NT - Setembro 2012

Page 1

Notícias do ténis SETEMBRO 2012 EDIÇÃO MENSAL ONLINE

FLÁVIO SANTOS

Esta newsletter foi escrita no âmbito do novo Acordo Ortográfico.

Decisão em Bratislava


2

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

Taça Davis: Eslováquia-Portugal EDITORIAL Na participação de Portugal na prestigiada competição Taça Davis a que eu tive o privilégio de assistir, em Berna, na Suíça, ficou absolutamente claro porque razão Portugal está hoje no grupo I da competição. Na verdade, foi um fim de semana absolutamente fantástico para o ténis. Parecia que a Suíça inteira se tinha vestido com as cores da nação e rumava ao estádio de hóquei no gelo em Berna, adaptado para receber esta edição especial da Davis. Especial porque, apesar de se tratar de uma prova oficial do calendário da Davis Cup, mais parecia uma festa para o herói local: Roger Federer! Na véspera da prova, tive a oportunidade de participar no jantar oficial oferecido pela edilidade local com a participação das duas comitivas, que muito me orgulhou. Durante o discurso oficial da Federação Portuguesa de Ténis, centrado na nossa mais do que merecida participação, não pude deixar de referir o nome de Roger Federer. No final, o Roger levantou-se e de forma muito casual agradeceu as palavras que lhes dirigimos, mostrando também fora do campo todo o seu fair-play reconhecido pela maior parte dos aficionados. Com tudo isto, ou seja com toda esta festa montada, ficava por saber se nós

conseguiríamos estar à altura da ocasião. Seria a seleção nacional capaz de enfrentar a poderosa seleção helvética, contribuindo para o abrilhantar da prova em causa? Lembro-me naturalmente de todos os jogos, mas em particular do jogo entre Rui Machado e Federer. O Rui entrou com um break sobre o serviço do Roger e acabou por vencer o primeiro set, deixando mais de 8.000 pessoas de boca aberta. Roger acabou por vencer o jogo, mas tendo de se aplicar a fundo para levar de vencida o nosso Rui. Esta é a nossa raça, e que ninguém duvide da nossa vontade indómita de representar o nosso país com esta seleção, pensei na altura. Confidenciou-me mais tarde o nosso capitão da seleção, Pedro Cordeiro, que quando o Rui se levantou para iniciar o primeiro set lhe disse: “ vou já quebrar o serviço dele”. E quebrou mesmo! Revelador não? O mais do que confiável Frederico Gil proporcionou a todos jogos muito equilibrados contribuindo para um espetáculo de grande nível. O João Sousa acabou por revelar todo o seu potencial de um jovem de 20 anos na altura, que sem surpresas o colocam este ano à porta do top 100 ATP. Para esta edição desejamos naturalmente o maior sucesso para a nossa seleção, sabendo à partida que jogos de grande dificuldade e qualidade teremos garantidos de certeza. A seleção eslovaca que vamos defron-

tar agora, tem vários condimentos que aumentam o interesse sobre a nossa participação. É um país pequeno (metade da nossa população aproximadamente) mas com tradição no ténis desde os tempos da Checoslováquia, o que significa uma claque com grande pedigree e toda uma atenção dos media completamente diferente do que se passa em Portugal. Ao contrário do que acontece por cá, onde o futebol consome 90% das atenções dos media, seremos novamente “presenteados” com uma assistência aos jogos muito significativa. Em Bratislava esperam-se como de costume encontros difíceis, sendo as estrelas eslovacas Martin klizan e Lukas Lako o nosso maior obstáculo, e com Portugal com uma seleção em renovação, onde João Sousa uma das estrelas em ascensão do nosso ténis é naturalmente o ativo sólido de quem se espera um brilhante contributo. A ele juntam-se 3 outros talentosos jogadores portugueses: Gastão Elias, Pedro Sousa e o estreante João Domingues de apenas 19 anos. Esperemos que a falta dos nossos habituais jogadores “número 1” e “número 2” não se note de forma nenhuma! Aconteça o que acontecer no próximo fim de semana temos Taça Davis com Portugal no grupo I, com os ingredientes necessários para despoletar o interesse de todos os amantes da modalidade.

