Revista EBS 21ª Edição - Elas no comando

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21a Edição - Ano VI - 2019 - R$ 30,00

RH Liderança na Era Exponencial

T&D Outdoor Training: desenvolvimento profissional e pessoal ao ar livre

MICE A importância de um bom fornecedor


Participe das rodadas de negócios regionais em 2019. MICE

RH

REGIONAL

REGIONAL

São Paulo

Março

São Paulo

Rio de Janeiro

Agosto

Rio de Janeiro

Abril Agosto

Campinas

Setembro

Campinas

Setembro

Curitiba

Setembro

São Paulo

Outubro

Belo Horizonte

Outubro

Porto Alegre

Novembro

São Paulo

Novembro

MICEGLOBAL REGIONAL

São Paulo Rio de Janeiro São Paulo

Junho (EBS) Agosto Novembro

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T&D REGIONAL

São Paulo Rio de Janeiro

Abril Agosto

Campinas

Setembro

São Paulo

Outubro


Expediente

Editorial

A Revista EBS – Evento Business Show é uma publicação de periodicidade trimestral, focada nos segmentos MICE e T&D, destina-se a promover a divulgação de informações aos profissionais atuantes nesses mercados.

Caro leitor,

Av. Brigadeiro Faria Lima, 1713 | Cj. 63 6o andar | 01452-001 - São Paulo - SP (11) 3812-7363 www.eventofacil.com.br comercial@revistaebs.com.br Especificações: Distribuição: Nacional Periodicidade: Trimestral Edição: 21 Título: Revista EBS www.revistaebs.com.br

Diretor e Editor Chefe Marcello Baranowsky Criação e Diagramação Wamberto Vanzo Marketing Daiana Moura EBS Buyers Club Larissa Ornellas Comercial Iara Lo Russo Administrativo Lucas Dellicolli Colaboradores Marco Guidi Nayara Matteis jornalista - MTB: 0086929/SP

Revista EBS - Evento Business Show é marca registrada junto ao INPI, em nome da EBS Feiras & Editora Ltda. Todos os direitos reservados. Os produtos e anúncios apresentados são de responsabilidade integral dos anunciantes. Divulgação Foto Capa: Ira Cvetnaya / Shutterstock.com

É com muito carinho que escrevo o meu primeiro editorial. O editorial de uma edição super especial da Revista EBS – Evento Business Show, publicação que tem como objetivo apresentar conteúdos relevantes aos profissionais atuantes nos segmentos MICE e T&D. 2019 chegou com um clima de esperança no ar, de mudanças e superação. E é nesse clima que entregamos a você um trabalho realizado com muita dedicação. Enquanto muitos falam da tecnologia, do tal do “high tech high touch”, nós estamos colocando à luz dos holofotes a figura feminina, na matéria de capa destacamos líderes femininas, mulheres que contam suas histórias, seus maiores desafios e compartilham suas conquistas nos segmentos MICE e RH. Ainda que o índice de participação das mulheres na população economicamente ativa no Brasil seja abaixo dos homens, que muitos obstáculos impeçam as mulheres de terem condições igualitárias de trabalho, os depoimentos das entrevistadas devem ser tomados como inspiração. Por isso o tema é “Elas no comando”. A foto da capa foi inspirada no cartaz We can do it! (em português “Nós podemos fazer”), criado por J. Howard Miller, em 1943. O objetivo do cartaz era de encorajar as mulheres a participarem da produção de guerra, a imagem passou a ser associada à incorporação da força de trabalho feminina à indústria como consequência da guerra. Mas não é só das mulheres que tratamos nesta edição, apresentamos empresas que pensam além do lucro, empresas com propósito. Trazemos o case de Celso Athayde, idealizador de um grupo de empresas criadas dentro de comunidades para proporcionar benefícios e desenvolvimento para os moradores daquele lugar. Na sessão Desenvolvimento o foco está em alguns cases que levam qualidade de vida para dentro das corporações, afim de efetivamente promover uma melhora no desempenho dos colaboradores dentro e fora do ambiente de trabalho. E falamos também sobre Big Data. Quem pode manter um negócio sem ter uma lista de contatos, aqueles e-mails marketing que você encaminha, de onde vieram todos os dados? A segurança na manipulação desses dados da matéria que abordar o tema da Lei de Proteção de Dados (LGPD), e para aprofundar no assunto, contamos com a colaboração de Marco Guidi, no artigo sobre o mesmo tema. Exclusivamente pensando no segmento MICE os temas são “Segurança em eventos” e “A importância de um bom fornecedor”, ambos devem ser tratados com bastante cuidado quando a pauta é organização de eventos, e disso nossos entrevistados entendem. E tem muito mais, essa edição está recheada de tópicos para irem além dessas páginas, temas para discutirmos continuamente. Muito obrigada por estar conosco, acompanhando nosso trabalho!

Boa leitura!

Daiana Moura Diretora de Marketing


Revista EBS . 21a edição . 2019 . www.revistaebs.com.br

06 Liderança

Elas no comando: liderança feminina nos segmentos de Eventos e RH

14 Mercado

Além do lucro: empresas com propósito

16 RH

Liderança na Era Exponencial

18 Desenvolvimento

Saúde e qualidade de vida corporativa

22 Big Data

O impacto da Lei de Proteção de Dados Pessoais

26 Capacitação

Alta performance: Como aumentar a produtividade nas empresas

Foto: Ira Cvetnaya / Shutterstock.com

06

28 Segmento MICE Segurança em Eventos

Sumário 32 Educação Corporativa 34 Negócios

Foto: alice_photo / Adobe Stock

A importância de um bom fornecedor

38 T&D

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Outdoor Training: Desenvolvimento profissional e pessoal ao ar livre

42 Oportunidade

Em busca do networking qualificado

44 Comunicação

A importância da Comunicação Interna

Divulgação: ATHUE

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Foto: Jean Gerber / Unsplash

14

Foto: rawpixel.com

Learning model 70:20:10

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48 Feiras e Eventos

Principais eventos que acontecem no Brasil

50 Artigo

LGPD, você sabe o que é? Pare um minuto e leia isso

Anunciantes 2a Capa SPEED MEETING 05 CENTRO DE CONVENÇÕES REBOUÇAS 13 HARD ROCK HOTELS 21 EBS RUN 25 FANTASTIC BRINDES

31 HOFFMANN 35 ÓTIMA GRÁFICA 37 DIVICENTER 41 TRIART

43 FORENTAL 49 GRÁFICA MUNDO 3a Capa CONGRESSO MICE BRASIL 4a Capa FEIRA EBS 2019



LIDERANÇA

Elas no comando A

Profissionais inspiradoras falam sobre o papel da liderança feminina

Um pouco da história de importantes personagens femininas no MICE e RH

discussão sobre diferenças de gênero vem ganhando relevância exponencial nos últimos anos. O movimento feminista, que há muito parecia adormecido, tem se mostrado o verdadeiro gigante que acordou. Em diferentes esferas, as mulheres estão cada vez mais engajadas em lutar por seus direitos e lugares de protagonismo, seja no âmbito pessoal ou profissional. Cerca de 52% da população brasileira é representada por mulheres. Há quem acredite que o mercado corporativo não faz mais esse tipo de distinção na hora de contratar ou promover um funcionário, mas não é bem esse cenário apresentado pelos números.

THEY'RE IN CHARGE A BRIEFING OF IMPORTANT FEMALE PERSONAS FROM MICE AND HR Inspiring profissionals talk about the female leadership

Foto: Ira Cvetnaya / Shutterstock.com

The discussions about gender diferences have become more relevant in the past years. The feminist movement, which seemed to be asleep, has provedthat the real giant is awake. In different spheres, the women increasingly engaged fighting for their rights and for their places of prominence, whether in the personal or professional sphere. About 52% of the Brazilian population is represented by women. There are those who believe that the corporate market no longer makes that kind of distinction when it comes to hiring or promoting an employee, but that scenario is not presented by numbers. During the UN Global Forum of Women of 2018, held in March, a survey presented pointed out that only 8% of presidential positions are occupied by women in Brazilian companies. Many do not hold vice presidential, board or board positions. The companies in which these positions exist have female representatives who are far inferior when compared to males.According to the same study, companies with women in leadership positions tend to be more engaged and profitable. Even though the female representativeness has shown a significant expansion, it is still far from being considered egalitarian.

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ELAS NO SEGMENTO MICE Seja na posição de fornecedor, cliente final ou agência, profissionais competentes se mostram líderes natas e afirmam que vieram para ficar. Com criatividade, sensibilidade e espírito de equipe, elas engajam colaboradores e ostentam ótimas performances no mercado MICE. ANA LUÍSA CINTRA A diretora do Centro de Convenções Rebouças iniciou sua trajetória profissional muito jovem. Enérgica e engajada com seus projetos, sua ascensão no mercado de eventos foi algo natural. "Tive grandes aprendizados, principalmente nos meus 10 anos de Incor, onde

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Ana Luísa Cintra

organizei muitos congressos médicos e coloquei em funcionamento uma área de comunicação com todas as suas interfaces", conta. "Quando cheguei ao Centro de Convenções Rebouças já tinha uma história consolidada. Esta experiência me colocou do outro lado do balcão - de quem organiza o evento, suas dificuldades, aflições. E o que fez a diferença foram as pessoas que me acompanham por todo tempo; fui coroada com um time de primeira linha do Rebouças, formado por pessoas comprometidas, afinadas com o propósito de inovar, de obter resultados, de prestar um serviço de excelência". Para a executiva, o segredo do sucesso é dançar conforme a música e se manter atualizado. "Naturalmente ficar cada vez mais atento aos diferentes cenários do país, rumos, tendências. Aprofundar os conhecimentos digitais e o processo de gestão de pessoas - os colaboradores representam a alma da empresa e precisam de cuidados. Iniciamos um trabalho mais a fundo desenvolvendo workshops com os fornecedores, promovendo ações de maior integração e motivação entre todos e já estamos colhendo frutos muito positivos", explica. ROSÂNGELA GONÇALVES Diretora Comercial e Marketing do Transamerica Hospitality Group, a executiva acumula uma bagagem invejável atuando em eventos de grande prestígio. "Ter o privilégio de atuar em várias áreas operacionais e comerciais da hotelaria e com profissionais extremamente talentosos fez todo diferencial", conta. "Ter participado com resultados extremamente positivos em eventos como ACNO 2000, Jogos Mundiais Militares, Rio + 20, Jornada da Juventude, várias edições do Rock in Rio, Copa do Mundo, Olimpíadas Rio 2016, Divulgação

Durante o Fórum Global da ONU Mulheres de 2018, realizado no mês de março, uma pesquisa apresentada apontou que apenas 8% dos cargos de presidência são ocupados por mulheres em empresas brasileiras. Muitas não possuem ocupações de vice-presidência, diretoria ou conselhos de administração. As companhias nas quais essas posições existem apresentam representantes do sexo feminino bem inferiores quando comparados aos do sexo masculino. Segundo o mesmo estudo, empresas com mulheres em posições de liderança tendem a ser mais engajadas e lucrativas. Apesar da representatividade feminina ter apresentado uma expansão significativa, ainda não é igualitária. A Rede Mulher Empreendedora (REM) realizou uma pesquisa inédita sobre o Perfil da Empreendedora Brasileira. Além de destrinchar as características das mulheres de negócio, o estudo traz um panorama real de conflitos diários, maternidade e carreira, momento financeiro e dificuldades na hora de tocar seu próprio negócio. Entre as 1.376 mulheres, 85% já empreendem e 15% têm vontade e abrange uma boa representatividade: São Paulo Capital e região metropolitana (19,65%); MG, ES e interior de São Paulo (22,33%); Região Sul (20,23%); Estado do RJ (12,21%), Regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste (22,33%). A idade delas é, em média, de 39,1 anos, a maioria casada e com filhos. 75% decidem empreender depois da maternidade e 79% possui ensino superior ou mais. No quesito tempo de negócio, 42% iniciou seu negócio há menos de 3 anos e 39% tem mais de 6 anos.

Rosângela Gonçalves

The Rede Mulher Empreendedora (REM) carried out an unprecedented research on the Profile of the Brazilian Entrepreneur. In addition to unraveling the characteristics of business women, the study brings a real picture of daily conflicts, maternity and career, financial timing and difficulties in running your own business. Among the 1,376 women, 85% are already entrepreneurs and 15% are willing to, this portion includes such a good representation: São Paulo Capital and metropolitan region (19.65%); MG, ES and the countryside of São Paulo (22.33%); Southern Region (20.23%); State of RJ (12.21%), North, Northeast, Midwest (22.33%). Their age is, on average, 39.1 years old, most married and with children. 75% decide to undertake business after motherhood and 79% have higher education or more. In terms of business time, 42% started their business less than 3 years ago and 39% have more than 6 years. THEY ARE IN THE MICE INDUSTRY Whether as a supplier, end-customer or agency, competent professionals show themselves as leading and claiming that they have come to stay. With creativity, sensitivity and team spirit, they engage employees and present great performances in the MICE industry. ANA LUÍSA CINTRA The director of the Convention Center Rebouças began her professional career very young. Energetic and engaged with her projects, her rise in the event market naturally done. "I had great learning, especially in my 10 years of Incor, where I organized many medical conferences and started an operation an area of communication with all its interfaces", she says. "When I arrived at the Rebouças Convention Center I already had a consolidated history. This experience made me be at the other side - of those who organize the event, its difficulties, afflictions. And what made the difference were the people who were beside me all the time; I was gifted with a premium team, made up of committed people, tuned for the purpose of innovating, achieving results, providing a service of excellence. For Cintra, the secret of success is to go with the flow and keep up-to-date. "Naturally become more and more aware of the different scenarios of the country, directions, trends. Deepen digital knowledge and the people management process - employees represent the soul of the company and need care. We started a more in-depth work developing workshops with suppliers, promoting actions of greater integration and motivation among all and we are already reaping very positive results", she explains. ROSÂNGELA GONÇALVES Commercial and Marketing Director of the Transamerica Hospitality Group, the executive accumulates an remarkable professional background in events of great prestige. "Having the privilege of working in several operational and commercial departments of the hotel business and with extremely talented professionals made all the difference", she says. "Participating with extremely positive results in events such as ACNO 2000, Military World Games, Rio + 20, Youth Day, several editions of Rock in Rio, World Cup, Rio 2016 Olympics, among many others were challenging moments and which provide me incredible professional experiences".

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GABRIELA CARDOZO Inserida em um meio predominantemente masculino, a CEO da GAV Grupo Atual Victória, com expertise em segurança, limpeza e facilities com forte atuação em eventos, Gabriela Cardozo, comanda uma equipe composta majoritariamente por homens. "Como mulher à frente de um negócio de segurança, tenho muita dificuldade. Primeiramente percebo que quase 80% do público que trabalha para mim é do sexo masculino, muitas vezes são homens inseridos em nossa sociedade que já têm um conceito e pensamentos machistas, um pouco resistente a respeitar uma ordem ou sugestão do ponto de vista feminino". Segundo a CEO, o respeito é fruto de anos de trabalho e afirma que, apesar das dificuldades, sua equipe é exceção. "Isso não é determinante e nem regra, pois temos exceções. Eu não tenho dificuldade com minha equipe com relação a ser aceita nas minhas decisões. Mas é algo que foi conquistado ao longo dos anos. Todos ao meu redor me apoiam em minhas decisões".

Gabriela Cardozo

ESTELA FARINA "Eu iniciei minha carreira profissional em Recursos Humanos. Embora meu objetivo desde muito cedo tenha sido trabalhar na área de turismo, a experiência em Recurso Humanos contribuiu com a experiência de construção de equipe, comunicação e prestação de serviço, ou em termos objetivos, como lidar com pessoas e suas diferentes expectativas", diz a diretora da NCL Norwegian Cruise Line Holding. Para ela, o debate sobre o empoderamento feminino é importante, mas é 8

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Estela Farina

uma bandeira na qual ela não levanta em seu negócio. "Minha avaliação e tratamento levam em consideração as características e competências pessoais, independentemente do gênero". CHIEKO AOKI Formada em Direito pela USP e em Administração pela Universidade de Sofia, em Tóquio, a presidente do Blue Tree Hotels, atuou em diversos lugares do mundo como EUA, Ásia e Europa como presidente da rede Caesar Park e como vice chairman da Westin, a mais antiga rede hoteleira dos Estados Unidos. Com experiências em outros países, ela afirma que nunca sentiu hostilidade por parte dos homens brasileiros. "Nunca tive problemas por ser mulher, pelo menos nunca notei, são sempre muito gentis e sempre me incluíam nas rodas de discussões. No início, ficava constrangida por ser a única mulher, mas, como a gente acostuma com tudo quando tem uma missão, fui assimilando". "A crise colocou muitas mulheres no mercado de trabalho que, começando pequenas, têm crescido continuamente. Com isso quero dizer que, se englobamos também as pequenas empresárias, elas são CEOs de sua vida e do seu negócio e estou torcendo para que continuem progredindo. O que dá sustentação a um país não são apenas as grandes empresas, mas também as pequenas e médias e, nestas, vamos encontrar muitas mulheres que são excelentes executivas e CEOs". Divulgação

entre tantos outros, foram momentos desafiadores e que me trouxeram experiências profissionais incríveis". "O setor hoteleiro tem demonstrado cada vez mais interesse em levantar essas questões, principalmente dentro de eventos e convenções, o que já é um avanço. Cuidar de pessoas, receber bem, ser anfitriã e contagiar as equipes e organizações são características essenciais na atividade".

