Bíblia Gigante RC

32 Mateus, 21 passava, clamaram, dizendo: Senhor, cortavam ramos de árvores e os espaFilho de Davi, tem misericórdia de nós. lhavam pelo caminho.

31 E a multidão os repreendia, para 9 E a multidão que ia adiante, e a que que se calassem; eles, porém, cada seguia, clamava, dizendo: Hosana ao vez clamavam mais, dizendo: Senhor, Filho de Davi! Bendito o que vem em Filho de Davi, tem misericórdia de nós. nome do Senhor! Hosana nas alturas!

32 E Jesus, parando, chamou-os, e 10 E, entrando ele em Jerusalém, toda disse: Que quereis que vos faça? a cidade se alvoroçou, dizendo: Quem 33 Disseram-lhe eles: Senhor, que os é este? nossos olhos sejam abertos.

11 E a multidão dizia: Este é Jesus, o 34 Então Jesus, movido de íntima Profeta de Nazaré da Galiléia. compaixão, tocou-lhes nos olhos, e A purificação do templo logo viram; e eles o seguiram.

Mc 11.15-18; Lc 19.45-48 A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém Mc 11.1-10; Lc 19.29-38

21

E, QUANDO se aproximaram de Jerusalém e chegaram a Betfagé, ao monte das Oliveiras, enviou então Jesus dois discípulos, dizendo-lhes: 2 Ide à aldeia que está defronte de vós e logo encontrareis uma jumenta presa e um jumentinho com ela; desprendei-a e trazei-mos.

3 E, se alguém vos disser alguma coisa, direis que o Senhor os há de mister; e logo os enviará.

4 Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta, que diz: 5 Dizei à filha de Sião: Eis que o teu Rei aí te vem, manso e assentado sobre uma jumenta e sobre um jumentinho, filho de animal de carga.

6 E, indo os discípulos e fazendo como Jesus lhes ordenara, 7 Trouxeram a jumenta e o jumentinho, e sobre eles puseram os seus vestidos, e fizeram-no assentar em cima.

8 E muitíssima gente estendia os seus vestidos pelo caminho, e outros

12 E entrou Jesus no templo de Deus, e expulsou todos os que vendiam e compravam no templo, e derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas.

13 E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração. Mas vós a tendes convertido em covil de ladrões.

14 E foram ter com ele ao templo cegos e coxos, e curou-os.

15 Vendo então os principais dos sacerdotes e os escribas as maravilhas que fazia e os meninos clamando no templo: Hosana ao Filho de Davi, indignaram-se, 16 E disseram-lhe: Ouves o que estes dizem? E Jesus lhes disse: Sim; nunca lestes: Pela boca dos meninos e das criancinhas de peito tiraste o perfeito louvor?

17 E, deixando-os, saiu da cidade para Betânia, e ali passou a noite.

A figueira infrutífera Mc 11.12-14, 19-24

18 E, de manhã, voltando para a cidade, teve fome.

19 E, avistando uma figueira perto do caminho, dirigiu-se a ela, e não achou nela senão folhas. E disse-lhe: Nunca

21:1 Zc 14.4; Mc 11.1 21:6 Mc 11.4 21:7 2Rs 9.13 21:8 Lv 23.40; Jo 12.13 21:10 Mc 11.15 21:11 Mt 2.23 21:12 Dt 14.25; Mc 11.11 21:17 Mc 11.11 21:18 Mc 11.12 21:19 Mc 11.13

Mateus, 21 33 mais nasça fruto de ti. E a figueira 30 E, dirigindo-se ao segundo, falou-lhe de igual modo; e, respondendo ele, secou imediatamente.

20 E os discípulos, vendo isto, mara- disse: Eu vou, senhor; e não foi. vilharam-se, dizendo: Como secou 31 Qual dos dois fez a vontade do pai?

Disseram-lhe eles: O primeiro. Disseimediatamente a figueira?

21 Jesus, porém, respondendo, disse- -lhes Jesus: Em verdade vos digo que -lhes: Em verdade vos digo que, se os publicanos e as meretrizes entram tiverdes fé e não duvidardes, não só adiante de vós no reino de Deus. fareis o que foi feito à figueira, mas até, 32 Porque João veio a vós no caminho se a este monte disserdes: Ergue-te e de justiça, e não o crestes, mas os puprecipita-te no mar, assim será feito. blicanos e as meretrizes o creram; vós, 22 E tudo o que pedirdes na oração, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para o crer. crendo, o recebereis.

O batismo de João

A parábola dos lavradores maus

Mc 11.27-33; Lc 20.1-8

Mc 12.1-12; Lc 20.9-18

23 E, chegando ao templo, acercaram-se dele, estando já ensinando, os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo, dizendo: Com que autoridade fazes isto?

E quem te deu tal autoridade?

24 E Jesus, respondendo, disse-lhes: Eu também vos perguntarei uma coisa; se ma disserdes, também eu vos direi com que autoridade faço isto.

25 O batismo de João de onde era? Do céu ou dos homens? E pensavam entre si, dizendo: Se dissermos: do céu, ele nos dirá: Então por que não o crestes?

26 E, se dissermos: dos homens, tememos o povo, porque todos consideram João como profeta.

27 E, respondendo a Jesus, disseram: Não sabemos. Ele disse-lhes: Nem eu vos digo com que autoridade faço isto.

33 Ouvi ainda outra parábola: Houve um homem, pai de família, que plantou uma vinha, e circundou-a de um valado, e construiu nela um lagar, e edificou uma torre, e arrendou-a a uns lavradores, e ausentou-se para longe.

34 E, chegando o tempo dos frutos, enviou os seus servos aos lavradores, para receber os seus frutos.

35 E os lavradores, apoderando-se dos servos, feriram um, mataram outro e apedrejaram outro.

36 Depois enviou outros servos, em maior número do que os primeiros; e eles fizeram-lhes o mesmo.

37 E, por último, enviou-lhes seu filho, dizendo: Terão respeito a meu filho.

38 Mas os lavradores, vendo o filho, disseram entre si: Este é o herdeiro; vinde, matemo-lo e apoderemo-nos da sua herança.

39 E, lançando mão dele, o arrastaram para fora da vinha e o mataram.

40 Quando, pois, vier o senhor da vinha, que fará àqueles lavradores?

41 Dizem-lhe eles: Dará afrontosa morte a esses maus e arrendará a

A parábola dos dois filhos

28 Mas que vos parece? Um homem tinha dois filhos, e, dirigindo-se ao primeiro, disse: Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha.

29 Ele, porém, respondendo, disse: Não quero. Mas depois, arrependendo-se, foi.

21:20 Mc 11.20 21:22 Mt 7.7 21:23 Êx 2.14; Mc 11.27 21:26 Mt 14.5 21:31 Lc 7.29 21:34 Ct 8.11-12 21:35 2Cr 24.21; Mt 5.12 21:38 Sl 2.2; Mt 26.3 21:39 Mt 26.50 21:41 Lc 20.16

34 Mateus, 22 vinha a outros lavradores, que, a seu destruiu aqueles homicidas e incentempo, lhe dêem os frutos. diou a sua cidade.

42 Diz-lhes Jesus: Nunca lestes nas 8 Então disse aos servos: As bodas, Escrituras: A pedra que os edificadores na verdade, estão preparadas, mas os rejeitaram, essa foi posta por cabeça do convidados não eram dignos. ângulo; pelo Senhor foi feito isto, e é 9 Ide, pois, às saídas dos caminhos e maravilhoso aos nossos olhos? convidai para as bodas a todos os que 43 Portanto, eu vos digo que o reino encontrardes. de Deus vos será tirado e será dado a 10 E os servos, saindo pelos camiuma nação que dê os seus frutos. nhos, ajuntaram todos quantos en44 E quem cair sobre esta pedra des- contraram, tanto maus como bons; e pedaçar-se-á; e aquele sobre quem ela a festa nupcial foi cheia de convidados. cair ficará reduzido a pó.

11 E o rei, entrando para ver os con45 E os príncipes dos sacerdotes e os vidados, viu ali um homem que não fariseus, ouvindo estas palavras, en- estava trajado com vestido de núpcias. tenderam que falava deles; 12 E disse-lhe: Amigo, como entraste 46 E, pretendendo prendê-lo, rece- aqui, não tendo vestido nupcial? E ele aram o povo, porquanto o tinham emudeceu. por profeta.

13 Disse então o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, levai-o e A parábola das bodas lançai-o nas trevas exteriores; ali haLc 14.16-24 verá pranto e ranger de dentes.

ENTÃO Jesus, tomando a pa- 14 Porque muitos são chamados, mas lavra, tornou a falar-lhes em poucos, escolhidos. parábolas, dizendo: A questão do tributo 2 O reino dos céus é semelhante a Mc 12.13-17; Lc 20.20-26 certo rei que celebrou as bodas de seu filho.

15 Então, retirando-se os fariseus, 3 E enviou os seus servos a chamar os consultaram entre si como o surpreconvidados para as bodas; e estes não enderiam em alguma palavra. quiseram vir.

16 E enviaram-lhe os seus discípulos 4 Depois enviou outros servos, di- com os herodianos, dizendo: Mestre, zendo: Dizei aos convidados: Eis que bem sabemos que és verdadeiro e entenho o meu jantar preparado, os sinas o caminho de Deus, segundo a meus bois e cevados já mortos, e tudo verdade, e de ninguém se te dá, porque já pronto; vinde às bodas. não olhas à aparência dos homens.

5 Porém eles, não fazendo caso, foram, 17 Dize-nos, pois, que te parece: é um para o seu campo, outro para o lícito pagar o tributo a César ou não? seu negócio; 18 Jesus, porém, conhecendo a sua 6 E os outros, apoderando-se dos malícia, disse: Por que me experimenservos, os ultrajaram e mataram. tais, hipócritas?

7 E o rei, tendo notícia disto, encole- 19 Mostrai-me a moeda do tributo. E rizou-se e, enviando os seus exércitos, eles lhe apresentaram um dinheiro.

22

21:43 Mt 8.12 21:44 Is 8.14-15; Lc 20.18 21:46 Mt 21.11 22:1 Lc 14.16 22:4 Pv 9.2 22:7 Dn 9.26; Lc 19.27 22:8 Mt 10.11 22:10 Mt 13.38 22:11 2Co 5.3 22:14 Mt 20.16 22:15 Mc 12.13

Mateus, 23 35 20 E ele diz-lhes: De quem é esta efígie zera emudecer os saduceus, reuniram-se no mesmo lugar. e esta inscrição?

21 Disseram-lhe eles: De César. Então 35 E um deles, doutor da lei, interele lhes disse: Dai, pois, a César o que rogou-o para o experimentar, dizendo: é de César, e a Deus, o que é de Deus. 36 Mestre, qual é o grande manda22 E eles, ouvindo isto, maravilharam- mento na lei?

37 E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor, -se e, deixando-o, se retiraram.

23 No mesmo dia, chegaram junto teu Deus, de todo o teu coração, e de dele os saduceus, que dizem não haver toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. ressurreição, e o interrogaram, 24 Dizendo: Mestre, Moisés disse: 38 Este é o primeiro e grande manSe morrer alguém, não tendo filhos, damento. casará o seu irmão com a mulher dele 39 E o segundo, semelhante a este, e suscitará descendência a seu irmão. é: Amarás o teu próximo como a ti 25 Ora, houve entre nós sete irmãos; mesmo. e o primeiro, tendo casado, morreu, e, 40 Destes dois mandamentos denão tendo descendência, deixou sua pendem toda a lei e os profetas. mulher a seu irmão.

