Livro do Ano Sobretons 2012 /2014 - ESEM

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(CO)MEMORANDO

Sesc | Serviço Social do Comércio Rio de Janeiro, 2014


SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO

PRODUÇÃO EDITORIAL

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO NACIONAL

DIAGRAMAÇÃO E DESIGN

ANTONIO OLIVEIRA SANTOS

ILCÉIA AVELAR REVISÃO DE TEXTO

DEPARTAMENTO NACIONAL

FÁBIO GUSMÃO

DIREÇÃO-GERAL

COLABORAÇÃO

MARON EMILE ABI-ABIB ESCOLA SESC DE ENSINO MÉDIO DIREÇÃO

CLAUDIA FADEL DIREÇÃO ADJUNTA

ROBSON COSTA GERÊNCIA DE ENGENHARIA

JOSÉ VICENTE GERÊNCIA PEDAGÓGICA

INÊS PAZ GERÊNCIA DE VIDA RESIDENCIAL

REGINA BARBOSA GERÊNCIA DE CULTURA

SIDNEI CRUZ ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL

ELIANA PALMEIRA SOLANGE CASTELLANO COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA

EDIR MELLO COORDENAÇÃO DE VIDA RESIDENCIAL

ANDRÉ FERREIRA

JOSUÉ COSTA CONSELHO EDITORIAL DE ALUNOS

ALEXANDER RODRIGUES, JOÃO PEDRO OLIVEIRA, JOICE FREITAS, CLARA RODRIGUES, RODRIGO JALLES, CAROLINA BIASUZ, OTTO MENEGASSO, EVELYN FERREIRA, MARIANA ARAÚJO, MATHEUS GERBER E VERENNA KLEIN. ALUNOS COLABORADORES

ANA PAULA GUIMARÃES, DHANILO BRELAZ MATHEUS TORRES, TAÍSA MEDEIROS. CONSELHO EDITORIAL DE PROFESSORES

EDIR MELLO LUIZ FERNANDO DE MORAES TEXTOS

FRASES E BIOGRAFIAS ESCRITAS PELOS ALUNOS DA TERCEIRA SÉRIE MARIANA RODRIGUES, RODRIGO JALLES, CAROLINA BIASUZ, OTTO MENEGASSO, ALEXANDER RODRIGUES, TAÍSA MEDEIROS E VERENNA KLEIN (ABERTURAS DE CAPÍTULO) FOTOGRAFIAS

ACERVO DOS ALUNOS DA TERCEIRA SÉRIE, ACERVO DOS PROFESSORES, ACERVO DO CENTRO DE MEMÓRIA DA ESCOLA SESC CAPA E ABERTURA DE CAPÍTULOS JOÃO PEDRO OLIVEIRA P. DE PINA ILUSTRAÇÕES

CAROLINA LOVATTO BIASUZ © Escola Sesc de Ensino Médio Av. Ayrton Senna, 5677 - Jacarepaguá - Rio de Janeiro - RJ CEP: 22775-004 Telefone: (21) 3214-7402 www.escolasesc.com.br Reprodução proibida. Todos os direitos reservados e protegidos pela lei 9.610 de 19/2/1998. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida sem autorização prévia por escrito do Departamento Nacional do Sesc, sejam quais forem os meios e mídias empregados: eletrônicos, impressos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros. (Co)memorando, 2012/2014 : Sobre tons. – Rio de Janeiro : Escola Sesc de Ensino Médio, 2014.

116 p. : il. ; 26 cm.

ISSN 2237-6704.

1. Escola Sesc de Ensino Médio – Alunos. 2. Alunos – Relato de experiência. I. Escola Sesc de Ensino Médio. CDD 371.81

ESTA PUBLICAÇÃO FOI CRIADA E PRODUZIDA DURANTE UMA OFICINA INTERDISCIPLINAR COM OS ALUNOS DO TERCEIRO ANO DA ESCOLA SESC DE ENSINO MÉDIO, DE MARÇO A NOVEMBRO DE 2014.


Escola Sesc: uma escola que retrata o Brasil Ao longo dos seus 68 anos, o Sesc – Serviço Social do Comércio se consolidou como uma

instituição de caráter efetivamente nacional, assimilando e expressando de forma orgânica o incrível patrimônio cultural brasileiro.

Em se tratando de uma nação de dimensões continentais e com tamanha diversidade hu-

mana, regional, histórica, étnica, artística, esse é um feito notável. Podemos dizer que o Sesc, sem dúvida, contribui para a construção da identidade cultural brasileira contemporânea.

A Escola Sesc de Ensino Médio representa mais um grande passo nessa direção. Ao rece-

ber jovens de todos os estados do Brasil, a Escola nasceu e cresceu na diversidade. Se hoje é uma referência na Educação, sem dúvida isso se deve também a essa característica única. Assim como o Brasil está no Sesc, a diversidade cultural brasileira está na Escola Sesc,

onde se formam gerações de jovens capazes de um olhar mais amplo, generoso e humano para o país que ajudarão a construir.

Maron Emile Abi-Abib

Diretor-Geral do Departamento Nacional do Sesc

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Celebrar a diferença! Um dos maiores desafios das escolas no mundo contemporâneo é a incorporação do

tema da diversidade – não no plano do discurso, como é comum acontecer, mas no próprio cerne de suas práticas cotidianas.

Isso não é simples. Basta lembrar que, quando as escolas começaram a se reconhecer

como palco de encontro das diferenças, formou-se uma primeira ideia de que deveria haver tolerância.

Hoje, sabemos que tolerar é forma apequenada de se ver a questão: muito mais que to-

lerada, a diversidade deve ser celebrada, com todo vigor e toda a prioridade em um projeto pedagógico e cultural.

Este livro tem, entre muitas outras virtudes, a de colocar em primeiro plano a indescrití-

vel riqueza humana de uma Escola que foi concebida e construída na perspectiva da diversidade. Não há nada que se passe aqui que não esteja marcada pelo signo da multiculturalidade, pelo encontro de culturas regionais, de contextos sociais, de raças, de visões de mundo. O resultado? Basta virar estas páginas. E celebrar conosco.

Claudia Fadel

Diretora da Escola Sesc de Ensino Médio

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“Hoje sei que fui refeita. Remoldada em uma fôrma de saudades, determinação e sonhos. E, dessa nova moldagem, saiu não apenas uma de mim, mas sim duas. Como Machado de Assis escreveu: Um(a) fita o presente, com todas as suas lágrimas e saudades, outro(a) devassa o futuro com todas as suas auroras.”

Mariana de Oliveira

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Certa vez, um poeta falou-nos que sonho que se sonha só é só sonho que se sonha só. Só um sonho. Sem dúvida, não era apenas um sonho o que estava acontecendo com aquele grupo de meninas e meninos espalhados pelo Brasil lá em 2011, que não imaginaria conhecer-se, mas que compartilhava algo tão profundo que já mantinha unido. Sim, era o sonho, o mesmo sonho: o de finalmente conhecer o esperado desconhecido, deixando em casa a antiga escola, a família, os amigos e, na gaveta do quarto, um pedaço de si. Para nós, tratava-se da coisa mais sensata a se fazer e, ao mesmo tempo, um desatino que nos dava um frio na barriga. Mas afinal, quem um dia irá dizer que não existe razão nas coisas que sonhamos? O prelúdio dessa jornada já havia sido lançado. Embarcávamos, então, na arca lírica de sonhos que nos levaria ao Rio de Janeiro, naquela ideia maluca de embarcar sozinho em uma escola longe de casa aos catorze anos.

Nessa etapa, já se sabia que, como bem falara o mesmo poeta, sonho que se sonha junto é realidade... Acorde! É chegada a hora tão esperada, o embarque era imediato e o destino tinha nome e sobrenome: Escola Sesc de Ensino Médio, também conhecido como nosso próximo futuro. Isso porque estávamos abrindo mão de alguns outros. Toda aquela incerteza estava mesclada a uma forte ansiedade, até certo receio. De fato, a realidade batia à porta e era hora de recebê-la..

No começo, era festa estranha com gente esquisita. Víamo-nos sozinhos e confusos no meio de mais um bocado de sozinhos e confusos, uns mais do que outros. Tudo era novo e achávamos que nunca iríamos consegui decorar a localização de todas aquelas salas de aula ou do nosso armário. As coisas pareciam grandes, complexas e curiosas. A canção tão costumeira que ecoava confortável e solitária em nossas mentes parecia diminuta se comparada ao novo dedilhar de notas que agora fazia parte de uma sinfonia: começava um processo de criação com aqueles novos rostos que também tentavam arranhar os tons da vida na escola. O timbre solto e encabulado que produzíamos com a ponta dos dedos começava a dar lugar a belos acordes e alguns cantarolados desinibidos.

O tempo, então, passou. Aquelas pessoas esquisitas deixaram de ser tão esquisitas assim, e a solidão começou a dar lugar a um sentimento que apenas quem vive com seus amigos 24 horas pode descrever. De repente, até mesmo as coisas mais inimagináveis tornaram-se cotidianas. E é nesse momento, quando novidades deixam de ser novidades, que aquela saudade de casa volta à tona. De fato, o semestre acabou. Retomamos nossas malas, mochilas e ursos de pelúcia e partimos para nossa cidade, ao encontro da velha casa, aos braços da família e dos amigos que havíamos dado um até logo. Estávamos espalhados novamente. Dessa vez, porém, a batida e o compasso do coração alertavam-nos que aquele tempo passado na escola já havia nos mudado, já nos conectara entre si. O paradoxo periódico de saudade entre dois mundos fazia, então, sua primeira aparição. Era apenas o início de tantas (outras) emoções que estavam por vir. E 1 e 2 e 3 e 4...

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Bruna Capinã, 17 anos, Salvador, BA Saudações. Translados. A chegada, uma realização. Mas, quanto mais perto da partida, incertezas. Viver,eu suponho, é chicotear a realidade montado num sonho e se depender de mim: o movimento pendular do ir e voltar, se torna uma filosofia de vida. Sem delongas, nada renasce antes que se acabe e o sol que desponta tem que anoitecer, vestimo-nos de infinito e, então, decidamos se vale a pena chorar ou incansavelmente rir. “Sou filha do mar. E na maré cheia .Tiro o barco da areia. Vou-me embora navegar.”

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“Mala na mão direita, urso de pelúcia na mão esquerda, mochila nas costas e a mente aberta para uma infinidade de descobertas.” u “T

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Vinícius Ferreira Esbell, 17 anos, Boa Vista, RR Nós somos invenção nossa; inventamos o ser , o sentir, a felicidade, a tristeza e a necessidade; inventamos o inventar e os inventados. Nós inventamos os nomes e demos posse deles a nós; inventamos o ser e somos o que somos; inventamos o costume e nos acostumamos a nós; nos acostumamos enquanto nós. Mas, agora, inventados, não somos. Fomos. E fomos direito. Agora, inventados, é ponto. Mas é só um ponto; que se faz apenas parte de outras muitas retas e curvas que a gente ainda tem que inventar.

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Jhoalerson Alves Dias, 16 anos, Juazeiro do Norte, CE Não é uma decisão fácil vir para a escola, muito menos se manter firme por três anos. Quem dirá que o fim pode ser diferente? Contudo, toda dificuldade se torna ínfima quando se está perto dos amigos. As experiências singulares e tudo que se aprende nesse espaço, com certeza, será para o resto da vida. Se existe um sentimento que não pode faltar, é a gratidão. Agradeço por todas as oportunidades. Sentirei saudades!

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Pedro Ivo Moraes de Souza, 17 anos, Maceió, AL Uma vida, vários momentos. Um dia 29 de fevereiro e uma canção de mesmo nome. Cordas em vida, momentos felizes, confusões, um gol na final. Amigos inesperados, dúvidas e mudanças, muitas mudanças. Felicidade? A cada momento. Saudade? Virou rotina. Palco ou Quadra? Uma certeza, os melhores momentos foram os inesperados. Professores que viram amigos e amigos que viram irmãos, sejam eles mais velhos ou mais novos. 2012 – 2014, uma nova vida, encerro meu discurso e cedo meu tempo à mesa.

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Eduardo Vinícius, 17 anos, Aracaju, SE Oi, eu sou o Dudu, mais conhecido como duduzinho. Não sou constante, paranoico, normal, muito menos anormal; eu simplesmente sou. Então, não me venha com tais sofismas que eu não preciso de chão; Porque eu posso flutuar do Brasil até o Japão. Nem tente me analisar, [soul] apenas consciência, inexistente. Acabou [ponto final]

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“Logo depois da perda e do choro que parecia interminável, abriu-se um mundo. Na verdade, abriu-se O mundo.”

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Carolyne Melo 18 anos,PI Boa Vista, RR Rael Tarssode Vieira daRibeiro Silva 17Tavares, anos, Floriano, Há três anos vim parar nesse lugar,Biologia, em que nunca Hobbie? Futebol. Matéria Favorita? talvez. pensei Quem estareu? e que só Um posso definir comoesportista “lugar que sou Rael. rapaz alegre, e comporta cheio de meus sonhos”.Minhas Sonhosraízes de menina, estudante, expectativas. são dosonhos sertão de piauiense, de sonhos de sonhos Carol. eAqui venci me onde trouxe traceime metas paraperdendo, o futuro. Todos descobri descoberta e aprendi a me amar esses três sendo anos foram bastante produtivos, pois foi amando. Agora vou embora, com ae certeza que aqui que conheci grandes pessoas aprendide a lidar aqui as vividiferenças. apenas o Minha começo de uma jornada incerta, com jornada pode ter acabado, acompanhada das pessoas mais certas, e que será mas jamais esquecerei as experiências que vivenciei percorrida crescida. aqui. Forampor trêsuma anosgarota de grandes aventuras e emoções.

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Daniel Cristovam Almeida Cunha, 17 anos, Goiânia, GO Amizade verdadeira supera as distâncias. Sair de casa e deixar os amigos pra trás, voltar e encontrá-los de braços abertos te esperando é tudo de bom. Mas, agora o coração sente falta de outros amigos também. Cada um espalhado pelo mundo. Um pedacinho do peito em cada Estado, em cada cantinho. Cada um deles é inesquecível. Siga a seta!

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“O imprevisto acontece e alguém te encontra. E te reencontra. Te reinventa. Te reencanta. Te recomeça.”

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Mateus Santos de França, 18 anos, João Pessoa, PB A maré da vida tem me levado a diversas conquistas. Com Deus no comando e a família no coração, tenho em mente meus objetivos. A jornada ainda não acabou e tempestades são certas, mas mantenho sempre o desejo de manter a alma de um guerreiro e a serenidade de um sábio. A cada batalha, novas são as experiências. Com força e fé, seguirei meu caminho até que minha felicidade seja um mar sem fim. Siga a seta!

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Felipe Soares Freitas, 17 anos, Araxá, MG Quando o menino entrou pela primeira vez nos portões da escola, trouxe na bagagem (além de roupas, e muito repelente) diversas expectativas e sonhos. Ele desfez as malas, pendurou as roupas no cabide e ali viveu. Aprendeu e cresceu, descobriu que o mundo estava muito além da sua visão. A escola virou lar, amigos viraram irmãos, professores tornaram-se exemplos. Agora, o rapaz refaz as malas, que estão mais pesadas; carregam novos sonhos, novas expectativas e o pesado peso da saudade. Siga a seta!

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Jordson Miranda, 17 anos, João Pessoa, PB Escolhas, que me levaram a muitos lugares. Vivi muitas coisas assim e como pôr tudo isso em 500 caracteres. Sou bem complexo e bem simples também.

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Luiz Felipe de Almeida Farias, 17 anos, Chapecó, SC

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Pois é... Chegou a hora de ir, já fui e voltei. Agora, vou e não volto! Siga a seta!

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“Possuo uma história de acasos, se assim for preferível acreditar.”

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Hiago Leal, Teófilo Otoni, MG Ceemos com o presente, pois o futuro anseia sua entrada. Longe de casa, o prenúncio do desconhecido excitava a mente. Hoje, o tempo sorri com ar de despedida e acena o adeus mais lamentável que existiu. Das inesperadas idas e vindas, por fim a derradeira partida, a que encerra o show, finaliza a peça e se despede do público. Algo novo pede para entrar em cartaz, espera-se novos personagens e novos enredos.Ciente de seu papel, o fim chega, limpa nossas lágrimas e nos força seguir. Siga a seta.

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Ariel Leite Cerqueira, 18 anos, Vitória da Conquista, BA Me olho no espelho e sinto que algo está diferente. Não é só meu rosto, meu cabelo, meu corpo. Mais de três anos se passaram desde o primeiro ‘passei’. Conhecer o desconhecido era o meu desejo. Muitas vezes, não fui o que gostaria de ter sido, e isso só me fez crescer mais. Contar com o outro se fez cada vez mais necessário; descobri que um simples abraço pode ser muito mais do que aparenta. O espelho me mostra diferente, mas sou o mesmo menino de sempre. E ah, se um dia se perder: siga a seta!

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“De tom em tom, entre tintas e telas, entre cifras e sons, fazemos da vida nossa maior composição. ” não quero nem

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Diógenes Montiel, 18 anos, Ibiapina, CE Chegou? Cheguei. Tornou-se? Tornei-me. Como ficou? Fiquei dodói. Pessoas? Inesquecíveis, indescritíveis. Momentos? Único. Moçovo? Família. Amparo? Amigos. Amigos? Céu x Inferno. Desafios? Encarados. Encontros? Desencontros. Medo? Tenho. Formou? Formei. Laços? Nos formam. Saudades? Inevítavel. Inevitável? ELA. Vai? Tenho que ir. E agora? Ei la, só digo uma coisa, SIGA A SETA!

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José Vítor Evangelista, 18 anos, Salvador, BA Um mês atrasado, jeito largado, talvez até meio desinteressado. Mas logo vieram os novos AMIGOS, as inúmeras felicidades, o Moçovo, o Olimpo, transformações, as dificuldades e a convivência com elas, levando, enfim, a superações. Então se passou um ano, depois outro. Logo, o local que já foi ponto de encontro, com o tempo, se tornou o da mais dolorosa despedida. Siga a seta!

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Gustavo Schlindwein da Silva, 17 anos, Brusque, SC Futebol, samba, família. Caraca, muleke! Só sei que passou voando e o que fica é a aprendizagem de viver 3 anos com pessoas que antes eram desconhecidas mas agora insubstituíveis. Agradeço a Deus, a meus pais e aos irmãos adotivos que aqui fiz. Siga a seta!

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Ígor Gouveia Soares, 17 anos, Arcoverde, PE Três anos espetaculares na minha vida, arrisco dizer que foram os melhores, apesar de ser tão jovem. Os Amigos, os Professores, a Escola, Todos ficarão guardados em nossas lembranças. Como passou rápido. Como num sonho em que quando a melhor parte começa, sempre acordamos. Uma história, uma fantástica história, que, certamente, será a preferida de nossos filhos e netos, chegou ao fim. À espera de um reencontro, parto em busca de novos sonhos e novas histórias. Siga a seta!

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“Acaba a escola, dispersamo-nos pelo Brasil. Mas o coração é forte e não falha na tarefa de nos juntar.”

Paula Henriques

Lucas Emanuel Marques Leão, 17 anos, São Gonçalo do Amarante, CE Agradeço a Deus por eu ter vindo estudar aqui e ter conhecido tantas pessoas importantes para mim. Cheguei como um menino e saio como um menino maior. Aprendi tantas coisas e vivi situações que nunca imaginei viver. Não vou dizer que tenha sido fácil, mas é obvio que valeu a pena. Nada acontece por acaso.

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Pedro Paulo Assunção da Silva, 18 anos, Caxias, MA Arrumei as malas. Despedi-me. Deixei meus amigos. Deixei minha família. Parti. A saudade veio logo, mas sabia que era só o começo. Resolvi viver um sonho. Nele, fiz irmãos. Passei por momentos que nunca esquecerei. Levarei comigo pessoas incríveis. Não faltaram os grandes obstáculos. Descobri sorrisos que estiveram comigo todos esses anos. Agora, a dor da saudade chega, mas a esperança de um reencontro também se faz presente. E a história se repete. Arrumei as malas. Despedi-me. Siga a seta!

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“E, se por um lado, me encherão de lembranças, por outro, me deixarão uma enorme falta, só coberta pela certeza da linda música que nós temos a compor.”

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Bruno Afonso Amancio, 17 anos, Araxá, MG Três anos se passaram. Tão rápido, porém tão marcantes em minha vida. Esparta, Möçovo, 104, PTOP. Por vários momentos eu passei.Em alguns eu chorei, em outros me alegrei. Mas não os esquecerei, porque essas são as lembranças que comigo levarei. Laços de amizades; Verdadeiras amizades eu encontrei. Com amores me deparei. E isso acaba assim? Não! Jamais! A distância causará saudades, mas nunca o esquecimento. Aliás, a saudade abre portas para o reencontro. A vida que segue. Siga a seta!des!

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Gabriela Monteiro de Carvalho Pereira, 17 anos, Teresina, PI Entre o anjo bíblico e a personagem de Jorge Amado, há uma grande distância. Só não maior a que separa uma Gabriela recém-saída da escola de freiras para a aluna da Esem. Entre o RJ e o PI: 2508 km. Entre 1° e 3° ano: um piscar de olhos. E haja somas, subtrações, multiplicações e divisões para descrever o que se deu nesse tempo. O futuro? Aponta pra um conjunto infinito de memórias e vagas probabilidades. Mas se nem os números são sempre absolutos, quem sou eu para procurar certezas?

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Rodrigo Winter Krause, 17 anos, Alta Floresta, MT A jornada começou há três anos com uma viagem cheia de receios e medo para um mundo desconhecido do outro lado do Brasil... sentimento que perdeu lugar para a certeza da melhor escolha já feita. Lágrimas, sorrisos, saudade, amadurecimento, abraços, laços, escolhas, amigos, 104 e agregados, 3B(ete) e família são alguns dos elementos da história entre o medo e a certeza. Tenho fé de que nem o tempo ou a distância vão apagar os momentos que passei aqui, pois eles estão guardados em meu coração.

