Revista Fecomércio PR - nº 90

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REVISTA DO SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR REVISTA DO SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR www.fecomerciopr.com.br www.sescpr.com.br www.pr.senac.br FECOMÉRCIO PR Rua Visconde do Rio Branco, 931, 6º andar CEP 80410-001 Curitiba Paraná 41 3883-4500

ano XII nº 90 setembro | outubro 2012

Índice CAPA pág. 16

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Artigo

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Depois do casamento vem o filho

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Otimistas, porém

Retrocesso do liberalismo econômico cautelosos

Diretor Regional do Sesc PR José Dimas Fonseca

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Diretor Regional do Senac PR Vitor Monastier

Notas

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NÚCLEO DE COMUNICAÇÃO E MARKETING jornalismo@fecomerciopr.com.br 41 3883-4530

Sesc de cara nova

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R$46 milhões em gratuidade

Coordenador do Núcleo de Comunicação e Marketing Cesar Luiz Gonçalves

INVESTIMENTOS pág. 62

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G7 adere ao Paraná sem Corrupção

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Jornalistas Responsáveis Karla Santin DRT-PR 6657 Silvia Bocchese de Lima DRT-PR 6157 Redação e Revisão Carolina Lara, Fernanda Ziegmann, Giana Andonini, Isabela Mattiolli, Karen Bortolini, Karla Santin e Silvia Bocchese de Lima

Palavra do Presidente A reação da economia e o otimismo do empresário

Presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR Darci Piana

Coordenador de Jornalismo Ernani Buchmann

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Maratona de Foz,a mais simpática

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Um dia de superação e glória

RECONHECIMENTO pág. 70

Estagiárias Jessica Lago Silvana Kogus

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Unidade Móvel chega a Cambará

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O caminho para a sustentabilidade

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II Fórum Social da Educação

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Senac inaugura escola em Umuarama

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Histórias que o Pedro conta

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Um baú de história

1º Prêmio Fecomércio PR de Jornalismo

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Reintegração social à Colônia Pós em Docência Penal Agroindustrial

Fotos Ivo José de Lima Arte e Diagramação Vera Andrion

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Tilápia, o peixe topdo Paraná

Impressão – CTP Graciosa Gráfica – Curitiba Tiragem 10 mil exemplares

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Uma visão de planejamento

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Um cobiçado e preparado Literatura movimenta cidades destino

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Crônica

No interior do Paraná, saltimbancos que somos

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Crônica

Tão jovens porém ERRATA Diferentemente do que foi citado na edição nº 89 da Revista Fecomércio PR, na página 76, quem está ao lado do homenageado Gilberto Furlan é o prefeito de Toledo, José Carlos Schiavinato.

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Sindivarejista de Campo Largo, tradição desde 1933

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CNC e Fecomércio PR participam do 19º Congresso WFBSC

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A Independência feita no grito

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Mudança de rumo

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PalaVRa dO PRESidEnTE

a reação da economia e o otimismo do empresário Darci Piana Presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR

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atividade econômica brasileira, que refluiu suas projeções de crescimento depois do primeiro semestre, voltou a dar motivos para o otimismo do empresariado, com os dados revelados pelas últimas pesquisas. É o que mostramos nesta edição, que antecede o grande período de vendas do comércio a partir de novembro. de toda maneira, mesmo antes da revelação dos números otimistas, mantivemos a política de seguir com os investimentos, já que nosso objetivo é ampliar sempre mais a capacidade de atendimento do Sistema em todo o estado. assim é que aprovamos o investimento de R$ 46 milhões para os programas de gratuidade do Senac em 2013. um valor significativo, que mostra o incremento dos valores investidos na oferta de cursos gratuitos: passamos de R$ 19 milhões em 2011, para R$ 30 milhões este ano. um crescimento de 53% em relação ao ano anterior. É esta confiança do empresariado paranaense do comércio de bens, serviços e turismo que nos motiva e impulsiona, porque mostra a larga visão de quem é responsável por 478 mil empresas ativas no estado, gerando quatro milhões de empregos diretos.

