REVISTA SOCIEDADE POLICIAL EDIÇÃO 1 MG

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Nossa revista

LuckMax Editora e Marketing LTDA. CNPJ: 11.232.594/0001-82 Curitiba – PR Belo Horizonte – MG

A revista sociedade policial, como prestadora de serviços, em parceria com um grupo de pessoas incluindo profissionais da área policial do Paraná e Minas Gerais, vem informar a população como um todo, sobre o que aconteceu, o que acontece e o que acontecerá com o sistema de segurança, se a comunidade não participar ativamente e fiscalizar os órgãos responsáveis pela sua segurança. Partindo do princípio que polícia não é só um órgão ou uma forma de prestação de serviço, e comunidade não é apenas um povoado, a finalidade da revista é prestar serviço aos profissionais da área policial, bem como à comunidade brasileira, trazendo um espaço a mais para as pessoas comentarem informações, opiniões, sugestões e reclamações, sobre fatos da sua comunidade, servindo como um banco de dados para informações em novos projetos para outras localidades. A competitividade presente nas organizações requer o desenvolvimento de idéias, que atendam as exigências dos mais diversos segmentos de segurança em relação a uma comunidade. A crescente valorização dessa área gerou a composição de grupos formados por profissionais interessados, não apenas no seu crescimento pessoal e profissional, como também no sucesso das organizações onde atuam no combate ao crime. Por se destacarem na sociedade como profissionais da mais alta confiança, o seu desempenho não pode somente estar voltado para um benefício próprio, mas sim para um ideal coletivo da comunidade. Tal necessidade foi detectada, já há algum tempo, por algumas organizações que ousaram e obtiveram sucesso com a formação desses profissionais e melhora em atendimento, pois tem comprovado a importância desses grupos no alcance dos objetivos propostos pela organização de combate ao crime. A percepção dessa nova dinâmica gerou a necessidade da participação da sociedade nessa formação, como um encontro que objetive uma troca de informações e experiências através de um canal de informações aberto e efetivo entre profissionais da área e a comunidade.

DIRETORES: Arli Fernandes | (41) 9902-1001 aferlope@hotmail.com Rodrigo B. Guimarães | (31) 3063-6461/ (31) 9366-3437 sociedadepolicial@yahoo.com.br Revista Dirigida aos Profissionais das Áreas de Segurança Pública e Empresários CONTATO: sociedadepolicial@yahoo.com.br www.sociedadepolicial.com.br JORNALISTA: (EDIÇÃO DAS MATÉRIAS) Ludmila Isabela Gonçalves Rezende DIAGRAMAÇÃO E ARTE FINAL: Arte Ronei (31) 3468-0114 / 8887-7266 DEPARTAMENTO COMERCIAL: Inez de Cássia Pedrosa Souza (31) 3063-6461 / (31)9316-7294 PARCEIRO COMERCIAL: Setembro Net - (31) 3047-2569 - Alexandre Rodrigo de Oliveira (31) 9673-0468 - Daniane Vieira Perigolo de Oliveira (31) 9809-5069 COLABORADORES: Delegado Francischini ( Deputado Federal) Maria Alice N. Souza ( Superintendente PRF ) Milton Isack Fadel Jr. (Ten CEL PMPR) DR Vilson Alves De Toledo (Delegado De Policia) Wilciomar Voltaire Garcia (Delegado De Policia) João Carlos Da Costa(Policia Civil) Lenine Mateus Albernaz (Juiz Instrutor) Valdir De Cordova Bicudo (Policial Civil) Ronaldo de Assis, (Ten Cel PMMG - Presidente da AOPMBM) Hernani Pantoja de Freitas ( Cap PM QOR) Denilson Martins ( Presidente da SINDPOL/MG) Paulo Curi Peposo ( Polícia Civil Acadepol /MG) Paulo Roberto (Ten PMMG ) João Batista ( Soldado PMMG) Carlos A. Parrillo Calixto ( Empresário e Ex-Prefeito de Santa Luzia-MG) APOIO: PRF (Polícia Rodoviária Federal) ADEPOL ( Associação dos Delegados de Polícia) DOA (Divisão de Operações Aéreas PRF) PMMG( Polícia Militar de Minas Gerais) AOPMBM (Associação dos Oficiais Polícia Militar e Bombeiro Militar) SINDPOL-MG ( Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais) ASSESSORIA JURÍDICA: Aloízio José de Carvalho - OAB/ MG- 46.462 - (Advogado) CONSTITUIÇÃO FEDERAL ART.220 PARÁGRAFO 1 – NENHUMA LEI CONTERÁ DISPOSITIVO QUE POSSA CONSTITUIR EMBARAÇO Á PLENA LIBERDADE DE INFORMAÇÃO JORNALÍSTICA EM QUALQUER VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL. CONSTITUIÇÃO ESTADUAL ART. 237 A PUBLICAÇÃO E CIRCULAÇÃO DE VEÍCULO IMPRESSO DE COMUNICAÇÃO INDEPENDENTE DE LICENÇA DE AUTORIDADE Observação: Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião da Revista Sociedade Policial.

Arli Fernandes Rodrigo Guimarães É extremamente proibida a cópia de qualquer matéria ou entrevista seja ela parcial ou integral sem a devida autorização da diretoria da Revista Sociedade Policial.


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Sociedade Policial Como surgiu o SINDPOL/MG?

S ociedade Policial – Como você vê a criminalidade hoje? O crime não é mais algo indivi-

Foto: S. Polícial

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SINDPOL/MG (Sindicato dos Servidores da Polícia do Estado de Minas Gerais) é o primeiro sindicato de polícia do Brasil. Ele foi criado no dia 19 de dezembro de 1988 logo que teve a abertura constitucional para que os policiais pudessem se organizar em sindicatos. Já tínhamos uma célula de debates classistas e de reivindicação que era o Movimento Unificado dos Policiais (MUP), que reivindicava melhorias para a categoria e se antepunha em defesa dos interesses dos policiais junto a Associação da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (antes com outra denominação). Criamos o sindicato há mais de 60 anos e desde então a busca de garantias e de prerrogativas para exercício da função de policial sempre foi a nossa meta. Assumi essa gestão em 2003, como vice-presidente e o Antônio Marcos Pereira, o Toninho Pipoco, como presidente. Estamos tentando valorizar, engrandecer e potencializar as ações da Polícia Civil no estado. Atualmente, temos 4.600 filiados e possuímos uma sede própria, além de comprarmos um imóvel ao lado para construir a sede da nossa federação. Estamos organizados em seis cidades e avançando para chegar a 18 até o fim do nosso mandato. Temos o desafio de fazer uma gestão transparente e participativa.

Presidente do SINDPOL Denílson Martins

dual e isolado. O crime na sociedade, hoje, não se resume a algumas classes sociais, ele está se estratificando, pois temos o crime de colarinho branco, aquele que tem seu braço no tráfico de drogas e outros ainda no transporte de cargas. É muito séria a dinâmica do crime e você precisa ter uma polícia preparada, que trabalhe de forma técnica,

jurídica, científica e que tenha um grau de letalidade mais baixo. Sociedade Policial – Como o SINDPOL/MG coloca-se em relação a integração entre as polícias? Nós defendemos a integração, inclusive, somos os percussores desse projeto de integração. Antes

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de ser uma política pública, ela era desejo dos operadores de segurança pública, dos quais o SINDPOL é o representante. Nós apoiamos totalmente a integração, porém queremos que seja praticada com isonomia, equilíbrio e investimento do governo. Sociedade Policial – Você acredita que o contingente de policiais civis está defasado? Temos um planejamento estratégico que foi encomendado pelo próprio governo para o Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG). Esse instituto, aproximadamente, depois de dois anos de trabalho diagnosticou a instituição em suas potencialidades, vulnerabilidades e como ela é vista internamente e por órgãos externos, inclusive que fazem parte do sistema. O diagnóstico foi apresentado em dezembro de 2010 e nele constava que o ideal para o funcionamento da polícia judiciária em Minas Gerais seriam necessários 18.500 homens da Polícia Civil para dar mais segurança aos mineiros. Esse fato aconteceu em 2010 e de lá pra cá já se defasou, pois o crescimento da população aumentou e o crime também, mas continuamos apenas com 9 mil homens. Esse é o efetivo que tínhamos na década de 80. Sociedade Policial – A eficácia da Polícia Civil não pode ser condenada, mas pode ser analisada de uma forma mais dura com relação à carga de serviço? Sim. A própria Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece que a profissão de policial é extremamente estressante e coloca-se em risco a saúde do operador. Há ainda a questão da exposição a escalas muito extensivas, pois o trabalho policial não se interrompe, se você está em uma investigação, você vai para a casa e ela vai junto.

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O fato impactante de encontro com um cadáver, entre outros, nos acompanha pelo resto da vida e o psicológico do trabalhador fica abalado e acaba por depreciar a saúde do policial. Sociedade Policial – Como você analisa a questão hospitalar do policial e o apoio a família dele? Isso é um caso muito sério, cuidamos disso com muito carinho e o vemos com muita apreensão. Tivemos um seminário em setembro que foi o Seminário de Modernização das Polícias Judiciárias do Brasil, proposto por nós e pelo Sindicato dos Policiais Federais (SINPOF). Trouxemos um professor que é diretor da Academia de Polícia da Argentina e o chefe de polícia do Chile. O diretor da academia nos disse que no país dele o policial é tratado como se fosse um cidadão de primeira categoria, por exemplo, a previdência dele é diferenciada e caso ele ou sua família precise de tratamento médico o atendimento é prioritário. Se o policial participar de um sinistro ou de um conflito armado e levar um tiro, ele é afastado do serviço e colocado em acompanhamento psicológico para novas

avaliações e somente depois retornar ao trabalho e aqui não se tem essa preocupação com a classe. Sofremos muita pressão e temos uma carga horária extensa, principalmente, com o sistema extra de trabalho, onde depois de trabalharem seu expediente o dia todo você vai para o plantão. Sociedade Policial – Qual recado você deixaria para os filiados a SINDPOL/MG? Costumo dizer que estamos dando seqüência ao que começamos no dia 21 de abril de 2010, que foi o ingresso do projeto 60/2010 que criava a carreira de investigador de polícia e dava outras providências como o terceiro grau para toda a base da polícia, ampliação do quadro administrativo e que estamos dando seqüência a esse fator. Esperamos que em 2012, a Lei Orgânica seja aprovada e que ela esteja próxima do nosso ideal. Além disso, esperamos concluir nossas sedes regionais. Que possamos ter diminuição nos índices de criminalidade e que as polícias possam ser bem sucedidas em suas atividades.


