Bíblia do Discípulo - masulina

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F e r r e i r a

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2ª EDIÇÃO

SANTO ANDRÉ - SP 2012

A l m e i d a


Tradução do original Disciple’s Study Bible Copyright B&H Publishing © 1988 B&H Publishing Group 27 Ninth Avenue North, Nashville, TN 37234-0188 All rights reserved. International copyright secured. Todos os direitos desta obra em Português pertencem à Geográfica Editora © 2011 www.geograficaeditora.com.br 1ª Edição – Janeiro de 2011

Edição em língua portuguesa Editor responsável Marcos Simas

Robinson Malkomes Novo Testamento

Robinson Malkomes Novo Testamento

Supervisão editorial Maria Fernanda Vigon

Lucília Marques Pereira da Silva Novo Testamento

Tradução Jorge G. Camargo Filho Introduções aos livros da Bíblia, Recursos para a vida, Resumo das doutrinas e História das doutrinas

Lucy Yamakami Novo Testamento

Revisão Gilsa Fernandes Pancote Paulo Pancote Angela Baptista João Baptista João Rodrigues Nataniel dos Santos Gomes

Wanderley Mattos Junior Glossário de termos teológicos, Índice de referências doutrinárias e Esboço das doutrinas

Preparação de texto Omar Alves de Souza Introduções aos livros da Bíblia, Gráficos, Tabelas e Recursos para a vida

Francisco Nunes Antigo Testamento

Francisco Nunes Antigo Testamento

Marco André de Oliveira Sales Novo Testamento

Diagramação Pedro Simas Arte dos Gráficos e das Tabelas Ricardo Szuecs de Oliveira e Pedro Simas Projeto Gráfico e Capa Ricardo Szuecs de Oliveira

Bíblia Sagrada, tradução João Ferreira de Almeida, Edição Revisada e Atualizada de acordo com os melhores textos no Hebraico e Grego com a Nova Ortografia da Língua Portuguesa © Imprensa Bíblica Brasileira - IBB 1967•1974•2010 Para qualquer comentário ou dúvidas sobre este produto escreva para produtos@geograficaeditora.com.br Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara

Brasileira

do

Livro,

SP,

Brasil)

Esta obra foi impressa no Brasil com a qualidade de Almeida, João Ferreira de impressão e acabamento Geográfica Serviços Gráficos Bíblia de estudo doda discípulo / João Ferreira de Almeida. -- Santo André, SP : Geográfica Editora, 2010.

Printed in Brazil

Título original: Disciple´s study Bible. Vários tradutores.

Dados

Internacionais de Catalogação na Publicação 1. Bíblia - Estudos I. (Câmara Brasileira do Título. Livro, SP, Brasil) Almeida, João Ferreira de Bíblia de estudo do discípulo / João Ferreira de Almeida. -- Santo André, SP : Geográfica Editora, 2010. Título original: Disciple´s study Bible. Vários tradutores. 1. Bíblia - Estudos I. Título.

10-14079

CDD-220.07 Índices para catálogo sistemático: 1. Bíblia : Estudo

220.07

(CIP)


Bíblia de Estudo do Discípulo

Sumário Página ou localização Como utilizar a Bíblia de Estudo do Discípulo Esboços das Doutrinas Lista dos Colaboradores Livros da Bíblia em Ordem Alfabética Livros da Bíblia na Ordem em que aparecem na Bíblia, Abreviaturas Texto Bíblico e anotações doutrinárias Introduções Teológicas aos Livros da Bíblia Glossário de Termos Teológicos Tabela de Pesos e Medidas Resumos das Doutrinas História das Doutrinas Recursos para a Vida Índice de referências doutrinárias Ilustrações e quadros coloridos

6 12 23 25 26 29-1718 Antes de cada Livro 1719 1726 1727 1764 1796 1903 Inseridos no texto Bíblico


Como Utilizar Sua Bíblia de Estudo do Discípulo “Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sois meus discípulos” (Jo 8.31). Os discípulos de Jesus Cristo continuam aprendendo dele e permanecem firmes em seu ensino. A Bíblia de Estudo do Discípulo foi feita para convidar os leitores a se tornarem discípulos de Jesus Cristo e para ajudá-los a entrar em um novo estágio de aprendizado e compromisso com os ensinos cristãos. A fim de ajudá-lo a organizar e a compreender os ensinamentos da Bíblia, eles são apresentados abaixo de 27 tópicos principais, cada um dos quais representa um tema bíblico ou uma doutrina importante. A Bíblia de Estudo do Discípulo apresenta uma oportunidade desafiadora para que você estude a Palavra de Deus e decida, por meio da direção do Espírito Santo, o que ela ensina a respeito de cada doutrina e como você pode aplicar isso em sua vida. Para ajudá-lo a iniciar seu estudo das grandes doutrinas bíblicas, os parágrafos seguintes lhe darão uma visão geral da Bíblia de Estudo do Discípulo e sugestões de como estudar as doutrinas, além de incentivá-lo a começar um processo de aprendizado para toda a vida que o tornará um discípulo de Jesus Cristo ainda melhor. VISÃO GERAL DA BÍBLIA DE ESTUDO DO DISCÍPULO Catorze ferramentas úteis estão disponíveis para você. Cada uma delas lhe fornece as informações necessárias para seu estudo bíblico em profundidade a fim de averiguar os ensinamentos apresentados. 1. Texto da Versão de Almeida Revisada, Melhores Textos O texto bíblico é o elemento básico da Bíblia de Estudo do Discípulo. A Versão de Almeida Revisada, Melhores Textos é uma tradução precisa, bela e fácil de ler da Palavra inspirada de Deus. Ao lê-la, peça ao Espírito Santo que o ajude a entender e a aplicar os ensinamentos dela a sua vida. O texto bíblico é a Palavra de Deus. Todas as outras partes da Bíblia de Estudo do Discípulo são auxílios produzidos por pessoas com o desejo de guiá-lo no aprendizado e aplicação da Palavra de Deus. 2. Introdução Teológica aos Livros da Bíblia Cada livro da Bíblia é antecedido de uma introdução, que é dividida em quatro seções: Contexto Teológico, Esboço Teológico, Conclusões Teológicas e Ensino Contemporâneo. O Contexto Teológico irá auxiliá-lo a entender as circunstâncias dos leitores originais do livro e as perguntas que o escritor escolhido por Deus procurou responder ao escrever o texto inspirado. O Esboço é feito para ajudá-lo a acompanhar a linha de pensamento presente no livro e ver seus ensinamentos básicos. As Conclusões Teológicas fazem um resumo dos principais temas levantados e ensinados pelo autor sagrado. A seção de Ensino Contemporâneo, por fim, oferece sugestões de aplicação do livro à vida diária. 3. Notas Doutrinárias As notas doutrinárias aparecem abaixo do texto bíblico. Elas representam o que há de melhor na opinião dos estudiosos contemporâneos da Palavra de Deus buscando explicar o ensino da passagem bíblica. Cada uma das notas doutrinárias é composta de quatro partes: A. Números em negrito indicam a passagem que está sendo discutida na nota que se segue. B. PALAVRAS em letras maiúsculas e em negrito indicam uma das 27 principais doutrinas estudadas na Bíblia de Estudo do Discípulo.


7 C. Palavras em negrito, iniciando em maiúscula e seguida de letras minúsculas, indicam um subtópico dentro da doutrina principal, da qual representam um esboço. Os subtópicos listados no esboço podem ser encontrados no Índice de Referências Doutrinárias, no qual o itálico é usado para as palavras que aparecem nos tópicos de notas doutrinárias. D. Palavras seguidas de um travessão em negrito (–) oferecem uma Nota Doutrinária escrita por um erudito evangélico contemporâneo que procura mostrar como a passagem contribui para a compreensão do subtópico da doutrina principal. As Notas Doutrinárias geralmente trazem “Veja Nota em (referência bíblica)”. Isso o direciona a outras passagens das Escrituras e das Notas Doutrinárias em que você poderá encontrar informações referentes à doutrina principal. Isso ajuda você a encontrar auxílio imediato no desenvolvimento de uma compreensão mais abrangente do ensinamento bíblico acerca de uma verdade ou de um princípio eterno. Uma lista mais completa de referências relacionadas aparece no Índice de Referências Doutrinárias. 4. Resumo das Doutrinas Bíblicas Essa seção oferece um resumo relativo às afirmações de cada uma das 27 principais doutrinas. O resumo dá uma visão geral da informação mais detalhadamente expressa nas notas doutrinárias. 5. História das Doutrinas Bíblicas Essa seção percorre cada uma das 27 doutrinas na história da igreja, mostrando as questões levantadas e as respostas propostas por estudiosos da Bíblia que as interpretaram e tentaram organizar seus ensinamentos em afirmações doutrinárias. 6. Índice de Referências Doutrinárias O índice permite que você veja as principais passagens bíblicas referentes a cada uma das 27 principais doutrinas, sugere uma maneira de esboçá-las e permite que você acompanhe as Notas Doutrinárias na Bíblia em cada um dos subtópicos abaixo de cada doutrina principal. 7. Glossário de Termos Doutrinários O glossário dá as definições de palavras e conceitos que aparecem no texto bíblico, nas Notas Doutrinárias, no Resumo das Doutrinas Bíblicas e na História das Doutrinas Bíblicas. 8. Auxílios Para a Vida Este auxílio mostra como os ensinamentos doutrinários da Bíblia podem ser aplicados de maneira prática à sua vida de discípulo. Aqui você encontrará um guia prático para as disciplinas espirituais e os ministérios da vida cristã. 9. Ilustrações e Quadros Estes auxílios de estudo inseridos por toda a Bíblia de Estudo do Discípulo ilustram a relação da doutrina bíblica ao estudo dos livros individualmente e mostra o desenvolvimento da compreensão doutrinária ao longo da história da igreja. 10. Índice de Mapas das Terras Bíblicas O índice de mapas permite que você localize lugares específicos da Bíblia nos mapas bíblicos. Os nomes que aparecem nos mapas e no índice seguem a grafia do texto da Versão de Almeida Revisada, Melhores Textos. 11. Mapas das Terras Bíblicas Os oito Mapas das Terras Bíblicas de Holman oferecem uma referência útil para localizar eventos bíblicos e para entender a situação da terra na qual os grandes feitos históricos de Deus ocorreram. ESTUDANDO UMA DOUTRINA BÍBLICA Ao estudar as doutrinas bíblicas você poderá seguir os mandamentos de Cristo, enriquecer sua vida espiritual e construir uma base espiritual e doutrinária para tomar decisões diárias. Com a Bíblia de Estudo do Discípulo você pode aproximar-se do estudo de uma doutrina bíblica de diversas maneiras. O “Guia para estudar uma doutrina ou um tema bíblico” (Recursos para a Vida, pp. 1796) é um excelente ponto de partida. Ao começar a estudar, tenha um caderno de anotações no qual possa registrar os resultados de seu estudo e guardar anotações para consultas posteriores.


8 1. Estudando um Livro da Bíblia O estudo doutrinário pode começar com o estudo de um livro da Bíblia. Esse método inclui os seguintes passos: A. Leia a introdução teológica do livro. Enumere em seu caderno de anotações as principais doutrinas que você espera encontrar neste livro. Escolha uma doutrina para um estudo completo. B. Leia o livro todo a partir do capítulo primeiro. Ao terminar cada capítulo, leia as Notas Doutrinárias, se houver alguma, acerca da doutrina que você escolheu para ser estudada. C. Observe os principais subtópicos da doutrina mencionados nas Notas Doutrinárias. Use-os para desenvolver seu próprio esboço da doutrina. Sua leitura do texto bíblico sugere outros subtópicos que deveriam ser incluídos no esboço? Quando você tiver desenvolvido seu esboço, poderá compará-lo com o que está no Índice de Referências Doutrinárias. D. Use esse esboço para escrever seu próprio resumo dos ensinamentos do livro acerca da doutrina. Use as Notas Doutrinárias como orientação, mas fundamente suas conclusões no texto bíblico. E. Escreva um compromisso pessoal de ação prática baseado na doutrina. Consulte os Auxílios para a Vida para ajuda e ideias. 2. Estudo Doutrinário Baseado nas Necessidades da Vida Os eventos da vida diária frequentemente levantam perguntas sobre Deus, o mundo, a igreja, o discipulado, o mal e o sofrimento, a evangelização e outras áreas da fé cristã. Suas próprias experiências intelectuais, emocionais e espirituais podem despertar um interesse em uma doutrina em especial. Neste caso, você pode seguir os seguintes passos: A. Encontre a doutrina no Índice de Referências Doutrinárias. B. Examine o esboço da doutrina para ver quais subtópicos são mais importantes para sua necessidade presente. C. Use o Índice para encontrar passagens bíblicas que se referem ao(s) subtópico(s) no(s) qual(is) você está interessado. D. Leia cada passagem bíblica. Escreva no caderno de anotações o que você entendeu da passagem em relação ao tópico que está estudando. E. Leia as Notas Doutrinárias de seu tópico. Elas o ajudam a ampliar ou a mudar sua compreensão inicial da passagem? Anote isso no caderno. F. Quando tiver lido todos os textos bíblicos listados no Índice em um subtópico, faça um resumo no caderno sobre o que você acha que a Bíblia ensina sobre o tópico. G. Leia os Resumos das Doutrinas Bíblicas na parte inicial da Bíblia de Estudo do Discípulo. Modifique seu resumo à luz daquilo que leu. H. Examine a História das Doutrinas, no fim da Bíblia de Estudo do Discípulo. Isso responde a algumas de suas perguntas e o ajuda a completar seu resumo da doutrina? I. Faça uma redação final de seu resumo. Então, aplique o que entendeu da doutrina à necessidade da vida que inicialmente o levou a estudá-la. Escreva em seu caderno de anotações uma oração a Deus expressando gratidão por ele lhe ensinar o que você precisava aprender e comprometa-se a colocar em prática o que crê ser a resposta bíblica para sua situação. 3. Questões Práticas Você pode começar um estudo doutrinário a partir de perguntas práticas tais como: Como estudo um livro da Bíblia? Como posso dar meu testemunho pessoal? Qual é meu papel no ministério de minha igreja? Você poderá ir imediatamente à seção Auxílios para a Vida em busca de ajuda para responder a essas perguntas. Eles o conduzirão aos tópicos doutrinários que precisará explorar. Siga esses passos apresentados nos Estudos Doutrinários Baseados nas Necessidades da Vida. Sempre que começar seu estudo, você deverá prestar mais atenção ao texto bíblico. Escreva seu próprio resumo baseado nele. Depois, use as Notas Doutrinárias, os Resumos e a História na Bíblia de Estudo do Discípulo para refinar seu próprio resumo. Um termo que você não compreende pode estar no Glossário de Termos Doutrinários. Se não estiver, consulte um dicionário bíblico. Se quiser investigar uma palavra ou frase bíblica em especial, use a concordância e o sistema de Referências da Coluna


9 Central para seguir o termo por toda a Bíblia. Para fazer um estudo completo, você precisará de uma concordância exaustiva. Qualquer que seja a maneira que você considerar melhor para o estudo de uma doutrina bíblica, você deverá aprender o significado dela e, então, apegar-se firmemente a ela, expressando-a na vida diária. À medida que a vida apresenta novas decisões e perguntas, você poderá revisar a doutrina para aprofundar seu entendimento e para que o guie em sua tomada de decisão. Isso ressalta a importância de escrever suas conclusões em um caderno que você guarde e consulte. APRENDIZADO DOUTRINÁRIO PARA TODA A VIDA A Bíblia de Estudo do Discípulo pode servi-lo pelo resto da vida. Estabeleça um plano de estudar cada uma das 27 principais doutrinas no próximo ano, ou nos próximos cinco ou dez anos. Leia o sumário para ver os auxílios disponíveis para você estudar. Quando as perguntas e necessidades pessoais surgirem, reveja esses auxílios. Defina em que estágio de crescimento como discípulo de Cristo você está e monitore seu crescimento. Escreva em seu caderno de anotações um objetivo específico no estudo doutrinário para cada mês do ano. Estabeleça um dia por mês para verificar seu progresso na conquista dos objetivos. Quando as circunstâncias da vida o levarem a modificar seu plano de maneira que você possa estudar uma doutrina de interesse mais imediato, reveja seu plano de estudo a fim de permitir isso. Sejam quais forem as mudanças que fizer, apegue-se firmemente ao estudo diário da Palavra de Deus de maneira que você possa manter o compromisso de estar firme no ensinamento de Cristo para continuar o processo de amadurecimento como seu discípulo. A equipe editorial da Geo-Gráfica Editora coloca em suas mãos a Bíblia de Estudo do Discípulo orando para que Deus a use para fortalecer os discípulos de Cristo e as igrejas, além disso e ajude você a descobrir a vontade divina e o lugar onde Deus quer que você o sirva no ministério. Incentivamos-lhe a dar sua opinião acerca desta Bíblia de estudo e gostaríamos de saber de que maneira você e sua igreja a usam no ministério do discipulado do povo de Deus.


10 As 27 doutrinas que são o foco da Bíblia de Estudo do Discípulo estão agrupadas em seis principais categorias. As anotações na parte inferior das páginas do texto bíblico, os Esboços das Doutrinas, o Resumo das Doutrinas, a História das Doutrinas, os quadros selecionados e o Índice de Referências Doutrinárias seguem a sequência apresentada abaixo. Ela mostra as seis categorias principais, a ordem das doutrinas dentro das seis categorias e identifica a página na qual você encontra cada doutrina nos Esboços, Resumos, História e Índice de Referências Doutrinárias. O DEUS TRIÚNO Deus Jesus Cristo Espírito Santo

Esboços

Resumos

História

12 12-13 13

1728 1729 1731

1765 1766 1767

Índice de Referências 1903 1905 1907

13 14 14 14 14-15

1733 1734 1735 1736 1738

1768 1769 1769 1771 1772

1908 1908 1909 1910 1911

15 15 16

1739 1741 1742

1773 1774 1775

1912 1913 1914

16-17 16 17 17 18 18

1744 1745 1747 1749 1750 1751

1776 1778 1779 1780 1781 1783

1915 1917 1918 1919 1920 1921

18 18-19 19 19 19-20 20-21 20 21

1753 1755 1756 1757 1758 1759 1760 1761

1784 1785 1786 1787 1788 1789 1790 1792

1922 1923 1923 1924 1924 1926 1926 1927

21 22

1762 1762

1793 1794

1928 1929

O MUNDO Criação Milagre O mal e o sofrimento Humanidade Pecado O CONHECIMENTO DE DEUS Escrituras Sagradas Revelação História O PROPÓSITO SALVÍFICO DE DEUS Eleição Salvação Discipulado Ética Cristã Mordomado As últimas coisas O POVO DE DEUS A Igreja Ordenanças Adoração Proclamação Oração Líderes Eclesiásticos Educação Família A IGREJA E O MUNDO Evangelização Missões


Lista das Doutrinas Doutrina

Categoria

Ética Cristã Igreja, A Líderes Eclesiásticos Criação Discipulado Educação Eleição Evangelismo Mal e o Sofrimento, O Família Deus História Escrituras Sagradas Espírito Santo Humanidade, A Jesus Cristo Últimas Coisas, As Milagre Missões Ordenanças Oração Proclamação Revelação Salvação Pecado Mordomado Adoração

O Propósito Salvífico de Deus O Povo de Deus O Povo de Deus O Mundo O Propósito Salvífico de Deus O Povo de Deus O Propósito Salvífico de Deus A Igreja e o Mundo O Mundo O Povo de Deus O Deus Triúno Conhecimento de Deus Conhecimento de Deus O Deus Triúno O Mundo O Deus Triúno O Propósito Salvífico de Deus O Mundo A Igreja e o Mundo O Povo de Deus O Povo de Deus O Povo de Deus Conhecimento de Deus O Propósito Salvífico de Deus O Mundo O Propósito Salvífico de Deus O Povo de Deus


Esboços das Doutrinas Estes esboços de cada uma das 27 doutrinas mostram os pontos sobre elas que estão anotados no texto bíblico. Os esboços são a base dos Resumos das Doutrinas (pp. 1727-1763) e são ampliados com as referências das Escrituras para confirmar cada ponto no Índice de Referências Doutrinárias.

O DEUS TRIÚNO DEUS I. DEUS É ÚNICO POR NATUREZA A. Ele é Constante por Natureza B. Ele é o Único Deus verdadeiro C. Ele é Santo D. Ele é Transcendente E. Ele é Imanente F. Ele é Eterno G. Ele é Espírito H. Ele é Um em três, Trindade I. Ele se revela em Glória II. DEUS É ÍNTIMO A. Ele é Vivo B. Ele é Pessoal C. Ele tem Ciúmes III. DEUS SE RELACIONA CONOSCO E COM SEU MUNDO A. Ele é Criador B. Ele é Juiz C. Ele é Pai IV. DEUS POSSUI QUALIDADES DISTINTIVAS A. Ele é Amor B. Ele se relaciona em Misericórdia C. Ele salva em Graça D. Ele é Justo E. Sua Bondade é incomparável F. Sua Fidelidade é digna de confiança G. Sua Justiça é imparcial e justa H. Ele reage ao pecado em Ira I. Ele tem Sabedoria perfeita

J. Ele tem todo o Poder K. Sua Presença está disponível sempre e em todos os lugares V. DEUS AGE EM SEU MUNDO I. Ele redime como Salvador II. Ele cumpre seus propósitos em Soberania JESUS CRISTO I. JESUS É O MESSIAS DE ISRAEL A. As Escrituras Previram sua vinda B. João Batista preparou o caminho C. Ele Cumpriu ensinamentos e expectativas do Antigo Testamento D. Ele era o Messias esperado, o Cristo E. Ele era o esperado Profeta como Moisés II. JESUS ERA DEUS EM CARNE HUMANA A. Seu Nascimento Virginal foi por meio do Espírito B. Ele foi santo e, portanto, Sem Pecado C. Ele realizou os Milagres de Deus D. Ele mostrou Autoridade divina E. Ele é o Filho de Deus F. Ele é o Filho do Homem G. Ele é a Sabedoria de Deus H. Ele é a eterna Palavra de Deus I. Ele é Senhor J. A Ressurreição mostrou sua natureza divina K. Ele suportou o Sofrimento físico e emocional L. Ele é o Eu Sou do Antigo Testamento M. Ele é Deus III. JESUS FOI UM SER HUMANO GUIADO PELO ESPÍRITO DE DEUS A. Ele experimentou o Nascimento humano


13 B. Ele sofreu Tentação como todos os seres humanos sofrem C. Ele experimentou a Morte como os seres humanos experimentam IV. JESUS CUMPRIU OS PROPÓSITOS DE DEUS A. Em seu Ensino B. Como Servo de Deus C. Como Pastor de Deus D. Em sua Glória E. Como a Verdade de Deus F. Como a Luz de Deus G. Por completar sua Missão H. Como o Pão da Vida I. Em seu Amor J. Como a Pedra Angular V. JESUS OFERECE A SALVAÇÃO A. Como Redentor B. Como Salvador C. Como Cordeiro de Deus D. Como a Vida E. Como nosso Sacerdote F. Em sua Expiação por nós G. Como nossa Esperança VI. JESUS CONTINUA MINISTRANDO A NÓS A. No céu após sua Ascensão B. Por meio da Intercessão por nós VII. JESUS É O REI ETERNO A. Ele era Preexistente B. Ele é o Filho de Davi C. Ele trouxe o Reino de Deus D. Nós aguardamos sua Segunda Vinda E. Ele é o Juiz no Juízo final F. A má compreensão fez necessário o Segredo messiânico G. Ele é o Rei esperado O ESPÍRITO SANTO I. O ESPÍRITO SANTO É REVELADO A. Prometido por Deus B. Revelado no Pentecostes C. Descrito por um Vocabulário específico II. O ESPÍRITO SANTO AGE EM FUNÇÃO DOS PROPÓSITOS DE DEUS A. Na Criação B. Na Redenção C. Na Esperança Messiânica D. Em Jesus E. Nos Doze F. Na Revelação

