Jornal Nacional da Umbanda Ed. 21

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Jornalnacionaldaumbanda.com.br São 25 Paulo, 10 de setembro de 2011. contato@jornaldeumbanda.com.br Pág. 1pág. 01 Jornal Nacional da Umbanda São Paulo, de Setembro de 2011. Edição 21 contato@jornaldeumbanda.com.br Expediente: Alan Levasseur Rubens Saraceni

Quadro Pintado por Mãe Dorothea

Jornal Nacional da Umbanda Edição nº 21 Índice de Matérias EDITORIAL A Ética sacerdotal (Rubens Saraceni) pág. 02 As Crianças na Umbanda (Rubens Saraceni) pág. 04 DOUTRINA O bate cabeça e o tirar de sapatos (Newton C. Marcellino) pág. 05 Senhor Guardião Exu Tiriri (André G. dos Santos) pág. 06 Formatura de Sacerdocio - Adriano Camargo (Alexandre Cumino) pág. 07 PSICOGRAFIA A Nova “velha” Umbanda (João Galerani Jr) pág.09 Do alto daquela montanha (André Cozta) pág.10 Vicios. para que? Para quem? (Alexandre Yamazaki) pág. 12 Pintura mediúnica (Augusto) pág. 13 Inicio de atividades (Junior Pereira) pág. 14 Dalai lama pela quarta vez no Brasil (Sandra Santos) pág. 15 Jornal ICAPRA completa 5 anos (Sandra Santos) pág. 16

Caminhando agente se entende (Sandra Santos) pág. 16 BALUARTES DA UMBANDA Mãe Carmem de Xango (JNU) pág. 18 EVENTOS UMBANDISTAS Tenda união dos caboclos (JNU) pág. 19 Terreiro da Vó Benedita (J.N.U.) pág. 19 CADERNO DO LEITOR Você é o seu templo (Junior Pereira) pág. 20 Clarice Lispector (Junior Pereira) pág. 20 Sara – A Santa Cigana (Ronaldo Figueira) pág. 20 Pepino – saiba como ele é precioso (Suzicleide Oliveira) pág. 21 Como denunciar maus tratos de animais (Barbara Boesel) pág. 22 Oke Oxossi, Oke Caboclo (Alexandre França) pág. 24 Vinte e dois toques concienciais III (Wagner Borges) pág. 25 A Magia e a Vida (Nelson Junior) pág. 26 DIVERSOS Direitos. Você Sabia? (Felipe Ortiz) pág. 26 ÚLTIMA PÁGINA Homenagem Póstuma a Samantha Lima (JNU) pág. 27


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EDITORIAL A ÉTICA SACERDOTAL -

1a PARTE. SACERDÓCIO, ÉTICA E CONFIDENCIALIDADE. POR PAI RUBENS SARACENI.

A ética deve regrar a vida do sacerdote umbandista e ele deve ser o confidente e o confessor dos seus seguidores, sabendo ouvir, orientar e calar sobre tudo o que ouvir, tanto dos seus médiuns quanto das pessoas que lhe relatam seus problemas e dificuldades pessoais ou intimas, pois é isto que se espera dele. O sacerdócio é o exercício da profissão da fé, o ultimo recurso das pessoas que estão passando por dificuldades intimas nos seus relacionamentos com Deus, com seus semelhantes e consigo mesmas, sendo que ao sacerdote cabe o dever de saber ouvi-las e orienta-las em acordo com a ética e a moral religiosa umbandista, semelhante à do cristianismo, mas com uma visão espiritualista e com um entendimento da vida semelhante ao do espiritismo, que prega que a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória. E a isto se acrescenta o entendimento hinduísta de que a vida de hoje é um reflexo das anteriores, que geraram um “Karma” que deve ser trabalhado racional e espiritualmente, senão tornaremos a repetir os erros do passado que nos cobram uma reparação para que, já livres deles, possamos almejar um plano elevado após nosso desencarne. Muitas vezes falta ao sacerdote umbandista tanto o senso do bom ouvinte quanto o do fiel confidente, porque não tem a paciência de ouvir as confissões para, só então dar uma orientação séria, segura e calcada no bom senso, na ética e na moral umbandista, orientação esta que sempre deve ser de fé e de esperança, de resignação e de perseverança, porque só assim a pessoa necessitada sairá esperançosa e reconfortada, mais fortalecida e confiante de que, mais adiante suas dificuldades e problemas terão sido solucionados. Saber ouvir é o exercício da paciência e da fraternidade, que são atributos do Sentido da Fé, sentido este que rege todos os sacerdotes e a religiosidade dos seres. E saber falar na hora certa e de forma positiva indica outro dos atributos de um bom sacerdote, que interpreta corretamente as dificuldades e os anseios dos seus confidentes, não passando a frente deles, impondo-lhes seus pontos de vista pessoais sobre toda e qualquer questão. Para se exercer o cargo de Dirigente Espiritual de um centro de Umbanda é preciso que a pessoa tenha a vocação e os dons ou faculdades mediúnicas indispensáveis (intuição, inspiração, sensibilidade, percepção e incorporação), além de ser uma pessoa fraterna, sensata, acolhedora, caridosa, generosa e compreensiva, sempre disposta a ouvir seus semelhantes e auxilia-los com seus dons e suas forças espirituais, naturais e divinas. De pouco vale ser dotado de dons excepcionais se os outros atributos não estiverem presentes e não fazerem parte do seu estado de consciência, graduando-o realmente como um servo de Deus aqui na Terra. Sim, um sacerdote é um servo de Deus e tem por função principal a orientação correta aos que o procuram, na maioria das vezes já desesperados e angustiados com as dificuldades que os afligem, ao qual as revelam justamente porque nele confiam e esperam uma palavra de consolo, conforto ou esclarecimento. Ouvir, refletir e dar uma orientação correta é o dever. Consultar seus guias antes de fazer alguma coisa pela pessoa necessitada é a obrigação. Fazer algo, incorporado ou não, depende de cada caso, pois muitas vezes não é preciso pôr o guia em terra para ele dizer ao consulente aquilo que já transmitiu ao seu médium através da intuição. E, muitas vezes, quem tem que fazer algo é o próprio consulente, que precisa ir até a natureza, em um ou mais pontos de forças e neles fazer uma oferenda ritual para poder ser ajudado, porque, só com o orixá gerando algo novo em sua vida ela voltará a ser prospera e agradável. O sacerdote umbandista não deve pensar os problemas de quem o procura segundo a visão dos sacerdotes das outras religiões, pois a Umbanda atua na vida dos seres de forma diferente, uma vez que, se fosse para ela ser igual às outra, então não teria sido criada. Ainda que, aos


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desconhecedores da Umbanda, ela pareça igual às outras religiões afro descendentes, no entanto ela não é. Nem ao umbandomblé a Umbanda é igual, ainda que em ambas se cultue os orixás, muitas vezes nomeados em outras línguas africanas. A forma de a Umbanda atuar na vida de uma pessoa é diferente da forma adotada por alguns cultos afro descendentes (umbandomblé), pois estes, para ajudar uma pessoa, exigem que ela faça certos preceitos e obrigações que são uma conversão religiosa, atrelando seu sucesso à sua fidelidade ao que lhe será recomendado que faça dali em diante e pelo resto de sua vida ao orixá que lhe é indicado, inclusive, com a pessoa ficando “preza” ao Babalorixá ou Ialorixá que a recebeu. Na umbanda isto não acontece e a pessoa é livre para ir a outro centro. Ela não tem que se submeter a certos rituais convertedores disfarçados de ajuda espiritual, fato este que a obriga a voltar periodicamente até quem o recebeu e refazer determinadas obrigações, senão sua vida voltará a “andar para traz”. Isto assusta muitas pessoas, afastando-as dos que assim procedem, porque não querem assumir uma nova religião e sim, só querem ser ajudadas. Já a Umbanda, porque não trabalha com conversões e só inicia quem é médium de incorporação, este procedimento não é adotado e a pessoa fica livre para seguir seu próprio caminho depois de ser ajudada. Na Umbanda, e para a espiritualidade isto é regra, que é seguida ao pé da letra, pois, após ajuda-las, eles mesmos recomendam que ela volte só quando tornar a se sentir incomodada por algo de fundo espiritual. O sacerdote umbandista deve saber destas coisas e entender que só deve converter e iniciar as pessoas que são médiuns de incorporação, estes sim, porque também têm que trabalhar com seus guias espirituais e realizar todo um trabalho caritativo, atendendo as pessoas cujos problemas têm fundo espiritual. No plano espiritual a Umbanda foi pensada para ser uma via evolutiva “aberta” às pessoas possuidoras da mediunidade de incorporação e que têm a missão ou o compromisso, assumido antes de encarnar, de incorporar os espíritos guias e com eles atender às pessoas necessitadas de auxilio espiritual, auxiliando-as sem nada pedir em troca e sem exigir-lhes a conversão religiosa. Isto pode parecer um contrassenso ou um paradoxo, mas foi para isto que ela foi criada por Deus, pois, se fosse para ela ser igual às outras, não se justificaria a sua criação. E nisto esta sua beleza e atratividade, pois quem vai a um centro de Umbanda sabe que não tentarão converte-lo ou “amarra-lo” com algumas “obrigações”, que são para o resto da vida, tal como fazem as religiões que obrigam as pessoas a se converterem e só frequentarem seus templos, proibindo-os de visitarem os de outras religiões. Ou não é isto que prega a doutrina cristã, a judaica, a islamita e parte dos seguidores da doutrina espírita. Por isto, que aqui afirmamos convictos, é que o sacerdote umbandista tem que receber as pessoas segundo esta visão delas, sem se preocuparem com qual religião ela segue ou se segue alguma. Para o plano espiritual, não importa qual a religião que uma pessoa siga, pois todas foram criadas pelo mesmo Deus e todas são boas e veem realizando a contento o que o Divino Criador Olorum determinou para cada uma delas. Mas, pessoas com problemas espirituais ou com mediunidade de incorporação, em todas elas existem e nem sempre são devidamente compreendidas ou corretamente ajudadas e orientadas, tornando-as pessoas perturbadas e infelizes porque os sacerdotes de muitas delas não só não sabem como lidar com estes problemas, mas porque muitas religiões negam a existência de comunicação com o mundo espiritual ou condenam quem a estabelece e começa a receber orientação dos espíritos, condenando quem assim procede ao inferno, ao pecado, etc. Ao sacerdote umbandista não compete atribuir as dificuldades ou os problemas das pessoas às religiões que elas seguem e sim, é seu dever sacerdotal receber a todos como seus irmãos em Deus, que estão precisando de auxilio espiritual e aos quais deve auxiliar com amor e fraternidade, sem nada pedir ou exigir em troca, pois foi para isto que Ele a criou e a tem sustentado com todo o seu Poder Divino, assim como aos seus Médiuns. Já é senso comum o ditado que diz que “Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos”, não? Pois bem!


