui quando há pagamentos. Já o valor do imóvel depende de vários factores e pode diminuir em função de condições de mercado, reflectidas em

novas avaliações. Quando a garantia diminui de valor, o credor pode exigir ao devedor que a substitua ou reforce. Mas, quando a própria execução da garantia não é suficiente para obter o integral pagamento, o remanescente permanecerá em dívida e o credor irá legitimamente procurar outras vias para obter pagamento. De notar que a lei portuguesa não permite a solução “à filme” do credor simplesmente fazer sua e tomar a casa hipotecada (assumindo o risco implícito da sua desvalorização). As situações de “entrega da casa” têm outro contexto e dependem de acordo entre as partes envolvidas, podendo ocorrer duas situações distintas: a dação em cumprimento, que tem como efeito extinguir a obrigação do devedor não lhe

podendo ser exigido qualquer montante adicional nesse âmbito, e a dação em função do cumprimento, que visa a entrega do imóvel para facilitar a cobrança da dívida e o pagamento ao credor (em alternativa, por exemplo, à execução de hipoteca) mas não extingue a obrigação que se mantém até integral pagamento. Em ambos os casos terá de ser atribuído um valor ao imóvel, o qual na dação em cumprimento será pelo menos igual ao valor em dívida mas que, na dação em função do cumprimento, pode resultar numa diminuição do valor do imóvel. E nesse caso haverá também, que pagar o remanescente da dívida. *Miranda Correia Amendoeira & Associados

VECTOR MAIS RESPONSÁVEL PELAS NOVAS INSTALAÇÕES DA CAPITAL CRIATIVO Pedro Figueiredo, executive partner da Capital Criativo, explica a importância de se terem instalado na Rua Alexandre Herculano, 23, em Lisboa, e qual o papel da Vector Mais na execução desta obra Mais, nomeadamente através das soluções de mobiliário encontradas.

A B. PRIME foi a consultora escolhida para prestar assessoria à Booking, multinacional holandesa, que inaugurou o seu primeiro escritório, em Lisboa, no Edifício D. João II no Parque das Nações. A estratégia da Booking passa por expandir a sua presença em território nacional, na sequência da sua estratégia de consolidação e crescimento no mercado português. A B. Prime procedeu a um levantamento e análise de imóveis que cumprissem elevados requisitos tecnológicos, para escolha da Booking que seleccionou a zona cinco da cidade de Lisboa. Após apreciação de várias opções foi escolhido o edifício D. João II, propriedade da Finipredial. Fundada em 1996 a Booking.com, que opera sob a marca Booking.com, faz parte do grupo Priceline.com. Dedica-se a reservas de hotéis online e o website está disponível em 43 idiomas, incluindo uma oferta de mais de 135 mil hotéis, em 101 países. O serviço de apoio ao cliente está disponível 24 horas por dia, sete dias por semana.

Qual a importância das novas instalações para a Capital Criativo? Para a Capital Criativo (Sociedade gestora de Fundos de Capital de Risco) as instalações assumem um papel fundamental, desde logo enquanto extensão natural da imagem e posicionamento da sociedade, mas em especial em termos da satisfação e bemestar dos colaboradores e de todos os “stakeholders”. Na sua opinião, e em termos de projecto das novas instalações, como classifica a comunicação entre o cliente e a Vector Mais, como executante de um projecto bastante ambicioso? O projecto de arquitectura da responsabilidade da arquitecta Mafalda Batalha era muito ambicioso e continha vários desafios, desde logo, transformar um espaço pequeno e sem alma, num espaço moderno, sofisticado e funcional. Foi com esse espírito que a Vector Mais assumiu a execução da obra, contribuindo com o seu know-how e capacidade técnica para a concretização do projecto idealizado, procurando em cada momento a busca das melhores soluções para que o resultado final fosse o desejado. Neste sentido, consideramos que a comunicação estabelecida com a Vector Mais foi excelente e determinante para o sucesso alcançado.

CONTACTOS

Entendendo que foi uma obra muito bem conseguida, em termos de funcionalidade e sofisticação, qual será o ponto de considera mais importante destacar para a obtenção deste resultado? Estamos muito satisfeitos com o resultado final obtido, em especial com o facto de o escritório transmitir uma sensação de modernidade, funcionalidade e conforto. Também a este nível destacamos o contributo da Vector

GRUPO VECTOR MAIS LISBOA – VECTOR MAIS, S.A. Torre Monsanto R. Afonso Praça, 30-12º Miraflores 1495-061 Algés Portugal T. +351 21 412 90 00 F. +351 21 412 90 09 info@vectormais.com www.vectormais.com LUANDA - MAKING PLACE¸LDA Rua Rainha Ginga, 177 - 2º andar – AP.B Bairro Ingombota | Luanda ANGOLA T. +244 222 395 016 massuncao@making-place.com www.making-place.com

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VII

COLOCAÇÃO DE ESCRITÓRIOS EM LISBOA CAI 50% EM AGOSTO A actividade de colocação de escritórios em Lisboa está a reflectir a crise. Em Agosto assinalou-se um novo ponto negativo, com uma queda de 50% em termos homólogos, de acordo com o estudo da Aguirre Newman Portugal

A

actividade de colocação de escritórios em Lisboa no mês de Agosto de 2011 foi de 2714 m2, tendo sido inferior em 50% à registada em igual período de 2010 (5394 m2). Em termos acumulados, a área de escritórios contratada no período de Janeiro a Agosto de 2011 (37.151 m2) foi inferior em 45% à registada em igual período do ano transacto (67.206 m2). O total das operações no período de Janeiro a Agosto de 2011 foi de 133, as mesmas transacções de arrendamento que em igual período do ano anterior. O maior número de operações verificou-se no Corredor Oeste (Zona 6), com 46 registos. No extremo oposto, encontram-se as Zonas Emergente (Zona 3), Secundária (Zona 4) e sete com cinco a seis registos. Numa análise geográfica do número de transacções registadas no período de Janeiro a Agosto de 2011 quando comparado com igual período de 2010, destacam-se, pelo crescimento face ao ano anterior, a Prime CBD (Zona 1), o Parque das Nações (Zona 5) e o Corredor Oeste (Zona 6). Analisando a distribuição geográfica dos m2 colocados, todas as zonas registaram uma área contratada no período de Janeiro a Agosto de 2011,

inferior à de igual período do ano anterior.

“TAKE UP” MÉDIO POR TRANSACÇÃO A superfície média contratada por transacção, no período de Janeiro a Agosto, diminuiu cerca de 45% (de 505 m2 para 279 m2) de 2010 para 2011. Sendo o número de transacções acumuladas nos dois períodos em análise idênticos, esta variação é em parte explicada pela operação que correspondeu ao arrendamento de 14.704 m2 (CTT) em 2010. Adicionalmente, as transacções registadas no ano em curso têm envolvido áreas menores, quando comparadas com o ano transacto.

Em todas as zonas, a superfície média contratada por transacção, no período de Janeiro a Agosto de 2011, foi inferior à de igual período do ano transacto. Do total da área contratada no período de Janeiro a Agosto de 2011, 21% são em edifícios novos e 79% em edifícios usados, denotando uma preferência por superfícies usadas. Relativamente à absorção por intervalo de área contratada, apenas 9 transacções (cerca de 7% do total) registaram uma superfície superior a 800 m2 e 101 das transacções (cerca de 76% do total) registaram uma superfície inferior a 300 m2. No mês de Agosto de 2011, o sector

“Outros Serviços” destacou-se, tendo sido responsável por cerca de 68% da

área contratada (1844 m2 num total de 2714 m2).

Á r ea C ontr atada por Mês (m 2) - Janeir o a A gosto 2010/2011 40.000 35.000 30.000 24.317

25.000 20.000 (m2)

12.924

15.000 10.000 5.000

6.633

6.450 4.746 5.348 3.780

5.394 6.150 6.152 3.636 2.714

5.227

4.064 2.875

3.948

0 Janeiro

Fevereiro

Março

Abril

Maio

Junho

Julho

Agosto

Fonte: Aguirre Newman/ LPI Take U p médio por Tr ansacção - A cum. A gosto 2010/2011

Á r ea C ontr atada por S ector A ctividade (m 2)

4.500

2.000

4.000

1.800

3.500

1.491

1.400

3.000

1.203 1.200

2.441 2.500

(m 2)1.000

2.000

862

725

800

1.500

600

1.000

400

500

1.844

1.600

380

386 237

294 220

438

243 230

212

471

324

415

200

140 0

0 Zona1

Zona 2

Zona 3

Acum. Agosto 2010

Zona 4

Zona 5

Zona 6

Zona 7

Acum. Agosto 2011

537 315

321 258

166 0

0 O utros Serviços TMT's & U tilities

Serviços Empresas

0

0

Farmacêuticas e Consultores e Estado, Europa e Saúde Advogados Associações

Agosto 2010

Fonte: Aguirre Newman/ LPI

292 95

0

0

Produtos de Consumo

Serviços Financeiros

Construção & Imobiliário

Agosto 2011

Fonte: Aguirre Newman/ LPI PUB

ESCRITÓRIOS Absorção primeiro semestre

mais competitivos. Numa análise da absorção por sector de actividade, verifica-se que o Sector Financeiro, foi responsável por 19% da área ocupada. Destaque também para o sector das Novas Tecnologias, com uma ocupação de 3.750 m2, sendo que mais de 40% desta área foi colocada no Corredor Oeste. O sector Serviços Empresas registou 3360 m2 de área colocada, tendo o Corredor Oeste também como localização preferencial, com 72% da colocação nesta zona. No segundo semestre de 2011, não se antevê nenhuma transacção de relevo que impulsione fortemente a absorção bruta de escritórios. Neste sentido, é expectável que em 2011 a absorção anual registe o volume mais baixo dos últimos anos. De facto, a situação económico-financeira actual influi nos planos de expansão das empresas, pois preferem adoptar uma postura de controlo de custos e racionalização dos espaços ocupados.

