Edição 04 da Revista da Instalação - Julho de 2016

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A N O 1 - N º 04

Julho 2016

EDITORA

Gás, hidrossanitária, elétrica, eletromecânica, hvac, fotovoltaica, incêndio, dados e manutenções

Mercado NBR 15569

Passa por revisão para ficar mais abrangente e completa

Entrevista

Luiz Carlos Veloso

Representa o Sindinstalação e as instaladoras no Deconcic, da FIESP

Evento

expolux 2016

ANO 1 – Nº 04 – Revista da Instalação

Movimenta indústria da iluminação em São Paulo e gera boas oportunidades

BIM Building Information Modeling

Plataforma de software BIM ajuda a prevenir conflitos entre as disciplinas envolvidas nos projetos e instalações na área da construção




Índice

| Edição 04 | Julho 2016

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Entrevista

Luiz Carlos Veloso, diretor do Sindinstalação, fala sobre seu trabalho no Deconcic, da FIESP, onde defende os interesses das instaladoras.

Destaque Gás Aquecedores de água a gás ganham espaço no Brasil, mas instalação dos equipamentos exige cuidado.

Evento

Expolux 2016 movimenta a indústria da iluminação em São Paulo e gera boas oportunidades de negócios para os próximos meses.

Prêmio Abilux Abilux apresenta os vencedores do Prêmio Abilux 2016, iniciativa que estimula o desenvolvimento do design nacional na área de iluminação.

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Matéria de Capa

Ainda pouco utilizada no Brasil, plataforma de software BIM ajuda a prevenir conflitos entre as disciplinas envolvidas nos projetos e instalações na área da construção.

Sempre aqui 05 Editorial ■ 10 Notas ■ 48 Espaço Sindinstalação ■ 50 Abrinstal ■ 51 Abrasip ■ 52 Seconci ■ 53 HBC ■ 62 Artigo-ClickSoftware ■ 64 Produtos ■ 66 Link / Agenda ■

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4 Revista da InstalaçÃO

Mercado

NBR 15569 passa por revisão para ficar mais abrangente, completa e ajudar no desenvolvimento do setor de aquecimento solar de água.


editorial

Fotos: Ricardo Brito/HMNews

Expediente

Fundadores: Marcos Orsolon Hilton Moreno

ano 1 • nº 04 • Julho'16 Publicação mensal da HMNews Editora e Eventos, com circulação nacional, dirigida a executivos de empresas ligadas aos setores de instalações de elétrica, gás, hidrossanitária, energia solar e fotovoltaica, HVAC, incêndio, dados, sistemas prediais e de instalações eletromecânicas, e de associações de classe, dirigentes de sindicatos patronais e laborais, órgãos públicos, construtoras, agentes do Sistema ‘S’ e profissionais que militam na área de instalações no Brasil.

Diretoria Hilton Moreno Marcos Orsolon

Conselho Editorial Hilton Moreno, Marcos Orsolon, José Silvio Valdissera, José Antonio C. Bissesto, Carlos Frederico Hackerott, Marcos Antonio Paschotto, Cristiano da Silva Pereira Benvindo, Luiz Antonio Alvarez, Gabriel Treger, Vítor José Ronchetti, Nelson Gabriel Camargo, Ivan Machado Terni, Ramon Nicolas Olmos, Odil Porto Júnior, Adeilton Bomfim Brandão e José Carlos Carraro.

Redação

Diretor de Redação: Marcos Orsolon Editor: Paulo Martins Fotos: Ricardo Brito Jornalista Responsável: Marcos Orsolon (MTB nº 27.231

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Fechamento Editorial: 11/07/2016 Circulação: 15/07/2016 Conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e colaboradores não refletem, necessariamente, a opinião da revista e de seus editores. A Revista da Instalação não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios e informes publicitários. Informações ou opiniões contidas no Espaço SindInstalação são de responsabilidade do Sindicato. Não publicamos matérias pagas. Todos os direitos são reservados. Proibida a reprodução total ou parcial das matérias sem a autorização escrita da HMNews Editora, assinada pelo jornalista responsável. Registrada no INPI e matriculada de acordo com a Lei de Imprensa.

Marcos orsolon

Diretor de Redação |

Hilton Moreno

| Diretor

Evolução das ferramentas de trabalho e nos negócios Os mais novos só viram em fotografia e os mais experientes conviveram com as pranchetas, régua T, compasso, dentre outras ferramentas que eram utilizadas para a elaboração de projetos de instalações prediais. Assim como em outras áreas, o mundo evoluiu significativamente com a introdução de ferramentas computacionais. Nesta edição, preparamos uma matéria de capa que trata dos benefícios proporcionados pela plataforma de software BIM (Building Information Modeling), que vem sendo cada vez mais reconhecida e utilizada pelos profissionais da indústria da construção civil. Destacamos ainda que o crescimento da rede de gás natural no Brasil tem aberto espaço para a maior utilização de aquecedores de água que utilizam este insumo, porém, alertamos na matéria quais são os cuidados para que instalação dos equipamentos seja segura e eficiente. Na entrevista do mês, conversamos longamente com o Sr. Luiz Carlos Veloso, diretor do Sindinstalação, sobre sua atuação no Grupo de Trabalho de Segurança em Edificações, criado pelo Departamento da Indústria da Construção da Fiesp. Ele revela detalhes sobre um projeto de lei estadual, em São Paulo, que obrigará a realização de vistorias nas edificações e, quando necessário, exigir eventuais correções. Cobrimos a maior feira internacional da indústria de iluminação da América Latina, a Expolux 2016, realizada em São Paulo, que surpreendeu positivamente pelo volume de negócios fechados e iniciados, criando uma expectativa de avanço do setor até o final do ano. Estas e outras informações muito úteis e importantes você pode conferir na presente edição da Revista da Instalação, também disponível na internet. Boa leitura!

Revista da InstalaçÃO 5


Entrevista

| Luiz Carlos Veloso

É preciso tornar as instalações mais seguras

I

6 Revista da InstalaçÃO

Entrevista a Marcos Orsolon

Foto: Ricardo Brito/HMNews

nfelizmente, não é novidade no setor da construção que temos hoje no Brasil um grande número de edificações inseguras, especialmente as mais antigas. São prédios com infiltrações, parte elétrica precária, iluminação deficiente, enfim, com condições de uso bastante comprometidas, colocando em risco a vida das pessoas e a própria estrutura física do edifício. Obviamente, este é um problema que envolve diversos segmentos da sociedade, inclusive as instaladoras, visto que as falhas envolvem desde os sistemas hidráulicos, até os circuitos elétricos e as instalações de gás e de combate a incêndio, apenas para citar alguns exemplos. A boa notícia é que, através do Sindinstalação (Sindicato da Indústria da Instalação – SP), as instaladoras estão representadas no Grupo de Trabalho de Segurança em Edificações, criado pelo Departamento da Indústria da Construção da Fiesp (Deconcic), cujo objetivo é criar as bases de uma lei estadual, em São Paulo, que obrigue a realização de vistorias nas edificações para checar as condições das instalações e, quando necessário, exigir as eventuais correções. Luiz Carlos Veloso, diretor do Sindinstalação, é o representante da entidade nesse grupo. Na entrevista que segue, ele fala sobre a evolução dos trabalhos nos últimos meses, detalha alguns dos objetivos da lei em construção e destaca os impactos que ela terá no dia a dia das instaladoras.

Fale um pouco sobre a sua atuação no Deconcic, representando o Sindinstalação. Acredito que minha escolha para representar o Sindinstalação no Deconcic tenha ocorrido pelo meu histórico, por todo esse tempo de atuação que eu tenho no sindicato. E também pelo co-

nhecimento e pelo respeito conquistado perante a comunidade das instaladoras ao longo dos anos. Eu luto muito pela união dessa classe, porque se as instaladoras estiverem mais unidas, tendo o sindicato como o local dessa união, teremos uma atividade um pouco mais consistente. São quase 30


Por que é importante participar desse grupo? Hoje, no Brasil, há um número enorme de edifícios problemáticos, totalmente inseguros, fora das condições de uso, que são verdadeiras bombas-relógio. Quer dizer, temos até sorte de não termos tantos registros de sinistros de incêndios, como era de se esperar pela situação em que se encontram essas edificações, especialmente as mais antigas, com mais de 15 anos. E esse GT trabalha para criar as bases de uma lei estadual, em São Paulo, que obrigue a realização de vistorias nas

Interview

Entrevista

Entrevista com autoridades e profissionais do setor.

Interview with authorities and professionals of the sector.

Entrevista con autoridades y profesionales del sector.

edificações, para checar as condições das instalações. Esse é um trabalho complexo, que envolve diversos interesses, de várias entidades e, portanto, que demanda tempo para evoluir. Mas está caminhando. Quando entrei no grupo, o trabalho já estava em andamento, mas minha contribuição é de adequar um pouco o projeto também às necessidades específicas da área da instalação. Essa é a principal finalidade da minha participação. Por que criar uma lei é o melhor caminho? Como disse, temos muitos prédios em situação de risco, bastante deteriorados, especialmente os mais antigos, que não passaram por retrofit. Tem prédio que está tão ruim que é preciso fazer um retrofit total e não apenas uma pequena adequação. Então, obviamente, precisamos mudar esse quadro. Entendemos, no grupo, que isso só será possível através de uma lei que obrigue a execução de vistorias e, caso sejam identificados problemas nas instalações, também obrigue as devidas correções. Então, esse grupo trabalha em torno das bases para a criação dessa lei. Quais entidades estão representadas nesse GT do Deconcic? O grupo é formado por representantes de várias entidades, como Sindinstalação, CREA, ABNT, Abrinstal, Abramat, Sinduscon, Secovi, Sindicel, Procobre, enfim, são várias entidades e especia-

Luiz Carlos Veloso, director of Sindinstalação, talks about his role in the Working Group of Safety of Buildings, created by the Fiesp’s Department of the Construction Industry, which aims to contribute with the draft of a State of São Paulo law, requiring the building inspections to check the conditions of the installations and, when necessary, eventual corrections.

Foto: Ricardo Brito/HMNews

anos na entidade e minha doação ao sindicato sempre foi em benefício da categoria. Compartilho informações, novidades e sempre procurei o diálogo com todos. No Sindinstalação tenho parceiros e não concorrentes. É assim que trato todos. Além disso, como diretor do Sindinstalação tenho sempre a intenção de participar um pouco mais ativamente junto à Fiesp, que é realmente o órgão que defende a indústria de São Paulo. E o Deconcic, onde participo há pouco mais de três meses, é o departamento da Fiesp que trata dos interesses da indústria da construção. O Deconcic, que realiza reuniões mensais, tem alguns grupos técnicos de trabalho e eu entrei em um grupo que talvez seja o mais carente em termos de participação da nossa atividade, de instalação, que é o GT de Segurança em Edificações.

Entrevista

listas envolvidos no trabalho. E essa participação é fundamental, tendo em vista que a ideia do projeto é defender a segurança e não os interesses particulares de cada um. A segurança é a prioridade do projeto e ele não fere interesse de ninguém. Ao contrário, ele é favorável a todos. No mercado temos empresas de toda espécie, sendo que algumas têm uma preocupação grande com a qualidade, mas outras nem tanto. Isso vale para as construtoras, instaladoras, indústrias, etc. Um ponto positivo dessa lei é que ela vai obrigar a profissionalização e o aumento de responsabilidade de cada atividade.

Luiz Carlos Veloso, director de Sindinstalação, habla de su papel en el Grupo de Trabajo de Seguridad de Edificios, creado por el Departamento de la Industria de Construcción de la Fiesp, que tiene como objetivo crear las bases de una ley del Estado de Sao Paulo, que exige inspecciones en los edificios para comprobar el estado de las instalaciones y, si necesario, realizar eventuales correcciónes. Revista da InstalaçÃO 7


Entrevista

| Luiz Carlos Veloso

Há também participação de agentes públicos nesse grupo? Até pela complexidade do trabalho, entendo que é preciso ter um interesse político nisso. E, nesse sentido, temos o apoio de uma frente parlamentar, através do deputado estadual Itamar Borges, do PMDB, que realmente tem ajudado nisso. Com esse apoio acredito que a gente consiga uma brevidade na aprovação do projeto. O deputado Itamar está coordenando esse trabalho e ele tem consciência da necessidade disso. Ele sabe que o principal interesse da criação dessa lei é realmente tornar os edifícios mais seguros. É proteger a vida. Com esse interesse parlamentar, essa frente parlamentar ajudando, acredito que teremos uma forte evolução nisso. Caso este projeto avance e a lei seja criada, quais os impactos previstos nas empresas de instalação? Oportunidades de negócios, de trabalho e de movimentar a economia como um todo. Isso já ocorre na Europa, em países mais maduros, em que se preserva o patrimônio mais antigo. Então são duas coisas impor-

Foto: Ricardo Brito/HMNews

Significa que é preciso acabar com o improviso, com as empresas que não são profissionalizadas. Com isso teremos uma competição mais justa. Teremos uma evolução das construções em geral, com um grau maior de eficiência e segurança. Por isso digo que o projeto é bom para todos. Exceto para aqueles que não têm interesse em fazer melhor.

tantes: aumentar a segurança e gerar oportunidades de negócios. Mas o principal objetivo, sem dúvida, é mesmo tocar em um problema sério, que é a questão da segurança nas edificações. Temos o exemplo da Boate Kiss, de algumas indústrias que pegaram fogo recentemente por conta de instalações elétricas defasadas, enfim, esse tipo de problema precisa acabar. Essa lei tende a favorecer o amadurecimento do mercado de instalações no Brasil? Acredito que sim, pois quando as instaladoras se veem obrigadas a atender uma legislação atualizada, que determina um padrão de qualidade, elas também passam a rever a sua capacitação. Já temos o Programa Qualinstal no Sindinstalação para

qualificar as empresas. Então, uma lei com esse perfil favorece o amadurecimento das empresas de instalação e, consequentemente, contribui para a evolução da cadeia da construção como um todo. Onde estão os maiores problemas nas instalações (elétrica, gás, hidráulica...)? É um pouco de tudo. A parte de prevenção e combate a incêndio até apresentou atualização ao longo dos anos. Mas em outras áreas não ocorreu o mesmo. Por exemplo: tem um ponto grave na elétrica, pois os prédios foram concebidos com uma carga que hoje não é mais suficiente. Com isso, muitos estão subdimensionados para atender à demanda de energia. Então, a readequação dos prédios na

Hoje, no Brasil, há um número enorme de edifícios problemáticos, totalmente inseguros, que são verdadeiras bombas-relógio. 8 Revista da InstalaçÃO


Quem será responsável pela execução das vistorias? Essa discussão ainda está acontecendo. Mas o corpo do projeto de lei já está delineado, faltando apenas algumas inserções e discussão de ideias novas. A proposta indica que é dever do titular da edificação pública ou privada (síndico, administrador, etc.) a verificação periódica, por meio de inspeções técnicas, das condições físicas do conjunto da edificação, no que tange, principalmente, ao estado de conservação de sua estrutura, incluin-

do suas instalações e equipamentos. E caberá a um profissional legalmente habilitado pelo seu conselho de classe emitir o relatório de inspeção das condições de segurança. Há a possibilidade da vistoria ocorrer de forma escalonada, de acordo com o perfil das edificações ou com o seu tempo de construção? O projeto tem um direcionamento mais para os prédios antigos, com mais de 15 anos de emissão do Habite-se. Pois os prédios modernos, de uns 10 anos para cá, já vêm sendo concebidos com características mais modernas de segurança, dentro dos padrões. O projeto de lei prevê escalonamento para o período de vistoria, levando em consideração o tipo de ocupação da edificação, com prazos mais rigorosos para edificações de afluência de público. Um problema comum no Brasil é a lei sair, mas não ser regulamentada e, consequentemente, não Foto: Ricardo Brito/HMNews

parte elétrica é necessária há muito tempo. E só através de uma lei que obrigue uma inspeção com critérios, que obrigue que seja feita a adequação ou, em alguns casos, um retrofit mais intenso, é que vamos avançar. Outro problema sério é que um prédio com 15 anos sofre muitas mudanças ao longo do tempo que não foram executadas por profissionais especializados, ou qualificados. E sem projeto, sem controle, enfim, essa é a história dos nossos prédios mais antigos.

ser aplicada. O que fazer para que isso não ocorra nesse caso? Uma vez aprovada, essa lei terá um impacto grande em relação à situação dos prédios existentes. Evidente que há uma dificuldade para se operacionalizar todas as modificações a serem feitas. Por exemplo, tem a dificuldade para se iniciar o projeto, há diferentes prioridades para cada um, enfim, não consigo prever como isso irá ocorrer ou em quanto tempo. No corpo da lei existem prazos, mas ainda há indefinições de como aplicar a lei, a periodicidade das vistorias, etc, que devem ser objeto de futuras regulamentações municipais. Algumas coisas ainda estão na fase de amadurecimento, mas, em breve, todos os pontos do projeto estarão alinhados. Além dessa questão da qualidade e segurança dos edifícios, que outros problemas afetam o dia a dia das instaladoras no momento? Tem um ponto importante que quero abordar, ou melhor, quero fazer uma provocação. É algo para ser germinado, que é um tema necessário e alguém precisa falar sobre isso, que é a flexibilização da lei trabalhista, que precisa melhorar. Precisamos copiar os países que estão dando certo e tentar conscientizar os dirigentes sindicais de que precisamos ter um pouco de flexibilização. Porque o Brasil é carente de recursos e não temos condições de arcar com tantos encargos em um país que ainda tem uma improdutividade muito grande na mão de obra. Precisamos refletir sobre esse tema. Por conta da grande quantidade de encargos, o Brasil patina na questão da produtividade. Se tivéssemos uma produtividade comparada à dos países mais evoluídos, talvez não sofrêssemos tanto com os encargos que temos que arcar hoje. A produtividade não vem em paralelo. Revista da InstalaçÃO 9


NOTAS

NOTAS Ações e novidades dos players do setor.