Cristo, o Filho de Davi 26 Da mesma sorte, o segundo, e o Mc 12.35-37; Lc 20.41-44 terceiro, até o sétimo; 41 E, estando reunidos os fariseus, 27 Por fim, depois de todos, morreu interrogou-os Jesus, também a mulher.

42 Dizendo: Que pensais vós do 28 Portanto, na ressurreição, de qual Cristo? De quem é filho? Eles disdos sete será a mulher, visto que todos seram-lhe: De Davi. a possuíram?

43 Disse-lhes ele: Como é então que 29 Jesus, porém, respondendo, disse- Davi, em espírito, lhe chama Senhor, -lhes: Errais, não conhecendo as Escri- dizendo: turas, nem o poder de Deus.

44 Disse o Senhor ao meu Senhor: 30 Porque na ressurreição nem casam Assenta-te à minha direita, até que eu nem são dados em casamento; mas ponha os teus inimigos por escabelo serão como os anjos de Deus no céu. de teus pés.

31 E, acerca da ressurreição dos 45 Se Davi, pois, lhe chama Senhor, mortos, não tendes lido o que Deus como é seu filho? vos declarou, dizendo: 46 E ninguém podia responder-lhe 32 Eu sou o Deus de Abraão, o Deus uma palavra, nem, desde aquele dia, de Isaque e o Deus de Jacó? Ora, Deus ousou mais alguém interrogá-lo. não é Deus dos mortos, mas dos vivos.

Jesus censura os escribas 33 E as turbas, ouvindo isto, ficaram e os fariseus maravilhadas da sua doutrina.

ENTÃO falou Jesus à multidão O grande mandamento e aos seus discípulos, Mc 12.28-34; Lc 10.25-27 2 Dizendo: Na cadeira de Moisés, 34 E os fariseus, ouvindo que ele fi- estão assentados os escribas e fariseus.

23

22:21 Mt 17.25 22:29 Jo 20.9 22:30 1Jo 3.2 22:33 Mt 7.28 22:34 Mc 12.28 22:35 Lc 10.25 22:41 Mc 12.35 22:46 Mc 12.34 23:2 Ne 8.4; Mc 12.38

36 Mateus, 23 3 Observai, pois, e praticai tudo o a terra para fazer um prosélito; e, deque vos disserem; mas não procedais pois de o terdes feito, o fazeis filho do em conformidade com as suas obras, inferno duas vezes mais do que vós. porque dizem e não praticam.

16 Ai de vós, condutores cegos! Pois 4 Pois atam fardos pesados e difíceis que dizeis: Qualquer que jurar pelo de suportar, e os põem aos ombros dos templo, isso nada é; mas o que jurar homens; eles, porém, nem com o dedo pelo ouro do templo, esse é devedor. querem movê-los.

17 Insensatos e cegos! Pois qual é 5 E fazem todas as obras a fim de maior: o ouro ou o templo, que sanserem vistos pelos homens, pois tifica o ouro? trazem largos filactérios e alargam as 18 E aquele que jurar pelo altar, isso franjas dos seus vestidos, nada é; mas aquele que jurar pela 6 E amam os primeiros lugares nas oferta que está sobre o altar, esse é ceias e as primeiras cadeiras nas si- devedor. nagogas, 19 Insensatos e cegos! Pois qual é 7 E as saudações nas praças, e o serem maior: a oferta ou o altar, que santichamados pelos homens – Rabi, Rabi. fica a oferta?

8 Vós, porém, não queirais ser cha- 20 Portanto, o que jurar pelo altar, jura mados Rabi, porque um só é o vosso por ele e por tudo o que sobre ele está.

Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós 21 E o que jurar pelo templo, jura por sois irmãos. ele e por aquele que nele habita.

9 E a ninguém na terra chameis vosso 22 E o que jurar pelo céu, jura pelo pai, porque um só é o vosso Pai, o qual trono de Deus e por aquele que está está nos céus. assentado nele.

10 Nem vos chameis mestres, porque 23 Ai de vós, escribas e fariseus, hium só é o vosso Mestre, que é o Cristo. pócritas! Pois que dizimais da hortelã, 11 Porém o maior dentre vós será do endro e do cominho e desprezais o vosso servo. mais importante da lei, o juízo, a mi12 E o que a si mesmo se exaltar, será sericórdia e a fé; deveis, porém, fazer humilhado; e o que a si mesmo se hu- estas coisas, e não omitir aquelas.

24 Condutores cegos! que coais um milhar, será exaltado.

13 Mas ai de vós, escribas e fariseus, mosquito e engolis um camelo. hipócritas! Pois que fechais aos ho- 25 Ai de vós, escribas e fariseus, himens o reino dos céus; e nem vós pócritas! Pois que limpais o exterior entrais, nem deixais entrar aos que do copo e do prato, mas o interior está estão entrando. cheio de rapina e de iniqüidade.

14 Ai de vós, escribas e fariseus, hipó- 26 Fariseu cego! Limpa primeiro o critas! Pois que devorais as casas das interior do copo e do prato, para que viúvas, sob pretexto de prolongadas também o exterior fique limpo. orações; por isso, sofrereis mais rigo- 27 Ai de vós, escribas e fariseus, hiroso juízo. pócritas! Pois que sois semelhantes 15 Ai de vós, escribas e fariseus, hi- aos sepulcros caiados, que por fora pócritas! Pois que percorreis o mar e realmente parecem formosos, mas in23:3 Rm 2.19 23:4 Lc 11.46 23:6 Mc 12.38-39 23:8 2Co 1.24 23:9 Ml 1.6 23:13 Lc 11.52 23:14 Mc 12.40 23:16 Mt 5.33-34 23:17 Êx 30.29 23:19 Êx 29.37 23:21 1Rs 8.13; Sl 26.8 23:25 Mc 7.4

Mateus, 24 37 teriormente estão cheios de ossos de 39 Porque eu vos digo que, desde mortos e de toda imundícia. agora, me não vereis mais, até que 28 Assim, também vós, exterior- digais: Bendito o que vem em nome mente, pareceis justos aos homens, do Senhor. mas, interiormente, estais cheios de O sermão profético: hipocrisia e de iniqüidade.

O princípio das dores 29 Ai de vós, escribas e fariseus, hiMc 13.1-13; Lc 21.5-36 pócritas! Pois que edificais os sepulE, QUANDO Jesus ia saindo do cros dos profetas e adornais os monutemplo, aproximaram-se dele mentos dos justos, os seus discípulos para lhe mostrarem 30 E dizeis: Se existíssemos no tempo a estrutura do templo. de nossos pais, nunca nos associaríamos com eles para derramar o sangue 2 Jesus, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que dos profetas.

31 Assim, vós mesmos testificais que não ficará aqui pedra sobre pedra que sois filhos dos que mataram os pro- não seja derribada.

3 E, estando assentado no monte das fetas.

32 Enchei vós, pois, a medida de Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos, em particular, dizendo: vossos pais.

33 Serpentes, raça de víboras! Como Dize-nos quando serão essas coisas escapareis da condenação do inferno? e que sinal haverá da tua vinda e do 34 Portanto, eis que eu vos envio pro- fim do mundo? fetas, sábios e escribas; e a uns deles 4 E Jesus, respondendo, disse-lhes: matareis e crucificareis; e a outros Acautelai-vos, que ninguém vos endeles açoitareis nas vossas sinagogas gane, e os perseguireis de cidade em cidade, 5 Porque muitos virão em meu nome, 35 Para que sobre vós caia todo o dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão sangue justo, que foi derramado a muitos. sobre a terra, desde o sangue de Abel, 6 E ouvireis de guerras e de rumores o justo, até o sangue de Zacarias, filho de guerras; olhai, não vos assusteis, de Baraquias, que matastes entre o porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. santuário e o altar.

36 Em verdade vos digo que todas 7 Porquanto se levantará nação contra estas coisas hão de vir sobre esta ge- nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em váração.

37 Jerusalém, Jerusalém, que matas os rios lugares. profetas e apedrejas os que te são en- 8 Mas todas estas coisas são o prinviados! Quantas vezes quis eu ajuntar cípio das dores. os teus filhos, como a galinha ajunta 9 Então vos hão de entregar para os seus pintos debaixo das asas, e tu serdes atormentados e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as gentes por não quiseste!

38 Eis que a vossa casa vai ficar-vos causa do meu nome.

10 Nesse tempo, muitos serão escandeserta.

24

23:29 Lc 11.47 23:31 At 7.51-52 23:32 Gn 15.16; 1Ts 2.16 23:34 Mt 10.17 23:37 Dt 32.11-12; Sl 17.8; Lc 13.34 24:1 Mc 13.1 24:2 1Rs 9.7; Lc 19.44 24:3 Mc 13.3 24:4 Ef 5.6 24:5 Jr 14.14; Mt 5.11 24:7 2Cr 15.6 24:9 Mt 10.17 24:10 Mt 11.6

38 Mateus, 24 dalizados, e trair-se-ão uns aos outros, 25 Eis que eu vo-lo tenho predito.

26 Portanto, se vos disserem: Eis que e uns aos outros se aborrecerão.

11 E surgirão muitos falsos profetas, e ele está no deserto, não saiais; ou: Eis que ele está no interior da casa, não enganarão a muitos.

12 E, por se multiplicar a iniqüidade, acrediteis.

27 Porque, assim como o relâmpago o amor de muitos esfriará.

13 Mas aquele que perseverar até o sai do oriente e se mostra até o ocidente, assim será também a vinda do fim será salvo.

14 E este evangelho do reino será Filho do homem. pregado em todo o mundo, em tes- 28 Pois onde estiver o cadáver, aí se temunho a todas as gentes, e então ajuntarão as águias. virá o fim.

O sermão continua: O sermão continua: A grande tribulação

A vinda do Filho do homem

29 E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas.

30 Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.

31 E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus.

32 Aprendei, pois, esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão.

33 Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às portas.

34 Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam.

35 O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar.

15 Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; (quem lê, entenda), 16 Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes; 17 E quem estiver sobre o telhado não desça a tirar alguma coisa de sua casa; 18 E quem estiver no campo não volte atrás a buscar os seus vestidos.

19 Mas ai das grávidas e das que amamentarem naqueles dias!

20 E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado, 21 Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, tampouco haverá jamais.

22 E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas, por causa dos escolhidos, serão abreviados aqueles dias.

23 Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui ou ali, não lhe deis crédito, 24 Porque surgirão falsos cristos e O sermão continua: falsos profetas, e farão tão grandes siExortação à vigilância nais e prodígios que, se possível fora, 36 Porém daquele dia e hora ninguém enganariam até os escolhidos.

24:11 Mt 4.5 24:13 Mt 10.22 24:14 Mt 4.23 24:19 Lc 23.29 24:22 Is 65.8-9 24:23 Mc 13.21 24:24 Dt 13.1; Mt 13.5 24:27 Lc 17.24 24:28 Jó 29.30; Lc 17.37 24:31 Mt 13.41 24:32 Lc 21.29 24:33 Tg 5.9 24:34 Mt 16.28 24:35 Sl 102.26; Is 51.6; Mt 5.18 24:36 Zc 14.7; Mc 13.32

Mateus, 25 39 sabe, nem os anjos do céu, nem o dia em que o não espera, e à hora em que ele não sabe, Filho, mas unicamente meu Pai. 37 E, como foi nos dias de Noé, assim 51 E separá-lo-á, e destinará a sua será também a vinda do Filho do parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes. homem.

38 Porquanto, assim como, nos dias O sermão profético continua: anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, A parábola das dez virgens casavam e davam-se em casamento, ENTÃO o reino dos céus será até o dia em que Noé entrou na arca, semelhante a dez virgens que, 39 E não o perceberam, até que veio o tomando as suas lâmpadas, saíram ao dilúvio, e os levou a todos, assim será encontro do esposo. também a vinda do Filho do homem. 2 E cinco delas eram prudentes, e 40 Então, estando dois no campo, será cinco, loucas. levado um, e deixado o outro; 3 As loucas, tomando as suas lâm41 Estando duas moendo no moinho, padas, não levaram azeite consigo. será levada uma, e deixada outra.

