JHCMídiaDigital - Edição 002 Ano 2012

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Revista JHC Mídia Digital

Edição 002 – Ano 2012

O Holocausto Pedrosa vence no Japão

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Cigano na França

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Editorial JHC Mídia Digital

Atualmente temos acompanhado o período de incertezas e intranquilidade social provocado pela “crise” econômica que assola alguns países que fazem parte da Europa. No ano de 2003 eu escrevi um livro e o editei sob título “Dossiê”. Parte de seu conteúdo narra um desencadeamento de ações criando tudo tal qual o que vem acontecendo. As informações que a época me foram enviadas por uma ‘Organização’ tinham como propósito semear a desordem econômica, desestabilizar os governos e através dessas nefastas ações imporem uma nova ordem mundial. No Brasil, a tática é diferente. Aqui a ‘arma’ usada é a imoralidade, a impunidade, a prática do surrupio, da apropriação dos recursos do erário público, da provocação do descrédito das ordens constituídas e dos seus responsáveis. A sociedade deve ter mais participação, pois as ações estão sendo realizado sem nenhuma preocupação da distorção dos fatos, o pudor a sutileza nos golpes aplicados, a desfaçatez a vergonha. Um país onde ocorre um julgamento como esse ‘Ação 470’ na mais alta corte de justiça vêem claramente, atitudes de certos pares, investidos de paladinos, em agradecimentos a benesses recebidas, semear dúvidas, diminuir méritos, desqualificar o trabalho do MP Ministério Público. É realmente preocupante.

José Heitor da Costa

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MUNDO A Crise na Grécia

Dezenas de milhares de pessoas foram para as ruas da Grécia nesta quinta-feira, na segunda greve geral em um mês. Trabalhadores em todo o país deixaram seus postos e foram protestar contra as novas medidas de austeridade fiscal que o governo está negociando com os credores internacionais

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A

FRANÇA

E

A

ETERNA

PERSEGUIÇÃO

AO

POVO

CIGANO!!! Imigrantes ciganos temem ter acampamento destruído pelo governo na França Meio encoberto por um monte de metal emaranhado, eletrodomésticos danificados e lixo, um pôster de campanha do presidente François Hollande está pendurado no muro do lado de fora do abrigo de Adriana Dragoi, num miserável acampamento de ciganos em Stains, nos subúrbios pobres ao norte de Paris. Dragoi, 19, é original da Romênia, mas vive na França desde os nove anos, coletando e vendendo metal descartado, mudando de bairro pobre para bairro pobre, obrigada pelas autoridades francesas instruídas a manter a ordem pública, diz ela. Ainda assim, “aqui é bom”, diz ela, melhor do que a Romênia. “Você pode encontrar metal descartado, tem dinheiro”, disse Dragoi num francês hesitante. Ela diz que Hollande também a deixou animada com promessas de campanha para integrar melhor os imigrantes ciganos na sociedade francesa. Seu antecessor, Nicolas Sarkozy, ordenou a destruição dos acampamentos ciganos e a deportação de milhares de ciganos romenos e búlgaros que, sem vistos de trabalho, haviam superado o limite de estadia de três meses. (Como cidadãos de nações integrantes da União Europeia, entretanto, eles têm direito a retornar imediatamente, como muitos fizeram, inclusive Dragoi).

Mesmo com Hollande no poder, ciganos esperam por mudanças na França

Acampamento cigano em La Courneuve, na FrançaCorentin

Fohlen/The New York Times

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Mas o governo de Hollande agora pretende destruir completamente este acampamento, um conjunto de entulho e casebres construídos com lixo e habitados por cerca de 200 homens, mulheres e crianças ciganos. Talvez, pensou Dragoi em voz alta, a ordem de expulsão seja anulada. “Temos esperança”, diz ela. “Não sabemos ainda como ele é, Hollande”. Durante sua campanha, Hollande prometeu que os acampamentos ciganos seriam destruídos apenas se “soluções alternativas” estivessem disponíveis. “Não podemos continuar aceitando que as famílias sejam expulsas de um lugar sem uma solução”, escreveu Hollande numa carta para grupos humanitários, criticando a abordagem agressiva de Sarkozy em relação aos acampamentos. Poucos meses depois de assumir a presidência, entretanto, a abordagem de Hollande se mostrou bastante parecida com a de seu antecessor, que atraiu amplas críticas – principalmente do Partido Socialista de Hollande – por sua campanha contra os acampamentos ciganos, que ele chamou de fontes de sujeira e crime. As autoridades demoliram vários acampamentos neste verão, deixando talvez 2 mil pessoas ou mais efetivamente sem lar. Embora o governo tenha retirado recentemente algumas restrições desemprego para os romenos e búlgaros – a maioria dos ciganos estrangeiros na França são dessas duas nações –, críticos dizem que quase nada vem sendo feito para fazer com que os ciganos se integrem à sociedade francesa. As demolições nos arredores de Paris, Lille e Lyon deixaram chocadas as organizações de ajuda, alguns veículos da imprensa e legisladores franceses. As operações aprofundam ainda mais o sofrimento de uma população que já é destituída, dizem. “Tudo isso é particularmente decepcionante porque, obviamente, a abordagem assumida pelo governo do ex-presidente Nicolas Sarkozy teve implicações enormes em termos de violações aos direitos humanos”, disse Tara Bedard, diretora de programas no Centro de Direitos dos Ciganos Europeus. Rita Izsak, especialista independente da ONU em assuntos de minorias, disse numa declaração que “os ciganos são cidadãos da União Européia e a minoria mais marginalizada da Europa”. Ela considera deplorável o “tratamento discriminatório” que eles continuam a receber na França. Espalhados por várias centenas de acampamentos ilegais, cerca de 15 mil a 20 mil ciganos estrangeiros moram na França, um número que não variou muito desde a queda da Cortina de Ferro. Quando deportados, eles costumam voltar, fugindo da discriminação e da pobreza na Romênia e na Bulgária. Pesquisas sugerem que as expulsões são surpreendentemente populares entre o eleitorado francês, inclusive entre eleitores esquerdistas de Hollande, e o presidente está ansioso para combater as acusações da JHC Mídia Digital – Edição 002 Ano 2012

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direita de que os socialistas são negligentes em relação ao crime. “A esquerda no poder não diz respeito apenas à indignação, mas também à ação, a agir contra esses acampamentos”, disse o ministro de Interior Manuel Valls à rádio France Inter. As ordens judiciais para as demolições, normalmente requeridas por funcionários locais preocupados com o crime e a mendicância que emanam dos acampamentos, serão executadas, disse Valls. Mas ele prometeu que “medidas de inserção” serão aplicadas “progressivamente”. “Isto é uma política da esquerda”, disse ele. “É, ao mesmo tempo, fazer cumprir a lei e garantir que a integração, a justiça – através da escolaridade, treinamento, trabalho – se tornem realidade.” Numa ordem publicada nesta semana, o governo pediu a funcionários de todo o país para proporem soluções para os ciganos quando possível e anunciou que estudaria iniciativas locais bem sucedidas. Ainda assim, a “solução real” está nos países de origem, disse Valls, que precisam fazer mais para integrar seus próprios cidadãos e já receberam bastante financiamento europeu para fazer isso. Ele e o ministro de assuntos europeus, Bernard Cazeneuve, devem se encontrar em breve com funcionários na Romênia e Bulgária para discutir os ciganos. Na França, grupos de defesa de direitos humanos há muito pediram a retirada das restrições de trabalho e viagem que afetam os ciganos. As restrições, implementadas na França e outros lugares em 2007 com a entrada da Romênia e da Bulgária na União Europeia, exigem que os romenos e búlgaros obtenham vistos de trabalho – outros cidadãos europeus não enfrentam as mesmas exigências – e limitam o emprego deles a determinados setores. Antes de o governo alterar a legislação esta semana, os empregadores eram obrigados a pagar um imposto de cerca de US$ 900 para cada pessoa contratada. Continuará difícil encontrar emprego, entretanto, com a economia confusa e o desemprego em mais de 10%, e as restrições restantes sobre o emprego e viagens devem expirar em 2014. “Eles têm um ano e meio para abrir totalmente o mercado de trabalho para cidadãos da Romênia e Bulgária”, disse Bedard, do Centro de Direitos dos Ciganos Europeus. “Não consigo ver nenhum motivo para dar passos pela metade nesse momento.” “Gostaríamos que o governo francês reconhecesse que a forma como ele lidou com a situação até agora não produziu muitos resultados positivos”, continuou Bedard, observando que uma vasta maioria de ciganos estrangeiros na França ainda vive às margens da sociedade. Em La Courneuve, outro subúrbio de Paris, Aurel Beadai mora num conjunto de trailers brancos e beges depredados, reunidos num espaço de terra e rocha perto de um viaduto numa rodovia. Ele chegou lá há um mês com sua família. JHC Mídia Digital – Edição 002 Ano 2012

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“Se eu conseguisse ganhar a vida na Romênia, não teria vindo para a França”, disse Beadai, 32, sentado sobre a cama de seus pais no minúsculo trailer onde ele vive com sua mulher, sua mãe, seu pai e dois filhos pequenos. Ele coleta metal descartado nas ruas, empilhando-o num carrinho de supermercado roubado. O metal depois é vendido e derretido na cidade vizinha de Le Bourget. Ele recebe até US$ 25 por um dia de trabalho, diz ele, e encontrou sapatos e roupas para sua família no lixo. Não é fácil, disse ele com a ajuda de um intérprete, mas é melhor do que na Romênia, onde ele trabalhou por um tempo como varredor de rua, mas às vezes não tinha dinheiro para comer. “Esperamos que ele melhore, que ele crie um espaço para os ciganos”, disse Beadai sobre o presidente francês. Ainda assim, há uma ordem de expulsão para meados de setembro aqui. Tradutor: Eloise De Vylder

Fonte: UOL - blog dos Ciganos

Ciganos deixam acampamento nos arredores de Lyon depois de serem expulsos pela polícia: defensores da minoria dizem que as restrições do mercado de trabalho francês impedem uma integração real no país Philippe Desmazes/AFP

Holocausto Cigano: Ontem e Hoje Escrito por José Steinsleger

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A perseguição do povo cigano atravessou o passado milénio e chega aos nossos dias com as deportações ordenadas por Sarkozy e a discriminação nos países de origem dos deportados. Artigo de José Steinsleger.

1496: Auge do pensamento humanista. Os povos rom (ciganos) da Alemanha, são declarados traidores para com os países cristãos, espiões a soldo dos turcos, portadores da peste, bruxos, bandidos e sequestradores de crianças. 1710: Século das luzes e da razão. Uma lei ordena que os ciganos adultos de Praga sejam enforcados sem julgamento. Os jovens e as mulheres são mutilados. Na Boémia, cortam-lhes a orelha esquerda. a Morávia, a orelha direita. 1899: Clímax da modernidade e do progresso. A polícia da Baviera cria a Secção Especial de assuntos ciganos. Em 1929, a secção foi elevada à categoria de Central Nacional e transferida para Munique. Em 1937, instalase em Berlim. Quatro anos depois, meio milhão de ciganos morre nos campos de concentração da Europa central e do Leste. 2010: Fim das ideologias (sic). Em Itália, (onde nasceu a razão do Estado) e, em França (sede mundial da elite intelectual), os gabinetes de ambos governos (com forte apoio popular, o seja, democráticos), deportam milhares de ciganos para a Bulgária e Roménia. A tragédia dos rom começou nos Balcãs. Que drama europeu não começou nos Balcãs? Em meados do século XV, o príncipe Vlad Dracul (o Demónio, um dos heróis nacionais da resistência contra os turcos), regressou de uma batalha travada na Bulgária com 12.000 escravos ciganos. Com certeza…não era cigano o misterioso cocheiro do conde Drácula? O doutor Hans Globke, um dos redactores das leis de Nuremberga sobre a classificação da população alemã (1935), declarou: os ciganos são de sangue estrangeiro. Estrangeiros de onde? Sem poder negar que cientificamente eram de origem ariana, o professor Hans F. Guenther classificou-os numa categoria à parte: Rassengemische (mistura indeterminada). Na sua tese de doutorado Eva Justin (assistente do doutor Robert Ritter, da secção de investigações raciais do Ministério da Saúde alemão), afirmava que o sangue cigano era perigoso para a pureza da raça alemã. E um tal doutor Portschy enviou um memorando a Hitler sugerindo que os submetesse

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a trabalhos forçados e à esterilização em massa, porque punham em perigo puro sangre pura do campesinato alemão. Classificados de criminosos inveterados, os ciganos começaram a ser detidos em massa e, a partir de 1938, foram internados em blocos especiais n os campos de Buchenwald, Mauthausen, Gusen, Dautmergen, Natzweiler e Flossenburg. Num campo da sua propriedade de Ravensbruck, Heinrich Himmler, chefe da Gestapo (SS), criou um espaço para sacrificar mulheres ciganas que eram submetidas a experiências médicas. Esterilizaram-se 120 meninas ciganas. No hospital de Dusseldorf-Lierenfeld esterilizaram-se ciganas casadas com não ciganos. Milhares de ciganos foram deportados da Bélgica, Holanda e França para o campo polaco de Auschwitz. Nas suas Memorias, Robert Hoess (comandante de Auschwitz), conta que entre os deportados ciganos havia velhos quase centenários, mulheres grávidas e um grande número de crianças. No gueto de Lodz (Polónia), as condições foram extremas. Nenhum dos 5.000 ciganos sobreviveu. Mais de trinta mil morreram nos campos polacos de Belzec, Treblinka, Sobibor e Maidaneck. Durante a invasão alemã à União Soviética (Ucrânia, Crimeia e países bálticos) os nazis fuzilaram em Simvirpol (Ucrânia) 800 homens, mulheres e crianças na noite de Natal, em 1941. Na Jugoslávia, executava-se por igual ciganos e judeus no bosque de Jajnice. Os camponeses recordam os gritos das crianças ciganas levadas para os locais de execução. Segundo consta nos arquivos das Einsatzgruppen (patrulhas móveis de extermínio do exército alemão), ter-se-iam assassinado 300.000 ciganos na URSS e 28.000 na Jugoslávia. O historiador austríaco Raoul Hilberg, estima que antes da guerra viviam na Alemanha 34.000 ciganos. Ignora-se o número de sobreviventes. Nos campos de extermínio, só o amor dos ciganos pela música foi às vezes um consolo. Em Auschwitz, esfomeados e cheios de piolhos, juntavam-se para tocar e estimulavam as crianças a bailar. Mas também era lendária a coragem dos guerrilheiros ciganos que militavam na resistência polaca, na região de Nieswiez. “Também eu tinha/uma grande família/foi assassinada pela Legião Negra/homens e mulheres foram esquartejados/entre elas também crianças pequenas [versos do hino rom].” As exigências de assimilação, expulsão ou eliminação (não necessariamente por esta ordem) justificariam a afeição dos povos rom pelos talismãs. Os ciganos têm três nomes: um, para os documentos de identidade do país onde vivem; outro, para a comunidade e, um terceiro, que a mãe musa durante

