Janeiro 2011 - O FORJANENSE

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25 de Janeiro 2010 • 1 PUB

Alvarás n.º EOP 25947 n.º ICC 258

DANIEL, FILHOS, CONSTRUÇÕES, LDA Rua da Fonte Velha 4740 Forjães Esposende Fax: 253 877 137

Os Reis das Janeiras

Directora executiva: Susana Costa Janeiro 2011 • Ano XXV 2ª série • n.º 260 Fundado em Dezembro 1984 Euros 0.80

Mensário informativo e regionalista

Telm.: José - 937470992 Fernando - 939021837 Aníbal - 93 72 44 793

Localização do novo aterro sanitário finalmente decidida pág. 4

Cavaco Silva reeleito à primeira volta

pág. 4

Ricardo Dias, uma promessa no atleƟsmo pág. 6


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Destaque

Cantar a tradição Janeiro é sinónimo de canƟgas tradicionais pelas portas. Forjães habituou-se a, todos os anos, esperar, mais dia menos dia, a chegada dos diversos grupos associaƟvos da terra à sua porta. Uns dizem cantar os Reis, outros as Janeiras, mas o mais importante é que as tradições se vão mantendo e agradando aos mais novos e aos mais velhos. As Janeiras de hoje são muito diferentes de anƟgamente. Nesse senƟdo O FORJANENSE foi ao encontro do antes e de depois, numa tradição que agora visa principalmente a angariação de receitas para as despesas necessárias de cada grupo Fotos Luís Pedro Ribeiro

Através das gerações

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uando um ano se aproxima do seu fim, vêm todas as tradições de Natal e toda a azáfama de preparação para o ciclo natalício. Começa-se pelo “Samiguel”, escolhendo a melhor pipa para abrir nessa Noite Santa, e coloca-se um madeiro e alguns canhotos numa «ruma» à parte para arder nessa noite; rezam-se as Calhandras de manhã e ao «amorrinhar» do dia as Novenas ao Menino Jesus. No dia de consoada, pobres pedem esmolas para que nessa noite não falte de comer; joga-se ao «par ou pernão» em frente ao lume para fazer tempo até que chegasse a hora da Missa do Galo e deixasse o Bolo do Borralho a cozer enquanto se vai beijar o menino; a mesa da consoada não se reƟrava na totalidade, não fosse o Menino Jesus aparecer e Ɵvesse fome. Muitas são as tradições e costumes de cada região e de cada casa do nosso país e cada uma é um

baú de recordações. Esta pequena introdução serve-nos para que possamos perceber melhor a tradição que se segue à noite de Natal: o Cantar dos Reis. Como é evidente, o costume de cantar os Reis ou Janeiras, prende-se com a tradição cristã do nascimento do Menino Jesus e com as oferendas feitas pelos reis magos quando estes se dirigiram à gruta de Belém. Segundo reza a história o cantar dos Reis acontece após a saída dos Reis Magos em direcção a Belém, acontecendo a parƟr do nascimento do Menino Jesus. Quanto às Janeiras, podemos dizer que estas se associam ao facto de serem cantadas a parƟr do primeiro dia do ano, tendo o seu nome associado ao primeiro mês que é Janeiro, mês este que tem o seu nome associado ao Deus Jano que entre os romanos era celebrado como deus dos

portões e dos começos, do céu luminoso e das origens e, por conseguinte, o princípio de toda a existência. Sob uma forma mais ou menos cristalizada, este costume permanece e chega até nós graças à tradição, atravessando gerações e sofrendo as influências de cada época. A tradição de cantar os Reis ou as Janeiras solta-se, mais uma vez, como o desejo de cumprir a tradição e a ele associado, o desejo de angariação de fundos para as acƟvidades das associações. Ao contrário de anƟgamente, os cantadores de Reis procuram os euros em vez da chouriça do fumeiro e do vinho da pipa. É claro que em alguns casos estes dois produtos ainda aparecem. Homens, mulheres, rapazes e raparigas, trajados ou não à moda anƟga, carregados de instrumentos musicais, lumieiras e lampiões, vão rua abaixo entoando canƟgas ao nascimento do Me-

cantar das Janeiras é uma tradição de Portugal e consiste no cantar de músicas pelas ruas por um grupo de pessoas, desejando um feliz ano novo, pedindo aos residentes sobras natalícias. Hoje em dia essas sobras traduzem-se, na grande maioria, dos casos em dinheiro. Tipicamente ocorrem durante a primeira semana de Janeiro, mas a maioria dos grupos prolonga durante o mês inteiro. Os grupos juntam-se ao início da noite, e ao final de semana, percorrem as ruas da vizinhança acompanhados por vários instrumentos. Os mais comuns são os folclóricos, como é o caso do bombo, pandeireta, flauta, cavaquinho e concerƟna. As músicas uƟlizadas são, por norma, já conhecidas, embora a letra seja diferente em cada terra. Em Forjães um dos grupos pioneiros é o Forjães Sport Clube. Há várias décadas que no início do mês de Janeiro tocam à nossa porta, dando as boas vindas de um novo ano, com as suas alegres melodias. Recordo-me dos tempos de miúdo de ver a banda de S. Paio de Antas a percorrer as ruas de Forjães, dividindo-se em

vários grupos. Era um cenário magnífico, as pessoas saiam à rua para cantarolar as melodias e apreciar os tocadores da banda. Os tempos foram passando e os instrumentos filarmónicos deram lugar às concerƟnas, aos bombos, aos ferrinhos e aos cavaquinhos e criou-se um ambiente mais popular. Quem não se recorda da voz do Abel e da Carolina, e dos vários elementos do FSC, directores, jogadores, a cantarem as ơpicas músicas de Reis, sendo uma das mais mediáƟcas «ai viva lá patrão da casa faz favor de desculpar… pedimos de porta em porta para o Forjães ajudar». Tem sido assim ao longo dos anos e

Manuel Carlos Couto

As Janeiras, Costume Antigo

O cantar das Janeiras pelo Forjães Sport Clube

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nino e pedindo que lhes abram as portas. Fazem-no sempre com alegria e saƟsfação de gente boa, solidária e de paz. Nas casas que abriam a sua porta cantam-se quadras de «bem dizer» saudando o dono da casa e a sua família e festejando o nascimento daquele que seria o salvador do mundo. Aos mais sovinas, e depois de verem que a porta não se abria (o que era uma vergonha) cantavam-se quadras de «mal dizer» e que eram moƟvo de risota entre os parƟcipantes. Na hora tardia de regresso a casa, cada um transporta consigo, não só o chouriço e a broa, mas também a sensação de dever cumprido acompanhado do frio e da chuva que muitas vezes se faz senƟr nas noites de Janeiro. Diz-se que os «povos capazes de manter as suas tradições e valores demonstram-se sempre povos mais fortes».

este ano não foi excepção. Nas úlƟmas semanas, os colaboradores do FSC andaram a percorrer as ruas da nossa vila, fazendo vários quilómetros, por vezes em condições diİceis, devido às más condições climatéricas, mas a tradição falou mais alto e a alegria do grupo esteve sempre presente. Ao som das pandeiretas e dos bombos, os nossos camaradas do futebol andaram de porta em porta a cantar os Reis, e conforme as possibilidades dos forjanenses receberam as suas esmolas e os votos de uma época desporƟva bem sucedida, e eis que saía mais uma canƟga, acompanhada por vários Ɵros dos foguetes. No próximo ano os amigos do futebol prometem voltar, para nos desejar a todos nós, forjanenses, um feliz novo ano. Em jeito de despedida fica mais uma melodia para todos vós «nós vimos cantar os reis pela hora do café… adeus até ao ano doze meses pouco é». Nelson Correia

Em Janeiro entra o novo ano e com ele, um conjunto de práticas propiciatórias de um ano «melhor do que o passado»: dão-se votos recíprocos de bom ano, em muitos sítios pedese para o Ano Velho, noutros queima-se o velho para dar lugar ao novo e os antigos lançam as têmperas, a medir o tempo do ano agrícola que entra. Antigamente, um pouco por todo o país, entre o Natal e os Reis, grupos de pessoas faziam arruadas nocturnas, visitando as casas da terra. Cantavam as Janeiras, dando votos de bom ano novo. Era costume, em forma de agradecimento, os de casa oferecerem frutos secos, vinho e algum doce que havia sobrado da Ceia de Natal. Em Forjães, esse costume andou, durante muito tempo, associado à Festa do Menino. A festa, em Dia de Reis - antigamente era dia feriado - era organizada pelos rapazes da terra que naquele ano iam à inspecção militar e os bens angariados eram levados a arrematação, sendo que os proventos do leilão serviam para custear a festividade. A banda de música visitava todas as casas da freguesia e recolhia-se «o que quisessem dar». A tradição foi abandonada durante algum tempo, coincidindo com a extinção da Festa do Menino e a queda do ferido dos Reis, mas as associações locais revitalizaram o costume de cantar as Janeiras, desta feita para conseguir a angariação de fundos para as suas actividades. E retomou-se o costume velhinho de andar com a banda de música a visitar as casas, ou então são os próprios membros da colectividade a cantar um Bom Ano a todos, pedindo se possível, melhor do que o findo. Cláudio Brochado


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Numa noite de Janeiro...

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roçar das socas no piso irregular de Forjães, rompe o silêncio das noites de Janeiro, numa tradição, que, para o Grupo AssociaƟvo de Divulgação Tradicional de Forjães (GADTF), já vem desde 1996. Os cães, quando os há, são os primeiros a receber o grupo, cumprindo a função de ladrar para os estranhos que aparecem no seu território. Este ano, O FORJANENSE acompanhouos numa dessas noites frias, em que, finalmente, a chuva decidiu dar tréguas. Começam às 19,30horas e terminam não antes das 22,00horas, cumprindo o ritual ancestral de cantar as Janeiras à noite. O dia não tem nome. É um qualquer em que o Inverno e a sua meteorologia possibilitem o cumprimento de uma tradição que já vem de há muitos anos. O GADTF cumpriu à risca essa tradição, no dia em que nos encontramos. Candeeiros a óleo iluminaram as ruas mais sombrias, mantas encobriram um frio de cortar aos homens, lenços e xailes taparam quase a totalidade das mulheres e a aguardente com mel aqueceu o corpo e aclarou a garganta para aguentar as várias horas a cantar, com intervalos muito pequenos entre as casas. Normalmente, fazem-no com roupa informal para facilitar

as caminhadas, mas, desta vez, quiseram-no fazer à moda anƟga para mostrar o que já vem de há muito. Ao braço levam instrumentos variados e um pesado cesto com broa, chouriços e vinho, simbolizando as oferendas dos antepassados. Hoje, fazem o percurso por Forjães a cantar, a troco de dinheiro, que é o que lhes faz realmente falta. Para eles seria mais fácil reunirem-se num espaço, num dia só, e convidar as pessoas a assisƟr, onde recolheriam os donaƟvos que as pessoas quisessem dar nessa altura, mas assim a tradição acabaria por morrer e não é isso que o GADTF quer. E, apesar de todas as dificuldades, para todos eles vale a pena o sacriİcio. Como diz Gabriela, de 39 anos, uma das cantadeiras do grupo, «estamos todos juntos a conviver, e isso compensa tudo». Também FáƟma, cantadeira do GADTF desde o início, tem parƟcipado sempre nas Janeiras, e espera sinceramente poder conƟnuar a fazê-lo nos anos vindouros. O grupo formado para cantar as Janeiras é consƟtuído por voluntários. E é curioso notar o número de jovens que querem fazer parte desta arruada. Para eles é uma diversão que não querem perder, enquanto para os mais velhos vale mais o perpetuar do costume. As músicas são três, diferentes e adequadas a cada situação familiar. «Não faz senƟdo dirigir-nos ao patrão da casa, quando se trata de uma senhora viúva, por exemplo», diz Manuel Carlos Couto, director do GADTF. Mas a música mais comum, engloba na primeira quadra um pedido de licença para cantar, a segunda é dirigida à família em geral e a terceira é dirigida ao patrão da casa, quando lhe

conhecem o nome. Os anos trouxeram-lhes a práƟca e o conhecimento de quem mora onde. Muitas luzes apagam-se com o ribombar longínquo dos bombos. Muitos dos que não querem colaborar fingem não estar em casa. Depois, há quem não se preocupe em mostrar que está em casa. Escuta a música e não respondem. Manuel Carlos Couto diz que, muitas dessas pessoas acabam por lhes dar dinheiro mais tarde. «Às vezes não abrem a porta, porque já estão de pijama ou são pessoas mais idosas, que não querem sair para o frio». Porém, a grande maioria (70 por cento, na opinião de Manuel Couto), abre a porta e escuta a música que lhes é oferecida em troca de alguns euros. As casas onde vivem crianças são as que mais rapidamente se abrem, numa tentaƟva intrínseca de dar a conhecer aos mais novos a tradição de cantar as Janeiras.