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LIDERANÇA

Chieko Aoki

ARACELI SILVEIRA Acostumada com desafios, a vice-presidente de marketing da Informa Exhibitions nunca se deixou intimidar no mundo corporativo. Jornalista de formação, ela lidera uma equipe engajada

"The hotel industry has been showing increasing interest in raising these issues, especially within events and conventions, which is already a breakthrough. Caring for people, welcoming, hosting and transmiting to the teams and organizations the energy are essential characteristics in the activity". GABRIELA CARDOZO Gabriela Cardozo, CEO at GAV - Grupo Atual Victória, with its expertise in security, cleaning and facilities with strong events, is in charge of a predominantly male team. "As a woman leading a security business, I have a lot of trouble. First, I realize that almost 80% of the workfoce is male, oftenly men inserted in our society who already have sexist concepts and thoughts, somewhat resistant to respect an order or suggestion from the feminine point of view". According to the CEO, the respect is the result of years of work, but despite the difficulties, her team is an exception. "This is neither a determining factor nor a rule, because we have exceptions. I have no difficulty with my team regarding acceptance in my decisions. But it has been achieved over the years. Everyone around me supports me in my decisions". ESTELA FARINA "I started my professional career in Human Resources. Although my goal at an early age was to work in the area of tourism, Human Resource experience contributed to the experience in team building, communication and service delivery, I mean, how to deal with people and their different expectations", says the director of NCL - Norwegian Cruise Line Holding. For her, the debate about female empowerment is important, but it's a something she does not raise in her business. "My assessment and treatment take personal characteristics and skills into account regardless of gender". CHIEKI AOKI Graduated in Law from USP and in Management from the University of Sofia in Tokyo, the President of Blue Tree Hotels, has worked in several places in the world such as USA, Asia and Europe as president of the Caesar Park network and as vice chairwoman of Westin, the former hotel chain in the United States. With experiences in other countries, she affirms that she never felt hostility by the Brazilian men. "I’ve never had problems because I was a woman, at least I’ve never noticed, they are always very kind and always included me in the discussion making. In the beginning, I was embarrassed to be the only woman, but as we get used to everything when having a mission, I was assimilating". "The crisis has placed many women in the job market, which, starting small, have been growing steadily. By that I mean that if we also include small entrepreneurs, they are CEOs of their lives and their businesses and I hope that they will continue to make progress. What sustains a country is not only the big companies, but also the small and medium ones, and in these, we will find many women who are excellent executives and CEOs". ARACELI SILVEIRA Used to challenges, the Vice President of Marketing at Informa Exhibitions has never been intimidated by the corporate world. Journalist, she leads an engaged team in the


Araceli Silveira

SILVANA TORRES A fundadora da agência Mark Up não hesita em afirmar que as causas femininas se tornaram um dos propósitos de sua carreira ao longo dos anos. Após atuar durante 5 anos no segmento de engenharia, representado em sua maioria por profissionais do sexo masculino, e atualmente trabalhar em um meio miscigenado, Silvana Torres assegura que os ambientes são completamente distintos. "Acredito que ganhei uma bagagem enorme do mind set masculino pois convivi, estudei, trabalhei com eles por 10 anos. Sou praticamente um PHD do pensamento masculino: forma de decidir, fazer piada, fazer amizade, sofrer... e acreditem, eles são muito diferentes mesmo das mulheres. Não acho que é certo ou errado, não acho que é melhor ou pior... é só imensamente diferente", conta. "Ao contrário do mundo masculino onde o foco, a assertividade e o racional são afiados, descobri que fazer gestão de mulheres é outro mundo: mulheres falam de vida pessoal, de sentimentos, são multitarefas, se emocionam, choram... tudo uma grande descoberta para mim". Engajada, a executiva se tornou um símbolo de empreendedorismo feminino e participa de comitês e programas de liderança para mulheres. "Tenho um super orgulho de ter 2 sócias mulheres, Katia Braga e Aparecida Duda na Mark Up, 50% do quadro é feminino e 82%

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Silvana Torres

da minha liderança é feminina. Somos por quatro vezes seguidas eleitos pelo Great Place to Work e o empoderamento feminino passou a ser uma bandeira na minha trajetória. Fundei o comitê Women Empowerment, da Ampro, participei do Programa Winning Women da EY, e hoje Conselheiro do Comite Relações Humanas, da Ampro". MARLI MARTINI A artista plástica enxergou na cenografia de eventos uma oportunidade de expandir sua criatividade para outros ramos. No mercado desde 1999, a diretora da P&G Cenografia possui um currículo invejável de eventos em sua carreira. "Meu primeiro evento já no time P&G foi o Grande Prêmio do Brasil de F1, onde cuidava de toda produção da Cenografia para atender Pista, Áreas Vips, Pódio e uma infinidade de outras áreas que montávamos, hoje já estou no meu 19º GP e parece que foi ontem... depois disso vieram muitos outros eventos , como a Disney Casas Bahia, U2, Copa das Confederações, Tim Festival, Natal na Paulista, Árvore de Natal do Ibirapuera, Coca-Cola Vibezone, Olimpíadas 2016 (Aros Olímpicos em São Paulo), Bola da Vez (ESPN) e muitos outros". Em seu trabalho, a diretora acredita que características mais expressivas em mulheres ajudam a fazer a diferença. "Ser mulher facilita a gestão de pessoas, somos mais detalhistas e com isso mais exigentes, foi uma questão de adaptação apenas, hoje meu time já sabe que aquilo que não está bom para nós, não pode estar bom para o cliente, e, portanto, temos que conquistar a excelência, o cliente é a estrela, simples assim". Divulgação

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na indústria de eventos nas áreas de marketing e vendas com foco em B2B. "Os desafios sempre fizeram parte da minha trajetória. Meu trabalho envolve diretamente a geração de negócios e performance de resultados, por isso, as exigências sempre existiram". Para Araceli, a educação será a mola propulsora para a mudança que as profissionais do segmento querem ver. "Na minha trajetória no mundo corporativo sempre busquei me destacar por meio da qualificação. Acredito que o conhecimento é a forma mais eficaz de alçar voos no meio profissional, assim como estar atenta aos movimentos do mercado e fazer networking".

Marli Martini

FERNANDA ABUJAMRA Outra artista que se tornou executiva foi a diretora artística do Banco

events industry in the areas of marketing and sales driven to the B2B market. "Challenges have always been part of my career. My job directly involves promotion business and performance of results, so the demands have always been there".For Araceli, the education will be the driving force behind the change that the market wants to see. "In my career, I have always tried to excel through qualification. I believe that knowledge is the most effective way to take upgrade in the professional world, as well as being attentive to market movements and networking". SILVANA TORRES The Mark Up Agency founder does not hesitate to state that the female causes have become one of the purposes of her career over the years. After working for 5 years in the engineering segment, which is represented mostly by male professionals, and currently working in a mixed-media environment, Silvana Torres assures that the environments are completely different . "I believe that I got much experience from the male mind set because I lived, studied, worked with them for 10 years. I am practically a PHD of the masculine thought: how they make decisions, to make joke, to make friends, to suffer... and believe me, they are very different from women. I do not think it's right or wrong, I do not think it's better or worse ... it's just immensely different", she says. "Unlike the male world where focus, assertiveness and rationality are sharp, I've found that managing women is another world: women talk about personal life, about feelings, about multitasking, about emotion, about crying... these were all a great deal discovery for me". Silvana Torres has become a symbol of female entrepreneurship and participates in committees and leadership programs for women. "I am very proud to have 2 female members, Katia Braga and Aparecida Duda at Mark Up, 50% of the employees are female and 82% of my leadership is female. We have been elected four times by Great Place to Work, the female empowerment has become an aim my career. I founded the Women Empowerment Committee at Ampro, I participated in the Winning Women Program of EY, and currently I am Counselor of the Human Relations Committee at Ampro". MARLI MARTINI The artist saw in scenography of events an opportunity to expand her creativity to other branches. In the market since 1999, the director of P & G Cenography has an enviable resume of events in her career. "My first event at the P & G team was the F1 Grand Prix of Brazil, where I took care of all the production of scenography project of several areas as track, vip areas, podium and myriad of other that we produced, currently I'm already in my 19th GP and it seems like yesterday ... after that many other events came, such as Disney Casas Bahia, U2, Confederations Cup, Tim Festival, Christmas in Paulista Avenue, Ibirapuera Christmas Tree, Coca Cola Vibezone, 2016 Olympics (Olympic Games in São Paulo ), Bola da Vez (ESPN) and many others". At work, she believes that more expressive features in women help make a difference. "Being a woman makes it easy to manage people, we are more detailed and more demanding, it was just an adaptation matter, now my team already knows that what is not good for us, can not be good for the client, and therefore, we have to achieve excellence, the

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LIDERANÇA

Fernanda Abujamra

TATYANE LUNCAH Para a fundadora do Grupo Projeto, a maior barreira em sua trajetória profissional foi a idade. Tatyane Luncah entrou para o mundo dos eventos corporativos cedo, pois sentia prazer em se sentir útil para as pessoas. "Aos 21 anos abri a Grupo Projeto, uma agência focada em organização de eventos corporativos. O meu maior desafio era em relação a idade, usava somente roupas sociais para parecer mais velha, entretanto, nos primeiros três minutos de conversa já conseguia passar a confiança desejada para ser a agência selecionada para o job". A fundadora do Grupo Projeto acredita que muitos estigmas e cobranças a respeito da capacidade de uma liderança feminina atrasa o desenvolvimento profissional. "Nós mulheres 10 www.revistaebs.com.br | 21a edição

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trazemos muitas crenças limitantes que nos impedem de crescer na mesma velocidade que os homens, muitas ficam divididas entre as multifunções, porém, tudo é possível", afirma. "Devemos ter planejamento de vida assim como fazemos no nosso trabalho e tirar esse peso da responsabilidade das nossas costas. Tudo dá certo, dá para balançar todos os pratinhos com maestria e sermos suficientes em todas as funções. Temos que parar de nos cobrar demais, levar a vida mais leve e com doçura, que nos permite ser ainda mais felizes".

Tatyane Luncah

MARIA AMÉLIA ABDALLA Há mais de 27 anos na área, a gerente de negócios da Francal Feiras, mesmo após esses anos ainda afirma que o mercado testa as habilidades profissionais constantemente. "Considero este segmento muito dinâmico e desafiador o tempo todo". Para a executiva que atuou em projetos da UNESCO fora do país e reformulou o modelo de negócios da Expomusic, o apoio mútuo entre mulheres é uma peça-chave para um mercado mais igualitário. "Acredito que as próprias mulheres nos cargos de destaque, mesmo com poucas representantes, podem ser um elo poderoso entre posições de liderança e novos talentos", diz. "A sororidade, este termo que agora está na moda, nunca foi tão necessária. É preciso ter empatia com novos talentos femininos e nossos pares. Assim podemos vencer os preconceitos diários e até mesmo aqueles que nós mesmas (por influência da cultura machista brasileira) acabamos tendo umas com as outras".

Foto: Kika Monteiro

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de Eventos. Com raízes no teatro, Fernanda Abujamra já atuou e produziu, mas a curiosidade de poder imaginar e criar soluções para atender demandas no mundo corporativo falou mais alto. "Minha entrada no corporativo se deu por acaso, mas o bichinho do poder fazer o que você imaginasse para atender aos objetivos de determinado cliente, e ao mesmo tempo, trabalhar com tantos assuntos diferentes, me pegou", relembra. "Na época fizemos história, pois criamos aqui no Banco de Eventos, uma linguagem que não existia. Trouxe toda a bagagem que tinha de teatro para aplicar nos projetos. E deu muito certo". Segundo a Fernanda, o mercado está em transição e o segmento de eventos especificamente, dá maior abertura para o crescimento de profissionais do sexo feminino. "Acredito que todo mercado tem potencial de desenvolver lideranças femininas, basta estar aberto e disposto a isso. No mercado de eventos acredito que temos um pouco mais de espaço para lideranças femininas, muito por conta das habilidades de atendimento e pela, já comentada, sensibilidade feminina em entender necessidades e criar soluções de forma mais facilitada. Ainda não estamos no patamar ideal, mas estamos caminhando para isso".

Maria Amélia Abdalla

ELAS NA GESTÃO DE PESSOAS Resiliência, empatia, flexibilidade e sensibilidade. Características atribuídas

customer is the star, simple as that". FERNANDA ABUJAMRA Another artist who became an executive is the diretor of arts at Banco de Eventos. Coming from the theater, Fernanda Abujamra has already acted and produced, but the curiosity of being able to imagine and create solutions to meet demands in the corporate world won. "My start in the corporate business was by chance, but the idea of doing whatever you imagined to meet the goals of a particular customer, and at the same time, working with so many different issues, got me", she recalls. According to Fernanda, the market is in transition and the events sector specifically, gives greater openness to the growth of female professionals. "I believe every market has the potential to develop female leaderships, you must to be opened and willing to do so. In the event market, I believe that we have a little more space for female leaders, a lot due to the abilities of caring and the feminine sensitivity in understanding needs and creating solutions easily. We are still not at the ideal level, but we are moving towards that". TATYANE LUNCAH She is the Grupo Projeto founder, she says that the greatest barrier in her career was her age. Tatyane Luncah started her carrer in the corporate events early because she felt pleased to feel useful to people. "My biggest challenge was age, I was always dressed up to seem older, however, in the first three minutes of conversation I was able to get the confidence I wanted to be the agency selected for the job". Tatyane believes that many stigmas and charges regarding the female ability to lead delays their professional development. "We should have a life plan as we do in our work and take that burden from our hearts. Everything works, you can balance all the plates with mastery and be enough in all the functions. We have to stop overcharging ourselves, take life lighter and with sweetness, which allows us to be even happier". MARIA AMÉLIA ABDALLA For more than 27 years in the field, the business manager of Francal Feiras, even after these years still states that the market constantly tests professional skills. "I consider this segment very dynamic and challenging all the time". Maria Amélia has worked on UNESCO projects and reformulated Expomusic's business model, in her opinion mutual support among women is a key to a more egalitarian market. "I believe women themselves in high-profile positions, even with few representatives, can be a powerful link between leadership positions and new talent", she says. "Sorority, a fashionable term nowadays, has never been so necessary. We need empathy with new female talents and our peers. Thus we can overcome the daily prejudices and even those that we ourselves (due to the Brazilian sexist culture) end up having with each other". THEY IN THE PEOPLE MANAGEMENT Resilience, empathy, flexibility and sensitivity. Characteristics attributed to the female behavior are essential in the human resources sector. According to the Brazilian Association of Human Resources (ABRHNacional), women represent 66% of the positions in the department. ALINNE ROSA


ALINNE ROSA Engajada na humanização do mundo corporativo, a diretora de RH da Reed Exhibitions Alcântara Machado descobriu seu amor pelo setor logo no início de carreira. "No primeiro ano de formação, iniciei como estagiária em uma consultoria de RH e descobri minha paixão por esta área! De lá para cá, foram 20 anos e desafios dos mais diversos", relembra. "Acredito que o principal deles está em alinhar propósitos de pessoas e empresas, aprender a construir uma relação ganha-ganha, em que a empresa se beneficia da performance e resultados gerados pelos colaboradores, enquanto as pessoas aprendem, se desenvolvem, crescem, conquistam seus sonhos pessoais". Otimista, a profissional acredita que é uma questão de tempo até as mulheres empatarem esse placar. "Tenho convicção que a cada década estaremos olhando para números mais equilibrados. Precisamos entender que a mulher veio para o mercado de trabalho mais tarde e vem conquistando rapidamente seu espaço. As configurações familiares estão se transformando também e isso, sem dúvida, ajuda na ascensão da mulher no trabalho". Com uma carreira consolidada, Alinne assegura que planejamento de vida fez toda a diferença para obter êxito em sua profissão. "Eu particularmente consegui seguir crescendo porque sempre tive um marido muito parceiro e planejei bem a minha saída para maternidade, num momento profissional em que eu estivesse com a carreira consolidada em uma empresa e com um time pronto para tocar o dia a dia sem precisar de mim por quatro meses".

em programas de desenvolvimento de recursos humanos passando pelos segmentos de educação, trabalho e jovens talentos. Fundadora e CEO do Grupo Capacitare, consultoria especializada em Programas de Estágio e Trainees, ela afirma que teve que trabalhar duro para alcançar seus objetivos. "Eu me lembro bem de quando comecei a atuar no mundo corporativo. Muitas vezes, via meus pares com "dedos" para falar comigo pelo fato de eu ser mulher. Tive que trabalhar dobrado para provar o meu valor. Acredito que isso mudou, e muito, nos dias de hoje; ainda assim, há muito o que fazer para que o ambiente de trabalho seja mais igualitário". Leyla acredita que a mudança na cultura empresarial precisa ser genuína para o mercado alcançar um futuro diferente. "Tudo se inicia de dentro para fora. A cultura da empresa tem que ser a mesma dos colaboradores com o intuito de unificar valores, causas e filosofia. E aí entra o papel do Recursos Humanos de orientar para que todos sejam bem recebidos independente de etnia, gênero, opção sexual ou idade. Com isso, é possível evitar segregação e exclusão dessas mulheres que estão chegando a um cargo de chefia". "É preciso criar ambientes propícios, não adianta a empresa ter no discurso a defesa das mulheres se, na prática, não há nenhuma em cargo de liderança. Temos que incentivar talentos, fazer com que nossas meninas alcancem voos cada vez maiores, nutrir sonhos e não os podar. Não podemos colocar as meninas, que serão as mulheres do futuro, em caixinhas pré-determinadas com discursos de "isso é trabalho para homem ou mulher", conclui. Divulgação

ao comportamento feminino são essenciais no setor de recursos humanos. Segundo a Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-Nacional), as mulheres representam 66% dos cargos no departamento.

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Leyla Nascimento

Alinne Rosa

LEYLA NASCIMENTO Presidente da World Federation of People Management Association, a profissional atua na área há 30 anos

ELAS, FONTE DE INSPIRAÇÃO Com tantos números e fatores desanimadores para as profissionais, exemplos que sirvam de inspiração fazem toda a diferença no engajamento de colaboradoras. Investir em programas de empreendedorismo feminino é uma das formas de incentivar novas estratégias de carreira e construir líderes

Engaged in the humanization of the corporate world, HR Director at Reed Exhibitions Alcântara Machado, she found her love for the industry early in her career. "In the first year of training, I started as a trainee in an HR consultancy and discovered my passion for this area! Since then, it's been 20 years and the most diverse challenges," she remembers. "I believe their main focus is on aligning people and business goals, learning how to build a win-win relationship, where the company benefits from employee-generated performance and results, while people learn, grow, achieve personal dreams". She is optimistic, Alinne believes it's only a matter of time before women tie this score. "I am convinced that every decade we will be looking at more balanced numbers. We need to understand that women came to the job market later and have been rapidly gaining their space. The family settings are also changing and this undoubtedly helps in the rise of women at work". With a well-established career, Alinne ensures that life planning has made all the difference in order to succeed in her profession. "I particularly managed to keep growing because I have always had a very close husband and planned my maternity leave". LEYLA NASCIMENTO She is the President of the World Federation of People Management Association, she has been working in the area for 30 years in human resources development programs through the education, work and young talents segments. Founder and CEO of Grupo Capacitare, a consulting firm specialized in Internship and Trainee Programs, she says she had to work hard to achieve her goals. "I remember when I started working in the corporate world. I often saw myself talking carefully to my peers for being a woman. I had to work hard to prove I was worth. I believe that this has changed, a lot, these days; yet there is much to be done to make the work environment more equitable". Leyla believes that the change in business culture needs to be genuine for the market to achieve a different future. "Everything starts from the inside out. The company culture has to be the same of the employees with the intention of unifying values, causes and philosophy. And there comes the role of the Human Resources to guide everyone to be well received regardless of ethnicity, gender, sexual orientation or age. With this, it is possible to avoid segregation and exclusion of these women who are assuming management positions". "It is necessary to create suitable environments, there is no use for the company to have women a defence speech if, in practice, there is no one in charge of leadership. We have to encourage talents, get our girls to get bigger flights, nurture dreams and not hold them", she concludes. THEY ARE INSPIRING With so many numbers and disheartening factors for professionals, inspiring examples make all the difference in engaging female employees. Investing in women's entrepreneurship programs is one way to encourage new career strategies and build leaders for the future. A woman in a leader position inspires and encourages other professionals to pursue top management and leadership positions. In the events and human resources sectors, successful

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DILMA SOUZA CAMPOS De bailarina à CEO da própria empresa, a boutique de soluções em live marketing Outra Praia, Dilma Souza Campos é também a presidente do Comitê de Relações Humanas da Ampro, originalmente denominado Comitê Women Empowerment. "Iniciei minha carreira como bailarina e desde então acredito que passei por muitos desafios. De bailarina a assistente de diretor artístico, de assistente de diretor artístico para diretor artístico de eventos. Na carreira, meu crescimento foi para diretora de produção e a partir daí fui passando para diretora de planejamento chegando a CEO da minha empresa". Segundo Dilma, programas de empreendedorismo feminino são alavancas para engajar novas profissionais a buscarem cargos mais altos. "Já temos no mercado alguns programas que procuram desenvolver a liderança feminina. Winning Women da E&Y, Women Will do Google, RME – Rede Mulher Empreendedora, são alguns deles. Muitas empresas entenderam que ter igualdade de gêneros nos cargos de liderança aumenta seu lucro. Certamente o mundo capitalista vai se encarregar de realizar essa igualdade num futuro bem próximo". NEIVIA JUSTA Inspirar é a palavra de ordem da palestrante, jornalista, comunicadora e criadora do movimento #ondeestãoasmulheres. Dona de uma carreira brilhante com passagem por impor12 www.revistaebs.com.br | 21a edição

Dilma Souza Campos

tantes empresas como Schincariol, GE e Goodyear, Neivia Justa é também uma militante ativa pela conquista de espaço das mulheres no mundo corporativo. Ganhadora do Troféu Mulher Imprensa (na categoria Assessora de Comunicação Corporativa) e o Prêmio Aberje (profissional do ano), a profissional enxerga ainda uma grande segregação no universo empresarial. "O ambiente corporativo ainda é, até hoje, feito por homens para homens. Ou seja, extremamente hostil às mulheres. Quando eu comecei a trabalhar aqui em São Paulo, há 25 anos, não havia mulheres em posição de liderança nem espaço para discutir qualquer assunto relacionado à igualdade de direitos e oportunidades entre homens e mulheres no trabalho". "Desde que me dei conta desses números, entendi que preciso ser agente de mudança dessa realidade. Desde 2015, tenho estudado e me aprofundado nas questões históricas e socioculturais que nos trouxeram até aqui e faço todas as minhas escolhas pessoais e profissionais baseadas na capacidade que terei de ajudar a transformar nosso mundo num lugar melhor, mais justo, igualitário e inclusivo para a geração das minhas duas filhas adolescentes". Divulgação

para o futuro. Uma mulher ocupando um cargo de liderança inspira e encoraja outras profissionais a almejarem posições de alta gerência e direção. Nos segmentos de eventos e recursos humanos, executivas de sucesso alcançaram cadeiras expressivas em suas empresas e outras aspiram o cargo mais alto nas corporações. Em 2018, o empreendedorismo ganhou destaque, já que o número de mulheres envolvidas com negócios com até três anos e meio de atuação no mercado atingiu a marca de 15,4% enquanto a participação masculina somou 12,6%, segundo um estudo do Global Entrepreneurship Monitor 2016, realizado nacionalmente pelo Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae) e pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBPQ).