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Cavalaria Militar Foto: S. Polícial

O orgulho de Minas

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urante o Período que o Brasil foi colonizado pelos Portugueses, o cavalo foi utilizado como componente de guardas pessoais de representantes da Coroa Portuguesa. Devido ás grandes riquezas descobertas em nosso território e com o advento da prosperidade que se esperava das Capitanias, os governantes portugueses determinaram que se reforçasse o contingente policial, as tropas pagas de cavalaria. A Polícia Militar do Estado De Minas Gerais, instituída para a manutenção da Ordem Pública no nosso Estado, já ultrapassou dois séculos de glórias e tradições. Como Instituição de Segurança Pública e tem como função, proteger e socorrer a comunidade. A Corporação vem investindo no preparo profissional de seus integrantes, procurando dar ao policial militar a formação intelectual, moral e física. O atual Regimento de Cavalaria de Minas,originou-se historicamente das primeiras Companhias de Dra-

Treinamento da Cavalaria Militar

gões, esboçadas por Dom José I, em 1750, as quais tinham efeitos determinados e eram pagas como tropa Real. As Companhias de Dragões foram retiradas dos Regimentos Reais de Lisboa, escolhendo-se os melhores homens experimentados em serviços de guerra e de polícia. Chegaram á Vila Rica em meados de março de 1719, instalando-se então, primeiramente, em casas particulares, pois, não havia ainda quartel naquela cidade. Tinham a finalidade precípua de manter a ordem interna na Província das Minas Gerais e salvaguardar a livre ação da cobrança do “Fisco Português”, dentro do Brasil Colônia. As diligências policiais no interior da Província, a cavalo, se faziam muito mais rápida e eficiente. Tais diligências procediam a cobrança de impostos e ao patrulhamento da capital. Em 09 de Junho de 1775, foi instalado o Regimento Regular de Cavalaria de Minas ( RRCM), no Quartel de Xavier, sediado em Vila

Rica em 1779, o Regimento Regular de Cavalaria de Minas transferiu-se para Cachoeira do Campo. Este Quartel, ainda hoje, pode ser visto á margem da estrada de Ouro Preto, na Cidade de Cachoeira do Campo, onde funciona o Colégio Dom Bosco. O histórico Regimento de Cavalaria de Minas, cobriu-se de glórias nas lutas pela Independência. Junto de Dom Pedro I, no Ipiranga, onde estavam duas de suas Companhias de Dragões, que escoltaram o Príncipe até o Rio de Janeiro e garantiram o “ Grito de Independência ou Morte”. Pertenceu também ao histórico Regimento Regular de Cavalaria de Minas, a extraordinária e inesquecível figura do nosso Patrono, Alferes Joaquim José da Silva Xavier, O “Tiradentes”, que num magnífico exemplo de bravura, idealismo na colônia para se estabelecer forças policiais ou públicas. Precisamente, em 08/01/1719, foram criadas duas Companhias de

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Foto: S. Polícial

Cap. Enes, Maj. Wilhan, Rodrigo, Inez e Ten. Paulo Roberto

Dragões para Minas Gerais, pelo Rei de Portugal, Dom João V, e ainda, no fim do mesmo ano, as duas Companhias de Dragões se instalavam nesse território, com seus cavalos e armamentos. Em 1724, foi criada a terceira Companhia de Dragões e a ela se seguiu a criação dos Regimentos Auxiliares de Cavalaria, para fazer face ao desenvolvimento da capitania. As Companhias foram destacadas em Ouro Preto, Rio das Velhas, Serro do Frio e Rio das Mortes. As dificuldades surgidas pela dispersão e desorganização dessas três Cias de Dragões e dos Regimentos Auxiliares motivaram que o Governador, Dom Antônio de Noronha, em 09 de junho de 1775, desativasse as organizações existentes, transformando-as, através de seleção dos melhores elementos, em TROPA PAGA DA CAPITANIA DE MINAS, que passou a possuir oito companhias com um efetivo de oitocentos e cinqüenta e três homens, instalados no Quartel do Xavier, em Ouro Preto. Era o nascimento do

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atual Regimento de Cavalaria Alferes Tiradentes. Em 1808, com a chegada da família Real ao Brasil, o Príncipe Regente, Dom João, a 13 de maio, criou o Primeiro Regimento de Cavalaria, que se compôs de um Esquadrão de Cavalaria De Minas, e duas companhias vieram constituir a formação do Exército Brasileiro. Entre 1808 a 1817, o Regimento Regular de Cavalaria de Minas contribuiu, enviando tropas para Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Pernambuco. Durante a passagem do Brasil Colônia á condição de Brasil Império, seis companhias do Regimento foram despachadas para o Rio de Janeiro e compuseram o Batalhão de Caçadores que atendia as necessidades locais, executando serviços fiscais e patrulhas. Esses mesmos cavalarianos estiveram presentes com o Príncipe D. Pedro I no episódio do “ Grito do Ipiranga”, estabelecendo a Independência do Brasil. Em 1831, ano da Abdicação de D. Pedro I, criou-se em Minas Gerais, o

1º Corpo de Cavalaria de Minas, composto de parte do 1º e 2º Grupamento de Cavalaria de Minas, já articulado em várias partes do País, principalmente no Rio de Janeiro. O excedente veio constituir o Corpo de Guardas Municipais Permanentes, em 10 de outubro de 1831. No período do Brasil República constatamos que a Polícia Militar sofreu mudanças de nome, associados ao momento histórico político. Mesmo com essas mudanças , as missões a ela atribuídas se fixaram sem variações que mereçam destaques. Entre os nomes havidos, distinguimos: 1890 1893 1914 1940 1946

Corpo Militar de Polícia de Minas Brigada de Polícia de Minas Força Pública de Minas Força Policial de Minas Polícia Militar de Minas Gerais

Por todo esse período, a Cavalaria, força integrante vêm fazendo estudos e incluindo em suas atividades de policiamento, apresentando em determinados momentos, maior ou menor intensidade de atuação. Nas últimas décadas, as Corporações de outros Estados vêm fazendo estudos e incluindo em suas atividades esse processo de policiamento. O Decreto nº 33.437, de 20 de março de 1992, do Excelentíssimo Senhor Governador do Estado, decretou a denominação da Polícia Montada para Regimento de Cavalaria Alferes Tiradentes (RCAT), cujo quartel está instalado na Rua Platina, nº 580, no Bairro Prado em Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais. O Regimento de Cavalaria Alferes Tiradentes hoje integra o Sistema do Comando de Policiamento da grande Belo Horizonte, além de ser Unidade de recobrimento em toda Minas Gerais.


Foto: S. Polícial

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Raimundo Nonato presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra – PM/BM)

Sociedade Policial –Qual é a história da ASPRA – PM/BM? Raimundo Nonato – A ASPRA é uma associação que está fazendo 45 anos este ano. Ela foi idealizada em 1967 por um grupo de sargentos que devido a necessidade de lazer com as suas famílias criaram o Clube dos Sargentos. Desde então, ela passou por algumas modificações e teve também uma abrangência em termos de mudanças e reformas. A partir de 1994, transformou-se na Associação dos Praças de Minas Gerais e passou a receber soldados, cabos, sargentos, subtenentes e até mesmo coronéis. Hoje, somos a maior Associação de Praças do estado. A instituição

está dividida entre a representatividade política que são os movimentos, que fazemos por melhores salários e por melhores condições de vida do policial e do bombeiro militar e seus familiares, a assessoria jurídica para dar condições mínimas de defesa para o associado e temos também a questão de lazer que entram os clubes, hotéis, convênios, pousadas, viagens, entre outros. Tudo isso, está dentro do tripé da associação, que é o lazer a representatividade política e assistência jurídica. Para nós, a Associação de Praças é uma associação representativa de classe e não um sindicato. Sociedade Policial – Qual o di-

ferencial da associação quando falamos em saúde e assistência à família? Raimundo Nonato – Na realidade a Polícia Militar tem um instituto de previdência própria que é o Instituto de Previdência dos Servidores Militares de Minas Gerais (IPSM) que cuida de toda a assistência médica/hospitalar dos nossos companheiros e familiares de um modo geral quando eles estão acometidos de alguma enfermidade. Porém, em relação a parte social, a PM, ainda não consegue realizar o hotel de trânsito quenós da associação oferecemos. Com isso, buscamos trabalhar exatamente aquilo que a PM ainda não oferece enquanto instituição para o policial e bombeiro militar e seus familiares. Sociedade Policial – Como você avalia a questão das drogas, principalmente, em relação às crianças e adolescentes que envolvem-se neste meio? Raimundo Nonato – Com relação às drogas, por ser policial militar já trabalhamos em cima de vários temas com palestras nas escolas sobre uso de drogas, prostituição infantil e conseguimos observar que a prostituição infantil, muitas vezes, envolveadolescentes e se dá pelo uso das drogas. Às vezes, achamos que o adolescente é rebelde e não é, mas quando ele começa a usar drogas, naturalmente se torna uma pessoa rebelde porque ele perde todos os valores familiares que aprende-

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mos no princípio de nossas vidas e que são fundamentais para a sobrevivência da família brasileira. O adolescente está sem limite, por exemplo, ele temo dever de respeitar o professor, os pais, a família e a dignidade humana e isso não acontece. Então, atualmente, esses valores tem que ser retomados e tem que haver uma mudança no direcionamento jurídico para que possamos ter um pouco mais de tranquilidade com relação a essa questão que é importante. Sociedade Policial – Algumas entidades defendem que a maioridade precisa ser diminuída para 16 anos. Como você analisa essa situação? Raimundo Nonato – Na realidade eu não sou muito favorável as penas. Sou favorável a termos uma educação de qualidade no país e os pais poderem orientar seus filhos. Além disso,eles devem participar mais da criação dessas crianças, pois, às vezes, os pais colocam uma criança no mundo e não se preocupam com o futuro que elas terão. Se você coloca um adolescente preso numa cadeia, ele não tem acompanhamento psicológico, não tem ensinamento, um incentivo ou mesmo um esporteque possa praticar. Não sou favorável a internação do menor Sociedade Policial – Com o novo comando, o governador cobrou a integração entre as polícias. Quais seriam os problemas que dificultam

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essa parceria e os benefícios que isso pode trazer? Raimundo Nonato – Acho muito importante a integração, respeito isso muito e gostaria que ela fosse uma realidade. Como cidadão mineiro eu queria que a Polícia Militar estivesse totalmente integrada com a Polícia Civil. Entretanto, há uma diferença muito grande no contingente de policiais civis e militares. Nós temos que buscar soluções junto ao governo para repor essa falta. Queremos o bem para a nossa comunidade mineira. Eu defendo o bem estar da sociedade. A integração tem que ser uma realidade, mas ainda faltam ajustes para que ela aconteça.

