AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ABADE DE BAÇAL ESCOLA EB123 AUGUSTO MORENO
PERTURBAÇÕES DA FALA
Departamento de Expressões – Área disciplinar de educação especial
Artigo PERTURBAÇÕES DA FALA
Lábio Leporino/Fenda Palatina
1.
Introdução
O lábio leporino e/ou fenda palatina resulta da fusão incompleta do lábio e/ou do palato duro e/ou mole no céu da boca. Trata-se de uma anomalia genética, que ocorre durante a formação e desenvolvimento do feto entre a 4º até à 10º semana de gestação. Estas duas anomalias podem aparecer juntas ou separadas.
2.
Causas da incidência do lábio leporino/fenda palatina
Ainda não se conhecem as causas que justifiquem essas anomalias, contudo há evidências que indicam que o problema acontece, preferencialmente, em famílias que têm em seu histórico, outros casos; fatores ambientais, como drogas, remédios, fungos, produtos químicos, deficiência de ácido fólico e outras vitaminas, podem interferir no fechamento normal do palato e também no desenvolvimento dos lábios da criança.
3.
Correção
Tanto o lábio leporino quanto a fenda palatina são anomalias físicas, que podem ser corrigidas através de cirurgias, mas precisam da atenção dos pais e
tratamento adequado, para que a criança possa ter uma vida normal e sem preconceitos. A cirurgia corretiva é, geralmente feita por etapas. A cirurgia inicial, ocorre, muitas vezes nos primeiros meses de vida, mitigando alguns problemas de ingestão de alimentos. A cirurgia inicial relativa à fenda palatina não costuma ser efetuada antes dos seis a doze meses de idade. As fissuras lábio-palatinas assumem uma grande importância por dois aspetos fundamentais: a sua grande incidência e complexidade de distúrbios que acarretam no indivíduo.
ETIOLOGIA De acordo com a teoria clássica, as fissuras do lábio e do palato, são deformidades do desenvolvimento que ocorrem As fissuras do lábio e do palato são geralmente acompanhadas de distúrbios de comunicação, que podem variar muito quanto ao tipo e severidade do comprometimento. É preciso ter presente que estes distúrbios podem afetar vários níveis da comunicação, a fim de não se considerar apenas as alterações que estão ligadas diretamente às lesões dos órgãos periféricos da fala. As áreas de comunicação oral que podem estar afetadas em crianças com lesões congénitas de lábio e palato são: linguagem, articulação e voz. O termo linguagem refere-se à habilidade do indivíduo para adquirir um acervo de códigos significativo e utilizá-los de forma a obedecer às regras gramaticais na estruturação de frases, constituído portanto de morfosintaxe e semântica. Em oposição, articulação é o fenómeno periférico, que se refere à capacidade de produzir (articular) os sons. Finalmente o termo voz, indica as qualidades (intensidade, alternar e timbre) do som produzido na laringe e modificado pelas cavidades de ressonância. Segundo estudos efetuados, encontram-se crianças com fissura de lábio e palato que desenvolvem normalmente a linguagem. Alguns fatores podem
A inclusão destas crianças está, dependente efetivamente, de uma intervenção adequada, concretamente: Políticas sociais; Equipas multidisciplinares; Boa formação técnica; Consultas médicas pedagógicas.
4.
Caraterísticas específicas
As crianças com estas patologias podem ter algumas necessidades especiais numa ou mais das seguintes áreas:
a) Ingestão de alimentos Devido à oclusão imperfeita dos lábios, mamar pode tornar-se difícil para estas crianças. Se o