4 Mas as prudentes levaram azeite em 42 Vigiai, pois, porque não sabeis a suas vasilhas, com as suas lâmpadas. que hora há de vir o vosso Senhor.

5 E, tardando o esposo, tosquenejaram 43 Mas considerai isto: se o pai de fa- todas e adormeceram. mília soubesse a que vigília da noite 6 Mas, à meia-noite, ouviu-se um havia de vir o ladrão, vigiaria e não clamor: Aí vem o esposo! Saí-lhe ao deixaria minar a sua casa. encontro.

44 Por isso, estai vós apercebidos 7 Então todas aquelas virgens se levantambém, porque o Filho do homem taram e prepararam as suas lâmpadas. há de vir à hora em que não penseis. 8 E as loucas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as O sermão continua: nossas lâmpadas se apagam.

A parábola dos dois servos 9 Mas as prudentes responderam, 45 Quem é, pois, o servo fiel e pru- dizendo: Não seja caso que nos falte dente, que o Senhor constituiu sobre a nós e a vós; ide, antes, aos que o a sua casa, para dar o sustento a seu vendem e comprai-o para vós. tempo?

10 E, tendo elas ido comprá-lo, chegou 46 Bem-aventurado aquele servo que o esposo, e as que estavam preparadas o Senhor, quando vier, achar servindo entraram com ele para as bodas, e assim. fechou-se a porta.

47 Em verdade vos digo que o porá 11 E depois chegaram também as ousobre todos os seus bens. tras virgens, dizendo: Senhor, Senhor, 48 Porém, se aquele mau servo disser abre-nos a porta! consigo: O meu senhor tarde virá, 12 E ele, respondendo, disse: Em ver49 E começar a espancar os seus con- dade vos digo que vos não conheço. servos, e a comer, e a beber com os 13 Vigiai, pois, porque não sabeis o dia ébrios, nem a hora em que o Filho do homem 50 Virá o senhor daquele servo num há de vir.

25

24:38 Gn 6.3-5; Lc 17.26 24:40 Lc 17.34 24:42 Mc 13.33 24:43 Lc 12.39 24:45 Lc 12.42 24:46 Ap 16.15 24:47 Mt 25.21 24:51 Mt 8.12 25:1 Ef 5.29-30 25:2 Mt 13.47 25:5 1Ts 5.6 25:6 Mt 24.31 25:7 Lc 12.35 25:10 Lc 13.25 25:11 Mt 7.21-23 25:13 Mt 24.42

40

Mateus, 25 que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste; Lc 19.11-27 25 E, atemorizado, escondi na terra 14 Porque isto é também como um o teu talento; aqui tens o que é teu. homem que, partindo para fora da 26 Respondendo, porém, o seu senhor, terra, chamou os seus servos, e en- disse-lhe: Mau e negligente servo; tregou-lhes os seus bens. sabes que ceifo onde não semeei e 15 E a um deu cinco talentos; e a ajunto onde não espalhei; outro, dois; e a outro, um; a cada um 27 Devias então ter dado o meu disegundo a sua capacidade; e ausentou- nheiro aos banqueiros, e, quando eu -se logo para longe. viesse, receberia o meu com os juros.

16 E, tendo ele partido, o que rece- 28 Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao bera cinco talentos negociou com eles que tem os dez talentos. e granjeou outros cinco talentos.

29 Porque a qualquer que tiver, será 17 Da mesma sorte, o que recebera dado, e terá em abundância; mas ao dois granjeou também outros dois. que não tiver, até o que tem ser-lhe-á 18 Mas o que recebera um, foi, e tirado. cavou na terra, e escondeu o dinheiro 30 Lançai, pois, o servo inútil nas do seu senhor. trevas exteriores; ali haverá pranto e 19 E, muito tempo depois, veio o se- ranger de dentes. nhor daqueles servos e fez contas com O fim do sermão profético: A vida eles. eterna e o castigo eterno 20 Então aproximou-se o que recebera cinco talentos e trouxe-lhe outros 31 E, quando o Filho do homem vier cinco talentos, dizendo: Senhor, entre- em sua glória, e todos os santos anjos gaste-me cinco talentos; eis aqui outros com ele, então se assentará no trono cinco talentos que granjeei com eles. da sua glória; 21 E o seu senhor lhe disse: Bem está, 32 E todas as nações serão reunidas servo bom e fiel. Sobre o pouco foste diante dele, e apartará uns dos outros, fiel, sobre muito te colocarei; entra no como o pastor aparta dos bodes as ovelhas. gozo do teu senhor.

22 E, chegando também o que tinha 33 E porá as ovelhas à sua direita, mas recebido dois talentos, disse: Senhor, os bodes à esquerda. entregaste-me dois talentos; eis que 34 Então dirá o Rei aos que estiverem com eles granjeei outros dois talentos. à sua direita: Vinde, benditos de meu 23 Disse-lhe o seu senhor: Bem está, Pai, possuí por herança o reino que bom e fiel servo. Sobre o pouco foste vos está preparado desde a fundação fiel, sobre muito te colocarei; entra no do mundo; 35 Porque tive fome, e destes-me de gozo do teu senhor.

24 Mas, chegando também o que re- comer; tive sede, e destes-me de beber; cebera um talento, disse: Senhor, eu era estrangeiro, e hospedastes-me; conhecia-te, que és um homem duro, 36 Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e O sermão continua: A parábola dos dez talentos

25:14 Mt 21.33 25:15 Rm 12.6 25:21 Mt 24.34 25:23 Mt 25.21 25:32 Ez 20.38; Mt 13.49 25:34 Mt 20.23 25:35 Is 58.7; Hb 13.2 25:36 2Tm 1.16

Mateus, 26 41 visitastes-me; estive na prisão, e fostes 2 Bem sabeis que, daqui a dois dias, é a páscoa, e o Filho do homem será ver-me.

37 Então os justos lhe responderão, entregue para ser crucificado. dizendo: Senhor, quando te vimos com 3 Depois os príncipes dos sacerdotes, e fome, e te demos de comer? Ou com os escribas, e os anciãos do povo reuniram-se na sala do sumo sacerdote, o sede, e te demos de beber?

38 E quando te vimos estrangeiro, e qual se chamava Caifás, te hospedamos? Ou nu, e te vestimos? 4 E consultaram-se mutuamente 39 E quando te vimos enfermo ou na para prenderem Jesus com dolo e o matarem. prisão, e fomos ver-te?

40 E, respondendo o Rei, lhes dirá: 5 Mas diziam: Não durante a festa, Em verdade vos digo que, quando o para que não haja alvoroço entre o fizestes a um destes meus pequeninos povo. irmãos, a mim o fizestes.

O jantar em Betânia 41 Então dirá também aos que esMc 14.3-9; Jo 12.1-8 tiverem à sua esquerda: Apartai6 E, estando Jesus em Betânia, em -vos de mim, malditos, para o fogo casa de Simão, o leproso, eterno, preparado para o diabo e 7 Aproximou-se dele uma mulher com seus anjos; um vaso de alabastro, com ungüento 42 Porque tive fome, e não me destes de grande valor, e derramou-lho sobre de comer; tive sede, e não me destes a cabeça, quando ele estava assentado de beber; à mesa.

43 Sendo estrangeiro, não me reco8 E os seus discípulos, vendo isto, lhestes; estando nu, não me vestistes; indignaram-se, dizendo: Por que este e enfermo e na prisão, não me visidesperdício? tastes.

9 Pois este ungüento podia vender-se 44 Então eles também lhe responpor grande preço e dar-se o dinheiro derão, dizendo: Senhor, quando te aos pobres. vimos com fome, ou com sede, ou 10 Jesus, porém, conhecendo isto, estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou disse-lhes: Por que afligis esta muna prisão, e não te servimos? lher? Pois praticou uma boa ação para 45 Então lhes responderá, dizendo: comigo.

Em verdade vos digo que, quando a 11 Porquanto sempre tendes convosco um destes pequeninos o não fizestes, os pobres, mas a mim não me haveis não o fizestes a mim. de ter sempre.

46 E irão estes para o tormento eterno, 12 Ora, derramando ela este ungüento mas os justos, para a vida eterna. sobre o meu corpo, fê-lo preparando-

-me para a minha sepultura.

13 Em verdade vos digo que, onde Mc 14.1,2; Lc 22.1,2 quer que este evangelho for preE ACONTECEU que, quando gado, em todo o mundo, também Jesus concluiu todos estes dis- será referido o que ela fez, para mecursos, disse aos seus discípulos: mória sua.

A consulta dos sacerdotes e dos escribas

26

25:40 Pv 14.31; Mt 10.42 25:41 Sl 6.8; Mt 7.23 25:45 Pv 14.31; At 9.5 26:2 Mc 14.1 26:3 Sl 2.2; Jo 11.47 26:6 Mt 21.17 26:8 Jo 12.4

42

Mateus, 26 o pão, e, abençoando-o, o partiu, e Mc 14.10,11; Lc 22.3-6 o deu aos discípulos, e disse: Tomai, 14 Então um dos doze, chamado Judas comei, isto é o meu corpo.

Iscariotes, foi ter com os príncipes dos 27 E, tomando o cálice e dando graças, sacerdotes, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos.

15 E disse: Que me quereis dar, e eu 28 Porque isto é o meu sangue, o vo-lo entregarei? E eles lhe pesaram sangue do Novo Testamento, que é trinta moedas de prata. derramado por muitos, para remissão 16 E, desde então, buscava oportuni- dos pecados. dade para o entregar.

29 E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide até aquele A última páscoa e a santa ceia dia em que o beba de novo convosco Mc 14.12-26; Lc 22.7-23; 1 Co 11.23-29 17 E, no primeiro dia da festa dos pães no reino de meu Pai. asmos, chegaram os discípulos junto 30 E, tendo cantado o hino, saíram de Jesus, dizendo: Onde queres que para o monte das Oliveiras. façamos os preparativos para comeres Pedro é avisado Mc 14.27-31; Lc 22.31-34; Jo 13.36-38 a páscoa?

18 E ele disse: Ide à cidade a um certo 31 Então Jesus lhes disse: Todos vós homem, e dizei-lhe: O Mestre diz: esta noite vos escandalizareis em mim, O meu tempo está próximo; em tua porque está escrito: Ferirei o pastor, e casa celebrarei a páscoa com os meus as ovelhas do rebanho se dispersarão. discípulos.

32 Mas, depois de eu ressuscitar, irei 19 E os discípulos fizeram como Jesus adiante de vós para a Galiléia. lhes ordenara e prepararam a páscoa. 33 Mas Pedro, respondendo, disse-lhe: 20 E, chegada a tarde, assentou-se à Ainda que todos se escandalizem em mesa com os doze. ti, eu nunca me escandalizarei.

21 E, comendo eles, disse: Em verdade 34 Disse-lhe Jesus: Em verdade te digo vos digo que um de vós me há de trair. que, nesta mesma noite, antes que o 22 E eles, entristecendo-se muito, galo cante, três vezes me negarás. começaram cada um a dizer-lhe: Por- 35 Disse-lhe Pedro: Ainda que me ventura sou eu, Senhor? seja mister morrer contigo, não te ne23 E ele, respondendo, disse: O que garei. E todos os discípulos disseram mete comigo a mão no prato, esse me o mesmo. há de trair.