III. O ESPÍRITO SANTO CAPACITA O POVO DE DEUS A. Fortalece a Igreja B. Une em Comunhão C. Dá vigor para a missão D. Guia em Missão E. Chama e equipa os Líderes F. Ensina seu povo IV. O ESPÍRITO SANTO DIRIGE INDIVÍDUOS A. Enche os cristãos B. Convence os pecadores C. Regenera os crentes D. Habita permanentemente nos salvos E. Protege os que estão em perigo F. Dá Segurança G. Concede Dons a todos os crentes H. Transforma o que é fiel I. Pode ser Resistido J. Guia o crente K. Deve ser Obedecido L. Intercede em oração pelo crente V. O ESPÍRITO É DEUS A. A Presença de Deus B. Pessoal C. Age em Liberdade divina Terceira pessoa da Trindade O MUNDO CRIAÇÃO I. O AGENTE DIVINO DA CRIAÇÃO A. Criador Pessoal B. Jesus Cristo C. A Trindade II. POR QUE DEUS CRIA A. Para o Louvor B. Para o Relacionamento do Pacto C. Para a Redenção III. COMO DEUS CRIA A. Em Soberania como Senhor B. Em Liberdade C. Em Amor D. Com um plano Determinado E. Com Poder F. Para a Ordem G. De maneira Progressiva H. Em trabalho Contínuo IV. O QUE DEUS CRIA A. A Terra B. As Pessoas C. A Natureza


14 D. Os Milagres E. As Limitações Morais que levam ao Juízo F. A Justiça mediante a Liberdade G. A Nova Criação V. RESULTADOS DA CRIAÇÃO DE DEUS A. É Boa B. A liberdade permite o Pecado C. O Mal existe D. A Confiança nos seres humanos E. A Esperança MILAGRE I. DEFINIÇÃO DE MILAGRE A.Obra de Deus B.Exceção à experiência comum C.Vocabulário bíblico de Milagres D.Realizado por diversos Métodos II. O PROPÓSITO DOS MILAGRES B. Obra de Deus de Criação Contínua C. Redenção do Povo de Deus D. Revelação de Deus E. Gerar Louvor F. Executar o Juízo de Deus G. Mostrar o Poder de Deus III. O CONTEXTO DOS MILAGRES A. Mundo da Natureza B. Resposta à Fé IV. OS AGENTES DOS MILAGRES A. Seres humanos como Instrumentos B. Jesus Cristo C. O Maligno O MAL E O SOFRIMENTO I. A ORIGEM DO MAL E DO SOFRIMENTO A. A Origem Divina B. Satanás como originador C. A Origem Humana D. A Origem Natural II. TIPOS DE MAL E DE SOFRIMENTO A. Merecido B. Depurador C. Redentor III. A RELAÇÃO DE DEUS COM O MAL E O SOFRIMENTO A. Punição B. Providência C. A Compaixão de Deus D. O Auxílio Presente de Deus E. O Auxílio Futuro de Deus

IV. A RESPOSTA CRISTÃ AO MAL E AO SOFRIMENTO A. Arrependimento B. Alegria C. Perseverança D. Compaixão E. Humildade F. Consolo G. Adoração H. Oração I. Vindicação HUMANIDADE I. A CRIAÇÃO DA HUMANIDADE POR DEUS A. A Imagem de Deus B. Para a Responsabilidade C. Com Consciência Moral D. Com Potencialidade E. Com Valor II. A NATUREZA DA CRIAÇÃO HUMANA DE DEUS A. Natureza Humana B. Natureza Física C. Natureza Espiritual D. Natureza Intelectual E. Natureza Psicológica III. AS EXPERIÊNCIAS DA VIDA HUMANA A. Vida B. Nascimento C. Infância e Juventude D. Casamento E. Celibato F. Paternidade G. Trabalho H. Velhice IV. TÉRMINO DA VIDA HUMANA A. A Morte B. A Natureza da Morte C. A Morte e o Pecado D. Atitudes em relação à Morte E. Sepultamento V. INTERAÇÕES DA VIDA HUMANA A. Relacionamentos B. Relacionamento com Deus C. Relacionamentos Comunitários D. Relacionamentos Familiares E. Relacionamento com a Natureza F. Compromisso nos Relacionamentos PECADO I. DEFINIÇÃO DE PECADO A. Transgressão da Lei B. Quebra do Pacto


15 C. Violação do Caráter de Deus D. Incredulidade E. Errar o Alvo F. Contra Deus G. Egocentrismo H. Infidelidade II. ORIGEM DO PECADO A. Natureza Universal B. Resultado da Escolha Individual C. Satanás III. CARACTERÍSTICAS DO PECADO A. Desobediência a Deus B. Ilegalidade C. Injustiça D. Falta de Fé E. Desejo Maligno F. Rebelião G. Hipocrisia H. Violência I. Orgulho J. Responsabilidade K. Sério em sua Natureza L. Tentador IV. CONSEQUÊNCIAS DO PECADO A. Escravidão ao Pecado B. Depravação Pessoal C. Cegueira Espiritual D. Insensibilidade Moral E. Culpa F. Morte G. Separação de Deus H. Isolamento dos Outros I. Vergonha V. A INTERVENÇÃO DE DEUS A. Juízo B. Punição C. Disciplina D. Perdão O CONHECIMENTO DE DEUS AS ESCRITURAS SAGRADAS I. O QUE SÃO AS ESCRITURAS A. A Palavra de Deus B. Iniciativa de Deus C. Inspiradas por Deus D. Comunicam o Propósito de Deus II. COMO DEUS COMUNICA SUA MENSAGEM A. Visões B. Oráculos C. Evangelho

D. Pelo Espírito E. Por Testemunhas Oculares III. COMO AS ESCRITURAS CHEGARAM ATÉ NÓS A. Escrita B. Compilação C. Canonização IV. AS ESCRITURAS SÃO CONFIÁVEIS V. POR QUE TEMOS AS ESCRITURAS A. Redenção B. Esperança C. Compromisso D. Inspiração E. Obediência F. Relacionamento correto com Deus e com os outros G. Unidade H. Poderosa REVELAÇÃO I. DEUS TOMA A INICIATIVA A. Em Eventos Específicos B. Por meio da Presença Divina C. Em Jesus Cristo D. Pelo Espírito Santo E. Por meio da sua Palavra F. Por meio de Pessoas G. Por meio de seus Mensageiros H. Por meio de seus Anjos I. Por meio de Sonhos J. Por meio da Inspiração K. Por meio de Visões L. Por meio de Oráculos M. Por meio de Sinais N. Por meio da História O. Na Adoração P. Na Natureza II. DEUS NOS DIZ QUEM ELE É A. Como Autor da Criação B. Como Autor da Vida C. Como Autor da Esperança D. Como Autor da Graça E. Como Autor do Amor F. Na essência da Natureza de Deus G. Em suas Ações III. DEUS REVELA SUAS INTENÇÕES E PROPÓSITOS A. Comunhão com seu povo B. Fidelidade entre seu povo C. Compromisso do seu povo


16 HISTÓRIA I. TEMPO E ETERNIDADE A. Deus atua no Tempo humano B. O tempo é Linear, não cíclico C. Deus conhece e dirige o Futuro D. O tempo da História não é Eterno II. DEUS E A HISTÓRIA POLÍTICA A. O Povo de Deus encontra-se no centro da história B. Deus se concentrou na história Nacional C. Deus está ativo na Política internacional D. A Libertação de Deus é parte da história E. O Reino de Deus é primeiramente revelado na história F. O interesse de Deus é a história Universal III. HISTÓRIA E SIGNIFICADO A. A Fé adquire compreensão de significado B. A Promessa de Deus concede significado à história C. O fundamento Moral da história dá significado D. A história envolve o Juízo divino E. A história aponta para a Esperança F. A Geografia não limita Deus IV. HISTÓRIA E HUMANIDADE A. Deus age na história Individual B. Deus concede e limita a Liberdade C. Deus age por meio dos Líderes de Deus V. HISTÓRIA E ADORAÇÃO A. A história conduz ao Louvor B. A Adoração celebra os atos de Deus na história C. A Confissão do crer narra a história D. A Narrativa ensina a história VI. HISTÓRIA E DEUS A. Deus está ativo na história B. A Vontade de Deus é revelada na história C. As Intenções de Deus, não as humanas, conduzem a história D. A Presença de Deus é conhecida na história E. Deus controla a história da Natureza F. A Salvação de Deus ocorre na história G. O Conhecimento de Deus vem pela história O PROPÓSITO SALVÍFICO DE DEUS ELEIÇÃO I. DEFINIÇÃO A. Baseada na Iniciativa de Deus B. Baseada no Propósito de Deus C. Baseada na Promessa de Deus D. Realizada Em Cristo II. ELEIÇÃO E DEUS A. Providência

B. Presença C. Soberania D. Liberdade E. Amor F. Fidelidade G. Preconhecimento H. Misericórdia III. COMUNIDADES ELEITAS A. Israel B. Outras Nações C. A Igreja D. Os Servos de Deus E. O Remanescente IV. A ELEIÇÃO EXPRESSA EM COMUNIDADES A. Como Bênção B. Na Adoração C. Na Liderança D. Como Responsabilidade E. Na Missão F. Na Provação G. Como Proteção V. ELEIÇÃO E INDIVÍDUOS A. Predestinação B. Livre-Arbítrio C. Justiça D. Fé E. Oração F. Perseverança G. Pessoal VI. ELEIÇÃO E JUÍZO A. Segurança Eterna B. Condenação C. Justiça Divina D. Perdão SALVAÇÃO I. DEFINIÇÃO DE SALVAÇÃO II. PROVISÃO DIVINA DA SALVAÇÃO A. A Preparação Divina B. A Iniciativa Divina C. A Graça Divina por trás da Salvação III. A OBRA DE CRISTO NA SALVAÇÃO A. Expiação B. Redenção C. Justificação D. Vindicação E. Santificação F. Reconciliação G. Glorificação


17 IV. IMAGENS BÍBLICAS DA SALVAÇÃO A. Como Adoção B. Como Estar em Cristo C. Como Purificação D. Como Libertação E. Como Novo Nascimento F. Como Refúgio G. Como Descanso V. A RESPOSTA HUMANA À SALVAÇÃO A. Liberdade Humana B. Aceitação C. Crer D. Confissão E. Temor de Deus F. Conhecimento de Deus G. Amor de Deus H. Obediência I. Arrependimento J. Recordação VI. BENEFÍCIOS DA SALVAÇÃO A. Bênção B. Vida Eterna C. Perdão D.Cura E. Alegria F. Renovação DISCIPULADO I. NATUREZA DO DISCIPULADO II. PREPARAÇÃO PARA O DISCIPULADO A. A Conversão Cristã B. Poder que capacita C. Treinamento D. Sacerdócio dos crentes E. Ministério dos Leigos F. Mulheres no ministério III. ORIENTAÇÕES PARA O DISCIPULADO A. Liderança de Deus B. Pacto da aliança C. Reino de Deus D. Senhorio de Cristo E. Direção do Espírito Santo F. Auxiliado pelos Líderes Espirituais IV. PROPÓSITO PARA O DISCIPULADO A. Propósitos de Deus B. Amor ao Próximo C. Influência D. Envolvimento Ativo E. Serviço Recompensado

V. FOCO DO DISCIPULADO A. As necessidades das Pessoas B. Os Pobres C. Os Famintos D. Os Desabrigados E. Os Oprimidos F. Os Doentes G. Os Deficientes H. Os Prostrados ÉTICA CRISTÃ I. CARÁTER PESSOAL NA SOCIEDADE A. Integridade de Caráter por meio do relacionamento com Deus B. A Avareza se encontra no cerne da idolatria C. A verdade e a fidelidade produzem a Honestidade D. A Linguagem reflete o caráter E. Deus exige Obediência F. A justiça implica em um relacionamento correto com Deus G. A oração molda o caráter II. VALORES SOCIAIS A. Os cristãos têm um Pacto com Deus B. A Justiça de Deus implica em responsabilidade pessoal e social C. Deus expressa sua vontade pelos Imperativos Morais D. Deus expressa sua vontade pelos Limites Morais E. Deus espera pelo mordomado dos Direitos de Propriedade F. Sem a Ordem Social existe o caos G. O amor ao próximo deveria ditar os Relacionamentos Sociais H. A Adoração comunitária produz valores sociais positivos III. PROBLEMAS SOCIAIS A. O Assassinato nega a sacralidade da vida humana B. O Roubo contradiz o direito à propriedade C. O abuso do Álcool afeta o caráter e os relacionamentos IV. ÁREAS DE APLICAÇÃO A. Os cristãos têm uma Cidadania no mundo B. Os cristãos têm obrigações com a Igreja e com o Estado C. As questões relativas à Ecologia dizem respeito aos cristãos D. Os cristãos se importam com a Saúde das pessoas E. O preconceito nas Relações Raciais desafia a igreja F. Deus criou O Estado G. As Guerras demandam a aplicação da Paz


18 MORDOMADO I. O PLANO DE DEUS PARA O MORDOMADO A. Gerenciamento designado aos seres humanos B. Reconhecimento da Propriedade de Deus C. Os Valores Cristãos do Mordomado 1. Estilo de vida 2. Trabalho 3. Atitudes 4. Propósito das Posses 5. Doação Sacrificial D. O uso cristão das posses 1. Cuidado da Família 2. Cuidado dos Necessitados 3. Serviço a Deus 4. Apoio ao Ministério 5. Pagamento de Impostos II. UM DEUS DOADOR ESPERA UM POVO DOADOR A. Práticas bíblicas de doação 1. Dízimo 2. Oferta de Sacrifícios 3. Votos 4. Dando para a Casa de Deus 5. Dando para o Suprimento 6. Ofertando em Adoração B. Recompensas ao mordomado fiel AS ÚLTIMAS COISAS I. A IMAGEM DO FUTURO A. O Dia do Senhor B. O Reino Vindouro C. Os Últimos Dias D. A Era Vindoura E. A Era da Igreja II. MORTE E RESSURREIÇÃO A. A Morte dos Crentes B. A Morte dos Descrentes C. O Estado Intermediário D. A Ressurreição dos Crentes E. A Ressurreição dos Descrentes F. A Ressurreição do Corpo III. A VOLTA DE CRISTO A. As Promessas da Volta B. Os Sinais da Volta C. As Atitudes em relação à Volta D. Os Propósitos da Volta E. Eventos adjacentes 1. O Arrebatamento da Igreja 2. A Grande Tribulação 3. O Milênio

IV. O ESTADO ETERNO A. Juízo B. Céu C. Inferno V. O SIGNIFICADO A. O Objetivo da História B. A Redenção da Criação C. A Consumação da Salvação D. A Consumação da Igreja E. O Fim do Mal F. A Humanidade Restaurada G. A Derrota de Satanás H. O Estabelecimento do Reino de Deus VI. IMPLICAÇÕES PARA A VIDA HOJE A. Inspira a Esperança B. Pureza C. Encoraja a Fidelidade D. Requer Prontidão O POVO DE DEUS A IGREJA I. CONCEITOS DO ANTIGO TESTAMENTO A. Povo do Pacto B. Remanescente C. Comunidade de Deus II. CONCEITOS DO NOVO TESTAMENTO A. Corpo de Cristo B. Imagens 1. A Noiva de Cristo 2. O Verdadeiro Israel III. O PROPÓSITO DA IGREJA A. Manifestar o Reino de Deus B. Intenção de Cristo IV. O FUNCIONAMENTO DA IGREJA A. Disciplina B. Comunhão C. Prática D. Observância do Pacto E. Serviço F. Santos V. A COMPOSIÇÃO DA IGREJA A. Redimidos de Todas as Eras B. Povo de Deus C. Corpo Local ORDENANÇAS


19 I. BATISMO A. Histórico do Batismo B. Significado 1. O Batismo como Purificação 2. O Batismo como Unidade 3. O Batismo como Morte 4. O Batismo como Nova Vida C. Forma do Batismo D. O Candidato ao Batismo E. Quem o administra 1. O Batismo de João 2. O Batismo de Jesus 3. O Batismo do Espírito Santo F. Autoridade para o Batismo 1. O Batismo Ordenado 2. O Batismo em Nome de Jesus 3. O Batismo como Confissão II. A CEIA DO SENHOR A. Histórico da Ceia do Senhor B. Instituição da Ceia do Senhor C. Significado 1. A Ceia do Senhor como Novo Pacto 2. A Ceia do Senhor como Humildade 3. A Ceia do Senhor como Morte e Ressurreição 4. A Presença na Ceia do Senhor D. A Prática da Ceia do Senhor ADORAÇÃO I. A ESSÊNCIA DA ADORAÇÃO A. Louvor B. Serviço II. A IMPORTÂNCIA DA ADORAÇÃO III. ADVERTÊNCIAS SOBRE A FALSA ADORAÇÃO IV. OS COMPONENTES DA ADORAÇÃO A. Atitudes 1. Reverência, temor e adoração 2. Humildade, pranto e jejum 3. Fé, submissão e Obediência 4. Ação de Graças 5. Alegria B. Prática 1. Sacrifício 2. Edifícios Sagrados 3. Sacerdócio 4. Calendário 5. Oração 6. Proclamação da Palavra de Deus 7. Música 8. Sentimento de Comunidade C. Participação

1. Comunitária 2. Individual PROCLAMAÇÃO I. O CONTEÚDO DA PROCLAMAÇÃO A. Definição de Evangelho B. Simplicidade e Clareza do Evangelho C. O Tema Central do Evangelho D. A Fonte Divina do Evangelho II. A NATUREZA DA PROCLAMAÇÃO A. Declaração Autoritativa B. Declarada pelo Proclamador Escolhido por Deus C. Qualidades do Proclamador 1. Chamado por Deus 2. Compulsão 3. Unção 4. Intrepidez III. OS RESULTADOS DA PROCLAMAÇÃO A. Traz os Descrentes a Deus B. Conduz à Fé C. A Rejeição é possível D. Traz Benefícios aos Crentes 1. Instrução 2. Repreensão 3. Exortação e encorajamento 4. Crescimento e perseverança ORAÇÃO I. O FUNDAMENTO DA ORAÇÃO A. A Universalidade da Oração B. A Oração e a natureza de Deus 1. A Santidade de Deus 2. A Misericórdia de Deus 3. O Amor de Deus 4. A Soberania de Deus 5. A Fidelidade de Deus 6. A Honra de Deus 7. A Justiça de Deus C. A Importância da oração 1. Mandamento de Deus 2. Figuras Bíblicas 3. O Exemplo de Jesus II. O PROPÓSITO DA ORAÇÃO A. Comunhão com Deus B. Descobrir e fazer a Vontade de Deus C. Experimentar a Presença de Deus D. Crescimento Espiritual E. Receber a Resposta de Deus F. Receber Instrução G. Receber a Salvação


20 H. Promover o Crescimento do Reino de Deus I. Consultar a Deus J. Interceder pela Política III. AUXÍLIOS NA ORAÇÃO A. O Espírito Santo Ajuda na Oração B. O Espírito Santo Conduz em Oração C. A Oração em Cristo, nosso Advogado IV. TIPOS DE ORAÇÃO A. Confissão B. Louvor C. Ação de Graças D. Petição E. Intercessão F. Compromisso G. Por Perdão H. Confiança V. MANEIRAS DE ORAR A. Adoração B. Bênção C. Maldição D. Juramento E. Voto F. Lamentação G. Música VI. PRINCÍPIOS BÍBLICOS NA ORAÇÃO A. Obstáculos na oração B. Orar Em Nome de Jesus C. Atitudes Apropriadas na Oração 1. Fé 2. Humildade 3. Sinceridade e Fervor 4. Arrependimento 5. Responsividade D. Procedimentos na Oração 1. Perseverança regular e contínua 2. Oração regular

C. O Discípulo D. O Profeta IV. OS OFICIAIS DA IGREJA A. Pastor e Supervisor B. Presbítero C. Diácono D. Mestre E. Evangelista F. Viúva G. Ministro H. Sacerdote V. OS LÍDERES DA OPOSIÇÃO A. Falso Apóstolo B. Falso Profeta EDUCAÇÃO I. POR QUE EDUCAÇÃO? A. Ordenada B. Essencial à integridade C. Mestres Qualificados II. MESTRES NA BÍBLIA A. Deus como mestre B. Moisés como mestre C. A Lei como mestre D. Os Sacerdotes como mestres E. Os Profetas como mestres F. Os Pais como mestres G. Jesus como mestre H. Os Discípulos como mestres I. Os Evangelistas como mestres J. Os Missionários como mestres K. O Espírito como mestre L. Os Escribas e os Fariseus como mestres M. Os Pastores como mestres N. Os Cristãos como mestres O. Os Falsos Mestres como mestres

II. ORDENAÇÃO

III. OS OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO A. Sabedoria B. Orientação para viver C. Felicidade D. Correção E. Ordem Social F. Renovação Espiritual G. Pureza Moral H. Comunicar a Tradição I. Testemunho Eficaz J. Autopreservação

III. OS PRIMEIROS LÍDERES A. Os Doze B. O Apóstolo como Testemunha Ocular

IV. MÉTODOS EDUCACIONAIS A. Disciplina B. Exemplo

VII. ORAÇÃO PESSOAL E COMUNITÁRIA A. Oração pessoal B. Oração familiar C. Oração comunitária D. Orações da igreja LÍDERES ECLESIÁSTICOS I. AUTORIDADE DOS LÍDERES ECLESIÁSTICOS


21 C. Instrução D. Lições Objetivas E. Parábolas F. Perguntas G. Estudo das Escrituras H. Simbolismo I. Repetição J. Participação K. Obediência FAMÍLIA I. A PREPARAÇÃO DE DEUS PARA A FAMÍLIA A. A criação da Individualidade B. A criação da Natureza Sexual C. A criação dos Personagens Sociais D. A criação do Ambiente para viver E. A Bondade da Criação II. OS PROPÓSITOS DE DEUS PARA O CASAMENTO E A FAMÍLIA A. Companheirismo: submissão mútua B. Satisfação sexual: Uma só Carne C. Geração de filhos D. Educação e disciplina E. Apoio Econômico F. Natureza Simbólica para a fé G. Temporal, não eterno H. Solteiros III. A FALHA HUMANA EM CUMPRIR O PLANO DE DEUS A. Desobediência a Deus B. Subordinação Feminina C. Casamento misto D. Fracasso dos Pais E. Favoritismo na família, engano, Conflito F. Pais que rejeitam G. Pecado Sexual Destrutivo H. Violência nos relacionamentos familiares I. Poligamia e concubinato: Diversas Esposas J. Divórcio K. Juízo de Deus sobre as famílias devido ao pecado IV. O CUMPRIMENTO HUMANO DO PLANO DE DEUS A. Aceitação do Relacionamento do Pacto B. Pacto de Casamento C. Nova Identidade em Cristo D. Realização Sexual Saudável E. Cumprimento dos Papéis familiares F. Preocupação Social com os outros G. Respeito Mútuo H. Crescimento Contínuo