Sociedade Policial – Como presidente da ASPRA que mensagem você gostaria de deixar? Raimundo Nonato – Os nossos associados podem ter certeza que a Associação dos Praças estará sempre lutando por aquilo que é a aspiração do policial e do bombeiro militar. Nunca vamos deixar de buscar essa aspiração, de compreender, identificar e tentar fazer com que ele fique satisfeito em ter uma associação que cuida com muito zelo do bem estar dele e de sua família. E, que a segurança pública seja respeitada nesse país, pois não é atoa que a Polícia Militar de Minas Gerais é considerada a melhor polícia militar do país e que busca melhorar cada dia mais.


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JQOGPCIGO"CQ"FKC" KPVGTPCEKQPCN"FC"OWNJGT Sociedade Policial – Como começou a sua carreira dentro da Polícia Militar?

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Foto: S. Polícial

enho uma história interessante e que representa a história de muitos. Estudei no Colégio Tiradentes que é o colégio da família militar. Meu pai é militar e, hoje, é sargento da reserva. Estudei nesse colégio desde a primeira série até me formar no segundo grau. Coincidiu que no ano de minha formatura, em 1985, teve um concurso para a terceira turma da polícia feminina. Lembro-me que na época a PM tinha até o curso técnico

e farmácia que era o que eu fazia, então tentei vestibular e polícia. Optei pela Polícia Militar porque meu pai era militar e eu via que a polícia era uma instituição que permite crescer. E foi o que aconteceu. Entrei na PM em 1986 como sargento, pois na época a inclusão da mulher era somente como 3º sargento. Em 1989 estava formada e fiz a minha carreira trabalhando em unidades operacionais e administrativas. Por meio da Polícia Militar fiz um curso de graduação na área de tecnologia da informação e, a partir dessa formação, em 1995, comecei a atuar na área técnica voltada para informática. Sou analista de sistemas e tenho pós-graduação com licenciatura plena em banco de dados. Continuei seguindo carreira. Em 2011 fui promovida a coronel e assumi a diretoria de saúde. Nesse lugar, consigo aplicar todos os meus conhecimentos nas áreas de informática, administração, gestão e direito, pois também sou bacharel em Direito e esses trabalhos me possibilitam fazer a

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gestão da saúde de toda a Polícia Militar. Sociedade Policial – Qual sua opinião sobre o papel exercido pela mulher no setor de segurança pública? Extremamente importante. Quando cheguei em minha primeira unidade era a única mulher entre 1.200 homens. Naquela época não existia alojamento e nem estrutura porque a mulher era um pequeno percentual que estava se inserindo no contexto da segurança pública que era uma atividade vista como masculina. A mulher, na PM, trouxe um novo olhar para a segurança pública. Esse olhar feminino em qualquer atividade em que se insere muda as situações, tanto no aspecto de prestação de serviço, quanto no aspecto interno, pois a mulher tem as suas características. Deus em sua sabedoria colocou as características femininas e as características masculinas distintas e, quando juntamos as duas não tem jeito de sair ruim. A junção foi muito importante para a segurança pública, pois possibilitou o fortalecimento da cidadania que é o papel da polícia porque o olhar da mulher humaniza a atuação da polícia, tanto externamente, quanto internamente. Conseguimos crescer na

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instituição com a competência demonstrada e a mulher tem se destacado pela sua dedicação. A Polícia Militar de Minas foi uma das pioneiras na inclusão Sociedade Policial – Como você consegue conciliar trabalho e família? Eu sempre lidei com muita tranquilidade em relação a isso. Casei nova e eu e o meu marido pertencemos à mesma instituição o que facilita o relacionamento. Tivemos duas filhas, sabemos dividir as tarefas e elas compreendem o papel que temos profissionalmente na sociedade. Eu sempre estive muito presente na educação delas, pois temos que saber que mesmo que o tempo seja pequeno, tem que saber aproveitálo com os filhos. Tive a preocupação de sempre almoçar em casa para estar presente e, hoje, tenho uma filha de 17 anos que eu acordo e faço o café antes de ela sair para a escola para podermos conversar. São esses cuidados que devemos ter. É claro que tem uma pessoa que me ajuda e me dá um suporte que é minha secretária. Se também não tivermos uma pessoa que não nos apoie no lar, não conseguimos garantir uma harmonia em todas essas atividades que exercemos. Enfim, temos que organizar a vida de forma a nos pos-

sibilitar exercer todos esses papéis que são importantes na vida da mulher. Nós vamos para o mundo e para o trabalho, mas se não nos realizarmos como família, como mãe e esposa, pela natureza da mulher isso é um fato de infelicidade. Sinto-me uma mulher completa porque eu tive sucesso na minha carreira e família. Só tenho que agradecer a Deus. Sociedade Policial – O que você tem a dizer para uma menina que deseja entrar para a área de segurança pública, mais precisamente na Polícia Militar? Para todo o profissional falamos que é preciso ser ético, honesto, transparente e corajoso porque é necessário coragem para fazer o que é certo. Não só na profissão como também na vida, você tem que buscar o sucesso pelo trabalho, cultivando as amizades e o trabalho em equipe, pois esse trabalho é o que produz. Saber que quem realiza as coisas são as pessoas. Por isso, precisamos ter sempre boa vontade e utilizar toda energia de forma positiva. Encarar as dificuldades no sentido de vencê-las e de resolver problemas, pois este é o espírito de pessoas que irão construir uma carreira de sucesso. Tem que ter como meta a excelência, buscando fazer o melhor nas atividades que estiver fa-


zendo, a cada dia, a cada momento e ai com certeza será um profissional de sucesso. Sociedade Policial – Este ano estamos debatendo, em nossa revista, o problema das drogas em geral. Como você analisa essa situação na sociedade? A droga é o mal da sociedade. Quando uma pessoa utiliza drogas, está tirando dela o fundamental para a vida que é a razão e, na teoria, é o que nos diferencia de um animal. Ela deixa de ter o domínio sobre si e passa a ser gerenciada por algo externo que é tudo aquilo que no mundo moderno buscou-se combater. Na sociedade as pessoas precisam ser conscientizadas desde criança. O primeiro núcleo em que há orientação e possibilita tirar as pessoas das drogas é a família. Depois disso, a escola precisa ser um ambiente de orientação e de mostrar às pessoas seus direitos e deveres, pois acredito que esse sentimento de responsabilidade faz com que o ser humano compreenda a escolha que está fazendo. O Estado também tem um papel fundamental nos aspectos de políticas públicas nas áreas de saúde, segurança e combate ao tráfico de drogas. Também é importante que a mídia seja utilizada de forma positiva nesse aspecto, inserindo-se nesse contexto de responsabilidade da consciência coletiva. Sociedade Policial – Tem sociólogos americanos e alguns estudos de sociólogos russos que afirmam que as crianças, hoje, não podem mais ser tratadas como crianças. Eles dizem que

elas precisam começar a trabalhar com 12 anos. O que você pensa dessa questão? Não concordo que elas tenham que trabalhar aos 12 anos, mas é preciso olhar essa criança não como aquela de antes. Temos que dar a elas ocupação a cada fase da vida porque o amadurecimento vem por meio de vivências. Se não permitimos a elas ocuparem o tempo, viver coisas positivas, se responsabilizar pelas tarefas e saber que as escolhas que fazem têm impacto maior na vida delas do que na vida de outras pessoas. Não estou falando no trabalho no sentido de empregabilidade, mas ele precisa ter tarefas constantes e positivas que possibilite o crescimento como pessoa.

Sociedade Policial – O que você espera para o ano de 2012? Espero que seja um ano no qual a gente consiga trabalhar sempre em prol da realização humana. É um ano de nós seres humanos nos reconhecermos como humanos e percebemos o outro assim. Buscar compreender que sozinhos não somos nada e procurar viver com igualdade, não discriminação e respeito. Ter fé que as coisas podem acontecer e agir para que elas aconteçam. Atitude é a palavra. E como estamos falando em segurança pública, vejo que nossa instituição tem buscado isso com o projeto Polícia e Família.

Sociedade Policial – Quais fatos na vida militar te marcaram e tiveram sua participação? Um destaque muito grande que tenho alegria de ter participado foi no processo de integração das forças policias. O sistema implantado no estado inteiro de registro de ocorrências é um sistema que participei ativamente da especificação, do desenvolvimento e da implantação. A integração das polícias para mim é um fator muito importante para a segurança pública. Trabalhar na integração e lidar com esse desafio em todos os aspectos me fez crescer como profissional e como pessoa. Foi um desafio muito grande, que eu tenho o orgulho de ter participado, desse processo do Governo do Estado.

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Equoterapia da PMMG

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Fotos: S. Polícial

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Equoterapia é um método que utiliza o cavalo como recurso terapêutico no tratamento dos indivíduos, visando sua reabilitação global e reintegração social,por meio de um ambiente facilitador e do cavalo.A influência do ambiente transparece em várias atividades, sendo que a relação que o cavalo oferece um campo aberto para múltiplas estimulações por meio do tato,olfato,audição,visão,além de facilitar vínculo entre o praticante e o terapeuta. Durante o ano de 2011 foram realizados visitas ao CERCAT de estudantes médios e ensino superior,de equipe de jornalismo e de outros profissionais de equoterapia de Minas Gerais.No dia 07/12/2011, foi realizado uma confraternização que envolveu participação de toda equipe do RECART praticantes e familiares. Na festa foram realizados atividades de pintura facial,apresentação de vídeos de praticantes,distribuição de brindes pelo papai Noel,além da presença ilustre da banda de música da Polícia Militar. Atualmente, a equipe dos profissionais do RECART é coordenada pelo Tenente Jordane e Sub-coordenada pelo Sargento Nunes e é composta por fisioterapeutas ( Camila e Tatiana), um Fonoaudióloga ( Viviane), uma Psicóloga ( Vivian), um Terapêuta Ocupacional ( Lorena ) e um médico Ortopedista ( Rodrigo), e quatro auxiliares-guias ( Cabo Lourenço, Cabo Rodrigues, Cabo Wagdo e Soldado Bezerra). A equipe atende 100 praticantes com idades entre 4 e 50 anos, sendo diagnósticos mais freqüentes Paralisia cerebral ( 54 casos), Síndrome de Down (10 casos), Atraso do desenvolvimento Neuropsicomotor (07 casos) e Transtorno e Défict de Atenção e Hiperatividade (04 casos)