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meses ouvia do recém-nascido. Esse nome, secreto, servirá como talismã para protegê-lo contra todo o mal. Depois da segunda guerra, os países aliados dissolveram o Estado nazi alemão e os seus chefes foram julgados por crimes contra a humanidade (Nuremberga, 1945-1946). Nos inícios de 1950, quando começou a negociação das indemnizações pelo holocausto, o novo Estado alemão estimou que só os judeus tinham direito a elas. Sem organizações políticas que os defendessem, os povos rom (ciganos) foram ignorados e excluídos. O governo democrata-cristão de Konrad Adenauer estimou que as medidas de extermínio tomadas contra os ciganos, antes de 1943, eram políticas legítimas do Estado. Os sobreviventes dessa altura não cobraram um centavo. A polícia criminal da Bavária ficou com os arquivos do doutor Robert Ritter, o expert nazi sobre os rom, que não foi condenado. Ritter retomou a actividade académica e, em 1951, suicidou-se. Recentemente, em 1982, o chanceler social-cristão Helmut Kohl reconheceu o genocídio dos rom. A tempo: a maioria que tinha tido direito à restituição já tinha morrido. Em troca, o saneamento da Suíça contra os yenishes (assim são chamados os ciganos no país de Heidi) foi mais… discreto? Durante cerca de meio século (desde 1926), com a ajuda da polícia e do clero, a Obra de Assistência às Crianças da Rua, da muito respeitável Fundação Pró-Juventude, arrancou das suas famílias mais de 600 crianças ciganas. O doutor Alfred Siegfried (1890-1972), director e fundador da obra, foi um psicopata ferozmente decidido a vencer o mal do nomadismo. Num relatório sobre as suas actividades (1964), Siegfred afirmou que “…o nomadismo, como algumas doenças perigosas, é transmitido principalmente pelas mulheres… todos os zíngaros são maus, mentem, roubam…”. O financiamento oficial manteve-se até 1967, e, em 1973, a obra dissolveuse. Mas, de acordo com uma lei de 1987, tudo o que se relacione com as suas experiências médicas com crianças ciganas poderá ser revisto dentro de… cem anos. Em 1996, a Confederação Helvética reconheceu a sua responsabilidade moral, política e financeira no que respeita à PróJuventude, encarregada de proteger as crianças ameaçadas de abandono e vagabundagem. Mais das três quartas partes da população mundial de ciganos (12 a 14 milhões), vive nos países da Europa central e do Leste. Mas só na Jugoslávia de Tito os rom conseguiram ser reconhecidos como uma minoria com os mesmos direitos que os croatas, albaneses e macedónios. Não obstante, com o reordenamento balcânico que teve lugar em 1990, dez mil ciganos bósnios refugiaram-se em Berlim. Na Roménia os ciganos tiveram que sobreviver à ditadura de Ceausescu. O socialismo real reforçou os tenebrosos orfanatos que funcionavam desde a JHC Mídia Digital – Edição 002 Ano 2012

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época da monarquia e neles encerrou milhares de crianças rom. Ceausescu caiu e o livre mercado foi ainda mais duro. As tendas de alguns ciganos que tiveram sucesso económico com a liberalização da economia foram saqueadas. A deportação massiva de ciganos para a Roménia e Bulgária ordenada pelo governo do presidente francês, Nicolas Sarkozy (judeu de origem húngara), é particularmente perversa. Segundo país mais pobre da União Europeia, a população da Roménia é hostil aos 2 milhões de ciganos que ali vivem e com um governo a cumprir o que o FMI dita: acaba de baixar 25% no salário dos funcionários e subir para 24% o IVA. Há algum tempo, o presidente romeno, Traian Basescu, chamou cigana asquerosa a uma jornalista e o chanceler Teodor Baconschi declarou em Fevereiro que “…algumas comunidades romenas têm problemas psicológicos (sic) relacionados com a delinquência, especialmente as comunidades ciganas”. A situação dos ciganos na antiga Checoslováquia continua a ser a mesma saga. Até ao momento da divisão (1992) eram cidadãos. Depois, nem checos, nem eslovacos os reconheceram como tais, apesar de terem vivido durante várias gerações no país. Em Julho de 1998, um cigano foi atacado e apunhalado por um skinhead, em Pisek, pequena cidade no Sul da Boémia checa. Pisek está situada a escassos quilómetros do campo de concentração de Lety, estabelecido pelos checos e só para ciganos, nos tempos da ocupação alemã. E de Lety, enviavam-nos para os campos nazis de extermínio. Por se lado, os vizinhos da cidade eslovaca de Michalovce acabam de concluir um muro de 500 metros para evitar a passagem dos ciganos que habitam numa aldeia próxima. A obra recebeu o apoio das autoridades. Em finais de 2009, obras semelhantes isolaram os ciganos nas cidades de Ostrovany, Secovec, Lomnicka e Trebisov. Nesta espécie de holocausto silencioso e consensual, feita pelos cruzados da União Europeia, os medias da aldeia global fazem das suas. Em 30 de Agosto passado, a CNN informou que um assassino matou oito pessoas, ferindo 14 mais, em Bratislava, capital de Eslováquia. Em parte alguma da noticia, a CNN esclareceu que todas as vítimas eram ciganos. Da civilização contra a barbárie, à barbárie da civilização. * José Steinsleger é escritor e jornalista argentino. Texto publicado em La Jornada (México). Tradução: António José André.

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BARBÁRIE E MODERNIDADE NO SÉCULO XX Escrito por Michael Löwy. Ilustração de Miguel Cabral

A palavra "bárbaro" é de origem grega. Ela designava, na Antiguidade, as nações nãogregas, consideradas primitivas, incultas, atrasadas e brutais. A oposição entre civilização e barbárie é então antiga. Ela encontra uma nova legitimidade na filosofia dos iluministas, e será herdada pela esquerda. O termo "barbárie" tem, segundo o dicionário, dois significados distintos, mas ligados: "falta de civilização" e "crueldade de bárbaro". A história do século XX obriga-nos a dissociar essas duas acepções e a reflectir sobre o conceito – aparentemente contraditório, mas de facto perfeitamente coerente – de "barbárie civilizada".

Em que consiste o "processo civilizador"? Como bem demonstrou Norbert Elias, um dos seus aspectos mais importantes é que a violência não é mais exercida de maneira espontânea, irracional e emocional pelos indivíduos, mas é monopolizada e centralizada pelo Estado, mais precisamente, pelas forças armadas e pela polícia. Graças ao processo civilizador, as emoções são controladas, o caminho da sociedade é pacificado e a coerção física fica concentrada nas mãos do poder político. O que Elias não parece ter percebido é o reverso dessa brilhante medalha: o formidável potencial de violência acumulado pelo Estado... Inspirado por uma filosofia optimista do progresso, ele podia escrever, ainda em 1939: "Comparada ao furor do combate abissínio (...) ou daquelas tribos da época das grandes migrações, a agressividade das nações mais belicosas do mundo civilizado parece moderada (...); ela só se manifesta em sua força brutal e sem limites em sonho e em alguns fenómenos que nós qualificamos de ‘patológicos’". Alguns meses depois dessas linhas terem sido escritas, começava uma guerra entre nações "civilizadas" cuja "força brutal e sem limites" é simplesmente impossível de comparar com o pobre "furor" dos combatentes etíopes, tamanha é a desproporção. O lado sinistro do "processo civilizador" e da monopolização estatal da violência manifestou-se em toda a sua terrível potência. Se nós nos referimos ao segundo sentido da palavra "bárbaro" – actos cruéis, desumanos, a produção deliberada de sofrimento e a morte deliberada de nãocombatentes (em particular, crianças) – nenhum século na história conheceu manifestações de barbárie tão extensas, tão massivas e tão sistemáticas quanto o JHC Mídia Digital – Edição 002 Ano 2012

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século XX. Certamente, a história humana é rica em actos bárbaros, cometidos tanto pelas nações "civilizadas" quanto pelas tribos "selvagens". A história moderna, depois da conquista das Américas, parece uma sucessão de actos desse género: o massacre de indígenas das Américas, o tráfico negreiro, as guerras coloniais. Trata-se de uma barbárie "civilizada", isto é, conduzida pelos impérios coloniais economicamente mais avançados. Karl Marx era um dos críticos mais ferozes desses tipos de práticas maléficas e destruidoras da modernidade, que para ele estão associadas às necessidades de acumulação do capital. Em O Capital, especialmente no capítulo sobre a acumulação primitiva, encontra-se uma crítica radical dos horrores da expansão colonial: a escravização ou o extermínio dos indígenas, as guerras de conquista, o tráfico de negros. Essas "barbáries e atrocidades execráveis" – que segundo Marx (citando de modo favorável M.W. Howitt) "não têm paralelo em qualquer outra era da história universal, em nenhuma raça por mais selvagem, grosseira, impiedosa e sem pudor que ela tenha sido" – não foram simplesmente passadas aos lucros e perdas do progresso histórico, mas devidamente denunciadas como uma "infâmia". Considerando algumas das manifestações mais sinistras do capitalismo, como as leis dos pobres ou os workhouses – estas "bastilhas de operários"–, Marx escreveu em 1847 esta passagem surpreendente e profética, que parece anunciar a Escola de

Frankfurt:

"A

barbárie

reapareceu,

mas

desta

vez

ela

é

engendrada

no próprio seio da civilização e é parte integrante dela. É a barbárie leprosa, a barbárie como lepra da civilização". Mas com o século XX, um limite é transgredido, passa-se a um nível superior; a diferença é qualitativa. Trata-se de uma barbárie especificamente moderna, do ponto de vista de seu etos, de sua ideologia, de seus meios, de sua estrutura. Nós voltaremos a esse ponto. A Primeira Guerra Mundial inaugurou esse novo estágio da barbárie civilizada. Dois autores, os primeiros, soaram o sinal de alarme, em 1914-15: Rosa Luxemburgoo e Franz Kafka. Apesar das suas evidentes diferenças, eles têm em comum o facto de terem tido a intuição – cada um à sua maneira – de alguma coisa sem precedente que estava para se constituir no curso daquela guerra. Ao usar a palavra de ordem "socialismo ou barbárie", Rosa Luxemburgo em A crise da social-democracia, de 1915 (assinada com o pseudónimo "Junius"), rompeu com a concepção – de origem burguesa, mas adoptada pela Segunda Internacional – da história como progresso irresistível, inevitável, "garantido" pelas leis "objectivas" do desenvolvimento económico ou da evolução social. Essa palavra de ordem é sugerida por certos textos de Marx ou de Engels, mas é Rosa Luxemburgo que dá a ela essa formulação explícita e elaborada. Ela implica uma percepção da história como processo aberto, como série de "bifurcações", onde o "factor subjetivo" – consciência, organização, iniciativa – dos oprimidos tornam-se decisivos. Não se

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trata mais de esperar que o fruto "amadureça", segundo as "leis naturais" da economia ou da história, mas de agir antes que seja tarde demais. Porque o outro lado da alternativa é um sinistro perigo: a barbárie. Num primeiro momento ela parece considerar a "recaída na barbárie" como "a aniquilação da civilização", uma decadência análoga àquela da Roma antiga. Mas logo ela se dá conta que não se trata de uma impossível "regressão" a um passado tribal, primitivo ou "selvagem", mas antes, de uma barbárie eminentemente moderna, da qual a Primeira Guerra Mundial dá um exemplo surpreendente, bem pior em sua desumanidade assassina que as práticas guerreiras dos conquistadores "bárbaros" do fim do Império Romano. Jamais no passado tecnologias tão modernas – os tanques, o gás, a aviação militar – tinham sido colocadas ao serviço de uma política imperialista de massacre e de agressão numa escala tão imensa. As intuições de Kafka são de uma natureza totalmente diferente. É sob a forma literária e imaginária que ele descreve a nova barbárie. Trata-se de uma novela intitulada A colónia penal: numa colónia francesa, um soldado "indígena" é condenado à morte por oficiais cuja doutrina jurídica resume em poucas palavras a quintessência do arbitrário: "a culpabilidade não deve jamais ser colocada em dúvida!". A sua execução deve ser cumprida por uma máquina de tortura que escreve lentamente sobre seu corpo com agulhas que o atravessam a frase "Honra os teus superiores". O

personagem

central

da

novela

não

é

nem

o

viajante

que

observa

os

acontecimentos com uma hostilidade muda, nem o prisioneiro, que não reage de modo nenhum, nem o oficial que preside a execução, nem o comandante da colônia. É a máquina mesma. Toda a narrativa gira em torno desse sinistro aparelho (Apparat), que parece mais e mais, no curso da explicação detalhada que o oficial dá ao viajante, como um fim em si mesmo. O Aparelho não está lá para executar o homem, é sobretudo este que está lá pelo Aparelho, para fornecer um corpo sobre o qual ele possa escrever sua obra-prima estética, sua inscrição sangrenta ilustrada de "muitos florilégios e ornamentos". O próprio oficial é apenas um servidor da Máquina e, finalmente, ele mesmo se sacrifica a esse insaciável Moloch. Em que "máquina de poder" bárbara, em que "aparelho da autoridade" sacrificador de vidas humanas, pensava Kafka? A colónia penal foi escrita em Outubro de 1914, três meses após a eclosão da grande guerra. Há poucos textos na literatura universal que apresentam de maneira tão penetrante a lógica mortífera da barbárie moderna como mecanismo impessoal. Esses pressentimentos parecem perder-se nos anos do pós-guerra. Walter Benjamin é um dos raros pensadores marxistas a compreender que o progresso técnico e industrial pode ser portador de catástrofes sem precedentes. Daí o seu pessimismo – não fatalista, mas activo e revolucionário. Num artigo de 1929 ele definia a

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política revolucionária como "a organização do pessimismo" – um pessimismo em todas as linhas: desconfiança quanto ao destino da liberdade, desconfiança quanto ao destino do povo europeu. E acrescenta ironicamente: "confiança ilimitada somente no IG Farben e no aperfeiçoamento pacífico da Luftwaffe". Ora, mesmo Benjamin, o mais pessimista de todos, não podia adivinhar a que ponto essas duas instituições iriam mostrar, alguns anos mais tarde, a capacidade maléfica e destrutiva da modernidade. Pode-se definir como propriamente moderna a barbárie que apresenta as seguintes características: —

Utilização

de

meios

técnicos

modernos.

