Junho 2012 - O FORJANENSE

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Alvarás n.º EOP 25947 n.º ICC 258

DANIEL, FILHOS, CONSTRUÇÕES, LDA Rua da Fonte Velha 4740 Forjães Esposende Fax: 253 877 137

Mensário informativo e regionalista

Diretor: Carlos Gomes de Sá Subdiretor: José Manuel Reis Junho 2012 • Ano XXVII 2ª série • n.º 276 Fundado em Dezembro 1984 Euros 0.80

NA MINHA TERRA CABE O MUNDO TODO

Telm.: José - 937470992 Fernando - 939021837 Aníbal - 93 72 44 793

Nesta edição Nós por cá Comunidade Paroquial Procissão de velas e procissão do Corpo de Deus preparam festividades de Sta. Marinha

Ordenação Sacerdotal

Lançamento do livro “Ainda Forjães”, de Gil de Azevedo Abreu

Decorrerá no próximo dia 15 de julho, pelas 15.30h, na Cripta do Sameiro, em Braga, a ordenação sacerdotal do forjanense Rafael Poças

págs. 4-5

Lar de St. António pág. 6

Editorial

Edição especial com 20 páginas

pág. 7

Forjães foi o Centro do Mundo, nos passados dias 16 e 17 de junho. A terceira edição de “Na Minha Terra Cabe o Mundo Todo” trouxe até nós o poeta Manuel Alegre, tendo cabido a Gil de Azevedo Abreu encerrar esta sessão págs. 10-14 cultural, marcada por grande afluência de público.

Acompanhando o FSC Todos convocados para a Assembleia Geral, no dia 29 de junho, pelas 22h, no Centro Cultural pág. 8

Agregação de escolas e fusão de freguesias na ordem do dia O Agrupamento de Escolas de Forjães une-se com Marinhas, depois de um casamento falhado com Fragoso. Namoro entre freguesias já começou. págs. 2-3

Forjanense Tozé Carvalho na Seleção Nacional e no FCP

Boletim Nascente Escolar págs. 15-18

O jovem forjanense Tozé Carvalho assinou recentemente um contrato como jogador profissional sénior da equipa do Futebol Clube do Porto, numa altura em que foi convocado para a Seleção Nacional Sub-19 pág. 6

O FORJANENSE no


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Destaque

Agregação de escolas O Governo tem vindo a fechar um conjunto de serviços disponibilizados à comunidade, numa lógica de racionalização de oferta, rentabilização de recursos e, ainda de acordo com a tutela, prestação de um melhor serviço. Depois das Maternidades e Centros de Saúde, seguiram-se Hospitais, a que se juntam, nesta fase, Tribunais, Escolas e Juntas de Freguesias. Nesta edição, propositadamente, colocamos “tudo no mesmo saco”, pois o princípio que subjaz a todas estas reestruturações, por mais voltas e justificações que escrevam em preâmbulos legislativos e relatórios técnicos, é só um: redução de custos. Os meses de maio - junho ficam marca-

dos pela agregação de escolas e pelo início do a opinião, relativamente ao processo conduprocesso de fusão de freguesias, apresentado zido pela Direção Regional de Educação do O Forjanense, nesta edição, um especial soNorte (DREN), às Câmaras de Barcelos e de bre o assunto. Esposende. No caso da agregação No fecho desta edide escolas, ouvimos as o princípio que subjaz a todas ção, o cenário conheciescolas do concelho que do, dá conta da agregaestas reestruturações, por diretamente se ligam a Formais voltas e justificações que ção dos agrupamentos jães, a Secundária Henrique de Marinhas e Forjães, Medina, o Agrupamento de escrevam em preâmbulos lea par de um segundo, Marinhas e o Agrupamento gislativos e relatórios técnicos, com a junção do Agrué só um: redução de custos. de Forjães, para além de terpamento de Apúlia e a mos colhido a opinião do Escola Básica António Agrupamento de Escolas de Correia de Oliveira (EsFragoso, uma vez que foi estudada e defen- posende), permanecendo a ES Henrique Medida a criação de um agrupamento intermu- dina autónoma, o que também acontece com nicipal (Forjães- Fragoso). Também pedimos Fragoso.

A DREN terá agora que nomear, para os novos agrupamentos, uma Comissão Administrativa Provisória, a quem competirá desencadear os mecanismos, agregação e criar os documentos orientadores das novas estruturas, cujo funcionamento conjunto acontecerá já em setembro próximo. Em seguida, transcrevemos as respostas recebidas dos diretores das escolas, registando-se que as duas escolas implicadas neste “casamento forçado” entenderam não se pronunciar, especificamente Marinhas e Forjães. Também ficamos a conhecer as razões do “divórcio” com Fragoso e temos o posicionamento da autarquia esposendense, através da vereadora da educação.

Carlos Gomes de Sá

Posição da autarquia de Esposende

Conforme publicamente anunciado e pelo disposto no Despacho n.º 5634-F/2012, de 26 de Abril, na Resolução do Conselho de Ministros n.º 44/2010, de 14 de Junho, e na Portaria n.º 1181/2010, de 16 de Novembro, e com base nos princípios definidos pelo Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de Abril, é intenção do Governo, e nomeadamente do Ministério da Educação e Ciência, concretizar o processo de reorganização da rede escolar, entre outros aspectos, através da agregação de Agrupamentos de Escolas e escolas não agrupadas. Conforme formalmente anunciado pela Direcção Regional de Educação do Norte ao executivo municipal e aos directores dos Agrupamentos de Escolas do concelho de Esposende e Escola Secundária com 3.º Ciclo Henrique Medina, em reunião ocorrida no passado dia 24 de Abril, existe, para este concelho, uma proposta de reordenamento da rede escolar, que segue os seguintes princípios: 1. Agregação dos Agrupamentos de Escolas António Correia de Oliveira e Apúlia; 2. Agregação do Agrupamento de Escolas de Marinhas com a Escola Secundária com 3.º Ciclo Henrique Medina; 3. Agrupamento de Escolas do Baixo Neiva

uma escola não agrupada - a Secundária com sem agregação ou agregado ao Agrupamento 3.º Ciclo Henrique Medina; de Escolas de Fragoso, do concelho de Bar3. Geograficamente, a Escola Secundária com celos. 3.º Ciclo Henrique Medina ocupa uma posiDe acordo com o disposto no art. 2.º da Portação de centralidade, quer no território, quer ria n.º 1181/2010, de 16 de Novembro, deverá por referência aos Agrupamentos acima refeo município pronunciar-se sobre a proposta renciados, dois dos quais a norte (Marinhas e apresentada no prazo máximo de 10 dias. Forjães) e dois outros a sul (António Correia Assim, consultados pelo executivo municipal os cinco directores das de Oliveira e Apúlia); unidades orgânicas acima 4. Pese embora o aludiAgregação dos Agrupamenreferidas, atendendo às do Despacho defina que tos de Escolas de Marinhas suas posições, assim como o processo de reordenados conselhos gerais que, e Baixo Neiva (actualmente mento da rede educativa até à data, se pronunciaram de respeitar a uma “lógicom 13 estabelecimentos de formalmente sobre o assunca de articulação vertical educação e ensino e 1685 to, em consonância com a dos diferentes níveis e alunos). orientação maioritária dos ciclos de escolaridade, diferentes actores, entendeà garantia de percursos mos que: sequenciais e mais articulados, assegurando 1. Conforme o disposto no preâmbulo do Des- uma transição adequada entre níveis e ciclos pacho n.º 5634-F/2012, de 26 de Abril, acima de ensino em unidades de gestão que permialudido, “o processo de reorganização da rede tam a um aluno completar a escolaridade obriescolar deve ser objeto de aprofundamento gatória no mesmo agrupamento de escolas, se numa lógica de articulação (…) por forma a assim o desejar (…)”, equacionada a agregagarantir soluções equilibradas e racionais (…) ção da Escola Secundária com o Agrupamenno que se refere ao reforço da coerência do to de Escolas de Marinhas, cerca de 55% da projeto educativo e da qualidade pedagógica população escolar do concelho não ficaria integrada neste princípio, não tendo, portandas escolas (…)”; 2. Actualmente, a oferta educativa da rede pú- to, acesso ao desenvolvimento integral do seu blica no concelho de Esposende é assegurada percurso escolar num mesmo agrupamento de por quatro Agrupamentos de Escolas e por escolas;

5. Decorrendo do enunciado no número anterior, entendemos que a eventual decisão de agregação da Escola Secundária com 3.º Ciclo Henrique Medina com o Agrupamento de Escolas de Marinhas não se nos afigura como garantindo uma solução “equilibrada e racional”, antes vincando a ausência de equidade nas oportunidades oferecidas. 6. Um cenário alternativo, claramente compatível com os objectivos e princípios estipulados pela tutela neste âmbito, e, sobretudo, com as dinâmicas educativas, sociais e territoriais do concelho de Esposende, deverá passar, em nosso entender, pela: a. Manutenção da Escola Secundária com 3.º Ciclo Henrique Medina com o estatuto de não agregada, considerando que (i) esta detém os recursos físicos (espaços e equipamentos) e humanos específicos e necessários para este nível de ensino, e inexistentes nas restantes unidades, e que (ii) esta poderá passar a acolher, de futuro, apenas o ensino secundário, atendendo ao aumento esperado de alunos, devido à escolaridade obrigatória ter passado para 12 anos; b. Agregação dos Agrupamentos de Escolas António Correia de Oliveira e Apúlia (actualmente com 16 estabelecimentos de educação e ensino e 2302 alunos); c. Agregação dos Agrupamentos de Escolas continua pág. seguinte

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Destaque continuação da pág. 2

de Marinhas e Baixo Neiva (actualmente com 13 estabelecimentos de educação e ensino e 1685 alunos). d. Assumpção de uma articulação formal entre as três unidades orgânicas preconizadas, nomeadamente ao nível dos projectos educativos, e da respectiva cooperação, articulação e partilha, prioritariamente de âmbito curricular e pedagógico, de forma a atingir os objectivos e finalidades perseguidas pelo corrente pro-

cesso de reorganização da rede escolar. Mais propomos que qualquer alteração que venha a ser definida a este nível apenas entre em vigor no ano lectivo 2013/2014, de maneira a ser concedido o tempo útil necessário a uma transição bem sucedida, que não ponha em causa o normal funcionamento das estruturas e, sobretudo, a qualidade do processo educativo. A Vereadora da Educação Jaqueline Areias

Posição do Agrupamento Vertical de Escolas de Fragoso Nome do Agrupamento: Agrupamento Vertical de Escolas de Fragoso Composição (nº de estabelecimentos e níveis de ensino): Composto pelas escolas do 1º Ciclo/J. I. de Palme, 1º Ciclo de Aldreu, J. I. de Aldreu, EBI de Fragoso (Escola sede), J. I. de Fragoso, 1º Ciclo/J .I. de Durrães e 1º Ciclo/J. I. de Balugães. População escolar no presente ano letivo, por ciclos: Pré- Escolar – 158 alunos, 1º Ciclo – 265 alunos, 2º Ciclo –148 alunos, 3º Ciclo – 213 alunos, CEF – 14 alunos, EFA Básico – 10 alunos e EFA Secundário – 17 alunos ( total de 825 alunos) Total de docentes em funções: 11 Professores do pré-escolar, 16 de 1º ciclo, 27 de 2º ciclo, 29 de 3º ciclo e 3 da Educação especial (total de 86 professores). Quando foram chamados pela DREN para discutir a questão das agregações? O Agrupamento de Fragoso foi convocado pela DREN para a primeira reunião sobre agregações no dia 27 de Abril. Que escolas estiveram implicadas nessa reunião e qual foi a proposta da DREN? Nessa reunião só estiveram os Agrupamentos e as Escolas Secundárias de Barcelos. A proposta apresentada pela DREN foi a que vinha ao encontro da vontade manifestada pelas direções dos dois Agrupamentos há dois anos quando se fizeram as primeiras reuniões na DREN sobre os Mega Agrupamentos e sobre a qual as direções conversaram muito ao longo dos últimos dois anos. Que escolas estiveram implicadas nessa reunião e qual foi a proposta da DREN? Os argumentos apresentados pela DREN, em reunião do dia 15 de Maio, para a agregação intermunicipal foram a de ambos os Agrupamentos serem periféricos nos respectivos concelhos e da proximidade geográfica da área pedagógica de ambos. Ficando aberta a

possibilidade da criação do Ensino Secundário no Agrupamento formado. Qual foi o posicionamento do agrupamento relativamente a essa proposta? (se possível, indicar diligências realizadas e respetivo desfecho) O Posicionamento do Agrupamento relativamente à proposta apresentada foi de total concordância, uma vez que das reuniões havidas entre as direções do Agrupamento de Fragoso e do Agrupamento do Baixo Neiva Forjães sempre houve sintonia e vontade que a agregação se concretizasse. Na interrupção da Páscoa, logo que se falou na possibilidade de a DREN avançar com a proposta de agregações, os dois diretores conversaram e decidiram apresentar às suas comunidades educativas a proposta de agregação entre os dois Agrupamentos. Relativamente ao Agrupamento de Fragoso o Conselho Geral pronunciou-se por unanimidade favorável à proposta apresentada assim como a Câmara Municipal de Barcelos, na pessoa da Vereadora da Educação e Cultura, Dra. Armandina Saleiro. Na reunião realizada no dia 22 de maio entre a DREN , as direcções dos Agrupamentos e ambas as autarquias sobre a decisão final para a agregação, essa não se concretizou porque a Autarquia de Esposende não se disponibilizou sequer a dialogar nem a analisar a proposta, não se disponibilizando a ponderar os fundamentos de ambos os Agrupamentos para a concretização da agregação. Considerando o dia 11 de junho de 2012, qual é a atual situação do agrupamento relativamente a agregações para o próximo ano letivo? Como não se concretizou a agregação entre os dois Agrupamentos, manter-nos-emos individualmente com a possibilidade da criação do ensino secundário para o próximo ano lectivo. O Diretor Manuel Amorim Nota: as questões aqui presentes também foram endereçadas à Escola de Forjães e Marinhas.

FUSÃO DE FREGUESIAS No tocante à fusão de freguesias, damos conta do início do processo, com o relato de uma primeira reunião sobre o assunto, promovida pela Junta de Freguesia de Forjães, a partir de legislação saída em 30 de maio último (Lei 22/2012 - Aprova o regime jurídico da reorganização administrativa territorial autárquica), que remete a decisão sobre as fusões de freguesias para as assembleias municipais. Estas, considerando as regras definidas na lei, têm até 15 de outubro para se pronunciarem sobre a reorganização administrativa em curso, apresentado o respetivo projeto concelhio, isto quando se perspetiva, de acordo com o nº 5 da lei citada, que o município de Esposende, classificado de nível 2 (municí-

pios com densidade populacional superior a 1000 habitantes por km2 e com população inferior a 40 000 habitantes, bem como municípios com densidade populacional entre 100 e 1000 habitantes por quilómetro quadrado e com população igual ou superior a 25 000 habitantes) venha a ficar com quatro lugares urbanos (freguesias), os quais devem ter escala e dimensão demográfica adequados, que correspondem indicativamente ao máximo de 50 000 habitantes e aos mínimos , nos municípios de nível 2, de 15000 habitantes por freguesia no lugar urbano e de 3000 nas outras freguesias, prevendo o anexo ao artigo 5º já citado os lugares urbanos de Esposende, Forjães, Apúlia e Fão.