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Lucas Almeida de Araújo, 18 anos, São Luís, MA Um caminho curto, porém intenso. Verdadeiros amigos, vários aprendizados; um amor. Formei uma nova família, que me proporcionou uma etapa de vida maravilhosa e muitas histórias pra contar. Seria uma injustiça, com esses três anos, escolher um único momento marcante. Foram tantos... Por isso, elejo todos. Dos mais tristes aos mais felizes. Pois foram eles, que fizeram da minha realidade, um sonho!

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“Encontrar-se imerso em um mar de novidades nunca foi tarefa fácil. Encontrar-se então imersa em um mar tão longe de casa foi mais difícil ainda.”

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Joice Karla Amorim de Freitas, 17 anos, Natal, RN, Sobre mim? Acho que tão incerta como a ópera da vida. O jeito é entrar nos embalos da orquestra e deixar a sinfonia decidir os acordes da melodia. Acordes de sorrisos, de lembranças e de descobertas. Sufocada pela saudade, pintarei as memórias de um sonho num céu amarelo. E com o coração mais leve com a promessa de reencontro, terei a certeza de que há coisas, sim, que são para sempre. Agora, resolvi: fiz-me um misto de saudade polvilhado pelo despertar de um sonho, (em) fim, de fim infinito.

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Marcos Vinícius Fidelis Bezerra, 17 anos, Natal, RN Eis que nossa canção começa a desafinar. Eis que cada um vai seguindo seu ritmo, percorrendo os palcos da saudade. Os desafios? Superamos, confiantes e unidos. Os momentos de alegria? Não podemos dar replay. Quando a última nota tocar, portanto, nada disso importará. Só vocês, queridos amigos. Sigo, pois, meu show, que está só no começo, com a consciência do dever cumprido e com a sede por um mundo repleto de descobertas e possibilidades. Até logo, meus caros. Amanhã, nos vemos em outros palcos.

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“Dizer sim a este lugar é assumir que pra sempre vai existir a saudade e faltar um pedacinho do nosso coração.” Juliana Giazzon

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Ellen Siqueira, 18 anos, Manaus, AM Cabeça nas nuvens, alma e pensamentos vagando pelas mais recônditas reentrâncias. Teme desesperadamente aquilo que possa lhe trazer à realidade. Seu passado, presente e futuro são feitos puramente de inconstância.

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Tatiane Cicoszki, 17 anos, Francisco Beltrão, PR Saberes amores flores, sorvete vento pássaros e pinhão. Sorrisos olhares medo, movimento versos palavras e sons. Força sol desejos, aventura curiosidade e vida. Livros lembranças consciência horizonte e emoção. Enfim... Felicidade. en “P

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Laura Diettrich, 17 anos, Farroupilha, RS Sem qualquer padrão ou certeza. Gosto mesmo é do inconstante, do que chega de repente. Dos sorrisos e dos abraços sinceros que vêm quando menos se espera. Da sobremesa boa em dia de semana. Gosto do vento, que chega despretensioso e nos conduz a lugares desconhecidos. Talvez por isso tenha vindo parar aqui. Afinal, a vida toda é em função da mudança. Mudança de escola, de cidade, de rotina, de realidade. O mundo de nada serve se não para ser virado do avesso. E é só o começo.

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Dhanilo Willyam Brelaz Costa, 18 anos, Manaus, AM Oi, eu sou o Dhan e não sei escrever bonito. Na verdade não sei nem o que escrever sobre mim. Prefiro o ao vivo, a conversa, as mesas do restaurante e a sinergia na troca dos sorrisos. Acho que eu não sou bem um conjunto de adjetivos. Eu sou o que estiver guardado em mim. Eu sou os abraços que eu dou.

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“Meu negócio é seca, é forró pé de serra, é oxente e vixe maria, é muriçoca e pinha, é aperrear e arrodear, é sertão sem chuva, é céu azul e estrelado, é caatinga.”

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Paula de Oliveira Henriques, 18anos, Rio de Janeiro, RJ No início, já era ponto. Era dúvida, era pergunta. Tornouse descoberta. Alegria, medo, raiva, amor: exclamações. Reticências por um tempo em que não se deve falar. Vírgula para as pausas. Pausa para o descanso, pausa para o céu azul. Pausa pra ver que o bom mesmo é voltar. E a volta? A volta não tem ponto, não tem dia, não tem hora. A ida, não. Marcada, certeira, a ida é pontual. Ida de quem lembrará, de quem fica e deixa a saudade. Mas a ida faz parte da vida e a vida não tem ponto final.

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Ana Paula Guimarães, 16anos, Goiânia, GO Com meu nome, aprendi que pequenas palavras têm grandes significados: Ana, céu, fim, sim e não. Mais ainda, aprendi que o melhor não se diz: acordos tácitos, olhares recíprocos, abraços e sorrisos. Os pedaços mais importantes dos grandiosos últimos três anos também tendem ao ínfimo: o misto da quinta; a esperada última aula de sexta; os apelidos de alunos e professores... Essas coisas, menores no tamanho, mas imensas no sentido, são as que guardamos naquele lugar pequeno e onde muito cabe: o coração.

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“Imagine só: um mosaico de histórias riquíssimo, composto por gente não só da mais diversa criação, mas da mais diversa origem.”

Ana Beatriz Aragão

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Rayssa Karoline Costa, 18 anos, Belém, PA O movimento não me é surpreendente, ele agoniza.Mas, seu maior desejo é, na verdade, vivacidade plena. Cada ação, controlada à risca pelo jogo da vida, degola as cabeças mais pensantes, pois liberdade faz parte do seu jogo faminto. A mãe de todos os prazeres é, e sempre será, a gula. Sendo assim,comamos, luxuriosamente, até que não possamos digerir mais nada. Então, nada mais fará sentido.

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Maria Luiza Nóbrega Lima Albuquerque, 16 anos Arapiraca, AL Sou de acreditar no que o mundo todo não acredita, que a gente pode mexer no tempo, que a gente pode passar por ele, pelas escolhas e voltar nele, pelas lembranças. É por elas que reconheço quem sou e, a cada momento, quem vou ser. E é também por elas que toda vez que a saudade apertar, vou fazer reviver cada abraço, cada riso. Acredito que o eterno depende de nós, que fazemos o nosso tempo.

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“O que construí aqui de melhor foi um castelo, e, dentro dele, há de tudo: notas musicais, histórias, amigos, e uma família que vou levar pra onde for.” . ”

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Ingridy Fernanda, 18 anos, Arcoverde, PE Síntese de memórias: é o que a vida me permitiu ser. Ainda caminho num labirinto de segredos, onde lembranças do passado se confundem com o presente. Curto sons que tocam e cheiros que marcam, pipoca, algodão doce, lua de São Jorge e estrela D’alva. Sei do que gosto, mas sei pouco sobre o que sou. Essa garota sempre acreditou na felicidade como opção. Pois bem, com licença, preciso entrar no táxi estacionado ali. Ele está à minha espera, tenho sonhos para caçar. É que, sabe, escolhi ser feliz.

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Julia Gasparini Aiolfi Sian, 17 anos, Aracruz, ES Insatisfeita, imperfeita, mas feliz, assim sou eu; Já chorei e sorri, já me iludi e superei... Meu coração fechado e calado, que se preservava apenas à família e às velhas amizades, hoje está aberto. Aberto? Aberto para novos lugares, novas pessoas, novos sotaques e costumes; Aberto e passível para viver tudo aquilo que nunca pensou viver. Passível? Passível a enfrentar novos desafios e a encarar novos mundos. Estou pronta para o NOVO, estou pronta para uma nova VIDA!

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Pedro Henrique Costa Carreiro, 17 anos, São Mateus, ES No começo, era aquela sensação de estar sonhando, que, aos pouquinhos, foi virando realidade, até que se concretizou e quando realmente a ficha caiu, vi outras 164 pessoas no mesmo lugar que me encontrava e um mar de incertezas. As incertezas sumiram rapidamente e, o que se viram foram sorrisos e a certeza de que estava valendo a pena, e valeu. Se os três anos foram rápidos? Não, acho que não, foram anos intensos, certamente, inesquecíveis e bem aproveitados.

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Mariana dos Santos Rodrigues, 17 anos Samambaia Norte, DF Quem sou eu? Não faço a mínima ideia. Estou me descobrindo e, sinceramente, acredito que nunca vou saber quem sou. Estou em constante mutação. Transformação. Literalmente uma metamorfose ambulante. E vamos combinar? A vida tem muito mais graça desse jeito!

“O caminho se fez de erros e acertos. E se soubéssemos de tudo o que sabemos agora... Bom, erraríamos tudo outra vez.”

Clarisse Borges

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Marlúcia Marques Fernandes, 18 anos, Ouro Preto, MG Eu vim atrás de algo novo, de um recomeço. Aqui, eu ri e chorei, entendendo que a vida tem muito a ensinar. Nas amizades e experiências fui me conhecendo e aprendi que a felicidade não está nos grandes momentos, mas na intensidade com a que vivemos os simples instantes de cada dia. Comecei a dar mais valor ao meu passado, e com essas idas e vindas, o que eu espero para o futuro é ser feliz e trazer comigo todas as saudades, porque isso significa que o passado foi bom e valeu a pena.

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Alana Soares Santos, 17 anos, Paulo Afonso, BA Sigo na certeza de que minha única certeza é a incerteza. Acredito no destino e me desagrado do que é monótono. O movimento me atrai e a instabilidade define uma parte de mim. Não me agrada ter respostas para tudo. Não me questione os porquês. Muitas vezes eles não existem. Sou feita de lembranças, até por que no fim, elas são as únicas que restam. E acredito no recomeço pelo fim; acredito no amor e também nas pessoas. Acredito em mim. E isso basta.

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Lincoln Gracioli, 17 anos, Rondonópolis, MT Muito prazer, meu nome é otário! Venho de outro tempo, mas sempre no horário. Acredito que os dragões até possam ser moinhos de vento, mas quem se importa? Faço-me da música; diferente como um rock alternativo, suave como um instrumental, zen como o reggae do fim de tarde, cheio de altos e baixos como qualquer melodia. Às vezes sou como um harmonioso SOL, outras um estridente DÓ, e quem sabe um duvidoso MI, mas nunca um desacompanhado RÉ.

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João Pedro Agra Gomes, 17 anos, Bodocó, PE Hoje olho pra trás e não me arrependo de nada, se pudesse, faria tudo igual. O tempo passou rápido. Momentos felizes e tristes, avulsos na memória, todos com algo em comum: guardados no meu coração. Sei que tudo tem seu fim, e por isso, o meu maior desejo é que o para sempre coubesse no bolso, pois, assim guardaria-o comigo.

“O coração incha, desespera, se debate, porque sabe que vai ser esmagado no abraço derradeiro, sufocante e prolongado no qual chegará tão perto daquele outro coração.”

Ana Beatriz Aragão

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Evelyn dos Santos Ferreira, 17 anos, Dourados, MS Ao sair do meu estado, pouco sabia o que me esperava. O desconhecido me dava medo, mas, vontade e coragem de enfrentar. Não foram apenas 3 anos, foram momentos de luta, felicidade e de outros milhares de sentimentos que não me cabe aqui listá-los. Porém, me cabe dizer, que eu não mudaria nada, nem uma vírgula ou ponto. Aprendi que felicidade vem com coisas pequenas e de graça. Sei que sentirei falta, mas o que me espera é muito maior e o orgulho por ter vivido tudo isso só vai aumentar.

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Allana Maychat Pereira Oliveira, 17 anos, Belo Jardim, PE Eu sou uma contradição. Pequena, mas com um coração grande. Impaciente, mas carinhosa. Ao mesmo tempo em que preciso ter tempo só para mim, tenho a necessidade de estar com pessoas próximas a mim. Muitas vezes, nem eu me entendo. Convido-te a entrar no meu mundo particular e se divertir com a minha inconstância e desatino.

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“E, com o coração apertado pela dor da partida, tenho um daqueles episódios de lucidez: há coisas, sim, que são para sempre”

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Mariel Hang de Oliveira, 17 anos, Joinville, SC Caro Leitor, Escrevo-te o meu epílogo, mas prometo que será tão pequeno quanto quem escreve a ti. É difícil me descrever em palavras, queria poder te falar tudo que ocorreu nesses últimos anos. Assim, entenderias quem sou, quem eu encontrei em mim. Mas agora, no fim da nossa partitura, só nos restam os aplausos... O último acorde...Digo-te adeus, sentindo até logo, desejando para sempre e que seja eterno enquanto dure. Com saudades, Eu.

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Otto Menegasso Pires, 17 anos, Lages, SC Nunca me dei bem com finais de histórias. Eu sei, eu sei, depois de ver tantos, seria normal que eu já estivesse acostumado. Mas não é sempre que se acompanha uma saga tão longa. Agora, só restaram as perguntas: “Para onde eles foram?”, “Isso realmente terminou assim?”, “Que horas é a colação mesmo?”. Por isso que eu não gosto de finais, nada acaba no fim. Então, que essa história não acabe com um fim, façamos para ela um epílogo e que, após, venham-se novas histórias.

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João Eduardo, 17 anos, São Luís, MA João Eduardo, São Luís. Nasci em Brasília. Brinco, alargador, tatuagem, alegria, tempo livre, ser livre. Queria ter tudo. Ao mesmo tempo. Não tenho. Ter tenho, mas não tenho tudo o que quero ter. Tive. Tenho. Terei. Espero ter. Quem sabe? Eu, não. Acho que não, pelo menos. Não sei se vou mudar de opinião. Não me importo muito. Ou me importo muito e não me importo de me importar muito. Ou não. Ou sim. Quem sabe? Eu não. Acho que não, pelo menos.

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Pedro Carvalho Leite, 18 anos, Rio de Janeiro, RJ Um amigo fiel, parceiro, brincalhão e sempre aberto a novas amizades. Bem, é assim que eu sou e foi assim que eu tentei traçar meu caminho por este colégio. Fiz amigos que vou levar pra vida toda e vivi momentos que jamais vou esquecer. Posso não ter feito tudo que queria nessa minha passagem, mas sabe? Nessa “Infinita Highway” que é a vida, nada pra mim é “Tempo Perdido”. Uma vez que nesses “Tempos Modernos” eu aproveitei a vida sob um “Céu Azul” de um jeito que “Só os Loucos Sabem”.

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Júlio César Nascimento Sobrinho, 18 anos, Gurupi, TO Como em qualquer outro jogo, adicionar o God Mode é o mais útil de todos os códigos, pois o torna invulnerável. Há, porém, condições para ativá-lo: deve ser feito em um ambiente multiplayer, pois é unindo-se a outros como você que se ascende. Ao compreender como se conectar a outros jogadores, vocês unem seus desejos para descobrir o sentido da vida, e é assim que o God Mode é adicionado. Vocês se tornam, enfim, invulneráveis e superam qualquer limite encontrado no caminho, revelando a Verdade

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E um, e dois, e três e quatro.

Os dias passam e o ritmo acelera.

Quando nos damos conta, já fazemos parte disso tudo. Os altos e baixos se fazem presente nos

nossos dias e noites, meio enrolados com um riso gostoso e o abraço afogado nos braços de quem há pouquíssimo tempo era simplesmente um estranho.

Estranhos? Não nos parecemos mais. Estamos mais pra irmãos por acaso, que dividem tudo: o

dormir, a mesa, a alegria, o choro – e com sorte, chocolate. Dividimo-nos. Mas não por completo: nossos passos, por hora, seguem juntos.

E juntos é que nos formamos. O som do meu sotaque puxadinho se junta com o seu aberto e veja

só, somos melodia. Somos o batuque, a percussão, o laialaiá. Somos o som pulsante que corre pelos corredores. O passo que se marca lado a lado. Com nossos passos misturados, somos sinfonia.

Somos o som que grita, que sussurra, que só de ouvir dá vontade de guardar numa garrafa pra

matar a saudade que vem. Somos a singularidade de cada sol na junção de nós. Nos tocamos, embalamos, juntamos. Na vida que segue afobada, não há espaço para solidão – no lugar, temos o som do

coração ao lado. É que na trilha sonora de nossas vidas, somos discos combinados: todos sem pausa – a sinfonia é corrente como o tempo que escorre a cada instante.

Nesse instante vivo, cada segundo é um verso. E no nosso infinito com prazo pra acabar, sabemos

a nossa música de cor(ação).

E um, e dois, e três. E quatro... Carolina Lovatto, Verenna Klein e Otto Menegasso

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Sara Melissa Furtado Arnoud, 17 anos, Ananindeua, PA Sempre tive problemas em lembrar-me das coisas. Quem convive comigo que o diga. Mas, diante do que vivi e das pessoas que conheci, é impossível esquecer esses três anos. Foram realmente muito intensos, cheios de novidade, de aprendizados e de laços. Lembranças. Não sei se foram os melhores, ainda tenho muitos outros pela frente. Porém, sem dúvida, inesquecíveis e eternos dentro de mim. Não acho que seja o fim de um período maravilhoso, mas sim uma nova etapa dele.

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“Tenho toda a certeza de que esse foi o melhor risco em que me joguei de alma e coração.” Mariel Hang

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Gabriel Rossetto Marques, 17 anos, Cascavel, PR Não sou a pessoa certa para me descrever, talvez porque essa pessoa não exista. Palavras não bastam para definir um ser humano. O que é certo é que esses 3 anos me proporcionaram momentos incríveis e únicos e deram-me as melhores amizades da minha vida, mas (in)felizmente tudo tem um fim, e espero que seja o melhor para todos nós. Qualquer dia desses a gente se encontra por aí...

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Camila Alves de Amorim, 17 anos, Ribeirão Preto, SP Como me definir? Quando tudo o que temos é um papel, uma caneta e nosso conceito sobre nós mesmos já não é tão fácil assim. Na realidade, sou só alguém escrevendo sobre esse mesmo alguém. Alguém que chegou, ficou e agora está indo embora. Alguém comum, que tem medo do escuro, mas talvez apenas por ele ser menos nebuloso do que eu mesma. Alguém que fala e fala, mas, muitas vezes, sem significar nada. Palavras, palavras, palavras. Eu não caibo em todas elas.

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Gabriel Lopes de Carvalho, Pedro Ivo Moraes de Souza,18 17anos, anos,Samambaia Maceió, ALNorte, DF “M OUma fechar umamomentos. cortina só Um demarca um vida,de vários dia 29 odevindouro fevereiro de e uma espetáculo maior. No início? Sorrisos desconhecidos canção deainda mesmo nome. Cordas em vida, momentos efelizes, curiosos, lágrimas dosAmigos olhos dos pais que confusões, umvertendo gol na final. inesperados, demoraríamos a ver demuitas novo. Quanto ao espetáculo? dúvidas e mudanças, mudanças. Felicidade? Cada passo improvisado era Virou o mais intensamente A cada momento. Saudade? rotina. Palco ou aproveitado, os erros de fala eram só pretexto Quadra? Umaecerteza, os melhores momentos foram pra sorriso. AProfessores cortina se fecha agora,amigos com um os mais inesperados. que viram e sentimento um passado ainda eles presente, mas com amigos quede viram irmãos, sejam mais velhos ou amais consciência do dever a esperança de novos. 2012 – 2014,cumprido uma nova evida, encerro meu pisar novamente nesse palcoàchamado discurso e cedo meu tempo mesa. ESEM.

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Wilson Lopes, 16 anos, Arcoverde, PE No caminho do louco, divaga. Quanto à vida, muitos devaneios. Seguro apenas da certeza da loucura. Da inocente inconsciência. Do deslumbre. Quanto à sorte, o proveito. O agora afortunado. O amanhã de azar. A natureza cíclica do homem. Quanto ao mundo, a totalidade do ser. O esplendor da vida. Seus múltiplos caminhos.

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“Aconteceu do mesmo jeito que alguém cai no sono: gradativamente e de repente, de uma hora para outra.”

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Elisa Bordignon, 17 anos, Criciúma, SC. Nunca gostei de saudade, até porque eu não sentia - por isso, me parecia algo bobo, inexistente, invenção. Tive certo, para mim, de que nós estaríamos apartadas toda minha vida. Era bom, não acha? Poderia viver em qualquer lugar sem culpa ou lembrança fantasmagórica. Seria realmente livre. Mas, foi só questão de me desfazer da minha esfera exata e abrir espaço para outra bolha. Pronta para receber o amor que merecia, esse lugar inaugurou esse termo que agora é intrínseco à minha existência: saudade.

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Sylviane da Silva Vitor, 17 anos, Rio de Janeiro, RJ Não importa quantas versões eu reconheça no espelho, há em todas essência.O problema é que se misturaram, então não cabe definir-me. Falo, então, da saudade. Isso de quem vai (e veio) de ombros carregados e coragem para se distrair. Saudade pode ser de três anos, um dia e até de um olhar desencontrado. A diferença é que vivi aqui, no centro da bolha, e o difícil será recompor-me ao estourar. Sei que estamos fadados à lucidez, mas, enquanto o mundo gira mais menos rápido, sonho os mesmos sonhos.

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“Convivo com amigos que no decorrer do metódico cotidiano me recordam porque vale a pena viver no cotidiano.”

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Ian Porto C. de Faria, 16 anos, São José dos Campos, SP Se está lendo isso, é porque me formei. Você sabia que a 1° armadilha de urso foi criada no atual Canadá e consistia em uma pedra banhada por mel presa a uma árvore? O urso bate na pedra, a pedra bate no urso. Formigas odeiam manjericão. A cenoura laranja foi criada para a família imperial holandesa -Orange- e chegou ao Brasil na invasão de Pernambuco em 1630. Napoleão e Hitler colaboraram indiretamente com a criação da Nutella, antes chamada de “gianduia”. Informação com Selo Ian De Qualidade™.

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Heitor Hideki Shimada, 17 anos, Araxá, MG Como explicar 3 anos tão especiais? Não se explica, se vive. No primeiro passo, a curiosidade toma o coração, é o nascimento de um novo mundo para ser desbravado. Os desafios não podiam ser mais difíceis, mas eu não estou sozinho, alguns andam ao meu lado, me acompanhando, outros, à frente, me guiando, e há aqueles que estão atrás, me empurrando para nunca desistir. Mas agora, estou na encruzilhada, pronto para as despedidas, porém na expectativa do reencontro e na certeza de que vivi cada momento.