Industrialização

do

homicídio.

Exterminação em massa graças às tecnologias científicas de ponta. — Impessoalidade do massacre. Populações inteiras – homens e mulheres, crianças e idosos – são "eliminados", com o menor contato pessoal possível entre quem toma a decisão e as vítimas. — Gestão burocrática, administrativa, eficaz, planificada, "racional" (em termos instrumentais) dos actos bárbaros. — Ideologia legitimadora do tipo moderno: "biológica", "higiênica", "científica" (e não religiosa ou tradicionalista). Todos os crimes contra a humanidade, genocídios e massacres do século XX não são modernos no mesmo grau: o genocídio dos arménios em 1915, o genocídio levado a cabo pelo Pol Pot no Camboja, aquele dos tutsis em Ruanda, etc. associam, cada um de maneira específica, traços modernos e traços arcaicos. Os quatro massacres que encarnam de maneira mais acabada a modernidade da barbárie são o genocídio nazi contra os judeus e os ciganos, a bomba atómica em Hiroshima, o Goulag estalinista e a guerra norte-americana no Vietname. Os dois primeiros são provavelmente os mais integralmente modernos: as câmaras de gás nazis

e

a

morte

atómica

norte-americana

contêm

praticamente

todos

os

ingredientes da barbárie tecno-burocrata moderna. Auschwitz representa a modernidade não somente pela sua estrutura de fábrica de morte, cientificamente organizada e que utiliza as técnicas mais eficazes. O genocídio dos judeus e dos ciganos é também, como observa o sociólogo Zygmunt Bauman, um produto típico da cultura racional burocrática, que elimina da gestão administrativa toda interferência moral. Ele é, deste ponto de vista, um dos possíveis resultados do processo civilizador como racionalização e centralização da violência e como produção social da indiferença moral. "Como toda outra acção conduzida de maneira moderna – racional, planificada, cientificamente informada, gerida de forma eficaz e coordenada – o Holocausto deixou para trás todos seus pretensos

equivalentes

pré-modernos,

revelando-os

em

comparação

como

primitivos, esbanjadores e ineficazes. (...) Ele eleva-se muito acima dos episódios de

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genocídio do passado, da mesma forma que a fábrica industrial moderna está bem acima da oficina artesanal...". A ideologia legitimadora do genocídio é ela também de tipo moderno, pseudocientífico, biológico, antropométrico, eugenista. A utilização obsessiva de fórmulas pseudo-medicinais é característica do discurso anti-semita dos dirigentes nazis, o que pode ser notado nas conversações privadas deles. Numa carta a Himmler em 1942, Adolf Hitler insistia: "A batalha na qual nós estamos engajados hoje é do mesmo tipo que a batalha liderada, no século passado, por Pasteur e Koch. Quantas doenças não tiveram a sua origem no vírus judeu... Nós não encontraremos a nossa saúde sem eliminar os judeus". No seu notável ensaio sobre Auschwitz, Enzo Traverso destaca, com palavras sóbrias, precisas e lúcidas, o contexto do genocídio. Não se trata nem de uma simples "resistência irracional à modernização", nem de um resíduo de barbárie antiga, mas de uma manifestação patológica da modernidade, do rosto escondido, infernal, da civilização ocidental, de uma barbárie industrial, tecnológica, "racional" (do ponto de vista instrumental). Tanto a motivação decisiva do genocídio – a biologia racial – quanto as suas formas de realização – as câmaras de gás – eram perfeitamente modernas. Se a racionalidade instrumental não basta para explicar Auschwitz, ela é condição necessária e indispensável. Encontra-se nos meios de extermínio

nazis

uma

combinação

de

diferentes

instituições

típicas

da

modernidade: ao mesmo tempo, a prisão descrita por Foucault, a fábrica capitalista da

qual

falava

Marx,

"a

organização

científica

do trabalho"

de

Taylor,

a

administração racional/burocrática segundo Max Weber. Este último tinha intuído, como sublinha Marcuse, a transformação da razão ocidental em força destrutiva. A sua análise da burocracia como máquina "desumanizada", impessoal, sem amor nem paixão, indiferente a tudo aquilo que não é sua tarefa hierárquica, é essencial para compreender a lógica reificada dos campos da morte. Isso vale também para a fábrica capitalista, que estava presente em Auschwitz, ao mesmo tempo nas oficinas de trabalho escravo da empresa IG Farben e nas câmaras de gás, lugares de produção "em cadeia" de mortos. Mas a "solução final" é irredutível a toda a lógica económica: a morte não é nenhuma mercadoria, nenhuma fonte de lucro. Traverso critica, de maneira muito convincente, as interpretações – inspiradas, num grau ou outro, pela ideologia do progresso – do nazismo e do genocídio como produto da história do irracionalismo alemão (Georges Lukács), de uma "saída" da Alemanha para fora do berço ocidental (Jurgen Habermas) ou de um movimento de "descivilização" (Entzivilisierung) inspirado por

uma ideologia "pré-industrial"

(Norbert Elias). Se o processo civilizador significa, antes de tudo, a monopolização pelo Estado da violência – como o mostram, depois de Hobbes, tanto Weber quanto Elias – é necessário reconhecer que a violência do Estado está na origem de todos os genocídios do século XX. Auschwitz não representa uma "regressão" em

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direcção ao passado, em direcção a uma idade bárbara primordial, mas é realmente um dos rostos possíveis da civilização industrial ocidental. Ele constitui ao mesmo tempo uma ruptura com a herança humanista e universalista dos iluministas e um exemplo terrível das potencialidades negativas e destrutivas de nossa civilização. Se o extermínio dos judeus pelo Terceiro Reich é comparável a outros actos bárbaros, nem por isso ele deixa de ser um evento singular. É necessário recusar as interpretações que eliminam as diferenças entre Auschwitz e os campos soviéticos, ou os massacres coloniais, os pogroms, etc. O crime de guerra que tem mais afinidades com Auschwitz é Hiroshima, como compreenderam tão bem Gunther Anders e Dwight MacDonald: nos dois casos delega-se a tarefa a uma máquina de morte formidavelmente moderna, tecnológica e "racional". Mas as diferenças são fundamentais. Inicialmente, as autoridades americanas não tiveram jamais como objectivo – como as do Terceiro Reich – realizar o genocídio de toda uma população: no caso das cidades japonesas, o massacre não era, como nos campos nazis, um fim em si mesmo, mas um simples "meio" para atingir objectivos políticos. O objectivo da bomba atómica não era o extermínio da população japonesa como fim autônomo. Tratava-se sobretudo de acelerar o fim da guerra e demonstrar a supremacia militar americana face à União Soviética. Num relatório secreto de Maio de 1945 ao presidente Truman, o Target Committee – o "Comitê de Alvo", composto pelos generais Groves, Norstadt e do matemático Von Neumann – observa friamente: "A morte e a destruição irão não somente intimidar os japoneses sobreviventes a fazer pressão pela capitulação mas também (o bónus) assustar a União Soviética. Em síntese, a América poderia terminar mais rapidamente a guerra e, ao mesmo tempo, ajudar à moldar o mundo do pós-guerra". Para obter esses objectivos políticos, a ciência e a tecnologia mais avançadas foram utilizadas e centenas de milhares de civis inocentes, homens, mulheres e crianças foram massacrados – sem falar da contaminação pela irradiação nuclear das gerações futuras. Uma outra diferença com Auschwitz é, sem dúvida, o número bem inferior de vítimas. Mas a comparação das duas formas de barbárie burocrático-militar é muito pertinente. Os próprios dirigentes americanos estavam conscientes do paralelo com os crimes nazis: numa conversa com Truman no dia 6 de junho de 1945, o secretário de Estado, Stimson, relatava os seus sentimentos: "Eu disse-lhe que estava inquieto com esse aspecto da guerra... porque eu não queria que os americanos ganhassem a reputação de ultrapassar Hitler em atrocidade". Em muitos aspectos, Hiroshima representa um nível superior de modernidade, tanto pela novidade científica e tecnológica representada pela arma nuclear, quanto pelo carácter

ainda

mais

distante,

impessoal,

puramente

"técnico"

do

acto

exterminador: pressionar um botão, abrir a escotilha que liberta a carga nuclear. No contexto próprio e asséptico da morte atómica entregue pela via aérea, deixou-se para trás certas formas manifestamente arcaicas do Terceiro Reich, como as JHC Mídia Digital – Edição 002 Ano 2012

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explosões de crueldade, o sadismo e a fúria assassina dos oficiais da SS. Essa modernidade encontra-se na cúpula norte-americana que toma – após ter cuidadosa e "racionalmente" pesado os prós e os contras – a decisão de exterminar a população de Hiroshima e Nagasaki: um organograma burocrático complexo composto por cientistas, generais, técnicos, funcionários e políticos tão cinzentos quanto Harry Truman, em contraste com os acessos de ódio irracional de Adolf Hitler e seus fanáticos. No curso dos debates que precederam a decisão de lançar a bomba, certos oficiais, como o general Marshall, declararam ter reservas, na medida em que eles defendiam o antigo código militar, a concepção tradicional da guerra, que não admitia o massacre intencional de civis. Eles foram vencidos por um ponto de vista novo, mais "moderno", fascinado pela novidade científica e técnica da arma nuclear, um ponto de vista que não tinha nada a ver com códigos militares arcaicos e que não se interessava senão pelo cálculo de lucros e perdas, isto é, em critérios de eficácia político-militar. Seria necessário acrescentar que um certo número de cientistas que tinham participado, por convicção anti-fascista, nos trabalhos de preparação da arma atómica, protestaram contra a utilização das suas descobertas contra a população civil das cidades japonesas. Uma palavra sobre o Goulag estalinista: se há muito em comum com Auschwitz – sistema concentracionário, regime totalitário, milhões de vítimas – ele distingue-se pelo facto que o objectivo dos campos soviéticos não era o extermínio dos prisioneiros mas a sua exploração brutal como força de trabalho escrava. Por outras palavras: pode-se comparar Kolyma e Buchenwald, mas não o Goulag e Treblinka. Nenhuma contabilidade macabra – como aquela fabricada por Stéphane Courtois e outros anticomunistas profissionais – pode apagar essa diferença. O

Goulag

era

uma

forma

de

barbárie

moderna

na

medida

em

que

era

burocraticamente administrado por um Estado totalitário e colocado ao serviço de projetos estalinistas faraónicos de "modernização" económica da União Soviética. Mas ele caracteriza-se também por traços mais "primitivos": corrupção, ineficácia, arbitrariedade, "irracionalidade". Ele situa-se por essa razão num degrau de modernidade inferior ao sistema concentracionário do Terceiro Reich. Enfim, a guerra americana no Vietname, atroz pelo número de vítimas civis exterminadas pelos bombardeiros, o napalm ou as execuções coletivas, constitui, em vários aspectos, uma intervenção extremamente moderna: fundada sobre uma planificação "racional" – com a utilização de computadores, e de um exército de especialistas – ela mobiliza um armamento muito sofisticado, na ponta do progresso técnico dos anos 60 e 70: B-52, napalm, herbicidas, bombas de fragmentação etc. Essa guerra não foi um conflito colonial como os outros: bastava lembrar que a quantidade de bombas e explosivos lançados sobre o Vietname foi superior àquela utilizada por todos os beligerantes durante a Segunda Guerra Mundial! Como no

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caso de Hiroshima, o massacre não era um objectivo em si, mas um meio político; e se a cifra de mortos é bem superior àquela das duas cidades japonesas, não se encontra no Vietname aquela perfeição da modernidade técnica e impessoal, aquela abstração científica da morte que caracteriza a morte atómica". A natureza contraditória do "progresso" e da "civilização" moderna encontra-se no coração das reflexões da Escola de Frankfurt. Em Dialética do esclarecimento (1944), Adorno e Horkheimer constatam a tendência da racionalidade instrumental de se transformar em loucura assassina: a "luminosidade gelada" da razão calculista "carrega a semente da barbárie". Numa nota redigida em 1945 para Minima Moralia, Adorno utiliza a expressão "progresso regressivo" tentando dar conta da natureza paradoxal da civilização moderna. Entretanto, essas expressões ainda são tributárias, apesar de tudo, da filosofia do progresso. Na verdade, Auschwitz e Hiroshima não são em nada uma "regressão à barbárie" – ou mesmo uma "regressão": não há nada no passado que seja comparável à produção industrial, científica, anónima e racionalmente administrada da morte na nossa época. Basta comparar Auschwitz e Hiroshima com as práticas guerreiras das tribos bárbaras do século IV para darmos conta que eles não têm nada em comum: a diferença não é somente na escala, mas na natureza. É possível comparar as práticas mais "ferozes" dos "selvagens" – morte ritual do prisioneiro de guerra, canibalismo, redução das cabeças etc. – com uma câmara de gás ou uma bomba atômica? São fenômenos inteiramente novos, que não seriam possíveis a não ser no século XX. As atrocidades de massa, tecnologicamente aperfeiçoadas e burocraticamente organizadas, pertencem unicamente à nossa civilização industrial avançada. Auschwitz e Hiroshima não são mais "regressões": são crimes irremediavelmente e exclusivamente modernos. Existe entretanto um domínio específico da "barbárie civilizada" em que se pode efectivamente falar de regressão: a tortura. Como destaca Eric Hobsbawm no seu admirável ensaio de 1994, "Barbárie: um guia para o usuário": "A partir de 1782 a tortura foi formalmente eliminada do procedimento judiciário dos países civilizados. Em teoria, ela não era mais tolerada nos aparelhos coercitivos do Estado. O preconceito contra essa prática era tão forte que ela não pôde retornar após a derrota da Revolução Francesa que a havia seguramente abolido (...) Pode-se suspeitar que nos redutos da barbárie tradicional, que resistem ao progresso moral – por exemplo as prisões militares ou outras instituições análogas – ela de facto não desapareceu..." Ora, no século XX, sob o fascismo e o estalinismo, nas guerras coloniais – Argélia, Irlanda etc. – e nas ditaduras latino-americanas, a tortura é de novo empregada em grande escala. Os métodos são diferentes – a eletricidade substitui o fogo e os torniquetes – mas a tortura de prisioneiros políticos tornou-se, no curso do século XX, uma prática rotineira – mesmo se não-oficial – de regimes totalitários, ditatoriais, e mesmo, em JHC Mídia Digital – Edição 002 Ano 2012

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certos

casos

(as

guerras

coloniais),

"democráticos".