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LIDERANÇA

Neivia Justa

Engajar mulheres a ocuparem mais espaço no mercado de trabalho, independente da esfera atuante é um dos propósitos do movimento criado por ela. A hashtag ajudou a dar maior visibilidade ao empreendedorismo na internet. "Criei o movimento #ondeestãoasmulheres, que fomenta o debate nas redes sociais sobre a falta de representatividade feminina em todas as esferas da sociedade brasileira, assim como o #aquiestãoasmulheres, que se propõe a dar visibilidade ao protagonismo feminino, onde quer que ele aconteça".

executives have reached expressive seats in their companies and others aspire to the highest position in corporations. In 2018, entrepreneurship gained prominence, as the number of women involved in businesses with up to three and a half years of market activity reached the mark at 15.4% while the male participation was 12.6%, according to a study by Global Entrepreneurship Monitor 2016, held nationally by the Brazilian Micro and Small Business Support Service (Sebrae) and the Brazilian Institute for Quality and Productivity (IBPQ). DILMA SOUZA CAMPOS From dancer to CEO of the company itself, the boutique of solutions in live marketing Another Beach, Dilma Souza Campos Dilma Souza Campos is also the president of Ampro's Human Relations Committee, originally called the Women Empowerment Committee. "I started my career as a dancer and since then I believe I been through many challenges. From dancer to artistic director assistant and to artistic director of events. In my career, my growth to production director and later development director, and a CEO of my own company". According to Dilma, women entrepreneurship programs are levers to engage new professionals to seek higher positions. "We already have some programs on the market that seek to develop female leadership. Winning Women by E&Y, Google Women Will, RME Entrepreneurial Women Network, are some of them. Many companies have realized that having gender equality in leadership positions increases their bottom line. Certainly, the capitalist world will take charge of it, realizing this equality in the very near future". NEIVIA JUSTA Inspiring is the watchword of the speaker, journalist, communicator and creator of the #Women's Working Movement. Owner of a brilliant career with important companies like Schincariol, GE and Goodyear, Neivia Justa is also an activist for the women's space in the corporate world. She is the winner of the Women Press Trophy (in the category: Corporate Communication Adviser) and the Aberje Award (professional of the year). Dilma still sees a great segregation in the business world. "The corporate environment is still done by men to men., which is extremely hostile to women. When I started working here in São Paulo 25 years ago, there were no women in leadership positions or space to discuss any issue related to equal rights and opportunities between men and women at work". "At the moment I realized these numbers, I understood that I need to be a change agent for this reality. Since 2015, I have been studying and deepening the historical and sociocultural issues that have brought us here and I make all my personal and professional choices based on my ability to help transform our world into a better, fairer, equal and inclusive place for the generation of my two teenage daughters". Engaging women to occupy more space in the market, regardless their niche Market is one of the purposes of the movement created by her. The hashtag has helped present greater visibility to entrepreneurship in the web. "I created the #ondeestãoasmulheres, which promotes debate in social networks about the lack of female representation in all spheres of the Brazilian society, as well as the #aquiestãoasmulheres, which aims to give visibility to the feminine protagonism, wherever it happens".



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MERCADO

Além do lucro: empresas com propósito Uma companhia com valores sólidos retém talentos, engaja funcionários e melhora o relacionamento com o consumidor

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e a maior feira de varejo do mundo, a NRF, realizada em Nova York, discutiram a importância de aperfeiçoar a experiência do consumo através da busca por um lucro consciente. Não é incomum a grande maioria das pessoas confundirem propósito com missão ou valores de uma empresa. Enquanto a missão descreve o negócio e a visão aborda onde a companhia quer chegar, o propósito é o fator que inspira, orienta e impulsiona as engrenagens da corporação diariamente. É o motivo pela tomada de decisões e execuções de tarefas. COMO NASCE UM PROPÓSITO "Penso que o propósito é o sentimento que nos invade, que nos move em direção a alguma coisa ou lugar. Mas é preciso trabalhar para esse sentimento se transformar em algo prático", explica

Celso Athayde, CEO da Central Única das Favelas, a CUFA e idealizador do Favela Holding, grupo empresarial que tem como objetivo central o desenvolvimento de favelas e de seus moradores. "No meu caso, minhas empresas já nasceram com um propósito muito claro: transformar a realidade das favelas, periferias e de seus moradores. Isso porque eu venho desse universo e sempre senti que precisava desenvolver algo que contribuísse para resolução de questões sociais próprias desses territórios. Mas também acredito que nem

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are e pense nas últimas empresas em que trabalhou ou em seu próprio negócio: você sabe por que e para que levanta cedo todos os dias? Para onde vai grande parte do seu tempo e energia? Como e a quem seu trabalho está afetando? Essas são algumas perguntas que vem instigando muitos empreendedores, funcionários e consumidores. Há corporações que existem para fechar vendas, conquistar o mercado, gerar lucro. Outras estão preocupadas em entregar valor. A capacidade de oferecer produtos e serviços atuantes positivamente na vida de todos os envolvidos no processo. Propósito corporativo é um tema aquecido no mercado atualmente. Eventos importantes como o painel do Fórum Econômico Mundial deste ano

Celso Athayde, CEO da CUFA e idealizador do Favela Holding


Mário Francisco Sardinha Giovanni, CEO e diretor financeiro da Ledware

De aumento de produtividade, engajamento de colaboradores e maior empatia com os consumidores, o propósito precisa ser compatível com a cultura da empresa e genuíno, sem segundas intenções e jogadas de marketing por trás. "Hoje eu vejo que o maior desafio das empresas é conectar o propósito vs. a marca e a cultura que os colaboradores criam através de suas ações. Ter um propósito sozinho não é o suficiente. Acontece o mesmo com a missão, visão e valores. Se eles não forem compartilhados por todas as hierarquias da empresa, se converterão em apenas frases jogadas e documentadas decorando a parede. O propósito tem que ser mais do que palavras. Os líderes devem ser consistentes e não podem falar e se comportar de outra maneira", afirma Patrícia Corrêa,

RETENÇÃO DE TALENTOS E MOTIVAÇÃO DO COLABORADOR Definir um propósito para a empresa traz seus benefícios na rotina e qualidade de vida no ambiente de trabalho. Um colaborador executa suas tarefas com maior satisfação quando tem a consciência de que seu esforço está gerando um impacto positivo na sociedade e não apenas para reforçar o lucro de um pequeno e seleto grupo de pessoas. "Vejo claramente um maior engajamento por parte dos gestores e colaboradores. O funcionário trabalha com mais satisfação, porque sabe que não está saindo de casa apenas para gerar lucro para a sua empresa e garantir seu salário no final do mês, e sim para fazer algo que faz sentido e faz diferença para o mundo, contribuindo com uma causa", afirma Athayde. Porém, o aumento de produtividade e engajamento aparecerá apenas com identificação por parte do funcionário com aquele propósito. "Só há engajamento se o motivo por estar fazendo seu trabalho fizer sentido para a pessoa. Em uma equipe, todos devem se sentir familiarizados e identificados com os valores e propósitos do negócio. Cultura e propósito bem definidos e comunicados gera maior possibilidade de coesão entre sua equipe e a empresa", pontua Sardinha. Espalhar o propósito da empresa entre os colaboradores também traz compartilhamento de crenças e opiniões, autenticidade à organização e aumento da confiança entre todos os setores da companhia. A retenção de talentos também é comprovadamente maior em empresas com valores sólidos e propósitos transparentes. "Quando a pessoa nos procura para trabalhar conosco, ela sabe que vai trabalhar por uma causa que se identifica, e acaba se doando mais e tendo mais facilidades para desenvolver suas habilidades do que se tivesse conosco somente pelo para estar empregada. Logo, cria um vínculo mais forte e duradouro", conta Athayde. "Humanizar as organizações, inves-

tindo em gente, gerando mais engajamento e compartilhando propósitos relevantes, é o que verdadeiramente pode tornar uma marca não apenas única, mas amada e é a chave para atrair e reter talentos, afinal, o capital humano é a força que impulsiona a melhoria de resultados sustentáveis", pontua Patrícia Corrêa.

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responsável pela frente de Diversidade e Inclusão da Ingersoll Rand. "Mergulhar na história da empresa, nas razões pelas quais ela foi criada e quais eram os objetivos iniciais das lideranças pode trazer alguns elementos importantes que caracterizam o propósito da companhia", diz Athayde.

Patrícia Corrêa, responsável pela frente de Diversidade e Inclusão da Ingersoll Rand

O CONSUMIDOR E O LUCRO "Fazer o bem, faz bem. Gerar lucro a partir de ações pautadas no bem impacta positivamente não só a marca/empresa como a sociedade e o entorno onde atuamos. O consumidor deseja se atrelar a uma marca que seja consciente e atuante", afirma a CEO da agência The Aubergine Panda, Letícia Galvão Bueno. Uma das características do novo modelo de consumidor é sua baixa fidelidade às marcas. Para fidelizar clientes e gerar novos disseminadores de produtos e serviços, as organizações já entenderam que precisam proporcionar uma experiência que gere um impacto positivo, humano, emocional. E isso exige muito mais do que propaganda.

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toda empresa nasce com esse propósito já tão traçado, pronto. O empreendedor pode perfeitamente encontrar, decifrar ou aprimorar seu propósito em algum momento da vida. Isso porque, na verdade, ainda que o empreendedor não tenha de forma tão clara e objetiva seu propósito, a inquietação está nele e virá à tona mais cedo ou mais tarde". Encontrar um motivo de existir de um negócio além de apenas gerar lucro, é uma tarefa complexa e com muitas camadas. Da mesma forma que nós como indivíduos buscamos nossos propósitos individuais, as empresas precisam buscar em suas raízes e em seus DNAs, as razões pelas quais operam diariamente. "Um negócio nasce com um propósito, sem uma razão para existir não há possibilidade de se ter um produto, negócio, ou ideia de algo do tipo. Após o surgimento desse negócio e atendimento deste propósito inicial, pode-se evoluir e a empresa avançar em suas ideias e cultura, atendendo ou buscando atender outras razões para sua existência", opina Mário Francisco Sardinha Giovanni, CEO e diretor financeiro da Ledware, empresa brasileira desenvolvedora de softwares para diversos segmentos.

Letícia Galvão Bueno, CEO da The Aubergine Panda

É necessário deixar claro das razões pelas quais aquela empresa existe, os valores de seus fundadores e seus objetivos de modo que o cliente veja ali um compromisso que ultrapassa o lucro pelo lucro. "O consumidor logicamente vai querer o melhor produto, mas se ele adquiri-lo sabendo que está contribuindo para uma causa maior, ele ficará mais inclinado a comprar e se sentirá parte dessa contribuição para o bem-estar social", pontua Athayde. Investir em propósitos relevantes e humanização das relações é o que torna uma marca genuinamente única e socialmente engajada aos olhos do seu público-alvo. 21a edição | www.revistaebs.com.br 15


Liderança na Era Exponencial

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RH

CONTEXTO Antes de falarmos sobre o importante papel dos líderes dentro desse ambiente pouco explorado, precisamos introduzir as empresas no contexto exponencial que se expande diariamente em todos os lugares do mundo. É crucial entender o momento em que estamos inseridos afim de saber como e para onde vamos. 16 www.revistaebs.com.br | 21a edição

A palestrante, futurista e presidente da Five Years From Now, Beia Carvalho, define o momento como uma "época de saltos". "Uma imagem fácil para um assunto tão complexo é imaginar um mundo em que as mudanças não mais acontecem de forma vagarosa, degrau por degrau, linearmente. Agora as mudanças são por saltos. Um dia você foi dormir e não existia smartphone", conta. "As mudanças exponenciais nos obrigam a um eterno aprendizado e vigilância. A ideia de que o estudo é uma coisa finita, "terminei a faculdade, o mestrado, o doutorado", hashtag #prontoacabei, ficou no século passado. Nunca mais poderemos prescindir de estudar. O que não significa frequentar a faculdade, mas sim estar aprendendo. Sempre. As mudanças lineares, passo a passo, ficaram no século XX". Novos produtos, empresas com novas soluções que desafiam as estruturas conhecidas pipocam diante de nossos olhos em frações de segundos. Marcas e companhias que conseguem se adequar a esse novo modelo são as que atingirão êxito no futuro. "Hoje exponencial significa produzir 10 vezes mais com o mesmo recurso

Beia Carvalho, presidente da Five Years From Now

ou com a metade dos recursos. Essa Era que é bem marcada pela 4ª Revolução Industrial é diferente de todas as outras e tem formatos nunca antes vistos. Ela se caracteriza pelo que no Futurismo nós chamamos de megatendências", pontua Jaqueline Weigel, futurista, humanista, facilitadora de educação corporativa e CEO da W Futurismo e W Future School. "Muita gente acha que a Era Exponencial é caracterizada apenas pela tecnologia, mas eu acho que isso é uma visão bem limitada. A gente sempre precisa olhar o que está acontecendo Divulgação

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s três Revoluções Industriais pelas quais passamos nos trouxeram ao momento histórico, social e tecnológico presente. O período pós-moderno, marcado pela fugacidade das informações e relações vem chegando a outro nível que alguns especialistas chamam de Era Exponencial. Imersos em um cenário completamente novo, visceral e disruptivo, quem anda está parado e quem está parado, na verdade, anda para trás. A competitividade individual e corporativa suplica aos profissionais que se transformem, inovem e se modernizem no mesmo ritmo das informações que chegam ao nosso conhecimento. É tempo de acelerar as engrenagens da educação empresarial, estourar a bolha do lucro egoísta e conduzir novas ideias globais.

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Gestores sentem na pele a pressão por novas iniciativas organizacionais

Jaqueline Weigel, CEO da W Futurismo e W Future School


LÍDERES EXPONENCIAIS O novo cenário exige uma postura mais aberta e flexível de seus integrantes. Quebra de padrões de atitudes, pensamentos e estratégias são bons inícios para promover a transformação de uma empresa linear. Os líderes exponenciais são os novos personagens desse panorama. Conectados com os problemas do planeta, compassivos com seus colaboradores e engajados socialmente, o executivo de sucesso coloca sua empresa a serviço da comunidade e procura reduzir os impactos da mesma no meio ambiente. Os chamados profissionais de alta gerência de nível C (CEO, CMO, CFO, etc), já estão enfrentando a pressão

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EMPRESAS EXPONENCIAIS Atender às demandas do consumidor 3.0 (informado, engajado, crítico e exigente), oferecer soluções sustentáveis, gerar lucro consciente, adaptar modelos de gestão e reter os melhores talentos, essas são algumas das características das empresas da Nova Era. Dar mais valor ao imaterial é o grande segredo do sucesso dessas companhias. "Uma empresa exponencial explora o poder de distribuição, utiliza recursos digitais onde é possível manter o custo e multiplicar o faturamento, em alguns casos a curva de aumento de custos fica muito abaixo da curva de faturamento, mas existem modelos de negócio na Era Exponencial onde é possível manter o custo estático e faturar alto", afirma Edson Moreira, CEO & Founder da TurboMKT, plataforma de negócios online. "Uma empresa para se tornar exponencial, talvez tenha que repensar o próprio modelo de negócios, pois o crescimento no modelo tradicional, onde os custos sobem proporcionalmente com o faturamento, está fadado ao fracasso". Inovação e ruptura são os termos chave para o processo de transformação acontecer. A mudança necessária para nadar a favor da correnteza em tempos exponenciais precisa ser norteada pela superação de eficiências como estratégia e adaptabilidade. E tudo isso, só será possível se o pontapé inicial partir da gestão.

Edson Moreira, CEO & Founder da TurboMKT

da competitividade e sentindo a necessidade de mudar tanto a cultura das companhias quanto o próprio comportamento. "Para que um profissional se torne exponencial primeiramente é necessário que ele seja flexível e aprenda a se adaptar às novas tecnologias e aos novos modelos de negócios. É importante ter em mente que esses profissionais precisam desenvolver suas habilidades pessoais, aprendam a lidar com situações inesperadas e adversas, além de saberem lidar com a pressão do mercado. Para as empresas não é diferente, as estratégias estão baseadas principalmente na gestão de pessoas. Por essa razão é importante que as lideranças sejam visionárias, otimistas e realistas", aponta Amauri Gennari, diretor comercial do Gimba, empresa de gestão de suprimentos para o setor B2B e B2C. "Atualmente vivemos um momento de incertezas e instabilidades, principalmente no cenário econômico, por isso, um dos maiores desafios é se manter flexível e adaptável às diversas adversidades do mundo corporativo. Com a Era Exponencial esse desafio se amplifica ainda mais, pois tudo acontece muito rápido e de maneira intensa, dessa forma o maior desafio é moldar-se conforme o mercado", explica Gennari. "Não existem medidas certas ou uma lista. Acho que os profissionais das empresas têm caminhos similares com focos diferentes. As empresas precisam olhar pra fora pra entender o que a sociedade quer, o que os novos modelos de negócios estão trazendo e por que estão fazendo tanto sucesso. Qual é a linguagem digital, como funcionam essas novas fórmulas e é muito importante que ninguém siga um culto a uma única fonte ou um único ecossistema", diz Weigel. Ter um propósito, habilidades emocionais e acelerar o crescimento da com-

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no planeta no aspecto social, ambiental, político, econômico e tecnológico para que possamos compreender as mudanças e então sociedades e negócios possam se adaptar", diz Weigel.