Reunião Extraordinária da Junta de Freguesia para debate sobre a Lei nº22/2012 No seguimento da publicação da Lei nº22/2012, de 30 de maio, a Junta de Freguesia de Forjães realizou, no dia 8 de junho, uma reunião extraordinária, tendo como único ponto da ordem de trabalhos a “Reorganização Administrativa Territorial Autárquica”. O presidente, José Henrique Brito, convidou para esta reunião os “representantes das forças vivas da nossa terra”, atuais e ex-dirigentes autárquicos, antigos e atuais dirigentes das associações forjanenses, diretores d`O Forjanense, para além de individualidades da terra, todos eles marcando presença. Depois de uma breve apresentação dos pontos essenciais da lei agora publicada e das suas implicações na reorganização das freguesias, o presidente da junta abriu o debate aos participantes, no sentido de auscultar a sua opinião relativamente ao ponto quente da lei: a reorganização das freguesias e o desaparecimento de algumas enquanto entidade autónoma. Os presentes consideraram urgente fazer o possível na defesa da identidade de Forjães enquanto freguesia autónoma. A lei foi considerada “antiautárquica” e “antidemocrática”, ouvindo-se muitas vozes de indignação contra o que foi considerado um “atentado à identidade histórica

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das freguesias” sem uma justificação válida, pois é fruto de uma visão meramente economicista, que levará a poupar alguns euros, não tendo em conta outros fatores mais importantes, como a identidade histórica, alicerçada há vários séculos. Houve também vozes mais “moderadas”, defendendo a tese do mal menor, aconselhando a fazer parte do processo, apresentando uma proposta, evitando, assim, que a decisão seja tomada em Lisboa, por uma “Unidade Técnica”, como prevê o diploma. Outros ainda, opinaram que essa identidade não seria perdida se Forjães liderasse o processo de agregação. Para finalizar o debate, o presidente, por solicitação de alguns dos presentes, propôs a votação duas alternativas: a) não fazer qualquer propostas, afirmando a recusa desta lei; b) propor um desenho de agregação, conforme prevê a lei. Os presentes optaram, maioritariamente, pela segunda, defendo que nessa proposta a freguesia de Forjães se mantenha sozinha, embora aceitando, em último caso, que outras freguesias se agreguem a ela. Mas esta tomada de posição não tem caráter vinculativo, devendo a decisão oficial ser tomada na Assembleia de Freguesia. José Reis

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Nós por cá

Ao redor

Carlos Gomes de Sá Nesta seção de O FORJANENSE apresentaremos breves apontamentos de factos acontecidos nas terras em redor de Forjães e objeto de tratamento noticioso na comunicação social local.

Vila Chã edificou Capela Mortuária A Paróquia de Vila Chã viu concretizado a 11 de março um sonho já antigo - a construção da Capela Mortuária, tendo procedido à benção o próprio Pároco. Nascer de Novo Março/Abril

Manifestação em Barcelos O Movimento Freguesias Sim promove, este domingo [10 de Junho],uma manifestação contra a reforma administrativa, que, recorde-se, prevê a redução de freguesias. Cerca de setenta por cento dos municípios não aceitam a reforma administrativa.

Peregrinação ao Santuário da Guia

Hospital de Barcelos sem cirurgias de oncologia

No dia 20 de maio, realizou-se a Peregrinação anual ao Santuário da Guia, na freguesia de Belinho, juntando centenas de fiéis que rumaram ao alto do monte.

O estudo da Entidade Reguladora da Saúde encomendado pelo Governo, diz que o Hospital Santa Maria Maior não deverá realizar qualquer tipo de cirurgia oncológica. Barcelos Popular 6 de Junho

Brisa de Mar Maio

Dois ex-alunos da Escola Secundária Henrique Medina premiados Sara Enes Azevedo e Carlos Daniel da Silva Morgado, ex-alunos da Escola Secundária Henrique Medina, distinguidos pela Universidade do Minho no passado dia 23 de maio. Farol de Esposende 8 de Junho

Exército chumba mais jovens com defeito Há mais jovens a “chumbar” nos exames militares por perturbações mentais e obesidade. E muitos candidatos reprovam por falta de audição, provocada pela música alta dos headphones e das discotecas. Sol 18 de Maio Consulte estes jornais na sede da ACARF

Ordenação sacerdotal de Rafael Poças Decorrerá no próximo dia 15 de julho, pelas 15.30h, na Cripta do Sameiro, em Braga, a ordenação sacerdotal do forjanense António Rafael Moreira Poças, colaborador regular deste mensário. Os interessados em assistir à cerimónia, que pretendam deslocar-se em autocarro para o local, podem fazer a sua inscrição junto da D. Fátima Quintão ou do Sr. Albino Ribeiro (sacristão), até ao final deste mês. A sua Missa Nova acontecerá em Forjães, no dia 12 de agosto, pelas 14.30h.

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PROCISSÃO DE VELAS

A fé que une moradores No início da noite do passado dia 9, sábado, assinalando o encerramento do mês de maio, realizouse a tradicional procissão de velas, este ano marcada pela chuva, situação que, contudo, não impediu largas dezenas de fiéis de acompanhar o andor de Nossa Senhora de Fátima ao longo do trajeto da procissão, saída das Alminhas da Madorra. A chuva, que caiu copiosamente durante todo dia, acabou por condicionar a ação dos moradores da Madorra, Rua da Corujeira, Av. 30 de junho e Av. de Santa Marinha, os quais foram obrigados a serviços redobrados para preparem, com o afinco que lhes é conhecido, o local de passagem do andor. Os trabalhos de decoração das ruas, combinados na semana anterior, realizaram-se, na sua maioria, ao longo do sábado, tendo, no caso da Rua da Corujeira, que tomamos como exemplo, implicado todos os moradores. Neste caso específico, houve uma

reunião preparatória a meio da semana, na quarta-feira, para acerto das iniciativas a desenvolver, tendo-se realizado, em seguida, um peditório, para a compra das velas e aluguer dos fatos para os figurantes, acabando outros moradores por se envolver na recolha de folhas de palmeira, ramos de oliveira, amieiro e carvalho, para a recriação dos quadros (aparição do Anjo aos Pastorinhos e aparição de Nossa Senhora). Uns metros mais adiante, na parte poente desta rua, os trabalhadores envolveram-se na construção de um tapete de flores, atos que mostram que esta procissão, que de quatro em quatro anos retoma o mesmo ponto de partida, alternando entre Madorra, Santa, Matinho e S. Roque, para além de ser uma afirmação de fé é, também, um mecanismo de reforço dos laços comunitários e de promoção de trabalho cooperativo entre vizinhos.

Agradecimento: (fotos) Mateus Morêncio e José Manuel Domingues Foto a cores na última pág.

VACINAÇÃO ANTIRRÁBICA

Identificação eletrónica e vacina na ordem do dia De acordo com o edital do Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, foi nomeado responsável pelo Serviço oficial de vacinação Antirrábica e de Identificação Electrónica, na área do concelho de Esposende, o médico veterinário forjanense José Armando da Cruz Carvalho. O período normal de vacinação decorreu entre os dias 13 e 16 de Junho, tendo decorrido a con-

centração dos animais, em Forjães, no dia 16 em frente ao Café de Cima e no largo de S. Roque. Os caninos que, por qualquer motivo justificado não foram apresentados nos locais de concentração, podem ser ainda vacinados e identificados electronicamente mediante a cobrança da taxa única.

UM DIA PELA VIDA

Caminhada Solidária UM PASSO EM FRENTE No passado dia 3 de junho, realizou-se mais uma atividade inserida no projeto UM DIA PELA VIDA, da Liga Portuguesa Contra o Cancro. A equipa da Escola Básica Integrada de Fragoso (AVEF a AJUDAR) levou a cabo uma caminhada solidária, denominada “Um passo em frente…”, que juntou cerca de 250 pessoas. O contributo de cada participante foi de 2€. Contudo, o valor total angariado

foi de 1090€, prova de que foram muitos os que, apesar de não terem participado, quiseram dar o seu contributo. A caminhada percorreu caminhos da freguesia de Fragoso, levando os participantes até à capela de S. João. Aí houve a oportunidade de conviver e repor as energias. Também houve tempo para lembrar a causa para que todos os presentes contribuíram, com a leitura de textos alusivos ao projeto. Esta caminhada solidária contou com a presença da atleta Manuela Machado e com representantes da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Susana Vila-Chã

Foi grande o número de forjanenses que se quis associar à iniciativa “Um passo em frente…”, caminhada organizada pela Escola Básica Integrada de Fragoso, mais uma iniciativa a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro, mostrando que as causas nobres mobilizam todos aqueles para quem a solidariedade não tem fronteiras. José Reis


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Nós por cá: Comunidade paroquial

Nós por cá

Pe. José Ferreira Ledo

Carlos Gomes de Sá

Tempos de lazer

FESTA DE N. SRA. DAS GRAÇAS

Lazer – tempo livre ou ócio, se se quiser – é um tema e realidade vigorosa e fundamental da sociedade moderna, traduzindo um valor e uma aspiração concreta que mobiliza os homens.

Celebração eucarística e convívio marcam festividades No passado dia 17 de junho, os forjanenses recordaram N. Sra. das Graças, com local de culto na capela situada no Largo do Souto da Santa. Durante a tarde de sábado, 16, houve música gravada, tendo-se celebrado uma missa campal pelas 11.15h, no dia seguinte. As cerimónias religiosas continuaram de tarde, com um sermão, seguido de um convívio, preparado por alguns moradores.

SOLENIDADE DO CORPO E SANGUE DE CRISTO

Centenas de forjanenses participam na procissão do Corpo de Deus O feriado do “Corpo de Deus” foi celebrado, no passado dia 7 de junho, quinta-feira, pela última vez em Portugal, antes de ser suspenso durante cinco anos por decisão do Governo e depois de obtido acordo com o Vaticano. Entre 2013 e 2017, pelo menos, a festa religiosa passará a ser celebrada no domingo seguinte. Tal como nos últimos anos, esta data foi assinalada, em Forjães, com uma celebração eucarística, com sermão, seguida de uma procissão solene, ligando a Igreja Matriz ao cruzeiro situado nas imediações do Centro Cultural. Os escuteiros, em colaboração com populares, mais uma vez, criaram, em cerca de duas horas e meia, um colorido tapete, no acesso ao adro, utilizando serrim, flores e casca de pinheiro, tarefa que envolveu vários elementos da agremiação e compreendeu, no final, numa atitude de cidadania louvável, a remoção dos resíduos, apresentando-se, desta forma, a artéria completamente limpa e transitável no dia seguinte. Esta festa, celebrada 60 dias após a Páscoa, sempre à quintafeira – dia da ceia pascal de Jesus com o grupo que os seguia - erradamente chamada de “Corpo de Deus”, é uma espécie de réplica de Quinta-Feira Santa, quando os

cristãos celebram a Última Ceia de Jesus com os seus discípulos e a instituição da Eucaristia. A Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, como diz o seu título correto, foi instituída em 1269 pelo Papa Urbano IV, mas nascera antes na Bélgica, em 1246.

Foto Teresa Tomás

Descanso sabático A sagrada Escritura pode fornecer-nos a raiz e fundamento inspiradores de uma inteligência humana e religiosa do tempo livre. O trabalho é situado, significativamente, no horizonte do descanso: “Concluída, no sétimo dia, toda a obra que havia feito, Deus repousou, do trabalho por Ele realizado” (Gen. 2,2). Como Deus descansou, abençoando e santificando esse dia, também os seres humanos devem descansar. O Homem não é apenas um instrumento, uma ferramenta, e o trabalho, embora constitua uma dimensão importante da sua existência na terra, não é a única coisa para que foi criado, imagem e semelhança de Deus, ele é também chamado a uma relação pessoal e amorosa com o Criador. O descanso prescrito na Escritura tem, pois, a dupla finalidade de assegurar o descanso necessário, evitando a degradação e desumanização do trabalho, e de, graças ao seu caráter religioso, ligar os homens à metas que lhe são superiores, tendo sempre como horizonte a salvação e a plenitude da criação, que não serão obra do homem ou do seu trabalho, mas de Deus. O descanso, ocasião para o encontro festivo com Deus, é tão importante como o trabalho.(...) Lazer é tempo propício para fazer uma pausa cordial e mental para a procura, o encontro e a contemplação de Deus. É ocasião para a busca da nossa própria verdade. Para isso precisamos de aprender a arte do ócio. O descanso não é um luxo, mas uma necessidade para quem trabalha. in «Voz de Esperança» Leite Macedo

Notícias Breves Conselho Pastoral Paroquial • Preparação para a Festa de Santa Marinha, de 08 a 17/julho/2012. • No dia 16/julho, a celebração da Eucaristia será às 08h00 e a Procissão de Velas, em honra de Nossa Senhora de Lourdes (21h30). Às 20h00, a chegada dos Andores ao Centro Cultural, sendo o seu desfile (em direção à igreja Matriz), às 20h30; seguir-se-á a Procissão de Velas, às 21h30. • No dia 17/julho, a celebração da Eucaristia será às 08h00. • No dia 18/julho, dia da Festa da Padroeira, Santa Marinha, as Eucaristias às 09h00 (no final, o Clamor de Santa Marinha) e às 11h15 (Eucaristia solenizada pelo Grupo Coral, em Honra da Virgem e Mártir, Santa Marinha). Às 1730, Oração da tarde com Proclamação da Palavra em Honra da Padroeira; seguidamente, sai a Procissão; no decorrer da mesma, será feita a bênção dos campos, searas e instrumentos técnicos… e no final, será cantado o Hino de Santa Marinha.

Donativos para os bancos da igreja 20,00 euros de Anónimo; 50,00 euros de Anónimo; 50,00 euros

Movimentos religiosos Óbitos: 18/05 – José da Cruz Novo, com 71 anos de idade, residente na Rua dos Casainhos. 27/05 - Porfírio de Carvalho Lima, com 80 anos de idade, residente na Rua Fonte Velha. 27/05 - Maria dos Santos Silva, com 85 anos de idade, residente na Rua António Boucinha. 09/06 – Deolinda Torres de

Energia solar fotovoltaica

Donativos para as obras no telhado da igreja 500,00 euros de Anónimo. Total: 11.025,00 euros. Muito Obrigado.