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Mas os investimentos não ficam apenas no Senac. Os planos do Sesc e da fecomércio seguem inalterados, o que nos permite visualizar a novos parâmetros de abrangência nos próximos anos. as realizações, assim, se sucedem. a Vi Maratona internacional de foz do iguaçu Sesc PR foi um exemplo do quanto um evento dessa natureza é capaz de amplificar a imagem de eficiência e receptividade angariada pelo Sesc e pelo Sindicato do comércio Varejista de foz do iguaçu, graças, também, aos diversos parceiros que nos permitem promover a prova no alto nível que ela exige. com mais de mil atletas participando, tendo as duas maiores atrações da região como cenário, a programação da Maratona já está consolidada entre as maiores do país. Outro destaque foi o fórum Social da Educação, reunindo no Hotel Sesc caiobá mais de 400 instrutores do Sesc e do Senac responsáveis pelas atividades do contraturno. Tivemos a oportunidade de garantir a ampliação do projeto para 2013, tendo em vista o sucesso que ele vem obtendo desde sua implantação. Por último, não podemos deixar de externar a participação do Sistema fecomércio Sesc Senac Paraná entre as entidades apoiadoras do congresso WfBSc que reuniu empresários do comércio em nível mundial. O sucesso obtido comprova a importância do segmento, inclusive pela importância oferecida à questão da sustentabilidade, tema que a cada dia passa a ter mais relevância para o correto desenvolvimento da sociedade.

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Retrocesso do liberalismo econômico Antonio Oliveira Santos Presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo

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Crisitna Bocayuva

á muito tempo, mesmo os economistas mais ortodoxos, mu itos invocando Keynes, repudiam as propostas do laissez faire – laissez passer passer, lançadas por adam Smith, em 1776, segundo as quais o mundo econômico se autorregula e o mercado é ordenado por uma “mão invisível” que dispensa a presença e a intervenção regulatória do Estado. durante muitos anos, o liberalismo econômico pautou o relacionamento do Estado com a iniciativa privada, no pressuposto de que a dinâmica econômica, pela via principalmente da lei da oferta e procura, assegura o equilíbrio das forças do mercado. Sucessivas crises econômicas, principalmente a partir da grande depressão dos anos trinta, provaram o contrário. deixado ao livre arbítrio dos agentes econômicos, o mercado tende ao abuso, à exploração do mais fraco pelo mais forte, ao monopólio, ao enriquecimento ilícito. com o avanço da tecnologia da informática, que imprimiu extrema velocidade às operações no comércio internacional, e, especialmente, ao sistema financeiro, esse espantoso crescimento deu margem às formas mais abusivas de especulação e desvios da boa administração. as operações de hedge e derivativos nas Bolsas de Mercadorias e futuros transformaram o mercado de capitais em verdadeiro cassino. no início, esses avanços da tecnologia produziram uma intensa euforia, tanto dos empresários como dos consumidores, com a inusitada expansão do crédito, praticamente sem limites. no fim do século XX, tivemos vários anos de forte expansão econômica, interrompidos apenas em 2001, pelo atentado terrorista nos Estados unidos. logo depois, voltaram o

otimismo, o açodamento do consumo e a explosiva expansão do crédito e da securitização. O sistema financeiro adquiriu uma acintosa prevalência sobre a economia real. Em setembro de 2008, deu-se a quebra do Banco lehman Brothers, pondo a descoberto toda a trama especulativa do sistema financeiro. a partir daí, o mundo se deu conta de que tudo isso aconteceu pelo excesso de liberdade conferido especialmente aos bancos e à ausência de uma prudente fiscalização e regulação de parte do Estado. a crise financeira e fiscal, seguida de impressionantes níveis de desemprego, assombrou a economia dos Estados unidos e da Europa. a crise pouco nos ensinou em termos de teoria econômica, mas deixou uma lição dramática: o liberalismo econômico foi posto em cheque e nem os mais ortodoxos economistas são capazes de defendê-lo sem reservas. O grande risco, agora, é o ressurgimento dos socialistas, mancomunados com fanáticos ambientalistas, que vão ao extremo ideológico de propor o fim da empresa privada e do direito à propriedade, a essência do capitalismo. É impressionante a audácia de alguns ambientalistas que propõem um novo modelo de desenvolvimento econômico, baseado no crescimento zero dos países desenvolvidos e emergentes, como resposta à expansão demográfica, a fim de evitar uma dramática crise de alimentos, de água e de energia. Mesmo no Brasil, que não tem esses problemas, há fortes correntes, inclusive no Governo, advogando drásticas providências para “erradicar a pobreza mundial”. fez-se uma perniciosa confusão. O erro não está no capitalismo privado, mas, no excessivo liberalismo e na falta de adequada regulação e eficiente fiscalização da parte do Estado. cabe ao Estado corrigir essas distorções.