RODRIGO MENSURADO Vice-presidente da direção

EDIÇÃO ONLINE Direção: José Corrêa de Sampaio. Coordenação: José Santos Costa

Federação Portuguesa de Ténis Rua Ator Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha Tel.: 214 151 356

Fax: 214 141 520

geral@fptenis.pt

www.tenis.pt

_______________________________________________________________________________________________________ ___


3

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

«Sim, nós podemos!» da Eslováquia a permanência no Grupo I da Zona Europa/África da Taça Davis. Em Bratislava, o “playoff” vai desenrolar-se no “hard court” da Arena Aegon e os eslovacos vão atuar na sua superfície preferida. O coletivo de Pedro Cordeiro, formado por João Sousa, Gastão Elias, Pedro Sousa e João Domingues reúne confiança na vitória na eliminatória. Parafraseando Barak Obama, na eleição de há quatro anos para a presidência dos Estados Unidos: “Sim, nós podemos!”. No último embate entre as duas nações, Portugal recebeu a Eslováquia, no pó de tijolo do Jamor, e venceu por 4-1. Na altura, estava em jogo a primeira ronda e o acesso ao embate com a Suíça de Roger Federer. Um ano e meio depois, o cariz do confronto entre portugueses e eslovacos é outro. Continua no Grupo I a equipa que vencer, será relegada para o Grupo II em 2013 a que ceder. Em Bratislava, Portugal apresen-

...

FLÁVIO SANTOS

A partir de sextafeira, 14 de setembro, a seleção de Portugal decide com a congénere

PEDRO CORDEIRO acredita que Portugal pode surpreender a Eslováquia, em Bratislava

«Portugal tem argumentos» Pedro Cordeiro reconhece que o encontro com a Eslováquia encerra dificuldades, mas sublinha que Portugal “tem argumentos” para se superiorizar aos eslovacos em Bratislava. Na única vez que os portugueses jogaram em casa dos eslovacos, em 1996, sofreram um desaire, por 5-0. Karol Kucera era

um dos expoentes da Eslováquia. “Apesar de a Eslováquia de hoje não ser a equipa de Kucera, é, sem dúvida, muito forte. No entanto, os jogadores que agora vão defender as cores do nosso país dão-me todas as garantias para podermos surpreender a superioridade eslovaca”.

_______________________________________________________________________________________________________


4

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

... FLÁVIO SANTOS

ta-se sem Rui Machado (a competir desde final de Agosto, após prolongada ausência devido a lesão no joelho esquerdo) e Frederico Gil (pediu dispensa por não se encontrar em condições físicas). Pedro Cordeiro conta com João Sousa, o novo número um nacional, Gastão Elias, Pedro Sousa e João Domingues, que personificam a nova geração do ténis português. Chamado para render Rui Machado, que falha a segunda convocatória da Taça Davis em dez anos, Pedro Sousa regressa à seleção nacional, após uma ausência de dois anos e meio. A última participação do lisboeta na competição foi no confronto com a Dinamarca, no Complexo de Ténis da Maia, em Março de 2010. Portugal venceu por 4-1, na primeira ronda do Grupo II, com o filho de Manuel Sousa a atuar no penúltimo encontro da eliminatória, no terceiro e último dia. Pedro Sousa triunfou sobre Frederik Nielsen, por 6-7 (3), 6-1 e 6-1. Se João Sousa tem brilhado no ATP Challenger Tour, circuito em que conquistou recentemente o terceiro título em Tampere (Finlândia), Pedro Sousa também tem apresentado um conjunto de resultados interessantes, numa temporada em que se estreou em competições do Grand Slam.

