Jornal Nacional da Umbanda 09

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Jornal Nacional da Umbanda Edição 09 Índice de Matérias Editorial (Rubens Saraceni) pág. 02 Sob o Sol Escaldante do Deserto (Elisangelis) pág. 03 O conteúdo do médium é que liga à fonte (Douglas O. Elias) pág. 04 Mensagem de uma trabalhadora da linha do Oriente (Bill de Oliveira) pág. 06 Mestre Raivas e o Discípulo Saaras em busca do “Elo Perdido da Umbanda” (Alan Levasseur) pág. 08 Convite a todos os leitores (Pai Reginaldo de Ogum) pág. 32 Ponto cantado da Cigana Maria da Estrada (Dinalva Faria) pág. 08 Baluartes da Umbanda (Mãe Dorothea) pág. 09 Dê de Graça o que de graça recebeu (Douglas O. Elias) pág. 11 O que buscamos na Umbanda?(Tininha) pág. 13 Transformando Sentimentos (Maria Cristina Nascimento) pág. 13 Diferenças entre religião e espiritualidade (Herica Garcia) pág. 14 Quem é Exu (Ubirajara Novaes) pág. 16 A.U.E.E.S.P. (Sandra Santos) pág. 16 O medo e a vida (Nelson Junior) pág. 17 Um pouco de descontração (Úrsula Lizze) pág. 17 Entusiasmo (Ingrig Ragdaj) pág. 19 GOLPE VIRTUAL - Aviso importante pág. 20 A preocupação com a nossa querida Umbanda e a Nossa Casa (Tito Alexandre Paiva) pág. 20 Conquistando espaço e direitos (Veraldo de Xangô) pág. 22 Núcleo de Umbanda Água Cristalina (Roberta Laura F. de Moraes) pág. 23 A Umbanda é Cristã? (Alexandre Cumino) pág. 24 De olhos fechados (Veridiana Arjona Rocha) pág. 27 O mais difícil é ajudar em silencio (Arnaldo Jabor) pág. 29 Defesa de Terreiro (Sandra Santos) pág. 30 Ultima Página- As cores dos Orixás (Rubens Saraceni) pág. 31

O que buscamos na Umbanda Quando decidimos nos dedicar a um caminho religioso na Umbanda? Muitas vezes estamos cansados da nossa maneira de ver a vida, de não nos importarmos com os problemas que nos cercam e com os nossos irmãos. Pág. 13

Mãe Dorothea em visita ao Colégio de Umbanda

Mãe Dorothea, fundadora e dirigente espiritual da Casa de Caridade do Pai Antônio, Centro de Umbanda localizado na cidade de Piedade, SP, visitou o Colégio de Umbanda e encantou a todos com sua luminosa presença, respeito e reverencia para com os Sagrados Orixás. Nas páginas 9, 10 e 11 poderão ler um pouco sobre sua trajetória e ver algumas fotos do seu centro, construído no meio de uma mata natural, onde todos procuram preservar tanto a flora quanto a fauna. Também visitou o Colégio de Umbanda a Mãe Inês, dirigente do Centro de Umbanda Mãe Justina, localizado na cidade de Jundiaí, SP. Mãe Inês, nossa irmã e amiga de muitos anos, em sua visita, trouxe alguns dos seus filhos espirituais e tanto ela quanto eles participaram da gira de caridade, incorporando seus guias e ajudando no atendimento das mais de duas mil pessoas que afluíram ao Colégio durante a gira com os Exus e Pombas Giras, com todos sendo atendidos pelo seu corpo mediúnico. Na próxima edição mostraremos uma entrevista feita com ela e outra, feita com o Pai Edson (Pai Miague), que também fundou um centro de Umbanda na natureza para atender as pessoas, em um local escolhido por seus Guias Espirituais. Na próxima edição também mostraremos algumas pinturas mediúnicas de Mãe Dorothea, para deleite dos nossos leitores e amigos. Pág.09 AVISO IMPORTANTE VAGAS NA USP PARA TRATAMENTO DE PESSOAS COM CÂNCER, NA PÁGINA 20


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EDITORIAL

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Não é novidade falar que a umbanda e suas praticas magicas são indissociadas da natureza. Portanto, não vamos nos estender nesse campo e sim, vamos comentar sobre os trabalhos que são realizados nos pontos de forças da natureza e em santuários especiais, tais como o Vale dos Orixás em Juquitiba, o Santuário Nacional da Umbanda em Sato André e muitos outros espaços construídos exclusivamente para praticas umbandistas. Observando os trabalhos realizados nesses locais na natureza vemos que os médiuns soltam-se mais e os guias vêm com mais “força” devido o contato com a natureza e as energias nela abundantes, fato esse que facilita a incorporação e a realização de trabalhos espirituais-magísticos. Existem muitos centros de Umbanda que só trabalham nesses campos naturais dos Orixás, reunindo periodicamente seus médiuns para atenderem as pessoas necessitadas de ajuda. Mas existem muitos centros que foram construídos pelos seus fundadores justamente na natureza, em chácaras e sítios de suas propriedades e neles realizam seus trabalhos espirituais semanalmente ou quinzenalmente, facilitando para os guias os recursos energéticos e elementais abundantes à volta desses centros na natureza. Nessa edição mostramos o centro de Mãe Dorothea, construído no meio de uma mata natural, onde ainda é possível ver animais em seu habitat natural e sem serem agredidos ou incomodados pela presença das pessoas que frequentam esse centro, construído por ela conforme orientação dos seus guias espirituais. Sabemos que existem muitos centros construídos por seus dirigentes “dentro” da natureza e se mostramos um, é para que, devido às dificuldades dos umbandistas realizarem suas obrigações na natureza, que esse exemplo sirva para que, os que puderem, comecem a pensar em ter um centro em uma chácara ou sítio que reúna as condições ideais para as práticas espirituais umbandista (cachoeira, pedreira, rio ou córrego, lago, mata, etc.), se não para reuniões regulares, mas para, de vez em quando, levarem seus corpos mediúnicos para ali, na natureza e sem serem incomodados por ninguém, porque eles estarão em uma propriedade particular, poderem fazer em paz suas obrigações, oferendas, amacis, e trabalhos espirituais. Que muitos dirigentes comecem a pensar sobre essa sugestão e que no decorrer do tempo surjam muitos centros de Umbanda construídos dentro da natureza, preservando um dos recursos muito importantes para a Umbanda: A NATUREZA! Se você possui ou conhece algum centro de Umbanda construído na natureza e queira fazer uma reportagem sobre ele para nós divulgarmos aqui no JNU, envie-nos sua matéria que publicaremos com muito prazer porque queremos estimular muitos outros umbandistas nesse sentido. Pai Rubens Saraceni. E-mail: cotato@colegiodeumbanda.com.br


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Mensagem de Navarana, canalizada por Elisangelis em 10.2.11, em conferência com o Grupo Somos Luz em Ação. Os Deuses que habitam minha essência saúdam os Deuses que habitam vossos corações! Namastê O que esperamos quando estamos sobre o solo escaldante e sob o sol? Buscamos abrigo e meios de proteger os pés primeiro, e depois o corpo, você não faria isso? Além de se prover com água que o ajudasse a controlar a sede que resultaria da perda excessiva de líquidos... Eu usava um turbante, longas batas e chinelos de couro de camelo para que não queimasse o fundo do pé, braços cobertos, pernas cobertas, porém os olhos e os sentidos, e, principalmente, a mente aberta a tudo que pudesse ter alguma influência sobre o meu destino. Hoje não uso mais um turbante e posso andar descalço e até sem tecidos, pois o sol não age sobre o corpo que uso nesse momento. A vestimenta serve-nos de proteção e tudo que está sobre nosso exterior assim deve ser visto. Não vos apeguem aos invólucros, não vos apeguem às aparências... tudo passa... A vida representa uma experiência que para ser cumprida, para que de fato cause um efeito sobre vossas almas e necessita, independente do bom ou mau uso que vocês façam dela, desses apetrechos físicos. Apetrechos, e é isso, só são apetrechos, que vos possibilitam a caminharem uma jornada de amor, na qual vocês vão crescendo na imensidão do Universo, pois como estrelas de luz, vieram com esse propósito, intensificarem vossos brilhos. Reluzir na escuridão é o mesmo que desabrochar no pântano, tal como faz a Flor de Lótus. A Flor de Lótus cresce e oferece toda sua beleza enquanto ser divino da Criação,

no local mais inóspito e de cheiro nauseante, o Pântano. Pensemos todos juntos, ser uma estrela de luz, uma flor de Lótus, não é o mesmo que manifestar a essência Crística que habita vossos corações no meio onde vivem? Por acaso o Criador deixou de contemplar os seres que vivem no Pântano a receberem a presença da Flor? O símbolo contido nesse ser vegetal, transitório e perene enquanto fruto da magnânima vontade Divina, representa a eterna beleza da Criação presente em todos os lugares da Criação. Àqueles que acreditam que não possamos ver a Obra do Pai quer seja no deserto, no pântano ou mesmo no caos, pergunto-lhes: e não há um propósito para tudo que está abaixo dos Céus? No meu tempo dizíamos que havia um provérbio que dizia algo mais ou menos assim:

Deitais aos céus tudo que tiveres, pois ainda que tenha todo o dinheiro do mundo, nada nem ninguém poderá dizer que o que está abaixo dos céus não é de Deus! E também havia outro que dizia:

Enquanto acumulas riquezas da terra, não esqueçais que as riquezas do espírito


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não são contabilizadas pelo Homem, pois por invisível e não termos conhecimento pleno sobre ele, é de se esperar que sejamos cautelosos e cuidemos das virtudes do espírito, se com elas vierem a riqueza, maravilhoso será, caso contrário, afasta-te do baú, pois dele poderão sair seres que os devoraria em segundos, tais como os famintos carnívoros, pois foram alimentados com ouro e prata, mas se saciam com a carne.