News Activities and news from main sector players.

Notas Actividades y noticias de los principales actores del sector.

Crescimento planejado Apesar do Brasil passar por grandes oscilações políticas e econômicas, a Star Center, empresa especializada em climatização com sede em Santo André (SP), fechará o ano de 2016 com o mesmo faturamento do ano anterior. Um dos fatores que têm contribuído para isso são os contratos firmados no decorrer de 2015. É o caso da climatização da nova unidade da rede de hotéis e resort Four Seasons, em São Paulo, que deverá ser finalizada em junho de 2017; do Edifício Comercial Pátio Marítima, no Rio de Janeiro, com cinco subsolos, térreo, 21 andares e cobertura, com previsão de entrega em abril de 2017, e do novo Hospital São Luiz construído em São Caetano do Sul, no ABC Paulista, com inauguração nos próximos meses. No entanto, para o diretor-presidente da em-

presa, Edson Alves, o cenário para os próximos cinco anos será bem diferente. “Os investimentos em grandes empreendimentos deverão ser mais tímidos nos próximos anos, e, para mantermos a saúde financeira da empresa, já estamos remodelando alguns processos de atuação no setor e aprimorando o know-how em sistemas de elevada eficiência energética. Além disso, já prevendo as oscilações econômicas do País, em 2014, fizemos um ajuste administrativo e operacional a fim de manter um ritmo de crescimento até 2020”, explica o executivo. Há 20 anos no mercado, a Star Center Climatização está entre as dez maiores empresas do setor na área de projetos e instalações de sistemas de climatização de grande porte, envolvendo soluções de engenharia.

Empresas atrativas

A Schneider Electric, especialista global de gestão de energia e automação, está entre as 30 empresas mais atrativas para se trabalhar da lista Global Top Talent Attractors, desenvolvida pelo LinkedIn, maior rede profissional do mundo. O ranking é o primeiro do tipo totalmente baseado em ações dos usuários. Foram consultadas bilhões de interações dos mais de 433 milhões de membros da plataforma. A pesquisa considerou vários indicadores, entre eles as ofertas de trabalho postadas pelas companhias, o engajamento de não funcionários com conteúdos postados pelas empresas, o aumento do número de seguidores das páginas corporativas e o tempo de permanência dos empregados nos postos de trabalho. O Top Talent Attractors foi fortemente povoado por empresas de tecnologia e de bens de consumo.

Foto: Divulga

ção

Nova fábrica

10 Revista da InstalaçÃO

A Fortlev, produtora de soluções em armazenamento de água, assinou protocolo de intenções com o governo de Minas Gerais para instalação de uma unidade no Estado, com previsão de início das operações em 2018. Segundo o diretor Comercial e de Marketing da empresa, Wenzel Rego, ainda não há local definido para instalação da fábrica que irá produzir reservatórios de água em polietileno, além de tubos e conexões de PVC. “Com a sétima unidade fabril pretendemos gerar mais emprego e renda, além de atender ao mercado mineiro e de regiões próximas”, destacou. No mês de fevereiro, a Fortlev inau-

gurou sua sexta fábrica, no município de Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, onde produz caixas d’água e tanques em polietileno para reservação de água. O processo operacional é considerado enxuto, moderno, com alta tecnologia e grande capacidade de produção instalada, disponibilizando ao mercado os produtos da empresa com rapidez para atendimento à demanda. A Fortlev informa ser a líder do mercado nacional de reservatórios, cujo mix de produtos engloba caixas d’água, cisternas, tanques, estações de tratamento de esgoto, além de tubos e conexões de PVC. Atualmente a companhia possui seis fábricas nos estados do Espírito Santo, São Paulo, Santa Catarina, Bahia (2) e Pernambuco e emprega 1.800 funcionários.


Avanço solar A microgeração de energia deixou de ser uma atividade centralizada e de exclusividade de médias e grandes empresas. Em junho deste ano, o Brasil ultrapassou o número de 2.700 microgeradores individuais, um aumento de 44% na comparação com dezembro de 2015. A potência instalada é de 27 MW, suficiente para abastecer aproximadamente 20 mil habitantes. A maioria dos microgeradores (cerca de 90%) são representados pela energia solar fotovoltaica - quase todos instalados em residências. Segundo estimativas da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), o Brasil deve alcançar o número de 700 mil geradores fotovoltaicos já em 2024. “O incremento dos microgeradores de energia elétrica proporcionará a expansão da geração distribuída, com enormes vantagens para o setor elétrico. Além disso, os consumidores poderão beneficiar-se de menores custos de energia e retornos interessantes dos seus investimentos”, afirma o presidente da Cogen, Newton Duarte. “O crescimento também reforçará a indústria local, proporcionando maior adensamento da cadeia

industrial e maior opção aos investidores”, completa Newton. Em março deste ano, entraram em vigor as novas regras que, segundo o governo federal, deverão incentivar e facilitar a instalação de microgeradores de energia em casas, comércios e fábricas no Brasil. Dentre essas regras, destaca-se o novo prazo, de 34 dias, para que as distribuidoras promovam a conexão de microgeradores às suas redes - antes esse prazo era de 82 dias. A partir de 2017, o andamento dos pedidos de ligação poderá ser acompanhado pela internet. Newton Duarte ressalta ainda que há uma série de ações em andamento, com o objetivo de facilitar a expansão dos sistemas de micro e minigeração. “A decisão do Confaz de dar a opção aos Estados da não aplicação do ICMS na geração de energia por parte do micro e minigerador foi extremamente benéfica e vai ao encontro do que a Cogen defende”, afirma Newton.

Foto: Fotolia

Mercado promissor Relatório divulgado recentemente pela Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena) mostrou que as energias renováveis bateram recordes em 2015, e a expectativa é de que continuem crescendo. De acordo com o estudo, houve um aumento de 152 GW de capacidade de produção de renováveis em 2015. O crescimento da capacidade global de produção de renováveis ocorreu por causa da queda dos custos e também devido aos avanços tecnológicos. A energia solar, por exemplo, teve um crescimento de 47 GW (37%), impulsionado pela redução de 80% nos preços dos módulos solares. Empresas do setor vêm colhendo frutos do aquecimento desse mercado. Raphael Pintão, sócio diretor da Neosolar Energia, consultoria paulista especializada em soluções em energia solar, revela que os dados e as projeções são percebidos de perto pela empresa, que cresce em ritmo acelerado: “A procura é cada vez maior, e nossa perspectiva é de crescimento da ordem de 100% em 2016, em todas as áreas da companhia”.

A empresa vem investindo em toda a cadeia produtiva de energia solar, oferecendo capacitação profissional, consultoria, comercialização e instalação de produtos. Em 2015 a Neosolar instalou 120 sistemas pelo país, sendo uma quantidade significativa deles no interior de São Paulo. Este ano o número deve dobrar. Segundo Raphael, para que esse mercado continue crescendo, as reduções de custos precisam ser ainda maiores: “Ganham com isso não só as empresas do setor, como nós, mas também os consumidores, as gerações futuras e o meio ambiente”.

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Revista da InstalaçÃO 11


NOTAS

Fim das incandescentes

Foto: Divulgação

A substituição das lâmpadas incandescentes por outros modelos tem acontecido gradativamente desde 2014, quando o Plano de Metas estabelecido na Portaria interministerial nº 1007/2010 determinou que os modelos que não atendessem aos novos níveis mínimos de eficiência energética deveriam ser banidos do mercado. A medida do governo integra a nova legislação, elaborada pelo Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de Eficiência Energética (CGIEE), e é coordenada pelos ministérios de Minas e Energia; Ciência, Tecnologia e Inovação e Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em parceria com o Inmetro. A decisão faz parte do Plano Nacional de Eficiência Energética, que tem como meta a redução do consumo de energia do País em 10% até 2030. As lâmpadas incandescentes de 60 W que atendiam às características fixadas anteriormente à portaria atual, puderam ser produzidas e importadas até junho de 2014 e vendidas até junho de 2015. Os modelos de lâmpadas incandescentes de 200, 150, 100 e 75 W deixaram de ser comercializadas no ano passado e as últimas a deixarem

o mercado são as de 40 e 25 W, a partir de 30 de junho de 2016. A ideia é substituir essas lâmpadas por modelos mais eficientes, como as fluorescentes compactas e as lâmpadas LED. A simples escolha do tipo de lâmpada a ser usada na residência pode significar uma economia significativa na conta de luz no final do mês. Por isso, antes de optar, é importante comparar as características dos modelos. “Há pelo menos um critério básico que ajuda o consumidor a fazer essa comparação: a relação entre a vida útil da lâmpada e o preço”, afirma Georges Blum, presidente da Abilumi (Associação Brasileira de Fabricantes e/ou Importadores de Produtos de Iluminação). “A redução nos gastos com a conta de luz impacta diretamente no orçamento doméstico. A eletricidade consumida pela iluminação pode representar até 20% dos gastos de uma família, o que não é pouco. Ao longo de um ano, se somados os valores economizados com apenas uma lâmpada substituída, a economia pode chegar a R$ 25,00. Se trocar quatro lâmpadas, são R$ 100,00 economizados por ano”, calcula o especialista da Abilumi.

Autoavaliação de riscos A seguradora Zurich atualizou seu aplicativo Zurich Risk Advisor em português. A solução oferece aos usuários (clientes Zurich e não-clientes) acesso a ferramentas de avaliação e prevenção de riscos. Anteriormente chamado de Zurich What If, o aplicativo está disponível na web, em tablets e smartphones (IOS eAndroid) e conta com dois módulos: o What If e Self Risk Assessment. Na sequência da avaliação de riscos feita por um engenheiro da Zurich, o módulo What If permite aos usuários priorizar as ações de melhoria de riscos testando o impacto de cada uma delas sobre a pontuação geral da avaliação. Um gráfico de fácil leitura sinaliza a classificação da qualidade dos riscos e apresenta descrições detalhadas das melhores práticas de controle, técnicas de mitigação e ideias de melhoria de risco para os diferentes fatores que contribuem com resultado. Este módulo avalia os riscos de incêndio, quebra de máquinas, interrupção de negócios, inundações, ventos e tempestades, bem como de responsabilidade civil geral e do produto. Foto: Divulgação

12 Revista da InstalaçÃO

O módulo Self Risk Assesment permite a autoavaliação do risco de incêndio por meio de um simples questionário com perguntas de múltipla escolha (cada pergunta tem quatro opções de resposta). O questionário é baseado na metodologia e práticas recomendadas pelo Risk Engineering da Zurich. Portanto, o aplicativo oferece aos gerentes de riscos acesso direto ao conhecimento de prevenção e melhores práticas da Zurich. Uma vez que o usuário tenha completado o questionário, a classificação de riscos é apresentada num gráfico de fácil compreensão, bem como os resultados detalhados para cada categoria/fator de risco e ações de melhoria recomendadas. “Ao incluir um questionário detalhado para o cliente escolher a melhor resposta e a possibilidade de inserir comentários que justifiquem a escolha, o aplicativo consegue reunir melhores informações para que as análises de riscos sejam ainda mais assertivas”, comenta Carlos Cortés (foto), superintendente de Risk Engineering da Zurich.


Portal interativo

Acessar e compartilhar o conteúdo das informações sobre abrasivos, ferramentas e serviços oferecidos pela Norton está mais fácil, com a nova versão do site que está no ar. Com foco nos mais diversificados públicos, o portal www.nortonabrasives.com/pt.br foi desenvolvido para aproximar profissionais, parceiros e consumidores dos produtos Norton. A interatividade é a marca da página. Com fácil navegação, ferramentas como vídeos, blog, área para downloads de documentos e de catálogos estão disponíveis a um click dos internautas. É também responsivo, o que possibilita ajuste a qualquer dispositivo móvel. No novo site da Norton, os profissionais encontram facilmente a solução ideal para o seu trabalho acessando as informações que buscam através das abas: produtos, mercados ou até mesmo a partir da máquina que costumam utilizar. Além disso, o usuário poderá ficar por dentro do que acontece no universo Norton. Em “novidades” ele encontrará informações sobre eventos, notícias e press releases.

Foto: Divulgação

Combustível competitivo A redução nas tarifas da Companhia de Gás de São Paulo (Comgás) nos segmentos industrial e comercial, em vigor desde o dia 31 de maio conforme deliberação da Agência Reguladora de Saneamento do Estado de São Paulo (Arsesp), ampliou a competitividade do uso de gás natural nos horários de ponta, entre 17h30 e 20h30, quando a tarifa de energia elétrica convencional pode ficar até quatro vezes mais cara que nos demais horários. A deliberação da Arsesp determinou uma redução de tarifas que pode chegar a 8% para o segmento comercial e até 21% no industrial, dependendo do nível de consumo. Com as novas tarifas, o uso do gás natural para a geração de ponta é possível atingir economia acima de 50% para a maior parte dos comércios e indústrias. As tarifas de energia das cinco distribuidoras atuantes na área de concessão da Comgás (Elektro, An_revInstalacao_9x21.pdf 1 21/03/2016 09:03:55

CPFL Paulista, CPFL Piratininga, EDP Bandeirante e AES Eletropaulo) podem chegar, no horário de ponta, a mais de R$ 1.500/Mwh contra cerca de R$ 450/Mwh com a utilização de geração a partir do gás natural canalizado. Esses percentuais foram calculados com base na bandeira tarifária verde da energia elétrica. “Diversos consumidores de energia, como hospitais, universidades, hotéis, supermercados e até indústrias de pequeno porte, cada vez mais veem no gás natural uma alternativa para operar seus geradores, principalmente no horário de ponta, situação em que a energia elétrica é muito mais cara. Com a redução das tarifas nos segmentos comercial e industrial, o gás natural ficou ainda mais vantajoso”, afirma o diretor de Marketing, Planejamento e Suprimento da Comgás, Sergio Luiz da Silva.

Fotos: Fotolia


Matéria de CApa

Foto: Fotolia

| Tecnologia BIM

In Brazil, the benefits provided by BIM software platform (Building Information Modeling) are being increasingly recognized by the construction industry professionals. One of the main advantages of the model, according to experts, is the resolution of conflicts between the different disciplines involved in a project, thus ensuring greater control over the construction. 14 Revista da InstalaçÃO

En Brasil, los beneficios proporcionados por la plataforma de software BIM (Building Information Modeling) están siendo cada vez más reconocidos por los profesionales de la industria de la construcción. Una de las principales ventajas del modelo, según los expertos, es la resolución de conflictos entre las diversas disciplinas que intervienen en un proyecto, garantizando así un mayor control sobre la obra.

Plataforma de software BIM ajuda a prevenir conflitos entre as disciplinas envolvidas nos projetos, garantindo maior integração entre as áreas e controle sobre a obra como um todo.