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“A Umbanda foi criada por Deus, justamente para acolher aqueles que foram escolhidos por Ele para serem médiuns de incorporação de Espíritos Guias, os já capacitados a ajudarem as pessoas com problemas e de fundo espiritual e os espíritos com problemas de fundo materialista”.

AS CRIANÇAS NA UMBANDA. A Linha das Crianças, cujos membros baixam nos centros de Umbanda é de todas a mais misteriosa. Esses espíritos infantis nos surpreendem pela ternura, inocência, argúcia, carinho e amor que vibram quando baixam em seus médiuns. O arquétipo não foi fornecido pelo lado material da vida, pois uma criança com seus 7, 8 ou 9 anos de idade, por mais inteligente que seja, não está apta intelectualmente a orientar adultos atormentados por profundos desequilíbrios no espírito ou na vida material. Quem forneceu o arquétipo foram os seres que denominamos “encantados da natureza”. Não foi baseado em espíritos de crianças que desencarnaram que essa linha foi fundamentada e sim, nas crianças encantadas da natureza amparadas pelos orixás, que os acolhem em seus vastos reinos na natureza em seu lado espiritual e os amparam até que cresçam e alcancem um novo estágio evolutivo, já como espíritos naturais. Os espíritos que se manifestam na linha das crianças atendem pessoas e auxiliam-nas com seus passes, seus benzimentos e suas magias elementais, tudo isso feito com alegria e simplicidade enquanto brincam com seus carrinhos, apitos, bonecas e outros brinquedos bem caracterizadores do seu arquétipo. Ele é tão forte que adultos encarnados sisudos se transfiguram e se tornam irreconhecíveis quando incorporam suas “crianças” ou Eres. A presença desses espíritos infantis é tão marcante que mudam o ambiente em pouco tempo, descontraindo todos os que estiverem à volta deles. Todo arquétipo só é verdadeiro se for fundamentado em algo pré-existente. O arquétipo “Caboclo” fundamentou-se no índio brasileiro e no sertanejo mestiço. O arquétipo “Preto-Velho” fundamentou-se no Preto já ancião, rezador, mandingueiro e curador. O arquétipo “Criança” fundamentou-se na inocência, na franqueza e na ingenuidade dos seres encantados ainda na primeira idade: a infantil. E, caso não saibam, há dimensões inteiras habitadas por espíritos nesse estagio evolutivo, conhecido no lado oculto da vida como “estágio encantado”. Nessas dimensões da vida vivem eles e suas mães encantadas, todas elas devotadas à educação moral, consciencial e emocional, contendo seus excessos e direcionando-os à senda evolucionista natural, pois eles não serão enviados à dimensão humana para encarnarem. A elas compete supri-los com o indispensável para que não entrem em depressão e caiam no autismo ou regressão emocional, muito comum nessas dimensões. Nelas há reinos encantados muito mais belos do que os “contos de fadas” do imaginário popular foi capaz de descrever ou criar. Cada reino tem uma Senhora, uma mãe encantada a regê-lo. E há toda uma hierarquia a auxiliá-la na manutenção do equilíbrio para que os milhares de espíritos infantis sob suas guardas não regridam, e sim, amadureçam lentamente até que possam ser conduzidos ao estágio evolutivo posterior. O arquétipo é forte e poderoso porque por trás dele estão as Mães Orixás, sustentando-o, e também estão os Pais Orixás, guardando-o e zelando pela integridade desses espíritos infantis. A literatura existente sobre esse estágio se restringe a alguns livros de nossa autoria que abordam o estágio encantado da evolução dos espíritos. Mas que ninguém duvide da sua existência, porque ele realmente existe e não seriam “crianças” humanas recém-desencarnadas e que nada sabiam de magia ou de orixás que iriam realizar os prodígios que os “Erês” realizam em benefício dos frequentadores das suas sessões de trabalhos ou com as forças da natureza quando são oferendados em jardins, à beira-mar, nas cachoeiras ou em bosques frutíferos. Há algo muito forte por trás do arquétipo e esse algo são os Orixás encantados, os regentes da evolução dos espíritos ainda na “primeira idade”. Para conhecerem melhor o estágio encantado da evolução, recomendamos a leitura do livro de nossa autoria A Evolução dos Espíritos, editado pela Madras. Por Pai Rubens Saraceni.


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DOUTRINA O BATE CABEÇA E O TIRAR DE SAPATOS - Capítulo 2. Por: Newton C. Marcellino.

A Sacerdotisa Sofia já contava com alguns anos à frente de seu terreiro e sempre ministrava cursos sobre Umbanda para poder sanar as dúvidas dos membros da corrente mediúnica. Continuando as perguntas dos alunos de um de seus cursos: - Porque nas giras fazemos o ritual do bate cabeça? Sofia explicou a todos: - No ritual de bate cabeça os membros da corrente mediúnica deitam no chão ou se ajoelham colocando a testa no chão. Na religião do Islã, isso simboliza a submissão, humildade e reverência a Deus; na Umbanda, além da humildade e reverência, a pessoa pede licença para a Terra, para receber suas boas energias. A Terra fornece uma quantidade incalculável de energia às pessoas, mas a que sobe à crosta é uma energia elemental misturada com todas as energias possíveis emanadas pelo Universo e concentradas no interior terrestre. Na Umbanda, nós transformamos o solo do terreiro em sagrado, em um processo de rezas, cruzamentos e firmezas, e isso faz com que a energia que passa por esse solo sagrado seja filtrada, e a que chega aos seus membros e frequentadores é uma energia mais específica para nossos trabalhos espirituais. Apesar do solo do terreiro ser sagrado, os guias espirituais riscam seus pontos para especificar mais ainda o tipo de energia que passará da Terra para a pessoa que permanecer sobre o ponto. - Então a Terra só emite energias? - Não! Além de emitir energias, a Terra também as absorve! Absorve energias que vem do Universo e de nós também! Obviamente, no terreiro nós temos um local apropriado para devolver para o solo as energias que não utilizamos ou aquelas que nos fazem algum mal: É a tronqueira, ou casinha de Exú! Mas, voltando ao bate cabeça, o médium utiliza uma toalha consagrada para tocar o chão, que também serve como purificadora no processo de passagem de energias. Ao bater cabeça, além de receber e emitir energias para a Terra, o médium se coloca à disposição do guia espiritual, deixando claro sua humildade ao deitar-se e, indiretamente, ele diz que a partir daquele momento deixa de ser um médium para ser o instrumento do guia, ou seja, o médium entra em contato com o divino, através desse ritual. - Porque alguns se ajoelham diante do altar e depois batem a cabeça? - Em sinal de respeito e humildade! Bater cabeça no altar também ajuda na captação das energias concentradas nas imagens e firmezas ali colocadas. - E tirar os sapatos para entrar na gira? - É para captar da melhor maneira possível a energia que a Terra emite, e a melhor maneira é tirar os sapatos! Descalços, nós facilitamos a entrada dessas energias. Quando estamos carregados de energias negativas, facilitamos a descarga ficando descalços, porque a energia sai pelo meio mais fácil, que são pelos pés e a Terra puxa essas energias nocivas para seu interior. Há também o fato de que, ao caminharmos pelas ruas com nossos sapatos, baixas energias que se encontram pelas calçadas e ruas podem ficar presas nos sapatos, juntamente com sujeiras, germes e outros detritos e, ao chegarmos ao terreiro, que possui um solo sagrado e limpo, evitamos o contágio ao nos descalçarmos. - E o ato de tocar o solo com as mãos e posteriormente tocar nossa cabeça ao adentrarmos o terreiro? -É o reconhecimento do médium de estar pisando em solo sagrado. Algumas pessoas cruzam o solo três vezes e dizem: por Olorum, por Oxalá e por Ifá; outras pessoas pedem licença para entrar em local sagrado; outras batem com as mãos no chão e as levam à cabeça em


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reconhecimento e humildade. Para este ritual, existem inúmeras opções e variantes, dependendo de cada terreiro. Nada é feito por acaso na Umbanda, menos ainda para chamar a atenção das pessoas! Sempre há um fundamento por trás de cada ritual! Críticas e sugestões: newton.utf@gmail.com Blog: http://umbandatemfundamento.blogspot.com

SENHOR GUARDIÃO EXU TIRIRI E SEU MISTÉRIO DIVINO Enviado por: André G. dos Santos

O Mistério Tiriri tem me intrigado há muito tempo. Tem despertado muitas perguntas, muita confusão e poucas respostas fundamentadas pra mim. Sempre procurei entender, e para isso, sempre busquei muito por informações. Este texto que compartilho sobre o mistério Tiriri e seus guardiões é fruto do conhecimento que me foi transmitido em conversas telepáticas com um representante dessa falange, ocorridas através de desdobramento astral, onde tive o prazer de encontrá-lo. Tem como principal intenção entender cada vez mais, cultuá-lo de forma mais abrangente e de compartilhar respostas às perguntas que sempre me fiz e que acredito que outros se fazem. Esse guardião instruiu-me a buscar respostas na semântica do nome TIRIRI e em seus pontos cantados, onde a simbologia deste mistério aparece. Ele me disse: “No principio era o verbo, e o verbo é mistério e poder. As palavras trazem simbolismos sagrados”. Semanticamente, podemos encontrar fragmentos de seu nome e, portanto de seu simbolismo, em dois idiomas que influenciam nomes na Umbanda: o Yorubá e o Tupi-Guarani. No tupi-guarani encontramos os seguintes simbolismos: TI - Rio, Cascata e Espuma (Oxum e Iemanjá); RIRI - Tremer, Rolar (Xangô). No Yorubá encontramos os seguintes simbolismos: TI - Corruptela que coloca a palavra no passado (poderíamos inclusive interpretar essa corruptela como influencia de Logunan/Oyá Tempo); TÍ - Que, Se, Caso; TÌ - Fechar, Trancar (Ogum); RÌ - Afundar (Omulu); RÍ - Parecer (Ogum), Achar (Exu), Conseguir (Oxum), Arranjar (Exu), Encontrar (Exu), buscar (Oxossi) e Perceber (Ogum); RÍRÌ - Valor; RÍRÍ - Enxergar, clarear (Oxalá). Provavelmente, da interpretação isolada desses significados e, por haver grande influencia de significados voltados ao Orixá Ogum em seu simbolismo, que se chegou à conclusão de que esse mistério atuava somente na força de Ogum. No entanto, podemos observar outras influencias diretas na simbologia de seu nome e, dessa forma, entender que o Mistério Tiriri é um mistério que atua nas sete irradiações divinas, da mesma forma que os Mistérios “Sete” (Sete Coras, Sete Espadas, Sete Encruzilhadas, etc.). Muito provavelmente, esse mistério funcione como os mistérios sétuplos, que atuam na força de Ogum, como os Sete Espadas, Sete Lanças, Sete Correntes, etc. Analisando alguns pontos cantados, encontramos mais informações para corroborar com essas afirmações:


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Ele se chama TIRIRÍ, Nasceu lá em Mato Grosso. Se criou em Nazaré, em Nazaré (por sincretismo, Oxalá) É filho de um Xavante (Oxossi) Neto de um navegante (Iemanjá) TIRIRÍ é um Rei (Oxalá), um Rei ele é! Exu que é Rei de Quimbanda Tem sete obés de ouro (Oxum) Saravá seu Tiriri É meu rei (Oxalá) e meu tesouro. Eu vi Exu dando gargalhada Com tridente na mão e sua capa dourada (Xangô, Oxum, Iansã, Egunitá, Obá) Ele é Exu Tiriri, morador lá da Calunga (Iemanjá, Omulu, Obaluayê) Vem firmar seu ponto aqui! Em algumas tradições, o Mistério Tiriri é considerado o "Senhor da Vidência" ou aquele que vê mais além, devido à semântica TI + RÍRÍ do Yorubá (Aquele que enxergou, que já viu, que vê antes) e, por isto, é um dos mais evocados para ajudar no jogo de búzios, principalmente no Candomblé. É um mistério que muitas vezes se apresenta apenas como Tiriri, mas que em outras, apresenta-se com outros nomes agregados como Senhor Tiriri das Encruzilhadas, Senhor Tiriri das Matas, Senhor Tiriri Menino, Senhor Tiriri da Calunga, Senhor Tiriri das Almas, etc., e até mesmo com nomes em Yorubá como Senhor Tiriri Bará, Senhor Tiriri Apavenã, Senhor Tiriri Apanadá e Senhor Tiriri Lonã, ampliando o simbolismo e sua atuação com as outras linhas de Umbanda. Humildemente reverencio o Mistério Exu Tiriri e todos os Senhores Guardiões que trabalham nessa falange e peço-lhes força, amparo e proteção. Salve o Mistério Tiriri! E-mail: andre.gsantos@setecaminhos.com.br

FORMATURA DO CURSO DE SACERDÓCIO DE UMBANDA. Por Alexandre Cumino.

No dia 11 de Setembro de 2011, mais de quatrocentas pessoas se reuniram para o evento de formatura da segunda turma do curso de Sacerdócio de Umbanda promovido pelo Templo Escola de Umbanda Ventos de Aruanda de São Bernardo do Campo – S. P. Em clima de alegria e confraternização, os 37 formandos receberam os símbolos de seu grau, estolas, filás e seus brajás de búzios em uma recepção marcada pela emoção e expectativa. Dirigido pelo Sacerdote Adriano Camargo, conhecido como o Erveiro da Jurema, o curso com duração de dois anos e meio, contou com visitas aos pontos de


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forças dos Orixás, matas, praias, cachoeiras e pedreiras, aulas práticas e teóricas e muita dedicação dos alunos, que foram testados em seu limite para alcançarem sua graduação. A madrinha da turma foi Mãe Andréia Camargo que também participou da mesa de honra e ofereceu suas palavras de carinho e emoção aos formandos. A mesa de honra contou com as presenças de Pai Rubens Saraceni (Colégio de Umbanda Pai Benedito de Aruanda), Vereador Dr. Gilberto França, Alexandre Cumino (Colégio Pena Branca), Pai Silvio Matos (APEU), Pai Nilo Massone (AUCAR), Yalorixá Kiussam de Oliveira, Catarina Dimov (TEUVA) além da presença de honra nos atabaques de Pai Severino Sena (Tambor de Orixá) e Pai Engels Barros (Aldeia de Caboclos). Todos os convidados de honra tiveram a oportunidade de oferecer aos formandos suas palavras de apoio e carinho. Participaram na curimba Thais Camargo, Cristiane Candido e Kadú, da Aldeia de Caboclos, tocando atabaques e também Dona Ivone da Aldeia e Sandro Matos da APEU cantando seus pontos. Na oportunidade foi anunciada pelo Vereador Dr. Gilberto França a aprovação pela Câmara Municipal de São Bernardo do Campo do Titulo de Cidadão São Bernardense ao Pai Adriano Camargo, como reconhecimento ao seu trabalho. Parabéns ao Pai Adriano Camargo, Mãe Andréia Camargo, Templo Escola de Umbanda Ventos de Aruanda e aos formandos: Alda Maria de Souza Nascimento Ana Paula Silva Moura Andréia Azevedo Pasternack Andreo Romera Dell´Osso Angelita da Silva Antônio Carlos Tavares Bruno Thomás Pereira Carlos Alberto dos Santos Celina Pereira Estevam Conceição Silva Dulcelina Josefa dos Santos Fábio Luciano de Brito Fábio Martins Ferreira Isabel Cristina Maciel Brandão Iuzimá Inês Teixeira Requena Jorseli Ângela Henriques Coimbra José Donizeti Ribeiro Kátia Cilene Peres dos Santos Leonardo de Almeida Davites

Luciane Nogueira Márcia Cianga Sales Márcia Helena dos Santos Maria Antônia Jansen Maria Aparecida Leone Serges Maria Cecília de Oliveira Maria José Peres Marília Aparecida de Souza Rodrigues Matilde Feitosa Santos Marson Michelle Cristiane Alface Neusa Rita de Brito Nildete Ribeiro Sanches Octávio Augusto Estevam Pâmela Rosa Pereira Ferreira Ricardo Correia de Lima Sandra Lia Schmidt Diniz Vanusa Pereira dos Santos Vinícius Strutzel Firmino E-mail: adriano@ervasdajurema.com.br


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MAGIA DIVINA – WWW.COLEGIODEUMAGIA.COM.BR Magia Divina dos 7 Raios Sagrados -

Venha fazer esse curso e convide seus amigos,

familiares e conhecidos para faze-lo também, aprendendo a trabalhar facilmente com problemas de fundo espiritual ou provenientes de magias negativas. Inicia-se e evolua no campo da magia divina.

Magia Divina das 7 Chamas Sagradas -

Primeiro e fundamental grau de Magia é o grau

de Magia do Fogo ou Magia Divina das Sete Chamas Sagradas. Sua simplicidade e facilidade de apreensão são as responsáveis pela sua receptividade entre os adeptos da Magia, e a sua praticidade abre as portas para seus praticantes trabalharem com ela onde quer que estejam, já que dispensa paramentos e rituais que dificultariam sua aplicação.

Magia Divina das 7 Pedras Sagradas -

O foco deste curso iniciático é o uso magístico e

terapêutico das pedras, pois desde tempos imemoriais elas são usadas como amuletos, talismãs, pentáculos, ornamentos sacerdotais ou como fonte de poderes nem sempre comprováveis ou possível de ser comprovados

Magia Divina das 7 Ervas Sagradas -

A Magia Divina é um das mais fascinantes e nos revela

uma das formas de vida, criadas por Deus para nos auxiliar na nossa sobrevivência aqui no Plano material e muitas formas!

A NOVA "VELHA" UMBANDA. Por: João Galerani Jr.

Há mais de cem anos, quando a Umbanda começou em uma casinha simples, com pessoas simples e apenas uma rosa na mesa para enfeitar a sala, havia muita simplicidade, muita humildade, muito a se aprender e desenvolver. Comecei a Umbanda para atender pessoas quer não eram aceitas em outras religiões ou em outras casas de “caridade”. Comecei também para dar oportunidade a centenas e centenas de Espíritos que queriam ajudar e lutar pelos que precisam, mas também não eram aceitos em outros “Centros Espíritas”, pois não tinham ou apenas não se apresentavam com nenhum grau de superioridade. Existe ai um grande choque de interesses. Se a maioria das religiões prega que todos são iguais, porque uma pessoa de chinelo e calça de algodão ou flanela que entra em uma Igreja ou em um Centro é colocada nas ultimas fileiras e as pessoas de fino porte têm os melhores lugares para receberem as bênçãos? Não seria o contrario? Ou melhor, não seria nada. Chega e se pega o lugar! Pois, independente da situação financeira todos têm suas necessidades, problemas e duvidas a serem escutadas. Mas, do jeito que muitos falam e escrevem por ai, parece que as pessoas de situação financeira melhor são más, são egoístas, e isso é um erro, pois quem faz a seleção das pessoas e espíritos que irão, e aonde participarão das missas ou das sessões são os organizadores das mesmas.


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Por esses motivos começamos a desenvolver a Umbanda, sem preconceitos, sem diferença entre indivíduos, com muito amor, caridade e sem esperar nada, mas nada mesmo em troca! Isso é a Umbanda que eu plantei e que tem que ser vista como o pronto socorro para os seguidores das outras religiões. Quando uma pessoa se machuca e quebra um braço, por exemplo, ela é levada imediatamente ao pronto socorro, onde, sem demora, sem mais perguntas é atendida, volta uma ou duas vezes para ver como esta a fratura, depois ela retira o gesso e some do pronto socorro. Some, mas sempre se lembrara que, em uma situação difícil poderá voltar e, com certeza, será atendida novamente. Pois bem! Isto deve ser feito também nos Terreiros de Umbanda, onde muitas pessoas de varias religiões acabam vindo em momentos de desespero, recorrendo ao “pronto socorro espiritual” onde, sem nem mesmo se converter a nossa religião, devera ser atendida com o mesmo carinho e atenção que qualquer outro frequentador deles. Ela também poderá ter que voltar 2 ou 3 vezes para finalizar o tratamento e depois também sumirá. Mas no fundo de seu coração será sempre grata e sabe que se um dia precisar as portas estarão abertas a ela. Hoje me entristece muito ver Terreiros de Umbanda se transformando em Shows, em Circos. Ver Alguns cobrando consultas, cobrando para fazer “trabalhos”. A Umbanda não faz trabalhos remunerados! Vejo Pais de Santo sendo idolatrados como “Santo”, Pais de Santo maltratando seus filhos, escolhendo quem irá ter a “honra de falar com seu guia”. Outros, e esses em minha opinião são os mais errados, que não deixam seus filhos se desenvolverem corretamente, inventado obrigações que não existem. Fazem isso para serem os centros das atenções. Aí começa o erro, pois SOMOS TODOS IGUAIS. Por esses motivos e mais alguns outros que muito nos magoam, é que nós, do plano espiritual, mentores da Umbanda, estamos estudando cada Terreiro de Umbanda, cada Médium, cada Cambono, cada Ogã e cada Pai de Santo, para começarmos a refazer a Umbanda, começarmos novamente, como fizemos há cem anos. E isso já esta acontecendo. Iremos cuidar de acertar cada Terreiro, cada médium, cada cambono, cada Ogã e cada Pai de Santo para tomarem esse caminho e os que não se enquadrarem serão encaminhados para outros centros, mas não os de Umbanda. Ou simplesmente irão se afastar. Precisamos colocar os pés no chão e nos lembrar dos primeiros ensinamentos: ter humildade, amor, solidariedade, etc. Estamos com muita força e proteção para esse trabalho, pois se há cem anos começamos em uma tapera pequena e chegamos ate aqui, com certeza, conseguiremos alinhar tudo que é necessário. Gabriel Malagrida. terreirodavobenedita@gmail.com terreirodavobenedita.blogspot.com

DO ALTO DAQUELA MONTANHA Mensagem de Pai Thomé do Congo, psicografada por André Cozta. "Humildade é Sabedoria (Pai Thomé do Congo)". Enviado por: André Cozta.