Bodas de Prata Matrimoniais No passado dia 26 de maio, o casal, Fernando Ferreira da Silva e Maria Fernanda Couto Pereira da Silva, celebraram os 25 anos de vida em comum. A data foi devidamente assinalada com a celebração da Eucaristia, integrada no casamento do António e da Vera Patrícia. Hoje, mais amadurecidos e coroados dos filhos, buscam mais uma vez proclamar, que acreditam na vocação matrimonial, na felicidade, no amor e nas graças do sacramento do Matrimónio, que é sempre, mútua doação. Parabéns! Que Deus vos ilumine coma sua luz e vos inspire sentimentos de júbilo e de gratidão – nestes 25 anos – como prova do sonho e do compromisso que então assumistes. Faria, com 84 anos de idade, residente na Rua do Matinho. Matrimónios: 26/05 – António Fernando de Arezes e Cepa e Vera Patrícia Couto da Silva Moura, ele de Mar, ela de Forjães. 10/06 – José Conceição Manique da Silva e Anabela Carvalho de Sá, ele de Serreleis, Viana do Castelo, ela de Forjães.

Forjães - Esposende

Energia solar térmica

Av. Marcelino Queirós, 130/140 Loja 14 - 4740-438 Forjães

Energia geotérmica

Tel. 253 876 074 - Tlm. 965 166 956

Energia aerotérmica

Neiva - Viana do Castelo

Rua da Corujeira nº 470 / 4740-442 Forjães Tel./Fax: 253 877 135 e-mail: saniluz@gmail.com

de Anónimo; 50,00 euros de Anónima; 50,00 euros de Anónima; 10,00 euros de Anónimo. Total: 410,00 euros. Muito Obrigado.

Av. de S. Romão, 10 4935 Neiva Viana do Castelo Tel. 258 871 466 - Fax. 258 371 420


6 • 21 de Junho 2012

Nós por cá Carlos Gomes de Sá

EN 103

Lar de Santo António / Clínica Dr. Queiroz de Faria

Sinistralidade A EN 103, em Forjães, voltou a ser palco de acidentes de viação, acrescentando mais dados àquele que é já considerado um ponto negro em termos de sinistralidade: km 5-6 (curva do eucalipto/Cerqueiral). Desta feita, no passado dia 10, houve um violento despiste, ao quilómetro 5,8, acabando o veículo ligeiro, conduzido por um condutor de nacionalidade cabo-verdiana, por embater numa parede, derrubando um poste. O condutor de 21 anos residente em Barcelos, acabou por ser transportado ao hospital, juntamente com os restantes ocu-

Em Junho

Foto Luís Pedro Ribeiro

pantes da viatura. Dois dias mais tarde, o troço de Forjães da EN 103 voltou a entrar nas estatísticas nacionais de sinistralidade, desta feita havendo a registar somente danos materiais resultante de uma colisão entre duas viaturas. A GNR registou ambas as ocorrências.

TOZÉ CARVALHO

Contrato com FCP O jovem forjanense António José Pinheiro de Carvalho, conhecido na terra e no mundo futebolístico como Tozé, assinou recentemente contrato profissional com o Futebol Clube do Porto, o que lhe vai permitir, para a época 2012/13 vestir da camisola do dragão, na equipa B. Este médio de 19 anos está ligado ao clube tripeiro desde 2006/07, tendo atuado no Padroense (2006/07 e 08/09) e FCP (restantes anos), como júnior, assinando agora como sénior um contrato que tem uma cláusula de rescisão fixada nos 10 milhões de euros.

Seleção sub-19 Fruto da brilhante época que fez nos juniores A do FC Porto, foi sem espanto que vimos Tozé fazer parte dos 18 portugueses convocados pelo selecionador nacional sub19, Edgar Borges, para a fase final do Campeonato da Europa da categoria, que será disputado na Estónia, entre 3 e 15 de julho. Portugal estará integrado no Grupo A, juntamente com o país anfitrião, a Espanha e a Grécia, e terá de se classificar nos três

primeiros lugares do agrupamento para garantir o acesso ao Mundial sub20 de 2013, na Turquia. A partida para Tallinn, capital da Estónia, está marcada para 29 de junho e a estreia na competição far-se-á a 3 de julho (18h45), diante da seleção anfitriã, na mesma cidade. Seguem-se os confrontos com a Espanha (6 de julho, 18h00), também em Tallin, e com a Grécia (9 de julho, 18h00), em Haapsalu. As meias-finais da competição jogam-se a 12 de julho, na capital da Estónia, estando a final marcada para o dia 15.

Junho é o mês dos santos populares, da sardinha assada, das marchas populares, das festas, dos convívios. Este mês a Fundação Lar de Santo António teve muitas atividades, uma lufada de ar fresco para os utentes que gostam de sair e passar um bom bocado a conviver com outras pessoas. Assim no dia 6 de junho deslocaram-se à Santa Casa da Misericórdia de Esposende onde participaram num torneio de Malha. Um convívio saudável cujo o objetivo é a distração e recuperação dos jogos tradicionais. No dia 8 recebemos a visita dos alunos do 3º ciclo da EBI de Forjães, acompanhados pela professora Isabel. Trouxeram-nos muitas canções, cantigas e cantilenas muito bem ensaiadas! As crianças e os idosos fizeram um coro muito divertido… A animação e entusiasmo foi geral e, diga-se, os utentes pedem para repetir estas iniciativas. Uma tarde diferente em que mais uma vez

a intergeracionalidade esteve bem patente. No dia 9 recebemos a presença dos adolescentes do 10º ano da catequese da freguesia de Castelo de Neiva. Presentearamnos com um lanche delicioso, que muito agradou os utentes. Mais uma tarde bem passada… No dia 13 de junho fomos para o souto de São Roque durante todo o dia, festejar o Santo António. Esta iniciativa partiu da ACARF, estando presentes as IPSS’s do concelho de Esposende. Esta instituição ofereceu as sardinhas, o pão, o vinho e para rematar um quentinho caldo verde. Desde já agradecemos a generosidade… E continuamos no seguimento de mais um dia em cheio! Ainda este mês vamos festejar o São João no espaço exterior do centro de convívio. Será com certeza uma actividade muito esperada pelos utentes e bem sucedida. Patrícia Dias

Junta de Freguesia EDP

Novo Ecoponto

Foi, a 5 de junho, substituído o poste de electricidade que se encontrava partido no início da Rua da Fábrica, no lugar da Infia. A junta de freguesia tem vindo a insistir, junto da EDP, para que os vários postes que se encontram no meio da via pública sejam removidos para outro local. Esperemos para que em breve as situações detectadas sejam resolvidas.

Após várias insistências, por parte da junta de freguesia, foi colocado, neste mês de junho, no lugar do Matinho, um ponto de recolha selectiva de lixo – ecoponto, ficando assim, sanado este problema. A população do Matinho era, até esta altura, a única que tinha de se deslocar mais de 1 km para poder separar os resíduos.

Rio Neiva Vão começar, ainda este mês, e à semelhança dos últimos anos, os trabalhos de limpeza junto ao rio Neiva, nas zonas da Morena, Vau, Gaio e Zé do Rio, de forma a que na época de estio os forjanenses se possam deleitar nas suas margens. José Henrique Brito

PNEUS - ESTAÇÃO DE SERVIÇO LIGEIROS E PESADOS - ALINHAMENTO DE DIRECÇÕES

PAÇO VELHO - V. F. S. Pedro - APARTADO 583 - 4754-909 BARCELOS TELEF. 253 809 880 - FAX 253 809 889


21 de Junho 2012 • 7

Página do leitor As «directas» do Torres Olha Alzira; pelo que vejo e o que diz aqui no jornal, ela é uma grande política e uma grande «Merda-Kel»!...

Ó Antone; quem é essa tal chanceler alemã?

Editorial Roxo vento Eu quero Viver...ouvir o roxo Vento!... Escutar o que ele diz...sim...à dor! Quero dentro de mim,sentir o Amor... Que venha a galope...espero...tento!... Peço tão pouco à dor, oh meu roxo Vento! Quando a alma levantar voo e for... Que me resta? Lágrimas e desamor!... Ressuscita-me...dá-me o teu alento!... Oh suavidade...oh meu roxo Vento!... Claustros de cinza...morro!...pobre convento, Que me enterrem nas terras do Castrejo... Oh suavidade...oh meu roxo Vento!... Põe bálsamos ciprestes no meu tormento, E as tábuas do caixão...deixa!...eu as beijo!...

Alma Orfão

«Sem talento diabólico»

Vaganini tinha qualquer coisa de sobrenatural

Em 1829 um crítico musical escreveu: «A música de Niccoló Paganini é tão aérea que parece oriunda de um sonho. Mas ele acrescenta imediatamente: «Á qualquer coisa de demoníaco no seu aspecto que nós procuramos por um instante os pés bifendidos, e no momento seguinte, as asas de um anjo «O violinista italiano tinha então quarenta e sete anos. Como a maioria dos grandes compositores do seu tempo, ele escrevia obras muito técnicas para servir a seu prodigiosa virtude e o seu extraordinário significativo. O seu talento incomparável era tão fabuloso que se chegou a acreditar de origem divina ou satânica. O rumor espalhou-se de que o maestro tinha vendido a sua alma ao diabo. A estranha influência, a palidez e a virtuosidade – que a doença agravava pouco a pouco – não fizeram mais que acreditar nesta coisa fabulosa. Longe de a desmentir, Paganini a encoraja e a leva ao grande dia uma vida dissolvida, devota ao jogo e ás mulheres. Ele se endivida ao ponto de pôr um dia o seu violino penhorado. Pela idade dos quarenta e cinco anos, ele se decide enfim a fazer saber que o seu talento não era mais do que devido ao seu trabalho e o seu génio. Ele envia carta atrás de carta às revistas musicais para fazer calar os mexericos do seu suposto pacote. Porém, já é tarde demais. Paganini morre em 1840, com a idade de cinquenta e oito anos, depois de ter obstinadamente recusado de ver um padre . A igreja não o queria enterrar de em terra consagrada. O seu corpo foi depositado durante cinco anos dentro de uma simples cave antes de ser decentemente enterrado. Traduzido por Torres Jaques

Para lá do rio Para lá do rio Há um olhar parado A seduzir o meu Para lá do rio há uma sedução Que me vai macolar E castigar Pela minha tentação Para lá do rio Há o orvalho cristalino Das manhãs temperadas E abençoadas pelo teu caminhar Os amieiros do rio a acenar E a beleza parada do teu olhar. Armando Couto Pereira

AGRADECIMENTO

Porfírio de Carvalho Lima Nasceu: 12/02/1932 Faleceu: 27/05/2012 A família, sensibilizada, vem, por este meio, agradecer a todos os que manifestaram, de algum modo, o seu sentimento de pesar pelo falecimento do seu ente querido.

O FORJANENSE R. Pe Joaquim Gomes dos Santos, nº 58 4740-439 FORJÃES PROPRIEDADE e EDIÇÃO: ACARF Associação Social, Cultural, Artística e Recreativa de Forjães Fundado em Dezembro de 1984 REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO: R. Pe Joaquim Gomes dos Santos, nº 58 4740-439 FORJÃES - Ctr. n.º 501524614 Telef. 253 87 23 85 - Fax 253 87 23 85 e-mail: acarf1@sapo.pt Facebook: Jornal O Forjanense

José Manuel Reis Temos vindo a assistir, com este e com anteriores governos, a uma política assente numa visão tecnocrata e economicista da sociedade, em que os cifrões se sobrepõem a todo e qualquer valor humanista, em que as pessoas passaram a ser números, situação agravada por imposição da troika. Exemplo disto é o que se tem verificado nalguns domínios, por exemplo na saúde, com o fecho de hospitais, o aumento das taxas moderadoras e as orientações de poupança em medicamentos, com prejuízo claro para os utentes, ou na educação, com a reestruturação curricular, os mega ou giga-agrupamentos ou o aumento do número de alunos por turma, condicionando a dimensão pedagógico aos critérios da poupança. No seguimento desta visão reducionista, surge a publicação da Lei nº22/2012, de 30 de maio, que “aprova o regime jurídico da reorganização administrativa territorial autárquica”, ateando a controvérsia local, pois cada freguesia tentará defender a sua identidade e autonomia ou afirmar-se como sede das freguesias agregadas. Esta lei tenta “tapar o sol com a peneira”, escamoteando que lhe subjaz um intuito meramente economicista, tentando poupar uns cêntimos quando continua a ser desperdiçado a rodos o dinheiro do erário público, não tendo em conta fatores verdadeiramente importantes, como a identidade histórica, alicerçada há vários séculos, e a verdadeira política de proximidade. O diploma refere que esta reorganização “prossegue os objetivos da promoção da coesão territorial e do desenvolvimento local”, do “aprofundamento da capacidade de intervenção da junta de freguesia”, da “melhoria e desenvolvimento dos serviços públicos de proximidade prestados pelas freguesias às populações”, mas não é fácil descortinar como será isso possível. Na verdade, como poderá a junta aumentar a sua “capacidade de intervenção” e melhorar o desenvolvimento dos “serviços públicos de proximidade” se o território é alargado e as freguesias distam vários quilómetros? As populações não serão obrigadas a deslocar-se para irem tratar assuntos do seu interesse quando agora o podem fazer na sua terra?

Defende-se o princípio da “Preservação da identidade histórica, cultural e social das comunidades locais” (art.3º), mas como é isto garantido? É ridículo pensar-se que a preservação da identidade se fará apenas com a adoção, caso não haja consenso na escolha de um novo nome, do pomposo topónimo «União das Freguesias», “seguida das denominações de todas as freguesias anteriores que nela se agregam”. Não há dúvida de que é necessário colocar as contas públicas em ordem e que é necessário reformar para poupar. Mas por que não atacar verdadeiramente o monstro de frente, acabando com a má gestão, a incompetência e os sorvedouros dos “tachos”? Poder-se-ia (dever-se-ia) começar pelas esferas superiores: relativamente ao número de deputados, porquê manter o número máximo previsto, quando se pode opar pelo mínimo? Qual a razão para manter algumas (muitas) regalias quando a todos se pede sacrifícios, como denunciou Miguel Portas? Como justificar os regimes de exceção relativamente aos cortes salariais em alguns organismos que dependem do estado, distinguindo-os dos restantes funcionários públicos? Por que razão não se extinguem de vez vários Institutos públicos (verdadeiros locais de distinção de amigos), como chegou a ser anunciado, e não se acaba com as políticas ruinosas das parcerias público-privadas, que mais não são do que a concessão de benefícios? Com estas medidas, poupar-se-iam milhões, fruto não só da redução salarial (esta sim sem atentar contra os direitos dos trabalhadores) mas, sobretudo, do fim de “tachos” e mordomias inerentes. Poder-se-ia continuar pela reorganização municipal. Por que não agregar alguns municípios, aliás como a lei deixa em aberto (mas, claro, com caráter facultativo!), reduzindo o número de presidentes, vereadores, assessores, consultores e tantos outros, para além de um sem fim de empresas municipais? Mas, como sempre, na obrigação de ter de fazer alguma coisa, por imposição das circunstâncias e das entidades externas, foi mais fácil virar-se para o “elo mais fraco”, para o “mexilhão”, com menos influência política, pois, independentemente da cor política circunstancialmente dominante, é necessário perpetuar o poder com a distribuição de lugares pelos boys, algo de que todos acusam os outros, mas que acabam por fazer logo que instalados. O primeiro-ministro louvou recentemente a paciência dos portugueses. Mas esta tem limites. Talvez seja a hora de exercermos o nosso direito à indignação!

