Revista Guzerá 2012

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ZZn Peres

Paulo Roberto Menicucci Presidente da ACGB

Graças à sua participação, andamos muito, mas o caminho é longo. E trilhar este percurso pode ser prazeroso ou sofrido, só depende de nós

Prezados Guzeratistas, Na edição passada desta revista aproveitei este espaço para promover uma reflexão sobre a importância do fortalecimento dos nossos vínculos em nossa Associação e fiz um convite para que tais vínculos se dessem em “mão dupla”: você, associado, compartilhando conosco, da gestão e da tomada de decisões de questões relevantes para a nossa Raça. E você veio. E porque veio conseguimos realizar muitas coisas importantes. Em março de 2008 a ACGB promoveu o Seminário Nacional da Raça Guzerá, marco exemplar de prática democrática para a definição de metas a serem alcançadas por uma instituição representativa de um grupo que se agrega para tal fim. Vieram guzeratistas de todo o Brasil e, num esforço coletivo, definimos tais metas. Entendendo a importância deste movimento, resgatamos em nossa gestão os documentos que se originaram do referido esforço e nos propusemos implantá-los. Com a sua participação, realizamos o “Leilão de Prenhezes” que está possibilitando recursos para os investimentos na Raça. Implantamos o novo site nos moldes sugeridos naquele evento, inclusive com espaço para divulgação de informações técnicas e comerciais. Estreitamos relações com instituições de ensino e pesquisa e apoiamos programas de avaliação genética. Estabelecemos o calendário nacional de exposições ranqueadas, atualizamos o regulamento do ranking com premiação de animais de aptidão leiteira. Temos agregado constantemente novos associados... e, como você, sei que muito ainda há que fazer. Graças à sua participação, andamos muito, mas o caminho é longo. E trilhar este percurso pode ser prazeroso ou sofrido, só depende de nós. Agradeço a todos que me apoiaram e aos companheiros de Diretoria que estiveram presentes nesta jornada e que muito me ajudaram nos momentos difíceis. Agradeço a nossa Raça, que nos propicia sempre novas descobertas e investimentos pela sua riqueza, inclusive a de promover a participação da família e dos amigos.

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Expediente

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pecuária brasileira tem desafios importantes para vencer em 2012, com relação à sustentabilidade do setor. Chefes de Estado de mais de 100 países desembarcarão no Brasil, em junho, para a Rio + 20, conferência das Nações Unidas. O temor das lideranças rurais é de que o agronegócio seja mais uma vez tratado como vilão do meio ambiente. Em conjunto com entidades de classe, entre elas CNA e ABCZ, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) prepara um documento para mostrar ao mundo a real contribuição do setor para a sustentabilidade do país. Um dos exemplos que será mostrado é a possibilidade de utilizar as pastagens para reduzir emissões de carbono. Um pasto bem manejado promove o sequestro deste gás de efeito estufa, reduzindo o impacto na atmosfera. Outro desafio para 2012 é a aprovação do Código Florestal. A atualização da legislação ambiental dará maior segurança jurídica para o produtor rural brasileiro continuar produzindo alimentos, regularizando a situação de mais de 90% deles. Com o novo Código Florestal, o Brasil reforçará seu compromisso com a preservação do meio ambiente. A sustentabilidade no setor pode ser viabilizada, em parte, pela verticalização da pecuária, ou seja, o uso da genética melhoradora como forma de aumentar a produtividade do rebanho nacional sem abrir novas áreas de pastagem. Várias ações vêm ocorrendo para garantir que a genética do Zebu chegue a todas as propriedades, sejam elas pequenas, médias ou grandes. É o caso dos produtores que recebem sêmen dos touros do Teste de Progênie da raça Guzerá. A introdução desta genética de ponta nos rebanhos está garantindo aumento da produtividade de leite e de carne, melhorando a renda dos produtores. A edição de 2012, da revista Guzerá, destaca o crescimento do Programa Nacional de Melhoramento do Guzerá para Leite nos últimos anos e a forma como ele tem contribuído para o avanço da pecuária nacional. Ainda trazemos outras novidades na área de genética, como a conclusão do sequenciamento do genoma do Guzerá, os resultados da pesquisa de temperamento nas vacas e o mercado de sêmen. Em um tour por várias regiões do Brasil, registramos como a raça está sendo utilizada para produção de carne e leite e a entrada de novos criadores na seleção de Guzerá. Já fora do país, mostramos como é a pecuária leiteira na Nova Zelândia. Ainda tem calendário das exposições e muito mais. Larissa Vieira Editora

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ACGB Associação dos Criadores de Guzerá do Brasil Praça Vicentino Rodrigues da Cunha, 110, São Benedito CEP 38022-330 Bloco 1, 2º andar. Uberaba - MG e-mail: guzerabr@terra.com.br ou sede@guzera.org.br www.guzera.org.br Fone e FAX: (34) 3336 1995 Diretoria: Presidente: Paulo Roberto Menicucci 1º Vice Presidente: Renato Egídio Olivé Esteves 2º Vice Presidente: Otávio Alberto Canto Álvares Corrêa 3º Vice Presidente: Gustavo Pitangui de Salvo Diretor Tesoureiro: Luciano Marques do Bomfim Diretor de Marketing: João de Lima Géo Filho Diretor Técnico: Rodrigo Diniz de Mello Diretor de Guzolando: Rodrigo Pinto Canabrava Conselho Fiscal Efetivos: Dante Emílio Ramenzoni José Transfiguração Figueiredo Mário de Almeida Franco Júnior Suplentes: Sinval Martins de Melo Antônio Plácido Peixoto do Amarante Neto Roberto Neszlinger Editora e jornalista responsável Larissa Vieira - MG 09513P Departamento Comercial Mundo Rural - guzera@mundorural.org Capa: Foto: Marcelo Cordeiro Diagramação e projeto gráfico Jamilton Souza - dep.artes@mundorural.org Impressão - CTP Gráfica 3 Pinti - (34) 3326-8000 As opiniões expressas nos artigos são de inteira responsabilidade de seus autores. Revista Guzerá | Nº 05 | 2012


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Índice

Cresce a venda de sêmen sexado

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Caminho seguro para o Mehoramento Genético

Genoma do Guzerá, para quê?

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Palavra do Presidente Editorial O que a Nova Zelândia pode nos ensinar? CBMG : perspectivas e conquistas 2

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O que os resultados do estudo de temperamento de vacas Guzerá sinalizaram? Mercado busca genética de dupla aptidão Pista e campo andam próximos Os melhores do Ranking 2010/2011 Agenda de exposições Lista de sócios contribuintes

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Larissa Vieira

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mercado de sêmen continua mostrando que tem fôlego para crescer. Na raça Guzerá, as vendas de sêmen voltadas para o gado de corte elevaram em 32,21% entre os anos de 2009 e 2011, segundo relatório da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia). No passado, foram vendidas 169.335 doses. Já o Guzerá leiteiro teve incremento de 26,61% nas vendas, atingindo 43.417 doses comercializadas. Em 2012, os negócios devem ter um ritmo ainda mais forte, principalmente no sêmen sexado. Só a CRV Lagoa registrou, nos primeiros três meses do ano, quase 30% nas vendas de sexado de fêmea. Em 2011, o crescimento foi de mais de 15%. “Por ser uma raça de alta habilidade materna, a Guzerá está sendo utilizada para produção de receptoras zebuínas”, explicou Tatiane Tetzner, gerente do Produto Leite da CRV Lagoa. A partir de 2014, a demanda por receptoras deve ampliar significativamente porque entrará em vigor a exigência da ABCZ de só permitir a utilização de fêmeas 100% zebuínas como receptoras nos procedimentos de FIV e TE para as raças nelore, cangaian, indubrasil e brahman. O fato de ser uma raça que agrega bastante valor aos cruzamentos, tanto para a pecuária de corte quando para a de leite, também favorece a boa aceitação do Guzerá no mercado de genética. Segundo Tatiane, a raça, por ser mais rústica, é bastante utilizada no Nordeste para formação do Guzolando. A região exige animais leiteiros capazes de buscar água e alimento em lugares distantes. Na central de inseminação C.R.I. Genética, a sexagem também vem apresentando bom desempenho. Só para um único criador do Mato Grosso, a empresa vendeu 1.000 doses de sêmen sexado do touro Russo TE JF. Nesse caso, a genética do reprodutor será usada em uma propriedade leiteira, mas, como é um animal de dupla aptidão, é bastante utilizado também para corte e pista. Russo é irmão da recordista de produção em concurso leiteiro oficial, Bárbara TE JF. “No ano passado, nossa bateria da raça Guzerá era composta por dois touros. Agora, ampliamos para quatro, sendo três de leite e um de corte, e até o final de 2012 outros reprodutores devem ser contratados porque a procura pela genética do Guzerá é crescente”, destacou o gerente nacional do Produto Leite da C.R.I. Genética, Henrique Rocha. Na visão dele, a demanda por receptoras zebuínas é

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Divulgação CRV Lagoa

Cresce venda de sêmen sexado

um dos fatores que tem impulsionado as vendas de sexado de fêmea. Avaliações genéticas – O crescimento nas vendas de sêmen e touros acompanha a maior oferta de animais provados na raça Guzerá. “No Brasil, há uma preocupação maior em adquirir touros com avaliação genética positiva. Já no exterior, os compradores buscam comprar touros que são filhos de fêmeas com altas lactações. Diante dessas exigências, os produtores de touros estão participando, cada vez mais, de provas zootécnicas”, atestou Rafael Jorge de Oliveira, gerente do Produto Zebu da central Alta Genetics. Os países com maior demanda para a genética de Guzerá são: no leite, a Colômbia; e no corte, Uruguai, Panamá, Bolívia e Paraguai. Em geral, os touros campeões de venda de sêmen são aqueles líderes nos diversos sumários existentes e com maior número de filhos avaliados. Para atender essa demanda por touros avaliados, a CRV Lagoa mantém o Centro de Performance. São avaliadas características diretamente correlacionadas ao resultado econômico da atividade: peso, ganho médio diário, perímetro escrotal, qualidade de carcaça, área de olho de lombo, espessura de gordura subcutânea, marmoreio, morfologia, conformação, precocidade, musculosidade, umbigo e temperamento. “Da bateria de touros da raça Guzerá da CRV Lagoa, oito reprodutores saíram do Centro de Performance”, esclarece Ricardo Abeu, gerente Produto Corte Zebu da central. Revista Guzerá | Nº 05 | 2012


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Vânia Maldini Penna Diretora Técnica e Pesquisadora do CBMG2

Beatriz Cordenonsi Lopes

Gerente Executiva do Polo de Excelência em Genética Bovina

O que a Nova Zelândia pode nos ensinar?

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m alguns aspectos, a Nova Zelândia é muito diferente do Brasil. País pequeno, pouco populoso, clima temperado, raças europeias... Mas temos também algumas semelhanças, como, por exemplo, produzir leite com base em pastagens. E, como os neozelandeses são altamente eficientes na atividade, conhecer um pouco do “quê e como” fazem as coisas, pode nos ser muito útil. Tanto para reavaliação de paradigmas ou para adaptação de ideias e atitudes, para aprendizado e uso de tecnologias e ações que vêm apresentando êxito ou, simplesmente, para nos fazer pensar melhor sobre os caminhos por nós seguidos. O modelo neozelandês A produção de leite no país é principalmente sazonal a pasto e os neozelandeses se orgulham disso. A sazonalidade da produção (10 meses) permite evitar as épocas críticas do clima e da qualidade das pastagens com facilitação de manejo, alimentação e custos. O modelo de produção americano e canadense não é bem aceito; é considerado “modelo de alta produção, mas de baixa lucratividade” e inadequado para as condições econômicas e estruturais do país. A NZ considera possuir uma vantagem diante do resto do mundo, por produzir leite de alta qualidade com custos internacionalmente competitivos. Mas não se acomoda. Está em constante busca de aumento na qualidade e eficiência com redução dos custos. A organização de toda a cadeia produtiva (produção, indústria, comercialização, pesquisa, melhoramento, instituições governamentais, etc.) é controlada pelos produtores comerciais reunidos em cooperativas e empresas. Isto permite grande força, poder e objetividade no sentido de integrar, ordenar e “otimizar” todo o processo, cuidando dos interesses do produtor. Existe sincronia perfeita entre as atividades da produção e da indústria e grande sintonia com os demais integrantes da cadeia leiteira (pesquisa, comércio, governo). A cadeia é competitiva, não existem subsídios governamentais à produção. Entretanto, contam com suporte governamental em setores de organização, pesquisa, fomento e comércio internacional.

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Com 11.600 rebanhos e 4,2 milhões de vacas, a NZ produz 1,4 milhão de litros com 120 mil quilos de sólidos e exporta 95% desta produção. A participação do agronegócio no PIB do país é em torno de 60% e a da cadeia de lácteos em torno de 25%. O gado utilizado é, na maioria, Holstein-Friesian, Jersey e “Kiwi Cross” (um mestiço das raças anteriores sem “grau de sangue” fixado). O tamanho médio dos rebanhos é de 366 vacas em lactação (propriedades médias de 131ha). Os animais consomem pasto (cerca de 4 a 5 toneladas de matéria seca na lactação). Em algumas épocas do ano é feita suplementação (em torno de 15% da nutrição), principalmente com feno de capim, silagem de milho e um subproduto do óleo de coco produzido na Malásia. Não é permitida a aplicação de hormônios nas vacas em lactação. A produção média é 4.000kg de leite por lactação, com 330kg de sólidos e intervalo de partos de um ano. Altas produções são relatadas (15 mil quilos/lactação), mas são consideradas “não rentáveis” para os sistemas de produção por eles utilizados. “Produzimos um animal para nosso sistema e não fabricamos um sistema para nosso animal”, afirmam. O foco atual é no aumento da rentabilidade com aumento na qualidade do leite e redução dos custos, e não no aumento absoluto das produções. O sistema de pagamento do leite remunera a produção de proteína e gordura e penaliza o volume (proteína + gordura – volume). “Não estamos interessados em produzir água branca”, já que o “excesso de água e não de sólidos”, no leite, onera o transporte e a industrialização. A seleção é focada num índice econômico que considera, além da produção de sólidos, aspectos de saúde, adaptação, fertilidade e necessidade de mantença. As avaliações genéticas e a seleção na NZ são geralmente conduzidas dentro dos próprios sistemas comerciais de produção de leite. Assim, os “selecionadores” são também “produtores”. São os grandes conhecedores das necessidades e dos problemas comerciais e dos aspectos práticos e econômicos de fato relevantes à produção e que devem ser objeto de seleção. A grande organização na coleta de dados e a sintonia com as instituições de pesquisa e econômicas, permitem a elaboração de índices de seleção aceitos como adequados e confiáveis e, portanto, aplicados na prática. Como a produção é sazonal, existe estação de monta rígida

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(cerca de dez semanas). A inseminação artificial é amplamente utilizada, 80% das vacas são inseminadas (a maior parte com sêmen resfriado), mas a TE e a FIV são pouco utilizadas. Em geral, vacas vazias no fim da estação de monta são descartadas. As taxas de descarte são em torno de 20% e, em sua maioria os descartes adicionais são feitos por idade, baixa produção de sólidos e mastite. Assim, em média os animais têm cinco lactações, sendo a primeira em torno de dois anos. O melhoramento genético na NZ O melhoramento leiteiro no país é conduzido, principalmente, por uma empresa de capital aberto, pertencente aos criadores, a “Livestock Improvement Corporation” (LIC), uma das maiores e mais antigas companhias genéticas do mundo, que conta hoje com 12.000 cooperados. Tem uma equipe de mais de 30 cientistas e, além de conduzir avaliações genéticas através de Teste de Progênie e comercialização de sêmen, presta assistência aos fazendeiros, com serviços de manejo, inseminação artificial, DNA, diagnóstico de doenças, etc. Entre os serviços prestados destaca-se o desenvolvimento de um sistema robótico para análise de rotina do leite, fornecendo aos produtores avaliações diárias para gordura, proteína, células somáticas, rendimento, São analisadas dez milhões de amostras de leite por ano e calculada a rentabilidade de cada vaca. Também disponibilizam software de gestão zootécnica, o qual gera 100 milhões de dados a cada ano. O banco de dados da LIC contém registros de 93% dos animais do país. Fornece aos produtores os dados sobre produção e saúde de cada vaca, recomendações e orientações técnicas para tomada de decisões de manejo e seleção e os utilizam nas avaliações genéticas e na pesquisa. A LIC domina mais de 70% do mercado de sêmen da NZ, apesar da competição americana, canadense e européia, e exporta genética animal para mais de 50 países. Atualmente, três de cada cinco vacas ordenhadas na NZ são servidas por touros do grupo. Investem pesadamente em avaliações genéticas. O Teste de Progênie atualmente inclui diferentes raças e seus cruzamentos (Holstein Friesian, Jersey, Ayrshire e “Kiwi Cross”) sendo, portanto, comparativo: todas as raças num sumário de touros integrado e único. Incluem, também, dados genômicos.

