NT julho 2012

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Notícias do ténis EDIÇÃO MENSAL ONLINE

JULHO 2012 Foto: César Pincheira

O primeiro semestre do ano completou-se. Em todos os quadrantes do planeta, tenistas portugueses participaram em torneios dos circuitos profissionais ATP, WTA e ITF e em provas juvenis do calendário internacional da Tennis Europe. Foram seis meses com momentos de glória, que se recordam nesta edição. Recupera-se os vencedores (na foto, Frederico Gil e o espanhol Gimeno-Traver, que conquistaram o título de pares em Viña del Mar) e os vice-campeões de competições internacionais em singulares e na variante de duplas. O corolário do esforço e da dedicação e um enorme contributo para o ténis português.

Esta newsletter foi escrita no âmbito do novo Acordo Ortográfico.

Momentos de glória


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FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

Factos e números EDITORIAL

Os

dirigentes

desportivos,

atenção, com “facts and figu-

cada vez mais enredados nos

res”, para os bons resultados

problemas

e

desportivos que, tantas vezes

financeiros das instituições que

na sombra de outras modalida-

gerem, afastam-se por vezes,

des mais mediáticas, vão sen-

e muito contra vontade, da

do conseguidos pelos nossos

razão primeira do seu envolvi-

atletas.

mento nas tarefas e responsa-

É esse apanhado, referente

bilidades assumidas, que é o

aos resultados mais significati-

acompanhamento,

consolida-

vos alcançados no primeiro

ção e expansão da modalidade

semestre deste ano, que se

desportiva a que estão ligados.

encontra registado nesta NT,

O ténis não é exceção e tam-

para memória futura, para hon-

bém aqui se passa mais tempo

ra dos atletas distinguidos e

em gabinetes, com reuniões,

para conhecimento de todos os

audiências,

lista dos melhores 160 jogado-

que se interessam pelo ténis

homenagens, eu sei lá, do que

res masculinos do mundo inte-

nacional,

muitas

nos courts a assistir a torneios

gra: - 1 britânico, 0 suecos, 0

vezes pela falta de notícias, da

e a apoiar jogadores.

noruegueses, 0 dinamarque-

evolução bastante positiva do

Uma lástima, uma frustração,

ses, 2 finlandeses, 2 austría-

ténis de competição em Portu-

mas a realidade que nestes

cos, 2 holandeses, 3 suíços, 4

gal.

tempos de dificuldades de toda

australianos, 2 sul africanos, 3

Em

a ordem, tende a agravar-se.

como curiosidade e a título de

É por isso muito bom ter como colaboradores gente que faça o trabalho de casa e chame a

ses.

comparação,

Claro que há muito a fazer

administrativos

assembleias,

jeito

distraídos

de

post-scriptum, não resisto

a

referir que, à data de hoje, a

JOSÉ CORRÊA DE SAMPAIO Presidente da direção

canadianos, e… 4 portugue-

mas…vamos a caminho.

EDIÇÃO ONLINE Direção: José Corrêa de Sampaio. Coordenação: José Santos Costa

Federação Portuguesa de Ténis Rua Ator Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha Tel.: 214 151 356

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Momentos de glória Foto: Roberto Cardoso/Curta Ténis

O primeiro semestre de 2012 está concluído. Em vários locais do Mundo, tenistas portugueses inscreveram o nome na galeria de campeões e sagraram-se vice-campeões de torneios dos circuitos profissionais ATP, WTA e ITF e em competições juvenis sob a égide da Tennis Europe. Foram seis meses com muitos momentos de glória, com os tenistas portugueses a assinarem feitos notáveis nos seniores e nos escalões jovens. De entre todos os campeões e vice-campeões portugueses de Janeiro a Junho, destaca-se Frederico Gil. O lisboeta, com residência em Sintra, conquistou o primeiro título da carreira no ATP World Tour. Foi em Viña del Mar, no Chile. Ao lado do espanhol Daniel GImeno-Traver, Gil arrecadou o troféu em pares e tornou-se no primeiro português a vencer um torneio do ATP World Tour.