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A edição 2012 do Festival Jacarezinhense da Canção – Fejacan, realizado pelo Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, em parceria com a Prefeitura de Jacarezinho, recebe músicos de todo país. Trata-se de uma mostra que tem como objetivo proporcionar

o intercâmbio e a promoção de talentos, além de incentivar a difusão da música e o desenvolvimento da produção musical no Paraná. Neste ano foram aceitas canções de diferentes gêneros, composições instrumentais populares e eruditas, mas a exigência foi que todas fossem em língua portuguesa ou idioma indígena. O Fejacan 2012 será nos dias 8

Centro de Letras do Paraná

e 9 de novembro, no Cine Teatro Iguaçu e pelo segundo ano, realizará o Fejacan nas Escolas – um projeto de oficinas musicais, que promove a interação entre compositores e intérpretes de todo o país com alunos do ensino fundamental de Jacarezinho. Neste ano, o show de encerramento do Fejacan será com o músico Guilherme Arantes.

Durante a reunião de diretoria da Fecomércio PR, realizada no dia 28 de setembro, o vice-presidente, Paulo Nauiack, repassou ao presidente da instituição, Darci Piana, a comenda que recebeu em nome dele, em 18 de setembro. A comenda “Emiliano Perneta” foi concedida pelo Centro de Letras do Paraná na ocasião da comemoração de 100 anos de sua fundação. Na data, Piana participava da inauguração do novo Senac Umuarama e por isso não pôde estar presente na cerimônia. A homenagem ocorreu por reconhecimento e gratidão à participação do dirigente nos projetos e realizações do cenáculo.

Sindepar certifica despachantes de trânsito O Sindicato dos Despachantes do Paraná (Sindepar) promoveu em outubro, jantar em Curitiba, para a entrega dos certificados do curso de capacitação dos despachantes. A ocasião também marcou a comemoração do dia Despachante de Trânsito. As aulas ocorreram nas unidades do Sesc PR, de maio a setembro

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e contaram com a participação de mais de 800 profissionais da área em todo o estado. Aproximadamente 250 despachantes de Curitiba e Região Metropolitana receberam o certificado do curso durante a cerimônia que reuniu familiares, membros do Detran e Ciretran, representantes do Ministério Público e dos três poderes, além de

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presidentes e diretores de sindicatos. Estavam presentes também o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana; o vice-presidente do Sindepar, Willian Araújo Roberto; e o diretor da Divisão de Saúde e Ação Social do Sesc PR, Francisco da Costa e Silva, que representou o diretor regional do Sesc PR, Dimas Fonseca. setembro

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Cultura Japonesa

O cônsul-geral da Polônia, Marek Makowski; o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, e o cônsul-geral do Japão, Noboru Yamaguchi, durante a cerimônia de abertura do Mês da Cultura Japonesa

Em outubro, comemora-se o Mês da Cultura Japonesa e o Consulado Geral do Japão em Curitiba promoveu no dia 4, o jantar de abertura das festividades. O presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, participou do evento, na residência do Cônsul-Geral do Japão, Noboru Yamaguchi, em que foram apresen-

tados bonecos tradicionais; a arte de arranjos florais - a Ikebana - e os instrumentos de cordas japoneses, pouco conhecidos no Brasil: o Koto e o Shamisen, de 13 e três cordas, respectivamente. As atividades prolongam-se até o fim do mês e, em diferentes locais da capital paranaense, serão realizadas exposições culturais so-

bre desenhos japoneses, o animê e o mangá; de Ikebana, concurso de oratória, mostra de cinema japonês e show musical “Infinity – impressões do Japão”. A programação completa está disponível no site www.curitiba. br.emb-japan.go.jp. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (41) 3322-4919.