Sara, de 9 anos, olha curiosa à entrada da porta, envergonhada por se mostrar ali, mas encantada com os cantares do rancho, que ela assume até gostar de fazer parte, um dia. Já Patrícia Dias, de 33 anos, quer mesmo mostrar e dar a conhecer o ritual das Janeiras à filha de quatro anos - «Eu acho que é muito importante e se deve, cada vez mais, apostar nas tradições anƟgas para as pessoas mais novas, como a minha filha conƟnuarem com as tradições. Nunca fechei as portas a este género de iniciaƟvas, muito pelo contrário, por mim é para manter». Apesar da crise, de que todos temos consciência, as tradições são importantes para os forjanenses, que mesmo vivendo humildemente, querem sempre ajudar aqueles que querem perpetuar os costumes anƟgos.

e ensaiadas por ele». O Grupo Danças e Cantares de Forjães, fundado em 1984, tem vinte e sete anos, e a «Tia Quinhas» lembra-se bem de como tudo começou: «Foi numa parada da festa de Santa Marinha: mandaram-me fazer um carro daqui do lugar da Pedreira e foram quatro esteireiras nele. No fim, eu achei-as tão bonitas que lhes perguntei: vamos formar um rancho folclore? E elas: Vamos! E foi aí que fui logo a Barroselas buscar um acordeão. Tudo começou debaixo de umas oliveiras, a dançar em terra e em pedra», e acrescenta, «No início, o nome do rancho era ‘As Esteireiras de Forjães’ porque era formado por essas raparigas da Pedreira, onde havia esteireiros e esteireiras que trabalhavam nas cestas». Tudo foi seguindo o seu rumo até ao primeiro espectáculo. «A primeira vez que actuamos foi na festa de Santa Marinha e ninguém queria acreditar. Vieram ter connosco e disseram-nos que estávamos no programa; nós não estávamos a espera mas

depois lá nos arranjamos e, com três danças bem feitas, lá fomos. Fui a Viana do Castelo buscar roupas, porque na altura não tínhamos dinheiro para mais, e mesmo assim foi uma fortuna», relembra a «Tia Quinhas». «Mas fomos indo, até ao dia de hoje. Fazemos ensaios todas as semanas, mas quando os tocadores têm outros trabalhos, fazemos quando podemos. A minha bisneta também toca muito bem concertina, mas não consegue estar sempre presente. Com a tocata (quatro bombos, quatro concertinas e uma tarola), temos tido mais pedidos, porque as pessoas, muitas das vezes, já tem o rancho e precisam só de um grupo que toque». Com a participação em vários espectáculos no ano que acabou (Festa do Fumeiro em Esposende e Mirandela por último, perfazendo cerca de dezasseis no total), e outros tantos a caminho, a «Tia Quinhas» vai levando a tradição do verdadeiro folclore do Minho a todo o Portugal e resto do mundo.

Susana Costa

A tradição do Grupo de Danças e Cantares de Forjães

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e seu nome Maria da Glória Fernandes de Sousa, a «Tia Quinhas» é, com oitenta e sete anos de idade (já feitos este ano), uma das pessoas mais conhecidas da vila de Forjães, e para todo o lado que vá, até para Lisboa, este é o nome pela qual é conhecida. Fundadora do Grupo de Danças e Cantares de Forjães, hoje, devido à crise, não sabe se fará o ritual das Janeiras deste ano. «Estamos indecisas e não sabemos se ainda o faremos em Fevereiro. Eu estou sujeita a uma operação, e a minha parceira Eulália também não está em condições, daí que não sei se teremos possibilidade de fazer este ano», esclarece. «Desde que comecei sempre fiz e fui aplaudida, mas este ano só poderei se ela recuperar porque sozinha não consigo», clarifica. A «Tia Quinhas» lembra-se perfeitamente das Janeiras da sua infância e sublinha o esforço do FSC que este ano se apegou à tradição da forma como ela se recorda. «Gostei muito de os ver com um realejo e umas latas, porque assim é que era há

oitenta anos atrás. Não andavam com concertinas como agora. Antigamente, saíamos para a rua com latas velhas e candeeiros a petróleo, e digo-lhe, era mais típico do que agora», lembra com saudade. «As Janeiras antigas eram feitas com ferros velhos, umas bicas de arado penduradas com um ferro, e mais uma flauta que davam um som que os instrumentos de agora não dão! Quando chegavam às casas, diziam ‘Traga-nos um chouriço! Passe pelo fumeiro antes de abrir a porta!’, era simpático», recorda com uma gargalhada. Mas admite que «agora, as pessoas não vêem desta maneira. Hoje, o país também está em crise; contudo, antigamente ainda era pior e havia sempre qualquer coisa», e continua, «Agora as pessoas não dão tanto valor, até porque o folclore está a ficar muito misto. Há muito e malfeito porque há algumas músicas são copiadas. As músicas que nós cantamos não são inventadas, já tem mais de duzentos anos e foi o meu pai que me ensinou; eram típicas do folclore e eram cantadas aqui nas sachadas do Minho

Diana Martins


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Actualidade Aterro vê solução definiƟva Depois de tantas polémicas e indefinições, encontrou-se uma solução, que já tardava, para a localização do novo aterro sanitário da Resulima. Paradela, no concelho de Barcelos, reuniu a concordância de todos os organismos envolvidos, e está, neste momento, em fase de execução e financiamento

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stá finalmente decidida a localização do futuro aterro intermunicipal do Vale do Lima e do Baixo Cávado. Arcos de Valdevez, Barcelos, Esposende, Ponte da Barca, Ponte de Lima e Viana do Castelo, que cobrem uma área superior a 1778 quilómetros quadrados, vão, a parƟr de 2012, depositar os seus resíduos sólidos urbanos em Paradela, no concelho de Barcelos. Depois de tantos anos de discussão pública e políƟca, enfim uma decisão que reúne o consenso da Câmara Municipal de Barcelos, Junta de Freguesia de Paradela e da Resulima – Valorização e Tratamento de Resíduos, S.A. (enƟdade responsável pela triagem, recolha selecƟva, valorização e tratamento de resíduos sólidos). Desde há dez anos que os órgãos municipais, em conjunto com a Resulima, vinham a discuƟr as várias possibilidades de fixação do novo aterro. O acordo parassocial e o princípio da rotaƟvidade já previam que, depois de Vila Fria, no concelho de Viana do Castelo, Barcelos Ɵvesse de aco-

lher o aterro, finda a capacidade do actual. Vários locais foram sujeitos a estudos de impacto ambiental, sendo que, inicialmente, foram definidos três locais: «Local 1 – Palme», «Local 2A – Monte de São Gonçalo (Fragoso)» e «Local 2B – Monte de São Gonçalo». O relatório preliminar determinou uma taxa de aprovação de 49 por cento para o primeiro local, e 22 e 28 por cento, respecƟvamente para os outros dois locais, o que, à parƟda, definiria Palme como o mais apto a receber o aterro. Porém, o desacordo da população de Palme, fez com que o novo ExecuƟvo Municipal (empossado em Novembro de 2009) procurasse outra alternaƟva, mais harmoniosa para todos. E é aqui que entram os Caulinos. Para Miguel Costa Gomes, numa declaração feita a «O Forjanense», em Maio de 2010, não havia dúvidas, «os caulinos de Fragoso são a solução definiƟva». Assim, solucionava-se o problema dos alvéolos abertos pela extracção de areias. Contudo, o proprietário dos ter-

renos não assenƟu, ao mesmo tempo que a população de Alvarães se manifestava acƟvamente contra. À Câmara Municipal de Barcelos coube, mais uma vez, pensar novo posicionamento para o aterro sanitário, acabando por propor Paradela à Resulima. Solidária e pacificamente a Junta de Freguesia de Paradela aceitou a ocupação de 12 hectares do seu território, num local próximo ao aterro da LIPOR, em Laúndos, estando, porém, a negociar algumas contraparƟdas para a freguesia. Uma vez acordada a localização do novo aterro por parte da Resulima, do Município de Barcelos e da Junta de Paradela, a mesma foi sujeita a aprovação na reunião do ExecuƟvo Municipal, a 30 de Dezembro, ainda que não fosse legalmente obrigatório. À Resulima, enquanto enƟdade exploradora dos aterros desta área geográfica, coube solicitar

um estudo técnico à Direcção de Engenharia da Empresa Geral de Fomento, S.A., de forma a determinar o potencial do local proposto. A análise subsequente demonstrou uma taxa de aprovação de 91 por cento ao nível dos «Descritores de Ordenamento, das Condicionantes e do Impacto Ambiental Global», e uma taxa de 73,5 por cento nos «Descritores de ApƟdão Física». O facto de as quanƟdades de lixo tratadas ficarem abaixo das 150 mil toneladas não obriga a um estudo de impacto ambiental. Segundo fonte da Câmara Municipal de Barcelos,

a Resulima está, actualmente, a preparar a instalação do aterro, bem como os acessos necessários e o financiamento que acarretam, que competem na totalidade à enƟdade exploradora. O aterro de Vila Fria verá, assim, o seu fim em breve, depois do nascimento do aterro de Paradela que se espera cumprir uma década de funções. Entretanto, caberá ao ExecuƟvo esposendense decidir a localização de um aterro no nosso concelho, que irá subsƟtuir, em 2022, o ainda inexistente aterro de Paradela. Susana Costa

Candidatos presidenciais Depois de muita campanha e arruadas muito diversificadas, Cavaco Silva foi reeleito para o segundo mandato, como Presidente da República, prometendo uma magistratura mais activa do que a anterior. Mais uma vez, foi batido o recorde das asbstenções, com 53 por cento. O FORJANENSE deixa aqui a apresentação biográfica (e por ordem alfabética) daqueles que foram os candidatos à 20ª Presidência da República, bem como os resultados, a nível da freguesia (onde a abstenção foi de 46 por cento e os votos nulos e brancos perfizeram um total de 87 votos), do concelho de Esposende e os totais nacionais.

Aníbal António Cavaco Silva, nasceu em Boliqueime (Loulé) a 15 de Julho de 1939. Casado e pai de dois filhos, é economista e político. Em Março de 2006 assumiu o 19º mandato da Presidência da República, tendo sido já Primeiro Ministro durante dez anos (1985-1995).

Defensor Oliveira Moura, nasceu a 2 de Setembro de 1945, em Viana do Castelo. Casado e pai de dois filhos, licenciou-se em medicina e cirurgia, exercendo o cargo em medicina interna. Foi presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo durante quatro mandatos (1994-2009).

Fernando José de La Vieter Ribeiro Nobre, nasceu em Luanda, a 16 de Dezembro de 1951. Casado e pai de quatro filhos, viveu muitos anos fora do país, tendo regressado a Portugal em 1985. Médico de cirurgia geral e urologia, fundou a Assistência Médica Internacional (AMI) em 1984.

Francisco José de Almeida Lopes, nasceu em Vinhó, Arganil, a 29 de Agosto de 1955, e é divorciado. Frequentou a licenciatura de Electrotecnia. Exerceu, desde aí, funções de electricista e de sindicalista. Tornou-se deputado da Assembleia da República, em 2005.

José Manuel da Mata Vieira Coelho, nasceu em Gaula, Santa Cruz, Madeira em 22 de Julho de 1952. Casado e pai de duas filhas é pintor da construção civil. Tem o 12º ano de escolaridade e chegou a frequentar a licenciatura em Física. Em 2008, assumiu funções de deputado pela Madeira.

Manuel Alegre de Melo Duarte, nasceu a 12 de Maio de 1936 em Águeda. Casado e pai de três filhos, entrou para o curso de Direiro, em 1956. É escritor, poeta e membro do Conselho de Estado. Em 2009 cessa o seu último mandato como deputado à Assembleia da República.