Por Paulo Martins

A evolução da construção

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ma verdadeira revolução está em curso neste momento no setor da construção civil, graças a uma plataforma de software. Ainda pouco conhecido no País, mas cada vez mais requisitado, o sistema BIM (Building Information Modeling, ou Modelagem de Informações da Construção) vem contribuindo para a adoção de uma nova forma de planejar e executar obras, influenciando ainda a manutenção e a operação das edificações depois de prontas. A ferramenta tem sido apontada como uma eficaz solução para um dos maiores problemas da indústria da construção: os

constantes conflitos entre as diversas disciplinas envolvidas em um projeto, como elétrica, hidráulica, civil, climatização e combate a incêndio. Muitas vezes as incompatibilidades existentes entre essas áreas são resolvidas somente depois do início da obra, o que pode elevar custos e atrasar os cronogramas. A proposta do modelo BIM é justamente prevenir esse tipo de situação, proporcionando maior controle sobre a obra como um todo. Para muitos especialistas, no atual mercado competitivo, a adesão a esse conceito é cada vez mais necessária. Não Revista da InstalaçÃO 15


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| Tecnologia BIM

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à toa, já há registros de movimentação inclusive na esfera política no sentido de exigir o uso do BIM nos projetos que envolvam obras públicas. Na prática, o BIM já vem impactando fortemente o segmento da construção. Na opinião do engenheiro civil Rodrigo Broering Koerich, gerente de Produtos e Serviços da AltoQi - que atua no mercado nacional de desenvolvimento de soft­ wares para construção civil -, a adesão à plataforma tornou-se uma questão de sobrevivência para as companhias que atuam no segmento. “Podemos olhar o tamanho do problema ou o tamanho da oportunidade, mas as empresas precisam perceber que uma locomotiva vem aí. Ou pegam carona ou ficarão para trás”, alerta o especialista. Conforme definição adotada pela Softplan, uma das maiores empresas do Brasil no desenvolvimento de soft­ wares de gestão, o BIM consiste em uma nova forma de projetar, baseada em modelos 3D, em vez de projetos planificados. Com a técnica, é possível integrar e agregar informações, tornando o projeto visível em um único modelo. “Isso tudo aumenta a comunicação e a integração entre profissionais, reduz e confronta erros de projeto e agiliza as

etapas de um empreendimento”, informa a companhia. Para Ítalo Batista, engenheiro responsável pela Proerg Engenharia e Projetos, empresa de Belo Horizonte (MG), a tecnologia BIM é capaz de mudar completamente a forma de gestão de uma obra, desde a etapa inicial de projeto até a gestão da manutenção da edificação. “A obra parou de lidar com desenhos, saindo do papel para um modelo virtual, onde todos os componentes desta são mostrados exatamente como serão construídos. Além disso, todas as informações dos materiais e equipamentos utilizados permanecem à disposição do engenheiro responsável para quaisquer

Com a volta do crescimento da economia brasileira, o uso da tecnologia BIM será o padrão de mercado. ÍTALO BATISTA PROERG

16 Revista da InstalaçÃO

Controle

A tecnologia BIM é capaz de mudar completamente a forma de gestão de uma obra.

ações posteriores, como compra, estoque ou reposição”, aponta. Com o uso do BIM, prossegue Batista, o proprietário terá certeza de que a obra foi melhor executada e a vantagem de poder acessar a qualquer momento, e em três dimensões, toda a memória da construção. “Possuir o registro de todos os materiais utilizados facilita muito a operação e a manutenção da edificação”, destaca. Para Anauri Marafon, analista de Negócio da Unidade Indústria da Construção da Softplan/Poligraph, uma das principais influências do BIM na construção civil consiste na mudança do próprio processo de desenvolvimento dos projetos. “No conceito BIM os projetos são desenvolvidos simultaneamente, e


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os conflitos, resolvidos antes de iniciar a construção, já que normalmente os próprios softwares apontam essas divergências, análise esta conhecida como Clash Detection”, explica. O planejamento da obra também se torna muito mais consistente. De acordo com Marafon, graças à possibilidade de integrar o modelo em 3D a softwares de planejamento, é possível perceber mais facilmente atividades não planejadas, como a necessidade de contratar uma

grua, ou alguma dificuldade técnica a ser enfrentada no período ‘x’ da execução, o que exigirá o envolvimento de mais colaboradores ou o uso de algum equipamento específico. “Com fre­ quência vemos vídeos do prédio subindo e uma linha do tempo ao lado. Isto é aplicação do BIM no planejamento”, sintetiza. A plataforma propicia ainda a obtenção de uma lista de materiais muito mais consistente, já que por meio do sistema BIM é possível fornecer informa-

ções a cada elemento construtivo, como especificações técnicas e até a marca a ser comprada. O engenheiro eletricista Francisco Gonçalves Jr., especialista em Produtos da AltoQi destaca que a aplicação do BIM em projetos deve estar acompanhada de mudanças radicais de processos, conceitos e perfil profissional. Primeiramente, destaca ele, a ferramenta exige mais planejamento e menos execução: “Existe uma quebra de paradigmas envolvendo o conceito de


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Agilidade

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A adoção do BIM na execução de obras públicas pode ajudar a diminuir os prazos de entrega.

projetar, pois atualmente prevalece o modelo 2D, que exige muito trabalho braçal e tem como características a falta de precisão, possíveis fontes de erro, revisão demorada e retrabalho”. Já no sistema BIM, os projetos se tornam mais completos, precisos em suas especificações, documentações, orçamentos e quantitativos. “A precisão é garantida pelo desenho em três dimensões e pela possibilidade de simulação. Caso algum item seja alterado, o desenho atualiza automaticamente os demais pontos que dependem dessa mudança. Com isso, os profissionais podem antecipar e resolver problemas de

compatibilização antes mesmo da execução da obra”, compara Gonçalves Jr. Para as construtoras, os benefícios decorrentes do uso da plataforma BIM são consideráveis: melhor visualização de como ficará a obra após a entrega; facilidade de tomar decisões em torno de eventuais conflitos de projeto; redução de erros em documentos e no canteiro de obras; redução de retrabalho; redução de desperdício; maior controle entre os agentes e etapas da obra e maior segurança no cumprimento dos prazos. Naturalmente, a somatória desses elementos acaba resultando em economia financeira para as empresas.

No sistema BIM, os projetos se tornam mais completos e precisos em suas especificações, documentações e orçamentos. 18 Revista da InstalaçÃO

Quando o agente contratante é o governo, a adoção do BIM na execução de obras públicas pode ajudar a diminuir a lacuna que existe nas relações ‘prazo x entrega’ e ‘custo total do orçamento x custo total realizado’. Os reflexos dessa nova sistemática tendem a gerar resultados positivos também para as instaladoras. “As vantagens são inúmeras e muito significativas, já que o instalador passa a ver a obra pronta em um modelo virtual, deixando de ter que tomar decisões ou consultar os projetistas envolvidos durante a execução dos serviços, além de ter o controle de materiais e das etapas de execução da obra bem resolvido”, confirma Ítalo Batista, da Proerg. Na opinião de Anauri Marafon o principal benefício proporcionado pelo uso do BIM é a compatibilização de projetos, principalmente pelo fato das instaladoras serem as mais prejudicadas, quando precisam ‘resolver’ algum problema na obra, como desvio de tubulação ou uma furação não planejada no concreto. “É complicado alterar questões estruturais, portanto, ‘sobra’ para as empresas que executam os projetos complementares. Além disto, o aumento de produtividade devido à eliminação de retrabalhos e tarefas não planejadas na hora da execução é traduzido em mais lucro para as instaladoras”, analisa o especialista da Softplan/Poligraph. Rodrigo Koerich, da AltoQi, também destaca a redução de conflitos como uma grande vantagem para as instaladoras: “Quando se desenvolvem projetos segundo o modelo BIM são eliminadas as incompatibilidades e previstas soluções para os problemas ainda na fase de projeto. Com isso, a solução é mais direta e econômica e implica em redução de mão de obra e do tempo de execução”.


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Profissionais da área precisam se alinhar ao conceito BIM

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Outro aspecto positivo da plataforma BIM é que esse tipo de software pode ser utilizado em qualquer fase da obra, partindo do estudo de viabilidade, passando pela construção e chegando à manutenção e operação pós-entrega da edificação. De acordo com Francisco Gonçalves Jr., a ferramenta é indicada tanto para projetos de engenharia civil quanto de arquitetura, contribuindo para a evolução dos processos como um todo. Por meio do conjunto de práticas é possível reunir em uma representação grá-

fica todas as informações - desde as construtivas até a quantificação de trabalhos e tempos de mão de obra -, além de incluir dados do processo de desmontagem ao fim do ciclo de vida útil. “Assim, adotar a modelagem de informações é a chance de tornar o projeto visível, facilitando seu entendimento pelos diversos profissionais que atuam nas edificações, entre eles, engenheiros, arquitetos e instaladores”, menciona o executivo da AltoQi. Segundo Anauri Marafon, no Brasil, a aplicação hoje ainda é mais comum na etapa de projeto, mas as empresas já começam a investir na implementação do software também durante a construção. “Na minha opinião, a utilização nas fases posteriores será uma consequência natural com o passar do tempo”, comenta. Quanto ao tamanho da obra, a princípio, o uso da plataforma BIM é indicado para todos os tipos de edificação. “Naturalmente, quanto maior é o porte da obra, mais significativos são os

No conceito BIM os projetos são desenvolvidos simultaneamente, e os conflitos, resolvidos antes de iniciar a construção. ANAURI MARAFON SOFTPLAN/POLIGRAPH

impactos. Mas mesmo numa pequena edificação, se não forem resolvidas as incompatibilidades na fase de projeto, serão necessárias adaptações na obra, sempre mais caras e tecnicamente piores”, alerta Rodrigo Koerich, da AltoQi. Ítalo Batista, da Proerg, concorda que o uso dos softwares BIM nas pequenas obras é importante, pois estas normalmente possuem uma estrutura menor na sua execução. No caso de grandes obras, prossegue ele, a adesão é imprescindível. “Com esta tecnologia os prazos para tomada de decisões são reduzidos, assim como os custos, já que tempo é dinheiro”, menciona. Anauri Marafon confirma que para aplicação do BIM não existe limitação ou contraindicação relacionada ao porte da empresa ou das obras que ela executa, mas observa que a medida requer investimentos para aquisição de soft­ wares e capacitação de pessoal. Desta forma, o especialista recomenda pesar o custo-benefício, recorrendo à ajuda de especialistas, se necessário, para buscar a análise mais assertiva: “O benefício do BIM é inegável em qualquer obra, mas é preciso analisar se realmente os serviços executados pela empresa possuem porte e valores que justifiquem os investimentos”, orienta. Revista da InstalaçÃO 19


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20 Revista da InstalaçÃO

Atenção

Graças à possibilidade de integrar o modelo 3D a softwares de planejamento, é possível perceber mais facilmente as atividades não planejadas.

a plataforma reúne uma vasta quantidade de softwares, cada um indicado para uma determinada disciplina ou análise. Além disso, cada programa possui requisitos diferentes de computadores e redes para utilização. Entretanto, conforme observa Anauri Marafon, nos dias atuais, o preço dos computadores mais robustos já não é tão elevado quanto no passado. “Outra infraestrutura importante é que a empresa possua algum repositório digital para os documentos e modelos, algo organizado e de fácil acesso a todos envolvidos”, avisa. Naturalmente, é fundamental que os colaboradores da empresa estejam capacitados e alinhados ao conceito BIM. “Essencialmente, é necessário entender que o fluxograma de projetos feitos em BIM é diferente do modo tradicional de projetar. A equipe multidisciplinar de projetos precisa trabalhar junto desde o início, de modo colaborativo, fazen-

Saber aplicar o BIM é um diferencial importante para os profissionais e também uma grande oportunidade de mercado para as empresas. FRANCISCO GONÇALVES JR ALTOQI

do interações através de softwares que suportem o modelo BIM”, complementa Rodrigo Koerich. Francisco Gonçalves Jr. lembra que a demanda por BIM é latente no mercado, o que vem exigindo que profissionais liberais, empresas e governos procurem se adequar para atender a esse tipo de solicitação. “Diante do cenário promissor para a aplicação dessa tecnologia na construção civil, toda a cadeia produtiva deve se preparar. Saber aplicar o BIM é Foto: Marcos Orsolon/HMNews

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Uma vez que a empresa opte pela utilização da plataforma BIM, é importante analisar de forma detalhada qual ferramenta é mais adequada para cada caso, principalmente no que diz respeito à normatização seguida pelo software. “Alguns não estão preparados para a norma brasileira e demandam grande esforço de configuração, e às vezes até de programação, para tornarem-se aderentes. O ideal é contratar uma consultoria especializada em implantação BIM para indicar os mais aderentes à realidade da empresa e apresentar o custo-­ benefício de cada um”, sugere Anauri. De maneira geral, a relação custo­benefício das soluções BIM é vantajosa para os usuários, conforme destaca o especialista da Softplan/Poligraph. “As empresas sabem como é trabalhoso o levantamento de quantitativos de um projeto, a extração destas informações para algum meio digital e a inclusão e redigitação em algum software de orçamento. Com a automatização que conseguimos implementar para este processo, o trabalho que muitas vezes levaria semanas pode ser reduzido para horas ou mesmo minutos”, justifica. Rodrigo Koerich admite que a adoção do BIM pode exigir alguns ajustes na empresa, mas reforça as vantagens oferecidas pelo sistema: “É natural que para os escritórios de projetos haja um período de adaptação e mudança de processos, e uma transformação desse porte tende a causar perda de produtividade no curto prazo, mas na medida em que o projetista for ganhando prática e moldando o processo, o tempo tende a se assemelhar ao gasto no método tradicional. Mas uma coisa é fato: os donos de construtoras e os governos preferirão pagar 25% a mais no preço dos projetos do que gastar 10% a mais no custo da obra”. Em uma empresa bem estruturada, os requisitos necessários para se adotar com sucesso a plataforma BIM não devem ser um grande problema. Claro que


mudbum.com.br

Mercado é novo, mas registra forte ritmo de crescimento encontre o caminho do desenvolvimento. “Com a volta do crescimento da economia, o uso da tecnologia BIM será o padrão de mercado”, acredita Ítalo Batista, da Proerg. A Proerg é uma das empresas de projetos que utilizam soluções associaFoto: Fotolia

No Brasil, o número de empresas que aderiram à plataforma BIM ainda é pequeno, mas está aumentando de forma exponencial. Na opinião dos especialistas do setor, a tendência é de que essa onda cresça ainda mais à medida que o País re-

Revista da InstalaçÃO 21

4 pontos de ancoragem, proporcionando super travamento e fixação.

Raio circular, aumentando a resistência da bucha. Super Aletas, proporcionando maior aderência.

FIX

AÇÃ

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Produzida com material de alta resistência.

P/

O analista da Softplan/Poligraph destaca ainda que o advento dessa plataforma de software proporcionou o surgimento de uma nova profissão na área: o ‘BIM manager’, ou ‘gerente de BIM’. “Esse profissional é um especialista em Modelagem de Informações da Construção, entendendo de forma considerável os conceitos desta prática, as ferramentas para implantá-la e os soft­ wares relacionados. Deve também conhecer os processos de levantamento, orçamento, planejamento e coordenação de obras. Ele deve ter cursado ensino superior completo em arquitetura ou engenharia civil, ter experiência em projetos e construções, gerenciamento de projeto, conhecimentos de TI e, é claro, de softwares BIM”, informa Anauri.

BU CHA

um diferencial importante para os profissionais e também uma grande oportunidade de mercado para as empresas, pois quem se adaptar rapidamente poderá obter vantagens competitivas”, comenta o especialista da AltoQi. De acordo com Anauri Marafon, qualquer profissional com formação técnica na indústria da construção tende a estar apto para utilizar o sistema BIM, desde que tenha conhecimento de projetos e, se possível, de execução de obra. “Existem muitos cursos para cada soft­ ware a ser utilizado, e o acesso a estes está ficando mais facilitado com o passar do tempo. Para profissionais acostumados à utilização de ferramentas CAD, a transição para ferramentas BIM costuma ser bem tranquila”, analisa.

Parafuso

Prego

Ferragens

Brocas

Material p/ Instalação Tel.

Disco Diamantado

Pino Adaptador

Material p/ Sinalização

Tomada e Plugue

Extensão Elétrica


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das à plataforma BIM nos serviços que presta. “Já fizemos projetos para quatro obras, no momento estamos criando para outra obra e temos contrato para pelo menos mais duas que ainda irão iniciar”, revela o executivo. Conforme avaliação feita anteriormente, Batista aprova o sistema, mas observa que existem pontos a evoluir. “A tecnologia é fantástica. Porém, as dificuldades de utilização no mercado brasileiro são grandes, já que alguns soft­wares ainda não se adaptaram completamente às normas locais. Além disso, os fornecedores de materiais ainda não disponibilizam modelagem dos seus produtos. Isto faz com que as empresas de projetos tenham que se adaptar a essa realidade, acarretando custos elevados para implantação”, pondera. Marcelo Marcos Maraschin, coordenador de Marketing da AltoQi, garante que a companhia vem investindo constantemente na realização de pesquisas e estudos de mercado para desenvolver soluções adequadas às necessidades dos projetistas e totalmente adaptadas ao conceito BIM de integração de projetos. “O Eberick V10, software para projetos estruturais em concreto armado e pré-moldado, lançado no início deste ano, trouxe esse conceito de integração de projetos no seu DNA. Nessa solução foi acrescentado o recurso que permite exportar o modelo da estrutura para um arquivo no formato universal IFC (Indus-

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SOFTWARE SIENGE SOFTPLAN

try Foundation Classes), possibilitando aos diversos softwares BIM partilharem informações sobre os projetos”, relata. Outro produto da AltoQi, o QiBuilder consiste em uma plataforma integrada de projeto de edificações que conta com soluções para as áreas de elétrica, SPDA, hidrossanitária, incêndio, gás e alvenaria estrutural. “Este é o único software no mercado nacional através do qual é possível elaborar os projetos de instalações com cálculos integrados e com exportação em formato ‘.IFC’. Após a concepção dos projetos em sistemas especializados, como os da AltoQi, é possível exportá-­ los e utilizar programas específicos para detecção, integração e modelagem de projetos de diferentes disciplinas da

Benefícios proporcionados pela plataforma BIM ✔ Melhor relação ‘durabilidade x custo x manutenção do empreendimento’ ✔ Compatibilização de projetos ✔ Redução de erros de execução ✔ Redução de erros em documentos ✔ Redução de retrabalho ✔ Maior segurança no cumprimento dos prazos ✔ Possibilidade de identificar e criar novas oportunidades de serviços 22 Revista da InstalaçÃO

Principal solução desenvolvida pela Softplan para aplicação da plataforma BIM está relacionada à integração do ERP Sienge com ferramentas de modelagem.

construção”, comenta Maraschin. O coordenador de Marketing da AltoQi, observa que o Brasil vem entendendo gradativamente os benefícios do uso do BIM nas obras, mas ressalva que o mercado nacional está bastante atrasado em relação a outros países na adoção dessa tecnologia. “Mas o jogo está mudando. Estamos diante de um divisor de águas nas áreas de arquitetura, engenharia e construção. O desperdício de recursos e a baixa produtividade são dois grandes problemas no setor da construção no Brasil, e as construtoras começaram a entender isso. A adoção de BIM passou a ser uma questão de sobrevivência”, sintetiza Maraschin. Para o especialista, a adoção do BIM no Brasil é um caminho sem volta, sendo a vantagem financeira e o maior controle sobre as obras as principais motivações do mercado. “Existem mandates no Brasil, como os governos de Santa Catarina, Bahia e São Paulo, que já têm projetos de lei para obrigar a entrega de projetos em BIM em todas as obras


quando apresentamos a solução na Feicon, em São Paulo. O lançamento oficial ocorreu há alguns dias e já temos muitos clientes atuais e prospects interessados em conhecer a solução”, comemora. Na opinião de Anauri, um dos fatores que poderiam contribuir para aumentar a aceitação e a aplicação do BIM no mercado brasileiro seria o maior envolvimento de órgãos governamentais na divulgação e incentivo para que as empresas conheçam e adotem o conceito. “Talvez uma linha de crédito facilitado para as empresas adquirirem softwares e treinamento”, imagina. Além disto, prossegue o especialista, seria ideal que os próprios órgãos investissem em suas equipes técnicas para conhecer os conceitos e começar a exigir a adoção do BIM em futuros projetos e execuções de obras públicas. “Temos alguns órgãos estaduais que já exigem, mas são inciativas isoladas. E ainda falta envolvimento de órgãos federais. Além disto, é preciso maior preocupação por parte das instituições de ensino em relação a esta tecnologia. Muitas faculdades de engenharia e arquitetura não possuem nenhuma disciplina focada em BIM”, completa Anauri. Ilustração: Fotolia

públicas. A mesma iniciativa também já está em discussão na Câmara dos Deputados”, informa Maraschin. Anauri Marafon diz que muitas empresas até conhecem o conceito, mas ainda não puderam aferir na prática os benefícios do BIM. De qualquer forma, ele acredita que é uma questão de tempo para que isto aconteça. “O papel das entidades de classe e associações do setor e das entidades acadêmicas será fundamental para difundir este conceito e aumentar a confiança das empresas para futura adoção”, destaca. Ele conta que a principal solução desenvolvida pela Softplan para aplicação da plataforma BIM está relacionada à integração do ERP Sienge com ferramentas de modelagem. “O Sienge é uma solução específica para empresas da indústria da construção, sendo utilizado por mais de dois mil clientes. Esta integração possibilita vincular os serviços do Sienge ao modelo em BIM, extrair seus quantitativos e gerar automaticamente planilhas de orçamento no Sienge”, explica Anauri. Segundo o analista da Softplan/Poligraph, a demanda por esse tipo de solução está acima do esperado: “Tivemos uma resposta muito boa do mercado Vantagem

Correta aplicação da tecnologia BIM pode levar à redução de custos na construção.