Costumávamos sentar abaixo de uma árvore e conversávamos a respeito dos dilemas da vida, hoje vocês sequer saúdam o próximo, e logo vão se inteirar dos assuntos que de fato lhes interessam, e os mantêm ligados às pessoas. O retorno do homem para o Espírito requer muito mais do que o conhecimento intelectual, muito mais do que um esforço em compreender a alma humana é uma prática que se deve cultivar diariamente. A prática inclui exercícios de silenciar a mente, para que vosso Eu Divino possa manifestar-se e, a partir de então, vocês possam manter contato direto consigo, não necessitando, como nos dias atuais, dos ORACULISTAS, que muito os auxiliam, pois possui o dom de falar-lhes à Essência, o que poderia ser realizado por vocês mesmo. A busca por si é infinita, encontrar-se e compreender a si é o tesouro que todos devem buscar, pois se trata de conquista eterna que nenhuma traça, fogo ou mesmo intempérie pode destruir. Carregarão consigo através do espaçotempo que caracteriza toda a Criação, os tesouros que estão consigo e que teimam por se manifestar. O autoconhecimento completo é um desafio a qualquer criatura Divina, no entanto, conhecer partes do seu ser, partes que são importantes para o desempenho de vossas tarefas terrenas, torna-se uma obrigação diante da responsabilidade que possuem de cumprir vossos papéis, que de algum modo escolheram realizar na Terra. Eu os convido a jornada da busca pelo autoconhecimento, a busca do conhecimento

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de quem sóis para que possam ser plenamente felizes e completos. Avatar? Rótulos que os homens impuseram para uma tentativa de classificação das almas que alcançam a iluminação. E o que é iluminação, senão a consciência de si e do seu papel diante do Projeto Cristão? Do Projeto Cósmico de Unificação das Consciências Estelares em desenvolvimento específico na Terra? Isto é a visão cósmica, isso os coloca na dianteira entre todos que buscam alguma espécie de crescimento individual. Lembrando que não se cresce no grupo se não se busca também compartilhar com os demais, o que já aprenderam, e isso, por que a Lei assim rege o desenvolvimento dos seres em planeta escola. Pois - Aprende-se ensinando. E é por essa razão que estamos todos aqui, com vocês, aprendendo ao ensinar, crescendo ao dividir, amando ao servir. Email: vozdaeradeouro@gmail.com ciganaelis@hotmail.com

“O legado dos Guias e Protetores para seus médiuns é o CONHECIMENTO e o ensinamento para o devido aprendizado, pois, se o Universo doa bênçãos em amor, paz e união – o que em resumo, faz e traz Tudo e as Coisas – há também que nos aprimorar.” Digo isto para aquele que quando mistifica e fantasia, e essa, cá para nós e os outros, servem para o espírito da preguiça que é também uma ilusão, pois tudo se movimenta na criação. Mesmo os “sabe-tudo” que estacionam seus dons na pecha do desequilíbrio da arrogância, ou dos tais que duvidam da Verdade, mas não explicam e nem indagam a si próprios como é que ele e Tudo existem?!


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Olorum é Tudo sempre Pronto e Infinito. Para acessá-lo convenientemente, precisamos nos aprimorar. Eis a função da vida: aprimoramento de si e das coisas que Olorum lhe confiar. Quer o ser humano, no capricho do erro e pela dor ser avisado e ser salvo no socorro da Luz? E assim o é! Todavia, deverá aprender que neste ponto não deve mais falhar e dando vida ao verbo, adiantar-se e também ensinar sendo um bom exemplo. Da Luz que brilha em seu espírito nessa ocasião, deverá refletir que ao sentir-se no sofrimento, ao pedir para Olorum Justiça, Equilíbrio, Geração, Amor, Proteção, Saúde, Paz, Vitalidade, Energia, Equilíbrio, Transformação e Evolução o que Vem pelas Forças dos Seus Orixás, nos seus Sentidos antes, Estes devem estar, pois é o conteúdo que imanta a Fonte. Se ao acionar objetivamente - Oh! Sagrado Oxalá – a Sua Coroa Divina, como colocar sua fé somente nos elementos? Sagrados são estes também, mas a ação iniciase em si e por si, pela razão e pela emoção no sentido do Amor Maior. Os poderes da ativação dos Sentidos Divinos estão em você que é para a graça se manifestar em sua plenitude. Senão, como firmar pedindo o Bem, com sentimento de cólera? Assim como o Amor, sentindo ódio? O perdão, com vingança? A paz, desembaiando a espada da guerra? Mas se julga, então como pedir justiça estando desequilibrado? Como sentir-se compensado devolvendo prejuízo? Como pedir a restituição de bens que não conquistou? Será então o pioneiro de Olorum à frente dos seus irmãos ao limitar sua visão na amplitude de suas errôneas emoções? Como pedir saúde, senão valoriza a vida? Como combater o mal, aprisionando-se no medo? Quer assim que Olorum e os Sagrados Orixás sintam dó e pena de vós outros?! Nem nós, vossos Guias e Guardiões, podemos, pois pena e dó são contrários ao amor, desqualificando a vida e a personalidade Divina do Homem. Nós os sentimos sempre como irmãos, aprendizes, dignos e capazes para obter do Criador Tudo o que necessitar e vamos orientando para que rápido alcancem o mérito. Pois creia que ao acionar sua Coroa Divina, para si e para o próximo, há que sentir o

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que pede, vibrando na realização, esforçando-se na luta de vencer-se nas manias e viciações negativas. Assim, e só assim, poderá desfrutar da leveza da Luz, brilhando em si, irradiando no Todo, quando os problemas e aflições – quaisquer que sejam -, serão soluções trazendo novos aprendizados e a Verdadeira liberdade do espírito. Ensina os profetas, inclusive os ainda encarnados, que o que existe em cima, existe em baixo e assim, na frequência destes é que se podem desligar ou ligar, ou religar-se. Por ser verdade, nós outros, redundamos explicando que enquanto encarnado também poderá desligar o embaixo religando-se aos mundos da Luz. Entendes o que dizemos? Pois este é mais um aprendizado de quem quer desligar o que deixou ativo no negativo e em vosso mundo que é para amplificar o Amor, em nossos sentidos, imantando-os e recebendo muito mais, eternamente, mais da Fonte. Por isso a necessidade do aprendizado pelo conhecimento e prática, pois é o conteúdo de si que imanta, vibra e magnetiza para a Fonte irradiar-se indo além do que julga que necessita. Pela humildade, a Fé direciona para a concretização dos objetivos. E o objetivo é Evoluir pela prática do conhecimento, valorizando seus Guias e Protetores, mormente, também seus mestres enquanto encarnados que por amor os compreendem e, dessa maneira, podem e devem ajudá-los. Pois para o CONHECIMENTO, não existem fronteiras nem limites. Ele viaja sempre e na linha do tempo por todos os Tronos Divinos, até transformar-se em Mistérios de Olorum. E estes, mesmo assim, podem e devem ser acessados pelo conteúdo que estão em vocês. As Bênçãos de Oxalá Estão com todos nós! Agradeçamos, pois! Caboclo Amoré *recebida em 10/01/2011 às 01h00. De Caboclo Aimoré - psicografada Enviado por Douglas O. Elias. E-mail: Doug.dedic@ig.com.br


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“Torne-se o que você deseja...” esta é para mim a evolução do pensamento mais aterradora e maravilhosa para ser digerido por um ser em evolução: “... se

você quer transcender as limitações deste mundo você precisa parar de querer, parar de odiar, parar de desejar”... já bem disse A

Grande Sabedoria, então se torne o que você deseja, Eu percebi através da Inspiração Divina ainda no plano físico, que os humanos simplesmente afastam aquilo que desejam, pois é a maneira errada, desejar não é querer! Desejar é sofrer. Mas quando temos um alvo, um objetivo, um foco e nos tornamos o que queremos ser, é um mecanismo natural que acionamos... E como se dá esta transformação mágica?... O que vou ensinar é algo que treinei, e se deu certo comigo, dará certo com quem me ouvir... Se quero ser um Mestre, preciso pensar como um Mestre, falar como um Mestre, agir como um Mestre de Luz. Conhecimento, eu preciso me tornar um Mestre dos Sentidos, vinte e quatro horas por dia, e isto começa aos poucos e ao exato tempo que você começa Sendo... Aqui, Decidir-se é Tornar-se... Há uma grande diferença entre querer ser e Ser!... Manifestar-se. É um salto muito grandioso para um indivíduo da sociedade materialista atual, que vive a cultura do desistir e do fracasso a cada instante! Se você ainda odeia e discute no dia a dia, se ainda tira conclusões precipitadas, se ainda se ofendo com o limite do outro, se ainda tem um ego que te diz que você é o melhor cidadão do planeta, o mais evoluído e inteligente e por isto não pode perdoar as falhas do seu companheiro, esposa ou esposo, não está Sendo Luz... É um Salto, um Decidir-se... e passar a agir assim, sem retroceder. Repitam esta prece todos os momentos: Eu me decido pela Luz!

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E eu lhes digo, que SENDO um Mestre da Luz, devo parar de desejar, parar de ansiar, tudo está perfeito e tudo o que eu preciso me será encaminhado! Isto significa fé! Fé naquilo que eu acredito e naquilo que eu sou! Fé naquilo que eu me tornei. De alguma maneira então que não cabe a mim comandar, o Universo se moverá! E sempre se moverá para o melhor! A pergunta é: O que ME impede de ser um Ser de Luz?... É claro que não incluem neste ensinamento as distorções atuais do Caminho do Oriente que muitos pregadores e falsos mestres estão difundindo por ai! Autotortura não significa aumentar a sua Luz Interior! Para seguir este caminho do tornar-se é preciso primeiro

haver respeito com o seu momento, e claro, fazer o que não se consegue é uma questão de treino, mas deve haver vontade, você deve escolher se tornar um santo, ninguém pode obrigá-lo a isto, e se tornar um santo, não significa que você deva abolir sua condição humana, significa que


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você decidiu se aceitar como a Luz que é, e Luz só pode ser Alegria! Informação. Amor! Significa que você se decidiu, por aceitar que o Universo é perfeito e a vida é perfeita do jeito que ela está agora, e isto criará e construirá cada vez mais perfeição em torno de você! É simplesmente um tornar-se naturalmente o que você quer, o ser humano é egoísta e racional, e chato, e quer detalhes, regras e listas... e solucionar isto para quem é assim, significa aqui, perder o foco! Não explique, apenas torne-se... Se você quer poder, seja o poder; Se você quer beleza, sinta-se bonito o tempo todo e jamais volte a traz! Se você quer ser bom, aja na bondade e jamais volte a traz e se voltar, não considere como uma falha e recomece mil vezes, caso se perca reencontre O Caminho, mas sem se torturar!... Pois se você se torturar, estará desejando e ansiando de novo, estará querendo ser aquilo que você não é... e este é todo o problema! SEJA! Pois quem está no Estado do Desejo nada possui e nem possuirá, pois este ser, apenas estará desejando! Mude agora para o Estado de Ser Completo e o Universo será seu...! Será a partir daí, um ser Preenchido! "A Sabedoria vem do Alto, não importa quem diga... não importa quem transmita a mensagem, sua origem nunca muda!" Por: Bill de Oliveira E-mail: macacomagnetico@ymail.com


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Continua no site...

CONFIRAM NO SITE WWW.JORNALNACIONALDAUMBANDA.COM.BR O INICIO DESTA BUSCA INCANSAVEL PELO “ELO PERDIDO DA UMBANDA”. SÃO ANOS DE BUSCA E ESCAVAÇÕES NO SAARAS O DESERTO DE IDÉIAS, EM BUSCA DO “ELO PERDIDO”. ESTA DISPONIVEL EM VERSÃO COMPLETA NO SITE NO MENU ESQUERDO E NA PAGINA INICIAL . CONFIRAM. SÃO TIRINHAS SIMPLES, COM NOSSOS DOIS PESQUISADORES, O MESTRE RAIVAS E O DISCÍPULO SAARAS.

NA PRÓXIMA EDIÇÃO: “AS 7 PRAGAS DO LIVRO DAS ENERGIAS”

SERÁ REALIZADO DIA 02/04/2011, AS 18H00, EM SEDE PRÓPRIA, CONTAMOS COM SUA PRESENÇA.