Amauri Gennari, diretor comercial do Gimba

panhia através de inovações tecnológicas são as bases da liderança 4.0. Mesmo com tantas informações disponíveis, muitos gestores ainda encontram dificuldades em se desapegar de modelos corporativos obsoletos que permeiam grandes e pequenas empresas. "Os líderes de hoje ainda se encontram, em sua maioria, nas gerações mais velhas, entre 40 anos (geração X) e acima dos 50 e poucos anos (baby boomers e tradicionalistas). Eles nasceram, cresceram e entraram no mercado de trabalho no século passado. Alguns deles, fizeram fortunas e/ou sucesso num mundo de mudanças lineares. É muito difícil que alguém nesta posição esteja disposto a aprender as novas habilidades do século XXI e muito menos ter que aprender com os "pirralhos" da geração Y", afirma Beia Carvalho. "Dar ouvidos aos jovens que eles consideram, por preconceito, "perdidos" e "sem foco". Portanto, a primeira coisa a fazer é se esforçar para entender que mudamos de era". EDUCAÇÃO CORPORATIVA Promover a mudança internamente nas empresas é fundamental para obter êxito nas propostas. Partindo desse princípio, o papel da educação corporativa assume protagonismo e precisa ser adotado por todos os envolvidos. "A educação corporativa faz toda diferença na Era Exponencial, isso porque através dela é possível desenvolver práticas, metodologias e técnicas que promovam resultados duradouros na transformação das pessoas. Além disso, quando temos profissionais capacitados com habilidades corporativas, é possível estabelecer não somente uma empresa exponencial, mas pessoas exponenciais", conta Gennari. EVENTOS O mercado de eventos, como todos os outros, também sofrerá seus impactos específicos. Os profissionais da área, já acostumados ao ritmo bastante acelerado de trabalho, terão que se preparar para demandas ainda mais exigentes. Será preciso se reinventar a cada novo projeto, com prazos de entrega mais e mais apertados. "As empresas da Era Exponencial irão exigir a preparação de um evento em apenas alguns dias, em outros casos, em apenas algumas horas. Uma empresa de eventos na Era Exponencial terá que se adaptar ainda mais a essa realidade", conclui Edson. 21a edição | www.revistaebs.com.br 17


DESENVOLVIMENTO

Saude e qualidade de vida

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os últimos anos, pudemos perceber uma mudança histórica e radical de paradigmas no mundo empresarial. Com a chegada de uma geração mais engajada, informada e exigente ao mercado de trabalho, as corporações se viram obrigadas a transformar suas culturas organizacionais visando o bem-estar do colaborador em todos os âmbitos. O reflexo dessas transições foi sentido numericamente: um profissional valorizado e feliz se mostrou muito mais produtivo. Unindo o útil ao agradável, as empresas passaram a investir cada vez mais em ações de saúde e qualidade de vida, ambientes de descompressão e outros tipos de estímulos no dia a dia corporativo. O chamado QVT (Qualidade de Vida no Trabalho) se tornou uma obrigatoriedade para satisfação da equipe e retenção de talentos. O que antes dependia apenas do setor de recursos humanos passou a ser responsabilidade de todos os envolvidos, mas principalmente de uma liderança empática e inspiradora.

Foto: Destina / Adobe Stock

corporativa

Ambientes de descompressão e ações de saúde melhoram efetivamente a produtividade do colaborador

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Almir Neves, CEO da Click Conhecimento

O PAPEL DO LÍDER Assumindo um protagonismo ainda maior dentro das corporações, os gestores passaram a ser responsáveis também por seus colaboradores. Dividindo a função com os recursos

Karina Callegari, gerente de RH da Steck Indústria Elétrica

DESCOMPRIMINDO A ROTINA Horários flexíveis, casual day, programas de capacitação, alimentação saudável, salas de jogos e massagem. Essas são algumas das ações mais comuns encontradas atualmente nas empresas. Oferecer um ambiente leve que equilibre a qualidade de vida física e mental dos colaboradores é uma das estratégias de engajamento. "No Grupo Comunique-se, nós possuímos o Programa Evolua, uma iniciativa que promove a qualidade de vida dos nossos colaboradores os apoiando na busca do equilíbrio dos sete pilares que abrangem o ser humano: saúde social, intelectual, financeira, física, profissional, emocional e espiritual.

Como parte do Programa, estabelecemos convênios com tipos variados de serviços, como academias, restaurantes, instituições educacionais e outras que são disponibilizadas aos colaboradores com condições muito especiais. Essa rede de serviços inclui, por exemplo, duas clínicas parceiras atuando com terapias diversas e profissionais de psicologia", conta Mônica Paiva, diretora de Gente e Gestão, do Grupo Comunique-se.

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humanos, a liderança agora precisa trabalhar em conjunto com o setor para inovar e oferecer um ambiente harmonioso e estruturado. "Antes o RH era visto como o principal responsável por atuar na cultura empresarial, engajamento de pessoas, etc. Hoje os gestores são claramente vistos como os principais responsáveis. Não adianta a empresa ter um programa super bacana institucional ou fazer ações mensais, semanais se no dia a dia o colaborado não tem um ambiente saudável e que impulsione os resultados, exatamente por esse motivo a liderança é essencial para que os valores e a cultura das organizações se estendam para o dia a dia", pontua Karina Callegari, gerente de RH da Steck Indústria Elétrica. "O colaborador é extremamente importante, principalmente quando falamos de segurança, seguir os processos e respeitar os próprios limites (quando falamos em stress, por exemplo) são fundamentais para a qualidade na vida corporativa". Sendo os maiores interessados no êxito das empresas, os líderes estreitaram as relações com os colaboradores. Impondo menos pressão por resultados, os gestores perceberam que ritmos inadequados, metas inviáveis e desgaste psicológico são nocivos à saúde tanto do profissional quanto do financeiro da companhia.

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QUEBRANDO PADRÕES "Os relacionamentos humanos sofreram muitas alterações nos últimos anos em grande parte pela presença da tecnologia em todos os aspectos da vida cotidiana. A conexão constante, o acesso à informação em tempo real e o uso da tecnologia para estabelecer novas formas de relacionamento afetivo ou comercial mudaram sensivelmente o meio no qual uma empresa está inserida", explica Mylena Maurutto, diretora da Lendico, fintech de empréstimo pessoal. "Em paralelo, uma nova geração chegou ao mercado de trabalho altamente conectada, criativa, diversa, inovadora e que dá bastante valor ao propósito de sua atuação profissional. Era natural que em algum momento tudo isso redefinisse o relacionamento entre empresas e funcionários e gerasse uma revolução cultural nas empresas". Uma nova era corporativa está se instalando a cada dia mais rapidamente. Quebrar padrões organizacionais e se desapegar de velhos modelos de negócios e relações entre gestores e colaboradores faz parte de uma evolução empresarial natural. A preocupação com a saúde e bem-estar dos funcionários são apenas alguns aspectos da mudança para um cenário que se aproxima. "Por mais que o estudo da produtividade e da motivação dentro das empresas já seja secular o recente foco na Cultura Organizacional tomou força e acabou se expandindo mundo a fora principalmente pelo impulso que as grandes empresas de tecnologia começaram a dar para em suas empresas. Foi entendido que uma grande Cultura é realmente uma fonte de diferença tanto na atração como na retenção de talentos cada vez menos focados em apenas aspectos financeiros de trabalho", afirma Almir Neves, CEO da Click Conhecimento e especialista em criatividade e inovação disruptiva.

Mônica Paiva, diretora de Gente e Gestão, do Grupo Comunique-se

É importante frisar que não existe receita certa. A descompressão precisa se adequar a cultura e rotina de cada empresa sem prejudicar o rendimento e os resultados. "É fundamental entender quais são os tipos de funcionários que a empresa tem e como adaptar-se a eles. Entregar soluções personalizadas, mostrar que eles são a parte mais importante e que a empresa está ao seu lado, em todos os momentos. Temos um clube de pontos onde o funcionário pode trocar bônus acumulado, tanto por gift cards e descontos em lojas, quanto por banco de horas, dias de folga e até bônus na remuneração", explica Vinicius Jorge da Affinibox, startup que desenvolve sistemas de clubes de vantagens. "O próprio ambiente de trabalho pode ter um clima de descompressão e por isso as relações interpessoais, os vínculos entre colegas de trabalho são tão importantes. Passamos muito tempo do dia na empresa, e esse ambiente deve ser leve. No escritório de São Paulo da Steck criamos o Disruption Spot (local com jogo de dardos, basquete e boneco de boxe), não é apenas um lugar de descompressão, mas também voltado para a criatividade. Os Treinamentos também são um momento de sair do curso normal. Semanas de Diversidade e Inclusão, Conhecimento, Saúde, Segurança ajudam a ter descompressão, mas ainda insisto que o trabalho com a liderança pela busca ao ambiente harmônico é o mais efetivo", pontua Karina Callegari. AÇÃO E REAÇÃO Quando falamos de pessoas e não de máquinas, toda a ação gera uma 21a edição | www.revistaebs.com.br 19


DESENVOLVIMENTO

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Vinicius Jorge, Affinibox

Quando a relação ganha-ganha acontece, os números aparecem. Pequenas correções no dia a dia sem investimentos significativos podem gerar saltos inimagináveis nos resultados e de quebra aumentar a satisfação do funcionário em relação a empresa. Os benefícios não se limitam ao interno. Consumidores cada vez mais exigentes tendem a dar preferência a marcas de produtos e serviços que valorizam os funcionários e possuem políticas internas humanistas e empáticas. "Por trás de uma tomada de decisão, venda ou realização de um projeto tem um ser humano, que se não se sente incluído, se está com burnout ou não se sente reconhecido pelo trabalho realizado pode apresentar performance reduzida ou até deixa a companhia. E 20 www.revistaebs.com.br | 21a edição

Mylena Maurutto, diretora da Lendico

SAÚDE FÍSICA E MENTAL Quando falamos em qualidade de vida corporativa devemos pensar além da rotina estressante e suas consequências em números e produtividade. As condições físicas e mentais tanto de colaboradores quanto gestores são diretamente afetadas pelo ambiente de trabalho. O aumento de absenteísmo e sinistralidade nas grandes empresas ligaram um sinal de alerta para a saúde e níveis de estresse dos trabalhadores. "As empresas passaram a se atentar mais à qualidade de vida do colaborador por dois principais fatores. O indivíduo hoje passa cada vez mais horas em seu ambiente de trabalho e, em contrapartida, o benefício de saúde é o segundo maior custo nas empresas. As companhias passaram a entender que o bem-estar do funcionário está diretamente ligado a taxas de absenteísmo (falta ao trabalho) e presenteísmo (quando o colaborador está, mas preocupado ou incomodado por questões de saúde, e não produz como poderia)", conta Tatiana Giatti, diretora executiva da Saúde Concierge, empresa de gestão de saúde que atua em conjunto com corporações, operadoras e corretores. "O objetivo é trabalhar diretamente

nos indicadores de sinistralidade e de qualidade de vida e bem-estar, a fim de melhorar a condição clínica do colaborador não só no ambiente de trabalho, mas como um todo".

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todo investimento feito naquela pessoa, como treinamento, tempo etc., são perdidos", explica Karina. "Nas pesquisas de clima, estamos constatando que as nossas iniciativas têm resultado em mais prazer para trabalhar e maior envolvimento dos colaboradores com as atividades, e, principalmente, com a missão, a visão e os valores da empresa. Estamos conquistando melhores resultados, produtividade, desempenho e, claro, satisfação", afirma a diretora do Grupo Comunique-se. "Essas ações diminuem o turnover da empresa, incentivam um ambiente criativo e fazem os funcionários serem mais produtivos. Isso traz, por consequência, melhores resultados nos nossos indicadores da empresa", complementa Mylena Maurutto.

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reação. É claro que a qualidade de vida no ambiente de trabalho não é apenas uma responsabilidade da empresa, mas dos funcionários que movimentam o dia a dia daquele local. Todos têm a oportunidade de transformar situações. Um ambiente agradável e favorável, em clima de cooperação mútua e valorização das capacidades individuais e coletivas resultam em melhores desempenhos das atividades. De nada adianta um funcionário exigir um cenário amigável se este é o primeiro a não colaborar para isto. "Os colaboradores, por sua vez, devem ter paixão pelo que fazem. O prazer pelo trabalho contribui bastante para uma atmosfera positiva e, claro, para a Qualidade de Vida no Trabalho. Devem ter visão sistêmica, saberem trabalhar em equipe, terem foco, flexibilidade, proatividade e uma comunicação eficiente. Devem nutrir boas relações interpessoais com os colegas e superiores, dando suas parcelas pessoais de contribuição para fomentar um ambiente melhor e mais favorável à execução das ações e solução dos desafios", pontua Mônica. "É importante ter maturidade para lidar com a liberdade e pensar sempre em entregar resultados significantes", afirma Vinicius Jorge.

Tatiana Giatti, diretora executiva da Saúde Concierge

Além disso, a queda nas condições de saúde dos colaboradores acarretou um aumento de custos no orçamento das grandes companhias que passaram a investir mais na qualidade de vida para gastar menos com planos hospitalares. "Ficou mais latente a partir da pressão que as empresas começaram a receber por conta do aumento dos custos relacionados à saúde. Esses custos são impactados pelo índice de sinistralidade, que é o uso do benefício de saúde, e o aumento de preços de serviços, materiais e medicamentos, chamada de inflação médica. Os custos com casos de internação, por exemplo, subiram 80% de 2011 a 2017, quase o dobro da inflação do período, de acordo com a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde)", informa Tatiana. E não é apenas a melhora na saúde física que as ações refletem. Níveis elevados de estresse afetam as condições psicológicas dos trabalhadores que, muitas vezes, necessitam de acompanhamento profissional. "O conceito de trazer atendimento médico para dentro da empresa ainda é polêmico, muitos acreditam que o consultório ainda é mais efetivo e pode gerar alguma desconfiança por parte do colaborador. Em paralelo a isso, fazemos algumas ações pontais como trabalho com coaching para alguns cargos específicos. Além disso trabalhamos com comunicação visual e workshops chamando a atenção para temas de saúde mental", diz Karina Callegari. "Acho que vale medir o nível de estresse em cada empresa, mas o essencial é dar um respiro na rotina constantemente, realizar meetups de assuntos atuais/interesse dos colaboradores, atividades físicas, dia de levar o pet ou os filhos. Trazer um pouco de respiro para a rotina, fazer com que a cabeça funcione de forma mais ampla, em contato com novas ideias, oportunidades", conclui Vinicius.



O impacto da Lei de Proteção de Dados Pessoais

DADOS PESSOAIS Uma das grandes dúvidas que permeiam a nova lei é: o que são, de fato, os dados pessoais? Os advogados Danilo Roque e Maria Fernanda Girard, do escritório FAS Advogados, resumiram da seguinte forma: "Primeiramente precisamos entender o que é dado pessoal, ou seja, qualquer informação que identifique ou possibilite identificar uma pessoa física. O interesse e a valorização dos dados não acontecem somente nos dias de hoje. Sempre houve, em dife22 www.revistaebs.com.br | 21a edição

rentes ambientes a coleta de informações específicas com intuito de definir um perfil de consumo ou hábito de compra das pessoas, em geral. Tome como exemplo, o cadastro feito em lojas físicas que enviavam cupons de oferta via Correios". "Uma série de informações que antes estavam guardadas nas gavetas, passaram a ser facilmente monitoradas e acessadas, oferecendo a empresas e ao mercado em geral a possibilidade de exploração, de forma inteligente, das informações capazes de fomentar suas marcas, produtos e serviços de maneira otimizada, promovendo, assim, maior eficiência para os fornecedores e mais satisfação aos consumidores", explicam.

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E

m discussão desde 2012, a Lei de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) foi enfim sancionada pelo presidente Michel Temer, em agosto de 2018. A norma traz regras que regulamentam a coleta e o tratamento de informações pessoais por empresas e órgãos públicos visando proteger a privacidade dos cidadãos. A LGPD entrará em vigor apenas em fevereiro de 2020 e até lá, todos terão que se adaptar. Empresários terão que solicitar o mais rápido possível a análise de um profissional em Direito Digital, de rotinas de sistemas e documentos necessários para que a companhia esteja em conformidade com a legislação e não seja penalizada futuramente.

Dr. Danilo Roque, advogado no FAS Advogados

O mundo digital sofrerá ainda mais com as consequências, uma vez que os usuários têm, registros de atividades e dados coletados por plataformas como Facebook e Google, mas também

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Empresas que infringirem a norma poderão ser multadas em até R$ 50 milhões

Foto: Jean Gerber / Unsplash

BIG DATA

Dra. Maria Fernanda Girard, advogada no FAS Advogados

por uma série de outras empresas dos mais variados segmentos sem consentimento. Fora da internet, pedidos de CPF para compras em farmácias, ou ainda para cadastro na hora de entrar em um edifício comercial ou residencial também estão inclusos. Logo, não se trata apenas do nome, mas de uma gama de informações como endereço e até mesmo emprego podem ser considerados como tal quando combinados a cruzamentos de dados arquivados em outros registros. Existe uma subcategoria nomeada "dados sensíveis", informações que podem gerar formas de discriminação como etnia, convicções religiosas, posicionamentos políticos, orientação sexual e condições de saúde. Esses registros têm maior nível de proteção e não poderão ser considerados relevantes para direcionamentos publicitários, por exemplo, sem o usuário consentir anteriormente. As informações médicas


Dr. Plínio Ken Higasi da HVA Advogados

PENALIDADES De modo geral, a ideia é proteger o cidadão do uso abusivo e indiscriminado de seus próprios dados. As empresas passarão a ter uma série de obrigações como a garantia de segurança desses registros e a notificação do usuário caso haja vazamento, como ocorreu recentemente com o Facebook. Outro exemplo é o da Netshoes, titulares e autoridades só foram informados das falhas meses após o ocorrido. Empresas que infringirem as normas poderão receber desde advertências até multas equivalentes a 2% do seu faturamento. "A LGPD impõe algumas penalidades graves. A maior é a multa, que pode chegar até 2% (dois por cento) do faturamento da pessoa jurídica de

Independente da origem da companhia ou organização, as normas valem para todos, sem exceção. A lei regulamenta operações de dados realizados no Brasil ou no exterior, desde que a coleta tenha sido realizada em território brasileiro. USO INDEVIDO DE DADOS Este ano, ficou claro a importância dessas informações e seus impactos na sociedade. Um dos casos que gerou maior repercussão foi a exposição de dados por parte da empresa americana Cambridge Analytica nas últimas eleições dos EUA. O fato acelerou o processo de sanção da lei no Brasil e impulsionou políticas de diversos países a tornarem suas normas de proteção de dados mais rígidas. Outro exemplo de regulamentação que inspirou a LGPD foi a GDPR, implementada pela União Europeia e que entrou em vigor em maio de 2018. "O tratamento inadequado de dados pessoais representa um grande risco a privacidade e a intimidade de seus titulares, que poderão ter suas informações utilizadas de forma indesejada, como, por exemplo, para finalidades voltadas a atividades publicitárias. Pode acarretar em problemas seríssimos de segurança, por exemplo: a depender de quais são os dados coletados, será possível identificar atividades de cunho estritamente sigiloso, como a inserção de senhas em

Dra. Paula Ajzen, advogada e sócia do BVA Advogados

IMPACTOS Dentro de uma sociedade onde o desenvolvimento está intimamente ligado ao compartilhamento de dados, o impacto é grande, principalmente nos setores de tecnologia, informação e publicidade. "O impacto será direto, mas existem formas das empresas se adequarem sem inviabilizar suas operações", explica Yuri Sahione, especialista penal em Compliance corporativo.