Criança em tratamento com o especialista

Soldado João, Psicologa Vívian e o Ten. Paulo Roberto

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Prevenir é mais eficiente do que remediar Projeto do Deputado Fernando Francischini dá foco na educação e preparo da base familiar para frear a disseminação do crack em Curitiba Foto: S. Polícial

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le é cinco vezes mais potente que a cocaína, é mais barato e acessível que outras drogas, e se tornou um problema generalizado de saúde e segurança pública. O crack já está presente em 90% das cidades do Brasil, segundo dados da Confederação Nacional dos Municípios. Os números assustam e demonstram o poder destrutivo desta droga. Graças a ela, não apenas o usuário é completamente afetado, como famílias inteiras são desestruturadas e uma onda de crimes toma conta da sociedade. O crack virou uma epidemia, e seu tratamento é bastante complicado, já que não há como tratar o usuário em algumas instâncias, se não houver uma internação para desintoxicação. E essa internação, muitas vezes, tem que ser forçada. Porém, mais do que se preocupar com o tratamento do viciado, é necessário prevenir que outras pessoas caiam nesse buraco sem fundo. Essa é a preocupação do deputado federal Fernando Francischini. O delegado criou o projeto “Mães contra o crack” em Curitiba, pioneiro no país, que pretende capacitar mães de jovens com até 12 anos de idade na prevenção ao uso de drogas. “Vamos criar uma rede de apoio voltada para uma educação cristã e afetiva com cidadania e respeito à

Arli Fernandes e Dep. Federal Fernando Francischini

sociedade. Vamos capacitar as famílias para enfrentar as drogas”, explicou Francischini. Ele cita que tal auxilio no preparo da base familiar faz toda a diferença na hora de os pais imporem os limites aos seus filhos. O deputado, que contou com a ajuda de sua equipe, policiais federais e outras pessoas envolvidas no combate às drogas para desenvolver o projeto, comentou que a sociedade está perdendo a batalha para o crack, e esse é um momento para uma virada nesse jogo. “Enquanto há pessoas fazendo marcha pela legalização do consumo de algumas drogas, nós organizamos a Marcha

Contra a Legalização, tornando Curitiba a primeira capital do país com esse tipo de mobilização”. Fernando Francischini destinou, por meio do Fundo Nacional Antidrogas (Funad), do Ministério da Justiça, R$ 1, 5 milhão para apoiar a Secretaria Municipal Antidrogas de Curitiba. Ainda segundo o deputado, uma iniciativa semelhante no litoral, em parceria com o Ministério Público, visou transmitir e reforçar valores, virtudes e base religiosa à comunidade local, que também está vulnerável aos efeitos destrutivos do crack.

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Sociedade Policial – Fale um pouco sobre a sua experiência dentro da carreira militar e da segurança pública. Iniciei minha carreira militar ainda jovem, já aos 16 anos, quando ingressei na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas, São Paulo. Lá concluí o curso e adquiri meu ingresso automático para a Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), onde cursei o primeiro ano do curso básico. Na seqüência, por aprovação em concurso público, ingressei no Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar de Minas Gerais. Alguma coisa me atraía nessa atividade. Tinha parentes e amigos

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na Corporação que me incentivaram e me empolguei também com os reais desafios da área da segurança pública. Ao todo, percorri sete anos de intensa formação desde o início da carreira até ser declarado um Aspirante a Oficial na PMMG. Ao longo desse período, tive uma base muito forte que me proporcionou uma carreira bem sucedida dentro da própria instituição ao longo dos 22 anos de bons e leais serviços prestados. Sociedade Policial – Quais trabalhos que a Associação dos Oficiais exerce em prol dos seus filiados? A Associação dos Oficiais é uma entidade sem fins lucrativos representativa da classe dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros no âmbito do Estado de Minas Gerais. Oferecemos um trabalho qualificado de representação dos interesses desses profissionais que atuam na cúpula da gestão da segurança pública em Minas. Essa representação acontece no âmbito dos poderes executivo, legislativo e judiciário em nível federal, estadual e municipal. Quando os assuntos extrapolam aos interesses dos nossos oficiais, atuamos também em defesa da nossa família militar estadual, aí inseridos os policiais e bombeiros da ativa, reserva altiva, reformados e pensionistas, para que as nossas prerrogativas e conquistas


Fotos: S. Polícial

Ten. Cel. Ronaldo de Assis, Rodrigo Guimarães e Cap. Pantoja

sejam mantidas e até mesmo ampliadas. Temos também um trabalho de advocacia em todas as regiões do Estado para defender ou dar suporte ao nosso policial em suas ações de rua. Os profissionais do Direito abordam as questões nas esferas do Direito administrativo, criminal e civil. Outro serviço ofertado são convênios em diversas áreas de interesse dos filiados, que têm como objetivo proporcionar-lhes uma melhor qualidade de vida. Sociedade Policial – O que pensa sobre integração entre as instituições de segurança pública? Logo no início de minha carreira de Oficial da PMMG tive a oportunidade de conhecer de perto o modelo de polícia unificada da Alemanha. Ao entrar numa “Estação Policial”, pude ver a atuação da chamada “polícia de prevenção”, que exerce o policiamento ostensivo fardado e a “polícia crimi-

nal”, que é a investigativa. Ambas as polícias atuavam num mesmo ambiente, utilizando das mesmas viaturas e com grande sincronia e interação nos trabalhos. Na época cidades da Alemanha estavam comemorando 1.500 anos de existência, e o Brasil comemorava seus 500 anos. Apesar deste dilatado lapso temporal, pude perceber que a humanidade segue num rumo de organização e desenvolvimento. Para mostrar a importância de um modelo de trabalho de interação entre as polícias, também cito a experiência introduzida no Estado de Minas Gerais, onde foi possível adequar as estruturas das Instituições policiais dentro de uma mesma região integrada (RISP), chegando-se até ao nível de uma fração local, que são as Áreas Integradas de Segurança Pública (AISP). Pude atuar no âmbito da AISP 6, comandando a 6ª Companhia

Especial do 1º Batalhão, onde as demandas inerentes à Polícia Judiciária eram canalizadas para a 21ª Delegacia de Polícia Civil. Como esta área abrangia o hipercentro da capital mineira, com uma população flutuante elevadíssima, abrigando rodoviária, estações de metrô e forte comércio, dentre tantas outras variáveis que tornavam os trabalhos das polícias ainda mais desafiadores. Entretanto, buscando-se seguir as orientações estratégicas de uma atuação integrada, que foi além dos aspectos geográficos, mas passando pelo compartilhamento de informações, planejamentos e até operações conjuntas, pode-se alcançar resultados exitosos como a redução da criminalidade no hipercentro aos patamares de 10 anos atrás, principalmente, no que tange aos crimes violentos. Esta experiência real é um exemplo de que um trabalho de interação entre as polícias e demais órgãos que compõem o sistema de defesa social pode funcionar com sucesso, em benefício da sociedade mineira. As instituições policiais são feitas de pessoas e estas devem se esforçar para que propostas como esta possam ser levadas adiante, mesmo que exijam eventuais aprimoramentos ou aperfeiçoamentos. Sociedade Policial – A Polícia Militar de Minas Gerais é apontada como

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modelo no Brasil, o que você tem a dizer sobre esse assunto? Fico feliz quando ouço que a Polícia Militar do estado é umas das melhores, porém considero uma melhor polícia aquela que melhor se adequa ao seu povo. A polícia é fruto da sociedade que existe num determinado local. Os mineiros são muito astutos e reservados, mas ao mesmo tempo são amáveis, participativos, cooperativos e acolhedores. Portanto, a Polícia Militar sabe interagir nesse ambiente em que ela convive, respeitando muito os mineiros. Além disso, há uma tradição passada de pai para filho. Meu pai, por exemplo, era da polícia e quando eu entrei na Corporação ele já estava saindo. Observei aquela situação: ele estava me entregando uma polícia muito boa e organizada e senti a obrigação de dar continuidade ao legado para poder entregá-la em condições melhores do que recebi. Assim como eu, vários outros militares convivem com esta mesma situação. Dessa forma, vira

Sociedade Policial – Minas Gerais está preparada para a Copa do Mundo em termos de segurança pública? Ainda temos vários desafios a superar. Estamos analisando o que aconteceu de bom e ruim nas outras sedes de Copa do Mundo, visando alertar a nossa Polícia Militar e Corpo de Bombeiros sobre as questões mais relevantes e objetos de preocupação. Estamos viabilizando convênios que auxiliem a preparação dos nossos militares estaduais para a Copa. Num primeiro momento, a AOPMBM já efetivou uma parceria para curso de língua espanhola, segunda mais falada no mundo e a língua oficial da maioria dos países da América do Sul. Em parceira com o Instituto Cervantes, do Governo da Espanha, tal curso visa preparar os militares que atuarão na Copa a fornecer um atendimento de melhor qualidade, tanto para o turista comum, quanto para as delegações que nos visitarão. Também estamos incentivando a produção de estudos,

Foto: S. Polícial

Ten. Cel. Ronaldo de Assis

uma história de amor, o que é um diferencial perante outras profissões. Outro fator considerável é que nos dedicamos muito aos estudos ao longo de toda carreira, analisando cenários da segurança pública no Brasil e no mundo, sempre buscando as melhores experiências para nosso constante aperfeiçoamento. A qualificação profissional é uma das nossas competências distintivas. Estamos sempre produzindo doutrinas, manuais de cunho operacional e administrativo que são utilizados como modelo em muitas polícias militares do Brasil.

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pesquisas e intercâmbios visando abordagens de temas relativos ao evento esportivo que se aproxima, tais como: trânsito, terrorismo, segurança eletrônica de fronteiras, gestão grandes eventos esportivos e controle de massas, dentre outros. Temos uma série de monografias e artigos científicos já realizados por nossos policiais e bombeiros filiados já disponíveis no nosso site. Finalizando, tenho a certeza de que até 2014, se os governantes confiarem na capacidade de resposta das Instituições de segurança pública e fizerem os investimentos necessários e à altura desta responsabilidade, certamente estaremos bem preparados para vencer mais esse grandioso desafio. Sociedade Policial – Qual é o papel da mulher hoje no setor de segurança? Os homens, via de regra, são mais rígidos e tratam as coisas com muita força, já a mulher é dotada de extrema sensibilidade e percepção para lidar com variados assuntos, especialmente os voltados para as desavenças interpessoais que refletem na segurança pública. Assim, um ambiente de ocorrência tem a probabilidade de se tornar menos conflituoso e mais resolutivo quando se conta com a presença de uma policial feminina na equipe. No campo da administração elas são muito organizadas e eficientes, dando a resposta e contribuição esperadas. A entrada da mulher na Polícia Militar de Minas Gerais foi uma grande conquista não só para a Corporação como para toda a sociedade.