Há milênios eu estava sentado àquela pedra, naquela montanha, a mais alta de todas as montanhas. Preto Velho trabalha com o tempo, não é seu escravo e nem o usa contra si. Mas, não havia me apercebido de que tanto tempo se passara desde que eu chegara até aquele lugar. Eu estava cercado pela história do mundo. Ao norte o horizonte, alguns quilômetros ao sul um vulcão adormecido, a leste a terra e a oeste o mar. Olhei para a direita, vi a terra.


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Naquela terra, vi homens primatas lutando pela sobrevivência, ainda de forma rude. Vi reis dominando seus povos de forma tirana, agindo como se fossem deuses. Vi o homem escravizando e exterminando seus irmãos, matando por motivos fúteis, roubando, sobrepondo-se a seus semelhantes. Vi nações exterminando-se em guerras inúteis, por ganância, ambição e sede de poder. Pitei meu cachimbo e pensei: -“Eles não sabem que tudo isso passará e a conta a ser paga virá. A justiça do Sagrado Pai Xangô é implacável”! Vi todas as construções, de todos os tempos, sobre aquela terra. Vi prédios modernos, os homens engravatados, as mulheres elegantes, mas, havia por ali também, homens e mulheres humildes, sem oportunidade, sem perspectiva, andando de um lado a outro como se fossem robôs. Olhei para a esquerda, vi o mar. Vi os navios colonizadores chegando à América do Sul, entrando na “casa” daqueles nativos sem ao menos pedir licença e tomando conta da sua terra e de todas as suas riquezas. Vi navios negreiros vindos da África com homens e mulheres acorrentados. Tinham um olhar sem perspectiva, como se fossem mortos-vivos. Vi navios a serviço da ganância humana poluindo aquela água e destruindo-a. O petróleo valia muito! Tentava entender como o homem se apoderava do que Deus deu a todos e capitalizava sem o menor problema de consciência. Vi o homem jogando lixo ao mar e destruindo-o mais e mais a cada dia. Pitei meu cachimbo e pensei: -“O ser humano está destruindo a si próprio e não percebe. Deus deu o mundo para que o homem cuidasse, mas, ele está usando o que recebeu pensando apenas em seus interesses mesquinhos”. Olhei para o horizonte, vi o céu azul. Eu podia ver alguns anjos sobrevoando por ali. Novamente pitei meu cachimbo e pensei: -“Sinto que o fim dos tempos está chegando”! De repente, olhei para a terra e vi construções de todas as épocas (prédios, castelos e casas) ao chão, completamente destruídas. Vi homens e mulheres, pobres e ricos, empresários, mendigos, milionários, nobres, burgueses, reis e rainhas, intelectuais, cientistas, médicos, professores, advogados, crianças, soldados medievais, homens e mulheres das cavernas, gente de todos os tempos. Estavam mortos. Eram bilhões de cadáveres. Solucei, quis chorar, mas, segurei minha emoção. Olhei para o mar, mas, não havia mais mar. A água já não estava mais ali, apenas peixes, algas, baleias, todas as espécies marinhas estavam mortas, haviam sido extintas Sacudi o corpo, como que para segurar a emoção, curvei-me para frente, pitei o cachimbo e chorei, chorei uma única lágrima que correu pelo solo da montanha e, ao chegar ao penhasco, foi levada pelo vento montanha abaixo. A lágrima chegou até a Sagrada Mãe Yemanjá, que já a aguardava com as mãos elevadas e em forma de concha. A Sagrada Mãe Yemanjá jogou a lágrima para o mar, ou melhor, para onde um dia houvera mar. A lágrima tocou o solo, expandiu-se, mas, expandiu-se tanto que, em poucos instantes, havia novamente mar por ali. Todas as espécies de vida marinha renasceram. Eu pitei meu cachimbo e sorri. Mas, lembrei-me da terra, já extinta, da humanidade que não mais existia. Neste instante, um trovão tomou conta do céu. O vulcão entrou em erupção e, paralelo a isto tudo, ouvi o som de uma enorme explosão. Desta explosão, ocorrida no interior do vulcão, saiu o Sagrado Pai Xangô. Era o Arcanjo Xangô Aganju, que saiu dali voando com suas asas brancas enormes. Passou por sobre a montanha, pairou sobre a terra e fez com que aparecessem em suas mãos dois machados de madeira de duas faces. Bateu um machado no outro, transformando-os em uma enorme bola de fogo. Jogou-a ao chão, transformando-a em uma língua de fogo que, em poucos instantes, espalhou-se por toda a terra e dela consumiu todos os restos de construções e todos os cadáveres, sumindo rapidamente no horizonte. A terra ficara ali, avermelhada, sem vida.


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Triste e cabisbaixo, olhando para o chão, pitei o cachimbo e pensei: -“A Sagrada Mãe Yemanjá trouxe o mar de volta, mas, a terra agora não tem mais vida. O ser humano e suas obras foram embora”. Levantei a cabeça, olhei para a terra e tive uma grata surpresa. Vi prédios modernos, suntuosos e exuberantes, carros que pareciam naves espaciais, alguns andavam sobre o solo e outros voavam mesmo. Homens, mulheres e crianças, todos vestindo roupas brancas, num sinal de paz, andavam pela Terra com um semblante alegre, sorriso nos lábios, amor no coração e ternura no olhar. Era um novo tempo. Então, mais uma vez, sacudi o corpo, curvei-me para a frente, sorri, pitei meu cachimbo e pensei: -“ O ser humano recebeu uma nova chance”! E-mail: umbandaemagia@gmail.com

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VÍCIOS, PARA QUE? PARA QUEM? Uma Leitura Espiritualista. Por: Alexandre Yamazaki

Para o jovem rebelde ou querendo se afirmar o ato de fumar e beber são simbólicos. Usam adjetivos tais como, “Eu não sou mais o filhinho da mamãe, eu sou durão, sou um aventureiro, não sou quadrado”. À medida que o simbolismo psicológico perde a força, o efeito farmacológico assume o comando para manter o hábito. É muito comum o fumante referir-se ao cigarro usando o termo “amigo”, “companheiro”, “parceiro”, mostrando que o cigarro participa de sua vida de maneira presente e atuante. Poderíamos dizer que são cúmplices. Muitos fumantes, quando pensam em parar de fumar, se sentem muito tristes por ter que dizer adeus ao cigarro. Muitos choram como se estivessem perdendo um ente querido. O cigarro acaba sendo usado para aplacar a sua solidão, os seus sentimentos e suas dificuldades. Muitas de suas capacidades estão depositadas no cigarro, achando que só poderá realizar tal atividade devido a ele. Na verdade, a capacidade é da pessoa, mas, por não saber que a detém a atribui ao cigarro. Desta forma o fumante acredita que só pode escrever, criar, realizar uma atividade mental ou relacionar-se com os outros se fumar A muleta que o cigarro representa para enfrentar situações difíceis é lembrada sempre que o fumante se depara com elas. Só quem tem um ente querido doente ou já falecido sabe a dor e o sofrimento que o tabagismo pode causar através do câncer. Para os adeptos da espiritualidade o vício de fumar ou de beber tem consequências muito sérias, esclarecendo sobre os malefícios que causam à mediunidade. O médium, viciado no fumo, consubstancia-se integralmente em "cachimbo" ou "piteira" nas amarras dos inveterados fumantes do além e o viciado em alcoólicos torna-se alvo de obsessão dos esfarrapados alcoólatras do Além.


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O viciado, tanto faz se em cigarro, álcool ou outra droga, acaba preso nas garras dos Kiumbas, encostos ou de vampirizadores. Vidas que poderiam ser nobres, dignas e proveitosas, tornam-se vergonhosas e inúteis. Famílias inteiras são, às vezes, afetadas por esses desastres morais de profunda repercussão. Em face disso, os "fantasmas" do além, tabagistas e alcoólatras, para materializarem suas tragadinhas, tornam-se protagonistas da subjugação, transformando-se em artífices da vampirização sobre os encarnados fracos de vontade, que ainda se saciam nos vapores etílicos e nas deletérias baforadas do malcheiroso cigarro. Na verdade, o vampirismo é apenas um fenômeno de simbiose, que tanto ocorre entre os encarnados, quanto entre os desencarnados, ou seja, o vício não termina com a morte física. Fumar é um vício moral que danifica o corpo e produz graves alterações no perispirito e condicionamentos nocivos na alma. É uma muleta psicológica, tanto quanto o são o álcool e outras drogas igualmente danosas ao Espírito. O Álcool e o fumo afetam os trilhões de células saturadas de vitalidade que compõem o psicossoma, dos vivos sempre deixando sequelas específicas. Em verdade, o vicio do tabagismo e o alcoolismo atormentam os desencarnados viciados que se angustiam ante a vontade de beber e fumar, irresistivelmente potencializada. O fumo libera toxinas que dificultam a fluência energética no nosso organismo, bem como obscurecem nossa sensibilidade às vibrações superiores emanadas por nossos mentores espirituais. A dependência psicológica precisa ser tratada tanto quanto a dependência física. Faz-se necessário um acompanhamento psicoterápico em grupo ou individual para ajudar o fumante a tomar consciência da situação, perceber o que o cigarro representa na sua vida e que lugar ocupa, no intuito de ajudá-lo a perceber que o cigarro é somente um cigarro, e que provavelmente é atribuído a ele muitos aspectos falsos. “Que Oxalá ilumine a intenção e o desejo de cada um e isso se torne força para deixar de fumar e se libertar do vicio de qualquer droga.” E-mail: alexzaki@hotmail.com

E-mail: PINTURA MEDIÚNICA Meus queridos irmãos, muito bom dia a todos! Venho, de forma muito respeitosa, levar a todos que acompanham os nossos trabalhos e que hoje fazem parte deles a mensagem abaixo de um Importante representante da Espiritualidade Oriental, Monge Xin Shan, residente e difusor da doutrina Taoista no Brasil. Lembro a importância de recebermos o retorno das atividades que realizamos, sendo ele crítico e lógico, para que possamos crescer, nos aperfeiçoar e buscarmos a excelência em nossas realizações materiais e espirituais! Fraterno abraço a todos! Ir.: Augusto! From: tianxinshan@.com Date: Tue, 13 Sep 2011 09:16:17 -0300 Subject: Re: encomenda e pintura To: pinturamediunica@hotmail.com

Nobre Augusto, na aspiração de encontrar pessoas sensitivas qualificadas para pintar meus mestres espirituais, a energia me conduziu até você. Ao perceber em suas imagens utilizadas na divulgação de seu trabalho altas energias dos seres que as comunicaram a você, pude sentir o beneficio que as mesmas imprimem em quem as olham.