MARÇO de 2011: Portugal recebeu a Eslováquia, no Jamor, e venceu, por 4-1, em confronto da primeira ronda do Grupo I

Para substituir Frederico Gil, numa fase menos boa na temporada, o “capitão” da equipa portuguesa selecionou João Domingues, campeão nacional absoluto e de juniores em título, que tem disputado ultimamente torneios de categoria “Futures” em Espanha, também com prestações satisfatórias. É a primeira vez que João Domingues, do Clube de Ténis de Oliveira de Azeméis, integra uma convocatória para a Taça Davis, logo num confronto decisivo.

É com estes novos valores do ténis português que Portugal vai enfrentar a Eslováquia, que perfila o mesmo coletivo que esteve no Jamor, no ano passado, e que cedeu por 4-1. Miroslav Mecir voltou a apostar em Martin Klizan — venceu o francês Jo-Wilfred Tsonga, na primeira ronda de singulares do Open dos Estados Unidos — e Lukas Lacko para os encontros de singulares e nos especialistas em pares Filip Polasek e Michal Mertinak.

_______________________________________________________________________________________________________


5

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

Os quatro mosqueteiros

GASTÃO ELIAS

PEDRO SOUSA

Natural das Caldas da Rainha, onde nasceu a 24 de novembro de 1990. “Ranking” ATP: 154.º (singulares)/454.º (pares). Estreou-se na Taça Davis em 2007. Tem cinco presenças nas eliminatórias da competição: Israel-Portugal (32), em 2012; UcrâniaPortugal (5-0) e Portugal -Tunísia (4-1), em 2008, e Holanda-Portugal (5-0) e Geórgia-Portugal (32), em 2007. Jogou três singulares e venceu um. Em pares, atuou por quatro vezes e soma apenas um único triunfo.

Nasceu em Lisboa, a 27 de maio de 1988. “Ranking” ATP: 235.º (singulares)/531.º (pares). Tem três presenças em eliminatórias da Taça Davis, competição na qual se estreou em 2006. Soma duas vitórias em singulares e um desaire. Eliminatórias jogadas: Portugal-Dinamarca (4 -1), em 2010; GeórgiaPortugal (3-2), em 2007; MarrocosPortugal (2-3), em 2006.

D.R.

Ucrânia-Portugal (5-0) e Portugal-Chipre (50)

D.R.

Nasceu a 30 de março de 1989, em Guimarães. “Ranking” ATP: 107.º (singulares)/254.º (pares). Estreou-se na Taça Davis em 2008. Contabiliza nove participações. Em singulares, triunfou num total de seis encontros e cedeu em três. Eliminatórias que jogou: Israel-Portugal (3-2), em 2012; Suíça-Portugal (50) e Portugal-Eslováquia (4-1), em 2010; Portugal -Bielorrússia (3-2) e Portugal-Chipre (5-0), em 2010; PortugalArgélia (5-0) e ChiprePortugal (3-2), em 2009;

D.R.

D.R.

JOÃO SOUSA

JOÃO DOMINGUES Nasceu a 5 de outubro de 1993, em Oliveira de Azeméis. “Ranking” ATP: 1.178.º (singu lar es)/1 .20 9.º (pares). Estreante numa convocatória da Taça Davis.

* Rankings de 10 de Setembro, atualizados pela ATP a 11 devido à final de singulares masculinos do Open dos Estados Unidos, disputada na segunda-feira.

_______________________________________________________________________________________________________


6

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

O «aeiou» do Eslováquia-Portugal

A egon Arena O “play-off” Eslováquia-Portugal terá como palco a Aegon Arena, em Bratislava. Também designado National Tennis Centre, o pavilhão multiúsos tem capacidade para quatro mil espetadores. Desde 2004 que a Eslováquia joga no recinto.