Revista da InstalaçÃO 23


Destaque

| Sistemas de aquecimento de água a gás

Crescimento da rede de gás natural abre espaço para maior utilização de aquecedores de água que utilizam este insumo. No entanto, é preciso cuidado para que a instalação dos equipamentos

Instalações de aquecedores a gás exigem atenção

seja segura e eficiente.

Reportagem: Marcos Orsolon

A

busca por economia sem abrir mão do conforto tem levado um número cada vez maior de pessoas a optarem pela utilização de sistemas de aquecimento de água a gás em suas residências, especialmente quando se tratam de edifícios residenciais. Este fenômeno tem ganhado força nos últimos anos em função, principalmente, de dois fatores: o alto custo da energia elétrica, que estimula a opção pelo gás, e o avanço das redes de distribuição de gás natural (GN) no Brasil, que facilita o acesso a esse insumo. Isso sem contar o bom e velho GLP, combustível presente em mais de 98% das residências brasileiras, geralmente for-

Growth of the natural gas network in Brazil makes room for increased use of water heaters using this input. However, care must be taken to guarantee that the installation of the equipment be safe and efficient.

24 Revista da InstalaçÃO

necido em cilindros e botijões, largamente utilizado em fornos e fogões, mas que também tem sido utilizado para alimentar alguns modelos de aquecedor de água. Um detalhe nesse fenômeno é que a opção pelos equipamentos a gás tem ocorrido não apenas em novas edificações, mas também nas mais antigas, onde os proprietários investem na infraestrutura necessária para receber o combustível. No entanto, instalar um aquecedor a gás, ou mesmo um fogão, exige cuidado e algumas recomendações. Fato que, infelizmente, nem sempre ocorre, levando a falhas no funcionamento dos equipamentos e, pior, à ocorrência de acidentes. Isso porque,

El crecimiento de la red de gas natural en Brasil deja espacio para un mayor uso de los calentadores de agua que usan esta entrada. Sin embargo, es necesario tener cuidado para que la instalación del equipo sea segura y eficaz.


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| Sistemas de aquecimento de água a gás

Atenção

A negligência em uma instalação pode acarretar em problemas sérios, que vão do simples vazamento do combustível, até explosões e incêndios.

como qualquer outro combustível, o gás, seja GN ou GLP, oferece inúmeros benefícios aos usuários, mas exige cuidado no manuseio, instalação e utilização. A negligência em uma instalação pode acarretar em problemas sérios, que vão do simples vazamento do combustível, gerando desperdício, até explosões e incêndios, com

risco às pessoas e edificações. Nesse contexto, os problemas podem ocorrer de duas formas: ou na execução da infraestrutura para transportar o gás até os aquecedores e fogões, ou na própria instalação dos equipamentos. “Seja qual for o caso, as características de segurança devem ser consideradas

sempre como prioridade. Resistência mecânica aliada à estanqueidade nas conexões são os elementos mais importantes numa instalação de gás. Além disso, o tipo de material a ser aplicado deve ser selecionado em função da exposição da tubulação a esforços mecânicos, presença de agentes externos como intempéries, e agressões do meio”, alerta Alberto Fossa, diretor-executivo da Abrinstal – Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência de Instalações. Obviamente, como em qualquer tipo de instalação, a escolha de produtos adequados e de boa qualidade é essencial para garantir o bom desempenho e segurança. No caso dos aquecedores de água a gás, a Abagas - Associação Brasileira de Aquecimento a Gás, orienta que, para evitar equipamentos de baixa qualidade, o usuário deve sempre comprar equipamentos em locais de confiança, seja em um distribuidor ou loja especializada; exigir a nota fiscal, e verificar se os aquecedores estão em conformidade com o PBE - Programa Brasileiro de Etiquetagem (que mede a eficiência energética dos aparelhos) e com o Inmetro - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, lembrando que os aquecedores cuja classificação energética é ‘A’ recebem o Selo CONPET - Selo de Eficiência Energética.

Seguir as recomendações normativas evita problemas Ainda na linha da segurança, no que tange aos profissionais instaladores, seguir as exigências das normas técnicas é fundamental. A boa notícia é que o setor de instalações de gás em ambientes 26 Revista da InstalaçÃO

prediais está bem coberto nessa parte, com um conjunto de requisitos que devem ser seguidos tanto para a instalação da infraestrutura, quanto para os aparelhos nela ligados.

“Na construção das infraestruturas, as normas ABNT NBR 15526 e 15358 indicam os requisitos necessários para garantir uma instalação segura. No caso da instalação de aparelhos a gás, a ABNT



Destaque

| Sistemas de aquecimento de água a gás

NBR 13103 estabelece todos os requisitos necessários. Essa norma encontra-se em revisão, de forma a tornar mais claros os requisitos e avançar no tratamento de novos tipos de aparelhos a gás que estão sendo disponibilizados no cenário internacional”, comenta Alberto Fossa. Do ponto de vista prático, essa base normativa indica que as instalações de condução de gás devem ser estanques e protegidas contra agressões que provoquem eventual vazamento de gás. Além disso, não devem passar em locais que venham a provocar o acúmulo de gás. Locais onde existam conexões (abrigo de medidores, por exemplo) Aquecedores devem ser instalados em locais bem ventilados.

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Clever Approbato Bueno de Souza Comgás

devem sempre estar em locais ventilados, para que se evite qualquer acúmulo de gás. Já em relação aos aparelhos a gás, eles devem ser instalados em locais que devem ser ventilados de forma adequada para promover a renovação de ar do ambiente, garantindo adequado processo de combustão. Nos casos aplicáveis, como os aquecedores de água, devem ser previstos sistemas de exaustão que garantam a saída dos gases da combustão para o exterior da edificação. De acordo com a NBR 13103, o aquecedor deve ser instalado em local com área total de, no mínimo, 6 m³; ter ventilação permanente de, no mínimo, 800 cm² (divididos entre ventilação superior e inferior), e ser instalado com chaminé (altura mínima de 35 cm) do tipo Terminal ‘T’ ou ‘Chapéu Chinês’. Além disso, os aquecedores não devem ser instalados diretamente com água da rede pública de abastecimento. A indicação é que se use apenas água de reservatório ou caixa d’água, que deve ter altura mínima de 2 mca, proporcionando pressão suficiente para acionar o aquecedor. Detalhe: em situações em que o am-

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As instalações de condução de gás devem ser estanques e protegidas contra agressões que provoquem eventual vazamento de gás.

biente tem pouca ventilação, como banheiros, é permitido unicamente a instalação de aparelhos com fluxo balanceado, ou seja, hermeticamente isolados do ambiente. Aparelhos com qualquer outro tipo de exaustão estão proibidos de serem utilizados nestes ambientes, conforme a NBR 13103.

Erros mais comuns nas instalações a gás e riscos aos usuários De acordo com Clever Approbato Bueno de Souza, especialista da Comgás, entre os principais equívo28 Revista da InstalaçÃO

cos cometidos na instalação de aquecedores de água a gás se destacam a falta de ventilação nos ambientes


Crescimento

onde eles são instalados e a própria manutenção dos equipamentos e das tubulações que fazem parte da infraestrutura. Ocorre que essas falhas podem levar a problemas mais sérios, incluindo eventuais intoxicações pela inalação do gás, ou mesmo explosões e incêndios em caso de ignição do combustível. “As instalações incorretas podem acarretar vazamentos de gás combustível dentro de um imóvel, causando incidentes graves. Uma outra questão envolve as ventilações necessárias para cada tipo de aparelho. Essas ventilações são permanentes e não podem ser fechadas, pois podem levar à intoxicação pelo monóxido de carbono que é acumulado por uma queima incom-

Busca por economia tem levado um número cada vez maior de pessoas a optar pela utilização de sistemas de aquecimento de água a gás em suas residências.

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| Sistemas de aquecimento de água a gás

Dicas sobre a compra de aquecedores de água a gás Compra Adquira sempre equipamentos em locais de confiança, seja um distribuidor ou lojas especializadas. E exija a nota fiscal.

Certificação

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Verifique sempre se os aquecedores estão em conformidade com o PBE - Programa Brasileiro de Etiquetagem, que mede a eficiência energética dos aparelhos e com o Inmetro Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. Os aquecedores cuja classificação energética é ‘A’ recebem o Selo CONPET - Selo de Eficiência Energética.

Fonte: Abagas – Associação Brasileira de Aquecimento a Gás

30 Revista da InstalaçÃO

da tubulação insuficientes ou à realização de instalações de forma não conforme. E tudo isso pode ser evitado. O mesmo vale para a instalação dos aquecedores de água a gás. Um equipamento que não possua condições adequadas de funcionamento (tanto no processo de combustão, quanto na exaustão dos gases dessa combustão) pode gerar contaminação do ambiente e causar danos às pessoas. Mas se o equipamento estiver em conformidade com as normas técnicas e for bem instalado, não há riscos maiores.

Importante destacar que esses problemas ocorrem apenas quando a instalação é malfeita. Se tudo estiver em conformidade com as normas, o uso do gás se torna altamente seguro. “O gás combustível é absolutamente seguro, em diversas aplicações. No entanto, por se tratar de um combustível, requer atenção”, afirma Alberto Fossa, destacando que se tudo for bem-feito não haverá falha. Por exemplo, o vazamento do gás está associado à utilização de materiais inadequados, a condições de proteção

É preciso elevar nível da mão de obra Um dos fatores que explica os erros cometidos nas instalações de sistemas de aquecimento de água a gás é a qualidade da mão de obra que executa esse tipo de serviço. Isso porque nem todas as pessoas que realizam este trabalho estão devidamente qualificadas. “Há uma mão de obra que se diz qualificada, mas que na verdade não é. Em muitos casos, zeladores, encanadores e pedreiros, entre outros, dizem que são capazes de instalar aquecedores e fogões a gás, mas esse pessoal não conhece as normas de instalação e nem os cuidados com a ventilação”, comenta Clever Approbato, lembrando que essas instalações devem ser executadas apenas por profissionais habilitados, como os que são treinados pelo SENAI. Alberto Fossa destaca que, com relação à mão de obra, o setor de gás natural tem auxiliado a ABRINSTAL no desenvolvimento de padrões mínimos de competência para diversos perfis profissionais. Ele cita, ainda, que existe um conjunto significativo de perfis já normalizados e parti-

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pleta, ou seja, falta de oxigênio no ambiente de instalação”, comenta Clever, que completa: “No Brasil temos poucos incidentes por vazamento de gás natural, mas com intoxicação por monóxido de carbono temos alguns casos em que há aquecedores sem chaminé adequada”.


Dicas sobre a instalação de aquecedores de água a gás ✹ A instalação deve ser feita por uma Assistência Técnica Especializada ou por um técnico de sua confiança. ✹ Ela deve seguir o estabelecido nas disposições e normas para a instalação de aparelhos que utilizam gás combustível (ABNT NBR 13103). ✹ O aquecedor deve ser instalado num local com área total de, no mínimo, 6 m³, com ventilação permanente total de, no mínimo, 800 cm², divididos entre ventilação superior e inferior. ✹ Todo aquecedor deve ser instalado com chaminé (altura mínima de 35 cm), do tipo Terminal ‘T’ ou ‘Chapéu Chinês’.

✹ Não instalar os aquecedores diretamente com água da rede pública de abastecimento. Somente utilizar água de reservatório ou caixa d’água que deve ter, no mínimo, altura de 2 mca, proporcionando pressão suficiente para acionar o aquecedor. ✹ Para ambientes com pouca ventilação, como banheiros e ou/ dormitórios, é permitido unicamente a instalação de aparelhos com fluxo balanceado, ou seja, hermeticamente isolados do ambiente. Aparelhos com qualquer outro tipo de exaustão estão proibidos de serem utilizados nestes ambientes, conforme a NBR13103.

Se a instalação e os equipamentos utilizados estiverem em conformidade com as normas técnicas, o uso do gás se torna altamente seguro nas edificações residenciais.

Fonte: Abagas – Associação Brasileira de Aquecimento a Gás

Presença

O tradicional GLP está presente em 98% das residências brasileiras.

malização de profissionais que podem atuar neste setor. O programa ainda encontra-se em fase inicial e somente em algumas aplicações a exigência de mão de obra qualificada é adequadamente cobrada - através do Programa Qualinstal e na contratação direta de serviços por parte das distribuidoras de GN e GLP”, completa Fossa. O executivo da Abrinstal cita ainda os avanços em torno do Qualinstal Gás, que foi criado em 2002 pelo Sindinstalação (Sindicato da Indústria da Instalação - SP), cujo objetivo é estabelecer requisitos para a certificação de empresas instaladoras. “O programa teve início com o estabelecimento de requisitos aplicáFoto: Divulgação

cipantes do programa de certificação de pessoas da construção civil do Inmetro, na área de gases combustíveis. Os principais perfis profissionais atualmente existentes, passíveis de certificação, são os de instalador e convertedor de aparelhos a gás; instalador predial e de manutenção de rede de gás; operador de medidores de gás; inspetor de instalação de gases combustíveis, e soldador de tubos e conexões de polietileno. “Embora seja um programa voluntário (o programa do Inmetro), é um começo importante para a for-

veis às empresas instaladoras, que pudessem aportar garantias de gestão e conhecimento técnico adequado na prestação de serviços ao mercado”, destaca Alberto Fossa. Uma das empresas que tem participado ativamente do programa é a Comgás que, segundo Fossa, há mais de 12 anos incentiva a capacitação do mercado e a certificação de empresas instaladoras nessa área. “A Comgás foi fundamental (para elevar o nível dos profissionais em São Paulo), na medida em que incentivou e cobrou do mercado essa adequação das empresas e a sua certificação no programa”, afirma Fossa, que acrescenta: “No caso do GLP destaca-se a iniciativa da Ultragaz, que busca certificar através do programa seus prestadores de serviço em todo o território nacional. É uma iniciativa corajosa, de uma empresa que entende que a segurança é fundamental para o uso adequado desse energético”. Revista da InstalaçÃO 31


Evento

| Expolux 2016

Surpresa positiva Apesar do difícil momento econômico do País, expositores e organizadores colhem bons resultados durante a 15ª Feira Internacional da Indústria da Iluminação. 32 Revista da InstalaçÃO

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eixando para trás o clima de incerteza que ronda o cenário político e econômico do País, a 15ª edição da Expolux foi um sucesso. Realizada na capital paulista, entre os dias 28 de junho e 2 de julho, a maior feira internacional da indústria de iluminação da América Latina registrou resultados positivos, tanto em termos de visitação quanto de geração e prospecção de negócios. Promovida pela Reed Exhibitions

Alcantara Machado, a Expolux 2016 ocupou dois pavilhões do Expo Center Norte. A exposição registrou a presença de 22.320 pessoas, o que representa um aumento de 5,26% em relação à edição anterior (2014). A mostra recebeu visitantes de todo o Brasil e também de países das três Américas. Conforme destaca o diretor do evento, Alexandre Brown, o setor de iluminação trabalhava com uma previsão nada otimista de vendas para este ano, o que


Largest international trade show of the lighting industry in Latin America, Expolux 2016, held in Sao Paulo, positively surprised by the volume of closed and started businesses, creating an expectation of industry development by the end of the year. More than 22,000 visitors attended the event, which from a technological point of view was characterized by the consolidation of the use of LED in products and solutions.