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Meus mestres dizem que seu trabalho é importante para as pessoas, pois as conectam mais intimamente e de coração com seus guias. Fortalece a vontade e a confiança das pessoas ao sentir a energia, bem como estar em contato visual com a pintura originada de suas mãos. Existem equipes dedicadas contigo para aprimorar e expandir o trabalho de forma a atender aos corações ansiosos de várias pessoas. Eu pessoalmente quando vi suas pinturas na internet , logo identifiquei um contato real com o mundo espiritual. Isso devido à energia e à aura que as mesmas apresentavam. Desenhos comuns possuem auras pequenas e energias particulares. Suas pinturas são uma porta de ligação com a força e a consciência que representam e retratam aos olhos das pessoas. Moro na cidade de Goiânia, Rua Aimorés, quadra 19, lote 06, setor Urias Magalhães, CEP 74565570, Goiás. Se você quiser ver meu site, este é o endereço: www.filosofiataoista.no.comunidades.net Paz e felicidade! Monge Xin Shan.

INICIO DE ATIVIDADES ESPIRITUAIS Por: Junior Pereira

Olá a todos e um ótimo dia! É com grande satisfação e com um sentimento de realização que venho convidá-los ao início de minhas atividades espirituais. É um momento de emoção para mim, pois sinto nesse instante a sensação de um objetivo sendo concretizado, algo que é impossível de descrever aqui. Há alguns anos venho amadurecendo a ideia de abrir meu próprio trabalho e colocar em prática aquilo que venho aprendendo no dia a dia, e esse momento chegou! No dia 1º de Outubro a partir das 19 horas, na Rua do Hipódromo nº 1528, no bairro da Moóca, Capital, SP, iremos realizar nosso atendimento espiritual com nossos compadres Exus. Nesse primeiro dia de trabalho iremos cantar para essa Linha, louva-la e lhe pedir força para nossa vida e nossa jornada. Afinal: “Umbanda sem Exu não existe! Umbanda sem Exu não há”! Nesses anos de vivência na Umbanda puder presenciar muitas situações em minha vida, que por vezes foram positivas e por vezes negativas. Mas com uma certeza: A Umbanda sempre esteve presente em minha vida! E sempre me mostrou que as escolhas estavam em minhas mãos! Era eu quem deveria optar em ir adiante ou ficar estacionado naquela situação! Sempre acreditei que somos nós os responsáveis por aquilo que recebemos da vida, pois só recebemos aquilo que damos! Isso é fato! E falar de Exu, para mim é muito simples! Ouço muitas pessoas questionarem a força de Exu e a necessidade dela dentro da religião de Umbanda! Mas eu posso afirmar: - Exu reflete aquilo que temos dentro de nós! E isso não significa que Exu seja o que temos em nosso íntimo. Significa que ele é tão grandioso e divino que nos mostra a fundo o que temos em nosso íntimo! Tudo o que emitimos ou realizamos é fruto de algo que há tempos esta dentro de nós! Já ouvi muitas pessoas afirmarem que Exu anda nas trevas. E eu não discordo desse comentário. Mas eu posso acrescentar a ele, ah isso eu posso, que Exu transita nas trevas que existem dentro de nós. Caminha pela “podridão” que temos guardada em nossos corações! Percorre pela “sujeira” que existe em nossos pensamentos e meche com sentimentos “sujos” que teimam em existir dentro de nós!


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E porque Exu? Porque ele tem a capacidade de demonstrar tudo o que é impróprio à nossa felicidade e nos atrapalha em nossas vidas. E isto é um pouco de Exu. Um espírito de Luz! A mão esquerda de Deus! Imagine-se dirigindo um veículo somente com sua mão direita. Imagine-se fazendo tudo somente com sua mão direita. Isto é possível? Você consegue? Até que consegue. Mas, com certeza, estará sentindo falta de algo. Não estará completo! Assim é Exu na Umbanda e na minha vida. Sem ele, sempre faltará algo! Aonde pisa Exu, somente existe o bem! Não existe nenhum espírito iluminado que faça o bem e o mal ao mesmo tempo! Isso não é Exu e muito menos religião! E esse foi um dos motivos que escolhi para trabalhar com essa linha nesse primeiro dia de trabalho! Eu preciso da força de Exu para que esse trabalho sempre aconteça. Afinal, Exu para mim é algo simples de se entender e grandioso de se trabalhar. É sempre um prazer falar, cantar e tocar para Exu! Aos irmãos e irmãs que estão recebendo esse meu convite peço que, caso queiram, compareçam para que possamos ter a casa cheia nesse dia! Agradeço àqueles que acreditaram que isso um dia aconteceria, mesmo que alguns não estejam mais presentes no meu dia a dia. E aos que não acreditaram, tudo bem também. Afinal, me deram força para não desistir do meu objetivo. Eu agradeço a vocês também, pois se não tivessem cruzado o meu caminho, talvez eu não tivesse chegado até aqui. Caso tenham qualquer dúvida entrem em contato pelo e-mail. Um forte abraço a todos e espero encontrá-los por lá. E-mail: f.pjunior@uol.com.br

Dalai Lama pela quarta vez no Brasil Por: Sandra Santos

Com o humor de costume, Tenzin Gyatso, o 14º Dalai Lama, o líder espiritual do Tibete, chegou quinta-feira a São Paulo, para participar de palestras organizadas pela Associação Palas Athena no World Trade Center, em uma iniciativa inédita, com o objetivo de inspirar as lideranças empresariais a refletir sobre a economia do novo milênio. A primeira exposição teve como tema A Nova Consciência nos Negócios - Valores para um Mundo Sustentável, e foi destinado aos mais importantes representantes do empresariado brasileiro, eleitos líderes anualmente por seus pares e que formam o Fórum de Líderes Empresarias desde 1977. O segundo dia de visita foi marcado por amplo debate entre o líder budista tibetano e a comunidade científica. O monge, condecorado com o Prêmio Nobel da Paz em 1989 e promotor de iniciativas em torno do diálogo intercultural e multidisciplinar, rejeitou a convergência entre ciência e religião durante simpósio que trazia como tema justamente a discussão dos estados de consciência e o encontro entre o saber tradicional e o científico. "Acredito que não deveríamos misturar a pesquisa científica, a crença religiosa e a parte ética”.


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“Deveriam ser coisas separadas", defendeu o líder espiritual de 76 anos antes de abrir um parêntese: "Dentro do budismo, a gente se ocupa com o treinamento da mente e, por isso, é importante compreender o seu funcionamento". Assuntos como tolerância religiosa e a importância da compaixão para a paz mundial foram abordados. "Todas as religiões pregam a mesma mensagem de compaixão, disciplina e perdão. Se houvesse apenas uma religião no mundo, ela não iria funcionar, porque as pessoas possuem conformações mentais diferentes", completando: "É claro que dentro da religião vamos encontrar a prece, a meditação, mas a verdadeira prática religiosa ocorre quando você a incorpora no dia a dia, mantendo sua mente desperta de forma a lembrar-se que tem uma crença antes de se deixar levar pelo apego ou o medo". Descontraidamente afirmou ser um “bom cristão” e repudiou o preconceito entre as religiões. Segundo ele, “todas as crenças têm o objetivo de construir a paz interior”. Afirmou ainda não ser um bom praticante da meditação e das orações, mas que busca aplicar seus valores e crenças no cotidiano, o que, segundo ele, é o “mais importante”. E-mail: sandracursos@hotmail.com

JORNAL ICAPRA COMPLETA 5 ANOS! O Jornal Icapra já provou que é um meio de comunicação maduro e se chegou a este tempo de existência é porque tem dado uma importante contribuição para o nosso povo e para a sociedade como um todo, crescendo e enaltecendo a sua condição de grande profissional, trabalhando realmente com a dedicação principal de bem informar a comunidade de matriz africana. Parabéns Marcelo Fritz por estes Cinco anos de profícua existência! Rubens Saraceni – Presidente Colégio de Umbanda Sagrada Pai Benedito de Aruanda – São Paulo. Cumprimento a todos os leitores do Jornal Icapra e seu fundador Marcelo Fritz, um grande amigo. O Jornal Icapra representa um marco para a nossa comunidade e nestes cinco anos pude verificar a condução de suas matérias com seriedade, responsabilidade social, compromisso com a verdade, respeito à comunidade e às instituições permanentes do nosso País. Parabéns pelo quinto aniversário de existência editorial. A religião de matriz africana merece um Jornal com esta qualidade e empreendedorismo! Sandra Santos - Presidente da AUEESP - Associação Umbandista e Espiritualista do Estado de São Paulo.

CAMINHANDO A GENTE SE ENTENDE - EU TENHO FÉ! Por: Sandra Santos

No último domingo, 18 de setembro, mais uma vez São Paulo se fez presente na 4ª. Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, realizada na Orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, e coordenada pelo Babalaô Ivanir dos Santos. Irmãos Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Vitória, do interior de São Paulo e até de outros países também se mobilizaram contra as práticas de intolerância religiosa, e entoaram seus cânticos de louvor a Buda, Alá, Deus ou


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Olodumare, denominação de cada um para a sua divindade suprema. Mil coletes foram distribuídos pelos bahá'ís com a frase: “Hoje, somos seguidores de todas as religiões” na frente, e “Libertem os bahá'ís presos no Irã” atrás, denunciando a prisão de 7 lideranças, e usados por pessoas de diferentes religiões durante todo o percurso da Caminhada, numa grande demonstração de solidariedade a esses religiosos também tão perseguidos. Pessoas de diferentes credos, inclusive os que defendem seu direito DE NÃO TER FÉ, se uniram aos hare krishnas, espíritas, muçulmanos, judeus, budistas, católicos, evangélicos, ciganos, wiccanos, maçons, umbandistas e candomblecistas. Representantes do Tribunal de Justiça do Rio, do Ministério Público, Polícia Civil marcaram presença, além dos Membros do Fórum Inter-Religioso da Secretaria de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania, de São Paulo, se fizeram presentes através do Professor Samuel, diretor de Liberdade Religiosa da Igreja Adventista do 7º Dia e presidente da Associação Brasileira de Liberdade Religiosa, da primaz Maria Aparecida Naléssio, do Primado Organização Federativa de Umbanda e Candomblé do Brasil, de Sandra Santos presidente da Associação Umbandista e Espiritualista do Estado de São Paulo – AUEESP, Iyá Ekedji Ogunlade diretora do Centro Cultural Africano e Mahesvara Caitanya Das, sacerdote brâhmana. Também participaram as diretoras da AUEESP Regiane Perine e Cristiane Egídio, Osvaldo Trajano da Tenda Espírita de Umbanda Caboclo Calmaria e Alexandre Cumino. A marcha de 2011 encerrou com um show do cantor e compositor Arlindo Cruz. “Andá com Fé eu vou que a Fé não costuma faiá...” (Gilberto Gil). E-mail: sandracursos@hotmail.com Crédito das fotos: Fatos Gerais.