Eliminatória Esta é a segunda eliminatória que Portugal e Eslováquia disputam na edição de 2012 do Grupo I da zona euroafricana da Taça Davis. Portugal ficou isento na primeira ronda, enquanto Eslováquia deslocou-se a Glasgow, na Escócia, e baqueou por 32 frente à Grã-Bretanha. Na segunda ronda, a seleção de Pedro Cordeiro cedeu em Israel, por 3-2. Relegadas para o “play-off”, Portugal e Eslováquia ficaram isentas na primeira ronda e decidem na segunda qual das nações assegura a permanência no Grupo I da Zona Europa/África da Taça Davis. A seleção derrotada transitará para o Grupo II em 2013. A eliminatória entre Eslováquia e Portugal disputa-se à melhor de cinco encontros, com quatro embates em singulares e um de pares. Na sexta-feira, primeiro dia do “play-off”, jogam-se dois encontros de singulares, enquanto o embate de pares disputa-se no sábado. No domingo, a eliminatória encerra com dois encontros de singulares, podendo, caso a eliminatória esteja decidida, serem disputados à melhor de três “sets”. O sorteio realiza-se na quinta-feira. _____________________

I gualdade

Portugal e Eslováquia defrontaram-se na Taça Davis por duas vezes, registando-se uma igualdade. Em 2010, no Jamor, Portugal venceu por 4-1. Gil e Machado fecharam o primeiro dia com triunfos, o lisboeta frente a Lukas Lacko e o algarvio diante de Martin Klizan. Nos pares, Gil e Leonardo Tavares permitiram que Michal Mertinak e Filip Polasarek reduzissem. No último dia, Portugal selou o triunfo com Machado e João Sousa a superiorizarem-se a Lukas Lacko e Martin Klizan. No primeiro confronto entre as duas nações na Taça Davis, a Eslováquia venceu Portugal, por 5-0, em Trnava, em 1996. Nuno Marques, Emanuel Couto, Bernardo Mota e Bruno Fragoso representaram Portugal.

O ficiais

A ITF designou como juiz-árbitro Alan Mills. De 76 anos. O britânico foi juiz-árbitro em Wimbledon de 1982 a 2005, ficando conhecido por lhe pertencer a ele a decisão de suspender os encontros no All England Club devido à chuva. Como tenista, Mills foi o primeiro britânico a jogar com Rod Laver quando o australiano viajou para a Grã-Bretanha. Na equipa de Alan Mills na Aegon Arena, em Bratislava, estará o árbitro de cadeira neozelandês Blaze Trifunovski, além de outro “chair umpire” a indicar pela federação eslovaca.

Ú nico debutante João Domingues é o único debutante na convocatória de Pedro Cordeiro. . Na seleção portuguesa, desde julho de 2008 que um tenista estreava-se em convocatórias da Taça Davis. Aconteceu com João Sousa no Portugal-Chipre, no Lawn Tennis Club da Foz, no Porto, com os portugueses a vencerem os cipriotas, por 5-0. _____________________


7

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

Dar por um sorriso apenas

desde 2010. O objetivo é reunir material e verbas para os PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa) e, este ano, dezenas de raquetas e outro material desportivo encheram um contentor, que viajou com destino a GuinéBissau. Cabo Verde também recebeu material, demonstrando que o ténis também pode ser veículo para proporcionar a alegria dos mais carenciados. Por isso, dá-se sem esperar receber mais do que um sorriso. Hugo Amaral, treinador de ténis, é o rosto do projeto, que, com as doações de material à GuinéBissau nos últimos dois anos, possibilitou que a federação do país africano “conseguisse dobrar o número de praticantes” de ténis. “A razão de a modalidade escolhida para este projeto ser o ténis prende-se com o facto de eu ser treinador e adorar esta modalidade. E, também, pretender que outros tenham o mesmo amor pela modalidade que eu tenho”, refere Hugo Amaral.

...

D.R.

“Raqueta por um Sorriso” é um projeto em desenvolvimento em Portugal

“UMA RAQUETA POR UM SORRISO” deu alegria a muitas crianças e permitiu que a federação de ténis de Guiné-Bissau duplicasse número de praticantes

_______________________________________________________________________________________________________


8

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

... D.R.