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Caminhão conta com o sistema robótico de análise do leite

Como todas as vacas dos cooperados são controladas pela empresa e como o sistema robótico de análise de qualidade do leite e o software de gestão geram milhões de informações, é possível a obtenção de grande volume de dados de alta qualidade. Adicionandose uma equipe organizada de cientistas competentes, recursos e infraestrutura regulares, são produzidas avaliações genéticas amplas, confiáveis e de grande aceitação. Os animais são avaliados por um índice econômico “Breeding Worth” (BW), que mede o aproveitamento (lucratividade) no sistema médio do país (pastagem), considerando os custos de alimentação. Este índice é estimado com base no rendimento em sete características: produção de proteína, de gordura, volume de leite (penalizado), peso corporal (penalizado), fertilidade, contagem de células somáticas e longevidade (sobrevivência no rebanho). Fornecem avaliação por outros índices com pesos econômicos distintos. Um para animais em condições superiores de alimentação, “High input index”, que inclui qualidade de úbere entre as características. O índice “Once a day” é estimado especificamente para sistemas com apenas uma ordenha/dia, viável economicamente no país, em algumas situações. São fornecidas avaliações específicas para diversas características visando orientação de acasalamentos e situações especiais (disponibilizando programa para tal) como duração da gestação, peso, úbere, aprumos, etc. e orientação (e programa) para se evitar consanguinidade. Em geral, os produtores escolhem sêmen e dirigem os acasalamentos visando manter tamanho mediano das vacas (em torno de 500kg de peso vivo) e maximizar valor econômico (BW), e não a produção absoluta. Também não se importam muito com o tipo e conformação. “Para permanecer no rebanho, além de produzir adequadamente, basta que a vaca consiga caminhar, comer e ser ordenhada”... Pouca (ou quase nenhuma) atenção é dada a concursos, recordes, demonstrações de “beleza racial” ou mesmo “beleza funcional”. A pesquisa As pesquisas buscam atender a todas as etapas do processo

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produtivo, desde as pastagens, passando pelo manejo e melhoramento genético e econômico até o processo industrial e comercial. Consideram não apenas o curto prazo, mas o médio e o longo, estando atentas às tendências futuras. Em geral são feitas em parceria com diversas instituições científicas (universidades, institutos, empresas) e entidades de criadores, comércio, governo. Usam as mais modernas técnicas da biotecnologia e enormes bancos de dados (mais de 150 milhões de dados). Buscam identificar e conhecer aspectos que sejam fundamentais para produção com base em pastagens para obter e melhorar animais e produtos requeridos pelo mercado. Atualmente grande foco é dado à qualidade do leite e componentes que a influenciam (K-caseína, alfa-caseína, beta-caseína, tempo de coagulação, tamanho da micela de caseína, lactoferrina, imunoglobulina A, etc.). Estão também engajados na detecção de animais que possuam características “raras” na composição do leite (incluindo reduzido teor de gordura saturada, aumento do teor de gordura Omega-3 e composição protéica melhorada) e animais com reduzida emissão de gás metano. Visam identificar estes genes “raros” de interesse ao país e a alguns mercados específicos para selecioná-los. Esperam, com isso, agregar diferencial (e valor) ao leite neozelandês para atender a certos nichos de mercado. Também são estudados sistemas de monitoramento ambiental para alcançar melhores práticas de gestão com irrigação e garantir lucro e produtividade de forma sustentável, boas práticas de meio ambiente e aspectos para fornecer retorno comercial superior ao custo médio ponderado de capital. Existem muitas pesquisas buscando soluções sustentáveis e econômicas para aumentar quantidade e qualidade das pastagens, tornando-as mais eficientes e capazes de nutrir adequadamente os animais de acordo com as necessidades e em compasso com a curva Revista Guzerá | Nº 05 | 2012


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de lactação, reduzindo a necessidade de suplementação e as fertilizações. O que podemos aprender? Existem diversos aspectos nos trabalhos neozelandeses que, se mais efetivamente trabalhados e aplicados no Brasil, em particular no melhoramento do Zebu e seus cruzamentos, poderiam proporcionar grandes avanços ao melhoramento genético do nosso rebanho e consequentes avanços em toda nossa cadeia produtiva. Um aspecto importante é a constatação de que sistemas de produção de leite com base em pastagens, mesmo que sem “altíssimas produções”, pode ser eficiente, lucrativo e com produtos de altíssima qualidade. Como os neozelandeses sabem usufruir bem de suas vantagens (climáticas, estruturais) e contrapor às deficiências, é possível que lidemos com as nossas. Afinal, temos desvantagens, mas também vantagens inerentes a nosso clima tropical e dimensão do país. O Brasil Central já vem dando sinais de que a produção com gado mestiço zebu-europeu, com base em pastagens e médios insumos, pode atingir patamares de volume e qualidade do leite e também de rentabilidade semelhantes aos obtidos na NZ. Com mais pesquisa, desenvolvimento de tecnologias adequadas, extensão, organização, estruturação da cadeia, tais sistemas poderiam ser mais difundidos e resultados amplos e consistentes poderiam ser obtidos, fazendo nossa produção de leite eficiente e competitiva como a deles. Um exemplo a ser seguido, e que é de grande importância para o sucesso da NZ, é a capacidade de estabelecimento de parcerias bem organizadas entre instituições governamentais, de pesquisa, cooperativas, da indústria e de criadores, na organização de programas de seleção e melhoramento econômico. Desta forma, é possível conduzir os trabalhos abrangendo os interesses

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de toda a cadeia produtiva e do mercado consumidor, mantendo estáveis os recursos financeiros para o cumprimento dos objetivos programados. Esta estrutura de parcerias muito bem organizadas permite o uso prático de altas tecnologias. Os neozelandeses são, acima de tudo, “práticos”. Trabalham com “pé no chão” e visando a funcionalidade e rentabilidade do sistema. A eficiente aferição de rebanhos comerciais ou em rebanhos puros mantidos em sistemas de produção economicamente viáveis produz dados para elaboração de objetivos econômicos de seleção e avaliações genéticas “realistas” (adequadas aos sistemas comerciais), amplas, únicas em nível nacional (ou até internacional). Não apenas dentro de uma raça, mas até integrando raças distintas. Este tipo de informação é de grande valia para os produtores comerciais, permitindo o uso de material genético melhorado para atender às particularidades de seus sistemas e de seus objetivos. A seleção com base em índices econômicos objetivos (obtidos através de dados econômicos e parâmetros genéticos reais), estimados para os diferentes sistemas de produção e diferentes mercados dos produtos, possibilita avanços gerais e também avanços de nichos de mercado e sistemas específicos. A atenção da pesquisa aos sistemas de produção vigentes no país, sua viabilidade econômica e operacional e também a de sistemas inovadores ou alternativos, tão útil aos neozelandeses, também poderia ser de grande importância para o Brasil. Estudos sobre a viabilidade, em nosso país, de produção de leite sazonal (como na NZ), de sistemas “uma ordenha dia” (já mostrada eficiente na NZ, em algumas situações) e sistemas de dupla aptidão poderiam inovar e melhorar a produção nacional, atendendo a especificidades regionais de nosso país, tão amplo e cheio de particularidades, com ganhos produtivos, econômicos e sociais. O foco, não apenas em aspectos de curto prazo, com pes-

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quisas e estudos econômicos sobre aspectos cujas tendências dos mercados mundiais indicam que terão acentuada importância em médio e longo prazos, são essenciais para a manutenção da eficiência. Afinal, o melhoramento é um processo lento. A estruturação da cadeia e a seleção feita hoje visam produção e mercado futuros. Trabalhamos hoje para produzir os produtos requeridos pelo mercado de amanhã. Quem tiver, “amanhã”, o produto mais adequado, terá maiores ganhos e liquidez. Vale dizer que o mundo, não apenas a NZ, tem apostado em critérios de qualidade do produto e de sustentabilidade econômica e ecológica da produção (e do melhoramento), como exigências mundiais em médio e longo prazos. Finalmente, os neozelandeses nos dão uma lição de vida e trabalho: persistiram no uso de seu sistema de produção, que

Este artigo foi possível, e é resultado, da “Missão Oceania”, promovida pelo Polo de Excelência em Genética Bovina (novembro/2011), com recursos da Fapemig, do Sebrae/MG e da empresa Cenatte Embriões, com o objetivo de prospectar parcerias interinstitucionais, intercâmbio de informações e conhecimentos, geração de tecnologias, identificação de novas linhas de pesquisa e negócios para a cadeia pecuária de Minas Gerais.

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parecia “ir na contramão” dos preconizados para o mundo, buscaram torná-lo cada vez mais eficiente, através de pesquisas, inovações e tecnologias, sempre considerando a rentabilidade. E hoje, o modelo de produção da NZ tem sido cada vez mais aceito e respeitado no mundo. Suas empresas vêm colocando seus produtos e sua genética em numerosos países, nos cinco continentes, inclusive no Brasil. Até mesmo os EUA têm usado genética da NZ para aumento da fertilidade ou em regiões que exigem maior rusticidade. O Brasil, com o material genético e humano que já dispõe, pode se tornar uma referência tanto na produção e exportação de leite quanto na de material genético para o mundo tropical, talvez até para o mundo todo. O Brasil tem condições privilegiadas e talvez únicas no mundo, para promover o melhoramento leiteiro do Zebu e seus cruzamentos. Seguramente as lições de organização, de visão prática e realista, de trabalho bem feito e de investimento adequado, que podemos ter com a Nova Zelândia, poderão muito nos ajudar a “chegar lá”.

Agradecimentos especiais à colaboração dos demais membros da “Missão Oceania”: Dr. Cláudio Severino Lara, Dr. Tiago Moreira Carrara e Dra. Melissa Miziara, partícipes da elaboração do “Relatório de Viagem”, de onde foi retirada grande parte das informações contidas neste artigo.

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Larissa Vieira

Caminho seguro para o Marcelo Cordeiro

melhoramento genético

Com quase 20 anos de existência, o Programa Nacional de Melhoramento do Guzerá para Leite tem garantido a criadores de todo o Brasil várias ferramentas importantes para o avanço genético da raça

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uando os pioneiros do zebu foram à Índia, no século 19, em busca de animais com genética capaz de melhorar a qualidade do rebanho nacional, a avaliação visual era o principal critério de seleção da época. A história comprovou que os pioneiros tinham um “olho bom” para o negócio. Apesar de não ter entrado em grande quantidade no Brasil, o zebu dominou a pecuária nacionalmente e fez do país um dos maiores produtores mundiais de carne, de leite e de genética. Esta evolução tornou-se mais evidente nas últimas décadas, com o surgimento dos programas de melhoramento genético. A junção da ciência com a experiência de seleção dos criadores permitiu não só melhorar a qualidade genética do rebanho, como também multiplicá-la a um ritmo impressionante. “Os programas de melhoramento, da forma como

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têm sido elaborados, com rigor científico e metodológico, são essenciais para garantir um aprimoramento do rebanho de Guzerá, pois permitem que se identifiquem os animais que têm descendência com maior produção de leite e/ou carne”, afirmou o criador Marcelo Militão Abrantes, titular da Fazenda Europa, em Carlos Chagas (MG). Apesar de ser um novo selecionador da raça Guzerá, ele defende a utilização das ferramentas do Programa Nacional de Melhoramento do Guzerá para Leite (PNMGul) para formação de um rebanho competitivo. O criador planeja inscrever touros no Teste de Progênie e também participar como colaborador para receber doses de sêmen dos reprodutores em teste. “Venho de uma família de pecuaristas que lidam com gado comercial. Após muito ler e estudar, decidi criar Guzerá por sua dupla aptidão comproRevista Guzerá | Nº 05 | 2012


vada, característica única entre as raças zebuínas. Chamou-me atenção o fato de diversos touros serem provados com DEP leite positiva e também para ‘corte’ e de diversos criadores trabalharem com lactação aferida e controle ponderal nos seus rebanhos. O meu plantel de dupla aptidão comprovada e, para formá-lo, escolhi começar com animais de linhagem leiteira aferida e comprovada”, assegurou Militão. Sob a responsabilidade da Embrapa Gado de Leite e do Centro Brasileiro de Melhoramento Genético do Guzerá (CBMG2) desde 1994, o PNMGul integra modernas ferramentas do melhoramento animal para imprimir rapidez e confiabilidade à seleção. O objetivo principal é gerar tecnologia e animais melhorados para sistemas de produção, focados em altas Entrega de sêmen dos touros do Teste de Progênie em fazendas cadastradas no PNMGul produções a baixo custo. Para isso, são utilizadas três ferramentas: Núcleo MOET, Teste de Proda Associação dos Criadores de Guzerá do Brasil. Desde o gênie e um trabalho de seleção, em fazenda, executado início, o foco foi a dupla aptidão e a pureza racial. pelos criadores da raça, reunindo informações dos animais Por ano, nascem 540 produtos na fazenda. Para produzidos por acasalamentos dirigidos, em controle leiteimultiplicar o rebanho são usados touros selecionados no ro não seletivo da Associação Brasileira dos Criadores de próprio criatório e outros oriundos do Núcleo MOET. SeZebu (ABCZ). Essas três ferramentas geram informações gundo Carlos, as avaliações genéticas dão suporte à sele2 importantes para o Banco de dados da Embrapa/CBMG / ção do Guzerá NF. “Os dados genéticos são importantes, ABCZ. Entre 1994 e 2011, foram provados para leite mais mas não dispensamos uma boa avaliação visual na hora de de 300 reprodutores. selecionar o rebanho. O que notamos é que, em geral, os As avaliações genéticas podem ser acompanhadas animais com DEPs maiores têm sua superioridade genética no Sumário de Touros, que em 2012 terá sua 13ª edição. confirmada posteriormente na produção”, destacou Carlos Entre as características avaliadas estão: leiteiras (produção Fontenelle. A propriedade acaba de conquistar a Certificade leite em até 305 dias, proteína, gordura e sólidos totais); ção Global, concedida a criatórios que possuem gestão da conformação e manejo. O Sumário traz ainda a relação de qualidade dos dados, que aplicam as técnicas de melhoravacas com DEP para produção de leite superior a +300 e mento animal de forma mais eficiente e que contribuem com as avaliações genéticas de touros duplo provados, ou seja, o meio ambiente. que possuem avaliação genética tanto para características leiteiras quanto para as de corte. Neste último caso, as avaVárias ferramentas para avaliar touros liações são oriundas do Programa de Avaliação Genética Dentro do PNMGul, os touros podem ser avaliados da Raça Guzerá para Corte (PAGRG) da Associação Nade duas formas: o Núcleo MOET e o Teste de Progênie. cional de Criadores e Pesquisadores. Enquanto o Teste de Progênie avalia pelo desempenho das O criador Haroldo Fontenelle, que participa do PAfilhas dos reprodutores em teste, o MOET (Múltipla OvulaGRG, costuma utilizar as avaliações genéticas para produção e Transferência de Embriões) avalia pelo desempenho ção de matrizes e tourinhos. A Fazenda Fontenelle, locaprodutivo de suas irmãs completas, meio-irmãs paternas e lizada no Baixo Guandu (ES), prepara-se neste ano para maternas e demais parentes. As duas ferramentas podem participar do Teste de Progênie do PNMGul. “É muito imporser interligadas, já que os touros avaliados pelo MOET potante para a seleção do nosso rebanho e para agregar valor derão ser incluídos no Teste de Progênie, para serem reaaos nossos produtos participar de provas como o Teste de valiados e para obtenção de acurácia adicional. Progênie. Já tivemos um reprodutor testado na prova, que Os animais avaliados pelo MOET ficam hospedados foi considerado positivo para leite, e agora vamos participar na Fazenda Taboquinha. Segundo o CBMG2, o MOET imnovamente”, destacou Carlos Fernando Fontenelle, que auprime alta intensidade e rapidez à seleção ao avaliar filhos xilia o tio Haroldo na seleção do Guzerá NF. O criatório surde vacas geneticamente superiores para produção de leigiu em 1928, com Napoleão Fontenelle, primeiro presidente te, multiplicadas por transferência de embriões. O principal Revista Guzerá | Nº 05 | 2012

