Catarina, 14,8% no Rio Grande do Sul, 19,7% no Paraná, e 11,6% eram migrantes de outros estados ou países. Dessa população de migrantes, mais de 70% transferiram-se para a Região Metropolitana de Florianópolis a partir da década de 90. Considerando-se que 46,10%
de informalidade pesquisadas constituíam-se no grupo que mais recentemente havia migrado para a região de Florianópolis e que chegou, principalmente, a partir do final da década de 90. Em sua maior parte eram famí-
dos entrevistados nas áreas de informalidade haviam mi-
lias procedentes do interior de Santa Catarina, ainda que
grado de outros estados, é interessante confirmar que o
também sejam significativos nesse período os migrantes
expressivo processo migratório da década de 90 para a
originários do Rio Grande do Sul e do Paraná. Com ida-
área conurbada de Florianópolis deu-se tanto nas cama-
de média entre 35 e 40 anos, a maior parte dos respon-
das de mais alta renda, conforme evidenciado pelas diver-
sáveis pela família era do sexo masculino, declarado de
sas mídias, como também nas camadas mais pobres da
cor branca, e seu nível de instrução alcançava até a oitava
população, gerando novos assentamentos informais ou
série. Deve-se observar, no entanto, que 18% dos chefes
densificando os já existentes.
de família eram mulheres, cujo rendimento era o único
Considerando-se os dados desagregados, que mostram a origem das populações por tipo de transação imobiliária, nos submercados de venda e de compra há os maiores percentuais de população com origem em Santa Catarina, respectivamente 74,64% e 74,20%, sendo, entre aqueles que alugaram imóvel, 51,56% oriundos do esta176
Os indivíduos que alugavam um imóvel nas áreas
do. Entre os locatários nesses assentamentos informais,
da família. Os locatários, em sua maior parte, exerciam algum trabalho remunerado, a maior parte no setor de serviços, ainda que muitos deles atuassem na construção civil, ou no comércio. Recebiam, em média, 2,1 salários mínimos mensais e apresentavam renda domiciliar de 2,9 salários mínimos, havendo quase sempre duas pessoas que contribuíam para esse rendimento.
a porcentagem de entrevistados oriundos de outros esta-
Uma das características mais evidentes no perfil do
dos é maior do que nos outros dois submercados, tendo
indivíduo que vendia seu imóvel nas áreas de informalida-
vindo 20,31% do Paraná, 21,35% do Rio Grande do Sul,
de era sua relativa estabilidade e o longo período de per-
e 6,77% migraram de outros estados. Nas áreas perifé-
manência na comunidade, comparativamente aos demais
ricas, ocorreu maior incidência de população de fora de
entrevistados. Constituíam-se no grupo de moradores
Santa Catarina que havia alugado imóvel, como em Frei
mais antigos nas comunidades: 18% deles migraram na dé-
Damião, com índice de 60%, e em Solemar, onde 50,00%
cada de 1980 e 11,3% chegaram nas décadas precedentes.
dos locatários eram de outros estados.
A idade média era de 40 anos, declararam-se de cor bran-
Coleção Habitare − Favela e mercado informal: a nova porta de entrada dos pobres nas cidades brasileiras