No primeiro semestre de 2011, a absorção bruta no mercado de escritórios rondou os 30.800 m2, o que representa um decréscimo de 45% face ao período homólogo de 2010 e de 38% face ao semestre anterior. No entanto, apesar do número de transacções ser até superior (115 em 2011 e 107 em 2010), não há evidência de grandes áreas ocupadas. A ocupação registada neste primeiro semestre do ano evidencia a pior performance dos últimos anos, ficando muito abaixo dos 82.000 m2 de média semestral verificados nos últimos cinco anos. Esta contracção espelha a crise económica que Portugal está a passar, a qual tem condicionado as decisões estratégicas das empresas em termos imobiliários. Através da análise dos valores de absorção registados nas diversas zonas do mercado de escritórios de EVOLUÇÃO ANUAL DA ABSORÇÃO BRUTA Lisboa durante o último semestre, Absorção Média Trimestral 82.000 m2 verifica-se que o Corredor Oeste e o CBD 1 e 2 foram as zonas mais procuradas No Corredor Oeste foram colocados 12.350 m2 (40% da absorção total) distribuídos por mais de 20 transacções de arrendamento. No CBD1 e no CBD2 foram arrendados no conjunto cerca de 11.700 m2. À semelhança dos anos anteriores as zonas mais procuradas continuam a ser as zonas do CBD, dado o prestígio e a centralidade das mesmas e a zona fora da cidade, devido aos preços Fonte: CB Richard Ellis / LPI


VIII

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CONJUNTURA ECONÓMICA PROVOCA ABRANDAMENTO DA ACTIVIDADE DO SECTOR DOS ESCRITÓRIOS A conjuntura económico-financeira, com restrições e abrandamento de actividade, está a afectar a performance do sector de escritórios em Lisboa. A Worx registou o menor nível de “take-up” dos últimos anos

A

performance do sector de escritórios em Lisboa durante o primeiro semestre de 2011 foi fortemente marcada pela conjuntura económico-financeira com restrições e abrandamento da actividade. Durante este período, verificou-se o menor nível de take-up dos últimos anos, não se prevendo a inversão desta tendência no curto prazo, e confirmou-se a manutenção da tendência de subida da taxa de desocupação sobretudo nas zonas com maior desequilíbrio entre a oferta e a procura. Refira-se ainda que a renda prime situa-se actualmente nos 19,00 euros/m2/mês. As tendências apresentadas pela Worx apontam para uma manutenção do nível reduzido de actividade do mercado de escritórios em Lisboa com poucas operações e as existentes de pequena e média dimensão. A Worx destaca ainda a continuação do desequilíbrio entre oferta e procura prevendo-se que a taxa de desocupação permaneça elevada embora a redução do pipeline tenha um efeito estabilizador na mesma. A renda pri-

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me deverá ser ajustada e serão renegociados em baixa os contratos préexistentes.

OFERTA No que diz respeito à oferta, no primeiro semestre de 2011, o stock de escritórios de Lisboa rondou os 4,48 milhões de m2, verificando-se, desta forma, um crescimento residual desde o final do ano passado (0,87%), enquanto a nova oferta ascendeu a 38.309 m2. Em relação à taxa de desocupação, continua a tendência ascendente verificada desde 2008, atingindo no final do primeiro semestre de 2011

12,17%, num total de mais de 500 mil m2 de área disponível. Relativamente à oferta futura (2011-2012) de Lisboa, encontra-se estimada em cerca de 48 mil m2, um dos valores mais baixos dos últimos anos, sendo a Zona 2 responsável por praticamente metade da oferta futura, o que se deve maioritariamente ao desenvolvimento de um novo projecto.

PROCURA No primeiro semestre o take-up foi de cerca de 30.300 m2. O volume absorvido no segundo trimestre (16.225 m2) foi ligeiramente superior ao do primeiro trimestre (14.100

m2), mas mesmo assim, foram valores muito aquém dos registados em anos anteriores. 2011 será um ano com um take-up abaixo dos 100 mil m2. Durante o período em análise, o maior negócio foi de apenas 3 300 m2 na Zona 6 a que se seguem mais quatro transacções com áreas aproximadamente de 1000 m2, sendo que a maior apetência por áreas de pequenas dimensões é uma característica que tem vindo a ganhar força nos últimos anos.

VALORES DE MERCADO Tem-se assistido à pressão descendente das rendas atingindo a renda prime no primeiro semestre de 2011, o valor de 19,00 euros/m2/mês, um dos valores mais baixos dos últimos 10 anos. Já as rendas médias por zona reflectem igualmente a situação do mercado pelo que se observa uma tendência de ajustamento em baixa desde 2009 e com os valores do primeiro semestre de 2011 a comprovar a performance negativa do mercado.

BREVES Yunit Renováveis diagnostica A Yunit Renováveis, empresa do grupo Yunit Serviços SA, que resulta da fusão da SGPICE com a PT Prime Tradecom, lançou um serviço de Diagnóstico Energético chave-na-mão para empresas e particulares. Este serviço visa a eliminação de desperdícios energéticos e a poupança na factura energética, reduzindo o impacto do aumento do IVA da electricidade e do gás natural para 23% (já a partir de Outubro), tornando-se assim um investimento sustentável. O serviço compreende todas as fases processuais: avaliação de consumos, apresentação de relatório de patologias, implementação de medidas de melhoria, monitorização de obra e, se desejável, certificação energética, financiamento e apoio à candidatura a fundos comunitários.

André Jordan fellow do RICS André Jordan foi eleito membro eminente do Royal Institution of Chartered Surveyors (RICS), associação de origem britânica que representa 140 mil profissionais do sector imobiliário em 120 países. A direcção portuguesa do RICS convidou este profissional a tornar-se Fellow (membro sénior) do RICS, em reconhecimento dos seus contributos importantes ao sector imobiliário em Portugal. O RICS tem como missão regulamentar e promover a profissão imobiliária, manter e assegurar níveis educativos e profissionais e proteger os clientes e consumidores através da regulamentação e da observação de um estrito código deontológico.


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NEGÓCIOS

IATA eleva estimativa de lucro em 73% AVIAÇÃO CIVIL A ASSOCIAÇÃO Internacional do Transporte Aéreo (IATA) elevou a sua estimativa para o lucro das companhias aéreas a nível global, este ano, em 73%, justificando a decisão com a procura superior à esperada na Europa e no Médio Oriente. Desta forma, as transportadoras vão somar lucros de 6,9 mil milhões de dólares (5,05 mil milhões de euros) em 2011, com base num volume de vendas de 594 mil milhões de dólares (434,7 mil milhões de euros), traduzindo uma margem de 1,2%. Este valor compara com a projecção de Junho, que apontava para ganhos de 4 mil milhões de dólares (2,9 mil

milhões de euros) e com o lucro de 16 mil milhões de dólares (11,7 mil milhões de euros) apurado no ano passado. Em particular, a IATA, cujos membros são responsáveis por 93% do tráfego mundial de passageiros, melhorou a sua previsão de resultados para as transportadoras europeias em 900 milhões de dólares (658,6 milhões de euros) face a Junho, com a desvalorização do euro a impulsionar o turismo e as exportações na região. No mesmo sentido, a estimativa para o Médio Oriente foi reforçada em 700 milhões de dólares (512,3 milhões de euros), com as viagens a resistirem à instabilidade política, sublinha a associação.