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Divulgação

Filhos dos touros do Teste de Progênie da raça Guzerá

objetivo é a identificação precoce de touros geneticamente superiores para leite, que serão utilizados diretamente em rebanhos da raça e em cruzamentos, e posteriormente. O método tem menor acurácia que o TP, porém é bem mais rápido para avaliar os touros, permitindo maiores ganhos genéticos. “A importância do MOET é inquestionável e em poucos anos permitiu uma evolução muito importante na seleção leiteira. Os animais são selecionados para maximizar as DEPs e para manter abertura de linhagens, e a aferição das primíparas no mesmo ambiente permite um rigor metodológico essencial nos programas de melhoramento genético. Tive a felicidade de comprar duas doadoras: a Queratina TE Taboquinha e a Queimada, que já foram aprovadas pelo MOET”, disse Marcelo Militão. Para Marcos Melo, da Fazenda Taboquinha, a raça Guzerá colhe os frutos dos trabalhos iniciados em 1994. “O mais evidente é o aumento da produção de leite. No entanto, outras características ligadas ao resultado econômico têm progredido muito, como qualidade de úbere, temperamento e qualidade do leite. A raça Guzerá tem demonstrado um enorme diferencial no teor de sólidos do leite, rendimento industrial para indústria queijeira e sanidade de úbere”, ressaltou Melo. O crescimento do número de vacas ordenhadas sob

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controle leiteiro oficial tem possibilitado ampliar a base de dados para os programas de melhoramento. “Não é possível fazer seleção sem dados fartos e de boa qualidade. Quando falo de qualidade me refiro não só à veracidade dos números, mas principalmente à compreensão, por parte do criador e do mercado, de que só se pode comparar e selecionar animais quando existem sistemas de produção com rebanhos criados e avaliados em condições de viabilidade econômica. De nada valem lactações de vacas sem companheiras de rebanho. Para o melhoramento isso é esforço perdido ou, mais grave, dados viciados que podem contaminar o processo de avaliação e seleção”, declarou Melo. O CBMG2 tem trabalhado para difundir as informações geradas pelo PNMGul, através de seminários e dias de campo. Segundo a presidente da Instituição, Ariane Maria Figueirêdo Menicucci, também são implementadas ações educativas realizadas diretamente com produtores rurais, criadores da raça e extensionistas, a fim de que o conhecimento gerado pelas avaliações, pesquisas e provas, seja traduzido e transferido para a introdução de novas técnicas e novas práticas que levem a progressos e ganhos para quem vive do campo. Atualmente são realizados trabalhos em parceria com a Embrapa Gado de Leite, com o Núcleo MOET, com o ICB-EV/UFMG, com o PMGZ/ABCZ e com a ANCP. Revista Guzerá | Nº 05 | 2012


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NOVO CRIADOR.

ANIMAIS DE DESTAQUE.

EMBAIXATRIZ II FIV GEO

TORRE S

Data Nasc. 01/06/2007

Data Nasc. 25/12/2005

MAGO TE S

EMBAIXATRIZ EP

MAGO TE S

KAROLYNNE FIV DA MF

A visão empreendedora aliada aos animais de grande destaque do Guzerá Martino fazem dos novos criadores potencias disseminadores da raça. Ganhando cada vez mais espaço e credibilidade no mercado agropecuário, o Guzerá Martino tem como objetivo atrair novos investidores e posicionar a raça em lugar de destaque.

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Projeto de melhoramento genético que acredita no potencial da raça e investe em um plantel altamente qualificado para fazer do Guzerá uma raça que agrega valor.

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CONVERSÃO ALIMENTAR

RENDIMENTO DA CARCAÇA 5

NECESSIDADE DE MATÉRIA (EM KG) PARA CONVERTER EM 1KG DE PESO.

4

PESO AOS 450 DIAS

PRECOCIDADE DE ACABAMENTO DA CARCAÇA

3 2

8,39

1

8,25

TABAPUÃ

NELORE

BRAHMAN

GUZERÁ

0

7,936

RELAÇÃO DE DESMANA %

PESO ADULTO

GUZERÁ

FONTE: RELATÓRIO ANCP 17ª EDIÇÃO/OUTUBRO DE 2011 REVISTA BRASILEIRA DE ZOOTECNIA 2011

NELORE

GIR

FONTE: ABCZ NOVEMBRO 1991

VERSATILIDADE DA RAÇA RENDIMENTO DA CARCAÇA

56,16%

GUZONEL

750

54%

GUZERÁ

730

52,89%

NELORE

FONTE: ASSOCIAÇÃO DE CRIADORES DA RAÇA GUZERÁ DO CENTRO SUL GUZERÁ RAMENZONI E ASSOCIAÇÃO MINEIRA DOS CRIADORES DE ZEBU.

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GANHO DE PESO DIÁRIO

GUZOLANDO GUZERÁ

710

TRICOSS

(GRAMAS/DIA)

600

580

GUZONEL

NELORE

FONTE: 2a PROVA DE GANHO DE PESO A PASTO DE CURVELO, REALIZADA PELA ASSOCIAÇÃO MINEIRA DOS CRIADORES DE ZEBU 2011.

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DIFERENCIAIS DA RAÇA


Ariane Maria Figueirêdo Menicucci Presidente do CBMG2

CBMG²:

perspectivas e conquistas

“T

udo vale a pena se a alma não é pequena”, já dizia Fernando Pessoa. Vale a pena o encanto, vale a pena o desencanto, vale a pena a conquista, vale a pena a frustração... É uma forma de olhar e ver o mundo. O que a princípio parece um problema, pode, na verdade, ser uma oportunidade. E foi assim que nós, do CBMG (Centro Brasileiro de Melhoramento Genético), fomos olhando para as dificuldades do caminho e, cada pedra encontrada, foi cuidadosamente apanhada e utilizada na construção deste importante trabalho que vem sendo realizado ao longo de 20 anos. Além disso, é preciso dizer que não andamos sozinhos. Temos companheiros de jornada. Os companheiros da ABCGIL (Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro) nos auxiliaram muito quando nos faltavam recursos humanos para realizar as ações necessárias à consecução dos nossos objetivos. A ACGB nos ajudou a ter o profissional de campo que tanto necessitávamos. A Hertape Calier nos permitiu ter um carro para poder atuar no campo... E ter companheiros faz toda a diferença. Com a conquista do profissional de campo, o zootecnista Jonatas Caldi, e do carro patrocinado pela Hertape Calier, o ano de 2011 se tornou um marco para o Programa Nacional de Melhoramento do Guzerá para Leite (PNMGUL). Houve um considerável incremento nos processos do Teste de Progênie da Raça Guzerá. Sabendo que agora temos quem irá operacionalizar, pudemos estabelecer uma dinâmica que está assegurando maior agilidade na avaliação dos touros. A Central foi contratada pelo CBMG2 para receber toda a bateria de touros ao mesmo tempo. Tal procedimento facilitou o envio dos animais, barateou os custos para o criador e possibilitou o controle dos prazos para o início da distribuição dos sêmens. Uma caderneta de campo foi implantada com o objetivo de orientar as fazendas parceiras. Nela existem textos explicativos de todos os processos requeridos para uma adequada participação na avaliação dos touros, bem

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como fichas para acompanhamento zootécnico dos animais a serem avaliados. O nosso técnico de campo a utiliza para instruir e orientar todos que querem participar do Programa, seja rebanho puro, seja rebanho mestiço. A distribuição dos sêmens cresceu vertiginosamente. No período 2009/2010 foram distribuídas 1.640 doses. Em 2011 foram distribuídas 3.610 doses. O número de doses por rebanho também cresceu muito. No período 2009/2010 foram distribuídas 63 doses por rebanho e, em 2011, 86 doses por rebanho. Estas doses foram distribuídas em 2009/2010 para 26 rebanhos e, em 2011, para 52 rebanhos. O trabalho criterioso realizado pelo técnico de campo também está abrindo fronteiras para a nossa Raça. Em 2011, dez novas fazendas se tornaram parceiras do PNMGUL e 16 inativas foram recuperadas. Quem participa conhece os méritos do Guzerá e fideliza. O município de Carlos Chagas é um exemplo disso: das 46 fazendas mineiras participantes, 15 estão localizadas nele. Outro exemplo é o Dr. Odilon Carvalho, parceiro de primeira hora, da Fazenda do Sul, situada no município de Muriaé-MG, que hoje tem 500 matrizes mestiças, filhas de vários touros do Teste de Progênie da raça Guzerá, produzindo leite de qualidade. Realizou em abril de 2012, em parceria com o Laticínio Bom Gosto e com a Alta Genetics, um dia de campo em sua fazenda, para socializar seu trabalho e já faz planos de se tornar criador de Guzerá. Estamos felizes com as conquistas e com as perspectivas que se desenham no horizonte. Que sejam bemvindos todos os que queiram ajudar e participar desta construção. A todos que já contribuíram, o nosso agradecimento. A propósito, você sabe o porquê do número dois na grafia da sigla do Centro Brasileiro de Melhoramento Genético do Guzerá – CBMG2? Alguns me perguntam: “É o segundo?” Eu respondo que não: é potência. É a raça Guzerá em sua potência, que vamos procurando, através dos programas de melhoramento genético, revelar. Revista Guzerá | Nº 05 | 2012


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Maria de Fátima Ávila Pires

Pesquisadora da Embrapa Gado de Leite, Juiz de Fora, MG

Maria Gabriela Campolina Diniz Peixoto

Pesquisadora da Embrapa Gado de Leite, Juiz de Fora, MG

Márcio Cinachi Pereira

Professor do Departamento de Zootecnia do Centro de Ciências Agrárias da UFSC, Florianopólis, SC

Glaucyana Gouvêa Santos

Pesquisadora da Embrapa Gado de Leite, Juiz de Fora, MG

O que os resultados do estudo de temperamento de vacas Guzerá sinalizaram?

João Cláudio Panetto

Pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Juiz de Leite, MG

Frank Ângelo Tomita Brunelli

Pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Juiz de Leite, MG

Walsiara Estanislau Maffei

Wairam Company, Brasil

José Aurélio Garcia Bergmann

Departamento de Zootecnia da Escola de Veterinária da UFMG, Belo Horizonte, MG

O

leite, não atentar para as tendências e novas exigências do mercado, os produtos de origem animal sofrerão restrições que poderão incorrer em prejuízos econômicos a toda cadeia produtiva. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) tem se responsabilizado por ações que visam ampliar o conhecimento sobre o comportamento animal e estabelecer estratégias de manejo racional que assegurem o bem-estar animal, e que possibilitem ganhos diretos e indiretos na produtividade e na qualidade do produto final. Além da abertura de novos mercados e da melhoria em qualidade dos produtos lácteos, aspectos do comportamento animal, como o temperamento, estão relacionados ao bem-estar humano, na medida em que podem representar risco à mão de obra no campo. O temperamento tem sido uma das características do Jadir Bison

bem-estar está intimamente relacionado ao comportamento animal e os estudos nesta área, com foco nos animais de produção, têm crescido. Uma das primeiras iniciativas para abordagem do tema ocorreu em 1964, na Inglaterra, quando o Prof. Harrison iniciou um debate que resultou na criação de um comitê de investigação sobre a ética na produção animal. Muitos países desenvolvidos vêm, desde então, se preocupando com o bem-estar animal, principalmente diante de um mercado consumidor mais exigente, que começa a influenciar a aceitabilidade de produtos de origem animal com respeito às práticas de bem-estar. Protecionistas ou não, questões relativas ao bem-estar animal têm constituído barreiras não-tarifárias e norteado a elaboração de leis e políticas públicas no mercado global. Se o Brasil, como grande produtor e potencial exportador de

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Revista Guzerá | Nº 05 | 2012


Jadir Bison

Manejo com foco em comportamento facilita a seleção de gado de bom temperamento

comportamento mais estudadas ao longo dos últimos anos e significa a forma como o animal reage diante de situações novas e do contato com o homem, manifestando medo e aversão (Boissy e Bouissou, 1995). O manejo inadequado dos animais pode causar estresse e sofrimento desnecessários, afetando diretamente sua produção e saúde. Os animais zebuínos, no país, são criados predominantemente em sistema de pastejo e em contato restrito com o homem. Embora sejam competitivos, esses sistemas de produção têm gargalos que podem impactar a produção, qualidade do produto final e rentabilidade da atividade. O temperamento é apresentado como um fator limitante da eficiência desses sistemas, por representar riscos à mortalidade de bezerros; ao desempenho zootécnico; de acidentes com animais e trabalhadores agrícolas; de danos às instalações e equipamentos; e por demandar, entre outras, maior necessidade de mão de obra. (Paranhos da Costa e Pinto, 2003, Cardoso et al. 2004, Maffei, 2009). Primeiros resultados do estudo de temperamento de vacas Guzerá Dada a importância da raça Guzerá para os trópicos e a oportunidade para o comércio em nichos de mercado, a Embrapa Gado de Leite, em parceria com Escola de Veterinária da UFMG, realizou estudo com o objetivo de quantificar objetivamente o temperamento e identificar os fatores que influenciam sua expressão em fêmeas Guzerá de rebanhos de duplo propósito, participantes do Programa Nacional de Melhoramento do Guzerá para Leite, bem como avaliar a relação temperamento com características de produção de leite Revista Guzerá | Nº 05 | 2012

e alguns aspectos da longevidade. O temperamento foi aferido por meio de escores subjetivos, revelando temperamentos que vão de desde muito dócil a muito agressivo, e do equipamento Reatest®, que mediante um sensor de movimento revela a reatividade animal em pontos, quando os animais estão contidos em uma balança-brete. Verificaram-se resultados semelhantes e altamente correlacionados com ambos os métodos de acesso ao temperamento animal, mostrando a eficiência do equipamento Reatest® em acessar o temperamento animal em fêmeas Guzerá duplo propósito e a viabilidade de sua utilização rotineira para colheita de dados com vistas à inclusão desta característica nas avaliações genéticas de touros em teste. Observou-se que fatores como época do ano, rebanho, condição fisiológica (lactante ou não), peso, ordem de entrada no brete para aferição e idade da fêmea influenciaram significativamente a reatividade animal. A reatividade média durante o período chuvoso foi 1.405 pontos (de 168 a 11.242) e durante a seca foi 1.086 (de 161 a 8.728), sendo que variação mais ampla ocorreu no período chuvoso. Os resultados encontrados podem ser explicados pelo fato de que a raça Guzerá originou-se no Estado de Gujarat, região semiárida da Índia, à qual se adaptou, com condições climáticas que se assemelham ao ambiente seco predominante nos rebanhos deste estudo. Deve-se ressaltar que parte destes rebanhos adota a concentração de período reprodutivo e, assim, as fêmeas começam a parir e produzir no início da época chuvosa, o que pode também estar contribuindo para a reatividade aumentada nesta época. Outro ponto está re-

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Figura 1 - Reatividade média (em pontos) em cada época do ano ( águas seca), em função do rebanho (A, B, C, D e E).