Diretor: Carlos Gomes de Sá csa@portugalmail.pt Subdiretor: José Manuel Reis jmanuelreis@sapo.pt

FOTOGRAFIA: Luís Pedro Ribeiro

Colaboradores: Armando Couto Pereira, Patrícia Dias (Fundação Lar de Santo António), Junta de Freguesia de Forjães, Pe. Luís Baeta, Manuel António Torres Jacques, Maria Mota, Olímpia Pinheiro, Fernando Neiva, Miguel Morais (EBI Forjães), Rafael Poças, Regina Corrêa de Lacerda (Lisboa), José Salvador Ribeiro, Marina Aguiar, Cláudia Costa, Felicidade Vale, Ricardo Moreira, Pe. José Ferreira Ledo, Sandra Queiroz, Elsa Teixeira, Rui Abreu e educadoras da ACARF, Rolando Pinto, Alma Orfão, Andreia Moura Silva, Diana Martins.

ASSINATURA ANUAL (11 números) País: 9 Euros; Europa:19 Euros; Resto do Mundo:22 Euros Registado no Instituto da Comunicação Social sob o nº 110650 TIRAGEM - 1.800 Ex.

SECRETARIADO E PAGINAÇÃO: Eduarda Sampaio e Fátima Vieira.

IMPRESSÃO: EMPRESA DIÁRIO DO MINHO, Ldª Rua de Stª Margarida, 4 A / 4710-306 Braga / Tel. 253 609460 Fax. 253 609 465/ Contribuinte 504 443 135 www.diariodominho.pt / lfonseca@diariodominho.pt

. Os artigos de opinião são da exclusiva responsabilidade de quem os assina e não vinculam qualquer posição do jornal O FORJANENSE. O jornal não assume o compromisso de publicar as cartas ou textos recebidos, reservando-se o direito de divulgar apenas excertos.


8 • 21 de Junho 2012

Desporto n Acompanhando o Forjães Sport Clube SENIORES

Taça AF Braga

Alteração dos quadros competitivos

1/2 de final (2ª mão) 27-05-12 FSC 1–1 Celeirós Estádio Horácio Queirós

«Não conseguimos dar a volta ao texto!» O Forjães SC pediu apoio e os sócios, simpatizantes e amigos disseram presente, engalanando o Horácio de Queirós com uma excelente moldura humana. O ambiente à volta do jogo esteve fantástico, com uma tarja gigante (NÓS ACREDITAMOS), bombos, fumarolas, muitas bandeiras e sobretudo muito carinho e vontade de chegar à final de Barcelos. Contudo, em futebol nem sempre querer é poder, e os nossos atletas e equipa técnica, mesmo dando o máximo, não conseguiram virar o mau resultado da primeira mão. O jogo revestiu-se de muitos nervos por parte da nossa equipa, que não conseguiu explorar o seu melhor futebol e também não teve a estrelinha que é necessário para brilhar nestes jogos. Ainda assim, foi o Forjães a equipa mais ofen-

Fernando Neiva

siva. Refira-se que na primeira parte dispôs de três boas situações de golo: Tiago falhou a cabeçada à boca da baliza; Hélder não aproveitou um livre indirecto no interior da área; mais tarde, este mesmo atleta, causou muita emoção aos forjanenses, quando ao minuto 42 de cabeça, falhou um golo que parecia certo. No minuto seguinte, numa das poucas idas ao ataque, surgiu o balde água fria, o golo do Celeirós. Na segunda parte os forjanenses continuaram a lutar e a desperdiçar algumas situações de golo. O empate surgiu tarde, mas não fosse algum desacerto dos nossos atacantes, o jogo poderia ter tido outro destino, mas a má sorte assim não quis. O Celeirós acabou por ser um

justo vencedor, mas o Forjães ficou com a sensação de que tinha capacidade para vencer este adversário. No entanto, a tarde de desacerto em Celeirós tornou-se fatal para a tão ambicionada final. Refira-se que a taça acabou nas mãos do Taipas, que no jogo decisivo bateu o Celeirós por 1-0, mesmo jogando com 10 elementos desde a meia hora de jogo. FSC: 1- Yvon; 14- Magalhães (Postiga aos 65) ;24- Gabi; 4Hélder; 13- Orlando; 2- Joel (c.) (Né aos 65);8- Paulo Gomes; 21Bruno (Morgado aos 75); 20- Tó Mané; 22- Mika: 7- Tiago. Treinador: Zé Miguel Não utilizados: Stray, Káká , Sérgio e Kiko. Golo: 0-1, aos 43 minutos. 1-1, Tiago aos 71 minutos

A Associação de Futebol de Braga reuniu, recentemente, com todos os seus filiados, para analisar as alterações que irão ocorrer, na época 2012-13, nos campeonatos nacionais da Federação Portuguesa de Futebol. Assim, no final da próxima época, a 3ª nacional será extinta, a atual 2ªB passará a chamar-se Campeonato Nacional de Seniores, e, já na época 201314, será disputada em oito séries de dez clubes. Desta forma, os campeonatos regionais irão receber muitas mais equipas. A proposta da direcção da AF

Braga passa por criar uma nova divisão, chamada Pró-nacional, composta por 18 clubes, a saber: todos os que desceram da 3ª nacional e da 2ª B, em 2012-13, os dois vencedores das séries A e B da 1ª divisão e os restantes clubes da divisão de Honra que se consigam classificar. A divisão de Honra passará a ter duas séries de 16 equipas e a 1ª divisão com o número de séries e equipas disponíveis. A próxima época será de transição e adivinha-se muito difícil.

Fim-de-semana Gastronómico do FSC Nos próximas dias 23 e 24 de junho, vai realizar-se no recinto do Centro Cultural de Forjães, mais um fim de semana gastronómico do FSC. O clube irá promover uma noite de S. João, sábado, com sardinhas, febras, champarrião e muitas outras coisas. Também não irão faltar as famosas bolas de carne e sardinha e o pão com chouriço. Haverá diversão para os mais novos, insufláveis, e, no sábado à tarde, serão promovidos os jogos da mecada e do chavelho. O clube está a proceder à recolha de bolos e sobremesas, que as pessoas queiram oferecer, para depois vender ao longo do

certame. Por isso, quem tiver a boa vontade de ajudar, para além de visitar, poderá oferecer um bolo, uma sobremesa, rissóis, bolinhos de bacalhau ou outra especialidade qualquer, para ser vendido em favor do clube. Também no domingo, à hora de almoço, será vendida comida para fora. Para além das sobremesas haverá, feijoada, rojões e muito mais para servir! Quem pretender também poderá almoçar ou jantar no Bar FSC. Por isso, amigo forjanense, não se acanhe, apareça e dê a sua colaboração ao FSC.

EURO 2012

FSC apoia a nossa seleção

SÓCIOS CONVIDADOS A VESTIR CAMISOLA

Assembleia Geral: por favor apareçam! No passado dia 15 de junho, realizou-se uma Assembleia Geral de carácter eleitoral, com uma dúzia de sócios presentes, não tendo sido apresentada nenhuma lista candidata. Perante este cenário de infeliz e habitual desinteresse e alheamento dos sócios, para o ato eleitoral, o Presidente da Mesa da Assembleia Geral convocou nova sessão para o dia 29 de junho, sexta-feira, às 22 horas, no Centro Cultural de Forjães. A Comissão Administrativa ainda em funções, a trabalhar para conseguir fechar as contas da época 11-12 de forma equilibrada, informou que apenas equacionará continuar em funções se as obras de colocação do sintético avançarem a curto prazo e, principalmente, se outros as-

sociados não quiserem assumir a direcção do clube. O actual líder desta Comissão

« Fernando Neiva deixa futebol e outros compromissos com a freguesia, caso o sintético do FSC não evolua favorável e rapidamente»

Administrativa, Fernando Neiva, referiu, a título pessoal, que se até à próxima assembleia não houver progressos neste domínio (sintético), deixará definitivamente o clube e cessará outras fun-

ções de compromisso para com a freguesia de Forjães, pois, no seu entender, caso as coisas não evoluam favoravelmente, essa será a única saída para aquilo que considera um fracasso pessoal, que virá dar razão aqueles que nunca acreditaram nesta possibilidade, um relvado sintético, em Forjães. Referiu, o mesmo, que tudo fará, para além do que tem feito, no sentido de fazer evoluir favoravelmente esta obra, não só merecida mas também necessária para a vitalidade do clube. Contudo, fez questão de frisar, que a sua decisão de terminar todas as suas funções, caso a obra não avance, é irreversível, não porque isso incomode quem quer que seja, mas porque o seu compromisso moral e ético assim o obrigará.

O Forjães SC tem promovido festas convívio, no recinto do Café Novo, sempre que joga a selecção nacional nos palcos do Euro 2012. Foi um gesto bonito da gestão do referido espaço comercial que, desta forma e mais uma vez, se mostra um parceiro do FSC.

Refira-se que o lucro proveniente da organização destes convívios (se existir) reverte na totalidade para o clube. Para além de agradecer ao Sr. Augusto (assador de 1ª!), o Forjães SC agradece a colaboração de todos e espera poder chegar à final em festa. A ver vamos!


21 de Junho 2012 • 9

Opinião Dia da Criança

Elsa Teixeira

S

er criança é aprender algo novo todos os dias, é não ter preocupações, é passar o dia a brincar. É acordar com um sorriso e adormecer a cantar! Haverá algo melhor que ser criança, haverá algo melhor que ter uma criança!? Quando era criança corria pela rua, brincava com as minhas amigas, íamos a pé para escola mesmo tendo de atravessar a N13 – que na

altura era muito frequentada não só por carros, mas também por camiões. Havia brincadeiras incríveis! Delirávamos com os jogos de sociedade como o Monopólio e a Bolsa ou a Vida. Televisão víamos pouco. Tínhamos muito tempo para sonhar, imaginar e fazer asneiras. Apanhávamos girinos nos charcos, fazíamos bolinhos de terra, tocávamos à campainha dos vizinhos entre um jogo da macaca e um do elástico. Fazíamos recados e íamos ao supermercado sozinhos fazer compras, artilhados com a devida lista - para não esquecermos nada -, enfrentando os cães vadios cheios de medo. Íamos ao pinhal ver os cogu-

melos crescer e brincar a branca de neve, a imaginação era tão fértil que chegávamos a ver os anões! Adorávamos as histórias cheias de magia que avó contava repetidas vezes e nós insaciavelmente ouvíamos. Arrecadávamos as coisas sem serventia que tínhamos em casa e fazíamos uma banca de venda no jardim! Julgo que nunca vendemos grande coisa, mas as vizinhas entravam na brincadeira e apreçavam-nos os artigos. A escola não era uma grande preocupação, éramos aplicados mas apenas o necessário. Nas aulas estávamos atentos e dispensávamos o tempo q.b. para os estudos e trabalhos da escola.

Era fantástico, e o melhor de tudo era ter as melhores amigas como vizinhas! Andávamos pelas casas uns dos outros e as brincadeiras podiam-se prolongar aos fins de semana. Para nós, o dia da criança era todos os dias! Os anos passaram e hoje ser criança é diferente de ser criança há 30 anos atrás, como é diferente de há 60 anos. Hoje as crianças passam mais tempo dentro de casa, vêem mais televisão, socializam menos e são mais protegidas pelos pais. Saem menos de casa e muitas nunca foram sozinhas ao supermercado ou a padaria, mas a maioria domina o uso do computador e das redes

sociais melhor que os adultos. Têm acesso e estão acessíveis ao mundo através de um computador, sem muitas vezes os pais se apercebem do perigo que isso implica. Há 30 anos atrás havia numa turma uma ou duas crianças com pais divorciados, hoje, os divórcios, são cada vez mais frequentes e as crianças são muitas vezes tratadas como a disputa de um bem entre os pais, quando deveriam ser protegidas, deixando-as ser crianças longe dos problemas dos adultos. Recordar o tempo de criança e proporcionar aos nossos filhos o que de melhor tivemos nesse tempo, é o melhor dia da criança que lhes poderemos oferecer.

nos daquele ano lectivo, isso trará benefícios para o processo ensinoaprendizagem. No entanto, “não há vela sem senão”. Que as escolas sejam “maiores” para terem turmas de níveis diferentes, tudo bem; porém, se isso implica que o aluno saia de casa às 6:30h (para não dizer mais cedo) e chega às 19:00h (para não dizer mais tarde) e ainda tem de ajudar os pais, a pergunta que se coloca é: que vantagens? Posto isto, concordo com a constituição de agrupamentos ou mega-agrupamentos no caso em que as escolas sejam “coladas” ou muito perto e que seja igual para o aluno ir para uma ou para a outra. No entanto, não concordo nos casos em que implica que os alunos estejam fora de casa mais horas que um qualquer funcionário passa no seu trabalho. Mas isto ainda pode ser mais problemático, não agora mas no futuro. Senão vejamos: as crianças passam cerca de 12 horas fora de casa desde os 5 ou 6 anos, sendo “educadas” pela escola e os pais são uns “tipos” que se vê à noite e aos fins-de-semana (dependen-

do do horário de trabalho). Não quero com isto dizer que a escola não tenha capacidade de educar, mas acho que o papel da escola é, fundamentalmente, ensinar e a educação deve ser repartida pela “comunidade escolar”. Agora, analisando o lado dos pais. Se de um lado temos os que se preocupam e estão a par do percurso escolar do seu educando, outros há que ficam “felizes” (chorarão no futuro, pelo exposto) porque ficam com mais tempo livre para fazerem outras coisas (sendo que alguns até no desemprego estão) e a escola dá pequeno-almoço, almoço, lanche, reforço alimentar, banho (quando há Educação Física), livros, medicamentos, cheques dentista, subsídios, etc. Depois, ainda temos a questão do número de alunos por turma, que em vez de ser reduzido tem vindo a ser aumentado. Isto vai contra os estudos que provam que é maior o sucesso (pelo acompanhamento/apoio dado pelo Professor) em turmas mais pequenas. Resumindo, com as políticas que mudam ao “som” dos governos e/ou dos “iluminados” e que

nem tempo têm para refletir/avaliar a implementação das mesmas, coloca-se a questão: o que será deste País daqui a 10 ou 15 anos? Concluindo, os países “mais avançados” estão a criar microagrupamentos com turmas reduzidas, a eliminar os quadros interactivos e os computadores nas salas de aula, em Portugal está a acontecer o contrário…

Mega-agrupamentos

Rolando Pinto

O

s mega-agrupamentos são mais uma “invenção” de algum “iluminado” deste país que se encontra num qualquer gabinete, sem janelas, e que pretende subir de posto. Esta, como qualquer outra medida, só deveria ser tomada após análise/estudo de cada caso e não de forma global. A realidade é diferente de local para local. A estatística e os mapas geográficos são bonitos para estar numa gaveta da secretária, mas o terreno mostra coisas diferentes. Por exemplo, como é possível haver um “iluminado” que diz (olhando para o mapa) “esta escola fica perto desta”, quando na realidade são mais de 20 km de uma até à outra (e foram propostas para um só agrupamento). É evidente que a constituição dos mega-agrupamentos tem o pro-

pósito, segundo os “iluminados”, de reduzir a despesa com pessoal (docente e auxiliares). Porém, mais uma vez estão errados (como já aconteceu com os mesmos ou outros “iluminados” que implementaram os diretores e acabaram com os conselhos executivos que antes tinham sido conselhos diretivos e antes outra coisa qualquer) pois, se por um lado a despesa com pessoal docente e auxiliares é reduzida, pois reduzem os cargos e há centralização de serviços, por outro dispara a despesa com transporte dos alunos (alguém fez estas contas?). Como?! Ora se os alunos eram transportados para uma escola e depois tem que haver deslocação de alunos de uma escola para outra, aumenta a distância, logo, aumenta o custo de deslocação. Agora, falando em termos pedagógicos. Que vantagens trazem os mega-agrupamentos? Depende! No caso de escolas em que um Professor tem 2 ou mais níveis para lecionar, talvez, pois os alunos ao irem para uma escola maior, em que cada um fica numa turma apenas constituída por alu-

CAFÉ NOVO

RECOLHA DE SANGUE Como já vem sendo hábito, o Instituto Português do Sangue efectuará uma recolha de sangue, em Forjães, no próximo dia 22 de julho, das 9.00 às 12.30 horas, na sede da Junta de Freguesia de Forjães. A falta de sangue que se faz sentir, nesta altura do ano, seria minimizada com a adesão das solidárias pessoas de Forjães.