Jesus no Getsêmani 24 Em verdade o Filho do homem vai, Mc 14.32-42; Lc 22.39-46; Jo 18.1 como acerca dele está escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do 36 Então chegou Jesus com eles a um homem é traído! Bom seria para esse lugar chamado Getsemani, e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enhomem se não houvera nascido.

25 E, respondendo Judas, o que o quanto vou além orar. traía, disse: Porventura sou eu, Rabi? 37 E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entrisEle disse: Tu o disseste.

26 E, enquanto comiam, Jesus tomou tecer-se e a angustiar-se muito.

O preço da traição

26:14 Mt 10.4 26:15 Zc 11.12; Mt 27.3 26:20 Mc 14.17-21 26:23 Sl 41.9; Lc 22.21 26:26 Mc 14.22 26:27 Mc 14.23 26:29 Mc 14.25 26:30 Mc 14.26 26:34 Mc 14.30 26:36 Mc 14.32-35 26:37 Mt 4.21

Mateus, 26 43 38 Então lhes disse: A minha alma 49 E logo, aproximando-se de Jesus, está cheia de tristeza até a morte; ficai disse: Eu te saúdo, Rabi. E beijou-o. aqui e velai comigo.

50 Jesus, porém, lhe disse: Amigo, 39 E, indo um pouco mais adiante, a que vieste? Então, aproximandoprostrou-se sobre o seu rosto, orando, -se eles, lançaram mão de Jesus e o e dizendo: Meu Pai, se é possível, passa prenderam. de mim este cálice; todavia, não seja 51 E eis que um dos que estavam com como eu quero, mas como tu queres. Jesus, estendendo a mão, puxou da 40 E, voltando para os seus discípulos, espada e, ferindo o servo do sumo saachou-os adormecidos; e disse a Pedro: cerdote, cortou-lhe uma orelha.

Então nem uma hora pudeste velar 52 Então Jesus disse-lhe: Mete no seu comigo? lugar a tua espada, porque todos os 41 Vigiai e orai, para que não entreis que lançarem mão da espada à espada em tentação; na verdade, o espírito morrerão. está pronto, mas a carne é fraca.

53 Ou pensas tu que eu não poderia 42 E, indo segunda vez, orou, dizendo: agora orar a meu Pai e que ele não me Pai meu, se este cálice não pode passar daria mais de doze legiões de anjos? de mim sem eu o beber, faça-se a tua 54 Como, pois, se cumpririam as Esvontade. crituras, que dizem que assim convém 43 E, voltando, achou-os outra vez que aconteça? adormecidos, porque os seus olhos 55 Então disse Jesus à multidão: Saestavam carregados. ístes, como para um salteador, com 44 E, deixando-os de novo, foi orar espadas e varapaus, para me prender? pela terceira vez, dizendo as mesmas Todos os dias me assentava junto de palavras. vós, ensinando no templo, e não me 45 Então chegou junto dos seus dis- prendestes. cípulos, e disse-lhes: Dormi agora e 56 Mas tudo isto aconteceu para que repousai; eis que é chegada a hora, e se cumpram as Escrituras dos profetas. o Filho do homem será entregue nas Então todos os discípulos, deixando-o, mãos dos pecadores. fugiram.

46 Levantai-vos, partamos; eis que é Jesus perante o sinédrio chegado o que me trai.

Mc 14.53-65; Lc 22.63-71; Jo 18.12-14, 19-24 Jesus é preso Mc 14.43-50; Lc 22.47-53; Jo 18.2-11

47 E, estando ele ainda a falar, eis que chegou Judas, um dos doze, e, com ele, grande multidão com espadas e varapaus, enviada pelos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos do povo.

48 E o que o traía tinha-lhes dado um sinal, dizendo: O que eu beijar, é esse; prendei-o.

57 E os que prenderam a Jesus o conduziram à casa do sumo sacerdote Caifás, onde os escribas e os anciãos estavam reunidos.

58 E Pedro o seguiu de longe até o pátio do sumo sacerdote e, entrando, assentou-se entre os criados, para ver o fim.

59 Ora, os príncipes dos sacerdotes, e o anciãos, e todo o conselho buscavam

26:38 Jo 12.27 26:39 Mt 20.22 26:41 Mc 13.33 26:47 Mc 14.43 26:49 2Sm 20.9 26:50 Sl 41.9 26:51 Jo 18.10 26:52 Gn 9.6; Ap 13.10 26:53 2Rs 6.17 26:54 Is 53.7; Mt 53.24 26:56 Lm 4.20; Mt 4.54 26:57 Mc 14.53

44 Mateus, 27 falso testemunho contra Jesus, para 72 E ele negou outra vez, com jurapoderem dar-lhe a morte, mento: Não conheço tal homem.

60 E não o achavam, apesar de se apre- 73 E, daí a pouco, aproximando-se sentarem muitas testemunhas falsas, os que ali estavam, disseram a Pedro: mas, por fim, chegaram duas, Verdadeiramente, também tu és deles, 61 E disseram: Este disse: Eu posso pois a tua fala te denuncia. derribar o templo de Deus e reedificá- 74 Então começou ele a praguejar e -lo em três dias. a jurar, dizendo: Não conheço esse 62 E, levantando-se o sumo sacerdote, homem. E imediatamente o galo disse-lhe: Não respondes coisa alguma cantou. ao que estes depõem contra ti?

75 E lembrou-se Pedro das palavras 63 Jesus, porém, guardava silêncio. E, de Jesus, que lhe dissera: Antes que insistindo o sumo sacerdote, disse-lhe: o galo cante, três vezes me negarás.

Conjuro-te, pelo Deus vivo, que nos E, saindo dali, chorou amargamente. digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus.

O suicídio de Judas 64 Disse-lhe Jesus: Tu o disseste; digoAt 1.16-19 -vos, porém, que vereis em breve o Filho E, CHEGANDO a manhã, todos do homem assentado à direita do Poder os príncipes dos sacerdotes e os e vindo sobre as nuvens do céu. anciãos do povo formavam juntamente 65 Então o sumo sacerdote rasgou os conselho contra Jesus, para o matarem. seus vestidos, dizendo: Blasfemou; 2 E, maniatando-o, o levaram e entrepara que precisamos ainda de testegaram ao presidente Pôncio Pilatos. munhas? Eis que bem ouvistes agora 3 Então Judas, que o traíra, vendo que a sua blasfêmia.

66 Que vos parece? E eles, respon- fora condenado, trouxe, arrependido, as trinta moedas de prata aos príncipes dendo, disseram: É réu de morte.

67 Então cuspiram-lhe no rosto e lhe dos sacerdotes e aos anciãos, davam socos, e outros o esbofeteavam, 4 Dizendo: Pequei, traindo sangue 68 Dizendo: Profetiza-nos, Cristo, inocente. Eles, porém, disseram: Que nos importa? Isso é contigo. quem é o que te bateu?

5 E ele, atirando para o templo as moPedro nega a Jesus edas de prata, retirou-se e foi enforcar-se.

Mc 14.66-72; Lc 22.54-62; Jo 18.15-18, 25-27 6 E os príncipes dos sacerdotes, to69 Ora, Pedro estava assentado fora, mando as moedas de prata, disseram: no pátio; e, aproximando-se dele uma Não é lícito metê-las no cofre das criada, disse: Tu também estavas com ofertas, porque são preço de sangue.

7 E, tendo deliberado em conselho, Jesus, o galileu.

70 Mas ele negou diante de todos, compraram com elas o campo de um oleiro, para sepultura dos estrangeiros. dizendo: Não sei o que dizes.

71 E, saindo para o vestíbulo, outra 8 Por isso, foi chamado aquele campo, criada o viu, e disse aos que ali es- até o dia de hoje, Campo de Sangue. tavam: Este também estava com Jesus, 9 Então se realizou o que vaticinara o nazareno. o profeta Jeremias: Tomaram as trinta

27

26:60 Dt 19.15; Sl 27.12; Mc 14.55 26:62 Mc 14.60 26:63 Lv 5.1; Mt 27.12 26:65 2Rs 18.37 26:67 Is 50.6; Mt 27.30 26:68 Mc 14.65 26:69 Mc 14.66 26:73 Lc 22.59 26:74 Mc 14.71 26:75 Mt 26.34 27:1 Sl 2.2; Mc 15.1 27:2 Mt 20.19 27:3 Mt 26.14-15 27:5 2Sm 17.23; At 1.18 27:9 Zc 11.12-13

Mateus, 27 45 moedas de prata, preço do que foi de Jesus, chamado Cristo? Disseramavaliado, que certos filhos de Israel -lhe todos: Seja crucificado! avaliaram, 23 O presidente, porém, disse: Mas 10 E deram-nas pelo campo do oleiro, que mal fez ele? E eles mais clamavam, segundo o que o Senhor determinou. dizendo: Seja crucificado!

24 Então Pilatos, vendo que nada Jesus perante Pilatos aproveitava, antes o tumulto crescia, Mc 15.1-20; Lc 23.1-25; Jo 18.28-40; 19.1-16 11 E foi Jesus apresentado ao presi- tomando água, lavou as mãos diante dente, e o presidente o interrogou, da multidão, dizendo: Estou inocente dizendo: És tu o Rei dos judeus? E do sangue deste justo; considerai isso.

25 E, respondendo todo o povo, disse: disse-lhe Jesus: Tu o dizes.

12 E, sendo acusado pelos príncipes O seu sangue caia sobre nós e sobre dos sacerdotes e pelos anciãos, nada nossos filhos.

26 Então soltou-lhes Barrabás e, tendo respondeu.

13 Disse-lhe então Pilatos: Não ouves mandado açoitar a Jesus, entregou-o para ser crucificado. quanto testificam contra ti?

14 E nem uma palavra lhe respondeu, 27 E logo os soldados do presidente, de sorte que o presidente estava muito conduzindo Jesus à audiência, reuniram junto dele toda a coorte. maravilhado.

15 Ora, por ocasião da festa, costu- 28 E, despindo-o, o cobriram com uma mava o presidente soltar um preso, es- capa de escarlate. colhendo o povo aquele que quisesse. 29 E, tecendo uma coroa de espinhos, 16 E tinham então um preso bem co- puseram-lha na cabeça e, em sua mão direita, uma cana; e, ajoelhando diante nhecido, chamado Barrabás.

17 Portanto, estando eles reunidos, dele, o escarneciam, dizendo: Salve, disse-lhes Pilatos: Qual quereis que Rei dos judeus! vos solte? Barrabás ou Jesus, chamado 30 E, cuspindo nele, tiraram-lhe a Cristo? cana e batiam-lhe com ela na cabeça.

18 Porque sabia que por inveja o ha- 31 E, depois de o haverem escarneviam entregado. cido, tiraram-lhe a capa, vestiram-lhe 19 E, estando ele assentado no tri- as suas vestes e o levaram para ser bunal, sua mulher mandou-lhe dizer: crucificado.

Não entres na questão desse justo, A crucificação porque num sonho muito sofri por Mc 15.21-41; Lc 23.33-49; Jo 19.17-37 causa dele.

20 Mas os príncipes dos sacerdotes 32 E, quando saíam, encontraram um e os anciãos persuadiram a multidão homem cireneu, chamado Simão, a que pedisse Barrabás e matasse Jesus. quem constrangeram a levar a sua 21 E, respondendo o presidente, disse- cruz.

-lhes: Qual desses dois quereis vós que 33 E, chegando ao lugar chamado Gólgota, que se diz Lugar da Caveira, eu solte? E eles disseram: Barrabás.