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Divulgação

lacionado às práticas específicas da época seca, na qual as fêmeas são mantidas em um contato um pouco mais estreito com trabalhadores rurais, em função da necessidade de suplementação volumosa. O efeito de rebanho, observado na Figura 1, foi atribuído às diferenças nas práticas de manejo, localização geográfica, disponibilidade de alimentos, estrutura física da propriedade e treinamento/qualificação de recursos humanos, identificadas entre os cinco rebanhos avaliados no estudo. Os rebanhos com práticas de manejo inadequadas dos animais em relação ao bem-estar e más condições de infraestrutura apresentaram maiores médias de reatividade. Por sua vez, aqueles rebanhos em que as fêmeas entram, desde seu nascimento, em contato estreito e positivo com o homem, sendo previamente treinadas para a rotina na sala de ordenha e precocemente descartadas quando apresentam temperamento ruim, e, além disso, consideram o temperamento de filhas de touros para decisões sobre sua utilização no rebanho, tiveram médias mais baixas de reatividade. De acordo com vários autores, boas condições de criação e experiências precoces e positivas de manipulação têm forte impacto sobre o temperamento atual e futuro dos animais (Kilgour et al., 2006, Grandin, 2007, Cooke et al., 2009 e Petherick et al., 2009 a,b). Portanto, a adoção de práticas corretas de criação e manejo com foco no bem-estar animal tem sido apresentada como excelente ferramenta para se evitar animais de temperamento ruim em um rebanho (Kabuga e Appiah, 1992). Neste estudo, as fêmeas secas mostraram-se mais reativas do que as lactantes, além de ter sido observada maior reatividade nas categorias de menor peso (Figuras 2 e 3). A maior reatividade de vacas secas pode estar relacionada tanto à fisiologia das fêmeas quanto à ausência de uma experiência com o manejo. Neste caso, o resultado foi atribuído principalmente ao fato de vacas secas não terem contato

Efeitos da reatividade na produção de leite requerem mais estudos

muito estreito com o homem. Além disso, as vacas lactantes são ordenhadas na presença do bezerro durante a lactação, o que as tornariam menos reativas. Cabe ressaltar que os bovinos gostam de rotina e têm boa memória (Paranhos da Costa e Pinto, 2003), portanto é importante criar rotinas baseadas em interações favoráveis homem-animal para garantir a sobrevivência de bezerros e seu bom desenvolvimento, bem como altos níveis de produtividade e qualidade dos produtos. A tendência e as médias da reatividade em função do avanço da idade da fêmea são apresentadas na figura 4. A reatividade tendeu a diminuir com o avançar da idade do animal; isso indica que as fêmeas estariam se ajustando às práticas de manejo e estabelecendo uma relação de confiança com os trabalhadores (Kilgour et al., 2006, Petherick et al., 2009a) ou, ainda, que a prática de amansamento usada em alguns rebanhos, bem como a inclusão de temperamento no descarte de fêmeas e machos foram bem sucedidas. A média da produção do leite à primeira lactação de 918 fêmeas aferidas para temperamento foi 2.038,8 ± 829,6kg, variando de 98 a 4.734kg. A reatividade média, de acordo com as categorias de produção de leite em 305 dias de lactação (P305) é mostrada na Tabela 1. Contudo, os efeitos da reatividade na produção de leite foram inconclusivos e requerem mais estudos. Além disso, verificou-se a reatividade média das filhas de alguns touros (18) com DEP positiva (9-451kg) para a produção de leite e com filhas em pelo menos três dos rebanhos deste estudo. Os descendentes de dois dos 18 touros, com DEP iguais a 75 e 315kg, tinham o menor intervalo de reatividade (231-3.127 pontos) e estes touros estavam entre os mais utilizados. Ao contrário, a progênie com o maior intervalo de reatividade (249-9.548 pontos) pertencia aos dois touros (DEP iguais a 95 e 172) menos usados nos rebanhos. Outra observação interessante é que os touros com filhas mais reativas não foram utilizados no rebanho C, com menor Revista Guzerá | Nº 05 | 2012


Seleção

Fotos: Rubens Ferreira

Suaçuí Pureza racial e genética melhoradora, frente a frente.

Embriões | Sêmen | Touros | Fêmeas | Doadoras Tel.: (14) 3731 7412

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Fax: (14) 3731 9113 www.suacui.com.br

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Figura 2 - Reatividade média (em pontos) em cada época do ano ( águas seca), em função do status fisiológico das fêmeas à aferição.

Figura 3 - Reatividade média (em pontos) em cada época do ano ( águas seca), em função das categorias de peso das fêmeas à aferição.

reatividade, e aqueles intensamente utilizados no rebanho E, o mais reativo, foram os que produziram descendência com maior reatividade. Este resultado aponta para a existência de influência genética sobre o temperamento e que, em alguns rebanhos, a escolha de touros não se dá só pela DEP leite. Os resultados deste estudo ressaltam a importância de tomar decisões acertadas sobre o manejo desde o início da vida animal, com foco no comportamento, a fim de se obter gado de bom temperamento, de fácil lida, que resulte em índices elevados de produção e produtividade. É importante destacar o fato de que nos rebanhos que praticaram o descarte precoce de fêmeas de temperamento ruim e que já vêm evitando o uso de touros que produziram filhas de temperamento ruim há muitos anos, a seleção pode ter contribuído para menor reatividade. Ficou evidente a complexidade da característica temperamento e a existência de várias formas de abordá-la. O próximo estudo consistirá em estimar a herdabilidade desta característica para estabelecimento de seu potencial para inclusão no programa de melhoramento da raça. A perspectiva de desenvolvimento de indicadores de

bem-estar, sejam eles comportamentais, fisiológicos ou moleculares, é promissora e teria também papel fundamental no melhoramento do temperamento animal.

Figura 4 - Tendência da reatividade em função das categorias de idade (1: ≤32; 2: >32 e <120; 3: >120).

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Referências Bibliográficas BOISSY, A.; BOUISSOU, M. F. Assessment of individual differences in behavioural reactions of heifers exposed to vairiaous fear-eliciting situations. Applied Animal Behaviour Science, v. 46, n.1-2, p.17-31, 1995. CARDOSO, V.L.; NOGUEIRA, J.R.; VERCESI FILHO, A.E. et al. Objetivos de seleção e valores econômicos de características de importância econômica para um sistema de produção de leite a pasto na Região Sudeste. Revista Brasileira de Zootecnia, v.33, p.320-327, 2004. COOKE, R.F.; ARTHINGTON, J.D.; ARAÚJO, D.B. et al. Effects of acclimation to human interaction on performance, temperament, physiological responses, and pregnancy rates of Brahman-crossbred cows. Journal of Animal Science, v.87, p.4125-4132, 2009. GRANDIN, T. Behavioural principles of handling cattle and other grazing animals under extensive conditions. In: GRANDIN, T. Livestock handling and transport. 3.ed. Wallingford : CAB International Publishing, 2007. p.44-64. HARRISON, R. Animal machines. London: Methuen and Company, 1964. 186p. KABUGA, J.D.; APPIAH, P.A note on the ease of handling and flight distance of Bos indicus, Bos taurus and their crossbreds. Animal Production, v.54, p.309-311, 1992. KILGOUR, R.J.; MELVILLE, G.J.; GREENWOOD, P.L. et al. Individual differences in reaction of beef cattle to situations involving social isolation, close proximity of humans, restraint and novelty. Applied Animal Behaviour Science, v.99, p.21-40, 2006. MAFFEI, W.E. Reatividade animal. Revista Brasileira de Zootecnia, v.38, p.81-92, 2009. PARANHOS DA COSTA, M.J.R.; PINTO, A.A. Princípios de etologia aplicados ao bem-estar animal. In: DEL-CLARO, K.; PREZOTO, F. As distintas faces do comportamento animal. São Paulo: Sociedade Brasileira de Etologia, 2003. p.211-223. PETHERICK, J.C.; DOOGAN, V.J.; HOLROYD, R.G. et al. Quality of handling and holding yard environment and beef cattle temperament: 1. Relationships with flight speed and fear of humans. Applied Animal Behaviour Science, v.120, p.18-27, 2009a. PETHERICK, J.C.; DOOGAN, V.J.; VENUS, B.K. et al. Quality of handling and holding yard environment and beef cattle temperament: 2. Consequences for stress and productivity. Applied Animal Behaviour Science, v.120, p.28-38, 2009b.

Revista Guzerá | Nº 05 | 2012


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Maria Raquel Santos Carvalho

Professora da UFMG e uma das coordenadoras do Projeto Genoma do Guzerá

Genoma do Guzerá, para quê?

U

Foto: Jadir Bison

m passo importante para a consolidação da seleção genômica na pecuária zebuína está sendo dado neste ano. O sequenciamento do genoma do Guzerá será anunciado no dia 3 de maio, a partir das 17h, durante a ExpoZebu 2012, em Uberaba (MG). A pesquisa do sequenciamento do genoma da raça começou efetivamente há pouco mais de um ano, com a aquisição de insumos e equipamentos necessários ao desenvolvimento do projeto. A sequência já foi gerada, com cobertura alta o suficiente para permitir sua montagem, tomando-se como referência

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a sequência gerada para Bos taurus e a anotação, que é o trabalho de identificação de genes. Na próxima etapa, faremos a identificação de variantes genéticas. Édipo da Lagoinha foi o animal escolhido para realizar o sequenciamento. Os critérios para a seleção deste indivíduo foram: genealogia conhecida e DNA mitocondrial compatível com origem zebuína, menor endogamia com maior número possível de descendentes; pertencente a fazendas públicas. Entre estes critérios, a baixa endogamia é muito importante, pois garante que o animal não será muito homozigoto. Assim, seu sequenciamento já permitirá a identificação de variantes (SNPs e CNVs) específicas da raça. E como ele foi um padrador importante, estas variantes estarão distribuídas entre seus descendentes, podendo ser usadas no processo de seleção. No caso do sequenciamento do segundo animal taurino, um indivíduo da raça Fleckvieh, feito na Alemanha, as pesquisas mostraram grande número de variantes genéticas. O surpreendente foi que a maioria das variantes genéticas não era compartilhada entre os animais sequenciados. Assim, há interesse em conhecer as variantes genéticas próprias da raça. Nós temos trabalhado com o sequenciamento de genes específicos em Guzerá há alguns anos e já descobrimos uma série de variantes que são próprias de Guzerá ou de zebuínos. Portanto, esta etapa vai fornecer novos marcadores genéticos que poderão ser usados em estudos de associação. Além disso, é possível tentar prever o efeito de variantes. Este trabalho é feito por Bioinformática, precisando de confirmação posterior. Neste sentido, estão sendo desenvolvidos em nível internacional outros projetos, como o Bovine 1000 genomes e o Bovine Exome, que vão auxiliar na compreensão de que variantes são as mais importantes, do ponto de vista funcional. Além disso, em breve teremos disponíveis os métodos para detecção de mutações nas sequências que codificam proteínas (exoma) e para detecção do número de cópias presentes de cada gene (aCGH), que permitiram uma compreensão bem mais aprofundada dos fatores genéticos que interferem nas

características de interesse econômico. As novas variantes descobertas poderão ser incorporadas em painéis de marcadores moleculares, para uso em seleção genômica. Entretanto, este é um passo que deve ser dado com muito cuidado. Antes de se proceder a seleção genômica, é preciso validar os painéis de marcadores moleculares em grandes amostras de animais que estão em sistemas de avaliação. Só assim será possível saber se as assinaturas de seleção eventualmente detectadas estão associadas a quais variações funcionais. Todo o cuidado é pouco, pois a ferramenta é bastante poderosa. Seria desastroso que fosse usada para implementar seleção unidirecional mais rápido, por exemplo.

“A vantagem do sequenciamento completo do genoma é que descobriremos variantes específicas da raça.”

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Os criadores de Guzerá poderão incorporar a seleção genômica às outras metodologias, futuramente. O primeiro passo é a validação das baterias já disponíveis para detecção de SNPs, ou seja, a avaliação de como estas baterias “performam” na raça. Ou seja, os SNPs incluídos capturam a diversidade genética da raça? Como foi dito antes, com apenas dois animais sequenciados para taurinos já foi possível antever uma variação muito grande das variantes presentes entre eles. Assim, ainda que o número de SNPs que fazem parte de uma bateria seja muito grande, é possível que a maioria deles não seja polimórfica em uma determinada raça. Além disso, os SNPs que apresentam variação podem não estar bem distribuídos na raça, de tal forma que regiões podem estar a descoberto. A vantagem do sequenciamento completo do genoma é que descobriremos variantes específicas da raça. Estas variantes podem ser testadas em menor escala, e aquelas que se mostrarem úteis podem vir a ser incorporadas em baterias de SNPs, pois algumas delas permitem customização. Ainda assim, são necessários estudos preliminares. Os dados obtidos em taurinos ou em outras raças zebuínas não podem ser simplesmente transpostos, sem uma etapa de identificação de assinaturas de seleção específicas da raça e da associação destas com os fenótipos de interesse.