V. CARACTERÍSTICAS DA MATURIDADE A. Perspectiva nas Prioridades B. Mútua Realização das Necessidades C. Aceitação da Graça VI. FATORES ESSENCIAIS EM FAMÍLIAS FORTES A. Estudo Bíblico B. Adoração em Família C. Compromisso com a Comunicação eficaz D. Prática dos princípios de Resolução de Conflitos E. Desenvolvimento de Amizades F. Amor Autêntico G. Perdão H. Alegria Compartilhada A IGREJA E O MUNDO EVANGELIZAÇÃO I. O SIGNIFICADO DE EVANGELIZAÇÃO A. Tal como visto no Evangelho B. A Provisão de Deus para a Salvação C. Universalidade Para todos os Povos II. AS MOTIVAÇÕES PARA A EVANGELIZAÇÃO A. O Chamado de Deus para Evangelizar B. Dar Glória a Deus C. Amor pelas Pessoas D. Obediência a Cristo E. Promessa da Recompensa Eterna III. AS RAZÕES PARA A EVANGELIZAÇÃO A. A Perdição da Humanidade B. Cristo, a Única Esperança da Humanidade C. A Salvação dos Povos por Deus D. Deus Inclui seu Povo IV. A TEOLOGIA DA EVANGELIZAÇÃO A. Baseada na Obra de Cristo B. O Juízo de Deus sobre o Pecado C. O Chamado para a Salvação por meio do Arrependimento e da Fé D. Resultados da Salvação E. Implica em Acompanhamento V. EXEMPLOS DE EVANGELIZAÇÃO A. Evangelização de Massa B. Evangelização Pessoal C. Ação Social na Evangelização D. Ensinando sobre Evangelização VI. COMO A EVANGELIZAÇÃO É PRATICADA A. Na Igreja B. Por meio de experiências de Adoração C. Nos Lugares Comuns D. Em Casa


22 E. Por meio da Confrontação F. Por meio do Testemunho Pessoal G. Por meio da Perseguição VII. APOIO PARA A EVANGELIZAÇÃO A. O Poder de Deus B. O Poder do Espírito Santo C. O Poder da Vida Santificada D. O Poder da Oração

III. A REDENÇÃO É O PROPÓSITO DE MISSÕES A. Um Mandamento bíblico B. Coerente com o Chamado de Deus C. Na Autoridade do Senhor ressurreto D. Baseado na Mensagem do evangelho E. Com Poder dado pelo Espírito Santo F. A Natureza encontrada na reconciliação, no ministério e na comunhão

I. DEUS É A ORIGEM DE MISSÕES

IV. OS MENSAGEIROS SÃO OS INSTRUMENTOS DE MISSÕES A. O Envio de Mensageiros é Obra de Deus B. Os primeiros missionários e igrejas são Exemplos C. Os Recursos humanos são necessários em missões

II. A HUMANIDADE É O ESCOPO DE MISSÕES

V. MISSÕES PRODUZEM RESULTADOS HISTÓRICOS E ETERNOS

MISSÕES


Bíblia de Estudo do Discípulo Editorial da edição em inglês Editores Responsáveis Editor Geral Editores Associados Equipe Editorial

Johnnie Godwin, Roy Edgemon Trent C. Butler William Stephens, Avery Willis Claude King, Candace Morris Colaboradores

Introduções aos Livros da Bíblia Gênesis Êxodo Levítico Números Deuteronômio Josué Juízes Rute 1, 2Samuel 1, 2Reis 1, 2Crônicas Esdras, Neemias Ester Jó Salmos Provérbios Eclesiastes Cantares, Isaías Jeremias Lamentações Ezequiel Daniel Oseias Joel Amós Obadias Jonas Miqueias Naum Habacuque

Dan G. Kent William B. Tolar D. Waylon Bailey Gleason L. Archer R. Dennis Cole Marten H. Woudstra Bobby D. Box Gerald L. Keown Joe O. Lewis John H. Traylor, Jr. Hayes R. Wicker, Jr. D. C. Martin Trent C. Butler Ralph L. Smith Alton H. McEachern Harry B. Hunt, Jr. Bill G. Bruster Russell Lester Joseph Edward Coleson Joel F. Drinkard, Jr. J. W. Lee J. J. Owens Billy K. Smith J. Kenneth Eakins Robert L. Cate W. H. Bellinger, Jr. Fred M. Wood R. K. Harrison W. H. Bellinger, Jr Samuel Y. C. Tang

Sofonias Ageu Zacarias Malaquias Mateus Marcos Lucas João Atos Romanos 1Coríntios 2Coríntios Gálatas Efésios Filipenses Colossenses 1Tessalonicenses 2Tessalonicenses 1Timóteo 2Timóteo Tito Filemom Hebreus Tiago 1, 2Pedro 1, 2, 3João Judas Apocalipse

F. B. Huey, Jr. Gary V. Smith Paul L. Redditt Gary V. Smith Clair M. Crissey William L Lane Virtus E. Gideon R. Alan Culpepper Brian L. Harbour Harold S. Songer James T Draper, Jr. R. E. Glaze, Jr. William H. Vermillion Charles A. Page Daniel Vestal David W. Perkins Herschel H. Hobbs Leon Morris D. L. Lowrie James H. Semple Ted Sisk Thomas Dale Lea Robert J. Dean William M. Pinson, Jr. Clayton K Harrop Billy E. Simmons William L. Blevins William Stephens


24 Anotações Teológicas e Resumos das Doutrinas O Deus Triúno Deus Jesus Cristo Espírito Santo

J. Terry Young William L. Hendricks Fisher Humphreys

O Mundo Criação Milagre Mal e Sofrimento Humanidade Pecado

Fred M. Wood J. Estill Jones Warren McWilliams Robert L. Cate Billy E. Simmons

O Povo de Deus A Igreja Ordenanças Adoração Proclamação Oração Líderes Eclesiásticos

D. Waylon Bailey Wayne Ward James T Draper, Jr. James T Draper, Jr. T. W. Hunt David E. Garland

Conhecimento de Deus As Escrituras Sagradas Revelação História

Daniel G. Bagby Daniel G. Bagby Trent C. Butler

O Propósito Salvífico de Deus Eleição J. Alfred Smith Salvação Delos Miles Discipulado C. W. Scudder Ética Cristã William M. Tillman, Jr. Mordomia Cecil A. Ray As Últimas Coisas Jerry W. Batson Educação Lucien E. Coleman, Jr. Família John C. Howell A Igreja e o Mundo Evangelização Missões

Lewis A. Drummond A. Clark Scanlon

História das Doutrinas Bíblicas Deus, Espírito Santo, Reggie McNeal Milagre, Mal e Sofrimento, Líderes Eclesiásticos Jesus Cristo, Hugh Wamble Ordenanças Criação, Pecado Walter O. Draughoh, III Humanidade Mark DeVine Escrituras Sagradas, Timothy George Revelação, Salvação, As Últimas Coisas, Adoração, Proclamação

História Eleição Discipulado Ética Cristã A Igreja, Evangelização Oração Educação Família Missões Mordomado

Mark Fountain Paul A. Basden Donald L. Morcom Joon-Sik Park Mark E. Dever James Leo Garrett, Jr. Jack D. Terry, Jr. Diana S. Richmond Garland Barbara J. Bruce Candace Morris

Consultores Editoriais Michael Allen Leonard H. Hill Ralph M. Smith Wayne Allen Herschel H. Hobbs James Taulman Tal D. Bonham David L. Jester

Ronald Tonks L. Russ Bush, III Milford Misener J. H. Traylor, Jr. Robert O. Byrd Don Moore Daniel G. Vestal Michael Fink

Winfred Moore Perry F. Webb, Jr. Jack Graham Bob Norman Bill Weber Brian Harbour David Perkins Fred H. Wolfe

James E. Harvey James L. Pleitz Lawson Hatfield James Semple Kenneth Hemphill Robert B. Sloan John Hewett Ralph L. Smith


Os Livros da Bíblia Em Ordem Alfabética Ageu Amós Apocalipse Atos Cantares de Salomão Colossenses 1Coríntios 2Coríntios 1Crônicas 2Crônicas Daniel Deuteronômio Eclesiastes Efésios Esdras Ester Êxodo Ezequiel Filemom Filipenses Gálatas Gênesis Habacuque Hebreus Isaías Jeremias Jó João 1João 2João 3João Joel Jonas

Ag Am Ap At Ct Cl 1Co 2Co 1Cr 2Cr Dn Dt Ec Ef Ed Et Êx Ez Fm Fp Gl Gn Hc Hb Is Jr Jó Jo 1Jo 2Jo 3Jo Jl Jn

1127 1078 1687 1370 819 1562 1469 1501 504 538 1034 245 804 1535 580 612 100 975 1614 1552 1521 29 1115 1617 825 900 623 1319 1666 1677 1680 1072 1095

Josué Judas Juízes Lamentações Levítico Lucas Malaquias Marcos Mateus Miqueias Naum Neemias Números Obadias Oseias 1Pedro 2Pedro Provérbios 1Reis 2Reis Romanos Rute Salmos 1Samuel 2Samuel Sofonias 1Tessalonicenses 2Tessalonicenses Tiago 1Timóteo 2Timóteo Tito Zacarias

Js Jd Jz Lm Lv Lc Ml Mc Mt Mq Na Ne Nm Ob Os 1Pe 2Pe Pv 1Rs 2Rs Rm Rt Sl 1Sm 2Sm Sf 1Ts 2Ts Tg 1Tm 2Tm Tt Zc

294 1682 325 967 159 1259 1147 1223 1155 1100 1110 595 195 1090 1056 1649 1659 771 432 470 1431 355 662 362 402 1121 1572 1581 1639 1588 1599 1607 1133


Os Livros da Bíblia Antigo Testamento Gênesis Êxodo Levítico Números Deuteronômio Josué Juízes Rute 1Samuel 2Samuel 1Reis 2Reis 1Crônicas 2Crônicas Esdras Neemias Ester Jó Salmos Provérbios

Gn Êx Lv Nm Dt Js Jz Rt 1Sm 2Sm 1Rs 2Rs 1Cr 2Cr Ed Ne Et Jó Sl Pv

29 100 159 195 245 294 325 355 362 402 432 470 504 538 580 595 612 623 662 771

Eclesiastes Cantares de Salomão Isaías Jeremias Lamentações Ezequiel Daniel Oseias Joel Amós Obadias Jonas Miqueias Naum Habacuque Sofonias Ageu Zacarias Malaquias

Ec Ct Is Jr Lm Ez Dn Os Jl Am Ob Jn Mq Na Hc Sf Ag Zc Ml

804 819 825 900 967 975 1034 1056 1072 1078 1090 1095 1100 1110 1115 1121 1127 1133 1147

1Tm 2Tm Tt Fm Hb Tg 1Pe 2Pe 1Jo 2Jo 3Jo Jd Ap

1588 1599 1607 1614 1617 1639 1649 1659 1666 1677 1680 1682 1687

Novo Testamento Mateus Marcos Lucas João Atos Romanos 1Coríntios 2Coríntios Gálatas Efésios Filipenses Colossenses 1Tessalonicenses 2Tessalonicenses

Mt Mc Lc Jo At Rm 1Co 2Co Gl Ef Fp Cl 1Ts 2Ts

1155 1223 1259 1319 1370 1431 1469 1501 1521 1535 1552 1562 1572 1581

1Timóteo 2Timóteo Tito Filemom Hebreus Tiago 1Pedro 2Pedro 1João 2João 3João Judas Apocalipse


O Antigo Testamento



Gênesis Ambiente Teológico Quem é o povo de Deus? Gênesis responde a esta pergunta ao apresentar as doutrinas teológicas básicas da Bíblia. Criação, Deus, salvação, pecado, família, missão, humanidade, esperança – todas as doutrinas têm seu princípio em Gênesis. O livro de Gênesis foi escrito em uma época na qual as pessoas acreditavam em muitos deuses. Cada deus ou deusa tinha sua esfera de influência e merecia certos tipos de adoração em ocasiões especiais na vida da nação. Deuses da fertilidade eram adorados durante a semeadura e a colheita; deuses da guerra eram adorados antes da batalha; o deus da nação era adorado durante os feriados nacionais. Em um mundo pequeno e com tantos deuses, Israel teve de aprender uma lição singular: era o seu Deus igual aos das outras nações? Ele possuía uma esfera limitada de influência? Deveria ser adorado somente em ocasiões específicas do ano? Ou, de algum modo, era diferente? O mundo antigo não pensava em seus deuses em termos de moralidade. Os deuses criadores podiam gerar criaturas imperfeitas, que podiam lutar, dormir, enganar um ao outro, cometer pecados sexuais etc. Israel precisava aprender sobre a natureza moral do único Deus Criador, que criou um mundo bom e cujas promessas eram dignas de confiança. Deuses antigos podiam ser manipulados. Isso era magia. E Israel tinha de aprender a diferença entre magia e religião (fé). Magia era uma tentativa de fazer com que o deus respondesse, manipulá-lo em prol de propósitos humanos. Por outro lado, a fé foi e é obediente. A fé confia que Deus sabe e faz o melhor. Ela expressa necessidades e desejos (por exemplo, em oração), mas reconhece que o Senhor é soberano em se tratando da resposta. Os deuses antigos eram concebidos como tendo algum tipo de forma material ou, pelo menos, uma representação ou expressão material. Esta era a base da idolatria, muito difundida no mundo antigo. O povo judeu e, mais tarde, os cristãos primitivos eram, às vezes, considerados ateus por não terem um deus visível, com uma representação material ou física, ou seja, nenhum deus que alguém pudesse ver. Era difícil para o povo de Deus compreender que Deus é um ser espiritual, e como tal deveria ser adorado. O mundo antigo enxergava seus deuses como participantes diretos da história. Deuses garantiam a vitória na batalha. Outros davam segurança ao parto. Outros ainda forneciam colheitas fartas. Ninguém, no entanto, entre os vizinhos de Israel, via a história através das gerações como a arena na qual Deus atuava. Para Israel, a fidelidade divina não podia ser provada por uma batalha ou um evento político. A fidelidade de Deus baseava-se na longa extensão de suas promessas e seu cumprimento através do longo curso da história. Os deuses dos vizinhos de Israel eram caprichosos e imprevisíveis. Quem sabia o que esperar deles? Eles agiam de acordo com seus caprichos. Eram capazes de cometer maldades. Eram arbitrários e até mesmo cruéis. Não ofereciam atenção e não demonstravam interesse ou preocupação abnegada. Não inspiravam devoção autêntica. Nenhum relacionamento pessoal com eles era possível. Tais deuses não se propunham a promover nenhuma mudança significativa na vida das pessoas. Os deuses daqueles dias eram, em geral, deidades vinculadas à natureza, adoradas como parte dos ritos de fertilidade. Os deuses intimamente ligados ao ciclo das estações da natureza e que dominavam a fertilidade do rebanho e do campo, eram geralmente adorados por meio de atividades sexuais ritualísticas em um santuário ou acalmados pelo sacrifício do fruto da união sexual, ou seja, uma criança. Esses deuses da fertilidade tentaram o povo hebreu desde quando ele entrou na Palestina até o período do Novo Testamento (em Corinto, por exemplo). Os vizinhos de Israel não tinham razão para a moralidade pessoal. Deuses imorais conduziam à adoração imoral e à negócios e práticas sociais imorais. Os relacionamentos com outras pessoas também


30 eram afetados. A vida humana tinha pouco valor. A violência e o militarismo eram, em sua maioria, meios de vida. A fé religiosa das pessoas oferecia pouco ou nenhum incentivo para que elas se tornassem amorosas, altruístas ou tolerantes. Mulheres e crianças, estrangeiros, aleijados e pobres eram, de maneira geral, considerados seres inferiores. Se os povos da antiguidade tinham algum conceito de pecado, isso era resultado de um tipo de justiça sem humanidade, totalmente mecânica. “Pecado” era ser apanhado não fazendo o que o deus ou os deuses queriam. Era, antes de tudo, uma ofensa cerimonial. Com frequência, era caracterizado por uma omissão em relação aos rituais que deveriam ser oferecidos. Por causa da incerteza sobre os deuses, os povos antigos viviam sob a influência do medo e da incerteza. A vida era, na melhor das hipóteses, muito difícil; às vezes, beirava o insuportável. Quase sempre a fé religiosa piorava as coisas, ao invés de melhorar. O Deus do livro de Gênesis não poderia ser muito diferente dos outros deuses. Ele esperava que seu povo fosse diferente. Deus ofereceu aos hebreus exemplos de heróis da fé cuja vida era moralmente diferente da de seus familiares e vizinhos. Conhecê-lo afetava toda perspectiva e todos os aspectos da vida. Revolucionava a vida do indivíduo e da família em todos os setores da sociedade. Transformava atitudes para com o mundo e os relacionamentos com outras pessoas. Gênesis foi escrito para mostrar o quão diferente é o Deus verdadeiro. O único Deus que criou o mundo inteiro e é, assim, soberano de todos os povos e nações. Esboço teológico Gênesis: o Criador gera um povo I. A natureza da vida humana (1.1–11.9) A. Humanos são criados à imagem de Deus; são a coroa de sua criação (1.1–2.4). B. A natureza humana tem necessidades e limites (2.5-25). C. O pecado humano traz alienação e punição (3.1-24). D. Deus pune o orgulho e a irresponsabilidade do ser humano; no entanto, sua graça protege o pecador (4.1-15). E. A natureza humana produz façanhas culturais impressionantes e um orgulho mortal (4.16-24). F. Os seres humanos respondem a Deus, desenvolvem-se em grandes sociedades, mas buscam alívio de seus fardos (4.25–5.32). G. Deus pune a sociedade pecaminosa, mas preserva os remanescentes fiéis (6.1–8.22). H. Deus renova seu compromisso com a criatura feita à sua imagem e faz uma aliança para não repetir a punição devastadora do dilúvio (9.1-17). I. O pecado e o desrespeito estabelecem o padrão para as relações internacionais (9.18–10.32). J. O orgulho e a falta de confiança em Deus e nas outras pessoas produzem separação e falta de comunicação (11.1-9). II. A missão e a natureza da família de Deus (11.10–50.26). A. O Senhor tem um plano redentor para o mundo que criou (11.10–25.18). 1. A família de Deus originou-se em uma terra estranha (11.10-32). 2. O Senhor chama pessoas para si (12.1-9). 3. Deus castiga as nações que exploram o seu povo (12.10-20). 4. Deus renova suas promessas e bênçãos quando sua família abençoa as nações (13.1– 15.21). 5. As promessas dependem da graça de Deus, e não da astúcia humana (16.1–17.27). 6. O servo fiel de Deus intercede pelas nações ímpias (18.1–19.38). 7. Até mesmo a trapaça do servo de Deus pode resultar em bênção às nações tementes ao Senhor (20.1-18). 8. Deus cumpre as promessas que faz a sua família e às nações (21.1-21). 9. O servo de Deus obediente obtém o reconhecimento das nações (21.22-34). 10. Deus prova seu servo e renova suas promessas ao servo fiel (22.1-24). 11. O povo de Deus começa a tomar posse da terra (23.1-20). 12. Deus prova sua fidelidade à próxima geração (24.1-67). 13. Deus se importa com as tribos árabes (25.1-18). B. Deus opera por meio dos conflitos humanos para proteger seu povo e sua terra (25.19– 36.43). 1. Deus realiza seu propósito mesmo em conflitos familiares (25.19-34). 2. Deus renova suas promessas por causa da obediência das gerações antigas (26.1-5). 3. Deus soluciona conflitos internacionais a fim de preservar seu povo (26.6-35). 4. Deus dirige e abençoa seu povo e as nações, a despeito de suas disputas familiares (27.1–33.20).


31 5. A vingança e a trapaça humanas não chegam a lugar nenhum (34.1-31; compare com 49.5-7). 6. O compromisso renovado com Deus traz a renovação das promessas de sua aliança. (35.1-15). 7. A morte e o pecado não significam o fim do povo da aliança de Deus (35.16-29). 8. A liderança de Deus fica evidente até na história das nações vizinhas (36.1-43). C. Deus traz reconciliação mesmo no exílio, em uma terra inimiga (37.1–50.26). 1. O ciúme humano produz ódio, separação e tristeza (37.1-36). 2. Deus cumpre seus propósitos, a despeito do pecado, da injustiça e das concessões dos seres humanos (38.1-30). 3. A presença de Deus é a única bênção que seu servo necessita (39.1-23). 4. Deus conduz da adversidade à bênção e à responsabilidade (40.1–41.52). 5. Deus promove reconciliação por intermédio das provas, da confissão, da aceitação da responsabilidade e do perdão (41.53–45.28). 6. Deus conduz e governa mesmo em um reino estrangeiro (46.1–47.31). 7. As bênçãos patriarcais pertencem às tribos de Israel (48.1–49.33). 8. Israel deve cumprir com responsabilidade as ordens dos patriarcas (50.1-14). 9. Deus renova suas promessas a um povo perdoador e fiel (50.15-26). Conclusões teológicas O livro de Gênesis expressa como o povo de Deus recebeu sua identidade. E mostra ao povo de Deus que: 1. Nosso Deus, e somente nosso Deus, é Criador. Outros podem afirmar, mas somente Javé, Deus de Israel, tem mantido seu cuidado para com o mundo inteiro a fim de provar que ele é seu Criador e Sustentador. 2. Nossos problemas resultam da rebelião humana (do pecado), e não de alguma imperfeição, imoralidade ou falta de interesse por parte de Deus. Ele criou as pessoas e o mundo “muito bons”. O pecado é imoral e individual. 3. Nosso potencial é grande, pois somos formados à imagem de Deus e recebemos a incumbência de cuidar do universo que ele criou. 4. Nossos pecados são passíveis dos castigos de Deus. Ele não ignora aqueles que ele criou nem tolera seu pecado. Nosso pecado nos fere, magoa as outras pessoas e compromete o nosso relacionamento com Deus. Ele busca constantemente restaurar o relacionamento conosco, mas cuida o suficiente de nós para nos ensinar a respeito do perigo do pecado. A punição é uma maneira de fazer isso. 5. Nossa esperança está na redenção de Deus. O Senhor começou, desde o princípio, a trabalhar para nos redimir do pecado. Começou a lidar com aqueles que responderiam ao seu chamado, finalmente, selecionou uma pessoa e a sua família para serem seus canais de redenção a todos os povos. Cuidadosa e pacientemente, ele operou por intermédio de Abraão, de sua família e, por fim, de seus muitos descendentes para tornar as bênçãos da redenção acessíveis a todos (12.2-3). Tamanha redenção depende da graça e do amor divino, e não de esforços ou direitos humanos. 6. Nossa identidade está centrada em missões. Desde o princípio, Deus tem trabalhado para abençoar todos os povos. O povo de Deus é abençoado a fim de ser uma bênção para todas as nações. Deus escolheu ou elegeu seu povo para cumprir esse propósito missionário. 7. Nosso Deus permanece no controle do mundo. As lutas pelo poder entre as nações podem sugerir que outros deuses tenham controle, mas a história mostrará que somente Deus faz e cumpre promessas por intermédio de seu povo. Ele age de acordo com sua natureza moral. Não é arbitrário ou caprichoso, malicioso ou cruel, impotente ou indiferente. Ele trabalha redentoramente em nossa história para restaurar pessoas pecaminosas e necessitadas para si. 8. A nossa identidade se concentra na família, em seu conceito mais extenso. Deus cumpre suas promessas e seus propósitos, a despeito de nossas brigas familiares. 9. O Deus criador se revela por meio de atos próprios da graça divina, de misericórdias que se repetem e são consistentes, e da fidelidade extrema às suas promessas e seus propósitos. Ele não somente recompensa os que respondem a ele, como nos abençoa muito além do que merecemos. Também no Antigo Testamento, a história do modo como o Senhor lida conosco é uma história de graça. Ensino contemporâneo Gênesis conclama o povo de Deus hoje para entender de novo a sua identidade. Somos criaturas do único Deus criador. Como tal, precisamos aceitar a responsabilidade de cuidar do mundo que Deus criou para nós, assim como nos unir ao propósito missionário divino de abençoar todas as nações e viver como membros fiéis da família do povo de Deus. Devemos reconhecer nosso pecado como rebelião


32 contra o bom Deus criador. Devemos esperar graça e redenção por parte do Senhor. Devemos permitir que ele nos leve a abandonar os caminhos do ódio e do ciúme e trilhar seus caminhos de amor. Pela fé, devemos seguir os exemplos de Abraão, Jacó e José. Devemos deixar que o Deus soberano governe nossa história enquanto servimos a ele e a seu povo. Devemos colocar nossa confiança por completo nesse Deus soberano, em vez de confiar em algum outro suposto recurso, tal como nossas próprias habilidades, nossa inteligência ou nossos bens materiais. O Senhor não está limitado a nenhum rival, a nenhuma fraqueza ou a nenhuma circunstância. Conhecê-lo nos torna diferentes dos que estão ao nosso redor e que não o conhecem. Isso faz uma grande diferença no modo como nos relacionamos com as outras pessoas. Elas também são criadas por Deus, e têm potencial para se tornar seu povo também. Foram criadas à imagem divina. Não devemos fazer nada que as prejudique ou impeça o relacionamento delas com Deus. Devemos especialmente considerar os desprovidos, os oprimidos e os menos afortunados. O Senhor é um Deus que vem até nós e nos alcança, mesmo em nosso mundo de hoje. Ele fala conosco. Ele ainda está à procura de gente como Noé, Abraão, José e até mesmo Jacó, que responderão ao que Deus deseja fazer por intermédio da vida dessas pessoas.