GASTÃO ELIAS começou o ano com a final do Challenger de São Paulo (Brasil), mas Thiago Alves não lhe permitiu a conquista do primeiro título

Janeiro, 8, São Paulo, Brasil. Gastão Elias jogou a final do ATP Challenger Tour São Paulo. O brasileiro Thiago Alves levou-lhe a melhor e o português acabou por não conseguir averbar o primeiro título da carreira em torneios da categoria, apesar de ter travado um intenso despique, com as duas partidas a serem decididas

no tie-break. O desfecho foi de 7-6 (5) e 7-6 (1). Elias teve um percurso notável no ATP Tour Challenger São Paulo, eliminando o argentino Horácio Zeballos (primeiro cabeça de série) e o argentino Federico Delbonis (quarto). Com prestações seguras, o português, treinado pelo bra-

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... Foto: César Pincheira

sileiro Jaime Oncins, alcançou a terceira final, mas, tal como em Buenos Aires (Argentina) e em Belo Horizonte (Brasil), em 2011, o tenista natural das Caldas da Rainha sagrou-se vice -campeão em São Paulo.

Gil com proeza inédita Em finais de Janeiro, depois de ter alcançado a terceira ronda do Open da Austrália (o primeiro tenista português masculino a conseguir jogar um terceiro encontro no quadro principal de provas do Grand Slam), Frederico Gil inscreveu mais uma proeza na sua carreira: venceu o torneio de pares de Viña del Mar, no Chile, competição de categoria 250 do ATP World Tour. Ao lado do espanhol Daniel Gimeno-Traver, Gil impôs-se ao espanhol Pablo Andujar e ao argentino Carlos Berloq, por 1-6, 7-5 e 12-10. Desta feita em pares, Gil repetiu a presença numa final de um torneio do ATP World Tour, depois de ter discutido o título de singulares do Estoril Open, em 2009, acabando por ceder frente ao espanhol Albert Montañes. Gil tornou no primeiro português a vencer uma prova no ATP World Tour. Tornou-se também o segundo tenista luso a jogar uma final de pares no circuito ATP. O primeiro foi João Cunha e Silva, em 1989, no torneio francês de Lyon, do calendário do Grand Prix, a designação do ATP World Tour na altura. Cunha e Silva fez dupla com o belga Eduardo Masso e foram vicecampeões.

FREDERICO GIL é o primeiro português a vencer um torneio no ATP World Tour

Em finais de fevereiro e princípios de março, foi a vez de Leonardo Tavares jogar uma final de um Challenger. Recém regressado à competição, depois de um período de ausência prolongado devido a lesão, o portuense e o espanhol Javier Marti foram vice-campeões em Florianópolis, no Brasil, depois de cederem frente a Blaz Kavcic (Eslováquia) e António Veic (Croácia), pelos parciais de 6-3 e 6-3. Na Europa, João Sousa alcançava o sucesso em Mersin. No Challenger turco, o vimaranense somou o seu

segundo título de singulares em provas da categoria. Os muitos portugueses que estudam na Turquia, no âmbito do programa Erasmus, dispensaram-lhe apoio na final com Javier Marti. Com 6-4, 0-6 e 6-4, Sousa foi consagrado o vencedor de singulares em Mersin, juntando este título ao registado em Furth, na Alemanha, no ano passado.

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FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS

Num ano marcado por condicionalismos físicos, Rui Machado foi vicecampeão em singulares em Roma (Itália). No Challenger romano, o número um português só foi travado pelo espanhol Roberto BautistaAgut, por 6-7 (9), 6-4 e 6-3, no encontro de atribuição do título. A última presença numa final de um Challenger reportava-se a 2011, em Szczerin, na Polónia, com o algarvio a somar o quarto título de singulares desse ano e o sexto em torneios da categoria. De resto, foi em Roma que Machado quebrou um longo enguiço de oito encontros individuais sem vencer. O tenista português eliminou o russo Evgeny Donskoy na primeira ronda, pelos parciais de 6-3, 6-7 (4) e 6-3. E, a partir daí, embalou e só parou na final.