Campanha do Brinquedo A Campanha do Brinquedo 2012, realizada pelo Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, em parceria com o GRPCOM, inicia-se no dia 5 de novembro. Você pode doar brinquedos novos e usados e fazer crianças mais felizes neste Natal. Os donativos serão entregues em entidades sociais de todo o Paraná. As arrecadações acontecem até 21 de dezembro. Os brinquedos podem ser doados em qualquer unidade do Sesc, do Senac ou em veículos de comunicação do GRPCOM. O momento de entrega será mágico para as crianças, com a presença do Papai Noel, que distribuirá também doces e balas.

Participe você também e doe um sorriso a uma criança!

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Os 40 anos do Sebrae Luiz Costa/ La Imagen

Presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/PR, Jefferson Nogaroli e o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana

O Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa foi comemorado em 5 de outubro com um evento que celebrou também os 40 anos de atuação do Sebrae. O Castelo do Batel, em Curitiba, recebeu os colaboradores das cinco regionais, dos 11 escritórios e dos 28 postos de atendimento do Sebrae no estado, que atuam nos 399 municípios paranaenses, além de parceiros

e lideranças. O presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, prestigiou o evento, assim como o vice-presidente da Fecomércio PR, Ari Faria Bittencourt, o diretor Sindical da Fecomércio PR, Alberto Samways e o assessor técnico da Fecomércio PR, Paikan Salomon de Mello e Silva. O jornalista e apresentador do programa Show Business TV, João Dória

Jr., ministrou a palestra “Empreendedorismo como fator indutor do desenvolvimento”, durante o evento. Além de confraternizar, o Sebrae/PR homenageou três empreendedores paranaenses atendidos pela entidade. O vice-presidente da Fecomércio PR, Ari Fatia Bittencourt, o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/PR, Jefferson Nogaroli e o diretor-superintendente do Sebrae/PR, Allan Marcelo de Campos Costa, entregaram os certificados aos empreendedores: Antonia de Fátima Oliveira Ferreira, Carlos Guedes e Roberto Alcântara. Também homenageado, Hélio Cadore, foi aplaudido em pé pela dedicação de 33 anos de seu trabalho à entidade.

Vida de chef é tema do encontro mensal da WTC

O Paço da Liberdade foi palco do encontro mensal que reúne os associados do World Trade Center (WTC) de Curitiba. A reunião de outubro teve o tema “Vida de Chef”. Participaram do debate cinco renomados chefs de cozinha do cenário curitibano: Beto Madalosso, da Forneria Copacabana; Gustavo Alves, do Bistrot L’Épicerie; Junior Durski, do Restaurante Durski e Made-

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ro Prime Steakhouse; Manu Bufara, do Restaurante Manu; e Marcelo Amaral, do Lagundri Bistrô. Conduzido pelo diretor regional do Senac PR, Vitor Monastier, com a participação do presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, e do diretor regional do WTC Curitiba, Luiz Alberto Lenz de Paula Cesar, o bate-papo entre os chefs abor-

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dou temas como a importância da capacitação no ramo da gastronomia e as perspectivas em relação à Copa de 2014. Os cinco convidados puderam compartilhar seus cases, contando como iniciaram no ramo da gastronomia, quais os desafios que encontram na gestão de seus negócios e a importância que dão para a utilização de produtos locais, entre outros. setembro

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XXII Convenção Anual da Faciap

Ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Gleisi Hoffmann, durante sua palestra

Do dia 30 de setembro a 2 de outubro, a Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap) promoveu no hotel Mabu, em Foz do Iguaçu, a XXII Convenção Anual. Participaram do evento empresários e membros de entidades re-

presentativas do comércio. A programação incluiu palestras, debates, mesas-redondas e sessões plenárias. Quem realizou a abertura do evento foi o presidente da Faciap, Rainier Zielasko, seguido de palestra da ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Gleisi

Hoffmann. A ministra-chefe destacou entre outros assuntos, o fato do governo valorizar o trabalho conjunto entre a iniciativa pública e a privada, tal como feito no Fórum Permanente Futuro 10, que recentemente apresentou seu planejamento em audiência na Casa Civil, em Brasília.

