Galiza vencerá!

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Contra o liberalismo lingüístico Gznacion, 26 de Maio de 2009

Historicamente, os diferentes imperialismos tenhem defendido a sua ocupaçom e exploraçom de povos e continentes com base num argumentário de base racista e religiosa frente a selvagens, bárbaros e atrasados indígenas necessitados da mensagem religiosa e da direcçom política das cultas e poderosas elites ocidentais. Nessa concepçom, as línguas dos povos submetidos tenhem sido tam desprezadas como os seus utentes. Em nom poucos casos, a desapariçom das línguas verificou-se em simultáneo com o extermínio físico de todos e todas as suas falantes, como foi o caso do povo guanche; noutros, documenta-se umha substituiçom lingüística mediante diferentes formas de violência, quer física, quer psicológica ou legal, mas sempre com umha ideologia que afirma abertamente a superioridade do idioma e da civilizaçom colonizadora. Conservamos, desde logo no início de expansons continentais e ultramarinas como a inglesa ou a castelhana, exemplos claros do seu afám supremacista face aos povos colonizados. A ideologia lingüística que acompanhou os processos que convertêrom o inglês e o castelhano -também o português- nos idiomas intercontinentais que hoje som, construídos como tais sobre a aniquilaçom de numerosas línguas, constitui umha terrível armaçom autojustificativa nom só da extorsom económica, mas também do hegemonismo cultural e da imposiçom idiomática. Umha ideologia acorde, em definitivo, com todo o que hoje sabemos que representou a expansom colonial europeia durante séculos.

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