Talhos Srª da Graça, Lda

de Domingos T. Cruz

carnes verdes fumadas salgadas carne de cavalo porco preto todo o tipo de caça (por encomenda)

- Café Snack Bar - Distribuidor PANRICO - Agente TotolotoTotobola - Joker- Euromilhões Rua 30 de Junho - 4740 Forjães 253 87 21 46

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III Rua Casa de Fábrica / 4935-327 Vila Nova de Anha


10 • 21 de Junho 2012

ACARF

Na Minha Terra Ca O poeta Manuel Alegre, considerado um “cidadão do mundo” pelo presidente da Junta de Forjães, José Henrique Brito, agradeceu o convite, sentindo-se muito honrado e comovido ao ver o auditório cheio, o que considerou ser um ato de democratização cultural, um exemplo para o país. O poeta não deixou os seus créditos por mãos alheias e, para além de deliciar a plateia com a leitura de treze poemas, subiu ao palco e recordou os tempos de estudante em Coimbra, cantando “Forjães tem mais encanto na hora da despedida”.

O Centro Cultural recebeu uma exposição alusiva ao momento, enquadrando a iniciativa Na Minha Terra Cabe o Mundo Todo, poemas do homenageado e uma feira do livro

A mão direita do poeta, a mão com que escreve, ficará marcada na parede da fama, única em todo o mundo!

Para além de dezenas de autógrafos, Manuel Alegre também deixou a sua marca no livro de honra da ACARF.

ACARF

Associação Social Cultural Artística e Recreativa de Forjães

Centro Social

Creche CAF 4 aos 36 meses 4 aos 6 anos

CATL 6 aos 12 anos

A afluência do público ao Centro Cultural foi enorme, lotando por completo o espaço, prova da dimensão “supra partidária” deste cidadão do mundo.

In s ab criçõ er ta es s!

Centro de Dia e Convívio

Visite-nos: R. Pe. Joaquim Gomes dos Santos, 58 / 4740-439 Forjães / www.acarf.pt / facebook

O Gabinete de Inserção Profissional de Forjães, na ACARF, permite divulgar as medidas de apoio e estímulo ao emprego, dando resposta às necessidades dos desempregados. Estamos disponíveis para o ajudar! Mais informações: www.acarf.pt / tel.: 253 872 385 / gipacarf@gmail.com


21 de Junho 2012 • 11

ACARF

abe o Mundo Todo «Ainda Forjães», novo livro de Gil de Azevedo Abreu No dia 17 de junho, foi lançado novo livro “Ainda Forjães, de Gil de Azevedo Abreu. Na cerimónia de lançamento, estiveram presentes o vice –presidente da Câmara Municipal de Esposende, arquiteto Benjamim Pereira, o presidente da Junta de Freguesia de Forjães, José Henrique Brito, e a Drª Susana Costa. A anterior diretora d´O Forjanense teve a responsabilidade de apresentar o novo livro, começando por elogiar o trabalho de investigação e de “busca incessante e desmedida pela verdade” que esteve na sua origem, aspetos que afirmou serem caraterísticos do autor, sintetizando, de seguida, o se conteúdo: “Nesta obra é relembrado um evento ocorrido em 31 de Julho de 2010, na nossa freguesia, e cujo tema central, me arrisca-

ria a dizer, é muito caro ao Dr. Gil Abreu – a homenagem aos combatentes da Guerra Colonial, e, especificamente, aos cerca de 160 conterrâneos, que partiram para uma luta inglória. A recolocação das letras da lápide existente na frente da Casa do Povo, a apresentação do livro «Herói do Império» (que, se bem se lembram, reproduz a experiência do Tenente Coronel António do Casal Martins) e o jantar convívio dos ex-combatentes e seus familiares são, digamos assim, os sub-temas deste grande capítulo (…). Outra pessoa que jamais cairá no esquecimento dos forjanenses é o Prof. Mário de Miranda Vilaverde. O centenário do seu nascimento, em 2011, mereceu a atenção por parte do Dr. Gil, que, honrando a sua memória, investigou a sua biografia e

apresentou-a aquando das XI Jornadas Culturais da ACARF e II Encontros Literários (2 de Julho de 2011) (…). O terceiro tema, digamos assim, deste livro caracteriza a história de mais uma forjanense, nascida na Quinta de Curvos, (…) a

Benjamim Pereia, respondendo ao repto do autor de “Ainda Forjães”, prometeu não esquecer o nome da professora Maria Irene Faria do Valle para patrona do novo Centro Escolar

Venerável Madre Luiza Teresa da Soledade, também dedicada à vida religiosa, no Convento das Concepcionistas em Braga. Serve esta apresentação de mote à correcção de «infundadas e gratuitas informações», citando o Dr. Gil Abreu, constantes do livro «La Coca», de J. Rentes de Carvalho. (…) O livro termina com notas soltas acerca da Casa do Povo de Forjães (…). “ Feita a apresentação, o Dr. Gil agradeceu as palavras que lhe haviam sido dirigidas e salientou a figura de Maria Irene Faria do Valle, referida nas Notas Introdutórias, desafiando as autoridades competentes a elevá-la a “patrona” da escola de Forjães. Falou ainda de alguns projetos que tem em mente e desafiou os forjanenses para “alguns trabalhos que falta fazer”, especialmente dar a conhecer as pessoas que fazem parte da toponímia de Forjães, bem

Espetáculo da escola de ballet da ACARF No dia 17 de junho, pelas 17 horas, o Centro Cultural de Forjães encheu para assistir a mais um espetáculo da escola de ballet da ACARF, iniciativa que antecedeu o lançamento do livro “Ainda Forjães”. O auditório pôde apreciar o entusiasmo e arte destes bailarinos, desde os “principiantes”, com

a sua alegria e emoção de atuarem perante os seus pais e familiares, até aos mais crescidos, verdadeiros artistas a caminho do estrelato. Depois da atuação por grupos, a atuação conjunta levou a recordar o musical “Fame”, num momento de alegria, dinamismo e arte, orientados pela professora José Reis “Gi”.

como do levantamento dos cursos universitários frequentados por forjanenses e mesmo sobre os emigrantes. Para encerrar a cerimónia, o arquiteto Benjamim Pereira referiu o “carinho e dedicação que o Dr. Gil coloca no que faz”, o seu cuidado com a escrita, exemplo para quem lê as suas obras, salientando ainda a capa do livro, da autoria de António Mendanha. Terminou com uma resposta ao “desafio” do autor, prometendo não esquecer o nome de Maria Irene Faria do Valle para o novo centro escolar. José Reis

Reportagem fotográfica de Na Minha Terra Cabe o Mundo Todo da responsabilidade de Luís Pedro Ribeiro


12 • 21 de Junho 2012

ACARF

À conversa com Manuel Alegre

O Forjanense (OF): As perguntas que lhe vamos colocar decorrem da informação presente na sua página de internet, começando por notar, aí, que não utiliza o acordo ortográfico. Acha que o acordo empobrece a literatura? Manuel Alegre (MA): Eu votei contra o Acordo Ortográfico (AO). Fui o único deputado do Partido Socialista, se não me engano, que votei contra. Quem faz a língua são os povos, as pessoas, os poetas… e é aí que está a sua

« Mas os jovens hoje têm outra forma de guerra: a insegurança, o desemprego, a precariedade... Não sei o que é pior?!»

riqueza: tanto mais rica quanto mais diversa! Há uma língua que é una, no essencial, e depois há o português, o português de Angola que está hoje mais perto do nosso, e aliás eles são contra o AO, como os de Moçambique e os de Cabo Verde. Este acordo foi muito simplificado, muito centrado não na Linguística e na Filologia, mas na Ortografia e que, em nome da globalização, se abrasileirou a Língua Portuguesa. É uma capitulação e uma descaracterização da língua. OF: Mas acha que a poesia são mais pobre? MA: Eu continuo a escrever no português antigo, aliás o Fernando Pessoa também escrevia. Ele dizia mesmo que a ortografia faz parte da estética da língua! Vou continuar a escrever da maneira que sei! Não mudo! OF: Sendo o teatro uma área querida para a ACARF e O

Forjanense, pois esteve na génese da associação, permita-nos uma questão sobre o tema: sabemos que esteve ligado a, pelo menos, dois grupos de teatro, um dos quais ajudou a fundar, em Coimbra, o Centro de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra (CITAC) e foi membro do Teatro de Estudantes de Coimbra (TEUC). Como surge o gosto pelo teatro e porque não lhe conhecemos muita produção dramática? MA: Eu fui um dos fundadores do CITAC, fiz parte da direção, e também fiz parte do TEUC, aqui como ator. Fiz de Diabo, nos autos das barcas de Gil Vicente. Fiz muitos papéis. Mas também tenho um poema dramático, Um Barco para Ítaca, que aliás foi representado. Cada um escreve aquilo que é capaz de escrever! Escrevi um romance, contos… e pode que um dia escreva uma peça. OF: As suas posições, em Angola, em 1962, com 26 anos, levam-no à prisão e ao exílio, dois anos mais tarde. Torna-se símbolo de resistência e liberdade. Que é feito, hoje, dos nossos jovens de 26-30 anos? Porque não ouvimos mais a sua voz? MA: Cada geração tem a sua própria experiência, a sua própria vi-

« Hoje há mais habilitações, mas há menos cultura! Sabe-se menos de História, de Literatura... »

vência e a experiência pessoal e geracional é intransmissível e, de vez em quando, há hiatos. Nós tivemos a ditadura, a guer-

ra colonial… Tivemos algo que ajudou muito a minha geração, que foi a campanha do general Delgado, em 58. Foi uma grande pedrada no charco, que levantou o país e mostrou que era possível resistir, dizer não, dar um abanão nisto. Aliás, esteve na origem, depois, dos movimentos estudantis de Coimbra, Lisboa, nos poemas contestatários… Tudo isso não teria sido possível sem essa chicotada que foi a campanha do General Humberto Delgado. Mas os jovens hoje têm outra forma de guerra: a insegurança, o desemprego, a precariedade… Não sei o que é pior?! Nós tínhamos a ditadura, a guerra, mas sabíamos que, acabando o curso, tínhamos emprego, tínhamos estabilidade, podíamos constituir família, etc… Os jovens hoje, e eu vejo pelos meus filhos e pelos amigos, não têm a certeza de nada, de nada! OF: Sente que há maior resignação, mais conformismo com este estado de coisas? MA: Não é uma questão de resignação, é um problema de corte cultural e de memória. Nós tínhamos mais noção de que os nossos problemas pessoais passavam pela solução do problema do país, por uma solução política: era preciso derrubar o regime e acabar com a guerra. Havia mais ideologia, mais cultura política e cultura em geral. Hoje há mais habilitações, mas há menos cultura! Sabe-se menos de História, de Literatura… Também há maior fragmentação, pois os jovens procuram soluções individuais ou de pequenos grupos, embora também já tenha havido aqui grandes manifestações. Aliás, a primeira manifestação dos indignados não foi em Espanha, foi aqui, em Lisboa e no Porto! Foi das maiores que eu vi depois do 25 de Abril! Só que aquilo depois desagrega-se! OF: Nos anos 70, e a propósi-

Foto José Henrique Brito

Manuel Alegre foi o convidado de honra da terceira edição de Na Minha Terra Cabe o Mundo Todo, evento promovido pela MAR UNO – Associação Social de Cooperação, Educação e Desenvolvimento - Clube Unesco, em parceria com a ACARF - Associação Social, Cultural, Artística e Recreativa de Forjães – Clube Unesco e que contou com o apoio da Junta de Freguesia de Forjães. Esta iniciativa, lançada em 2010, com a presença em Forjães do escritor angolano Pepetela, vencedor do Prémio Camões, visa homenagear um escritor/ artista de língua portuguesa, criar a parede da fama, onde também a escritora e jornalista Inês Pedrosa já deixou a sua marca, para alem de visar a aproximação entre produtor/ autor e o público. Este objetivos, traçados por Albino Oliveira em maio de 2010, foram plenamente atingidos em 2012, com a presença em Forjães de Manuel Alegre, o poeta português vivo mais lido (ver biografia na página 14). O Forjanense esteve à conversa com este homem nascido em 12 de agosto de 1936, em Águeda, conhecendo o político, o candidato à presidência da República, mas é a sua facete de escritor que aqui revelamos. Carlos Gomes de Sá

to da “escrita camuflada” de então, MA refere um regresso à “poesia trovadoresca”. Teremos hoje, e considerando e que dizíamos, em “Os homens da Luta”, o mesmo espírito de Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira e Manuel Freire, mas agora sem necessidade de “máscara trovadoresca” para passar mensagens de protesto? MA: Nos Homens da Luta nem sabemos o que é a sério e o que é brincar! Com Zeca Afonso e

« Cada poema que se escreve é uma derrota da indigência, seja ela cultural, ética, política ou mesmo literária»