Forjães: 791 Concelhios:10098 Nacionais: 2230240 (52.94%)

Forjães: 95 Concelhios:684 Nacionais: 66092 (1.57%)

Forjães: 132 Concelhios:1970 Nacionais: 593886 (14.1%)

Forjães: 40 Concelhios:516 Nacionais: 300845 (7.14%)

Forjães: 55 Concelhios:748 Nacionais: 189351 (4.5%)

Forjães: 167 Concelhios:1796 Nacionais: 832021 (19.75%)


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Local Fundação Lar de Santo António Festa de Natal no Lar No dia 17 de Dezembro realizou-se no Centro de Convívio da InsƟtuição a Festa de Natal do Lar de Santo António. Contámos com a presença do Sr. Padre Ledo para a celebração da EucarisƟa com a ajuda do Sr. Albino. Na animação musical a beleza dos cânƟcos de Natal pela voz de Diana e o som da flauta transversal pela Sara Dias. Foi uma celebração bela e emoƟva onde utentes, funcionárias e familiares parƟciparam acƟvamente. Mais uma vez foi recordado o verdadeiro senƟdo do Natal, a parƟlha, a amizade, o carinho

Como não podia deixar de ser, houve bailarico, onde todas as pessoas que quiseram puderam parƟcipar. Foi graƟficante ver que os familiares quiseram agradar aos seus entes queridos com a presença nestas fesƟvidades, pois a família é um pilar que nunca

pode desmoronar. Ao lanche não faltou o tradicional bolo-rei e as doçarias ơpicas desta quadra. E no final, para não quebrar a tradição, o Pai Natal apareceu para entregar os presentes onde, desde já, aproveitamos para agradecer às Empresas Eƞor, Impetus e Forjatex que amavelmente ofereceram alguns dos seus produtos aos utentes do Lar e Apoio ao Domicílio. O Natal é símbolo de parƟlha e é nestes gestos de solidariedade que verificamos que afinal o Pai natal existe!

para os moradores da Rua do Souto/Aldeia, que com um verdadeiro espírito bairrista, iluminaram a sua rua, fizeram o seu presépio, dando calor e alegria, a quem por lá passava, nas noites frias de Natal. As classificações ficaram assim ordenadas: Iluminação de Ruas: 1º - Rua do Souto/Aldeia 200,00 euros Iluminação de habitações: 1º - Manuel Martins de Freitas 75,00 euros; 2º - Padaria da Madorra 50,00 euros; 3º Manuel Eduardo B. Ribeiro 30,00 euros. A todos os outros concorrentes dos concursos será oferecida uma lembrança.

ções em Forjães. Na primeira semana deste ano, verificaram-se algumas situações, em consequência das chuvas abundantes que têm caído nesta zona. Uma das mais graves verificou-se na Avenida de Santa Marinha, estando a situação já a ser resolvida pelos serviços da Esposende Ambiente. Existem em Forjães mais de uma dezena de situações problemáticas com as águas pluviais que estão, neste momento, a ser orçamentadas para resolução, a breve prazo. No entanto verificam-se outras situações pontuais, mas estas a nível de limpeza de sargetas. A Junta de Freguesia pede a compreensão e ajuda dos forjanenses para a limpeza das sargetas, que nesta altura do ano, com a queda da folha, à mínima chuva, ficam obstruídas, e basta apenas desviá-las para que a água possa seguir o seu caminho.

e todos os senƟmentos nobres capazes de transformar os corações. O Natal tem mesmo de ser quando todos quisermos. A Festa prosseguiu com uma pequena dramaƟzação protagonizada por alguns utentes e funcionárias, valorizando desta forma as imensas capacidades teatrais de todos.

Patrícia Dias

Junta de Freguesia Idosos visitam presépio ao vivo

A Junta de Freguesia organizou, na tarde do passado dia 9 de Janeiro, uma visita ao maior presépio vivo da Europa, em Priscos, Braga. Foram duas dezenas de idosos que puderam presenciar, in loco, os cerca de 60 cenários diferentes referentes às culturas hebraica e romana. Ocupando uma área de trinta mil metros quadrados, os

mais de 600 figurantes recordaram, e fizeram recordar, culturas antigas, dos mercados às mais variadas artes e ofícios já caídos no esquecimento, dando vida a uma história sempre actual com mais de dois mil anos. Uma tarde solarenga que os idosos de Forjães deram por bem empregue ficando à espera de outras iniciativas semelhantes.

Concursos de iluminação de Natal e presépios Promoveu, a Junta de Freguesia, nesta quadra natalícia, os concursos «Vamos reviver o presépio» e iluminações de Natal. No total foram várias dezenas de participantes nos concursos. A Junta de Freguesia quer deixar aqui uma palavra de agradecimento e regozijo a todos os participantes. A todos os que, verdadeiramente imbuídos do espírito natalício, quiseram partilhar valores de solidariedade e alegria. De registar para o futuro tão peculiar arte de expressão cultural. Se no concurso «Vamos reviver o presépio» não existem prémios monetários, eles existiram no que toca ao concurso de iluminações, nas vertentes de habitações e ruas. Aqui um destaque especial

Inundações Com a chegada do mau tempo temos assistido a algumas inunda-

Textos José Henrique Brito

Neste número, ainda se sente o cheiro a Natal a desvanecer-se no ar, por isso, deixamos aqui a lembrança de várias festas que ocorreram, bem como a X edição do Festival de Reis, ainda fresco na memória dos forjanenses (ver pág. 8). Nesta edição, realçamos, ainda, as qualidades de dois forjanenses (Coronel Luís Coutinho e Ricardo Dias), que têm visto o seu mérito reconhecido, ainda que de maneiras diferentes, a nível nacional (ver pág. 6), o que muito

lisonjeia a terra de Forjães. Contamos, ainda, com a colaboração de Rui Filipe Abreu, que já tem vindo a contribuir connosco noutro tipo de situações, e que agora deixa a sua opinião, enquanto cronista, num tema muito actual e polémico (ver pág. 18). E, para concluir o tema que iniciamos em Maio, fica aqui a conhecer a resolução definitiva da localização daquele que também vai ser o nosso aterro (ver pág. 4).

Editorial

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ra nas noites frias de Janeiro que, em louvor ao Menino que nasceu e à chegada dos Reis Magos para o visitar, vozes se uniam para os exaltar e para dar graças por um novo ano que começava. Assim, no início de um novo ano, nada melhor que relembrar as tradições que já vêm de há muito tempo atrás e que se querem perpetuar na história. E, se antes, se cantava as Janeiras para pedir comida e sustento para aquele ano, agora as colectividades percorrem a freguesia

para angariar receitas que cobrirão algumas das suas despesas anuais. Assim, O FORJANENSE foi ao encontro do Forjães Sport Clube, Grupo Associativo de Divulgação Tradicional de Forjães e do Grupo de Danças e Cantares de Forjães, com o intuito de lhe dar a conhecer um pouco da história e a actualidade de cada um, no que diz respeito aos cantares das Janeiras, tendo, também, a oportunidade de viajar no tempo, para conhecer as raízes desta tradição ancestral (ver págs. 2-3).

Susana Costa


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Local Valor reconhecido Depois de ter regressado da sua úlƟma missão na República DemocráƟca do Congo, em 2009, Luís CouƟnho chefiou a Divisão de Recursos Humanos da GNR, em Lisboa e foi, posteriormente, 2º Comandante da GNR de Viana do Castelo. Agora foi promovido ao Posto de Coronel (sendo que o seu anterior posto era Tenente-Coronel) e, em consequência disso, foi indigitado para chefiar o Comando Territorial de Aveiro da GNR. Este comando corresponde geograficamente ao distrito de Aveiro, numa área com 2.700 km2, onde residem mais de 600 mil pessoas e que se estende pelos concelhos de Espinho, Stª Maria da Feira, Castelo de Paiva, Arouca, Ovar, S. João da Madei-

Freguesia de Forjães Assembleia de Freguesia Membros do ParƟdo Socialista

ra, Oliveira de Azeméis, Vale de Cambra, Murtosa, Estarreja, Albergariaa-Velha, Sever do Vouga, Aveiro, Ílhavo, Vagos, Águeda, Oliveira do Bairro, Anadia e Mealhada. O comando é composto por cerca de 1.200 efecƟvos, distribuídos por seis Destacamentos Territoriais (com 30 Postos), dois Destacamentos de Trânsito e um Destacamento de Intervenção. O FORJANENSE congratula este conterrâneo e colaborador, desejando-lhe um bom cumprimento da sua função no novo posto para que foi destacado.

Tomada de posição Sessão Ordinária, Forjães, em 30 de Dezembro de 2010 Ordem de Trabalhos: Ponto 1 – Apreciação e Discussão de assuntos apresentados antes da entrada da ordem do dia.

Campeão forjanense

O forjanense Ricardo Dias, primeiro-sargento do exército, e atleta do Maratona Clube de Portugal, venceu, a 18 de Dezembro, a prova de São Silvestre de Braga. Esta prova decorreu no centro histórico da cidade, num percurso

total de dez quilómetros, e teve a parƟcipação de 560 atletas. Ricardo Dias cortou a meta com 28,02 minutos. Filipe Pedro, classificado com o segundo lugar individual, gastou 29,48 minutos. Ricardo Ribas, também do Maratona Clube de Portugal, ficou no terceiro lugar, com 30,45 minutos. O jovem forjanense, alguns dias depois do êxito em Braga, venceu a 22.ª edição da prova de São Silvestre dos Olivais, também numa na extensão de dez quilómetros. Esta prova teve a parƟci-

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pação de 1200 atletas. Ricardo Dias, venceu-a com o tempo de 29,51 minutos, à frente do russo Yuri Abramov, que demorou 30,04 minutos a percorrer a distância, cabendo ao português Sérgio Silva, do Maia AtléƟco Clube, fechar o pódio, com 30,11 minutos. Ricardo Dias, um jovem com muito valor, e do qual não conhecemos muitos dos êxitos obƟdos neste seu percurso como atleta, é uma pessoa humilde e trabalhadora que, a curto prazo, pretende «obter a melhor marca nacional do ano, nos 10 000 metros e fazer boa figura nos Jogos Olímpicos para militares». Fazemos votos para que conƟnue a ter sucesso e para que as metas com que sonha sejam sempre cortadas por si no primeiro lugar, porque este valoroso forjanense bem merece. Fernando Neiva

Para reposição da verdade dos factos é importante afirmar que o ParƟdo Socialista de Forjães não é contra a construção do Centro Escolar. Desde 2001 que o PS de Forjães vem lutando para que se solucione definiƟvamente o problema do ensino pré-escolar. Uma lacuna há muito aguardada pela população de Forjães porque ficam anualmente dezenas de crianças impedidas de frequentar esta acção educaƟva. Obviamente que estamos atentos e apreensivos já que é uma promessa com mais de 20 anos. Os membros do PS na Assembleia de Freguesia, e a população forjanense, já assisƟ-

ram por 3 vezes, em 3 mandatos e por 3 presidentes de junta à apresentação de 3 projectos para a construção de um jardimde-infância. O segundo projecto, que estava já pronto para se proceder ao lançamento da obra de construção, foi abandonado pela actual junta de freguesia, que assumiu na altura a responsabilidade de o subsƟtuir pelo Centro Escolar. Por isso, queremos que fique bem claro: O ParƟdo Socialista de Forjães quer que se resolva o mais rapidamente possível o problema do pré-escolar para que dezenas de crianças não conƟnuem a ficar impedidas de ter uma formação e um desenvolvimento equilibrado, principalmente as mais carenciadas. José Manuel Neiva da Cruz Carlos Orestes Neiva Pereira Mª Adriana Brochado da Cruz Novo

O FORJANENSE, de 25 de Janeiro de 2011, nº 260

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EDITAL FERNANDO JOÃO COUTO E CEPA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE ESPOSENDE: TORNA PÚBLICO, nos termos e para os efeitos previstos no artigo 91º da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, e suas posteriores alterações, que a Assembleia Municipal em sua sessão ordinária de 17 de Dezembro de 2010, aprovou a versão final da Alteração ao Regulamento de Abastecimento de Água e de Drenagem de Águas Residuais do Município de Esposende, que se anexa.

Para constar e devidos efeitos se publica o presente Edital e outros de igual teor, que vai ser afixado nos lugares públicos do costume. Esposende e Paços do Município, 23 de Dezembro de 2010. O Presidente da Câmara Municipal,


25 de Janeiro 2010 • 7

Comunidade paroquial Bom Ano 2011

Notícias Breves

P. Ferreira Ledo Ano Novo sempre é sinónimo de vida nova, todo final de ano é a mesma coisa, geralmente nesta época fazemos uma reflexão de tudo que aconteceu de bom e de ruim no ano que está a terminar; e mais uma vez nos prometemos uma infinidade de coisas que por vezes deixamos de cumprir. Que tal se no próximo ano fos-

se mais objecƟvo e cumprisse as metas que determina para si na virada do ano? Afinal de contas, embora as pessoas digam que é apenas uma frase feita a famosa ‘Ano Novo Vida Nova’, muito pode ser feito para termos uma melhor qualidade de vida. Não adianta os planos para o novo ano ficarem trancados na

gaveta. Eles precisam ser colocados em práƟca para que realmente o ano novo traga uma vida nova. Por isso nada melhor do que fazer um planeamento das suas metas e cumpri-las, ao invés de passar mais um ano a lamentarse daquilo que não fez.