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DEAM 25 anos

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Delegacia Especializada de Atendimento á Mulher (DEAM) integra á Divisão Especializada de Atendimento a Mulher, ao Idoso e ao Portador de Deficiência que está subordinada ao Departamento De Investigação , Orientação e Proteção á Família da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (PCMG). A idéia de criação das DEAM’S no Brasil surgiu nas décadas de 70 e 80 quando mulheres se organizaram. O momento político era favorável, com a abertura democrática. O período era de informação e conscientização, o que fez com que os grupos feministas fossem ganhando espaço e formando a idéia da necessidade de um instrumento especializado para a proteção da mulher. E assim em agosto de 1985 foi criada a primeira Delegacia de Defesa da Mulher em São Paulo. E em 19/11/1985 a de Belo Horizonte, funcionando do 3º andar do Departamento de Investigações, ocupando o espaço da antiga Delegacia de Costumes, ganhando espaço próprio em 27/02/1987. Atualmente a DEAM com a delegada titular e quatro delegadas adjuntas, sendo uma delegada no comando da equipe do GAE- Grupo Anti Estupro, que tem por competência a apuração de crimes contra a dignidade sexual de autoria desconhecida. As demais Delegadas têm a atribuição de exercer o trabalho de polícia judiciária em relação aos crimes da competência da DEAM, conforme Resolução 7.192/2009. Marcada pelo dinamismo, reconhecido nacionalmente, a DEAM/BH desde 09/06/2009 pioneiramente, mantém o atendimento ao público em regime de plantão 24 horas, proporcionando o acolhimento á vítima em sua sede própria e por profissionais

gabaritados. A Unidade Especializada tem como meta amparar judicialmente a vítima de violência doméstica e para tanto as Delegadas fazem atendimento personalizado com a mesma, bem como ao agressor. Além de exercerem a função precípua de polícia judiciária, as policiais providenciam o devido encaminhamento ao SAE ( Setor de Apoio Especializado ) e aos órgãos de parceria de apoio á mulher.

TIPOS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER PSICOLÓGICA: dano emocional MORAL: calúnia, difamação ou injúria FÍSICA: ofensa a integridade SEXUAL: prática sexual mediante PATRIMONIAL: retenção, subtração e destruição parcial ou total dos bens.

DELEGACIA DE ATENDIMENTO A MULHER O atendimento é feito por uma equipe especializada, no qual a vítima não sofre qualquer tipo de constrangimento. Quando necessário, ela recebe acompanhamento da Defensoria Pública orientação psicológica, inclusive aos seus familiares.

PROVIDÊNCIAS: 1- Ouvir a ofendida e lavrar boletim de ocorrência; 2 - Lavrar “Expediente Apartado” com as medidas protetivas de urgência; 3 - Encaminhar a ofendida ao hospital ou a IML; 4 - Fornecer transporte á ofendida e a seus dependentes para abrigo ou local seguro; 5 - Se necessário acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertencentes do local da ocorrência ou do domícilio;

6 - Informar á ofendida os seus direitos e os serviços disponíveis; 7 - Ouvir o agressor e as testemunhas; 8 - Remeter o Inquérito Policial ao Juiz e ao Ministério Público.

MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA QUE OBRIGAM O AGRESSOR: • Afastamento do lar; • Proibição de aproximação da ofen dida e de seus familiares; • Restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores; • Prestação de alimentos provisionais ou provisórios.

MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA A OFENDIDA: • Encaminhar á ofendida e seus dependentes a programa oficial proteção ou de atendimento; • Determinar a recondução da ofendida e a de seus filhos ao domícilio, após afastamento do agressor; • Determinar o afastamento da ofendida do lar sem prejuízo dos direitos relativos a bens, guarda dos filhos e alimentos; • Determinar a separação de corpos. As “Medidas Protetivas de Urgência” são encaminhadas pela DEAM, em 48 Horas, para o conhecimento do Juiz e ao Ministério Público.Após análise, no prazo de 48 horas, elas poderão ser concedidas. O agressor poderá ser preso, em caso de flagrante delito ou medida preventiva. Caso você seja vítima de violência doméstica, procure a Delegacia de Mulheres (DEAM) ou a delegacia mais próxima.

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Sociedade Brasileira Como se forma cidadãos

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Foto: S. Polícial

m entrevista a revista Sociedade Policial, o exprefeito de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte, Carlos Calixto fala sobre sua experiência como representante da comunidade e mostra como algumas ações podem mudar o rumo da atual sociedade no Brasil.

Sociedade Policial – Qual é a solução para melhorar a sociedade em que vivemos e a segurança pública? A solução começa na escola onde se formam os cidadãos do amanhã. Depois passa para a polícia que tem que dar retorno à sociedade. E o terceiro é da justiça, pois a nossa lei criminal ainda é antiga. Dentro desse meio em que vivemos está difícil de ver uma solução se não mexer nessas três coisas básicas. Sociedade Policial – Como você detalharia essas questões? A primeira delas é onde cuida de causas. Durante o meu tempo de governo, que foram dois mandatos, a premissa da escola era formar cidadãos de caráter, paralelo a isso, ensinar português, matemática e outras matérias. Sou um observador da escola que deforma e admirador da escola que forma cidadãos. Você tem que saber dos seus direitos e também dos seus deveres. Em segundo lugar a polícia tem que fazer a sua parte. Pode-se ter um policiamento mais presente e mais participativo na comunidade. Precisa-se de um policial mais amigo e mais envolvido naqueles problemas que estão nascendo para que ele não se desenvolva. Essa parte tem que ser revista e colocar o policial mais envolvido com a sociedade e vice e versa. Porém, sei que mesmo se triplicar o contingente de policiais no mercado e não estabilizar a educação onde está se deformando as crianças, o contingente ainda será insignificante diante dessa população. A terceira parte são as nossas leis criminais que também são muito antigas, se não mudar o país irá virar algo que ele já está próximo: impossível de se viver.

Empresário Carlos Calixto

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Sociedade Policial – Hoje todos os setores de segurança pública estão empenhados no combate às drogas, como você acha que deve ser feito esse combate? Acho que este combate não é eficaz, o combate às drogas não se faz com polícia. A droga tem que ser combatida, em primeiro lugar,dando a juventude educação com formação de caráter e emprego a partir dos 14 anos com obrigatoriedade da continuidade dos estudos. Entretanto, há uma lei que proíbe trabalhar nessa idade, considerando o ato como um crime de abuso ou exploração de menor. Na minha época de escola, estudávamos bastante para não tomar bomba para até os 14 anos ter feito o primário e entrar em um curso de admissão para fazer o ginásio. No ginásio 90% das escolas eram à noite porque o cidadão de 14 anos trabalhava durante o dia. Não sei de ninguém que ficou doente, louco ou morreu por causa disso, eu fui um deles e não me senti abusado nem explorado. Muito pelo contrário, sou realizado e me considero bem sucedido. Agradeço a esse trabalho que comecei ainda adolescente e que me dá ainda hoje oportunidade de conseguir conviver neste mundo de in-

coerência que estamos vivendo. Vamos evitar que novos jovens tornem-se viciados e isso é papel da educação que falei e de oportunidade para o jovem. Se não fizermos isso, não vamos mudar absolutamente nada. Sociedade Policial – Há, atualmente, alguma instituição social que vocês estão trabalhando? A nossa empresa tem participação efetiva em várias entidades como asilos, creches, igrejas, entre outros meios que prestam assistência com esse tipo de trabalho. Sociedade Policial – Como você acha que o governo deve investir nesse campo? O governo tem que investir financeiramente em entidades sérias que prestam esse trabalho de assistência social e temos várias instituições de muitas religiões e, outras ainda, que fazem por vontade própria, são seríssimos, capazes e que tem muito amor para dar.Temos que cuidar dessas pessoas por amor. Sociedade Policial – O que você

espera para o ano de 2012? Esse é um ano muito importante para todo o brasileiro porque esperamos muito do governo federal, pensando que ele pode tudo. Espera-se muito também dos governos estaduais imaginando que eles também podem tudo quando na realidade nenhum dos dois podem nada sozinhos. O único que pode realmente é o prefeito, pois ele está próximo de uma comunidade e com seu foco em uma única comunidade. Ele é o único capaz de levar as aspirações até o estado que lhe cabe e ao governo federal para resolver os problemas das comunidades. E as pessoas têm a oportunidade de escolherem seus gerentes. O mínimo que se pode fazer é verificar o passado desses candidatos a gerentes da sua cidade. É uma oportunidade ímpar de o país começar a mudar. É a sociedade que muda um país e não o presidente de uma república, nem o governador e nem o prefeito. Não vamos esperar que a presidenta resolva todos os problemas, vamos ajudá-la. O momento que temos pela frente vai ser difícil, mas talvez bom e propício para que as pessoas pensem melhor na hora de escolher os seus representantes.

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RC T E G T K C

Setembro Net Parceria de Sucesso

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Foto: S. Polícial

om parceria consolidada entre a revista Sociedade Policial e a Setembro.net, Alexandre Rodrigo de Oliveira fala um pouco sobre os sistemas desenvolvidos por sua empresa e explica como essa parceria pode beneficiar os leitores e futuros parceiros da revista. Sociedade Policial – Como você enxerga a pareceria entre a revista Sociedade Policia e a Setembro.net?

Tendo como base o conceito de parceria que é bom para os dois lados, vejo que isso dará bons frutos para ambas e será duradoura. A Setembro.net, hoje, detém o know-hall (conhecimento) no que diz respeito às mídias voltadas para internet, incluindo site e também a administração de recursos tecnológicos que envolve desenvolvimento de sistemas. Portanto, nós podemos casar o serviço que nossa empresa oferece com o serviço que a revista oferece, levando o que tem de melhor em mídia impressa e mídia virtual aos leitores e anunciantes. Sociedade Policial – Quais serviços e recursos a Setembro.net possui que nós podemos oferecer, com a parceria, às empresas anunciantes? A Setembro.net, hoje, desenvolve uma gama de serviços, mas

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Empresário Alexandre de Oliveira e Rodrigo Guimarães

nós temos três considerados carroschefeda empresa.O principal deles é o desenvolvimento de sites e, em maior abrangência o site dinâmico,

que é um site que desenvolvemos de forma rápida e consegue atingir praticamente 80% da necessidade de mercado e abrange todo o país.