Adriano Correia de Oliveira era a sério, havia um risco, havia a cadeia. Eram coisas muito diferentes! OF: O que passa pela cabeça de um português que vê o seu nome ser dado a uma Cátedra destinada ao Estudo da Língua, Literatura e Cultura Portuguesas, como aconteceu em abril de 2010, na Universidade de Pádua? MA: Todos nós temos as nossas vaidades e os nossos orgulhos! É um sinal de reconhecimento. Às vezes não o temos na nossa terra e temo-lo lá fora! É um motivo de orgulho, por mim e pela literatura portuguesa. OF: Mas não se sente reconhecido, quando há dez universidades a estudar a sua obra, oito das quais internacionais? MA: Nem sei quantas são! Há várias teses de doutoramento, no Brasil, em França, em África do Sul… mas o grande reconheci-

mento são os leitores. Quando um livro meu de poesia, e hoje lê-se menos poesia, faz três edições em menos de um mês, isso é que é reconhecimento, o reconhecimento dos leitores! OF: Hoje, olhando para trás e recorrendo às informações do seu “Espécie de autorretrato”, é aquilo que imaginou ser? MA: O André Gide dizia que a análise psicológica deixou de o interessar desde o dia em que chegou à conclusão de que cada um é o que imagina que é! Nós, quando somos jovens, imaginamos muitas coisas, mas eu vivi a vida que tinha que viver. Nós escolhemos e caminho e também somos escolhidos pelas circunstâncias. O homem é ele próprio a sua circunstância. OF: Li na sua biografia que herdou da mãe o gosto pela intervenção; do pai o desprendimento. Que herança, que “armas” podem os pais de hoje passar aos seus filhos? MA: Olhe, aos meus filhos tenho procurado transmitir aquilo que aprendi, as regras essenciais do civismo, da decência, do serviço público, das obrigações perante o país e perante os outros. Depois, também, há o gosto da leitura de que todos têm, a par do valor da Liberdade, da Honra e da Fideli-

« Nós escolhemos e caminho e também somos escolhidos pelas circunstâncias. O homem é ele próprio a sua circunstância»

dade à nossa história, à nossa pátria. No essencial são os valores que eu transmiti aos meus filhos! OF: Dos prémios literários atri-


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ACARF

« Todos os prémios tem o seu significado, o seu sabor, mas eu não escrevo a pensar nos prémios.»

um poema, na Praça da Canção, “Como se faz um poema”, em que respondo a isso num verso: o meu poema rimou com a minha vida! A vida e a escrita são inseparáveis! OF: A sua escrita é uma forma de resistência? MA: Eu escrevi e escrevo poesia de que as pessoas gostam, mas não escrevi poesia política. Se o fizesse, não tinha chegado até hoje. OF: Que sentido tem hoje a poesia neste “tempo dominado pela ignorância, pela ganância, pela estupidez e pelo império do dinheiro”? Poderá “o poema continuar a rimar com a vida”? MA: Hélia Correia perguntava recentemente, citando Holderlin: “Para que servem os poetas em tempo de indigência?” Ela própria encontrou a resposta. Escreveu a “Terceira Miséria”, uma magnífica elegia. É para isso que servem os poetas: para escrever poesia. Cada poema que se escreve é uma derrota da indigência, seja ela cultural, ética, política ou mesmo literária. Uma derrota da indigência e da regressão civilizacional que hoje estamos a viver. OF: Neste sentido, acha que esta iniciativa que Forjães está a levar a cabo, Na Minha Terra Cabe o Mundo Todo, também é um ato de resistência? MA: Claro que é. É um ato de resistência, de luta contra a desertificação cultural, que é um dos problemas do país. Esta é uma iniciativa muito interessante, de des-

centralização e democratização cultural. Uma freguesia que traz aqui escritores, que toma esta iniciativa, que pendura poemas em árvores (olhe, nunca tinha visto poemas meus pendurados nas árvores!), deve ser destacada e estou a gostar de estar aqui. É um ato fantástico, que até me comove! É um ato de civismo! É fantástico! E por isso eu vim, porque é uma obrigação do escritor vir a atos destes. Vinha aqui mais depressa do que ia a uma universidade qualquer do pais! OF: Enquanto forjanense ficou satisfeito e agradeço-lhe as palavras, mas acha que estamos a criar a poética da revolução? MA: Nós estamos numa crise e como disse um grande poeta, as grandes crises são sempre crises de civilização e numa crise como esta não são os tecnocratas e os economistas, que estão na origem da crise, que a vão resolver. São precisos os filósofos, os intelectuais e os poetas. Há uma necessidade das pessoas se virarem para o pensamento, para a atividade cultural e a poesia que traga a esperança, o sonho… Há uma necessidade de novas respostas, o que passa pela poesia. A poesia desempenhou um grande papel durante a ocupação nazi, aqui na ditadura, porque passava, através da linguagem poética, das metáforas… as mensagens proibidas. Hoje há uma corrupção da linguagem, que está invadida pelas

«Uma freguesia que traz aqui escritores, que toma esta iniciativa, que pendura poemas em árvores (olhe, nunca tinha visto poemas meus pendurados nas árvores!), deve ser destacada e estou a gostar de estar aqui.»

taxas de juro, pelas empresas de rating… Não se ouve falar de outra coisa! Eles cortam nos salários, nas pen-

sões, mas também nos sonhos e isso é terrível, porque não se pode viver sem sonhos, sem esperança. Nos já não temos autonomia, já não temos independência e é grave e é uma coisa nova no mundo! Isto só tem uma solução e, lembrando o que foi o papel da poesia durante a revolução russa, e em-

« A escrita para mim é um estado de graça e quando escrevo um poema é uma festa!»

bora a poesia, por si mesmo, não faça a revolução, não há mudança sem uma poética da mudança, não há uma revolução sem poética da revolução. A poesia antecedeu quase sempre a revolução. Pela desconstrução da linguagem estabelecida, pela subversão de dogmas e mitos, pela violência verbal contra o conformismo e contra o medo, pela própria “vidência”. Nesse sentido criou a poética da revolução antes da revolução. Pelo que tenho visto por aí fora, pelo que estou a ver aqui hoje, com iniciativas destas, sinto que as pessoas voltam a ter necessidade de poesia, de canto… de qualquer outra coisa! Talvez esteja aí a germinar uma poética, um cancioneiro, uma mudança… OF: Para essa “poética da mudança” precisamos de dois pressupostos, os poetas e os filósofos. Não tenho dúvidas que temos poetas, mas onde estão hoje os nossos filósofos, os nossos pensadores? Foto José Henrique Brito

buídos, será o Prémio Pessoa o mais marcante, por destacar a totalidade da sua obra (2008), ou retém outra distinção? MA: O Prémio Pessoa foi o maior prémio que recebi. É o maior prémio cultural português. Todos os prémios tem o seu significado, o seu sabor, mas eu não escrevo a pensar nos prémios. A minha amiga Sofia dizia que os prémios fazem mal à cabeça e ai daqueles escritores que escrevem a pensar nos prémios! Se escrevem para o prémio, normalmente estragam o que fazem! OF: A dada altura, Manuel Alegre diz que “a escrita e a vida são inseparáveis, o poema rima com a vida”. E com a política? Como foi esse casamento, como conciliou ambas as coisas? MA: Olhe, isso foi a intervenção que eu fiz em Pádua, pois perguntam-me sempre isso. Eu escrevi

MA: Alguns dos nossos principais filósofos eram também poetas: Antero de Quental, Teixeira de Pacoaes, Fernando Pessoa… OF: E hoje? MA: Temos o José Gil, o Eduardo Lourenço, enquanto ensaísta- filósofo. Há muita gente, e vejo isso quando leio revistas estrangeiras, que não se conhece mas coloca os mesmos problemas, levanta as mesmas interrogações e isso é sinal de qualquer coisas. Há qualquer coisa a surgir com essas preocupações comuns. OF: No Notícias Magazine, da semana passada, questionava-se se em “ Nada está escrito” temos o poeta como um sofredor. É essa a mensagem que passa? Isso resultará do cenário que descrevemos? MA: Não. O poeta tem sempre o escape da poesia! Eu não digo que a escrita é um martírio, não! A escrita para mim é um estado de graça e quando escrevo um poema é uma festa. OF: Quando refere que “as ruas

estão cheias de gente e as pessoas desertas”, que mensagem quer transmitir? MA: Há uma parte, no poema, que fala da cidade onde costumo dar os meus passeios a pé, até por questões de saúde, agora que deixei o Parlamento, e reparei estar bem diferente, onde as pessoas estão crispadas. Perdeu-se a alegria e vive-se a angústia de um muro a tapar o futuro e a vida. As pessoas andam apressadas, mas parece que vão para lado nenhum! Eu ia na rua e esse verso surgiu-me. É uma imagem da crise, da angústia das pessoas! Tal como Carlos Lopes é elevado, pela escrita de Manuel Alegre, ao estatuto de herói, colocado ao lado de Menelau, também o poeta-deputado ficará recordado como aquele que fez a sua corrida, que nos desafiou a acompanhá-lo

« As pessoas andam apressadas, mas parece que vão para lado nenhum!»

e, qual lebre em prova de velocidade, esteve sempre à frente, esteve sempre na dianteira, foi uma espécie de farol, de candeia que ilumina duas vezes. Muito obrigado pelo seu exemplo, pela sua postura e pela amabilidade concedida.

Jogando com os títulos... Se me permite, pegava nalguns dos seus títulos, e de forma descontextualizada e provocatória, pergunto-lhe: - Hoje, se a Barca não fosse Para Ítaca, para onde iria? Ítaca é uma metáfora humana muito grande. É algo que se procura, que está dentro de nós, é a própria errância. Ou se encontra o caminho ou não. - O que sentiu ao Chegar Aqui, ao conhecer Forjães? Senti que estava no Minho. É uma paisagem que a mim me toca muito, porque eu estive escondido no Minho antes de ir para o exílio. Esteve na Sra. da Aparecida, na casa da família Feijó, e é uma paisagem muito parecida com esta. Levei essa imagem idílica comigo. Achei muito interessante esta ideia. Já me puseram mão num molde! Muito bonito! - A quem dedicava, hoje: a) Livro do português errante? Hoje não dedico livros, são para toda a gente! b) Uma carga de cavalaria?

Dedicava a todos os companheiros que fizeram a guerra colonial. c) O quadrado? A todos aqueles que são capazes de seguir em frente, de resistir… - Quem considera, hoje, na política, uma Estrela? Não há estrelas na política, neste momento! É um dos problemas desta crise. Não há homens de grande dimensão. - Em Diálogos, a poesia uniu-se às aguarelas de Cristina Valada, em 2001. Se tivesse que fazer um dueto improvável, com quem seria? Ora bem, já me fizeram um com José Cid! - Em 2006, publicou uma serie de crónicas “Futebol e a vida, do Euro 2004 ao Mundial 2006”. E agora, como será o Euro 2012? Eu torço sempre pela Seleção, mas esta não tem os grandes jogadores que teve a seleção de 2000, embora tenha alguns bons jogadores! Faço força pela seleção e vamos lá ver!


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ACARF QUASE UM AUTO-RETRATO

Aos vinte e poucos anos escrevi: “meu poema rimou com a minha vida”. Era ainda muito cedo, não sei sequer se é verdade, embora muitas coisas me tivessem já acontecido: amores, partidas, guerra, revoltas, "prisões baixas". O que mais tarde me levaria a dizer: "biografia a mais". Muito antes, lá pelos vinte, tinha lido uma frase de André Gide que me impressionou. Dizia ele: "a análise psicológica deixou de me interessar desde o dia em que cheguei à conclusão de que cada um é o que imagina que é." Até que ponto sou o que me imaginei ser? Se soubesse pintar (mas não sei) faria o meu auto-retrato a olhar para ontem, ou para dentro, ou para outro lado. Distraído-concentrado, presente-ausente, um não sei quê. Acusam-me de altivez e narcisismo. É sobretudo reserva, timidez e uma incapacidade física de praticar uma certa forma portuguesa de hipocrisia e compadrio. Ou talvez um tique que herdei de família: levantar a cabeça, olhar a direito. Tenho desde pequeno a obsessão da morte. Não o medo, mas a consciência aguda e permanente, sentida e vivida com todo o meu ser, de que tudo é transitório e efémero e não há outra eternidade senão a do momento que passa. Talvez por isso seja um homem de paixões. Mas não vivi nunca póstumo, nem me construí literariamente. Sei que nenhum verso vence a morte. E não

acredito sequer na literatura. Na poesia, sim. Mas como ritmo, como música interior, canto e encanto, incantação, exorcismo, uma forma de relação mágica com o mundo. A um professor brasileiro que trabalhava numa tese sobre mim, respondi: "Escrita e vida são inseparáveis. Embora eu entenda a poesia como experiência mágica, algo que está aquém e além da literatura." Penso, como Teixeira de Pascoais, que "o ritmo é a substância das cousas" e que "a poesia nasceu da dança." Talvez por isso eu goste de flamenco, a música e a dança que estão mais perto do ritmo primordial, da batida do coração e da própria pulsação da terra. Gosto de flamenco e de um certo tipo de fado e dos tangos de Francisco Canaro. E também de Bach e Mozart. Pelas mesmas razões: o ritmo. E da poesia de Lorca que, ao contrário de ideias feitas, nada tem de folclórico ou regionalista, antes se aproxima das energias primitivas e essenciais e é quase, como diria ainda o autor de Marânus, "um bailado de palavras." Não sei se, como queria Rimbaud, consegui fazer "coincidir a essência da poesia com a existência do poema." Cantei, canto. Demanda, errância. Não há senão esse procurar. Na vida, na escrita. Quando faço aquilo de que gosto, faço-o intensamente. A pesca, por exemplo. Ou a viagem. Ou a partilha: um bom jantar em família com alguns amigos, uma reunião conspirativa, a camaradagem na nunca perdida ilusão de que a revolução ainda é necessária e possível. Diria que é outra forma de escrita. Intensa, densa, tensa. Como o amor. E talvez a morte. Herdei de minha mãe uma certa energia, o gosto da intervenção. De meu pai, o desprendimento, uma irresistível e por vezes perigosa tendência para o desinteresse. Inclusivamente pelos bens materiais. Não é por acaso que só me prendo realmente ao que poderia chamar as minhas armas: espingardas propriamente ditas, "gostei muito de caçar", canas de pesca, carretos, canetas, livros (alguns livros), discos. Os grandes espaços: o deserto, o Atlântico, o Alentejo. E sítios. Certas cidades. Outrora

agora: Coimbra, Paris, Roma, Veneza, Lisboa. Certos lugares: o Largo do Botaréu, em Águeda, o rio, a ria (de Aveiro), Barra, Costa Nova. Mais recentemente: Foz do Arelho, Barragem de Santa Clara. Certos recantos: a minha casa de Águeda, o solar, já perdido, da minha avó, em S. Pedro do Sul, as casas da minha tia e meus primos na