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Filipe Fernandes Fiedler, 17 anos, Teófilo Otoni, MG O tempo é como um rio. Nele estamos todos imersos. A correnteza é lenta, mas potente – é impossível voltar. Que bom! Garante-se então a eternidade dos momentos dos quais somos feitos. Conversas, brigas, surpresas e sonhos. Sorrisos, medos, conquistas e erros. Muitos torcem para que, no fim do rio, tudo isso faça sentido. Eu não. Eu me sentiria bem em saber que a vida é só isso. Apenas momentos. A Escola Sesc de Ensino Médio foi uma vida suficiente por si só. Uma vida dentro de outra vida.

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Carlos Roberto, 17 anos, Rio Branco, AC Carlos Roberto do Acre não escreveu nada, pois tudo que foi vivido aqui não cabe em 500 carateres.

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“Era a amizade de viver uma vida partilhada, de encaixar-se naturalmente. De cultivar, como diria Mário Quintana, seus chatos prediletos.”

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Ana Beatriz Aragão

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Guilherme Arruda Fernandes, 17 anos, Maringá, PR A vida é constituída de inúmeras fases e o Ensino Médio é uma delas. Graças à ESEM consegui evoluir muito psicologica, social e até fisicamente. Serei eternamente grato à escola por isso. E como sei que a vida é um jogo no qual quem não joga não vive, sei que as experiências adquiridas aqui me ajudarão a evoluir, tornar-me melhor e enfrentar o grande Boss dessa fase... O VESTIBULAR

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Fernando Augusto de Oliveira Ganzella, 17 anos, Jacarezinho, PR Se hoje deito sob à luz da lamparina e vejo sobre mim aquelas muitas outras luzes brilhando lá ao longe, no inalcançável, sei que uma delas é o reflexo da minha e as outras são os reflexos dos muitos que me cercam. Se hoje me levanto para alcançar o que antes não conseguia e olho para baixo por um momento, sei que todos os deslizes que tive, as escolhas que fiz e os momentos de dor serviram para algo: eles agora são os combustíveis que fazem a minha lamparina permanecer acesa.

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“Dá-se, então, os últimos ajustes dessa composição formada pela vibração de muitos corpos. Compõe-se uma melodia que perpassa os ouvidos e é sentida, intensamente, com o coração.”

Felipe Bigaran da Silva, 17 anos, Jacarezinho, PR Um pouquinho mais para a direita. Aí, perfeito. É difícil se enquadrar, né? Você custa a se alinhar e quando vê, a foto não saiu boa. Pior ainda quando você se faz acreditar que estava tudo bem, mas não estava. Era tudo coisa da sua cabeça. Bom, mas o importante é você saber que uma hora a foto perfeita sairá. Nela, você estará feliz e alegre, como deve ser. Mas depois de tirada, o momento da foto acaba. Fico feliz apenas de saber que estará sempre na minha memória.

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Ana Carolina de Souza


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Gabriela Beatriz Leonhardt, 17 anos, Venâncio Aires, RS Tempo... Estou completamente perdida nele. Parece que foi ontem que senti medo do novo e que chorei de saudade. Hoje, percebo que o sonho tornou-se realidade e, num piscar de olhos, acabou. Três anos duraram décadas, mas passaram como se fossem semanas. Tempo, tão difícil defini-lo. Nesse tempo, fiz a emoção superar qualquer reação, chorei por chorar, ri quando não tive o que fazer. Cresci e aprendi. Desse tempo, o que resta é a saudade e a vontade de voltar no tempo.

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Carolinna Victório, 17 anos, Campo Grande MS Os ponteiros da vida marcam instantes que guardo numa caixinha azul-imaginária; onde conservo minha coleção particular de realidade. Nela, dividem espaço novelos de sonho, abraços, pessoas-saudade, cartas, amigos-presentes, a chuva, fotografias, perfumes, nanquim,fragmentos, cristais, fadas-madrinhas, um Calidoscópio... Memórias. Nesse espaço mental em que o vir-a-ser se mescla com o passado, e o presente, a toda hora, se transforma em nostalgia... Sem ponto final, sou.

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Pedro Henrique Chaves Maia, 17 anos, Rio de Janeiro, RJ Sei agora, depois de 3 memoráveis anos, que vir pra cá foi a melhor decisão que poderia tomar. Conheci as pessoas mais marcantes que esse Brasil deve ter, fiz amizades que irão durar por muito mais que o tão pequeno ensino médio e claro, tive a tão estranha sensação de sentir saudades da escola nas férias. E agora, depois de tanto sentir e viver este lugar, se despedir é mais uma grande experiência que me dá tanta certeza de que aqui é onde eu deveria estar.

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“As semanas longas e dias curtos agora são dias longos e semanas curtas. As injeções diárias de esperança foram sendo gradativamente substituídas por pequenas doses de maturidade.”

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Fabiana Samtos Milhomem, 17 anos, Goiânia, GO Os olhos cheios de lágrimas, o coração apertado, a mente cheia de memórias. É assim que me despeço das confissões de corredor, das músicas do quarto, dos finais de semana entre biblioteca e pilotis. Despeçome da certeza de ter fisicamente perto aqueles que se fizeram essenciais durante os anos longe da família. Só não me despeço do amor que recebi e cultivei nesse período, muito menos da saudade, que já faz parte de mim.

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Lívia Mendes, 17 anos, Fortaleza, CE Olá, meu nome é Lívia Mendes e sou do Ceará. Vivi anos. Anos que mudaram a menina que quando aqui chegou, achava que o mundo era dela, e era mesmo, só que não só dela. Ela aprendeu a compartilhar tudo, até sentimentos. Aprendeu a perdoar. Aprendeu como se faz uma boa festa. Jogou. Três cores marcaram sua vida, aos amarelos sua admiração, aos vermelhos, seu orgulho, e, aos verdes, seu amor. De agradecimento, sua alma está cheia. E com o peito estufado, coberto pelo manto rosa e preto, ela diz: Sou uma censurada!

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“Atualmente, eu vivo de saudade. Quando me encontro aqui, saudades dos de lá e quando estou lá, saudades dos daqui.”

Ana Flávia Novais

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Daniella Brito, 18 anos, Goiânia, GO Mas iremos achar o tom, um acorde com lindo som e fazer com que fique bom o nosso cantar. E a gente vai ser feliz, olha nós outra vez no ar, o show tem que continuar.” Isso descreve meus últimos 3 anos de experiência. Muitos foram os obstáculos superados, e o resultado? Muitos amigos, muitas histórias, muita VIDA, nenhum arrependimento. Uma linda música foi criada, porém, ainda não foi terminada, e eu não tenho pressa, porque, afinal, a melodia tem que continuar.

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ViníciusOshiro, Ferreira anos,Grande, Boa Vista, Jéssica 17Esbell, anos, 17 Campo MSRR Nós somos invenção nossa; inventamos o ser , oalto sentir, Sou menina alegre e gulosa, que gosta de balançar até a felicidade, a tristeza e a necessidade; inventamos o alcançar os sonhos. Em um desses balanços, caí em um inventar e os inventados. Nós inventamos os nomes morrinho de pedras portuguesas tão confortáveis que e demos posse delessuspiros. a nós; Trilhei inventamos o ser e segui descalça e colhi sorrindo cada somos o que somos; inventamos o costume e nos curva, tomei chuva e saborei abraços. Agora, se vou acostumamos a nós; nos acostumamos enquanto ou volto, só o balanço dirá. Seja como for, estarei nós. Mas, agora, inventados, não somos. Fomos. E repleta. Afinal, entre amigos e afazeres, lotei a alma fomos direito. Agora, inventados, é ponto. Mas é só de sabedoria rara e semeei pedaços do meu coração um ponto; que se faz apenas parte de outras muitas em todos que me cativaram. retas e curvas que a gente ainda tem que inventar.

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Ana Beatriz Motta Aragão Cortez., 17 anos, Campinas, SP Uma mancha da Via Láctea percorrida em um estalar de dedos, que um a um e, ao mesmo tempo, compuseram ritmo de batidão. Cada passo um ano-luz, pontilhado de supernovas pequeninas chamadas heranças. O legado é a lembrança, esparramada suave e perene feito pó de estrela. Gravitamos ao redor do espaço sagrado da presença das ausências, como diriam por aí. Pousamos com solavanco do peito apertado nas asas de outro planeta. Os anéis de Saturno são, na verdade, estrada pronta.

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Pedro Ivo Moraes deSanto Souza, 17 anos, Lais Quiles, 17 anos, Antônio daMaceió, Platina, AL PR Uma vida, vários UmAs diaâncoras 29 de fevereiro e uma Chegou sem sabermomentos. o que esperar. que a prendiam canção mesmo Cordas em vida, momentos no porto de seguro eramnome. as amigas. Os inseparáveis 13 anos felizes,uma confusões, um gol na final. Amigos inesperados, deram pausa. Chegou com a maior timidez já vista. e mudanças, muitas mudanças. Adúvidas incerteza de que ficaria ali por três anosFelicidade? a rondou. A cada momento. Saudade? Virou rotina. ou Começou assim, já com desafios. Porém, diaPalco pós dia Quadra? aUma certeza, os melhores momentos foram aprendia crescer. A cada mês, mais segurança ela os inesperados. quelembrança viram amigos e sentia. O que foiProfessores vivido, seria eterna. amigos que viramsem irmãos, sejam eles mais mais velhos ou Cresceu, e agora medo e com bagagem maisperto novos. – 2014, umamundos, nova vida, encerro está de2012 encarar outros mas sabe meu que discurso cedo meu tempo à mesa. dessa vezenão está sozinha.

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Beatriz Matos Anunciação, 17anos, Vitória da Conquista, BA Se eu pudesse resumir esses três anos em uma só palavra, ela seria amor. Amor por minha família. Amor por tudo o que eu deixei. Amor pelo passado. Amor por meus amigos. Amor por cada momento. Amor por minha casa. Amor por tudo que construí aqui. Amor pelo presente. Amor pela vida. Amor por tudo que ainda vou viver. Amor pelo futuro. Amor pelos sonhos. Amor pelo tempo. Enfim, agora, amor pela saudade. 45

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Clarisse Borges, 17 anos, Rio de Janeiro, RJ O futuro é incerteza, o passado, escolha, e o agora, um presente. No clichê da fábula do tempo, já disse o poeta que sonhos não envelhecem. E não o fazem porque, para o bom sonhador, cada segundo é poesia. 1, 2, 3 estrofes. E verso a verso, tecemos o mais finito dos infinitos. Para os que escolheram viver de saudade, o preço do amanhã é o próprio hoje. E, se o agora é um presente, como deixá-lo por um futuro que é incerteza? A resposta está na escolha do passado. Mais uma vez, é hora de pagar pra ver.

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“Foi aqui, nessa bolha de malucos, que descobri o quão grande é o valor de um abraço.” o

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Ana Flávia Barbosa Matias, 17 anos, Novo Cruzeiro, MG Venho de uma terra escondida, por detrás dos vales, por detrás dos montes. Aqui, recomecei. Deixei que me invadisse a essência do sonho, do medo e do novo. O sonho se realizou, o medo sumiu e o novo virou rotina. A rotina permitiu que se criassem ligas. E essas ligas formaram laços. E dos laços veio a certeza. Certeza de que aqui aprendi mais do que Português, Matemática ou Biologia. Aprendi a crescer e a valorizar cada matéria que a vida se propôs a me ensinar.

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Alfredo Alex Rabelo Dias, 17 anos, Macapá, AP Surgiu assim do nada em uma manhã ensolarada de um sábado qualquer. Imediatamente, veio o primeiro ato. Muitas sensações de difícil descrição. Encontros, desencontros e alguns momentos bons, ou não. Logo em seguida, um misto de sistematizações e espontaneidades delirantes. Ah bebê, muitos risos, agora espontâneos. Fui afortunado. Assim nos aproximamos do final, não menos importante, o momento de consolidação dos laços aqui formados. E, mais uma vez, inicia-se o fim ou na verdade um recomeço.

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Marckson Martins Santos, 18 anos, Rio de Janeiro, RJ Uma pessoa de Exatas, desafiada a filosofar sobre a vida. De onde venho? Do Rio de Janeiro, mas onde estou agora já colocou em xeque minha essência carioquês e fez surgir minha brasilidade. Onde estou? Onde alguns diriam que entrei mudo e sairei calado, mas não, porque aqui encontrei quem escutou perfeitamente o meu silêncio e encontrou nele quem sou. Pra onde vou? Sinceramente, não importa, desde de que eu guarde sempre comigo o que aprendi e, principalmente, quem conheci aqui.

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Erika Pereira Franco, 17 anos, Manaus- AM Três pontos de interrogação. Reticência com tom de dúvida. Girando os ponteiros do relógio e sacudindo a ampulheta na vil esperança de mudar o tempo. Tentando uma, duas, três vezes e parando a um passo do destino. Enchendo a gaveta com angústias, pulsando alegria e desejos na circulação. Sou as incansáveis negativas enquanto meu peito grita afirmações. O ponto, a vírgula, a exclamação. Sou eu entre minhas quedas e tropeços. E, diante de tudo o que sobra a entender, sou muito a escrever.

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“Sei que tudo tem seu fim, e, por isso, meu maior desejo é que o para sempre coubesse no bolso, pois assim o guardaria comigo.”

João Pedro Agra Gomes

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48

Paula Nicolay, 18 anos, Venâncio Aires, RS Camarada, de onde vem essa febre? Esse rebuliço na barriga? Um aperto no coração. Vem do norte, do sul, d’oeste ou da saudade? Do amanhecer, do entardecer, anoitecer ou envelhecer? Percebi que vem. E vem com o vento e com o pensamento. Que juntam tudo e trazem nostalgia. Vem como quem não queria vir. Vem e nos bagunça por inteiro. Carregam um tempo. Esse, pois, rei dos reis, nos joga dessa sinuca. Jogou-nos aqui, tacou-nos para cá. Passaram então certezas e dúvidas. Do tempo em que vivemos. Dias felizes aqui.

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Fidel Esteves, 17 anos, Salvador, BA Passei aqui os anos que mais me amadureceram. O que não quer dizer muita coisa. Brincadeiras à parte, nessa escola, construi metas e planos que me construíram.

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“Uma vida intercalada de uma série de memórias assim como os ‘heys’ intercalam um parabéns.”

Ariel Abonízio

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Paulo Gabriel de Melo Rosa Oliveira, 17 anos, Londrina, PR Vim do norte do Paraná, vivi, em três anos, experiências inigualáveis e aprendi a ser, a viver e a conhecer. Ganhei uma nova casa temporária, construí uma verdadeira família com os amigos e educadores, me desenvolvi de maneira imensurável. Saio agora ao mundo como uma nova pessoa, um artista, que consegue transformar a vida numa grande obra de arte. Em que cada momento vira uma grande e bela peça no museu do meu ser.

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Gabriella Leite Sampaio, 17 anos, Piracanjuba, GO Foram alguns anos dourados. Começou com olhos marejados que nunca tinham visto o mar. O mergulho foi profundo. Desbravar, descobrir e desvendar foram meus norteadores. Assim, pelo universo viajei, vi igrejas pomposas, minas assombradas e estrelas que se perdiam na imensidão. Mas nada se compara à amizade que nessa jornada encontrei. Sempre soube que a raposa estava certa. Isso tudo pode até ser coisa de maluco, mas posso te contar um segredo? As melhores pessoas são assim.

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Nayara Luisa Werner Moreira, 17 anos, Cuiabá, MT Quantos pensamentos foram mudados ou aprofundados? Quantas pessoas novas conheci? Quantas refeições passei com amigos em uma mesa cuidadosamente selecionada? Quantas histórias estão inundadas de maravilhosas lembranças e significados? São tantas experiências que fica difícil quantificá-las. Tenho certeza de que esses três anos valeram a pena, pois os bons momentos os tornaram inesquecíveis. O que resta agora é a saudade.

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Vinícios Mees, 17 anos, Santa Cruz do Sul, RS Foi preciso coragem para cair nessa aventura. Águas desconhecidas revelaram pessoas incríveis e uma nova casa nesses três anos. Em meio as tarefas e a prazos reduzidos, surgiram os sorrisos e abraços apertados dos amigos. Chegou a hora, porém, de seguir em frente, mudar a rota. No coração, ficam guardados todos os pequenos momentos. No bolso, uma bússola que aponta para o horizonte.

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Júlia Baldi de Luccas, 16 anos, São Bernardo do Campo, SP Se jogar, não são muitos que o façam. Pelo menos, não era o que eu fazia. Mas depois de pular de cabeça pela primeira vez, parece que vicia. Aquele frio na barriga, a dúvida, a ansiedade. Chegou o fim e mergulho mais uma vez. Mergulho em risadas, em sorrisos e em saudade. Agora é hora de abraçar novas experiências e dar adeus aos três anos mais intensos que já vivi. E o que fica? Amizades, aquela mesa, vivências e a lembrança da melhor turma de todos os tempos.

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Francilio Ribeiro Júnior, 17 anos, Teresina, PI Três anos se passaram e um ciclo terminou. Saí de casa com a cara e a coragem na busca de um sonho que parecia impossível. No início, estava meio receoso, pois, ao mesmo tempo em que a perspectiva de criar novos laços me animava ela também me assustava. Mas, com o passar dos anos, me encontrei como estudante, colega de quarto e amigo. Hoje, o que antes era sonho virou uma realidade difícil de largar: experiências únicas, amigos inesquecíveis e uma escola que virou uma segunda família.

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“O tempo é um tanto “improvável”, ora ele passa voando, ora dá passos curtos e lentos.” ositor de desti

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Luís Claudio Cantanhêde Martins, 17 anos, Brasília, DF No meio do caminho tinha uma escola, tinha uma escola no meio do caminho. Parei no meio do caminho. Determinado a aprender, agora, sei alguma coisa sobre a vida. Descobri que sair de casa em busca de um novo mundo atrai novos Amigos e conhecimentos. Mas o melhor de tudo são as reflexões e as experiências que dão a resposta para perguntas que aparentemente não teriam. Por isso, nunca me esquecerei de que no meio do caminho tinha uma escola.

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Raniele Juvêncio, 16 anos, Macapá, AP Há cerca de três anos, hesitei sobre que decisão tomar. Hoje sei que não me arrependo dela. O que construí aqui durante esse tempo é desproporcional a um período tão curto. Conhecer o Brasil inteiro de uma vez só é uma experiência inacreditável. As amizades concretizadas, nesse pequeno espaço, são incrivelmente fortes. Agora, o fim dessa fase permite a abertura de mais uma porta que reserva muitas outras surpresas.

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Marcos Jhonny, 17 anos, Rio Branco, AC Um desafio era o que se elevava no ano de 2011. A busca por uma educação de qualidade era a força motriz de um adolescente que viu surgir em uma Escola Residência a sua grande chance. Fácil? Sabia que assim não seria, mas resolvi embarcar. Hoje, é impossível medir os reflexos daquela árdua decisão. Em meio aos estudos, vi irromper um mundo bem mais complexo, com Amigos e Colegas de Quarto inesquecíveis. Agora, saio desse marcante microcosmos com a certeza de que há três anos fiz a escolha certa.

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Rodrigo Silva de Brito 18 anos, São João de Meriti, RJ Palavras sintéticas e artificiais não definem toda a complexidade da trama tecida nestes três anos. Hoje, ofuscado pelo partir do mesmo trem da dúvida que me trouxe aqui em 2012, sigo levando, além da intencional bagagem acadêmica, laços afetivos incomensuráveis. Dessa forma, o núcleo do quarto, da mesa da colação, entre tantos, certamente permanecerão vivos como os organismos que são. Quanto ao futuro, o incerto nos aguarda, só podemos caminhar para construí-lo da forma mais elegante possível.

“Percebi que num metro quadrado cabem quilômetros de Brasil.”

Verenna Klein

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Leonardo Santos Prudencio, 17 anos, São João de Meriti, RJ Não serei tão autoritário a ponto de dizer quem sou. Com ares de especialista no assunto, definir-me, apenas com minhas palavras, tiraria toda a sua mágica, que acaba por se tornar seu maior encanto. Afinal, não haveria graça alguma em fazer uma fórmula pronta de mim mesmo. Por isso, deixo o retrato preto e branco da minha história como herança para as mémorias dos transeuntes que passaram pela minha vida, para que possam colorir ou descolori-lo da maneira que quiserem.

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Alana Costa Marin, 17 anos, Aracruz, ES De nada vale tentar me definir. Não há o que definir. Sou sujeito implícito, palavra oculta, sou neologismo. E vou, querendo não me explicar, contente por existir.

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“As horas, outrora mortas, repletas de ócio e “vaziez”, de unhas pintadas e silêncio, vieram a ser preenchidas por sotaques e pessoas de vários lugares, com andares diferentes”

Carolinna Victório

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Clara Cid, 17 anos, Manaus, AM Quando pequena, não gostava de pique-esconde: era muito chato ter que se esconder sozinha - ela preferia o coletivo ao individual - e sempre saia correndo, se entregava e ficava junto dos outros. Essa vontade de estar com as pessoas levou a jovem de volta às montanhas do Rio. Lá, conheceu muitas histórias que se misturaram à sua. Hoje, agrega as pessoas, deixando de ser indivíduo simples, único: ela é Clara e todos.

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Letícia Cantarelli de Almeida Sabio, 18 anos, Boa Vista, RR Cantar sempre traz lembranças. Recorda beijos, sorrisos e emoções numa aventura de internas sensações. Cantando, aos acordes de uma bela canção “mando depressa ir embora a saudade que mora no meu coração”. Ou não. Às vezes, só aumenta com a batida da instrumentação. E se foram tantos tempos de alegria, “Momentos de magia, muitas formas para amar” Restando-nos só celebrar com paixão o que virá. Como tem que ser. Dando asas à imaginação. Seguir sorrindo, cantando e construindo mais momentos de carinho.