Além disso, ele tem custo mais baixo que um site comum e possui uma área exclusiva para que o cliente tenha administração de todo o seu conteúdo sem ter a necessidade de nenhum conhecimento técnico. Esse site dinâmico abrange, por exemplo, a inserção de conteúdos como texto, foto, vídeo e áudio, de uma forma muito prática e rápida. O segundo seria o desenvolvimento de sistemas voltado para internet, no qual você pode administrar uma empresa. Eles seriam sistemas administrativos e financeiros que oferecem o controle total da sua empresa, como o controle de clientes, fornecedores, transportadoras, entre outros. As grandes vantagens de você ter um sistema na web é que você pode utilizar em qualquer lugar e de qualquer plataforma, seja ela um smartphone, um tablet, ou dispositivo da Apple, como iPad, iPod, ou notebook.Se esses dispositivos possuírem acesso a internet seu sistema está na mão, o que oferece uma grande mobilidade. Ele é um sistema que tem muitas vantagens sobre um sistema convencional. Nosso terceiro produto é o gerenciamento de mídias sociais. Quando falamos de mídias são os vários serviços já consagrados e que muitas pessoas possuem, por exemplo, Facebook, Orkut e gerenciamento de blogs. Porém, quando falamos no campo empresarial, o gerenciamento muda porque todo mundo quer uma boa posição ou

uma boa colocação no Googlee, para isso, há uma técnica. Nós temos, hoje, esse knowhall de administrar e gerenciar todas as mídias inclusive vídeos como o Youtube. É um fato engraçado, pois até as empresas de grande porte migraram a consulta de satisfação dos seus clientes para essas mídias porque o efeito é imediato. Hoje, é muito importante as empresas estarem presente nas mídias com o foco profissional. Sociedade Policial – Caso esses serviços não atendam a uma empresa, nós podemos desenvolver o sistema que elas considerarem melhor?

Uma empresa que não gerencia e não investe, às vezes, precisa separar um percentual do que ela lucra em publicidade, pois se ela não fizer isso ou pior se ela corta sempre que passa por um momento de crise, ela não vai vender. A publicidade e o marketing faz com que ela venda mais e vendendo mais ela sai da crise. Se ela cortar justamente aquilo que vai divulgar a empresa e fazê-la vender mais, ela estará fechando o bolso para não entrar o dinheiro. O pensamento tem que ser contrário porque ao fazer um investimento em publicidade, principalmente, na revista Sociedade Policial, ela vai atingir não só o público de revista, mas também um público virtual. Tudo isso por um custo muito baixo.

Sim. Esse é outro diferencial da nossa empresa. Desenvolvemos qualquer tipo de sistema que ela precisar, por exemplo, se uma consultora atua no Brasil todo,mas tem um escritório central e outros espalhados, o sistema via web vem ao encontro de trazer um resultado online de gerenciamento único. A partir do momento em que essa empresa alimenta o sistema, ele pode ser utilizado por todas em nível nacional. Não, tem barreiras para isso, desde que ela possua acesso à internet. Sociedade Policial – Você acredita que uma empresa que esteja passando por uma dificuldade financeira tem que investir em propaganda?

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Capital dos

descoberta do ouro continuava polarizando as atenções como o acontecimento maior do século XVII. Entradas e bandeiras cruzavam os sertões das Minas Gerais e de Goiás numa penetração histórica, para fincar muito além do meridiano de Tordesilhas, os novos marcos das fronteiras da pátria. Foi por volta de 1701 que o bandeirante João Leite da Silva Ortiz, impressionado com os aspectos da topografia, clima ameno e fertilidade do solo na imensa planície que se estendia logo após a Serra do Curral, resolveu lançar, ali, os fundamentos da sua Fazenda do Cercado em cujas terras foi, aos poucos, surgindo o arraial de Curral del Rei. Juntamente com o povoado, Ortiz fez construir uma capela que seria tempos depois a matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem. Curral del Rei foi aos poucos se firmando, de forma tal que em 1707 já aparecia citado em documentos oficiais. Em 1711, Ortiz obtém carta de sesmaria das terras com os limites fixados pelas serras do Curral, Jaborema, Jatobá, José Vieira, Pangaré, Taquaril, Navio, Rola Moça e Mutuca. A propósito, vale reproduzir trecho do relatório enviado à Cúria de Mariana pelo Vigário Francisco de Paula Arantes, conservada a ortografia e o pitoresco da época: "Ä Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem de Curral del Rey está situada em campos amenos na extensa planície de sua serra donde manão imensas fontes de cristalinas e saborosas águas; o clima da região he temperado; a atmosphera he salutifera; está circulada de pedras e mais materiais onde se podem fazer soberbos edifícios; a natureza criou este logar para sua formosa e linda cidade, si algum dia for auxiliada esta lembrança." O pequeno Curral del Rei crescia a bom crescer. Desdobrada em curatos,

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sua freguesia alcançava o Paraopeba e Sete Lagoas, numa jurisdição que atendia a cerca de 18 mil almas. Depois, extintos os curatos, o Curral del Rey viu-se novamente reduzido ao primeiro arraial, com sua população de 2500 habitantes. Ouro Preto vivia praticamente o melancólico final de sua discutida condição de sede do Governo do Estado. Confinada entre montanhas, sem meios nem condições para desenvolver-se em consonância com o espírito marcadamente reformista da época, a velha capital já vinha, de há tempos, sentindo os efeitos de crises consecutivas cuja tônica repousava no movimento de caráter mudancista que empolgava a opinião pública. Dos tênues vagidos dos períodos colonial e provincial ao clamor público que incendiava os espíritos, a idéia avolumou-se até que a República veio proporcionar condições para efetivação da mudança, apaixonante questão em que se punham em jogo motivos fundamentais ligados ao desenvolvimento e segurança do Estado. Ao Governador Augusto de Lima, coube a missão de encaminhar ao Congresso a importante questão e, após acalorados debates em que os interesses regionais se empenharam a fundo, foi incluída na Constituição Estadual dispositivo determinando a mudança da Capital para local que reunisse as condições ideais para o fim almejado. Das cinco localidades sugeridas - Juiz de Fora, Barbacena, Paraúna, Várzea do Marçal e Belo Horizonte, a Comissão Técnica sob a chefia do engenheiro Aarão Reis julgou em igualdade de condições Belo Horizonte e Várzea do Marçal, opinando ao final pela última localidade. Entre a Várzea do Marçal e o Belo Horizonte é difícil a escolha, em ambas, a nova cidade poderá desenvolver-se em ótimas condições topográficas, em ambas, é facílimo o

abastecimento de água e a instalação de esgotos, ambas oferecem excelentes condições para as edificações e a construção em geral, e se, na atualidade, a Várzea do Marçal representa melhor o Centro de Gravidade do Estado e acha-se já ligada por meios mais rápidos e fáceis de comunicação com todas as zonas, - daqui a algumas dezenas de anos Belo Horizonte melhor o representará, de certo, e mais diretamente ligada ficará a todos os pontos do vasto território mineiro.? (Comissão Construtora). Voltou o Congresso a pronunciar-se, e depois de novos e extensivos debates surgiu a Lei nº 3, adicional à Constituição, que mandava fosse a Capital construída em terras do arraial de Belo Horizonte, ex-Curral del Rei. A escolha do local levou em conta a proteção contra os ventos frios e úmidos garantida pelas serras do Curral e de Contagem, com mananciais de água de boa qualidade e suficientes para abastecer sua futura população. Planejada para abrigar cerca de 400 mil habitantes, a capital foi inspirada em cidades modernas do mundo como Paris e Washington, a partir de uma nova concepção estética urbana, com largas avenidas, ruas simétricas e arborizadas, bulevares, praças, jardins e um moderno sistema de transportes. Criada pelo Decreto 680, de 14 de fevereiro de 1894, a Comissão Construtora da Nova Capital iniciou imediatamente seus trabalhos com o prazo improrrogável fixado em um qüinqüênio. Designado chefe da Comissão, o Dr. Aarão Reis manteve-se no cargo de março de 1894 até maio de 1895 quando foi substituído, a pedido, pelo engenheiro Francisco de Paula Bicalho. A essa altura já se encontravam os trabalhos em franco desenvolvimento, inclusive a desapropriação da área da arraial e conclusão dos estudos e planos da nova capital. Com a firme determinação de evi-


mineiros tar que o prazo não fosse ultrapassado, o engenheiro Bicalho remodelou a Comissão Construtora e imprimiu ritmo novo de ação, atacando a um só tempo as várias frentes de trabalho. E com efeito, rigorosamente dentro do prazo constitucional surgia a cidade nova com seu traçado de admirável simetria exibindo um vistoso tabuleiro de amplas ruas e avenidas, imponentes edifícios públicos - Palácio, Secretarias de Estado, confortáveis residências ao gosto da época em contraste com alguns prédios antigos, e a bela estação da Central do Brasil cujo ramal férreo também fora construído pela Comissão. Dentro da noção positivista de progresso, o planejamento da capital estabelecia a separação entre as áreas urbana e suburbana , delimitadas pela Avenida do Contorno. A área planejada na questão de residências só tinha espaço para os profissionais liberais, comerciantes e funcionários públicos. Assim, às margens da Contorno, foram surgindo bairros populares fora do planejamento oficial. Do antigo arraial, restou quase que exclusivamente a Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem, ponto central do povoado, construída em estilo colonial, e reconstruída em 1932, em estilo neo-gótico e a edificação que abriga hoje o Museu Abílio Barreto, o local foi originalmente sede da fazenda do córrego do Leitão, construída pelo curralense José Cândido Lúcio da Silveira, por volta de 1883. Foi assim que entre ruidosas e justas comemorações a cidade viu nascer a Nova Capital de Minas no dia 12 de dezembro de 1897 em ato público soleníssimo, presidido pelo Dr. Crispim Jacques Bias Fortes, então Presidente de Minas. A cidade custara aos cofres do Estado a importância de 36 mil contos de reis. Recebeu o nome de Cidade de Minas pela Lei adicional nº 3. Entretanto, em virtude da dualidade de nomes - já que distrito e comarca se