Nesse

caso,

o termo

"regressão" é pertinente, na medida em que a tortura era praticada em inúmeras sociedades pré-modernas, e também na Europa, da Idade Média até o século XVIII. Um uso bárbaro que o processo civilizador parecia ter suprimido no curso do século XIX voltou no século XX, sob uma forma mais "moderna" – do ponto de vista das técnicas – mas não menos desumana. Levar em conta a barbárie moderna do século XX exige o abandono da ideologia do progresso linear. Isso não quer dizer que o progresso técnico e científico é intrinsecamente portador de malefício – nem tampouco o inverso. Simplesmente, a barbárie é uma das manifestações possíveis da civilização industrial/capitalista moderna – ou da sua cópia "socialista" burocrática. Não se trata também de reduzir a história do século XX aos seus momentos bárbaros: essa história conheceu também a esperança, as sublevações dos oprimidos, as solidariedades internacionais, os combates revolucionários: México, 1914; Petrogrado, 1917; Budapeste, 1919; Barcelona, 1936; Paris, 1944; Budapeste, 1956; Havana, 1961; Paris, 1968; Lisboa, 1974; Manágua, 1979; Chiapas, 1994; foram alguns dos momentos fortes – mesmo se efémeros – dessa dimensão emancipadora do século. Eles constituem pontos de apoio preciosos à luta das gerações futuras por uma sociedade humana e solidária.

Irã propõe 'período de transição' na Síria com Assad no poder O Irã propôs ao mediador internacional Lajdar Brahimi um "período de transição" na Síria sob a supervisão do presidente Bashar al-Assad, declarou nesta segunda-feira um funcionário de alto escalão do Irã, citado pela rede de televisão em língua árabe Al-Alam. "Propomos o fim da violência, um cessar-fogo, o fim do envio de armas e do apoio aos grupos terroristas, assim como a organização de um diálogo nacional entre a oposição e o governo", declarou o vice-ministro das Relações Exteriores, Hossein Amir-Abdollahian. O Irã propõe um "período de transição que conduza à realização de eleições presidenciais e legislativas (...) e tudo isto sob a supervisão do presidente Assad", acrescentou. Acrescentou que a Síria deu seu "acordo" a esta proposição. O ministro iraniano das Relações Exteriores, Ali Akbar Salehi, entregou no domingo a Brahimi, que visitava Teerã, esta "proposta informal" para colocar fim ao conflito sírio.

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No domingo à noite, Brahimi se reuniu com o presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, e na negociação com o dirigente iraniano reiterou a proposta do governo do Irã para ajudar a resolver a crise. O Irã "está pronto para cooperar e fornecer uma ajuda para que o povo sírio possa encontrar calma e segurança", disse o presidente iraniano, segundo o site da presidência. O Irã é o principal aliado regional do presidente Assad. A violência na Síria deixou ao menos 33 mil mortos desde o início, em março de 2011, da rebelião contra o regime, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Petróleo dispara a economia global BALTASAR MONTAÑO | Pablo Pardo O Fantasma do plano de Yom Kippur e as economias do mundo 34 anos depois. A primeira crise do petróleo principal começou em outubro de 1973, quando os países exportadores de petróleo árabes reuniram-se para não vender os materiais cobiçados -primas para as nações que apoiavam Israel na guerra contra a Síria e o Egito. Logicamente, no pacote eram países culpados Estados Unidos e outras nações da Europa Ocidental. A medida dos países árabes quadruplicou o preço do petróleo, que subiu para 10 dólares , em comparação a US $ 2,5 risível agora que quando o petróleo negociado sobra e ainda não sabe que ele tem sido em eufemisticamente chamado de tensões geopolíticas. A "arma do petróleo", nunca usada até agora por qualquer governo, as economias do mundo mergulhou em uma grave crise com a inflação, que nos Estados Unidos levou à detenção de três milhões de trabalhadores entre 1975 e 1981. Espanha, um dos países europeus mais dependentes das fontes externas de energia, passou de uma taxa de desemprego de 1% em 1975 para 24% em 1980, embora muitos outros fatores contribuíram para, em seguida, um em cada quatro trabalhadores para ficar desempregados . A crise teve seu segundo ato com a queda do Xá do Irã em 1979, provocando o preço do barril a 34 dólares, para desestabilizar principais economias do mundo para trazê-los para a recessão. Muita coisa aconteceu desde então, e um barril de petróleo agora vale quase 10 vezes mais do que na década de 70 e quase o triplo nos 80. Agora, economia totalmente globalizada, todos os temores são de que os preços do petróleo ultrapassem uma semana, que começa amanhã, a barreira piscológica $ 100. De acordo com os especialistas consultados, a preços constantes, um barril de petróleo a $ 101 é nos mesmos níveis em 1980 como responsável por $ 34, embora esta equação pode variar, dependendo do sistema de cálculo de inflação e taxas de câmbio . Descontada a inflação,

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tanto os preços são semelhantes, que, na opinião de Roberto Centeno, Professor de Economia na Universidade de CEO Mardid e ex-Campsa, que pode levar à recessão econômica global. Depois de várias semanas consecutivas subindo implacavelmente, o barril de Brent, a referência europeu, fechou na sexta-feira com uma queda ligeira, mantendo-se no nível de 93,18 dólares. Seu irmão EUA barril Texas, também temperada sua ascensão e ficou em $ 96,32. Mas esta semana é crucial. Primeiro, porque os contratos futuros terminam em novembro em um barril de petróleo, e, segundo, porque na quarta-feira o Departamento de Energia dos Estados Unidos informará sobre as suas reservas que caíram acentuadamente na semana. O coquetel pode ser explosivo, se essas duas variáveis, instalado no pior cenário e catapulta bruta para novos máximos. As últimas quatro semanas, os EUA anunciaram que suas reservas não pararam de cair, assim como o inverno começa e consumiu mais energia, no que foi o impulso final do surto de petróleo no mês passado. Apesar do cenário iminente, especialistas alertam que uma crise do petróleo não acontece durante a noite, leva-se meses para consolidar e tornar-se uma recessão. Ainda assim, os efeitos já está sendo sentido na rua, especialmente na Espanha, onde o aumento dos preços dos alimentos básicos e do impacto do petróleo sobre o custo da gasolina está prejudicando seriamente a saúde das poupanças das famílias. De acordo com a pesquisa realizada pela Sigma Dos para o El Mundo, divulgado ontem, 93% dos cidadãos em seus bolsos e nota "muito ou pouco" dos preços das commodities. Cebola, 22% mais caro do que há um ano, o leite (20%) e cereais (8,4%), entre muitos outros alimentos, ter feito mais para acrescentar pressão para as famílias que já suportam os pagamentos de hipoteca , com elevações Euribor, e do aumento da gasolina. De acordo com dados da Associação da Andaluzia posto de gasolina, desde 1 de Janeiro, os preços da gasolina 95 octanas aumentou 13% e o óleo diesel, 15,5%. Mas o pior ainda está por vir, alerta esta associação, uma vez que o petróleo irá nos próximos dias em movimento bruto subindo para suas estações de serviço. Será nos próximos dias, especialmente com o advento da ponte da Constituição e das férias de Natal, quando o óleo grande (entre a Repsol YPF, Cepsa e BP controle cerca de 6.000 das 7.000 estações de serviço em Espanha) para mover preços finais internacionais petróleo aumenta. De acordo com Andrés Delgado, chefe do posto de gasolina da Andaluzia, nos dias de gasolina vai subir, em média, entre 0,030 e 0,060 euros (entre cinco e 10 pesetas), superou não ser revertida e o euro barreira psicológica por litro. De baixo para cima e de cima para baixo, o espectro da crise econômica começa a ter aparência de realidade, depois de alguns meses

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marcados pelo impacto da crise do subprime nos Estados Unidos no resto das economias e do estouro da bolha imobiliária na Espanha. Até agora, a crise foi vista pelos cidadãos como algo distante, quase intangível, até a ascensão de alimentos básicos tem dado um tapa de realidade para os bolsos. A Comissão Européia tem sido rápido em números oficiais endossam o que já é de conhecimento comum em bares e supermercados, que chegam magra. Bruxelas reviu em baixa o crescimento da economia espanhola, 3,8% menor do que o esperado este ano para 3% no próximo ano. Mas vai ser em 2009, quando a economia espanhola a crescer abaixo da média européia. Ele vai fazer de 2,3%, contra 2,4% na UE-27. A Comissão também adverte que o desemprego aumentará a uma taxa de 8,5% no próximo ano e 9,1% em 2009. Neste contexto, ter provocado a crítica ao governo, que tem visto 9/10 subiu inflação de outubro para se situar em 3,6%. Segundo Roberto Centeno, a crise vem, mas "as reformas estruturais são, sem dependência energética externa e Espanha aumentou para 82%, em comparação com 40% em média na UE-27 e 50% do UE-15. " Mas os problemas não se limitam à Espanha e Europa. De fato, na quintafeira da crise sobre o crescimento e a inflação atingiu o Congresso dos EUA. E assim o fez sob a palavra que mais assusta "estagflação" todos os operadores. O gerente susto foi membro presente da Câmara dos Deputados Maurice Hinchey, um democrata, que, durante uma audiência do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, disse que a situação econômica lembrou da estagflação " »70. "Nós não vemos nada perto do período da década de 70" Bernanke resolvido. Isso indica que o Fed está convencido de que, pelo menos por enquanto, não há risco de "estagflação", termo que foi inventado em 1965 pelo então ministro das Finanças britânico, Ian McLeod, combinando as palavras "estagnação" e "inflação". A "estagflação" é recessão de baixo crescimento ou até mesmo, com preços livres, e é a ruína de bancos centrais e ministros das Finanças, porque implica um dilema: ou final com preço a inflação de uma recessão, ou crescimento continua a ser o custo dos preços fugitivos. Finalmente, os bancos centrais sempre recorrem para a primeira opção, seguindo o exemplo de Volta Paulo, antecessor de Alan Greenspan no Fed, no final da década de 70 lançou uma ofensiva contra a "hiperinflação" sofrimento dos EUA. O resultado foi uma recessão enorme, mas lançou as bases para a expansão maior economia do mundo vem experimentando quase continuamente desde então. Mas, apesar de as palavras de Bernanke, que dilema já está presente na política monetária dos EUA. O chefe da política monetária dos EUA deixou claro na quinta-feira no Congresso, quando ele admitiu que "os recentes aumentos nos preços da energia provavelmente conduzirá a um aumento da inflação por um tempo", ao mesmo tempo, "não parece provável "que o atual JHC Mídia Digital – Edição 002 Ano 2012

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ritmo de crescimento dos EUA" vai realizar. " Desde 31 de outubro, a Reserva Federal deixou claro que, por enquanto, não irá realizar mais baixos do preço do dinheiro. A reação do mercado foi a atual onda de vendas levou o Dow Jones a desistir de 4,8% até agora neste mês. Então, enquanto isso, só nos resta esperar e ver o quão longe este novo choque do petróleo. Um choque que, ao contrário da de 70, é largamente criada pelos mercados financeiros (em média, cada barril de petróleo é de 10 sob contratos derivados), no qual se fala abertamente de uma bolha de petróleo, dado que o crescimento da demanda está diminuindo. Mas a verdade é que estamos em uma imagem inquietante, que assemelha a estagflação de alguma luz. O aumento dos preços depende do que você usar como referência. Quem deve saber melhor é Bernanke si mesmo. Nos alimentos cadeia de supermercados Whole, na esquina da 14 e P, em Washington, onde o presidente do Federal Reserve e sua esposa, Anna Friedman, faziam a compra no sábado à tarde, um limão que o passado Natal custava 90 cêntimos (sem IVA) do dólar vai longe. E o pão que aconteceu no período de 80 centavos para esfregar contra o dólar. É apenas um reflexo da inflação de alimentos tremenda causada por aumento da demanda de países em desenvolvimento e do desvio do milho para produção de etanol. De fato, a inflação dos alimentos nos EUA é o dobro do CPI do núcleo, que remove produtos alimentares frescos e a energia do índice. Esta situação tem implicações em todo o mundo, incluindo a Espanha, que é o quarto maior importador de milho dos EUA. Mas, para quem o aumento dos preços do petróleo pode ser um problema enorme para o mundo em desenvolvimento. Embora haja especialistas que acreditam que o perigo está sendo exagerado. "Em geral, a maioria dos países em desenvolvimento são exportadores de alimentos, por isso esta situação os beneficia", disse Eveline Herfkens para o mundo, coordenadora executiva da Campanha do Milénio, uma iniciativa das Nações Unidas que tem como objetivo reduzir a pobreza extrema no mundo em 50% até 2015. Herfkens também acredita que, neste choque do petróleo, os países pobres vão sair muito melhor do que nos anos 70, quando os preços do petróleo subindo mergulhou o Terceiro Mundo em uma crise terrível.

A geopolítica Tom Burns Marañón Ele vai desafiar o preço de um barril de petróleo é de US $ 100 em vez de 99? Se você gosta, importa tanto quanto quando o preço passou de $ 98 a 99. E se é razoável, dado como esta para 101 a 100 dólares. Nós gastamos muitos anos contemplando a irresistível ascensão dos preços do petróleo e ano após ano, depois de subir subida, que ancorados ao custo. O que acontece é que US $ 100 é de três dígitos e uma figura fetiche todo e as JHC Mídia Digital – Edição 002 Ano 2012

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pessoas olham para ele. Naturalmente, filho de cada mãe reage a exceder este limite e fica nervoso com o que ele esperava. Algo semelhante acontece quando há 40 anos atrás (como ter a hipoteca e quando custar seus filhos?), Quando a 50 (Você pagou tudo o que deve ao banco, você tem pais idosos?) E para não mencionar quando você gasta limite de 60 (como é o seu plano de previdência?) Como praticamente nenhum tempo de unidade e de transporte de uso público, gastar muito do que significa para o bolso de cada um talismã barreira é de R $ 100. O que importa para mim é o que este preço é na geopolítica do tempo em que vivemos. Os preços do petróleo subindo inexoravelmente pela demanda da China, no auge do desenvolvimento desenfreado, e, em menor medida, por outras economias da Ásia afiada, começando com a Índia. E a questão é que o preço que gera essa demanda reforça a regimes hostis especialmente por autoritário e, pior, como o de Hugo Chávez na Venezuela e Mahmoud Ahmadinejad que dirige o Irã não adicionar a Rússia de Putin. Nunca foi mais urgente agora pensar em termos de políticas alternativas de energia. O primeiro nuclear.