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Rúbio Marra

Larissa Vieira

Mercado busca genética de dupla aptidão Várias regiões do país apostam no Guzerá para alavancar tanto a pecuária leiteira quanto a de corte

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om custos de produção cada vez mais altos, a pecuária brasileira tem na genética zebuína uma aliada para alcançar a viabilidade do negócio. Em grande parte do país, a produção de carne ou de leite é alicerçada no Zebu. É o caso do Nordeste, que já tem uma pecuária de corte consolidada e agora experimenta o surgimento de várias bacias leiteiras em estados com pouca tradição. Na Bahia e em Sergipe, muitos criadores estão apostando na dupla aptidão da raça Guzerá para garantir a produção desses dois alimentos, sem elevar os custos. “Hoje, temos a formação de rebanhos Guzonel (cruzamento Guzerá x Nelore), para produção de carne; e do Guzolando (Guzerá x Holandês), para a produção de leite, impulsionando a economia e a pecuária nos dois estados”, disse João de Azevedo Cavalcanti Neto, presidente do Núcleo de Guzerá Bahia/Sergipe (BA-SE). De acordo com ele, por se tratar de uma raça extremamente rústica e de dupla aptidão, o Guzerá se adapta muito bem ao clima tropical nas duas regiões e permite a produção de leite e de carne a baixo custo. Criador há 10 anos, Cavalcanti trabalha com pecuária de corte no município de Rui Barbosa, na Bahia, e aposta no Guzonel para produzir bezerros para engorda. Em geral, os garrotes são abatidos com 18 arrobas e com idade média de dois anos. Já o rebanho de elite do Guzerá JCN, como é conhecido o plantel, é voltado para o duplo propósito, com matrizes adquiridas nos principais rebanhos do país. “Procuro acasalar as fêmeas com reprodutores que

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têm tanto a genética leiteira do Guzerá quanto a de corte”, explicou o presidente do núcleo BA-SE. A entidade conta, atualmente, com 23 criadores associados que vêm trabalhando para aumentar o rebanho de Guzerá na Bahia e em Sergipe. Para divulgar a raça no Nordeste, o núcleo realiza diversos eventos e participa de exposições. A Exposição Agropecuária de Feira de Santana, marcada para setembro, é considerada a maior da raça, na Bahia. Já em Sergipe acontece a Exposição Agropecuária de Aracaju, em fevereiro, que conta, ainda, em sua programação, com um leilão da raça. Na Bahia também ocorrem feiras em Vitoria da Conquista, Mundo Novo, Barreiras e Salvador (Fenagro). Em Sergipe, há exposições de Guzerá em Nossa Senhora da Glória, Canindé do São Francisco e Frei Paulo. Para testar a genética do rebanho para produção de carne, o núcleo realiza provas de ganho em peso nos dois estados. Guzerá em alta no Pará Se no Nordeste a raça vem conquistando cada vez mais espaço por ser boa de carne e boa de leite, no Norte do país não é diferente. O Guzerá tem sido utilizado na pecuária de corte para formação de rebanhos Guzonel. “Quem usa não dispensa o ganho da heterose conseguida com este cruzamento. Sabemos de fazenda com pastejo rotacionado, engordando apenas fêmeas Guzonel para o abate”, informou o proprietário da Fazenda Encarnação, Revista Guzerá | Nº 05 | 2012


Julgamento de Guzerá na ExpoPará

Luiz Guilherme Soares Rodrigues. Criador há 11 anos, em Santarém Novo, ele desenvolve pecuária de corte; porém 20% do rebanho selecionado vêm de linhagens leiteiras porque o plantel da Encarnação foi composto, em sua origem, por animais oriundos do Rio Grande do Norte e da Paraíba, estados eminentemente leiteiros. “Usei muito em cima desse gado a genética do Paredão S e do Abaeté, apostando na dupla aptidão”, disse Rodrigues. O extenso estado do Pará conta com vários microclimas. Uma variedade presente também na forma de fazer pecuária. “Estamos desenvolvendo, juntamente com a Secretaria Estadual de Agricultura, um programa de incentivo à pecuária leiteira. Temos uma região próxima a Belém com muito potencial para produção de leite. No sul do estado temos uma bacia leiteira já desenvolvida”, informou o criador. Segundo Rodrigues, a Guzerá é uma raça que pode contribuir significativamente para a consolidação dessas bacias leiteiras. Para alavancar o uso da genética Guzerá no estado, os guzeratistas paraenses realizam seminários, dias de campo, leilões e contam com um circuito de exposições que recebe criadores não só do Norte, mas também do Nordeste. “Quem não é visto, não é lembrado”, assegurou Rodrigues. Goiás também aposta na dupla aptidão Um dos maiores produtores, Goiás é um estado de economia concentrada no agronegócio. Pecuária e agricultura continuam em franca expansão por lá. “Podemos dizer que nosso estado é como o Guzerá: realmente de ‘dupla aptidão’. Possuímos um reconhecido plantel de animais para corte, tanto em número de cabeças quanto em seu potencial genético. E nossa bacia leiteira está entre as principais do país. Além disso, a nossa localização central nos permite exportar genética para outros estados, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Pará, regiões que apresentam grande crescimento em seus rebanhos bovinos”, destacou o presidente da Associação Guzerá Goiás, Luciano Marques do Bomfim. De acordo com ele, a raça esteve esquecida por décadas no estado, mas há pouco mais de quatro anos, com Revista Guzerá | Nº 05 | 2012

a fundação da entidade, vem obtendo ascensão impressionante. “Temos conseguido que antigos criadores retomem o investimento em seus plantéis e que novos criadores entrem na seleção da raça. Estamos mostrando o potencial do Guzerá como raça pura e o seu papel nos cruzamento. É gratificante quando um criador de Nelore utiliza touros Guzerá em sua vacada e vem, com satisfação, nos falar sobre o resultado obtido”, esclareceu. Na pecuária leiteira, o Guzerá é bastante utilizado em Goiás para produção do cruzamento Guzolando. “Os resultados obtidos são de encher os olhos e futuramente os bolsos”, enfatizou Bomfim. O presidente da Associação Guzerá Goiás vem promovendo diversos trabalhos para difundir a raça na região. As qualidades do Guzerá como raça pura e seu potencial nos cruzamentos, principalmente com Nelore e com Holandês, são divulgadas em revistas, jornais e outros meios de comunicação de Goiás. Outra ação promotora é a participação em exposições, realização de dias de campo com palestras sobre melhoramento genético e manejo reprodutivo. Pelo quarto ano consecutivo, a raça deve integrar em 2012, juntamente com Nelore e Tabapuã, a Prova de Ganho em Peso, promovida pela Embrapa/Associação Goiana de Criadores de Zebu. Os animais classificados como Elite/Superior participarão do tradicional Leilão de Touros Provados da Embrapa, que será realizado em maio, durante a ExpoGoiás. Selecionador da raça há pouco mais de quatro anos, Luciano Bomfim divide o trabalho de formação do plantel da marca Guzerá GL, com a esposa Geisa. Na Fazenda Paineiras, localizada no município de Trindade (GO), eles buscam selecionar um gado que seja realmente de dupla aptidão, aliando desenvolvimento de carcaça e razoável produção leiteira. O casal também produz Guzolando. Gosto sempre de salientar que eu e a Geisa até pouco mais de dez anos não tínhamos afinidade com a área rural e tampouco conhecíamos o Guzerá. “Eu sou médico e a Geisa odontopediatra, mas confesso que nos apaixonamos pela raça”, finalizou Bomfim.

ExpoGoiás contou com a presença do Guzerá nos julgamentos

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Divulgação

Raça atraiu novos criadores Plantel Guzerá DA FASF na Bahia

Marcus Brito comanda a seleção do Guzerá da FASF

Maior economia do Nordeste, a Bahia vem se firmando como um grande fornecedor de genética zebuína para outros estados da região, graças aos investimentos dos criadores em melhoramento genético. Acajutiba, município localizado entre Salvador e Aracaju, foi escolhido pelo ex-ministro das Minas e Energia e advogado, Raimundo Brito, para sediar o projeto de seleção da raça Guzerá. O rebanho, que leva a marca Guzerá DA FASF, foi transferido da Fazenda São Francisco, em Corumbá de Goiás (GO), para a Fazenda João Machado, na Bahia. Acajutiba é a terra natal do ex-ministro. O negócio, idealizado por Raimundo Brito, conquistou a família. A seleção de Guzerá é comandada pelos filhos Marcus e Márcio Brito. “A primeira vez em que tive contato com a raça Guzerá foi durante uma visita à Fazenda Soraya, linhagem DO BRAVO, que pertence a um amigo baiano. Fiquei deslumbrado com a beleza do plantel, especialmente pela característica marcante dos chifres em forma de lira. Aquele foi o momento exato em que eu soube que faria parte desse seleto grupo de criadores. Foi então, no ano de 2007, que adquiri os nossos primeiros animais”, disse Marcus Brito. O plantel dos Brito leva a marca Guzerá DA FASF em homenagem ao local onde a seleção da raça começou: a Fazenda São Francisco. A genética é composta por linhagens conhecidas como: MORUMBI, PEAC, JA, JM, MAAB, GEO, EG, dentre outras. Todos os acasalamentos da propriedade são conduzidos

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com estudo cauteloso dos dados disponíveis no mercado, juntamente com avaliação fenotípica dos animais. Todo cruzamento é minuciosamente acompanhado para que resulte em melhoria genética. “O nosso objetivo é a constante evolução dos nossos animais e a disseminação de uma genética melhoradora”, ressaltou. A Fazenda João Machado conta com um rebanho de mais de 400 animais Guzerá PO. Desde 2009, a propriedade tem um time de pista, que participa de exposições na Bahia e Sergipe. Segundo Marcus Brito, a raça vem ganhando força gradualmente na região, mas ainda existe um mercado enorme a ser conquistado.

Parcerias viabilizam novos negócios

Com o mercado cada vez mais competitivo e exigente, o pecuarista precisa adotar um sistema de gestão eficiente para que o empreendimento tenha sucesso. No caso da pecuária de elite, cujos custos de produção são maiores, as parcerias com criatórios tradicionais podem ser a alternativa mais segura para quem está começando a investir na formação de um plantel de ponta. Vindo do ramo da advocacia, Tulio Costa Martino Ferreira decidiu ampliar os negócios nos últimos anos, apostando na criação de Guzerá em Minas Gerais. “A oportunidade de investir em pecuária surgiu de uma análise feita junto com Marcelo Mendo, meu sócio no escritório de advocacia Mendo e Souza Advogados, que havia entrado na raça Guzerá há pouco tempo. Meu pai, que também é pecuarista, me incentivou e aprovou essa primeira parceria com o Guzerá Amar”, contou Tulio, titular da marca Guzerá Martino. A parceria com o Guzerá Amar já possibilitou a produção 100 prenhezes, além de alguns animais em condomínio. Com o sucesso do trabalho conjunto, o criador decidiu ampliar as parcerias. Com a Fazenda Canoas, tradicional criatório de Guzerá comandado pelos irmãos Pitangui Salvo, Tulio desenvolve o projeto “Seleção Guzerá: a raça que Agrega Valor!”. Revista Guzerá | Nº 05 | 2012


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Divulgação

Desde então, foram produzidas 250 prenhezes e parceria no time de pista e nos touros em centrais. “Todos os animais do meu plantel estão nas fazendas dos meus parceiros. Isso não significa que o meu projeto está alicerçado apenas nas parcerias. No momento certo, muitos desses animais poderão estar na propriedade da minha família, localizada no município mineiro de São Domingos do Prata”, disse o criador. De olho na qualidade genética do rebanho, Tulio adotou como princípio de gestão a aquisição apenas de animais provados e bem ranqueados. Segundo ele, é o caminho mais seguro e rápido para obter um plantel geneticamente superior. “Não tenho a pretensão de ser um grande criador, mas almejo ser um criador reconhecido pela qualidade do rebanho. Tenho estudado muito sobre o assunto e vejo que existem muitas informações e oportunidades ainda não exploradas ou percebidas pelos criadores.”, afirmou. Para o criador, o melhoramento genético não pode ser um processo empírico ou baseado no feeling, como era feito pelos pecuaristas do passado. “A pecuária brasileira avançou porque investiu e continua investindo em ferramentas, cada vez mais sofisticadas, para produzir rebanhos cada vez mais produtivos e funcionais”, ressaltou Tulio. Na visão do novo selecionador, a raça Guzerá possui diferenciais importantes quando comparada a outras raças zebuínas, como: rendimento de carcaça, precocidade de acabamento da

Joaquim Martino Ferreira e Túlio Costa Martino Ferreira

carcaça, relação de desmama, peso aos 450 dias e conversão alimentar. “A versatilidade da raça é outro ponto de destaque que precisamos difundir. Nos cruzamentos comerciais, estão provados os diferenciais que o Guzonel e Guzolando podem propiciar a seus criadores”, garantiu. Segundo Túlio, das raças zebuínas criadas no Brasil, o Guzerá é a que melhor converte alimento (massa) por unidade de peso.

Genética Guzerá garante lucratividade bem manejado, produz muito leite e muita carne”, garante. As matrizes com aptidão para o leite ficam no curral em sistemas intensivos e as de pouca aptidão criam bezerros ao pé em pastagens extensivas (um animal / hectare). A produção média anual de leite é 500 litros/dia. A propriedade vende em torno de 350 animais por ano (bezerros machos e vacas Guzolando). Wellington Alvim da Cunha

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om uma vida dedicada à medicina e ao campo, o criador Odilon Paiva Carvalho viu os negócios de sua propriedade em Muriaé (MG) prosperar quando passou a utilizar a genética de touros Guzerá. “O nosso gado leiteiro era da raça Guernsey. Os animais tinham pequeno porte, produziam leite fácil e gordo, porém eram pouco férteis, muito exigentes e com pouca carcaça. Fizemos vários tipos de cruzamentos e o gado perdeu a identidade”, conta o criador. Em 1980, o resultado financeiro da fazenda foi desanimador, levando Odilon e o pai a mudar a genética do rebanho. Eles buscavam uma raça com animais maiores, precoces e com perfil de dupla aptidão. “Optamos pelo Guzerá. Firmamos parceria com a Embrapa e começamos a inseminar todas as matrizes com sêmen dos touros do Teste de Progênie da raça”, lembra Odilon. O gado foi padronizando, rendendo bom lucro com a produção de leite e carne. Hoje, a propriedade investe no Guzolando. “É um gado dócil, pesado, precoce e, se

Criador Odilon Paiva Carvalho participa do PNMGul

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Guzerá CS. Compartilhando qualidade e genética melhoradora para você curtir os resultados no seu rebanho.