Reportagem: Paulo Martins Fotos: Ricardo Brito

pode mudar, a partir de agora. “As perspectivas pós-Expolux levaram a Abilux a rever os números para cima. Tudo indica que a recuperação dos negócios no segundo semestre permitirá ao segmento repetir o desempenho alcançado em 2015, quando faturou R$ 3,9 bilhões”, comemora o executivo. Uma das novidades desta edição foi a realização de rodadas de negócios no segundo dia de feira. “Com a participação de 14 expositores, 36 compradores

e 84 reuniões, os encontros geraram negócios declarados pelos compradores da ordem de R$ 9 milhões”, informa Brown. O gerente da Expolux, Ivan Romão deu mais detalhes sobre essa proposta: “Essa é uma iniciativa que estamos adotando em todas nossas feiras. Na Expolux aconteceu pela primeira vez, e é diferente do que já ocorre dentro do espaço Abilux, que consiste em uma rodada de negócios internacionais. Nós criamos a rodada de negócios nacionais”.

La mayor feria internacional de la industria de la iluminación en América Latina, Expolux 2016, celebrada en Sao Paulo, sorprendió positivamente por el volumen de las operaciones cerradas e iniciadas, creando una expectativa de avance de la industria hasta el final del año. Más de 22.000 visitantes asistieron al evento, que desde un punto de vista tecnológico se caracterizó por la consolidación del uso del LED en productos y soluciones.

Revista da InstalaçÃO 33


Evento

| Expolux 2016

Um fator que acabou contribuindo para os bons resultados desta edição da Expolux foi a realização da feira no meio do ano - normalmente ela ocorre em abril. Entretanto, naquele momento a turbulência política era muito maior, assim como a crise econômica do País, o que poderia comprometer seriamente os resultados da Expolux deste ano. Com o afastamento de Dilma Rousseff da presidência da República, em maio, a confiança no País aumentou, de forma geral. “Foi uma coincidência positiva fazer a feira em junho. A maior demora na realização trouxe um benefício que foi a questão do novo governo, ainda que provisório. A mudança de governo gerou um fôlego maior (para o mercado)”, diz Ivan Romão. Para 2018, quando ocorrerá a 16ª edição da Expolux, a expectativa é de que a normalidade da economia esteja restabelecida. Desta forma, a feira já foi agendada para sua data tradicional. O evento acontecerá entre os dias 24 e 28 de abril, novamente no Expo Center Norte. Uma característica que chamou atenção dos expositores que participaram da Expolux foi o alto grau de especialização do público visitante, formado em grande parte por arquitetos, designers, construtores, engenheiros e lojistas. Na opinião de Ivan Romão, um fator

que contribuiu para o aumento tanto da quantidade de público quanto da especialização foi a criação de eventos paralelos, como as Arenas do Conhecimento Simpolux Decor e TEC e o Espaço Design. “Foram três projetos que apresentamos como novidades, comparando com a última edição”, comenta. O Espaço Design contou com uma área de 1.161 metros quadrados onde foram criados 13 ambientes assinados por arquitetos e designers de interiores, visando a apresentação de produtos de iluminação que se destacam pelo design, tecnologia e sustentabilidade.

Avaliação das empresas Os fabricantes também fizeram uma avaliação positiva de sua participação na Expolux 2016. A Taschibra, por exemplo, informa que registrou aumento no número de visitantes que passaram pelo estande. A companhia teve como grande destaque os novos pendentes da Linha Unique. “Percebemos que a Linha Unique foi muito bem recebida pelo público. Desenvolvemos peças modernas, que estão alinhadas com as tendências do mercado internacional. Isto foi um diferencial que agradou os visitantes”, destaca Natalie Schreiber Felippi, diretora da Taschibra. 34 Revista da InstalaçÃO

O Grupo Taschibra também marcou presença na Expolux através da Blumenox Iluminação, adquirida recentemente. O destaque da empresa foram os produtos desenvolvidos em vidro artesanal e acrílico. “O feedback foi bastante positivo. O estande e a linha de produtos foram muito elogiados por todos que Dezenas de reuniões envolvendo expositores e compradores geraram negócios da ordem de R$ 9 milhões. ALEXANDRE BROWN REED EXHIBITIONS

Outra novidade desta edição da Expolux foi a setorização dos estandes conforme os tipos de produtos. Ivan Romão avalia que a medida foi positiva, mas destaca que será buscado um aperfeiçoamento do sistema para a próxima edição. “A setorização é um aspecto no qual pretendemos continuar evoluindo. Podemos até fazer mais uma divisão nos setores. Neste ano foram criados dois macrosetores: Decor e Tec. O próximo passo é que eles também tenham suas divisões”, adianta. Para Romão, a setorização da feira por nichos facilita a logística de visitação do público.


passaram pelo espaço. Este foi o primeiro ano da Blumenox na Expolux já como parte do Grupo Taschibra. Fechamos excelentes negócios e foi uma oportunidade para conhecermos os clientes da empresa e estreitarmos relacionamento. Realmente superou nossas expectativas”, analisa Natalie. A Aureon é outra empresa que demonstrou satisfação com sua participação na feira. “Não estávamos esperando receber um grande público na Expolux por conta do cenário econômico do País, no momento. No entanto, os contatos realizados foram ótimos, e com certeza irão se transformar em contratos/vendas futuras”, comentou Joice Carvalho, profissional do Departamento de Marketing da companhia. A empresária Cristiane Ziliotto comemorou o sucesso da fabricante Carambo-

Edição da Expolux foi um grande sucesso, mesmo diante de todo o cenário negativo do País. IVAN ROMÃO REED EXHIBITIONS

la, especializada no segmento infanto-­ juvenil: “Além de satisfeita com as vendas realizadas, estou convicta de que os contatos realizados com clientes, lojistas e fornecedores têm 70% de chances de se transformar em parceria. Participei de todas as edições da feira e já garanti a minha presença na próxima”. Marcelo Mizuno, gerente de Marketing da NewLine Iluminação contou que a empresa superou a meta de vendas e pôde apresentar seus produtos para clientes com o perfil desejado, ou seja, decoradores, arquitetos e lojistas. “Por isso a Expolux é a única feira da qual

participamos. Ficamos surpresos com o movimento, já que o cenário econômico do País não está favorável. Chegamos inseguros, pelo alto investimento que fizemos, e saímos satisfeitos”, disse.

Momento e perspectivas A atual crise econômica atingiu praticamente todos os segmentos da economia brasileira, em maior ou menor grau. Naturalmente, situações como essa acabam refletindo nos investimentos das empresas, como a participação em feiras. De acordo com Ivan Romão, de forma geral, o segundo semestre de 2015 e o primeiro semestre de 2016 foram muito difíceis para a realização desse tipo de evento, independentemente do

setor. Entretanto, o executivo da Reed Exhibitions Alcantara Machado aponta que já é possível constatar uma ligeira melhora nesse quadro. “O que percebemos, refletindo inclusive na Expolux, é que já é possível ver a luz no fim do túnel. No final de 2015 o sentimento no mercado era de pessimismo. Agora não. Pelo menos a curva já não segue mais com a tendência de decréscimo. Está estabilizando e indicando que pode subir a qualquer momento”, opina. Para

Romão, períodos de crise precisam ser vistos também como uma grande oportunidade. “Esse é o momento de se reinventar. A necessidade que as empresas têm de aparecer, gerar mais negócios ou buscar uma carteira maior de clientes faz com que a ferramenta ‘feira’ e todos seus agregados se potencializem. Claro que existe a questão da limitação orçamentária, mas a gente se vale muito da criatividade para proporcionar eventos como a Expolux, que foi um grande sucesso, mesmo diante de todo esse cenário negativo”, relata. O executivo disse ainda que está otimista com a realização da Expolux Nordeste, que acontecerá em Pernambuco. “A primeira edição, no ano passado, foi um sucesso. Percebemos que havia essa carência naquele mercado e estamos reeditando a feira neste ano, juntamente com a Feicon Batimat Nordeste”, diz Romão. Os eventos acontecerão entre os dias 19 e 21 de outubro, no Centro de Convenções de Pernambuco, que fica na cidade de Olinda. Revista da InstalaçÃO 35


Evento

| Expolux 2016

Kian Aureon Destaque para a linha de unidades autônomas em LED para sinalização de rota de fuga denominada Novo Lumeon®. Estão disponíveis modelos de sobrepor e embutir, difusor mono face/dupla face, diversas opções de inscrição/pictrograma e LEDs de alta performance. O fluxo luminoso constante funciona na falta ou queda parcial de energia. O produto possui corpo em alumínio extrudado com pintura eletrostática texturizada na cor branca e fechamentos laterais em ABS autoextinguível de alto impacto. O difusor é feito em acrílico fresado com aplicação em vinil em uma ou duas faces. É resistente a uma temperatura de 70ºC por duas horas.

A luminária pública LED Smart apresenta vantagens como design moderno, alta eficiência, longa durabilidade (25.000 horas), pintura resistente ao tempo e LED de alta potência. Está disponível nas versões de 16 e 20 W de potência, 100-240 V e temperatura de cor de 5.000 K. O produto é dotado de fotocélula e possui ângulo de abertura de 120º e grau de proteção IP65.

Flex Automation A Flex integrou 100% da iluminação do estande da Brilia, demonstrando a harmonia e a compatibilidade entre as novas tecnologias LED de iluminação com a mais moderna tecnologia de Automação. Destaque para a linha de painéis touch que controlam até oito circuitos de iluminação com cenas. Na Expolux, o painel FXA0600 (foto) foi usado para controlar as linhas de LEDs dimerizáveis da Brilia. É possível integrar o painel a outros módulos Z-Wave formando uma rede Z-Wave com cenas de iluminação, persianas, ar condicionado, fechaduras, sensores e áudio & vídeo. No espaço a Flex aplicou também a linha Fit de painéis interruptores touch, que controlam um, dois ou três circuitos de liga/desliga ou dimerização. Outra tecnologia empregada foi o aplicativo Flux - uma interface simples e intuitiva que permite automatizar a casa.

Brilia A empresa criou um espaço interativo para demonstrar aos visitantes a novíssima Tecnologia Sense. Agregando inteligência e conectando a tecnologia LED ao mundo digital, a Tecnologia Sense reúne sensores especiais integrados que detectam movimento, medem luminosidade e também a temperatura do ambiente, permitindo controle total de intensidade luminosa e da temperatura de cor para que o usuário tenha sempre a luz ideal para cada momento: neutra ou fria; quente ou ainda noturna. Os produtos Brilia Sense são facilmente controlados por dispositivos móveis, nas plataformas iOS e Android, por meio de aplicativo que possibilita seleção de cenários e parâmetros de preferências do usuário para cada local e ambiente.

36 Revista da InstalaçÃO


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| Expolux 2016

Dicompel A Linha Novara Colors ganhou mais quatro opções de cores: branco fosco, rosa fosco, azul fosco e ouro rosé. A linha foi desenvolvida para quem busca um design diferenciado para seus projetos com opções de cores vibrantes, que conferem modernidade e originalidade ao ambiente. Já consagrada no mercado, Novara se caracteriza pelo conceito inovador dos interruptores, com teclas finas e cromadas.

Paleolítico - Arte da Terra

Taschibra

A Arandela Floreira em cerâmica (PL 303) é uma peça multifunção, servindo de luminária e cachepot ao mesmo tempo. No interior é possível colocar um pequeno vaso de plástico com planta natural. Ela foi projetada para aceitar o gotejamento, pois os furos internos onde a planta vai ser colocada estão afastados do soquete. Possui 28 cm altura, 16 cm de largura e 12 cm de profundidade. Está disponível nas cores naturais da cerâmica: Barbante, Terracota e Café - textura riscadinha. A empresa recomenda o uso de lâmpada fria econômica PL ou LED para não aquecer a planta. A arandela comporta soquete base E27 para lâmpada de até 20 W na tensão de rede.

A Linha Unique foi um dos principais destaques da empresa. Com diversos modelos, os pendentes são indicados para embelezar diferentes ambientes sem abrir mão de excelente luminosidade. Com opções para agradar perfis variados, a linha reúne peças produzidas em aço, alumínio e tecido. O modelo UNI 603 é produzido em aço e tecido, comporta lâmpada Base E27 com potência máxima de 1x40 W. Está disponível em lojas de materiais de construção e de iluminação.

Conexled A CLP Urbana Compacta, da linha Pequeá, traz versatilidade para aplicações em ruas, parques, praças e condomínios. Possui design moderno e compacto de alta resistência mecânica, assegurando uma instalação simples e confiável. Com corpo em alumínio extrudado, utiliza LED Mid Power Osram® apropriados para iluminação profissional com um avançado sistema de dissipação térmica e sistema ótico próprio para iluminação de vias. O conjunto de LED e a lente proporcionam alta uniformidade luminosa e distribuição de luz, reduzindo o ofuscamento e aumentando os índices de iluminação. A garantia é de três anos.

Minipa LED Empresa do grupo Minipa do Brasil, a Minipa Indústria de Iluminação e Eficiência Energética foi criada para oferecer ao mercado, através de sua rede de distribuidores e representantes em todos os estados do País, uma linha completa de lâmpadas para retrofit; tubulares T8 600 e 1.200 mm; bulbos A60 de 7, 10 e 12 W; PAR 20, 30, 38 e MR16 5 W. Oferece ainda moderna e avançada tecnologia em LED de alta performance nas luminárias públicas de 35 até 200 W, industriais de 100 e 150 W e para postos de combustíveis de 100 W. A empresa possui fábrica em Joinville (SC). 38 Revista da InstalaçÃO


Intral Fabricada no Brasil, a lâmpada Tubo LED T5 Intral é uma solução para luminárias que utilizam lâmpadas fluorescentes T5 de 14, 28 e 54 W. O produto possui corpo de alumínio, difusor de policarbonato leitoso para controle de ofuscamento e com distribuição de luz uniforme e utiliza LED com certificação LM80 e de alta eficiência, que garante alto desempenho e uniformidade da luz. A lâmpada proporciona grande economia de energia e é compatível com drivers dimerizáveis, podendo pode ser utilizada com inversor de emergência Intral. A expectativa de vida útil é de 40.000 horas. O produto possui grau de proteção IP20 é pode ser aplicado em residências, indústrias e estabelecimentos comerciais.

Sylvania Em conjunto com o Grupo Feilo e Yaming, a Sylvania Brasil apresentou soluções em iluminação que aliam design e eficiência energética, voltadas a atender às necessidades dos segmentos público, comercial, residencial, industrial e decorativo. Entre as atrações, destaque para as luminárias da linha Coníferas, produzidas em uma das fábricas da Sylvania na Costa Rica. Os produtos apresentam design orgânico misturando madeira de pinheiro de cultivo certificado e alumínio. As peças estão disponíveis em diversas cores e modelos. Na foto, a luminária Castaña, que pode utilizar lâmpadas incandescente, fluorescente compacta ou LED.

ATME Eco Solutions Empresa brasileira que atua no segmento de eficiência energética e hídrica, a ATME destacou uma ampla gama de inovações e soluções, tais como iluminação LED, Controle e Telegestão. No segmento de iluminação a LED a companhia apresentou soluções voltadas para aplicação tanto em áreas públicas (ruas, estradas, portos, aeroportos, estádios, praças, etc), como privadas (shopping centers, indústrias, CDs, estacionamentos, etc). A empresa mostrou também o programa de Telegestão para controle do sistema de iluminação à distância, com possibilidade de acoplar controles, câmeras, sensores nas luminárias preparando para internet das coisas (IoT), etc.

Decorlux Destaque para os Refletores LED Slim de 10 a 50 W, até 3.500 lúmens. A moldura menor e menos espessa garante às peças uma solução de iluminação com design mais atraente. Na foto, o modelo RL-0130, com 30 W, 2.390 lúmens e temperatura de cor de 6.500 K. A peça possui grau de proteção IP65 e dimensões de 193x50x250 mm. Outra novidade da empresa foi a linha de lâmpadas LED de alta potência (20 a 36 W).

Zagonel A Luminária Slim LED possui modelos de 60 cm (potências de 22 e 33 W) e de 1,20 m (potências de 44 e 66 W). Possui duas opções de lentes: cristal e semileitosa, e está disponível nas temperaturas de cor de 4.000 e 6.500 K. Pode ser encontrada nas versões de embutir e sobrepor. Outras características técnicas: FP >0,96; IRC 80 e ângulo de abertura de 120º. Revista da InstalaçÃO 39


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| Expolux 2016

Ideal Iluminação A empresa destacou uma linha de arandelas fabricadas em alumínio cujo diferencial é a versatilidade. Os cubos que compõem a peça giram 360 graus, permitindo o direcionamento do facho de luz conforme a vontade ou necessidade do usuário. Existem modelos com dois, três e quatro cubos. As arandelas recebem pintura eletrostática na cor branca, preta e marron e utilizam lâmpada GU10 LED. A linha conta ainda com balizadores.

Baxton Destaque para a Linha Space (foto) de pendentes e arandelas de policarbonato. As peças estão disponíveis em uma ampla variedade de cores, permitindo combinações diferenciadas envolvendo os lados interno e externo. Outra novidade foram os balizadores, postes e arandelas da linha Viena. Fabricadas em policarbonato, as peças recebem pintura UV nas cores branca e preta e empregam parafusos de inox. Segundo a empresa, os produtos são totalmente vedados. Ambas soluções podem empregar lâmpada eletrônica ou de LED.

Munclair Fabricado em alumínio, com LED integrado, o lustre da Linha Rudá está disponível em modelos de seis e doze braços. O acabamento (parte superior do braço) pode ser encontrado nas cores cromado, cobre polido, champanhe polido e dourado. Já a parte inferior do braço está disponível nas cores branco brilho ou fosco, preto brilho ou fosco, café fosco e grafite. Destinado à iluminação decorativa, o produto pode ser aplicado em salas de estar e jantar e hall de edifícios, entre outros ambientes. A família é composta ainda por arandela de parede.