HUGO AMARAL: “Projeto nasceu com intuito de dinamizar e desenvolver ténis nos PALOP”

não-governamental “Coração sem Fronteiras”, O circuito permite recolher material (não só de ténis como brinquedos, roupa e artigos para a escola) e outros apoios e está na reta final. Depois das etapas de Quinta das

Flores, Olaias, Almada, Paço do Lumiar, Amadora e CAD (Santa Iria), a sétima etapa será no Portela Ténis, a 29 de Setembro. Esta derradeira etapa antecederá o Masters, no Clube TAP, programado para 24 de novembro.

D.R.

O projeto “nasceu com o intuito de dinamizar e desenvolver o ténis nos PALOP também”, com a oferta de material e “através da primeira experiência e de núcleos de ténis gratuitos”. Nas primeiras experiências de ténis realizadas em Portugal, “mais de cem miúdos” aderiram às iniciativas, número que não inclui o Dia Olímpico, que contou com o apoio da Federação Portuguesa de Ténis, promovido no Complexo Desportivo do Jamor. Para este mês, projeta-se o início “de núcleos de ténis gratuitos em Odivelas” e, em agosto, “Raqueta por um Sorriso” esteve em Cabo Verde, onde distribuiu mais de 80 raquetas e outro material e realizou “workshops” com grande afluência, em Mindelo — São Vicente, Ribeira Grande — Santo Antão, Espargos — Sal e Cidade da Praia — Santiago. Sem apoios fixos, “Raqueta por um Sorriso” é apoiado pela Esport Solidari, da Catalunha, uma organização não-governamental, e por duas empresas, a JRS e a Impharma, que, como realça Hugo Amaral, possibilitam que “maior volume de material possa ser transportado para Cabo Verde”, no âmbito do projeto “Sementeira”, que também está a ser desenvolvido, na ilha do Sal. “Raqueta por um Sorriso” promove igualmente o Circuito Solidário, a que se associou a organização

A primeira experiência no ténis cativou muitos jovens

_______________________________________________________________________________________________________


9

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

António Sabugueiro, nascido a 12 de Julho de 1997, iniciou-se na prática do ténis com sete anos de idade. Dois anos depois, aventurou-se na competição, nos torneios de sub-10 do PNDT (Programa Nacional de Deteção de Talentos), da Federação Portuguesa de Ténis. Foi número um nos “rankings” nacionais de sub-12 e sub-14. É o atual líder da classificação nacional do escalão de sub-16. Em 2009, António Sabugueiro conquistou o primeiro título nacional individual, no escalão de sub-12. A esta conquista juntou os títulos de campeão nacional em pares de sub-14 (com Tiago Eusébio), em 2010, e de vice-campeão em duplas em sub -16 (com Rafael Marques), em 2011. O pupilo do técnico Luís Ferreira, soma seis títulos em torneios internacionais, sob a égide da Tennis Europe: sub-12 Azores Open (pares), em sub-12; Kópavogur Open (singulares e pares), na Islândia, em sub-14; Marsa TE (pares), em Malta, em sub-16; Aegon Junior International London (pares), em sub-16; e National Park Open (singulares), em Albânia, em sub-16. Residente em Sintra, Sabugueiro é o atual 127.º no “ranking” de sub-16 da Tennis Europe (semana 36-2012), o seu melhor registo na hierarquia mundial do escalão. Nesta página, António Sabugueiro na primeira pessoa do singular.

D.R.