Félix Baumgartner salta a mais de 39 quilômetros de altitude mas não terá batido recorde de tempo em queda livre Félix Baumgartner tornou-se este domingo no primeiro homem a realizar um salto em queda livre a mais de 39 mil metros — bateu também o recorde do voo mais alto em balão tripulado — mas, e os números não são ainda oficiais, não terá batido o recorde de tempo em queda livre batido há 52 anos por Joe Kittinger, comandante da Força Aérea dos Estados Unidos, que se cifra em 4,36 minutos. O austríaco terá estado em queda livre durante 4,22 minutos, tendo-se depois aberto o pára-quedas. Crê-se que durante o mergulho em direção à Terra Baumgartner tenha ultrapassado a barreira do som, a 1100 quilómetros/hora, sem a ajuda de um veículo, o que a confirma-se o torna no primeiro homem a conseguir fazê-lo. JHC Mídia Digital – Edição 002 Ano 2012

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Baumgartner usou um traje especial que o protegeu das baixas temperaturas e pressão.

A alegria e emoção no centro de comando da missão Red Bull Stratos, em Roswell, no Novo México, onde além da equipa de cientistas se encontravam familiares e amigos do Áustriaco, foi desmedida quando Baumgartner pousou, ajoelhando-se e erguendo, então, os braços no ar.

Morreu o antigo rei do Camboja Norodom Sihanouk O antigo rei do Camboja Norodom Sihanouk morreu em Pequim, na China, aos 89 anos de idade. Segundo a agência chinesa «Xinhua», que citou um comunicado divulgado pela Televisão Nacional do Cambodja, o antigo monarca morreu ‘devido a causas naturais’, num hospital de Pequim.

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Sihanouk «sofria de vários tipos de cancro, diabetes e hipertensão», de acordo com a mesma fonte. Sihanouk, que foi rei entre 1941 e 1955, e entre 1993 e 2004, tinha pedido, numa carta redigida em janeiro, que o seu corpo fosse cremado e as cinzas guardadas numa urna, de preferência de ouro, no Palácio Real do Cambodja.

ESPORTE Polícia russa acha bomba falsa com foto do atacante Hulk

Junto com o dispostivo estava uma frase dizendo para o jogador brasileiro ir embora do seu novo clube, o Zenit

Uma bomba caseira falsa, escondida em uma bolsa, foi encontrada nesta sexta-feira (28) no centro de treinamento do time russo Zenit, de São Petersburgo, junto com uma foto do atacante brasileiro Hulk. Ao verificar o dispositivo, a polícia encontrou a foto do novo jogador da equipe acompanhada da frase: "Fora Hulk!". "Nós não negamos a história, mas não vamos comentar também" disse um porta-voz do clube. São Petersburgo provavelmente será uma das cidadessede da Copa do Mundo de 2018. O anúncio será feito no sábado. JHC Mídia Digital – Edição 002 Ano 2012

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Desde que chegou ao Zenit, na negociação mais cara da história de um jogador brasileiro, o atacante da seleção vem enfrentando problemas também com o elenco. Vendido pelo Porto, de Portugal, por R$ 100 milhões, Hulk teve de enfrentar protestos protestos de jogadores do clube russo pelo alto valor pago na sua transferência. O capitão da equipe, Denisov, chegou a ser punido com multa pelo clube após declarar que Hulk não era Messi e nem Ronaldo para ter um salário tão alto.

O atacante brasileiro Hulk, recentemente contratado pelo racista Zenit, tem sofrido por lá. Os próprios companheiros de clube andaram reclamando publicamente da sua contratação e de seu salário. No mínimo, deselegante. Só que o desprestigiado atleta está marcando um gol por jogo. jogo Na sua estréia, passou em branco. Nos dois jogos seguintes, dois gols. Na Liga dos Campeões, contra o Milan, outro gol. O que os companheiros dele devem estar falando agora? Aliás: não imagino e nem quero imaginarcomo como é jogar num lugar onde sua cor de pele é contestada e o faz ser inferiorizado (perante perante eles, e só na cabeça deles). deles

O bom filho a casa torna: após 15 anos, meia Alex acerta seu retorno ao Coritiba Revelado no clube paranaense, assinará contrato de dois anos com o Coxa

Alex

Caio Martins O meia Alex voltará a vestir as cores verde e branco. E elas não serão paulistas. Após 15 anos, o experiente atleta acertou seu retorno ao clube que o revelou para o mundo do futebol: o Coritiba. O novo compromisso do jogador com o Coxa será válido por dois anos e deve ser anunciado pelo clube no intervalo do jogo contra o Náutico, já na noite desta quarta-feira quarta feira (17), no estádio Couto Pereira. JHC Mídia Digital – Edição 002 Ano 2012 012

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(Foto: Reuters)

Alex em sua primeira passagem pelo Coxa (Foto: Arquivo/Coritiba)

A vontade do meio-campista foi fundamental para a sua volta ao Coritiba. Torcedor declarado do clube, Alex foi muito disputado por Coxa, Palmeiras e Cruzeiro, ex-clubes do atleta no Brasil que contavam com sua preferência em caso de retorno ao país. Especula-se que mais de 10 presidentes de clubes brasileiros teriam sondado o jogador. Após pedido da família, o atleta recusou a proposta do Cruzeiro. A partir deste momento, sobraram os dois alviverdes na disputa. O paulista, apesar de contar com a disputa da Libertadores 2013 como trunfo, tem uma iminente queda para a Série B pela frente, algo que não atrai o futebolista. Tudo isso aliado a vontade de voltar a sua “casa” fez com que Alex retornasse ao seu clube do coração para jogar o que podem ser seus últimos dois anos de carreira.

Pedrosa vence no Japão e diminui diferença para Lorenzo no Mundial JHC Mídia Digital – Edição 002 Ano 2012

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Por ESPN.com.br com agência Gazeta Press

Pedrosa comemora a vitória na etapa do Japão da MotoGP

A briga pela primeira colocação da temporada do Mundial de MotoGP teve mais um emocionante capítulo na madrugada deste domingo. O espanhol Dani Pedrosa venceu o Grande Prêmio do Japão da categoria e diminuiu a diferença para seu compatriota Jorge Lorenzo, líder do campeonato e segundo colocado em Motegi.

Pedrosa largou em segundo neste domingo, atrás justamente de seu rival na briga pelo título, mas conseguiu a ultrapassagem e abriu distância sobre seu rival. Nas voltas finais de prova, o piloto da Honda guiou tranquilamente, sem ameaças, até receber a bandeira quadriculada, seguido por Lorenzo e Alvaro Bautista.

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A vitória em Motegi neste domingo mantém Pedrosa vivo na disputa pelo Mundial, apesar de Lorenzo ainda aparecer como favorito ao título. Faltando três corridas para o fim da temporada, o líder soma 310 pontos na tabela, com 28 de vantagem para Pedrosa. A próxima etapa do Mundial de MotoGP é o Grande Prêmio da Malásia no próximo domingo, 21 de outubro. Após a prova em Sepang, a categoria viaja para o GP da Austrália e em seguida vai à Valência, prova que marca o fim da temporada. GP DO JAPÃO, CLASSIFICAÇÃO FINAL 1) Dani Pedrosa (ESP/Honda) 2) Jorge Lorenzo (ESP/Yamaha) 3) Alvaro Bautista (ESP/Gresini Honda) 4) Andrea Dovizioso (ITA/Tech 3 Yamaha) 5) Casey Stoner (AUS/Honda) 6) Stefan Bradl (ALE/LCR Honda) 7) Valentino Rossi (ITA/Ducati) 8) Nicky Hayden (EUA/Ducati) 9) Katsuyuki Nakasuga (JAP/Yamaha) 10) Hector Barberá (ESP/Pramac Ducati) 11) Karel Abraham (TCH/Cardion Ducati) 12) Aleix Espargaro (ESP/Aspar Aprilia) 13) Colin Edwards (EUA/Forward Suter-BMW) 14) James Ellison (ING/Paul Bird Aprilia) 15) Michele Pirro (ITA/Gresini FTR-Honda) 16) Roberto Rolfo (ITA/Speed Master Aprilia)

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Dani Pedrosa

"Foi uma corrida dura porque o ritmo esteve muito rápido desde o início. Tentei compreender a moto, já que ontem tivemos muita vibração, pelo que não sabia como estaria hoje. No início não esteve muito mau, mas depois piorou durante a corrida. Geri a situação da melhor forma que pude e mantive-me com o Jorge; consegui uma trajetória melhor na saída da curva e passei-o e depois fiz umas boas voltas para conseguir uma vantagem. O Jorge tentou manter-se comigo, mas depois decidiu ficar pelo segundo lugar. Fizemos o que tínhamos de fazer e só foi pena não haver mais ninguém que nos consiga acompanhar porque em todas as corridas que ganhei ele foi sempre segundo. De todas as formas, vencer corridas é uma grande sensação e agora estamos vencendo. Obrigado à Honda e a toda a equipe, estou mesmo contente por voltar a vencer aqui em Motegi!"

PORTUGAL

GNR detém 68 condutores em operação «truck/bus»

A GNR deteve 18 condutores, no âmbito da operação «truck/bus», que fiscalizou veículos pesados de mercadoria e passageiros.

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A ação da Guarda Nacional Republicana decorreu entre segunda-feira e domingo da semana passada, no âmbito de uma ação desenvolvida em simultâneo em vários países da União Européia. A maioria dos detidos não tinham habilitação legal para conduzir (27) e estavam a conduzir excesso de álcool (24). No total, foram fiscalizados 15.405 condutores de pesados de mercadorias e passageiros, e contabilizados 2.744 contra-ordenações por infrações ao Código da Estrada e legislação regulamentar e complementar. Foram também detectados 481 veículos com excesso de carga, 132 sem inspeção periódica obrigatória, 341 infrações relativas a tacógrafos e 84 condutores com uma taxa de alcoolemia superior a 0,50 gramas/litro de sangue.

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SAÚDE

Estudo controverso aponta possível cura para diabetes tipo 1

ACOMPANHE NOSSOS ARTIGOS

A diabetes tipo 1, o tipo menos comum da doença, é causada pelo próprio sistema imunológico do corpo, que ataca células do pâncreas. Apesar de ocorrer em qualquer idade, é mais comum em crianças, adolescentes ou adultos jovens, por isso também é conhecida como “diabetes juvenil”. Como muitos já sabem, a diabetes ainda não tem cura, e o seu tratamento pode ser complicado. A doença do tipo 1 exige injeções diárias de insulina para regular os níveis de glicose no sangue do paciente, com risco de vida se as doses não forem dadas regularmente. Agora, uma cientista bastante criticada pelos seus semelhantes, Denise Faustman, diretora do Hospital Geral de Massachusetts (EUA), acaba de divulgar os resultados de um estudo experimental que usou uma vacina para a tuberculose criada há um século que conseguiu “banir” a doença nos pacientes temporariamente.

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O avanço Publicado na revista PLoS One, o estudo envolveu uma vacina genérica conhecida como BCG (‘ ou vacina contra a tuberculose, obtida através da bactéria Mycobacterium bovis em estado atenuado). O medicamento genérico, com mais de 90 anos de uso clínico, é atualmente aprovado nos EUA para a vacinação contra a tuberculose e para o tratamento de câncer de bexiga. A primeira fase do ensaio clínico confirmou que o uso da vacina eleva os níveis de um modulador do sistema imunitário, o que pode causar a morte de células autoimunes que alvejam células secretoras de insulina do pâncreas, restaurando temporariamente a secreção de insulina em pacientes humanos com diabetes do tipo 1.

O estudo Em 2001, a equipe descobriu que induzir a expressão do fator de necrose tumoral (TNF, na sigla em inglês) destruía células de insulina autorreativas T, curando diabetes tipo 1 em ratos, por permitir que o pâncreas se regenerasse. Como doses elevadas de TNF são tóxicas para os seres humanos, na próxima fase da pesquisa os cientistas usaram a vacina BCG, que eleva os níveis de TNF nos humanos com segurança. “Nossos resultados mostram que esta vacina simples e barata modifica a auto-imunidade subjacente a diabetes tipo 1, aumentando a produção de TNF e matando as células T causadoras de doenças, o que parece brevemente restabelecer a função das células beta do pâncreas”, explica Faustman. Três pacientes com diabetes de longa duração receberam duas injeções, com quatro semanas de intervalo, de BCG. Três outros receberam injeções de solução salina, ou placebo, servindo como grupo de controle. Em dois dos três pacientes do BCG, os níveis de células T (que atacam ilhotas do pâncreas) caíram. Células mortas autoimunes foram liberadas na corrente sanguínea, o que indicou que o TNF as matou como deveria. A medida da produção de insulina aumentou. “Descobrimos que mesmo pequenas doses da vacina poderiam transitoriamente reverter a diabetes tipo 1, em pacientes que tiveram a doença por 15 anos”, disse Faustman. O efeito durou cerca de uma semana, e não teve reações adversas. Porém, alguns especialistas em diabetes têm suas dúvidas quanto ao estudo. “Há um pouco de ‘pensamento mágico’ nisso”, opinou o Dr. Domenico Accili, da Universidade Columbia (EUA). “A ideia de que BCG ‘apaga’ as células autoimunes é totalmente infundada”. JHC Mídia Digital – Edição 002 Ano 2012

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Mas também há quem apoie o estudo. “Este é um momento emocionante para a pesquisa em diabetes tipo 1”, disse Paul Burn, da Universidade de South Dakota (EUA). “Restaurar a função das células beta é um promissor primeiro passo para a cura da doença. É difícil fazer com que um estudo com ratos se traduza em bons dados em seres humanos, então esses resultados são muito impressionantes”. O próximo passo da pesquisa é aumentar a dosagem de BCG em uma segunda fase do estudo clínico, que deve durar três anos e tem milhões de dólares de financiamento. [MedicalXpress, Reuters]

Esperança para terapia celular: cadáveres podem prover células-tronco

A terapia celular começou a ser estudada muito tempo atrás, história que foi contada recentemente no anúncio do Prêmio Nobel de Medicina de 2012 a John B. Gurdon e Shinya Yamanaka.