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Gênesis 1

3 Disse Deus: Haja luz. E houve luz. Os seis dias da criação de Deus 4 Viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre a No princípio, criou Deus os céus e a terra. 2 A terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre luz e as trevas. a face do abismo, mas o Espírito de Deus pairava sobre 5 E Deus chamou à luz dia e às trevas, noite. E foi a a face das águas. tarde e a manhã, o dia primeiro.

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1.1 DEUS, Eterno – O primeiro versículo da Bíblia apresenta-nos a Deus. O restante da Bíblia é uma expansão do tema acerca de quem é Deus, como ele é e o que está fazendo. Deus não teve início – ele é eterno, é sem começo e sem fim. Ele causou o começo de tudo por meio de seu poder como Criador. É difícil para a mente humana entender a eternidade de Deus, uma vez que estamos enraizados no tempo e acostumados a medir a vida pela passagem do tempo. Eternidade não é apenas um tempo ilimitado, que se estende para sempre, para frente e para trás. Ela é outra dimensão de existência, e pertence somente a Deus. O tempo é uma criação divina; tempo é a experiência de uma sucessão de eventos e experiências para um ser criado. Deus existia na dimensão da eternidade quando ele ainda não havia criado o tempo. Por ser eterno, Deus está acima do tempo, assim como está acima da matéria e das pessoas que ele também criou. Mas ele pode também escolher interagir com pessoas ou coisas dentro do tempo. Nessa passagem, vemos o início de todas as coisas, mas não o começo de Deus, pois ele já existia quando o tempo veio à existência. Se Deus tivesse um começo, ele também seria uma criatura, e nós iríamos desejar adorar aquele que o trouxe à existência. Nós, criaturas humanas, não podemos explicar a existência de Deus. Ela será sempre um mistério para a mente humana. 1.2 ESPÍRITO SANTO, Criação – O Espírito de Deus participou da criação do mundo. A palavra hebraica ruach pode referir-se ao Espírito de Deus, ao espírito de uma pessoa, o sopro ou o vento. Os eruditos estão divididos sobre se a referência aqui é ao Espírito de Deus criando ou a seu fôlego soprando pelas águas. O eterno Espírito de Deus, certamente, estava presente na criação. Ele está em todo lugar associado com poder e com vida, ambos importantes na criação. Essa referência ao Espírito pode não ocultar a metáfora usada aqui. O Espírito de Deus como um sopro moveu-se ou pairou sobre as águas que cobriam a terra. Assim, ele manteve as forças caóticas sob controle. Poucos versículos associam o Espírito à criação; ele é mais frequentemente associado a indivíduos. Outras referências ao Espírito criando incluem Jó 33.4; 34.14, 15; Sl 33.6; 104.30. 1.3 CRIAÇÃO, Criador pessoal – O mundo veio a existir por meio da perfeita vontade de um Espírito livre, pessoal e autoexistente (Jo 4.24). A criação inclui todo o mundo material que nós experimentamos: a terra na qual vivemos e todo o espaço dos céus com os corpos celestiais. Os atos criativos de Deus são introduzidos por um verbo hebraico especial (bara’), do qual Deus é sempre o sujeito. O verbo distingue o modo de Deus criar de todas as experiências e comparações humanas. A criação é um ato exclusivamente divino que os seres humanos não conseguem imitar de modo perfeito. O verbo nunca tem um objeto que se refira a um material a partir do qual Deus tenha criado. Ele criou do nada. Outros verbos são usados para descrever o ato de Deus moldar materiais preexistentes em novas formas. A cria-

ção é um ato soberano de Deus motivado somente por sua vontade e realizado sem nenhum impedimento de qualquer outro poder ou ser. Veja a nota em Dt 32.6. 1.1-3 MAL E SOFRIMENTO, Origem Divina – Deus criou um mundo bom. Ele não fez nenhuma parte do mundo para ser intrinsecamente má, mas deixou o mal como uma possibilidade, uma vez que ele queria que os seres humanos fossem livres para amá-lo e para servilo. Essa liberdade requeria a possibilidade do pecado e de suas malignas consequências. Como Criador, Deus é responsável pelo mundo no qual o mal ocorre. Ele permite o mal, mas por ser bom, ele não age de maneira má. Mal é qualquer coisa ou qualquer pessoa que corrompa a bondade do mundo de Deus. Os seres humanos, ou Satanás ou os demônios podem ser a causa direta do mal e do sofrimento. Todos são seres criados que podem causar mal e sofrimento. Estes não eram parte da criação original, mas sim uma perversão da ordem criada. O mal não é um poder eterno ou uma pessoa eterna igual a Deus. 1.2 CRIAÇÃO, Terra – O mundo era, inicialmente, sem forma e vazio. O abismo (tehom, heb.) – as águas caóticas e assustadoras cobertas por trevas – não representavam uma ameaça a Deus como os elementos caóticos faziam com os deuses Criadores nos mitos das nações vizinhas de Israel. O Espírito de Deus pairava sobre eles com controle absoluto. O texto hebraico envolve um jogo de palavras. Espírito (ruach, heb.) também significa “sopro” e “vento”. O Espírito de Deus é apresentado como Deus soprando o vento sobre as águas turbulentas. O abismo, os elementos trevosos da vida que os seres humanos temem, tem estado sob o controle de Deus desde que a criação começou. 1.2 REVELAÇÃO, Autor da criação – Aquele que fez a vida revelou sua própria natureza nos atos da criação. Ele é um Deus de ordem e de propósito que se move em toda a ordem criada a fim de governar o que ele faz. Como autor de tudo que foi feito, ele é como um inventor pairando sobre sua criação, moldando-a conforme seus desígnios. A beleza, a ordem e a majestade do mundo criado mostram Deus como um Deus de ordem, de poder e de planejamento. 1.3–2.25 DEUS, Criador – Essa extensa passagem é o primeiro registro da Bíblia sobre a obra de Deus como Criador do universo. Deus tinha tanto o poder soberano como a inteligência determinada para trazer à luz a criação com uma forma ordenada e planejada de modo a, por assim dizer, agradá-lo. Quando criou, Deus obteve o que ele quis. Nada é dito nessa passagem sobre como Deus criou o mundo e todas as criaturas. Gênesis somente diz que Deus falou e, então, aconteceu. A palavra de Deus foi a ferramenta ou o instrumento que ele efetivamente usou para criar, abençoar ou castigar. Essa passagem nos dá uma verdade religiosa: que Deus criou por meio de sua palavra. Ao criar, ele trouxe as coisas à existência a partir do nada. Ele não tomou matéria previamente existente e transformou-a em novas formas de


Gênesis 1

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E disse Deus: Haja um firmamento no meio das águas e haja separação entre águas e águas. 7 Fez, pois, Deus o firmamento e separou as águas que estavam debaixo do firmamento das que estavam por cima do firmamento. E assim foi. 8 Chamou Deus ao firmamento céu. E foi a tarde e a manhã, o dia segundo. 9 E disse Deus: Ajuntem-se num só lugar as águas que estão debaixo do céu, e apareça o elemento seco. E assim foi. 10 Chamou Deus ao elemento seco terra e ao ajuntamento das águas, mares. E viu Deus que isso era bom. 11 E disse Deus: Produza a terra relva, ervas que deem semente e árvores frutíferas que, segundo as suas espécies, deem fruto que tenha em si a sua semente sobre a terra. E assim foi. 12 A terra, pois, produziu relva, ervas que davam semente segundo as suas espécies e árvores que davam fruto que tinha em si a sua semente segundo as suas espécies. E viu Deus que isso era bom. 13 E foi a tarde e a manhã, o dia terceiro. 14 E disse Deus: Haja luminares no firmamento do céu, para fazerem separação entre o dia e a noite; sejam eles para sinais, e para estações, e para dias e anos. 15 E sirvam de luminares no firmamento do céu, para alumiar a terra. E assim foi. 16 Deus, pois, fez os dois grandes luminares: o luminar

maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; fez também as estrelas. 17 E Deus os pôs no firmamento do céu para alumiar a terra. 18 Para governar o dia e a noite e para fazer separação entre a luz e as trevas. E viu Deus que isso era bom. 19 E foi a tarde e a manhã, o dia quarto. 20 E disse Deus: Produzam as águas cardumes de seres viventes; e voem as aves acima da terra no firmamento do céu. 21 Criou, pois, Deus os monstros marinhos e todos os seres viventes que se arrastam, os quais as águas produziram abundantemente segundo as suas espécies; e toda ave que voa, segundo a sua espécie. E viu Deus que isso era bom. 22 Então, Deus os abençoou, dizendo: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei as águas dos mares; e multipliquem-se as aves sobre a terra. 23 E foi a tarde e a manhã, o dia quinto. 24 E disse Deus: Produza a terra seres viventes, segundo as suas espécies: animais domésticos, répteis e animais selvagens, segundo as suas espécies. E assim foi. 25 Deus, pois, fez os animais selvagens, segundo as suas espécies, e os animais domésticos, segundo as suas espécies, e todos os répteis da terra, segundo as suas espécies. E viu Deus que isso era bom. 26 E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem,

objetos materiais. Ele começou com nada e terminou com tudo o que existe sendo criado por meio de sua poderosa palavra. 1.3–2.1 CRIAÇÃO, Progressiva – Deus moveu-se do geral para o específico e do mais baixo para o mais elevado em seu processo criativo. Ele foi ativo por seis dias e descansou no sétimo. Muitos estudiosos insistem em que “dia” (yom, heb.) pode ser entendido como indicando um período não especificado de tempo em lugar de um período de 24 horas. O sol e a lua, que marcam a mudança da noite para o dia, só foram criados no quarto dia. Dia significa horas de luz em contraste com as horas de trevas da noite (1.5). Na Bíblia hebraica, dia (yom) refere-se a um período longo e não especificado (2.4; 35.3; Lv 14.57; 2Sm 22.1; Sl 137.7; Jr 18.17; Os 10.14; Na 3.17). Diferenças de opinião nesse assunto frequentemente giram em torno da referência a “a tarde e a manhã” bem como em relação a yom. Se essas palavras forem tomadas de modo figurado, o registro pode ser mais facilmente harmonizado com teorias de uma data antiga para a Terra e um desenvolvimento gradual da vida. Tomadas literalmente, o registro pode apontar para um universo muito jovem e uma origem da vida muito rápida. Em ambos os pontos de vista, a criação do universo e da vida é um ato miraculoso de amor do Deus soberano. A ênfase central é Deus como um Criador metódico e com um propósito. 1.12, 18, 21, 25, 31 CRIAÇÃO, Bom – A frase que se repete “isso era bom” faz um contraste com registros de culturas pagãs acerca da criação que pintam o mundo

como um lugar perigoso do qual se deve escapar. O registro bíblico apresenta um mundo que pode ser desfrutado, por causa das muitas coisas maravilhosas que Deus proveu para suas criaturas. Qualquer coisa que possa ameaçar os seres humanos permanece diretamente sob o controle de Deus (vv. 2, 21). Deus não criou um mundo mau. A rebelião humana conduziu à entrada no mundo da dificuldade e da dor. 1.22, 28 SALVAÇÃO, Bênção – A salvação de Deus é sua bênção. Deus abençoou as criaturas do mar, os pássaros do ar, o homem e a mulher que havia criado. Ele lhes disse para frutificarem e se multiplicarem. Uma bênção adicional para o homem e a mulher foi que enchessem a terra e a sujeitassem. A eles foi dada a mordomia sobre o restante da criação de Deus. Compare com 5.2. Pessoas salvas são mordomos das bênçãos de Deus. 1.26-29 HUMANIDADE, Imagem de Deus – Seres humanos são criados para ser como Deus. Algum nível de semelhança física está implícito pelo uso de termos idênticos para descrever a semelhança entre Adão e seu filho Sete (5.3). Contudo, a imagem divina é muito mais importante do que isso. Ela claramente inclui autoridade e responsabilidade tanto quanto diz respeito ao mundo natural. A imagem de Deus pode também ser revelada no relacionamento de amor e de compromisso entre homem e mulher. Deus é revelado por meio do compromisso de amor de um ser humano com outro. 1.26-28 REVELAÇÃO, Autor da vida – A criação de seres humanos foi a coroação da obra de Deus. Ele conferiulhes suas características únicas ao fazê-los “à sua tselem”


35 conforme a nossa semelhança; domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todo réptil que se arrasta sobre a terra. 27 Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. 28 Então, Deus os abençoou e lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra. 29 Disse-lhes mais: Eis que vos tenho dado todas as ervas que produzem semente, as quais se acham sobre a face de toda a terra, bem como todas as árvores em que há fruto que dê semente; ser-vos-ão para mantimento. 30 E a todos os animais da terra, a todas as aves do céu e a todo ser vivente que se arrasta sobre a terra, tenho dado todas as ervas verdes como mantimento. E assim foi. 31 E viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. E foi a tarde e a manhã, o dia sexto. (semelhança, imagem do mesmo; v. 27). Desse modo, homem e mulher refletem e revelam as características do Criador. Deus tomou o controle da criação (do vazio para a ordem e a forma; v. 2). Do mesmo modo ele criou humanos para tomarem uma criação inacabada e indômita e dirigi-la e sujeitá-la como Deus o faria. 1.26-31 MORDOMIA, Administração – Tudo na criação é obra de Deus e reflete seu caráter. Portanto, ela é boa. Todas as pessoas são especiais, pois ele nos fez à sua imagem para representá-lo no mundo. Como humanos, temos um lugar especial de importância e de serviço no plano perfeito de Deus. Ele responsabilizou os humanos pela administração e cuidado de seu mundo material. Sob a autoridade Deus, devemos cumprir seu propósito em nossa vida. Ser um administrador para Deus é o alicerce da mordomia. Veja nota em 39.2-6. O pecado, contudo, corrompe a perfeita ordem de Deus. Ele distorce nossa semelhança com Deus e faz-nos tentar tomar posse da propriedade e da autoridade primárias de Deus. Veja nota em Sl 24.1. Posses materiais não são nem boas nem más em si mesmas. O mau uso egoísta delas é pecaminoso (Mt 25.4). 1.27 FAMÍLIA, Pessoalidade – A imagem de Deus é a base para definir a pessoalidade humana. Fomos criados com a capacidade de relacionar-nos com Deus como Criador e com os demais seres humanos. Isso torna possível a vida familiar. A imagem divina faz os seres humanos diferentes de todas as outras criaturas terrenas de Deus. 1.27, 28 FAMÍLIA, Natureza sexual – No propósito criativo de Deus, a vida humana é inerentemente sexual, uma vez que masculinidade e feminilidade definem a natureza física dos seres humanos. A sexualidade humana descreve todos os sentimentos sobre ser homem ou mulher que se desenvolvem da infância até a idade adulta. Esses sentimentos contribuem para nosso entendimento acerca dos papéis masculino e feminino no casamento e na família bem como em toda a sociedade. A sexualidade também se refere às várias maneiras pelas quais

Gênesis 2

O sétimo dia de descanso de Deus Assim, foram acabados os céus e a terra, com todo o seu exército. 2 Ora, havendo Deus completado no dia sétimo a obra que tinha feito, descansou nesse dia de toda a obra que fizera. 3 Abençoou Deus o sétimo dia e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que criara e fizera.

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Adão e Eva no Jardim do Éden Eis as origens dos céus e da terra, quando foram criados. No dia em que o Senhor Deus fez a terra e os céus. 5 Não havia ainda nenhuma planta do campo na terra, pois nenhuma erva do campo tinha ainda brotado; porque o Senhor Deus não tinha feito chover sobre a terra, nem havia homem para lavrar a terra. 6 Um vapor, porém, subia da terra e regava toda a face da terra. 7 E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra e 4

os desejos sexuais são aceitos e expressos nos relacionamentos humanos. Numerosas passagens bíblicas celebram o dom da sexualidade como uma bênção para a vida humana. Outras passagens ilustram como a natureza sexual de uma pessoa pode ser expressa de forma utilitária e pecaminosa. Doutrinariamente, não deve ser considerado mau por causa do julgamento de Deus sobre o uso errado que se faz dele. A natureza sexual humana é uma ideia de Deus e deve ser usada de acordo com os propósitos dele para ela. 2.4 HISTÓRIA, Linear – A história bíblica é um registro do mundo criado e de suas gerações. “Gerações” (toledoth, heb.) dá o padrão literário e teológico a Gênesis (5.1; 6.9; 10.1; 11.10, 27; 25.12, 19; 36.1, 9; 37.2). Toledoth significa tanto o registro da história de um povo como as gerações de pessoas que participam na história. A Bíblia foca-se mais nas atividades terrenas do que nas celestiais, como faziam muitos dos vizinhos de Israel. Ela aponta os novos atos de Deus para relacioná-los às novas gerações de pessoas, enquanto outras religiões focam-se em atos repetidos no mundo divino que determinam o destino do mundo humano. Assim, a criação não é uma luta mítica entre os deuses, mas uma ação terrena pela qual o único Deus prepara um lugar para as criaturas humanas com as quais deseja relacionar-se em liberdade e amor. 2.4-17 FAMÍLIA, Ambiente – Os primeiros capítulos de Gênesis apresentam o tema da apreciação pelo ambiente físico. Ao contrário das filosofias posteriores, que ensinavam que a matéria é má, a Bíblia identifica positivamente Deus como o Criador da terra e de tudo o que nela há. À vida humana foi dado um ambiente favorável para crescer e confiado com responsabilidade para seu bom uso. Essa mordomia da terra e de seus recursos é até mesmo mais essencial hoje para que as famílias sejam capazes de sobreviver material e economicamente. Veja 1.28-31. 2.7 HUMANIDADE, Natureza física – Pessoas são distintas do restante do reino animal criado por Deus pelo


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soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se alma vivente. 8 Então, plantou o Senhor Deus um jardim, da banda do Oriente, no Éden; e pôs ali o homem que tinha formado. 9 E o Senhor Deus fez brotar da terra toda qualidade de árvores agradáveis à vista e boas para comida, bem como a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal. 10 E saía um rio do Éden para regar o jardim; e dali se dividia e se tornava em quatro braços. 11 O nome do primeiro é Pisom; este é o que rodeia toda a terra de Havilá, onde há ouro. 12 E o ouro dessa terra é bom; ali há o bdélio e a pedra de berilo.

13 O nome do segundo rio é Giom; este é o que rodeia toda a terra de Cuche. 14 O nome do terceiro rio é Tigre; este é o que corre pelo oriente da Assíria. E o quarto rio é o Eufrates. 15 Tomou, pois, o Senhor Deus o homem e o pôs no jardim do Éden, para o lavrar e guardar. 16 Ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim podes comer livremente. 17 Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás. 18 Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora que lhe seja idônea. 19 Da terra formou, pois, o Senhor Deus todos os animais do campo e todas as aves do céu, e os trouxe ao

fato de elas terem sua imagem. Veja nota em 1.26-29. Os termos usados aqui para descrever a humanidade, contudo, são os mesmos usados em 1.20, 24 para descrever outras formas de vida animal. Além disso, uma vez que Deus formou seu povo do pó, qualquer base para o orgulho humano na criação é eliminada. O que traz vida ao pó humano é o sopro de Deus. Vida é um presente dele, não um direito nosso. 2.8-24 DEUS, Graça – Deus colocou o homem que acabara de criar num jardim especialmente criado e planejado para ser um lar confortável para ele. Deus criou a mulher para ser sua companheira, para partilhar a vida com ele num relacionamento de complementação e mutuamente satisfatório. A graça e a justiça de Deus são vistas em 2.16, 17, em suas instruções para Adão e Eva no que diz respeito ao que era considerado certo e errado. Por um lado, Deus desejava para eles uma vida rica e plena; por outro, Deus esperava que eles vivessem segundo os caminhos de justiça que ele havia claramente mostrado. As exigências de Deus para as pessoas não são meras regras arbitrárias pelas quais devemos viver; elas são estabelecidas para trazer o maior bem para nós. Fazer o que Deus declara ser certo é sempre para nosso melhor benefício. Essa é sua graciosa intenção. 2.9 ÚLTIMAS COISAS, a Ressurreição dos crentes – A árvore da vida aparentemente representa a disponibilidade da vida eterna para o casal no jardim. O propósito de Deus para os seres humanos sempre foi a vida, não a morte. Ele os criou com a liberdade para pecar e para escolher a morte. 2.10-14 HISTÓRIA, Linear – A Bíblia localiza todas as ações de Deus no tempo e no espaço. A história humana é a arena da ação divina mesmo com as primeiras pessoas. O primeiro casal não perdeu um lugar no céu e teve de estabelecer-se na terra – eles foram feitos da terra e a ela pertenciam. Eles perderam intimidade com Deus, a cooperação um com o outro e o ambiente, mas a intenção de Deus sempre foi ter uma história terrena com suas criaturas. 2.15 HUMANIDADE, Trabalho – O trabalho humano era parte da intenção original de Deus para seu povo. É um dom divino e não deve ser visto como punição. No trabalho humano Deus está partilhando uma fração de sua responsabilidade de cuidar do mundo que criou. Trabalho é uma parte normal da responsabilidade do povo de Deus.

2.16, 17 MAL E SOFRIMENTO, Origem humana – Como criação de Deus, os seres humanos são livres, mas têm limites. Comer da árvore do conhecimento do bem e do mal era proibido. O mal entrou na história humana quando os seres humanos se recusaram a obedecer. O mau uso da liberdade humana é frequentemente a causa direta do sofrimento. Por vezes, esta pode ser uma punição divina para o pecado. Veja nota em 3.14-24. 2.16, 17 HUMANIDADE, Consciência moral – Os mandamentos divinos e o dom da liberdade para escolher ou não obedecer estabelecem a base da consciência moral. Mandamentos sem a liberdade de escolha transformam as pessoas em autômatos. Liberdade sem orientações divinas dá base para vida e sociedade completamente instáveis. 2.16, 17 SALVAÇÃO, Liberdade humana – A liberdade de Adão e a soberania de Deus existem lado a lado na doutrina da salvação. Deus, o Criador, diz-nos o que é melhor para nós, mas somos livres para aceitar sua direção ou para rebelar-nos contra ela. Nossa liberdade faz a salvação necessária; sua soberania faz a salvação possível. 2.16, 17 ÉTICA CRISTÃ, Limites morais – Nossa liberdade ética traz consigo responsabilidade. Devemos considerar as limitações que Deus colocou sobre nós para não violarmos a liberdade de outra pessoa ou tomar os direitos de Deus para nós mesmos. 2.17 HUMANIDADE, Morte – Desde o início a morte tem sido entendida como consequência da desobediência a Deus. Somente mais tarde foi claramente revelado que a forma definitiva de morte é a espiritual, a separação de Deus. Veja Rm 8.1-13. 2.18 MAL E SOFRIMENTO, Origem divina – Todo o mundo criado era bom. Veja nota em 1.1-3. A criação da mulher reforça o caráter completamente bom da criação. Não era bom para o homem estar só. O homem não era mau, mas era incompleto e necessitava de “uma ajudadora que lhe [fosse] idônea”. O bom Deus atendeu à necessidade do homem. 2.18 HUMANIDADE, Casamento – Deus estabeleceu o casamento para atender às necessidades humanas básicas de amor e companhia. A expressão que descreve essa companheira significa, literalmente, “uma ajudadora que corresponda a ele” ou “uma ajudadora junto dele”, uma bela descrição do relacionamento que Deus deseja que haja entre marido e mulher.