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É com imensa felicidade que escrevo estas palavras a convite do amigo e irmão de fé Rubens Saraceni que pediu que relatasse, em um breve resumo, a minha trajetória espiritual. Filha de imigrantes alemães, nunca havia entrado em contato com a Umbanda, mas sempre tive muita vontade de conhecer os guias e Orixás, inclusive adorava escutar e assistir a irmã Clara Nunes cantando o culto às divindades e já vinha sentindo muito o plano espiritual no meu dia-a-dia, apresentando vidência e tendo premonições, envolvimentos que me faziam sofrer muito com fortes dores de cabeça e enjoos. Esses sintomas eram recorrentes desde a tenra infância (iniciaram por volta dos três anos de idade) e foram motivo de inúmeras idas a médicos, que não encontravam razão alguma para tanto. Fiz diversos exames e nunca encontraram um diagnóstico preciso para o que eu tinha. Pois bem! Como tudo na vida nasce de uma grande vontade, a espiritualidade encaminhou a pessoa certa e minha história oficial como médium começou em 1978 quando, por intermédio de uma amiga, conheci um centro espírita localizado na periferia de São Paulo e que trabalhava com linhas de Kardec e Umbanda, atendendo em dias diferentes com o propósito de amparar a comunidade local. Assim que entrei naquele terreiro, lembro-me de ter ficado encantada com os pretos velhos do local e fui me consultar com Vovó Joaquina e esta me disse que eu poderia desenvolver e que um dia me tornaria mãe de santo. Duvidei, achando que estava apenas sendo gentil ou brincando comigo, mas a informação continuou sendo dada por outros guias como caboclos e exus em outras ocasiões. Ainda assim continuei duvidando, mas pensando que se tiver de ser, assim será. Como havia uma pequena biblioteca espírita no local, comecei então a ler Chico Xavier para entender melhor a espiritualidade, uma vez que praticamente não existiam livros de Umbanda na época. Mas como meu desenvolvimento foi muito rápido, logo fui convidada a participar da escola de médiuns, desenvolvendo também a pintura mediúnica e a psicografia, trazendo em seguida os guias e Orixás. Dali para frente continuei estudando a espiritualidade e me aprofundando nos temas e, após minhas preparações e amacis, em dois anos meus guias começaram a atender as pessoas que ali procuravam ajuda. Assim continuei, até que em 1982 minha família mudouse para um sítio em Piedade – SP - e isso fez com que muita coisa mudasse em minha vida. Passei a viajar uma vez por semana para a capital a fim de dar continuidade aos trabalhos mediúnicos. Nesta ocasião conheci o Centro Espírita de Piedade, comandado por Dr. Rezende, uma pessoa muito boa que me convidou para trabalhar com ele.


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Lá havia trabalhos de desobsessão e cura, inclusive para cirurgias, e passei a fazer parte do corpo mediúnico da equipe. Assim, passei a atender nas duas cidades, além de continuar meus estudos espirituais paralelamente em grupos de Ibiúna, Porto Feliz e Sorocaba. Em 1988 voltei a morar em São Paulo por conta dos estudos de meus dois filhos, na época adolescentes, e foi nesta ocasião que conheci mais um terreiro de Umbanda que também me convidou para trabalhar. Neste meio tempo o primeiro fechou suas portas e algum tempo depois a Babá desencarnou. Eu continuei trabalhando em São Paulo nos dias de semana e em Piedade aos finais de semana. Ao final daquele mesmo ano conheci um terreiro em Piedade, onde me preparei e fiz a minha coroa de Babá em 01 de março de 1992. E a correria continuava entre as duas cidades até que, em 1994, inaugurei a Casa de Caridade do Pai Antônio, terreiro registrado na prefeitura da cidade de Piedade e no cartório de registros como sociedade filantrópica sem fins lucrativos. O terreiro fica próximo à mata do sítio, cercado por rio, cachoeira, jardins e animais silvestres, rochas, cristais... um recanto que construí em agradecimento aos Orixás em meio à natureza. Em 2001 mudei-me definitivamente para o sítio e hoje só trabalho aqui, mas quando me chamam, ajudamos outros terreiros e centros espíritas de meus amigos, inclusive os que me acolheram no passado, pois as amizades permanecem. Em nosso dia-a-dia no terreiro, sempre oferecemos temas de estudos espirituais, com palestras de orientação para o progresso espiritual, pois entendo que o ensinamento espiritual é infinito e por isso, peço sempre que meus médiuns estudem muito, uma vez que a espiritualidade envolve tudo e isso inclui as atitudes e pensamentos diários de cada um – viver a espiritualidade é aplicar os ensinamentos no dia-a-dia, não só quando estão no terreiro. Viver a Umbanda é uma filosofia de vida.


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Para tanto, criamos inclusive uma minibiblioteca, incentivando a leitura dentro do terreiro, falamos sobre a importância da preservação da natureza e fazemos campanhas de doação de roupas e alimentos em conjunto com o centro espírita da cidade, que também faz um grande trabalho em prol da comunidade carente local. Bom, aqui fica um pouco da minha história. Espero que tenham gostado. Que Deus e todos os Orixás os abençoem muito e a todos que me ajudam nesta missão, pois hoje estou à disposição da espiritualidade para o que der e vier. Muito amor e muito axé. Enviado por: Babá Dorothea E-mail: bboesel@ig.com.br

Colégio de Umbanda Sagrada e Magia Divina CABOCLO SETE ESPADAS Rua Ernesto Zwarg, 389 - Jardim Savoy –Itanhaém/SP (F: 13-9106-8869 – 13-3422.5592). (altura do Km 322 da Rodovia Padre Manoel da Nóbrega). Membro da A.U.E.E.S.P.

www.cvus.com.br CURSOS EM ANDAMENTO SACERDÓCIO DE UMBANDA (PRESENCIAL) EM ITANHAÉM, Aos Sábados, das 10hs às 12hs. Ainda há vagas. Ligue para 13-3422.5592 ou 13-9106.8869 TEOLOGIA DE UMBANDA (PRESENCIAL) EM SÃO PAULO, as quintas feiras, das 20.30 h às 22.30. Na Rua Silva Bueno, 1020, Ipiranga/SP. Informações? Ligue para (11) 6577.8147. (Em breve, novas turmas no Morumbi). (Temos todos os cursos abaixo também de forma virtual, através do site www.cvus.com.br). Formação Doutrinária Umbandista Consagrações Umbandistas Teologia de Umbanda ATIVIDADES GIRA DE UMBANDA (atendimento ao público) – Aos Sábados, á partir das 20 horas. Dúvidas: contato@cvus.com.br ou ligue (13) 3422-5592 (pedimos a todos os alunos que não receberam seus certificados dos cursos virtuais, que enviem um e-mail para o endereço contato@cvus.com.br, informando no assunto o tema certificado).

“Ai, ai, ai...” o tal de APEGO EM DEMASIA! Principalmente nas coisas materiais. A tantos desequilibra e quantos caem em trevas por causa disso. O desejo de ter coisas ultrapassa a própria necessidade de expressão do espírito. E eis que vira vício provocando a interseção dos Guias Protetores que avisam.

Muitas vezes, cansados de uma resposta positiva, deixam Exu de Lei, o Espelho do Mundo, refletir o que há no interior das almas doentes e desequilibradas. Assim o homem torna-se escravo dele mesmo, afastando sua personalidade divina e assumindo a temporal, como um fantoche ora consumista ora colecionador de poderes discutíveis, sempre querendo mais. Ao se chegar nessa etapa, não se consegue perceber facilmente a relação que há entre o espiritual e o material.


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Troca-se uma companhia amorosa pelas aquisições de caricias duvidosas compradas nos antros dos desequilibrados no sexo. A alegria da festa em família pelas algazarras das noites viciosas em álcool e drogas. A paz da amizade contínua pelas comparações de quem pode ter mais, provocando discórdias e intrigas. Troca-se O Ouro da Luz do saber, da geração, da evolução do amor e equilíbrio, pelo cartão de crédito das trevas que leva à ilusão. Faz dos ensinamentos Divinos que os Dedicados da Luz abundantemente os comunica, em fingimento de que não é consigo. Transforma o pouco de sentimento caridoso em negócios escusos justificados pela contabilidade viciada nos desvios do objetivo. Mente-se para si e para outrem, mas perceba que para Olorum, Seus Orixás, os Guias e protetores não há como mentir ou omitir. Mesmo assim, tentam e saibam que não adianta. Cedo ou tarde virá a correção que os salvará da descida fatal. E mesmo nela, saberás que: - Existe em abundancia em toda a natureza Tudo o que poderá deixa-los feliz, tanto material como espiritual e com muita facilidade de acesso, pois fazemos parte do TUDO que é Olorum. - O Dinheiro e objetos valiosos que tanto buscam também é coisa de Olorum, além do seu sentido de facilidade de troca na matéria, existe para facilitar graças no relacionamento entre as coisas, o mundo e entre os irmãos, portanto, ao receber de alguém, agradeça de coração. Ao pagar uma dívida ou adquirir algo, também agradeça gentilmente Não se sinta inferior ou invejoso se teu irmão possui mais e não seja superior ao irmão que possui menos. Ajude-se em ambos os casos compreendendo e felicitando. - O Trabalho profissional é uma das formas de expressão do espírito na matéria. Devemos trabalhar com sentimento de alegria, sabendo e querendo fazer o melhor, pois um irmão com certeza receberá o fruto do seu trabalho e será assim felicitado, assim como você o é, pois recebe favores de muitos irmãos que nem sequer conhece ou julga conhecer. Ao saborear algo bom, veja o tanto de energia amorosa que alguém dedicou para que tenha

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aquela satisfação. Sinta gratidão e saboreie as coisas com sentimento semelhante. -Além do trabalho, nossas vidas devem ser pautadas pela alegria de levar felicidade a todos, quer sejam entes queridos, amigos, inimigos, associações, empresa, Terreiro, cidade, Pais, Nação... -Devemos também utilizar os materiais conforme as suas funções, pois existem graças a Olorum e a dedicação de alguém que os inventou. -Saberemos que pela nossa Fé, enfim, a natureza que é Olorum refletirá sempre a abundancia em nossas vidas já que nossas expressões de amor, paz e caridade, também se tornaram abundantes. Inclusive na Fé, nos seus Acessos onde são atendidos nossos pedidos. Tendo Fé em Olorum, nos Seus Orixás e Guias, dedicação e esforço para fazer sempre o melhor para si e para os outros, esforçar-se no aprendizado e no conhecimento, enxergar no outro mais que um ser humano, um irmão Divino e de Fé que muitas vezes Olorum coloca à nossa frente para testar nossa capacidade de expressão das coisas boas, fazer dos obstáculos oportunidades para crescimento, ter um grande objetivo de vida, além do de adquirir coisas, movimentar-se rumo a eles com disposição, Fé e alegria... eis o principio da Graça. Por palavras e em palavras, colocamos nosso sentimento sendo este que é meu, de Fé e Amor, parafraseando algo que outro com mais Fé e Amor deixou para outros gravarem nos livros ditos Santos, que é o DÊ DE GRAÇA AQUILO QUE DE GRAÇA RECEBEU, eu lhes recomendo: “DÊ A GRAÇA QUE POR GRAÇA RECEBEU... JÁ QUE AGORA CONQUISTOU”. SEJA FELIZ, FELICITANDO OLORUM NAS EXPRESSÕES DE SUA VIDA. A abundância é uma conquista da alma, como um espelho para aprendizado. Se há escassez, percebam que lhes avisam Os da Luz. Troque seu espelho de sentimento e rume à ação. Olorum é Abundancia. Na medida certa das nossas expressões! Altas Vibrações! VOVÔ FLORENTINO DE AGODÔ Recebido por: Douglas O. Elias E-mail: doug.dedic@ig.com.br