Com o potencial de usar uma célula-tronco saudável para substituir outra célula danificada, a terapia celular pode ter inúmeras aplicações, como reconstruir membros perdidos ou sarar o músculo cardíaco após um infarto. Células-tronco são células estaminais pluripotentes presentes em um embrião nos primeiros dias após a concepção, e podem ser transformadas em quaisquer células existentes no organismo adulto: células nervosas, musculares, do fígado, etc.

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Baseado nessa explicação resumida, você já deve ter percebido que essas células estaminais não são exatamente as coisas mais fáceis de se conseguir. Se o aborto já é um tema polêmico por si só, “violar” um embrião para estudar células-tronco foi o foco da controvérsia por um bom tempo, até que ficou provado que células adultas poderiam ser “reprogramadas” para “voltarem” a serem “células estaminais”, capazes de formar qualquer tecido (essa foi a descoberta que deu o Nobel aos pesquisadores). Ainda assim, a pesquisa com humanos precisa ser cautelosa. No caso do Nobel, os estudos científicos vencedores foram feitos com animais. Usar cobaias vivas poderia mesmo levantar questões éticas e preocupações, já os mortos… já estão mortos.

Cadáveres têm células vivas Muito tempo depois de nossos sinais vitais cessarem, pequenas bolsas de células vivem por dias, até semanas. Um estudo neurocientífico do Instituto Lieber para o Desenvolvimento Cerebral em Baltimore (EUA) conseguiu colher essas células vivas dos escalpos e dos cérebros de cadáveres humanos (mortos há dias) e reprogramá-las em células-tronco. Em outras palavras: pessoas mortas podem produzir células vivas que podem ser convertidas em qualquer célula ou tecido do corpo. Sendo assim, esse incrível avanço poderia ajudar a tornar disponível de uma vez por todas a terapia celular. Além disso, o estudo pode lançar luz sobre uma variedade de transtornos mentais, como autismo, esquizofrenia e transtorno bipolar, que podem decorrer de problemas com o desenvolvimento cerebral.

A pesquisa Células maduras podem ser induzidas a se tornarem células imaturas, conhecidas como células estaminais pluripotentes. Pesquisas anteriores já haviam mostrado que este mesmo processo pode ser realizado com os chamados fibroblastos, retirados da pele de cadáveres humanos. Os fibroblastos são as células mais comuns do tecido conjuntivo nos animais, e sintetizam a matriz extracelular, as “bases” complexas entre as células. Fibroblastos coletados de cadáveres podem ser reprogramados em célulastronco pluripotentes induzidas, utilizando produtos químicos conhecidos

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como fatores de crescimento que estão relacionados com a atividade das células-tronco. As células reprogramadas podem então desenvolver-se em uma grande variedade de tipos de células, incluindo neurônios encontrados no cérebro e na medula espinhal. Mas há uma dificuldade: bactérias e fungos na pele podem causar estragos no cultivo das células em laboratórios, tornando o processo complicado. Nesse estudo, os cientistas coletaram fibroblastos dos escalpos e dos cérebros de 146 doadores humanos de cérebro para estudo científico, e cresceram células-tronco pluripotentes induzidas a partir deles. Os corpos estavam mortos de 10 horas a dois dias antes dos cientistas coletarem as amostras, e os cadáveres tinham sido mantidos sob refrigeração no necrotério, mas não congelados. Os pesquisadores descobriram que os fibroblastos retirados do revestimento do cérebro ou da dura-máter eram 16 vezes mais propensos a crescerem com sucesso do que os retirados do couro cabeludo. Isto era esperado, uma vez que o couro cabeludo é propenso à contaminação por fungos e bactérias. Surpreendentemente, as células do couro cabeludo se proliferaram mais e cresceram mais rapidamente do que as células da dura-máter. “Isso faz sentido – a pele está em constante renovação, enquanto esse processo na dura-máter é muito mais lento”, disse Thomas Hyde, neurologista e neurocientista que participou do estudo.

Aplicações Segundo os pesquisadores, cadáveres podem fornecer tecidos do coração, cérebro e outros órgãos para estudo que os pesquisadores não podem obter de forma segura a partir de pessoas vivas. “Por exemplo, podemos comparar os neurônios derivados de fibroblastos com neurônios reais do mesmo indivíduo”, disse Hyde. “Isso nos diz quão confiável um determinado método para derivar neurônios a partir de fibroblastos é. Isso pode ser crucial se, por exemplo, quisermos criar neurônios que produzem dopamina para tratar alguém com Parkinson”. Estudar como as células-tronco pluripotentes induzidas se desenvolvem em vários tecidos diferentes também pode lançar luz sobre distúrbios causados por problemas de desenvolvimento. “Estamos muito interessados nos principais distúrbios neuropsiquiátricos como esquizofrenia, transtorno bipolar, autismo e retardo mental”, disse Hyde. “Ao compreender o que se passa de errado com as células cerebrais nestes indivíduos, poderíamos ajudar a corrigi-las”. [LiveScience, ABCNews]

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Os Benefícios Da Uva – Para Nossa Saúde Thais

Todos nós sabemos que as frutas fazem muito bem a nossa saúde não é mesmo? Mais muitas vezes trocamos as frutas por lanches, bolos, saldados, balas e muitos afinal de contas trocamos as frutas por massas e doces esta é a grande verdade. Mas as frutas são ricas em vitaminas e proteínas e tem muitas frutas gostosas que até de sem muito saborosa faz muito bem a saúde e até ajuda a todos manter uma saúde saudável, elas também a ajudam a diminuir muitos tipos de problemas de saúde. E as frutas oferecem muitos tipos de receitas que são para fazer com elas exemplos: (sucos naturais, sobremesas, bolos, mousse, pavê e sorvete) elas são muito importantes para nós. Então foi pensando em você que hoje nosso blog preparou benefícios da uva para nossa saúde confira abaixo.

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Benefícios •

O suco de uva ajuda a deixam sua pele mais limpa

Ajuda em problemas de intestino

Diminui a quantidade de colesterol

Previne doenças e problemas de coração

É fica em vitaminas C, A, B

Previne os estômagos das gastrites

Melhora o funcionamento dos rins

Ajuda a melhorara circulação sanguínea

A ajuda a perder peso

Ajuda a combater o câncer

Ajuda a limpar o fígado

A remover ácido úrico

Previne envelhecimento prematuro

Previne doenças de anemias

As frutas E você pode utilizar elas para muitos cardápios e, além disso, também pode consumir outras uvas como: fruta seca, uva passa, sucos, vinho, saladas de frutas e diversos pratos. Comece a comer frutas, pois elas fazem muito bem para nossa saúde, e para você que não gosta de uva não precisa comer uva ais sim outras frutas, o importante comer fruta. Se você gostou sobre os benefícios da uva para nossa saúde que o nosso blog preparou deixe seu comentário, pois estaremos sempre postando novidades.

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GASTRONOMIA

Aprenda a fazer saladas diferentes e incremente o seu dia-a-dia na cozinha.

Confira a lista de receitas -

Salada Salada Salada Salada Salada Salada Salada Salada Salada Salada Salada Salada Salada Salada Salada Salada Salada Salada Salada

de alface, agrião e tirinhas de pimentão vermelho de agrião, com cogumelos paris e fatias de maçã de legumes de alface crespa e roxa, tomate e cebola em cubos de agrião, alface roxa, tomate cereja e mussarela de búfala de rúcula, radicchio e tomate cereja de agrião, tomate e palmito de folhas enriquecidas com frutas frescas, como figo ou maçã verde de folhas verdes de agrião e endívias verde, rodelas de cebola roxa e palmito picado de alface com tomates de agrião, alface crespa roxa, tomate cereja e mussarela de búfala verde, tomate cereja e lascas de pimentão de alface com tiras de maçã verde com fatias de rabanete de agrião, cenoura ralada fina e lâminas de cogumelo paris fresco de folhas verdes com lascas de parmesão de alface com aspargos grelhados e um molho de mostarda

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Salada de Acelga, tomate cereja e azeitonas Salada de alface com Maça verde Salada Verde com Laranja Palitinhos Crocantes de Legumes

COMO PREPARAR: Salada de alface, agrião e tirinhas de pimentão vermelho Em uma saladeira, coloque 2 folhas de alface lisa e 2 folhas de alface crespa, rasgadas com a mão, 2 ramos de agrião e ¼ de pimentão vermelho cortado em tiras finas. Misture e sirva com o molho de sua preferência. Rendimento: 2 porções

Salada de agrião, com cogumelos paris e fatias de maçã Em uma saladeira, misture 3 ramos de agrião, 1 cogumelo paris cortado em lâminas finas e ¼ de maçã cortada em fatias finas. Tempere com 1 colher de sopa de azeite, ½ colher de sopa de suco de limão e sal a gosto. Rendimento: 2 porções

Salada de legumes Descasque 2 cenouras e 2 beterrabas. Corte a cenoura em rodelas grossas e a beterraba em cubos grandes. Cozinhe separadamente e misture tudo em uma vasilha. Tempere com 2 colheres de sopa de azeite e sal a gosto. Rendimento: 2 porções

Salada de alface crespa e roxa, tomate e cebola em cubos Em uma saladeira, misture 4 folhas de alface crespa e 2 folhas de alface roxa, rasgadas com a mão. Junte ½ tomate cortado em cubos pequenos e 1 colher de sopa de cebola picada. Misture e sirva com o molho de sua preferência. Rendimento: 2 porções

Salada de agrião, alface roxa, tomate cereja e mussarela de búfala Em uma saladeira, misture 7 folhas de alface roxa, 5 ramos de agrião e 10 tomates cereja cortados ao meio. Junte 2 bolas médias de mussarela de búfala cortadas em fatias finas e sirva com o molho de sua preferência. Rendimento: 2 porções

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Salada de rúcula, radicchio e tomate cereja Em uma saladeira, misture 4 ramos de rúcula, 8 folhas de radicchio e 8 tomates cereja cortados ao meio. Sirva em seguida com o molho de sua preferência. Rendimento: 2 porções

Salada de agrião, tomate e palmito Em uma saladeira rasa, acomode 8 ramos de agrião, 1 tomate cortado em meia lua e 2 palmitos cortados em fatias grossas. Sirva em seguida com o molho de sua preferência. Rendimento: 2 porções

Salada de folhas enriquecidas com frutas frescas, como figo ou maçã verde Em uma saladeira, misture 2 folhas de alface roxa e 2 folhas de escarola rasgadas com a mão. Acomode sobre as folhas, 1 figo cortado ao meio. Sirva em seguida com o molho de sua preferência. Rendimento: 2 porções

Salada de folhas verdes Em uma saladeira, misture 4 folhas de alface mimosa e 4 ramos de agrião. Sirva em seguida com o molho de sua preferência. Rendimento: 2 porções

Salada de agrião e endívias Em uma saladeira, misture 4 ramos de agrião e 8 folhas de endívias. Salpique 2 tomates seco picados e sirva em seguida com o molho de sua preferência. Rendimento: 2 porções

Salada verde, rodelas de cebola roxa e palmito picado Em uma saladeira, coloque 4 folhas de escarola rasgadas com a mão. Distribua rodelas de cebola roxa e 1 palmito picado. Sirva em seguida com o molho de sua preferência. Rendimento: 2 porções

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Salada de alface com tomates Em uma saladeira, misture 12 folhas de alface lisa rasgadas com a mão e 1 tomate cortado em meia lua. Sirva em seguida com o molho de sua preferência. Rendimento: 2 porções

Salada de agrião, alface crespa roxa, tomate cereja e mussarela de búfala Em uma saladeira, misture 5 folhas de alface, 2 ramos de agrião, 4 tomates cereja cortados ao meio e 1 bola média de mussarela de búfala picada. Sirva em seguida com o molho de sua preferência. Rendimento: 2 porções

Salada verde, tomate cereja e lascas de pimentão Em uma saladeira, misture 6 ramos de rúcula e 4 tomates cereja cortados ao meio. Salpique lascas de parmesão a gosto e sirva em seguida com o molho de sua preferência. Rendimento: 2 porções

Salada de alface com tiras de maçã Em uma saladeira, misture 12 folhas de alface crespa com ½ maçã cortada em fatias finas. Sirva em seguida com o molho de sua preferência. Rendimento: 2 porções

Salada verde com fatias de rabanete Em uma saladeira, misture 3 folhas de alface crespa, 3 folhas de alface lisa e 1 rabanete cortado em fatias finas. Sirva em seguida com o molho de sua preferência. Rendimento: 2 porções

Salada de agrião, cenoura ralada fina e lâminas de cogumelo paris fresco Em uma saladeira, misture 6 ramos de agrião e ½ cenoura ralada fina. Distribua 1 cogumelo paris cortado em lâminas e sirva em seguida com o molho de sua preferência. Rendimento: 2 porções

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Salada de folhas verdes com lascas de parmesão Em uma saladeira misture 10 folhas de alface e 5 folhas de escarola. Salpique lascas de parmesão e sirva em seguida com o molho de sua preferência. Rendimento: 2 porções

Salada de alface com aspargos grelhados Em uma frigideira, derreta 2 colheres de sopa de Qualy, junte 6 aspargos e cozinhe-os por 5 minutos ou até ficarem “al dente”. Desligue o fogo e tempere com sal e pimenta a gosto. Em uma saladeira rasa, acomode 6 folhas de alface, e ao lado, coloque os aspargos grelhados. Para fazer um molho de mostarda, misture em uma vasilha, 2 colheres de sopa Requeijão Speciale Sadia, 1 colher de sopa de leite, 1 colher de chá de azeite e 2 colheres de chá de mostarda. Sirva em seguida. Rendimento: 2 porções

Salada de Acelga, tomate cereja e azeitonas Em uma saladeira, coloque 2 xícaras (chá) de folhas de acelga rasgadas, 6 unidades de tomate cereja, 2 azeitonas pretas sem caroço fatiada em rodelas, ½ cebola pequena cortada em tiras finas. Num recipiente, coloque 1 colher (café) de sal, 1/2 colher (café) de pimenta do reino preta moída na hora a gosto, 1 colher (sopa) de suco de limão, 2 colheres (sopa) de azeite extra virgem para fazer o molho, misture bem e regue sobre a salada no momento de servir. Rendimento: 2 porções