37 homem, para ver como lhes chamaria; e tudo o que o homem chamou a todo ser vivente, isso foi o seu nome. 20 Assim, o homem deu nome a todos os animais domésticos, às aves do céu e a todos os animais do campo; mas para o homem não se achava ajudadora idônea. 21 Então, o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre o homem, e este adormeceu; tomou-lhe, então, uma das costelas e fechou a carne em seu lugar. 22 E da costela que o Senhor Deus lhe tomara, formou a mulher e a trouxe ao homem. 23 Então, disse o homem: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; ela será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada. 24 Portanto, deixará o homem a seu pai e a sua mãe e unir-se-á à sua mulher, e serão uma só carne. 2.18-24 FAMÍLIA, Companhia – Um dos propósitos básicos de Deus para o casamento é a companhia. Companheiros ajudam-se mutuamente, são adequados ou compatíveis um ao outro e são capazes de permanecer juntos e compartilhar sua vida pessoal. A qualidade única dessa companheira foi demonstrada pelo fato de Adão não ter conseguido encontrar uma criatura que lhe fosse correspondente entre os animais a quem ele nomeou. Edificada de uma parte do lado do homem, sua companheira idônea compartilha a mesma natureza física dele. A implicação básica do texto foca-se na similaridade entre homem e mulher e em sua mútua necessidade um do outro. Por causa dessa similaridade, ambos podem casar e estabelecer uma união de uma só carne que tem prioridade sobre todos os outros relacionamentos familiares. 2.18 FAMÍLIA, Seres sociais – A vida humana é inerentemente social e necessita de relacionamentos com outros seres humanos para um desenvolvimento satisfatório. O casamento é a resposta fundamental a essa necessidade, mas de modo geral, os seres humanos necessitam de interação com outras pessoas a fim de se tornarem completos. O contexto familiar mais amplo, de pais, irmãos, cônjuge, filhos, sogros, cunhados, genros e noras, é a unidade social básica na qual o desenvolvimento da personalidade ocorre. A Bíblia, portanto, contém muitos exemplos positivos e negativos de vida familiar a fim de instruir o povo de Deus com respeito à vida social em família. 2.21-25 HUMANIDADE, Casamento – O primeiro cântico na Bíblia foi cantado pelo homem em alegre celebração pela esposa, presente de Deus para ele. O casamento ideal ainda produz esse tipo de regozijo. Desde a criação, a unidade dentro do relacionamento conjugal é explicada em termos de ambos serem um. A ausência de vergonha nesse relacionamento aponta para seu caráter bom em todos os aspectos, incluindo o dom do sexo. Embora o primeiro casal não tivesse pais, a intenção de que o casamento deve ter prioridade sobre os vínculos pais e filhos é claramente declarada. O casamento se torna o relacionamento primário. 2.24 FAMÍLIA, Uma só carne – Os termos hebraico e grego usualmente traduzidos como “carne” referem-se ao ser humano em sua totalidade mais do que meramen-

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25 E ambos estavam nus, o homem e sua mulher; e não se envergonhavam.

O engano da serpente leva à queda de Adão e Eva Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais do campo, que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? 2 Respondeu a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim podemos comer. 3 Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais. 4 Disse a serpente à mulher: Certamente não morrereis.

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te aos aspectos sensuais ou físicos da natureza humana. Tornar-se uma só carne acontece por meio da união sexual, mas as implicações da expressão são maiores do que apenas sexuais. A união sexual cria um interrelacionamento espiritual e psicológico no qual os participantes estabelecem um vínculo que é mais do que físico. A união que gera uma só carne, portanto, estabelece um vínculo de pessoalidades que é fundamental para que o casamento dure. Essa união não destrói a personalidade dos parceiros, mas celebra a unidade de dar-se um ao outro em amor. Esse conceito tem uma qualidade mística, mas simboliza a profundidade do relacionamento matrimonial. Veja Mt 19.6; Mc 10.6-9; Ef 5.28-31. 3.1-13 MAL E SOFRIMENTO, Origem humana – A entrada do mal e do sofrimento na história humana foi devido ao pecado do homem e da mulher. A serpente proporcionou a tentação para o pecado, mas a origem da malignidade da serpente não é explicada de modo específico aqui. A serpente questionou o relacionamento entre pecado e morte (v. 4). Conhecer o bem e o mal (vv. 4, 22) não é meramente estar consciente sobre a diferença entre certo e errado. Adão e Eva já tinham isso, uma vez que conheciam a ordem de Deus de que não comessem da árvore do conhecimento do bem e do mal. Conhecer o bem e o mal sugere ter a prerrogativa ou o poder de determinar qual comportamento é certo e qual é errado. Ao comer do fruto dessa árvore, numa desobediência direta, o homem e a mulher usurparam o direito de Deus de determinar o que é bom e o que é mau. Somente ele tem o direito de definir isso. 3.4-24 PECADO, Morte – Aqui o pecado foi introduzido na história humana. Pela primeira vez, Adão e Eva foram confrontados com opções e consequências relativas ao pecado. A serpente ofereceu à mulher a escolha de desobedecer a uma ordem direta de Deus. Ela obscureceu a questão por distorcer as consequências associadas com esse ato de desobediência. “Certamente não morrereis” (v. 4) pode ser interpretado, quando muito, como meia-verdade. Com certeza, morte física não era um resultado imediato dessa ação, mas o ato de desobediência certamente introduziu o potencial para a morte na história da raça humana. A morte espiritual ou a separação de Deus entrou. Compare com 2.17. O registro não sugere que Deus fosse, em qualquer


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Porque Deus sabe que no dia em que comerdes desse fruto vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal. 6 Então, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, comeu e deu a seu marido, e ele também comeu. 7 Então, foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; pelo que coseram folhas de figueira e fizeram para si aventais. 8 E, ouvindo a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim à tardinha, esconderam-se o homem e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim. 9 Mas chamou o Senhor Deus ao homem e perguntou-

lhe: Onde estás? 10 Respondeu-lhe o homem: Ouvi a tua voz no jardim e tive medo, porque estava nu; e escondi-me. 11 Deus perguntou-lhe mais: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses? 12 Ao que respondeu o homem: A mulher que me deste por companheira deu-me da árvore, e eu comi. 13 Perguntou o Senhor Deus à mulher: Que é isto que fizeste? Respondeu a mulher: A serpente enganou-me, e eu comi. 14 Então, o Senhor Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isso, maldita serás tu dentre todos os animais domésticos, e dentre todos os animais do campo; sobre

medida, responsável pela entrada do pecado no mundo. Satanás é o único que o fez, quando enganou Eva, mas a Bíblia não ensina que o pecado humano teve sua origem nele. A origem do pecado deve ser encontrada nas ações rebeldes do primeiro casal. Desde então aquele fatídico ato pecaminoso tem infectado a humanidade como uma doença terrível. Por causa de suas ações, Adão e Eva foram afastados da presença de Deus. O pecado não somente os infectou, mas também afetou seu ambiente. “Maldita é a terra por tua causa; em fadiga comerás dela todos os dias da tua vida” (v. 17). Das bênçãos do paraíso à realidade de ganhar o sustento com o suor do rosto foi o veredicto para eles por causa do pecado. Além de afetar o ambiente à sua volta, sua desobediência também afetou sua longevidade. Apesar de não haver nenhuma declaração explícita relativamente à expectativa de vida antes do pecado deles, após Deus, de modo claro, diz-lhes que como consequência iriam morrer. Assim, por causa do pecado, a história humana tem sido castigada com aflição, sofrimento e, por fim, morte. O pecado se originou com um ato de desobediência no Éden, mas suas consequências têm permeado todos os aspectos da vida ao longo da história. 3.6 PECADO, Escolha individual – O longo e triste reinado do pecado sobre a humanidade começou com os primeiros humanos. A Bíblia não oferece explicação filosófica para a origem dele. Em lugar disso, ela narra o pecado dos primeiros habitantes da terra, ela admite um mundo no qual o pecado é possível e a tentação está presente. A fatídica escolha da mulher combinada com a disposição de seu marido de partilhar da escolha dela é o mais próximo que se consegue chegar da explicação da origem do pecado. Esse registro mostra que o pecado é individual em natureza – cada indivíduo arca com a responsabilidade por escolher pecar. Veja nota em Rm 5.12-21. 3.8-24 DEUS, Juiz – O juízo de Deus vem com certeza, se não vier rapidamente, quando nós lhe desobedecemos. Algumas vezes Deus se move de modo rápido ao trazer o juízo; em outras ele o faz lentamente, mas sempre age para julgar o pecado. Deus prefere que seu julgamento seja antes positivo e redentor a negativo e vindicador. Mesmo quando julga, Deus está amando em vez de ser vingativo. Deus contrabalançou o julgamento de Adão e Eva ao prover-lhes roupas mais adequadas do que aquelas que eles mesmos haviam feito. Embora ele os tenha levado para fora de seu protegido lugar no jar-

dim, eles não foram levados para fora do alcance do interesse amoroso de Deus com seu bem-estar. Seu trabalho agora se tornou uma atividade difícil e a vida passou a ser marcada pelo sofrimento. Ainda era possível viver no mundo de Deus, que ainda lhes daria colheita para seu trabalho. A história completa da redenção que surge conforme a Bíblia avança é prova do contínuo interesse de Deus pelo povo, apesar do pecado deste. O juízo de Deus deve ser entendido à luz de sua graça. Se seu julgamento não fosse contrabalançado por sua graça, não haveria salvação para nenhum de nós. 3.8-13 REVELAÇÃO, Presença divina – Para comunicar a presença de Deus, a Bíblia frequentemente fala dele como se tivesse forma humana. Aqui, Deus estava presente no jardim que havia feito, buscando suas criaturas, as quais haviam escolhido desobedecer as suas regras para a vida. O Deus que se revela é também o Criador que busca suas criaturas e o bem-estar delas. Tendo confiado a elas tudo o que havia feito, Deus ainda está disponível para salvar o que quer que nós destruamos: confiança, a criação, seus planos e esperanças. 3.9-20 EVANGELISMO, Chamado à salvação – Imediatamente após o pecado e a queda de nossos primeiros pais, Deus os procurou e chamou-os à salvação. Ele expressou seu juízo divino contra o pecado, convidou-os para confessar sua rebelião e, então, “cobriu-os”. O chamado à salvação sempre começa com a iniciativa de Deus. Ele chama todos os pecadores para si mesmo. Podemos confiar que Deus chamará as pessoas quando testemunharmos a elas com respeito à sua salvação. 3.12, 13 HUMANIDADE, Relacionamento com Deus – Embora claramente subordinados a Deus no relacionamento criatura/Criador, os seres humanos são também livres para fazer as próprias escolhas. Isso também é um dom de Deus. Além disso, apesar de nós procurarmos constantemente escapar da repreensão e da culpa de nossos atos, temos a consciência interior de que a escolha de nos rebelarmos foi, em última instância, totalmente nossa. 3.14-19 CRIAÇÃO, Juízo – A lei moral opera na criação de Deus. A rebelião contra ele traz punição e, por fim, a morte. O domínio humano sobre a criação não é absoluto. Deus estabeleceu limites aos quais os seres humanos têm de obedecer ou, então, sofrer as consequências. A criação é um presente de Deus e retém um elemento do mistério divino que os humanos nunca poderão conhe-


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o teu ventre andarás e pó comerás todos os dias da tua vida. 15 Porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua descendência e a sua descendência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. 16 E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a dor da tua conceição; em dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará. 17 E ao homem disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por tua

causa; em fadiga comerás dela todos os dias da tua vida. 18 Ela te produzirá espinhos e abrolhos; e comerás das ervas do campo. 19 Do suor do teu rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, porque dela foste tomado; porquanto és pó e ao pó tornarás. 20 Chamou Adão à sua mulher Eva, porque era a mãe de todos os viventes. 21 E o Senhor Deus fez túnicas de peles para Adão e sua mulher e os vestiu. 22 Então, disse o Senhor Deus: Eis que o homem se tem

cer. A doutrina da criação apresenta um chamamento aos seres humanos para confiar em Deus e não buscar liberdade absoluta. A dor, os relacionamentos quebrados, um ambiente improdutivo e fadiga ocupacional estão relacionados com a rebelião humana e não com a intenção original de Deus para a vida das pessoas. Eles representam a graciosa alternativa de Deus para a esperada sentença de morte imediata. O Criador definiu um mundo moral no qual o erro recebe, por fim, sua adequada recompensa. Ele também reagiu e reage ao erro com graça, suprindo esperança mesmo à luz do pecado humano. 3.14-24 MAL E SOFRIMENTO, Punição – Deus havia alertado o homem de que o pecado iria levá-lo à morte (2.17). A serpente questionou o alerta de Deus. Veja nota em 3.1-13. Como ilustrado aqui, algum sofrimento humano é merecido como consequência do pecado. Um Deus moral e justo pune o pecado e recompensa a obediência. Dor (vv. 16, 17) e morte físicas (vv. 19, 22) são exemplos do sofrimento merecido pelo homem e pela mulher. Trabalho e sexo não são maus; são parte da vida na boa criação de Deus, mas se tornaram associados à dor por causa da punição divina para o pecado. 3.15 JESUS CRISTO, Predito – Os cristãos leem o Antigo Testamento à luz da plena revelação de Jesus, o Messias. Ele dá o mais profundo significado e nova luz à intenção do Antigo Testamento. A doutrina de Jesus Cristo tem suas raízes nesses significados mais profundos vistos à luz de seu ministério. Esse é o primeiro refulgir do evangelho. A semente ou a descendência da mulher é Jesus (Gl 4.4). O ferimento de seu calcanhar é a crucificação. O ferimento da cabeça da serpente é a vitória provisória do maligno pela cruz (Hb 2.14) e a vitória definitiva no aparecimento final de Cristo (Ap 20.10). Os cristãos são encorajados pela vitória de Cristo do início ao fim da Bíblia (Rm 16.20). 3.15 SALVAÇÃO, Preparação – Esse versículo tem sido chamado de protoevangelho. Sua boa notícia é que a semente da mulher iria esmagar a cabeça da “serpente-tentadora”. O versículo é messiânico em princípio, apresentando um quadro do conflito que terá seu clímax na cruz. 3.15 AS ÚLTIMAS COISAS, a Derrota de Satanás – A conexão da imagem da serpente com Satanás é claramente estabelecida em Ap 12.9. A aplicação de um ferimento mortal na cabeça aponta para a vitória de Cristo na cruz (Jo 12.31; Hb 2.14). A derrota final de Satanás é revelada em Ap 20.7-10. 3.16 FAMÍLIA, Subordinação feminina – Intérpretes tradicionais veem a submissão da mulher ao marido como uma ordenança da criação que foi distorcida pela queda. Um ponto de vista mais recente é que a submissão

de Eva foi uma das consequências de sua desobediência à ordem divina e não a intenção original de Deus para maridos e mulheres. Mas a responsabilidade de liderança do homem no relacionamento matrimonial dada por Deus claramente vem antes da queda (2.15, 18). A criação da mulher como “uma ajudadora que lhe fosse idônea” sugere igualdade essencial e diversidade de papéis. Adão, por si mesmo, não era a criação perfeita que Deus tinha em mente, pois ele precisava de “uma ajudadora que fosse como ele”, ou seja, alguém para complementá-lo ou completá-lo, alguém cuja natureza correspondesse à dele. Ele precisava mais do que vaso para a geração de filhos; ele precisava de uma “ajuda”, que não é um termo degradante, uma vez que é usado também para Deus (Gn 49.25; Êx 18.4; Dt 33.7, 26; 1Sm 7.12; Is 41.10; Sl 10.14; 33.20). A palavra hebraica traduzida para “dominará” é diferente do verbo usado para o domínio do homem sobre os animais. Kenneth Mathews diz: “Não podemos entender a palavra divina ‘ele te dominará’ como uma ordem para impor dominação mais do que o v. 16 ser uma exortação para a mulher sofrer tanto quanto possível durante o parto. É uma distorção da passagem encontrar nela justificativa para a tirania masculina.” O casamento deve trazer glória para Deus por refletir o relacionamento que Cristo tem com a igreja. Ao marido é ordenado que ame sua mulher como Cristo amou a igreja, e à mulher é ordenado ser submissa a seu marido “como ao Senhor” (Ef 5.22-33). 3.17-19 HUMANIDADE, Trabalho – O trabalho não foi punição para o pecado. Em vez disso, a dificuldade, a frustração e a fadiga incessante que vêm de lidar com um ambiente indiferente tornaram-se o quinhão da humanidade. A natureza monótona desse tipo de labor leva, por fim, ao túmulo, reenfatizando o fato de que o ser humano é mortal. 3.20-24 HUMANIDADE, Natureza humana – O nome de nossos mais antigos ancestrais indica sua natureza humana. Adão significa, literalmente, “homem” ou “humanidade”, e Eva significa “vida”. O nome de Adão o distinguia dos animais, refletindo sua natureza pertencente a uma categoria separada. Originalmente criadas à imagem de Deus, as pessoas têm desfigurado sua imagem por meio do pecado delas. Mas a natureza humana permanece. Somos pessoas, seres vivos. Apesar de podermos agir de modo demoníaco ou animal, ainda somos humanos. Isso faz-nos diferentes tanto dos animais quanto dos demônios. 3.20 HISTÓRIA, Linear – A história tem sua unidade no único Deus relacionando-se com uma família de pessoas. A história tem sentido porque seus sujeitos partilham características e uma herança comum.


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tornado como um de nós, conhecendo o bem e o mal. Ora, não suceda que estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente. 23 O Senhor Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora tomado. 24 E, havendo lançado fora o homem, pôs ao oriente do jardim do Éden os querubins e uma espada flamejante que se volvia por todos os lados, para guardar o caminho da árvore da vida. Caim mata seu irmão Abel e é punido por Deus Conheceu Adão a Eva, sua mulher; ela concebeu e, tendo dado à luz a Caim, disse: Alcancei do Senhor um varão. 2 Tornou a dar à luz a um filho a seu irmão Abel. Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra. 3 Ao cabo de dias trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao Senhor. 4 Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura. Ora, atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta.

Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. Pelo que irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o semblante. 6 Então, o Senhor perguntou a Caim: Por que te iraste? E por que está descaído o teu semblante? 7 Porventura, se procederes bem, não se há de levantar o teu semblante? E se não procederes bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu desejo; Mas sobre ele tu deves dominar. 8 Falou Caim com o seu irmão Abel. E, estando eles no campo, Caim se levantou contra o seu irmão Abel e o matou. 9 Perguntou, pois, o Senhor a Caim: Onde está Abel, teu irmão? Respondeu ele: Não sei; sou eu o guarda do meu irmão? 10 E disse Deus: Que fizeste? A voz do sangue de teu irmão está clamando a mim desde a terra. 11 Agora, maldito és tu desde a terra, que abriu a sua boca para da tua mão receber o sangue de teu irmão. 12 Quando lavrares a terra, não te dará mais a sua força; fugitivo e vagabundo serás na terra. 13 Então, disse Caim ao Senhor: É maior a minha punição do que a que eu possa suportar.

4.1, 2 HUMANIDADE, Nascimento – O nascimento de uma criança é a consequência natural e esperada do casamento. Cada pessoa nascida desenvolve características e personalidade individuais, não sendo mera cópia dos pais ou de outros membros da família. 4.1,2 FAMÍLIA, Gravidez – Dar à luz e alimentar filhos é um dos objetivos bíblicos do casamento e da sexualidade. A relação sexual torna a concepção possível, mas, em última análise, a concepção e o nascimento dependem da “ajuda do Senhor”. Veja Pv 5.15-19; 1Co 7.3-5. Ter uma família grande era importante para os hebreus por muitas razões. Agricultura e pecuária requeriam a ajuda de filhos, e um pai com muitos deles ganhava o respeito dos vizinhos. Homens e mulheres consideravam os filhos como a bênção de Deus para seu casamento. Veja notas em Sl 127.3-5; 128.3-6. Compare com 1Sm 1.18-20. Mulheres interpretavam a esterilidade como uma maldição ou fracasso (Gn 30.1, 2), já que nada conheciam sobre a possível infertilidade masculina ou feminina. Esterilidade de um ou de ambos os cônjuges afeta muitos casamentos. Normalmente, problemas de saúde estão envolvidos nisso, e não um julgamento de Deus. Buscar tratamentos médicos para resolver o problema é legítimo, mas aceitar em graça uma situação insolúvel é também uma resposta cristã apropriada. A gravidez é também um objetivo fundamental do casamento, mas planejar a ocasião e o número de filhos é consistente com uma paternidade cristã responsável. O controle da natalidade não é discutido na Bíblia. Ser frutífero (1.28) não implica reprodução ilimitada. No mundo oriental, mas de modo crescente, no mundo todo, casais cristãos estão tomando decisões ponderadas sobre planejamento familiar baseados em sua fé. 4.2-11 MORDOMIA, Oferta como adoração – Nem tudo o que é dado a Deus agrada-o do mesmo modo. O que damos e como damos – nossa atitude e objetivo – são importantes. Ao dizer “Porventura, se procederes

bem…”, Deus indicou a Caim que ele precisava tornar sua oferta aceitável. Dar é vital em todo relacionamento pessoal com Deus. Veja nota em Mt 5.23, 24. 4.3-7 ADORAÇÃO, Individual – Veja nota em Êx 33.911. Quando pessoas adoram, é natural trazerem uma oferta do produto de seu trabalho. Deus não aceita todos os atos de adoração. A Bíblia não diz por que a adoração de Caim foi inaceitável. Se falharmos em agradar a Deus com nossa adoração, temos sua promessa de que seremos aceitos se fizermos o que é correto, se procedermos bem. Nós, cristãos, sabemos que Cristo deu a si mesmo uma vez por todas como um sacrifício por nós. Por meio de Cristo, e somente por meio dele, nossa adoração sempre será aceita. 4.6-12 PECADO, Escolha individual – A inveja e a ira de Caim determinaram sua decisão de matar o irmão. Essas emoções pecaminosas irromperam quando Deus aceitou o sacrifício de Abel, mas não olhou com favor para o de Caim. Nada nessa passagem pode levar alguém a assumir que Caim foi, de alguma maneira, coagido a matar o irmão. Ele arcou com a responsabilidade por sua inveja e ira pecaminosas e pelo ato pecaminoso que delas resultou. Ele não poderia culpar seus pais. Não importa quão injusta a vida pareça ser ou quão erradamente nossos antepassados tenham administrado a vida, não podemos colocar nosso pecado sobre os ombros de ninguém. Cada um de nós deve assumir a responsabilidade pelas próprias ações pecaminosas. 4.10-12 MAL E SOFRIMENTO, Punição – Caim sofreu menos do que merecia por ter assassinado Abel. Deus o alertou antecipadamente sobre sua atitude (vv. 6-7). Nenhum homem testemunhou ou puniu o crime de Caim – Deus viu como ele cometeu o crime. Ao final, todos os criminosos terão de enfrentar o julgamento de Deus, não importando quão bem tenham escapado da punição humana.