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Roberto Vilhena Vieira

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Guzerá é considerada uma das raças zebuínas mais antigas do mundo e, como sabemos, com forte prepotência racial, sendo base fundamental para a consistente evolução genética, morfológica e de produção, podendo-se optar por seu leite ou carne e ainda ambos, dependendo do objetivo da atividade pecuária. Raça muito produtiva e rústica, é adaptável às diversas condições climáticas e de produção, desde as mais simples até as mais sofisticadas e propícias à produtividade. O elevado padrão atingido pela Guzerá sempre foi conduzido por competentes selecionadores, técnicos e colaboradores das fazendas, que trabalharam e trabalham focados no melhoramento da raça, nas condições brasileiras. Acreditamos que o aprimoramento da nutrição, da sanidade, da qualidade das pastagens, entre outros, e principalmente a viabilização comercial ao acesso às modernas biotecnologias da reprodução (IATF, TE e FIV), possibilitaram o aumento do número de produtos de qualidade nascidos e, assim, maior rigor na seleção e apartação dos animais superiores, que serão destinados à pista ou permanecerão no rebanho – futuros reprodutores e matrizes de plantel. Verifico, como jurado efetivo da ABCZ, a presença de animais superiores e diferenciados nas pistas, comprovando o elevado padrão morfológico atingido pela raça, no Brasil. Os exemplares presentes nos julgamentos de pista estão muito padronizados e parelhos, quer seja pela alta qualidade morfológica, como no preparo e apresentação dos mesmos. Os expositores profissionalizaram-se e estão extremamente focados em somente expor os seus melhores animais, exigindo dos jurados muito trabalho, conhecimento da raça e experiência para realizar a definição do ranqueamento. Salientamos, ainda, que a

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Maurício Farias

Pista e campo andam próximos

Zootecnista e Jurado Efetivo da ABCZ

padronização e uniformização entre os melhores animais é tão parelha, que a definição dos primeiros prêmios e campeões está sendo realizada, realmente, nos mínimos detalhes. Os animais de pista e de plantel devem enquadrar-se no padrão racial da Guzerá, com funcionalidade evidente e apresentar, cada vez mais, desempenho nas características economicamente importantes e expressivas. Temos preferido indivíduos de porte médio para a raça; não desejamos nenhum dos extremos (baixos e compactos nem altos e finos), mas que apresentem aprumos e aparelhos reprodutores corretos, comprimento, arqueamento e espaçamento de costelas, comprimento corporal e de garupa, além de largura. A musculatura deve ser bem distribuída pelo corpo, valorizando a concentração muscular na região posterior dos animais, onde se encontram as carnes mais valorizadas e desejadas pelos consumidores (filé, contra filé, picanha, e outras). Nas linhagens de leite, a feminilidade, delicadeza e qualidade do sistema mamário são fundamentais nas fêmeas; já nos machos procuramos masculinidade evidente, além, é claro, harmonia, equilíbrio entre as partes do corpo e, também, nobreza e beleza racial para ambos os sexos. A convite da Associação dos Criadores de Guzerá do Brasil, tive a oportunidade de realizar o primeiro julgamento de Guzerá com aptidão leiteira. A disputa aconteceu durante a Feileite, em São Paulo, no ano passado. Valorizei, neste julgamento, além das características funcionais e raciais citadas anteriormente, a força leiteira, a eficiência para produção de leite, pois desejamos matrizes que, além de produzir muito leite, tenham várias lactações durante sua vida produtiva, deixando muitas crias nascidas, que serão os futuros reprodutores e matrizes do plantel. A matriz GuRevista Guzerá | Nº 05 | 2012


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zerá com aptidão leiteira apresenta qualidade do sistema mamário (úbere volumoso e de boa forma, que seja bem irrigado e bem inserido ao abdômen, com tetos de tamanho e posicionamento corretos) e força leiteira (amplitude de peito, costelas espaçadas, arqueadas e compridas). Unindo a tudo isso, harmonia, equilíbrio e beleza. Raça única, a Guzerá possui um dom, que é produzir leite e carne com excelência nas diferentes condições brasileiras. Características importantes, que devemos preservar e aprimorar constantemente. As linhagens de Guzerá foram selecionadas por tradicionais e persistentes criadores, que focaram o melhoramento genético, apoiados pelo controle leiteiro oficial, garantindo a evolução consistente e contínua desse trabalho. Há alguns anos, a raça conquistou novos adeptos, que contribuem fortemente para a ampliação e a continuidade do aprimoramento das linhagens leiteiras no Brasil. É importante salientar a contribuição dos profissionais do melhoramento e de suas instituições para o aprimoramento genético da raça. A pista e o campo andam sempre muito próximos da raça Guzerá. Logicamente que os indivíduos participantes do time de pista são os mais perfeitos morfologicamente e os mais bem manejados e nutridos da propriedade; são a vitrine da fazenda e espelham o trabalho de anos de seleção e melhoramento genético que o expositor/criador desenvolve na sua propriedade. Nas pistas de julgamento procuramos premiar exemplares que apresentem características raciais mais próximas ao ideal da raça Guzerá, de porte médio, equilibrados, harmônicos, produtivos (carne ou leite) e funcionais (corretos aprumos, aparelhos reprodutores, volume no costado, volume corporal etc).

Feileite teve primeiro julgamento de Guzerá leiteiro

Os campeões e as campeãs de pista da raça Guzerá são largamente utilizados na reprodução, através da inseminação artificial e transferência de embriões (TE ou FIV) e contribuem fortemente para o aprimoramento do trabalho de melhoramento genético. O animal que vive, reproduz e produz com eficiência no campo é o que desejamos, e na pista de julgamento não poderia ser diferente. E nós, jurados, apenas indicamos os melhores indivíduos no momento da avaliação, no julgamento. O Guzerá atingiu elevado nível morfológico, funcional e produtivo. Acreditamos que o trabalho de melhoramento genético continuará a ser bem conduzido e realizado pelos criadores e profissionais envolvidos com a raça.

Genética sem fronteiras

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ampeã do Torneiro Leiteiro da Feileite de 2011, a fêmea Aurora provou que não há limite para a genética de qualidade. Há mais de dois anos a vaca foi transferida, junto com outras doadoras, da Fazenda Barra da Cruz, no Rio Grande do Norte, para a Fazenda Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo. Como o estado nordestino tem status sanitário de risco médio em relação à aftosa, a participação dos animais da Fazenda Barra da Cruz em competições nacionais ficava limitada. Para que o trabalho de mais de 10 anos de seleção não ficasse restrito ao Nordeste, o criador Alexandre de Medeiros Wanderley firmou parceria com Gilson Carlos Bargieri. O trabalho conjunto dos criadores rendeu os dois primeiros lugares da Feileite 2011, evento que marcou a estreia de Aurora nas competições nacionais. A fêmea venceu o torneio leiteiro de Guzerá com uma produção de 34,10 kg/leite. “O Rio Grande do Norte tem um polo de criatórios da raça Guzerá reconhecido nacionalmente pela qualidade genética dos animais. Com essa parceria, poderemos levar a genética do estado para outras regiões, oferecendo ao mercado novas linhagens”, diz Alexandre Wanderley. As doadoras enviadas para São Paulo já estão em fase de coleta para produção de prenhezes.

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Divulgação

Larissa Vieira

Ganhadores do Torneio Leiteiro de Guzerá na Feileite recebem premiação das mãos do presidente da ACGB Paulo Menicucci

Como a demanda por animais leiteiros avaliados é grande em todo o país, o criador está intensificando a seleção. Ele participa do Programa Nacional de Melhoramento do Guzerá e realiza controle leiteiro oficial no rebanho. Este ano, ele inscreverá um touro no Teste de Progênie da raça. “Com essas ferramentas de seleção, a cada nova geração, conseguimos produzir animais melhores”, diz o criador. Revista Guzerá | Nº 05 | 2012


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Os melhores do Ranking 2010/2011

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s criadores que foram destaque nas pistas das exposições ranqueadas pela Associação dos Criadores de Guzerá do Brasil participaram da entrega de prêmio dos melhores do Ranking 2010/2011. Os vencedores receberam a premiação durante o 4º Leilão Suaçuí e Convidados, em Avaré (SP), no final do ano passado. Confira os premiados:

Melhor Criador

1º Lugar - Agroville Agric. & Emp. - Vírgilio Junior e Paulo Menicucci

2º Lugar - Guzerá Suaçuí - Nídia Moraes e Paulo Menicucci

3º Lugar - José Manoel Diogo Jr - Luciano Bomfim (Representando). Paulo Menicucci e Gonçalo Botelho

Melhor Expositor

1º Lugar - Agropec. São Marcos Paulo de Faria José Roberto Moreira, Nídia Moraes e Antônio Caetano

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2º Lugar - Guzerá Três Irmãos - Washington Dias, Lincoln Dias e Nídia Moraes

3º Lugar - Fazenda Canoas - Gustavo Salvo, Antônio Salvo e Nídia Moraes

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Melhor Fêmea Adulta

1º Lugar - Camboja II S - Antônio Salvo, Gustavo Salvo e Ariane Menicucci

2º Lugar - Caravana III S - Antônio Salvo, Gustavo Salvo e Ariane Menicucci

3º Lugar - Cambuci Villefort - Virgílio Junior e Ariane Menicucci

Melhor Fêmea Jovem

1 º Lugar - Jóia EB da IPE - Adriano Varela, Túlio Martino, Ana Claudia, Marcelo Mendo, Antônio Caetano e Gustavo Salvo

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2º Lugar - Latika FP - Carlos Pontual, Marcílio e Gustavo Salvo

3º Lugar - Caytria Claramar - Soraia Freitas, Alberto Francisco e Gustavo Salvo

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Melhor Macho Adulto

1º Lugar - Guzerá da Barra Jango FIV - Roberto Filho, Roberto Neszlinger e Luciano Bomfim

2º Lugar - Imaginário do SAL - Luiz Guilherme Soares e Luciano Bomfim

3º Lugar - Juacir da Suaçuí - Nídia Moraes e Luciano Bomfim

Melhor Macho Jovem

1º Lugar - Fakamu FIV TIR - Washington Dias, Lincoln Dias e Luiz Guilherme

2º Lugar - Mentor da Suaçuí - Nídia Moraes e Luiz Guilherme Soares

3º Lugar - Garanhão da GEO - Rogério Araujo e Luiz Guilherme Soares

Melhor Matriz

1º Lugar - Alice da Morumbi - Nídia Moraes e Edson Falchi

2º Lugar - Dina S - Virgílio Junior e Edson Falchi

3º Lugar - Carrera EB da IPE - José Roberto Moreira, Antônio Caetano e Edson Falchi

Melhor Reprodutor

1º Lugar - Signo AM - João Natal, João Ronaldo e Paulo Emílio

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2º Lugar - Mabrouk da VIC - Maria Victória e João Ronaldo da Nobrega

3º Lugar - Haiti TE S. Claramar - Alberto Francisco, Virgilio Junior e João Ronaldo

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Fotos: JM Matos

A paixão vem de muito tempo, mas a geração é nova e desperta amor à primeira vista. Guzerá Amar. DNA de qualidade e amor incondicional. Caixa Postal 6012 • CEP 38040-971 • Uberaba MG e-mail: guzeraamar@gmail.com

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14 a 20/05/2012

69ª EXPOSIÇÃO AGROPECUARIA DE CURVELO Parque de Exposições Antônio Ernesto de Salvo Informações: (38) 3721-5222 ou amcz@veloxmail.com

Curvelo – MG

03 a 10/06/2012

51ª EXPOSIÇÃO ESTADUAL AGROPECUARIA – SUPERAGRO Parque de Exposições Gameleira Informações: (31) 3313- 6624 ou eros@guzeramg.org.br

Belo Horizonte – MG

13 a 26/06/2012

35ª EXPOSIÇÃO AGROPEC. E IND. DE TRES LAGOAS Parque de Exposições Joaquim Marques de Souza Informações: srtreslagoas@terra.com.br

Três Lagoas – MS

11 a 15/06/2012

FEICORTE - 18ª FEIRA INTERNACIONAL DA CADEIA PRODUTIVA DA CARNE Centro de Exposições Imigrantes Informações: guzerabr@terra.com.br ou (34)3336-1995

São Paulo – SP

29 a 08/07/2012

37ª EXPOMONTES Parque de Exposições João Alencar Athayde Informações: (38) 3215-1399 ou socrural@veloxmail.com.br

Montes Claros – MG

01 a 03/07/2012

XIV EXPONOVOS Informações: (84) 3272-2430 ou anorc@anorc.com.br

Currais Novos - RN

01 a 08/07/2012

MEGALEITE Parque de Exposições Fernando Costa Informações: guzerabr@terra.com.br ou (34)3336-1995

Uberaba – MG

05 a 09/07/2012

30 ª FAPIJA Parque Fapija Informações: (12) 3953-5100 ou fapija@fapija.com.br

Jacareí – SP

13 a 22/07/2012

43ª EXPOAGRO GV Parque de Exposições José Tavares Pereira Informações: (33)3275-6500 / 33-9908-9021 ou comercial@expoagrogv.com.br/ rafael@urrdgv.com.br

Governador Valadares – MG

16 a 24/07/2012

30ª EXPORONDON Informações: (84) 3272-2430 ou anorc@anorc.com.br

Rondon do Para – PA

30 a 07/08/2012

XXVII EXPOAAVA (84) 3272-2430 ou anorc@anorc.com.br

Tomé Açu – PA

02 a 12/08/2012

GRAND EXPOBAURU 2012 Recinto Mello Moraes Informações: (14) 3572-3629 ou associacao@guzeracentrosul.com.br

Bauru – SP

08 a 12/08/2012

36ª GRANEXPO ES Centro de Eventos Floriano Varejão Informações: (27) 3281-8006 ou www.granexpoes.com.br

Serra – ES

11 a 18/08/2012

46ª AGROPEC – EXPOSIÇÃO AGROPEC. DE PARAGOMINAS Parque de Exposições Amilcar Tocantins Informações: paragenetica@bol.com.br ou: (91) 8111-5930

Paragominas – PA

18 a 26/08/2012

5ª EXPOGENÉTICA Parque de Exposições Fernando Costa Informações: (34) 3319-3935

Uberaba – MG

25/08 a 02/09/2012

34ª EXPOINTER Parque Assis Brasil Informações: (51) 3288-6379 ou expointer@seapa.rs.gov.br

Esteio – RS

01 a 09/09/2012

44ª EXPOFAC – EXPOSIÇÃO AGROPECUÁRIA DE CASTANHAL Parque de Exposições Informações: (84) 3272-2430 ou anorc@anorc.com.br

Castanhal – PA

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02 a 09/09/2012

EXPOFEIRA – FEIRA AGROPEC. DE FEIRA DE SANTANA Informações: nucleocriadoresguzera@hotmail.com

Feira de Santana – BA

15 a 22/09/2012

46ª EXPOPARÁ – EXPOSIÇÃO AGROPECUARIA DO PARÁ Parque de Exposições Amílcar Tocantins Informações: (91) 3243-3373

Belém – PA

04 a 14/10/2012

50ª EXPO RIO PRETO 2012 Parque de Exposições Alberto Bertelli Lucatto Informações: (17) 8123-3269

São José do Rio Preto – SP

10 a 20/10/2012

EXPOSIÇÃO AGROPECUARIA DE BRASÍLIA Parque de Exposições da Granja do Torto Informações: (61) 3386-0025 / adriano.galvao@uol.com.br

Brasília – DF

12 a 20/10/2012

50ª FESTA DO BOI Parque de Exposições Aristófanes Fernandes Informações: (84) 3272-2430 ou anorc@anorc.com.br

Parnamirim – RN

21 a 28/10/2012

EXPOSIÇÃO AGROPECUARIA DE GO Parque Agropecuário Dr. Pedro Ludovico Informações: (62)9979-4489

Goiânia – GO

19 a 28/10/2012

62ª EXPOAGRO DE MACEIÓ – EXPOSIÇÃO AGROPEC. DE PRODUTOS E DERIVADOS DE ALAGOAS Parque de Exposições José da Silva Nogueira Informações: www.aca-al.com.br/historico.asp

Maceió – AL

01/11/2012

FAEPIRA 2012 Informações: (14) 3572-3629 ou associacao@guzeracentrosul.com.br

Pirajuí – SP

18 a 25/11/2012

70ª EXPO NORDESTINA DE ANIMAIS Parque de Exposições Professor Antônio Coelho Informações: (81) 3227.1457

Recife - PE

19 a 23/11/2012

FEILEITE – 6ª Feira Internacional da Cadeia Produtiva do Leite Centro de Exposições Imigrantes Informações: (34)3336-1995

São Paulo - SP

24/11 a 02/12/2012

25ª FENAGRO 2012 Parque de Exposições de Salvador Informações: (71) 9918-2968 ou nucleocriadoresguzera@hotmail.com