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Lufthansa revê em baixa lucro anual AVIAÇÃO COMERCIAL A ALEMÃ Lufthansa reviu em baixa a previsão de lucro para 2011, declarando que poderá aprofundar os cortes este Inverno. Isto após os resultados do mês passado terem ficado aquém das expectativas e as reservas de voos terem descido. A transportadora afirmou que o lucro operacional vai ficar abaixo dos 876 milhões de euros registados em 2010. A segunda maior companhia aérea da Europa segue assim a

líder de mercado, a Air France-KLM, que também já tinha anunciado um declínio nas receitas anuais. Os números de Agosto, combinados com outros factores, levaram o Conselho de Administração da Lufthansa a rever as estimativas numa reunião ontem, afirmou a porta-voz Claudia Lange à agência Bloomberg. Apesar de as transportadoras do grupo terem aumentado a capacidade em 8,4% no mês passado, o tráfego subiu apenas 5,7%, o que causou uma queda de 2 pontos percentuais

na taxa de ocupação. A empresa germânica já tinha limitado a capacidade de crescimento para o Inverno, de 12 para 6%, ao utilizar aviões de menor dimensão, protelar rotas planeadas e ao encerrar a unidade Lufthansa Italia. A 30 de Agosto, o CEO, Christoph Hanz, disse que a companhia ainda esperava um impulso nos ganhos este ano, com o preço de petróleo a descer e as operações não aéreas a deixarem a Lufthansa melhor posicionada que a concorrência.

SÓFIA: IKEA chega à capital búlgara apesar de controvérsia

Tony Tyler, director-geral e CEO da IATA “Historicamente, quando o crescimento económico desliza abaixo dos 2%, o sector da aviação civil perde dinheiro e estamos pouco acima dessa fasquia. As companhias aéreas fazem um esforço enorme para conseguirem retornos muito pobres.”

General Motors introduz carros eléctricos na China AUTOMÓVEL A GENERAL Motors vai introduzir o automóvel eléctrico na China, numa parceria com a SAIC Motor, avança a agência Bloomberg. As duas fabricantes procuram responder à procura do Governo por veículos de baixas emissões. A GM e a SAIC vão desenhar o modelo do carro eléctrico e desenvolver os componentes com uma empresa parceira na China. Tim Lee, responsável pelas operações internacionais da GM, afirmou que os eléctricos “serão a componente essencial no plano

da empresa dos próximos cinco anos”. A marca norte-americana planeia introduzir 60 novos modelos no mercado chinês até 2016. Também outros fabricantes internacionais demonstraram interesse em investir neste segmento no país. A Daimler e a Nissan Motor anunciaram planos de oferta de automóveis movidos a energias alternativas na China, uma vez que o país recordista mundial em poluição pretende reduzir as emissões. O Governo chinês espera que, em 2015, um milhão de veículos circulem a energia eléctrica.

Nissan ameaça abandonar o Japão devido ao iene AUTOMÓVEL O PRESIDENTE da Nissan advertiu ontem que, caso se mantenha a actual valorização do iene no mercado de divisas, será difícil para a fabricante adjudicar novos produtos para as suas fábricas nipónicas e manter o Japão como principal base tecnológica e produtiva. Carlos Ghosn fez este alerta no quadro da visita do primeiro-ministro japonês, Yosihiko Noda, à fábrica da Nissan em Yokohama. “Não entreguei uma grande lista de proble-

mas ao primeiro-ministro, centreime no principal obstáculo que enfrentamos e que é a taxa de câmbio irrealista do iene”, concretizou o gestor. Neste sentido, o também presidente da Renault espera que Tóquio adopte medidas para limitar o impacto da valorização do iene face ao dólar e ao euro. Segundo Ghosn, os actuais níveis do iene ameaçam a retoma económica do Japão e levaram mesmo algumas fabricantes a deslocarem parte da sua produção para fora do arquipélago.

A PRIMEIRA loja IKEA na Bulgária foi inaugurada em Sófia numa cerimónia oficial, apesar da má publicidade de que foi alvo nas redes sociais. Os cibernautas acusavam a cadeia sueca de ter definido preços demasiado elevados para um país dos Balcãs. O IKEA Bulgária Foto EPA/Vassil Donev é um franchising da companhia Greek Fourlis. PUB

BREVES Samsung pondera acções legais A Samsung Electronics está a equacionar a possibilidade de avançar com acções legais que proíbam as vendas do novo iPhone da Apple, adianta o site El Economista. A fabricante responde assim às acusações da companhia norte-americana de que teria copiado os desenhos dos seus produtos. A empresa sul-coreana e a Apple estão envolvidas em intensas batalhas legais em 9 países.

IBM cede peças de reposição O grupo norte-americano IBM comprometeu-se a ceder peças de reposição e informação técnica a serviços de reparação rivais, durante cinco anos, “em condições razoáveis e não discriminatórias”. O objectivo da oferta da IBM é livrar-se de uma pesada multa da CE, que a acusava de abuso de posição dominante, refere a Europa Press.

Dycasa recebe obra portuária A construtora Dycasa, filial argentina do grupo espanhol ACS Dragados, vai executar uma obra portuária na província de Buenos Aires, por 54,1 milhões de pesos (9,3 milhões de euros). Segundo o site El Economista, a Tecplata adjudicou as obras no terminal de contentores do porto La Plata, estando o projecto concluído em dez meses.

ArcelorMittal pode bater Posco A ArcelorMittal poderá ultrapassar a sul-coreana Posco no título de primeira siderúrgica internacional a construir uma fábrica na Índia. As autoridades de Karnataka já confirmaram a entrega de terras para o projecto de 6,3 mil milhões de dólares (4,6 mil milhões de euros) nos próximos seis meses, noticia a agência Bloomberg.


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Economia com segundo pior desempenho PREVISÕES DO FMI A ECONOMIA portuguesa deverá ter o segundo pior desempenho da Europa neste ano e no próximo, sendo também, a par da Grécia, a única que o FMI espera estar em recessão nestes dois anos. De acordo com o World Economic Outlook, ontem divulgado, a instituição mantém as projecções para a economia portuguesa já estipuladas no memorando de entendimento com a troika, com uma contracção de 2,2% este ano e de 1,8% no próximo. Pior que Portugal só a Grécia, onde o FMI espera que a recessão atinja os 5% do PIB este ano e de 2% no próximo. Na Irlanda, o outro país que se encontra a receber apoio financeiro, o Fundo espera que o PIB cresça já 0,4% este ano e que continue a crescer em 2012, cerca de 1,5%. O FMI espera um abrandamento da economia europeia, em especial dos países que partilham o euro, devido às renovadas tensões na crise da dívida soberana.

BREVES

De acordo com o World Economic Outlook, a Europa deverá crescer apenas 1,5% no próximo ano, quando na anterior edição do documento (Abril) esperava um crescimento a rondar os 2,2%, mantendo no entanto o valor para este ano e baixando a previsão do crescimento da Zona Euro de 1,8% para 1,1%.

NACIONAL E INTERNACIONAL

Banca sem problemas de colaterais MONTEPIO O PRESIDENTE do Montepio, António Tomás Correia, mostrou-se ontem optimista quanto à situação da banca em Portugal e afastou eventuais problemas ao nível dos colaterais (activos que servem como garantia). “Não espero qualquer complicação ao nível do valor dos colaterais e das garantias dos bancos portugueses”, referiu António Tomás Correia à margem de uma conferência sobre os Desafios da Sucessão Empresarial,

organizada pela Associação Empresarial de Portugal (AEP), em Lisboa. Recorde-se que, em Julho último, o governador do Banco de Portugal (BdP) considerou “indispensável” o reforço da base de colateral dos bancos, fragilizada pelos recentes downgrades. Os bancos necessitam destas garantias em empréstimos para se poderem continuar a financiar em diversas operações de mercado e, em especial, no recurso ao financiamento providenciado pelo Banco Central

Privados resgatam certificados de aforro DÍVIDA

O Fundo Monetário Internacional apelou ontem a que haja uma mudança do enfoque das políticas económicas nos países desenvolvidos que passe do estímulo orçamental para a procura privada. Numa mensagem publicada no World Economic Outlook, o economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard, afirmou que é preciso um “reequilíbrio interno” que faça a transição da consolidação fiscal para o consumo privado, uma vez que a contracção deste está a pôr “travões mais fortes do que os esperados na recuperação”.

OS PRIVADOS já retiraram mais de 3 mil milhões de euros aplicados em certificados de aforro desde o início do ano, tendo amortizado mais 327 milhões de euros em Agosto, indicou o IGCP. O valor aplicado em certificados de aforro caiu entre o final de 2010 e o final de Agosto deste ano de 15 471 milhões de euros para 12 466 milhões, aponta o Boletim Mensal do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público. Em Agosto, foram aplicados apenas 30 milhões neste instrumento de poupança do

Estado. Em contraponto continuam os certificados do Tesouro, criados a meio de 2010, que registaram um aumento do valor total aplicado de 582 milhões de euros. Este valor passou assim de 685 milhões de euros no final de Dezembro para 1267 milhões no final de Agosto. Só no mês passado registou-se um aumento do valor aplicado de 70 milhões de euros, contra 45 milhões de euros resgatados. Entre o final de 2010 e Agosto deste ano, já foram resgatados dos cofres do Estado 2423 milhões de euros de poupanças dos privados, passando o valor aplicado a 13 733 milhões.