Ano Novo - Vida Nova Terminou um ano, outro começou. É assim desde o princípio do mundo. 2010 não deixa grandes saudades, pois houve muitas catástrofes, inundações, ventanias, muita corrupção desenfreada, injustiças, terrorismo, pedofilia, etc. O ano tem quatro estações que sempre aparecem. Quem lhes daria estas leis que governam todo o ano? O tempo dividimo-lo em passado, presente e futuro. O passado não volta; o presente quase não existe, o futuro pertence a Deus. É muito difícil definir o tempo. Fernando Pessoa diz-nos: «O tempo morre e renasce sem que o sintamos». Parece morrer com o esconder do sol e renasce no horizonte mais novo que a água da fonte! S. Agostinho nas sua confissões, ao falar do tempo, escreveu: «O teu ‘hoje’, ó Deus, é a Eternidade. Tu fizeste todos os tempos e és antes de todos os tempos». Isto dá-nos muito que pensar. O cardeal Newman lembra que o tempo é apenas a semente da Eternidade! Para os homens, a noção do tempo é muito diferente: para uns são as riquezas; outro o hedonismo; para outros o desporto, etc. Para o cristão bem formado e iluminado pela Fé, o tempo é uma graça, um dom de Deus, com o qual compramos a Eternidade. O tempo não espera por nin-

Novo Juíz da Cruz 2011 Foi escolhido para este ministério em prol da Comunidade, Domingos Teixeira Sá Bernardino, a quem desejámos um bom trabalho. Ao Juíz da Cruz cessante, José Manuel, reconhecemos a dedicação a esta missão. Muito Obrigado. Festa da Apresentação do Senhor ou Candelária

guém. Os antigos diziam que ele passa como uma sombra. Quando aparece o sol, ela foge velozmente. Precisamos de o aproveitar bem para dele tirarmos muito proveito. Se o tempo presente não é bom, a culpa é minha, é tua. Somos nós que o tornamos bom ou mau com as nossas virtudes ou defeitos. Há um provérbio oriental que afirma: «Este mundo é só uma ponte; passa sobre ela mas não construas lá a tua morada». De facto não somos deste mundo. Há uma coisa certa a vida, o tempo foge; todo o resto é mentira, dizia alguém. Tudo o que acaba é demasiado breve (S. Agostinho). Dizia a nossa Florbela Espanca: «Deus, como é riste a hora quando morre... o instante que foge, voa e passa / fiozinho de água triste a vida corre». Como irá portar-se o novo ano? Ninguém sabe. O futuro pertence a Deus. Vamos todos trabalhar para que o novo ano seja melhor.

de Francisco Sá Fabrico diário de todo o tipo de pão; pizzas; bolos de aniversário e casamento; pastelaria sortida e doce regional

Será no dia 2 de Fevereiro/2011. Visita aos doentes A Catequese visitou os doentes e idosos. No dia 26 de Dezembro, os catequizandos, acompanhados com as respecƟvas Catequistas, levaram aos doentes e idosos da Vila de Forjães, o calor

Para isso tenhamos uma vida melhor com mais justiça e paz, amor alegria e felicidade. Faz tudo como tudo dependesse de ti e espera de Deus, como se tudo dependesse de Deus. O imortal Vieira pregava: «Os bens só se apreciam quando se perdem e os males quando se sofrem». António Boto cantava: «afirmam que a vida é breve. Engano - a vida é comprida cabe nela amor eterno, e ainda sobeja vida»! A vida é bela para quem a sabe viver. É um dos mais preciosos dons que Deus nos deu. É preciso respeitá-la e amá-la! Ao Novo Ano juntemos uma vida nova. Um ano novo muito feliz a todos desejo.

humano e cristão do Deus-Menino. A mensagem alegre e cheia de vida, deixou um rasto de parƟlha e solidariedade para com todos os que sofrem… Uma boa sessão de Catequese levada ao concreto da vida familiar. A tarde deste dia, ficou gravada como uma das belas páginas da vida. Bem Hajam.

Óbitos:

Baptismos

23/12 – Maria Lucília Fernandes Torres, com 85 anos de idade, residente no Largo Padre Couto. 24/12 – Florinda Moreira da Silva, com 88 anos de idade, residente no Lar Fundação Santo António. 28/12 – Maria Olívia da Cruz Rodrigues dos Santos, com 52 anos de idade, residente na Rua de Pregais. 31/12 – «Voou para o Céu» o menino, Cristóvão Pereira Gomes, com 7 anos de idade, filho de Samuel da Cruz Gomes e de Maria Fernanda Machado de Barros Pereira. Residia na Travessa Azenha da Ribeirinha.

19/12 – Beatriz Ribeiro Jaques, filha de Gonçalo Nuno dos Santos Quintão Jaques e de Flávia Vieira Ribeiro 26/12 – Ana Rita Carvalho Ferreira, filha de Jacinto Manuel da Silva Ferreira e de Liliana Cristina Amorim Carvalho. 26/12 – Carolina Sampaio Oliveira, filha de Hugo Ricardo Abreu Marcelo Oliveira e de Virgínia de Sousa Sampaio. 29/12 – Mariana Baeta Viana, filha de José Cândido Freitas Viana e de Teresa de Jesus Couto Baeta Viana.

José Augusto Neto

25 ANOS É MUITO TEMPO, MUITAS NOTÍCIAS E... MUITAS LEITURAS

DIVULGUE O JORNAL DA NOSSA TERRA Rua da Calça, n.º 74 - Forjães Telefone: 253 87 15 94


8 • 25 de Janeiro 2010

Comunidade paroquial

X FesƟval de Reis No passado dia 15 de Janeiro, realizou-se mais uma edição do FesƟval de Reis organizado pela paróquia de Forjães. E, apesar do frio que, naquela noite, se fazia senƟr, a adesão foi muito posiƟva. Onze grupos parƟciparam, representando as diversas colecƟvidades da nossa freguesia. As músicas interpretadas primaram pela originalidade e alegria, que o apresentador do evento - Gil Pinheiro - também corroborou. O úlƟmo grupo a parƟcipar, o Conselho Pastoral, marcou a diferença, ao incenƟvar a audiência a parƟcipar no refrão da sua música.

Fundação Lar de Stº António

A.C.A.R.F.

Escola Básica Integrada de Forjães

L.I.A.M.

Agrupamento de Escuteiros

Congregação Mariana

Catequistas

Grupo Ass. de Divulgação Tradic. de Forjães

Sandra Queiroz e seus alunos

Grupo Coral

Conselho Pastoral

CAFÉ NOVO de Domingos T. Cruz

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ACARF Festa de Natal da ACARF

Almoço de Natal

No sábado, dia 18 de Dezembro, a ACARF realizou a sua festa de Natal, na Escola Básica Integrada de Forjães. Foi uma tarde muito alegre com espaço para um teatro dos funcionários, músicas interpretadas pelas diferentes respostas sociais da insƟtuição e um teatro de alguns pais. No final, ainda houve tempo para o Pai Natal entrar pela janela e distribuir presentes por todas as crianças.

Este ano a ACARF brindou os idosos com um almoço de Natal. No dia 21 de Dezembro, os idosos do Centro de Dia e do Centro de Convívio juntaram-se ao almoço para festejar o Natal. Como não podia deixar de ser o almoço foi bacalhau cozido com batatas e couves. Para sobremesa não faltaram as iguarias próprias desta época como a aletria, bolo-rei e rabanadas. O almoço foi marcado pelo convívio e pela alegria caracterísƟcas da época. Vânia Aidé

Cantar dos Reis Na passada segunda-feira, dia 17 de Janeiro, os idosos do Centro Social de Palmeira visitaram o Centro de Dia da ACARF. Janeiro é o mês caracterísƟco do cantar dos Reis, neste senƟdo os visitantes alegraram-nos com uma música ơpica desta época. Em retribuição os idosos da ACARF mostraram os seus dotes vocais, interpretando alguns temas tradicionais. Posteriormente, foi oferecido um lanche-convívio a todos os idosos. Vânia Aidé

ESCLARECIMENTO ENTRAJUDA apoia Forjães A Associação ENTRAJUDA apoia insƟtuições de solidariedade social, nomeadamente na organização e gestão das mesmas, com o objecƟvo de melhorar o seu desempenho e eficiência em beneİcio das pessoas carenciadas. Neste âmbito, a ACARF foi apoiada, pela ENTRAJUDA, por intermédio do Banco Alimentar. Assim, foram atribuídos 25 cabazes, no Natal passado, que beneficiaram algumas pessoas idosas carenciadas. Os cabazes foram distribuidos pela ACARF em conjunto com algumas crianças das diferentes respostas sociais da insƟtuição, com o objecƟvo de consciencialização dos mais novos para as dificuldades financeiras de algumas famílias e na tentaƟva de os tornar mais acƟvos na luta contra a pobreza e exclusão social.

CONVOCATÓRIA De alguns meses para cá, várias edições do jornal O FORJANENSE não têm chegado ao seu destino, nomeadamente a diversas localidades de França. Cabe-nos esclarecer que o envio dos jornais para o estrangeiro é da responsabilidade da gráfica, junto da qual apuramos não haver nenhum problema. De lá os jornais seguem para uma repartição central dos CTT para envio posterior para as diferentes moradas, dentro e fora do país. Pedimos esclarecimentos aos CTT, que via carta nos disseram que, face à questão apresentada não é possível reconstituir o per-

curso dos jornais em causa, uma vez não se tratar de correio registado ou encomendas. Desta forma, estamos a tentar contactar os correios franceses (La Poste)para detectar se a central francesa está a receber os jornais e, em caso positivo se o problema estará na distribuição local. O FORJANENSE envidará todos os esforços até encontrar a solução para este problema, até porque estamos todos a pagar um serviço que não está a ser correctamente prestado. Aos afectados deixamos as mais sinceras desculpas.

Aeróbica Pavilhão da ACARF Informa-te e inscreve-te na sede da ACARF

Assembleia Geral Extraordinária Sílvio de Azevedo Abreu, presidente da Assembleia Geral da ACARF, convoca, conforme estatuído no n.º1 do artigo 30 dos Estatutos da Associação, uma Assembleia Geral Extraordinária, para o dia 28 de Janeiro, pelas 21 horas, na sede social da ACARF, sita na Rua Padre Joaquim Gomes dos Santos n.º 58 – 4740-438 Forjães, para cumprimento do n.º 2, alínea a), do artigo 29º, obedecendo à seguinte ordem de trabalhos: 1) Eleição dos órgãos directivos para 2011/2012 De acordo com o artigo 31º, a Assembleia Geral reunirá à hora marcada na Convocatória se estiver presente mais de metade dos associados com direito a voto, ou uma hora depois como qualquer número de presentes. Forjães, 5 de Janeiro de 2011 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Sílvio de Azevedo Abreu Nota: As listas de candidatos aos diferentes órgãos sociais da ACARF devem ser entregues até ao dia 21 de Janeiro na secretaria da instituição, durante o horário normal de expediente, para verificação da sua conformidade estatutária.

Instituto Português da Juventude Rua Santa Margarida, 6 4700 Braga Tel. 253 204250 // Fax 253 204259

Informações: 253 872 385; info@acarf.pt ou www.acarf.pt

Com o apoio: Programa de Apoio as Associações Juvenis (PAAJ)

email: ipj.braga@mail.telepac.pt //http.wwwsejuventude.pt


14 • 25 de Janeiro 2010

Desporto  Notícias FSC Textos Fernando Neiva

FSC precisa melhorar em casa A equipa sénior do Forjães (FSC) conƟnua a revelar muitas dificuldades nos jogos em casa. Nos sete jogos disputados conquistou apenas quatro pontos. Contudo, nos jogos fora, o balanço pode considerar-se posiƟvo: dez pontos em sete parƟdas. Daqui facilmente se infere que para aƟngir o objecƟvo - manutenção - basta apenas melhorar as prestações nos jogos a efectuar no Estádio Horácio Queirós. Porém, o FSC conƟnua na luta pela manutenção e a poucos pontos da metade superior da tabela. Torna-se, para isso, necessário seguir o caminho das vitórias. Desde a chegada de Zé Miguel, o FSC tem revelado melhorias significaƟvas ao nível do futebol praƟcado e tem vindo a consolidar as ideias da nova equipa técnica. Também foram feitos alguns reajustes no plantel, que conta agora com 23 elementos. Por forma a tornar o plantel mais equilibrado e com mais soluções, em Dezembro, saíram Zé Carlos para os Leões das Enguardas, Simão e Rafa regressaram ao Vilaverdense, e ingressaram Paulo Cepa e PosƟga, que se encontravam livres. Pedro Ribeiro veio do VilaChã, Joel Sousa e Mica vieram do Esposende. Aparentemente o plantel tem valor para segurar a manutenção sem dificuldades, mas será preciso conƟnuar a evoluir, principalmente em casa.