chamavam Belo Horizonte, logo foi o topônimo modificado para o atual. Ao ser inaugurada, Belo Horizonte contava com uma população de 10.000 habitantes. Do total de prédios existentes, era de apenas 500 o número de casas novas. Nos primeiros anos Belo Horizonte pouco evoluiu, isto em decorrência dos efeitos de duas crises econômico-financeiras em 1912, de âmbito nacional, e a seguir a situação calamitosa gerada pela Primeira Grande Guerra, em 1914. Aos poucos, porém, a normalidade foi sendo restabelecida, e a cidade partiu para uma fase de desenvolvimento crescente que haveria de culminar com a realidade magnífica da metrópole do presente. As décadas de 20, 30 e 40 representaram um dos períodos áureos da industrialização da região - a despeito da crise de 1929 em Nova York e da Revolução de 30 - especialmente pela expansão do setor siderúrgico , o que se tornou fonte de geração de empregos e expansão de mercados e serviços. Os anos 40 e 50 foram marcados pela obra símbolo do modernismo o conjunto arquitetônico da Pampulha, criado por Oscar Niemeyer, que se tornou referência e influenciou toda a arquitetura moderna brasileira. Composto pela Igreja de São Francisco de Assis, o Iate Tênis Clube, a Casa do Baile e o Cassino, hoje, Museu de Arte da Pampulha, esses equipamentos circundam a Lagoa da Pampulha, construída na década de 40, quando o prefeito era Juscelino Kubitscheck. Os jardins do paisagista Burle Marx, a pintura de Cândido Portinari e as esculturas de Ceschiatti, Zamoiski e José Pedrosa completam e valorizam o projeto concebido para a lagoa. A capital ganhou os serviços de ônibus elétricos e sua vida cultural tornou-se mais efervescente, com a proliferação de cafés, bares, restaurantes , teatros

e imprensa local. Consolidados os setores industriais e de serviços , Belo Horizonte assiste, a partir dos anos 50, a um grande êxodo rural em Minas Gerais , quando a população da cidade dobra de tamanho, passando de 350 mil para 700 mil habitantes. Nos anos 60 Belo Horizonte passou por um processo acelerado de crescimento urbano que avançou sobre suas ruas, quando foram demolidas casas e áreas verdes e ergueram-se altos prédios, em um processo de descaracterização da "Cidade-Jardim ". Atendendo à lógica do desenvolvimento, a verticalização da cidade ocorreu sobretudo na década de 70, comprometendo as características originais e o seu patrimônio arquitetônico. Com um milhão de habitantes, Belo Horizonte crescia de modo desordenado , expandindo-se para os municípios vizinhos, o que levou à instituição da Região Metropolitana de Belo Horizonte. A partir dos anos 80, caracterizados por desaceleração econômica, descentralização do poder e pela transição democrática vivida no país após os governos militares, ampliaram-se a mobilização e os canais de participação popular. Os movimentos sociais urbanos organizavam-se para reivindicar direitos urbanos básicos como melhoria da infra-estrutura urbana, do transporte público, atendimento médico e acesso à educação de qualidade. A partir do início da década de 90, Belo Horizonte torna-se palco de importantes experiências na gestão de políticas públicas municipais, que se traduziram por inúmeros programas e projetos de melhorias urbanas e sociais, com a efetiva participação popular, tais como o Orçamento Participativo, a Escola Plural, o Programa Bolsa-Escola Municipal e o Programa de Saúde da Família. Fonte: IBGE

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F G " RC K " RC T C " H K N J Q

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ogar futebol! Esse foi e continua sendo um dos maiores sonhos de qualquer menino durante a infância. Basta chegar perto de qualquer garoto e perguntar o que ele deseja ser quando crescer e, acredite, a maioria deles responderá: Eu quero ser jogador de futebol. Essa também era a vontade de Paulo Curi. Sonho que se tornou realidade. Ele jogou no infantil do Clube Atlético Mineiro, no Clube Libanês, e também jogou futsal pelo

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Recreativo, porém no seu sangue estava o amor pelas artes marciais e hoje ele lembra sua trajetória em entrevista a Sociedade Policial. Sociedade Policial – Quando você começou a se interessar pela luta? Eu iniciei na luta com 5 anos de idade, através do meu pai que era professor de artes marciais. Comecei na Associação Cristã de Moços (ACM). Eu era uma criança com 5 anos de idade e gostava de jogar

bola, minha vontade era jogar futebol e até tive uma passagem pelo futsal mas acho que o amor já estava na luta e no sangue e não teve jeito de sair não. Tanto que esse ano eu completo 42 anos e desde de 5 anos eu participo todo anos de algum campeonato de luta. Sociedade Policial – Como você entrou para o caminho das artes marciais na polícia? Formei-me na Academia de Polí-


Sociedade Policial – Os agentes penitenciários não podem ter armas, como é realizado o treinamento para eles? Eles usam tonfa (bastão americano) então nós partimos disso e do conhecimento deles de luta para poder agir numa situação. Treinamos a mente deles, fazemos situações de concentrações para ele poder agir. A atitude dele começa quando ele entra porque o preso sabe a hora que você chega e sai. Condicionamos os agentes a mudarem alguns hábitos. Não é só técnica ou luta, é treinamento da mente pra não criar rotinas. Saber tratar o preso com respeito e continuar com a luta para manter a estima dele e o reflexo apurado. Sociedade Policial – Entre as pessoas que você já treinou ou lutou, cite alguns nomes de destaque.

Eu tive a honra de lutar com o Minotauro, depois que ele ganhou de mim a final de 99 ele ficou famoso. Ele deu um show no evento e hoje é essa fera com muito talento. Tive uma luta boa com Fábio Gurgel. Lutei com Fabiano Pega Leve. No início da minha carreira lutei com Marcelinho Garcia. Ganhei um campeonato mundial contra o Carlão Santos e, hoje, ele coordena o time de jui jitsu do príncipe de Abu Dhabi. Já treinei com o Maurício Mattar na época em que ele fazia a novela A Padroeira e também estive com Beto Leitão. Sociedade Policial – Vamos supor que você ganhe o direito de poder fazer um trabalho dentro de uma academia. Qual projeto você faria de integração? Temos um bom material de professor, seria reunir esses professores. Já até temos um programa de aulas, um curso padronizado para as polícias rodoviária federal, militar e civil. Um padrão que busca a integração, nós já estamos no nosso objetivo que é a defesa pessoal integrada. Não é oficial, mas buscamos estar sempre juntos para ver o que tem de novo em cada instituição e trocamos informação. Sociedade Policial – O que você está buscando para o ano de 2012? Vou continuar trabalhando em prol do crescimento das artes marciais. Estou buscando uma parceria pra continuar trabalhando no que sempre gostei que é praticar e ensinar que é a arte marcial bem feita pra ela não só formar campeões,

Fotos: S. Polícial

cia Civil do Estado de Minas Gerais (ACADEPOl) e fiz o curso em 6 meses, um curso normal como policial e quando saiu a designação a academia estava mandando 40 ou 50 policiais para a Divisão de Tóxicos. Quando eu cheguei pra minha surpresa eles falaram que eu ia dar aula para os formados. Peguei a turma para dar aula e a turma gostou do trabalho e elogiou, a partir de então e comecei a fazer parte do quadro da ACADEPOl como professor , no qual eu fiquei 15 anos lotado, ministrando aulas. Dei cursos de formação policial, aperfeiçoamento policial e chefia policial. Houve uma época em que ministrei cursos para agentes penitenciários.

Prof. Paulo Curi, Rodrigo Guimarães e alunos

mas o mais importante que é formar cidadãos de bem que são os vencedores na vida. Bons profissionais, bons maridos e boas esposas. Sociedade Policial – Se você tivesse o apoio de algum investidor para abrir uma academia para você, na qual pudesse ministrar seu sonho, no que ele precisaria investir? Hoje tenho material humano, mas a gente precisa é do espaço. Infelizmente falta o dinheiro para poder bancar, por exemplo, o investidor pode ceder um espaço de um galpão pra gente treinar, um ringue, um octódomo para ministrar aulas de boxe e MMA (artes marciais mistas) e uma área de tatame que seriam pelo menos uns 20 metros quadrados para desenvolver técnicas de judô e jiu-jitsu. Isso é realmente um sonho.

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FKECU

Como combater nossos problemas financeiros

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odos nós buscamos ter um 2012 repleto de saúde física, espiritual e, também, financeira, mas como fazer com que isso se transforme em realidade? Para facilitar essa jornada, elaborei algumas dicas simples e práticas. 1. Realizar reunião mensal com toda família, inclusive com os filhos, independente da idade, é preciso que todos participem e mostrando que para cada despesa paga, o dinheiro vai se acabando e, conseqüentemente, sobrará menos para realizar desejos e objetivos;

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nesta hora; 4. Em situação de equilíbrio financeiro, esta situação é de muito risco, isto porque essa é uma zona de conforto, não tem divida, mas também não tem dinheiro guardado. É necessário rever seus gastos, fazendo que haja sobras no orçamento financeiro; 5. Se for investidor, mesmo assim, é preciso saber se as aplicações financeiras estão adequadas e correlacionadas com os sonhos e objetivos, é muito comum termos dinheiro investido em aplicações inadequadas;

2. Faça uma faxina financeira, registrando tudo que ganha, gasta, as dívidas se as tiver, aplicações financeiras. É necessário tirar uma verdadeira fotografia da sua real situação financeira;

6. Elabore seu orçamento financeiro incluindo todos os eventos periódicos como: Páscoa, Dia das Mães, Pais, Namorados, Crianças, Natal, aniversários, etc.;

3. Se estiver endividado, é hora de combater a causa do endividamento, somente procurar o credor se tiver dinheiro sobrando em seu orçamento financeiro, caso contrário não faça acordos que não possa cumprir, é preciso ter muita calma

7. Estabelecer os sonhos (objetivos) de curto (até um ano), médio (até dez anos) e longo prazo (acima de dez anos), sempre identificando o valor de cada um e quanto está disposto a guardar para realizá-los;

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8. Ao receber seus rendimentos, retirar parte para os sonhos, antes mesmo de entrar na conta corrente, isto fará com que você adéque ao novo padrão de vida; 9. Seja o mais objetivo possível na hora de comprar, faça sempre a pergunta: O que este produto ou serviço irá agregar em minha vida? Muitas vezes compramos por impulso, envolvidos pelo marketing publicitário e pelo crédito fácil; 10. Evitar a linha de crédito do cheque especial, para quem não ainda não tem essa disciplina, aconselho imediatamente cancelar o cheque especial e negociar outra linha de credito que não ultrapasse 2,5% ao mês e a prestação deverá caber em seu orçamento mensal. Com relação ao cartão de crédito, também evite pagar a parcela mínima, esta linha de crédito é ainda maior que o cheque especial; Rodrigo Guimarães Economista