JAPÃO: Teatro de Marionetas de Bunraku

A Agência Nacional de Compras Públicas (ANCP) celebrou mais dois acordos quadro, para serviços relacionados com viagens, alojamento, transporte aéreo, automóveis e motociclos eléctricos. A meta da ANCP é reduzir a despesa pública em bens e serviços transversais, estimada em mais de mil milhões de euros, tendo anunciado poupanças acumuladas superiores a 168 milhões de euros até 2010.

Lisboa lidera desemprego

Grécia mantém juros A Grécia colocou ontem 1,625 mil milhões de euros em bilhetes de tesouro a três meses, com os juros a manteremse nos 4,56%, anunciou a PDMA, agência de gestão da dívida grega. A taxa de juro de 4,56% traduz uma ligeira subida face aos 4,5% da última operação semelhante, em Agosto.

Confiança quebra na Alemanha A confiança dos investidores alemães quebrou em Setembro, pelo sétimo mês consecutivo, mais um indício de que a recuperação económica do país está a abrandar. O índice do instituto de investigação económica ZEW caiu 5,7 pontos, para 43,3 pontos negativos, o nível mais baixo registado desde Dezembro de 2008.

Europeu (BCE), cujo peso relativo tem vindo a aumentar ao longo do último ano.

RESCISÕES EM CIMA DA MESA O presidente do Montepio, António Tomás Correia, admitiu ontem a possibilidade de rescisão por mútuo acordo dos contratos com os ex-funcionários dos serviços centrais do Finibanco do Porto que não se apresentem em Lisboa, conforme previsto.

Banca europeia pode precisar de recapitalização

ESTIMULAR O CONSUMO

Compras públicas reforçadas

A região de Lisboa e Vale do Tejo registou o maior número de pedidos de subsídio de desemprego aprovados em Agosto, com uma subida de 16% face a Julho, totalizando mais de um terço do total. Segundo a Segurança Social, do total de 14.908 requerimentos de subsídio de desemprego aprovados em Agosto, 5.182 diziam respeito à região de Lisboa e Vale do Tejo, seguindo-se a Região Norte, com 5.041.

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O ARTISTA Kazuo Yoshida apresenta o seu espectáculo de fantoches tradicionais na cidade de Kofu. Kazuo Yoshida integra o Teatro de Marionetas de Bunraku, que tem já uma história de 300 anos no Japão e está registado como Património Cultural Imaterial da Foto EPA/Everett Kennedy Brown UNESCO.

Turismo supera em Julho metas anuais PLANO ESTRATÉGICO O TURISMO de Portugal anunciou que “todas as regiões” e “a generalidade” dos mercados superaram em Julho as metas de crescimento para este ano, previstas no Plano Estratégico Nacional do Turismo, e só as dormidas quase duplicaram. “O bom desempenho da procura turística internacional permitiu, entre Janeiro e Julho, superar e quase

duplicar (mais 186,9%) as metas de crescimento de dormidas estabelecidas para todo o ano 2011 em Portugal, no âmbito do novo modelo de promoção externa regional”, lê-se no comunicado do Turismo de Portugal. Os primeiros sete meses do ano geraram mais 1,48 milhões de dormidas de turistas, de 12 países estrangeiros, em empreendimentos turísticos, superando o objectivo de crescer mais 791 mil dormidas no ano.

TESTES DE STRESS O COMISSÁRIO europeu da concorrência, Joaquín Almunia, admitiu ontem que o aprofundar da crise de dívida da Europa poderá tornar necessário recapitalizar mais bancos para além dos nove que em Julho chumbaram os testes de resistência ao sector. “Os testes de resistência foram muito duros mas também é verdade que, dado o que se passou desde então, e o que ainda se está a passar nos mercados financeiros, as condições mudaram”, disse o comissário em conferência de imprensa. “Lamentavelmente, com o piorar da dívida soberana, será necessário recapitalizar mais bancos, para além dos nove que não passaram os testes de resistência”, tinha dito o responsável antes, num discurso. “É claro, devem tentar primeiro financiar-se nos mercados, e tomar todas as medidas possíveis, como a venda de subsidiárias e as limitações aos dividendos, antes de pedirem financiamento público, que só deverá ser utilizado como último recurso”, acrescentou. Joaquín Almunia afirmou ainda que vai propor, no curto prazo, a extensão das regras aprovadas pela Comissão Europeia na crise financeira durante 2008 e que permitem aos governos a atribuição de ajuda estatal à banca, se necessário, até depois do final de 2011. Com os comentários de Joaquín Almunia, é a primeira vez que a Comissão Europeia admite que os testes recentes de resistência podem não ter identificado todas as fraquezas da banca europeia e de que as instituições podem ter de reforçar capitais.

Portugueses em Espanha facturam 10 mil milhões EMPRESAS AS 232 empresas de capital português e direito espanhol que operam nos sectores de indústria, comércio e serviços em Espanha facturaram em 2009 mais de 9360 milhões de euros, segundo dados divulgados ontem pelo INE espanhol. Os dados do Instituto Nacional de Estatística referem que as filiais espanholas de empresas portuguesas

são 2,9% do total de empresas estrangeiras em Espanha e representam 2,7% da facturação deste grupo de empresas. Entre os dados divulgados destaque para o facto das empresas portuguesas serem as terceiras maiores a investir no sector de indústrias extractivas, energia, água e resíduos, com 12,5% do total (atrás da Itália com 49,6%) e da Holanda (com 12,6%).


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QUARTA-FEIRA 21 de Setembro de 2011

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MERCADOS

ÍNDICES: PSI 20 E EUROSTOXX 50 Cotação Consumer Staples

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Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,4 . . . . . . . . . . . . .-9,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .78 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .15,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,5 CARREFOUR SA . . . . . . . . . . . . . . . .16,29 . . . . . . . . . . . . . . . .1,7 . . . . . . . . . . . .-39,6 . . . . . . . . . . . . . .36,06 . . . . . . . . . . . . . . . . .14,66 . . . . . . . . . . . . . . .6,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .124 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,7 DANONE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .44,80 . . . . . . . . . . . . . . . .1,9 . . . . . . . . . . . . .-4,7 . . . . . . . . . . . . . . .53,16 . . . . . . . . . . . . . . . . . .42,08 . . . . . . . . . . . . . . .2,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .79 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .15,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,4 JERÓNIMO MARTINS . . . . . . . . . .12,64 . . . . . . . . . . . . . . . .4,1 . . . . . . . . . . . . .10,9 . . . . . . . . . . . . . .14,83 . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,04 . . . . . . . . . . . . . . .0,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .75 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . .21,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . L'ORÉAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .74,91 . . . . . . . . . . . . . . . .2,6 . . . . . . . . . . . . .-9,8 . . . . . . . . . . . . . . .91,24 . . . . . . . . . . . . . . . . .69,86 . . . . . . . . . . . . . . .2,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . .17,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,1 UNILEVER NV-CVA . . . . . . . . . . . . .22,87 . . . . . . . . . . . . . . . .1,8 . . . . . . . . . . . . .-1,8 . . . . . . . . . . . . . .24,08 . . . . . . . . . . . . . . . . .20,82 . . . . . . . . . . . . . . .3,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .63 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,9 Health Care

Preço €

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Dívida/EBITDA

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Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,5 . . . . . . . . . . . .-13,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,7 BAYER AG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39,00 . . . . . . . . . . . . . . . .1,8 . . . . . . . . . . . .-29,5 . . . . . . . . . . . . . .59,44 . . . . . . . . . . . . . . . . .35,36 . . . . . . . . . . . . . . .3,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .63 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,9 SANOFI-AVENTIS . . . . . . . . . . . . . .49,05 . . . . . . . . . . . . . . . .3,2 . . . . . . . . . . . . . .2,5 . . . . . . . . . . . . . .56,82 . . . . . . . . . . . . . . . . .42,85 . . . . . . . . . . . . . . .5,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,5

Cíclicas de Consumo

Defensivas de Consumo

MSCI EURO

MSCI EURO

TELECOM SERVICE

3-Set

3-Jul

3-Ago

3-Jun

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3-Out

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3-Set

3-Ago

3-Jul

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HEALTH CARE

3-Fev

3-Dez

3-Nov

3-Set

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3-Jul

3-Ago

3-Jun

3-Abr

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3-Mar

31-Jan

31-Dez

115 110 105 100 95 90 85 80 75

31-Jan

140 130 120 110 100 90 80 70 31-Dez

M

MERCADOS

Dados fornecidos por MNF Gestão de Activos

DEFENSIVAS DE CONSUMO

3-Dez

12

CONSUMER DISCRETIONARY

CONSUMER STAPLE

CÍCLICAS DE CONSUMO Cotação Consumer Discretionary

Preço €

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Max 52 semanas €

Min 52 semanas €

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Leverage Dívida/Capitais Próprios %