Anadia, a casa de Sophia, a minha casa em Lisboa. A minha mulher, os meus filhos, a minha irmã, os meus amigos. Uma grande saudade dos que morreram, principalmente de meu pai, a quem, por pudor e reserva (somos parecidos), nunca cheguei a dizer em vida o que gostaria de lhe dizer aqui. in http://www.manuelalegre.com/

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O autismo é, para muitas pessoas, uma doença impossí‐

No fim‐de‐semana de 26 e 27 de maio, os alunos da Uni‐

vel de ultrapassar. Muitos pensam que o ser humano com autismo não poderá falar perfeito, andar, vestir‐se ou calçar‐se sozinho, ser doutor… Mas será que isso é verdade? Um autista precisa de muito carinho, amor, afeto e ajuda. Assim, ele conseguirá quebrar barreiras. Isto tudo para dizer que os nossos colegas com autismo quebraram mais uma barreira, sem ser testada antes por médicos, biólogos e cientistas ‐ ACAMPARAM! Nos dias 26 e 27 de maio eles foram acampar com pro‐ fessores, alunos da turma 5ºB, auxiliares de educação da nossa escola para o Campus dos Escuteiros em Castelo do Neiva! No primeiro dia fomos recebidos com chuviscos. O que parecia um acampamento arruinado, tornou‐se num dia de sol e boa disposição, com muito exercício físico à mistura! Alunos e professores montaram as tendas ale‐ gremente. Mais tarde lanchamos e de seguida fomos buscar lenha ao monte alto e verdejante, alguns ficaram a apanhar banhos de sol naquele dia solarengo. Almoça‐ mos cheios de energia, motivação e ansiosos por receber os meninos da UEEA (Unidade de Ensino Estruturado de Autismo), todos mais novos do que nós entre os 6 e 8 anos de idades. Finalmente chegaram! Instalaram‐se, puseram‐se à vontade e depois de todos se conhecerem partimos às atividades! Divididos em três grandes grupos de trabalho tivemos a oportunidade de passar uma hora em cada uma das atividades ‐ canoagem, trampolim e jogos tradicionais. Foi muito bom partilhar estas vivências com meninos como eles! Estafados depois de muitas brincadeiras, enchemos a barriga com apetecível comida e fez‐se noite. Para terminar o primeiro dia em grande convivemos à fogueira cantando e tocando viola. “Chegou a hora do recolher”, diz a professora Anabela Freitas. Nós aceitamos, pois estávamos cansados e tínha‐ mos que recuperar energia para o dia seguinte! De manhã muito radiantes por sairmos da tenda, fomos lavar os dentes e tomar o pequeno‐almoço! Depois de nos deliciarmos com um pão e um leitinho, partimos todos em grupo para uma longa caminhada de 2 horas! Pelo percurso pedestre avistamos árvores muito antigas, animais, moinhos, o rio e o Castro. Chegaram os nossos pais para o almoço convívio! Estávamos com saudades e abraçamo‐los, mostramos‐lhes os diversos jogos tradicio‐ nais, que ainda estavam montados, e alguns até os expe‐ rimentaram! Foi giro. No final despedimo‐nos dos nossos amigos com autismo e dos restantes presentes. Eu adorei esta experiência, acampar e conviver com cole‐ gas ditos diferentes. Penso que eles têm os mesmos direi‐ tos que nós e devemos lutar por eles para que um dia nos orgulhemos do que fizemos. Talvez um dia eles digam “obrigado”, porque eles não queriam nascer assim e nin‐ guém tem o direito de os descriminar!

dade de Ensino Estruturado do Espectro de Autismo (UEEA) da Escola B.B.N. (Forjães), os alunos de Currículo Específico juntamente com a turma do 5º B participaram num acampamento dinamizado pelos professores de edu‐ cação especial, a professora Anabela Freitas e coordena‐ dor do 1º ciclo. Este acampamento, denominado de “Acampamento 100 Diferenças”, tinha como principal objetivo a interação entre as crianças com Necessidades Educativas Especiais (NEE) e outras crianças, proporcio‐ nando‐lhes experiências variadas. Os alunos tiveram a oportunidade de conhecer, de forma lúdica, os seus limi‐ tes e enfrentar dificuldades e para as crianças sem NEE serem mais tolerantes, mais cooperantes e principalmen‐ te mais solidárias. Foram organizados vários grupos de alunos e em cada um foi incluído um aluno com NEE. Todas as atividades correram maravilhosamente tendo os alunos interagindo entre eles sem se notarem diferenças entre eles. A Junta de Freguesia contribuiu com verbas e o Agrupa‐ mento dos Escuteiros de Castelo do Neiva cederam o espaço gratuitamente, um muito obrigado às duas insti‐ tuições. Avaliando o acampamento podemos dizer com toda a convicção que foi uma experiência única, de louvar e de repetir.

26,27 de maio


Visita à Floresta de Antas As crianças da sala 3 do Jardim de Infância de Forjães, deslocaram‐se no autocarro da Junta de Freguesia até à flo‐

resta de Antas. Na visita, as crianças foram acompanhadas pela colaboradora do Departamento de Promoção da Sus‐ tentabilidade da Esposende Ambiente, Engenheira Anabela Almeida, que ao longo da caminhada lhes foi explicando as caraterísticas, nomes e especificidades de algumas das espécies existentes. Fez também alusão às espécies ani‐ mais existentes nesta zona e aos cuidados a ter para não perturbar os animais. As crianças mostraram interesse e participaram bastante, respon‐ dendo com entusiasmo às questões formuladas. Esta visita foi realizada com o intuito de proporcionar e favore‐ cer o conhecimento da biodiver‐ sidade existente no meio envol‐ vente e, incutir nas crianças o sentido de responsabilidade, nos cuidados a ter com as diversas espécies naturais. Educadora Rita Caetano

Visita de Estudo ao Regimento de Cavalaria nº 6 de Braga de Clubes da Floresta XII Encontro Distrital

Encontro realizado no dia 4 de junho de 2012, na Póvoa de Lanhoso. O Agrupamento de Escolas do Baixo Neiva ‐Forjães, esteve presente neste evento anual, organizado pelo Prosepe, com duas turmas: 3 ‐4º BF e 4º AF, com o total de 47 alunos. Foi uma jornada de sucesso e agradecemos à Câma‐ ra Municipal de Esposende (Esposende/Ambiente) pelo apoio concedido ‐ transporte dos alunos, assis‐ tentes operacionais e professores. Foi feita uma avaliação muito positiva desta atividade. A Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso deu um excelente e exemplar apoio. Estiveram presente 28 clubes da Floresta do Distri‐ to. A nossa escola de Forjães ficou em 1º lugar no percurso pedestre com provas.

Clube da Floresta "O Bugalho"‐ Prof. Carlos Barros

No dia 13 de junho de 2012 os alunos do Curso de Educação e Formação Operadores de Informática da Escola Básica do Baixo Neiva visitaram o Regimento de Cavalaria nº6 de Braga, tendo sido acompanhados pelos professores Susana Rodrigues e Vítor Meira. Os alunos participaram com imenso interesse nas atividades organizadas, das quais damos como exemplos: a visita à cavalaria e ao picadeiro, onde deram uma volta a cavalo; a observação do trabalho diário no tratamento dos cavalos; a visita e a explicação dos diferentes espaços destinados à realização de provas de ingresso na carreira militar; atividades físicas de equilíbrio; assistência a uma formatura; visionamento de material militar; visita e viagem num tanque de combate. Ao longo de todo o dia houve diálogo com os militares sobre o seu percurso escolar e profissional. Agradecemos desde já o acompanhamento e dedicação carinhosa do Sargento Vilas‐Boas e todos os militares envolvidos. 8º CEF


L í n g u a

M a t e r n a DESPERTAR 7ºC

UNICAMENTE

José Saramago, o escritor, No livro lançou a maior flor, Foi ímpar e muito bela, Tornou o mundo encantado, As suas pétalas eram uma tela Onde o escaravelho está retratado.

Do mundo para Portugal,

Tímido e friorento, chegou o mês de Maio. Percorreu a medo os campos, Descontraiu e soprou levemente. Maia, a deusa, despertou de um longo sono… Tudo brotou da terra promissora: As margaridas sorriram e as frágeis papoilas coraram, Quando um raio de sol lhes tocou na face. Entusiasmado, maio espalhou risos e cor Pelos caminhos de um povo em peregrinação. Quando a noite caiu, Velas se reuniram em procissão.

Como Saramago não há igual Rita Sá, 5ºA

A MAIOR FLOR DO MUNDO

Era uma vez um menino que gostava de insetos, mas que não entendia o significado de gostar. Um dia aprisionou um escaravelho que lhe mostrou esse signifi‐ cado. O escaravelho fugiu para a floresta e o menino seguiu‐o. O menino ficou deliciado com a altura das árvores, com a beleza das flores e com o ar que, ao passar por aquela fortaleza arbórea, se purificava. Ele já não se importava com o escaravelho, queria conhecer o mundo que mais parecia um conto de fadas. E, assim, continuou o seu caminho, um caminho pedestre sem silvas ou ervas daninhas, mas com orquídeas, malmequeres e papoilas. Era um arco iris de flores que pare‐ ciam dançar quando a brisa do vento se entrelaçava por entre as péta‐ las. Até que a magia acabou… as árvores desapareceram e deram

MÃE SABEDORIA Num certo dia de primavera, estava eu num jardim maravilhoso, e percorria um trilho que acabava num bosque. A brisa fazia ondular o meu cabelo encaracolado e ruivo. Os meus grandes olhos brilhavam enquanto agarrava na minha coragem e me embrenhava no bosque frondoso e exuberante. De repente, surpreendido, ouvi um rumor por entre a folhagem. Olhei nessa direção e vi um terrível dragão que lançava chamas e ia queimando a mata por onde passava. Assustado, fugi e escorreguei, caindo num frio riacho. Aí, vivia um peixe falante que conhecia bem aquele bosque e também sabia como derrotar aquele dragão. ‐ Como é que consegues falar?‐perguntei muito espantado, observando as suas escamas prateadas, que se elevavam sempre que falava. ‐ Eu sou um peixe especial! Consigo fazer tudo o que quiser, mas agora tens de fugir do dragão! Vais sempre em frente e encontrarás um comboio onde estará uma pessoa especial à tua espera. ‐ Obrigado pela tua ajuda ‐ agradeci, metendo‐se rapidamente entre os arbustos, para me esconder do astuto dragão e procurar o caminho certo. Sempre seguido à distância pelo temido lança‐chamas, após muitos enganos e arranhões das afiadas silvas, finalmente cheguei ao tão desejado comboio. Junto dele, pacientemente, esperava‐me uma bela senhora. No seu rosto, as marcas profundas do cinzel do tempo revelavam experiência, tranquilidade e inteligência. ‐ Como é que te chamas?!‐ questionei‐a, um pouco espantado com aquela figura desconhecida que me esperava. ‐ Eu chamo‐me Sabedoria. Estarei sempre aqui para te proteger. Como por magia, tudo à minha volta despareceu. Abri os olhos e percebi que estava deitado no confortável sofá da sala da minha casa. Na televisão, um feroz dragão devorava um ogre. ‐ Vem jantar, Bruno! Já te chamei tantas vezes… Fizeste os trabalhos de casa? Querido, a televisão não pode ocupar o tempo de estudo. Cada coisa a seu tempo… ‐ dizia, enquanto desligava o televisor. Que coisa estranha! Olhando o rosto da minha mãe atentamente, reconheci nela aquela senhora que surgira no meu sonho, a Sabedoria. 7ºC

lugar a um deserto de areias virgens onde as plantas murchavam e mor‐ riam. Apenas uma resistia. O menino foi regando a flor que ia sobrevivendo ao calor do deserto. A flor cresceu sem parar trespassando as nuvens e tapando o sol. Cansado, o menino deixou‐se cair no chão sem forças e adorme‐ ceu. A flor deixou cair uma pétala para cobri‐lo, pois as suas pétalas eram macias e suaves, mostrando um sinal de agradecimento. Entretanto os pais aperceberam‐se que ele tinha desaparecido e foram procurá‐lo. Entraram na fortaleza arbórea e foram em busca dele

MAR NOSSO 9ºA

‐ Ó mar, somos uma praia risonha, Somos um povo aventureiro. Por ti, enfrentamos Adamastor e as tempestades. Por ti, vencemos os deuses desconhecidos. Para nós, um Fado promissor foi traçado. Falta‐nos proteger‐te, ó mar!

pelo caminho pedestre. Encontraram‐no lá no deserto a dormir acon‐ chegado pela pétala. A partir desse dia, ele aprendeu o significado de gostar e come‐ çou a gostar da natureza.

INÊS DE CASTRO 9ºB

Se Saramago pudesse ler este conto, talvez gostasse dele.

Teus olhos têm o fresco dos vales Tua boca encarnada lembra o grito das papoilas Baseado na curta metragem “A maior flor do mundo” de Juan Pablo Etcheverry Tua tez possui a suavidade da madrugada Teus cabelos exalam a fragância das maçãs Luís Filipe Martins, 5.º B. Tuas mãos nevadas suplicam clemência.

Boletim Nascente Escolar

junho de 2012

Propriedade: Agrupamento de Escolas do Baixo Neiva Sede: Escola Básica do Baixo Neiva, Rua da Pedreira, 207 4740‐446 Forjães Tel: 253 879 200 Fax: 253 872 526 E‐Mail: info@eb23s‐forjaes.rcts.pt

Diretor: Professor Manuel Ribeiro Redação: Clube da Comunicação Colaboração: Professor António Barros (revisão de textos); Professora Anabela Freitas, “Acampamento 100 Diferenças” e “Acampamento Natur”; Educadora Rita Caetano “Visita à Flores‐ ta de Antas”; Professor Carlos Barros “Encontro Distrital de Clubes da Floresta”; Professora Susana Rodrigues “Visita ao R.C. nº6”; Professora Ana Santos “Língua Materna”. Periodicidade: Mensal Tiragem: O Boletim Nascente Escolar é parte integrante do Jornal O Forjanense desde Janeiro de 2006, com uma tiragem de 1650 exemplares por mês.


de Orientação, realizou‐se no Neiva Park (parque radical em Fra‐ goso) a oito e nove de junho. Esta atividade teve por finalidades o encerramento da época competitiva, despedida dos alunos do nono ano e o fortalecimento do espirito de equipa. Os objetivos específicos traçados para estes dois dias prenderam‐se com o fomentar o exercício físico na natureza, expandir a autonomia, desenvolver a capacidade organizativa e empreendedora, apli‐ car princípios cívicos do relacionamento interpessoal e cumpri‐ mento de regras/tarefas. As principais atividades desenvolvidas foram: canoagem, arvorísmo, orientação noturna, voleibol de praia, futebol, montar e levantar acampamento, momentos de reflexão e entrega de prémios a alunos que se evidenciaram na modalidade. Estiveram presentes vinte e oito atletas e a organi‐ zação da atividade foi do Clube de Orientação com os apoios da Escola B.B.N., Núcleo de Escuteiros de Forjães e AMA.