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41 Eis que hoje me lanças da face da terra; também da tua presença ficarei escondido; serei fugitivo e vagabundo na terra; e qualquer que me encontrar matar-me-á. 15 O Senhor, porém, lhe disse: Portanto, quem matar Caim, sete vezes sobre ele cairá a vingança. E pôs o Senhor um sinal em Caim, para que não o ferisse quem quer que o encontrasse. 16 Então, saiu Caim da presença do Senhor e habitou na terra de Node, ao oriente do Éden. 17 Conheceu Caim a sua mulher, a qual concebeu e deu à luz a Enoque. Caim edificou uma cidade e lhe deu o nome do filho, Enoque. 18 A Enoque nasceu Irade, e Irade gerou a Meujael, e Meujael gerou a Metusael, e Metusael gerou a Lameque. 19 Lameque tomou para si duas mulheres: o nome de uma era Ada, e o nome da outra, Zila. 20 E Ada deu à luz a Jabal; este foi o pai dos que habitam em tendas e possuem gado. 21 O nome do seu irmão era Jubal; este foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta. 22 A Zila também nasceu um filho, Tubal-Caim, fabricante de todo instrumento cortante de cobre e de ferro; e a irmã de Tubal-Caim foi Naama. 23 Disse Lameque a suas mulheres: Ada e Zila, ouvi a minha voz; escutai, mulheres de Lameque, as minhas 14

4.14, 15, 25 SALVAÇÃO, Graça – A marca em Caim era uma indicação da graça e da proteção de Deus. Sete foi dado por Deus como um substituto para Abel. A graça divina está por trás, antes, debaixo da salvação e operando nela. 4.15-26 HISTÓRIA, Promessa – De acordo com as definições seculares, a história está limitada à descrição de atividades humanas e à interpretação das causas e motivações humanas. A história bíblica centraliza-se na motivação divina ao focar-se nas promessas que Deus dá às pessoas e cumpri-las. A promessa a Caim levou à expansão geográfica e cultural da raça humana. Isso também levou a história a prosseguir sem se preocupar com a presença de Deus. Assim, a história tem dois tipos de sujeito: aqueles que se afastam de Deus e aqueles que invocam a Deus. A interação dos dois forma a base para a libertação divina de seu povo. 4.17-22 HUMANIDADE, Potencial – A linhagem rebelde de Caim é retratada como fazendo grandes avanços em várias áreas da civilização. Mais do que ser uma indicação da natureza maligna da civilização, isso é um testemunho do grande potencial de todos os seres humanos. Realizações humanas não devem ser necessariamente medidas pela espiritualidade de uma pessoa. Por um lado, muitas grandes realizações são corrompidas por aqueles que não têm o caráter espiritual para usá-las de modo adequado e voltam-nas para propósitos malignos. 4.23, 24 PECADO, Depravação – O pecado cresceu rapidamente na raça humana. Lameque matou um jovem que havia apenas pisado nele. A forma poética do texto indica a depravação do caráter de Lameque como se ele

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palavras; pois matei um homem por me ferir e um mancebo por me pisar. 24 Se Caim há de ser vingado sete vezes, com certeza, Lameque o será setenta e sete vezes. 25 Tornou Adão a conhecer sua mulher, e ela deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Sete; porque, disse ela, Deus me deu outro filho em lugar de Abel; porquanto Caim o matou. 26 A Sete também nasceu um filho, a quem pôs o nome de Enos. Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor. A linhagem da família de Adão até Noé Este é o livro das gerações de Adão. No dia em que Deus criou o homem, à semelhança de Deus o fez. 2 Homem e mulher os criou; e os abençoou, e os chamou pelo nome de homem, no dia em que foram criados. 3 Adão viveu cento e trinta anos e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e pôs-lhe o nome de Sete. 4 E foram os dias de Adão, depois que gerou a Sete, oitocentos anos; e gerou filhos e filhas. 5 Todos os dias que Adão viveu foram novecentos e trinta anos; e morreu. 6 Sete viveu cento e cinco anos e gerou a Enos.

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se gabasse de seu ato pecaminoso. Similarmente, nós muitas vezes somos tentados a exigir mais justiça do que nos é devida. Tanto a lei divina quanto a civil tenta restringir nossos impulsos pecaminosos e dar um julgamento equilibrado. O pecado nunca é motivo para nos gabarmos. Isso provoca a ira e o julgamento de Deus. 4.26 ORAÇÃO, Petição – A palavra “Enos”, assim como “Adão” (2.7), significa “homem”, mas implica fraqueza e dependência. O reconhecimento de uma necessidade por meio do nome de Enos abre a história da oração na Bíblia. Mais tarde, Abrão (12.8; 13.4) e Elias (1Rs 18.24) iriam invocar o nome do Senhor, que prometeu estar próximo de todos os que fizessem isso (Sl 145.18). 5.1-3 HUMANIDADE, Imagem de Deus – Os mesmos termos são usados para dizer que as pessoas têm a imagem de Deus e que Sete tinha a imagem de Adão. Veja nota em 1.26-29. A Bíblia enfatiza que pessoas são criaturas de Deus, o Criador. Ao mesmo tempo, a vida é passada de pai para filho nos processos normais da vida de concepção e nascimento. 5.1-32 HISTÓRIA, Linear – Veja notas em 2.4; 4.1526. As genealogias são uma forma básica de narração da história bíblica. Elas mostram como uma geração expande sua influência e habilidades ou como a história prossegue ao longo dos séculos de uma geração para outra. O assunto da história bíblica não são todos os eventos e gerações humanos; a Bíblia centraliza-se nos eventos em que Deus dá identidade a seu povo e desenvolve seus propósitos com ele. A expectativa humana de escapar dos problemas da história não constitui o tema da história (v. 29). A ação de Deus para libertar seu povo fiel ganha o centro da atenção.


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Viveu Sete, depois que gerou a Enos, oitocentos e sete anos; e gerou filhos e filhas. 8 Todos os dias de Sete foram novecentos e doze anos; e morreu. 9 Enos viveu noventa anos e gerou a Quenã. 10 Viveu Enos, depois que gerou a Quenã, oitocentos e quinze anos; e gerou filhos e filhas. 11 Todos os dias de Enos foram novecentos e cinco anos; e morreu. 12 Quenã viveu setenta anos e gerou a Maalalel. 13 Viveu Quenã, depois que gerou a Maalalel, oitocentos e quarenta anos; e gerou filhos e filhas. 14 Todos os dias de Quenã foram novecentos e dez anos; e morreu. 15 Maalalel viveu sessenta e cinco anos e gerou a Jarede. 16 Viveu Maalalel, depois que gerou a Jarede, oitocentos e trinta anos; e gerou filhos e filhas. 17 Todos os dias de Maalalel foram oitocentos e noventa e cinco anos; e morreu. 18 Jarede viveu cento e sessenta e dois anos e gerou a Enoque. 19 Viveu Jarede, depois que gerou a Enoque, oitocentos anos; e gerou filhos e filhas. 20 Todos os dias de Jarede foram novecentos e sessenta e dois anos; e morreu. 21 Enoque viveu sessenta e cinco anos e gerou a Matusalém. 22 Andou Enoque com Deus, depois que gerou a Matusalém, trezentos anos; e gerou filhos e filhas. 23 Todos os dias de Enoque foram trezentos e sessenta e cinco anos. 24 Enoque andou com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus o tomou. 7

5.24 SALVAÇÃO, Graça – Enoque não teve de morrer, pois Deus o tomou para si (Hb 11.5). Embora nós devamos morrer, a graça de Deus nos permite desfrutar doce comunhão com ele aqui e no além. 5.24 ÚLTIMAS COISAS, A morte dos crentes – A morte como resultado da vida é citada oito vezes neste capítulo de Gênesis. Esse versículo, portanto, quebra o padrão. Existência pessoal após a morte física não era claramente ensinada na literatura bíblica mais antiga. Esse versículo dá uma base para essa crença mesmo nessas primeiras genealogias. Desse e de outros modos Deus revelou que nossa vida se estende para além desse mundo. 5.24 ORAÇÃO, Comunhão com Deus – Praticamente cada atividade temporal exige andar, e o termo refere-se a todo o curso da vida. A vida de Enoque foi gasta na companhia de Deus. Veja nota em 1Jo 1.3. 5.29 PECADO, Alienação – Como sinal de sua dolorosa separação de Deus, as pessoas continuamente buscam conforto em outras fontes humanas. Futuras gerações podem oferecer nova esperança para o mundo, mas não podem resolver nosso problema de pecado. Trazer filhos ao mundo não atenua a maldição do pecado nem faz a vida mais fácil.

25 Matusalém viveu cento e oitenta e sete anos e gerou a Lameque. 26 Viveu Matusalém, depois que gerou a Lameque, setecentos e oitenta e dois anos; e gerou filhos e filhas. 27 Todos os dias de Matusalém foram novecentos e sessenta e nove anos; e morreu. 28 Lameque viveu cento e oitenta e dois anos e gerou um filho. 29 A quem chamou Noé, dizendo: Este nos consolará acerca de nossas obras e do trabalho de nossas mãos, os quais provêm da terra que o Senhor amaldiçoou. 30 Viveu Lameque, depois que gerou a Noé, quinhentos e noventa e cinco anos; e gerou filhos e filhas. 31 Todos os dias de Lameque foram setecentos e setenta e sete anos; e morreu. 32 E era Noé da idade de quinhentos anos; e gerou Noé a Sem, Cão e Jafé.

A maldade do homem entristece a Deus Sucedeu que, quando os homens começaram a multiplicar-se sobre a terra, e lhes nasceram filhas, 2 viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram. 3 Então, disse o Senhor: O meu Espírito não permanecerá para sempre no homem, porquanto ele é carne, mas os seus dias serão cento e vinte anos. 4 Naqueles dias, estavam os nefilins na terra, e também depois, quando os filhos de Deus conheceram as filhas dos homens, as quais lhes deram filhos. Esses nefilins eram os valentes, os homens de renome, que houve na antiguidade. 5 Viu o Senhor que era grande a maldade do homem

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6.5-8 DEUS, Ira – Nos dias de Noé, as normas severas de Deus exigiam que ele mostrasse sua verdadeira natureza em amor redentor por exercer justiça. A ira de Deus não é a liberação de uma emoção reprimida, como ocorre com as pessoas, mas é seu firme compromisso de cumprir seus propósitos justos. Apesar de ele ser paciente e longânimo ao nos tratar como pecadores, irá responder com formas severas de julgamento e retribuição quando necessário. Quando as pessoas não respondem de modo apropriado à maneira amorosa e graciosa com que Deus as trata, sua mão abençoadora se torna a mão que disciplina ou destrói, se necessário. Deus não anda numa montanha-russa de mudanças emocionais, amoroso num momento e irado em outro. Ele é constante, paciente e amoroso, mas também fiel e justo. Ele faz o que é necessário para cumprir seu propósito. Veja Tg 1.17. 6.5 MAL E SOFRIMENTO, Origem humana – O mal é frequentemente devido ao coração humano. O mal inclui não apenas as ações públicas externas que se opõem à vontade de Deus, mas também as intenções secretas internas. A moral humana não melhorou nem


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O justo Noé é ordenado a construir a arca Estas são as gerações de Noé. Era ele homem justo e perfeito em suas gerações e andava com Deus. 10 Gerou Noé três filhos: Sem, Cão e Jafé. 11 A terra, porém, estava corrompida diante de Deus e cheia de violência. 12 Viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra. 13 Então, disse Deus a Noé: O fim de toda carne é chegado perante mim; porque a terra está cheia da violência dos homens; eis que os destruirei juntamente com a terra. 14 Faze para ti uma arca de madeira de gôfer: farás compartimentos na arca e a revestirás de betume por

dentro e por fora. 15 Desta maneira a farás: o comprimento da arca será de trezentos côvados, a sua largura, de cinquenta, e a sua altura, de trinta. 16 Farás na arca uma janela e lhe darás um côvado de altura; e a porta da arca porás no seu lado; fála-ás com andares, baixo, segundo e terceiro. 17 Porque eis que eu trago o dilúvio sobre a terra, para destruir, de debaixo do céu, toda carne em que há espírito de vida; tudo o que há na terra expirará. 18 Mas contigo estabelecerei o meu pacto; entrarás na arca, tu e contigo teus filhos, tua mulher e as mulheres de teus filhos. 19 De tudo o que vive, de toda carne, dois de cada espécie, farás entrar na arca, para os conservares vivos contigo; macho e fêmea serão. 20 Das aves segundo as suas espécies, do gado segundo as suas espécies, de todo réptil da terra segundo as suas espécies, dois de cada espécie virão a ti, para os conservares em vida. 21 Leva contigo de tudo o que se come e ajunta-o para ti; e te será para alimento, a ti e a eles. 22 Assim fez Noé; segundo tudo o que Deus lhe mandou, assim o fez.

melhora conforme as gerações passam. Os seres humanos não escolhem naturalmente fazer o bem. Somos mais inclinados para o mal. Veja nota em 8.21-22. 6.5 PECADO, Depravação – Ao ver o avanço do mal dentro da humanidade, Deus entristeceu-se por tê-la criado. Esse texto indica que a inclinação natural da humanidade é para o mal. Em teologia isso é chamado de depravação. Ela pode ser definida como uma distorção moral ou perversão. Se a depravação é a causa do pecado ou se o pecado é a causa da depravação não é discutido aqui. O que está claro, contudo, é que, quando a humanidade é deixada a suas próprias inclinações, o resultado é pecado. A causa da depravação não é discutida detalhadamente na Bíblia. Há passagens que podem ser interpretadas como indicando que a depravação da humanidade é herdada. Veja notas em Sl 51.5; Ef 2.1-3. Outros textos parecem afirmar que é devida à escolha humana. Veja notas em Ez 18.1-32; Rm 1.18-25. Qualquer que seja a conclusão a que se chegue, a Bíblia ensina de modo conclusivo que a condição depravada da humanidade resulta em pecado universal. 6.6-13 MAL E SOFRIMENTO, Punição – A resposta de Deus ao mal humano pode ser uma punição radical. Ele escolheu destruir a ordem criada dominada pelo pecado humano. Deus experimentou pesar, arrependimento e desapontamento por nossa falha em cumprir sua vontade, mas isso não o fez mudar a decisão de punir os pecadores. Mesmo na punição, sua graça leva à recompensa da obediência fiel e a um novo começo. Veja nota em Êx 22.22-27. 6.9 SALVAÇÃO, Graça – A graça de Deus é seu favor

imerecido. Ele favorece aqueles que, como Noé, são corretos em caráter e conduta e podem ser usados em seus propósitos. Compare com 5.24. 6.9 HISTÓRIA, Linear – Veja nota em 2.4. A história ganha significado pelas ações de Deus para vencer o que lhe entristece quando cria novas oportunidades de vida para aqueles que o agradam. Desse modo, a história é um registro contínuo de julgamentos e libertações conforme Deus procura estabelecer seus propósitos na terra. 6.9, 22 ÉTICA CRISTÃ, Imperativos morais – A chave para a descrição de Noé é que ele comprometeu-se com os mandamentos de Deus. Como criaturas de Deus, podemos viver sob as expectativas celestiais de conduta. Deus coloca imperativos sobre nós, e nossa responsabilidade é atender a eles. Como cristãos, iremos andar com Deus pela vida. Também andaremos com outras pessoas, levando em consideração as expectativas da sociedade. Devemos ser justos, vivendo de tal modo que as consequências de nossas ações acarretem resultados para outras pessoas tanto em curto prazo quanto para a longa trajetória da vida. Assim, nossas decisões éticas também envolvem aspectos teológicos, sociais, relacionais e aspectos consequentes. Uma base unilateral para a ética não é suficiente para atender os padrões bíblicos. 6.9 ORAÇÃO, Comunhão com Deus – Veja nota em 5.24. 6.18 A IGREJA, Povo do pacto – A primeira promessa do pacto de Deus veio com seu anúncio do julgamento devastador. Como povo do pacto de Deus, devemos nossa existência à misericórdia de Deus. Em sua misericórdia, ele busca purificar-nos e redimir-nos. Veja nota em 9.8-17.

na terra, e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era má continuamente. 6 Então, arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração. 7 E disse o Senhor: Destruirei da face da terra o homem que criei, tanto o homem como o animal, os répteis e as aves do céu; porque me arrependo de os haver feito. 8 Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor. 9


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Nesse mesmo dia entrou Noé na arca, e juntamente com ele seus filhos Sem, Cão e Jafé, como também sua mulher e as três mulheres de seus filhos. 14 E com eles todo animal segundo a sua espécie, todo gado segundo a sua espécie, todo réptil que se arrasta sobre a terra segundo a sua espécie e toda ave segundo a sua espécie, pássaros de toda qualidade. 15 Entraram para junto de Noé na arca, dois a dois de toda carne em que havia espírito de vida. 16 E os que entraram eram macho e fêmea de toda carne, como Deus lhe tinha ordenado; e o Senhor o fechou dentro. 17 Veio o dilúvio sobre a terra durante quarenta dias; e as águas cresceram e levantaram a arca, e ela se elevou por cima da terra. 18 Prevaleceram as águas e cresceram grandemente sobre a terra; e a arca vagava sobre as águas. 19 As águas prevaleceram excessivamente sobre a terra; e todos os altos montes que havia debaixo do céu foram cobertos. 20 Quinze côvados acima deles prevaleceram as águas; e assim foram cobertos. 21 Pereceu toda carne que se movia sobre a terra, tanto ave como gado, animais selvagens, todo réptil que se arrasta sobre a terra, e todo homem. O dilúvio dura quarenta dias e quarenta 22 Tudo o que tinha fôlego do espírito de vida em suas noites narinas, tudo o que havia na terra seca, morreu. 11 No ano seiscentos da vida de Noé, no mês segundo, 23 Assim, foram exterminadas todas as criaturas que aos dezessete dias do mês, romperam-se todas as fontes havia sobre a face da terra, tanto o homem como o do grande abismo, e as janelas do céu se abriram. gado, o réptil, e as aves do céu; todos foram extermi12 E caiu chuva sobre a terra quarenta dias e quarenta nados da terra; ficou somente Noé e os que com ele noites. estavam na arca. Noé, sua família e os animais entram na arca Depois, disse o Senhor a Noé: Entra na arca, tu e toda a tua casa, porque tenho visto que és justo diante de mim nesta geração. 2 De todos os animais limpos levarás contigo sete e sete, o macho e sua fêmea. 3 Também das aves do céu, sete e sete, macho e fêmea, para se conservar em vida sua espécie sobre a face de toda a terra. 4 Porque, passados ainda sete dias, farei chover sobre a terra quarenta dias e quarenta noites; e exterminarei da face da terra todas as criaturas que fiz. 5 E Noé fez segundo tudo o que o Senhor lhe ordenara. 6 Tinha Noé seiscentos anos de idade, quando o dilúvio veio sobre a terra. 7 Noé entrou na arca com seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos, por causa das águas do dilúvio. 8 Dos animais limpos e dos que não são limpos, das aves, e de todo réptil sobre a terra. 9 Entraram dois a dois para junto de Noé na arca, macho e fêmea, como Deus ordenara a Noé. 10 Passados os sete dias, vieram sobre a terra as águas do dilúvio.

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7.1–9.17 MILAGRE, Redenção – Esses milagres deveriam gerar em nós a mesma admiração e o mesmo maravilhamento que geraram nas primeiras testemunhas. Eles têm um propósito redentor, pois mostram o poder e o objetivo de Deus de salvar e de julgar. Desapontado com o pecado humano, Deus trouxe um dilúvio incomparável para destruir os pecadores, mas também resgatou miraculosamente uma família e animais representativos para começar novamente. A ênfase está na misericórdia salvadora de Deus mesmo quando ele permanece o Senhor soberano da criação. Para realizar seus milagres, Deus usou a ordem natural: chuva, arco-íris e animais. Ele usou as pessoas que quis salvar para anunciar o milagre, para cooperar com ele e para interpretá-lo. Deus fez com que tudo acontecesse de acordo com seu cronograma para seus propósitos. Uma parte maravilhosa desse milagre é a solene promessa de Deus de nunca mais repeti-lo. 7.1, 5 ÉTICA CRISTÃ, Imperativos morais – Veja nota em 6.9, 22. 7.1, 7; 9.1, 2 FAMÍLIA, Aceitação do pacto – No meio de uma geração que corrompia o mundo de Deus, Noé e sua família foram encontrados fiéis o suficiente para

serem poupados do julgamento da destruição pelo dilúvio. Após as águas baixarem, Deus estabeleceu seu pacto com Noé e sua família. Esse pacto reafirmou a intenção criativa de Deus pelos seres humanos e incluiu uma nova e poderosa declaração do valor da vida criada à sua imagem. A aceitação dos relacionamentos do pacto com Deus por parte das famílias é central nas exigências divinas no Antigo Testamento. O cumprimento definitivo disso está na aceitação do pacto da graça em Jesus Cristo. Veja nota em Ef 5.21. 7.15, 22 CRIAÇÃO, Julgamento – Deus amava sua criação, mas, quando ela desafiou seus padrões morais, ele soube que precisava vindicar sua santidade por enviar punição. No entanto, porque a criação era boa, ele desejou preservá-la – estabeleceu a propagação como seu método de perpetuar o que criara. Mesmo quando pune os pecadores, Deus faz com que a propagação das espécies continue. Podemos estar certos de que o mundo de Deus seguirá até quando ele consumar a história com o retorno de Cristo. O mundo é constituído de tal modo que se ajusta a qualquer choque ou tragédia. Deus controla o destino da criação.

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E prevaleceram as águas sobre a terra cento e cin- ba; e esta não tornou mais a ele. 13 No ano seiscentos e um, no mês primeiro, no primeiro quenta dias. dia do mês, secaram-se as águas de sobre a terra. Então, A descida das águas leva a arca a pousar Noé tirou a cobertura da arca e olhou, e eis que a face nos montes de Arará Deus lembrou-se de Noé, de todos os animais e de da terra estava enxuta. 14 todo o gado, que estavam com ele na arca; e Deus No segundo mês, aos vinte e sete dias do mês, a terra fez passar um vento sobre a terra, e as águas começaram estava seca. 24

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a diminuir. 2 Cerraram-se as fontes do abismo e as janelas do céu, e a chuva do céu se deteve. 3 As águas se foram retirando de sobre a terra; no fim de cento e cinquenta dias, começaram a minguar. 4 No sétimo mês, no dia dezessete do mês, repousou a arca sobre os montes de Arará. 5 E as águas foram minguando até ao décimo mês; no décimo mês, no primeiro dia do mês, apareceram os cumes dos montes. 6 Ao cabo de quarenta dias, abriu Noé a janela que havia feito na arca. 7 Soltou um corvo que, saindo, ia e voltava até que as águas se secaram de sobre a terra. 8 Depois, soltou uma pomba, para ver se as águas tinham minguado de sobre a face da terra. 9 Mas a pomba não achou onde pousar a planta do pé e voltou a ele para a arca; porque as águas ainda estavam sobre a face de toda a terra; e Noé, estendendo a mão, tomou-a e a recolheu consigo na arca. 10 Esperou ainda outros sete dias e tornou a soltar a pomba fora da arca. 11 À tardinha, a pomba voltou para ele, e eis no seu bico uma folha verde de oliveira; assim soube Noé que as águas tinham minguado de sobre a terra. 12 Então, esperou ainda outros sete dias e soltou a pom-

A arca é esvaziada e Noé adora a Deus 15 Então, falou Deus a Noé, dizendo: 16 Sai da arca, tu, e juntamente contigo tua mulher, teus filhos e as mulheres de teus filhos. 17 Todos os animais que estão contigo, de toda carne, tanto aves como gado, e todo réptil que se arrasta sobre a terra, traze-os para fora contigo; para que se reproduzam abundantemente na terra, frutifiquem e se multipliquem sobre a terra. 18 Então, saiu Noé, e com ele seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos. 19 Todo animal, todo réptil e toda ave, tudo o que se move sobre a terra, segundo as suas famílias, saiu da arca. 20 Edificou Noé um altar ao Senhor; e tomou de todo animal limpo e de toda ave limpa e ofereceu holocaustos sobre o altar. 21 Sentiu o Senhor o suave cheiro e disse em seu coração: Não tornarei mais a amaldiçoar a terra por causa do homem; porque a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice; nem tornarei mais a ferir todo vivente, como acabo de fazer. 22 Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite.