Valorização Dívida/EBITDA

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EV/EBITDA

Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,2 . . . . . . . . . . . .-20,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .167 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,7 DAIMLER AG . . . . . . . . . . . . . . . . . .36,59 . . . . . . . . . . . . . . . .3,3 . . . . . . . . . . . .-27,9 . . . . . . . . . . . . . . .59,09 . . . . . . . . . . . . . . . . .30,93 . . . . . . . . . . . . . . . .5,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .169 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,3 LVMH MOËT HENNES . . . . . . . . . .115,45 . . . . . . . . . . . . . . . .3,6 . . . . . . . . . . . . .-6,2 . . . . . . . . . . . . .132,65 . . . . . . . . . . . . . . . . .97,67 . . . . . . . . . . . . . . . .1,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .29 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .18,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,9 ZON MULTIMEDIA S . . . . . . . . . . . .2,54 . . . . . . . . . . . . . . .-0,6 . . . . . . . . . . . .-25,2 . . . . . . . . . . . . . . .4,12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,23 . . . . . . . . . . . . . . .6,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .426 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . .19,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,0 Powered by

Telecommunication Services

Preço €

Variação %

Variação anual %

Max 52 semanas €

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Dividend Yield %

Dívida/Capitais Próprios %

Dívida/EBITDA

P/E

EV/EBITDA

Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,5 . . . . . . . . . . . .-18,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .125 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,9 DEUTSCHE TELEKOM . . . . . . . . . . . .8,66 . . . . . . . . . . . . . . . .4,1 . . . . . . . . . . . .-10,3 . . . . . . . . . . . . . . .11,38 . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,88 . . . . . . . . . . . . . . .8,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .117 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,2 FRANCE TÉLÉCOM . . . . . . . . . . . . .12,02 . . . . . . . . . . . . . . . .1,9 . . . . . . . . . . . .-22,9 . . . . . . . . . . . . . . .17,45 . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,26 . . . . . . . . . . . . . . .11,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .121 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,0 PORTUGAL TEL-REG . . . . . . . . . . . . .5,60 . . . . . . . . . . . . . . .-0,1 . . . . . . . . . . . .-28,7 . . . . . . . . . . . . . . . .9,48 . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,29 . . . . . . . . . . . . . . .11,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .156 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,1 SONAECOM SGPS SA . . . . . . . . . . . .1,16 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,0 . . . . . . . . . . . .-14,2 . . . . . . . . . . . . . . . .1,72 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,15 . . . . . . . . . . . . . . . .4,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,2 TELEFÓNI CA . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,02 . . . . . . . . . . . . . . . .1,8 . . . . . . . . . . . .-17,4 . . . . . . . . . . . . . . .19,69 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,50 . . . . . . . . . . . . . .10,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .193 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,3

CÍCLICAS INDUSTRIAIS Cotação Energy

Empresas relacionadas com a área de exploração e produção de matérias-primas ou produtores de bens de produção intermédios. Inclui produtores de químicos, materiais de construção, vidro, papel, embalagens, minério e siderurgia. É um sector extremamente correlacionado com o preço das matérias-primas.

Industrials

INDUSTRIALS

Information Technology

Empresas produtoras e distribuidoras de produtos de capital intensivo, como componentes aeroespaciais, armamento pesado, equipamento eléctrico e maquinaria industrial. O segmento de serviços inclui empresas como gráficas e transportes.

Materials

Variação %

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Max 52 semanas €

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Dividend Yield %

Leverage Dívida/Capitais Próprios %

Valorização Dívida/EBITDA

P/E

EV/EBITDA

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .71 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .50 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .112 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . .35,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .74 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .50 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,6

Dividend Yield %

Dívida/Capitais Próprios %

Dívida/EBITDA

P/E

Dividend Yield %

Dívida/Capitais Próprios %

Dívida/EBITDA

P/E

EV/EBITDA

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .18,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,9 EV/EBITDA

Dividend Yield %

Dívida/Capitais Próprios %

Dívida/EBITDA

P/E

EV/EBITDA

BREVES

Cíclicas Industriais 125 120 115 110 105 100 95 90 85 80 75

MSCI EURO

ENERGY

INDUSTRIAL

INFO TECHNOLOGY

3-Ago

3-Jul

3-Jun

3-Mai

3-Abr

3-Mar

3-Jan

3-Fev

3-Dez

3-Out

3-Nov

3-Set

3-Ago

3-Jul

Constituídos dois FEI em Agosto

3-Jun

Empresas de fornecimento de electricidade, gás e água, por norma consideradas empresas de utilidade pública e pouco sensíveis aos ciclos económicos.

Min 52 semanas €

Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,4 . . . . . . . . . . . .-27,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .111 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,9 ALTRI SGPS SA . . . . . . . . . . . . . . . . .1,10 . . . . . . . . . . . . . . . .1,0 . . . . . . . . . . . .-35,2 . . . . . . . . . . . . . . .2,02 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,00 . . . . . . . . . . . . . . .1,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .278 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,3 ARCELORMITTAL . . . . . . . . . . . . . .12,83 . . . . . . . . . . . . . . . .0,9 . . . . . . . . . . . .-52,4 . . . . . . . . . . . . . .28,55 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,06 . . . . . . . . . . . . . . .4,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,3 BASF SE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .47,70 . . . . . . . . . . . . . . . .2,6 . . . . . . . . . . . .-20,1 . . . . . . . . . . . . . . .70,22 . . . . . . . . . . . . . . . . .42,19 . . . . . . . . . . . . . . . .4,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .66 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,9 CIMPOR-CIMENTOS . . . . . . . . . . . . .4,94 . . . . . . . . . . . . . . . .0,9 . . . . . . . . . . . . .-2,5 . . . . . . . . . . . . . . . .5,55 . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,27 . . . . . . . . . . . . . . .4,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .98 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,2 CRH PLC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,74 . . . . . . . . . . . . . . . .2,9 . . . . . . . . . . . .-24,3 . . . . . . . . . . . . . . .17,40 . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,28 . . . . . . . . . . . . . . .5,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .51 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . .13,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,0 PORTUCEL EMPRESA . . . . . . . . . . . .1,77 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,0 . . . . . . . . . . . .-22,5 . . . . . . . . . . . . . . . .2,57 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,71 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .63 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,9 SEMAPA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,61 . . . . . . . . . . . . . . . .0,9 . . . . . . . . . . . .-32,2 . . . . . . . . . . . . . . .9,38 . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,20 . . . . . . . . . . . . . . .4,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .113 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . SONAE INDÚSTRIA . . . . . . . . . . . . .0,88 . . . . . . . . . . . . . . . .1,9 . . . . . . . . . . . .-53,9 . . . . . . . . . . . . . . .2,28 . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,82 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .218 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,9

3-Mar

UTILITIES

Preço €

31-Jan

Empresas cuja actividade se centra nos mercados do petróleo e do gás natural. Desde a construção e manutenção de plataformas aos oleodutos, equipamento de perfuração e todos os outros componentes e serviços relacionados com a exploração de petróleo e gás natural. Os segmentos centrais deste sector são a exploração, refinação, comercialização de petróleo, gás natural e os derivados combustíveis. Extremamente correlacionadas com o preço do petróleo.