João Sousa campeão em Furth Impedido de revalidar o título de singulares, João Sousa voltou a vencer em junho, em Furth, mas desta feita em pares. Mais de um mês depois de uma presença história nos quartos de final do Estoril Open, no início de maio, João Sousa, com o espanhol Arnau Brugues-Davi, conquistou em Furth o segundo título de pares da carreira, depois de ter vencido o ATP Challenger Tour Tampere (Finlândia), em 2010, ao lado de Leonardo Tavares.

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MACHADO foi travado na final do Challenger de Roma

Na final de Furth, Sousa e BruguesDavi venceram o australiano Rameez Junaid e o indiano Purav Rajá, por 75, 6-7 (4) e 11-9. Em Caltanissetta, Gastão Elias atuou na segunda final do ano em Challenger. No torneio italiano, o português foi superado por Tommy Robredo, por 6-3 e 6-2. Antigo número cinco do Mundo, Robredo, de 30 anos, realizou em Caltanissetta o primeiro torneio, depois de ausência de um ano devido a lesão. Pedro Sousa optou pelos Estados Unidos para iniciar o ano. E a digressão na Florida não podia ter sido melhor para o filho de Manuel de Sousa, uma vez que o jovem tenista lisboeta arrecadou

um total de 14 pontos para o “ranking” de singulares, com duas presenças em meias-finais (Sunrise e Palm Coast) e uma nos quartos de final (Weston). Em Palm Coast, Pedro Sousa e o sueco Christian Lindell averbaram o título de pares, depois de terem vencido na final os norte americanos Vahid Mirzadeh e Michael Shabaz. O desfecho foi de 6-7 (7), 6-3 e 10-8. Novo triunfo em pares no ITF Futures Maiorca, em Espanha. Desta feita ao lado de Gonçalo Falcão, Pedro Sousa ergueu a taça. O derradeiro encontro na variante foi favorável à dupla portuguesa por 64, 3-6 e 10-6 sobre os espanhóis

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... Foto: Vítor Garcia

Michael Jaen e Carlos Poch-Gradin.

Ainda em fevereiro, Pedro Sousa foi finalista vencido em Múrcia, em Espanha, no torneio de singulares, amealhando mais 10 pontos para o escalonamento ATP. O português cedeu pelos parcelares de 2-6, 6-4 e 6-3 frente ao canadiano Steven Diez. «Leo» de volta Foi ainda em fevereiro que Leonardo Tavares regressou à competição, depois de uma ausência forçada devido a lesão, que o arredou dos “courts” durante alguns meses. O tenista portuense atuou em Itajaí, um torneio de categoria Futures no Brasil, e atingiu a final de pares, juntamente com Goran Tosic, da Macedónia. No entanto, “Leo” e o macedónio não conseguiram a vitória no embate com o brasileiro Fernando Romboli e o francês Jonathan Eysseric, que fecharam o derradeiro confronto do torneio de duplas com 1-6, 63 e 10-8. Em finais do segundo mês do ano, Pedro Sousa voltou aos triunfos no circuito ITF. Na segunda final consecutiva do ano, o lisboeta vence o ITF Futures Faro, após ter superado o italiano Cláudio Grassi, por 6-4 e 7-6 (6).

MARGARIDA MOURA e JOANA VALLE COSTA

Mas Pedro Sousa não se contentou o título de singulares e conseguiu a “dobradinha”. Na final de pares, com Gonçalo Falcão, triunfou sobre o húngaro Denes Lukacs e o alemão Steven Moneke, por 7-5 e 6-4.