PRÉMIO EMPENHO Diogo Abreu 6ºC

PRÉMIO MELHORES CLASSIFICAÇÕES Valéria vale 9ºC

Acampamento NATUR

08,09 junho 2012

“Só estou aqui… porque me oriento!”

O Acampamento Natur, destinado aos alunos inscritos no Clube

CLASSIFICAÇÕES FINAIS DO RANKING REGIONAL NORTE MELHOR SPRINT

Classificação Coletiva (por escolas): Infantil Masculino ‐ 1º class. Infantil Feminino ‐ 4º class. Iniciado Masculino ‐ 4º class. Classificação Individual (melhor classificado): Infantil Masculino ‐ 2º class. ‐ Nuno Pereira 7ºC Infantil Feminino ‐ 11º class. ‐ Cristiana Vale 5ºA Iniciado Masculino ‐ 16º class. ‐ Hugo Viana Iniciado Feminino ‐ 5º class. ‐ Valéria Vale 9ºC

Boletim Nascente Escolar

junho de 2012

Propriedade: Agrupamento de Escolas do Baixo Neiva Sede: Escola Básica do Baixo Neiva, Rua da Pedreira, 207 4740‐446 Forjães Tel: 253 879 200 Fax: 253 872 526 E‐Mail: info@eb23s‐forjaes.rcts.pt

Hugo Viana

PRÉMIO REVELAÇÃO Nuno Pereira 7ºC

Diretor: Professor Manuel Ribeiro Redação: Clube da Comunicação Colaboração: Professor António Barros (revisão de textos); Professora Anabela Freitas, “Acampamento 100 Diferenças” e “Acampamento Natur”; Educadora Rita Caetano “Visita à Flores‐ ta de Antas”; Professor Carlos Barros “Encontro Distrital de Clubes da Floresta”; Professora Susana Rodrigues “Visita ao R.C. nº6”; Professoras Ana Santos e Alzira Pinto “Língua Materna”. Periodicidade: Mensal Tiragem: O Boletim Nascente Escolar é parte integrante do Jornal O Forjanense desde Janeiro de 2006, com uma tiragem de 1650 exemplares por mês.


21 de Junho 2012 • 19

Culinária n Viver n Passatempos

Ementas da casa

Doenças de origem alimentar - II

Maria Mota e Olímpia Pinheiro

No mês dos Santos Populares, propomos uma ementa a condizer com a época: sardinhas assadas, com pimentos, regadas com uma retemperante sangria. Se quiser poupar tempo, aproveite para provar as sardinhas no bar exterior do Café Novo, de apoio ao Forjães SC, ou na “Tasquinha” da Comissão de Festas de Sta Marinha, onde são uma verdadeira delícia! Nos cafés da terra a sangria também costuma ser refrescante!

Sardinhas assadas

Sangria

1kg de sardinhas; sal e pimenta; 1 pimento encarnado; 1 pimento verde; ½ broa de milho às fatias; 1 dente de alho; 1dl de azeite; 1c. (sopa) de vinagre; 1 cebola pequena

1 laranja; 1 limão; 100g de açúcar; 4 metades de pêssego em calda; 1 maçã descascada; 1 cálice de rum claro; 5dl de vinho tinto; 1 pau de canela; 2dl de água com gás de limão; cubos de gelo

Tempere as sardinhas com sal e pimenta. Asse os pimentos inteiros. Retire-os para uma tigela com água fria e elimine-lhes a pele e as sementes. Corte-os às tiras. Leve as sardinhas a grelhar e depois coloque-as sobre as fatias de broa. Pique o dente de alho e envolva-o com o azeite e o vinagre. Regue as sardinhas e os pimentos com este molho e junte a cebola às rodelas.

Lave a laranja e o limão e descasque, ambos, reservando as cascas. Corte os frutos, em meias-luas e transfira-as para um jarro, juntamente com as cascas, cortadas aos pedaços. Acrescente-lhes o açúcar e mexa. Junte as metades de pêssego e a maçã, ambos, cortados aos cubos. Regue com o rum e mexa bem. Deixe descansar, por 30 minutos. Adicione o vinho e o pau de canela, misture e deixe descansar, de novo, por 15 minutos. Junte a água com gás e alguns cubos de gelo e sirva.

Palavras Cruzadas Manuel Torres Jacques

Horizontais 1º Inventar; Aliado= 2º Misturar= 3º Rés– do-chão; insignificância; instrumento agrícola= 4º Semelhante; vazia; “Gato” em Inglês= 5º Fisionomia; ave africana= 6º Óxido de ferro magnético= 7º Capital italiana; punhal dos antigos romanos= 8º “um” em inglês; museu de arte moderna; estação de satélite = 9º Oferece; porto abrigado por terras mais ou menos elevadas (plu.); saudação á brasileira = 10º Peregrino= 11º Viela; planta umbelífera=

Verticais 1º Mapa geográfico; girar= 2º Casaquinho curto de senhora= 3º Caminhava; cordame de navio de vela; arguida = 4º Patroa; nome da letra “H”; lista = 5º Mamífero roedor; região mamária= 6º Agremiação= 7º Dificuldade de respirar; o maior número= 8º Antigo presidente da China; lírio; abreviatura de senhora= 9º Partir; pano lustroso e fino de seda ou lã; olimpique lyonais = 10º Casa de reis = 11º Idiota; terra seca= soluções pág. 13

A

s bactérias são os principais agentes biológicos causadores de Doenças de Origem Alimentar, não só em número como em frequência, embora outros agentes como os vírus, ou os parasitas também as possam provocar. As bactérias são microrganismos unicelulares com uma estrutura muito simples, o que lhes permite replicarem-se muito rapidamente caso encontrem nutrientes, temperatura, pH, humidade e concentração de oxigénio favoráveis. Geralmente, as infecções bacterianas de origem alimentar são referidas simplesmente como infecções alimentares. Os principais sintomas são diarreia, dores abdominais, vómitos, desidratação e, por vezes, febre, aparecendo após um período de incubação que pode durar umas horas ou vários dias, e podem prevalecer durante um período que pode variar entre um dia e uma semana. Nas últimas décadas a Salmonella tem estado na origem da maioria dos casos de infecções alimentares, geralmente resultantes da ingestão de ovos, animais de capoeira e outras carnes, leite cru e chocolate. Embora ainda com baixa incidência, o aparecimento de casos de infecções por Listeria monocytogenes (geralmente proveniente de leite cru, leite pasteurizado posteriormente contaminado, queijos, gelados e saladas) nas últimas décadas tem causado

Ricardo Moreira* preocupação, por esta bactéria poder provocar danos severos ou mesmo fatais em bebés, crianças, mulheres grávidas, idosos e indivíduos imunodeprimidos. Acresce ainda o facto desta bactéria conseguir crescer a temperaturas tão baixas como as de um frigorífico. Quando ao crescimento do microrganismo no tracto gastrointestinal está associada a produção de toxinas ocorre uma toxinfecção bacteriana, sendo o Clostridium perfringens um dos seus agentes mais frequentes. O termo toxinfecção tem, contudo, que ser interpretado com alguma precaução uma vez que é muitas vezes utilizado para genericamente designar o conjunto das infecções e das intoxicações alimentares. O consumo de alimentos onde previamente cresceu uma bactéria que produziu toxinas, que acabam por ser ingeridas juntamente com o alimento, pode desencadear uma intoxicação alimentar. As toxinas actuam directamente sobre o tracto gastrointestinal e os sintomas surgem poucas horas (duas a quatro) após a ingestão do alimento contaminado.

* Nutricionista

Saúde em destaque Saúde oral na criança A partir de que idade e com que regularidade a criança deve consultar um médico dentista? A primeira consulta deve ser realizada quando os primeiros dentes temporários (ou «de leite») erupcionam ou, no máximo, até à criança completar o primeiro ano de vida, de modo a estabelecer um programa preventivo de saúde oral e interceptar hábitos que possam ser prejudiciais. Idealmente, quando existe uma boa saúde oral, a criança deve ser observada cada seis meses. Em situações de elevado risco de cárie, esta periodicidade deve ser reduzida para intervalos de três meses. Em que idade aparecem os primeiros dentes e quando se completam as dentições? Em média, a erupção da primeira dentição tem início entre os 6 e os 8 meses de idade, sendo as meninas geralmente mais precoces; entre os 2 anos e meio e os 3 anos de idade os 20 dentes temporários já estarão presentes na cavidade oral. A dentição permanente ou definitiva inicia-se entre os 5 e os 7 anos e poderá constituir-se de 32 dentes, caso erupcionem os terceiros molares (sisos), o que nem sempre ocorre.

A erupção mais precoce ou tardia não está necessariamente relacionada com patologia; no entanto, caso a criança não apresente qualquer dente após completar 1 ano de idade, deverá ser observada na consulta de Medicina Dentária. Quais as queixas que podem estar relacionadas com a erupção dos dentes e como pode ser ajudada a criança? Os sintomas mais comuns são: gengivas avermelhadas, aumento da salivação, perda de apetite e alteração dos hábitos nutricionais, ansiedade, dificuldade em dormir. Se a criança apresentar febre, vómitos ou diarreia, deverá ser consultada pelo seu médico assistente pois poderá existir outra causa subjacente. O desconforto da criança pode ser aliviado limpando a boca 2- 3 vezes por dia com uma gaze molhada ou recorrendo a mordedores e geles disponíveis no mercado. Quando deve cessar o uso da chupeta, biberão ou sucção digital? Os hábitos de sucção não nutritiva (chupeta, por exemplo) devem ser abandonados até cerca de 3 anos de idade, atendendo à

Marina Aguiar* possibilidade de auto-correcção de desarmonias no desenvolvimento das arcadas dentárias. Relativamente ao biberão, o hábito deve ser abandonado, idealmente, quando a criança completar 1 ano. Alguns métodos podem constituir uma mais-valia, nomeadamente diluir gradualmente em água o conteúdo do biberão, para que após 2 semanas se ofereça à criança apenas água; outra forma será reduzir gradualmente a quantidade de fluido até que o hábito cesse, sendo o biberão substituído, por exemplo, pelo copo com palhinha ou colher. (Folheto educativo OMD)

*Médica Dentista *Médica da equipa de emergência da delegação da Cruz Vermelha Portuguesa de Viana do Castelo


20 • 21 de Junho 2012

Programa das Festas de Santa Marinha 2012

Postal dos Correios

8 a 17 de Julho Novena em honra da Mártir Santa Marinha Sexta-feira dia 13 08.30h -Alvorada Festiva com salva de Morteiros Durante o dia música ambiente gravada 21.30h – Inauguração das Iluminações presididas por representantes da Vila. Abertura da exposição de artistas forjanenses no Centro Cultural. 22.00h – Atuação do Grupo NÉMANUS Final – Sessão de Fogo de Artifício

Quebra cabeças: contar placas! Queridos leitores, então que tal? Nós estamos do jeito que o tio Gaspar quer!... Hoje enviamos um postal de um aglomerado de placas de sinalização, instaladas no cruzamento de Fragoso. Na sinalética, em primeiro plano, temos a Cruz Vermelha de Aldreu, com a indicação de seguir em frente , encaminhando-se para a direita, na direção de Forjães, “Aldreu, Palme e Barcelos” . Em segundo plano, com a seta virada para a direita, em material ferroso e meia escondida, aparece “Forjães” . Será isto reflexo da agregação de freguesias?!... Se na anterior edição referíamos que “É a verdadeira ecologia!...”, hoje referimos “É a verdadeira confusão!...”

Queridos leitores d’ O FORJANENSE

Forjães, 14 de Junho de 2012 Até ao próximo mês.

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Sábado dia 14 08.30h -Alvorada Festiva com salva de Morteiros 09.00h – Entrada do Grupo de Zés Pereiras 15.00h - Tarde da Criança (Espaço exterior do Centro Cultural) 22.00h – Atuação da Banda de Rock Português UHF Final – Sessão de Fogo de Artifício Domingo dia 15 08.30h – Alvorada com salva de Morteiros 9.00h – Celebração da Eucaristia 11.15h – Celebração da Eucaristia 14.00h – Arruada do Grupo de Zés Pereiras no Centro da Vila 16.00h – Desfile tradicional e humorístico (Parada) 22.30h - Concerto pela ORQUESTRA LIGEIRA DO EXÉRCITO (OLE) Final – Sessão de Fogo de Artifício Segunda-feira dia 16 08.30h - Alvorada com salva de Morteiros Durante o dia música ambiente gravada 20.00h - Chegada dos Andores ao Centro Cultural 20.30h – Desfile dos Andores em direção à Igreja Matriz 21.30h – Procissão de velas a Sr.ª Lurdes Final – Sessão de Fogo de Artifício Terça-feira dia 17 08.30h – Alvorada Festiva com salva de Morteiros 09.00h – Arruada dos Zés Pereiras pela Vila 15.30h – Entrada das Bandas de Música “Associação Musical de Freamunde” e

Procissão de velas

- Implantologia (implantes – colocação de raízes artificiais) - Cirurgia Oral - Patologia (diagnóstico de enfermidades bocais) - Dentisteria (restaurações – tratamento de cáries) - Prótese fixa e removível - Odontopediatria (atendimento de crianças e adolescentes) - Endodontia (tratamento de canal – desvitalizações) - Periodontologia (tratamento de doenças das gengivas) - Ortodontia Fixa e Removível (correcção de dentes de crianças e adultos) - Branqueamento e Estética Dentária

Novas instalações

Todos os serviços para a sua reabilitação oral

Local de exercício anterior: Fundação Lar de Santo António (antiga Maternidade)

“Banda de Música da Trofa”, anunciadas por sessão de Fogo de Artificio 21.30h – Concerto pelas Bandas de Música 24.00h – Grande Sessão de Fogo de Artifício e Piro Musical 01.00h – Cerimónia de Despedida das Bandas de Música Quarta-feira dia 18 08.30h – Alvorada Festiva com Salva de Morteiros 09.00h – Celebração Eucarística – No final tradicional Clamor a Santa Marinha 11.15h – Missa da Festa em Honra da Virgem e Mártir Santa Marinha 15.00h – Entrada das Bandas de Música “Sociedade Musical de Pevidém” e “Banda Marcial de Fermentelos” (Banda Velha), anunciadas por sessão de Fogo de Artifício 17.30h – Celebração e Proclamação da Palavra em honra de Santa Marinha 18.30h – Imponente Procissão. No final será dada a Bênção aos Campos e Searas, cantado o Hino de Santa Marinha e dada a conhecer a Comissão de Festas para o próximo ano. 21.00h – Concertos pelas Bandas de Música 24.00h – Sessão de Fogo de Artifício de Encerramento das Festas 01.00h – Cerimónia de Despedida das Bandas de Música Textos página 4


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