Max 52 semanas €

Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,1 . . . . . . . . . . . .-22,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .40 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . .21,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,2 NOKIA OYJ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,35 . . . . . . . . . . . . . . . .1,8 . . . . . . . . . . . .-43,8 . . . . . . . . . . . . . . . .8,49 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,33 . . . . . . . . . . . . . . . .9,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . .28,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,1 SAP AG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37,38 . . . . . . . . . . . . . . . .2,4 . . . . . . . . . . . . . .-1,9 . . . . . . . . . . . . . .46,15 . . . . . . . . . . . . . . . . . .32,88 . . . . . . . . . . . . . . .1,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .47 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,3

31-Dez

ENERGY

Dividendo

Variação anual %

Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,4 . . . . . . . . . . . .-31,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .118 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,2 BRISA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,45 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,8 . . . . . . . . . . . .-53,1 . . . . . . . . . . . . . . . .5,68 . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,25 . . . . . . . . . . . . . .12,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .188 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,8 PHILIPS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13,14 . . . . . . . . . . . . . . . . .2,0 . . . . . . . . . . . .-42,7 . . . . . . . . . . . . . .25,45 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,06 . . . . . . . . . . . . . . .5,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . .13,0 MOTA-ENGIL SGPS . . . . . . . . . . . . . .1,11 . . . . . . . . . . . . . . . . .2,4 . . . . . . . . . . . .-36,4 . . . . . . . . . . . . . . .2,22 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,01 . . . . . . . . . . . . . . .9,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .253 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,2 SAINT GOBAIN . . . . . . . . . . . . . . . .30,15 . . . . . . . . . . . . . . . . .1,2 . . . . . . . . . . . .-21,7 . . . . . . . . . . . . . .47,64 . . . . . . . . . . . . . . . . . .27,62 . . . . . . . . . . . . . . . .3,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .54 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,7 SCHNEIDER ELECTR . . . . . . . . . . . .41,60 . . . . . . . . . . . . . . . .3,4 . . . . . . . . . . . .-25,7 . . . . . . . . . . . . . . .61,83 . . . . . . . . . . . . . . . . .37,42 . . . . . . . . . . . . . . . .3,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .41 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,9 SIEMENS AG-REG . . . . . . . . . . . . . .70,06 . . . . . . . . . . . . . . . .2,6 . . . . . . . . . . . .-24,4 . . . . . . . . . . . . . .99,40 . . . . . . . . . . . . . . . . .62,13 . . . . . . . . . . . . . . . .3,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .68 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,0 SONAE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,51 . . . . . . . . . . . . . . . . .1,6 . . . . . . . . . . . .-34,6 . . . . . . . . . . . . . . .0,86 . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,47 . . . . . . . . . . . . . . .6,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .165 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,6 VINCI SA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33,14 . . . . . . . . . . . . . . . . .1,1 . . . . . . . . . . . .-18,5 . . . . . . . . . . . . . .45,48 . . . . . . . . . . . . . . . . .30,31 . . . . . . . . . . . . . . . .5,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .153 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,4

3-Mai

MATERIALS

Variação %

Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,4 . . . . . . . . . . . .-10,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,4 ENI SPA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,97 . . . . . . . . . . . . . . . . .1,3 . . . . . . . . . . . .-20,6 . . . . . . . . . . . . . .18,66 . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,83 . . . . . . . . . . . . . . .7,9 GALP ENERGIA-B . . . . . . . . . . . . . .14,37 . . . . . . . . . . . . . . .-0,1 . . . . . . . . . . . . . .0,2 . . . . . . . . . . . . . .16,97 . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,60 . . . . . . . . . . . . . . .1,4 REP SOL YPF SA . . . . . . . . . . . . . . . .19,95 . . . . . . . . . . . . . . . .3,2 . . . . . . . . . . . . .-4,3 . . . . . . . . . . . . . .24,90 . . . . . . . . . . . . . . . . . .17,31 . . . . . . . . . . . . . . . .5,3 TOTAL SA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .32,60 . . . . . . . . . . . . . . . .1,4 . . . . . . . . . . . .-17,8 . . . . . . . . . . . . . .44,55 . . . . . . . . . . . . . . . . .30,34 . . . . . . . . . . . . . . .7,0

3-Abr

GLOSSÁRIO

Preço €

MATERIALS

Em Agosto foram constituídos os fundos especiais de investimento (FEI) Sporting Portugal Fund - FEIFM, gerido pela ESAF ESFIM, e o Banco BIC Brasil - FEIA, gerido pela Dunas Capital, de acordo com os indicadores de síntese dos organismos de investimento colectivo e dos fundos especiais de investimento da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). No mesmo período, foram liquidados os fundos especiais de investimento Caixagest Multi-Activos

2011- FEIF e o Caixagest Maxi Selecção FEIA, geridos pela Caixagest, assim como o Popular Oportunidades Globais II - FEIF, gerido pela Popular Gestão de Activos.

Zoom Invest. reforça na Portucel A sociedade Zoom Investment informou a CMVM, em nota, que comprou acções da Portucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel nos dias 12, 13, 14 e 15 de Setembro. Após as transacções, a Zoom passou a ser titular de 11 521 026 acções da Portucel.


Editado por: Armanda Alexandre aalexandre@oje.pt

QUARTA-FEIRA 21 de Setembro de 2011

MERCADOS

13

SENSÍVEIS À TAXA DE JURO Cotação Financials

Preço €

Variação %

Variação anual %

Dividendo Max 52 semanas €

Min 52 semanas €

Valorização

Dividend Yield %

ROE %

Tier 1

P/E

Price/Book

Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-0,2 . . . . . . . . . . . .-43,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .40 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,4% . . . . . . . . . . . . . . . . .5,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,4 BPI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,65 . . . . . . . . . . . . . . .-0,3 . . . . . . . . . . . .-48,5 . . . . . . . . . . . . . . . .1,49 . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,64 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,1% . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,5 BCP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,20 . . . . . . . . . . . . . . . .0,5 . . . . . . . . . . . .-62,4 . . . . . . . . . . . . . . .0,63 . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,19 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,2 BES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,93 . . . . . . . . . . . . . . . .0,3 . . . . . . . . . . . .-33,2 . . . . . . . . . . . . . . . .3,67 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,75 . . . . . . . . . . . . . . .6,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,8% . . . . . . . . . . . . . . . . .7,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,4 BANIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,41 . . . . . . . . . . . . . . . .-3,3 . . . . . . . . . . . .-53,3 . . . . . . . . . . . . . . . .1,22 . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,39 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .469 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . B ANCO SANTANDER . . . . . . . . . . . .5,91 . . . . . . . . . . . . . . . .2,1 . . . . . . . . . . . .-25,5 . . . . . . . . . . . . . . . .9,95 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,15 . . . . . . . . . . . . . . . .9,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,0% . . . . . . . . . . . . . . . . .6,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,7 BBVA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,90 . . . . . . . . . . . . . . . .2,1 . . . . . . . . . . . .-21,9 . . . . . . . . . . . . . . .9,97 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,03 . . . . . . . . . . . . . . .4,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,5% . . . . . . . . . . . . . . . . .6,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,7 BNP PARIBAS . . . . . . . . . . . . . . . . . .24,92 . . . . . . . . . . . . . . .-6,5 . . . . . . . . . . . .-47,7 . . . . . . . . . . . . . . .59,93 . . . . . . . . . . . . . . . . . .23,05 . . . . . . . . . . . . . . .8,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,4% . . . . . . . . . . . . . . . . .3,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,4 CRÉDIT AGRICOLE . . . . . . . . . . . . . .4,78 . . . . . . . . . . . . . . .-2,1 . . . . . . . . . . . .-49,7 . . . . . . . . . . . . . . .12,92 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,59 . . . . . . . . . . . . . . .9,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,6% . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,3 DEUTSCHE BANK-RG . . . . . . . . . . .24,45 . . . . . . . . . . . . . . . .1,7 . . . . . . . . . . . .-37,5 . . . . . . . . . . . . . .48,70 . . . . . . . . . . . . . . . . .20,79 . . . . . . . . . . . . . . . .3,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,3% . . . . . . . . . . . . . . . . .4,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,4 ING GROEP NV-CVA . . . . . . . . . . . . .5,12 . . . . . . . . . . . . . . . .4,1 . . . . . . . . . . . .-29,7 . . . . . . . . . . . . . . . .9,50 . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,32 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,3% . . . . . . . . . . . . . . . . .3,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,4 INTESA SANPAOLO . . . . . . . . . . . . . .1,00 . . . . . . . . . . . . . . . .1,7 . . . . . . . . . . . .-47,6 . . . . . . . . . . . . . . . .2,53 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,85 . . . . . . . . . . . . . . .7,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,4% . . . . . . . . . . . . . . . . .6,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,3 SOC GÉNÉRALE . . . . . . . . . . . . . . . .17,15 . . . . . . . . . . . . . . . .-3,1 . . . . . . . . . . . .-57,4 . . . . . . . . . . . . . . .52,70 . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,32 . . . . . . . . . . . . . .10,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,6% . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,3 UNICREDIT SPA . . . . . . . . . . . . . . . . .0,71 . . . . . . . . . . . . . . . .0,5 . . . . . . . . . . . .-53,8 . . . . . . . . . . . . . . . .2,03 . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,67 . . . . . . . . . . . . . . . .4,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,5% . . . . . . . . . . . . . . . . .5,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,2 Cotação Dividendo Leverage Valorização Utilities