O «tri” de Michelle Depois de uma participação descolorida no Open da Austrália, torneio em que iniciou a temporada, Michelle Larcher de Brito registou o terceiro triunfo em singulares em provas do circuito profissional feminino da ITF. Foi em Surprise, nos Estados Unidos, uma competição de 25 mil dólares,

em que a mais bem cotada tenista portuguesa de sempre aplicou 6-1 e 6 -3 a Claire Feverstein, de França. Aconteceu em fevereiro. Em princípios de junho, em Cantanhede, no torneio internacional organizado pelo Clube Escola de Ténis de Cantanhede, Margarida Moura e Valle Costa venceram em pares. As portuguesas, que conquistaram o primeiro título no ITF Women, registaram os parciais favoráveis de 7-5 e 6-1 frente à dupla espanhola formada por Aida Martinez Sanjuan e Paula Mocete-Talamantes, incapazes de contrariar o domínio de Moura e Valle Costa. Aliás, só na parte final da primeira partida é que as hispânicas colocaram alguns problemas às tenistas lusas. Joana Valle Costa voltaria a estar num encontro de atribuição de um título, desta feita de singulares, pela primeira vez na sua carreira no ITF Women. Foi em Amarante Ladies Open, evento do circuito internacional promovido pelo Clube de Ténis de Amarante em junho, com a tenista do CETO a sagrar-se vice-campeã. A francesa Virgine Ayassamy, proveniente da fase de qualificação, venceu, mas a portuguesa, campeã nacional em título de Cadetes, vendeu cara a derrota em três partidas, concluídas com os parciais de 6-4, 16 e 6-2.

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Valle Costa cedeu na final, mas demonstrou ser um valor seguro no ténis português, num torneio em que duas portuguesas inscreveram o nome na galeria das vencedoras: Maria João Koehler, em 2009; Magali de Lattre (retirou-se em finais do ano passado), em 2011.

FREDERICO SILVA (na foto, ao lado de Rafael Nadal, com quem treinou por duas vezes) atingiu sexto posto no “ranking” júnior mundial em janeiro

«Kiko» em grande No circuito ITF Junior, Frederico Silva começou a temporada em grande. Logo no início do ano, o tenista das Caldas da Rainha foi vice-campeão em singulares e campeão em pares no Abierto Juvenil Mexicano. Na final individual, Frederico Silva não conseguiu venceu o italiano Stefano Napolitano, que impôs um duplo 6-4 ao português. Nesse mesmo mês, Frederico Silva atinge a sexta posição no “ranking” júnior mundial, a melhor de sempre do tenista treinado por Pedro Felner. Nos pares, Frederico Silva e o norte -americano Connor Farren averbaram o triunfo, com 4-6, 6-4 e 10-4 sobre os italianos Matteo Donati e Stefano Napolitano. Em meados de Janeiro, outro português deu nas vistas, ao conquistar o 11 Sanxenxo International Junior Tournament. Diogo Rocha viajou até Pontevedra, na Galiza, para somar o título de singulares do torneio espanhol, após de se ter imposto ao francês Maxime Hamou, com os parciais de 6-3, 6-7 (6) e 6-2. O ténis juvenil português continuou a dar cartas além-fronteiras e, ainda

em fevereiro, Danyal Sualehe, Nuno Deus, José Maria Moya e Felipe Cunha e Silva disputaram as finais do ITF/CAT North African Circuit, em Tlemcen, na Argélia. Na competição de duplas femininas, Inês Miranda jogou a final do mesmo torneio argelino, mas a portuguesa e a marroquina Mouna Jebri não foram além de 5-7, 6-0 e 10-5, permitindo que a russa Elonora Mindiyarova e a polaca Katarzyna Pyka triunfassem. Danyal Sualehe foi vice-campeão em singulares, com Soufiane Mouline a averbar o título, depois de 6-0 e 6-4 ao português. Nos pares, a final foi exclusivamente portuguesa. Nuno Deus e José Moya acabaram por erguer o troféu, depois de 3-6, 6-2 e 10-5 a Danyal Sualehe e Felipe Cunha e Silva. Em março, em femininos, Maria Palhoto triunfou no torneio de pares do ITF Junior International Champion-