Intral Com design slim, o projetor LED Luna possui corpo em alumínio, potência de 10, 30 e 50 W, tensão de funcionamento de 100 a 242 Vac, temperatura de cor de 6.500 K, IRC >70, expectativa de vida útil de 25.000 horas e grau de proteção IP65. A garantia do produto é de dois anos.

Demape A luminária pública de LED Selena oferece diversas possibilidades de fotometria para diferentes aplicações e necessidades. Fabricada com placas de LED modulares, possibilita upgrade fotométrico e/ou luminotécnico sem a necessidade de substituição da luminária. Possui vida útil de 50.000 horas e corpo único em alumínio injetado, garantindo alta resistência mecânica, ótima dissipação térmica, durabilidade e confiabilidade. Como opção, pode ser fornecida em modelo compatível com Sistema de Telegestão. De fácil instalação e com design inovador. 40 Revista da InstalaçÃO


Zagonel A Lâmpada Tubular LED T5 possui modelos de 60 cm (potência de 16 W) e de 1,20 m (potência de 32 W). Possui três opções de lentes: cristal, semi-leitosa e leitosa, e está disponível nas temperaturas de cor de 4.000, 6.500 e 8.000 K.

Taschibra

Lösch

O Espeto Solar Pratic 04, da Linha Energia Solar LED, possui corpo em aço inox e vidro, painel solar policristalino e bateria NI-MHA 1,22 W. O produto dispensa cabeamento elétrico, sendo de fácil instalação, podendo ser fixado diretamente no solo. O Espeto Solar Pratic ilumina com qualidade e economia áreas externas, com autonomia de até oito horas e acendimento e desligamento automático.

O Refletor LED Linha Ultra está disponível nas potências de 640 W (fluxo luminoso de 70.500 lúmens), 880 W (92.000 lúmens) e 1.100W (116.000 lúmens). Com vida útil de 50.000 horas, o aparelho é bivolt (90305 V) e possui grau de proteção IP66 (totalmente protegido contra poeira e protegido contra jatos potentes de água). Dotado de sistema de gerenciamento térmico, possui três anos de garantia. Com design elegante, destina-se a aplicações exteriores, incluindo projetos de arquitetura, campos e aeroportos.

FASA Nos últimos meses a empresa investiu fortemente no desenvolvimento da união das tecnologias LED e fibra ótica. A técnica consiste em usar fontes de iluminação com LED para gerar luz, que por sua vez é transportada pela fibra ótica até o local a ser iluminado. Uma das soluções criadas é a luminária Gocce, que combina o visual rústico de um regador de jardim metálico com uma moderna ‘chuva’ de fibras óticas iluminadas despencando de seu bocal.

Gaya Emborrachada e flexível, a Fita Neon LED está disponível nas cores azul, verde, vermelha, 3.000 e 6.000 K e pode ser usada em fachadas, decoração de móveis e contorno de espelhos, entre outras aplicações. O produto é comercializado em rolos de 100 metros e permite cortes a cada metro, indicado por marcação. Possui grau de proteção IP65 e pode ser encontrado em 220 e 110 V. A Gaya lançou também o plafon multifuncional de sobrepor, com duas opções de fixação, e uma linha de painéis dimerizáveis. Revista da InstalaçÃO 41


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| Expolux 2016

Demape A empresa oferece ao mercado soluções completas em energias renováveis, incluindo projeto, soluções e treinamento para instaladores parceiros. Uma das opções disponíveis é o Kit de Energia Fotovoltaica, composto por módulos de silício policristalino (10 anos de garantia), inversores fornecidos com sistema de monitoramento e garantia de 5 anos, suportes de alumínio (12 anos de garantia), string box, cabo solar e conectores. A empresa atende desde uma residência até usinas de diversos portes.

Conexled A luminária CLO Urbana Ornamental, da Linha Itamambuca, consiste em uma opção para aplicações em praças e áreas residenciais, em duas versões de design: clássica (foto - 22/45 W), e moderna (50/90 W), com vida útil de até cinco anos. Seu corpo é fabricado em alumínio injetado, possui alta resistência mecânica e à corrosão e oferece uma eficiente dissipação térmica, garantindo prolongamento da vida útil do LED e da fonte de alimentação (driver). O fechamento hermético, com grau de proteção IP65, é garantido por parafusos de aço inox 304/316 e juntas de silicone flexível para altas temperaturas. O acabamento é feito com pintura eletrostática especial na cor cinza, branca ou preta, podendo ser fornecido em outras cores, sob encomenda.

Paleolítico - Arte da Terra

Brilia A empresa lançou diversos produtos funcionais e econômicos, distribuídos em três linhas distintas e complementares: Smart, Intelligent e Expert. No segmento de produtos para iluminação flexível, destaque para a nova Fita Ultra 2.400 K, da linha Expert. Compacta, a fita é capaz de iluminar ambientes inteiros, podendo substituir até mesmo lâmpadas tubulares. Com o driver dimerizável (vendido separadamente), sua intensidade pode ser controlada para criar climas e cenários. Seu principal diferencial é a temperatura de cor (2.400 K) bem quente, além da alta intensidade e homogeneidade na distribuição da luz pela alta densidade e proximidade dos chips de LED aplicados. 42 Revista da InstalaçÃO

O Balizador Rudá (PL 154) é uma peça para jardim feita em cerâmica, com haste de eucalipto autoclavado (tratamento anti-cupim). A haste possui 70 cm altura e o corpo de cerâmica tem 15 cm de altura, 20 cm de largura e 12 cm de profundidade. Disponível nas cores naturais da cerâmica: Barbante, Terracota e Café - textura riscadinha. A empresa recomenda o uso de LED por questão de economia, devido ao longo tempo em que a peça permanece acesa. Utiliza soquete base G9 para lâmpada halopin LED na tensão de rede.


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capacitados a oferecer produtos e serviços que atendam cada necessidade de forma única. A velocidade de novas tecnologias também acontece no mundo dos compostos para cabos elétricos. Hoje, temos produtos com baixa emissão de gases tóxicos, cabos de aplicações críticas em altas temperaturas, incidência constante de óleos, graxas e vapores químicos. Esses produtos nem sempre são de conhecimento do grande público. Dias desses um cliente entrou em contato pedindo ajuda, seu equipamento na linha de produção não ficava mais de dois meses sem a necessidade de substituição do cabo. Segundo ele, já havia usado EPR, XLPE, Silicone, PVC e nada dava certo. Após uma visita técnica à empresa, foi sugerida a utilização de um cabo com composto específico que atendeu plenamente os requisitos exigidos na

aplicação. Estamos há um ano sem vender para o cliente e a produção não teve mais paradas inesperadas. Em outubro está prevista manutenção preventiva, programada e, aí sim, o cabo poderá ser substituído. Hoje, temos diversos outros casos interessantes, mas queremos saber da sua necessidade, qual a sua dificuldade, onde a DISNACON pode ser a diferença em AGILIDADE, VELOCIDADE E EFICIÊNCIA na sua instalação elétrica. Desde a ligação de uma simples tomada ao equipamento de última geração, temos o cabo elétrico adequado à instalação. Conheça, consulte e, com certeza, você vai se surpreender! VARIEDADE

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| Prêmio Abilux 2016

Created to stimulate the development of the national design of luminaries, Abilux Award presented the 2016 winners during Expolux the main Brazilian Trade Show on lighting. Manufacturers of residential, commercial, industrial, public and sports and monuments sectors were awarded.

Creado para estimular el desarrollo del diseño nacional de luminarias, Premio Abilux presentó los ganadores de la edición 2016 durante Expolux, la principal Feria Brasileña de iluminación. Fabricantes que actúan en los segmentos residencial, comercial, industrial, público y deportivo y monumentos fueron galardonados.

Pendente Calandra, da Munclair, primeiro colocado na categoria Residencial.

Promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Iluminação, tradicional prêmio que estimula o design nacional de luminárias revela os Foto: Divulgação

vencedores da edição de 2016 durante a Expolux.

Design brasileiro em destaque

O

s produtos vencedores do Prêmio Abilux Design de Luminárias 2016 foram conhecidos durante a 15ª Expolux (Feira Internacional da Indústria de Iluminação), que ocorreu em São Paulo entre 28 de junho e 2 de julho. O concurso foi criado em 1994 pela Abilux (Associação Brasileira da Indústria de Iluminação) para estimular o desenvolvimento de um design nacional de luminárias que privilegie a criatividade dos especialistas e incentive a indústria a fabricar produtos diferenciados. Esta edição do prêmio contou com a participação de 42 peças - considerando desde o início, já são 1.208 projetos participantes.

44 Revista da InstalaçÃO

Design diferenciado, predominância de novas tecnologias com 100% dos produtos utilizando como fonte luz o LED e uso de novos materiais marcaram a atual edição do concurso, que premiou 16 luminárias nas categorias: residencial, comercial, industrial, pública e esportiva/monumental. Os três primeiros colocados de cada categoria receberam troféu, certificado e selo. As empresas que tiveram seus projetos classificados na segunda e terceira colocação receberam certificado e selo. Confira a seguir a lista dos vencedores do Prêmio Abilux Design de Luminárias 2016 nas cinco categorias.


Residencial

ção

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1º Lugar ✶ Produto: Pendente Calandra ✶ Empresa: Munclair Metalurgia e Comércio Ltda. ✶ Designer: Fabíola Bergamo Design Box Produzido em alumínio; dois soquetes GP. Pode ser usado com lâmpadas halopin em LED ou convencional. Peça inspirada nas esculturas de Tomie Ohtake e na técnica de calandragem, que confere estrutura à chapa de alumínio ao mesmo tempo em que mantém a leveza formal. A eliminação do fio convencional dá sensação de leveza à peça.

COMERCIAL 1º Lugar

✶ Produto: Linha Polar Mini (Quadrada/Redonda/Nano Redonda) ✶ Empresa: Interlight Sistemas de Iluminação Ltda. ✶ Designer: Design Interlight

✶ Produto: Luminária LED Fina ✶ Empresa: Vertex Indústria e Comércio Ltda. ✶ Designer: João Francisco Tcacenco e Equipe Técnica Para uso interno em ambientes comerciais. Embutida de teto. Produzida em chapa de PVC ou PS, tem forma piramidal leve, que permite boa distribuição de luz. Difusor central de acrílico translúcido, levemente satinado e texturizado. LEDs com fluxo luminoso de 130 lúmens/watt. Leve e elegante.

3º Lugar

2º Lugar

✶ Produto: Pendente Silhouette ✶ Empresa: Direct Light Indústria e Comércio Ltda. ✶ Designer: Luis Gani, João Nogueira e Muryllo Lagatta

✶ Produto: OBT 534 ✶ Empresa: Light-Tool Indústria e Comércio Ltda. ✶ Designer: Caio Gossn Leite e Anderson Aparecido Pereira

3º Lugar

3º Lugar

✶ Produto: Vinny ✶ Empresa: Metalúrgica Femarte Indústria e Comércio de Iluminação Ltda. ✶ Designer: Karina Mota

✶ Produto: Pendente Opus ✶ Empresa: Munclair Metalurgia e Comércio Ltda. ✶ Designer: Studio Munclair

2º Lugar

INDUSTRIAL 1º Lugar ✶ Produto: Luminária de LED Naked HB ✶ Empresa: Intral S/A Industria de Materiais Elétricos ✶ Designer: Rodrigo Pereira Para iluminação industrial. Desenvolvida para iluminar ambientes com altura elevada, acima de seis metros. Substitui sistemas de iluminação que usam lâmpadas multivapor metálico ou vapor de sódio. Constituída por módulos de LED independentes, possibilitando o direcionamento individual da luz para pontos específicos. Corpo fabricado em chapa de aço com tratamento galvanizado a fogo. Dissipadores dos engines são fabricados em alumínio extrusado.

Foto: Divulgação/Rodrigo Pereira

2º Lugar ✶ Produto: Luminária LED Grow Up ✶ Empresa: Vertex Indústria e Comércio Ltda. ✶ Designer: João Francisco Tcacenco e Equipe Técnica Revista da InstalaçÃO 45


Evento

| Prêmio Abilux 2016

PÚBLICA 1º Lugar

Foto: Divulgação

✶ Produto: Aqua LED 150 ✶ Empresa: Vertex Indústria e Comércio Ltda. ✶ Designer: João Francisco Tcacenco e Equipe Técnica Luminária de Led para alta potência para uso subaquático (chafariz, lâmina d’água, piscinas). Corpo em aço inoxidável com revestimento em teflon que protege contra agentes químicos. Difusor em vidro temperado. Drivers instalados fora da luminária, em local abrigado. O produto foi desenvolvido para iluminar o Museu de Artes Contemporânea, em Niterói (RJ). Projeto luminotécnico de Peter Gásper. 2º Lugar ✶ Produto: Aparelho de Iluminação de LED Pública 150 W ZL 3375 ✶ Empresa: Eletro Zagonel Ltda. ✶ Designer: Roberto Zagonel 3º Lugar ✶ Produto: Luminária Modular de 2 a 8 módulos, modelo LD-3P/X ✶ Empresa: Reeme Repuxação e Metalúrgica Ltda. ✶ Designer: Equipe de Desenvolvimento Reeme 3º Lugar ✶ Produto: Metro Lighting ✶ Empresa: Power Lume Indústria e Comércio Ltda. ✶ Designer: César Vigolo e Alex Leiser

ESPORTIVA E MONUMENTAL 1º Lugar ✶ Produto: Projetor Modular LED EZL 1006 ✶ Empresa: Naville Iluminação ✶ Designer: Equipe Naville Iluminação Luminária projetada para iluminação de alta eficiência. Módulos dissipadores com LED. Suporte articulável, lente simétrica podendo ser montado com um ou até oito módulos, o que reduz o consumo de energia em até 70%. Para iluminação de estacionamentos, campos e quadras esportivas, aeroportos, portos, áreas externas, fachadas, etc.

Foto: Divulgação

2º Lugar ✶ Produto: Luminária de LED Naked FL ✶ Empresa: Intral S/A Indústria de Materiais Elétricos ✶ Designer: Rodrigo Pereira 3º Lugar ✶ Produto: Luminária de LED Naked SQ ✶ Empresa: Intral S/A Indústria de Materiais Elétricos ✶ Designer: Equipe da Engenharia do produto, pesquisa e desenvolvimento da Intral 46 Revista da InstalaçÃO


Centro Social Santa Luzia Cursos Profissionalizantes – instituição integrante da Rede Salesiana Brasil de Ação Social (RSB-Ação Social) – é uma organização sem fins lucrativos, localizada na zona leste da capital de São Paulo. Há mais de trinta anos, dedica-se à educação de crianças, adolescentes, jovens e adultos em situação de risco e de vulnerabilidade sociais. Atualmente, são atendidas cerca de 1.500 pessoas que usufruem de vários serviços e projetos em articulação com a comunidade e os diversos amigos e parceiros da obra.

Como ajudar? Você também pode contribuir com o Centro Social e nos ajudar a mudar a vida de nossos atendidos. Entre em contato, venha nos visitar, siga-nos nas redes ou conheça as formas de doação através do nosso site. Rua da Padroeira, 83 - Jd. Nordeste (11) 2045-5000 captacao@cssantaluzia.org.br www.cssantaluzia.org.br facebook.com/cssantaluzia @cssantaluzia

a f i

- Centro de Desenvolvimento Social e Produtivo (CEDESP) - atende pessoas de 15 a 59 anos de idade e oferece cursos, em parceria com a Prefeitura Municipal de São Paulo – Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, mantendo convênio com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).

Eletricista Geral é um deles. O curso

é dividido em dois módulos e tem como objetivo capacitar o aluno a desenvolver competências técnicas e formar profissionais aptos a projetar, montar, testar e inspecionar equipamentos em comandos elétricos.

“O curso está me proporcionando ótimas experiencias e muitos conhecimentos. Escolhi esse curso por que posso seguir carreira na área elétrica, pois é muito abrangente. Também quero ser independente, poder fazer coisas básicas que toda residencia necessita, como uma troca de tomada, poder identificar erros comuns que pessoas sem esse conhecimento não conseguiriam. Estou aprendendo muitas coisas, como montar um circuito, utilização de DR, DPS (...) Eletricidade está na sua vida constantemente e saber lidar com ela é fundamental.” Stefany Cocito, 17 anos. Aluna do curso de Eletricista Geral.


Espaço Sindinstalação Notícias e informações sobre o mercado de instalações e as ações do Sindinstalação e seus parceiros.

Contratos de empreitada para instaladoras Ação para fortalecer o segmento e suas relações comerciais.