Preço €

Variação %

Variação anual %

Max 52 semanas €

Min 52 semanas €

Dividend Yield %

Dívida/Capitais Próprios %

Dívida/EBITDA

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EV/EBITDA

Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,2 . . . . . . . . . . . .-19,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .116 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,7 E.ON AG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15,73 . . . . . . . . . . . . . . . .3,0 . . . . . . . . . . . .-31,4 . . . . . . . . . . . . . .25,54 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,50 . . . . . . . . . . . . . . .9,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .71 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . EDP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,40 . . . . . . . . . . . . . . . .2,1 . . . . . . . . . . . . .-3,6 . . . . . . . . . . . . . . .2,92 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,98 . . . . . . . . . . . . . . .7,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .166 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,0 EDP RENOVÁVEIS S . . . . . . . . . . . . .4,29 . . . . . . . . . . . . . . . .0,4 . . . . . . . . . . . . .-1,2 . . . . . . . . . . . . . . . .5,27 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,65 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .66 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . .29,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,4 ENEL SP A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,12 . . . . . . . . . . . . . . . .2,4 . . . . . . . . . . . .-16,5 . . . . . . . . . . . . . . . .4,86 . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,85 . . . . . . . . . . . . . . .5,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .124 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,8 GDF SUEZ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21,21 . . . . . . . . . . . . . . . .3,1 . . . . . . . . . . . . .-21,0 . . . . . . . . . . . . . .30,05 . . . . . . . . . . . . . . . . .18,32 . . . . . . . . . . . . . . . .7,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .68 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,0 IBERDROLA SA . . . . . . . . . . . . . . . . .5,04 . . . . . . . . . . . . . . . .1,9 . . . . . . . . . . . .-12,7 . . . . . . . . . . . . . . . .6,50 . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,29 . . . . . . . . . . . . . . .0,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .100 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,8 REN-REDE ENERGÉT . . . . . . . . . . . . .2,09 . . . . . . . . . . . . . . . .1,1 . . . . . . . . . . . .-19,1 . . . . . . . . . . . . . . . .2,76 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,98 . . . . . . . . . . . . . . .8,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .221 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,9 R WE AG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .25,98 . . . . . . . . . . . . . . . .3,8 . . . . . . . . . . . .-47,9 . . . . . . . . . . . . . . .55,90 . . . . . . . . . . . . . . . . .21,21 . . . . . . . . . . . . . . .13,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .114 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,1

LONDRES: Ouro mantém-se a aposta mais fiável

Sensíveis à Taxa de Juro 110 100 90 80 70

MSCI EURO

3-Set

3-Jul

3-Ago

3-Jun

3-Abr

3-Mai

3-Mar

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FINANCIALS

3-Fev

3-Dez

3-Nov

3-Set

3-Out

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31-Jan

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UTILITIES

ANÁLISE MERCADOS Em colaboração com:

O MERCADO accionista europeu teve ontem mais uma sessão de valorização, depois de a Grécia ter descrito as conversações com a União Europeia e com o FMI como produtivas, e também fruto da especulação de que a Reserva Federal (Fed) poderá anunciar hoje mais estímulos à economia. A nossa expectativa é que a Fed anuncie novas medidas de suporte e, com várias possibilidades em cima da mesa, o aumento das compras de activos com prazos de maturidade mais longos parece prevalecer. Outra possibilidade seria cortar a taxa de desconto de forma a tornar menos interessante aos bancos estacionarem depósitos na Fed, mas a probabilidade parece-nos mais remota. Além disso, antecipamos que haja novamente alguns membros a discordar da decisão. No que diz respeito à caracterização e cenários económicos não se devem verificar grandes alterações, dado que a Fed, na sua reunião de Agosto, já tinha reduzido substancialmente o cenário macroeconómico. A marcar o dia de ontem, também de destacar o downgrade do rating da Itália por parte da S&P. Esta decisão reflecte um enfraquecimento do potencial de crescimento da economia e a incerteza associada a um governo de coligação em tomar medidas de austeridade que visem controlar o défice. Na Alemanha, conhecemos o índice do Zew, uma sondagem a investidores institucionais germânicos que desceu para -44,6, a sétima queda consecutiva e o menor valor desde 2008. Por Duarte Caldas, analista

BREVES PSI 20 em linha com a Europa O PSI 20 fechou em alta, a subir 1,02%, para 6072,78 pontos, tal como os pares europeus, em recuperação técnica após as quedas recentes, com a Jerónimo Martins (JM) a ganhar mais de 4%. Com 12 títulos em alta e oito em queda, negociaram-se na

A Brisa desceu 1,77%, para 2,466 euros. A Portugal Telecom recuou 0,12%, para 5,6 euros. Mas foi a banca que, em parte, penalizou o PSI 20, com o BPI a inverter para terreno negativo, fechando a perder 0,31%, para 0,648 euros, e o Banif a deslizar 3,33%, para 0,406 euros. Já o Banco Espírito Santo ganhou 0,26%, para 1,925 euros, e o Millennium bcp avançou 0,5%, para 0,203 euros, após ter revelado na segunda-feira que recebeu três manifestações escritas de interesse na subsidiária polaca Bank Millennium. O Euro Stoxx 50 valorizou 2,11%, para 2140,0 pontos.

DBRS confirma Banco Popular NYSE Euronext Lisbon 41,8 milhões de acções, ou 62,6 milhões de euros. Na Europa, as subidas variaram entre os 1,50% de Paris e os 2,88% de Frankfurt, com a aquisição de títulos defensivos a compensar as quedas no sector financeiro. Na Bolsa portuguesa, a subida da JM “tem a ver com o facto de a empresa prosseguir com o plano de expansão como estava previsto e até estar prestes a anunciar qual o novo mercado onde vai entrar, mostrando também que não está a ser afectada pela austeridade”, salientou Pedro Lino, da Dif Broker, à agência Reuters. O trader adiantou que “o principal accionista da retalhista, a Sociedade Francisco Manuel dos Santos, tem estado a reforçar no título, o que também tem suportado o preço da acção”. A JM, que tocou um máximo intraday de 12,69 euros, encerrou a ganhar 4,08%, para 12,64 euros, no dia em que o presidente da retalhista, Alexandre Soares dos Santos, indicou que, até ao início de Novembro, anuncia a entrada da empresa num novo mercado. O sector da energia esteve também em destaque, com as acções da eléctrica EDP a valorizarem 2,08%, para 2,4 euros, a REN a subir 1,06%, para 2,09 euros, e a EDP Renováveis a ter um ganho mais modesto, de 0,42%, para 4,29 euros.

O Grupo Banco Popular comunicou ao regulador espanhol, a Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV), que a agência de notação DBRS confirmou o rating do Banco Popular, em AA (low) para o longo prazo e R1 (middle) para o curto prazo. A entidade financeira refere no comunicado que o rating “continua a reflec-

NO FINAL da sessão no mercado londrino, a onça do ouro valia ontem 1.799 dólares, mais 0,27% que os anteriores 1.794 dólares. A revisão em baixa, por parte do FMI, do crescimento mundial até 2012, para 4%, colocou sob pressão o petróleo e os metais base. Foto DR

Agenda do dia 09h30 Actas do Banco de Inglaterra. PSNCR (public sector net cash requirement) do Reino Unido em Agosto. 15h00 Dados de venda de casas usadas nos EUA em Agosto. 19h15 Decisão sobre a taxa dos Fed Funds (FOMC).

ANÁLISE DO MERCADO DE TAXA DE JURO

Itália: Taxa a 10 anos Desde Março de 2011

6,2 6,0 5,8 5,6 5,4 5,2

tir a solidez da rede comercial, da rentabilidade sustentada e elevada eficiência, assim como o recente fortalecimento da posição de liquidez e solvência do banco”. A DBRS reviu, no entanto, as perspectivas das referidas notações, que passaram de estáveis a negativas, como consequência da debilidade do crescimento na Zona Euro, a incerteza quanto à recuperação económica de Espanha e as tensões que atravessam actualmente os mercados financeiros. De acordo com a DBRS, a solidez do Banco Popular permite-lhe fazer face à actual conjuntura com êxito, mesmo que esta se prolongue no tempo.

5,0 4,8 4,6 4,4

Fonte: MNF Gestão de Activos

A AGÊNCIA de notação financeira Standard & Poor’s (S&P) cortou ontem o rating de Itália, levando a um aumento das taxas de juro do país. A S&P justifica este corte com o abrandamento do crescimento económico, diminuindo a possibilidade de redução da dívida pública. A taxa de juro a 10 anos atingiu ontem os 5,696%.


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QUARTA-FEIRA 21 de Setembro de 2011

L

LIFESTYLE

Editado por Sandra Martins Pereira spereira@oje.pt

LEILÃO

CABRAL MONCADA LEVA ANTIGUIDADES À PRAÇA

LIFESTYLE

A

ESPECTÁCULO Foto: Boris Brussey

“Enfant” estreia hoje na Culturgest

O Grande Auditório da Culturgest, em Lisboa, recebe hoje e amanhã, às 21h30, o espectáculo de Boris Charmatz, “Enfant”. Um espectáculo que abriu o Festival d’Avignon deste ano e que nos fala da criança enquanto “matéria maleável, frágil e incontrolável”. Aqui fala-se da manipulação que as crianças são alvo nas sociedades contemporâneas, mas rapidamente coloca-as no papel de manipuladoras. Em palco estarão nove bailarinos e um grupo de crianças que serão colocados em cena com uma grua, dando a sensação de serem manipuladas como marionetas. Um espectáculo que acaba em tom de esperança em relação à possibilidade de recuperação da “inocência” pelas crianças no futuro. Preço: 18€.