ships of Luxembourg. A portuguesa e a espanhola Olaya Rivas impuseramse a Bianka Bekefi, da Hungria, e a Anke Poncelet, da Bélgica, por 6-3 e 6 -2. Em abril, na terra batida do ITF Junior de Benicarlo, em Espanha, Frederico Silva e Jeroen Vanneste foram vice-campeões, não conseguindo levar a melhor sobre os espanhóis Eduard Lobato e Pol Bague. O desfecho foi de 6-2, 3-6 e 10-6. Frederico Silva voltou a ceder numa final de pares. No X International Junior Pilar de la Horadada, em Espanha, o português, desta feita a fazer dupla com o italiano Stefano Napolitano, não conseguiu superar novamente Eduard Lobato e Pol Bague, que fecharam a final com outro título, depois de 6-4 e 7-6 (6)

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Em maio, outra final de torneios do ITF Junior com participação portuguesa. No Epitok-Abris, em Budapeste, capital da Hungria, Gonçalo Loureiro fez par com o francês Calvin Hemery. Os dois tenistas cederam na final frente a Tomas Papik, da República Checa, e Julius Tverijonas, da Lituânia, com 6-3, 1-6 e 10-6.

No circuito de sub-16 da Tennis Europe, António Sabugueiro eleveou bem alto o nome de Portugal no Aegon Junior International London, ao vencer a prova de pares, ao lado do australiano Gonzalo Raschi. Com 3-6, 6-4 e 10-5, o português e o australiano desembaraçaram-se dos britânicos Daniel Little e Sam Rice. No escalão sub-14, Martim Vilela e o russo Sergey Schetinin asseguraram a presença na final de pares do 18.º Lawn Tennis Club Tournament, em Angra do Heroísmo, no início de abril. A dupla luso-russa foi vicecampeã do torneio açoriano, com o par constituído pelo britânico Jay Clarke e pelo turco Kaya Gore a somar o título, depois da retirada de Vilela e Schetinin, quando o desfecho era desfavorável em 6-3 ao português e ao russo. No mesmo torneio, Tiago Cação

ANTÓNIO SABUGUEIRO venceu torneio de pares do Aegon Junior International de Londres

atuou na final de singulares, que também não a concluiu. O campeão nacional de sub-14 de 2011 jogou com o turco Kaya Gore, que festejou o título com 6-3 e 1-0. Tiago Neves e Bernardo Pires jogaram a final do quadro de consolação, com triunfo do primeiro, por 4-0 e 4-1. Ainda em abril, Beatriz Rodrigues Bento e Marta Oliveira foram as vencedoras do torneio de pares do IV Gutysport Tennis Europe, em Magaluf, em Espanha. A dupla lusa teve um percurso notável e nem as russas Elena Belenova e Ekaterina Kunina, par segundo cabeça de série, impediram Beatriz Rodrigues Bento e Marta Oliveira da conquista da prova, após 6-1, 5-7 e 10-8. Na primeira de duas finais no pri-

meiro semestre do ano, Salvador Bandeira foi campeão em pares na Montenegro Cup, em Niksic, ao lado do russo Sergey Schetinin. Os dois venceram Aleksa Daskalovic e Aleksa Petrovic, por 6-2 e 6-3, em finais de maio. Na semana seguinte, igualmente em Montenegro, Salvador e Schetinin contabilizam o segundo título de pares do ano no Congo & Open, em Ulcinj. Esta dupla registou os parciais de 6-2 e 6-4 no derradeiro encontro da competição montenegrina, disputado ante o sérvio Rejhan Gigic e o bielorrusso Sanin Zulic. Em sub-12, Daniel Rodrigues, em singulares e nos pares ao lado de Afonso Vaz Viana, evidenciaram. No Azores Open, organizado pelo Clube de Ténis de S. Miguel e integrado no