22 Disse-lhes Pilatos: Que farei então 34 Deram-lhe a beber vinho mistu27:11 Mc 15.2 27:12 Mt 26.63 27:13 Mt 26.62 27:15 Mc 15.6 27:2 Mc 15.11 27:25 Dt 19.10; At 5.28 27:26 Is 53.5; Mc 15.15 27:27 Mc 15.15 27:28 Lc 23.11 27:29 Sl 69.19; Is 53.3 27:30 Is 50.6; Mt 26.67 27:31 Is 53.7 27:32 Nm 15.35; Mc 15.21 27:33 Mc 15.22 27:34 Sl 69.21; Mt 69.48

46 Mateus, 27 rado com fel; mas ele, provando-o, não 48 E logo um deles, correndo, tomou quis beber. uma esponja, e embebeu-a em vi35 E, havendo-o crucificado, repar- nagre, e, pondo-a numa cana, davatiram os seus vestidos, lançando -lhe de beber. sortes, para que se cumprisse o que 49 Os outros, porém, diziam: Deixa, foi dito pelo profeta: Repartiram entre vejamos se Elias vem livrá-lo. si os meus vestidos, e sobre a minha 50 E Jesus, clamando outra vez com túnica lançaram sortes. grande voz, rendeu o espírito.

36 E, assentados, o guardavam ali.

51 E eis que o véu do templo se rasgou 37 E, por cima da sua cabeça, puseram em dois, de alto a baixo; e tremeu a escrita a sua acusação: ESTE É JESUS, terra, e fenderam-se as pedras, O REI DOS JUDEUS. 52 E abriram-se os sepulcros, e muitos 38 E foram crucificados com ele dois corpos de santos que dormiam foram salteadores, um à direita e outro à es- ressuscitados; querda.

53 E, saindo dos sepulcros, depois da 39 E os que passavam blasfemavam ressurreição dele, entraram na cidade dele, meneando a cabeça, santa e apareceram a muitos.

40 E dizendo: Tu, que destróis o 54 E o centurião e os que com ele templo e, em três dias o reedificas, guardavam a Jesus, vendo o terremoto salva-te a ti mesmo; se és Filho de e as coisas que haviam sucedido, tiDeus, desce da cruz. veram grande temor, e disseram: 41 E, da mesma maneira, também Verdadeiramente, este era o Filho de os príncipes dos sacerdotes, com os Deus. escribas, e anciãos, e fariseus, escar- 55 E estavam ali, olhando de longe, necendo, diziam: muitas mulheres que tinham seguido 42 Salvou os outros, e a si mesmo não Jesus desde a Galiléia, para o servir, pode salvar-se. Se é o Rei de Israel, 56 Entre as quais estavam Maria Madesça agora da cruz, e creremos nele; dalena, e Maria, mãe de Tiago e de 43 Confiou em Deus; livre-o agora, José, e a mãe dos filhos de Zebedeu. se o ama; porque disse: Sou Filho de A sepultura de Jesus Deus.

Mc 15.42-47; Lc 23.50-56; Jo 19.38-42 44 E o mesmo lhe lançaram também em rosto os salteadores que com ele 57 E, vinda já a tarde, chegou um homem rico de Arimatéia, por nome estavam crucificados.

45 E, desde a hora sexta, houve trevas José, que também era discípulo de Jesus. sobre toda a terra, até a hora nona.

46 E, perto da hora nona, exclamou 58 Este foi ter com Pilatos e pediu-lhe Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, o corpo de Jesus. Então Pilatos mandou lama sabactâni, isto é, Deus meu, que o corpo lhe fosse dado.

Deus meu, por que me desamparaste? 59 E José, tomando o corpo, envolveu47 E alguns dos que ali estavam, ou- -o num fino e limpo lençol, vindo isto, diziam: Este chama por 60 E o pôs no seu sepulcro novo, que havia aberto em rocha, e, rolando uma Elias.

27:36 Mt 27.54 27:37 Mc 15.26 27:38 Is 53.12; Mc 15.27 27:44 Mc 15.32 27:45 Am 8.9; Mc 15.33 27:50 Mc 15.37 27:54 Mt 27.36 27:55 Lc 8.2-3 27:57 Mc 15.42 27:60 Is 53.9

Mateus, 28 47 grande pedra para a porta do sepulcro, sei que buscais a Jesus, que foi crucificado. retirou-se.

61 E estavam ali Maria Madalena e a 6 Ele não está aqui, porque já ressusoutra Maria, assentadas defronte do citou, como havia dito. Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia. sepulcro.

62 E, no dia seguinte, que é o dia 7 Ide, pois, imediatamente, e dizei aos depois da Preparação, reuniram-se os seus discípulos que já ressuscitou dos príncipes dos sacerdotes e os fariseus mortos. E eis que ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis. Eis que eu em casa de Pilatos, 63 Dizendo: Senhor, lembramo-nos de vo-lo tenho dito. que aquele enganador, vivendo ainda, 8 E, saindo elas pressurosamente do disse: Depois de três dias, ressuscitarei. sepulcro, com temor e grande alegria, 64 Manda, pois, que o sepulcro seja correram a anunciá-lo aos seus discíguardado com segurança até o terceiro pulos. dia; não se dê o caso que os seus discí- 9 E, indo elas, eis que Jesus lhes sai pulos vão de noite, e o furtem, e digam ao encontro, dizendo: Eu vos saúdo. ao povo: Ressuscitou dos mortos; e E elas, chegando, abraçaram os seus assim o último erro será pior do que pés, e o adoraram.

10 Então Jesus disse-lhes: Não temais; o primeiro.

65 E disse-lhes Pilatos: Tendes a ide dizer a meus irmãos que vão a Gaguarda; ide, guardai-o como enten- liléia, e lá me verão. derdes.

A mentira dos judeus 66 E, indo eles, seguraram o sepulcro 11 E, quando iam, eis que alguns da com a guarda, selando a pedra. guarda, chegando à cidade, anunciaram aos príncipes dos sacerdotes A ressurreição todas as coisas que haviam acontecido.

Mc 16.1-8; Lc 24.1-12; Jo 20.1-18 E, NO fim do sábado, quando 12 E, congregados eles com os anjá despontava o primeiro dia ciãos e tomando conselho entre si, da semana, Maria Madalena e a outra deram muito dinheiro aos soldados, dizendo: Maria foram ver o sepulcro.

2 E eis que houvera um grande ter- 13 Dizei: Vieram de noite os seus disremoto, porque um anjo do Senhor, cípulos e, dormindo nós, o furtaram. descendo do céu, chegou, removendo 14 E, se isto chegar a ser ouvido pelo presidente, nós o persuadiremos e vos a pedra, e sentou-se sobre ela.

3 E o seu aspecto era como um relâm- poremos em segurança. pago, e o seu vestido, branco como a 15 E eles, recebendo o dinheiro, fizeram como estavam instruídos. E foi neve.

4 E os guardas, com medo dele, fi- divulgado este dito entre os judeus, até o dia de hoje. caram muito assombrados e como Jesus aparece aos seus discípulos mortos. na Galiléia 5 Mas o anjo, respondendo, disse às mulheres: Não tenhais medo; pois eu 16 E os onze discípulos partiram para

28

27:66 Dn 6.17 28:1 Mt 27.56 28:2 Mc 16.5 28:3 Dn 10.6 28:6 Mt 12.40 28:7 Mt 26.32 28:9 Mc 16.9 28:10 Jo 20.17

48 Marcos, 1 a Galiléia, para o monte que Jesus lhes 19 Portanto, ide, ensinai todas as natinha designado. ções, batizando-as em nome do Pai, e 17 E, quando o viram, o adoraram; do Filho, e do Espírito Santo; mas alguns duvidaram.

20 Ensinando-as a guardar todas as 18 E, chegando-se Jesus, falou-lhes, coisas que eu vos tenho mandado; e dizendo: É-me dado todo o poder no eis que eu estou convosco todos os dias, céu e na terra. até a consumação dos séculos. Amém.

O SANTO EVANGELHO SEGUNDO

M ARCOS João Batista

O batismo e a tentação de Jesus

Mt 3.1-12; Lc 3.1-18; Jo 1.6-8, 19-36

Mt 3.13-17; 4.1-11; Lc 3.21,22; 4.1-13; Jo 1.32-34

PRINCÍPIO do evangelho de Jesus 1 Cristo, Filho de Deus.

2 Como está escrito no profeta Isaías:

9 E aconteceu, naqueles dias, que Jesus, tendo ido de Nazaré, da Galiléia, foi batizado por João, no Jordão.

10 E, logo que saiu da água, viu os céus abertos e o Espírito, que, como pomba, descia sobre ele.

11 E ouviu-se uma voz dos céus, que dizia: Tu és o meu Filho amado, em quem me comprazo.

12 E logo o Espírito o impeliu para o deserto.

13 E ali esteve no deserto quarenta dias, tentado por Satanás. E vivia entre as feras, e os anjos o serviam.

Eis que eu envio o meu anjo ante a tua face, o qual preparará o teu caminho diante de ti.

3 Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.

4 Apareceu João batizando no deserto e pregando o batismo de arrependimento, para remissão dos pecados.

5 E toda a província da Judéia e os de Jerusalém iam ter com ele; e todos eram batizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados.

6 E João andava vestido de pêlos de camelo e com um cinto de couro em redor de seus lombos, e comia gafanhotos e mel silvestre.

7 E pregava, dizendo: Após mim vem aquele que é mais forte do que eu, do qual não sou digno de, abaixando-me, desatar a correia das suas alparcas.

8 Eu, em verdade, tenho-vos batizado com água; ele, porém, vos batizará com o Espírito Santo.

Vocação dos primeiros apóstolos Mt 4.12-25; Lc 5.1-11; Jo 1.35-51

14 E, depois que João foi entregue à prisão, veio Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho do reino de Deus, 15 E dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho.

16 E, andando junto ao mar da Galiléia, viu Simão e André, seu irmão,

28:18 Dn 7.13-14; Mt 11.27 28:20 At 2.42 • Marcos • 1:8 Is 44.3; At 1.5 1:9 Mt 3.13 1:10 Mt 3.16 1:12 Mt 4.1 1:13 Mt 4.11 1:14 Mt 4.12 1:16 Mt 4.18

Marcos, 1 49 que lançavam a rede ao mar, pois eram casa de Simão e de André, com Tiago e João. pescadores.

17 E Jesus lhes disse: Vinde após mim, e 30 E a sogra de Simão estava deitada, eu farei que sejais pescadores de homens. com febre; e logo lhe falaram dela.

18 E, deixando logo as suas redes, o 31 Então, chegando-se a ela, tomou-a pela mão e levantou-a; e a febre a seguiram.

19 E, passando dali um pouco mais deixou, e servia-os. adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e 32 E, tendo chegado a tarde, quando João, seu irmão, que estavam no barco já se estava pondo o sol, trouxeram-lhe todos os que se achavam enfermos e consertando as redes, 20 E logo os chamou. E eles, deixando os endemoninhados. o seu pai Zebedeu no barco com os 33 E toda a cidade se ajuntou à porta.

34 E curou muitos que se achavam jornaleiros, foram após ele. enfermos de diversas enfermidades A cura do endemoninhado de e expulsou muitos demônios, porém Cafarnaum não deixava falar os demônios, porque Lc 4.31-37 o conheciam.

21 Entraram em Cafarnaum, e, logo no 35 E, levantando-se de manhã muita sábado, indo ele à sinagoga, ali ensinava. cedo, estando ainda escuro, saiu, e foi 22 E maravilharam-se da sua doutrina, para um lugar deserto, e ali orava. porque os ensinava como tendo autori- 36 E seguiram-no Simão e os que com dade, e não como os escribas. ele estavam.

23 E estava na sinagoga deles um 37 E, achando-o, lhe disseram: Todos homem com um espírito imundo, o te buscam. qual exclamou, dizendo: 38 E ele lhes disse: Vamos às aldeias 24 Ah! Que temos contigo, Jesus, na- vizinhas, para que eu ali também zareno? Vieste destruir-nos? Bem sei pregue, porque para isso vim. quem és: o Santo de Deus.