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Niara Dezotti Carnaúba, 17 anos, Brasília, DF O tempo é como um moinho: de início, parece inerte, imóvel, circundando sobre si mesmo. Porém, cada ciclo é diferente: requer novas águas e novos ares. É por meio disso que ele adquire impulso para girar e gerar energia que movimente outros moinhos. É assim que os ciclos temporais funcionam: às vezes, a água acaba, mas sempre há um vento que dê o impulso para seguir em frente. Daqui em diante, será difícil ter força para girá-lo, pois grande era a intensidade das águas, mas sempre há tempo.

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Raquel Ferreira de Albuquerque, 17 anos, Rio de Janeiro ,RJ Quanto a ela? Possui personalidade extremamente sensível à sorrisos, é lotada de efêmeros paradoxos e indiscutivelmente enrolada. Quanto ao tempo? Tudo passou muito rápido, e a memória a trai a cada dia vivido. Sinto que já tenho um pé fora da escola, mas um coração inteiro aqui dentro. Coração bipartido em saudade e mais saudade Quanto aos amigos? Lágrimas secas e olhos cheios de sentimento. Quanto ao futuro? O incerto torna qualquer experiência surpreendente. Pode acreditar,eu já provei.

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Giulia Barros, 17 anos, Almenara, MG Difícil dizer sobre o presente, sobre o futuro. Talvez, o agora seja feito de lágrimas, que sempre escorrerão ao rever essas páginas escritas. Feitas de saudade daqueles que comigo dividiram três anos: que mais pareceram segundos, por pura maldade tempo. Sei o quão sincero foi tudo aqui vivido e que o hoje é a novidade. Aos de outrora, resta meu leal “até logo”, com um nó na garganta. E, aos de agora, eu dedico os versos que hão de vir.

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Ana Maria Amorim Ayres, 16 anos, Alta Floresta, MT Sou dessas cheias de despropósitos, de quem o acaso resolveu cuidar e o incerto acompanhar, só pro caminho ser mais cheio de amor, por ele, vou sem pressa pra chegar. Já disseram uma vez: nem todo poder do mundo pode mudar um destino.

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Juliana Giazzon Cavalli, 17 anos, Caxias do Sul, RS De riso frouxo, cabeça de vento e coração carregado de leveza. Metamorfose ambulante, não sabe lidar com a inconstância, mas não se importa: o que tem de torta, tem de feliz. Na Terra do Sempre, encontrou muito mais que uma Casa, ganhou irmãos de alma e aprendeu a ser à sua maneira. E se a sorte lhe sorriu, por que não sorrir de volta? Enquanto anda distraída, quem a protege é o acaso e seu documento é o sentimento. Buscando um rumo novo em direção ao Sol, leva a vida devagar pra não faltar amor.

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Tais Sawaki Oliveira, 17 anos, Santarém, PA Na busca de uma nova vida, tive alguns problemas, aquelas horas em que não sabia se tinha feito a escolha certa, confesso. Optei por me aventurar na esperança de recomeçar e abandonar aquela rotina que parecia incompleta. Então, três anos se passaram, a receita não está pronta e, a cada dia, novas costuras são feitas e cada retalho sendo unido para formar algo que desconheço. Percebi que não era necessário começar do zero, que a vida não é dividida em temporadas, ela é uma coisa só.

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Andressa Alves Siqueira, 16 anos, Presidente Médici, RO Os caminhos são o acaso. Eles apenas são. São difíceis, alegres, tão particulares. Foram muitos, cada dia um dragão para amansar e tornar amigo. Palavra que ganhou novo significado. Aquela pequena extensão de você, que se encontra num fulano qualquer. Num fulano de longe, num fulano de perto. Num fulano daqui, de lá. Os que ensinaram. O longe é dispensável. O perto sou eu. O perto é você. Nós. O fim não existe. O fim não é a realidade. A minha, ao menos. Um sincero obrigado. Sem esquecimento.

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Ana Flávia Rossito de Oliveira, 17 anos, Cornélio Procópio, PR Dia 10 de abril de 2012. Esse foi o dia em que minha vida mudou completamente. No início, foram dias difíceis. Em contrapartida, o desejo de ficar também era enorme. Queria conhecer esse “mundo”. Agora, depois de viver intensamente esses três anos, digo, com um aperto no peito, um adeus de um tempo que não volta mais, mas que, com certeza, foi único. Agradeço a todos que estiveram ao meu lado. Deus me dando forças, minha mãe e minha família me apoiando e os professores me ajudando nessa jornada.

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Júlia Ceschim, 17 anos, São Mateus - ES É engraçada a maneira como o tempo nos prega peças. Ele voa vagarosamente e faz parecer infinito o que não é. Aquele momento que um dia pareceu tão distante, infelizmente, fez-se presente. Há três anos, trouxe comigo uma mala. E o que trago nela? Esperanças, sonhos e anseios. Hoje saio com saudade e vontade de viver o novo de novo.

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Ana Flávia Novais Andrade, 18 anos, Vitória da Conquista, BA Tenho tanto pra dizer agora, mas as palavras estão tão pequeninhas, encolhidas aqui dentro, brincando no meio das tantas lembranças. Eu escolhi viver o incerto e não ter o roteiro nas pontas dos dedos. Deixei o tempo caminhar no tempo em que bem ele entendesse. Devia tê-lo orientado, pois caminhou rápido demais. Mas tenho certeza de que vivi o melhor e o mais efêmero dos eternos.

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“A ficha caiu. Eu estava segurando o Brasil nas mãos ao mesmo tempo em que ele me sustentava. ”

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Nathalia Garcia, 18 anos, Presidente Prudente, SP Aprendi que a identidade se dá a partir da inter-relação. O caráter se constrói baseado na maneira com que nos relacionamos com o outro e com o meio. Então, as experiências que vivi fazem parte de mim. Nada apaga o que aprendi; tudo carece da aplicação do que me forma, basta a entrega. É por isso que me entrego a tudo que irá agregar a mim e aos outros. Porque, assim, ponho em prática – o que tenho.

Pâmela Celina

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Partir. Partido. Partilhar. Repartir. Partitura. A melodia que seduziu nossos ouvidos continua

a tocar ao fundo, como uma canção de ninar para o sonho que foi vivido até então. Sonhos que

foram embalados pela mais leve das músicas clássicas até o rock’n’roll mais pesado. E, das nossas partituras, cada um levará consigo um som diferente. Mais do que notas musicais espalhadas por uma pauta, somos o conjunto de tudo isso. Somos as partituras que compusemos no decorrer

dos três anos, com alguns acordes equivocados ao longo do caminho, mas que no final harmonizaram-se.

A composição do acaso, as notas que brincaram de ciranda até encontrarem seu lugar. E tudo

só foi o que foi porque as notas encontraram-se num abraço entre melodias, que, por mais divergentes que fossem, ainda eram música para os ouvidos. Os mesmos acordes, compassos, rimas

e versos do início encontram-se, então, pela última vez, para formar a tão temida parte dura da

música que parecia infinita: a despedida. Uma partitura pautada nos tons da saudade: de cá, de ti, de mim, dele, de Lá, de nós. Um ruído tão triste que só significa uma coisa: o eco do adeus. Adeus àquele acorde do café da manhã na mesa de sempre, adeus àquele tom melancólico pré-prova

de naturais, adeus àquela nota cheia de afazeres no post-it da agenda, adeus àquele verso “será

que eu vou conseguir?”, adeus àquela harmonia típica de trabalho de campo, adeus àquele ritmo cotidiano. Adeus.

Enquanto a gente fez-se trecho, a composição foi sendo marcada pela melodia que já não per-

mite repeat. Os que partem ficam partidos pela falta, pela saudade, pela nostalgia ao se lembra-

rem de três anos e perceberem que passou, que não se sabe quando aquelas notas ficarão sob o

mesmo tom novamente. O espaço-tempo ecoa, com nossas composições, agora e para sempre na partitura de nossas vidas.

Alexander Rodrigues e Taísa Medeiros

63


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Isabel Ferreira Queiroz, 18 anos, Manaus, AM Nasci no coração da Amazônia, no Norte do Brasil. Aos 15 anos, tive a oportunidade de conhecer o país de um jeito que poucos conhecerão: fui para a ESEM. Meu primeiro contato foi com o Nordeste e com o Sul, quando cheguei ao quarto 109. Depois, no 1º andar, onde meninas de todos os cantos se juntaram em uma sala de convivência para nossa primeira reunião. E, então, veio um turbilhão de experiências únicas que confirmaram que fiz a melhor escolha dos meus 18 anos.

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Victor de Oiveira Nery Sousa, 17 anos, Salvador, BA O tempo renova esperanças e quebra expectativas. Como uma brisa violenta de tempestade, apaga os rascunhos para escrever sonhos e te lança no inesperado. E foi assim, repentino, que um menino de Salvador foi lançado numa incerteza tão mágica. Faz três anos que parti em busca da minha conquista mais audaciosa. Anos breves e intensos regados por doces lágrimas de despedidas e reencontros. Mais que um lar, aqui de fato foi a base para uma vida desconhecida que agora é a minha. Renasci e (re)existi.

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Sara Raquel Laurentino Barbosa de Lima, 17 anos, Natal, RN Pra começar, tenho que falar de DEUS, aquele que sempre está comigo, ainda que não possa vê-lo. A VIDA, com suas perdas e ganhos, é ... Esplêndida, afinal, ela me trouxe até a ESEM (um sonho real). O FUTURO virá independente da minha vontade, mas posso fazêlo fantástico. Em minha base está meu BEM MAIOR: mãe, pai, vovôs, vovós, tios e primos. Se tivesse que nomear o PARAÍSO, chamaria-o de Natal-RN. No mais, se perguntarem sobre COR preferida direi: entre uma cor e outra eu escolho todas.

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Daniela de Vargas Rosset, 17 anos, Passo Fundo, RS Tudo muda.Tudo troca de lugar. O filme é o mesmo, mas o elenco é novo. Quando tudo em volta parece mudar, pra mim deveria ficar pra sempre assim. Sou aquela que sonha acordada, que enfrenta as batalhas mais difíceis, que faz do futuro uma eterna reticência. É tudo ou nada. Eu vivo o agora, amanhã não se sabe. Aquela estranha de ontem, virou irmã hoje. Foi aqui que sofri uma metamorfose, abri minhas asas e comecei a voar. Eu não quero acordar desse sonho. Mal começou e eu já estou com saudade.

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Karen Imperator, 17 anos, Cascavel, PR O tempo passou veloz, como se não soubesse da nossa vontade de viver eternamente cada segundo, dissolvendo cada momento à medida que a saudade vinha chegando. Se me perguntassem se vivi tudo intensamente, sem dúvidas, eu diria que sim, pois através de cada instante que passei aqui, consegui construir as histórias que hoje são minhas melhores lembranças. O passado virou recordação, mas o presente ainda guarda as marcas dos bons momentos. Ah, sabe aquela saudade? Agora já não é apenas uma palavra.

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“A menina moça aguarda o dia em que retornará para sua segunda casa com lágrimas nos olhos. Talvez nesse dia esteja como no dia de seu nascimento. Chuva. Madrugada. Mas ao invés de dor, alegria.”

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nc ree P “ Lourdes Raquel Lima Tenório Cavalcanti, 18 anos, Maceió, AL Aos 16 anos, descobri um novo mundo, cheio de surpresas e de novidades que mudaram minha vida. E agora essa etapa chega ao fim, deixando muitas dúvidas, mas também muitas certezas. Essa última, em absoluto, de momentos inesquecíveis e intensos, de amizades inigualáveis que me confortaram a cada lágrima derramada e compartilharam comigo cada risada desabrochada. De professores, que marcaram cada um de nós, com suas histórias de vida e por fazer daquela última aula da semana tão esperada a melhor de todas.


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Pamela Celina, 18 anos, Paulo Afonso, BA A brisa do alvorecer soprou para ventos não antes conhecidos. “Painho” e “mainha”, ainda com os olhos marejados, despediram-se com o coração apertado. Na chegada: Surpresa! A brevidade dos fatos puseram-me em situações de crescimento e de aprendizado. Nesses entrelaces, surgiram caricaturas amigas que levarei para sempre comigo. Entretanto, o fim chega, e, com ele, novos caminhos infinitos nascerão. Em um ponto bem pequeno da montanha, um dia, haverá uma flormenina com codinome “Pam!”.

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“Lembrava-se até hoje do momento em que se deu conta do óbvio: de que nada dura para sempre.”

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Fernanda Andrade de Mattos, 17 anos, Três Lagoas, MS Se tudo o que passa deixa algo em nós, a Escola Sesc de Ensino Médio deixa tudo. Esses três anos me deram tudo de melhor que a vida pode dar a alguém. Amizades inexplicáveis, sorrisos marcantes, abraços confortantes. O Amor Sincero. Agora que “o fim” chegou, é bom seguir acreditando que alguns muitos quilômetros podem não separar certas pessoas, afinal, “quem foi que disse que para estar junto precisa estar perto?”

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Laura Beatriz Feitoza Almeida, 17 anos, Aracaju, SE Com aquele sotaque típico da capital sergipana, a pequena de passos apressados desbravava o novo mundo. Este diretamente proporcional à sua vontade de viver e de aprender. Nele passou o tempo suficiente para aprender que verdadeiras amizades continuam crescendo, mesmo a longas distâncias, e também que suas estradas devem ser construídas no hoje, já que o amanhã é incerto demais para os planos. Tempo o bastante para que a melodia ecoasse para sempre na partitura da sua vida.

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Victhoria Haira, 17 anos, Lages, SC Primeiramente, o tempo parecia eterno. De repente, o mesmo tornou-se insuficiente. Mas agora, tenho a impressão de que passou mais rápido que o esperado. 3 anos inesquecíveis, que se passaram em 3 piscares de olhos. Acima de tudo, foi o suficiente para me fazer conhecer o real sentido do que é não estar sozinha nunca. Sei que agora terei que correr cada vez mais contra o tempo e mesmo assim tenho certeza de que nem ele é capaz de apagar lembranças tão alegres, repletas de companheirismo e amizade.

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Reinaldo Alvares Junior, 17 anos, São Paulo, SP Abandonei a mediocridade há pouco mais de dois anos e hoje caminho em busca do extraordinário. Dentre as coisas que me ocupam o ócio, está minha expectativa para o futuro depois dessa partida já prevista. Afinal, hoje, 17/12/14 encerra-se a “eternidade” que eu passaria longe de casa, cessada por breves reencontros nas trocas de estação. Passo, então, como aluno, por debaixo do grande painel com letras garrafais, que compõem os sonhos de vários Reinaldos pela federação, pela última vez.

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“Em que tom seu coração bate agora? ”

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Alexander Rodrigues da Silva, 17 anos, Cornélio Procópio, PR Assim como uma nota fora do tom, Alexander descobriu-se noutro ritmo. Acordes, compassos e partituras faziam parte dessa nova composição cotidiana vivida. O menino, antes tímido, aprendeu a dançar, tropeçou algumas vezes e agradeceu ao final. Sob tons agudos e graves, chega a hora da despedida daquele palco em que versos compuseram uma melodia que parecia infindável, mas que na verdade era pautada no contratempo de três anos e na saudade intrínseca à existência daquele espaço-tempo-garoto.

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Verenna Klein, 18 anos, Ji-Paraná, RO Tem quem diga que, depois que a pessoa cresce, cria asas e quer voar. E tem gente que já nasce meio passarinho. Olha, não é que a gente não goste do ninho. É só que, se tem tanto mundo por aí, pra que só um bocado? Sair de casa aos 15 parece doideira e, agora, mais ainda: é tão assustador e incrível ao mesmo tempo não saber o próximo destino. Pode ser qualquer lugar do mundo, ou não, e tá tudo bem. E se o mundo gira e muda, tudo muda também: cada voo é um mundo dentro da gente.

“Hora de se despedir novamente. Lágrima. Saudade de casa. Saudade da segunda casa.” vida

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Maria Polyanna Ferreira Rebouças, 17 anos, Manaus, AM Vira-tempo. 29 de fevereiro de 2012. 11 dias após um aniversário memorável, chegaria a vez de um passo no escuro, um passo que não tinha certeza de que minhas pernas aguentariam. Um passo de mudança. Vira-tempo. Um retorno com sintoma de saudade. O segundo ato seria não só o mais corrido, como também o mais sentimental. A sobreposição de sentimentos gerava uma onda de novidades e desavenças. Mas, no final, afinal, tudo bem, meu bem. Vira-tempo. É hora do novo. Rumo ao próximo passo.

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Ana Carolina de Souza, 18 anos, Cândido Mota, SP Eu nem imaginava que havia tantas Anas em mim. Eu nem imaginava que seria possível descobrir-me de tantas diferentes formas. Ontem, eu era desejo de liberdade e curiosidade. Hoje, meu corpo revela solidez, frieza, silêncio, enquanto meus sentidos revelam fragilidade, afeição e ruídos. Os dias depois- de-amanhã sou incapaz de imaginar. A inconstância me proíbe de descrever a Ana de amanhã. Aprendi, então, que eu realmente não deveria ter imaginado, deveria apenas ter vivido e recordado.

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Caio Frizzera, 18 anos, Rio de Janeiro, RJ Quando era criança meu pai insistiu que, como um menino qualquer, eu deveria saber fazer três coisas: soltar pipa, jogar futebol e andar de bicicleta. Nesses três anos, não aprendi a fazer uma rabiola nem virei um destaque no campo ou no ciclismo. Mesmo assim, sei que o menino, já homem, amadureceu numa tentativa insistente em orgulhar seu pai onde quer que ele esteja. 71


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Marina Moura Lima Verde Dantas, 17 anos, Valença do Piauí, PI Não sou de falar muito, deve ser por isso que viajo nos meus pensamentos. Gosto do azul do céu ensolarado, e, se estiver chovendo, sei como aproveitar. Sou indecisa, mas sempre vejo o lado bom das coisas. Nada é barreira pra mim. Sou amante de sorrisos, principalmente daqueles que chegam aos olhos. Abraços apertados, amizades verdadeiras e palavras sinceras me cativam. Daqui, eu levo os melhores sentimentos possíveis e a certeza de que o Brasil todo cabe no meu coração.

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Daniela Bierhals, 18 anos, Tapes, RS Sou vento no cabelo, pé descalço, sol nascente, mar. Mosaico de sentimentos, da gente, da vida. Em um suspiro, são outros tempos, novos ventos e não somos mais os mesmos. Coisa boa é essa de formar laços, a-cor-dar no nó do abraço pra não separar. E o destino? É aquele friozinho na barriga. Poder sonhar, inventar com o ar da vida, inteiramente amar. Nem cá, nem lá, qualquer lugar. O meu caminho é onde o coração bate mais forte, sem pressa, com toda c(alma).

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Clara Maciel, 17 anos, Ananindeua, PA Decidi trazer saudade. Como uma antítese personificada, mergulhei numa pequena imensidão. Me achei perdida e ainda não me encontrei. Na verdade, nem quero fazê-lo, porque essa consciência corrói lentamente: torna cada volta do relógio mais dolorida, aperta o peito antes do previsto. Então, decidi ir devagar, não planejar esse futuro longínquo e próximo. Não sei como será, mas sei o que vou levar. Decidi levar saudade.

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João Pedro Oliveira P. de Pina, 18 anos, Pirenópolis, GO O pontilhado traçado a giz que me definia abraça novas formas. O preenchimento é efêmero: é vermelho explosivo, azul penetrante e amarelo sereno. Sou miscelânea esboçada, guiada pelas cores de fim de tarde que pousam no horizonte. Sou desenho de criança contornado com mãos idosas sábias. Sou abraços acrônicos e traços infinitos. Não sei o que serei amanhã. O tempo renova os traços.

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Thiago Prima Borges, 17 anos, Rio de Janeiro, RJ Dizem que nós fazemos nossa própria história. Esse foi o início da minha. Três números, uma delegação e uma bola de basquete. O que mais? E precisa? Uma caminhada difícil, cheia de pedras e empecilhos. Tudo para chegar ao fim vitorioso. Uma necessidade, porque não estou acostumado a perder. E prefiro continuar assim. Ganhei vários prêmios nesse caminho, e meus amigos foram os melhores deles. Amigos que ficarão para sempre no meu coração, assim como a memória dos momentos que eu vivi.

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Heitor Avelar Sousa Quirino Silva, 18 anos, Goiânia, GO Cama, chinelo, banheiro, box, sabonete, chuveiro. Pia, escova, dentes. Roupa, perfume. Mala, carro, rua, estação. Avião. Táxi, prédio. Escola SESC de Ensino Médio. Aula, prova, música, teatro, dúvidas, esquerda, tatuagem, mutação, futebol, choro, casas, raivas, dores, ética, moral, brisa, viagens, natureza, amigos, irmãos, amores, meditação... Saudade. Prédio, táxi. Avião. Estação, rua, carro, mala. Perfume, roupa. Dentes, escova, pia. Chuveiro, sabonete, box, banheiro, chinelo, cama. Saudade.

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Iuri Pizetta Moschen, 17 anos, São Mateus, ES Bomba relógio é o que me tornei depois de ter aceitado o desafio de ter vindo para essa escola. Minutos, horas, dias, semanas, meses e anos, e a contagem regressiva não parava de “avançar”. O cronometro não hesitava, continuava com seu incessante tic tac e se aproximando dos últimos tiques, essa contagem chegou ao 0 e a bomba, chamada saudades, acabou de explodir e já deixou um ferido: eu!

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“Em cada lugarzinho do país, terá um pedacinho de mim ”

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Letícia Cantarelli

André Luiz Gomes Soares, 18 anos, Penedo, AL Amor. Sim, foi o sentimento que tocou meus dias nesses 3 anos. Estar aqui dentro, nessa fase da vida, foi impreterível para “ser” hoje, porque tudo, ao meu redor, me mudou e mexeu comigo de dentro pra fora. O contato com a música e com as pessoas me apontou o caminho mais curto para a felicidade, saio com a cabeça dentro dos mais simples e certos compassos que regerão minha vida, mas levo no coração os belos valores pra improvisar, é neles que me seguro pra sair e saber que tenho uma “toca” em qualquer lugar.