8.1 DEUS, Fidelidade – Deus fielmente mantém sua promessa a Noé de que ele e sua família seriam salvos durante o dilúvio que destruiu o restante da humanidade. Deus sempre se lembra de suas promessas e é fiel ao seu povo. Sua fidelidade se deriva de dois de seus atributos básicos: amor e justiça. 8.20 ORAÇÃO, Ações de graças – Considerando-se a destruição da vida animal no dilúvio, esse sacrifício foi muito precioso. A gratidão de Noé foi expressa por oferecer algo muito valioso para ele. Noé, Abraão, Isaque e Jacó construíram altares (12.8; 26.25; 35.7) em gratidão a Deus. Veja notas em 12.7, 8; Lv 1.9. 8.21, 22 MAL E SOFRIMENTO, Origem natural – O mal do coração humano (6.5) continuou após o dilúvio. Em sua graça, Deus decidiu suportar o mal humano em lugar de destruir toda a vida. Assim, o mal humano é parte contínua da vida na criação de Deus até que Cristo venha novamente. Esse mal não ameaça a ordem natural, pois Deus mantém controle de sua criação e promete a passagem regular das estações do ano. Ele não prometeu que nunca teríamos desastres naturais, mas afirma seu controle sobre a natureza.

8.21 PECADO, Depravação – Apesar de a Bíblia não apresentar argumentos filosóficos ou sistemáticos com respeito à depravação da humanidade ou à causa dela, o fato da universalidade do pecado é afirmado em todo lugar do texto sagrado. Por meio do pecado de Adão, o pecado e a morte entraram no mundo, trazendo condenação a todos os seres humanos. Veja notas em 6.5; Rm 5.12-21. 8.21 SALVAÇÃO, Graça – Todas as pessoas desde Noé têm sido abençoados por causa do pacto de Deus com ele. Veja nota em Hb 11.7. 8.22 CRIAÇÃO, Esperança – Deus prometeu àqueles que sobreviveram ao dilúvio que as forças da natureza agiriam com predizível harmonia. Portanto, as pessoas seriam capazes de planejar o futuro com a certeza de que semeadura e colheita aconteceriam. Os fatos constantes da criação permanecem nas mãos de Deus como um modo de oferecer esperança para seu povo. 8.22 HISTÓRIA, Promessa – A história ganha estabilidade e continuidade por meio das promessas de Deus, não por meio das realizações humanas.


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46 Mas vós frutificai e multiplicai-vos; povoai abundantemente a terra e multiplicai-vos nela. 8 Disse também Deus a Noé e a seus filhos com ele. 9 Eis que eu estabeleço o meu pacto convosco, e com a vossa descendência depois de vós. 10 E com todo ser vivente que convosco está: com as aves, com o gado e com todo animal da terra; com todos os que saíram da arca, sim, com todo animal da terra. 11 Sim, estabeleço o meu pacto convosco; não será mais destruída toda a carne pelas águas do dilúvio; e não haverá mais dilúvio para destruir a terra. 12 E disse Deus: Este é o sinal do pacto que firmo entre mim e vós e todo ser vivente que está convosco, por gerações perpétuas. 13 O meu arco tenho posto nas nuvens, e ele será por sinal de haver um pacto entre mim e a terra. 14 E acontecerá que, quando eu trouxer nuvens sobre a terra, e aparecer o arco nas nuvens.

O arco-íris confirma o pacto de Deus Abençoou Deus a Noé e a seus filhos e disse-lhes: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra. 2 Terão medo e pavor de vós todo animal da terra, toda ave do céu, tudo o que se move sobre a terra e todos os peixes do mar; nas vossas mãos são entregues. 3 Tudo quanto se move e vive vos servirá de mantimento, bem como a erva verde; tudo vos tenho dado. 4 A carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis. 5 Certamente requererei o vosso sangue, o sangue da vossa vida; de todo animal o requererei; como também do homem, sim, da mão do irmão de cada um requererei a vida do homem. 6 Quem derramar sangue de homem, pelo homem terá o seu sangue derramado; porque Deus fez o homem à sua imagem.

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9.1-6 HUMANIDADE, Responsabilidade – Uma parte do ser que é à imagem de Deus é a responsabilidade. Veja nota em 1.26-29. Ela está focada no fato de que somente Deus pode dar a vida. Isso também envolve o uso responsável, por parte das pessoas, da capacidade de procriar-se. Além disso, a responsabilidade humana inclui o exercício adequado do controle sobre todo o resto do mundo e de suas criaturas. Para detalhes sobre a relação entre vida e sangue, veja a nota em Lv 17.11. 9.4-11 ÉTICA CRISTÃ, Limites morais – Os limites éticos podem ser definidos por meio de contratos. Deus faz pactos ou contratos com seu povo assinalando os limites de vida aceitáveis para ele. Porque é bom, ele sabe que os limites que estabelece são bons para nós. Devemos honrar a vida de todas as suas criaturas. Veja nota em Dt 12.23-25. 9.7 HISTÓRIA, Linear – A procriação humana e a vida familiar fazem a história continuar. Essa realidade humana fundamental é baseada no ato criativo e na bênção de Deus. As nações vizinhas a Israel celebravam a procriação divina que povoava o mundo celestial e estabelecia os elementos naturais. O Deus de Israel celebrava a procriação humana que cumpria seus propósitos. 9.8-17 DEUS, Pessoal – Deus expressa seu relacionamento com o povo em termos de pacto, de uma promessa pessoal solene ou de um acordo. Deus inicia o pacto e escolhe ser gracioso para com seus escolhidos. O pacto é a expressão exterior da disposição interior do coração de Deus. Por meio do pacto anunciado aqui, ele mostrou que está pessoalmente interessado em toda a humanidade por vir e que tem uma disposição benevolente com respeito a todos. 9.8-17 CRIAÇÃO, Esperança – Essa promessa divina ou pacto garante a continuidade da vida humana e da criação. Deus comprometeu-se com um mundo estável no qual ele está trabalhando a fim de estabelecer seu reino. Os seres humanos podem planejar o futuro, seguros de que a vida na terra continuará até que Cristo venha. 9.8-17 IGREJA, Povo do pacto – Deus cumpre suas promessas. Veja nota em 6.18. O que prometeu fazer para Noé, Deus fez. Ele baseia seu trabalho com seu povo

em sua própria graça, não em qualquer bondade que as pessoas tenham ou demonstrem. Um pacto estabelece um relacionamento. Nos tempos antigos, pactos eram comuns entre muitos povos. Eles podiam ser feitos entre participantes iguais ou, mais frequentemente, entre participantes superiores e inferiores. Reis vitoriosos faziam pactos com reis derrotados, que definiam o relacionamento a ser mantido entre as partes e o que era exigido de cada uma. De modo singular, o pacto de Deus com Noé não requeria cláusulas. Deus entra livremente em relacionamento com seu povo. Ele deseja conhecer os seus e ser conhecido por eles. Esse primeiro pacto bíblico explícito revelou que Deus faz pactos com o objetivo de abençoar todas as pessoas. Desse modo, isso preparou o caminho para todos os outros pactos. O Senhor está envolvido intimamente com toda a terra. Ele criou o mundo, enviou as águas do dilúvio e fez um pacto com a terra e todos seus habitantes. Deus abençoa seu povo com promessas que são seguras e firmes. As pessoas estavam preocupadas com cada nuvem de chuva, mas o Senhor deu um sinal de seus constantes cuidados e vigilância. Esse pacto eterno permanece efetivo. Deus continua a guardar sua criação. O arco-íris é um sinal do infalível cuidado de Deus. A promessa não proíbe Deus de fazer o julgamento final de seu universo. Veja nota em Êx 19.4-8. 9.12-16 REVELAÇÃO, Autor da graça – O pacto da graça revela Deus como o autor da criação e da esperança. Ele se comprometeu a redimir a criação e ofereceu um sinal para todos verem. Os seres humanos são assim lembrados diariamente do pacto que Deus fez e do qual nós esquecemos. Aqui Deus ofereceu outra janela pela qual podemos vislumbrar seu coração: Ele não quer destruir o que fez; antes, deseja redimir, salvar e sustentar. Os antigos observavam muitos dos sinais da natureza como revelação da obra de Deus. A Bíblia vê o arco-íris como um símbolo de esperança e de perdão. Deus está sempre presente para reavivar seus sonhos e planos para os seres humanos. Cada dia e noite são claros lembretes de seu poder e de seu cuidado presente no universo: sem a presença do bem como

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Então, me lembrarei do meu pacto, que está entre 29 E foram todos os dias de Noé novecentos e cinquenta mim e vós e todo ser vivente de toda carne; e as águas não anos; e morreu. se tornarão mais em dilúvio para destruir toda carne. Genealogia dos filhos de Noé: Sem, Cão e 16 O arco estará nas nuvens, e olharei para ele a Jafé fim de me lembrar do pacto perpétuo entre Deus e Estas, pois, são as gerações dos filhos de Noé: todo ser vivente de toda carne que está sobre a terra. Sem, Cão e Jafé, aos quais nasceram filhos depois 17 Disse Deus a Noé ainda: Este é o sinal do pacto do dilúvio. que tenho estabelecido entre mim e toda carne que 2 Os filhos de Jafé: Gomer, Magogue, Madai, Java, está sobre a terra. Tubal, Meseque e Tiras. Noé amaldiçoa Canaã, mas abençoa Sem 3 Os filhos de Gomer: Asquenaz, Rifate e Togarma. e Jafé 4 Os filhos de Javã: Elisá, Társis, Quitim e Dodanim. 18 Ora, os filhos de Noé, que saíram da arca, foram 5 Por estes foram repartidas as ilhas das nações nas suas Sem, Cão e Jafé; e Cão é o pai de Canaã. terras, cada qual segundo a sua língua, segundo as suas 19 Estes três foram os filhos de Noé; e destes foi povoada famílias, entre as suas nações. toda a terra. 6 Os filhos de Cão: Cuche, Mizraim, Pute e Canaã. 20 E começou Noé a cultivar a terra e plantou uma vinha. 7 Os filhos de Cuche: Seba, Havilá, Sabtá, Raamá e 21 Bebeu do vinho e embriagou-se; e achava-se nu dentro Sabtecá; e os filhos de Raamá são Sebá e Dedã. da sua tenda. 8 Cuche também gerou a Ninrode, o qual foi o primeiro 22 E Cão, pai de Canaã, viu a nudez de seu pai e o contou a ser poderoso na terra. a seus dois irmãos que estavam fora. 9 Ele era poderoso caçador diante do Senhor; pelo que 23 Então, tomaram Sem e Jafé uma capa e puseram-na se diz: Como Ninrode, poderoso caçador diante do sobre os seus ombros; e, andando virados para trás, Senhor. cobriram a nudez de seu pai, tendo o rosto virado, de 10 O princípio do seu reino foi Babel, Ereque, Acade e maneira que não viram a nudez de seu pai. Calné, na terra de Sinar. 24 Despertado que foi Noé do seu vinho, soube o que 11 Desta mesma terra saiu ele para a Assíria e edificou seu filho mais moço lhe fizera. Nínive, Reobote-Ir, Calá. 25 E disse: Maldito seja Canaã; servo dos servos será 12 E Résen entre Nínive e Calá (esta é a grande cidade). de seus irmãos. 13 Mizraim gerou a Ludim, Anamim, Leabim, Naf26 Disse mais: Bendito seja o Senhor, o Deus de Sem; tuim. e seja-lhe Canaã por servo. 14 Patrusim, Casluim (donde saíram os filisteus) e 27 Alargue Deus a Jafé, e habite Jafé nas tendas de Sem; Caftorim. e seja-lhe Canaã por servo. 15 Canaã gerou a Sidom, seu primogênito, e Hete. 16 E ao jebuseu, o amorreu, o girgaseu. Idade e morte de Noé 28 Viveu Noé, depois do dilúvio, trezentos e cinquenta 17 O heveu, o arqueu, o sineu, 18 O arvadeu, o zemareu e o hamateu. Depois, se esanos. 15

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a constante intenção de Deus revelada no mundo as pessoas iriam se desesperar. A mais antiga revelação do Divino está também imediatamente associada a compromisso. Ele é um Deus que mantém suas promessas, mesmo se as pessoas não o fizerem. 9.18-19 HISTÓRIA, Linear – Veja notas em 5.1-32; 10.1-32. 9.20-27 HISTÓRIA, Moral – A história repousa sobre um alicerce imoral. O tratamento indecente que Cão deu ao pai trouxe desgraça e servidão a sua família. A base moral da história deriva-se da natureza moral e dos propósitos de Deus, que dirige a história. 9.21 ÉTICA CRISTÃ, Álcool – O lado feio do uso do álcool fica evidente muito cedo na história humana. Embriaguez é errada, não somente pelo que faz ao indivíduo, mas também por causa de seus efeitos nos relacionamentos familiares. 9.24-27 ORAÇÃO, Petição – O que parece ser uma oração estranha era, na verdade, um reconhecimento

diante de Deus do caráter desses filhos. Os mais estreitos vínculos da estrutura familiar dos dias patriarcais possibilitariam que a piedade fosse propagada (18.19; Sl 103.17), bem como a impiedade (Êx 20.5). As gerações futuras seriam responsáveis pelos próprios pecados. Dos filhos de Cão eram os cananitas, cuja adoração a Baal iria atormentar Israel no futuro. 10.1-32 HISTÓRIA, Universal – A história envolve nações, não apenas indivíduos. A lista das nações usa formas genealógicas para descrever o surgimento de poderes internacionais e de seus rivais. Nações não são realidades eternas, mas desenvolvimentos históricos derivando-se do chamamento de Deus para que os indivíduos fossem frutíferos. Essa lista dá testemunho do interesse universal de Deus. Não importa quão estreita a história bíblica possa parecer por focar-se unicamente na família de Abrão, seu contexto universal provê a interpretação teológica para esse foco. Veja notas em 5.1-32; 9.7.


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palharam as famílias dos cananeus. 19 Foi o termo dos cananeus desde Sidom, em direção a Gerar, até Gaza; e daí, em direção a Sodoma, Gomorra, Admá e Zeboim, até Lasa. 20 São esses os filhos de Cão, segundo as suas famílias, segundo as suas línguas, em suas terras, em suas nações. 21 A Sem, que foi o pai de todos os filhos de Eber e irmão mais velho de Jafé, a ele também nasceram filhos. 22 Os filhos de Sem foram: Elão, Assur, Arfaxade, Lude e Arã. 23 Os filhos de Arã: Uz, Hul, Geter e Más. 24 Arfaxade gerou a Selá; e Selá gerou a Eber. 25 A Eber nasceram dois filhos: O nome de um foi Pelegue, porque nos seus dias foi dividida a terra; e o nome de seu irmão foi Joctã. 26 Joctã gerou a Almodá, Selefe, Hazarmavé, Jerá. 27 Hadorão, Usal, Dicla. 28 Obal, Abimael, Sebá. 29 Ofir, Havilá e Jobabe; todos esses foram filhos de Joctã. 30 E foi a sua habitação desde Messa até Sefar, montanha do Oriente. 31 Esses são os filhos de Sem, segundo as suas famílias, segundo as suas línguas, em suas terras, segundo as suas nações. 32 Essas são as famílias dos filhos de Noé, segundo as suas gerações, em suas nações; e delas foram disseminadas as nações na terra depois do dilúvio. 11.1-9 MILAGRE, Criação contínua – Os poderes criativos de Deus não foram aposentados após os primeiros sete dias da história do mundo. Ele continuou a usá-los mesmo ao responder ao pecado humano a fim de cumprir seus propósitos criativos últimos. Ele não desejava que uma grande parte do mundo permanecesse desabitada. O orgulho e a arrogância humanos produziram a Torre de Babel. Deus respondeu com um juízo limitado: ele espalhou a população pela terra e causou a diversidade de linguagens. Esse juízo miraculoso criou uma nova situação humana, que exigia um novo estágio no trabalho missionário de Deus para redimir todas as pessoas. 11.1-9 HUMANIDADE, Potencial – A avaliação do próprio Deus sobre o potencial humano é um dos melhores elogios dados à humanidade em qualquer passagem da Bíblia (v. 6). Esforços cooperativos que são unificados e irrestritos podem ter resultados quase ilimitados. As realizações da era de Babel testemunham de uma tecnologia altamente avançada. Elas, nos tempos contemporâneos, podem certamente ser usadas numa tentativa de frustrar os propósitos de Deus para suas criaturas humanas. A herança linguística comum da humanidade serve de evidência adicional do inter-relacionamento de todas as pessoas. Veja 3.20. 11.4 PECADO, Rebelião – Deus criou os seres humanos para terem comunhão com ele e desfrutarem dos privilégios de servir a seu Criador. Em lugar disso, as pessoas escolheram servir a seu próprio orgulho e egoísmo. Em

A torre de Babel Ora, toda a terra tinha uma só língua e um só idioma. 2 E, deslocando-se os homens para o oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e ali habitaram. 3 Disseram uns aos outros: Eia, pois, façamos tijolos e queimemo-los bem. Os tijolos lhes serviram de pedras, e o betume, de argamassa. 4 Disseram mais: Eia, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo cume toque no céu, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra. 5 Então, desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam. 6 E disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma só língua; e isto é o que começam a fazer; agora não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer. 7 Eia, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que não entenda um a língua do outro. 8 Assim, o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade. 9 Por isso, se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu o Senhor a linguagem de toda a terra, e dali o Senhor os espalhou sobre a face de toda a terra.

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Genealogia de Sem Estas são as gerações, de Sem. Tinha ele cem anos quando gerou a Arfaxade, dois anos depois do dilúvio. 10

vez de confiar em Deus para protegê-las e preservar sua comunidade, elas tomaram o assunto nas próprias mãos. Rebelião contra Deus no nível individual ou comunitário é pecado. Somos chamados para confiar no Criador, não para usurpar seu lugar. 11.9 HISTÓRIA, Deus – A história bíblica é a narrativa dos atos de Deus. A história secular descreveria eventos políticos, personalidades e estratégias para explicar problemas internacionais de comunicação e blocos de poder. A Bíblia vê os propósitos e as ações de Deus por trás de todos os principais períodos da história. Essa interpretação teocêntrica vem da experiência espiritual pessoal e da fé. Uma interpretação assim não atende ao critério do historiador secular de evidências concretas e empíricas. Ela provê um ponto de vista inspirado da história com continuidade e unidade baseado numa grande percepção da soberania divina e da liberdade humana. Por trás das causas humanas, empíricas e históricas permanece o divino causador. Compare com 9.19; 10.32. 11.10-26 HUMANIDADE, Vida – As genealogias da Bíblia afirmam que o processo da vida é tanto contínuo quanto natural. Uma geração segue-se à outra. Deus planejou dessa forma e usou o processo para produzir Abrão, a quem iria usar para cumprir seus propósitos salvadores. 11.10, 27 HISTÓRIA, Linear – Veja nota em 2.4. As genealogias de Sem e de Tera vinculam a história do povo escolhido com Deus com a história universal. Por natureza, o povo de Deus não pode vindicar superioridade


49 E viveu Sem, depois que gerou a Arfaxade, quinhentos anos; e gerou filhos e filhas. 12 Arfaxade viveu trinta e cinco anos e gerou a Selá. 13 Viveu Arfaxade, depois que gerou a Selá, quatrocentos e três anos; e gerou filhos e filhas. 14 Selá viveu trinta anos e gerou a Eber. 15 Viveu Selá, depois que gerou a Eber, quatrocentos e três anos; e gerou filhos e filhas. 16 Eber viveu trinta e quatro anos e gerou a Pelegue. 17 Viveu Eber, depois que gerou a Pelegue, quatrocentos e trinta anos; e gerou filhos e filhas. 18 Pelegue viveu trinta anos e gerou a Reú. 19 Viveu Pelegue, depois que gerou a Reú, duzentos e nove anos; e gerou filhos e filhas. 20 Reú viveu trinta e dois anos e gerou a Serugue. 21 Viveu Reú, depois que gerou a Serugue, duzentos e sete anos; e gerou filhos e filhas. 22 Serugue viveu trinta anos e gerou a Naor. 23 Viveu Serugue, depois que gerou a Naor, duzentos anos; e gerou filhos e filhas. 24 Naor viveu vinte e nove anos e gerou a Tera. 25 Viveu Naor, depois que gerou a Tera, cento e dezenove anos; e gerou filhos e filhas. 26 Tera viveu setenta anos e gerou a Abrão, a Naor e a Harã. 11

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mulher de Abrão era Sarai, e o nome da mulher de Naor era Milca, filha de Harã, que foi pai de Milca e de Iscá. 30 Sarai era estéril; não tinha filhos. 31 Tomou Tera a Abrão, seu filho, e a Ló, filho de Harã, filho de seu filho, e a Sarai, sua nora, mulher de seu filho Abrão, e saiu com eles de Ur dos caldeus, a fim de ir para a terra de Canaã; e vieram até Harã e ali habitaram. 32 Foram os dias de Tera duzentos e cinco anos; e morreu Tera em Harã.

Deus chama Abrão e lhe promete bênçãos Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. 2 Eu farei de ti uma grande nação; abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu, sê uma bênção. 3 Abençoarei aos que te abençoarem e amaldiçoarei àquele que te amaldiçoar; e em ti serão benditas todas as famílias da terra. 4 Partiu, pois, Abrão, como o Senhor lhe ordenara, e Ló foi com ele. Tinha Abrão setenta e cinco anos quando saiu de Harã. 5 Abrão levou consigo a Sarai, sua mulher, e a Ló, filho de seu irmão, e todos os bens que haviam adquirido, e as almas que lhes acresceram em Harã; e saíram a fim Genealogias de Tera de irem à terra de Canaã; e à terra de Canaã chegaram. 27 Estas são as gerações de Tera: Tera gerou a Abrão, a 6 Passou Abrão pela terra até ao lugar de Siquém, até ao Naor e a Harã; e Harã gerou a Ló. carvalho de Moré. Nesse tempo estavam os cananeus 28 Harã morreu antes de seu pai Tera, na terra do seu na terra. 7 Apareceu, porém, o Senhor a Abrão e disse: À tua nascimento, em Ur dos caldeus. 29 Abrão e Naor tomaram mulheres para si: o nome da semente darei esta terra. Abrão, pois, edificou ali um

sobre outros povos. A escolha soberana de Deus leva a história bíblica a se focar em um único povo. De modo singular, a história de Israel não está centrada em um povo eterno numa terra que lhe foi dada desde a criação que tem como centro um templo construído na aurora dos tempos. Deus começou sua história especial de eleição e salvação com uma família pastoril em mudança em lugar de uma família real ou sacerdotal acomodada numa instituição. 12.1-3 DEUS, Salvador – Ao chamar Abrão para uma missão de abençoar, Deus revelou sua intenção de ser um Salvador gracioso. O gracioso propósito redentor de Deus começa a se manifestar com essa passagem. Em sua graça, ele escolhe salvar suas criaturas pecadoras. O clímax de seu propósito redentor aparece com tudo o que fez por meio da vida de Jesus Cristo, seu Filho. 12.1, 2 REVELAÇÃO, Compromisso – Deus revelou a Abrão planos para a raça humana para o presente imediato e para o futuro distante. Os seres humanos são regularmente convidados a participar nos grandes planos divinos. O primeiro passo da fé leva-nos a descobrir nossa própria terra prometida. O Deus que revela está sempre indicando a seu povo o próximo grande horizonte de seus propósitos (13.1, 14, 15).