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MÃE CARMEM DE XANGÔ Mãe Carmem de Xangô veio a ter seu primeiro contato com a Umbanda aos 20 anos de idade em uma praia em Natal/Fortaleza, durante uma festa que estava sendo realizada por um terreiro local. Recepcionada por uma Babá, que quando a viu disse: “eparrey Iansã! Vem chegando uma filha de Iansã, uma futura Babá”! Chegando a ficar por sete dias desorientada, segundo explicações médicas, era labirintite. Mãe Carmem começou a ter visões, muitas visões. Nesta época era casada e tinha dois filhos, foi quando seu marido decidiu que mudariam para São Bernardo do Campo/São Paulo. Naquela época tinha muita dificuldade para entender o que se passava, porque não tinha informação disponível e nem quem podia explicar o que acontecia consigo. Mãe Carmem veio do sertão do Ceará, e sem ????????? Ao chegar à cidade uma mulher lhe disse que seria cartomante e babá. Coisa que seu ex-marido não aceitava, nem em sonho. Uma vizinha de dona Carmem, chamada Vanda, então a levou ao terreiro que frequentava, foi quando, desde o primeiro dia que entrou, começou a “rodar” (girar). Mãe Carmem começou a receber informações de suas entidades, um volume de informações muito grande e sem ter o acompanhamento ou o auxilio de outra pessoa, até porque seu ex-marido era totalmente contra, não tinha quem lhe explicasse o que estava acontecendo de fato. O fato é que, com o passar do tempo, Mãe Carmem começou, mesmo contra a vontade de seu ex-marido, a procurar mais informações e conhecimento. Chegou a fazer o sacerdócio com o Pai Ronaldo Linares em 1986, com muita dificuldade devido à intolerância de seu ex-marido. Mãe Carmem, durante seu aprendizado e busca por mais informações passou por muitas casas e terreiros cerca de 40, sempre que se destacava nos trabalhos espirituais encontrava resistência dos dirigentes dos terreiros, que, por praxe, exigiam que ela dissesse às pessoas que tinham “trabalho feito” e precisavam “pagar” para desmanchar. Por ser contra esta pratica, saia do terreiro. E o mesmo se repetia em outros, até que chegou o dia em que começou a atender em casa. Com muito sacrifício e as mais variadas dificuldades, Mãe Carmem levou seus trabalhos adiante. Hoje tem seu terreiro com sede própria e cerca de 61 médiuns na casa, com trabalhos voltados ao publico duas vezes por semana, além de manter um comercio de artigos religiosos localizado em São Bernardo do Campo.


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Tenda União dos Caboclos convida Nós da Tenda União dos Caboclos gostaria de comunicar que realizaremos nossa Festa de Cosme e Damião no dia 09/10. Nossa Tenda esta situada no endereço abaixo: Rua Hanna Abduch, 273 - Vila palmeiras - São Paulo – SP. Convite enviado por: mviniciusvieira@terra.com.br

Terreiro da Vó Benedita convida Bom dia Senhores! Gostaria muito de agradecer a matéria sobre nosso terreiro na seção Baluartes da Umbanda (Terreiro da Vó Benedita). Atitudes e ações como a do Jornal, do Site e dos livros psicografados pelo Pai Rubens que nos dão força e coragem para continuarmos nossa missão. Pessoas sérias como o Rubens nos deixam orgulhos de nossa Religião. Aproveito para passar a data de nossa festa de Cosme e Damião Local: Terreiro da Vó Benedita. Rua Meciaçu 145 – Campinas- SP. Dia 01/10 às 15 horas. Informações pelo telefone: (19)-91373626. Convite enviado por: João Carlos Galerani Jr. E-mail: joao@sophus.com.br

Faça sua reserva. Inicio em 23 de Outubro. Duração: 6 meses Investimento: R$ 40,00 (mensal) Aulas somente aos Domingos das 17:00 às 17:00


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VOCÊ É O SEU TEMPLO! (Texto retirado do JUS de nº 33 – Jornal de Umbanda Sagrada – de Janeiro de 2003).

Você chegou ao seu templo. Ore, peça ILUMINAÇÃO. Cumprimente seus colegas. Isso se chama AMIZADE. Deseje a cada um o melhor. Isso se chama SINCERIDADE. Faça o seu programa do dia. Isso se chama REFLEXÃO. Agora, com tudo planejado, comece a trabalhar. Isso se chama AÇÃO. Acredite que tudo dará certo. Isso se chama FÉ. Faça tudo com alegria. Isso se chama ENTUSIASMO. Dê o melhor de si. Isso se chama PERFEIÇÃO. Ajude aqueles que têm mais dificuldade que você. Isso se chama DOAÇÃO. Compreenda que nem todos estão na mesma sintonia. Isso se chama TOLERÂNCIA. Receba as bênçãos com gratidão. Isso se chama HUMILDADE. Deus e os Divinos Orixás estão com você. Isso se chama AMOR. Enviado por: Junior Pereira. E-mail: f.pjunior@uol.com.br

POR CLARICE LISPECTOR "Antes de julgar a minha vida ou o meu caráter, Calça os meus sapatos e percorra o caminho que eu percorri, viva as minhas tristezas, as minhas dúvidas e as minhas alegrias. Percorra os anos que eu percorri, tropece onde eu tropecei e levante-se assim como eu fiz. E então, só aí poderás julgar. Cada um tem a sua própria história! Não compare sua vida com a dos outros. Você não sabe como foi o caminho que eles tiveram que trilhar na vida". Enviado por: Junior Pereira. E-mail: f.pjunior@uol.com.br

SARA - A SANTA CIGANA. Texto de Ronaldo Figueira.

Jogada ao mar para que morresse de sede e fome, sobreviveu às dores, ao cansaço e ao sofrimento. Assim, esta cigana tornou-se mártir de nosso povo. Perseguições, injustiças e dificuldades mil sãos as marcas de um povo que transcende o tempo e os continentes. Preconceitos, maledicências e outras formas de discriminação marcaram a trajetória do povo de Santa Sara. Outrora éramos todos nômades. Hoje, alguns de nós que se sedentarizaram não são reconhecidos por todos como ciganos. Questionam até a pureza de nosso sangue. Entretanto, o sangue que o povo do Oriente disseminou pela Europa, inclusive na península ibérica, chegou às Américas e faz parte das raízes de muitas famílias do nosso Brasil. Em razão disso, esse sangue cigano se encontra nas bases da árvore genealógica de muitos neste mundo. Santa Sara, nossa padroeira, olha por todos; sejam gadjês* ou calons*; especificamente por aqueles que sofrem perseguições e padecem de injustiças.


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Sua oração é milagrosa, uma vez que invocada, faz com que os ciganos entrem em contato com sua ancestralidade e seus pedidos são levados a Sara, que intercede junto à Deus. Sejam ciganos de sangue ou de alma; basta pedir que Santa Sara enviará seus discípulos, nossos irmãos do astral, para nos ajudar. Questiona-se muito, o que vem a ser “cigano”. Alguns creem na concepção equivocada de que cigano é somente aquele que carrega puro sangue nas veias. Na verdade, a ancestralidade transcende os domínios da carne, principalmente em um mundo onde todos estão interligados, formando um só corpo. Esses fatores (sangue) são irrelevantes, ao passo que o que há de eterno é apenas a alma. Assim sendo, um cigano de alma é um cigano de fato. Estes são os requisitos que nossos antepassados exigem para sermos ciganos: a alma e o coração. Navegue em sua alma, rumo ao íntimo de seu coração e encontrarás ali uma porta aonde Santa Sara poderá chegar até você. Seja como for, que Sara, nossa amada santa cigana, ilumine a todos os ciganos de sangue, de alma e aos gadjês de bom coração. http://9misticos.wordpress.com

PEPINO - CONHEÇA O QUÃO PRECIOSO ELE É. Enviado por Suzicleide Oliveira.

01. PEPINOS contém a maioria das vitaminas que você precisa diariamente. Um pepino contém Vitaminas B1, B2, B3, B5, B6, C, Ácido Fólico, Cálcio, Ferro, Magnésio, Fósforo, Potássio e Zinco. 02. Sentindo cansado à tarde, dispense a soda cafeinada e coma um Pepino. Pepinos são ótimas fontes de Vitaminas B e Carboidratos que fornecem aquela ''animação'' que dura por horas. 03. Cansado de ver o espelho de seu banheiro embaçar após seu banho? Esfregar uma rodela de pepino no espelho, isto eliminará a neblina e produzirá uma tenra fragrância como no SPA. 04. As lesmas e caramujos estão arruinando suas plantas? Coloque algumas rodelas de pepino num pequeno prato ou forma de lata (não de ferro nem de alumínio), em sua horta ou jardim, e as pestes ficarão de longe toda a temporada. 05. Procurando por uma rápida e fácil forma de remover celulite antes de ir à piscina ou à praia? Esfregue uma rodela ou duas de pepino nas áreas afetadas por alguns minutos, os fito químicos no pepino forçam o colágeno de sua pele a encolher, firmando a camada de fora e reduzindo a visibilidade da celulite. Funciona otimamente para as rugas também! 06. Deseja evitar uma ressaca ou dor de cabeça? Coma algumas fatias de pepino antes de dormir e acordará sem dor e sem ressaca. Pepinos contêm bastante açúcar, Vitaminas B e eletrólitos para repor os nutrientes essenciais que o corpo perde, mantendo tudo em equilíbrio, evitando ambos a ressaca e a dor de cabeça! 07. Procurando evitar aquela fome à tarde ou noitinha com alguma coisa? Pepinos têm sido usados por centenas de anos e usados por caçadores Europeus, exploradores e comerciantes como uma rápida refeição para evitar a fome. 08. Tem uma importante entrevista de emprego e você se realiza que não tem tempo para engraxar os sapatos? Simplesmente esfregue uma fatia fresca de pepino sobre o sapato, os elementos químicos proverão um rápido e durável brilho que fica ótimo e repele a água. 09. Não tem em casa o WD-40 para consertar aquele barulhinho de uma porta rangendo? Tome uma fatia de pepino e esfregue no lugar problemático, e pronto, o rangido se foi! 10. Cansado, estressado e sem tempo para uma massagem facial ou visita ao SPA? Corte um pepino inteiro e coloque em uma panela de água fervendo, os químicos e nutrientes do pepino reagem com a água fervendo e se soltam no vapor, criando um relaxante cheirinho que tem sido mostrado de reduzir o stress em novas mamães e estudantes durante exames finais. 11. Acabou de almoçar e vê que não tem goma de mascar ou balas de hortelã? Tome uma fatia