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O que buscamos na Umbanda? Quando decidimos nos dedicar a um caminho religioso na Umbanda? Muitas vezes estamos cansados da nossa maneira de ver a vida, de não nos importarmos com os problemas que nos cercam e com os nossos irmãos. O que buscamos? Buscamos por virtudes! Virtudes essas, que por muitas vezes já temos, porém estão adormecidas e são bases importantes em toda nossa jornada. A partir do momento que nós nos dedicamos de coração, tudo vai ficando mais claro. Uma dessas grandes virtudes é a gratidão. A gratidão nunca vem sozinha, ela está sempre acompanhada de uma série de outros sentimentos: amor, amizade, humildade, e etc. É importante não confundir gratidão com adoração ou outro tipo de lisonja. Quem não ama (seja qualquer um dos exemplos de amor: de pai, de mãe, de irmão, de amigo) não é grato. Quem não ama não é aquele que odeia, mas sim aquele que é indiferente. A falta de gratidão é resultado da incapacidade de retribuir e por isso está ligada ao egoísmo e à apatia. Afinal agradecer é reconhecer, é retribuir. Mesmo que as coisas não aconteçam da forma que desejamos. Pois nem sempre a oportunidade de crescimento e evolução vem fácil. A gratidão é um dom de troca, é amor puro, é amor verdadeiro e por isso se aproxima tanto da solidariedade/caridade (como uma gratidão incondicional). A gratidão é um mistério, é peça fundamental na vida de todos nós, é a mais agradável das virtudes. A gratidão é definitivamente o caminho para o bem maior. Portanto, devemos ser gratos, pois tudo está a serviço do nosso crescimento, proporcionando expansão de consciência sobre quem somos. Pense nisso! Pense na gratidão como um sinal de evolução. Pratique! Agradeça! Que Oxalá nos abençoe... Por: Tininha E-mail: tininha1999@hotmail.com

Nos tempos atuais a religião Umbanda dá importantes passos de amadurecimento e crescimento. Se no inicio foi marcante o fascínio pela manipulação de elementos. Pela ação magística em si, pelo encanto com as orientações dos pais velhos e demais guias, hoje vemos também uma preocupação crescente com questões evolutivas, com o crescimento e amadurecimento espiritual, com o entendimento mais profundo das questões envolvendo lei e justiça divina. Muitos indivíduos ainda se encontram iludidos com a vaidade, com a falsa sensação de poder sentida ao se manipular o livre arbítrio alheio e controlar as leis do universo, confundindo estas ações magística com a Umbanda. No entanto eu falo com aqueles que despertaram para os questionamentos internos e estão realmente comprometidos com o seu progresso espiritual. Queremos evoluir, sermos melhor do que fomos ontem, e neste ponto há o confronto com a qualidade dos nossos sentimentos. Sabemos que sentimentos mais nobres criam sintonias com esferas espirituais superiores e assim nos deparamos com a grande tarefa de lidar com nossos sentimentos inferiores, afinal, para evoluir é preciso vencê-los. Mas, como vencer sentimentos? Muitos caminhos são possíveis, embora nem todos eficazes.


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Ao ser criado um ideal de como devemos nos comportar e principalmente sentir, muitas vezes ao invés de estimular o nosso crescimento apenas encobrimos e reforçamos mais nossas verdadeiras dificuldades. Quando nos percebemos sentindo algo que não aprovamos tem vários caminhos a tomar: 1Rejeitar o sentimento, negando o fato de o estarmos sentindo. Como exemplo, quantas vezes admitimos que sentimos inveja? Muito poucas, camuflamos sentimentos que recriminamos, escondendo de nós mesmos o que estamos sentindo. O resultado é que este sentimento continua fazendo parte do nosso repertório de reações ao mundo, e por não reconhecê-lo não há possibilidade de mudança. 2Culpar o outro ou o mundo a nossa volta pelo que estamos sentindo, assim criamos a falsa ilusão de que o sentimento não é negativo, pois temos uma razão justificável para senti-lo. O outro passa a ser o culpado pelas minhas reações. Aqui também não há possibilidade de mudança, pois a responsabilidade está no outro o que nos isenta da responsabilidade de mudar. 3Projetar para outro o que na verdade eu sinto. As pessoas passam a ser julgadas e criticadas em suas reações. Damos a elas intenções que nem sempre corresponde a realidade, e passamos a criticar e condenar tudo a nossa volta. Este é o mecanismo da pessoa “fofoqueira”. A atenção dela está sempre na vida dos outros, como uma forma de não olhar para seu próprio interior. Enquanto critico o outro, minha atenção não está voltada para mim, logo aqui também não há possibilidade de mudar. 4Aceitar o que estamos sentindo, encarando a frustração de não sermos tão bons quanto gostaríamos, mas mesmo assim termos a bondade de nos olhar e amparar a partir do ponto em que estamos. A rigidez, o excesso de critica não leva a mudança, apenas nos faz sentir pior e por consequência nos rejeitar mais, nos separando mais ainda de nós mesmos. A força da bondade é transformadora. A verdadeira bondade não é a conivência, o comodismo e o conformismo, mas é uma força impulsionadora. Ao enxergar e admitir sentimentos negativos sem o peso da critica ou da negação, temos a possibilidade de olhar mais profundamente o efeito que eles causam em nós. Ao perceber que esse efeito é sempre tão pesado e negativo quanto o próprio sentimento, começamos a despertar para verdadeiras mudanças, substituindo reações emocionais antigas por novas mais sutis. Toda mudança leva tempo. É necessária experimentação para se criar novos hábitos, e as reações afetivas e emocionais são hábitos, e como todo hábito leva tempo para se cristalizar dentro de nós. Perceber um engano, um erro leva um segundo, mudar este erro muitas vezes é o trabalho de uma vida. Gostaríamos de mudar na mesma velocidade com que percebemos a necessidade de mudança. Mas admitir que não é assim que acontece, é o primeiro passo para nos apoiar e começar a trabalhar por mudanças, sem falsas expectativas, que só nos fazem sentir pior, lembrando sempre que admitir um erro, um engano é por si, um ato de coragem. . Enviado por: Maria Cristina do Nascimento E-mail: cris-nasc@hotmail.com

(Desconheço a autoria) A religião não é apenas uma, são centenas. A espiritualidade é única e pertence a cada indivíduo. A religião é para os que dormem. A espiritualidade é para os que estão despertos e sedentos da Verdade. A religião é para aqueles que necessitam que alguém lhes diga o que fazer e querem ser


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guiados. Matérias para o Jornal A espiritualidade é para os que prestam atenção à sua Voz Não deixe de nos enviar Interior. suas matérias, textos e A religião tem um conjunto de regras dogmáticas. informações sobre festas e A espiritualidade te convida a raciocinar sobre tudo, a comemorações realizadas em questionar tudo e buscar a Verdade maior. A religião ameaça e amedronta. seu terreiro. Colocaremos A espiritualidade lhe dá Paz Interior. tanto no jornal virtual como A religião fala de pecado e de culpa. ficaram disponibilizadas para A espiritualidade lhe diz: "aprenda com o erro e evolua". consulta nos sites do jornal. A religião reprime. Lembrando que ao A espiritualidade transcende e te faz verdadeiro! enviar sua matéria, não se A religião não é Deus. A espiritualidade é Tudo, portanto, é Deus. esqueça de colocar seu A religião inventa, interpreta e divulga de acordo com nome, e autorização para a época. divulgação. A espiritualidade descobre o que deve ser percebido pelo homem pensante. A religião acata. A espiritualidade questiona tudo. A religião é humana, é uma organização com regras. A espiritualidade é Divina, é de DEUS e do TODO. A religião é causa de divisões. A espiritualidade é causa de União. A religião lhe busca para que acredite. A espiritualidade te convida a busca-la e entende-la. A religião segue preceitos. A espiritualidade busca o sagrado em todos os livros. A religião se alimenta do medo. A espiritualidade se alimenta na Confiança e na Fé. A religião faz viver no pensamento. A espiritualidade faz Viver na Consciência. A religião se ocupa com fazer. A espiritualidade se ocupa com Ser. A religião alimenta o ego. A espiritualidade nos faz Transcender. A religião nos faz renunciar ao mundo. A espiritualidade nos faz viver em Deus, não renunciar a Ele. A religião é adoração. A espiritualidade é Meditação. (*) A religião sonha com a glória e com o paraíso. A espiritualidade nos faz viver a glória e o paraíso aqui e agora. A religião vive no passado e no futuro. A espiritualidade vive no presente. A religião enclausura nossa memória. A espiritualidade liberta nossa Consciência. A religião crê na vida eterna. A espiritualidade nos faz consciente da vida eterna. A religião promete para depois da morte. A espiritualidade é encontrar Deus em Nosso Interior durante a vida. Enviado por: Hérica Garcia E-mail: hgarciarodrigues@gmail.com


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O criador apenas me incumbiu de cuidar dos seres humanos, cada um com suas manias e defeitos. "Cuidar" significa acompanhar, conduzir, ensinar, corrigir, punir, resgatar... Já sofri muito nestas trevas e minha missão é auxiliar àqueles que chegam aqui para que retornem aos seus caminhos pela pureza dos sentimentos, pelo amor ao Divino Criador e pelo amor ao próximo. Estou nas trevas para sustentá-los e só pelo amor que sinto por vocês ganho forças para continuar minha missão. Muitos não merecem, mas, o combinado foi tentar resgatar todos. Minhas gargalhadas são evidências que enxergo o teu íntimo, que vejo mais e mais coisas que. Às vezes nem preciso comentar, você mesmo chega numa conclusão. Sou temido, sou amado e odiado, sou duro e maleável, sou certo e errado, sou o que sou. Só não sou o diabo, esta entidade maléfica que o próprio ser humano criou. Não sou malvado, executo minhas tarefas conforme o grau de merecimento de cada um. Pergunto: Se eu cruzar o teu caminho, te recebo com um abraço ou com o fio da minha espada? Minha falange tem milhões de homens, todos resgatados dos piores tormentos e agora lutam para galgar alguns degraus. Ao meu lado terão somente glórias, pois, respondo aos senhores Orixás da Umbanda Sagrada que a cada tarefa passada há a sua importância, e, diga-se de passagem, com muita honra são executadas. Então aqui fica meu recado, sou Exu, trabalho nas trevas por amor a você ser humano. Chega de conversa. Por: Ubirajara Novaes E-mail: bira.novaes@gmail.com