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Dr. Raphael Valentim, advogado na Zilveti Advogados

computadores e/ou em outros dispositivos, bem como a criação de padrões de comportamento e conhecimento detalhado de atividades rotineiras da vítima", completa a advogada Paula Ajzen, sócia do BVA Advogados.

Dr. Yuri Sahione, especialista penal em Compliance corporativo

"As empresas de todos os setores sofrerão uma redução em suas bases de dados, por outro lado, contarão com informações mais detalhadas, completas e terão maior segurança jurídica em saber o que podem – e o que não podem fazer com estes dados" comenta Bruno Maion, executivo da BluePex, empresa nacional de segurança da informação com foco em pequenas e médias empresas.

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CONSENTIMENTO E FISCALIZAÇÃO Empresas deverão informar a finalidade das coletas de dados. Um site ou app, por exemplo, não poderão solicitar informações que não justifiquem o serviço prestado, apenas em situações específicas. Caso contrário, a coleta poderá ser questionada. Os usuários terão que permitir o acesso aos seus dados e ficarem atentos se a razão da solicitação condiz com a atividade. Mesmo com a lei sancionada, ainda não foi definido como os órgãos públicos farão a fiscalização e controle das normas exigidas. "A sanção presidencial recebeu o veto especificamente quanto aos artigos que previam a criação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados, portanto, a princípio não haverá fiscalização. Entretanto, isso não significa que não haverá punição aos casos de infração, já que, conforme citado na questão acima, as multas poderão ser normalmente aplicadas, e os órgãos de proteção dos direitos do consumidor, e a justiça cível permanecem como refúgio para aqueles que se sentirem lesados pleitearem a reparação", informa o Dr. Plínio Ken Higasi da HVA Advogados, escritório especializado em Direito Digital.

direito privado, limitado ao montante de R$ 50 milhões por infração. A lei ainda prevê sanções como a publicização da infração e o bloqueio dos dados. A lei também prevê que haverá uma gradação das penalidades, de acordo com a conduta do infrator. A maior preocupação é o que se faz com estes dados", pontua o advogado Raphael Valentim da Zilveti Advogados.

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terão acesso ainda mais restritos, e não poderão ser divulgadas.

Dr. Bruno Maion, executivo da BluePex

Companhias do mercado de eventos, por exemplo, sofrerão grande impacto com a sanção. Um dos principais pontos de partida de qualquer ação do setor é a coleta de dados do mailing e credenciamento de convidados e empresas participantes. Os sistemas utilizados deverão ser adaptados para haver penalidades aos organizadores do evento, o que pode dificultar na prospecção de novos clientes no segmento. Outra questão a ser considerada por organizadores é qual finalidade do uso dos dados coletados, e se os sistemas de proteção são seguros o suficiente para não haver o vazamento de informações. 21a edição | www.revistaebs.com.br 23


BIG DATA

Dra. Luiza Sato, advogada e sócia do escritório ASBZ Advogados

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A lei brasileira foi inspirada na Regulamentação Geral de Proteção de Dados (GDPR) da União Europeia, que passou a vigorar recentemente. Entretanto, a lei europeia não considera aspectos como os que envolvem informações de crianças e os dados sensíveis. "A gente vem de uma terra sem lei, que agora será super regulada. Nosso projeto de lei foi bastante embasado na GDPR, mas é até melhor", afirma a advogada Luiza Sato, especialista em direito digital, sócia do escritório ASBZ. Há algumas formas de adaptar a coleta de dados afim de evitar quaisquer transtornos tanto para os contatos

quanto para a empresa, que deve ter o seu consentimento. Realizar alguns ajustes às práticas como melhorar a infraestrutura de TI auditando e melhorando o tratamento dos dados pessoais, sempre manter um canal aberto de contato com os seus contatos, permitindo que eles sejam

respondidos rapidamente quando solicitam a exclusão de dados, portabilidades ou mesmo correções, notificar os seus contatos caso haja algum incidente de segurança, essas são algumas orientações de Luiza Sato. Uma pergunta frequente dos participantes de eventos é a respeito dos cartões de visita, eles questionam sobre a possibilidade de utilizar aqueles dados. "Você pode utilizar as informações contidas no cartão somente para fins de contato", diz Luiza e conclui que é proibido compartilhar esses mesmos contatos, caso a autorização não tenha sido expressamente concedida.

Lei de Proteção de Dados e os impactos no mercado MICE Passar a fazer...

Auditar e melhorar a estrutura de TI relacionada ao tratamento de dados pessoais

Auditar base de dados (próprias ou adquiridas de terceiros)

Conseguir responder rapidamente a pedido dos titulares (acesso, correção, eliminação e portabilidade de dados)

Notificar incidentes de segurança

Deixar de fazer...

Checkboxes pré-clicados em websites

Compartilhar dados de participantes indiscriminadamente

Envio desregrado de e-mails

Publicação de listas de inscritos em website

Perguntas frequentes 1

A LGPD retroage a dados coletados antes da sua vigência? Sim. Solução: conduzir um mapeamento de dados e verificar cumprimento da lei. Pedir consentimento caso não tenha existido.

2

Posso enviar newsletters a um participante de um seminário que não forneceu consentimento específico para isso? Questionável a obrigatoriedade do consentimento se newsletter for relacionada ao evento. Deve sempre haver o “Opt-out”.

3

Double Opt-in é obrigatório? Não, mas é uma boa prática.

4

Alguém me deu seu próprio cartão de visitas. Posso usar aqueles dados pessoais? Para fins de contato, sim. Para outras finalidades, exceto se expressamente permitido, não.

Fonte: Luiza Sato - ASBZ Advogados

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Foto: rawpixel.com / Pexels

CAPACITAÇÃO

Alta performance: Como aumentar a produtividade nas empresas Pequenas atitudes e técnicas podem maximizar a entrega dos colaboradores

O

sonho de todo líder é gerir uma equipe motivada e dela extrair o crème de la crème das capacidades de cada profissional. Independente do setor, o objetivo de qualquer empresa é entregar resultados fornecidos por colaboradores engajados e satisfeitos. Mas, o que é ser produtivo? É executar tarefas bem-feitas de forma ágil, tornar os processos eficientes, sugerir soluções, inovar e satisfazer as necessidades do cliente de acordo com o produto ou serviço oferecido. Em um cenário cada vez mais voraz e competitivo, atingir a alta performance dos funcionários é o grande diferencial. Preparar e motivar os profissionais para assumirem os desafios do dia a dia é o principal ponto de partida para 26 www.revistaebs.com.br | 21a edição

conseguir os resultados almejados pela liderança. Na rotina desgastante do universo corporativo, muitos colaboradores perdem o brilho e a força de vontade de dar o seu melhor na execução de tarefas. Profissionais de recursos humanos e líderes de empresas inspiradoras apontam algumas atitudes que fazem a diferença tanto no ambiente empresarial quanto nos resultados finais. ORGANIZANDO A CASA Sem organização, nada funciona. Diariamente, o colaborador deve fazer uma espécie de mise en place das tarefas que precisam ser feitas e quais as expectativas dos resultados. Colocar em ordem de prioridade é outro ponto que pode parecer pequeno, mas faz toda a diferença. "Primeiramente, a organização no trabalho é fundamental. O trabalhador pode nos primeiros 10 minutos do expediente listar quais tarefas realizará na parte da manhã e quais realizará à tarde. É importante

também ao final do período de trabalho verificar se as tarefas foram realizadas e, caso contrário, dar encaminhamento para o dia seguinte", explica Marcelo Dias, especialista em produtividade e coordenador do programa de alavancagem profissional da ESEG - Escola Superior de Engenharia e Gestão. METAS: VILÃS OU HEROÍNAS? Assunto que gera polêmica em muitas empresas, as metas estabelecidas nem sempre ajudam no desenvolvimento produtivo de uma equipe ou colaborador. Importantes para definir um direcionamento de processos e focar em objetivos, muitas vezes o exigido beira o inviável, frustrando tanto a gestão quanto os funcionários. "Tem pessoas que se motivam com metas, outras se apavoram e travam. Então você precisa entender o que motiva o seu colaborador. É dinheiro? É atenção? É reconhecimento? Cada perfil de pessoa reage melhor a um tipo de recompensa", explica Fagner Borges,


publicitário e criador do Movimento Freesider. "Por isso, mais importante que ter metas é conhecer os seus colaboradores e o que os motiva. Metas podem ser um grande acelerador de resultado, principalmente quando você tem pessoas com perfil empreendedor na equipe. Mas cuidado com metas inalcançáveis, elas frequentemente fazem o papel inverso e acabam atrapalhando. Eu gosto de trabalhar com três metas: uma meta mínima, mais fácil de ser alcançada; uma meta boa, que é a minha meta real e uma meta uau, que é aquela meta que se bater vamos estourar champanhe". INTRAEMPREENDEDORISMO A modalidade do empreendedorismo que permite aos funcionários terem participação efetiva nas empresas, sobretudo na criação de novas ideias e soluções é um dos maiores estimulantes para alta performance. Poder encontrar um propósito nas atividades realizadas diariamente é fundamental para engajar muitos perfis de colaboradores. "O grande ganho de incentivar o intraempreendedorismo dentro das empresas é a inovação, você vai ter pessoas pensando diferente e criando algo novo a todo momento. Essa construção do novo, dentro do que já existe cria um motor muito positivo em direção a inovação e a um pensamento criativo. Com isso, você cria também uma sensação de pertencimento, as pessoas se sentem mais autônomas, responsáveis e parte do processo como um todo", diz Mônica Hauck, CEO Solides, HR Tech especializada em gestão comportamental e people analytics. Empoderar o funcionário é um fenômeno recente no mundo corporativo, porém para gerar um resultado efetivo sua implementação deve ser genuína. "Quando a organização estimula o intraempreendedorismo está utilizando no seu máximo potencial o seu maior diferencial, que são as pessoas que estão na empresa", explica o Dr. Roberto Debski, psicólogo e coach. "É necessário que não seja um modismo ou cópia de outras organizações, mas sim faça parte da cultura organizacional dessa empresa, que valoriza a liderança que existe em cada um, dentro de uma hierarquia, em trabalho responsável e alinhado, valorizando uns aos outros, com todos se beneficiando dos ganhos individuais e coletivos". "Ao incentivar o intraempreendedorismo você alimenta esse desejo,

estimula o empreendedor que existe dentro da sua equipe e colhe dentro da sua empresa os benefícios desse perfil de trabalhador. É o melhor dos dois mundos", completa Fagner Borges.

SATISFAÇÃO: O MAIOR ENGAJADOR Uma empresa pode aplicar todas as técnicas e saber todas as teorias para aumentar a produtividade de seus funcionários, entretanto se eles não estiverem felizes e satisfeitos com a gestão dificilmente as outras ações vão gerar resultados assertivos. Muitos estudos já comprovaram que um profissional feliz chega a ser 31% mais produtivo, segundo a Universidade da Califórnia. Um trabalhador motivado atende melhor os clientes e tem mais chances de ser persuasivo. Se engana quem acredita que engajar um funcionário se limita apenas a oferecer uma sala de jogos no escritório, celebrar datas comemorativas ou ter flexibilidade de horários. Respeitar a individualidade de cada um e entender o que realmente é importante para aquele colaborador gera um sentimento de valorização muito mais eficaz. "Eu não acredito que a empresa seja capaz de controlar a motivação cem por cento, mas é possível dar estímulos para que as pessoas se auto motivem. Temos que pensar em como a motivação é algo intrínseco, que está dentro de cada colaborador, o certo seria procurar pessoas engajadas com o propósito da empresa", afirma Mônica.

INDIVIDUAL X COLETIVO Cada colaborador possui seu ritmo de trabalho e catalisadores de produção próprios. O que motiva o rapaz do marketing pode não fazer a menor diferença para a colaboradora do departamento financeiro. Conhecer individualmente cada funcionário é essencial para jogar adubo e fazer crescer seus rendimentos. Um bom líder leva em consideração a vida pessoal de seus profissionais. É preciso estabelecer uma relação próxima e saber que, muitas vezes, ocorrências externas podem afetar o desempenho do funcionário dentro da empresa. O gestor precisa ser empático e gerar um ambiente motivador para manter o colaborador confortável e amparado para resolver suas questões pessoais. No coletivo, investir em comunicação interna permite a criação de um ambiente de confiança entre os integrantes das equipes e merece uma atenção especial da gestão. Compartilhar informações sobre a situação da empresa, metas a serem atingidas e produzir conteúdos para canais internos são boas iniciativas. Um ambiente de trabalho harmonioso e alegre também pode fazer milagres para satisfação e produtividade dos colaboradores. Distinguir atividades e descanso é outra saída para melhorar a agilidade e disposição dos funcionários.

OS PROBLEMAS Um estudo realizado pela MindMiners, empresa de pesquisa de mercado digital, apresenta os principais inimigos da produtividade corporativa. O gráfico abaixo aponta os fatores que impedem os brasileiros de atingirem o máximo de sua capacidade.

Principais inimigos da produtividade

52%

Adiar o cumprimento das tarefas

25%

Tentar fazer muitas coisas ao mesmo tempo Não ter concentração

11%

Falta de organização das tarefas do dia

10% 2%

Outro 0%

20%

40%

60%

80%

100%

Fonte: MindMiners

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Segurança em Eventos

Organizadores passam a investir mais com a ajuda de novas tecnologias

P

lanejamento e variáveis. Essas são as duas palavras que um profissional de eventos precisa ter em mente quando o assunto é segurança. Com o mercado aquecido e competitivo, buscar excelência na organização é imprescindível. Independente da natureza do evento, falhas na segurança e bem-estar tanto do público quanto do staff pode ser a sentença de morte para a produção. Desde o pré até o pós evento, riscos e imprevistos precisam ser levados em consideração com todas as suas possibilidades e variáveis. Para obter sucesso nas iniciativas, evitar ocorrências e 28 www.revistaebs.com.br | 21a edição

possíveis pagamentos de indenizações, é sempre melhor prevenir. Entender que investir na equipe de segurança não é supérfluo é essencial para fechar um orçamento. Contratar empresas experientes e especializadas no mercado também é algo de extrema relevância para a organização. Em 2016, a Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT com apoio da ABEOC (Associação Brasileira de Empresas de Eventos), regulamentaram normas que classificam e implementam pré-requisitos para um evento acontecer, tendo em vista a importância da normalização para o setor.

Foto: alice_photo / Adobe Stock

SEGMENTO MICE


Rodrigo Gonçalves, Analista Consultor Responsabilidade Civil da Liberty Seguros

"A cada dia mais Organizadores Profissionais de Eventos e clientes primários e secundários conscientizam-se da necessidade crucial do investimento na segurança para que os eventos transcorram de forma plena, muito mais produtivos, eficientes e catalisadores de bem-estar. Sem dúvida alguma a precariedade, o amadorismo e a insensibilidade dos gestores de eventos, são hoje, de norte a sul do país, protagonistas de todos os tipos de eventos", pontua Andrea Nakane, especialista em eventos na Mestres da Hospitalidade. "O plano de ação nada mais é que o conjunto de atividades a serem concretizadas, cada qual com prazos, responsáveis e recursos disponíveis para tal. Em essência, um plano é o registro das decisões resultantes do processamento dos dados, que foram analisados. Os profissionais envolvidos nessa concepção devem ter conhecimentos de leis, portarias, manuais e regulamentos", pontua. Como é de praxe, todo o evento

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Andrea Nakane, Especialista em eventos na Mestres da Hospitalidade

precisa de autorização para acontecer. Para cada segmento existem órgãos responsáveis por fiscalizar e emitir as licenças e documentações pertinentes. O mais importante deles é o Alvará de Funcionamento Temporário, que a cada realização um novo documento precisa ser emitido. Em alguns casos, planos de limpeza e autorização da Secretaria Municipal de Trânsito também são necessárias. Já eventos que envolvem a manipulação de alimentos carecem de licença da Vigilância Sanitária realizada pela Anvisa. GERENCIANDO RISCOS Realizar um planejamento que inclua todos os possíveis imprevistos durante o evento reduz exponencialmente os prejuízos. Se preparar e tomar as atitudes necessárias caso efetivamente aconteçam evitam multas e processos. "Ter uma empresa qualificada e documentada perante aos órgãos públicos e de fiscalização e ter um bom planejamento. Se você tem uma sequência de edições é muito mais fácil planejar. Já se é a primeira edição, precisará contar com a ajuda da empresa organizadora e respeitar esse planejamento que ela vai sugerir. É muito comum embasar o planejamento numa verba estabelecida previamente", explica Gabriela Cardozo, CEO do Grupo Atual Victória, empresa especializada em segurança de eventos. Para Ricardo Sevecenco, advogado especialista em direito do entretenimento, propriedade intelectual, direitos autorais e seguro para eventos, um ponto importante é identificar as características do local para elaborar um bom plano de segurança em eventos, onde se verifica a disponibilidade de estacionamento, pontos de acesso, infraestrutura do local do evento, análise de toda documentação do local, itens de segurança contra incêndio, entre outros. "Enxergar o plano de segurança como investimento ao invés de despesa, pois o foco do organizador precisa ser na experiência que seu público busca quando vai ao evento. E o sucesso dessa experiência está diretamente ligada ao investimento no plano de segurança. Ai que entra o papel do Gestor de Se-

gurança em Eventos, pois cabe a ele a tarefa de minimizar os riscos, para evitar surpresas desagradáveis. É ele que fará a vistoria prévia no local, levantar os possíveis riscos humanos, técnicos, naturais ou biológicos", explica Sevencenco. "Em uma situação não prevista em um plano de segurança de eventos é importante acima de tudo não perder o controle emocional, identificar na equipe quem será o porta-voz ou porta-vozes, que estarão à frente das medidas emergenciais, tendo autonomia para decisões urgentes", pontua Andrea. TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS Muitos organizadores devem se perguntar se a terceirização desse serviço compensa. A resposta é unânime: sim. Contratar empresas especializadas dão maior respaldo ao evento desafogando outros pontos a serem considerados pela organização. "Tratando-se de segurança em eventos, a segurança privada é sempre a melhor opção. Manter uma equipe de segurança orgânica demanda um nível de burocracia e autorizações, além de que demora muito tempo para ser autorizada", diz Gabriela Cardozo. "O problema para o setor de eventos é que é inviável ter uma segurança orgânica diante do dinamismo do setor e da tipicidade do evento. A terceirização é, neste caso, a melhor solução".