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Kaio Serrano Galvão 17 anos, São Paulo, SP Acolhimento não é algo que se sente muito por quem vem de cidades grandes, exceto por sua família e amigos. Porém, aqui somos acolhidos por todos os lados, e é isso que me manteve os 3 anos na escola. Eu, que sempre fui muito perdido nas coisas, pude contar com os melhores professores e amigos que ficarão pra sempre em minha memória, e tudo o que fizer terá um pedaço de cada um deles. Só tenho a agradecer por isso!

“E, com o coração apertado pela dor da partida, tenho um daqueles episódios de lucidez: há coisas, sim, que são para sempre.” olhar

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Rildo Holanda Feitosa, 18 anos, Crato, CE Agradeço por tudo de bom que me ofereceu e pelas desgraças em que me inseriu durante esses três anos. Graças a você hoje sou maior e mais forte. Afinal, o que seria da vida sem os desafios? Uma chatice. Aos meus amigos aqui criados, que sejam firmados em minhas lembranças. Saibam que eu os amo e que sentirei falta de compartilhar risos e até essas lágrimas. É com um nó na garganta e no coração que me despeço de cada um. Forte abraço.

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Samuel Rodrigues Ferreira 17 anos, Teófilo Otoni, MG Sonhar enquanto se dorme é a melhor coisa do mundo, entretanto uma hora a gente acorda e o sonho acaba. Viver um sonho não é muito diferente - só há uma diferença - é tudo real. As relações construídas e os conhecimentos adquiridos ficam para a vida toda. Um dia vou acordar de manhã e ter saudade das coisas mais simples como o café da manhã que acontecia sempre com as mesmas pessoas. Chegou a hora de aplicarmos o que aprendemos em 3 anos, pois o mundo não acaba aqui, ele apenas começa.

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Gabriel Henrique Kurylo, 17 anos, Santa Rosa, RS “Não importa qual seja o dia. Vamos viver, vadiar. O que importa é nossa alegria.Vamos viver. Mas que preguiça boa. Me deixa aqui à toa. Hoje ninguém vai estragar meu dia.” - Charlie Brown Jr. Só quero aproveitar o máximo que a vida me oferece, sem me estressar.

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Samuel Nobrega Damiani, 18 anos, Campinas, SP Durante os três anos que vivi na ESEM, não passei um dia sequer sem sorrir. Isso porque, em todos esses dias, desfrutava a alegria dos amigos de turma, dos colegas de ap. e dos parceiros de time. Com esses amigos encontrei paz e alegria,muitas vezes, em coisas mínimas como um abraço, uma piada sem graça, um “bullying” (como só a k faz), uma mesa cheia de amigos e outras coisas que fizeram com que hoje eu pudesse dizer que fui feliz e nunca me esquecerei de vocês: 2K, 3B, 787, Jojs, Victor e ap.

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“Recordações que valem a pena simplesmente por terem sido vivenciadas. Intensas. Imensas. E que vez ou outra, nos faz escorrer lágrimas dos olhos, um sorriso dos lábios e um aperto no coração.”

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Brener Luza, 18anos, Chapecó, SC Não tinha medo o tal Brener Luza, era o que todos diziam quando ele se mudou. Deixou para trás todos os amigos, família e sua casa. Só para sentir o amor de uma escola ainda desconhecida. Com o passar dos anos, esse tal fez amizades e construiu laços. Agora dá tchau. Tchau não, até logo!

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Isabela Alencar, 17 anos, Araguaína, TO Construção. De uma nova vida, de novas relações - tecidas com o tempo e solidificadas com muito sentimento. Saberes. Três anos repletos de conhecimentos, aprendizados sobre o outro e principalmente sobre si mesma. Readaptação. O desafio de seguir marcada pela saudade de cada pedacinho deste Brasil que cabia tão bem dentro de um só endereço e de vários corações.

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“Mas isso tem uma explicação: nessa ida e vinda aprendi que o lar não é o lugar para onde você volta no fim do dia, mas as pessoas para quem você volta todos os dias.”

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João Carlos Rocha, 18 anos, Araxá, MG A ocasião pede por palavras que formam um clichê. Num momento pelo qual muitos já passaram, fica difícil escrever o que nunca foi escrito, ou se distanciar de qualquer coisa já feita. Um momento de fim e começo, ou melhor, lembranças e esperanças. Lembranças como sair do almoço de sábado e ir pra dentro de um vulcão, ou as colações (hora de comer esmagado) na 40, ou a lembrança de conhecer o amor, forma bela. E esperança que levarei essas memórias comigo pro resto da vida, trazendo-me de volta.

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Taísa Teixeira Medeiros, 18 anos, Cachoeira do Sul, RS Dissipação de harmonia pelo ar. A matéria sorriso invadiu os corações de cada um que nas pedrinhas portuguesas pisou. Conseguiu dissolver a camada protetora daquela que guardava suas palavras na gaveta-cérebro e que mal conhecia a menor distância entre dois corações: o abraço. Tique taqueou o relógio na parede, apostando corrida contra a vontade de ficar. Tempo, tempo, tem. Se me resta algum é para dizer que, dentre todas as palavras já ditas, restará apenas o silêncio da saudade.

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Filipe de Sousa Alcântara, 17 anos, Salvador, BA Da até pra fazer história. Uma melodia me invadiu, me tirou da terra do berimbau e me preencheu de expectativa. Cada nota ouvida era um momento. Algumas tinham 787 sons diferentes. Outras, tons meio explosivos, vulcânicos. Umas me lembram um certo romance, já outras, vinham tocadas por um arco trançado. Girei no ar e amei notas que me abraçavam toda noite. No fim, violão nas costas eu sigo, me compondo com essas notas, com essa melodia.

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Lucas Rebouças Rocha, 17 anos, Aracati, CE Na entrada, medo e insegurança pela chegada de uma nova etapa. Na saída, os receios acerca do novo, agora, outros voltam a aparecer. Então, o que mudou de lá para cá? Na passagem de semente a jatobá, perdi o apego pela timidez e pelas respostas incompletas. Encontrei novas pessoas para chamar de irmãos e descobri que três anos são capazes de guardar momentos que, com certeza, levarei para além dos muros acinzentados de concreto.

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“Parece que quando pedimos para que o tempo passe mais devagar, de teimoso que é, nos contraria”

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Clara Martins de Souza, 17 anos, Cuiabá, MT Enrolada... Sem direção ou sentido. Como um espiral girando em torno de si, iniciando e recomeçando ciclos, mas que sempre segue em frente, sem se desfazer de suas marcas passadas. Indo e vindo, sem objetivos ou ordem. Inconstante e sensível, tentando guardar tudo de si pra si, por isso tantas voltas. No início? Imperfeita, incomum, natural. Depois de 3 anos? Ainda embolada, confusa e indecisa, porém tranquila, viva de outras vidas e cheia de Nós. Enfim, enrolada da cabeça aos pés.

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Rodrigo Esquinelato da Silva, 18 anos, Três Lagoas, MS “Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia. Eu não encho mais a casa de alegria. Os anos se passaram enquanto eu dormia.” Eu sou leigo em biografias. Não há melhor presente no mundo do que aquele que eu ganhei dia 4 de janeiro; uma família linda que sempre me apoia e me aguenta com todos meus defeitos. Sem dúvida, tenho uma eterna gratidão. Os amigos? Como não lembrar. Muito obrigado por tudo e por todos. Se laços são atados, não há porque se desatar.

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“Decidi então ser refém da saudade e percebi que era, e ainda sou, refém da indecisão.”

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Andreza Ferreira de Lima, 18 anos, Rio de Janeiro, RJ Sou filha de pernambucanos que “tentaram a sorte”. Sou devota da calmaria, da plenitude, da eternidade. Sou carioca, inconstante, sou 5.1. Acredito em laços eternos, desses que não encontramos em qualquer reviravolta da vida. Sonho com um mundo melhor, mesmo desconfiando daqueles que o compõem. Rezo para que o tempo não corra, assim, poderei aproveitar nossos últimos passos. E quando, infelizmente, a estrada terminar, eu só quero ser a lembrança boa de alguém.

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Débora Mendes Cardoso, 18 anos, Uberlândia, MG Temo aos sentimentos e, mesmo assim, me entrego fácil. Sou estressada, carinhosa, odeio esperar. Mas as portas te fazem esperar e escolhem o dia em que vão se abrir. Um dia se abriram. Eu estava na chuva torrencial enquanto tocava A melodia. Procurava um lugar para me abrigar, e, por coincidência ou destino, abriguei-me ali. Ali. Lembranças são tantas, tantos sorrisos, tantos olhares e da 5.1 sentirei saudades. Agora é hora de aumentar a música e dessas portas se fecharem. Até breve, escola-casa!

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João Vitor F. L. Pereira, 17 anos, Campo Grande, MS É, a vida agora toma um novo rumo. O dia que parecia que nunca ia chegar, agora, já nem parece mais tão distante. Amigos, aulas, professores, lugares, jogos, aniversário, treinos, risadas, segredos, palestras, lembranças, SENTIMENTOS! As portas agora se abrem para um novo mundo: viagens, aprendizado, casa, festas, responsabilidades, viagens, viagens... De Campo Grande para o MUNDO, esse sou eu!

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Bárbara Sampaio Passos Homem, 18 anos, São Mateus, ES Ser, estar, permanecer, ficar. Cheguei tímida, carioca, capixaba. As portas se abriram! Vi o tempo passar, vi o mundo mudar. Vivi intensamente tudo que pude agarrar. Fiz amigos, irmãos, companheiros de um mesmo lugar. Mas chegou a minha hora, hora do Adeus. Lágrimas vão rolar, TNTC, 5.1 na lembrança irão ficar e muitas histórias ei de contar! Despeço-me com a alegria de poder representar a Escola-Casa para onde já tenho vontade de voltar!

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Jonatas Aguiar Matos, 18 anos, Manaus, AM Por não saber o que fazer, fiz. Por não saber para onde ir, fui. E aqui estou, mas amanhã... Ps.: siga a seta!

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Isabela Machado, 18 anos, Palmas, TO Finjo que estes três anos são como os meus livros. O entusiasmo era tão grande que, logo na primeira página, esqueci-me de algo muito importante: um dia eu terminaria de lê-lo. Ainda agora, estando tão perto do último capítulo, não me imagino lendo o epílogo e fechando o livro. Mas, imagino-me relendo-o, apaixonando-me novamente por cada cenário e personagem. Ainda vou ler muitos outros, amá-los, fechá-los e devolvê-los à prateleira, mas este livro saudoso e pequenino será sempre o meu favorito.

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Lorenna Ramos, 17 anos, Cuiabá, MT A lição mais valiosa, de que levo daqui, é mais importante do que uma mega estrutura escolar, do que um currículo diversificado e do que excelentes profissionais, são os amigos. Colegas de quarto, de ap, mesa de almoço, de café da manhã, professores que ensinam além de conteúdos acadêmicos, colegas de turma e outros por aí... “Amigo seu é coisa séria, pois é opção do coração. O tempo vai passar, os anos vão confirmar as três palavras que eu proferi: amigo estou aqui!”

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Carolina Lovatto Biasuz, 17 anos, Caxias do Sul, RS Em uma toca no chão vivia uma hobbit. Mas não uma toca suja e úmida. Na verdade, nem buraco era, mas foi ali que vivera com sua linda família entre escoteiros, super-heróis e vacas-sereias, até que decidiu aventurar-se pelos escaldantes reinos do sudeste brasileiro. Armada com um par de baquetas, derrubou muros, desvendou o mundo e a si mesma. O tempo cumpriu sua função e o futuro chegou trazendo uma nova jornada. Na volta ao sul, queria despachar os amigos, mas na mala só couberam lembranças.

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Victor Barbosa Rocha, 18 anos, Boa Vista, RR Ele vivia numa terra distante, levava uma vida calma e sem muitos desafios, e, nem por isso menos feliz. Eis que então recebe o chamado para a maior aventura de sua vida, e aceita-o de bom grado. Nessa aventura, não estava sozinho, muitos estavam no mesmo barco, formavam sua nova família e, com eles, podia sempre contar. Entretanto, toda aventura tem seu fim e essa não seria diferente. No fim, ele disse adeus e somente agradeceu pelos maravilhosos momentos que viveu.

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Aline Gabrielly Rodrigues de Oliveira, 17 anos, Paulista, PE Memórias: tristes, felizes, loucas, inusitadas. Eternas. Lembranças que trazem consigo nostalgia com um gostinho de “quero mais”. São abraços, apertos de mão ou simples olhares, que agora focam em lugares opostos, deixando na brisa o vestígio de sua presença. Explosão de sentimentos inexplicáveis, misturando a sensação de perda e ganho, o “tchau” e o “oi”. Uma inquietação, ao deixar o conhecido e partir para um novo rumo, mostrando um sorriso no rosto e lágrimas a cair ao olhar para trás.

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“Aprendi que o reencontro anda de mãos dadas com a despedida. ”

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Shanisis Helena, 17 anos, Lages, SC Para terminar o dia, fiz um pedido para as estrelas, queria que tudo dali para frente desse certo. Agora, aprendi que temos de ser mais específicos na hora de desejar algo, porque nao foi fácil viver esses três anos, fui cabeça dura, cedi, cresci, acima de tudo me apeguei ao tempo. Se pudesse incluir algo maior do que 1095 dias, seria a confiança para crer, que isso seja muito mais que um sonho. E não pretendo deixar muita coisa porque as quero perto de mim e que essas durem uma vida inteira.

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Matheus Gerber Martins, 17 anos, Pelotas, RS A proposta deste pequeno trecho de palavras que você está lendo é de fazer uma biografia. Posso dizer que fazer isso é (bem) difícil, pois o que vivi aqui foi tão intenso a ponto de poucas palavras nunca poderem transmitir fielmente o que realmente senti. Cada minuto foi importante para todos nós, alunos, crescermos como pessoas. E como já dizia Renato Russo: “somos tão jovens”. Jovens com uma grande contribuição para o futuro.

“As lágrimas de felicidade do reencontro se misturam com a dor incurável da saudade.”

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Matheus Marques Torres, 17 anos, Rio de Janeiro, RJ Procura-se um menino de azul, sonhador com pés no chão e a cabeça nas nuvens. Quando não está distraído, deixa se levar pelos sinuosos ventos da imaginação. Adora água e luz do Sol, assim como o frio e uma boa leitura. Uma contradição em si mesmo, está sempre perdido, mas acredita estar começando a se encontrar. Se chegará a algum lugar? Apenas o tempo irá dizer, mas se depender dele, não haverá limites que não poderá transpor.

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Taynara Nacly Abenassiff Azevedo, 16 anos, Ananindeua, PA Ultimamente os dias têm sido bem corridos. Parece que o tempo resolveu encurtar. Mas qual é a graça? Porque ele não se deixa passar devagar, lentamente para ser saboreado, apreciado? É, a gente não tem as respostas pra todas as perguntas. A vida segue uma linha diferente de tudo. Cada dia é uma nova experiência que te vira de cabo a rabo, te transformando em uma pessoa diferente do que era há um segundo. Mas é isso que a faz ser tão intrigante.

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“Que estes primeiros acordes da nossa canção jamais deixem de ecoar.”

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Clarisse Borges

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Fabiele Nery Araújo, 17 anos, Guajará-Mirim, RO Não sou boa com palavras, mas adoro falar de música. Ora soprano, ora contralto. Ok, Mézzo. Fabi, Biele, Bibs, meu público sempre varia meu nome artístico. A ESEM foi um belo espetáculo do qual participei durante três admiráveis anos da minha vida. Comecei nela fazendo um arranjo incrível, juntamente com todos esses artistas valiosos a quem chamo de amigos. Mas agora chegou a hora de fazer carreira solo. E eu vou-me com os maiores acordes de amor e saudade que ficarão para sempre em meu coração.

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Mariana de Oliveira Araújo, 17 anos, Sumé, PB Sem paciência, sem delicadeza, com amor, com humor. Cabelo colorido e alto, desengonçada. Trilha sonora, desenho, musicais, páginas e capa. Sorriso, lágrima, suspiro. Olhar, ler, ouvir, sonhar. Sonho que se sonha só, sonho que se sonha junto. Parte do todo, todo na parte. Pedaço de mim espalhado pelo espaço, espaço que ocupa um pedaço de mim. Tudo junto, tudo numa só. Natural como o raio e, em seguida, o trovão. Palavra, palavra, palavra. Pom, pom, pom.

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Rodrigo Jalles, 17 anos, Natal, RN Brazileiro, potiguar e estudante nas horas não tão vagas, cheguei aqui, cheio de vontade de mudar e de ser mudado, de conhecer, lembrar, esquecer. Certa vez, o tempo aproximou-se, pediu licença e passou. Andou, caminhou, correu. Resolvi acompanhá-lo, pra saber o que ele me mostraria, revezando entre passos pela lua e corridas no chão de pedras portuguesas. No caminho, fui enchendo meus bolsos de lembranças. Guardei tudo. Não sei se cheguei ou aonde chegarei, mas passei por aqui. Foi um prazer.

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Ana Karine de Souza, 18anos, Ipubi, PE Não era só pela vontade de me encontrar. Foi por mais que isso. Eu queria o processo, queria as pedras no caminho, queria os momentos compartilhados e as lágrimas também. Queria a procura por mim mesma, a metamorfose. Nesse novíssimo universo, o tempo, tão contrário a si mesmo, foi curto, foi longo, foi intenso. Mas o tempo acabou, só para dar licença a outro tempo e a um espaço para a saudade que já insiste em pesar no peito. E que cada lembrança marque para sempre a nossa efêmera eternidade.

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“Aí é chegada a hora da nostalgia e o ritmo que predomina é o da saudade. ”

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Letícia Bezerra, 17 anos, Arapiraca, AL A vontade era crescer. Então, fui para o Rio, para Marte, para a Lua e para as Estrelas. Nelas, uma nova casa, decorada do meu jeito. Florido, brilhante, colorido, xadrez. Um balão para me levar para longe, entre nuvens. Para ver o rouxinol-verde pensamento. No fim do passeio, a vontade de morar para sempre com ele. E, finalmente, uma comemoração. São as novidades! Mesma alegria, mesmo amor, novas alegrias, novos amores. E uma nova viagem por começar. Um novo ar palavriático.

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Thiago Alencar, 17 anos, Ananindeua, Pará O sonho começou antes mesmo das expectativas normais. Mas, rapidamente, virou um pesadelo. Dos mais tristes abismos, uma ligação retoma velhas esperanças. Agora, continuar era possível. Aqui, inimagináveis vivências foram plantadas e colhidas. Amores novos se estabeleceram. Amizades utópicas se realizaram. Verdadeiramente belo caminho não sabia que traçaria. E, sem arrependimentos, despeço-me de desse belo show. Agora, o palco maior nos espera.

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Cinthya Miyuki, 17 anos, Macapá, AP Fria, quente e calculista emotiva. Um paradoxo indefinido num universo de dúvidas. Três anos pareceram uma vida. A bordo da mais bela arte e num mundo particular e compartilhado, digo que vivi intensamente cada momento. Músicar, artear, poesiar, surpresar, chorar, sorrir e amizadear. Sinestesia pura. Com cérebro e coração, descobri o maior amor do mundo. Não digo que errei nem que acertei, apenas que aprendi. Agora, levo comigo as lembranças desse meu sonho real e a coragem para continuar sonhando.

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Ariel Abonizio, 17 anos, Cuiabá, MT Dentro de mim, sempre ecoa o silêncio de uma poesia. Aquele amor às pressas, ataque de sinestesia. Tudo passado, tudo passado a limpo. Que memórias dobradas as daqueles que lavam as próprias roupas e nas costas levam-nas. E agora as roupas e as memórias jazem no mesmo canto. No mesmo canto. Uma uníssona opera que me transpassa os ouvidos, e os corredores já anunciam o porvir. E os sons ainda reverberam nos meus ouvidos, pois, dentro de mim, tudo sempre ecoa, e eu, em meu silêncio, só vim me despedir.

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Helton Barboza Araújo, 17anos, Macapá, AP Cada um imagina a vida de forma diferente, como um teatro ou arena. Pra mim é um anfiteatro, estrutura forte e rústica, onde épicos são apresentados para os que estão ao redor. Mas a rigidez não tira a alegria do espetáculo ou as imperfeições e mudanças. Nem também altera a duração de uma peça, de uma fase da vida, assim lenta ou rapidamente a epopéia chega ao fim. Por que não são eternos os bons momentos? Simples: Porque da maneira que veio bons momentos outros melhores virão.

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Uma sinfonia não se faz só.

Toda harmonia clama por algo que a oriente – mais do que isso: que a mantenha.

Que permita a existência de vários tons juntos. Sons que sós já são singularmente

únicos, mas que juntos são sons que somos nós. Existências que se tocam, se esbarram e se misturam.

Um caminho não se percorre só.

O nosso não foge à regra: tivemos quem nos acompanhasse. Que seguisse não

só a linha das pedras portuguesas, mas a linha da palma mão, aquela que é ligada ao coração. Quem nos guiasse quando fosse necessário e acalentasse-nos quando preciso. A todos, nossos pulsantes obrigados. Uma marca não constrói só.

Fomos marcados e marcamos. Cada tom faz-se presente nesse infinito com hora

para acabar. Acabar? Não, há muito que fica. Uma pauta em branco não vale de

nada: riscos é que são dotados de significado e história. Seus traços são nossa saudosa partitura.

A saudade não vai só.

Verenna Klein

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“Queridos Formandos”,

Queridos 2012/2014,

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queridas

da

Desejo a vocês um futuro brilhante: repleto de conquistas e realizações!

turma

Parece que foi ontem que vocês chegaram aqui. O tempo passou depressa e deixou marcas eternas em meu coração!

Que alegria concluir a jornada! Quantos desafios, vitórias e aprendizados, concentrados em três longos/curtos anos. Desejo a vocês trabalho duro e perspicácia para perceber e aproveitar as oportunidades que a vida sempre oferece. Sonhem alto e queiram muito, pois, parafraseando Clarice, pouco não serve para vocês. Atitude, sempre!

Lembrarei de todos vocês com muito carinho, e em especial, da Tutoria inesquecível “TDD” (nunca vou esquecê-los). Amoooo vocês! Sejam Felizes! Um beijo,

DANIELLE

(...)