Sorteio de Natal Verifique os seus bilhetes, pois os prémios ainda não foram reclamados e o prazo está a esgotar-se. Números Premiados 1º Prémio – 6 628 2º Prémio – 2 600 3º Prémio – 9 128

Resumo das jornadas

12ª Jornada do campeonato 18-12-10 Louro 2 - 2 Forjães Estádio Cupertino Miranda, Louro

«O Pássaro fugiu na compensação» O FSC entrou em campo disposto a ganhar, e mesmo sem fazer um grande jogo esteve sempre no comando das operações. Na primeira metade fez um belo golo, numa execução perfeita de Káká, e ainda teve duas bolas no ferro através de remates de Diogo. No segundo período o Louro equilibrou mais o jogo no primeiro quarto de hora, mas aos poucos o FSC voltou a instalar-se mais no meio campo adversário. Contudo perto da meia-hora o Louro chegou ao empate através de um penalty, que me pareceu inexistente. O FSC reagiu bem e voltou a carregar, sendo que alguns minutos depois Alfredo viu-lhe negado o 1-2, num fora de jogo muito mal assinalado. Mesmo assim, o FSC não baixou os braços e já em tempo de compensação numa grandiosa intervenção de Chico, chegaria ao 1-2 por intermédio de Alfredo. Refira-se que este golo foi obtido já perto do final dos 5 minutos de compensação dados pelo árbitro, só que os cinco minutos foram prolongados para oito, e, depois do golo, Alfredo seria expulso (ninguém percebeu porquê) e o Louro chegou ao empate aos oito minutos da compensação. Por tudo isto, foi um empate que acabou por saber a derrota, e pese alguma eventual desconcentração no 2-2 por parte da defesa forjanense é incompreensível que um árbitro dê cinco minutos de compensação e prolongue o jogo por mais quatro minutos. Na minha opinião, a má arbitragem realizada pelo trio bracarense teve influência no resultado.

FSC: 1- Joel; 23- Ricardo; 3Mané (c.); 14- Mouzinho; 17- Zé Avelino ( Paulo Cepa aos 65); 96César; 7- Chico; 10- Diogo 24Canigia (Postiga aos 55); 4- Káká; 70- Ruizinho (Alfredo aos 74). Treinador: José Miguel Não utilizados: Runa, Riky, Xavi e Miguel Banana. Golos: 0-1 Káká aos 28 min. 1-1 de penalty aos 71 min 1-2 Alfredo aos 90 +3 min 2-2 aos 90 + 8 min

13ª Jornada 9-01-11 Forjães 2 - 3 Stª Eulália Estádio Horácio de Queirós

«Forjães não soube aproveitar a 1ª parte» Este foi um jogo que começou bem para acabar mal. Foi sobretudo uma daquelas derrotas que custam muito a digerir. A primeira parte foi determinante, em circunstâncias normais o FSC sairia ao intervalo a vencer por três ou quatro golos sem resposta, mas os falhanços incríveis dos atacantes forjanenses e o descuido de Mouzinho perto do intervalo, levaram a que se fosse para o descanso com uma igualdade a uma bola. No segundo tempo a o sector defensivo do Stª Eulália acertou posições e o volume de oportunidades da primeira metade não se repetiu. Ainda assim, Mané colocou os forjanenses em vantagem à passagem do minuto vinte deste segundo período. Só que este golo, em vez de tranquilizar a equipa do FSC, que falhou escandalosamente o 3-1, acabou por enervá-la e no último quarto de hora foi o descalabro - os vizelenses aproveitaram a fragilidade do meio campo forjanense e em duas jogadas viraram o marcador, levando os três

pontos que chegaram a parecer certos para o Forjães. Fiquei com a sensação que as mexidas efectuadas pelo treinador, devido a lesões e pela opção de querer dar oportunidade a alguns atletas menos rodados, acabaram por ter reflexos na parte final deste desafio. Pois, nesta fase a equipa se desorgonizou bastante e não revelou a tenacidade necessária para segurar um jogo que em circunstâncias normais seria ganho. FSC: 1- Stray;15- Riky; 3- Mané (c.); 14- Mouzinho; 18- Pedro Ribero; 96- César (Joel Sousa aos 45); 20- Miguel Banana; 7- Paulo Cepa (Mica aos 78); 5- Xavi (Postiga aos 53); 4- Káká; 23Ricardo. Treinador: José Miguel Não utilizados: Paulo Cepa, Pipo, Xavi e Miguel Banana. Golos: 1-0 Ricardo aos 12 min. 1-1 de penalty aos 41 min 2-1 Mané aos 65 min 2-2 aos 74 min 2-3 aos 82 min

Na segunda metade o volume de ataques foi crescendo, e à medida que o tempo ia passando o golo estava mais perto, mas a bola não entrava. Até que no primeiro minuto de compensação Postiga lançou Mica que se esgueirou a defesa e ao guarda-redes do Celoricense e, de ângulo apertado, fez o golo da vitória. Em minha opinião, o FSC fez um grande jogo em Celorico, e o pesadão Joel Sousa (reforço vindo do Esposende) mostrou que sabe jogar bem e que sabe fazer os outros jogarem bem, sendo que a sua qualidade de passe é fenomenal. A jogar desta forma o FSC poderá atingir a manutenção sem dificuldades, mas cada jogo é um jogo, e é preciso continuar a trabalhar com afinco para dar a volta à situação classificativa. FSC: 1- Stray; 2- Ricardo; 3Mané (c.); 4- Pedro Ribeiro; 5- Zé Avelino; 6- César; 7- Joel Sousa; 8- Diogo (Xavi aos 79); 9- Canigia; 10- Káká (Mica aos 73); 11Ruizinho (Postiga aos 70). Treinador: José Miguel Não utilizados: Joel; Mouzinho; Paulo Cepa e Miguel Banana. Golos: 0-1 Mica aos 90+1 min.

14ª Jornada 16-01-11 Celoricense 0 - 1 Forjães Estádio Municipal de Celorico de Basto

«Vitória muito suada, mas merecida» Para este jogo, Zé Miguel voltou a apresentar uma equipa estruturalmente muito próxima daquela que tinha jogado antes com o Stª Eulália. O FSC foi sempre a equipa mais dominadora, com mais iniciativa e controle de jogo. Ao intervalo, o nulo penalizava a ineficácia de Káká e o azar de Diogo que mais uma vez colocou uma bola no ferro.

José Manuel da Costa Torres


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Desfile de moda infanƟl Em data ainda a definir, mas por altura do Carnaval, o Forjães Sport Clube vai realizar um desfile de moda InfanƟl. As crianças que queiram parƟcipar devem, por intermédio dos pais, manifestar o seu desejo junto dos organizadores. Quem sabe possa começar aqui a carreira de alguns manequins, só experimentando se saberá. Se acha que gostava de ver a sua filha ou filho a

Cantar as Janeiras desfilar na passerelle não se acanhe inscreva-a(o) e verá que vale a pena. Também para aquelas ou aqueles que gostavam de mostrar as suas colecções aqui fica o desafio para aderirem à iniciaƟva e quem sabe não possam apresentar um modelo apetecível à alta costura. Vamos todos parƟcipar no desfile de moda infanƟl!

Este ano a comissão administrativa do FSC encheu-se de coragem e decidiu ela mesma proceder ao cantar das Janeiras. Obviamente, que a cantoria sai desafinada. Não temos concertinas, violas ou cavaquinhos e muito menos jeito para cantar, temos apenas vontade de servir o clube. Contudo, e sendo pela causa que é, as pessoas recebem-nos com simpatia e até dizem que cantamos bem, sendo

de enaltecer a colaboração dos forjanenses, que regra geral, nos atendem mostrando espírito de colaboração e compreensão. Temos percorrido as ruas da vila, aos poucos, e contamos acabar toda a freguesia até ao fim de Janeiro, não vão as pessoas pensar que andamos a cantar as «Fevereiras». Tem sido uma bela aventura, andar de porta em porta, cheios de determinação, relembrando uma

tradição que nunca deveria acabar, pois são estes valores culturais que devemos preservar. Relembre-se que, desde os anos oitenta, o clube leva a cabo o cantar das Janeiras, inicialmente em moldes profissionais, hoje de forma totalmente amadora e gratuita. Também este ano não utilizamos os tradicionais foguetes, por respeito às famílias que recentemente tinham perdido os seus entes queridos.

Veteranos

Futebol Jovem Juniores

Iniciados

Benjamins

Mesmo reduzidos a dez muito cedo, Runa foi expulso aos 10 minutos, no úlƟmo jogo, os Juniores fizeram uma grande exibição em S. Veríssimo e golearam a equipa local por 5 a 2. Os jovens forjanenses estão a realizar uma boa prova, acima de tudo tem-se verificado uma evolução destes jovens não só como atletas de hoje mas também como homens de amanhã. ÚlƟmos resultados: Andorinhas 2 – Forjães 0 Forjães 2 – Celeirós 1 S. Veríssimo 2 – Forjães 5

A equipa de Iniciados do FSC conƟnua a revelar bons progressos. O treinador Joca Abreu é de opinião que, na 2ª volta, os resultados serão ainda melhores. É de referir que alguns destes jovens estão a jogar futebol 11 federados pela primeira vez. Acima de tudo nota-se uma melhoria significaƟva ao nível do posicionamento em campo. ÚlƟmos resultados: Forjães 2 – Maximinense 0 Belinho 1 – Forjães 1 Forjães 0 – EF Fintas 1

A equipa orientada por Pereira tem vindo a cair um pouco nos úlƟmos jogos, ao nível dos resultados, pese embora conƟnue a realizar boas exibições. Mas, apesar de alguns resultados menos conseguidos é de enaltecer o bom espírito demonstrado pelos nossos jovens, que por vezes defrontam equipas com maior capacidade İsica batendo-se tal como o David contra Golias. ÚlƟmos resultados: Estrelas de Faro 8 – Forjães 0 Forjães 2 – S. Veríssimo 6 Gil Vicente 4 – Forjães 0

A equipa de Veteranos do Forjães SC segue na sexta posição no XXIII Torneio de Veteranos do Altominho, com 18 pontos. Ao fim de treze jornadas o Vianense lidera a tabela classificaƟva com 28 pontos. Embora neste escalão, o mais importante seja o lazer e o convívio, é de referir que resultados obƟdos em casa (3 derrotas em 6 jogos) obstam a uma ainda melhor classificação. Ao que parece a equipa adapta-se melhor aos relvados adversários do que ao nosso pelado. ÚlƟmos resultados: Forjães 5 – Cardielos 2 Campo 2 – Forjães 2 Forjães 0 – Stª Marta 1

Futebol Feminino

Palavras Cruzadas Dezembro (soluções)

Decorações - Interiores

Deco-Int

No próximo dia 30 de Janeiro, pela primeira vez em 44 anos de história do clube, vai entrar em campo uma equipa feminina do FSC. As jovens forjanenses vão disputar um campeonato distrital de futebol sete, promovido pela AF Braga, para menores de dezoito anos. As atletas, treinadas por Luís Cruz, têm demonstrado grande senƟdo de aprendizagem e revelam-se ansiosas pela compeƟção que agora se vai iniciar. O primeiro jogo vai ser no Estádio Horácio Queirós, frente ao Mondinense, no domingo, dia 30, pelas 11 horas. Para as nossas jovens futebolistas desejamos um bom campeonato e, desde já, lhe endereçamos os parabéns por praƟcarem um desporto onde aos poucos as mulheres vão conquistando o seu espaço.