39 E pregava nas sinagogas deles, por 25 E repreendeu-o Jesus, dizendo: toda a Galiléia, e expulsava os demôCala-te e sai dele. nios.

26 Então o espírito imundo, convulA cura de um leproso sionando-o e clamando com grande Mt 8.1-4; Lc 5.12-14 voz, saiu dele.

27 E todos se admiraram, a ponto de 40 E aproximou-se dele um leproso, perguntarem entre si, dizendo: Que é que, rogando-lhe e pondo-se de joelhos isto? Que nova doutrina é esta? Pois diante dele, lhe dizia: Se queres, bem com autoridade ordena aos espíritos podes limpar-me.

41 E Jesus, movido de grande comimundos, e eles lhe obedecem!

28 E logo correu a sua fama por toda paixão, estendeu a mão, e tocou-o, e disse-lhe: Quero; sê limpo. a província da Galiléia.

42 E, tendo ele dito isto, logo a lepra A cura da sogra de Pedro desapareceu, e ficou limpo.

Mt 8.14-17; Lc 4.38-41 43 E, advertindo-o severamente, logo 29 E logo, saindo da sinagoga, foram à o despediu.

1:18 Mt 19.27 1:19 Mt 4.21 1:21 Mt 4.13 1:23 Lc 4.33 1:24 Mt 8.29 1:25 Mc 1.34 1:26 Mc 9.20 1:29 Mt 8.14 1:32 Mt 8.16 1:34 Mc 3.12 1:35 Lc 4.42 1:38 Is 61.1; Lc 4.43 1:40 Mt 8.2

50 Marcos, 2 44 E disse-lhe: Olha, não digas nada a dizer-lhe: Levanta-te, e toma o teu leito, ninguém; porém vai, mostra-te ao sa- e anda? cerdote, e oferece pela tua purificação 10 Ora, para que saibais que o Filho o que Moisés determinou, para lhes do homem tem na terra poder para perdoar pecados (disse ao paralítico), servir de testemunho.

45 Mas, tendo ele saído, começou a 11 A ti te digo: Levanta-te, e toma o apregoar muitas coisas e a divulgar teu leito, e vai para tua casa. o que acontecera; de sorte que Jesus 12 E levantou-se e, tomando logo o já não podia entrar publicamente na leito, saiu em presença de todos, de cidade, mas conservava-se fora em sorte que todos se admiraram e glolugares desertos; e de todas as partes rificaram a Deus, dizendo: Nunca tal vimos. iam ter com ele.

O paralítico de Cafarnaum Mt 9.1-8; Lc 5.18-26

2

E, ALGUNS dias depois, entrou outra vez em Cafarnaum, e soube-se que estava em casa.

2 E logo se ajuntaram tantos, que nem ainda nos lugares junto à porta cabiam; e anunciava-lhes a palavra.

3 E vieram ter com ele, conduzindo um paralítico, trazido por quatro.

4 E, não podendo aproximar-se dele, por causa da multidão, descobriram o telhado onde estava, e, fazendo um buraco, baixaram o leito em que jazia o paralítico.

5 E Jesus, vendo-lhes a fé, disse ao paralítico: Filho, perdoados estão os teus pecados.

6 E estavam ali assentados alguns dos escribas, que arrazoavam em seus corações, dizendo: 7 Por que diz este assim blasfêmias?

Quem pode perdoar pecados, senão Deus?

8 E Jesus, conhecendo logo em seu espírito que assim arrazoavam entre si, lhes disse: Por que arrazoais sobre estas coisas em vossos corações?

9 Qual é mais fácil? Dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados, ou

A vocação de Levi Mt 9.9-13; Lc 5.27-32

13 E tornou a sair para o mar, e toda a multidão ia ter com ele, e ele os ensinava.

14 E, passando, viu Levi, filho de Alfeu, sentado na alfândega, e disse-lhe: Segue-me. E, levantando-se, o seguiu.

15 E aconteceu que, estando sentado à mesa em casa deste, também estavam sentados à mesa com Jesus e seus discípulos muitos publicanos e pecadores, porque eram muitos e o tinham seguido.

16 E os escribas e fariseus, vendo-o comer com os publicanos e pecadores, disseram aos seus discípulos: Por que come e bebe ele com os publicanos e pecadores?

17 E Jesus, tendo ouvido isto, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores.

O jejum Mt 9.14-17; Lc 5.33-39

18 Ora, os discípulos de João e os fariseus jejuavam; e foram e disseram-lhe: Por que jejuam os discípulos de João

1:45 Mc 2.13 2:1 Mt 9.1 2:7 Jó 14.4 2:8 Mt 9.4 2:9 Mt 9.5 2:10 Mt 9.9 2:14 Mt 9.9 2:15 Mt 9.10 2:17 Mt 9.12-13 2:18 Mt

Marcos, 3 51 e os dos fariseus, e não jejuam os teus A cura de um que tinha uma das mãos mirrada discípulos?

Mt 12.9-14; Lc 6.6-11 19 E Jesus disse-lhes: Podem, porE OUTRA vez entrou na sinagoga, ventura, os filhos das bodas jejuar, e estava ali um homem que tinha enquanto está com eles o esposo?

Enquanto têm consigo o esposo, não uma das mãos mirrada. podem jejuar.

2 E estavam observando-o se curaria 20 Mas dias virão em que lhes será no sábado, para o acusarem. tirado o esposo, e então jejuarão na- 3 E disse ao homem que tinha a mão queles dias. mirrada: Levanta-te e vem para o meio.

21 Ninguém cose remendo de pano 4 E perguntou-lhes: É lícito no sábado novo em vestido velho; doutra sorte, o fazer bem ou fazer mal? Salvar a vida mesmo remendo novo rompe o velho, ou matar? E eles calaram-se. e a rotura fica maior.

5 E, olhando para eles em redor com 22 E ninguém deita vinho novo em indignação, condoendo-se da dureza odres velhos; doutra sorte, o vinho do seu coração, disse ao homem: Esnovo rompe os odres, e entorna-se o tende a tua mão. E ele a estendeu, e vinho, e os odres estragam-se; o vinho foi-lhe restituída a sua mão, sã como novo deve ser deitado em odres novos. a outra.

6 E, tendo saído os fariseus, tomaram Jesus é Senhor do sábado logo conselho com os herodianos Mt 12.1-8; Lc 6.1-5 23 E aconteceu que, passando ele num contra ele, procurando ver como o sábado pelas searas, os seus discípulos, matariam. caminhando, começaram a colher es- 7 E retirou-se Jesus com os seus discípulos para o mar, e seguia-o uma pigas.

24 E os fariseus lhe disseram: Vês? grande multidão da Galiléia, e da JuPor que fazem no sábado o que não déia, 8 E de Jerusalém, e da Iduméia, e é lícito?

25 Mas ele disse-lhes: Nunca lestes o dalém do Jordão, e de perto de Tiro e que fez Davi, quando estava em neces- de Sidom; uma grande multidão que, sidade e teve fome, ele e os que com ouvindo quão grandes coisas fazia, vinha ter com ele. ele estavam?

26 Como entrou na casa de Deus, no 9 E ele disse aos seus discípulos que tempo de Abiatar, sumo sacerdote, lhe tivessem sempre pronto um bare comeu os pães da proposição, dos quinho junto dele, por causa da mulquais não era lícito comer senão aos tidão, para que o não apertasse, sacerdotes, dando também aos que 10 Porque tinha curado a muitos, de tal maneira que todos quantos tinham com ele estavam?

27 E disse-lhes: O sábado foi feito por algum mal se arrojavam sobre ele, para causa do homem, e não o homem por lhe tocarem.

11 E os espíritos imundos, vendo-o, causa do sábado.

28 Assim, o Filho do homem até do prostravam-se diante dele e clamavam, sábado é Senhor. dizendo: Tu és o Filho de Deus.

3

9.14 2:25 1Sm 21.6 2:28 Mt 12.8 3:1 Mt 12.9 3:6 Mt 12.14 3:7 Lc 6.17 3:11 Mt 14.33

52 Marcos, 4 12 E ele os ameaçava muito, para que si mesmo, e for dividido, não pode subsistir; antes, tem fim. não o manifestassem.

27 Ninguém pode roubar os bens do A eleição dos doze valente, entrando-lhe em sua casa, se Mt 10.1-4; Lc 6.12-16 primeiro não maniatar o valente; e 13 E subiu ao monte e chamou para si então roubará a sua casa. os que ele quis; e vieram a ele.

28 Na verdade vos digo que todos os 14 E nomeou doze para que esti- pecados serão perdoados aos filhos dos vessem com ele e os mandasse a pregar homens, e toda sorte de blasfêmias, 15 E para que tivessem o poder de com que blasfemarem. curar as enfermidades e expulsar os 29 Qualquer, porém, que blasfemar contra o Espírito Santo, nunca obterá demônios: 16 Simão, a quem pôs o nome de perdão, mas será réu do eterno juízo.

30 (Porque diziam: Tem espírito Pedro; 17 Tiago, filho de Zebedeu, e João, imundo.) irmão de Tiago, aos quais pôs o nome A família de Jesus de Boanerges, que significa: Filhos do Mt 12.46-50; Lc 8.19-21 trovão; 31 Chegaram então seus irmãos e sua 18 André, e Filipe, e Bartolomeu, mãe; e, estando de fora, mandaram-no e Mateus, e Tomé, e Tiago, filho de chamar.

Alfeu, e Tadeu, e Simão, o cananeu, 32 E a multidão estava assentada ao 19 E Judas Iscariotes, o que o entregou. redor dele, e disseram-lhe: Eis que tua mãe e teus irmãos te procuram e estão A blasfêmia dos escribas lá fora.

Mt 12.22-32; Lc 11.14-23 20 E foram para uma casa. E afluiu 33 E ele lhes respondeu, dizendo: outra vez a multidão, de tal maneira Quem é minha mãe e meus irmãos?

34 E, olhando em redor para os que que sequer podiam comer pão. estavam assentados junto dele, disse: 21 E, quando os seus ouviram isto, Eis aqui minha mãe e meus irmãos. saíram para o prender, porque diziam: 35 Porquanto qualquer que fizer a Está fora de si. vontade de Deus, esse é meu irmão, e 22 E os escribas, que tinham descido minha irmã, e minha mãe. de Jerusalém, diziam: Tem Belzebu, e, pelo príncipe dos demônios, expulsa A parábola do semeador Mt 13.1-23; Lc 8.4-15 os demônios.

23 E, chamando-os a si, disse-lhes E OUTRA vez começou a ensinar por parábolas: Como pode Satanás junto ao mar, e ajuntou-se a ele expulsar Satanás? grande multidão; de sorte, que ele en24 Pois, se um reino se dividir contra trou e assentou-se num barco, sobre o si mesmo, tal reino não pode subsistir; mar; e toda a multidão estava em terra 25 Pois, se uma casa se dividir contra junto ao mar. si mesma, tal casa não pode subsistir; 2 E ensinava-lhes muitas coisas por 26 Pois, se Satanás se levantar contra parábolas e lhes dizia na sua doutrina:

4

3:12 Mt 12.16 3:13 Mt 10.1 3:16 Jo 1.42 3:20 Mc 6.31 3:21 Jo 7.5 3:23 Mt 12.25 3:27 Is 49.24; Mt 12.29 3:28 Mt 12.31 3:31 Mt 12.46 4:2 Mc 12.38

Marcos, 4 53 3 Ouvi: Eis que saiu o semeador a antes, são temporãos; depois, sobresemear. vindo tribulação ou perseguição por 4 E aconteceu que, semeando ele, causa da palavra, logo se escandauma parte da semente caiu junto ao lizam. caminho, e vieram as aves do céu e a 18 E outros são os que recebem a secomeram. mente entre espinhos, os quais ouvem 5 E outra caiu sobre pedregais, onde a palavra; não havia muita terra, e nasceu logo, 19 Mas os cuidados deste mundo, e os porque não tinha terra profunda; enganos das riquezas, e as ambições 6 Mas, saindo o sol, queimou-se e, de outras coisas, entrando, sufocam a porque não tinha raiz, secou-se. palavra, e fica infrutífera.

