Hell Divine Magazine 01

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Pascal teve a liberdade de se divertir com o desenho e fazer o que quisesse, contanto que ainda contivesse a essência do álbum. O resultado foi surpreendente. HELL DIVINE: Para reunir uma banda na cidade de Quebec foi um trabalho difícil de fazer, ou foi simplesmente perfeito e fácil? Alex Loignon: Como disse antes, éramos um grupo de amigos e encontramos as partes faltantes do enigma através da escola e da Internet. Assim sendo, foi razoavelmente fácil. A parte dura está manter todos juntos e focados… Não podemos ter 4 caras se matando, batendo cabeça feito loucos, enquanto o 5º elemento está pensando em metereologia, você me entende? A banda precisa ser a maior parte da sua vida, ou então você não está ajudando ela a crescer. Eu não culpo os indivíduos que deixaram a banda. Na verdade, até os agradeço. Nós passamos um ótimo período juntos. Eles nos respeitaram o bastante para nos deixar saber que não sentiram mais como parte da banda e que nós deveríamos encontrar alguém que realmente queria estar lá. HELL DIVINE: Antes de assinar com a Metal Blade Records, como era sua vida de banda? Alex Loignon: Foi basicamente como todas as outras bandas locais. Ensaiávamos algumas vezes por semana e fazíamos alguns shows aqui e ali apenas por diversão. Na verdade não mudou muito após o lançamento de “Disciples”. Tivemos alguma exposição e começamos a tocar em lugares que antes não teríamos condição ou com bandas com as quais só poderíamos sonhar. No entanto, nossa situação ainda nos impede de realmente embarcar em uma turnê. Resolveremos nossa situação em breve e nos engajaremos no segundo disco da banda. HELL DIVINE: “Disciples Of the Unseen” é um álbum de Death Metal que mostra muitas influências como Nile,

Behemoth e outras grandes bandas. Como o seu gosto pessoal na música influenciou o nascimento desse material? Alex Loignon: Na verdade, meu gosto musical não afeta a música, pois não escrevo o material. Ash e Guert, por outro lado, escrevem muito e algumas influências do que eles ouvem ficam evidentes. Se eles estão ouvindo muito “Thrash” uma semana, seu material será, muito provavelmente, um pouco mais nesse sentido. Se eles estiverem ouvindo mais música experimental, provavelmente tenderá a ir para uma composição mais ambient. Isso nunca para de mudar e de se aperfeiçoar. HELL DIVINE: Analisando sua agenda de shows, o mês de setembro foi bem cheio. Após a assinatura com uma boa gravadora, você sentiu um crescimento nas marcações de shows ou são as mesmas de sempre? Alex Loignon: É claro que ter “Disciples” sendo lançado pela Metal Blade nos ajudou sermos muito vistos, mas o acordo é pelo álbum e não pela turnê, por isso não estávamos “ligados” a grandes turnês. O aumento do número de shows vem do trabalho de nossa agência de agendamento, Galy Records. Galy faz um trabalho incrível e trabalha com muitas grandes bandas e cuida sempre de seu pessoal. Ele nos leva para shows legais como os que tocamos duas semanas atrás com Beneath the Massacre ou tocar com Martyr e Quo Vadis. Todas essas são bandas que eu gostava quando era mais jovem e é ótimo poder abrir para eles. HELL DIVINE: Em “Disciples Of The Unseen”, podemos ouvir muitas passagens melódicas, sem esquecer a forma extrema. Pode nos dizer qual é a principal diferença de Aeternam para outras coisas que tem sido feitas na cena Death Metal, ou vocês não veem a si mesmos como uma banda de Death Metal? Alex Loignon: A classificação é uma porcaria. É por isso que escrevemos “met-

al” na nossa página de Myspace. Somos uma banda de Death Metal só porque temos gutural? Acho que somos uma mistura de muitas coisas que existem, mas fazemos isso em um nível diferente de intensidade. A principal coisa no nosso som é o sentimento oriental. Ok. Nós não somos os primeiros. Bandas como Melechesh, Nile, Orphaned Land, Scarab e Arkan já fizeram isso. A diferença é que não estamos aqui para sermos extremos e rápidos o tempo todo, nem suaves sempre, e sim para equilibrar as coisas. HELL DIVINE: E agora, depois de fazer alguns shows no Canadá, com os planos de Aeternam de conquistar o mundo você tem o Brasil em seus planos? O que você sabe sobre o nosso país? Alex Loignon: Assim que começarmos a viajar, tenha certeza que iremos, independentemente de nosso destino. Realmente acho que iremos para a América do Sul. Ouvi de um amigo que já tocou por aí que o público é excelente. Voltando à segunda parte da pergunta, devo dizer que eu não sei muito. Sei que minhas aulas de espanhol não vão me ajudar por aí mesmo! Ah, e que vocês tem uma grande festa no Rio (risos)! Fora isso, não são vocês lutam “capoeira” ou algo assim? Sou do tipo perdido quando se trata de seu país, mas realmente gostaria de descobri-lo ao máximo. Talvez pudesse ter uma ajuda de vocês (risos)! HELL DIVINE: Poderia listar 5 álbuns que, por algum motivo, marcaram sua vida e explicar por quê? Alex Loignon: Difícil, mas aí vai: 5: Pantera - Vulgar Display of Power. O jeito do Dime nesse disco é demais. Seus solos arrancam lágrimas das músicas. Amo o fato de a banda não ter precisado de muita coisa rolando o tempo inteiro. Quando é a hora do solo, na maior parte do tempo você ouvirá um pouco de bateria, baixo e toda a doçura do som do Dimebag Darrel. 4: Vehemence – God Was Created. É Death Metal levado à perfeição. Em min25


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