Av. Marcelino Queirós, nº 130 - Loja 5 / 4740-448 Forjães Tel/fax - 253 877 814 TLM - 918 332 917 / 917 052 671 E-mail: decoint-adiliaabreu@sapo.pt

Palavras Cruzadas Janeiro (soluções)

Horizontais

Horizontais

1º xarda; altar = 2º are; r.c.l.; ume = 3º ra; atado; ei = 4º era; ena fim = 5º u; r.c.; t; taxa = 6º caipirada = 7º moda; l; s.a.; a = 8º amo; fel; r.t.p. = 9º mi; sinal; ra = 10º ado; lat; ter = 11º rampa; acesa =

1º frisa; gemer = 2º l; saraiva; e = 3º as; mirra; a.t. = 4º m.a.m.; aga; ave = 5º ária; e; ruir = 6º galinhota = 7º fada; t; lodo = 8º aço; Gil; roi = 9º lo; minas; r.r. = 10º u; pagador; a = 11º arara; aliar =

Verticais

Verticais

1º Xaréu; mamar = 2º arar; comida = 3º re; arado; o.m. = 4º d; a; cia; s; p = 5º arte; p; fila = 6º cantilena = 7º Alda; r; lata = 8º l; o; tas; l; c = 9º tu; fadar; te = 10º ameixa; três = 11º reima; apara =

1º flama; falua = 2º r; sargaço; r = 3º is; miado; pa = 4º sam; ala; mar = 5º aria; i; giga = 6º argentina = 7º gira; h; lada = 8º Eva; rol; sol = 9º ma; autor; ri = 10º e; aviador; a = 11º reter; oirar =


16 • 25 de Janeiro 2010

Notícias de Esposende «Largo dos Peixinhos» de cara lavada João Cepa assinalou, a 22 de Dezembro o fim das obras de requalificação do Largo Fonseca Lima e espaços adjacentes, numa intervenção que pretendeu recuperar a imagem e a idenƟdade do denominado «Largo dos Peixinhos», dando-lhe um toque de modernidade, elogiado pelos presentes. O Presidente do município manifestou-se «parƟcularmente feliz», uma vez que viu concreƟzado o objecƟvo de devolver aos esposendenses, num acto simbólico, uma recriação muito

próxima do anƟgo Largo, «uma espécie de centro cívico de Esposende e de ponto de encontro da população», como o considerou. Mostrou-se, por isso, confiante de que «o invesƟmento servirá para trazer à praça as pessoas». A obra implicou um invesƟmento de 176 mil euros, financiado por fundos comunitários, e traduziu-se na criação, no centro da praça, de um lago com uma escultura esƟlizada da catraia Santa Maria dos Anjos, embarcação ơpica de Esposende, com canteiros em seu torno, árvores com

bancos intercalados em segundo plano e calçada em microcubo de calcário. Devido à fragilidade estrutural da Igreja da Misericórdia, o eixo da rua foi afastado, não permiƟndo o estacionamento no local, e privilegiando o acesso pedonal. A circulação automóvel passou a efectuar-se também no senƟdo Sul-Norte, no atravessamento do Largo Fonseca Lima e Largo Comandante Carlos Oliveira MarƟns, com estacionamento lateral condicionado. Antes de avançar com a inter-

O PROMAR – Programa Operacional da Pesca 2007-2013 foi apresentado, em Esposende, no final de Dezembro, no Fórum Municipal Rodrigues Sampaio, pelo GAC Alto Minho (Grupo de Acção Costeira Litoral Norte), do qual o Município de Esposende faz parte. Esta sessão teve como destinatários a Associação de Pescadores do concelho, associações comerciais, Juntas de Freguesia do litoral e empresas e instituições ligadas ao sector das pescas e desportos náuticos. Assim, neste âmbito, foi apresentado o plano do GAC Alto

bleia de Freguesia, moradores e comerciantes, tendo sido aprovada por todos.

Esposende em Movimento

GAC Alto Minho apoia projectos concelhios Minho, que prevê apoios, na ordem dos três milhões de euros, e projectos de investimento para o desenvolvimento sustentável da zona costeira do Litoral Norte, concretamente em 21 freguesias do litoral e das zonas estuarinas dos concelhos de Vila Nova de Cerveira, Caminha, Viana do Castelo e de Esposende. O GAC Alto Minho propõese apoiar projectos que se enquadrem nas acções de reforço da competitividade das zonas de pesca e valorização dos produtos, diversificação e reestruturação das actividades económicas e sociais, e promoção e valorização da qualidade do ambiente costeiro e das comunidades. Podem candidatar-se pessoas individuais ou colectivas, públicas ou privadas, sendo que o primeiro concurso aberto pelo GAC pre-

venção, a Câmara Municipal submeteu o projecto à consideração da Junta de Freguesia, Assem-

tende apoiar projectos até 100 mil euros que visem a diferenciação e valorização de produtos-chave da economia da região ligados ao mar. Neste caso, a comparticipação de investimentos pode atingir os 60 por cento para entidades com fins lucrativos e os 70 por cento para entidades sem fins lucrativos. O segundo concurso visa incentivar o aparecimento de iniciativas económicas e sociais, relacionadas com o aproveitamento dos recursos naturais das zonas costeiras, podendo os beneficiários obter um apoio de 60 por cento para o desenvolvimento dos seus projectos, com dotação financeira até 200 mil euros. A formalização de candidaturas decorre até 24 de Fevereiro de 2011, sendo os pedidos de apoio, sob a forma de subsídio a fundo perdido, apresentados ao GAC (em formato papel ou digital), sito na sede da CIM Alto Minho, na Rua Bernardo Abrunhosa, nº 105, 4900-309 Viana do Castelo, até às 17,30h daquele dia. Pode também enviar a candidatura por correio registado para esta morada.

O programa Esposende em Movimento propõe, para o próximo dia 30 de Janeiro, uma Caminhada do marachão à Foz do Cávado, numa distância de 10 quilómetros, que se espera durar duas horas. O preço de inscrição é de um euro. A hora de saída está prevista para as 9,30 horas, sendo a concentração nas Piscinas Foz do Cávado. No mesmo dia, ocorrerá uma descida de Kayak entre Fragoso e Forjães, numa distância de nove quilómetros, que terá uma duração aproximada de duas horas e

meia e cujo custo individual é de 18,50 euros. Num ambiente natural e de grande beleza paisagísƟca, não deixe de aproveitar uma excelente oportunidade para fazer desporto e diverƟr-se neste domingo de manhã, em provas que se supõem de pouca dificuldade. Para mais informações e inscrições (data limite - 27 de Janeiro) dirija-se às Pisicinas Municipais de Forjães ou às Piscinas Foz do Cávado. Pode ainda contactar os números 253 964 112/969 857 842 ou o consultar o site www.esposende2000.pt.

Descontos no Saneamento Público A Esposende Ambiente vai prosseguir com a campanha de redução de tarifas na adesão ao sistema público de saneamento, com descontos de 30 por cento nos preços praƟcados. Para além da redução, os aderentes a esta campanha beneficiam, ainda, da possibilidade de efectuar o pagamento em prestações mensais, em conjunto com o recibo da água.

Assim, beneficiarão dos descontos os clientes que celebrem contrato, num prazo de 30 dias após a conclusão das novas redes. A medida, inserida na estratégia de angariação de novos clientes, releva, também, a importância da drenagem de águas residuais, ao se tratar de uma questão de saúde pública e de qualidade de vida.

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25 de Janeiro 2010 • 17

Requalificação da Zona Ribeirinha de Fão A segunda fase da requalificação da Zona Ribeirinha de Fão, prevista pelo programa Polis, foi aprovada pelo execuƟvo camarário, representando um invesƟmento superior a um milhão de euros. A intervenção passa pelo reordenamento e requalificação da orla fluvial, entre a ponte metálica e a zona do Caldeirão, privilegiando a beleza e a biodiversidade do rio, através da renovação da ínsua, e enquadra-se no Plano Estratégico de Requalificação do Litoral Norte. O projecto antevê a criação de um percurso pedonal e de velocípedes, lúdico e didácƟco, desde a ponte ao Molhe/Miradouro do Caldeirão, e por pequenos equipamentos localizados em pontos privilegiados da margem, que oferecerão repouso e informações de cariz ambiental aos uƟlizadores, numa tentaƟva de aproximação das pessoas à enƟdade cultural e natural do rio, cuja margem será renaturalizada através de acções de limpeza e de erradicação de infestantes (a acontecer também na zona da ínsua), permiƟndo a regeneração da vegetação autóctone. Na zona do anƟgo cais, a pavimentação será restaurada e efectuada a mudança e recuperação dos bancos existentes. Por outro lado, será criado um anfite-

atro ao ar livre, junto à Pousada da Juventude, onde, entre outros eventos, se irão realizar espectáculos de música, teatro e cinema, e que será composta por uma zona de palco, tela de projecção e uma zona de bancadas. Na área da ínsua, serão construídos trilhos, com passadiços em madeira sobre-

levados, que pretendem doutrinar a visitação desta zona e onde constará informação relacionada com o habitat natural da ínsua e do rio. Prevê-se, ainda, a construção, numa fase posterior, de um equipamento de apoio com funções de Centro de Interpretação e de Informação, designadamente um

Ambicafé com bar, esplanada e sanitários de apoio, no confluir do caminho que liga a marginal à Rua Serpa Pinto, onde também será preservada a imagem rural do percurso da orla ribeirinha à Rua de Serpa Pinto, consolidando e reparando os muros de xisto existentes e projectando um pavimento em saibro, com criação de uma zona verde arborizada. O percurso transformar-se-á em trilho sobrelevado na zona mais naturalizada da margem, cuja vegetação se pretende consolidar através da arborização da margem, e irá até ao Miradouro do Caldeirão, onde será feita a limpeza do molhe e a beneficiação do espaço e do trajecto de ligação à zona urbana. Posteriormente, e neste fim/ início de trilho e na localização da parcela da ETAR a desacƟvar, também se prevê um equipamento de apoio ao percurso/trilho – O Centro InterpretaƟvo do Rio Cávado. A obra será lançada a concurso, após a aprovação do projecto por parte das enƟdades competentes, nomeadamente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), Administração da Região Hidrográfica do Norte (ARH-Norte) e InsƟtuto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB).

Loja InteracƟva de Turismo em Esposende Esposende vai dispor de uma Loja InteracƟva de Turismo, estrutura que ficará localizada nas anƟgas instalações do Posto de Turismo, junto às Piscinas Foz do Cávado. A instalação da nova Loja InteracƟva de Turismo passa pela execução de obras de remodelação e requalificação das anƟgas instalações do Posto de Turismo, ficando colocada de lado a possibilidade de implementação deste equipamento na Zona Ribeirinha de Esposende, como chegou a ser equacionado pela Autarquia. Refira-se que, provisoriamente, o Posto de Turismo funciona no Auditório Municipal de Esposende. O novo conceito de Loja InteracƟva de Turismo, idealizado pela Turismo do Porto e Norte de Portugal, marca uma nova fase na promoção da região, ao criar uma rede de informação turísƟca, através de espaços interligados virtualmente, que irão disponi-

bilizar dados sobre a oferta de toda a região e não apenas informação local relaƟva ao município onde a loja está instalada, como acontecia até agora. Aqui o turista poderá ter acesso a todos os serviços necessários à sua viagem e estada na região, desde a reserva de um quarto de hotel, efectuar a marcação de uma mesa num restaurante da região, comprar um bilhete para um espectáculo, alugar uma viatura ou consultar os horários de funcionamento dos diversos museus e monumentos, entre outras alternaƟvas. Ambiciona-se, assim, que a região no seu todo, os seus produtos, os seus monumentos, os seus valores naturais, a sua gastronomia, a sua gente, se mostre ao turista, em cada Loja InteracƟva de Turismo, como se esƟvesse de facto a percorrê-la, permiƟndo-lhe ver, senƟr, ouvir, saborear e experimentar o Norte de Portugal.