Ponto cantado da Cigana Maria da Estrada Olhe no fundo da estrada que uma moça avistará... Olhe no fundo da estrada que uma moça avistará... Lá está ela com suas cartas, ela irá te ajudar Lá está ela com suas cartas, ela irá te ajudar. Maria da Estrada cigana bonita aqui está Maria da Estrada cigana bonita aqui está Ela lê a sua sorte pro seu futuro poder mudar Ela lê a sua sorte pro seu futuro poder mudar Enviado por: Dinalva Faria E-mail: ddfaria@grsa.com.br

A.U.E.E.S.P. Você pode se cadastrar na A.U.E.E.S.P., sendo pessoa física ou jurídica. Pode ser associado individual, núcleo (centro, associação), colaborador jurídico ou colaborador físico. Se você acredita que vale a pena lutar por nossa religião, venha juntar-se a nós, que nada mais queremos além de ver a Umbanda crescer e de valorizar nossas práticas religiosas e nosso sacerdócio. Falar com Sandra Santos Fone: (11) 2954-7014 E-mail: sandracursos@hotmail.com


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O Medo e a Vida Não existe nenhuma coisa mais certa do que o fato de que sentimos medo, assim como a outra certeza é o fato de que sentimos dor, e estes dois fatos, sejam no quesito de dor emocional ou dor física nos causam medo. Não temos medo da rejeição e sim da dor emocional que a rejeição nos causa. Não temos medo da aceitação de carmas, mas sim da dor emocional que os carmas nos causam. Não temos medo da chama e sim da queimadura. Em todas as vidas que vivemos nessa terra abençoada nunca temos oportunidade de ter algo que valha a pena, pois tudo é rápido, e como Pitágoras disse, a vida é uma sala de espetáculos, e assim tendo sido observado pelo grego em questão, tudo que podemos almejar é o que teremos para sempre, e não o que usufruímos de passagem, nesse pit stop do viver. Isso mesmo, o viver é que é a pausa na continuidade das coisas, e não o outro lado da vida. Esforçamo-nos continuamente para isso, quando doutrinados pela espiritualidade, e a espiritualidade sempre nos doutrina se deixamos que isso aconteça. O peso da carne e dos anos atormenta a vida de quem aqui vive, mas enobrece a quem dessa experiência retorna a espiritualidade. Muitos são aqueles que desejam voltar, e muitos são aqueles que pedem por essa oportunidade, e poucos os que conscientemente percebem que o caminho a ser percorrido e árduo, e que se bem trilhado, encerra o vai e vem dentre tantas idas e vindas. Os ciclos vêm e vão, e no desdobrar do tempo já se foram. Pouco tempo para acertar muitas coisas, e muitas arestas re-encarnatórias, portanto cresça sem limites no seu íntimo, e seja mais e mais importante para si mesmo, progredindo a cada dia na vida, e fazendo a vida progredir com você, por que o medo não desaparece com o desconhecido e se acentua a cada dor que relembramos, por tanto não há nada o que você possa fazer, pois as pessoas vão te machucar, você vai se magoar. O frio, a fome e as doenças um dia sempre lhe darão dura lição, mas sempre que temos o aprendizado do perdão, do amor incondicional, do servir ao invés de impor, e do auxiliar quem precisa, caminhamos para o bem, na esperança de não precisar voltar um dia. Mas cada encarnado tem que ter sua força interior para vencer os medos, sendo o maior medo o da tristeza que por vezes não percebemos, não passa no convívio terrestre, e sim com os anos de compreensão, no convívio com nossos afins espirituais, onde nossas saudades do que fomos e do que podemos ser se tornam muito mais externadas. Por: Nelson Junior E-mail: nelsonjuniorguitar@gmail.com

Autoria desconhecida (internet)

Ensinamentos das MÃES DE ANTIGAMENTE: Pra lembrar, e rir. Coisas que nossas mães diziam e faziam... Era uma forma (hoje condenada pelos educadores e psicólogos, mas funcionou com a gente e por isso não saímos sequestrando a namorada, calculando a morte dos pais, ajudando bandido a sequestrar a mãe, não nos aproveitamos dos outros, não pegamos o que não é nosso, nem matando os outros por ai, etc.) muito rígida. Minha mãe ensinou a VALORIZAR O SORRISO... "RESPONDE-ME DE NOVO E EU TE ARREBENTO OS DENTES!" Minha mãe me ensinou a RETIDÃO... "EU TE AJEITO NEM QUE SEJA NA PANCADA!"


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Minha mãe me ensinou a DAR VALOR AO TRABALHO DOS OUTROS... "SE VOCÊ E SEU IRMÃO QUEREM SE MATAR, VÃO PRA FORA. ACABEI DE LIMPAR A CASA!" Minha mãe me ensinou LÓGICA E HIERARQUIA... "PORQUE EU DIGO QUE É ASSIM! PONTO FINAL! QUEM É QUE MANDA AQUI?" Minha mãe me ensinou o que é MOTIVAÇÃO... "CONTINUA CHORANDO QUE EU VOU TE DAR UMA RAZÃO VERDADEIRA PARA VC CHORAR!" Minha mãe me ensinou a CONTRADIÇÃO... “FECHA A BOCA E COME!" Minha Mãe me ensinou sobre ANTECIPAÇÃO... "ESPERA SÓ ATÉ SEU PAI CHEGAR EM CASA!" Minha Mãe me ensinou sobre PACIÊNCIA... "CALMA!... QUANDO CHEGARMOS EM CASA VOCÊ VAI VER SÓ...”. Minha Mãe me ensinou a ENFRENTAR OS DESAFIOS... "OLHE PARA MIM! RESPONDA-ME QUANDO EU TE FIZER UMA PERGUNTA!" Minha Mãe me ensinou sobre RACIOCÍNIO LÓGICO... "SE VOCÊ CAIR DESSA ÁRVORE VAI QUEBRAR O PESCOÇO E EU VOU TE DAR UMA SURRA!" Minha Mãe me ensinou sobre o REINO ANIMAL... "SE VOCÊ NÃO COMER ESSAS VERDURAS, OS BICHOS DA SUA BARRIGA VÃO COMER VOCÊ!" Minha Mãe me ensinou sobre GENÉTICA... "VOCÊ É IGUALZINHO AO SEU PAI!" Minha Mãe me ensinou sobre minhas RAÍZES... "TÁ PENSANDO QUE NASCEU DE FAMÍLIA RICA É?" Minha Mãe me ensinou sobre a SABEDORIA DE IDADE... "QUANDO VOCÊ TIVER A MINHA IDADE, VOCÊ VAI ENTENDER." Minha Mãe me ensinou sobre JUSTIÇA... "UM DIA VOCÊ TERÁ SEUS FILHOS, E EU ESPERO ELES FAÇAM PRÁ VOCÊ O MESMO QUE VOCÊ FAZ PRA MIM! AÍ VOCÊ VAI VER O QUE É BOM!" Minha mãe me ensinou RELIGIÃO... "MELHOR REZAR PARA ESSA MANCHA SAIR DO TAPETE!" Minha mãe me ensinou o BEIJO DE ESQUIMÓ... "SE RABISCAR DE NOVO, EU ESFREGO SEU NARIZ NA PAREDE!" Minha mãe me ensinou CONTORCIONISMO... "OLHA SÓ ESSA ORELHA! QUE NOJO!" Minha mãe me ensinou DETERMINAÇÃO... "VAI FICAR AÍ SENTADO ATÉ COMER TODA COMIDA!" Minha mãe me ensinou habilidades como VENTRÍLOGO... "NÃO RESMUNGUE! CALA ESSA BOCA E ME DIGA POR QUE É QUE VOCÊ FEZ ISSO?" Minha mãe me ensinou a SER OBJETIVO... "EU TE AJEITO NUMA PANCADA SÓ!" Minha mãe me ensinou a ESCUTAR... "SE VOCÊ NÃO ABAIXAR O VOLUME, EU VOU AÍ E QUEBRO ESSE RÁDIO!"


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Minha mãe me ensinou a TER GOSTO PELOS ESTUDOS... "SE EU FOR AÍ E VOCÊ NÃO TIVER TERMINADO ESSA LIÇÃO, VOCÊ JÁ SABE!...”. Minha mãe me ajudou na COORDENAÇÃO MOTORA... "JUNTA AGORA ESSES BRINQUEDOS! PEGA UM POR UM!" Minha mãe me ensinou os NÚMEROS... "VOU CONTAR ATÉ DEZ. SE ESSE VASO NÃO APARECER VOCÊ LEVA UMA SURRA!" Brigadão, Mãe!!! Eu não virei bandido. Enviado por: Úrsula Lizze E-mail: gi.gio.luiz@hotmail.com

A palavra entusiasmo vem do grego e significa "ter um deus dentro de si". Os gregos eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses. A pessoa entusiasmada era aquela "preenchida" por um dos deuses e por isso poderia transformar a natureza e fazer as coisas acontecerem. Assim, se você fosse entusiasmado por Deméter (deusa da Agricultura, chamada Ceres na mitologia romana), você seria capaz de fazer acontecer a melhor colheita, e assim por diante. Segundo os gregos, só as pessoas entusiasmadas eram capazes de vencer os desafios do cotidiano, criar uma realidade ou modificá-la. Portanto, era preciso entusiasmar-se, ou seja, "abrigar um deus em si"! Por isso, as pessoas entusiasmadas acreditam em si, agem com serenidade, alegria e firmeza. E acreditam igualmente nos outros entusiasmados. Não é o sucesso que traz o entusiasmo, é o entusiasmo que traz o sucesso. O entusiasmo é bem diferente do otimismo. Otimismo significa esperar que uma coisa dê certo.·. Entusiasmo é acreditar que é possível fazer dar certo. Enviado por: Ingrid Ragdaj E-mail: ingrid.ragdaj@uol.com.br


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AVISO IMPORTANTE

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VAGAS USP - URGENTÍSSIMO

Prezados (as) Amigos (as) A Dra. Luciana Cini, está colocando à disposição vagas para tratamento de câncer. Se souber de alguém que necessite deste tipo de tratamento é só ligar para ela. Amigos, estar doente, já é horrível. Imagine estar com Câncer Gástrico e não ter Convênio ou meios para realizar o tratamento. Por amor, repassem esta mensagem. Dispomos de 15 vagas para pacientes com Câncer de estomago, esôfago, duodeno e intestino.

CUIDADO COM ESTE ANUNCIO

Caso o receba em seu e-mail, ignore! É um golpe virtual, o texto é exatamente como este ao lado. Infelizmente ainda existe gente que aproveita da credibilidade e do alcance de meios de comunicação para praticá-los.

Tratamento completo, na Gastrooncologia, com Dr. Fonseca, diretor da Oncologia no Hospital Heliópolis, aluno do Hospital do Câncer. Não há fila de espera. Dra. Luciana Cini (11) 9563 5430 (11) 4975 2309 Dra. Vera Garcia da Silva Médica Psiquiatra www..mind-web.com Tel.: 21 25478622

Leda Lúcia S. de Salles Abreu leda@unimedamparo.com.br Tel.: 3817-1609.