Salvador – BA

24/02 a 03/03/2013

FAESE – FEIRA AGROPEC. DO ESTADO DE SERGIPE Informações: nucleocriadoresguzera@hotmail.com

Aracaju – SE

25/02 a 03/03/2013

49ª EMAPA – EXPOSIÇÃO AGROPEC. DE AVARÉ Parque de Exposições Fernando Cruz Pimentel Informações: guzerasuacui@uol.com.br

Avaré – SP

13 a 23/04/2013

75ª EXPOGRANDE 2013 Parque de Exposições Laucídio Coelho Informações: acrissul@terra.com.br ou (67) 3345-4200

Campo Grande – MS

19/04 a 28/05/2013

44ª EXPO AGRO DE ITAPETININGA Parque de Exposições Acácio de Moraes Terra Informações: (15) 3285-8001

Itapetininga – SP

28/04 a 01/05/2013

EXPOLEILÃO 2013 Parque de Exposições Aristófanes Fernandes Informações: (84) 3272-2430

Parnamirim – RN

28/04 a 10/05/2013

79ª EXPOZEBU Parque de Exposições Fernando Costa Informações: (34) 3336-1995

Uberaba – MG

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Revista Guzerรก | Nยบ 05 | 2012

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ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE GUZERÁ DO BRASIL Sócios Contribuintes ADRIANO VARELA GALVÃO E OUTROS SCS Q 03 BL A-Nº210 ED. PARANOA 2º ANDAR SL 201/204 70303-912 BRASILIA - DF (61) 3346-1689 (61) 3321-3570 FAX (61) 3342-3003 ENTRE RIOS - PADEFI - DF PLANALTINA - DF adriano.galvao@uol.com.br

ALBERTO FRANCISCO GONÇALVES DE FREITAS AV. SOARES DOS SANTOS, 124 35790-000 CURVELO - MG (38) 3721-7722 (38) 9987-0360 FAX (38) 3721-7722 FAZ. POÇO AZUL - CURVELO - MG casadofazendeirocvo@veloxmail.com.br guzeraclaramar@gmail.com

AGOSTINHO ALCÂNTARA AGUIAR Av Prefeito Americo Giannetti, 3614, bairro Canaa 31610-000 BELO HORIZONTE - MG (31) 3455 6111 (31) 9952 2934 FAX (31) 3455-6111 FAZENDA ILHA FUNDA - ALPERCATA - MG agostinhanaves@uol.com.br

ALBERTO MARQUES DA SILVA MAIA R. INHÔ LUIZ, 250 35790-000 CURVELO - MG (38) 3721-1823 (38) 3721-5558 FAX (38) 3721 1823 RANCHO MAIA - INIMUTABA - MG ranchomaia@rznet.com.br

AGROPECUÁRIA NAVIRAÍ LTDA R. MAJOR EUSTAQUIO, 76 - S 607 38010-270 UBERABA - MG (34) 3333-1622 (34) 9194 1381 FAX (34) 3333 1634 CHÁCARA NAVIRAÍ - UBERABA - MG navirai@chacaranavirai.com.br

ALCEBIADES PAES GARCIA ESTRADA DE MORSING, 1570 27175-000 PIRAÍ - RJ (24) 2431-1060 / FAX (24) 2431-1727 SÃO LUIZ - PIRAI - RJ fazendasaoluiz.bid@gmail.com

AGROPECUÁRIA PONTE NOVA R. GENERAL VENÂNCIO FLORES, 305 G. 1002 22441-090 RIO DE JANEIRO - RJ (21) 3206-5820 (32) 3278 1362 FAX (21) 3206-5828 AGROPEC. PONTE NOVA PEQUERI - MG ajcarneiro@multiplic.com.br apnlpontenova@gmail.com / flaviarial@ AGROP. SÃO MARCOS PAULO DE FARIA LTDA RUA JULIO DE MESQUITA, 1200 VILA PAULICÉIA 09693-100 SÃO BERNARDO DO CAMPO - SP (11) 4360 6120 (11) 4361 4950 FAX (11) 2122-4007 acaetano@otnacer.com.br AGROVILLE AGRICULTURA E EMPR. LTDA ROD BR 040 KM 515 , Nº 750 BAIRRO VEREDA 33805-470 RIBEIRÃO DAS NEVES - MG (31) 2191-7800 (31) 9242-0849 FAX (31) 3627-1054 CURRALINHO - GUZERA VILLEFORT RIBEIRÃO DAS NEVES denilson@villefort.com.br virgilio@villefort.com.br

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ALEXANDRE AUGUSTO DE SOUZA SMPW QD 18 CJ 01 LT 02 CASA A 71741-801 BRASILIA - DF (61) 3879-6612 FAX (62) 9971-6612 GUZERÁ ARRAIA alexandrearraia@bol.com.br ALEXANDRE DE MEDEIROS WANDERLEY RUA REN. LOPES VIEGAS, 80 ALTO DO TRIANGULO 59515-000 ANGICOS - RN (84) 3531-2111 / 9965-0364 FAZ. BARRA DA CRUZ - ANGICOS - RN barradacruz@gmail.com ALTEVIR MENDONÇA SILVA AV. LEONARDO F. M. SILVA, 1973 - CX.P.2 65218-000 MATINHA - MA (98) 3232 3311 (98) 3357 1133 FAX (98) 3357 1202 FAZENDA SANTO ANTÔNIO MATINHA - MA gmagropecuaria@terra.com.br AMERICO CARDOSO DOS SANTOS JUNIOR CAIXA POSTAL 119 06730-970 VARGEM GRANDE PAULISTA - SP (11) 4158-3457 (63) 9996 1518 FAX (11) 3131-1313

FAZENDA MORRO ALTO SANTA RITA DO TOCANTINS - TO clamvg@sti.com.br AMILCAR FARID YAMIM ROD. PRES. DUTRA, KM 209 TREVO BOM SUCESSO 07210-900 GUARULHOS - SP (11) 2131-7755 (15) 3262-6050 FAX (11) 2131-7778 AGROPECUÁRIA CORONA PORTO FELIZ - SP nair@corona.com.br agrocorona@splicenet.com.br ANDRE DE MATTOS COUTO JUVENAL MELO SENRA - 175/201 BELVEDERE 30320-660 BELO HORIZONTE - MG (31) 3264-0708 (31) 3344-0279 FAZENDA BREJAUBA - ALTO RIO DOCE - MG guzeradased@yahoo.com.br ANDRE NUNES LAMOUNIER AV. ALVARES CABRAL, 982 - 11º ANDAR LOURDES 30170-001 BELO HORIZONTE - MG (31) 2126 8007 (31) 9167 7000 FAX (31) 2126 8007 FAZENDA ZOO - CORINTO - MG zoo@fazendazoo.com.br adriana@fazendazoo.com.br ANTONIO PITANGUI DE SALVO CAIXA POSTAL N.º 13 35790-000 CURVELO - MG (38) 3722-1133 (38) 9968-1134 FAX (38) 9987-3999 FAZ. CANOAS/MUNDO NOVO CURVELO - MG fazcanoas@uol.com.br fazendacanoas@fazendacanoas.com.br ANTONIO BALBINO DE CARVALHO NETO RUA BARÃO DO COTEGIPE, 17 47805-020 BARREIRAS - BA (77) 3611 -1455 (77) 3611 -2141 FAX (77) 3611 4055 FAZ. REUNIDAS ANTONIO BALBINO JOÃO PINHEIRO antoniobalbino@terra.com.br ANTONIO PLACIDO PEIXOTO DO A. NETO RUA JOSE MONTEIRO DE MELLO , 205

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APTO 2201 - GLEBA PALHANO 86061-580 LONDRINA - PR (43) 3323-8130 (43) 9994-0051 ESTÂNCIA NOVA RECREIO - ORTIGUEIRO - PR estancianovarecreio@zipmail.com.br amarante.neto@hotmail.com

CARLOS ALBERTO DE ANDRADE SILVA AV. MAL. CASTELO BRANCO, 298 45995-000 TEIXEIRA DE FREITAS - BA (73) 3291 -3112 FAZ. SANTA MARIA - TEIXEIRA DE FREITA - BA labvlin-clin@uol.com.br

ANTONIO RANNIELLHE DO Ó AV. CARLOS CRUZ, 1270 63020-181 JUAZEIRO DO NORTE - CE (88) 9961-4338 LAGOA DA CAIÇARA - CAMPOS SALES - CE rannielhe@yahoo.com.br

CARLOS FERNANDO FALCÃO PONTUAL AV. MARQUES DE OLINDA, 302 - 6º ANDAR 50030-000 RECIFE - PE (81) 3224-6189 (84)9952-9645 FAX (81) 3341-1643 FAZ. DA ROSILHA - RECIFE - PE pontual@pontualarquitetos.com.br tereza@pontualarquitetos.com.br

ARTHUR SOUTO MAIOR FILIZZOLA R. FERNANDO TOURINHO, 487 - S/901 30112-000 BELO HORIZONTE - MG (31) 3281-1800 (31) 3281-1800 FAX (31) 3227 4868 FAZ. DOS POÇÕES/BHAVNAGAR JEQUITIBÁ - MG souto@acesso.com.br BENÍCIO CUNHA CAVALCANTI R. JURACI MAGALHÃES, 406 - APT.º 203 44052-010 FEIRA DE SANTANA - BA (75) 3625-9243 (75) 9132-7887 FAX (75) 3223 0609 FAZENDA LUA NOVA - LAJEDINHO - BA benicioccavalcanti@bol.com.br BERNARDO DE VASCONCELLOS MOREIRA RUA SÃO ROMÃO, 302 BAIRRO SANTO ANTONIO 30330-120 BELO HORIZONTE - MG (31) 3213-4143 (31) 3273-9860 FAZENDA FORTUNA - MG cristina@bernardosantana.com.br deputado@bernardosantana.com.br BERNARDO MELGAÇO DINIZ DA COSTA RUA DOUTOR ZACARIAS, 340 - CENTRO 35610-000 DORES DO INDAIÁ - MG (37) 8812-4993 (37) 3551-1042 FAZ. LAGOA PRETA - SERRA DA SAUDADE lagoapreta@yahoo.com.br CAMILLO COLLIER NETO RUA AÇU, 678 TIROL 59020-110 NATAL - RN (84) 3611-3200 (84) 9905-0225 FAX (84) 3611-3200 FAZ. VALE FELIZ - MACAÍBA - RN ccollier2011@hotmail.com camillo@colliergalvao.com.br CARLITO DE LIMA FELISBERTO CAIXA POSTAL 44 16670-000 PRESIDENTE ALVES - SP (14) 3587-1283 (11) 4066-1709 FAX (14)3587-1283 FAZENDA CONQUISTA SÃO BERNARDO DO CAMPO - SP guzeradaconquista@uol.com.br carlito.felisberto@blisfarma.com.br

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CARLOS FERNANDO FONTENELLE DUMANS RUA GENERAL TASSO FRAGOSO 24/804 LAGOA 22470-170 RIO DE JANEIRO - RJ (21) 2535 4545 (21) 9804 0352 FAZENDA FONTENELLE BAIXO GUANDU - ES contato@guzeranf.com.br CARLOS HENRIQUE ALVES RODRIGUES QE 32 CONJ Q CASA 05 GUARA II 71065-171 BRASILIA - DF (61) 3568-1037 (61) 8524-0318 FAZ. ANDALUZ - ALEXANIA - GO carlosrick.andaluz@hotmail.com CARLOS MAGALHAES DA SILVEIRA SQS 302 - BLOCO B APTO 304 70338-020 BRASILIA - DF (61) 9986-3431 CANDEIAS - CARAVELAS - BA carlos.magalhaes@terra.com.br CARLOS MAGNO CHAVES BRANDÃO AV DO CONTORNO , 8000 - SALA 511 SANTO AGOSTINHO 30110-932 BELO HORIZONTE - MG (31) 3292-5153 (31) 9129 8013 FAX (31) 3292 8311 SERRA NEGRA - SANTANA DO RIACHO - MG guzeracipo@terra.com.br CARLOS OSCAR NIEMEYER MAGALHÃES AV ATAULFO DE PAIVA , 458/201 - LEBLON 22440-033 RIO DE JANEIRO - RJ (21)2523-4890 (21)8245-0077 carlos.o.niemeyer@terra.com.br CÉLIO MARCOS MURTA LIMA RUA BARÃO DO RIO BRANCO, 149/1201 35010-030 GOVERNADOR VALADARES CENTRO - MG (33)3277-8641 (33)9989-8060 FAZENDA SANTA TEREZINHA celiomml@hotmail.com CIA. AGROP. MONTE ALEGRE CAIXA POSTAL ,62 37140-000 AREADO - MG

(35) 3573-2700 (35) 3573-2714 FAX FAZ. TAQUARINHA - MONTE BELO - MG montealegrecoffees@montealegrecoffees.com josereinaldo@montealegrecoffees.com CLAUDIO FERNANDO GARCIA DE SOUZA RUA BRUNO GARCIA, 73 79600-050 TRÊS LAGOAS - MS (67) 3521-2347 (67) 3521-2107 FAX (67) 3521-1237 FAZENDA LAGUNA - TRÊS LAGOAS - MS nelorecs@terra.com.br ledacs@terra.com.br DALTON VAZ PORTO ROCHA RUA COMENDADOR ELIAS JAFET, 600 MORUMBI 05653-000 SÃO PAULO - SP (11) 2436-3606 (11) 3744-8989 GUZERA FAZENDA VELHA - SÃO PAULO - SP daltonrocha@terra.com.br guzerafazendavelha@terra.com.br DANIEL BOTELHO ULHOA CSA 03 LOTE 07 APTO. 502 72015-025 BRASÍLIA - DF (61) 3468 8313 (61) 3352 4226 FAX (61) 3468 8200 PARACATU - MG danielulhoa@terra.com.br DANIEL FONSECA DE ARAÚJO RUA DOS MODURUCUS, 2904 APTO 902 ED TAMASIA 66025660 BELÉM - PA (91) 255 2113 (91) 230 2798 FAX (91) 255 0382 FAZENDA ABARÉ SÃO MIGUEL DO GUAMÁ - PA dfadandan@hotmail.com DANTE EMÍLIO RAMENZONI CAIXA POSTAL, 12 16600-000 PIRAJUÍ - SP (11) 2125-3900 (14) 3583-1332 FAX (14) 3572-3342 ALVORADA - PIRAJUÍ - SP alvorada@guzeraramenzoni.com.br camila@guzeraramenzoni.com.b DENISE DE ABREU RIBEIRO E OUTRAS COND. R. CORONEL CUSTODIO MARQUES, SN 28525-000 BOA SORTE - 5º DIST. CANTA GALO - MG (34) 3333-9788 (34) 9174-0724 FAZ. CANAÃ - UBERABA - MG zebus@zebus.com.br deniseabreuribeiro@hotmail.com DIOMARIO SOARES TEIXEIRA RUA OSWALDO CRUZ, 283 - Apto 401 ESPLANADA 35010-210 GOVERNADOR VALADARES - MG (33) 3271-3547 (33) 3271-3547 FAX (33) 8804-4735