O FORJANENSE R. Pe Joaquim Gomes dos Santos, nº 58 4740-439 FORJÃES PROPRIEDADE e EDIÇÃO: ACARF Associação Social, Cultural, Artística e Recreativa de Forjães Fundado em Dezembro de 1984 REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO: R. Pe Joaquim Gomes dos Santos, nº 58 4740-439 FORJÃES - Ctr. n.º 501524614 Telef. 253 87 23 85 - Fax 253 87 10 30 e-mail: acarf1@sapo.pt

Directora executiva: Susana Costa CONSELHO CONSULTIVO: Fátima Vieira (ACARF), Mário Dias (Paróquia), Andreia Cruz Dias ( PSD), José Manuel Neiva (PS), Basílio Torres (Prof. EBI), Rui Laranjeira (estudante EBI), Fernando Neiva (FSC), Paula Cruz, Sílvia Cruz Silva, Alfredo Moreira e José Salvador Ribeiro. Colaboradores permanentes: Armando Couto Pereira, Patrícia Dias (Fundação Lar de Santo António), Junta de Freguesia de Forjães, Luís Baeta, Manuel António Torres Jacques(França), Maria Mota, Olímpia Pinheiro, Paulo Lima e Miguel Morais (EBI Forjães), Rafael Poças, Regina Corrêa de Lacerda (Lisboa), José Salvador Ribeiro, Marina Aguiar, Vânia Aidé, Felicidade Vale, Ricardo Moreira, Pe. José Ferreira Ledo, Rui Abreu e educadoras da ACARF.

REDACÇÃO: Anabela Moreira, Diana Martins, Nelson Correia, Sofia Carvalho e Tiago Brochado. FOTOGRAFIA: Luís Pedro Ribeiro SECRETARIADO E PAGINAÇÃO: Eduarda Sampaio e Fátima Vieira. ASSINATURA ANUAL (11 números) País: 9 Euros; Europa:17 Euros; Resto do Mundo:20 Euros Registado no Instituto da Comunicação Social sob o nº 110650 TIRAGEM - 1.650 Ex. (Sai em meados de cada mês) IMPRESSÃO: EMPRESA DIÁRIO DO MINHO, Ldª Rua de Stª Margarida, 4 A / 4710-306 Braga / Tel. 253 609460 Fax. 253 609 465/ Contribuinte 504 443 135 www.diariodominho.pt / lfonseca@diariodominho.pt

. Os artigos de opinião são da exclusiva responsabilidade de quem os assina e não vinculam qualquer posição do jornal O FORJANENSE. O jornal não assume o compromisso de publicar as cartas ou textos recebidos, reservando-se o direito de divulgar apenas excertos.


18 • 25 de Janeiro 2010

Opinião Ano (In)Feliz

Rafael Poças

N

ão obstante de todas as informações dos nossos políticos, economistas e analistas que chegam até nós pelos diversos órgãos de comunicação social, de que este novo ano será um tempo difícil a vários níveis para todos, ou melhor, para quase todos os portugueses, contudo não creio que este seja um tempo para baixarmos os braços e de nos deixarmos sentir derrotados por todas estas inter-

venções negativas vindas do exterior. Nada daquilo que é exterior a nós, embora de certa forma nos atinja nos deve roubar aquilo que é mais precioso ao nosso interior, como o amor, a paz e a felicidade. Todo o ser humano é feliz se no seu interior, se no coração trouxer um Ideal Superior e se fizer tudo para que com a vida lhe obedeça. Cabe a cada um optar pela felicidade ou pela infelicidade. Porém a nossa felicidade também depende dos outros, pois ninguém pode ser feliz sozinho. Todos já aprendemos e sobretudo os cristãos já aprenderam que é nos momentos mais

difíceis que devemos «arregaçar as mangas» para trabalhar em prol e benefício do outro e que é precisamente aí que damos tes-

«Devemos «arregaçar as mangas» para trabalhar em prol e benefício do outro (...) É desta forma que poderemos alcançar a felicidade»

temunho daquilo que realmente somos. Unidos e numa verdadeira vida de comunhão devemonos colocar ao serviço daqueles

que mais precisam. É desta forma que poderemos alcançar a felicidade, se nos deixarmos de preocupar unicamente connosco e com o nosso próprio bem-estar e se formos capazes de sair do nosso comodismo, de sair de nós mesmos, para nos colocarmos ao serviço do outro, principalmente daquele que se sente esquecido, abandonado, sem voz e colocado à margem da sociedade. Como todos sabemos, um rico custa muitos pobres e há muitos pobres que reclamam pelos seus direitos mas que já desistiram de gritar por eles bem alto e que agora só lutam por eles com a voz do silêncio. São estas vozes frágeis e

enfraquecidas pelos dissabores da vida que nós devemos estar atentos e que temos a obrigação de dar resposta, para que a felicidade possa surgir em novas vidas e para que em nós ela possa ser ainda mais rica. Importa dizer que ela será tanto mais rica, quanto mais estivermos do lado da justiça, da paz e da verdade que é Jesus Cristo e nos impele a viver ao seu jeito. Para todos os leitores os votos de um ano cheio de esperança, feliz numa entrega incondicional àqueles que reclamam e têm o direito de reclamar a nossa presença e o nosso auxílio.

um atleta russo. Isto é muito importante, ou pelo menos deveria ser para todos os forjanenses. Gastamos fortunas no futebol e não conseguimos estar presentes nos Jogos Olímpicos e depois criticamos aqueles que estão presentes neste grande evento desportivo. Quando alguns atletas de outras modalidades conseguem alcançar este feito, lembramo-nos, então, que outras modalidades existem e enchemo-nos de orgulho. Mas quando o atleta não consegue o lugar que todos anseiam, criticamos de seguida o nosso patriota, esquecemos logo as dificuldades que estes atletas tiveram para estarem presentes neste grande evento, que só o facto de estarem presentes já é um orgulho. Desculpem o desabafo, mas «este deita abaixo», na minha opinião são críticas de meros comentadores «futeboleiros» que nada percebem das dificuldades das outras modalidades e como muitas delas sobrevivem, sem qualquer apoio financeiro onde os atletas dispendem do seu dinheiro para poder competir, para treinar e muitas vezes são autênticos auto-didactas que inventam e improvisam para poderem atingir os seus objectivos. Assim como muitos dos dirigentes desporti-

vos, que trabalham em prol do desporto e de toda comunidade, quase sempre voluntariamente, sendo muitas vezes alvos de críticas destrutivas. Posso garantir-vos que o futebol não está nas dez primeiras posições das conquistas internacionais, no entanto tem a maior projecção e é na qual os portugueses investem mais dinheiro. Numa recente condecoração efectuada pelo município de Esposende, verificamos que o andebol destacou três atletas, a canoagem vinte e dois atletas, muitos deles com mais do que uma conquista nacional. No Ciclismo/ BTT/Downhill foram destacados três atletas, um no Motociclismo, um no Hóquei em Patins, cinco no Hipismo e um no Tiro aos Pratos. Como técnicos, foram distinguidos na Canoagem dois treinadores, no Futebol três treinadores, no Ciclismo foram dois treinadores e na Equitação um treinador. A nível colectivo, foram distinguidos três clubes e oito dirigentes desportivos. Não estou aqui a fazer de samaritano nem nada que se pareça, mas gosto muito do desporto no seu todo e não particularizado. Pratiquem e apoiem todas as modalidades desportivas. Desporto é vida.

Desporto em Portugal será só futebol?

Rui Filipe Abreu

V

ivemos actualmente numa sociedade muito mediatizada, onde as notícias são todas importantes. Contudo, nos últimos tempos tenho assistido a algo verdadeiramente estranho. Não sei se será devido à falta de informação desportiva ou se é necessário estar a vender sempre o mesmo produto «O FUTEBOL». Não poderíamos divulgar outras modalidades, que muito têm contribuído com títulos internacionais e que passada uma ou duas semanas é que são noticiadas?! O mundo o futebol é, sem dúvida, a maior modalidade e absorve cerca de 65 por cento das verbas desportivas, contudo em Portugal esse valor chega aos 90 por cento. Eu gosto de futebol e adoro este desporto, porém temos outras modalidades que provavelmente podem ser mais produtivas para os jovens. Noutros países, fazem-se estudos aos atletas para verificar qual o desporto que tem maior

aptidão. Em Portugal, os pais acham que os filhos têm de ser todos «Cristianos Ronaldos» e muitas vezes não lhes permitem experimentar outras modalidades. Tenho assistido a muitos casos, onde os miúdos são desaconselhados pelos médicos a praticar futebol ao ar livre, devido a problemas de saúde. Mesmo assim, os pais insistem em levar os miúdos de tenra idade para o futebol (muitos deles dizendo que pode ser a garantia da sua reforma), não se preocupando com a saúde dos filhos. Por conselho dos médicos devemos praticar desporto, mas nem sempre o efectuamos da melhor forma. Existem certas características nos jovens que podem potenciar a prática de outras modalidades com melhores resultados. Permitam que vos relembre, algumas grandes conquistas nacionais de jovens forjanenses e jovens provenientes de freguesias vizinhas, que cá praticavam e praticam várias modalidades. Recordamos a Campeã Nacional de Judo, o vencedor da Taça de Portugal de Tiro aos Pratos, o Campeão Nacional de Culturismo, a brilhante equipa de atletismo, com muitos nomes e conquistas individuais e colec-

tivas, a equipa de voleibol com jogadoras a conquistarem títulos na vertente de voleibol de praia, atletas que começam a dar as suas primeira «braçadas» na natação e muitos outros que nunca ficarão esquecidos. Ainda recentemente, venceu duas provas de atletismo um jovem forjanense, o nosso conterrâneo Ricardo Dias, a prova de atletismo de São Silvestre dos Olivais e em Braga. Estive à conversa com muitas pessoas, que nem sabiam que tínhamos um atleta desta natureza.

«Em Portugal , o futebol absorve 90 por cento das verbas para o Desporto. O futebol não está nas dez primeiras posições das conquistas portuguesas»

Não entendam isto como uma crítica, mas sim como uma sensibilização, de modo a valorizarmos outras modalidades, que não seja somente o futebol. Foi com enorme orgulho que vi noticiado, no próprio dia, num órgão de comunicação social, que tinha vencido o Ricardo Dias, onde acrescentavam que bateu

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25 de Janeiro 2010 • 19

Culinária  Viver  Passatempos Diversificação alimentar no primeiro ano de vida (II)

Ementas da casa Maria Mota e Olímpia Pinheiro Este mês O FORJANENSE deixa-lhe duas receitas muito distintas, mas ambas fáceis de elaborar e ricas em sabor. A sopa priveligia as leguminosas, que são fundamentais na nossa alimentação, além de que tem um quê de tradicional quando lhe acrescentamos a broa. A picanha é um tipo de carne de vaca, recentemente introduzido na alimentação dos portugueses, muito fácil de preparar e que agrada a todos.

Sopa de Feijão-Frade

Picanha grelhada

350g de feijão-frade; 150g de toucinho magro; sal; 2 c. (sopa) de farinha; 1 nabo com rama; 1dl de azeite; meia broa de milho

400 g de feijão preto demolhado; 1 cebola; sal e pimenta; 5 dentes de alho; 1,5dl de azeite, 100g de bacon; 1 ramo de salsa; 1 limão; 1kg de picanha

Demolhe o feijão em água abundante, de um dia para o outro. No dia seguinte, lave-o muito bem sob água fria corrente. Coza-o, juntamente com o toucinho aos cubos de tamanho regular, em 1,2l de água, temperada com sal, durante cerca de 30 minutos. Depois do feijão cozido, envolva no caldo a farinha dissolvida em 2dl de água fria. Acrescente o nabo e a rama aos pedaços e rectifique os temperos. Regue com o azeite e cozinhe por mais dez minutos. Distribua a sopa pelos pratos e complemente a guarnição com a broa cortada às fatias e sirva de imediato.

Coloque o feijão na panela de pressão com água e a cebola inteira. Deixe cozinhar por 30 minutos. Abra a panela, tempere o feijão com sal, escorra-o e reserve. Refogue metade dos alhos em 0,5dl de azeite. Junte o bacon cortado aos pedaços. Acrescente o feijão e rectifique os temperos. Salpique com salsa e reserve. Triture o restante alho com o azeite e o sal, pimenta e o sumo de meio limão. Corte a carne em fatias com 1 cm e grelhe-as na chapa, pincelando com o molho anterior. No final, salpique com salsa e decore com rodelas de limão. Sirva com o feijão preto e com o restante molho numa molheira.