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PRÉ-REQUISITOS BÁSICOS Quem trabalha na organização de eventos, em especial os corporativos, já sabe que alguns pré-requisitos não devem ser negligenciados. Muitas empresas deixam a segurança como item secundário e não se preparam para possíveis imprevistos. Realizar a vistoria do local escolhido com o intuito de verificar se está tudo de acordo com as normas exigidas e se assegurar de que o mesmo comporta o público esperado são princípios básicos para a segurança de qualquer iniciativa. "Tipo de evento, local da realização do evento e tipo de público são os principais pré-requisitos a serem avaliados", afirma Rodrigo Gonçalves, Analista Consultor Responsabilidade Civil da Liberty Seguros. Um lugar pequeno e superlotado, por exemplo, é um prato cheio para graves acidentes. Se informar a respeito das estatísticas de criminalidade na região da realização, históricos de assaltos, iluminação de vias e opções de estacionamento também são fatores que precisam ser levados em consideração.

Gabriela Cardozo, CEO do Grupo Atual Victória

Contar com uma equipe profissional e qualificada que saiba lidar com o público é de extrema importância. O número de seguranças também precisa ser compatível com o porte do evento e evitar transtornos da entrada e saída, principalmente. A contratação da empresa terceirizada deve ser criteriosa, deve-se tomar cuidado para não ter ainda mais prejuízos, no caso de qualquer acidente. "Terceirizar é a melhor saída, porém o organizador de eventos precisa tomar alguns cuidados nessa contratação, por exemplo, além da experiência do fornecedor, o organizador precisa analisar frequentemente alguns itens importantes como o contrato social, a situação econômica e fiscal do fornecedor 21a edição | www.revistaebs.com.br 29


SEGMENTO MICE

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SEGUROS No caso de eventos, empresas de seguros oferecem diferentes tipos de produtos e coberturas, garantindo indenizações em casos de acidentes que promovem óbito ou invalidez, além de despesas médicas-hospitalares. "O seguro é uma forma de se prevenir quando falamos da parte financeira do contratante, ou seja, em uma eventual demanda contra o segurado, o seguro indenizará os danos pelos quais ele seja responsável", afirma Rodrigo Gonçalves. "Não vejo nenhum problema na contratação de seguros. Quem não gosta de ter o seguro para quaisquer serviços (vida, carro, saúde etc)? O único impeditivo é que no Brasil o custo é muito elevado pela criminalidade, violência. Por isso que no setor de eventos pode ser visto como um investimento alto", pontua Gabriela. "Em uma segunda análise é importante ressaltar que o seguro pode resguardar além do organizador, os patrocinadores envolvidos no evento e o ideal é que cada fornecedor contratado apresente seu seguro, pois caso algum fornecedor causa um dano no evento, por exemplo uma intoxicação alimentar ou uma queda da estrutura, o organizador do evento será sempre corresponsável, porém o fornecedor também poderá ser condenado a indenizar o prejuízo", complementa Sevecenco. Ricardo Sevecenco, advogado especialista em direito do entretenimento, propriedade intelectual, direitos autorais e seguro para eventos

SEGURANÇA E TECNOLOGIA Inovações tecnológicas vêm facilitando e muito o trabalho de profissionais do segmento. Para a segurança, os quesitos identificação e monitoramento são os mais beneficiados. A comunicação entre profissionais e câmeras ajudam a evitar possíveis transtornos e prejuízos aos organizadores e patrocinadores. "O serviço 30 www.revistaebs.com.br | 21a edição

Foto: Tinkertech / VisualHunt

e uma análise minuciosa do contrato de prestação de serviço, que deverá ter bem claro as responsabilidades do fornecedor, os prazos de cumprimento e as possíveis penalidades em caso de descumprimento. O ideal é contar com a assessoria de um advogado especializado no segmento", aponta Sevecenco.

Tecnologia de identificação por rádio frequência

do Grupo Atual Victória é um exemplo. Usamos a segurança eletrônica e fomos uma das primeiras empresas do setor a realizar esse serviço em eventos. Além disso, o trabalho de rondas ao redor dos eventos com monitoramento controlado desde a base foi algo inovador. Um produto que oferecemos mais para o varejo foi justamente a oferta da segurança por câmeras em vez de um segurança físico", conta Gabriela. Um outro aliado tecnológico pode ser o monitoramento por câmeras de segurança que são instalados em pontos estratégicos facilitando a identificação de possíveis imprevistos, auxiliando o organizador em uma contenção de dano mais efetiva. "Uma solução que atendeu muito bem aos expositores dos eventos e feiras. O pacote tecnológico é muito mais barato que a hora paga ao colaborador, além de que com a segurança eletrônica, em caso de qualquer imprevisto, uma equipe vai imediatamente ver o que aconteceu. Em nossa proposta, estamos aliados a seguradoras que proporcionam essa facilidade ao expositor do evento", conclui Gabriela. Além de otimizar tempo e dinheiro, a implementação de suporte tecnológico em segurança também beneficia o meio ambiente gerando menos lixo e menor utilização de papel, por exemplo. "Existem várias inovações tecnológicas que trazem mais segurança para os eventos. É o caso da tecnologia de identificação do participante de um evento por rádio frequência, onde o ingresso é substituído por um crachá, cartão ou pulseira com uma tag identificável por meio de leitor de rádio frequência, garantindo uma maior segurança no número de partici-

pantes que entraram no evento, já que a leitura é feita de forma automática", conta Sevecenco. Câmeras, biometria e sensores são as tecnologias mais encontradas atualmente no mercado. Investir na inteligência também é uma maneira de reforçar a segurança já que, quanto mais informações os profissionais puderem acumular, maior as chances de pessoas indesejadas penetrarem no evento. A quantidade e qualidade de dados pode ser uma aliada muito mais valiosa do que profissionais fortes e nada simpáticos na porta. Elas ajudam a traçar planos de ação estratégicos e mais inteligentes. Alguns sistemas também acompanham o desempenho da equipe como conduta, posicionamento entre outros. Tais informações podem ajudar no aprimoramento da performance e aumentar a experiência. Apps, dispositivos e sites são ferramentas que colaboram com a eficiência dos profissionais. Alguns eventos demandam uma segurança reforçada, como as iniciativas voltadas ao mercado de luxo. "Temos como case o Salão do Automóvel. Aqui ofertamos um mix de serviços de segurança eletrônica, segurança física e segurança do trabalho. Um projeto definido muito antes da montagem do evento para garantir o bem-estar de todos durante a montagem, realização e desmontagem. Já estamos oferecendo nossos serviços há muitas edições", conta Gabriela Cardozo. Ficar atento às novidades do mercado e investir em ferramentas que auxiliem os organizadores e profissionais responsáveis pela segurança deve ser uma das prioridades dos produtores de eventos. O intuito do segmento é proporcionar experiências inesquecíveis aos seus convidados da melhor forma possível.



EDUCAÇÃO CORPORATIVA

Learning

Model

70 .. 20 .. 10

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Divisão entre conhecimentos práticos e teóricos transformam competências de gestores e colaboradores

S

ala de aula, professor e livros. Quando pensamos em aprendizagem, automaticamente essa imagem vem às nossas mentes. Até poucos anos atrás, acreditávamos que o acúmulo de cursos, certificados, diplomas e afins era o melhor meio de absorver novos conhecimentos e gerar alguma vantagem no competitivo mercado de trabalho. Tal pensamento também faz parte do mundo corporativo. Empresas promovem treinamentos e palestras com a expectativa de colocar em prática logo em seguida os saberes transmitidos. Entretanto, o setor de recursos humanos entendeu que as linhas formais de aprendizagem precisam ser combinadas a outras estratégias de educação para se tornarem mais assertivas. Após muitas pesquisas, Morgan McCall, Robert Eichinger e Michael Lombardo, professores do Center Leadership, localizado na Carolina do Norte – EUA, criaram o model learning 70:20:10, consolidando a preocupação em equilibrar o conhecimento formal e informal em uma única metodologia de andragogia. 70:20:10 O modelo de aprendizagem é bem simples e óbvio, apesar de não ser efetivo para qualquer tipo de empresa. O método visa estimular novas experiências e desenvolver organizações a partir de diversas situações do dia a dia. Na prática, de acordo com os autores do modelo, 70% do aprendizado do colaborador é proveniente de suas experiências práticas: sua vivência profissional, desafios do cotidiano, decisões, experimentações, responsabilidades e resoluções de problemas. A maior porcentagem de absorção de conhecimento vem da prática, das aplicações. Os 20% parte da relação com terceiros. A interação com os colegas de equipe, observação de execuções de tarefas e feedbacks, por exemplo, são alguns dos pontos presentes nessa fatia do bolo. Nesse contexto mesmo se enquadra também o Coaching, metodologia aplicada para melhorar o desempenho profissional através de alinhamento de competências, avaliação de dificuldades, definições de metas, etc. Já os 10% restantes correspondem ao aprendizado teórico, formal. Adquirido através de cursos, treinamentos e certificações, a menor parte pede boas re-


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APLICANDO NO DIA A DIA "No dia a dia, os gestores devem expor de maneira clara o que querem comunicar ou instruir, colocar o seu time para praticar o que está sendo dito e sempre reunir o time para compartilhar os aprendizados e experiências", explica Fabio Abate, consultor do Circuito Netas, empresa focada em treinamento e desenvolvimento corporativo. "Na prática de treinamentos corporativos, as mudanças são significativas, passamos a ouvir de nossos clientes o quanto foi rico, prático e real o aprendizado".

Fabio Abate, consultor do Circuito Netas

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Para o vice-presidente de Gestão e Conteúdo da ABPRH – Associação Brasileira de Profissionais de Recursos Humanos, Luciano Amato, traçar objetivos é um dos principais aspectos para obter resultados satisfatórios. "O sucesso do modelo de aprendizagem 70:20:10 depende de um ponto crucial que é a clareza de objetivos da empresa e a capacidade e disponibilidade de transmitir estes objetivos aos colaboradores", conta. "Certifique-se de que todos líderes entendam que o aprendizado e o desenvolvimento futuros serão facilitados menos pelo treinamento formal e mais pela experiência no trabalho".

Luciano Amato, vice-presidente de Gestão e Conteúdo da ABPRH

Fredy Figner, psicólogo e coaching em T&D

Grandes empresas como Google e GE são adeptas ao método em suas rotinas e adotaram aplicações distintas, como explica Pierre-Jean Quetant, country manager da Learning Tribes Brasil, multinacional francesa de treinamento e desenvolvimento. "A forma mais usual de aplicar a metodologia é pela divisão de tarefas na sua carga de trabalho: 70% das atividades chaves na função da pessoa, 20% em ações de melhoria da sua função e 10% em ações de melhoria da organização. Uma forma agressiva de fazer isto foi a do Jack Welch da GE, demitindo os 10% de pessoas com rendimento inferior ao esperado, promovendo os 20% de pessoas com rendimentos acima, e mantendo os 70% restante. Uma forma mais idealista seria a dos primeiros anos da Google, onde 10% do tempo dos colaboradores eram livres para qualquer tipo de atividades". Qualquer gestor ou profissional de recursos humanos pode incluir o modelo na rotina de uma empresa. Capacitações, cursos ou certificações não são necessários, porém, é recomendado que o responsável pelo projeto tenha bases sólidas e referências para aplicar o 70:20:10 sem prejudicar o rendimento da equipe. "É preciso conquistar e motivar os líderes para aderirem e disseminarem a implantação de metodologia. A contratação de consultores especializados em treinamento corporativo e em modelos de

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Em via de regra, não há um momento específico para a implementação do método nas empresas. Alinhar as necessidades e demandas internamente com o setor de recursos humanos é o primeiro passo para o sucesso do 70:20:10. "Quando a área de recursos humanos perceber que tem condições de estruturar essas três abordagens integradas para garantir sua eficácia. Caso contrário, cada uma delas individualmente não terão o mesmo efeito do quando estivessem integradas. Processos de desenvolvimento e preparação de novos líderes, por exemplo, podem ser muito eficazes", afirma Fredy Figner, psicólogo e coaching especialista em treinamento e desenvolvimento. Crédito: Renato Gasparetto

ferências, estruturação e um ambiente propício e controlado para melhor absorção de saberes. Apesar do modelo "original" do 70:20:10 trabalhar com essas proporções, o método não é engessado. Cada realidade organizacional pede padrões diferentes com necessidades específicas, porém vale ressaltar que independente da demanda de cada empresa o processo valoriza o estímulo de outros modos de aprendizagem, que vão além dos meios tradicionais.

Pierre-Jean Quetant, country manager da Learning Tribes Brasil

aprendizagem também pode ajudar a atingir uma boa implantação do modelo 70:20:10. Uma forma de engajamento na organização pode oferecer reconhecimento e recompensas não-financeiras aos tutores do projeto, valorizando a iniciativa. Não existem muitos treinamentos ligados a este modelo, justamente pelo aspecto de flexibilidade que ele apresenta", pontua Pierre. O MÉTODO É PARA TODOS, MAS NEM TODOS SÃO PARA O MÉTODO Apesar de eficiente, a metodologia pode não ser benéfica para qualquer empresa ou segmento. Em um primeiro momento, pode ser que haja uma queda na eficiência e produtividade dos colaboradores ao receberem maiores reponsabilidades. É necessário tempo para adaptação e cada funcionário possui um ritmo próprio. Promover aprendizagem experiencial demanda comprometimento de todos os envolvidos. O modelo mostra que para chegar o mais perto possível de 100% de aproveitamento e o máximo do potencial do profissional é preciso investir em pessoas motivadas. Valorização do colaborador, bom clima organizacional e objetivos claros precisam estar alinhados para fazer valer os riscos. "É importante que as organizações tenham consciência de que é necessário oferecer suporte para aprender, ao mesmo tempo em que a equipe produz. Um risco pode ser os profissionais sentirem-se frustrados por não conseguirem desempenhar um bom papel na fase on the job, ou passar por profissionais que não se mostrem disponíveis para ajudar. Daí que recomendamos que a implantação seja tocada por um especialista que, além de participar de projetos, pode assumir responsabilidades e outras funções desejadas pelo cliente", pontua Figner. Já para Fabio Abate, não existem restrições para a adoção do modelo. "Não vejo contras, a metodologia é uma forma prática de aprendizado que permite a construção do saber por parte do participante, o que internaliza de maneira muito mais eficaz", explica. 21a edição | www.revistaebs.com.br 33


NEGÓCIOS

A importância de um bom fornecedor

Foto: rawpixel.com

Estabelecer parcerias com empresas de confiança é essencial para um resultado satisfatório

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ualquer companhia busca uma rede de parceiros que ofereçam uma troca justa entre produtos e serviços. Criar contatos relevantes é uma parte estratégica para os negócios de qualquer organização, pois ela reflete diretamente na produção, qualidade, quantidade de orçamentos da empresa. Para o bom funcionamento de um evento, é essencial selecionar, avaliar e homologar criteriosamente o portfolio e recomendações de outros clientes empresas antes de contratar serviços e estabelecer relações. A colaboração entre corporações de cadeias de fornecimento deve ser cultivada e é a chave para uma convivência duradoura e ainda pode ser ponte para novos patrocinadores e clientes. Em momentos de crises financeiras, por exemplo, um mailing fiel de parceiros vale ouro. No caso do mercado de eventos, especificamente, a troca 34 www.revistaebs.com.br | 21a edição

de produtos e serviços é uma constante. A relação ganha-ganha do nicho demanda comprometimento, confiança e excelência de ambas as partes envolvidas, caso o contrário os dois lados saem prejudicados de uma forma ou de outra. EM BUSCA DO FORNECEDOR PERFEITO Uma das grandes dúvidas de muitos organizadores de eventos e clientes em geral é onde encontrar empresas com expertise para atenderem sua demanda de certos serviços com a consciência tranquila. Nesse momento, o departamento de compras deve contar com um leque de fornecedores de confiança. O processo de escolha é complexo e varia muito de acordo com o segmento e demanda de cada briefing, características tanto do serviço quanto do produto e suas exigências vão influenciar diretamente no processo.


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Desde a cotação de valores à seleção de fornecedores, a escolha deve levar em consideração três principais fatores: qualidade, preço e serviço. Para tanto, é preciso ter critérios eficientes de avaliação. Habilidade técnica, capacidade produtiva, confiabilidade, suporte técnico e localização são itens a serem considerados. "É necessário conhecer a empresa parceira, e avaliar se a mesma tem valores parecidos com o nosso. Muitas vezes a empresa tem o melhor preço, mas as condições de trabalho e valores são totalmente diferentes. Outro ponto importante a ser considerado, é verificar se o parceiro tem possibilidade de manter essa parceria por determinado tempo, seja no quesito preço ou estoque", afirma Amanda Ferreira do setor de compras da Santher.

Amanda Ferreira, compras da Santher

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"Garantirmos a entrega com excelência e DNA da agência, dentro do escopo criado/planejado. Na Aktuellmix tratamos os fornecedores como parceiros estratégicos, são relações de longo prazo", explica Liliane Castro da Aktuellmix. "Benchmarking com colegas do setor é a forma mais eficaz de alcançar um fornecedor que atenda à demanda sem nos decepcionar", conta Daniela Montanheiro da Benteler Automotive. "Acredito ser primordial considerar tempo de atuação no mercado, portfólio de clientes e especialidade do fornecedor". "Tudo começa pela confiança e transparência. Depois passamos para quesitos técnicos como: histórico de jobs realizados, clientes atendidos, estrutura e musculatura financeira", diz Liliane. O desafio do setor de compras é conseguir todos os pré-requisitos em uma mesma empresa, traçar quais e quantos fornecedores irão trabalhar e ainda considerar possíveis vantagens e desvanta-

Liliane Castro, Aktuellmix

gens de cada modelo de contratação. Há alguns anos essa era uma atividade secundária das organizações. Entretanto, o cenário corporativo passou por muitas mudanças que fazem dessas parcerias ações estratégicas em grandes ou médias proporções. Essa transformação aconteceu porque as companhias perceberam que, com o gerenciamento adequado dos fornecedores, seus serviços contam com os melhores produtos do mercado, além de estipularem uma melhor relação entre custo e benefício. Devemos ressaltar a importância dessa cadeia com a finalidade de gerir diferentes fluxos e relações de empresas, almejando alcançar com maior facilidade os objetivos e metas estabelecidos pela gestão. Os principais fatores colaboradores para a adoção de busca e gerenciamento de fornecedores foram: aumento de valor agregado de produtos, serviços e matérias-primas, importação de produtos, competitividade de preços, avanços tecnológicos e a diminuição do ciclo de vida útil dos produtos. Dessa forma, o objetivo é fazer com que a empresa compradora trabalhe em parceria com a fornecedora, atuando em múltiplas etapas do processo, desde a entrega até a pós-venda. AVALIAÇÃO DE CUSTO-BENEFÍCIO Por mais indicações que uma empresa possua, o grande critério de avaliação é a entrega. Procurar o menor preço nem sempre é um bom filtro e pode resultar em prejuízos que não valem a economia. "Qualidade do material a ser entregue, no caso de produtos, sempre pedir amostras para verificar se atende às expectativas de acordo com o cliente final. Já para serviços, a satisfação de outros clientes que já tenham trabalhado com o mesmo fornecedor. Muitas vezes o barato sai caro se não seguirmos esses critérios", pontua Daniela Montanheiro. "A melhor forma é a qualidade na entrega. Mas temos alguns KPI's que usamos além da entrega: avaliar o prazo de resposta do briefing – como o fornecedor respondeu a solicitação, como foi a participação dele no processo de criação (ele contribuiu com ideias e sugestões?), a entrega do job – foi rápida e de boa qualidade? foi dentro do prazo estabelecido? O custo cobrado pelo serviço – foi um valor justo? foi acima do mercado? Qual a 21a edição | www.revistaebs.com.br 35


NEGÓCIOS

MÁS PARCERIAS, MÁS CONSEQUÊNCIAS No contexto competitivo atual, vivenciado por todas as empresas, o desenvolvimento de diferenciais são necessários e qualquer deslize pode colocar tudo a perder. Para sobreviver em um mercado de constantes mudanças, ter em quem se apoiar é fundamental. Porém nem tudo são flores e, muitas vezes, o tiro sai pela culatra. Para os organizadores de eventos, um job frustrado pode resultar na falta de comida, bebida, segurança entre outros prejuízos. "Primeiramente a falta de atendimento comprometendo o produto/serviço fim é uma das piores consequências. Além disso uma parceria não bem estruturada, pode acarretar insatisfação para companhia, preços elevados devido a urgência de escolha de outro fornecedor e até processos jurídicos", pontua Amanda.