Salada de Alface com Maça verde Em uma saladeira, coloque 2 xícaras (chá) de alface americana rasgada, ¼ de maçã verde cortada em fatias, ¼ de cenoura ralada, 3 colheres (sopa) de salsão cortado em cubos pequenos, 2 colheres (sopa) de nozes picadas. Num recipiente, junte ½ xícara (chá) de iogurte natural, 4 colheres (sopa) de azeite de oliva extra virgem, 1 colher (café) de aceto balsâmico ou vinagre de maçã, 1 colher (chá) de mel, 1 colher (café) de sal e misture bem e regue sobre a salada antes de servir. Rendimento: 2 porções

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Salada Verde com Laranja Em uma saladeira, 1 xícara (chá) de alface mimosa, 1 xícara (chá) de rúcula, 6 gomos de laranja pera sem a pele, 2 colheres (sopa) de amêndoas laminadas e levemente torrada. Num recipiente, adicione 4 colheres (sopa) de azeite de oliva extra virgem, 1 colher (sopa) de suco de laranja, 1 colher (sopa) de vinagre, 1 colher (café) de sal e misture bem e regue sobre a salada antes de servir. Rendimento: 2 porções

Palitinhos Crocantes de Legumes Em dois potinhos, acomode 1/2 unidade de cenoura sem casca e cortada em palitos, ½ xícara (chá) de salsão cortado em palitos, 2 unidades de rabanetes cortado em quatro partes, e ramos de tomilho fresco. Num recipiente, misture 4 colheres (sopa) de azeite de oliva extra virgem, 2 colher (sopa) de suco de limão, 1 colher (café) de sal, 1 colher (café) de folhas de tomilho fresco e sirva junto com os legumes. Rendimento: 2 porções

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Molhos para salada

Molho de iogurte: adaptado da Salada da Thais Em uma vasilha, misture 1 embalagem de iogurte natural, 2 colheres de sopa de azeite, ½ colher de sopa de suco de limão, 1 colher de sopa de molho de soja, 1 colher de sopa gengibre ralado e sal a gosto. Molho de alho: adaptado da Salada à Moda Em uma vasilha, misture 1 colher de sopa de mostarda e 2 colheres de sopa de suco de limão. Junte 3 colheres de sopa de azeite em fio, batendo com um garfo até formar um molho espesso. Junte dois dentes de alho picados e 1 talo de cebolinha picado. Misture e tempere com sal a gosto. Molho de nozes: adaptado da Salada Califórnia Em uma saladeira, misture 1 colher de sopa de mostarda, 4 colheres de sopa de suco de limão, 1 embalagem de iogurte natural e 3 colheres de sopa de creme de leite. Junte 6 colheres de sopa de salsa e 6 nozes picadas. Tempere com sal e pimenta enta-do-reino reino e mexa bem até ficar homogêneo. Molho de requeijão: adaptado de Mix de Folhas Verdes com Molho de Requeijão Em uma vasilha, misture 3 colheres de sopa de Requeijão Speciale Sadia, 2 colheres de sopa de mostarda e 3 colheres de sopa de azeite. azeite Junte 5 colheres de sopa de água e tempere com sal e pimenta a gosto. Com a ajuda de um garfo misture bem até ficar homogêneo. Molho vinagrete de hortelã e balsâmico Em uma vasilha, misture 2 tomates picados, 20 folhas de hortelã e 1 cebola picada. Junte e 2 colheres de sopa de aceto balsâmico, 3 colheres de sopa de JHC Mídia Digital – Edição 002 Ano 2012 012

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azeite e 1 colher de sopa de mel. Tempere com sal e pimenta e mantenha na geladeira até o momento de servir. Molho de mostarda Em uma vasilha, misture 2 colheres de sopa Requeijão Speciale Sadia, Sad 1 colher de sopa de leite, 1 colher de chá de azeite e 2 colheres de chá de mostarda. Sirva em seguida.

Chocolate

Um dos alimentos mais consumidos e apreciados, o chocolate possui uma legião de fãs espalhados pelo mundo. Muitos se consideram verdadeiros “chocólatras”, e não conseguem passar um só dia sem saborear a guloseima. Mas, apesar do sucesso, ainda há dúvidas sobre seus benefícios para a saúde. Descubra a seguir algumas verdades e mitos sobre esta delícia. O chocolate proporciona sensação s de bem-estar Verdade. O chocolate contém feniletilamina – substância estimulante muito parecida com outras produzidas naturalmente pelo organismo, a dopamina e a epinefrina –,, que atua no cérebro promovendo a sensação de prazer e calma, associada à felicidade e ao bem-estar. bem

O chocolate deve ser abolido da dieta, pois faz mal à saúde Mito. Se consumido em doses moderadas, é até benéfico, pois contém boas doses de vitaminas do complexo B e alguns minerais como manganês, potássio e magnésio. O chocolate possui, ainda, estimulantes como cafeína e tiramina, substâncias que estimulam os neurônios, melhorando o raciocínio e a capacidade

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de concentração. Mas, como é rico em gordura e açúcar, se consumido em excesso, contribui para o ganho de peso e para o aumento dos riscos de doenças cardiovasculares. O chocolate meio amargo é a melhor opção para quem cuida da saúde Verdade. O chocolate amargo tem maior porcentagem de cacau e, por isso, contém alto teor de flavonoides, antioxidantes que ajudam a reduzir os riscos de doenças cardiovasculares. Vale frisar que entre os vários tipos de chocolate apresentados no mercado, ou seja, ao leite, branco e amargo, este último é o que, além de apresentar maior quantidade de cacau, contém menos gordura na sua composição. Portanto, ele é a melhor opção entre todos, desde que seja consumido sem exageros e como parte de uma alimentação saudável!

Chocolate diet, por não conter açúcar, não engorda Mito. Tanto o chocolate diet como o convencional são calóricos e a saída para evitar uns quilinhos a mais é dosar a quantidade ingerida. O chocolate diet não contém açúcar, mas, em compensação, a adição de gordura é superior, para garantir a mesma consistência. Em alguns casos, ele chega a ser mais calórico que o chocolate comum. Por isso, é indicado especificamente para pessoas que precisam controlar

a

ingestão

de

açúcar,

como

é

o

caso

dos

diabéticos.

Chocolate vicia Mito. Apesar de conter substâncias estimulantes, como a cafeína e a teobromina, a quantidade destes componentes é baixa e não chega a ser suficiente para causar dependência. O desejo por chocolate, que muitos chamam de vício, é causado pela sensação de prazer e bem-estar que seu consumo promove.

Para saber mais sobre os antioxidantes, acesse: http://www.sadia.com.br/vida-saudavel/162_SUA+DIETA+E+RICA+EM+ANTIOXIDANTES

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Etiqueta Como comer alimentos difíceis sem cometer gafes

Como manusear a alcachofra? Posso cortar o espaguete? O que fazer com o caroço de azeitona em uma festa? Veja como livrar-se livrar se dessas e de outras saias justas! Em eventos sociais, muitas vezes ficamos em dúvida na hora de comer alguns alimentos, preocupadas em não cometer gafes. Para você ficar tranquila e fazer bonito em qualquer situação, siga as dicas: JHC Mídia Digital – Edição 002 Ano 2012 012

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Azeitona: tire o caroço da boca com a mão em forma de concha, sem o guardanapo, e coloque-o no canto do prato. O mesmo vale para espinhas de peixe e outros alimentos que não possam ser engolidos. Alcachofra: se for servida inteira, desfolhe-a com as mãos. Mergulhe a parte carnuda no molho e leve à boca. Os anfitriões devem providenciar um pratinho para que os convidados coloquem as folhas descartadas. Consomê: se tiver pedacinhos de torradas (croûtons), coma-os com a colher e depois leva a xícara de consomê aos lábios para tomar o líquido. Escargots: são servidos em pratos especiais, com uma cavidade para cada unidade. São manejados com uma pinça própria, que fica na mão esquerda, e um garfo especial, que deve ser usado pela mão direita. Espaguete: comece a enrolar a massa com o garfo e sobre a colher sempre pela borda do prato, pois assim você evita uma garfada grande demais. Nunca corte o espaguete com a faca, é muito feio! Empadinha: pegue-a com a mão e utilize um guardanapo ou um pratinho para aparar as migalhas que, com certeza, cairão. Faça o mesmo ao comer canapés de massa folhada. Milho: os espetinhos para segurar as espigas estão à venda em qualquer supermercado. Use-os espetados nas extremidades da espiga para levá-la à boca. Mas se não houver espetinhos, segure as pontas com a mão. Frango: em eventos ao ar livre, como o churrasco de final de semana com os amigos, segure a carne com as mãos, à vontade. Dentro de casa, isso só é permitido em encontros familiares. Nunca pegue uma coxinha de frango com as mãos para levá-la à boca durante um jantar formal. Neste caso, use o garfo e a faca para comer. Alface: deve ser dobrada com os talheres ao menos duas vezes antes de ser levada à boca. Não corte as folhas, é feio! Tomate-cereja: como é pequeno, é possível comê-lo inteiro. Se quiser cortálo, tome muito cuidado, pois ele pode escorregar no prato. Espete-o com o garfo, com cuidado, para que o seu suco não espirre. E use a faca para firmar o tomatinho, evitando que ele deslize. Frutas: as grandes, como abacaxi, melancia e manga, devem ser comidas com garfo e faca. Já frutas menores, como uva, pêssego e ameixa, podem ser comidas com as mãos. Coloque os caroços sempre no canto do prato.

As regras do convidado educado Sempre que você é convidado para alguma festa ou reunião social é porque sua presença é muito bem-vinda. Afinal de contas, a gente sabe o trabalho que dá para organizar uma recepção, como é prazeroso ver que as pessoas JHC Mídia Digital – Edição 002 Ano 2012

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estão aproveitando e, por outro lado, como alguém que faz pouco caso pode causar frustração. Por isso, fique atento a algumas regrinhas básicas e garanta seu lugar de novo! 1Responda ao convite o mais rápido possível, confirmando a sua presença, para que os anfitriões tenham tempo de se preparar. 2- Aceite apenas um convite por noite. Dar apenas uma passadinha é muito feio, demonstra desinteresse pelo evento, ou, pior, pelos anfitriões. 3- Seja pontual. Se o jantar for marcado para 21h, o convidado educado deve chegar, no máximo, às 21h15. 4- Enviar flores para a dona da casa é um dos gestos mais simpáticos que um convidado pode ter. Se você quiser mandá-las antecipadamente, certifique-se que chegarão no dia da festa, logo pela manhã. Assim, a anfitriã poderá incluí-la na decoração. 5- Mas se preferir chegar com as flores na festa, sem problemas. O ideal é escolher um arranjo de vaso, para evitar que a anfitriã não tenha que perder tempo procurando onde colocar suas flores. 6Se preferir, ao invés de flores, leve uma caixa de bombons. Sempre agradam. 7Jamais reclame da distância, do trânsito, da falta de lugar para estacionar, enfim, de qualquer coisa que não esteja sob o controle dos anfitriões. 8-

Despeça-se ao menor sinal de sono ou cansaço dos anfitriões.

9Lembre-se de agradecer o convite no dia seguinte. Telefone, elogie e comente detalhes que você reparou. Os elogios são a maior recompensa para quem recebe. Mas atenção: não critique ninguém que estava na festa. É horrível!

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CIGS - Projeto Búfalo

“A selva não pertence ao mais forte e sim ao mais habilidoso, ao mais resistente e ao mais sóbrio”. - Transporte de Material em ambiente de Selva Baseado em publicações da Divisão de Doutrina e Pesquisa do CIGS

O Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS),desde a sua criação, procurava solucionar a questão do transporte de armas, munição, água, rações e equipamentos por frações de tropa empenhadas em operações na selva. A procura de um meio de transporte eficiente e de baixo custo baseou suas pesquisas na utilização de bicicletas e animais de carga que pudessem ser adestrados para esse fim. A primeira tentativa realizada, durante o Comando do Coronel Gélio Augusto Barbosa Fregapani, pretendia utilizar uma anta treinada desde pequena para se adaptar às necessidades operacionais observadas pelas tropas na Amazônia. Foi adaptada uma cangalha especial fixada às costas do animal dentro da qual se colocavam pequenos pesos, mas o animal jamais se adaptou e corcoveava até se ver livre da carga, não se sujeitando ao adestramento.

Reproduzo,

abaixo,

a

mensagem,

bastante

ilustrativa,

recebida pelo mestre Fregapani. JHC Mídia Digital – Edição 002 Ano 2012

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“Em 1981 fizemos a tentativa com a anta. Não era nascida em cativeiro, mas já estava acostumada no zoológico. Ainda que eu tivesse tido a idéia, a condução foi do nosso veterinário, o então Capitão Camoleze. A ele pertence a glória, se houver. O mais difícil foi fazê-la obedecer; não adiantou cachimbo nem freio e bridão. Somente foi resolvido com uma argola no nariz, onde se amarrava uma corrente até um bastão. A partir de então podíamos levá-la para onde quiséssemos. As cangalhas também não deram resultado; a anta batia nos troncos como se quisesse livrar-se de uma onça que a agarrava. O que deu resultado foi um peitoral onde se prendiam duas varas, que eram arrastadas e onde se poderia colocar um bom peso, como os cavalos de índio do faroeste. Ainda penso que a anta seria o ideal para transporte de suprimento e munição. Ela come qualquer coisa, inclusive as folhas espinhentas da palma negra. Além de poder ‘puxar’ até 50 Kg ainda dá um churrasco para uma companhia, em caso de necessidade. Lamento o abandono das experiências. Outros comandantes tiveram a gentileza de me informar sobre as experiências com muares e búfalos. Claro que os estimulo a prosseguir. Muares foram usados por Plácido de Castro. Isto significa que funciona, nas trilha, é claro, e já eram usados nos seringais, o que significa que podiam ser obtidos no local. Quanto ao búfalo, é uma boa esperança. Tal como aos muares, ainda não tenho a experiência prática para ver como varariam a selva juntamente com uma pequena tropa. desconfio que não seja fácil, mas só vendo. Numa trilha, tudo bem, mas na trilha talvez o muar seja até melhor. Penso também na praticidade para transporte aéreo e fluvial em pequenos barcos. O fato é que só experimentando e tentando que se avança, e por isto me orgulho do nosso CIGS. Mesmo que sejamos os melhores do mundo na selva, descansando sobre os louros seremos ultrapassados. Avante portanto. Selva!” (Coronel Gélio Augusto Barbosa Fregapani)

Nos idos de 1983, foi desenvolvido um projeto utilizando-se muares. O animal foi conduzido para a Base de Instrução Número 1, localizada no quilômetro 55 da Rodovia AM 010. Depois de serem estabelecidas metas e um cronograma de trabalho, iniciou-se a fase prática. O primeiro teste avaliou o comportamento do muar sob uma carga de 60 quilos de suprimentos, montado sobre cangalhas confeccionadas com palha. O animal deveria realizar um deslocamento “através selva” de, aproximadamente, 2.000 metros. Ao chegar ao primeiro socavão, a cerca de 800 metros da base, onde existia um chavascal, o animal empacou e se negou a ir em frente. Como os JHC Mídia Digital – Edição 002 Ano 2012

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muares apresentavam sérios problemas de natureza veterinária e limitações para vencerem obstáculos naturais bastante comuns na selva amazônica, o projeto foi abandonado pela inaptidão do animal para o ambiente de selva.