Palavras Cruzadas

A

os oito meses de idade, o bebé deve começar a comer duas refeições diárias de sopa, carne e fruta; os alimentos devem ser cada vez menos triturados. Pode começar a oferecer iogurte natural, a que pode acrescentar fruta madura ralada. Ofereça outros frutos como melão, meloa, manga e papaia. Entre os 9 e os 10 meses, começa a introdução do peixe (pescada, maruca, solha ou linguado), fresco ou congelado, numa quantidade de cerca de 20g por refeição. Deve no entanto considerar uma maior oferta de peixe ultracongelado, uma vez que é mais seguro do ponto de vista microbiológico. O peixe deverá ser cozido separadamente e ser oferecido misturado na sopa. Nesta fase o bebé pode também começar a comer gema de ovo cozida (começar por um quarto de gema, depois meia gema e mais tarde a gema inteira), não ultrapassando a frequência de duas a três vezes por semana. Pode oferecer queijo de tipo flamengo. Aos 12 meses, o leite pode ser alterado para outro adequado à idade. Começa também a introdução de leguminosas na dieta do bebé (por exemplo, feijão, grão e lentilhas), citrinos, ovo inteiro e carne de porco magra. Os alimentos devem ser

Ricardo Moreira* dados em pequenos pedaços e separados por sabores, ou seja, a sopa, o segundo prato e a fruta. A partir de agora, a dieta da criança será progressivamente semelhante à da família. Observe algumas regras adicionais: nos intervalos das refeições ofereça água ao bebé; até aos 6 meses de idade use sempre água fervida, mesmo que esta seja engarrafada; não introduza alimentos novos na dieta com intervalos inferiores a uma semana, de forma a identificar os agentes causadores de potenciais intolerâncias ou alergias; não adicione açúcar, mel ou qualquer outro produto adoçante aos alimentos; nos primeiros 24 meses de vida o bebé não deve ingerir mel não pasteurizado; durante o primeiro ano de vida não ofereça guloseimas nem adicione sal aos alimentos e antes dos 15 meses de idade não ofereça morangos, amoras, framboesas, kiwis, doces, enchidos e marisco e não adicione condimentos aos alimentos.

* Nutricionista

Saúde em destaque Cataratas

Horizontais 1º Camarote, quase ao nível da plateira; suspirar dolorosamente = 2º chuva de pedra = 3º carta de jogar; homem mesquinho e avarento; Antes de Cristo = 4º museu de arte moderna; nome da letra H; saudação = 5º bom aspecto; desmoronar = 6º ave pernalta = 7º mulher que seduz ou encanta; lama = 8º força; nome masculino; “Rei” em francês = 9º o lado do vento; veio mineral no seio da terra “plu.”; Rádio Renascença = 10º homem que faz pagamentos = 11º ave trepadora, espécie de papagaio; unir =

Verticais 1º chama; embarcação do Tejo, semelhante ao bote = 2º género de algas, da família das fucáceas = 3º “ser” em inglês; gemido dos gatos; instrumento agrícola = 4º tio da América; fileira; oceano = 5º peça de música para uma só voz; canastra em forma de selha = 6º país da América do Sul = 7º indivíduo amalucado; corrente navegável = 8º mulher de Adão; lista; astro-rei = 9º cânhamo da Índia ou Manila; causa principal de uma coisa; graceja = 10º indivíduo que se ocupa da aviação = 11º impedir; prendar com oiro =

O que é a catarata? É a opacificação parcial ou total do cristalino ou da sua cápsula, que ocorre com o passar dos anos, e também devido a outros problemas como traumatismos, inflamações oculares, diabetes mellitus, uso de medicamentos, uveítes (doença nos olhos, decorrente de uma inflamação da úvea, que é formada pela íris, corpo ciliar e coróide), etc. Quais são os sintomas? Num primeiro momento, quando a catarata é pouco densa, nota-se um turvação da visão. Também as luzes (como a procedente do sol, lâmpadas, focos dos automóveis) podem causar mais deslumbramento do que é habitual. À medida que a catarata se desenvolve, a visão torna-se mais confusa, impedindo progressivamente a realização das actividades quotidianas Qual é o tratamento? O tratamento é sempre cirúrgico. Consiste da remoção do cristalino por microfragmentação e aspiração do núcleo, num processo chamado Facoemulsificação, e posterior implante de uma lente intra-ocular. A evolução da técnica permite hoje incisões muito pequenas, entre dois e três milímetros, o que dispensa a necessidade de sutura e possibilitando assim, que o paciente seja submetido à cirurgia de catarata com anestesia tópica

(apenas colírios), saindo da sala de cirurgia já com uma visão bem próxima da visão esperada, a qual costuma ocorrer em cerca de um mês após a cirurgia. Sente dor durante ou depois da operação? A técnica de facoemulsificação não é dolorosa nem durante nem depois da intervenção. A maioria dos pacientes referem só uma sensação de pressão devida aos aparelhos com que imobilizamos o olho quando se realiza a cirurgia, e leve ardor nas horas seguintes à mesma. Quando é que pode começar a fazer vida normal depois da intervenção? Depois da intervenção o paciente deve ficar em casa a descansar umas 24 horas. Na manhã seguinte, a melhora visual é tão importante que a maioria dos pacientes podem começar a fazer a sua vida normal. Que tipo de precauções deve ter depois da operação? O paciente usará colírios (antibióticos e antiinflamatório) durante os 15 dias seguintes. É totalmente contraindicado esfregar os olhos durante um mínimo de um mês depois da intervenção, e deve-se evitar ao longo de seis meses.As actividades desportivas podem-se praticar sempre que se utilizem óculos protectores adequados. Evitar-se-á a maquilhagem durante o mês a se-

Marina Aguiar* guir à intervenção. Podem-se operar os dois olhos ao mesmo tempo? Normalmente não se operam ambos na mesma sessão cirúrgica, à excepção dos motivos médicos próprios de cada paciente, e se assim o recomendarem. Apesar da possibilidade de complicações ser mínima, ao tratar-se de uma cirurgia intra-ocular não recomendamos operar os dois olhos de uma vez. Terei necessidade de usar óculos depois da operação? A melhoria em qualidade de vida dos pacientes operados de cataratas na actualidade é extraordinária. A maioría dos pacientes podem realizar as actividades normais sem necessidade de utilizar óculos. Terá de utilizar oculos de perto se não tiver decidido, por indicação do cirurgião, optar pela monovisão ou as lentes intra-oculares multifocais.

*Médica Dentista *Médica da equipa de emergência da delegação da Cruz Vermelha Portuguesa de Viana do Castelo


20 • 25 de Janeiro 2010

O alfaiate por trás do balcão Ainda muito novo, Zé da Mina aprendeu a arte de alfaiate, que praticou durante muitos anos, mesmo com intervalos de tempo, e com outras actividades em simultâneo. Actualmente, todos o conhecem como proprietário do Café Almeida, onde tem a última venda de Forjães

J

osé Maria Rodrigues de Almeida, mais conhecido por Zé da Mina, desde muito novo se dedicou a mil e um afazeres. Inserido numa família grande, com nove irmãos, e sendo o mais velho, mal saiu da escola,

Luís Pedro Ribeiro

aos dez anos, procurou trabalho para ajudar no sustento da casa. Começou por ajudar a Tia Guilhermina na lavoura, levando a vaca a pastar. No entanto, já ambicionava aprender uma arte. «Só não queria ser sapateiro, como o meu pai», esclarece, dizendo que era um trabalho muito duro e pouco rentável. Mesmo assim, ainda ajudou algumas vezes o seu pai, engraxando sapatos ou endireitando tachas, para serem utilizadas novamente. Aos onze anos foi aprender a arte de alfaiate com o seu padrinho, António Torres

da Costa, que já trabalhava com o seu filho Armando (Costinha). Durante três anos, não ganhou um único tostão, e mesmo depois disso, passou a ganhar dois escudos por dia «que o meu padrinho dava quase por favor, talvez, porque, quando foi ele a aprender a arte em Vila de Punhe, ele próprio tinha de pagar para que lhe ensinassem», diz José, relembrando a dificuldade daqueles tempos. Lá esteve seis anos, seguindo depois para a alfaiataria do José do Landim «porque me pagava melhor». «Na altura, o meu padrinho e o meu primo ficaram um pouco zangados, mas com o tempo, passou e até me aconselharam a estabelecer-me por conta própria e a comprar uma máquina de costura, que ainda hoje tenho. Nessa altura a máquina já me custou três contos, e tive de a pagar às prestações de 100 escudos por mês». Mas valia a pena o investimento. Naquela época, os alfaiates vendiam para feirantes das Neves. Pagavam pouco por cada peça, mas iam tendo trabalho. Nessa altura, o seu irmão Carlos ajudava-o, sempre com o propósito de sustentarem a família. José Almeida entregava integralmente o que recebia aos pais, e «ainda assim era pouco para tanta gente, porque o meu pai, que era sapateiro, recebia muito mal, e nem sempre lhe pagavam». Na tentativa de ganhar mais dinheiro, ainda trabalhou noutros sítios. Primeiro, uns meses na Fábrica Rosas, onde ganhava 90 escudos por semana: «Ia e vinha todos os dias a pé, com umas solipas de madeira».

Dr.ª Marina Aguiar Médica Dentista

Mais tarde, trabalhou para o Avelino Faria dos Santos, ajudando-o a carregar tubos de grés da Campos e Filhos, para depois serem descarregados na casa dos clientes. «Era um trabalho muito duro», mas que lhe rendia 20 escudos por dia. Uns meses depois voltou à arte que aprendeu e ao que realmente gostava, mas para ganhar mais uns trocados ainda vendia jornais «O Primeiro de Janeiro», aos domingos. Percorria Forjães, Fragoso, Aldreu, Palme e S. Paio de Antas de bicicleta, tentando vender o máximo de jornais. Cada jornal que vendesse rendia-lhe 23 centavos, por isso, precisava de vender cem jornais para ganhar 23 escudos. Aos 20 anos foi para a tropa, tendo pas-

«A muito custo tive de deixar de ser alfaiate, e dedicar-me só à venda e ao café. Mas ainda hoje, das três, a minha preferida é a alfaiataria»

sado dez meses entre Braga, Porto, Mafra e Santa Margarida. Depois disso, foi chamado para o Ultramar, onde esteve 28 meses, concretamente em Moçambique. Enquanto lá estava, o primo Costinha escreveu-lhe uma carta dizendo que estava a pensar comprar o passe de uma venda antiga, que estava fechada, e pedindo-lhe que fosse seu sócio. Quando regressou a Portugal, «o Costinha, afinal, tinha decidido continuar com o pai, que lhe tinha oferecido mais regalias. Então tomei eu conta da venda, que era aqui ao lado da minha actual casa. Chamavamlhe a Venda do Gazetas». Em 1968, abriu, então, uma venda, uma taberna (que só vendia vinho e cerveja) e um espaço onde trabalhava como alfaiate. O trabalho era muito e diversificado, e, por isso, acabou por levar para lá a irmã Helena, para que o ajudasse.

Enquanto alfaiate, voltou a trabalhar para os senhores das Neves e para o Cardoso da Saudade de Braga, até arranjar os seus próprios clientes. Quando os clientes já eram muitos, deixou de trabalhar para os feirantes. Aí, «fiz muitos fatos para noivos, mas também fiz fatos para irem para o cemitério», revela José. «Tinha clientes de Fragoso, Aldreu, S. Paio, Vila-Chã, Castelo de Neiva, S. Romão, Palme… trabalhei para muita gente». José Almeida relembra com alguma graça a história de um senhor para quem fez um fato e que morreu pouco depois, tendo-lhe ficado a dever dois contos e meio. Nessa altura, fazer um fato custava ao cliente cinco contos. Nesse espaço se manteve durante 15 anos. Depois, mudou-se para a casa onde ainda vive, já casado e com os dois filhos. «Só me casei com 32 anos; já me casei um bocado tarde, mas teve de ser, porque tinha de ajudar a minha mãe a criar os meus irmãos, até porque o meu pai morreu enquanto eu estava no Ultramar». Na sua moradia, também abriu três espaços: a venda, o café e a alfaiataria. Também a sua mulher trabalhava (e trabalha) na costura (que aprendeu com a Olívia Matos e num curso que tirou na Alfa), sendo que os dois foram trocando ideias e ensinando os seus saberes um ao outro. Durante alguns anos, ainda aguentou manter os três ofícios, porém, a alfaiataria exigia concentração e tempo, o que se estava a tornar difícil: «Estava dez minutos sentado na máquina e tinha de me levantar para ir atender um cliente no café». Teve de optar, e a muito custo, deixou as artes da costura só para a mulher e ele dedicou-se somente ao café e à venda. Mas ainda hoje diz que, das três a que mais o encanta e a preferida é a arte de alfaiate. Actualmente, aos 66 anos, faz só roupa para ele, pequenos arranjos para amigos, ou até ajuda a mulher a coser de mão, a pregar botões e a casear. E quanto ao café e à venda «se tivesse de pagar renda, já tinha fechado as portas há muito. Assim, vou até onde as pernas aguentarem». Nelson Correia

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