A PREOCUPAÇÃO COM A NOSSA QUERIDA UMBANDA E A NOSSA CASA A preocupação com a Nossa Querida Umbanda, religião séria, voltada exclusivamente e unicamente ao Bem. Pergunto eu, e os Terreiros de Umbanda? Os Templos, as Casas de CARIADE? Como ficam? A irmandade dentro a própria Umbanda é fácil! É fácil nos abraçarmos em comunhão com Pai Oxalá, e todos os Orixás! É fácil darmos as mãos para encerrar os trabalhos do dia, e compor, unir uma corrente de trabalhos e no final desfaze-la como se fosse o fim de algo, mas não é, pois formar uma corrente deveria ser no meu consciente a União, o Laço para com meus Pais e Mães Orixás e o terreiro onde vamos vivenciar este curto momento Divino. É no terreiro que tudo acontece e fora dele eu dependo de como eu pratico minha religião e de como sou religiosamente falando. O nosso compromisso com a Casa, Terreiro, Templo não é só de darmos as mãos, pois se somos o Exército Branco de Pai Oxalá, e somos com certeza, porque não lutar pelo Bem? Pelo bem do Espaço Sagrado, o Local de Culto, o seu terreiro, a sua Casa, dando a ela o valor que ela merece, como uma célula Viva, Divina, ligado aos Tronos de Deus. Nós somos parte desta célula máter, onde deveríamos ter por nossas Casas, o mesmo amor que temos por nossa Umbanda, pois é ali, a Casa de nossos Pais e Mães Orixás. É o respeito de filhos para com os Pais, mas na casa de Olorum. Deveríamos ter gravados em nosso mental que a casa que buscamos frequentar é o espelho do berço que tivemos lá trás, em nossa criação, na Centelha Divina do Criador e suas Divindades Sagradas, mas esquecidos deste detalhe, entramos nas Casas, nos Terreiros, nos Templos, apenas adentrando; e não contemplando o Esplendor Divino desta célula geradora. Geradora não só de


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caridade, mas de oportunidade única e exclusiva sim, mas para muitos ainda é pouco o que sua Casa, seu Terreiro faz. Como contemplar o que sua casa faz? Fazendo parte não só da corrente, mas da Casa, do Terreiro! Terreiros, Casas ou Templos de Umbanda não podem FECHAR, por descuido, por falta de zelo, por falta de compromisso de seus filhos, pois manter os Trabalhos Espirituais é obrigação do Pai, da Mãe, do Dirigente e manter a Casa, o Terreiro, o Templo deveria ser obrigação de todos! Quem se preocupa em dar continuidade? Em manter em ordem, em limpar sua casa? Quem se preocupa em preparar a Casa hoje, para os trabalhos de amanhã? É um local de Caridade, mas quantos agem da mesma forma, caridosos para com sua Casa, seu Terreiro, seus Pais e Mães de Santo? Um cego pode ter Fé e enxergar melhor do que nós a casa que ele frequenta, porque será? Precisamos nos atentar para que a Umbanda, seus Núcleos, Terreiros, Templos e Casas, essas células Vivas e Divinas possam se manter sempre vivas em nossos solos humanos, pois como celular geradora, dos Sete Sentidos da Lei e da Vida, a Casa que praticamos nossa religiosidade, é um pedaço do Divino, no meio humano. Deus não chega ao meio humano por vias humanas; chega-nos por vias Divinas, por condições superiores ao nosso meio. O congá é essa ponte e deve existir também dentro de nós. Assim também a nossa Casa não deve só existir, mas devemos cultivá-la diariamente, cumprindo assim também a nossa Missão de levar a Bandeira da Umbanda e hasteá-la e mantê-la lá no Alto. Vamos sustentar nossos Terreiros, nossas casas, Templos, não com o muito, mas com o “Pão Nosso de cada dia”, pois o pouco com Deus é muito e o muito sem Deus não é nada? Não foi assim que aprendemos? Então é hora de praticar a Caridade para com as nossas casas, e darmos a ele, este Espaço Sagrado, o Terreiro, o valor que ele merece, a lealdade que nossos Templos merecem, a fidelidade, o compromisso, a honra, pois ali viemos aprender com a Umbanda e seus Guias de Lei. Não sujamos o local que dormimos, nem cuspimos nos prato que comemos. Isso deveria ser pra tudo em nossas vidas e em nossa religião. Não negamos o berço que um dia fomos gerados e muito menos os Pais e Mães que nos criaram! O templo que pisamos, o terreiro que frequentamos tem está extensão, a célula geradora. E acredito eu, que é o mesmo que cuidar de uma barriga em gestação, de uma Mãe que gerará a Vida, com carinho, com proteção, com cuidados, sendo fiéis, leais, verdadeiros. O templo representa a Mãe, o Pai e nós os responsáveis pelos filhos que vão chegar. Temos que nos preparar religiosamente e assumirmos nossas Casas, nossos Terreiros e Templos para que permaneçam sempre abertos e geradores da Vida! Em nossas casas não damos ou temos diplomas, mas somos alunos eternos nas mãos dos Guias, Mestres, Guardiões etc... “A mãe chega para dar a Luz e descobre que o hospital fechou e os médicos se foram” Nós os Umbandistas não devemos “ir”, mas “seguir” em frente, batalhando junto com as Nossas Casas, Templos ou Terreiros de Umbanda para que não fechem suas portas, pois o compromisso é de todos. A umbanda não é só para os Dirigentes de Terreiro, é para todos que com ela se afinizarem e entrarem em sintonia através da Fé. A Umbanda é para todos os Umbandistas e “a preocupação de um Terreiro de Umbanda deveria ser a preocupação de todos os Umbandistas”. Abraços a todos e que Pai Oxalá ilumine todos os Terreiros, casas, templos de Umbanda e todos os umbandistas. Dirigente espiritual: Tito Alexandre de Paiva - MTB- 61-374/SP E-mail: titoapaiva@hotmail.com

Falar com Dra. Miriam Rua Irmã Carolina n° 272 – Belenzinho. contato@colégiodemagia.com.br Fone: (11) 2796-9059


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CONQUISTANDO ESPAÇO E DIREITOS!!! SARAVÁ AOS UMBANDISTAS E AOS IRMÃOS DE OUTRAS BANDAS. Resido em Bagé-RS e por aqui, apesar do expressivo número de umbandistas, somente no ano de 2005 tivemos sancionado Lei Municipal instituindo o Dia Municipal da Umbanda. Por minha solicitação, um vereador da época elaborou Projeto de Lei solicitando apoio para que tivéssemos o nosso Dia, o que foi sancionado por nosso Prefeito Municipal e no ano seguinte, 2006, tivemos sancionada lei estadual criando o Dia Estadual da Umbanda. Após divulgação na internet, outros municípios e também Estado do Rio de Janeiro tiveram suas Leis aprovadas. Quem sabe, umbandistas de outros municípios do nosso Brasil passem a interessar-se e façam o mesmo. Dessa forma nossa umbanda irá tornar-se mais conhecida e respeitada. Abraço fraterno, Enviado por: Veraldo do Xangô


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Texto enviado por Mãe Antonietta Naimo, dirigente do E-mail: naimo@ibest.com.br

Este documentário foi uma filha de santo da minha casa que relatou o acontecido durante os trabalhos. Escrito por Roberta Luara F. de Moraes. Que Oxalá nos cubra com seu manto de paz e felicidade.

Coroação na Cachoeira Foi no dia 13/02/11 durante a Consagração das Mães Pequenas do Templo de Umbanda e Magia Água Cristalina (dirigido pela Mãe Antonietta), na Cachoeira do Cantinho dos Orixás na cidade de Nazaré Paulista/SP que tive o enorme privilégio de ver o meu Pai (falecido há quase 10 anos) no alto das pedras da cachoeira acompanhado de duas pessoas, que tenho certeza que eram guias de luz, tudo aconteceu quando após a consagração, todos os filhos, um a um, começaram a se banhar na queda d'água e quando chegou a minha vez, meio que sem querer olhei para o alto das pedras e os avistei, meu Pai estava entre os dois guias espirituais, ambos estavam de branco, com uma

enorme luz em volta deles e ao vê-lo ele sorriu e balançou a cabeça de cima para baixo, como em sinal de contentamento com o caminho espiritual que estou seguindo, uma vez que na vida carnal ele também era Umbandista e seguia com muita fé e amor na caridade, sempre ajudando as pessoas e hoje sigo com o curso de desenvolvimento espiritual pelo Núcleo Água Cristalina. Após o banho na queda d'água, depois de pedir coisas boas e sair da água "purificada", voltei (com os olhos cheios de lágrimas) o olhar para onde os tinha visto e não estavam mais lá. Continuaram os banhos de todos os filhos da casa e eu ainda o sentia por perto, sentia uma sensação muito boa, mas por mais que procurasse não os via e após o término, quando fomos ao vestiário nos trocar, novamente o vi, acompanhado dos guias espirituais, recebi o seu abraço, um


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beijo na face direita e em seguida eles desapareceram. Não consigo encontrar palavras para

descrever tamanha alegria, talvez eu descreva essa data como a mais feliz da minha vida, pois pude ter a confirmação de que mesmo após o seu desencarne ele continua bem e se orgulhando de mim... Agradeço primeiramente a Deus por ter dado a ele a permissão para que eu pudesse vê-lo, pelo privilégio desse encontro tão emocionante, ao Núcleo de Umbanda e Magia Água Cristalina por ter me acolhido com carinho e dado a oportunidade de me desenvolver espiritualmente, agradeço também a Mãe Simone pela acolhida e os conselhos de sempre e por fim pela oportunidade de dividir essa grande emoção com outras pessoas... Escrito por: Roberta Luara F. de Moraes

Olá meus irmãos, faço parte de umas cinco ou seis listas de debates sobre Umbanda. Tenho uma grande dificuldade em ler todos os e-mails que chegam por aqui. Tenho na caixa postal centenas de e-mails não respondidos, por não dar conta de Tudo que chega. No entanto fiz a proposta, nas listas virtuais, de apresentar Nossas opiniões sobre o assunto Cristianismo e Umbanda. Coloco abaixo minha reflexão sobre o assunto com passagens das Colocações de outros irmãos, espero que tenham uma boa leitura. Alexandre Cumino Tenho certa dificuldade em ler tudo que chega por aqui, mas como fiz esta proposta, fiz questão de ler todos os e-mails sobre este tema. Se agente conseguisse ter assuntos que interessam a todos ou a maioria e cada um colocasse sua opinião creio que alcançaríamos os antigos e primeiros objetivos de todas as listas (de debates sobre Umbanda). Muito mais, cada um de nós carrega ensinamentos preciosos colhidos junto á espiritualidade de forma direta e outros por dedicação e estudo as religiões de forma geral e a Umbanda de forma específica.