PROFESSORA DE MATEMÁTICA

Pouco não me serve,

médio não me satisfaz,

metades nunca foram meu forte!

Todos os grandes e pequenos momentos,

feitos com amor e com carinho,

são pra mim recordações eternas.

Palavras até me conquistam temporariamente...

Mas atitudes me perdem ou me ganham para sempre. (...)

Clarice Lispector

Abraço apertado,

MÔNICA CORBUCCI

PROFESSORA DE HISTÓRIA

E por falar em saudade, onde anda você...”

Turma 2012-2014, vou lembrar com muito carinho de vocês. Há muitas coisas boas para recordar: um abraço diário prometido, um banquinho que veio de loooonge (E veio pra ficar!), uma aula inflamada, um grupo que tinha que “CÊ” e muito, muuuito mais... palavras não seriam suficientes pra contar. Pois que fique o que construímos de sólido e de positivo, do carinho, do afeto em muitos tons. Fessoooora, professooooora, Marcinha.... em notas que vão do Sul ao Norte! Queridos, desejo que o percurso de vocês seja de muito sucesso e fico feliz pela contribuição que pudemos lhes dar durante esses três anos em que aqui convivemos. Um abraço

MARCIA LEITE

PROFESSORA DE MATEMÁTICA

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Sempre que chegamos a mais um fim de ano na Escola SESC, pensamentos e sentimentos confluem, expressando os mais diversos tons: da saudade, que já se faz presente; do futuro, que se faz ainda mais próximo e necessário; da alegria, que se concretiza com o término de mais uma etapa da vida. Quanto à terceira série, especificamente, esses tons se externalizam em ritmos, marcados por timbres diversos, desde o mais suave ao mais grave: estudo, dedicação, esforço, compromisso, cansaço, cuidado, amizade, família, escola, esperança, sonho, realidade... Vida. Essa composição musical, sem dúvida, será sempre lembrada pela partitura do amor, cultivado e partilhado nos arredores de uma escola que, quanto mais casa, mais escola!!!

Somos todos personagens dessa composição. Quanto a mim, posso dizer que me tornei mais musical e vibrante na convivência com vocês. Desde as aulas regulares, oficinas, passeios aos fins de semana, tornei-me uma professora e, sem dúvida, uma pessoa ainda melhor. Levo de vocês o aprendizado do compromisso que pode ser leve, sem deixar de ser responsável. A vida mais musical. O que vocês levam de mim? Não posso saber. Cada qual com seu refrão particular poderá identificar. É isso o que importa. Neste momento, chego a ouvir um fragmento da poesia - sempre sonora - de Cora Coralina -, “nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas”. Acho que tocamos os corações uns dos outros. E, simplesmente por isso, já valeu à pena. Nossas canções tocarão sempre entre nós! Sejam muito felizes! Levem a poesia, o trabalho e o amor, além de todo o meu carinho. Um beijo bem grande

FABIANA DOS ANJOS

PROFESSORA DE GRAMÁTICA

Sobre o tempo, sobre nós...

Em um passado não tão distante vocês chegaram por aqui, ainda posso lembrar dos rostinhos ansiosos e por vezes assustados. O tempo passou e nós fomos colecionando várias experiências juntos, histórias para lembrar...

Como sempre, na valsa do tempo, nos entretemos em viver e quando ele bate a porta, nos surpreende! Pois é, chegou a hora: nosso enorme campus ficou pequeno!

Provavelmente o desafio desse novo mundo desafiador, o mundo adulto, vai se materializar em ansiedade e até medo para vocês, no entanto lembre que vocês iniciam a jornada com vantagem, pois na bagagem levam um pouco dessa mistura que caracteriza a heterogeneidade dessa nossa Escola/casa, levam um pouco de nós. E é assim, seguem vocês, ficamos nós... munidos da certeza de que todos já não somos mais os mesmos, pois fomos sobrescritos pelas vivências coletivas que mantivemos por três anos.

Agora seguiremos de longe, acompanhando com olhar atento a jornada que vocês iniciam, de certo modo, ela é nossa também. Só nos resta desejar, um caminho de boas surpresas, desafios instigantes, e decisões pautadas em valores sólidos. Beijo Grande com saudades!

HELOIZE DA CUNHA CHARRET PROFESSORA DE FÍSICA

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Heterogêneos? Talvez. Mas quem gostaria de homogeneidade? Dispersos, quando chegaram; organizados, ao sair. Dos times de futebol aos grupos de amigas que muito dialogam, mantiveramse perto. Não por que não tivessem interesses outros, apenas se moviam assim. Por se expressarem muito, por vezes acertaram, por outras erraram. Certo? Errado? Certo e errado. Noto que nos vemos um pouco melhor ao olhar esses meninos. Por isso, aprendemos mais e mais com eles... EDUARDO FERRAZ HISTÓRIA

Fico muito feliz de poder participar desta obra que com certeza marcará a vida de pessoas tão queridas.

Durante a trajetória desta turma na escola tive a oportunidade de compartilhar de muitos momentos felizes. As lembranças são das mais prazerosas. Entretanto sou forçado a citar a convivência com as Deusas do A2 como uma das passagens mais importantes em minha vida na escola Sesc. Confesso que tive medo de encarar e achei que não daria conta de tarefa tão complexa.

Mas a impressão da dificuldade começou a se esvair no momento em que acordei, saí de casa e me deparei com elas. Aquele andar todo, que estava vazio passou a ficar repleto de rostos, vozes... Elas abraçaram a mim e a minha família de uma maneira que até hoje me emociona. Aprendi muito... fui muito feliz ao lado das Deusas do Olimpo... Agradecemos muito a vocês!

Tenho certeza que tudo que a vida tem de bom está guardado para vocês! Sei que vocês estão preparadas para avida! Beijos, queridas! Amo vocês!

VINICIUS COELHO 102

PROFESSOR DE GEOGRAFIA E RD (3º ANDAR, A2)

Queridos alunos,

Ao escrever essas linhas, me dou conta de que o ano de 2014 está chegando ao fim, e de que em alguns poucos meses vocês deixarão a escola para alçar vôo nos mais variados cantos deste país.

Nós, aqui na Escola SESC, continuaremos sentindo a presença de vocês cotidianamente nas nossas lembranças, nas histórias contadas às turmas seguintes, no legado que será deixado por cada um de vocês para os meninos mais novos, que darão início ou que finalizarão, pelos próximos anos, suas próprias trajetórias de estudo e de vida, dentro e fora dos muros dessa escola. Vocês vão partir fisicamente, mas estarão sempre entre nós, pois fizeram e fazem parte da bela história da educação brasileira que ainda está em construção dentro desse imenso campus.

Quero dizer que estar com vocês foi para mim muito mais do que uma contingência profissional: estar com vocês foi uma oportunidade e tanto de ensinar e de aprender, de construir relações sempre pautadas pelo respeito e pelo afeto, e também de reforçar a minha convicção de que vale a pena apostar na educação e acreditar em seu poder transformador. Sentirei saudades! Até breve! NATÁLIA PEIXOTO

PROFESSORA DE HISTÓRIA

Formandos 2014,

Desejo mais e mais leituras. Leituras breves, leituras amplas, superficiais e profundas. Para o simples entreter e para a reflexão. Leituras que acomodem e que desloquem. Leituras espontâneas, democráticas, desobrigadas – que acompanhem. E que, por ler os textos impressos na vida, vocês se tornem mais sensíveis, livres e lúcidos. VAGNER AMARO

BIBLIOTECA DA ESCOLA SESC.


O que dizer da nossa música? Durante a composição, no cotidiano de nossa melodia, às vezes nos enxergamos em lados diferentes: da regência à execução (e uma batuta entre nós, mediando as notas). Hoje, tenho certeza de que foi tudo diferente.

Ouvindo a música acabada, percebo que a incrível sinfonia que tocamos juntos, ao longo desses três anos, imprimiu um ritmo particular, mesclando as barreiras que nos definiram como maestros e musicistas, e tornando-nos, sem distinção, uma parte orgânica da música que criamos.

No percurso da canção, fomos nós: em nossas afinações e nossas dissonâncias. E é isso que faz dessa criação coletiva uma obra prima inapagável.

Muito obrigado por todos os tons. Somos melhores quando cantamos juntos, a uma só voz. Somos maiores quando tocamos juntos, na diversidade de nossos instrumentos. Que haja sempre espaço, na festa da memória, para dançarmos a nossa música íntima. Beijos e barulhos

LUIZ FERNANDO DE MORAES BARROS COORDENADOR DE CÓDIGOS E LINGUAGENS

“Bom, como falar de pessoas tão especiais sem deixar que pelo menos uma lágrima caia dos meus olhos? Vocês chegavam a escola em 2012 e eu ainda dava meus primeiros passos na escola. Segundo ano de trabalho, e a oportunidade de conviver com pessoas tão especiais. Uns tive bem perto, outros nem tanto, mas a minha admiração e carinho por todos se deu de forma muito natural. O que desejar a vocês a partir de agora? O melhor! Nada além do que o que vocês me proporcionaram. Verdadeiramente só os retribuo! Que o sucesso bata a porta de vocês diariamente, e que sempre venha acompanhado da felicidade. À turma 1F2012 que deixa sua marca na minha sala (fotos, cartazes, prêmio de Melhor Spot de Rádio...) e no meu coração, um agradecimento especial. Rildo, Fernanda, Bárbara, Jônatas, Carolina, Matheus, Cinthya, Thiago, Ana Flávia, Rodrigo, Pedro Paulo, Clarisse, Gabriela, Shanisis e Pedro Ivo... OBRIGADA. Espero por todos em visitas, rotineiras de preferência, à essa escola que para nós é uma CASA. Fiquem em paz!!! Um beijo, beeeeem saudoso, em cada um de vocês.” GABRIELA MARETTI

PROFESSORA DE MATEMÁTICA

Queridos alunos,

Quero mais do que parabenizá-los por essa nova etapa e pela formatura,

quero na verdade agradecer por todos os momentos partilhados. Esfera, cone e pirâmide fizeram parte do nosso cotidiano...

Ano a após ano vemos estes jovens formarem-se, mas o que mais dá satisfação é poder acompanhar seu crescimento. Crescimento acadêmico, e como pessoa. Outrora aquele jovem tímido, introspectivo, hoje, com opinião, crítico e debatedor; um líder servidor. Fico grato em poder fazer, mesmo que de forma pequena, parte deste crescimento. Espero que o tempo de dedicação aqui feito tenha os preparado em parte para o que há de vir: o sucesso. ALEXANDRE ROLIM SIQUEIRA

SETOR DE TECNOLOGIA

Mas o nosso interesse foi muito além de alguns conceitos:

vocês questionaram, aprenderam e criaram, foram determinados e desejo que continuem assim! O que mais poderíamos querer?

Não desistam e sempre desafiem o talento que porventura acharem que não tem. Deixo com vocês uma frase de Pablo Picasso:

“Eu estou sempre fazendo aquilo que não sou capaz, numa tentativa de assim aprender como fazê-lo.” Boa jornada. Nos veremos por aí... Beijos,

GISELE RIBEIRO PROFESSORA DE MATEMÁTICA

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Alunos formandos de 2014, esses testemunhos junto ao meu. Agora é hora de saber encerrar esse ciclo. Isso porque vivemos unidos nessa admirável experiência dos prazeres e impressões do desejo de sabedoria. Amamos cada minuto, valorizamos aquilo que parecia naturalizado e comum. Tantas emoções, tantos desafios vividos e experimentados (testemunhados). Se não cuidarmos com carinho do encerramento desse momento, perdemos a alegria e o sentido de outras etapas de nossa vida.

Abrimos um capítulo e convivemos com tantas críticas e graças, vivemos a companhia de sabores e saberes tão diferenciados que nos conduziram ao sentido de estarmos aqui nessa escola. Sabemos que o que passou não voltará. Não podemos ser eternamente meninos, eternamente filhos nem eternamente estudantes do ensino médio. As coisas passam e o melhor é deixar que o ciclo passe, para abrir outro. Ao mesmo tempo, esse momento ímpar precisa ser eternizado em nossas lembranças. E, para isso, agora é hora de desfazer-se de outras lembranças para que essa abra espaço para as seguintes. Desse modo, desprendemos de algumas para dar lugar a um novo que consideramos significativo nesse momento. O perigoso é não aceitarmos o encerramento desse ciclo. Mas ao começar um ciclo novo, precisamos compreender que o período anterior ajudou na tessitura de um ciclo novo que se abre. Pode ser óbvio eu dizer que sentirei saudades, pode ser natural eu afirmar que vocês estão em minha identidade de hoje, todavia saibam que cada um e todos vocês me transformaram em outra pessoa que hoje sou. Vocês se constituíram na pedra de toque do abraço e sorriso agregado ao “Ser-educador” nessa escola. Eu só tenho uma palavra: OBRIGADA por me ajudarem a encerrar esse nosso ciclo e abrir outro no desejo de que SEJAMOS TODOS MUITO FELIZES. SOLANGE CASTELLANO

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ORIENTADORA EDUCACIONAL

Queridos,

Foi um prazer tê-los como meus alunos nesses últimos três anos. Vocês são excepcionalmente maravilhosos.

Desejo que tornem-se não somente excelentes profissionais cheios dos valores sobre os quais foram ensinados por nós, mas pessoas prósperas em todas as áreas de suas vidas. Desejo muitos amigos, muitos amores, muita felicidade, muitas oportunidades, muitos bons momentos, muita vida! Um beijo e até breve,

LIGIA CAVALCANTE

PROFESSORA DE INGLÊS

Diz o poeta Augusto Branco: “Por que te juntastes a mim, minha vida ganhou mais cores, tem mais flores o meu jardim!”. Assim foi quando vocês chegaram à Escola, há três anos. A minha vida e a vida de tantos outros servidores ganhou mais cor e o jardim da ESEM ficou florido. Agora, ao término desses três anos, podemos contemplar o belo quadro/jardim que formamos juntos. As cores se misturam e se completam de tal forma que não podem ser retidas no espaço da Escola, mas precisa ser derramado pelos jardins de outros cantos brasileiros. Desejo que cada flor dessa série possa virar árvore frondosa e dar muitos frutos por onde passarem; desejo, ainda, que sejam pincéis nas mãos do Artista Maior - Deus - a colorir o mundo de alegria, esperança, suavidade e força. Parabéns a todos! Atenciosamente,

APOLÔNIA REGINA FERREIRA AUXILIAR DE COORDENAÇÃO


Ao final do terceiro ano de aprendizagem e convivência com esse grupo, fico me perguntando: o que será que permanecerá para a vida? Na verdade, somente cada um poderá sabê-lo em seu íntimo na hora presente e no tempo vindouro.

No entanto, quero recordar de um místico espanhol do século XVI que, depois de muito estudar artes, filosofia e teologia na Sorbonne de Paris, disse: “Não é o muito saber que sacia e satisfaz a alma, mas o saborear as coisas internamente”! Possível de muitas interpretações, o saborear internamente corresponderia hoje àquelas competências básicas sinalizadas pela UNESCO e que cada um levará consigo, mesmo talvez sem se dar conta: eu aprendi a aprender, aprendi a fazer, aprendi a conviver e aprendi a ser melhor como pessoa. O resto ficará na superfície. Beijos no coração de todos e minha gratidão pelo que aprendi de vocês! MATEUS XAVIER

PROFESSOR DE FILOSOFIA

A saudade já está batendo..............

Os sorrisos tão carinhosos de dois anos, já estão se esvaindo Como não chorar?

Como não se emocionar? Não sei

Só sei que a hora é essa e as amarras vão ter que se desatar E com certeza farão um voo de sucesso

Sigam em frente e como dizia o poeta Cazuza

“Olhe o mundo com a coragem do cego, entenda as palavras com a atenção do surdo, fale com a mão e com os olhos, como fazem os mudos!” Com todo carinho,

ANDRÉA LACERDA

PROFESSORA DE BIOLOGIA

Enfeitem o mundo! Encham a vida de cores vibrantes, emoldurem o caminho com tons cintilantes. Chequem, choquem, provoquem!!! Mas não se esqueçam da solidariedade, não abandonem um amigo na adversidade. Enfeitem o mundo!! Exclamem, declamem, conclamem generosas verdades. Enfeitem o mundo! Lancem matizes brilhantes, gritem sons dissonantes. Contrariem, contradigam, contraindiquem!! Mas não se esqueçam da honestidade. Enfeitem o mundo!! Semeiem flores, curas e cores. Cresçam, aconteçam, apareçam! Mas não se esqueçam de terem coragem. Enfeitem o mundo!!! Sejam felizes!!! Carinho sempre,

EDIR MELLO COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA

PRIMEIRAS COISAS, FANTASMAS E CALEIDOSCÓPIOS

Nas primeiras coisas, estão todas as coisas. Nas primeiras coisas, está a possibilidade sem fim. Nas primeiras coisas não há impedimento, não há negação, não há um único e simples não. As primeiras coisas são plenamente imateriais, porque nelas reside toda concretude do porvir, muito e mais, medos e desejos. Há uma estranha e abstrata inteireza na coisa original. Tudo e nada coexistem em forma de fantasmas de assombro e euforia. Giros de imponderável imprevisibilidade constroem cenários múltiplos no caleidoscópio vivo em que reside a intangibilidade da primeira coisa.

Porém, o limite da primeira coisa é o prelúdio que a constitui: anúncio óbvio de sua sucessão. As coisas originais serão, inevitavelmente, ultrapassadas pelas segundas, terceiras e outras, todas, coisas que virão. Fantasmas desfeitos pela claridade dos fatos, eliminados pela luz das (in) decisões. Inusitada comédia de esperança e desesperança. Poucas vezes o que se pretendia ver após a primeira coisa aparece em imagem perfeita e as formas descontroladas das outras posteriores coisas costumam mesmo surpreender o expectador. Fim da vertigem. Como viajante em retorno, recolho memórias e algumas primeiras coisas. Coloco-as na caixa de lembranças: do momento em que tudo começara em hipótese e desenho, da melhor primeira, de todos os tempos. ANDRÉ FERREIRA

COORDENADOR DE VIDA-RESIDENCIAL

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Todo encontro supõe a existência de um tempo de duração, que pode ser longo ou curto.

Por ter chegado na instituição em 2012, sou contemporâneo dos atuais formandos. Suponho que meu tempo de permanência aqui na instituição seja maior do que o de vocês. Nesse sentido, caberia uma palavra de despedida? Mas o que escrever numa mensagem final? Uma mensagem final sugere um término ou um limite. A questão é que não existe limite com respeito à vida de cada um, porque não há um fim delimitado mas sempre um recomeço. Estou falando agora de um início que tem tantas possibilidades, expectativas, projetos, interesses, de tal modo que o sentido desta mensagem só possa ser algo relacionado com a vitalidade e a intensidade.

Muito me alegra ter convivido com vocês e ter feito tantos amigos entre os que estão se formando agora. Em relação a cada um de vocês, espero que vivam com plenitude! Não sei se vamos nos esbarrar por aí, mas a palavra que quero deixar é que não vejo como uma despedida mas sim como um até logo.

Alguém tem como determinar onde e quando as coisas começam e terminam? Ah não, mais uma aula de Filosofia? Decerto que não. Apenas um esboço daquilo que se anuncia e espero de cada um de vocês: vivam bem! Que cada um defina para si próprio o que entende por viver bem no seu próprio tempo. Um grande abraço a todas as 164 pessoas concluintes do ensino médio na ESEM-2014. ANDRÉ SENRA

PROFESSOR DE FILOSOFIA

“Memória – espaço entre a lembrança e o esquecimento”.

Esquecemos o que não importa para retermos na lembrança aquilo que nos é imprescindível! Vocês jamais serão esquecidos, porque são imprescindíveis para mim! A separação não é o fim da História, mas o início de um novo capítulo de uma obra que jamais estará completa. Se hoje choramos a separação é por que o convívio foi de fato significativo. Choramos mas sabemos que há uma estrada a ser percorrida e a lembrança nos aproximará quando a distância nos separar, afinal: “Quem quer cruzar o Bojador, deve passar além da dor!” ANTÔNIO HENRIQUE DE CASTILHO GOMES (PAI TOINHO),

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COORDENADOR DE CIÊNCIAS HUMANAS E RD (1º ANDAR, A1)

Queridos alunos,

É com muito carinho e satisfação que dedico aos formandos de 2014, toda minha alegria em ter colaborado com vocês durante esses três anos, em que tantas mudanças e emoções vocês vivenciaram! Dever cumprido!

Ficará em minha memória o jeitinho e sorriso de cada um. Tanta força vocês me passaram!

Cada dia, renovando-me de energia nova e positiva. Parabéns! Sucesso na nova caminhada! Beijos no coração de todos!

DIVA PEREIRA BRAZ

AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS

Como é bom ter na memória o que coloriu nossa vida por algum tempo, deixando marcas – marcas sobre tons. Em 2012, na oportunidade de ter tons variados em uma tutoria única, e porque não dizer colorida, alegre e cheia de vida, em que pude compartilhar toda essa alegria com meninas e meninos maravilhosos. Não só em tutoria, mas nos mais diversos espaços de convivência e descoberta, pudemos conviver com intensidade todos os reflexos dos mais diversos degradees dessa escola-casa. E na bagagem que apresentava-se por fora em um único tom, revelava em seu interior um misto de esperança e atitude, que representava pessoas de garra que, aqui, vieram buscar o melhor ensino - e se quer sabiam que daqui levariam mais do que isso.

Ao ter colaborado para que tudo acontecesse da melhor forma possível, ganhei um presente que durante três anos pude degustar na presença dos tons que marcam essa turma: o tom da vida plena, com muitos anseios e desejos, e uma busca de um mundo melhor. E posso afirmar que mundo melhor foi o meu com a presença de vocês. Agradeço pelo que me trouxeram de presente e retribuo com meus mais sinceros votos de felicidade plena, que não seja apenas um ton sur ton, mas sim uma representação das diversas matizes que a vida pode oferecer e que esse colorido traga em seu coração nossa amizade repleta de luz – pois a luz revela um mundo de cores, um mundo de sobre tons ! – Sejam felizes e contem sempre comigo (um velho amigo) para o que der e vier. De coração e com muito amor e carinho, FREDERICO SCHOENE

PROFESSORA DE QUÍMICA


Fecho os olhos antes de começar a escrever para vocês.