"Se escolhemos mal, temos um reflexo direto na entrega do produto ou serviço ao nosso cliente final, o que reflete diretamente na reputação do departamento (no caso de clientes internos) ou da empresa (no caso de clientes externos)", explica Daniela.

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percepção causada no preço x a entrega feita", conta Liliane Castro. "Deve-se verificar o volume do ano anterior e aplicar às propostas dos fornecedores, avaliando o custo-benefício analiticamente. Entretanto, só sabemos se de fato o custo-benefício será alcançado quando fazemos um teste em um determinado período", explica Amanda Ferreira.

Daniela Montanheiro, Benteler Automotive

"A escolha de um mal fornecedor traz grandes problemas para a agência e ao cliente. As consequências podem ser infinitas, mas nada é pior do que perder a confiança do cliente", afirma Liliane. "Optamos por um fornecedor de cestas natalinas, simplesmente pelo preço. Ao final, tivemos atraso na entrega, não cumprimento dos itens comprados (escolhemos uma coisa e recebemos outra), além do péssimo atendimento pós-venda. Nunca mais voltaremos a fechar negócio com ele", conta Daniela. "Até hoje não tivemos nada grave, pois nosso processo de escolha de um fornecedor é bem rigoroso. Mas já tivemos pequenos erros de escolha,

6 dicas para fazer a gestão de fornecedores 1

Conheça os objetivos da empresa

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Entenda custos e valores

Organização

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Previna-se contra imprevistos e exceções

Os profissionais precisam estar alinhados aos objetivos organizacionais. A partir disso, um planejamento poderá ser traçado pela gestão criando metas viáveis.

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Todos os setores precisam ter processos bem definidos que envolvem desde a seleção de colaboradores até os produtos a serem adquiridos.

Bons relacionamentos

Aqui as negociações devem ser baseadas no ganha-ganha, ou seja, vantajosas para ambas as partes. Manter um bom relacionamento é, consequentemente, conseguir os melhores produtos resultando em vantagens sobre a concorrência.

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É importante conhecer os processos dos produtos envolvidos para, dessa forma, entender os custos e valores cobrados. Assim, o comprador pode escolher com mais facilidade o melhor custo-benefício.

Imprevistos e exceções podem acontecer, mas nem sempre. Planejar junto ao fornecedor evita prejuízos e reduz o número de situações emergenciais.

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Compartilhe informações

Se uma parceria foi estabelecida, ela deve ser mantida como tal. É importante haver uma relação de confiança, confidencialidade e segurança para assegurar que as necessidades do comprador serão atendidas.

mas que conseguimos reverter com agilidade", diz Liliane. PARCERIAS COLABORATIVAS Se anteriormente a relação entre comprador-fornecedor era considerada uma transação de negócios com caráter rígido, formal e pontual, hoje ela está assumindo formas mais colaborativas. Mesmo sendo uma prática pouco adotada por empresas brasileiras, algumas startups vêm apostando nesse tipo de aliança. Como podemos esperar que as cadeias de fornecedores se comportem de maneira colaborativa quando os acordos comerciais passam a mensagem contrária? Princípios colaborativos requerem gerenciamento e compartilhamento de alto risco, incentivos e pagamentos justos. Não basta exigir um serviço eficiente da parte dos fornecedores quando a liderança dentro das empresas não é compatível. Alianças comerciais são conexões estabelecidas entre empresas independentes que evoluem progressivamente de acordo com as possibilidades alcançadas. Gestores necessitam de mais do que apenas habilidades específicas do dia a dia. Parcerias exigem muitas vezes flexibilidade e abertura para entender as demandas particulares e olhar além das fronteiras comerciais de cada um. Para isso, é necessário colaboração interna de diversos departamentos das empresas, levar em consideração a cultura de cada uma, suas questões organizacionais e humanas. Membros da alta gestão, profissionais de recursos humanos, todos precisam estar envolvidos no processo. A colaboração faz os compradores aumentarem a porcentagem de compras de um fornecedor, desde que seja uma relação ganha-ganha de confiança e vantagem mútua. Outra maneira de estabelecer relacionamentos colaborativos entre compradores e fornecedores é investir na redução de custos operacionais e focar em inovações tanto de produtos quanto de processos. Em um futuro não muito distante, os clientes passarão a enxergar além do logo das empresas no cartão de visitas. As pessoas levarão em conta também as companhias que vêm junto com elas, dando suporte nos momentos de dificuldade e estabelecendo parcerias vantajosas.



Divulgação: ATHUE

T&D

t Ou door Training: DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL E PESSOAL AO AR LIVRE

Para sair da zona de conforto, empresas apostam em treinamentos que misturam esportes e estratégia

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esde que o mundo é mundo a humanidade depende de recursos naturais e cooperação entre membros da sociedade para sobreviver. O trabalho em equipe sempre foi essencial para a evolução não apenas dos homens, mas de outras espécies de animais que adotam o mesmo sistema em seus grupos. 38 www.revistaebs.com.br | 21a edição

O mundo corporativo vem sofrendo uma série de mudanças comportamentais nos últimos anos. A maneira como prestadores de serviços e marcas se relacionam com seus clientes está em fase de transformação e internamente isso não é diferente. A convivência entre gestor e colaborador também vem tomando novos rumos, abrindo novos leques de possibilidade de interação e aprendizagem. O setor de recursos humanos ganhou um protagonismo nunca antes visto, assumindo um papel efetivo nas empresas. Gerir o relacionamento interpessoal entre os funcionários, promover maior qualidade de vida e novos meios de engajamento nas tarefas são alguns dos pontos que se sobressaem nas novas culturas corporativas. Os modelos antigos de educação e treinamentos, por exemplo, já não mostram resultados assertivos. Tirar os colaboradores e líderes da zona de conforto e explorar seus pontos fortes, além de identificar dificuldades são alguns dos benefícios do Outdoor Training, ou treinamento ao


A RAIZ DO TREINAMENTO É difícil dizer quando o método surgiu, mas suas inspirações são muitas. Baseado em atividades escoteiras do Reino Unido, podemos ver muitas semelhanças com o treinamento de equipes também do exército a partir da Segunda Guerra Mundial. Com a criação da Outward Bound, empresa pioneira em desenvolvimento socioemocional em experiências desafiadoras na natureza nos anos 40, o Outdoor Training começou a ganhar espaço no exterior. Trazida ao Brasil dos Estados Unidos na década de 90, a metodologia gerou grandes mudanças na maneira de pensar e construir um treinamento. Técnicas como Andragogia Lúdica, Action Learning, Team Building e Psicologia são alinhadas dando forma às atividades que exploram todo o potencial de uma equipe. BENEFÍCIOS Quando todos estão envolvidos, todos são beneficiados. Independentemente da posição hierárquica que o participante ocupa dentro da empresa, todos passam a compreender melhor seu papel dentro da equipe e quais aspectos devem ser valorizados ou melhorados para gerar resultados mais satisfatórios. "Ambos podem perceber habilidades que não conheciam, comportamentos que são importantes para o ambiente empresarial e, muitas vezes, não são valorizados além do estreitamento de laços entre colaboradores. Melhora o ambiente e apro-

Divulgação: Venturas Empresarial

Vivências outdoor promovem reflexões nos indivíduos

xima as pessoas. Todos ganham!", diz Giancarlo. "O primeiro grande benefício é o fato da mudança de cultura, onde a equipe já compreende que está havendo um investimento nas pessoas. A partir disso, podemos responder com uma célebre frase do magnífico Confúcio: "Conte-me e eu esqueço. Mostre-me e eu apenas me lembro. Envolva-me e eu compreendo". Somos seletivos por natureza, o que nos faz descartar muitas coisas que só passam a frente dos nossos olhos ou entram em nossos ouvidos", comenta Rodrigo Fernandes, um dos sócios da Meta Treinamentos, empresa de Outdoor Training. "Todavia, o Outdoor Training nos coloca em posição de protagonistas, ou seja, por meio da ludicidade do treinamento ao ar livre, nos envolvemos no processo por inteiro. E quando estamos envolvidos de "corpo e alma", inevitavelmente levaremos essa vivência para sempre". NA PRÁTICA "Buscar excelência nas relações pessoais, lapidar especialidades, localizar lideranças e estabelecer alianças. O indivíduo e os grupos são estimulados a desenvolver habilidades como: criatividade, visão sistêmica, comunicação, flexibilidade, liderança, integração, destemor, arrojo e solução de problemas, negociação, foco, persistência, etc", explica Keko Garbelotto da TDA – Trekking das Águas Rafting & Expedições. Trabalhar esses pontos na prática, com leveza e adrenalina são os grandes diferenciais do método que ganha cada vez mais adeptos no mundo corporativo. Entre as atividades mais procuradas por empresas estão o rafting e provas de orientação como o Enduro a Pé. "As atividades promovem grande inte-

Foto: Ion David

Chapada dos Veadeiros

gração do grupo participante. Ao final, todos saem mais motivados, integrados e com a percepção viva de que planejamento, união, comunicação, tomadas de decisão clara são essenciais para que um grupo funcione bem junto", diz Vivian Cunha da Alaya, empresa localizada em Brotas, uma das cidades mais procuradas para a prática de Outdoor Training e esportes radicais do país. Se engana quem acredita que uma atividade de treinamento é conduzida como outra qualquer. Criar vivências que cutuquem as feridas e estimulem os pontos certos exigem um planejamento minucioso realizado por profissionais que entendam do assunto. "A metodologia do Outdoor Training é dividida em três etapas: avaliação da necessidade da equipe, vivência das atividades ao ar livre e devolutiva técnica", explica Vivian. "Uma reunião com o líder da empresa é necessária para que todas as atividades propostas no treinamento sejam montadas de forma personalizada e evidenciando as particularidades de cada treinamento. O Rafting Empresarial, por exemplo, busca fortalecer a união, integração, comuni-

Divulgação: ATHUE

ar livre – método cada vez mais utilizado pelos departamentos de recursos humanos de grandes companhias. Oferecer um expediente disruptivo e em contato com a natureza além de promover maior qualidade de vida aos funcionários também vem se mostrando extremamente eficaz na formação e aperfeiçoamento de equipes. "Acredito que o simples fato de tirar os colaboradores da empresa de sua zona de conforto, levando para um ambiente externo e de contato com a natureza, já promove reflexões nos indivíduos. Quando trabalhamos conceitos de forma lúdica e natural, a retenção das informações e posterior atuação em relação a eles, é muito mais efetiva", explica Giancarlo Valias, sócio-diretor da Venturas Empresarial, empresa especializada em vivências outdoor.

Enduro a pé: prova de orientação

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Divulgação: TDA

T&D

OS RESULTADOS "É inexistente a possibilidade de ganho em capacitação, seja ela qual for, se o participante não estiver "convencido" de que ele precisa ser a melhor versão dele e para ele. Assim como um dependente químico, o participante precisa ter a compreensão de que a principal motivação para se capacitar é o ganho para si próprio", comenta o sócio da Meta Treinamentos. "Não precisa fazer ou abster-se de algo, por alguém ou por uma empresa, mas sim porque é o melhor para si. Quando

ele se convence disso, o ganha se torna instantâneo e real". Em 2003, a Universidade de Harvard realizou uma pesquisa com o intuito de comparar o Outdoor Training com outros métodos de aprendizagem. Os pesquisadores promoveram um encontro entre alunos que participavam de um jogo de negócios visando conhecer as preferências em relação a diferentes metodologias como, por exemplo: leitura, material audiovisual, palestras, etc. Em relação a maioria das outras categorias, o treinamento ao ar livre teve preferência de 80% dos voluntários da simulação. Os contextos em que o mercado corporativo está inserido e as demandas exigidas no dia a dia devido a competitividade pedem métodos que tragam resultados assertivos em pouco tempo e que seja adaptável a cultura das grandes empresas e instituições. Segundo a universidade, as principais razões para o resultado foram: interação com outros membros da equipe, troca de experiências, participação nas decisões tomadas e realização de competências coletivas. Com o Outdoor Training, rompemos

Divulgação: Meta Treinamentos

Divulgação: Meta Treinamentos

Desenvolvimento de habilidades de liderança, comunicação, negociação entre outros

cação e a liderança entre as pessoas que estão juntas no mesmo bote". "Após o diagnóstico e a escolha das atividades, parte-se a campo. Nesta etapa da metodologia, o facilitador e os condutores colocam em prática a vivência escolhida. As atividades ao ar livre podem compor um programa de um dia ou mais dependendo do tempo e dos objetivos de cada empresa. A Devolutiva Técnica acontece em sala e é onde essa poderosa ferramenta de treinamento fecha o ciclo de aprendizado", pontua Vivian.

Outdoor training promove interação e troca de experiências entre os membros da equipe

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padrões aos quais estamos acostumados podendo ampliar nossos mapas mentais eliminando fatores que desviam a nossa atenção diariamente. Dessa forma, conseguimos focar em nós mesmos, nossos defeitos e qualidades. As grandes mudanças começam no âmago de cada um individualmente e todos esses aspectos são encontrados na metodologia do Ser, Pensar e Fazer. TENDÊNCIA NO MERCADO A cultura da valorização do colaborador é um aspecto do mercado que veio para ficar. Ações que contribuam para o engajamento e crescimento dos funcionários estão aquecidas e quanto mais inusitadas e disruptivas, melhor. "Quando o gestor compreende que o seu maior patrimônio, são as pessoas, e que elas são seres humanos, que choram, que possuem problemas de saúde/financeiro/familiar, chegarão a conclusão de que toda a técnica vai para o ralo quando o emocional não vai bem. Logo, a melhor e insuperável forma para desenvolver, treinar e qualificar essas pessoas de forma contundente e residual a médio e longo prazo, é a técnica que os envolve, o treinamento vivencial", pontua Rodrigo. "A tecnologia vem evoluindo muito rápido (e criando alguns "casulos"), mas as pessoas serão sempre o principal ativo das empresas. Melhoria das relações, trabalho em equipe, capacidade de adaptação, comunicação eficiente todos são conceitos extremamente bem trabalhados em uma atividade outdoor", diz Giancarlo. A metodologia é o ponto de partida para outros meios e técnicas de aprendizagem que podem surgir futuramente. Descomprimir a rotina corporativa é uma das chaves para um melhor rendimento das empresas com as mudanças de comportamentos geracionais. Os funcionários que estão ocupando as novas vagas do mercado, os Millennials, já mostraram que não rendem e nem se adaptam, ou melhor, não se realizam com modelos tradicionais de treinamento, educação e gestão. "O fato é que todos estão cansados de palestras exaustivas, pautadas em mesmices e sem relevância assertiva para o resultado", afirma Rodrigo. "O melhor resultado em capacitação humana para quem acredita e investe em pessoas". Como concluiu o sócio-diretor da Venturas Empresarial, "quem sempre faz do mesmo jeito, não pode esperar resultados diferentes".



Em busca do networking qualificado

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etworking sempre será uma das principais razões pelas quais participamos de eventos profissionais. Mesmo participando deste ou daquele para aprimoramento profissional, sabemos que durante o intervalo provavelmente iremos esbarrar com alguém que possivelmente tem algo interessante a agregar à nossa atividade profissional. Mais do que nunca o networking se tornou uma ferramenta importantíssima para o sucesso profissional, as conexões são extremamente valiosas. Em uma pesquisa realizada pela HubSpot, dos 750 profissionais entre-

vistados, 41% disseram que gostariam de poder participar de eventos de networking com mais frequência. A ressalva do "gostariam de participar" deixa os organizadores de eventos receosos. Como fazer com que o público que realmente importa esteja em seu evento? O evento precisa ser relevante para ter adesão dos participantes; por qual motivo os participantes sairão do escritório para ir ao seu evento? Como promover uma ação que realmente se destaque entre tantas outras "ofertas"? O networking deve ser uma via de mão dupla, na qual há a troca de in-

Próximos Speed Meetings

MICE

28 março 2019 São Paulo . Espaço JK . 9h00–12h30

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RH–T&D

16 abril 2019

São Paulo . Espaço JK . 9h00–17h00

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OPORTUNIDADE

formações, conhecimentos, indicações, deve proporcionar o alinhamento de expectativas para com todos participantes. Preocupado sempre em atender as expectativas dos participantes de seus eventos, o Grupo EventoFacil tem investido esforços no entendimento prévio das necessidades do seu público alvo. Exemplo de sucesso de público e crítica, o evento Speed Meeting proporciona um benefício claro e objetivo da otimização do tempo dos compradores na busca de novos fornecedores afim de atender suas demandas. Em 2019, serão realizadas 18 edições dos Speed Meetings regionais dirigidos aos mercados MICE, RH e T&D; a jornada de rodadas inicia-se em São Paulo em março, passando pelo Rio de Janeiro, Campinas, Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre, e encerrando em São Paulo em novembro. Nos dias 05 e 06 de junho no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo acontece a 17ª Feira EBS – Evento Business Show e o 4º Congresso MICE Brasil o maior e mais relevante evento dirigido aos segmentos MICE e T&D no Brasil, e no dia 16 de junho, a EBS Run, a corrida de rua com percurso de 5km que irá proporcionar relacionamento e qualidade de vida para o público-alvo do Grupo.