7 E outra caiu entre espinhos, e, cres- 20 E os que recebem a semente em cendo os espinhos, a sufocaram, e não boa terra são os que ouvem a palavra, deu fruto. e a recebem, e dão fruto, um, a trinta, 8 E outra caiu em boa terra e deu fruto, outro, a sessenta, e outro, a cem, por que vingou e cresceu; e um produziu um. trinta, outro, sessenta, e outro, cem.

9 E disse-lhes: Quem tem ouvidos para A parábola da candeia ouvir, ouça.

Lc 8.16-18 10 E, quando se achou só, os que es- 21 E disse-lhes: Vem, porventura, tavam junto dele com os doze interro- a candeia para se meter debaixo garam-no acerca da parábola. do alqueire ou debaixo da cama?

11 E ele disse-lhes: A vós vos é dado Não vem, antes, para se colocar no saber os mistérios do reino de Deus, velador? mas aos que estão de fora todas estas 22 Porque nada há encoberto que não coisas se dizem por parábolas, haja de ser manifesto; e nada se faz 12 Para que, vendo, vejam e não perpara fi car oculto, mas para ser descebam; e, ouvindo, ouçam e não encoberto. tendam, para que se não convertam, 23 Se alguém tem ouvidos para ouvir, e lhes sejam perdoados os pecados.

13 E disse-lhes: Não percebeis esta pa- ouça. rábola? Como, pois, entendereis todas 24 E disse-lhes: Atendei ao que ides ouvir. Com a medida com que meas parábolas?

14 O que semeia, semeia a palavra; dirdes, vos medirão a vós, e ser-vos-á 15 E os que estão junto ao caminho ainda acrescentada. são aqueles em quem a palavra é se- 25 Porque ao que tem, ser-lhe-á dado; meada; mas, tendo-a eles ouvido, vem e, ao que não tem, até o que tem lhe logo Satanás e tira a palavra que foi será tirado. semeada nos seus corações.

A parábola da semente 16 E, da mesma sorte, os que recebem 26 E dizia: O reino de Deus é assim a semente sobre pedregais; os quais, ouvindo a palavra, logo com prazer como se um homem lançasse semente à terra, a recebem; 17 Mas não têm raiz em si mesmos; 27 E dormisse, e se levantasse de noite 4:8 Jo 15.5 4:10 Mt 13.10 4:11 1Co 5.12 4:14 Mt 13.19 4:19 1Tm 6.9 4:23 Mt 11.15 4:26 Mt 13.24

54 Marcos, 5 ou de dia, e a semente brotasse e cres- 39 E ele, despertando, repreendeu o vento, e disse ao mar: Cala-te, aquietacesse, não sabendo ele como.

28 Porque a terra por si mesma fruti- -te. E o vento se aquietou, e houve fica; primeiro a erva, depois a espiga, grande bonança. e, por último, o grão cheio na espiga. 40 E disse-lhes: Por que sois tão tí29 E, quando já o fruto se mostra, midos? Ainda não tendes fé? mete-lhe logo a foice, porque está 41 E sentiram um grande temor e diziam uns aos outros: Mas quem é este chegada a ceifa. que até o vento e o mar lhe obedecem?

A parábola do grão de mostarda Mt 13.31,32; Lc 13.18-21

30 E dizia: A que assemelharemos o reino de Deus? Ou com que parábola o representaremos?

31 É como um grão de mostarda, que, quando se semeia na terra, é a menor de todas as sementes que há na terra; 32 Mas, tendo sido semeado, cresce, e faz-se a maior de todas as hortaliças, e cria grandes ramos, de tal maneira que as aves do céu podem aninhar-se debaixo da sua sombra.

33 E com muitas parábolas tais lhes dirigia a palavra, segundo o que podiam compreender.

34 E sem parábolas nunca lhes falava, porém tudo declarava em particular aos seus discípulos.

Jesus acalma a tempestade Mt 8.23-27; Lc 8.22-25

35 E, naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes: Passemos para a outra banda.

36 E eles, deixando a multidão, o levaram consigo, assim como estava, no barco; e havia também com ele outros barquinhos.

37 E levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de maneira que já se enchia.

38 E ele estava na popa dormindo sobre uma almofada; e despertaram-no, dizendo-lhe: Mestre, não se te dá que pereçamos?

O endemoninhado gadareno Mt 8.28-34; Lc 8.26-39

5

E CHEGARAM à outra banda do mar, à província dos gadarenos.

2 E, saindo ele do barco, lhe saiu logo ao seu encontro, dos sepulcros, um homem com espírito imundo, 3 O qual tinha a sua morada nos sepulcros, e nem ainda com cadeias o podia alguém prender.

4 Porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões, e cadeias, as cadeias foram por ele feitas em pedaços, e os grilhões, em migalhas, e ninguém o podia amansar.

5 E andava sempre, de dia e de noite, clamando pelos montes e pelos sepulcros e ferindo-se com pedras.

6 E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o.

7 E, clamando com grande voz, disse: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me atormentes.

8 (Porque lhe dizia: Sai deste homem, espírito imundo.)

9 E perguntou-lhe: Qual é o teu nome?

E lhe respondeu, dizendo: Legião é o meu nome, porque somos muitos.

10 E rogava-lhe muito que os não enviasse para fora daquela província.

11 E andava ali pastando no monte uma grande manada de porcos.

12 E todos aqueles demônios lhe

4:29 Ap 14.15 4:30 Mt 13.31 4:33 Mt 13.34 4:35 Mt 8.18 5:1 Mt 8.28

Marcos, 5 55 rogaram, dizendo: Manda-nos para Minha filha está moribunda; rogo-te aqueles porcos, para que entremos que venhas e lhe imponhas as mãos para que sare e viva. neles.

13 E Jesus logo lho permitiu. E, saindo 24 E foi com ele, e seguia-o uma aqueles espíritos imundos, entraram grande multidão, que o apertava. nos porcos; e a manada se precipitou 25 E certa mulher, que havia doze por um despenhadeiro no mar (eram anos tinha um fluxo de sangue, quase dois mil), e afogaram-se no mar. 26 E que havia padecido muito com 14 E os que apascentavam os porcos muitos médicos, e despendido tudo fugiram e o anunciaram na cidade e quanto tinha, nada lhe aproveitando nos campos; e saíram muitos a ver o isso, antes indo a pior, que era aquilo que tinha acontecido. 27 Ouvindo falar de Jesus, veio por 15 E foram ter com Jesus, e viram o detrás, entre a multidão, e tocou no endemoninhado, o que tivera a legião, seu vestido. assentado, vestido e em perfeito juízo, 28 Porque dizia: Se tão-somente tocar nos seus vestidos, sararei. e temeram.

16 E os que aquilo tinham visto con- 29 E logo se lhe secou a fonte do seu taram-lhes o que acontecera ao ende- sangue, e sentiu no seu corpo estar já curada daquele mal. moninhado e acerca dos porcos.

17 E começaram a rogar-lhe que saísse 30 E logo Jesus, conhecendo que a virtude de si mesmo saíra, voltou-se dos seus termos.

18 E, entrando ele no barco, rogava- para a multidão, e disse: Quem tocou -lhe o que fora endemoninhado que o nos meus vestidos?

31 E disseram-lhe os seus discípulos: deixasse estar com ele.

19 Jesus, porém, não lho permitiu, Vês que a multidão te aperta, e dizes: mas disse-lhe: Vai para tua casa, para Quem me tocou? os teus, e anuncia-lhes quão grandes 32 E ele olhava em redor, para ver a coisas o Senhor te fez e como teve que isto fizera.

33 Então a mulher, que sabia o que misericórdia de ti.

20 E ele foi e começou a anunciar em lhe tinha acontecido, temendo e treDecápolis quão grandes coisas Jesus mendo, aproximou-se, e prostrou-se lhe fizera; e todos se maravilhavam. diante dele, e disse-lhe toda a verdade.

34 E ele lhe disse: Filha, a tua fé te A filha de Jairo; A mulher que salvou; vai em paz e sê curada deste tinha um fluxo de sangue teu mal.

Mt 9.18-26; Lc 8.40-56 35 Estando ele ainda falando, che21 E, passando Jesus outra vez num barco garam alguns do principal da sinapara a outra banda, ajuntou-se a ele uma goga, a quem disseram: A tua filha grande multidão; e ele estava junto do está morta; para que enfadas mais o Mestre? mar.

22 E eis que chegou um dos principais 36 E Jesus, tendo ouvido estas palada sinagoga, por nome Jairo, e, vendo- vras, disse ao principal da sinagoga: Não temas; crê somente.

-o, prostrou-se aos seus pés 23 E rogava-lhe muito, dizendo: 37 E não permitiu que alguém o se5:17 Mt 8.34 5:18 Lc 8.38 5:21 Mt 9.1 5:22 Mt 9.18 5:25 Lv 15.25; Mt 9.20 5:30 Lc 6.19 5:34 Mt 9.22 5:35 Lc 8.49

56 Marcos, 6 guisse, a não ser Pedro, e Tiago, e João, 6 E estava admirado da incredulidade deles. E percorreu as aldeias vizinhas, irmão de Tiago.

38 E, tendo chegado à casa do prin- ensinando. cipal da sinagoga, viu o alvoroço e os 7 Chamou a si os doze, e começou a que choravam muito e pranteavam. enviá-los a dois e dois, e deu-lhes poder 39 E, entrando, disse-lhes: Por que vos sobre os espíritos imundos, alvoroçais e chorais? A menina não 8 E ordenou-lhes que nada tomassem para o caminho, senão um bordão; está morta, mas dorme.

40 E riam-se dele; porém ele, tendo-os nem alforge, nem pão, nem dinheiro feito sair, tomou consigo o pai e a mãe no cinto; da menina, e os que com ele estavam, 9 Mas que calçassem alparcas e que e entrou onde a menina estava deitada. não vestissem duas túnicas.

41 E, tomando a mão da menina, 10 E dizia-lhes: Na casa em que endisse-lhe: Talita cumi – que, traduzido, trardes, ficai nela até partirdes dali.

11 E, quando alguns vos não receé: Menina, a ti te digo, levanta-te.

42 E logo a menina se levantou, e berem, nem vos ouvirem, saindo dali, andava, pois já tinha doze anos; e sacudi o pó que estiver debaixo dos assombraram-se com grande espanto. vossos pés, em testemunho contra 43 E mandou-lhes expressamente que eles. Em verdade vos digo que haverá ninguém o soubesse; e disse que lhe mais tolerância no dia do juízo para Sodoma e Gomorra do que para os dessem de comer. daquela cidade.

Jesus retira-se para Nazaré 12 E, saindo eles, pregavam que se Mt 13.53-58; Lc 4.16-30 arrependessem.

E, PARTINDO dali, chegou à sua 13 E expulsavam muitos demônios, e terra, e os seus discípulos o se- ungiam muitos enfermos com óleo, e guiram. os curavam.