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... D.R.Clube de Ténis de S. Miguel

calendário internacional da Tennis Europe , Daniel Rodrigues contabilizou por triunfos os três encontros no Grupo E, disputado em sistema de “round robin”, terminando no primeiro lugar do agrupamento. Na fase por eliminatórias, Daniel Rodrigues alcançou a final de singulares, mas o ucraniano Michael Kvantaliani gorou-lhe os intentos de somar o título, com 6-2, 2-6 e 63 impostos ao representante do ténis português. Na variante de pares, Daniel Rodrigues e Afonso Vaz Viana foram os novos campeões do torneio, após 7-6 (3) e 6-3 a Michael Kvantaliani e ao russo Alexander Schevchenko. Em Copenhaga, na Dinamarca, em maio, mais dois jovens portugueses estiveram numa final de pares de torneios internacionais, acabando por somar mais um título lusitano nos escalões juvenis em competições realizadas no estrangeiro. No Lyngby Tennis Europe, Gonçalo Andrade e João Faria Carvalho fecharam com um duplo 6-1 a final disputada frente à dupla constituída por Christian Linge, da Noruega, e por Roentto van Tilburg, da Holanda. Decorria o mês de Junho quando

DANIEL RODRIGUES: o madeirense foi finalista vencido em singulares e triunfou em pares juntamente com Afonso Vaz Viana no Azores Open

Sofia Sualehe também se sagrou vencedora de uma competição internacional sob a égide da Tennis Europe reservada ao escalão de sub-14. Foi em Itália, no International Pescara Tournament que a jovem tenista do Clube Nacional de Ginástica ganhou a prova de pares, fazendo dupla com a jovem tenista Yana Kochneva, natural da Rússia. No encontro de atribuição do título de pares de Pescara, Sofia Sualehe e Yana Kochneva defrontaram

o par constituíodo por Federica Bilardo (Itália) e por Katie Swan (Grã-Bretanha). A portuguesa e a russa cederam no primeiro “set”, por 6-3, mas reagiram no segundo, que fecharam com o parcial de 6-3 e na decisão no “match tie-break” fecharam com 10-6. Sualehe conquistou o último triunfo de uma representante lusa no período de janeiro a Junho, um primeiro semestre recheado de cometimentos de tenistas portugueses em provas internacionais.

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Os portugueses nos Jogos Olímpicos em Wimbledon. O português travou animado despique com o croata, que acabou por conquistar a medalha de bronze em singulares e em pares, ao lado de Goran Prpic. Santos Costa, “capitão” em Barcelona, recordou que, no final do encontro, que terminou favorável a Ivanisevic por 2-6, 2-6, 7-6, 6-4 e 3-6, “membros da brigada antidoping convocaram o jogador português para o controlo, provavelmente o primeiro da competição de ténis”. Em pares, Emanuel Couto e Bernardo Mota defrontaram os franceses Guy Forget e Henri Leconte, na primeira eliminatória. Os gauleses superaram os portugueses, com os parciais de 6-1, 6-3 e 6-1. A mesma dupla portuguesa marcou presença nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, enquadrada pelo selecionador José Vilela (que estaria igualmente presente em Atenas 2000), não conseguindo superar a primeira eliminatória. Frente a Mark Knowles e Roger Smith, ambos das Bahamas, Mota e Couto cederam por duplo 7-6. João Cunha e Silva, que antes optara pela carreira em detrimento dos Jogos Olímpicos, foi impossibilitado