Recordo-me, por instantes, de momentos especiais: a chegada ao prédio, os primeiros sorrisos, os olhares duvidosos e ansiosos à procura de outros, acolhedores e seguros. Lembro-me das agradáveis aulas, questionamentos e anseios, da emoção dos Torneios das Casas, do nervosismo antes das avaliações, das dúvidas quanto ao look ideal para as festas de sábado à noite, dos choros escondidos, provocados ora por saudade de casa, ora pela dor do namoro desmanchado, ora pelas primeiras notas baixas; recordo-me de sombras, roupas pretas e velas, leituras de poemas, sorrisos, filmes de terror na sala de convivência, encontros de turma lá em casa, verdade ou consequência, confiança, abraços sinceros, canções. Abro os olhos e temo, pois é hora de dizer “até breve”. Todo aquele tempo que, imaginávamos, seria eterno, entra em contagem regressiva e nos aproxima do fim. Então, é assim que a vida segue? Assim encerramos a história há três anos construída?

O cursor pisca, intermitente, diante da folha ainda em branco. Tantas palavras a serem ditas, tantas emoções vivenciadas, tantos momentos bons, especiais, únicos – e a folha em branco, insistindo em que não se comece a escrever, sob pena de que, enfim, seja necessário chegar a um ponto final. Escolho, então, escrever uma vírgula; assim tudo o que vivemos, tudo o que significamos mutuamente, tudo o que descobrimos de importante no outro e com o outro, não teria, necessariamente, um fim. Vírgula. Interrupção do pensamento, afastando-o do seu fim. Vírgula. Suspensão de uma ideia e acréscimo de outra e outra e outra. Vírgula. Assim quereria nossa relação: interrompida e não finalizada; suspensa e não concluída; acrescentada e longe do fim. Desejo toda a felicidade do mundo para vocês. E desejo isso enquanto ergo aos céus uma oração que sai mais do peito que da boca: proteção, sabedoria, muitos sorrisos, crescimento constante, família, sucesso, paz. Esses e muitos outros são os desejos que invadem minha prece por vocês. Sejam felizes, meus queridos e queridas. Hoje, amanhã, sempre. Vocês merecem cada conquista, porque lutaram e fizeram por merecer. Hoje, são mais do que vencedores. Obrigada por terem me permitido participar de suas vidas; ao mesmo tempo, obrigada por terem entrado na minha. Vocês são os melhores.

Princesas de ouro: para vocês um beijo mais que especial e todo carinho meu, do Anderson e da Ana Vitória. Nós amamos cada uma de vocês. Obrigada pelos maravilhosos dois anos de convivência, lado a lado, ali no andar. O que construímos, o tempo nunca vai extinguir. Queridos e queridas: sigam felizes, sejam constantes em seus objetivos, mantenham serenidade e equilíbrio ao tomar decisões. Há um mundo de felicidade esperando por vocês. Conquistem-no, vocês merecem. Beijo grande.

Prezados jovens guerreiros aventureiros!!!!!!

É assim que lembrarei de todos vocês para sempre!!!!

Destemidos como Ulisses vocês se afastaram dos seus lares para enveredar por caminhos e destinos desafiadores chamado de Educação, Formação, Ética, Generosidade, Compromisso e Respeito, valores seculares registrados nos caminhos do tempo. Partiram e se fortaleceram para retornar à casa depois de tantos desafios...

Desde o início (processo seletivo) disputaram a vaga, se debruçaram sobre as provas, passaram noites estudando, tempos pensando, horas chorando.... Nunca pretenderam ser o primeiro da classe ou o “numero 1”, pois sempre estiveram juntos no mesmo “barco”, até porque nem sempre ser o nº 1 ou A significa alguma coisa. As batalhas são vencidas em equipes e com bons companheiros, treinadores, estruturas, alimentação e bons equipamentos.....

Fortalecidos, retornem....retornem bem, completos, maduros, destemidos, capacitados e principalmente como 2B sem a pretensão do primeiro lugar, mas acima de tudo protegidos com uma bela armadura grega que se torna invencível quando o trabalho se dá em equipe arquitetado pelos os sábios professores da Escola Sesc. Eternamente!!!!

ROBSON COSTA

DIRETOR ADJUNTO

SIMONE XAVIER

PROFESSORA DE LITERATURA E RD (2º ANDAR, A2)

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É muito difícil expressar o que sentimos, através de gestos e atitudes, mas vocêsfizeram essa parte com excelência! Um beijo grande,

TIA MARIA DA TOCA.

Como me despedir do meu primeiro andar como RD e da minha última tutoria?

Como me despedir dos meus alunos companheiros e dos meus companheiros de filmes? Só posso dizer que vou sentir muitas saudades, porque vocês me marcaram pra sempre. Foram tantos momentos “bacanas”! Aulas com sombreiros, cantorias no andar (“É o amor!”), cafés da manhã com waffles, cookies gigantes, filmes “cabeça”, filmes que nos levaram pro lado negro do sono, abraços-armadilha no corredor, tradução simultânea nas reuniões de andar, ciúmes inigualáveis (e carinho mais ainda!), saídas divertidas, rosas no baile, brindes de brigadeiro, chás coquetel molotov, festa de aniversário surpresa com bolo Ana Maria, miojo com Natiruts, bacon sem papagaio... Ainda fica a sensação de que podíamos ter feito mais; porém, devemos nos tranquilizar com a certeza de que sobrou afeto, emoção e vida - então não faltou nada! Que essas lembranças, tão especiais quanto incompreensíveis aos olhos de quem não as viveu, nos recordem sempre que a felicidade está, principalmente, nos grandes pequenos momentos que dividimos de coração com aqueles que amamos. Obrigada por três anos incríveis! Desejo que sejam incrivelmente felizes! CLARISSE GUEDES DE SENA

PROFESSORA DE LÍNGUA INGLESA E RD (2º ANDAR, A1)

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Minhas Crianças:

Adorei trabalhar com vocês. Esse grupo é diferente do ano passado, que por sua vez é diferente do ano retrasado, e assim sucessivamente. Mas todos têm algo em comum. A alegria em aprender. Mesmo aqueles que não gostam de matemática. Alguns até se esforçam em gostar para agradar o professor. E isso não é comum no cotidiano. Pena que, devido ao calendário apertado, não consegui levar todos aos dois lugares mais bonitos do Rio de Janeiro: Aa Feira de São Cristóvão e o estádio de São Januário. Vou repetir um trecho que falei nos dois últimos livros do ano, só atualizando a idade e o tempo de serviço: “Me sinto um menino mesmo com 53 anos de idade e 32 em sala de aula. Seja nas aulas regulares, nas oficinas ou nos plantões. Verdade! Juro que não é demagogia,mas eu gosto de passar o fim de semana com vocês. Os grupos são diferentes, as identificações são diferentes de ano para ano. Mas uma coisa não muda: Eu gosto de passar meus dias com vocês. Talvez, gramaticalmente, não seja tão correto repetir a palavra “vocês” em todo o texto como fiz até agora. Mas todo processo educativo está centrado em vocês. Então, tenho que repetir isso a todo instante.” Acredito que a educação é, antes de tudo, uma relação de afeto. Se o afetivo vai bem, o pedagógico flui com mais facilidade.

Tenho certeza que todos vão sentir falta dos anos de convívio aqui dentro. Mas não fiquem tristes se a saudade apertar muito. Saudade é sempre sinônimo de momentos bons que vivemos no decorrer de nossas vidas. Ninguém tem saudades de coisas ruins. TORÇO PELO SUCESSO DE TODOS VOCÊS. DÊ NOTÍCIAS SEMPRE. PROFESSOR EDUARDO VICENTE

PROFESSORA DE MATEMÁTICA


É com muita alegria que compartilho o término do curso secundário e a próxima entrada na Universidade de todos vocês que estão terminando o 3º ano. Sejam muito felizes, que a ética vos acompanhe na Universidade e em todos os passos da vida. Vocês levam para sempre o carinho dos professores desta Escola e a amizade dos servidores e sobretudo dos colegas. JOSÉ VICENTE

GERENTE DE ENGENHARIA E MANUTENÇÃO

Queridos,

Foi um prazer ter sido professora de vocês durante a terceira série. Não posso dizer que fui tutora ou responsável de dormitório de vocês, também não posso dizer que nossos laços começaram no primeiro ou no segundo ano de vocês. Porém, posso dizer que a minha alegria em ver cada um de vocês galgando etapas é verdadeira e é fruto de uma construção diária. Eu só tenho a agradecer cada momento que passei com vocês.

O prazer do dever cumprido, soa diferente dentro de mim, quando olho para esta turma. Vocês fizeram a diferença na minha vida dentro e fora de sala, desejo que vocês façam a diferença na vida das pessoas que conviverem com vocês seja na vida acadêmica, profissional ou pessoal. Afilhados carinhosos, monitoras responsáveis, felizes e sensíveis, alunos determinados, esforçados e amados. Inesquecível é uma das palavras que vem a minha cabeça quando penso em cada um.

Peço a Deus que proteja e ilumine todos vocês. Sejam mulheres e homens éticos e não se esqueçam de transbordar amor. Tenho a certeza de que construirão histórias lindas por esse imenso Brasil.

Porque é assim. Um dia a gente se acostuma.

A rotina, como sempre, é a culpada pelo atropelo das relações. E, sem mais nem menos, o cotidiano se torna óbvio. E, então, acaba-se o espanto diante do acontecimento, diante do que se é. Só que não. Recuso-me ao automatismo, porque se pode ser tanto e muito, e porque sempre é a primeira vez de alguma coisa; o mundo, vasto, abriga muitas experimentações. O mergulho na lua refletida bem no meio do negrume da noite, por exemplo, é algo que vale ser vivido uma vez. Ou duas, ou quantas mais aprouver. Ver estrelas cadentes e vagalumes também é coisa que vale a pena. O sorriso que livre nasce nos olhos é solfejo, lampejo, um alvorecer de repente, mesmo no pino do dia. O cotidiano rotineiro pode afinal ser palco de vasta sinfonia. Pulsemos, pois. Sejamos ritmo no desconcerto desse mundo, nosso compasso pode diminuir distâncias e também ampliar escalas. Porque é uma tristeza viver no estreito de uma nota só, quando existem tantos acordes; porque é uma alegria deixar o riso correr a galope, largo no arpejo da graça. Porque é bom quando o Instante-já fica guardado pra sempre, e a gente se descortina ainda mais. Porque é assim. Eu nunca vou me acostumar com as despedidas, porque a cada ano (re)descubro novas harmonias.

Por isso, agradeço a vocês, queridos formandos, pelos toques, batuques e tons que entoaram a música de nossa ciranda cotidiana. Obrigada por terem trazido para mim novas histórias e outras estreias. JANAINA BRASIL

PROFESSORA DE LITERATURA

Meus amores, sejam felizes! Um abraço forte,

GISELE CANTALICE

PROFESSORA DE QUÍMICA

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Observando a sala de Arte repleta de criações, o

Sobre tons Um tom

Um acorde

apresentou-se como som baixo, alto

agudo, grave

Primeiro, percebeu-se som

Depois, ouviu o som do outro Juntos, nova partitura Afinaram suas vidas

Construíram arranjos

Ensaiaram composições

Buscaram acordes, harmonia dos tantos tons

Agora, após três anos de sinfonia Os sons ecoarão

nas esquinas do Brasil

Os tons também entoarão

Nas rodas do nosso coração. Sobre um

Sobre todos

Aos que chegaram em 2012. Com carinho,

INES PAZ

GERENTE PEDAGÓGICA

pensamento de que em breve os seus autores não estarão mais neste espaço provocou um congelamento. Para quem vivenciou todo o processo, com aquele prazer de acompanhar até os mais resistentes testando, experimentando e às vezes se surpreendendo com o resultado, a realidade da despedida poderia chegar como um aperto no peito. No entanto, cada peça, instalação e manchas de tinta espalhadas por todo o chão despertaram apenas o sorriso. O sorriso bom da certeza de que os autores não estarão mais neste espaço como alunos, mas como convidados de honra. Por que não um pensamento assim para enganar a saudade?

Vocês, estudantes da turma 2012-2014, trouxeram como energia o sentido da renovação. O desafio de remontar aulas, propostas, atividades e loucuras deixou claro que sem a sua participação, o resultado seria vazio e de mão única. A construção coletiva gerou um curso orgânico, flexível, feito para todos saírem ganhando. O aprendizado aqui vivenciado conseguiu mesclar o leve e o denso, o sério e o divertido, a loucura e a pitada de sanidade. Vi um verdadeiro festival barroco de dualidades e contradições. Que este exercício gostoso do renovar acompanhe as suas vidas sempre, com responsabilidade e coragem para provocar mudanças. Sim, meus queridos alunos, vocês ressignificaram o fazer arte.

Posso dizer que o meu coração ficará eternamente inundado com a presença de vocês, mesmo que ela esteja na memória mais carinhosa. O mais importante: levarei comigo tudo aquilo que aprendi neste ano de intensa convivência, ano que senti a renovação de valores e de símbolos que pareciam tão distantes, mas que vocês mostraram estarem tão pertos de mim. Até aquelas “personagens” voltaram com força! Obrigado.

GUSTAVO GAVIÃO PROFESSOR DE ARTES

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Queridos,

Falar do fim desse ciclo é sempre difícil, pois assim é toda separação. Ainda mais quando falamos de pessoas tão alegres e especiais. Sentirei falta de esbarrar com vocês pelos corredores, das nossas conversas e de cada momento que vivenciamos dentro e fora da sala de aula, pois poder conviver com vocês foi um grande aprendizado. 2A-2013 (ou Anitta F.C.?), minha primeira turma de tutoria, obrigada por terem me deixado entrar na vida e cuidar da vida de cada um de vocês. Vocês foram os primeiros e jamais os esquecerei!

Por fim, dois conselhos: nunca deixem que a correria do dia a dia afaste vocês da essência que cada um traz e nunca deixem de valorizar as coisas simples da vida. Beijos,

CAROLINE MONTEIRO PROFESSORA DE LÍNGUA PORTUGUESA

Quero muito agradecer a vocês estudantes. Aprendi muito com vocês. Graças a vocês pude me tornar um educador e um ser humano melhor.

Gostaria de desejar que vocês tivessem muito sucesso em suas vidas mas infelizmente não posso. Porque este sucesso vocês já têm. Todos vocês são especiais e pelo simples fato de terem passado pela Escola Sesc os torna ainda mais especiais porque agora vocês são cidadãos do mundo.

Desejo mesmo que vocês sejam felizes, estejam onde estiverem, seja como for. Se vocês forem felizes tudo terá valido a pena. COSME SILVEIRA

SETOR DE TECNOLOGIA

O tempo passou rápido. Três anos de muita vivência e emoção. Agora vejo vocês encerrando mais um ciclo de sua vida. Na primeira série, com lápis na mão, vocês escreveram a história de cada um. Fizeram previsões das expectativas do futuro ao término do Ensino Médio. Talvez tenham relatado os momentos de alegria e satisfação, de cansaço e tristeza e de como seria despedir-se da escola. A esperança de se encontrarem no próximo evento; “o Torneio das Casas”. Chega a hora de abrir a carta escrita em 2012 e perceber o seu crescimento e o quanto amadureceram. Você pode até sentir vontade de pegar a borracha e apagar algumas frases, mas algumas ideias podem ficar guardadas nesse pedaço de papel, talvez meio amarelado, pois ficaram arquivadas por três anos. É preciso aprender e reconhecer quando uma etapa chega ao final carregada de possibilidades e oportunidades para enfrentar outras que estão por vir. Esse momento exige grande sabedoria.

“Matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso”. Fernando Pessoa

Termino deixando esta frase carregada de saudades desse grupo tão especial com lindos sonhos, cheios de valores, virtudes e esperanças. Que vocês concretizem os seus sonhos e não se desviem de sua meta de vida. Felicidades!

Com carinho

ELIANA PALMEIRA ORIENTADORA EDUCACIONAL

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Que enorme dificuldade foi escrever esse texto para a turma 2012-2014. Acho que tenho uma explicação: pra mim, vocês são tão individualmente diferentes que é difícil escrever qualquer coisa que atinja a todos. Resolvi, então, recorrer a uns textos que vocês só ouviram uma vez, enquanto eu lia e chorava (feio!) na despedida da 1ª série em 2012. Vou quebrar a promessa (de nunca revelar meus textos de fim de ano) na tentativa de fazê-los observar o quanto vocês podiam ser diferentes e únicos naquele ano. “Todo início de ano é assim: turmas novas, expectativas renovadas, curiosidade, desafios... São quinze pessoas que carregam consigo uma história de quase quinze anos. São, portanto, quinze histórias convivendo e formando uma décima sexta história completamente nova. (...) Todo ano é assim. E todo ano é diferente. Isso é mágico.”

“De vocês, ganhei muitas coisas este ano, que vão além das guloseimas que fizemos no apartamento funcional. Ganhei abraços e olhares carinhosos; ganhei atenção na explicação dos conteúdos; ganhei exemplos de dedicação e superação.”

“Toc­toc. Posso entrar?” Sem hesitar, vocês me acolheram de corpo e alma, tal como fazem as boas famílias. Sabe quando os professores dizem que nós, alunos, somos a inspiração de cada dia? Pois é, enquanto egresso, foram vocês quem me mantiveram vivos ali dentro. São pupilos que me doaram sorrisos matinais de fazer o coração se encher. Foram uma mistura de confiança e cooperação (and you guys know what I mean, rs). Foram companheiros, amigos e esperança. Aqueles que não esquecerei, jamais. … um ano depois ... “Toc­toc?”

“Madrinha? Mas que relação era aquela? Que espécie de carinho aquela turma começava a demonstrar com um convite que não parecia combinar com as aparências? (...)E houve elogios vários, brigas, preocupações, reclamações seguidas de defesas calorosas em conselhos de classe. E houve, de repente, a chance de perceber o que era preciso perceber: Aquela turma não precisa ser a melhor para você, de algum modo inexplicável, amá-la.”

Não, não pude entrar. Porque não havia mais porta alguma. Nem havia sorriso nenhum. Nem abraço algum. Nem mesmo havia alguém. Porque, tal como faz a realidade, ciclos começam e terminam. Só o silêncio de lembranças intactas ecoa, de forma paradoxal. Sem qualquer esforço, consigo reaver pela frestinha entre a Porta e a parede das salas cada uma daquelas fontes de alegria. Escuto, até hoje, o burburinho rotineiro ­canções, para mim ­da segunda série que amei.

“Vocês são isso tudo junto e me tornam, junto a vocês, melhor. Vocês são juntos, são maravilhosos, são inesquecíveis, são minha turma querida, são os afilhados do coração, (...) são aqueles que me fazem sorrir, chorar, sentir muito amor, muito carinho, muita saudade...”

Aquele letreiro gigante (de letras garrafais etc) que nós conhecemos tanto exerce uma força dupla: ora congrega, mas também pulveriza. Cada vez que o olhamos, as emoções nos esgarçam. Nossa casa­escola (e vice­versa) nos oferece, numa verossimilhança perfeita, circuitos simultâneos de lágrimas: distantes, saudosas, vibrantes, atuais…

“Por fim, a professora viu: entrava na sala, efetivamente, uma turma. Era sempre uma quarta-feira quente, mas devagar, devagarinho, sorriso malandro no rosto, entrava na sala a poesia de que a turma tanto precisava.”

Vocês, assim como o “plug it”, vieram para revolucionar.

PROFESSORA CHRISTIANA LEAL

PROFESSORA DE LÍNGUA PORTUGUESA

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… 2013...

… alguns avisos um tanto paroquiais ...

Um conselho?

Preparem­se, que uma hora elas chegam…


Adianto-­lhes logo: não é fácil se despedir de uma vida de quase tudo. São muitas as recordações. Mas, infelizmente, ciclos vão; ciclos vêm. Além do mais, já sabíamos desde o princípio daquela finitude: “são apenas três anos!”, diriam os outros.

...Só a gente sabe o que são três anos de Escola Sesc de Ensino Médio... … um ano depois do “ano depois” ... Talvez por entenderem que a hora do pior “até logo” de nossas vidas chega para todas as séries é que vocês me receberam com tanto afeto. Dia após dia, foram se tornando protagonistas do meu roteiro. É uma pena que nesse conto de fadas da Escola Sesc, o final feliz só não é tão perfeito porque, por princípio, deve acabar. A sobra? Saudade, muita saudade. Neste fim de ano (isto significa: nesta formatura!), vocês vão percorrer o mesmo trilho que todos os alunos­esem, sem exceção, estão destinados: Assinam o livro de presença ­“ou seria ‘de despedida?”.

Arrumam as malas ­“será que cabe o Brasil dentro delas?”.

Fitam de cabo a rabo os melhores amigos e até aqueles com quem nunca tiveram tanta proximidade ­ “mas eu nem sabia que eles eram tão legais…Por que não fomos amigos?”. Dão e recebem abraços ­“poderiam ser eternos...” Por vezes, choram. (pausa)

Enquanto isso, a Porta (lembram­se da Porta? Ela sempre é a barreira e a oportunidade…) que parece ter consciência tenta se fechar devagarzinho, sozinha, mas não consegue. Parece que a maçaneta e a parede se repulsam. Mas, no fundo, você sabe quem não quer fechá­la.

Até que não há mais como adiar e você diz para si: “vamos, força! Eu consigo!”. Mais lágrimas lhe aquecem a face.

A fresta quarto­corredor vai se estreitando, Cerrando,

Diminuindo... Até que…

“Toc­toc?”,

E novos moradores chegaram.

E a porta se fecha para que outras possam abrir.

A bolha estourou. Mas não se preocupem: vocês estão preparados. Corram logo para o mundo porque outro ciclo está para começar. Foram três anos de estágio para a realidade.