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de pepino e esprema no céu da boca com a língua por 30 segundos para eliminar o mau hálito, os fito químicos matarão as bactérias responsáveis por causar mau hálito. 12. Procurando por uma maneira ''verde'' para limpar suas torneiras, pias ou aço inoxidável? Esfregue uma fatia de pepino na superfície que deseja limpar, isto não só remove anos de zinabre e traz de volta o brilho, mas também não deixa marcas e não mancham nem prejudicam suas unhas e mãos enquanto limpa. 13. Usando a caneta e comete um erro? Tome a casca do pepino (o lado de fora) e devagar usea para desmanchar o erro, também funciona muito bem nas marcas de crayons que as crianças deixam nas paredes. SUCO DE PEPINO O pepino é um ótimo tônico para o fígado, rins, vesícula e dá força aos cabelos e unhas, pelo seu alto teor de sílica e flúor. Seu suco é utilizado nas inflamações do tubo digestivo e da bexiga. O pepino tem também ação purificante e serve para eliminar a gordura da pele. Ele deve ser consumido sempre com casca, (bem lavado), pois é nela que se encontram as substâncias que o tornam de fácil digestão. Além disso, o pepino é um diurético natural e de grande ajuda na dissolução de cálculos renais. É rico em potássio, o "mineral da juventude", que proporciona flexibilidade aos músculos e dá elasticidade às células que compõem a pele. Isso resulta em rejuvenescimento da epiderme e do rosto. Dimas Alberto

E-mail: suzicleideoliveira@hotmail.com

COMO DENUNCIAR CASOS DE MAUS TRATOS DE ANIMAIS. Por: Barbara Boesel

VEJAM AS INFORMAÇÕES DE COMO DENUNCIAR: Conheça a lei No Brasil, existe uma lei federal que dita os parâmetros que devem ser seguidos em casos de necessidade de proteção aos animais. É a Lei Federal dos Crimes Ambientais, Nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. O artigo 32 cita como crime: praticar ato de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos. A pena será de 3 meses a 1 ano de prisão e multa, aumentada de 1/6 a 1/3 se ocorrer a morte do animal. Acompanhe a seguir algumas ações consideradas maus-tratos contra animais: - Não dar água e comida diariamente. - Manter preso em corrente. - Manter em local sujo ou pequeno demais para que o animal possa andar ou correr. - Deixar sem ventilação ou luz solar, ou desprotegido do vento, sol e chuva. - Negar assistência veterinária ao animal doente ou ferido. - Obrigar a trabalho excessivo ou superior à sua força. - Abandonar. - Ferir. - Envenenar. - Utilizar para rinha, farra do boi, etc. Para ter pleno conhecimento da legislação em prol dos animais, incluímos neste manual a íntegra da Lei nº 9.605 dos Crimes Ambientais e o Decreto-lei nº 24.645/34. Como denunciar 3.1 Identifique o agressor


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Investigue e certifique-se da veracidade dos maus-tratos. Sempre que possível, converse com o agressor, salientando o fato de que ele está cometendo um crime. Aja de maneira objetiva, mas com educação. Tenha em mente que o seu objetivo é o bem-estar do animal. Pesquisa Após averiguar a existência de maus-tratos ao animal, reúna a maior quantidade de informações que conseguir. Colha evidências, testemunhos e observações que comprovem a situação. Apoio jurídico Caso você queira orientação e acompanhamento jurídico, entre em contato com profissionais da área ligados à causa animal: Dra. Denise Valente, denise@direitoanimal.org / direitoanimal@yahoo.com.br (São Paulo/SP) Dra. Cristina Greco, ninagreco@uol.com.br (Santo André/SP) Dr. Daniel Braga Lourenço, daniel@lourenco.adv.br (Rio de Janeiro) Promotores de Justiça: Dr. Luciano Santana, lucianor@mp.ba.gov.br (Salvador/BA) Dra. Vânia Tuglio vmtuglio@mp.sp.gov.br (São Paulo/SP)Dr. Laerte Fernando Levai laertelevai@uol.com.br (São José dos Campos/SP). Vá à delegacia Para denunciar o caso, dirija-se à delegacia mais próxima de sua residência e use como base o artigo 32 da Lei n° 9.605, referente a crimes ambientais: "Praticar ato de abuso e maustratos a animais domésticos ou domesticados, silvestres, nativos ou exóticos”. É importante estar ciente da lei à qual o crime se refere, pois, no caso de uma delegacia comum, nem sempre o encarregado no momento tem conhecimento da legislação. Caso considere necessário, tenha em mãos uma cópia da lei. Assim que o escrivão ouvir seu relato sobre o crime, será feito o boletim de ocorrência (BO) ou um termo circunstanciado (TC). Peça uma cópia. Acompanhe o processo: guarde a cópia do BO ou TC com você. A autoridade policial enviará uma cópia desses documentos para o Juizado Especial Criminal para que o acusado seja processado. Se você não puder acompanhar o andamento do processo, peça ajuda a uma instituição de defesa animal, fornecendo-lhes cópia do BO ou do TC. Algumas entidades possuem advogados para garantir que o acusado seja processado e, se for o caso, punido. Dificuldades: Caso o escrivão ou o delegado recuse-se a atendê-lo, sob qualquer pretexto, lembre-o de que ele pode ser responsabilizado por crime de prevaricação, previsto no art. 319 do Código Penal (retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal). Traduzindo: receber notícia de crime e recusar-se a cumpri-la, a pena prevista para essa conduta é de detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. Caso o escrivão tente barrar o seu acesso ao delegado, faça valer os seus direitos e exija falar com ele, que tem o dever de lhe atender e de fazer cumprir a lei. Diga que no Brasil os animais são tutelados, uma vez que são representados em juízo pelo Ministério Público ou pelos representantes das sociedades protetoras de animais (§3º, art. 2º do Decreto 24.645/34) e que, se a norma federal dispôs assim, é obrigação da autoridade local fazer cumprir a lei federal que protege os animais domésticos. Como último argumento, avise-o de que irá queixar-se ao Ministério Público, à Corregedoria da Polícia Civil e, ainda, que você fará uma denúncia ao Secretário de Segurança Pública. Envie uma carta registrada descrevendo a situação do animal, o Distrito Policial e o nome do delegado que o atendeu. Você também pode enviar fax ou ir pessoalmente ao MP. Não é necessário advogado. Para tanto, anote o nome e o cargo de quem o atendeu, o endereço da Delegacia, o horário e a data e faça de tudo para mandá-lo lavrar um termo de que você esteve naquela delegacia para pedir registro de maus-tratos a animal. Se você estiver acompanhado de alguém, este alguém será sua prova testemunhal para encaminhar a queixa ao órgão público. Consulte o site: http://vista-se.com.br/redesocial/como-denunciar-maus-tratos-a-animais/ E-mail: bboesel@ig.com.br


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OKE OXOSSI, OKE CABOCLO! Texto de Alexandre França

Quem nunca sentiu uma forte alegria durante uma gira? Quem não se sentiu confortado com o abraço de um Caboclo de Oxóssi? Quem nunca vibrou com o brado do caboclo? Para entender um pouco mais sobre estes queridos amigos, trabalhadores do Cristo, manipuladores da energia das matas, escrevo estas linhas pelas quais pretendo refletir um pouco mais sobre estes espíritos. Oxóssi, na Umbanda, representa a coragem, o trabalho e a fé! Nós, Umbandistas, seguimos o sincretismo do Orixá Oxóssi com São Sebastião, o Santo que preferiu entregar a sua vida ao invés de abandonar o seu amor pelo Cristo. Dizer que a sua cor é o verde, que a saudação que fazemos é Okê Arô ou falar em dia da semana, astros, etc., seria muito pouco tendo em vista a quantidade de informações que podemos trazer com uma simples observação dos trabalhos destes queridos Caboclos. Não se deve generalizar a forma como um espírito age, a sua maneira de falar, nem tão pouco os seus métodos de trabalho, mas uma coisa que não foge à regra: - A de que os trabalhos de um Caboclo visam sempre a caridade. Não o importa se em seu terreiro use o atabaque, o tambor ou as palmas, os espíritos trabalhadores que lá baixarem farão apenas o bem! Não importa se haverá piso cimentado ou de chão batido para os pés do seu médium; se haverá ou não um ventilador para amenizar o calor; os Caboclos de Umbanda trabalham na simplicidade, fazem uso de ervas, mostrando a nós, que muitas vezes, acostumados com a tecnologia de ponta, nos esquecemos de que a natureza tem meios infindáveis de fornecer a cura do corpo e da alma. Vemos muitos dos trabalhadores “das Matas” com os seus charutos, dissipando as energias deletérias que os “filhos de terra” produzem com os seus pensamentos negativos. Vemos eles estalarem os dedos modificando as energias ao redor. Darem brados para convocar outros espíritos necessários em um trabalhador, assoviando como pássaros e proporcionando-nos um conforto energético inexplicável. Mas, até quando alguns médiuns continuarão crendo que é tudo apenas um padrão de incorporação, que nada tem função, ou pior, que o guia tem que se virar sozinho? Até quando, médiuns vaidosos irão atrapalhar a atuação de seus guias? Até quando, as pessoas deixarão de ser ajudadas pela falta de conhecimento dos médiuns? Já se passou o tempo em que deveríamos crer que Oxóssi só é caçador por causa dos índios, ou porque este é o arquétipo africano do Orixá. Se Caboclo é caçador, na Umbanda ele é caçador de almas! É o espírito que durante a consulta, literalmente, ajuda o filho a enfrentar a sua “fera” interna, é aquele que busca a nos ajudar, é aquele que nos encontra nas matas densas do pensamento, é aquele que fala firme com o filho e assim, como só um pai sabe fazer, nos acolhe com seu abraço forte. Pai Oxóssi! Caçador das matas... Caçador de almas aflitas! Pastor das ovelhas abnegadas! Ajuda-nos, fortaleça-nos não apenas durante o dia da sessão, mas por toda a nossa vida, para que tenhamos a vontade dos índios guerreiros, para que busquemos a sabedoria dos antigos Xamãs, para que cuidemos de nossa religião como as índias faziam com o seu lar. 103 anos de Umbanda, 103 anos de lutas, 103 anos de brados nos terreiros. É meus irmãos, faz 103 anos que um humilde Caboclo anunciou a nossa amada Mãe Umbanda. Se alguns se esquecem, por causa do tempo, ajudem-nos a relembrar pelas palavras dos Caboclos que se propõem a continuar as lutas de outrora, 103 se passaram! Mas nós, filhos Zambi, continuaremos a estrada indicada, pois nossa missão é LEVAR AO MUNDO INTEIRO A BANDEIRA DE OXALÁ! E-mail: french_franca@hotmail.com