2 E, chegando o sábado, começou a enA morte de João Batista sinar na sinagoga; e muitos, ouvindo-o, Mt 14.1-12; Lc 3.19,20; 9.7-9 se admiravam, dizendo: De onde lhe vêm estas coisas? E que sabedoria é 14 E ouviu isto o rei Herodes (porque esta que lhe foi dada? E como se fazem o nome de Jesus se tornara notório), e tais maravilhas por suas mãos? disse: João, o que batizava, ressuscitou 3 Não é este o carpinteiro, filho de dos mortos, e por isso estas maravilhas Maria, e irmão de Tiago, e de José, operam nele. e de Judas, e de Simão? E não estão 15 Outros diziam: É Elias. E diziam aqui conosco suas irmãs? E escanda- outros: É um profeta, ou como um dos lizavam-se nele. profetas.

4 E Jesus lhes dizia: Não há profeta 16 Herodes, porém, ouvindo isto, sem honra, senão na sua terra, entre disse: Este é João, que mandei degolar; os seus parentes e na sua casa. ressuscitou dos mortos.

5 E não podia fazer ali obras maravi- 17 Porquanto o mesmo Herodes manlhosas; somente curou alguns poucos dara prender a João e encerrá-lo maniatado no cárcere, por causa de Herodias, enfermos, impondo-lhes as mãos.

6

5:39 Jo 11.11 5:40 At 9.40 5:43 Mt 8.4 6:1 Mt 13.54 6:2 Jo 6.42 6:3 Mt 11.6 6:5 Gn 19.22; Mt 13.58 6:6 Is 59.16; Mt 9.35 6:7 Mt 10.1 6:9 At 12.8 6:10 Mt 10.11 6:11 Mt 10.14 6:14 Mt 14.1 6:16 Mt 14.2

Marcos, 6 57 A primeira multiplicação mulher de Filipe, seu irmão, porquanto dos pães e peixes tinha casado com ela.

Mt 14.13-21; Lc 9.10-17; Jo 6.1-14 18 Pois João dizia a Herodes: Não te é lícito possuir a mulher de teu irmão. 30 E os apóstolos ajuntaram-se a Jesus 19 E Herodias o espiava, e queria e contaram-lhe tudo, tanto o que tinham feito como o que tinham enmatá-lo, mas não podia; 20 Porque Herodes temia a João, sa- sinado. bendo que era varão justo e santo; e 31 E ele disse-lhes: Vinde vós, aqui à guardava-o com segurança, e fazia parte, a um lugar deserto, e repousai muitas coisas, atendendo-o, e de boa um pouco. Porque havia muitos que iam, e vinham, e não tinham tempo mente o ouvia.

21 E, chegando uma ocasião favorável para comer. em que Herodes, no dia do seu aniver- 32 E foram sós num barco para um sário, dava uma ceia aos grandes, e lugar deserto.

33 E a multidão viu-os partir, e muitos tribunos, e príncipes da Galiléia, 22 Entrou a filha da mesma Herodias, o conheceram, e correram para lá, a e dançou, e agradou a Herodes e aos pé, de todas as cidades, e ali chegaram que estavam com ele à mesa. Disse primeiro do que eles, e aproximavamentão o rei à menina: Pede-me o que -se deles.

34 E Jesus, saindo, viu uma grande quiseres, e eu to darei.

23 E jurou-lhe, dizendo: Tudo o que multidão, e teve compaixão deles, me pedires te darei, até metade do porque eram como ovelhas que não têm pastor; e começou a ensinar-lhes meu reino.

24 E, saindo ela, perguntou a sua mãe: muitas coisas.

Que pedirei? E ela disse: A cabeça de 35 E, como o dia fosse já muito adiantado, os seus discípulos se aproxiJoão Batista.

25 E, entrando apressadamente, pediu maram dele, e lhe disseram: O lugar ao rei, dizendo: Quero que, imediata- é deserto, e o dia está já muito adianmente, me dês num prato a cabeça de tado; 36 Despede-os, para que vão aos luJoão Batista.

26 E o rei entristeceu-se muito; to- gares e aldeias circunvizinhos e comdavia, por causa do juramento e dos prem pão para si, porque não têm o que estavam com ele à mesa, não lha que comer.

37 Ele, porém, respondendo, lhes quis negar.

27 E, enviando logo o rei o executor, disse: Dai-lhes vós de comer. E eles mandou que lhe trouxessem ali a ca- disseram-lhe: Iremos nós e comprabeça de João. E ele foi e degolou-o na remos duzentos dinheiros de pão para lhes darmos de comer? prisão; 28 E trouxe a cabeça num prato e 38 E ele disse-lhes: Quantos pães deu-a à menina, e a menina a deu a tendes? Ide ver. E, sabendo-o eles, disseram: Cinco pães e dois peixes. sua mãe.

29 E os seus discípulos, tendo ouvido 39 E ordenou-lhes que fizessem asisto, foram, tomaram o seu corpo e o sentar a todos, em grupos, sobre a erva verde. puseram num sepulcro.

6:20 Mt 14.5 6:21 Gn 40.20; Mt 14.6 6:23 Et 5.3 6:26 Mt 14.9 6:30 Lc 9.10 6:31 Mt 14.13 6:32 Mt 14.13 6:35 Mt 14.15 6:37 Nm 11.13 6:38 Mt 14.17

58 Marcos, 7 40 E assentaram-se repartidos de cem 53 E, quando já estavam na outra em cem e de cinqüenta em cinqüenta. banda, dirigiram-se à terra de Gene41 E, tomando ele os cinco pães e os zaré e ali atracaram. dois peixes, levantou os olhos ao céu, 54 E, saindo eles do barco, logo o reabençoou e partiu os pães, e deu-os aos conheceram; seus discípulos para que os pusessem 55 E, correndo toda a terra em redor, diante deles. E repartiu os dois peixes começaram a trazer em leitos, onde por todos. quer que sabiam que ele estava, os que 42 E todos comeram e ficaram fartos, se achavam enfermos.

43 E levantaram doze cestos cheios de 56 E, onde quer que entrava, ou em pedaços de pão e de peixe. cidade, ou em aldeias, ou no campo, 44 E os que comeram os pães eram apresentavam os enfermos nas praças quase cinco mil homens. e rogavam-lhe que os deixasse tocar ao menos na orla do seu vestido; e todos Jesus anda por cima do mar os que lhe tocavam saravam.

Mt 14.22-36; Jo 6.16-21

45 E logo obrigou os seus discípulos a subir para o barco, e passar adiante, para a outra banda, a Betsaida, enquanto ele despedia a multidão.

46 E, tendo-os despedido, foi ao monte para orar.

47 E, sobrevindo a tarde, estava o barco no meio do mar, e ele, sozinho em terra.

48 E, vendo que se fatigavam a remar, porque o vento lhes era contrário, perto da quarta vigília da noite, aproximou-se deles, andando sobre o mar, e queria passar-lhes adiante, 49 Mas, quando eles o viram andar sobre o mar, cuidaram que era um fantasma e deram grandes gritos.

50 Porque todos o viram e perturbaram-se; mas logo falou com eles, e disse-lhes: Tende bom ânimo; sou eu; não temais.

51 E subiu para o barco para estar com eles, e o vento se aquietou; e entre si ficaram muito assombrados e maravilhados, 52 Pois não tinham compreendido o milagre dos pães; antes, o seu coração estava endurecido.

A tradição dos anciãos Mt 15.1-20

E AJUNTARAM-SE a ele os fariseus 7 e alguns dos escribas que tinham vindo de Jerusalém.

2 E, vendo que alguns dos seus discípulos comiam pão com as mãos impuras, isto é, por lavar, os repreendiam.

3 Porque os fariseus e todos os judeus, conservando a tradição dos antigos, não comem sem lavar as mãos muitas vezes; 4 E, quando voltam do mercado, se não se lavarem, não comem. E muitas outras coisas há que receberam para observar, como lavar os copos, e os jarros, e os vasos de metal, e as camas.

5 Depois perguntaram-lhe os fariseus e os escribas: Por que não andam os teus discípulos conforme a tradição dos antigos, mas comem o pão com as mãos por lavar?

6 E ele, respondendo, disse-lhes: Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.

7 Em vão, porém, me honram, en-

6:41 1Sm 9.13; Mt 26.26 6:45 Mt 14.22 6:47 Mt 14.23 6:48 Lc 24.28 6:52 Mc 3.5 6:53 Mt 14.34 6:56 Mt 9.20 7:1 Mt 15.1 7:5 Mt 15.2 7:6 Is 29.13; Mt 15.8

Marcos, 7 59 sinando doutrinas que são manda- 21 Porque do interior do coração dos mentos de homens. homens saem os maus pensamentos, 8 Porque, deixando o mandamento os adultérios, as prostituições, os hode Deus, retendes a tradição dos ho- micídios, mens, como o lavar dos jarros e dos 22 Os furtos, a avareza, as maldades, copos, e fazeis muitas outras coisas o engano, a dissolução, a inveja, a blassemelhantes a estas. fêmia, a soberba, a loucura.

9 E dizia-lhes: Bem invalidais o man- 23 Todos estes males procedem de damento de Deus para guardardes a dentro e contaminam o homem. vossa tradição.

A mulher cananéia 10 Porque Moisés disse: Honra a teu Mt 15.21-28 pai e a tua mãe; e: Quem maldisser ou o pai ou a mãe, morra de morte.

24 E, levantando-se dali, foi para os 11 Porém vós dizeis: Se um homem termos de Tiro e de Sidom. E, entrando disser ao pai ou à mãe: Aquilo que po- numa casa, não queria que alguém o derias aproveitar de mim é Corbã, isto soubesse, mas não pôde esconder-se, é, oferta ao Senhor, 25 Porque uma mulher, cuja filha 12 Nada mais lhe deixais fazer por seu tinha um espírito imundo, ouvindo pai ou por sua mãe, falar dele, foi e lançou-se aos seus pés.

13 Invalidando, assim, a palavra de 26 E esta mulher era grega, siro-fenícia Deus pela vossa tradição, que vós or- de nação, e rogava-lhe que expulsasse denastes. E muitas coisas fazeis semede sua filha o demônio. lhantes a estas.

14 E, chamando outra vez a multidão, 27 Mas Jesus disse-lhe: Deixa primeiro disse-lhes: Ouvi-me, vós todos, e com- saciar os filhos, porque não convém tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos preendei.

15 Nada há, fora do homem, que, en- cachorrinhos. trando nele, o possa contaminar; mas 28 Ela, porém, respondeu, e disse-lhe: o que sai dele, isso é que contamina Sim, Senhor; mas também os cachorrinhos comem, debaixo da mesa, as o homem.

16 Se alguém tem ouvidos para ouvir, migalhas dos filhos.

29 Então ele disse-lhe: Por essa paouça.

17 Depois, quando deixou a multidão lavra, vai; o demônio já saiu de tua e entrou em casa, os seus discípulos o filha. interrogavam acerca desta parábola. 30 E, indo ela para sua casa, achou 18 E ele disse-lhes: Assim também vós a filha deitada sobre a cama, e que o estais sem entendimento? Não com- demônio já tinha saído. preendeis que tudo o que de fora entra Cura de um surdo e gago de no homem não o pode contaminar, Decápolis 19 Porque não entra no seu coração, 31 E ele, tornando a sair dos termos mas no ventre, e é lançado fora, fide Tiro e de Sidom, foi até o mar da cando puras todas as comidas?

20 E dizia: O que sai do homem, isso Galiléia, pelos confins de Decápolis.

32 E trouxeram-lhe um surdo, que contamina o homem.

7:11 Mt 15.5 7:14 Mt 15.10 7:16 Mt 11.15 7:17 Mt 15.15 7:21 Gn 6.5; Mt 15.19 7:24 Mt 15.21 7:31 Mt 15.29 7:32 Mt 9.32