Foto: Pedro Castro Silva

Os Jogos Olímpicos de Londres estão à porta. Doze anos depois da última participação de tenistas portugueses, o All England Club, palco do mítico Grand Slam de Wimbledon, vai receber a elite do ténis mundial, mas sem qualquer representante português, uma vez que a ITF não contemplou Rui Machado com “wild card”. Portugal tem quatro presenças nos Jogos Olímpicos, a primeira das quais em Paris (1924), na última vez em que a modalidade integrou o programa antes de um hiato de 64 anos. Na capital parisiense, Rodrigo Castro Pereira jogou a primeira eliminatória. Em 1988, Marco Seruca falhou a qualificação europeia para os Jogos Olímpicos de Seul, em 1988, realizada em Budapeste, na Hungria. Jogou apenas a primeira ronda frente ao britânico Richard Winchell. Quatro anos volvidos, 68 depois da participação de Rodrigo Castro Pereira, o ténis português volta aos Jogos Olímpicos, com Bernardo Mota e Emanuel Couto na comitiva olímpica lusa, acompanhados pelo selecionador nacional, Santos Costa. Em singulares, Bernardo Mota jogou a primeira eliminatória com Goran Ivanisevic, anos mais tarde vencedor

BERNARDO MOTA é o recordista luso de presenças nos Jogos Olímpicos

de estar nos Estados Unidos, por ter sido submetido a uma intervenção cirúrgica a um joelho. Avançou para o seu lugar Bernardo Mota. A última participação de portugueses nos Jogos Olímpicos reporta-se a 2000, em Sidney, com Mota e Marques a também não passarem da ronda inaugural de pares. Mark Knowles e o compatriota Mark Merklein venceram Mota e Marques, em três partidas. Os portugueses venceram a primeira partida por 7-6 (7), mas não conseguiram evitar a superioridade dos adversários nos segundo e terceiro “sets” (6-4 e 7-5).

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O fascínio de Wimbledon «TIE-BREAK»

CARLOS FIGUEIREDO Jornalista

De longe em longe, “regresso” a Wimbledon, para tanto servindo o menor pretexto

Não me compete fazer a crónica do Grand Slam, já tenho a minha conta… Mas, de longe em longe, “regresso” a Wimbledon, para tanto servindo o menor pretexto. E penso logo naquele blusão que, há um bom par de anos (talvez mais de vinte), comprei na Rua Barros Queirós, em Lisboa, para os lados da Igreja de S. Domingos. Um simples blusão azul-escuro, já desbotado, mas de que continuo a gostar muito. Completando a ideia, comprei também um emblema do clube londrino e apliquei-o no blusão. No ano seguinte, em novo Open australiano, recomecei o hábito matinal de percorrer os vários “courts” do Grand Slam de Melbourne, que começavam a aquecer os motores para a primeira grande competição. De repente, notei que estava a ser seguido por duas adeptas locais, já um bocadinho “entradotas”, mas ainda em muito bom uso… Para onde eu ia, elas seguiamme, com sorrisos que, para um português engatatão, reacenderam as peneiras. De repente, uma delas, mais afoita, aproximou-se corajosamente e

(em língua inglesa) disparou: — O senhor, desculpe: não me quer vender o seu blusão? Expliquei que a peça de vestuário era de estimação, não queria desfazer-me dele, aliás, já estava demasiado coçado. — Não importa, pago-lhe o que o senhor entender. O que me interessa é que o blusão veio de Wimbledon! Não foi apenas a honestidade a inviabilizar a operação: a verdade é que gosto muito daquele blusão… «Smile, Rui!»

Já agora, falando ainda de Wimbledon, viram como Rui Machado (pela primeira vez na sua carreira, teve entrada direta no quadro principal do “major” britânico) conduziu as operações contra o norte-americano Baker, na primeira ronda de singulares do quadro principal? Parecia que estava a cumprir um doloroso dever, derrotando-se a si próprio. Ele lá terias as suas razões, mas ousarei lembrar que a alegria do jogo também faz parte da “técnica”.

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Associações Regionais AÇORES AVEIRO LEIRIA

ALGARVE

ALTO ALENTEJO

CASTELO BRANCO LISBOA

SETÚBAL

MADEIRA VILA REAL

COIMBRA PORTO VISEU


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