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Irmãos (a) Etiene, Arnaldo, Marcia, Sandro, Fabio, Alexandre, André, Edmundo, Douglas, Claudio, Erci, Cristina, Solano, Ciganinha, Victor, Ayrton, Eduardo, Marcus, Edson, Uilson... desculpe se esqueci de alguém, a opinião de todos é muito importante, mesmo que pareça contraditória vamos aprendendo uns com os outros e vendo que em muito a verdade de um complementa a do outro e vice-versa... Fiquei muito contente em ler tantas reflexões sobre a questão, Cristianismo e Umbanda, que inclusive nos faz lembrar quantos “umbandistas” se consideram católicos, espíritas ou afro-brasileiros... A pergunta é genérica, se na “Umbanda” como um todo, em sua unidade, somos cristãos. Pois nas partes (Umbanda Branca, Pura, Tradicional, Popular, Esotérica, Eclética, Omolocô...) muitos já vem procurando definir o que sua “linha” ou “linhagem” crê e defende. Creio que no geral, na Umbanda como um todo sempre teremos controvérsias, do ponto de vista “teológico”, de dentro, da doutrina de cada casa. Afinal “cada terreiro é uma escola”, produz conhecimento e valores seguidos por seus médiuns, alguns recebidos de forma direta da espiritualidade na presença dos guiasmentores da espiritualidade; às vezes absorvendo mais ou menos o que é e foi colocado por outros pensadores, médiuns e guias na religião, desde sua origem no plano material. Tecnicamente as religiões Cristãs são aquelas que têm Cristo no ponto central e no alto de seu culto, assim é com as diversas nominações cristãs, dos antigos e primeiros grupos formados pelos apóstolos (judeu-cristãos) que seguiam a Cristo, passando pela Primeira Grande Instituição organizada e hierarquizada (Igreja Católica), depois Ortodoxa, Luteranismo, Calvinismo etc. até chegar aos recentes neopentecostais. Por esta questão de nomenclatura que, por exemplo, e não como regra, Islã não se chama “Maometismo”, pois o Profeta Maomé (Mohamed) não está no centro da Religião e sim a “submissão”, sinônimo de Islã, no qual “muçulmano” quer dizer “submisso a Deus”. As “regras”, “código”, “doutrina” que regulam a tudo estão no “Corão” ou “Alcorão”. Espiritismo não se chama “Kardecismo” por que não é Kardec e sim o ensinamento dos Espíritos que está no centro da doutrina. “Budismo” é um termo usado para definir o conjunto de filosofias, doutrinas, ritos e “religiões” que nasceram das diversas interpretações da mensagem de Sidarta Gautama, “Um Buda” (Um Iluminado). No entanto setes seguimentos “budistas” se auto definem como Hinayana, Mahayana, Zen, Chan e outras vertentes generalizadas como Budismo. Geralmente no centro do Budismo estão as quatro nobres verdades e não a figura do “Buda”, mas todos sabem que Ele é o principio da doutrina e o modelo de iluminação. Assim nenhum Budista se chateia quando é chamado de budista, ao contrario de um espirita que “ortodoxamente” não aceita a definição de “kardecista”. Embora sejam “espíritas”, Chico Xavier costumava se definir como “Espírita Cristão”, fazendo valer o “Evangelho Segundo Espiritismo” como um dos cinco livros do Código Espirita, organizado por Kardec, como bem lembrou o irmão Etiene Sales. . A pergunta foi proposta na internet e pudemos observar várias respostas diferentes, umas buscando definições técnicas, outras falando de seu coração e terceiros com certa dificuldade em separar “Cristianismo” de “Catolicismo”. Algumas respostas foram bem diretas e de alguma forma me tocaram e gostaria de revê-las, penas por exercício de reflexão comparada e análise dos valores de cada um. Uma das primeiras respostas veio no Irmão Etiene Sales:


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Vou dar um palpite naquilo que faço como Umbanda, mas já preparado para as madeiras e pregos. A Umbanda é um conjunto de diversas crenças e pode existir um aglomerado que em si se coloca como Cristão, mas na sua totalidade acredito que não. A Cristandade tem como fonte de doutrina a Bíblia e as palavras que lá se encontram... Edmundo Pellizari, também deu uma contribuição, técnica, neste mesmo sentido: Logo, teologicamente falando, o umbandista não é cristão. O umbandista é umbandista. E como umbandista, ele pode ter crenças religiosas cristãs, budistas, hinduístas ou iorubas. Tudo isso sem culpa! Não existe necessidade de usar o cristianismo por tradição, cultura ou porque é politicamente correto!... Também achei interessante a resposta do irmão Douglas Sanches: O Umbandista é Cristão? A princípio não. Mas pode ser. Você é Cristão? Não. Sandro Mattos da Apeu tem um texto sobre a questão, lembra as palavras de Zélio e pontos de Umbanda que falam sobre Cristo, também faz uma pergunta, que não quer calar e fecha com o sincretismo: Se a Umbanda não é uma religião baseada nos ditames cristãos, porque então os umbandistas continuam com a imagem de Cristo no local mais alto do Congá? Afinal de contas não existe mais feitor, sinhozinho ou capitão-do-mato... Que o Mestre Jesus Cristo, chamado carinhosamente por nós de Pai Oxalá, nos cubra com Vosso Manto Sagrado... Ciganinha, que segue a linha do Caboclo das Sete Encruzilhadas, fala de dentro desta visão tradicional: O Umbandista é Cristão? Pelo menos uma das linhas, a do Caboclo das Sete Encruzilhadas, sim. O Caboclo era cristão. Você é Cristão? Sou. Por quê? Algumas coisas não têm explicação. Sou porque sou... Pai Solano e Mãe Maria afirmam: Não devemos confundir o ser cristão com o ser católico, reformador, pentecostal ou qualquer outra confissão de fé. Gostei muito das palavras de Eduardo Dutra, que considerou o assunto “relevante e oportuno”: Minha resposta, então, vai no sentido de que a Umbanda é uma religião diferente daquelas que se designam como cristãs, mas que nós umbandistas, sob muitos aspectos vivenciamos princípios morais que nos foram transmitidos pelo cristianismo... Marcus Vinicius é bem direto em sua opinião e conceito pessoal: De acordo com as minhas convicções, Cristão não é só quem é católico ou evangélico. Ser Cristão significa crer em Deus e em Jesus e procurar seguir seus ensinamentos. Ao que me consta, Deus corresponde ao Orixá Olorum e Jesus, ao Orixá Oxalá. Portanto, nós, Umbandistas somos Cristãos, ou seja, Cristãos Umbandistas. O irmão Edson Balan, fez um pedido e uma proposta, no meu entender: Peço aos irmãos que organizem convenções onde possam cada um defender suas teses, fortalecendo-as Buscando inicialmente eco concordatário em todo o nosso meio para depois se expor a mídia um parecer. Que se possa dizer “Nós Umbandistas pensamos assim”.


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Foram muitos e-mails enviados sobre o assunto, se Umbanda é Cristã e se “você” é cristão. Eu também tenho uma opinião, quando perguntam minha religião a resposta é sempre a mesma, pronta, “Umbanda”, sou “Umbandista”, sem corruptelas, qualificativos ou distinções. Apenas “Umbanda” e tenho orgulho de ser Umbandista. Ainda assim tenho uma formação Espirita, de berço, na qual aprendi a me sentir cristão, e quando entrei para a Umbanda, este sentimento não mudou, pelo contrário se reforçou e evidenciou. Um dos guias que me assistem costuma dizer que “A imagem de Cristo, de Jesus, não é enfeite”, outra entidade afirma: “Poder é Deus, Força é Perdão e Exemplo é Cristo”. Nossos pretos velhos “usam” nomes de “batismo católico”, João, Antônio, Pedro, Benedito... Assim sou Umbandista e me sinto “cristão”, mas da mesma forma me sinto “naturista” pela influencia dos caboclos, “panteísta” pela influencia do Culto aos Orixás, me sinto até um pouco “Católico” (mas não católico como denominação) pela presença de santos essencialmente católicos como São Jorge, Nossa Senhora, São Jerônimo... Sinto-me tão cristão quanto afro, indígena ou espirita por suas influencias... mas não sou “Cristão”, posso até ser “Umbandista Cristão” ou “Cristão Umbandista” e a Umbanda, em minha opinião, é tão cristã quanto nagô, banto (afro), tupi, guarani (indígena), mística, esotérica, espirita, ocultista, mágica... etc. Mas que Cristo está tão presente aqui quanto em qualquer religião é uma verdade, de meu ponto de vista, tanto quanto estão presentes, os Orixás e as Forças da Natureza e os Mestres Ascensos. O que nos difere é que Umbanda tem uma linguagem própria para apresentar seus fundamentos, pois é uma RELIGIÃO, e como tal existe por si só, embora, como todas as outras, bebeu em fundamentos alheios até criar os seus próprios fundamentos. Um grande abraço á todos... Enviado por: Alexandre Cumino E-mail: alexandrecumino@uol.com.br

Texto original de Cassio Lopes Ribeiro

Sentado ali em frente de seu congá o velho pai de santo relembra com surpreendente nitidez sua infância e seu primeiro contato com a espiritualidade. Nitidamente ele se vê na tenra infância a brincar sozinho no amplo quintal da casa de seus pais. Lembra-se que alguma coisa o fez olhar para as nuvens e diante dele uma estranha imagem se forma: um velho sentado ao redor de uma fogueira e um menino a ouvir-lhe estórias. De alguma maneira o menino ao ver aquela cena sabia que se tratava dele mesmo. O tempo passou e a cena jamais esquecida e também jamais revelada, o acompanha em sonhos e lembranças. Cresce e acaba se tornando médium Umbandista. Aos poucos vai conhecendo seus guias, que vão tomando seu corpo nas diversas “giras de desenvolvimento”. Primeiro o Caboclo que lhe parece muito grande e forte, depois os demais até que, ao completar 18 anos, seu Exu também recebe permissão para incorporar. Já não é mais médium de gira, a bem da verdade ocupa o cargo de pai pequeno do terreiro. Percebe que não tivera uma adolescência como à da maioria dos jovens que lhe cercam na escola. Não vai a bailes, festas... Dedica-se com uma curiosidade e um amor cada vez maior a pratica da caridade. Os anos passam e acaba pôr abrir seu próprio terreiro. Inúmeras pessoas procuram os seus guias e recebe um lenitivo, uma palavra de consolo e esperança... Foram tantos os pedidos e tantos os trabalhos realizados que já perdera a conta. Viu inúmeras pessoas que declaravam amor eterno pela Umbanda e bastava que alguns pedidos não fossem alcançados na plenitude


