Hell Divine Magazine 02

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EMMURE “Speaker Of The Dead” Victory Records

FACINORA “Hell Is Here” Independente

Emmure já é um grande nome ícone na nova cena da musica pesada, com seu forte Hardcore com um toque de Death Metal vem destruindo nos últimos tempos e seu novo álbum “Speaker Of The Dead” tenta fazer jus ao legado da banda. Não muito diferente dos álbuns anteriores o peso é inconfundível; além de um instrumental notável com grande destaque, muitas das faixas trazem efeitos nos vocais característicos da banda, com bastante diversidade de riffs e breakdowns criativos. Da primeira até a sexta faixa o álbum mostra a força total, com destaque para as faixas “Demons With Ryu” e “Solar Flare Homicide”. Já em “Bohemian Grove” a velocidade da música reduz, mas o peso continua e a música soa como uma pausa para voltar com força. No entanto, é aí que começa a decair, pois a faixa “Last Words To Rose” age como uma música mais lenta, que não combina muito com o vocal agressivo. Nessa parte do álbum era para o Emmure mostrar que pode segurar os ouvintes até a última, mas não é o que acontece já que muitas críticas foram feitas pelos fãs devido a não evolução das letras. Tinha tudo para ser um álbum espetacular, algo que uns dias a mais de trabalho talvez pudessem ter resolvido.

O Facinora foi formado, em 2007, por Igor Rodrigues, Allem Villela e Rodrigo Oliveira depois de alguns goles de cerveja e muita diversão fazendo covers de AC/DC, Led Zeppelin, Black Sabbath, Exodus e Slayer. Como podemos ver nesse disco, a galera resolveu entrar de cabeça no Thrash Metal. A máquina começa com a faixa título, “Hell Is Here” com bases picadas bem Old School e uma passagem empolgante lembrando os antigos moshes oitentistas. Em “Source Of Madness” há um Thrash bem característico dos anos 80/90, rápido e pesado. “RIP” é a próxima e fica na mesma linha. “Empty Illusions” com certeza é o ponto alto do álbum com bases arrasadoras e passagens metralhantes. “Living in Reality” é a quebra ideal e traz um clima diferente das demais, mas a brutalidade logo volta em “War Between Selfish”. “Despair” é a calmaria perto das outras músicas, mas ainda assim é bem pesada lembrando, em alguns pontos, o finado Death no começo da carreira. “Terror” e “The Evil” encerram a obra com peso. Apesar de “Hell Is Here” não estar com boa qualidade de gravação como foi “Born in Fear”, o CD é muito bom e conta com boa dose de Thrash Metal na veia.

Nota: 8.0 Matheus “Myu” Lacerda

Nota: 8.0 Ricardo Thomaz

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FALKENBACH “Tiurida” Napalm Records Falkenbach é o projeto solo do consagrado multi-instrumentista Vratyas Vakyas (antigamente guitarrista do Crimson Gate) e surgiu em 1989. De todos os discos lançados, nada mais do que três demos subitamente apareceram, em 1995 (“Laeknishendr”, “Skinn Af Sveri Sol Valtiva”, “Asynja”). Vakyas gravou dois álbuns, “… En Their Medh Riki Fara…”, de 1996, e “…Magni Blandinn Ok Megintiri”, de 1997, antes de voltar sua atenção ao seu selo Skaldic Art Productions. Ele finalmente ressuscitou o Falkenbach, em 2003, e recrutou outros músicos (o vocalista Tyrann, o guitarrista Hagalaz e o baterista Bolthorn) para ajudar com o terceiro álbum “Ok Nefna Tysbar Ty”, mas ele voltou para seu caminho solo lançando a sequência “Heralding The Fireblade”, em 2005. Agora Vratyas retoma os trabalhos com o lançamento de Tiurida, uma mistura Viking Metal e Blackened Folk. Formado por oito faixas, o disco conta com uma faixa bônus “Asaland”, lançada na Promo, em 1995, e uma Intro, com canto de pássaros e um ar de mistério do que estaria por vir. Após a Intro a faixa ‘‘... Where His Ravens Fly... ’’ é inteiramente formada por vocais limpos; acho que seria uma música perfeita para o momento em que guerreiros nórdicos estivessem rumo à guerra, ou seja, todo aquele sentimento viking ao som da guitarra e da melodia. Em alguns momentos o álbum relembra ‘’Belus’’ (recente álbum do Burzum) com algumas pegadas de Dark Ambient, o vocal rasgado e envolvente nos pega de surpresa durante a calmaria de algumas partes das músicas. A faixa “Runes Shall You Know”


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