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VINTE E DOIS TOQUES CONSCIENCIAIS – III (Ponderações Espiritualistas, Simples e Despretensiosas). Texto de Wagner Borges

1. Quem odeia, escurece o próprio coração. 2. De que adianta alguém se ajoelhar e rezar, se a crista de sua arrogância continua alta? 3. O Papai do Céu conhece a todos os corações; e só Ele é que sabe de tudo. Então, porque é que as pessoas tentam enganá-lo com preces carregadas de hipocrisia e pedidos descabidos? 4. Quem bate, sempre perde a razão. E, com isso, somente evidencia que é escravo de sua própria intemperança. Ou seja, é fraco de caráter. 5. O racismo é uma doença psíquica gravíssima... E quem padece desse mal, precisa de doses cavalares de discernimento e universalismo, direto na veia, para ver se toma jeito. 6. É na hora da morte que se vê uma das coisas mais engraçadas da vida: vários materialistas gritando o nome do Papai do Céu e pedindo uma forcinha do Além... 7. O dia de finados é o dia mais escuro do ano. Não por causa dos desencarnados, mas, sim, por causa dos encarnados, que enchem a atmosfera psíquica dos cemitérios com formas mentais pesadíssimas. 8. Existe coisa mais ridícula do que um médium que têm medo de espíritos? 9. O trem do Umbral está mais lotado do que nunca! E a passagem para viajar nele não é adquirida após a morte, não. Ela é adquirida durante a própria vida, a cada maldade praticada. 10. A mente de alguém preso ao passado é semelhante a uma casa mal-assombrada: está cheia de fantasmas! 11. Algumas pessoas almejam viagens espirituais elevadíssimas; porém, padecem de grande medo do invisível. Por isso, durante a madrugada, empacam diante de qualquer ruído no escurinho de seus quartos. E isso, às vezes, é só um teste que os guias espirituais fazem, para ver até onde ela vai e se há profundidade em sua busca espiritual. 12. Quem é curador e usa suas mãos para projetar a Luz e curar, jamais poderá usá-las para bater em alguém. Porque, Luz e violência não combinam. 13. Porque é que algumas pessoas não se tocam que os guias espirituais não são “babás extrafísicas” delas? E que eles não estão à disposição de seus desejos egoístas? 14. Como é ridículo, ver algum estudante espiritual, que sabe que a vida continua nos planos extra físicos, num momento de ira, ameaçar a alguém de morte. 15. Para os bichinhos da terra, tanto faz se o caixão é de mogno ou de madeira barata; e eles também não ligam se o cadáver é alto ou baixo, magro ou gordo; ou se é branco, negro, amarelo ou vermelho. Não, realmente eles não ligam para nada disso. Eles simplesmente aceitam o jogo da natureza e seu lugar na cadeia alimentar - e recebem o que for e mandam ver... Afinal, para eles trata-se apenas de mais um rango. E, talvez, um dia, eles tenham ouvido Lavoisier dizer o seguinte: “Na natureza, nada morre, tudo se transforma!” 16. Se a matéria é energia condensada, então até o corpo físico é uma manifestação energética. Logo, se a energia não pode ser criada ou destruída, tudo é questão de transformação, pois nada permanecerá nas mesmas condições para sempre. E isso é lei da natureza! 17. Há invernos que são muito rigorosos - e o frio é de doer. Da mesma forma, há corações que não se abrem o Amor. E, aí, é sempre inverno dentro deles – e isso também é de doer! 18. Quem não perdoa, comprime o próprio chacra cardíaco. E, aí, por sintonia espiritual trevosa, várias consciências extrafísicas tenebrosas se aproximam e apertam o coitadinho mais ainda. E o resultado é um só: a obsessão espiritual instalada na vida do infeliz – ou, em outras palavras, “dormindo com o inimigo”, ou “jantando com o Umbral”.


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19. Algumas pessoas são tão maldosas, que, até mesmo os espíritos obsessores fogem de medo delas. 20. Algumas pessoas podem até manipular bem suas energias e, por orgulho disso, se acharem imunes às obsessões espirituais. No entanto, esse mesmo orgulho é a brecha psíquica por onde elas são assediadas extra fisicamente de várias maneiras. E elas são as únicas que nunca notam isso, pois sempre se acham o máximo! 21. Que coisa linda é ver um coração encontrando outro coração, no mesmo Amor. 22. E, coisa mais linda, ainda, é ver alguém, cheio de gratidão, sentindo o Grande Coração Cósmico do Papai do Céu pulsando dentro do seu próprio coração... P.S.: Esses escritos são inspirados em vários toques conscienciais dos espíritos da Companhia do Amor. Enviado por Alexandre Cumino. E-mail: alexandrecumino@uol.com.br

A MAGIA E A VIDA Texto de Nelson Junior

Outro dia eu assisti a um filme muito bom chamado “Aprendiz de Feiticeiro”, que tem Nicolas Cage no elenco como um Feiticeiro, um Mago mesmo, formado pelo próprio Merlin e que tem um aprendiz que passa a ensinar para que este ajude a humanidade. No inicio do filme, numa luta entre Morgana Le Fey e Merlin em pessoa, existe um dialogo em que Merlin diz sobre os Magos (Feiticeiros), que existiam para servir, no que Morgana responde, eu não sirvo a ninguém. Essa frase demonstra uma coisa além das expectativas num roteiro hollywoodiano, que é o principio de que existe um propósito para o Mago, e para a Magia em si, que é servir à Deus servindo aos nossos semelhantes, através dos mistérios. O Mago é um Guardião de Mistérios que lhe foram confiados em vida (e que muitas vezes não lhe eram estranhos), e conscientemente assumiu o compromisso diante das Divindades, que São em Si Mesmas estes mistérios. O Mago é Guardião da Lei e da Vida e, como tal, deve ter uma postura diante dos mistérios que manifesta e que lhe foram confiados por Deus. O Mago deve zelar pela vida desde o momento de sua geração até o momento da transmutação, em que ela continua de outra forma, tendo o Amor Divino como base de seu raciocínio, deixando que a Lei e a Justiça julguem as ações de quem lhe pede ajuda. O Mago deve ser um alimentador de Fé onde quer que chegue e desperte no coração das pessoas a confiança e a esperança, encaminhando todos para uma religação com Deus, não importando a crença, religião ou etnia de quem ajudar. O Mago deve ser aliado dos Princípios Divinos, ser defensor dos princípios Naturais, e ser perpetuador da tradição Natural e da Hierarquia à qual pertence ancestralmente, mesmo que nem ele mesmo saiba disso conscientemente. O Mago deve seguir os seus instintos e as intuições positivas que lhe vem de seus Mestres e Mentores, estes que lhe guiam pelo difícil campo de tarefas, contidas nas atribuições de Servir Deus servindo aos seus semelhantes. Ao Mago cabe sim ser manifestador do perdão, da tolerância, da compreensão, do amor e da humildade. A Magia é a porta de entrada para uma vida maior do que a vida carnal, pois nos reserva coisas bem diferentes no amanhã, nos resguarda de coisas mundanas no hoje e nos possibilita servir a Deus sempre. E não existe algo mais recompensador do que este sentimento de fazer parte de um processo Divino que ordena, cura e direciona os nossos semelhante. E-mail: nelsonjuniorguitar@gmail.com


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Direitos, você sabia? 1. Certidão de nascimento / casamento: Quem quiser tirar uma cópia da certidão de nascimento, ou de casamento, não precisa mais ir até um cartório, pegar senha e esperar um tempão na fila. O cartório eletrônico, já está no ar! Nele você resolve essas (e outras) burocracias, 24 horas por dia, on-line. Cópias de certidões de óbitos, imóveis e protestos também podem ser solicitados pela internet. Para pagar é preciso imprimir um boleto bancário. Depois, o documento chega por sedex. 2. Auxílio à lista Telefone 102... Não! Agora é: 08002800102 Vejam só como não somos avisados das coisas que realmente são Importantes: Na consulta ao 102, pagamos r$ 1,20 pelo serviço. Só que a telefônica não avisa que existe um serviço Verdadeiramente gratuito. 3. Documentos roubados – B.O. (boletim de ocorrência) dá gratuidade - lei 3.051/98 Acho que grande parte da população não sabe, é que a lei 3.051/98 que nos dá o direito de em caso de roubo ou furto (mediante a apresentação do boletim de ocorrência), gratuidade na emissão da 2ª via de tais documentos como: Habilitação (r$ 42,97); Identidade (r$ 32,65); Licenciamento anual de veículo (r$ 34,11). Para conseguir a gratuidade, basta levar uma cópia (não precisa ser autenticada) do boletim de ocorrência e o original ao Detran p/ habilitação e licenciamento e outra cópia à um posto do ifp..

4. Multa de transito No caso de multa por infração leve ou média, se você não foi multado pelo mesmo motivo nos últimos 12 meses, não precisa pagar multa. É só ir ao Detran e pedir o formulário para converter a infração em advertência com base no art. 267 do ctb. Levar xerox da carteira de motorista e a notificação da multa. Em 30 dias você recebe pelo correio a advertência por escrito. Perde os pontos, mas não paga nada. Código de trânsito brasileiro Art. 267 - poderá ser imposta a penalidade de advertência por escrito à infração de natureza leve ou média, passível de ser punido com multa, não sendo reincidente o infrator, na mesma infração, nos últimos doze meses, quando a autoridade, considerando o prontuário do infrator, entender esta providência como mais educativa. Enviado por Felipe Ortiz E mail: felipesort@hotmail.com


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Homenagem Póstuma a SAMANTA SIQUEIRA DE LIMA A família do Colégio de Umbanda Pai Benedito de Aruanda e o Jornal Nacional da Umbanda vem aqui prestar sua homenagem póstuma a Samanta. Clamando a Deus que ele te envolva em um manto de Luz e a conduza de volta para junto dos anjos, onde é seu lugar. Samy, obrigado pelos muitos anos que compartilhou sua alegria esfuziante alegrando nossa vida. Pai Rubens Saraceni e Familia.


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