Mais recentemente, no ano de 2000, a Divisão de Doutrina e Pesquisa desenvolveu outro projeto empregando a bicicleta para o transporte de carga. Esta idéia surgiu a partir do estudo de técnicas especiais utilizadas pelos vietcongs na guerra contra os USA, no final da década de 60 e início dos anos 70. As resistentes bicicletas de fabricação soviética eram viáveis no Vietnã, onde a fisiografia da selva possibilitava a abertura de trilhas e o largo emprego da mão de obra farta e barata. Devido ao grande esforço físico despendido pelo homem para empurrar a bicicleta, ela não foi aprovada como sendo uma opção para a logística no interior da selva.

- Histórico do Projeto Búfalo

Com a continuidade dos estudos chegou-se finalmente ao búfalo, animal já adaptado com sucesso na Amazônia, rústico e com diversas características que foram ao encontro das necessidades militares para o emprego de animais. O chamado Projeto Búfalo nasceu em 2000, e tem demonstrado ser uma das soluções para as necessidades das tropas de selva brasileiras devido

à

resistência

do

animal,

sua

adaptação

ao

ambiente

e,

principalmente, à sua capacidade de transportar 400 kg ou mais de carga no lombo, ou até três vezes isso, quando tracionando carroças.

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A primeira e única informação a respeito do emprego do búfalo, que não fosse para o consumo humano, foi baseada em uma foto de um cartão postal. Neste cartão retratava-se a utilização do animal para fins de patrulhamento pela 5ª Companhia Independente da Polícia Militar (5ª CIPM ) na cidade de Soure, na ilha do Marajó- PA. Foram realizados alguns contatos preliminares para tentar viabilizar a doação e o transporte de um animal de Soure para o CIGS. Devido ao alto custo e a falta de um contato mais aproximado, optouse por tentar conseguir um animal nas proximidades de Manaus. Foi doado um casal de búfalos com 4 meses de idade, da raça Mediterrâneo. Os animais foram transportados de Itacoatiara para o CIGS no dia 12 de junho de 2000 e, imediatamente, enviados para a Vila do Puraquequara e, de lá, em embarcação boiadeira, até a Base de Instrução Número 4. A Divisão de Doutrina e Pesquisa apresentou ao Comandante uma proposta de trabalho que permitiu dar os primeiros passos para o Projeto, único no mundo, empregando-se animais selvagens para o transporte de carga no interior da floresta. Desde o início, foi observado que todos os militares envolvidos deviam possuir algumas características que viessem a facilitar o andamento dos trabalhos, tais como: paciência - para enfrentar a teimosia que os animais apresentavam para realizar determinadas atividades; rusticidade - para encarar as dificuldades do terreno por onde os animais se deslocavam; vigor físico - para empurrar, puxar, carregar o material, as carroças, os bolsos carregados com material, nadar com os animais nos igarapés etc. Além dessas características, deve demonstrar desprendimento e iniciativa - para JHC Mídia Digital – Edição 002 Ano 2012

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enfrentar as reações adversas apresentadas pelos animais que eram inusitadas e, muitas vezes, com relativo risco para a integridade física do homem, cabendo a eles decidirem qual a melhor forma de se atingir o objetivo proposto. Com relação ao efetivo a ser empregado no Projeto, podese concluir que é necessário um homem para cada animal, na fase de adestramento, ou seja, desde os primeiros passos com a condução na corda, trabalho nas trilhas, nos igarapés, na alimentação dentre outras inúmeras atividades.

- Colete Tático Transportador No início do Projeto, o objetivo primordial era domesticar os animais, passando para eles características que viessem a facilitar o cumprimento das metas estabelecidas na Proposta de Trabalho apresentada. Desde a fase inicial,

foi

buscado

o

desenvolvimento

de

um

colete

que

pudesse

acondicionar o material que iria ser carregado, ou seja, no primeiro momento era fundamental que o animal se acostumasse com algo sobre o seu lombo. Para tanto, foi desenvolvido um tipo de colete denominado pela equipe como “colete tático transportador”. Os coletes desenvolvidos permitiram que fossem

administrados

gradativos

pesos

sobre

o

lombo

dos

búfalos,

acondicionados em bolsos de tamanhos variados – todos confeccionados em lona bastante resistente. Com o andamento dos trabalhos, houve a necessidade de aprimoramento destes materiais. A cada nova investida na selva, uma nova idéia surgia e era aplicada de imediato. Com o início dos trabalhos de tração, houve a necessidade de aquisição de carroças especificamente fabricadas para este fim. Procurando-se conhecer a viabilidade e a adequação dos animais para o transporte humano, foram adquiridas, da ilha de Soure -PA, duas celas especificamente fabricadas para este fim.

- Conclusão A experiência de emprego de tropa de carregadores, durante a Operação Mura, realizada pelo 1º Batalhão de Infantaria de Selva no ano de 2000, utilizando-se militares do 12º Batalhão de Suprimentos para compor esta fração, mostrou que o homem não suportou, como se esperava, as adversidades do terreno. Após 10 dias de deslocamento com um peso médio de 30 Kg para ressuprir cachês em pontos locados dentro da área de combate, a tropa se encontrava estafada e sem condições de prosseguir na missão. Aliado a este fato, cabe ressaltar que além de ter que carregar o material a ser ressuprido, o carregador tem que levar o seu material

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individual (ração, munição, material de higiene, roupa de muda, dentre outros). Assim, os 30 Kg que serão ressupridos mais o material do homem, eleva-se para cerca de 41,5 kg. Verificou-se que a média de deslocamento de uma tropa a pé em terreno variado, que é de 1km/h, ficou reduzida a 0,6 km/h, tendendo a diminuir, à medida que parte da tropa apresentava sintomas de estafa, impondo-se a necessidade de se dividir o peso entre aqueles homens que ainda permaneciam na missão de carregadores. O emprego tático do búfalo em operações na selva tem por objetivo tê-lo como um colaborador, um facilitador, enfim um meio alternativo para o transporte

das

mais

variadas

cargas

possíveis.

Dessa

forma,

sua

colaboração está em retirar o peso do homem, economizando esforços por parte da tropa empregada no ressuprimento, possibilitando a manutenção e o aumento do poder de combate, alongando a permanência do homem em condições de combater por mais tempo e em melhores condições. Poderá estar enquadrado em fração de qualquer nível ou com uma equipe de ressuprimento sem restrições quanto ao horário de emprego, bem como no terreno a ser percorrido, tendo em vista que o animal tem boa visão à noite e já é adaptado à vida aquática. Quanto à alimentação, não há necessidade de grandes preocupações da tropa em querer ressupri-lo, pois ele come de tudo e possui a capacidade de sintetizar proteínas de vegetais inferiores, precisando de pouco complemento alimentar, o qual ele mesmo poderá transportar.

Os dóceis búfalos do Marajó O búfalo é o grande símbolo de Soure. Por isso, é comum encontrá-los pelas ruas da cidade.

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O búfalo não é um animal originário da Ilha do Marajó. Não se sabe exatamente como eles vieram parar por aqui. Acredita-se que chegaram à Ilha após o naufrágio no inicio do século XXIX de um navio que partiu da India e naufragou entre as Guianas Francesas e o litoral norte do Brasil.

Os búfalos também são utilizados como meio de transporte, fretes, sustento das familias e da ordem social. A policia da região utiliza os búfalos por serem animais que possuem habilidade para enfrentar as intempéries do solo alagado da região. O búfalo por aqui é 'o melhor amigo do homem'.

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A verdade é que eles sa adaptaram muito bem por aqui. Pois as vejetações e condições climáticas do lugar se tornou um paraíso para esses animais.

Boa parte das famílias tem ao menos um búfalo e os consideram como animal de estimação.

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ARTE Maquiagem de efeitos em criaturas: entrevista com Matt Rose e Chad Waters Debra Beller - traduzido por HowStuffWorks Brasil O futuro da maquiagem de efeitos em criaturas

Inventando criaturas HSW: Contem-nos sobre a vida de um projetista de maquiagem. Como é um dia típico de vocês num set de filmagem ou no escritório? Chad Waters: Bem, durante a maior parte do tempo o Matt preferia ficar no escritório para construir a maquiagem, basicamente esculpir, supervisionar. Ele foi muito pouco ao set de filmagem do projeto ["Hellboy" ]. O Matt é quem devia contar a história, mas ele jurou há anos: "Chega de sets". O "Hellboy" fez com que ele voltasse aos sets. Já eu não me importo e vou. Qualquer coisa na qual tenhamos trabalhado, eu vou ao set e faço a manutenção do que fizemos. Se tiver sido feito em maquiagem (alguma criatura), temos de vestir o ator. Há muitas outras pequenas coisas que fazem tudo funcionar. O Matt normalmente ficava todos os dias no escritório, mas parte do acordo quando aceitamos fazer o "Hellboy" foi: "Matt, você vai à Praga?" e ele: "Hum, vou". (Rindo)

Foto cedida por Grimm Grotto Goods Da esquerda para a direita: Matt Rose, Frank Rydberg e Chad Waters no set de "When Zombies Attack"

Assim como em coisas do dia-a-dia (bem, em qualquer show, na verdade), existe um período de "P e P", pesquisa e projeto, no qual tentamos descobrir o que estamos fazendo e gastamos três ou quatro meses, às vezes até mais.

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"Poderoso Joe" fez com que ficássemos um ano no escritório, apenas construindo as coisas. Quando as gravações se aproximam, você precisa antecipar o que precisará no set de filmagem: quantas pessoas, quais tipos de materiais e estoque para manter tudo. Quando entramos no set, tudo muda, porque é um mundo totalmente diferente: tudo é muito apressado e você precisa usar tudo que demorou tanto tempo para criar. E, com certeza, você fez tudo da melhor forma possível para que não quebre ou cause problemas no set.

Foto cedida por Grimm Grotto Goods Design de busto de maquiagem esculpido para "Hellboy"

HSW: Qual é o processo típico de criação de cada criatura ou personagem? Matt Rose: Depende do projeto ou do filme. Há um ilustrador com quem eu adoro trabalhar, Carlos Huante (em inglês), que é um artista incrível. Se estiver trabalhando em um projeto no qual ele esteja envolvido, você pode trabalhar a partir de suas maquetes. Elas são praticamente cópias heliográficas. Às vezes, como em "Hellboy", começamos apenas com umamaquete de argila. Eu me sinto mais confortável ao trabalhar com três dimensões do que com bidimensão, mas o trabalho em "Hellboy" foi baseado nos desenhos de Mike Mignola. Ele trabalhava na produção como consultor e não sabia exatamente do que se tratava. Tudo era tão impressionante que perguntamos para ele: "Você pode fazer um estudo do personagem Hellboy de frente, de lado e de costas?". Nos quadrinhos, ele sempre está em alguma JHC Mídia Digital – Edição 002 Ano 2012

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posição dinâmica ou de briga. Ele simplesmente disse: "Eu já apresentei algumas coisas". Quando o conhecemos e depois de "Hellboy", ele fez com que eu entendesse (ele tinha um livro que tinha exatamente o que estávamos pedindo na época). Teria ajudado tanto (rindo) ter aqueles desenhos do Mike na época, mas ele estava tão atordoado com tudo que provavelmente pensava: "Com quem esses caras estão falando?" Como Matt disse, fomos do trabalho artístico do Mike para uma maquete ou uma interpretação tridimensional. Muitas pessoas trabalham a partir de desenhos, mas é muito exagero. Você normalmente coloca uma pessoa lá dentro (a criatura); portanto deve prestar atenção em sua anatomia. Em "Homens de Preto", por exemplo, para Mikey, Carlos fez rascunhos lindos, então Matt começou a trabalhar e teve que fazer uma maquete do ator que faria o personagem, com sua anatomia e proporções, primeiro para garantir que tudo estava lá, para depois colocar o monstro em cima, de forma que tudo estivesse relacionado. Muitas pessoas não pensam nessas coisas juntas, elas só olham esses desenhos malucos e dizem: "Faça". É impossível "fazer isso". É preciso fazer por partes, como se fosse um grande boneco. Mas se quiser que haja alguém ali dentro, você realmente irá precisar pensar de forma diferente.

Foto cedida por Grimm Grotto Goods Design de busto de maquiagem do perfil de Hellboy

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BELEZA Truques De Beleza – Como Fazer Uma Bela Maquiagem

Toda mulher gosta de estar sempre linda e cheirosa não é mesmo? E a maquiagem é uma coisa muito importante para todas as mulheres, pois a maquiagem é para todos os tipos de ocasião portando devemos usar todos os dias tem aquelas mais leves e escuras. Existem muitos tons de maquiagem para trabalhar, para sair é diferente. Tem ocasião especial que devemos tomar cuidado com os tons de cores. Pois uma maquiagem às vezes faz o estilo completo das pessoas. É importante usar um tipo de maquiagem ideal para cada look e ocasião. Muitas mulheres não se dão muito bem com o tom preto, a dica é para não causar efeitos de um olho bem preto troque a cor preta na pálpebra pela cor marrom.

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Para deixar os cílios bem longos aplique mais de duas vezes a máscara de rimel nos cílios causará bons efeitos.

Sombra em pó faz borrar muito e além se fazer uma sujeira, uma dica para tirar se cair no rosto é só tirar com um pedaço de fita adesiva mais tome cuidado para não borrar ainda mais.

Uma dica muito legal se quiser clarear um pouco o batom passe em cima um corretivo deixara seu batom mais claro.

É uma ótima para tirar maquiagem do rosto é shampoo, mas ele também é muito bom para.lavar e tirar os resíduos dos pincéis.

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Contato jhcMidiaDigital@gmail.com Cel: +55 (11) 98178-5433 www.facebook.com/jhcmidiadigital JHC Mídia Digital – Edição 002 Ano 2012

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