Comunicação, Jornalismo e Fronteiras Acadêmicas

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Eu digo, num programa educativo do qual eu não abro mão, da característica educativa que ele tem, com ouvintes de todos os naipes. Eu vou ratificar isso mandando abraço pras pessoas. Não citando a classe social delas, mas quem ouve vai saber que está sendo citado. O lixeiro seu Raimundo José da Silva vai saber que eu estou homenageando ele, do lado de um secretário de estado, que ele conhece do jornal, da televisão e do rádio.9

A “pergunta do Grisalho Couto” entrou no programa quando Edgar começou a fazer perguntas, com o objetivo de premiar os ouvintes que respondessem corretamente. Ele fazia as perguntas, como faz até hoje na grande maioria das vezes. Quando não sabe a resposta, procura sempre alguém, pede colaborações. No fim das contas, Grisalho Couto é toda a equipe da Rádio Cultura. Porque todos ajudam, todos sugerem. Mas houve um tempo que o Couto, Sérgio de Campos, colaborava com a Feira levando livros, datilografando as perguntas e apresentando respostas com todos os detalhes. Ele era pesquisador, trabalhava em biblioteca, trabalhava em arquivo, depois passou a trabalhar na biblioteca da Cultura. Edgar fazia as perguntas ao público, mas não citava o nome de Couto. Um dia alguém apareceu e sugeriu uma pergunta e Edgar deu os créditos no programa. Os colegas do Couto procuraram Edgar e disseram que Couto havia ficado magoado, por sempre colaborar com o programa e não ter o nome dele citado em nenhum momento, enquanto outra pessoa que colaborou obteve o nome citado. 188 | Comunicação, Jornalismo e Fronteiras Acadêmicas

PROENÇA, Edgar Augusto. Entrevista concedida a Patrícia da Silva Teixeira. Belém, 2009. 9


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