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desejada, que já se afastavam criticando o que ontem lhes era sagrados. Presenciou pessoas que vindas de outras religiões e que encontraram a paz dentro do terreiro, mantido a duras penas, uma vez que nada cobrava pôr trabalhos realizados ("Dai de graça o que de graças recebestes"). Solteiro permanecia até hoje, pois embora tivesse tido várias mulheres que lhe foram caras, nenhuma delas aguentou ficar ao seu lado, pois para ele, a vida sacerdotal se impunha a qualquer outro tipo de relacionamento. Amava mesmo assim todas aquelas que lhe fizeram companhia em sua jornada terrena. Brincava o velho pai de santo, quando lhe perguntavam se era casado e respondia, bem humorado, que se casara muito cedo, ainda menino. A curiosidade dos interlocutores quanto ao nome da esposa era satisfeita com uma só palavra: Umbanda, este era o nome da esposa. Com o passar do tempo, a idade foi chegando; muitos de seus filhos de fé seguiram seus destinos vindos eles também a abrirem suas casas de caridade. O peso da idade não o impede de receber suas entidades. Ainda ecoa, pelo velho e querido terreiro, o brado de seu Caboclo, o cachimbo do Preto Velho perfuma o ambiente, a gargalhada do Exu ainda impressiona, a alegria do Ere emociona a ele e a todos... Enfim, sente-se útil ao trabalhar... Hoje não tem gira. O terreiro está limpo, as velas estão acessas e tudo parece normal. Resolve adentrar ao terreiro para passar o tempo, perdera a noção das horas. Apura os ouvidos e sente passos a seu redor, percebe que alguém puxa pontos e que o atabaque toca. Ele esta de costa para todos de frente para o congá. O cheiro da defumação invade suas narinas... Seus olhos se enchem de lágrimas na mesma proporção que seu coração se enche de alegria. Estranhamente, não sente coragem ou vontade de olhar para trás, apenas canta junto os pontos. Fixa seus olhos nas imagens do altar, fecha os olhos e ainda assim vê nitidamente o congá, parece que percebe o movimento do terreiro aumentar. Vira de costas para o congá e a cena o surpreende: vê Caboclos, Boiadeiros, Pretos Velhos, Marujos, Baianos, Erês e toda uma gama de Guias, até Exus e Pombas Giras estão ali na porteira. Dá-se conta que os vê como são, não estão incorporados. Todos lhes sorriem amavelmente. Dentre tantos Guias, percebe aqueles que incorporam nele desde criança. Tenta bater cabeça em homenagem a eles, mas é impedido. O Caboclo, seu guia de frente, se adianta, lhe abraça, brada seu grito guerreiro. Os demais o acompanham. O velho pai de santo não aguenta e chora emocionado... As lagrimas lhe turvam a vista. Fecha seus olhos e ao abri-los todos os guias ainda permanecem em seus lugares embora calados... Nota uma luz brilhante em sua direção, Oxum e Omulu se aproximam, seu Caboclo os saúda e é correspondido. A luz o envolve completamente. Já não se sente mais velho; na verdade sente-se jovem como nunca. Seu corpo está leve e ele levita em direção à luz. Todos os guias fazem reverência... O terreiro vai ficando longe envolto em luz... Ele sorri alegre... A missão estava cumprida... No dia seguinte, encontram seu corpo aos pés do congá. Tinha nos lábios um sorriso... Texto original de Cassio Lopes Ribeiro Enviado por: Veridiana Arjona Rocha E-mail: arjonarocha@live.com


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O mais difícil é ajudar em silêncio, amar sem crítica, dar sem pedir, entender sem reclamar... A aquisição mais difícil para nós todos chama-se paciência. Ah! Se vendessem paciência nas farmácias e supermercados... Muita gente iria gastar boa parte do salário nessa mercadoria tão rara hoje em dia. Por muito pouco a senhora que parece uma "lady" solta palavrões e berros que lembram as antigas 'trabalhadoras do cais'... E o bem comportado executivo? O 'cavalheiro' se transforma numa 'besta selvagem' no trânsito que ele mesmo ajuda a tumultuar... Os filhos atrapalham, os idosos incomodam, a voz da vizinha é um tormento, o jeito do chefe é demais para sua cabeça, a esposa virou uma chata, o marido uma 'mala sem alça'. Aquela velha amiga uma 'alça sem mala', o emprego uma tortura, a escola uma chatice. O cinema se arrasta, o teatro nem pensar, até o passeio virou novela. Outro dia, vi um jovem reclamando que o banco dele pela internet estava demorando a dar o saldo, eu me lembrei da fila dos bancos e balancei a cabeça, inconformado... Vi uma moça abrindo um e-mail com um texto maravilhoso e ela deletou sem sequer ler o título, dizendo que era longo demais. Pobres de nós, meninos e meninas sem paciência, sem tempo para a vida, sem tempo para Deus. A paciência está em falta no mercado, e pelo jeito, a paciência sintética dos calmantes está cada vez mais em alta. Pergunte para alguém, que você saiba que é 'ansioso demais' aonde ele quer chegar? Qual é a finalidade de sua vida? Surpreenda-se com a falta de metas, com o vago de sua resposta. E você? Aonde você quer chegar? Está correndo tanto para quê? Por quem? Seu coração vai aguentar? Se você morrer hoje de infarto agudo do miocárdio o mundo vai parar? A empresa que você trabalha vai acabar? As pessoas que você ama pararão? Será que você conseguiu ler até aqui? Respire... Acalme-se... O mundo está apenas na sua primeira volta e, com certeza, no final do dia vai completar o seu giro ao redor do sol, com ou sem a sua paciência...

Enviado por: Dinalva Faria


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Meus amigos, vamos aguardar as novidades que os Parlamentares nos trarão. São Paulo também já entrou na luta. Enviado por: Sandra Santos E-mail: sandracursos@hotmail.com

Deputados e Comunidades Negras em defesa de Terreiros Evento marcou a criação da Frente Parlamentar para impedir manifestações e ações discriminatórias 17 de março de 2011 - Brasília - A fiscalização do poder executivo para a aplicação de políticas públicas propostas por Comunidades de Terreiro foi o principal tema discutido na última quarta-feira, dia 16, pela manhã, em Brasília, durante café da manhã entre deputados e representantes de comunidades negras. O evento marcou a criação da Frente Parlamentar em defesa das Comunidades Tradicionais de Terreiros, que tem como objetivo não apenas fiscalizar, mas impedir manifestações e ações discriminatórias contra as comunidades negras no Brasil. Um dos idealizadores da frente, o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) disse que “é inadmissível nós termos esse tipo de discriminação com as Religiões de Matriz Africana em um país laico, onde conseguimos tantos avanços. Essa mobilização é a expressão maior que estamos reafirmando a nossa resistência”, avaliou o deputado. A representante do Ilê Axé Oyá Bagan, Mãe Baiana, afirmou que as entidades deverão estar mobilizadas e alertas contra as práticas discriminatórias. “Devemos ter o cuidado para que não volte como no tempo da escravidão, onde não podíamos cultuar os nossos santos”, alertou. A criação da Frente Parlamentar foi uma demanda de organizações do movimento negro, entre os quais o Coletivo de Entidades Negras (CEN), e contou com o apoio dos deputados Valmir Assunção (PT-BA) e Érika Kokai (PT-DF). A frente terá o papel de promover ações em defesa das Religiões de Matriz Africana para a promoção da liberdade de culto e contra a intolerância religiosa, de modo que os Terreiros tenham o mesmo tratamento que outros Templos Religiosos. Fonte: R2C Press


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Comentar sobre as cores dos Orixás é o mesmo que tentar equilibrar-se e manter-se ereto na crista de uma onda ou parar todos os movimentos no meio de um ciclone, pois nenhum Orixá tem uma única cor. Isto tudo é apenas fruto da tentativa de individualizar o geral e generalizar o individual. Como dar cor a uma energia? Desde Oxalá, no extremo positivo, até Omolu, no extremo negativo, todos trazem em si tantas cores que, por não serem visíveis aos olhos humanos e serem ainda desconhecidas, é-nos impossível comentá-las. Afinal todo Orixá é um mistério em si mesmo, e, por ser um mistério, por sua própria essência divina, assume a cor que lhe atribuem, além de todas as outras, pois um mistério é a Manifestação Divina do Divino Criador, tornada visível aos olhos humanos, os quais, por mais que estudem, jamais serão capazes de penetrar no interior de um mistério para desvendá-lo. Em verdade, um Orixá irradia todas as cores, pois irradia em todas as sete faixas ou padrões vibratórios, e cada tipo de vibração, ao graduar a velocidade do giro, pode ser para mais ou para menos, dá uma cor a cada um dos elementos irradiados na forma de energias. Por isso, uns dizem que Ogum é azul e outros dizem que é vermelho. Ou uns dizem que Xangô é vermelho e outros dizem que é marrom. Os Oguns individualizados assumem a cor vermelha, na Umbanda, porque o próprio astral aceitou essa classificação que fixaria a sua identificação e facilitaria seu entendimento. E o mesmo ocorreu com o marrom de Xangô. Mas nós sabemos que as cores dos Oguns variam de acordo com a faixa vibratória em que atuam. E o mesmo acontece com todos os Orixás, pois temos Iansãs que irradiam a cor amarela, a cor vermelha, a cor azul, a cor cobre, a cor dourada, etc. Logo, discutir a cor dos Orixás é um assunto ainda desconhecido no plano material. O comprimento de onda ou a velocidade da irradiação é que determina se uma energia irradiada é azul, verde ou vermelha. E o comprimento de onda ou velocidade obedece ao tipo de elemento e ao padrão vibratório da faixa por onde ele está sendo irradiado. No padrão vibratório cristalino, as cores das energias praticamente desaparecem. No padrão vibratório telúrico, elas assumem tonalidades tão densas, que temos a impressão de poder pegá-las com as mãos. Além do mais, dentro de uma mesma faixa vibratória, temos os subníveis vibratórios. E aí a coisa complica ainda mais, porque nos subníveis mais elevados, as cores se sutilizam, e, nos mais baixos, elas se densificam. Mas todos os Orixás são Mistérios Divinos e aceitam sem discussões as cores que já lhe atribuíram ou haverão de atribuir-lhes, pois, como Mistérios, trazem em si todas as cores. Então que na mente das pessoas se afixe a cor que melhor irá permitir sua interação vibratória com seu querido Orixá, pois através dessa via colorida seu Orixá atuará em todo o seu mental, espiritual, emocional e físico, e o fará com tanto amor que, no fim, no imenso oceano da vida, todos serão cintilantes e multicoloridos “pingos” de amor à criação e de fé, muita fé, no nosso amoroso Criador. Agora passaremos aos nossos amados filhos-de-santo e filhos-de-fé, as cores que temos permissão de revelar, e que, se estudarem um pouco acabarão descobrindo fundamentos profundos no campo das irradiações energéticas que começam a acontecer após nossos “pedidos” e orações, invocações e firmezas, irradiações e cantos.


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OXALÁ............. Branco, cristalino, furta-cor. OIÁ-TEMPO.... Azul escuro, branco, preto e prata. OXUM.............. Rosa, dourado, azul e amarelo. OXUMARÈ...... Azul, furta-cor, lilás e azul celeste. OGUM.............. Azul escuro, prateado, vermelho. IANSÃ.............. Amarelo, dourado, vermelho-coral. XANGÔ............ Marrom claro, dourado, vermelho. EGUNITÁ........ Laranja, dourado e vermelho. OXOSSI........... Verde, azul escuro e magenta. OBÁ.................. Magenta, dourado e vermelho. OBALUAÊ....... Branco, prateado, violeta e branco/preto. NANÃ............... Lilás, azul claro e roxo. IEMANJÁ......... Branco azulado, prateado cristalino, azul profundo (anil) e azul claro. OMOLU............ Vermelho, preto, roxo, branco, vermelho, preto. EXU.................. Preto, e vermelho. POMBAGIRA............ Vermelho, e preto. Portanto, fiquem com as cores que já se tornaram padrão, e está tudo certo para os nossos amados Orixás, uma vez que eles querem vê-los a partir de sua fé, que deve ser pura e imaculada. Pai Rubens Saraceni


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