48 Revista da InstalaçÃO

frentadas na execução do contrato na modalidade de empreitada por preço global, entre as quais a que tem se revelado mais espinhosa é a questão relacionada à alteração no escopo para o qual a instaladora fora inicialmente contratada. Senão vejamos. Não é incomum a contratante alte-

Foto: Divulgação

através das quais são hauridos os aspectos mais relevantes e os pontos mais sensíveis na execução da obra, o que revela a importância da participação ativa dos empresários nas reuniões do comitê. Grande parte dos problemas oriundos dos contratos de empreitada resulta da ausência de uma regulamentação específica no direito privado, na medida em que o Código Civil Brasileiro dedica poucos artigos para tratar esse tipo de contrato (artigos 610 a 626), donde é dado concluir que às partes é conferida maior liberdade na contratação de serviços por empreitada, o que inspira maior cuidado no detalhamento dos dispositivos contratuais, norteados pelos princípios da eticidade, da sociabilidade e da operabilidade. Não obstante a maior liberdade na contratação, a natureza dos contratos de empreitada busca sua definição na legislação dedicada a regular licitações e contratos com a Administração Pública, atualmente regido pela Lei nº. 8.666/93, cujas modalidades de empreitadas são tratadas em seu art. 6º, inciso VIII. Desta sorte, o momento da formalização do instrumento contratual ou da revisão dos modelos pré-elaborados pelas Construtoras, é crucial para assegurar o bom desenvolvimento das execuções dos serviços, mitigar conflitos em relação à aplicabilidade de reajustes, pagamento de medições, liberação das retenções, etc. Diversas são as dificuldades en-

José Antonio Bissesto

Diretor-executivo do Sindinstalação

Foto: Divulgação

P

reocupado com a preservação do equilíbrio econômico nos contratos de empreitada, o Comitê Setorial GSEL – Grupo Setorial de Instalações Eletromecânicas, durante os encontros mensais que realiza na sede do Sindinstalação, pontuou a necessidade de uma ação visando analisar criteriosamente os elementos dos contratos firmados entre as empresas instaladoras e seus contratantes. A comissão de representantes do GSEL, com a colaboração do colega Carlos Frederico Hackerott, diretor Jurídico e Institucional do Sindinstalação e o escritório BMM – Bicudo, Matos e Morais Advocacia Personalizada, em uma auspiciosa parceria, vêm desenvolvendo um trabalho há aproximadamente um ano, com reuniões periódicas do comitê, no âmbito do qual são discutidas as questões mais sensíveis do segmento, sobretudo em relação aos percalços enfrentados pelas instaladoras diante da imposição de cláusulas abusivas e pressões exercidas nas tratativas comerciais. O trabalho desempenhado pelo escritório de advocacia BMM tem buscado, através de um salutar debate, orientar as soluções mais eficientes para a consolidação das cláusulas dos contratos de empreitada por preço global, visando o fortalecimento do segmento sem comprometer a relação comercial com os clientes. As dificuldades enfrentadas por cada empresário na execução de seus contratos têm auxiliado nas discussões,

Dr. Rafael Buzzo de Matos

BMM – Bicudo, Matos e Morais Advocacia Personalizada


Espaço Sindinstalação

Espaço Sindinstalação

News and information on the installation market and activities from Sindinstalação and partners.

Noticias e informaciones sobre el mercado de instalaciones y las acciones de Sindinstalação y sus organizaciones asociadas.

rar o projeto para a execução do qual a instaladora fora inicialmente contratada, o fazendo por meio de solicitações informais (e-mails, mensagens, verbalmente, etc), sem considerar eventuais acréscimos no custo incorporado ao preço global. Absorvida pela rotina de obra, a Contratada, por vezes, é impelida a realizar os serviços fora do escopo contratado mediante a simples promessa de, posteriormente, ser assinado o respectivo aditivo, isso porque, na maioria dos contratos, qualquer alteração no escopo, ou solicitações extras, devem ser formalizadas por aditivos. No entanto, muitas vezes os aditivos não são assinados, ou quando assinados não retratam de forma fidedigna a veracidade do que foi executado, impingindo prejuízos nefastos à contratada. A esse respeito impende trazer à reminiscência o preceituado no bojo do parágrafo único do art. 619 do Código Civil, segundo o qual: “ainda que não tenha havido autorização escrita, o dono da obra é obrigado a pagar ao empreiteiro os aumentos e acréscimos, segundo o que for arbitrado, se, sempre presente à obra, por continuadas visitas, não podia ignorar o que se estava passando, e nunca protestou”. Nessa esteira, a presunção de conformidade do serviço medido oriunda da leitura do art. 614 do Código Civil, não faz distinção entre o que está contemplado ou não no escopo original, donde emerge a inequívoca ilação de que o serviço adicional medido e executado presume-se aceito se, em trinta dias, a contar da medição, não forem denunciados vícios ou defeitos, e, portanto, deve

ser pago de acordo com os acréscimos apurados. Para tanto é necessário deixar claro os procedimentos no contrato, o qual deve prever a possibilidade de realização dos serviços extras por meio de solicitação, por qualquer meio de comunicação hábil, e a assinatura da respectiva medição para pagamento, cujo preço deve ser fixado de acordo com critérios previamente definidos no contrato, independentemente da assinatura de termo aditivo. Nessa perspectiva, o risco desta modalidade está em definir um preço global no início das execuções, o que pode acarretar desequilíbrio econômico, durante e após a execução, com o aumento dos preços de mão de obra e material, incluindo os custos diretos e indiretos nos casos de prorrogação do cronograma sem culpa da Contratada. Por fim, essas e outras questões têm sido objeto de debates no âmbito do Comitê do GSEL e do Sindinstalação representante legítimo das instaladoras, cujos trabalhos têm sido orientados pelo escritório BMM Advocacia Personalizada, incumbido de consolidar as principais cláusulas que devem compor o contrato de empreitada por preço global, a fim de mitigar os riscos e evitar conflitos que possam comprometer a relação comercial com os clientes. Os trabalhos culminarão ainda com a elaboração de um documento consolidando toda a ação, além de um workshop e palestras no Sindinstalação tendo como alvo as empresas associadas da Entidade, onde se pretende elucidar todo o debatido e mais uma vez beneficiar todo o setor com esta importante ação.

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Convite aos associados Sob iniciativa do GSEL – Grupo Setorial de Instalações Eletromecânicas e da ABSpk – Associação Brasileira de Sprinklers, com apoio e divulgação do Sindinstalação, convidamos as empresas associadas a se inscreverem, gratuitamente, no workshop “Sistemas de Proteção de Incêndio por Sprinklers”. O evento dá continuidade ao ciclo de treinamentos em “Produtos e Tecnologias”, beneficiando diretamente as instaladoras, agregando conhecimento aos gestores das empresas, além de ampliar a visão da oportunidade de uma nova atividade e negócios. Contamos com a sua participação.

Informações: Workshop “Sistemas de Proteção de Incêndio por Sprinklers” Data: 20/07/2016 Local: Av. Paulista, 1.313 – auditório 10º andar – Prédio Fiesp Objetivo: Promover a atualização de conhecimento em sistemas de proteção por sprinklers Público-alvo: Gestores de empresas instaladoras (orçamentistas, compradores, engenheiros de obras, analistas de projetos e projetistas Inscrições: Até 15/07 através do telefone (11) 3266-5600 ou comunicacao@ sindinstalacao.com.br

Revista da InstalaçÃO 49


Espaço Sindinstalação

| Abrinstal

Difusão de conhecimento este ano para fomentar debate e boas práticas

300 mil aquecedores a gás por ano, contra cerca de 7 milhões de chuveiros elétricos. “O desenvolvimento do mercado de aquecimento de água a partir do gás é bom para toda a cadeia, gera empregos, novas demandas e significa ganhos de eficiência energética para o país”, afirma Ferreira. O próximo evento da Abrinstal será realizado no dia 21 de julho, na Fiesp, das 9h00 às 12h00. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas online, no website da associação (http://www.abrinstal.org. br/eventos.asp). No evento serão abordados aspectos de segurança das instalações elétricas, normas e fiscalização para a eficiência energética.

20

Número de eventos realizados pela Abrinstal, por ano:

15 10

0

2016*

5

2014

construtoras, distribuidoras de gás, entre outras, participaram do Workshop Técnico das Empresas Instaladoras de Gases Combustíveis - Qualinstal, na Fiesp. O evento foi dividido em cinco painéis: as novidades de aquecimento de água no mundo; a situação dos aparelhos de gás no Brasil; os desafios das instalações de gases combustíveis nas edificações; questões de segurança nas instalações de gases combustíveis; e ações estratégicas para mobilização das partes interessadas na promoção de um setor de gás robusto no Brasil. “O mercado de gás natural está em evolução no Brasil e nossa preocupação número um é com a qualidade das instalações, que é fundamental para o mercado crescer de forma realmente sustentável, com segurança para toda a sociedade”, comenta Fossa. Realmente, as perspectivas de crescimento para o uso de gás para o aquecimento de água são bastante promissoras, pois as redes de distribuição de gás canalizado estão sendo ampliadas em mais de 1.500 quilômetros por ano nos últimos anos e, do ponto de vista de eficiência energética, o uso do gás leva larga vantagem sobre a eletricidade, por exemplo. Atualmente, segundo o presidente da Abagás - Associação que reúne os fabricantes brasileiros de aquecedores a gás, Anderson Ferreira, são comercializados no país cerca de

2012

instalações.

2010

relacionadas às

2008

✖ 21 de julho - 3º Workshop Instalações Elétricas - Qualinstal ✖ 24 de agosto - 8º Encontro das Empresas Instaladoras - Qualinstal ✖ 28 de setembro - 4º Workshop Instalações Hidrossanitárias Qualinstal ✖ 30 de novembro a 1º de dezembro - 6º Fórum de Eficiência Energética

menos seis eventos

2006

Agenda dos próximos eventos da Abrinstal

Abrinstal realizará pelo

Foto: Divulgação

D

ifundir conhecimento e fomentar a discussão de temas relativos à conformidade e eficiência das instalações das redes de gases combustíveis, elétrica, hidrossanitárias e solar, entre outras, é uma das atividades desenvolvidas pela Abrinstal Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência das Instalações. Somente este ano foram programados pelo menos seis eventos, como workshops e fóruns, além dos treinamentos dos chamados GTs - Grupos de Trabalho. Desde sua criação, em 2006, a Abrinstal já realizou mais de 90 eventos, envolvendo a participação de mais de 6 mil pessoas. “A realização de eventos é um braço de fundamental importância, pois ajuda na divulgação das boas práticas e incentiva o debate e o envolvimento de representantes de diversos elos da cadeia e cada um dos setores”, diz o diretor­executivo da Abrinstal, Alberto Fossa. Na última semana de junho, mais de 70 profissionais ligados à cadeia de instalação de redes de gases combustíveis, como empresas instaladoras, projetistas,

*Previstos para 2016

50 Revista da InstalaçÃO


| Abrasip

A

É preciso avançar

gregando os problemas do dia a dia ao espírito dos Jogos Olímpicos, vivemos tempos de ressaltar o trabalho em equipe. Isso vale tanto para equipes internas (nosso próprio time tem que antever problemas), como com as equipes externas que, juntas, levam resultado ao cliente final e levam a cabo a execução dos empreendimentos na construção. Mais que nunca mudou nosso gerenciamento de risco: riscos ambientais, de construção, financeiros, de segurança do trabalho, legais, “compliance” e normas técnicas. Nesta última área de riscos, dividimos nossas agruras com os parceiros instaladores, quando se tratam das interfaces com concessionarias! Se observarmos como houve evolução nos sistemas não destrutivos, nos kits de montagens pré-fabricados, nos dispositivos pré-encaixados tipo “plug and play”, enxergamos luz no fim do túnel também nas ligações de nossos edifícios com as concessionárias. Sabemos que os instaladores “artesãos” praticamente não fazem mais sentido, sejam nos sistemas hidráulicos ou elétricos. Por mais paradoxal que seja, numa das áreas em que a tecnologia é mais importante, e onde as soluções das operadoras e concessionarias apresentam maiores alternativas, temos esbarrado na maior ausência de formatação e de uniformidade de soluções: estamos falando de telecomunicações! Hoje, o mercado passa por um problema crônico, que é a ausência de regulamentação e normas técnicas para interface entre os serviços de telecomunicações das operadoras e concessionarias, e as edificações. Para que pudéssemos atingir um maior nível de excelência em telecomunicações, os órgãos oficiais se apressaram, nestes últimos 15 anos, em capacitar o usuário

final de todas as formas de serviços “on demand”, desde as TVs por assinatura, até todas as categorias de serviços de telecomunicações – dados, voz e imagem. O perfil do usuário de serviços de Telecom mudou e, em prol da mobilidade, hoje trabalhar em casa é uma condição imperativa para muitas pessoas. Nesse movimento, os órgãos reguladores procuraram ajustar as obrigações de concessionarias com as áreas públicas das municipalidades. Existem hoje diversas legislações, normas e instruções técnicas regulamentando o uso do solo, o compartilhamento de redes subterrâneas de energia e Telecom, os postes, as calçadas e ruas. A ANEEL e a ANATEL já emitiram resolução conjunta até para o preço de uso das instalações compartilhadas, entre concessionarias e operadoras. Em consequência, cada concessionaria, na sua área de atuação, vem criando suas normas internas para as redes externas públicas, que distribuem sinal de Telecom, TV por assinatura e energia nas cidades, e conseguem atingir o consumidor final. Mas falta o último tramo da linha, exatamente a conexão com as edificações! Na medida que proliferam inúmeras operadoras privadas para cada serviço, e se conflitam disputa de espaço no subsolo entre elas ao longo das ruas e calçadas, com as concessionárias públicas e com as prefeituras, fica mais difícil administrar a organização dos pontos de entrega, sem um plano diretor maior. Desta confusão resulta que não existe alcance nas normas, nas legislações e nas regulamentações, exatamente deste último trecho que vai da rede externa para o interior da edificação. Para energia, gás, água e esgoto, como envolve riscos maiores e consequências de maiores perdas financeiras, o mercado foi se autorregulando. Quando vamos para a área de Telecom, as coisas se complicam! Porque

acabaram-se os processos de aprovação de infraestrutura de entrada de telefonia, dados ou mesmo sinal de TV por assinatura. Todas as operadoras têm condição de entregar cabo mecânico ou fibra ótica, mas cada um o faz segundo normas próprias. Estas normas não são divulgáveis, nem conhecidas. Não há departamento de projeto nestas empresas. Não há prazo para o cliente final, ou a construtora, ser atendido. Não há regra para, em projeto, se prever a infraestrutura genérica que permita escolher, depois, qual a melhor operadora para entrar no empreendimento, ou esta ser alterada com o passar dos anos. Instaladores e projetistas se unem, sempre no pior momento – a proximidade com a data de entrega da obra – para obter os dados das operadoras cujas redes, naquele endereço, podem capacitar da melhor forma o empreendimento. São soluções ad-hoc, para atender cada caso, mas não é a melhor solução. Apesar do esforço conjunto, muito se perde quando adaptações não planejadas precisam ser feitas para que a obra obtenha sinal de Telecom, dados e TV, causando a impressão de improviso. O problema se apresenta: urge melhorar esta interface, juntos instalador e projetista, pois hoje não estamos confortáveis, não estamos atendendo ao construtor de forma planejada. Os recursos das operadoras não estão disponíveis de pronto, por região, os prazos são comprometidos e as normas técnicas existentes não regulam esses trechos que ligam empreendimento às ruas. Já que a tecnologia chegou ao consumidor final, vamos fazê-­ la acontecer de forma inteligente também nos projetos de infraestrutura deste último trecho de ligação! Engenheiro Luiz Olímpio Costi

vice-presidente de Comunicação da Abrasip. Revista da InstalaçÃO 51


Espaço Sindinstalação

| Seconci

Seconci-SP aponta ao TST obstáculos à contratação de PCDs O presidente do Seconci-SP, Sergio Porto, o vice-presidente Haruo Ishikawa e o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, apresentaram ao ministro Cláudio Brandão, do TST (Tribunal Superior do Trabalho), as ações das entidades que auxiliam as empresas a empregarem Pessoas com Deficiência (PCDs), em atendimento à Lei de Cotas. Sergio Porto afirmou ser indispensável criar um censo que determine o número de PCDs passíveis de enquadramento na legislação. “Esse dado é fundamental para levarmos adiante a política de inclusão”, afirmou.

Ishikawa apontou a falta do Cadastro Georreferenciado de Pessoas com Deficiência para facilitar essas contratações como a principal dificuldade para o preenchimento das cotas. A criação deste Cadastro, prevista na Lei Brasileira de Inclusão de PCDs, ainda não ocorreu. Romeu Ferraz ofereceu a expertise acumulada pelo SindusCon-SP em relação à contratação de PCDs, para divulgação em eventos do TST em todo o país. Brandão destacou a importância de uma interlocução do setor produtivo com o Judiciário sobre a inclusão de PCDs e elogiou o trabalho das entidades nesta questão.

Ishikawa elencou as ações realizadas com a participação do Seconci-SP, como o ConstruSer e o Fórum Estadual para a Inclusão Segura de PCDs na Construção. Também destacou o treinamento dado pela entidade aos médicos do trabalho, para a promoção da inserção segura. A dra. Norma Araujo, superintendente do Instituto de Ensino e Pesquisa Armênio Crestana, do Seconci-SP, apresentou o Estudo de Viabilidade de Inserção Segura de PCDs na Construção Civil. Ela listou os principais desafios a serem superados para a contratação de PCDs pela construção: a divulgação das vagas e o recrutamento; a adequação dos processos de seleção, capacitando os médicos do trabalho às recomendações do estudo; a qualificação da mão de obra; a realização de campanhas contra a discriminação ao PCD; a sensibilização das empresas pela inclusão segura; a integração das pessoas com deficiência

nos ambientes de trabalho; a acessibilidade desses ambientes e a capacitação dos respectivos responsáveis pelos setores de Saúde e Segurança do Trabalho das empresas.