CQRODO

13 anos de lutas e conquistas

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esde a sua criação, a AOPMBM segue fiel ao cumprimento do objetivo maior de representar a classe dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais. Ao completar 13 anos no dia 19 de fevereiro de 2012, a atual Diretoria rende uma homenagem aos dirigentes das gestões anteriores, que souberam conduzir a Entidade aos tempos atuais mantendo a tradição de lutas, reivindicações e conquistas para a classe, sempre levadas a efeito por intermédio de lideranças da oficialidade mineira. Essas gestões passadas destacaram-se pela coragem, destemor e elevada capacidade crítica, intelectual e realizadora. Esta marca originária da AOPMBM continua viva e atuante, certamente adaptada e preparada para enfrentar os desafios do presente e do futuro da segurança pública, com reflexos diretos sobre as pessoas das Instituições Militares Estaduais. Lutar contra poderes políticos revanchistas e contra um poder econômico que pauta nossos governantes e congressistas torna nosso trabalho cada vez mais árduo, sobretudo porque a segurança pública ainda não é prioridade nem objeto de valorização e investimento à altura de sua importância e relevância para o desenvolvimento do País. Não obstante esse quadro apático e desanimador, a AOPMBM percebe um cenário de oportunidades para um processo de moralização, superação e mudanças de rumo. Uma sociedade não sobrevive sem seus valores e aí reside a nossa força para lutar e vencer. Os policiais militares e bombeiros militares mineiros – que a Constituição do Estado chama de Militares Estaduais – representam uma classe de profissionais que formam uma reserva moral e intelectual dentro da sociedade brasileira, dotados de valores essenciais, destacando o amor à pátria, ética, moral, lealdade, perseverança, prudên-

cia, justiça, temperança e força. Eis aí a nossa arma para convencer a sociedade brasileira, especialmente a juventude abandonada à própria sorte, de que o Brasil pode ter um futuro muito diferente do que vemos hoje. Nesse contexto, a AOPMBM avança firme, certa de que é preciso unir forças com outras frentes da sociedade que lutam contra o Brasil da corrupção, das diferenças, dos interesses escusos de administradores e políticos que envergonham nossa sociedade, dentre tantas outras mazelas às quais precisamos urgentemente dar um basta e pôr um ponto final, virando uma centenária página de vergonhas na história da Nação. Os profissionais de segurança pública estão sempre se atualizando, modernizando para melhor acompanhar o progresso técnico da sociedade, mesmo a duras penas e com pouca atenção e investimentos. Por vezes somos fruto de um meio perverso onde surgem células de desvios que logo cuidamos e procuramos extirpar do nosso convívio, até mesmo para não comprometer a solidez do nosso grupo. Esta perseverança, esforço e confiança em nossa capacidade de ajudar a construir uma sociedade melhor deve ser assimilada por todos os militares estaduais como uma imprescindível e necessária medida para reconstrução moral da nossa sociedade. Vamos vencer a partir da nossa força de exemplo, suportando as ameaças constantes e algumas críticas pagas que pessoas não comprometidas com a verdade veiculam na mídia tentando distorcer os fatos a respeito do excepcional desempenho dos Policiais e Bombeiros Militares de Minas. A resposta da AOPMBM em defesa de ambas as organizações e seus profissionais têm sido dada mediante conhecimento técnico e precisão, apresentando alternativas de soluções inteligentes e propositivas, com capacidade de convencer os que têm poder e dever de decidir.

Assim, nossa Família Militar Estadual mineira precisa estar atenta para o processo eleitoral do corrente ano. Torna-se necessário despertar nossa sensibilidade política, porque, ao todo, temos a força de mais de 1 milhão de votos em todo o Estado, contando com os efetivos (PM e BM) da ativa, reserva, pensionistas, familiares e amigos leais, pois somos formadores de opinião dentro da nossa sociedade. Já podemos colocar no poder municipal e na Câmara de Vereadores, no presente ano, governantes e políticos que comungam com nossos pensamentos de moralização e transformação, a partir dos valores e propósitos já elencados. Para o presente e futuro próximo da AOPMBM, deixamos mais uma mensagem de transparência e otimismo. Estamos atuando numa sede própria, com autonomia e independência. Contamos com uma administração enxuta, de profissionais sérios e abnegados, mantendo uma saúde financeira modesta e necessária ao desempenho das nossas atividades, portando, em dia, com todas as certidões dos principais Órgãos Federais, Estaduais e Municipais, sem qualquer dívida a quem quer que seja. Estamos trabalhando com foco em projetos estruturantes de curto e médio prazos, bem como em novas conquistas para nossa classe. Em nosso site, www.aopmbm.org.br, contamos com agendas trimestrais e assim pensamos e agimos de forma estratégica, sempre abertos à participação dos associados. Obrigado aos quase 3.500 filiados que nos depositam confiança. Podem estar certos de que os resultados das nossas ações e conquistas em 2012 serão percebidos em função da dedicação, empenho e metodologia de trabalho que toda equipe tem empregado para alcançar as metas acordadas! Tenente-Coronel PM Ronaldo Presidente da AOPMBM / MG

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Foto: Arquivo pessoal

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O uso de arma de fogo

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ão se discute a Legalidade do porte de arma de fogo de “uso permitido e restrito (P.40)” por policiais, mesmo fora de serviço, desde que estejam também de posse do CRAF (Certificado de Registro de Arma de Fogo), registrado no SINARM (policial civil e federal) ou SIGMA (militares estaduais) e expedidos pelas respectivas Instituições a que pertençam. O porte de arma de fogo em serviço quando o policial está exercendo sua respectiva atividade profissional de segurança pública é inerente à função e ao cargo que ocupa, entretanto, a polêmica surge quando nos perguntamos se o policial deve ou não portar arma de fogo fora de serviço em qualquer situação. Tentaremos resolver, com razoabilidade, algumas questões de ordem, as quais se apresentam como primordiais para uma tomada de decisão entre sair de casa armado ou desarmado: Por que portar arma de fogo fora do serviço? “Sou policial 24 horas”. Talvez uma das maiores “falácias e arriscadas concepções ideológicas”, ainda existentes no meio policial. O argumento pode ser facilmente desconstituído, pois aqueles que ainda pensam assim negligenciam aspectos fundamentais de segurança pessoal, destacando-se o princípio da superioridade numérica, regra mágica em qualquer abordagem policial. Ainda, o uso do uniforme garante a inclusão do policial em um grupo coeso e relativamente equipado, aspecto que amplifica e favorece o uso da arma de fogo. Todas essas variáveis desaparecem para quem se utiliza da arma fora de serviço, onde a atitude e a visibilidade da “força estatal” é indispensável. A lei não obriga o policial a atuar na abordagem e captura do infrator quando fora do serviço, apenas exige que ele reaja de forma diferenciada de um civil, devendo vigiar a ação em andamento, acionando imediatamente a força pública de serviço. O infrator, em regra, se torna mais agressivo e violento contra um adversário em trajes civis que esteja portando arma de fogo. Quando e onde devo portar arma de fogo fora do serviço?

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Não há receitas de bolo, entretanto, há regras indiscutíveis e inquestionáveis que estabelecem a garantia de uma vida longa a policiais. Jamais ter por perto arma de fogo se você: a) possui um padrão de consumo de “substâncias entorpecentes lícitas” fora do normal (fica alegre e corajoso com facilidade); b) frequenta locais e estabelecimentos com presença elevada de público em consumo de “substâncias entorpecentes lícitas” fora do normal” (a maioria encontra-se alegre e corajosa como você); c) altera de humor com facilidade e não leva desaforo para casa; d) realiza atividades paralelas de “garantidor” da tranquilidade universal de pessoas físicas e jurídicas privadas (segurança). Não se esqueça, o mal chega onde o bem não se encontra presente e se não quer ter problema, cuida do seu ambiente. Verdade n. 1: Nenhum estabelecimento tem autorização para “guardar”, mesmo que provisoriamente, em cofres ou armários, armas de fogo de policiais. Verdade n. 2: Se o local que você pretende ir é perigoso ou tem histórico de criminalidade, as chances de ocorrer um crime aumentam. Verdade n. 3: Se você anda com pessoas de má índole, a probabilidade de se envolver em uma ocorrência cresce. Verdade n. 4: Se estiver com sua família, não reaja a um assalto, as pessoas que você ama podem se machucar. Mito n. 1: O bandido tem medo de policial. Mito n. 2: Eu consigo sacar minha arma se for assaltado. Mito n. 3: Eu não vou tremer quando estiver de frente com o perigo. Como devo usar minha arma de fogo? Você passou incólume pelos itens 1 e 2, e decidiu portar a arma de fogo fora do serviço. Talvez você esteja sob ameaça de um criminoso, embora a maioria dos policiais, com algumas raras exceções, acha e nunca esteve ameaçado – a probabilidade é a mesma de um civil. Entretanto, se o seu perfil profissional estiver ligado a atividades administrativas ou operacionais voltadas para investigação e prisão de criminosos (civis ou militares) perigosos, é bom pensar que momentos extremos podem ocorrer, de modo que não apenas portar arma de fogo é necessário, mas também preparar-se física e psicologicamente para o caso desses mo-

Paulo Roberto de Medeiros é Major na Corregedoria da PMMG membro do Conselho efetivo da OAPMBM

mentos se tornarem reais. Ela deve estar municiada e em condições de uso “imediato”, sempre ao alcance das mãos, embora, jamais deva ser vista ou ser do conhecimento de terceiros, “é um segredo seu” (policiais fora do serviço e em trajes civis que insistem em dar visibilidade a arma de fogo são vítimas mais fáceis de serem abordadas, além de poderem ter a mesma apreendida por conduta ilegal e antiregulamentar).

Sabedoria, virtude e prudência Quantos precedentes (exemplos) você conhece onde o uso da arma de fogo fez a diferença para o policial que a portava fora do serviço. Poucos, certo? O número de experiências negativas é e sempre será maior. Portar arma de fogo à paisana exige estado de alerta constante, como se de serviço estivesse e, se a atividade policial te estressa, quando você pretende descansar? Ela não lhe identifica como policial, exigindo cuidado redobrado com a possibilidade de roubo e furto, sem contar o risco de se tornar vítima do próprio equipamento, pois as chances de se ter sucesso sozinho em uma ocorrência é uma teoria fatal. No final, a decisão de portar arma de fogo fora de serviço é sua, mas que seja refletida e sempre lúcida, sem a velha e superada ideia de que se deva estar armado e pronto 24 horas por dia. No estresse do dia-a-dia, deixe para usála exclusivamente em serviço, pois uma atitude impensada, em virtude dum calor de momento, é algo que será julgado como injustificável. Sabedoria é virtude. Virtude é prudência. Leia mais sobre este assunto no site: www.aopmbm.org.br


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