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BARRA DO PEIXE BRANCO guzerapeixebranco@bol.com.br DOUGLAS BRANDAO COSTA RUA ARCHINTO FERRARI, 118 - APTO 92 09530-430 SÃO CAETANO DO SUL - SP (15)3282-3388 (15)8139-4435 EL GIZA - PORTO FELIZ - SP douglascosta66@gmail.com fazendaelgiza@hotmail.com EDMO DIAS PINHEIRO RUA 87 Nº 598 - SETOR SUL 74093-300 GOIANIA - GO (62)3226-0200 (62) 9223-4181 ingoh@ingoh.com.br valcirene@ingoh.com.br EDSON FALCHI TEIXEIRA RUA DANUBIO AZUL, 356 - JARDIM GUANCA 02152-040 SÃO PAULO - SP (11) 2484-0222 (11) 9651- 2088 FAX (11) 7548-2626 RECANTO DO GUZERÁ - SANTA ISABEL - SP edson@vanluci.com.br laidu@uol.com.br FELLIPE MOREIRA DE PAULA GOMES AV. HORACIO GOMES DE MELO, 655 CENTRO 57780-000 CAPELA - AL (82) 3287-1133 (82) 9921-9191 GUZERÁ ALAGOAS fellipe1975@hotmail.com fellipempg@hotmail.com FRANCISCO CARNEIRO LIMA CAIXA POSTAL, 37 63800-000 QUIXERAMOBIM - CE (88) 3441-0140 (88) 3441-0317 FAX (88) 3441-0341 FAZENDA CANAFÍSTULA QUIXERAMOBIM - CE damiaocarneiroltda@ig.com.br lima.carneiro2004@ig.com.br FRANCISCO DAS CHAGAS Q. PORDEUS RUA DOM PEDRO II, 584 - BAIRRO PRIMAVERA 47803-020 BARREIRAS - BA (77) 3613-2526 (77) 3611-0949 FAZ. PARAIBA - BARRACAO DE BAIXO - BA franciscopordeus@oi.com.br FRANCISCO DE ASSIS DA C. F. DE MELO AV. PRUDENTE DE MORAES, 4705 59063-200 NATAL - RN (84) 3234-8518 (84) 9981-5900 FAX (84) 3234-8518 FAZ. MASSARANDUBA DE CIMA MAÇARANDUBA / SÃO GONCALO - RN rcwanderley@yahoo.com.br FRANCISCO HUMBERTO CAPPARELLI VIRGILIO AV NICOMEDES ALVES DOS SANTOS, 387

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B. ALTAMIRA 38400-170 UBERLANDIA - MG (34) 3292-9970 (34) 9991-3451 FAX (34) 3219-3454 ESTANCIA ESPERANÇA fcapparelli@netsite.com.br cappa@netsite.com.br FRANCISCO JOSE DE ALBUQUERQUE MAIA COSTA RUA RONCADOR, 194 79021-270 CAMPO GRANDE - MS (67) 3322 7400 (67) 3322-7411 FAX (67) 3322 7413 RANCHO CAIAMÃ - CAMPO GRANDE - MS zoompublicidade@terra.com.br maiaz@terra.com.br

GERALDO ALVES DA SILVA R. SEGUNDO WANDERLEY, 1.162 BARRO VERMELHO 59030-050 NATAL - RN (84) 3222-6095 (84) 9926-4749 FAX (84) 3234-0789 FAZ. SÃO GERALDO - NATAL - RN candilalimentos@veloxmail.com.br geraldocandil@hotmail.com GERALDO FONSECA SIQUEIRA - ESPOLIO PRAÇA RAUL SOARES, 298 CENTRO CAIXA POSTAL 17 36955-000 MUTUM - MG (33)3312-1414 (33)9907-5774 FAZENDAS REUNIDAS “JOAO PEDRO” frjp@mutumnet.com.br

FREDERICO FABIANO GONTIJO MAIA RUA RAJA GABAGLIA, 3079 - SANTA LUCIA 30350-563 BELO HORIZONTE - MG (31) 3298-5151 (31) 3526-5199 FAX (31) 3526-5128 CAPÃO DO ROCHA - CORINTO - MG fred@emive.com.br

GERALDO JOSE C. F. DE MELO FILHO Cond. Estância Jardim Botânico - Conjunto l Casa 73 - Lago Sul 71680-365 BRASILIA - DF (61) 3424-1490 (61) 8185-7109 FAZ. BARREIRO - UNAÍ - MG guzera@uol.com.br

GABRIEL DE PAULA MARINHO RUA CAPITÃO VALDIR, 89 - CENTRO 29560-000 GUAÇUI - ES (28) 3553-2013 (28) 9925-6120 FAZENDA MONTE AZUL I gpitaba@hotmail.com

GILSON CARLOS BARGIERI AV. PADRE ANCHIETA, 1474 - CENTRO 11750-000 PERUÍBE - SP (13) 3455-2795 (13) 9712-6304 N. SENHORA APARECIDA - CAÇAPARA - MG bargieri.gilson@gmail.com carlos_frederico2006@yahoo.com.br

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ILHA DO LOBO - ALTEROSA - MG drjairortiz@yahoo.com.br JAMIL NAME RUA ALBERTO NEDER, 328 - SALA 21 ED. ALTO DO PROSA 79002-160 CAMPO GRANDE - MS (67) 3026-1000 RANCHO SÃO PAULO CAMPO GRANDE/CUIABÁ cinthya@gruponame.com.br jamilnamevelho@hotmail.com JOAO DE AZEVEDO CAVALCANTI NETO R. VALDEMAR FALCAO, Nº 2106 APT 2002 40295-700 SALVADOR - BA (75) 3221-7292 (75) 9111-7234 FAX (71) 9202-1012 OLHOS D’AGUA - LAJEDINHO - BA cavalcantineto_ssa@hotmail.com JOAO DINARTE PATRIOTA RUA DOS CAICOS, 1614 - ALECRIM 59037-700 NATAL - RN (84) 4008-4517 (84) 4008-4521 joaopatriota@droguista.com.br salete@droguista.com.br JOAO NATAL CERQUEIRA R. JOAQUIM JOSE, 1555 B. BERNARDO MONTEIRO 32013-390 CONTAGEM - MG (31) 9206-4121 (31) 3799-5034 FAX (31) 3398-7702 FAZ. SANTO ANTONIO - JEQUITEBA - MG joaonatal@alcicla.com.br guzeradojoaonatal@gmail.com JOAO RONALDO DA NOBREGA FILHO SENADOR JOSE FERREIRA DE SOUZA, 1924 APTO 200 / CANDELÁRIA 59.064-52 NATAL - RN (84)3234-6617 (84)9921-9982 SANTA LUZIA - CEARA MIRIM - RN jrnobrega@digizap.com.br JOAQUIM AUGUSTO BRAVO CALDEIRA FILHOS E NETOS USINA ITAIQUARA - FAZ. ITAIQUARA S/N. 13765-000 TAPIRATIBA - SP (35) 3521 8249 (35) 9964 9142 FAZ. CAMBAUBA - PASSOS - MG fazendacambauba@uol.com.br JOSAPHAT PARANHOS DE AZEVEDO NETO R. DIOGO MOIA, 380/1301 - UMARIZAL 66055-170 BELÉM - PA (91) 8119-7907 / (91) 4005-5120 FAZ. GRANADA- IRITUIA - PA josaphat_neto@hotmail.com JOSE BRILHANTE NETO SCS QUADRA 03 ED PARANOA SALAS 201/204 70303912 BRASILIA - DF (61)3321-3570 (61)3367-6232

FAX (61)3321-3570 ENTRE RIOS neto@construtorabrilhante.com.br JOSE DE VASCONCELOS E SILVA PAULA MIRANDA RUA DO MERCADO, 07 - 7º ANDAR 20010-120 RIO DE JANEIRO - RJ (21) 2221-1717 (21) 3813-1881 FAX (21) 2221 1717 SÃO JOSE DO BONIRAR - CHIADOR - MG josedevasconcellos@hotmail.com JOSE MANOEL F. DIOGO JÚNIOR RUA JOSE EGIDIO DE CAMPOS PACHECO, 31 COND. CIDADE JARDIM 18530-000 TIETE - SAÕ PAULO - SP (15) 3285-8000 (15) 8116-0174 FAX (15) 3285 8020 CRUZ ALTA - SÃO PAULO - SP junior@capuani.com.br JOSE NELSON DOS SANTOS Rua Jornalista Afonso Rabelo, 125/201 Bairro Cidade Nova 31170-310 BELO HORIZONTE - MG (31) 3653-6117 (31) 3422-9163 FAZENDA MUMBUCA - GUZERÁ TORK ZONA RURAL - CORINTO - MG comercial@thermoindustrial.com.br JOSE NUNES FILHO R. DOUTOR EDUARDO BAIANA, 47/2301 41810-600 SALVADOR - BA (71) 9192-7522 (71) 9118-9409 JN AGROPECUARIA jnfi@ig.com.br JOSE ROBERTO SALGADO RUA SANTA CATARINA, 996 APTO 1602 BAIRRO LURDES 30170080 BELO HORIZONTE - MG (38)9924-4277 (38)9924-5277 FAX (38) 3721-9228 FAZ. ACONCHEGO jsalgado13@uol.com.br fazenda.aconchego@hotmail.com JOSE SANTANA DE V. MOREIRA AV. ALVARES CABRAL 344 SALA 906 CENTRO 30170911 BELO HORIZONTE - MG (31)3273-3838 (31)3296-7556 SANTA TEREZINHA depjsvm@uai.com.br cristina@deputadojosesantana.com.br JOSE TRANSFIGURAÇÃO FIGUEIREDO AV. FREI ARCÂNGELO, 1.139 39830-000 ITAMBACURI - MG (33) 3511-1226 (33) 3799-3454 FAX (33) 3511-1009 ESTÂNCIA YGARAPES JAMBRUCA - MG guzerajf@hotmail.com

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RODRIGO SILVEIRA DINIZ MACHADO AV. CORONEL JOSE DIAS BICALHO, 559 B. SÃO JOSE 31275-050 BELO HORIZONTE - MG (31) 2102-3711 (31) 3261-3711 FAX (31) 2102-3711 PONTAL DO BURITI FELIZLÂNDIA - MG rodrigo@adpmnet.com.br RONALDO FRANCO CAIXA POSTAL 41 14660-000 SALES OLIVEIRA - SP (16) 3852-1499 (16) 3726-4829 FAX (16) 3852-1322 FAZENDA SANTIAGO - NUPORANGA - SP ronaldo@lageado.com.br ROSARIO PEGORER CAIXA POSTAL 134 18900-000 SANTA CRUZ DO RIO PARDO - SP (14) 3332-1615 (14) 9741-5377 ESTANCIA ROSALITO guzera@rosalito.com.br SÃO MIGUEL AGROPECUÁRIA LTDA AV. LEOPOLDINO DE OLIVEIRA, 3.490 CONJ.103 38010-000 UBERABA - MG (34) 3316-7005 (34) 3336-1833 FAX (34) 3336-7005 SÃO GERALDO - UBERABA - MG dulcehelenaf@terra.com.br

BRASILÂNDIA - MS rose@polyplasticsa.com.br lincoln@maispolimeros.com.br SINVAL MARTINS DE MELO CAIXA POSTAL 95 35001-970 GOVERNADOR VALADARES - MG (31) 3324-4679 (33) 3799-3023 FAX (33) 3225-1180 FAZ. TABOQUINHA - ITAMBACURI - MG guzerataboquinha@terra.com.br SOC. EDUCACIONAL UBERABENSE - UNIUBE AV. NENÊ SABINO, 1801- BLOCO R B. UNIVERSITÁRIO 38055-500 UBERABA - MG (34) 3319-8818 (34) 3319-8810 ESCOLA ALEXANDRE BARBOSA zebu@uniube.br TULIO COSTA MARTINO RUA ELZA BRANDÃO RODARTE, 340/1400 B. BELVEDERE 30320-630 BELO HORIZONTE - MG (31)3286-5089 monteiromartins@netsite.com.br VANIA MALDINI PENNA - BENEMÉRITA RUA NOVA ERA, 180 SION 30315-380 BELO HORIZONTE - MG (31) 3225-2129 (31) 9974-4883 FAZ. URUGUAY - CORINTO - MG vaniapenna@gmail.com

SAVIO COSTA GONÇALVES RUA RIO DE JANEIRO, 2535/101 LOURDES 30160-042 BELO HORIZONTE - MG (31) 3275-1716 (31) 8887-1716 FAX (31) 3337-2398 SÍTIO SANTA HELENA sadere@seven.com.br saderesav@gmail.com

VIRGILIO VILLEFORT MARTINS RODOVIA BR 04 KM 515, 750 BAIRRO VEREDA 33805-470 RIBEIRÃO DAS NEVES - MG (21) 2191-7895 CURRALINHO virgilio@villefort.com.br eleide@villefort.com.br denilson@villefort.com.br

SEVERO DE ARAUJO DIAS CSE 06 LOTE 30 LOTE 03 - TAGUATINGA 72025-065 BRASILIA - DF (61) 3356-1212 (61) 9654-2055 FAX (61) 3356-5399 - AROEIRA harasomega@gmail.com

VIVALDO AFFONSO DO REGO CAIXA POSTAL, 01 45850-000 ITAGIMIRIM - BA (73) 3289-2171 (73) 9985-4710 FAZENDA ESMERALDA ITAGIMIRIM - BA fazesmeralda@guzeravar.com.br

SIARA AGROPECUARIA LTDA RUA DOS TUPIS, 38 - CENTRO 30190-060 BELO HORIZONTE - MG (31) 3422-9395 (37) 3353-2272 FAZ. LAGOA PRETA midisa@uai.com.br SILVELY MARIA JANOTA ANTUNES AV. PAULICÉIA, 1893 BAIRRO LARANJEIRA 07700-000 CAIEIRAS - SP (11) 4441- 1444 (11) 3644-7503 FAX (11) 4441-1444 FAZENDA TRÊS IRMÃOS

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FAX (31) 3332-5349 FAZ. CIRNE MORADA NOVA DE MINAS - MG BELO HORIZONTE - MG helena_walter@hotmail.com WALTER GUIMARAES PINTO RUA BRAS CUBAS, 06 APTO 501 - CRUZEIRO 30220-310 BELO HORIZONTE - MG (31) 8436-4877 (31) 3524-6403 diretoria@saudesistema.com.br walterluiz.vet@gmail.com WALTER ROCHA PEREIRA RUA GABI ANDRADE, 20 MORADA DAS GARÇAS 27920-410 MACAÉ - RJ (22) 2773-4705 (22) 2762-1553 FAZENDA CINCO BARRAS - GUZERÁ 5B LAGE DO MURIAÉ - RJ walterrpereira@hotmail.com WALTER SANTANA ARANTES AV CONTORNO, 6888 - SALA 201 SANTO ANTONIO 30110-044 BELO HORIZONTE - MG (31) 3225-4030 (31) 2127-3444 GUZERÁ MINEIRÃO BELO HORIZONTE - MG walter.arantes@terra.com.br lucianacribeiro@hotmail.com WEMERSON AMARO COURA RUA SÃO PEDRO, 231 APTO 101 36880-000 MURIAE - MG (32) 8886-9366 (32) 3331-6069 FAX (32) 3721-0713 GUZERA DE BOA FAMILIA MURIAÉ - MG wacoura@uai.com.br WISLEN CARVALHO DA SILVA AV. AFONSO JOSE AIELLO, 6-160 COND.RESIDENCIAL VILLAGIO II CASA C28 E 29 17018-520 BAURU - SP (14) 3587-1356 (14) 9167-9060 FAZENDA SÃO JOÃO PRESIDENTE ALVES - SP fazendasaojoao-@hotmail.com

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Revista Guzerá | Nº 05 | 2012


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