Foto: Divulgação

Inserção segura

Porto, Brandão, Ferraz e Ishikawa: unidos pela inserção segura

Entidade oferece solução completa em Saúde e Segurança do Trabalho O Seconci-SP disponibiliza ampla gama de serviços para auxiliar as empresas a cumprirem as legislações do Ministério do Trabalho, dos Estados e dos Municípios. A entidade oferece os Programas de Controle Médico e Saúde Ocupacional, de Conservação Auditiva e de Proteção Respiratória; exames ocupacionais e complementares, laudo técnico de condições ambientais do trabalho (LTCAT), laudos

de insalubridade e periculosidade, avaliação ergonômica, campanhas de vacinação e palestras de caráter preventivo, podendo desenvolver temas específicos a pedido das empresas. Para conhecer tudo o que o Seconci-SP oferece na área de Medicina do Trabalho e Engenharia de Segurança, entre em contato com o setor de Relacionamento com o Mercado: (11) 3664-5884 – relacoesempresariais@seconci-sp.org.br

Seus trabalhadores também podem se beneficiar do atendimento médico e odontológico oferecido pelo Seconci-SP. Informações: (11) 3664-5884 - www.seconci-sp.org.br

52 Revista da InstalaçÃO


| HBC Advogados

m dos maiores gargalos da economia brasileira, que eleva de forma demasiada os custos das empresas, é o custo relacionado à folha de pagamento. Ele é tão alto que pode chegar a 60% ou mais do salário pago aos funcionários de uma empresa. É evidente que em tempos de crises as empresas estejam buscando alternativas para que possam reduzir os impactos tributários. A contribuição previdenciária incide sobre a “folha de salários e demais rendimentos do trabalho” (art. 195, I, “a” da Constituição). Por ora, as empresas sujeitas ao regime da Lei n. 8212/91 são obrigadas a recolher a alíquota de 20% sobre o total dos rendimentos e ganhos mensais de seus empregados em favor do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, a título de contribuição previdenciária patronal. Ademais, de acordo com o artigo 22 da referida lei mencionada, este define que a incidência da contribuição social será sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, destinadas a retribuir o trabalho prestado, qualquer que seja a sua forma. Neste sentido, as verbas relativas ao Adicional de Férias (1/3 constitucional) e Férias Usufruídas; Aviso Prévio Indenizado, Auxílios Doença e Acidente; Salário Maternidade e Auxílio Educação não podem ter a incidência de contribuição previdenciária por um

simples motivo: não são verbas de natureza salarial, mas sim indenizatória. Os Tribunais têm afastado a exigência relativamente a verbas que são desvinculadas da remuneração, isto é, não correspondem à contraprestação do trabalho realizado pelo empregado. Isto se aplica, também, às verbas pagas esporadicamente e que não configuram salário (gratificações especiais, prêmios, etc). No que diz respeito ao posicionamento jurisprudencial sobre o referido tema, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem afastado a exigência da contribuição quanto ao terço constitucional de férias, ao aviso prévio indenizado e aos 15 primeiros dias do auxílio-doença/acidente. Por sua vez, em relação às horas extras e ao salário-maternidade o Tribunal em questão vem se manifestando no sentido de manter a exigência da contribuição.

Importante mencionar que a palavra final a respeito do salário-maternidade e as horas extras será do Supremo Tribunal Federal (STF), à medida em que o tema está pendente de decisão em casos com “repercussão geral”. Por fim, verbas como férias, por exemplo, ainda se encontram com uma posição jurisprudencial indefinida. Por todo o exposto, trata-se de uma oportunidade interessante para as empresas questionarem a incidência ou não desses tributos, tendo em vista a possibilidade de redução dos custos com a folha de salários, mesmo para aquelas empresas que atualmente optarem pelo recolhimento da contribuição previdenciária sobre a receita bruta, tendo em vista a possibilidade de compensação destes débitos com eventuais créditos apurados nos últimos 5 anos. Nosso escritório permanece à disposição para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários sobre o tema.

Foto: Fotolia

U

Verbas trabalhistas sem natureza salarial

*HBC Advogados é o escritório contratado pelo Sindinstalação para assessoria jurídica ao setor de instalações. Para mais informações acesse www.hbclaw.com.br Revista da InstalaçÃO 53


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| NBR 15569

Orientação para instalações de aquecimento solar de água Reportagem: Marcos Orsolon

A

grande incidência de raios solares, inclusive com sol forte durante praticamente todo o ano em diversas regiões do País, tem permitido ao Brasil avançar consistentemente no uso de sistemas de aquecimento solar de água. Tanto, que este é um dos mercados que mais avançaram na última década, abrindo boas oportunidades de negócios e empregos. Em linhas gerais, atualmente este setor conta com cerca de 200 empresas no Brasil, incluindo as companhias que fabricam ou importam equipamentos, escritórios de projetos, instaladoras, consultorias e empresas de manutenção. Estima-se que, hoje, o mercado de aquecimento

56 Revista da InstalaçÃO

tolia

Foto: Fo


Publicada em 2008, NBR 15569 passa por revisão e tende a ficar mais completa e abrangente, favorecendo o

Mercado

MArket

Mercado

Perfil de importantes setores do mercado, baseado em entrevistas com executivos, profissionais e usuários.

Profile of key market sectors, based on interviews with executives, professionals and users.

Perfil de los sectores clave del mercado, basado en entrevistas con ejecutivos, profesionales y usuarios.

Published in 2008, the NBR 15569 standard is under revision and tends to become more complete and comprehensive, promoting the organization and development of the Brazilian market of solar water heating systems.

desenvolvimento do mercado de aquecimento solar de água. Publicada en 2008, la norma NBR 15569 está en revisión y tiende a ser más completa e amplia, favoreciendo la organización y el desarrollo del mercado de sistemas de calentamiento solar de agua en Brasil.

Revista da InstalaçÃO 57


Mercado

| NBR 15569

Mercado

Foto: Divulgação

Foto: Fotolia

No Brasil, setor de aquecimento solar de água já acumula mais de 5 milhões de m2 de coletores instalados.

Uma norma atual leva a instalações melhores, mais seguras e duráveis, permitindo que o mercado cresça pautado em qualidade. Rodrigo Cunha Trindade Agência Energia

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solar já acumula uma área de mais de 5 milhões de m² de coletores solares instalados. Anualmente, essa cadeia produtiva já movimenta mais de R$ 500 milhões e, segundo alguns especialistas da área, esse montante deverá crescer ainda mais nos próximos anos, sendo impulsionado tanto pelas obras privadas, quanto pelas públicas. Nesse último caso, o impulso vem, principalmente, dos investimentos em torno dos programas habitacionais populares, como o Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, e o CDHU, do Estado de São Paulo. Estes programas já optam pelo sistema de aquecimento solar de água, que, entre outros benefícios, gera significativa economia de energia elétrica para seus usuários – segundo os especialistas do setor, essa economia pode chegar a 50%. Um aspecto que colabora para a evolução do setor é a sua base normativa, que contempla desde a fabricação dos coletores solares e reservatórios, até a

sua instalação. E é justamente sobre a norma de instalação (NBR 15569) que vamos falar em mais detalhes nessa reportagem. Conforme explica Rodrigo Cunha Trindade, diretor da Agência Energia, no Brasil, a primeira norma do setor de aquecimento solar foi a NB-1352, de fevereiro de 1991. Mas, com o passar dos anos, foi formada uma Comissão de Estudos na ABNT que trabalhou na elaboração da primeira versão da NBR 15569 - Sistema de aquecimento solar de água em circuito direto - Projeto e instalação, que foi publicada no primeiro trimestre de 2008. “Na época, fizemos uma pesquisa de todas as normas existentes no mundo e escolhemos partes das normas que deveríamos nos espelhar. Mas a NBR 15569 foi desenvolvida por esta comissão. Foi uma norma atual e contextualizada para o mercado do Brasil”, afirma Trindade, que faz parte dessa Comissão de Estudos.


Grosso modo, podemos dizer que a NBR 15569 é uma norma bastante completa que, entre outros aspectos, abrange os termos e definições aplicados às instalações de sistemas de aquecimento solar (SAS), passa por detalhes dos principais componentes, conceitos e cuidados para que as instalações sejam projetadas e instaladas com sucesso e segurança. Conforme dados divulgados no site do DASOL – Departamento Nacional de Energia Solar Térmica da Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento), no escopo da NBR 15569 temos, entre outros, os seguintes tópicos:

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Norma apresenta as diretrizes para uma instalação eficiente e segura


Mercado

| NBR 15569

respectiva ART. O instalador deve seguir procedimentos definidos e ser qualificado para a execução dos serviços, bem como demonstrar registros e evidências que possam comprovar sua capacitação. ➧ Para um perfeito funcionamento, o sistema de aquecimento solar deve ter um bom projeto, instalação adequada de equipamentos, e utilizar somente coletores solares e reservatórios térmicos de qualidade, que fazem parte do Programa Brasileiro

➧D e acordo com a norma, o projeto do SAS deve ser elaborado por profissional habilitado, acompanhado da respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) e qualquer alteração no projeto deve ser executada somente após nova aprovação do projetista, a qual deverá ser igualmente registrada por ART. ➧ A instalação deve ser supervisionada por profissional habilitado e também deve ser acompanhada da

de Etiquetagem (PBE), que comprova suas eficiências. ➧ Além das definições existentes no próprio documento normativo, alguns aspectos da norma, vinculados às especificidades dos projetos e equipamentos, determinam ainda que as instalações sejam realizadas de acordo com o manual de instalação da empresa fabricante dos equipamentos e ou projeto, a quem está atribuída a responsabilidade técnica da forma indicada para instalação.

Como ocorre com a maior parte das normas de instalações, a NBR 15569 também traz benefícios diretos para a organização e desenvolvimento do mercado. O que só aumenta a sua importância. “Essa norma dita um padrão mínimo de recomendações técnicas para que sejam realizadas instalações dentro das boas práticas. E ela também exige que os profissionais tenham as qualificações mínimas ao solicitar as anotações de responsabilidade técnica emitidas pelo CREA. Isso é positivo para o mercado, pois permite que tenhamos mais casos bem-sucedidos de instalações e o mercado tenha uma referência mínima para crescer com qualidade. A norma também é uma ferramenta importante, pois serve para que os compradores do setor privado e governamental a usem como referência em suas compras”, comenta Rodrigo Cunha Trindade. E ele completa: “A norma é mais uma referência oficial para termos boas

Eficiência

Para um perfeito funcionamento, o sistema de aquecimento solar deve ter um bom projeto, instalação e utilizar somente produtos de qualidade. 60 Revista da InstalaçÃO

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Benefícios da norma se espalham para o mercado como um todo


A receita de ter um projetista experiente, que atenda a norma brasileira e com bom conhecimento prático, adotando produtos certificados, é o caminho para termos boas instalações. instalações. A receita de ter um projetista experiente, que atenda a norma brasileira e com bom conhecimento prático, adotando produtos normalizados e certificados, é o caminho para termos boas instalações, que tragam o retorno do investimento aplicado nos

sistemas em prazos esperados pelos usuários e investidores”. Mas aí vem a pergunta: Hoje, os profissionais ligados à área de aquecimento solar de água aplicam a NBR 15569? Segundo Trindade, os projetistas experientes e responsáveis seguem

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Mercado

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| NBR 15569

não apenas esse documento, mas todas as normas da ABNT, pois eles têm a consciência de sua importância e, por outro lado, de suas próprias responsabilidades. No entanto, alerta que entre os instaladores a situação é um pouco diferente. “Nas instalações a cultura deveria ser a mesma, mas essa

área ainda carece de profissionais mais conscientizados em relação a essas responsabilidades e aos detalhes da norma”, lamenta. Para mudar este quadro, Trindade afirma que investir na divulgação é fundamental, até para que os próprios usuários tenham acesso à informação

e passem a exigir instalações em conformidade com essa norma. “A divulgação através de seminários e eventos que envolvem este setor ajuda muito. Além disso, se as normas fossem gratuitas ou de fácil acesso facilitaria ainda mais a difusão das boas práticas contidas nas normas”, completa.

Revisão torna a norma mais completa para atender necessidades do mercado Apesar de atender bem aos interesses do setor de aquecimento solar de água, a NBR 15569 passa, nesse momento, por um processo de revisão. “Estamos na quinta reunião (nesse processo) e estimo que mais uns cinco encontros serão suficientes para a disponibilidade de um texto para consulta pública. Estimo mais seis meses para o texto estar disponível para consulta pública”, declara Trindade. 62 Revista da InstalaçÃO

No que tange às principais mudanças nessa revisão, o especialista cita que a norma atual se aplica apenas para coletores solares planos e que a revisão vai contemplar também os coletores de tubo a vácuo. “Estamos ajustando todo o texto e conteúdo à realidade do mercado no Brasil nesse momento, mas ouso dizer que a norma manterá sua base, pois sua redação em 2008 foi de qualidade e vem facilitando o trabalho dessa

revisão”, comenta Trindade, que destaca a importância de se manter este documento sempre atualizado: “Ter uma norma atualizada e que represente a realidade do mercado facilita a adoção da mesma e a maior aderência dos agentes envolvidos. Uma norma atual leva a instalações melhores, com mais qualidade, mais seguras e duráveis, permitindo que o mercado seja sustentável e com crescimento pautado em qualidade”, conclui.


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❱❱ Novo tamanho

A Tigre apresenta a caixa d’água com capacidade para 5 mil litros, produzida com polietileno e aditivo anti-UV, o que garante elevada durabilidade. Além disso, a solução conta com sistema diferenciado de encaixe da tampa ao corpo, que protege contra os raios de sol, evitando o desenvolvimento de algas e bactérias, e também impede a proliferação do mosquito da dengue. A marcação para furos no corpo da caixa promove a furação sem erro. O novo produto completa o portfólio de caixas d’água da Tigre, que atualmente já conta com as capacidades de 310, 500, 750, 1.000, 1.500, 2.000 e 3.000 litros.

❱❱ Selantes híbridos

A Pulvitec lançou a linha Polystic Eco Selante, formada por selantes híbridos e livres de solventes, desenvolvidos em parceria com a Pidilite (Índia). São três produtos: Polystic Eco Selante Cozinhas e Banheiros, Polystic Eco Selante Metal, Concreto e Alvenaria e Polystic Eco Selante Pedra, Mármore e Granito, tendo como características em comum a qualidade e o alto desempenho para selar, fixar, unir, calafetar e vedar variadas superfícies. Entre os benefícios da linha Polyctic Eco Selante estão o elevado poder de impermeabilização, a resistência às variações climáticas, alta flexibilidade e ausência de odor, que permite aplicações também em ambientes internos sem maiores transtornos. Os produtos estão disponíveis nas cores branco, cinza e preto e podem ser pintados após secagem.

❱❱ Duchas higiênicas

As novas duchas higiênicas da Blukit possuem registro fabricado em liga de cobre, com acionamento de ¼ de volta, que proporciona mais conforto na utilização do produto e garante controle da vazão de água, fator que ainda gera economia de água. Outra vantagem das duchas higiênicas Blukit é que a ligação e a canopla são produzidas em aço inoxidável AISI 304, o que confere mais resistência e maior vida útil ao produto. As duchas higiênicas são produtos funcionais e, por poderem ser fixadas à parede, proporcionam um melhor aproveitamento do espaço.

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produtos Divulgação de novos produtos e soluções.

products Promotion of new products and solutions.

productos

❱❱ Tecnologia de conexão

❱❱ economia de Água

Dentre os produtos que economizam água desenvolvidos pela Acquamatic do Brasil, destaque para o vaso sanitário Acquamatic, que utiliza 2 litros de água por acionamento, contra 6 a 10 litros dos vasos convencionais de louça, e é fabricado em plástico ABS, um material mais leve e resistente que os de louça. Ainda por cima, o vaso da Acquamatic é ecologicamente correto, pois não polui o meio ambiente quando é produzido ou descartado. O uso de apenas 2 litros de água por acionamento se dá graças ao sistema basculante que despeja os dejetos diretamente no esgoto, não havendo a necessidade de sifonagem.

Promoción de nuevos productos y soluciones.

O conector KATIL, da KRJ, é indicado para aplicações em redes nuas ou isoladas multiplexadas e pode ser montado em qualquer posição. O produto apresenta ainda uma derivação para iluminação pública, que possibilita a conexão assimétrica entre o cabo principal da rede (16 a 120 mm²) e os cabos da luminária (1,0 a 2,5 mm², classes 1 ou 5 e 6). Seu conceito compreende em ter um borne reaplicável para o cabo de derivação, possível de se ligar e desligar a luminária sem interferência na rede secundária.

❱❱ Novos atuadores

A Danfoss amplia seu portfólio de produtos para HVAC com o lançamento da linha de atuadores AMD, que podem ser conectados aos demais produtos da Danfoss, como os conversores de frequência VLT® e os controladores. O atuador AMD é um componente motorizado de ação rotativa que opera conforme comando do sistema de automação externo para abrir e fechar válvulas e dampers. A aplicação mais comum é em dampers instalados em dutos e equipamentos que controlam vazão e fazem tratamento de ar. O atuador irá receber o sinal do sistema de automação para abrir, fechar ou desviar a passagem de ar conforme as demandas do sistema.

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Fórum Potência Data/Local: 16/08 – Fortaleza (CE) Informações: (11) 4225-5400 e www.forumpotencia.com.br

Curso Integrador de Sistemas Residenciais – 103ª Turma – SP Data/Local: 17 a 19/08 – São Paulo (SP) Informações: contato@aureside.org.br e (11) 5588-4589

Curso de Refrigeração Aplicada Data/Local: 22 a 26/08 – Osasco (SP) Informações: treinamentora@danfoss.com

Intersolar South America Data/Local: 23 a 25/08 – São Paulo (SP) Informações: www.intersolar.net.br

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