Cabral Moncada Leilões, em Lisboa, leva à praça o seu Leilão 130 – Antiguidades e Obras de Arte, Pintura, Livros, Prata e Jóias, nos próximos dias 26 e 27 de Setembro, às 21h30. Um leilão especial que vem abrir a segunda metade da temporada de leilões deste ano e que coloca à disposição dos amantes de arte, diversas peças, como é o caso de um cofre Lusíada, amplamente referenciado, revestido a placas de madrepérola, com aplicações em prata dourada, Guzarate, vertente de influência Mogol, do século XVI/XVII.

Não menos importante é também a “Nossa Senhora da Conceição de manto comprido assente sobre Orbe com Querubins”, escultura em marfim com dourados e policromia, hispano-filipina, do século XVII. Estas e outras peças estarão em exposição no número 12 A, da Rua Miguel Lupi, a partir de hoje e até dia 25 de Setembro. Hoje e amanhã a mostra pode ser visitada das 10 às 20 horas, dias 23 e 24 das 10 às 24 horas e domingo das 15 às 20 horas. A entrada é livre. O catálogo deste leilão poderá ser consultado online através do endereço www.cml.pt.

508 COFRE DE TAMPA POLIFACETADA, Lusíada, tartaruga, aplicações em prata relevada e gravada "Salamandra, coelhos, cobras, animais diversos, animais fantásticos e motivos vegetais", vertente indo-portuguesa, séc. XVI/XVII Dim. - 11,5 x 18,5 x 9,5 cm € 40 000 – 60 000

317 JOHN CARY - 1754-1835; WILLIAM CARY - 1760-1825, Par de globos "Terrestre" e "Celeste", estrutura em mogno e metal com pés de galo incorporando bússolas, globos e aros revestidos por gravuras coloridas sobre papel, pés com rodízios, ingleses, séc. XIX (1º quartel), assinados e datados de 1824 e 1818, respectivamente Dim. - 100 cm € 20 000 – 30 000

54 PAR DE MESAS DE ENCOSTAR FORMANDO MESA DE CENTRO, D. José (1750-1777), pau-santo com entalhamentos, ferragens em bronze, pequenos restauros Dim. - 80,5 x 102 x 61 cm € 30 000 – 45 000

158 GALHETEIRO, D. João V (1707-1750), armação com três recipientes em prata sendo um duplo, decoração relevada e gravada, marca de ensaiador de Lisboa (1720-1750), marca de ourives de Manuel Roque Ferrão (1720-1770), português, séc. XVIII Dim. - 25,5 cm; Peso - 2.090 grs. € 25 000 – 37 500

504 COFRE DE TAMPA POLIFACETADA, Lusíada, madeira integralmente revestida a placas de madrepérola com pinos em prata dourada; aplicações em prata dourada, relevada e gravada, Guzarate; vertente de influência Mogol; séc. XVI/XVII Dim. - 15,5 x 23,5 x 11,5 cm € 60 000 – € 90 000

478 "NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DE MANTO COMPRIDO ASSENTE SOBRE ORBE COM QUERUBINS", escultura de grandes dimensões em marfim com dourados e policromia, manto de grandes dimensões produzido pela assemblagem de diversas placas de marfim com interior em madeira, hispano-filipina, séc. XVII Dim. - 68 (marfim) cm € 150 000 – 225 000

464 ESPELHO, rococó, moldura em madeira entalhada e dourada com vazados, vidros gravados, dois apliques em vidro, Europa, séc. XVIII, pequenos restauros no dourado Dim. - 138 cm € 7000 – 10 500

417 DEPÓSITO DE ÁGUA, porcelana da China, Companhia das Índias Dim. - 61 x 31 x 20 cm € 3500 – 5250

236 LUIS TOMASINI - 1823-1902, "Veleiro no Tejo com vista de Sintra", óleo sobre tela, assinado e datado de 1867 Dim. - 43 x 79 cm € 6000 – 9000

256 REI D. CARLOS - 1863-1908, "Marinha - Barcos junto à costa", óleo sobre seda, moldura em forma de leque com inscrição manuscrita "Pintado por sua Alteza Real o Príncipe D. Carlos", assinado e datado de 1885 Dim. - 42 x 79 cm € 5000 – 7500

EDUCAÇÃO Parque Eduardo VII acolhe Caravana Rodoviária Até 24 de Setembro, o Parque Eduardo VII, em Lisboa, está transformado num espaço lúdico e educativo para os jovens, com a Caravana da Educação Rodoviária da Fundação Mapfre. Ali estará um camião que funciona como sala de aula e um circuito de karts com 1.000 m2, com insufláveis, rotundas, sinalização vertical e horizontal. Tudo imaginado para que os participantes se divirtam e aprendam as regras e sinais de trânsito, assumindo ora o papel de peões ora de condutores e realizando testes de conhecimentos, sempre acompanhados por monitores especializados. PUB


Editado por Pedro Assis Conceição pconceicao@oje.pt

Machado cede na ronda inaugural em Bucareste TÉNIS RUI MACHADO, o melhor português de sempre no ranking mundial de ténis, foi ontem eliminado na primeira ronda de singulares do torneio de Bucareste, prova na qual continua o seu compatriota Frederico Gil. Rui Machado, actual 61.º do ranking mundial, foi afastado da prova romena pelo italiano Filippo Volandri, 86.º da hierarquia, em dois parciais, por duplo 6/3. “Apesar da derrota contra um adversário que jogou bem e de forma inteligente, estou orgulhoso do que o

DESPORTO

QUARTA-FEIRA 21 de Setembro de 2011

MUNDIAL 2011: Show de ensaios no triunfo italiano

O SL BENFICA terá aparentemente a tarefa mais complicada dos três grandes na terceira eliminatória da Taça de Portugal de futebol, ao deslocar-se a Portimão para defrontar a equipa local, da Liga de Honra, ditou ontem o sorteio. Por seu turno, o FC Porto, detentor do troféu, vai actuar em casa do Pêro Pinheiro, equipa da série E da terceira divisão, enquanto o Sporting desloca-se ao terreno do Famalicão,

equipa da zona norte da segunda divisão, e o Vitória de Guimarães, finalista da última edição, recebe o Moura, da zona sul da segunda divisão. As quatro equipas portuguesas ainda em prova nas competições europeias, FC Porto, Benfica, Sporting e Sporting de Braga – os arsenalistas recebem o 1.º de Dezembro, da zona sul da segunda divisão –, anteciparam os seus jogos da ronda, agendada para domingo (16 de Outubro), para a sexta-feira e sábado anteriores (14 e 15 de Outubro).

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DESPORTO

Rui fez hoje. Depois de ter lidado com tantas emoções nos últimos dias, e de ter chegado já bastante tarde e desgastado a este torneio, era normal que o rendimento, concentração, e níveis físicos estivessem abaixo do normal. Apesar de tudo isso, o Rui lutou com tudo o que tinha, obrigando o adversário a jogar a bom nível para fechar o encontro (…)”, disse André Lopes treinador do tenista luso. Frederico Gil, o único português ainda em prova, qualificou-se para a segunda ronda em que vai defrontar hoje o italiano Alessandro Giannessi.

FUTEBOL

Hulk volta a treinar em pleno

Benfica com missão mais difícil entre os grandes TAÇA DE PORTUGAL

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GIULIO TONIALATTI marca um dos nove ensaios com que a selecção de Itália bateu o seu recorde na concretização destas jogadas num só jogo. A juntar ao novo máximo, a squadra azzurra venceu a Rússia por 53-17 no Mundial de râguebi. Foto Blair Hall/EPA

O avançado brasileiro Hulk regressou ontem aos treinos da equipa do FC Porto sem limitações, informou o clube azul e branco no seu site oficial. O internacional canarinho lesionou-se na última terça-feira, no embate com o Shakhtar Donetsk, e falhou a deslocação ao terreno do Feirense. Com o regresso de Hulk aos disponíveis, o boletim clínico dos dragões integra ainda o lateral esquerdo brasileiro Alex Sandro, que fez treino integrado condicionado, e o uruguaio Álvaro Pereira, que cumpriu trabalho de ginásio. Segundo o FC Porto, o jovem guarda-redes dos sub-19 André Caio voltou a marcar presença nos trabalhos do plantel principal, que prepara a recepção ao Benfica, em jogo da sexta jornada da Liga portuguesa de futebol. PUB



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