Divulgação: Pixabay

OPORTUNIDADES COMUNICAÇÃO

A importância da Comunicação Interna

D

esde que o mundo é mundo, a comunicação sempre foi um dos fatores decisivos para a evolução de todas as espécies. Um grupo alinhado com objetivos em comum bem definidos tem muito mais chances de sobreviver. Tanto no reino animal quanto no selvagem mundo dos negócios, a máxima não é diferente. A fluidez e coesão da mensagem são fundamentais. Antes muito desvalorizado, o setor de comunicação interna das corporações está ganhando cada vez mais espaço na lista de prioridades e investimentos. Demorou, mas os gestores perceberam que uma equipe com um canal de voz bem definido se relaciona melhor, gera resultados mais satisfatórios e ainda transparece uma imagem mais positiva aos olhos do público. Esse conjunto de ações e troca de informações facilitam a transmissão de mensagens estratégicas dentro da organização e garantem que os colabora44 www.revistaebs.com.br | 21a edição

dores estejam alinhados com a missão, ação e valores da empresa em geral. A IMPORTÂNCIA DA MENSAGEM "A comunicação interna, metaforicamente, é o lubrificante da engrenagem. Ela faz com que cada componente de uma organização esteja ciente da importância de suas funções e como devem ajudar o todo a alcançar seus objetivos. E assim como o lubrificante, a atuação da comunicação deve ser contínua", afirma o Co-presidente e CSO (Chief Strategy Officer) da agência MeZA, André Machiaverni. Investir no setor é de extrema relevância para qualquer companhia, independente do mercado no qual ela atua. Elaborar estratégias bem definidas, transparência com o colaborador sobre a realidade da empresa, difusão de valores e missões, alinhamento de objetivos e promover iniciativas são apenas alguns dos benefícios que bons comunicadores internos podem gerar.

"A comunicação é fator essencial para assegurar um ambiente mais "saudável", favorecendo o engajamento e o clima mais positivo, dessa forma, quando a empresa possui uma "comunicação interna efetiva, ou seja, eficiente e eficaz, ela mitiga muito o risco de conversas paralelas e contaminadas que impactam no clima e na produtividade", explica Wilma Dal Col, diretora do ManpowerGroup, empresa especializada em RH.

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Área tem papel fundamental no engajamento de funcionários e reflete na imagem da empresa

André Machiaverni, Co-presidente e CSO da MeZA

Entretanto, muitas companhias ainda não dão o valor necessário para uma construção assertiva da área, deixando de realizar iniciativas essenciais para o crescimento da corporação. Grande parte dos problemas de desempenho podem ser resolvidos com uma comunicação interna eficaz. Ter pessoas conhecedoras dos valores


BOA COMUNICAÇÃO E BONS RESULTADOS Todos os resultados são frutos de um esforço coletivo de diferentes setores que trabalham em prol de uma causa. Esses números positivos só são possíveis quando os envolvidos estão informados a respeito dos assuntos que orientam o objetivo em comum. "Imagine um time de futebol em campo que não se comunica e tem jogadores que não sabem se devem jogar como zagueiros ou atacantes. Acho que podemos concordar que a probabilidade deste time ganhar algum jogo é muito reduzida, certo? O mesmo acontece com uma empresa que não se comunica bem com seu time. A comunicação interna ajuda a organizar processos e tornar mais claras as metas organizacionais, assim como norteia as possibilidades de desenvolvimento de carreiras", afirma Machiaverni. Além da importância do alinhamento de objetivos, a transparência com o colaborador é essencial para fazê-lo se sentir valorizado pela gestão. Quando motivados e engajados, os profissionais "vestem a camisa" da companhia, aumentam sua produtividade e se tornam ótimos porta-vozes do negócio para o mercado. "A Comunicação Interna determina o grau de compartilhamento e a difusão das informações, com os diferentes componentes da instituição. É ela que permite a sintonia das ações dos colaboradores, a direção para onde caminham. Quando bem trabalhada, a informação

COMUNICAÇÃO INTERNA X COMUNICAÇÃO EXTERNA "A comunicação interna é a voz da empresa. Comunicamos mudanças, acontecimentos e estimulamos o sentimento de pertencimento de cada colaborador, influenciamos direta e indiretamente cada indivíduo" diz Érica Carneiro, coordenadora de comunicação interna da Gocil Segurança e Multisserviços. "Desta forma, afetamos o nosso negócio, afinal o resumo de tudo são pessoas. Em nosso segmento nosso 'produto' são pessoas, sendo mais real o fato de afetarmos a todos os públicos com quem nos comunicamos". As empresas lidam com consumidores exigentes e informados. Todo e qualquer posicionamento pode ser um catalisador de bons negócios ou um verdadeiro tiro no pé. A missão e política da corporação deve ser um dos focos de maior destaque para a equipe de comunicação, já que tais pontos são fundamentais na decisão de compra. "A comunicação interna tem a responsabilidade de construir um engajamento sólido e de confiança entre os colaboradores para que os mesmos saibam como praticar aquilo que uma marca está dizendo a seus consumidores e para o mundo", explica o CSO da MeZA. A cultura da empresa deve ser coerente à soma de hábitos da mesma. Não adianta pregar valores que não

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Wilma Dal Col,diretora do ManpowerGroup

Leny Kyrillos, fonoaudióloga, professora e escritora

Érica Carneiro, coordenadora de comunicação interna da Gocil Segurança e Multisserviços

aplicados no dia a dia apenas para fidelizar clientes. "Num mundo onde as empresas estão na vitrine, não existe mais diferença entre o público interno e externo. Uma mensagem para o público externo tem que ter coerência com as ações internas, está tudo interligado. Não é mais possível, na era transparente em que vivemos, uma empresa emitir uma mensagem externa e não ter sua verdade comprovada internamente", afirma Buono.

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determina a agilidade dos processos, a flexibilidade das operações e o controle dos resultados", diz Leny Kyrillos, fonoaudióloga, professora e autora do livro "Comunicar para liderar". Com equipes alinhadas e motivadas, a corporação ganha maior grau de competitividade frente à concorrência e, consequentemente, mais chances de atingir metas.

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pelos quais o negócio preza e estão cientes de todas as estratégias e ações garantem que não haverá incoerências e mal-entendidos quanto ao rumo que a empresa está tomando. "O time interno alinhado é fundamental. Toda empresa funciona melhor quando todos estão olhando para a mesma direção, quando os valores e a cultura estão bem disseminados entre os colaboradores", pontua Luiz Buono, fundador e CEO da agência Fábrica. "A melhor maneira de uma estrutura funcionar a contento é com todos 'remando' na mesma direção".

Luiz Buono, fundador e CEO da agência Fábrica

CANAIS DE COMUNICAÇÃO Atuando como facilitadoras, as novas tecnologias promovem diálogos entre os departamentos, integrando diferentes áreas. Mesmo tornando a comunicação mais ágil e acessível, os recursos hi tech devem ser utilizados com Inteligência para não surtirem efeito contrário. "Em vários momentos a tecnologia ajuda de forma significativa com a agilidade e alcance, porém, algumas vezes isso também pode jogar contra. Afinal, com toda essa rapidez na informação fica muito mais difícil controlar o que é feito e como saem. Por esse motivo alinhar discursos e ter um pensamento único sobre os assuntos tratados pela equipe ajudam muito", diz Érica. Não restringir a comunicação a um único canal facilita a entrega de mensagens. Jornal semanal, revista, murais, TVs corporativas, email marketing, todos os meios são válidos e eficazes quando administrados com equilíbrio. "Alguns líderes estão pensando em tecnologia apenas como um jeito de reduzir custo. E é nesse momento que ela prejudica não só a comunicação, mas também a performance da empresa como um todo. Essas ferramentas são meramente veículos que transportam o conteúdo. Muitas empresas acreditam que podemos automatizar esse conteúdo. Porém, elas estão aprendendo rapidamente que conteúdo precisa da inteligência e criatividade humana para chegar ao seu destino de forma significativa capazes de impactar e transformar cultura e comportamento", finaliza Machiaverni. 21a edição | www.revistaebs.com.br 45


EBS BUYERS CLUB

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46 www.revistaebs.com.br | 21a edição


EBS Buyers Club

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Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida

(12) 3104-2599

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Club Med

(11) 2126-9600

www.clubmed.com

Enotel Hotéis e Resorts

(81) 3552-5523

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Expo Center Norte

(11) 2224-5959

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Fogo de Chão

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Forental

(11) 4130-9600

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Fundaparque

(54) 3455-6700

www.fundaparque.com.br

GJP Hotels

(11) 3730-4000

www.gjphotels.com

GL Events Brasil

(11) 5067-1770

www.gleventsbrasil.com.br

Global Hospitality Services

(11) 3564-2481

www.g-h-s.com

GS1 Brasil

(11) 3068-6200

www.gs1br.org

Hangar - Convenções e Feiras da Amazônia

(91) 3344-0100

www.hangarcentrodeconvencoes.com.br

Hard Rock Hotels

(11) 99839-1083

www.rcdhotels.com

HB Hotels

(11) 3674-3040

www.hbhotels.com.br

Malai Manso Resort Iate Golf Convention & Spa

(65) 3054-4001

www.malaimansoresort.com.br

Pavilhão Bienal São Paulo

(11) 5576-7637

www.pavilhao.bienal.org.br

Riocentro

(21) 2441-9100

www.riocentro.com.br

Royal Palm Hotels & Resorts

(19) 2117-8056

www.royalpalm.com.br/hall

Termas de Jurema Resort Hotel

(44) 3518-3126

www.termasdejurema.com.br

Transamerica Expo Center

(11) 5643-3043

www.transamericaexpo.com.br

UCCHL Espaço para Eventos

(11) 5843-5000

www.ucchl.com.br

Velle Representações

(11) 3285-4437

www.velle.tur.br

Villa di Mantova Resort

(19) 3824-8400

www.villadimantova.com.br

Windsor Hotéis

(21) 2195-5500

www.windsorhoteis.com

Aruba

(11) 2768-2111

www.vitrineglobal.com

Bento Gonçalves Convention Bureau

(54) 3452-3297

www.bentoconvention.com.br

Búzios CVB

(22) 2623-3260

www.visitbuzios.com

Costa da Mata Atlântica CVB

(13) 3232-5080

www.visitesantoseregiao.com.br

Floripa CVB

(48) 3222-4904

www.floripaconvention.com.br

Foz do Iguaçu

(45) 2105-8140

www.pmfi.pr.gov.br

Fundação de Turismo Mato Grosso do Sul

(67) 3318-7600

www.turismo.ms.gov.br

Ilhas Seychelles

(11) 2367-3170

www.globalvisionaccess.com

Mônaco

(11) 2367-3170

www.globalvisionaccess.com

Noruega

(11) 2367-3170

www.globalvisionaccess.com

Peru

(11) 5095-2627

www.escritoriodoperu.com.br

Porto de Galinhas CVB

(81) 3552-1205

www.portodegalinhas.org.br

Recife CVB

(81) 3328-8300

www.recifecvb.com.br

Santur

(48) 3212-6300

www.turismo.sc.gov.br

Secretaria de Turismo de Balneário Camboriú

(47) 3367-8122

www.secturbc.com.br

Secretaria de Turismo de Campinas

(19) 2116-0438

www.campinas.sp.gov.br

Secretaria de Turismo de Espírito Santo

(27) 3636-8026

www.setur.es.gov.br

Secretaria de Turismo de Minas Gerais

(31) 3915-9594

www.turismo.mg.gov.br

DESTINOS MICE

21a edição | www.revistaebs.com.br 47


FEIRAS & EVENTOS

Agenda Fique por dentro dos principais eventos que acontecem nos próximos meses.

12/02

12—17/02

25—26/02

Lamec 2019

Campus Party Brasil 2019

Lacte14

São Paulo, Brasil https://mpibrazil.com.br

São Paulo, Brasil https://brasil.campus-party.org/

São Paulo, Brasil http://lacte14.alagev.org/

25—27/02

06—10/03

08—17/03

Meetings Africa 2019

ITB Berlin

SXSW

Joanesburgo, África do Sul https://www.meetingsafrica.co.za/

Berlim, Alemanha https://www.itb-berlin.com/

Austin, TX, EUA https://www.sxsw.com/

12—15/03

19—20/03

26—29/03

COCAL 2019

Fórum Panrotas 2019

Global Marketer Week

Multi Centro, Panamá https://cocal.org/

São Paulo, Brasil https://forum.panrotas.com.br/

Lisboa, Portugal https://www.wfanet.org/lisbon/

MICE São Paulo Rodada de Negócios

02—04/04

09h00–12h30

28 março 2019 Espaço JK

RH–T&D São Paulo Rodada de Negócios

WTM Latin America São Paulo, Brasil https://latinamerica.wtm.com/

09h00–17h00

16 abril 2019 Espaço JK

www.speedmeeting.com.br

www.speedmeeting.com.br

07—08/05

14—15/05

21—23/05

Proxxima

ABRH Rio

IMEX Frankfurt

São Paulo, Brasil http://evento.proxxima.com.br/

Rio de Janeiro, Brasil http://abrhrj.org.br/

Frankfurt, Alemanha https://www.imex-frankfurt.com/

São Paulo 08h30–13h00

5–6 junho 2019 Centro de Convenções Rebouças www.congressomicebrasil.com.br

48 www.revistaebs.com.br | 21a edição

Evento Business Show

São Paulo 13h30–19h00

São Paulo 08h00–11h00

5–6 junho 2019

16 junho 2019

www.feiraebs.com.br

www.ebsrun.com.br

Centro de Convenções Rebouças

Campo de Marte / Pama



ARTIGO

H

oje se você ou sua empresa não pensam na questão de dados, recomendo que essa seja sua próxima pauta a fim de entender e se preparar para lidar com essa questão que, a cada dia que passa se torna parte intrínseca a todo processo de comunicação e atividades do mercado MICE. Quando falamos de marketing, eventos, internet, congressos, feiras, pensamos automaticamente no grande volume de pessoas que são impactadas, se relacionam e interagem por meio dessas diversas plataformas. Quando pensamos no mercado MICE é impossível não imaginar a quantidade de informações que todo o setor gera naturalmente a cada atividade e quanto gerou ao longo de anos de desenvolvimento desse setor no Brasil. Milhões de informações coletadas por meio de cadastro de clientes e fornecedores, por cookies nas plataformas digitais, bips em feiras e outros. Existe uma grande variedade de dados armazenados hoje e, apenas uma pequena parte desses é de fato analisada, gerando informações para tomadas de decisões e ou ações voltadas ao negócio. Big Data é justamente o emprego da análise de um grande volume de dados, dos mais variados tipos, que uma vez interpretados possibilitam visões privilegiadas ou novos conhecimentos. Mas porque a LGPD é um dos assuntos do momento no mundo empresarial? Porque agora existe uma lei específica para tratar do assunto sobre Dados e proteger os direitos de seus proprietários. Informações essas que podem identificar indivíduos e suas características e ou seus contatos pessoais. Agora essas informações serão consideradas "dados sensíveis", como por exemplo, o CPF, filiação, renda, endereços, e-mails, telefones, entre outros. Agora, a pessoa a qual os dados armazenados identificam, total ou 50 www.revistaebs.com.br | 21a edição

parcialmente, tem o pleno poder de decisão sobre o que fazer e a quem compartilhar tais informações. Para quem trabalha no setor, o ponto crucial é rever todo o processo e definir uma politica na empresa para a captação e armazenamento dos dados. Será requisitada a formalização do consentimento dos donos dos dados, ao ceder ou compartilhar suas informações pessoais, independente do ambiente ou da plataforma. É lei. É preciso consentimento. É indispensável à formalização do que está sendo capturado, armazenado e explicitar todo tipo de uso e tratamento que serão aplicados às informações coletadas de cada indivíduo. Com base no direito a privacidade de cada cidadão, entende-se que os dados são extensões das pessoas e os mesmos devem ficar sob a segurança e alcance apenas dos que tiverem permissão. Daqui por diante serão exigidos comprovantes que atestem essa troca e o consentimento entre as partes. Sejam por meio de cupons, contratos, protocolos digitais, não importa, o foco é ter permissão de guarda e uso das informações formalizadas, para que caso seja necessário ou solicitado, as mesmas sejam acessadas, informadas, corrigidas ou apagadas. Caso contrário é preciso trabalhar dentro de um direcional de legitimidade, muito bem estudado e planejado, para que se justifique a ausência dos protocolos exigidos. Assim apoio e aconselhamento jurídico se faz necessário para mitigar qualquer risco na interpretação da nova lei. A palavra; "relacionamento", ganha peso estratégico e, cada vez mais, as empresas deverão apresentar argumentos e criar benefícios para continuar nesse processo com seus clientes de coleta, troca de informações e constante aperfeiçoamento das relações. Mais do que nunca estratégias de CRM farão a diferença para um resultado positivo nas organizações empresariais.

Divulgação

LGPD, você sabe o que é? Pare um minuto e leia isso

Um conjunto de dados tem o poder de identificar pessoas e podem contar histórias se interpretados adequadamente. Muitos usam bem isso e bebem na fonte do marketing de precisão e veem suas vendas aumentarem, já outros não utilizam para nada e dificilmente passarão a adotá-los uma vez que a nova lei torna o processo de regulamentação do uso de dados mais denso e trás um risco para as operações que não estiverem atentas aos novos procedimentos. As empresas que investirem em relacionamento e na construção de novas bases de dados com a premissa da permissão, sem dúvida, terão um grande diferencial competitivo nos negócios. A LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados – Lei nº 12.965) se fará valer por meio de um novo órgão regulador e fiscalizador federal, que será o responsável por toda e qualquer questão envolvendo direitos de privacidade, vazamento de informações ou qualquer outra desavença que o mal uso ou falta de governança possam acarretar. A obrigação das empresas para com o órgão é comunicar de forma clara a maneira como lida com dados sensíveis. Esse cenário gera a necessidade de um novo profissional com perfil específico: o "Data Protection Officer" (DPO), mas pode ser um gerente de CRM, um analista de relacionamento, não importa. Se sua empresa não tem essa posição bem definida na estrutura, é importante iniciar ou contratar alguém para a função. Somente com foco e disciplina no mapeamento dos dados sensíveis existentes e o desenho de uma nova postura de coleta, armazenamento, segurança e uso dos dados é que as empresas estarão em conformidade e, por consequência, mais competitivos nos segmentos que atuam. O futuro aponta para um mercado mais digitalizado que deve buscar um equilíbrio maior entre o software e o peopleware para aprimorar o relacionamento com seus clientes, ao ponto de transformar uma simples troca de informações, no termômetro da confiança na relação consumidor e marca.

Marco Guidi é publicitário e diretor executivo da ConvergeOne, empresa especializada em inteligência de dados e CRM


5–6 junho . 2019

Centro de Convenções Rebouças . 8h-13h

4o Congresso MICE Brasil O Congresso MICE Brasil é o maior evento de conteúdo dirigido à indústria dos eventos corporativos, incentivos, congressos, feiras e entretenimento. Dois dias intensos de discussão, networking e enriquecimento profissional.

Inscrições Abertas

500

CONGRESSISTAS PARTICIPAM DE

16

HORAS DE CONTEÚDO DURANTE

2

DIAS DE EVENTO

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Novidade

Pré-Congresso


Centro de Convenções Rebouças . São Paulo . 13h30-19h

Evento Business Show

17 a

EDIÇÃO

Feira da Indústria dos Eventos Corporativos, Incentivos, Congressos, Feiras e Treinamentos & Desenvolvimento

O maior evento do Brasil dirigido aos segmentos MICE e T&D que proporciona networking qualificado, enriquecimento profissional e, principalmente, oportunidades de negócios.

Eventos paralelos

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www.feiraebs.com.br Organização e Promoção

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