Queridos, espero­os do lado de cá, com o mesmo carinho que fui recebido. Contem comigo para o que precisarem, de verdade. Muito obrigado por terem feito parte da minha história. Vou encontra-los outras vezes na minha caminhada. Com um amor maior que o mundo,

CHICO

PRATICANTE EGRESSO (2013)

Vagam pelos corredores, laguinho e pilotis. Vão para o quarto.

Empunham as malas cheias de nada ­até porque não se guarda amor em malotes. Suspiram, pela última vez, a atmosfera daquele cantinho único de privacidade compartilhada que chamamos de “nosso quarto”.

113


Os trechos das músicas foram repoduzidos seguindo as limitações dos direitos autorais, da Lei do Direito Autoral. BRASIL. Lei 9.610 de 1998. Cap. IV, Art.46 - Não constitui ofensa aos direitos autorais: Parágrafo 3º. “a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra; “ Bruna Capinã: “Sou filha do mar e na maré mansa basta um riso, uma esperança pra meu peito consertar” Filha do Mar, Mariene de Castro. Vinícius Ferreira: “Tudo em volta se traduz em som e se mostra. Não tem mais volta, agora nós somos um par” Só nós dois, Detonautas. Pedro Ivo: “Não quero saudade, eu quero amor e paz, eu quero muito mais” Fevereiro, Bab’lions. Jhoalerson: “O hoje é apenas um furo no futuro por onde o passado começa a jorrar” Banquete de lixo, Marcelo Nova. Eduardo Vinícius: “Check my vital signs to know I’m still alive. And I walk alone” Green Day, Boulevard of Broken Dreams. Rael Tarsso: “Na dúvida escolha o melhor pra você. Dê mais importância a quem lhe quer bem” Pôr do sol, Sorriso Maroto. Daniel: “O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído!” Epitáfio, Titãs. Matheus França: “Às vezes faço o que quero, e às vezes faço o que tenho que fazer” Vícios e virtudes, Charlie Brown Jr. Felipe Soares: “É preciso amor pra poder pulsar, paz pra poder sorrir, é preciso a chuva para florir” Tocando em frente, Almir Sater. Jordson: “Passado e futuro sem aprumo. Destino se confunde no seu rumo. Na lei dos sentimentos. A soma é pra dividir” Saudade, Buchecha. Luiz Felipe: “Sou metade santo, outra metade malandragem, estiloso na fazenda e selvagem na cidade” Livre, Fernando e Sorocaba. Hiago: “Me cerco de boas intenções e amigos de nobres corações que sopram e abrem portões” Morada, Forfun. Ariel Leite: “O vento vai dizer lento que

114 virá. E se chover demais, a gente vai

saber” O vento, Los Hermanos. Diógenes: “Lá, não quero nem saber, canto meu lêlê, eu quero é ser feliz” Eu quero é ser feliz, Thiaguinho. José Vitor: “Na paz, na moral, na humilde, busco só sabedoria. Aprendendo todo dia” Senhor do Tempo, Charles Brown Jr. Gustavo: “Ninguém pode mudar, é meu jeito moleque de ser” Meu jeito moleque, Jeito Moleque. Ígor Gouveia: “Hoje acordei sem lembrar. Se vivi ou se sonhei. Você aqui nesse lugar” Ainda gosto dela, Nando Reis. Lucas Leão: “Se você quiser alguém em quem confiar, confie em si mesmo” Mais uma vez, Renato Russo. Pedro Paulo: “Sabe, quando a felicidade invade. Quando pensa na imagem da pessoa” Sei, Nando Reis. Bruno Afonso: “Viver e não ter a vergonha de ser feliz, cantar a beleza de ser um eterno aprendiz” Eterno Aprendiz, Gonzaguinha. Rodrigo Winter Krause: “Porque metade de mim é partida, mas a outra metade é saudade” Metade, Oswaldo Montenegro. Gabriela Monteiro: “É preciso força pra sonhar e perceber que a estrada vai além do que se vê” Além do que se vê, Los Hermanos. Lucas Almeida: “Foi bonito, foi, foi intenso, foi verdadeiro, o mais sincero” Fui fiel, Gusttavo Lima. Joice: “Eu fico ali sonhando acordado. Juntando o antes, o agora e o depois” Sozinho, Caetano Veloso. Marcos Vinícius: “E eu vou morrer de rir que esse dia há de vir antes do que você pensa” Apesar de você, Chico Buarque. Ellen: “Caminhando contra o vento sem lenço e sem documento no sol de quase dezembro eu vou” Alegria alegria, Caetano Veloso.

Laura Diettrich: “Por mais que a gente cresça, há sempre alguma coisa que a gente não consegue entender” Terra de gigantes, Engenheiros do Hawaii. Tatiane Cicoszki: “Penso que cumprir a vida seja simplesmente compreender a marcha e ir tocando em frente” Tocando em frente, Almir Sater. Dhanilo: “I am the passenger and I ride and I ride. I ride through the city’s backsides” The passenger, Iggy Pop. Paula Henriques: “Ela mora no mar. Ela brinca na areia. No balanço das ondas, a paz, ela semeia” Lenda das sereias, Marisa Monte. Ana Paula Guimarães: “Mas as pessoas na sala de jantar são ocupadas em nascer e morrer” Panis et Circenses, Os Mutantes. Rayssa: “Ande sempre para o sol. Olhe sempre para o sol. E tudo que você quiser. E tudo que você pensar será iluminado como o sol” Tudo foi feito pelo sol, Mutantes. Maria Luiza: “Está revelado num segredo, não escondendo o seu desejo, de viver e ser feliz” Deixa chover, Chimarruts. Ingridy Fernanda: “Apenas apanhei na beira-mar um táxi pra estação lunar” Taxi lunar, Zé Ramalho. Pedro Carreiro: “A nossa história não termina agora, pois essa tempestade um dia vai acabar” Quando a chuva passar, Ivete Sangalo. Júlia Sian: “Quem se soltar, da vida vai gostar. E a vida vai gostar de volta em dobro” Um dia após o outros, Tiago Iorc. Mariana dos Santos: “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante” Metamorfose ambulante, Raul Seixas. Marlúcia: “Son, in life you’re gonna go far, but if you do it right you’ll love where you are” 93 Milion Miles, Jason Mraz. Lincoln: “E se o vento soprar a favor vem com a maresia e deixa a vibe te

levar!” Puracazuah, Maré Mansa. Alana Soares: “Não há tempo que volte amor, vamos viver tudo que há pra viver, vamos nos permitir” Tempos modernos, Lulu Santos. João Pedro Agra: “I will keep on smiling from the times I had with them” End of an Era, Oliver Boyd and the Remembralls. Evelyn: “Quando você voltar pra casa, pequena, não há tristeza que valha a pena” Porta, retrato, Cícero. Allana Maychat: “E fazer cada dia na minha vida, meu sonho ser uma conquista” Sou assim, Mato seco. Mariel: “Got your wings, now you can’t stay. Take those dreams and make them all come true” Butterfly Fly Away, Miley Cyrus. Otto: “We are lightning straying from the thunder miracles of ancient wonder” This will be the day, Jeff Williams. João Eduardo: “Let’s talk about me. Let’s talk about you” Let’s talk about sex, Salt-N-Pepa. Júlio César: “Once I rose above the noise and confusion. Just to get a glimpse beyond this illusion” Carry on my wayward son, Kansas. Pedro Carvalho: “Mas que preguiça boa, me deixa aqui à toa. Hoje ninguém vai estragar meu dia” Céu azul, Charles Brown Jr. Sara Melissa: “We are young and naive still. We require certain skills hard to control when we begin” Young Blood, The Naked and Famous. Gabriel Rosseto: “If I could spend the rest of my life with my people I would do it over and over again” Rest of my life, Soja. Gabriel Lopes: “Mas é claro que o sol vai voltar amanhã. Mais uma vez, eu sei” Mais uma vez, Legião Urbana. Camila Amorim: “My heart is like an open highway like Frankie said I did it my way” It’s my life, Bon Jovi.


Wilson Lopes: “Eu vim de bem longe, eu vim, nem sei mais de onde é que eu vim” Canto de Xangô, Vinícius de Moraes.

Daniella Brito: “I’ll spread my wings and learn how to fly, I’ll do what it takes till I touch the sky” Breakaway, Kelly Clarkson.

Vinicios Mees: “Mas ele tenta e tenta mais, negando o seu troféu de maior idiota do mundo” O maior idiota do mundo, Topáz.

Elisa: “Never leave it too late, always enjoy the taste, of the great grey world of hearts” Interlude, Alt-J.

Ana Beatriz: “Do rio melodia navega pro porto chamado destino com seu marinheiro chamado Chamado” Geografia sentimental, 5 à Seco.

Francílio: “Vou deixar a vida me levar pra onde ela quiser, estou no meu lugar” Vou deixar, Skank.

Sylviane: “Ainda é cedo, amor. Mal começastes a conhecer a vida. Já anuncias a hora de partida...” O mundo é um moinho, Cazuza. Ian: “Pretinha, faço tudo pelo nosso amor, faço tudo pelo bem do nosso bem, meu bem, neném” Pretinha, Seu Jorge. Filipe Fidler: “E sigo por aí viajante. Habitante de um lar sem muros” Morada, Forfun. Heitor Hideki: “We all wanna be somebody. We just need a taste of who we are” Be somebody, Thousand foot Krutch. Carlos Roberto: “Arittakeno yume o kakiatsume Sagashi mono sagashini yuku no sa one piece” We are, One Piece. Guilherme: “Run, boy, run. This ride is a journey” Run Boy Run, Woodkid. Fernando: “I planned each chartered course. Each careful step along the by way. And I did it my way” My way, Frank Sinatra. Felipe Bigaran: “Gotta leave you all behind. And face the truth” Bohemian Rhapsody, Queen. Gabriela Leonhardt: “A vida me ensinou a nunca desistir. Nem ganhar nem perder, mas procurar evoluir” Dias de luta e dias de glória, Charles Brown Jr. Carolinna Victório: “A vida é arte do encontro” Samba da bênção, Vinícius de Moraes. Pedro Chaves: “Se a maré virar? Quando o sinal fechar? Depressa até faço promessa pra não me buscar” A indesejada, Ganeshas. Fabiana: “Pra voltar pra ontem sem temer o futuro e olhar pra hoje cheios de orgulho” Nosso mundo, Barão Vermelho. Lívia Mendes: “Beijinho no ombro pro recalque passar longe” Beijinho no ombro, Valesca Popozuda.

Jéssica: “E ainda estou confuso só que agora é diferente. Estou tão tranquilo e tão contente” Quase sem querer, Legião Urbana. Laís Quiles: “Não existem distâncias no meu novo mundo” Charlie Brown Jr. Beatriz Matos: “Mesmo que você tenha que partir, o amor não há de ir embora” Porque eu sei que é amor, Titãs. Clarisse Borges: “Tudo bem até pode ser que os dragões sejam moinhos de vento” Dom Quixote, Engenheiros do Hawaii. Ana Flávia Matias: “Olhe, vá em frente, não se esqueça: liberdade dentro da cabeça” O carcará e a rosa, Natiruts. Marckson: “São só dois lados da mesma viagem. O trem que chega é o mesmo trem da partida” Encontros e despedidas, Maria Rita. Alfredo: “Mas é claro que o sol vai voltar amanhã. Mais uma vez, eu sei” Mais uma vez, Legião Urbana. Erika: “Dancei, tropecei na escuridão. Fiz e ainda quis ter razão. Mas só quis ser feliz” Lancei, Phill Veras. Paula Nicolay: “E amanheça brilhando mais forte que a estrela do norte que a noite entregou!” Camarada d’água, O Teatro Mágico. Fidel: “Qual senda me levou? Qual me trouxe aqui?” Tardei, Rodrigo Amarante. Paulo Gabriel: “Viver e não ter a vergonha de ser feliz, cantar, na alegria de ser um eterno aprendiz” Eterno aprendiz, Gonzaguinha. Gabriella Leite: “Jai guru deva om” Across the Universe Nayara: “And more, much more than this, I did it my way” My way, Frank Sinatra. Júlia Baldi: “Vou ver o mundo tendo o mundo como anfitrião” O viajante, Forfun.

Luís Claudio: “Compositor de destinos. Tambor de todos os ritmos. Tempo, tempo, tempo, tempo” Oração ao tempo, Caetano Veloso. Marcos Jhonny: “They’re all memories in the wind. Those days go by and we all start again” Days go by, The Offspring. Raniele: “Não quero reescrever nossas linhas que se não fossem tortas não teriam se encontrado” Morada, Sandy Leah Rodrigo Brito: “We’ve come too far to give up who we are” Get lucky, Daft Punk. Leonardo: “Aos parceiros, tenho a oferecer minha presença: talvez até confusa, mas real e intensa” Vida loka, Racionais Mc’s. Alana Marin; “Ninguém pode nos rotular. Perder, ganhar, deixar rolar. Intensidade agora em algo novo” Universo ao nosso favor, Forfun. Clara Cid: “Todo dia ela se renova, novas trilhas mundo a fora, quase que não cabe em si” De lá pra cá, Scracho. Niara: “Eu fui lá fora e vi dois sóis num dia e a vida que ardia sem explicação” O segundo sol, Cássia Eller. Letícia Cantarelli: “Quem se soltar, da vida vai gostar e a vida vai gostar de volta em dobro” Um dia após o outro, Tiago Iorc. Giulia: “O que eu desejo a você é que os deuses do amor estejam a te proteger” Você me encantou demais, Natiruts. Raquel: “Sereno é quem tem a paz de estar em par com Deus. Pode rir agora que o fio da maldade se enrola” Morena, Los Hermanos. Juliana: “Son, in life you’re gonna go far, if you do it right, you’ll love where you are” 93 Milions miles, Jason Mraz. Ana Maria: “Pra que esperar, se podemos começar de novo, agora mesmo” Quando o sol bater na janela

do teu quarto, Legião Urbana. Andressa: “Sometimes it’s hard to follow your heart, but tears don’t mean you’re losing” Who you are, Jessie J. Taís: “Se a coisa não sai como eu quero também não me desespero. O negocio é deixar rolar” Deixa a vida me levar, Zeca Pagodinho. Ana Flávia Rossito: “Sem saber que o pra sempre, sempre acaba” Por enquanto, Legião Urbana. Júlia Ceschim: “Então pegue as fotografias e as imagens estáticas na sua mente e ponha numa prateleira” Good Ridance, Green day. Ana Flávia Novaes: “É, morena, tá tudo bem. Sereno é quem tem a paz de estar em par com Deus” Morena, Los Hermanos. Nathália: “Cada um de nós compõe a sua história, cada ser em si carrega o dom de ser capaz” Tocando em frente, Almir Sater. Victor Nery: “Eu vou tentar sempre e acreditar que sou capaz de levantar uma vez mais” Eu vou seguir, Marina Elali. Isabel: “Eu nunca desisti, não me curvei, não me entreguei, não me deixei levar” Um cara de sorte, Detonautas. Daniela Rosset: “Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena acreditar no sonho que se tem” Mais uma vez, Renato Russo. Sara Raquel: “E se tropeçar, do chão não vai passar, quem sete vezes cai levanta oito” Um dia após o outro, Tiago Iorc. Karen: “Agora que tudo é relativo, não há tempo perdido, não há tempo a perder” Além da máscara, Pouca vogal. Lourdes Raquel: “Preencho meu peito com luz. Alimento o corpo e a alma. Percebo que no não-possuir encontram-se a paz e a calma” Morada, Forfun. Pâmela: “Livre pra poder sorrir, sim livre pra poder buscar o meu lugar ao sol” Lugar ao sol, Charlie Brown Jr. Fernanda Mattos: “Mas as coisas findas, muito mais que lindas, essas ficarão” Memória, Carlos Drummond de 115 Andrade.


Victhória: “Tão correto e tão bonito, o infinito é realmente um dos deuses mais lindos” Quase sem querer, Legião Urbana. Laura Beatriz: “Mas tudo bem o dia vai raiar pra gente se inventar de novo” Tempo de pipa, Cícero. Reinaldo: “We’re more beautiful with every single scar” Watching you, Natália Kills. Alexander: “We keep this love in a photograph, we made these memories for ourselves” Photograph, Ed Sheeran. Verenna: “Ainda faz um tempo bom pra desperdiçar comigo.” Açúcar ou Adoçante, Cícero Maria Polyanna: “Se a vida é por um fio, valeu pra quem já viu seu jeito de tocar no coração” O melhor da vida, Marcelo Jeneci. Ana Carolina: “Vamos dividir os sonhos que podem transformar o rumo da história” Encontro, Maria Gadu. Caio Frizzera: “Somos mais do que mil. Somos um” Somos um, O Rei Leão. Daniela Bierhals: “Quem se soltar, da vida vai gostar. E a vida vai gostar de volta em dobro” Um dia após o outros, Tiago Iorc. Marina: “Fique firme na vida. Haverá despedida e amor por onde você for” Julieta, Marcelo Jeneci. Clara Maciel: “E se eu for o primeiro a prever e poder desistir do que for dar errado?” O velho e o moço, Los Hermanos. João Pedro Oliveira: “Não te dizer o que eu penso já é pensar em dizer” O vento, Los Hermanos. Heitor Avelar: “Por lo que fue y por lo que pudo ser, por lo que hay, por lo que puede faltar” Calle 13, El Aguante. Thiago Borges: “Às vezes a felicidade demora a chegar. Aí é que a gente não pode deixar de sonhar” Tá escrito, Grupo Revelação. Iuri: “Leve com você só o que foi bom” Leve com você, Natiruts. André: “Cresça, independente do que aconteça, eu não quero que você esqueça” Quero ser feliz também, 116 Natiruts.

Kaio: “You won’t find the beat until you lose yourself in it!” Satellite, Rise against. Rildo: “Vou olhar pra longe sem medo de arriscar. Já vejo o novo Bem perto de chegar” Maior que o medo, 2 Polos. Gabriel Kurylo: “Mas que preguiça boa, me deixa aqui à toa. Hoje ninguém vai estragar meu dia” Céu azul, Charlie Brown Jr. Samuel Rodrigues: “Amigos pra sempre. Pra sempre amigos sim, se Deus quiser” Amigos pela fé, Anjos de Resgate. Samuel Nóbrega: “Se nada pode abalar a sua paz, já nasceu sabendo como é que se faz” Clube dos Canalhas, Matanza. Brener Luza: “Se for impossível, se não for importante mesmo assim a gente tenta” Pose, Engenheiros do Hawaii. Isabela Alencar: “Junto as mãos ao meu redor. Faço o melhor que sou capaz. Só pra viver em paz” O vencedor, Los Hermanos. João Rocha: “É o tempo. Ele zomba do quanto eu chore, porque sabe passar e eu não sei” Resposta ao tempo, Nana Caymmi. Filipe Alcântara: “Eu sou como um velho barco que guarda no seu bojo o eterno ruído do mar batendo” O incriado, Vinícius de Moraes. Taísa Medeiros: “Picking up the pieces, nowhere to begin. The hardest part of ending is starting again” Waiting for the end, Linkin Park. Lucas Rebouças: “Leve com você só o que foi bom” Leve com você, Natiruts. Clara Martins: “Mesmo que você tenha que partir, o amor não há de ir embora” Porque eu sei que é amor, Titãs. Rodrigo Esquinelato: “Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia. Eu não encho mais a casa de alegria” Não vou me adaptar, Nando Reis. Andreza: “Enquanto o tempo acelera e pede pressa, eu me recuso, faço hora, vou na valsa” Paciência, Lenine. João Victor: “So everything changes and nothing stays the same” Everything changes, Soja.

Débora Mendes: “Deixa eu brincar de ser feliz. Deixa eu pintar o meu nariz” Todo carnaval tem seu fim, Los Hermanos. Bárbara: “Que mesmo que a saudade insista em bater, recomeçar faz parte de viver” A seu tempo, Scracho. Jonatas: “Believe in dreams you love so much. Let the passion of your hearts make them real” Believe in dreams, Flyleaf. Lorenna Ramos: “Tempo vai passar, os anos vão confirmar as três palavras que proferi. Amigo, estou aqui” Amigo estou aqui, Marcelo Coutinho. Isabela Machado: “Canta que é no canto que eu vou chegar, canta o teu encanto que é pra me encantar” Casa pré-fabricada, Los Hermanos. Victor Rocha: “Nanananananananana Batman!!! nanananananananana Batman!!!” Música de abertura do Batman. Carolina Biasuz: “A soul in tension that’s learning to fly condition grounded but determined to try” Learning to fly, Pink Floyd. Aline Rodrigues: “E que o silêncio da saudade não me impeça de cantar” Oração do horizonte, Detonautas. Shanisis: “É lindo dizer que os seus problemas você deve esquecer. Isso é viver, é aprender” Hakuna Matata, O Rei Leão. Matheus Gerber: “I’ve traveled all this way for something” On top of the world, Imagine Dragons. Matheus Torres: “Going down, follow if you want, but don’t ask me how to get started, it’s all uncharted” Uncharted, Sara Bareilles. Taynara: “Num mundo colorido, pra que viver apenas uma cor?” Entreguese, Tiê. Fabiele: “You’ve never failed and you won’t start now” Oceans, Hillsong United Rodrigo Jalles: “I heard that the top is lonely, I wonder if it’s the truth” Walk the line, Iggy Azalea. Mariana de Oliveira: “As someone told me lately, everyone deserves the chance to fly” Deifying Gravity, Idina

Menzel. Ana Karine: “Melhor viver meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você” Felicidade, Marcelo Janeci. Letícia Bezerra: “Moonshine, take us to the stars tonight. Take us to that special place” Moonshine, Bruno Mars. Cinthya: “I’m never gonna look back, never gonna give it up. No, please don’t wake me now” Best day of my life, Glee. Thiago Alencar: “Somos quem podemos ser, sonhos que podemos ter” Somos quem podemos ser, Engenheiros do Hawaii. Helton: “Olhe, vá em frente, não se esqueça: liberdade dentro da cabeça” O carcará e a rosa, Natiruts. Ariel Abonízio: “Antes de ler o livro que o guru lhe deu você tem que escrever o seu” Todo mundo explica, Raul Seixas.




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