«Quero atingir grande feito» Pessoal

& transmissível

António Sabugueiro 16 anos O ténis é... grande parte da minha vida. Jogo ténis porque... não há nada que eu goste mais de fazer. O que mais gosto no ténis é... a competição. O que mais detesto no ténis é... perder a jogar mal. Para mim, treinar é... melhorar o que tenho de mau e aperfeiçoar o que tenho de bom. O sucesso significa… muitas horas de trabalho e dedicação. No ténis, quero atingir... um grande feito nunca antes alcançado por um português. Depois de vencer um encontro... desfruto da vitória. Quando sou eliminada num torneio, fico... triste se não tiver cumprido os meus objetivos. Até ao momento, a minha maior alegria no ténis foi... ser campeão nacional. E a maior tristeza no ténis foi... perder prematuramente no Campeonato Nacional.

Se eu mandasse no ténis... promovia a criação de academias em Portugal, para que os jogadores tivessem menos carga horária escolar. Em Portugal, o ténis precisa de... ser mais praticado, da quantidade sai a qualidade. E é necessário treinar mais horas, para passarmos a ter um nível médio mais elevado. Um ou uma tenista português no "top" 10 seria... algo de muito bom e talvez passasse a ser uma modalidade com mais visibilidade. Um bom treinador é... aquele que se preocupa com a pessoa e não apenas com o jogador. O meu ídolo no ténis é... Novak Djokovic. O meu torneio preferido é... Wimbledon. Dos que joguei, é o Les Petits As [França]. A minha superfície preferida é... piso rápido. No meu saco, não dispenso... raquetas, corda para a raqueta, corda para saltar, elásticos, toalha, água, bebida isotónica, gel energético, pensos rápidos, roupa de troca e ténis para todos os pisos.


10

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

Ganhar o último jogo... «TIE-BREAK»

CARLOS FIGUEIREDO Jornalista

Rememoro ainda que Miroslav Mecir era um jogador sem brilharetes, jogando sabiamente para o ponto

Lembro-me bem do pacato Miroslav Mecir, atual “big boss” da seleção eslovaca, quando ele passou por Portugal (será óbvio que a convite de João Lagos). Mecir marcou a sua presença sempre tranquilo e desportivo. Não me recordo agora em todos os pormenores, nem sequer do nome do seu adversário num torneio de exibição em Cascais. Mas foi notória a maneira como conduziu o confronto, nos saudosos tempos em que João Lagos nos brindava com um par de jogadores super, que tornavam as noites de Cascais e do Algarve em autêntica delícia para os apaniguados portugueses, que, geralmente, enchiam os recintos. Convém esclarecer que estas iniciativas de João Lagos não faziam parte de nenhuma competição a longo prazo, antes eram resultado de criteriosa escolha, sempre com a preocupação de trazer a Portugal os melhores craques da época. Rememoro ainda que Miroslav Mecir era um jogador sem brilharetes, jogando sabiamente para o ponto. Foi assim que ele bateu o seu opositor nessa ocasião e com

muita categoria. No final, perguntámos-lhe qual era o seu segredo, vencendo oponentes hipoteticamente mais fortes. Singelamente, ele respondeu: — O segredo é ganhar o último jogo… Entretanto, não posso deixar de aproveitar o ensejo para, no mínimo, apontar algumas reticências a estas andanças do ténis, frequentemente inspiradas em aventuras algo ultrapassadas. Por exemplo, a não observância da época do ano em que, frequentemente, os jogadores estão já saturados. Portugal visita Bratislava nesta semana e, agora, contando para a Taça Davis, o assunto é mais melindroso: por exemplo, Martin Klizan, um jogador que ainda há poucas semanas cometeu a proeza de eliminar do US Open o francês JoWilfried Tsonga, quinto cabeça de série, merece todas as atenções dos nossos técnicos, na medida em que, atendendo às credenciais, até pode oferecer ao seu país dois dos três pontos necessários para a Eslováquia ganhar a eliminatória e permanecer no Grupo I. Significa que um só jogador pode ganhar a ronda.

_______________________________________________________________________________________________________


Associações Regionais AÇORES AVEIRO LEIRIA

ALGARVE

ALTO ALENTEJO

CASTELO BRANCO LISBOA

SETÚBAL

MADEIRA VILA REAL

COIMBRA PORTO VISEU


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.