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12.1-7 ELEIÇÃO, Iniciativa de Deus – Abrão não escolheu a Deus, mas Deus o escolheu para cumprir seus propósitos. Abrão respondeu com obediência ao convite de Deus para tornar-se o pai de um povo a quem ele iria usar a fim de abençoar todos os povos da terra. 12.1-3 SALVAÇÃO, Bênção – Deus prometeu abençoar Abrão fazendo dele uma grande nação e como também abençoar todos os povos da terra por meio dele. Compare com 14.19, 20; 17.16-20; 18.18; 22.17, 18; 24.1, 31, 35, 60. Os cristãos são os beneficiários dessa bênção prometida. Veja nota em 1.22, 28. 12.1-5 DISCIPULADO, Liderança de Deus – Abraão é um exemplo clássico de alguém que confiou na liderança de Deus e serviu-o obedientemente de acordo com seus mandamentos. Num sentido muito real, ele foi o primeiro discípulo, o pai de Israel e o exemplo de fé. Deus prometeu dar a Abraão um lugar de honra a fazer dele um canal de bênção para todos os povos da terra. Discipulado é um chamamento para seguir a Deus e abençoar outros. 12.1-3 A IGREJA, Povo do pacto – O povo de Deus começou com andarilhos sem lar dependendo da fé das promessas divinas. O estabelecimento da monarquia de


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Abrão e Sarai enganam a Faraó do Egito Ora, havia fome naquela terra; Abrão, pois, desceu ao Egito, para peregrinar ali, porquanto era grande a fome na terra. 11 Quando ele estava prestes a entrar no Egito, disse a Sarai, sua mulher: Ora, bem sei que és mulher formosa à vista. 12 E acontecerá que, quando os egípcios te virem, dirão: Esta é mulher dele. E me matarão a mim, mas a ti te guardarão em vida. 13 Dize, peço-te, que és minha irmã, para que me vá bem

por tua causa, e que viva a minha alma em atenção a ti. 14 E aconteceu que, entrando Abrão no Egito, viram os egípcios que a mulher era mui formosa. 15 Até os príncipes de Faraó a viram e gabaram-na diante dele; e foi levada a mulher para a casa de Faraó. 16 E ele tratou bem a Abrão por causa dela; e este veio a ter ovelhas, bois e jumentos, servos e servas, jumentas e camelos. 17 Feriu, porém, o Senhor a Faraó e a sua casa com grandes pragas, por causa de Sarai, mulher de Abrão. 18 Então, chamou Faraó a Abrão e disse: Que é isto que me fizeste? Por que não me disseste que ela era tua mulher? 19 Por que disseste: É minha irmã? De maneira que a tomei para ser minha mulher. Agora, pois, eis aqui tua mulher; toma-a e vai-te. 20 E Faraó deu ordens aos seus guardas a respeito dele, os quais o despediram a ele, e a sua mulher, e a tudo o que tinha.

Israel produziu uma grande nação, bênção e uma oportunidade para abençoar as nações. Isso não cumpriu o propósito de Deus. Somente Jesus Cristo, sua igreja e o juízo final podem fazer isso. 12.1-7 EVANGELISMO, Provisão de Deus – O grande desígnio da salvação começa na provisão graciosa de Deus. O Senhor Deus fez um pacto com Abrão, criando, desse modo, a raça específica (os judeus) por meio da qual Jesus Cristo, o Salvador, viria. A salvação sempre procede da sabedoria, do poder, da ação e da graça de um Deus amoroso. Ele é a única fonte da redenção. 12.1-3 MISSÕES, Fonte – O propósito e as ações de Deus são a fonte definitiva para nosso ensinamento e ações missionários. Com este capítulo, Gênesis avança da história primeva universal, do trato de Deus com toda a humanidade para a eleição de um indivíduo e de uma nação. Por meio do contato pessoal, do juízo e do dilúvio, Deus havia buscado trazer a humanidade para uma relação voluntária e amorosa com seu Criador. No entanto, as pessoas continuaram a se rebelar. Por fim, Deus tomou uma nova direção. Com Abrão ele começou a levar a cabo seu propósito por intermédio de um homem, de sua família e de seus descendentes. Enquanto trabalhava por meio dessa família, Deus tornava seu propósito universal claro – ele queria abençoar toda a raça humana. Por fé, Abrão aceitou o chamamento desafiador de Deus e demonstrou ser uma bênção para outras nações. Como Deus havia prometido, os descendentes de Abrão se tornaram a grande nação de Israel. Israel frequentemente esquecia que suas bênçãos tinham o objetivo de abençoar outros. Eles caíam em pecado e seguiam falsos deuses (Is 1.220). Por fim, Deus cumpriu seu propósito missionário por meio de Cristo. Todos os crentes nele tornam-se filhos de Abrão e filhos do Pai celestial. Veja Gl 3.7-9. Como crentes, podemos seguir o exemplo fiel de Abrão ou facilmente esquecer que temos sido abençoados para abençoar outros. Em Lc 24.44-49, Cristo mostrou a seus discípulos que a Lei de Moisés, os Profetas e

os Salmos se referiam a ele. Ele também relacionou esse cumprimento com um desafio missionário nos vv. 47-49. O pensamento que deu origem às missões está aqui. Todas as nações são abençoadas em Cristo Jesus, o Deus-homem, Filho de Abrão e Filho de Davi, bem como Filho de Deus. Desde o início, Deus amou todo o mundo. Veja Jo 3.16-18. 12.2, 3 JESUS CRISTO, Predito – Abrão era o abençoado de Deus. Por sua vez, seus descendentes abençoam a terra. O descendente (semente) primordial de Abrão é Jesus (Gl 3.16). A promessa de Deus a Abrão alcança também aqueles que têm fé em Jesus. As bênçãos de Deus vão além dos fiéis e alcançam outros também. Compare com Gn 17.19; 18.18; 22.18; 26.4; 28.14. 12.6-8 ADORAÇÃO, Oração – A edificação de um altar refere-se à adoração, da qual a oração é parte. Podemos não ouvir Deus falar-nos audivelmente hoje, mas ele nos fala na experiência da adoração por meio de seu Espírito e de sua Palavra. Veja notas em ORAÇÃO, Adoração. 12.7, 8 ORAÇÃO, Ação de graças – Abrão edificou esses altares por gratidão pela promessa de Deus de que a terra seria dada a seus descendentes. Eles simbolizavam seu agradecimento a Deus. Compare com 13.3, 4, 18. Um altar era frequentemente um gesto de reconhecimento ou de gratidão (26.25). Líderes posteriores também edificaram altares ao Senhor. Veja notas em Js 8.30-31. 12.10-20 PECADO, Punição – Abrão temeu que os egípcios o matassem; por isso, mentiu com respeito ao relacionamento com sua esposa, Sarai. Por causa dessa mentira, o faraó levou Sarai para seu palácio e deu favores especiais a Abrão. A fim de proteger Sarai, a quem havia escolhido para uma tarefa especial, Deus interveio e infligiu sérias doenças à casa de Faraó. Por meio dessa experiência, Abrão e Sarai aprenderam a gravidade do engano e o poder de Deus para intervir a fim de garantir que seus propósitos sejam realizados. Engano é um pecado que coloca em perigo o bem-estar do enganado e do enganador.

altar ao Senhor, que lhe aparecera. Então, passou dali para o monte ao oriente de Betel e armou a sua tenda, ficando-lhe Betel ao ocidente e Ai ao oriente; também ali edificou um altar ao Senhor e invocou o nome do Senhor. 9 Depois, continuou Abrão o seu caminho, seguindo ainda para o sul. 8

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51 Conflito leva Abrão e Ló a se separarem Subiu, pois, Abrão do Egito para o Negebe, levando sua mulher e tudo o que tinha, e Ló o acompanhava. 2 Abrão era muito rico em gado, em prata e em ouro. 3 Nas suas jornadas, subiu do Negebe para Betel, até ao lugar onde outrora estivera a sua tenda, entre Betel e Ai. 4 Até ao lugar do altar, que dantes ali fizera; e ali invocou Abrão o nome do Senhor. 5 E também Ló, que ia com Abrão, tinha rebanhos, gado e tendas. 6 Ora, a terra não podia sustentá-los, para eles habitarem juntos; por que os seus bens eram muitos; de modo que não podiam habitar juntos. 7 Pelo que houve contenda entre os pastores do gado de Abrão e os pastores do gado de Ló. E nesse tempo os cananeus e os perizeus habitavam na terra. 8 Disse, pois, Abrão a Ló: Ora, não haja contenda entre mim e ti, e entre os meus pastores e os teus pastores, porque somos irmãos. 9 Porventura, não está toda a terra diante de ti? Rogote que te apartes de mim. Se tu escolheres a esquerda, irei para a direita; e se a direita escolheres, irei eu para a esquerda.

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E Ló escolheu para si toda a planície do Jordão e partiu para o Oriente; assim, se apartaram um do outro. 12 Habitou Abrão na terra de Canaã, e Ló habitou nas cidades da planície e foi armando as suas tendas até chegar a Sodoma. 13 Ora, os homens de Sodoma eram maus e grandes pecadores contra o Senhor. 11

O pacto de Deus com Abrão é renovado 14 E disse o Senhor a Abrão, depois que Ló se apartou dele: Levanta agora os olhos e olha desde o lugar onde estás para o norte, para o sul, para o oriente e para o ocidente. 15 Porque toda essa terra que vês te hei de dar a ti e à tua descendência, para sempre. 16 E farei a tua descendência como o pó da terra; de maneira que se puder ser contado o pó da terra, então, também poderá ser contada a tua descendência. 17 Levanta-te, percorre essa terra no seu comprimento e na sua largura; porque a darei a ti. 18 Então, mudou Abrão as suas tendas e foi habitar junto dos carvalhos de Manre, em Hebrom; e ali edificou um altar ao Senhor.

Abrão liberta Ló Ló vai do cativeiro para a perversa Sodoma Aconteceu nos dias de Anrafel, rei de Sinar, Ario10 Então, Ló levantou os olhos e viu toda a planície que, rei de Elasar, Quedorlaomer, rei de Elão, e do Jordão, que era toda bem regada (antes de haver o Tidal, rei de Goiim, Senhor destruído Sodoma e Gomorra), e era como o 2 que estes fizeram guerra a Bera, rei de Sodoma, a Birsa, jardim do Senhor, como a terra do Egito, até chegar rei de Gomorra, a Sinabe, rei de Admá, a Semeber, rei de Zeboim, e ao rei de Belá (esta é Zoar). a Zoar.

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13.1-13 HISTÓRIA, Narrativa – As Escrituras fidedignas de Israel têm a forma de uma narrativa histórica mais do que é uma discussão teológica sobre doutrina ou o ensinamento de uma lista catequética. A narrativa centrase em pessoas com pouco ou nenhum significado para os historiadores seculares do período bíblico. A história bíblica está mais interessada nas experiências espirituais que o povo escolhido tem com Deus do que na história política de nações poderosas. Somente quando há uma intersecção entre as políticas internacionais com o desenvolvimento dos propósitos de Deus é que as instituições ou personalidades internacionais são mencionadas na história bíblica. Abrão mudou-se da Mesopotâmia, passou por Canaã e foi ao Egito, mas nem reis, faraós ou eventos internacionais foram mencionados – a possibilidade de ele trazer bênção ou maldição sobre nações ou indivíduos é o foco. A história é o registro da bênção (12.2, 3) e da promessa (13.14-17) de Deus. 13.4 ADORAÇÃO, Oração – Veja nota em 12.6-8. 13.7-12 ÉTICA CRISTÃ, Guerra e paz – Guerras e conflitos são tão antigos como a humanidade. Pelas eras, as pessoas têm agido de acordo com os impulsos conciliatórios de Deus a fim de buscar a paz. A distribuição

de bens e de riquezas é um aspecto predominante das disputas que levam a conflitos. A disposição de comprometer-se mesmo a ponto de dar ao outro vantagens econômicas, com frequência leva à paz. 13.13 PECADO, Insensibilidade moral – O pecado dos homens de Sodoma não é detalhado aqui. Homossexualidade era um dos aspectos (19.4-5), no entanto, havia mais coisas envolvidas. O pecado havia produzido uma insensibilidade moral por parte deles. A ênfase aqui está no caráter evidente do pecado dos homens de Sodoma. O povo de Deus não deve nem ter lucros (14.21-24) nem viver (19.1-29) com pessoas assim, pois insensibilidade moral é contagiosa (19.28, 30-38). 13.14-17 ELEIÇÃO, Promessa de Deus – A eleição de Abrão tinha um propósito: por meio de sua descendência todas as nações seriam abençoadas (12.1-3). A eleição de Deus também trouxe a Abrão a promessa da aquisição da terra a fim de que a nação eleita pudesse ter um lar. Desse modo, a eleição de Israel repousa sobre a iniciativa e a promessa de Deus, não no mérito ou na ação humanos. 14.1-21 HISTÓRIA, Libertação – Uma grande guerra mundial aparentemente ocupa o lugar principal no


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Todos estes se ajuntaram no vale de Sidim (que é o Mar Salgado). 4 Doze anos haviam servido a Quedorlaomer, mas ao décimo terceiro ano rebelaram-se. 5 Por isso, ao décimo quarto ano veio Quedorlaomer e os reis que estavam com ele e feriram aos refains em Asterote-Carnaim, aos zuzins em Hão, aos emins em Savé-Quiriataim. 6 E aos horeus no seu monte Seir, até El-Parã, que está junto ao deserto. 7 Depois, voltaram, e vieram a En-Mispate (que é Cades), e feriram toda a terra dos amalequitas e também aos amorreus, que habitavam em Hazazomtamar. 8 Então, saíram os reis de Sodoma, de Gomorra, de Admá, de Zeboim e de Belá (esta é Zoar) e ordenaram batalha contra eles no vale de Sidim. 9 Contra Quedorlaomer, rei de Elão, Tidal, rei de Goiim, Anrafel, rei de Sinar, e Arioque, rei de Elasar; quatro reis contra cinco. 10 Ora, o vale de Sidim estava cheio de poços de betume; e fugiram os reis de Sodoma e de Gomorra e caíram ali; e os restantes fugiram para o monte. 11 Tomaram, então, todos os bens de Sodoma e de Gomorra com todo o seu mantimento e se foram. 12 Tomaram também a Ló, filho do irmão de Abrão, que habitava em Sodoma, e os bens dele e partiram. 13 Então, veio um, que escapara, e o contou a Abrão, o hebreu. Ora, este habitava junto dos carvalhos de Manre, o amorreu, irmão de Escol e de Aner; estes eram aliados de Abrão. 14 Ouvindo, pois, Abrão que seu irmão estava preso,

levou os seus homens treinados, nascidos em sua casa, em número de trezentos e dezoito, e perseguiu os reis até Dã. 15 Dividiu-se contra eles de noite, ele e os seus servos, e os feriu, perseguindo-os até Hobá, que fica à esquerda de Damasco. 16 Assim, tornou a trazer todos os bens, e tornou a trazer também a Ló, seu irmão, e os bens dele, e também as mulheres, e o povo.

palco da história bíblica aqui, mas as consequências internacionais não foram traçadas. A narrativa foca-se na libertação operada por Deus a favor de seu povo escolhido e na fidelidade de Abrão à aliança que fizera com Deus. 14.1-16 ÉTICA CRISTÃ, Guerra e paz – Dominação política muitas vezes leva à insatisfação e à rebelião. A Bíblia, com frequência, descreve rebelião e guerra como fatos da vida humana sem fazer juízo moral com respeito à justificativa para elas ou a seu caráter perverso. Não é possível justificar o roubo e a pilhagem seguidamente associados à guerra. Veja nota em 13.7-12. 14.13 A IGREJA, Povo do pacto – Um pacto estabelece um relacionamento entre indivíduos ou entre grupos. “Aliados de Abrão” pode ser traduzido literalmente como “eles eram senhores do pacto de Abrão”. Vemos aqui o significado básico de pacto: o estabelecimento de uma relação de acordo ou de contrato. Abrão ajudou seus aliados de acordo com os termos do pacto. Eles vieram a Abrão, pois esperavam que ele cumprisse suas obrigações pactuais. Veja nota em 9.8-17. 14.14 FAMÍLIA, Educação – A casa, nos tempos bíblicos, incluía a célula familiar, servos, outros familiares e pessoas encarregadas de várias responsabilidades

relativas à manutenção da casa. Assim, na casa de Abrão filhos de servos foram educados, na juventude, como soldados. A educação é uma tarefa básica da casa. A literatura sapiencial do Antigo Testamento é particularmente focada na criação e na educação das crianças na casa. Veja Pv 4.1-7; 22.6; 29.15, 17. No Novo Testamento, Paulo encoraja os pais para a tarefa de educação (Ef 6.4). 14.17-24 JESUS CRISTO, Sacerdote – Veja nota em Hb 7.25. 14.18-20 ORAÇÃO, Bênção – Bênção é a constante provisão de Deus para nossas necessidades diárias por meio de sua presença invisível em nossa vida. Orar por bênçãos é reconhecer Deus como o provedor de alimento, saúde, trabalho e outras coisas disponíveis. A adoração envolve pedir a Deus por bênçãos, reconhecê-las e bendizê-lo ou louvá-lo por ser a fonte delas. 14.20-24 MORDOMIA, Dízimo – O dízimo teve início antes de ter sido estabelecida a lei no Antigo Testamento. Ele era muito comum em algumas religiões. Abraão deu o primeiro dízimo registrado nas Escrituras num ato de gratidão a Deus em forma de adoração por ter recebido sua ajuda em uma batalha. Veja nota em Nm 18.21-32.

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Abrão dá o dízimo a Melquisedeque Depois que Abrão voltou de ferir a Quedorlaomer e aos reis que estavam com ele, saiu-lhe ao encontro o rei de Sodoma, no vale de Savé (que é o vale do rei). 18 Ora, Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; pois era sacerdote do Deus Altíssimo. 19 E abençoou a Abrão, dizendo: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Criador dos céus e da terra! 20 E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos! E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo. 21 Então, o rei de Sodoma disse a Abrão: Dá-me a mim as pessoas; e os bens toma-os para ti. 22 Abrão, porém, respondeu ao rei de Sodoma: Levanto minha mão ao Senhor, o Deus Altíssimo, o Criador dos céus e da terra. 23 Jurando que não tomarei coisa alguma de tudo o que é teu, nem um fio, nem uma correia de sapato, para que não digas: Eu enriqueci a Abrão. 24 Salvo tão somente o que os mancebos comeram e a parte que toca aos homens Aner, Escol e Manre, que foram comigo; que estes tomem a sua parte. 17


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Respondeu-lhe: Toma-me uma novilha de três anos, uma cabra de três anos, um carneiro de três anos, uma rola e um pombinho. 10 Ele, pois, lhe trouxe todos estes animais, partiu-os pelo meio e pôs cada parte deles em frente da outra; mas as aves não partiu. 11 E as aves de rapina desciam sobre os cadáveres; Abrão, porém, as enxotava. 12 Ora, ao pôr do sol, caiu um profundo sono sobre Abrão; e eis que lhe sobrevieram grande pavor e densas trevas. 13 Então, disse o Senhor a Abrão: Sabe, com certeza, que a tua descendência será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos; 14 sabe também que eu julgarei a nação à qual ela tem de servir; e depois sairá com muitos bens. 15 Tu, porém, irás em paz para teus pais; em boa velhice serás sepultado. 16 Na quarta geração, porém, voltarão para cá; porque a medida da iniquidade dos amorreus não está ainda cheia.

Deus promete um herdeiro e uma terra a Abrão Depois destas coisas, veio a palavra do Senhor a Abrão numa visão, dizendo: Não temas, Abrão; eu sou o teu escudo, o teu galardão será grandíssimo. 2 Então, disse Abrão: Ó Senhor Deus, que me darás, visto que morro sem filhos, e o herdeiro de minha casa é o damasceno Eliézer? 3 Disse mais Abrão: A mim não me tens dado filhos; eis que um nascido na minha casa será o meu herdeiro. 4 Ao que lhe veio a palavra do Senhor, dizendo: Este não será o teu herdeiro; mas aquele que sair das tuas entranhas, esse será o teu herdeiro. 5 Então, o levou para fora e disse: Olha agora para o céu e conta as estrelas, se as podes contar; e acrescentou-lhe: Assim será a tua descendência. 6 E creu Abrão no Senhor, e o Senhor imputou-lhe isto como justiça. 7 Disse-lhe mais: Eu sou o Senhor que te tirei de Ur dos caldeus, para te dar esta terra em herança. 8 Ao que lhe perguntou Abrão: Ó Senhor Deus, como saberei que hei de herdá-la?

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15.1-21 HISTÓRIA, Promessa – A promessa para o futuro mais do que seu cumprimento no presente é a ênfase da história bíblica. As promessas de Deus dão a seu povo visões e objetivos nos quais deve centralizar a vida. As promessas atendem às necessidades básicas da vida: família, futuro, terra, segurança econômica, paz, morte. Uma teologia centrada nas promessas é o fundamento para uma fé baseada em relacionamento com Deus. A história bíblica narra a fidelidade de Deus e a fé humana. Compare com 12.1-3, 7; 13.14-17; 17.127; 18.10, 18; 22.15-18; 24.7; 26.3-6, 24; 28.4, 13-15; 35.11-13; 46.3, 4; 48.3, 4; 50.24. 15.1-21 ELEIÇÃO, Justiça – O Deus que elegeu é o mesmo que recompensa o eleito por seu compromisso responsável com ele. A recompensa para Abrão foi mais do que a prosperidade de possuir grandes porções de terra. Por que Abrão confiou em Deus, este o recompensou com a posição de “homem justo”. A eleição do indivíduo é, portanto, estreitamente vinculada à fé e à justiça, o tipo de vida que se espera do eleito. 15.2, 3 ORAÇÃO, Fé – Abrão expressou a Deus suas mais profundas preocupações, resultando disso um relacionamento de fé (v. 6). A oração é um diálogo genuíno com respeito aos maiores problemas da vida. 15.6 SALVAÇÃO, Justificação – Com apenas cinco palavras hebraicas, esse versículo sumariza o entendimento do Antigo Testamento acerca do relacionamento que produz salvação. As pessoas ouvem a promessa de Deus e creem (he’ emin, heb.), o que é apoiar-se em Deus ou confiar em sua palavra. Deus reputa a fé como justiça, assim como um sacerdote julga um sacrifício aceitável (Lv 7.18; 17.4; Nm 18.27). Isso significa que confiança obediente a Deus – não uma oferta, um sacrifício ou boas obras – é a única exigência para que uma pessoa tenha um relacionamento salvador com ele. Veja notas em Hc 2.4; Rm 1.16, 17; 3.21-31; 4.1-25.

15.7-16 REVELAÇÃO, Fidelidade – Abrão, assim como todo novo seguidor, começa a se perguntar sobre as promessas de Deus e a buscar evidências concretas de que ele está trabalhando em sua vida. Abrão, como nós, pede um sinal ou uma prova tangível de que Deus estaria presente em seu futuro. A jornada de fé envolve tanto a empolgação de tentar novos planos como o temor de não estarmos no controle de nosso destino. A fé é aprendida por tentarmos ser fiéis à revelação que Deus nos dá. Deus dirigiu-se ao homem de fé e temor num sonho e fez-lhe conhecidos seus propósitos. Sonhar era uma experiência ativa de contato com Deus na vida dos patriarcas. 15.13-16 DEUS, Soberania – A soberania de Deus inclui sua capacidade de cumprir seus propósitos ao longo de centenas de anos da história ainda por vir. Deus renovou e detalhou seu pacto com Abrão, prometendo-lhe que, embora sofrimentos e circunstâncias adversas pudessem prevalecer por um tempo, contudo Deus alcançaria seus objetivos. Ao exercer sua soberania na história, Deus não manipula as pessoas na terra como peões num jogo de xadrez. Ele trabalha de uma forma que leva em consideração a liberdade de vontade que deu a todas as pessoas. A soberania de Deus é sempre dirigida por sua vontade e por seus propósitos. Ele está fazendo algo na história, não está simplesmente respondendo ao que os humanos fazem. Como o único que tem o poder de criar, Deus tem o direito e o poder de trabalhar em várias pessoas da terra e por meio delas a fim de cumprir sua vontade. Nem sempre entendemos o que Deus está fazendo, mas podemos saber que ele está no controle de seu mundo e que, por fim, irá cumprir seus propósitos justos e redentores. Veja nota em Rm 8.28. Para nós, a vida tem significado e propósito porque ela está ligada à dele. 15.15 HUMANIDADE, Morte – A morte é a conclusão natural da vida e deve ser encarada como uma

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