25 anos A partir do dia 3 de dezembro os comerciários podem inscrever-se para a 25ª edição do Sesc Triathlon Circuito Nacional, etapa Caiobá – a prova mais tradicional e ininterrupta do Brasil. Para o público não comerciário, as inscrições abrem no dia 10 de dezembro. A competição abre o calendário do Sesc Triathlon Circuito Nacional, no dia 3 de março de 2013. O Sesc

pretende incentivar e dar a oportunidade da prática de atividades físicas por meio de uma prova de qualidade técnica e segura, que engloba as modalidades natação, ciclismo e corrida. Para o aniversário de 25 anos da prova, estão sendo aguardados 1,2 mil atletas e com isso, superar o recorde de inscrições, que podem ser feitas exclusivamente pelo site www.sescpr.com.br. www.sescpr.com.br

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TRanfORMaçãO

SESC de cara nova Em seu aniversário nacional de 66 anos, a instituição muda sua marca e traduz novos anseios: transformação e novos horizontes Texto: Silvia Bocchese de Lima

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uito além de representar simbolicamente uma entidade, uma marca traduz valores e objetivos que são revelados em sua tipologia, cores e signos. foi assim com a marca Sesc, desde a sua criação, em 1946. neste período, a sociedade vivia o pós-guerra e as ações do Sesc estavam focadas em saúde, prevenção e amparo – conceitos revelados em sua marca. Treze anos depois, a família foi incorporada à logo e foram intensificados os serviços e oportunidades. não foram apenas a sociedade e a marca que se modificaram, o Sesc também se transformou ao longo da história, a ponto de ser reconhecido como uma instituição promotora de qualidade de vida e bem-estar aos comerciários e seus dependentes. no aniversário de 66 anos no Brasil, em 13 de setembro, o Sesc apresentou ao público a sua nova identidade, uma marca mais moderna e dinâmica que passa a ser

única em todo o território nacional. Esta mudança mostra o posicionamento da instituição e o conceito que vem sendo trabalhado em todos os seus projetos, o de transformação e de novos horizontes. Para Maria luz, presidente da Pachaging Brands, agência responsável pela criação da nova identidade, a marca é um dos maiores patrimônios de uma instituição. “Ela é um símbolo que resume sua essência e que procura fazer com que as pessoas se identifiquem com seus valores. a nova marca do Sesc traduz um momento atual da instituição. nela podemos ver presentes os conceitos de proteção e projeção, papéis do Sesc como agente social do Brasil”, salienta. O diretor-geral do departamento nacional do Sesc, Maron Emile abi-abib, enfatiza que a nova marca foi pensada e discutida por técnicos de comunicação de todo o país e pelo diretores regionais. “foi um trabalho conjunto, no qual refletimos muito sobre a importância de traduzirmos

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ao nosso público, em todo o país, nossa lição e nossos valores. cada um de nós é responsável por ela e depende de cada uma de nós mostrar, por meio desta nova marca, a essência de nossa instituição”, pontua. Para o diretor regional do Sesc PR, dimas fonseca, a marca reforça a identidade única da instituição. “Este é um momento importante para o Sesc, que está há mais de 65 anos no Paraná, transformando vidas e promovendo qualidade de vida”, diz. a ideia de unicidade é também defendida pelo técnico de desenvolvimento físico e Esportivo, da unidade Sesc em foz do iguaçu, claudio Henrique Panni. “com a nova marca temos a padronização da marca Sesc nacionalmente. faço parte de uma única marca, de um único Sesc. É o fortalecimento da instituição Sesc como um todo”, avalia. no período de um ano, todas as fachadas dos centros e espaços operacionais estarão atualizadas, de forma a criar uma unidade nacional.

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GRATUIDADE

R$46 milhões em Senac PR ofertará 20 mil vagas em cursos gratuitos em 2013 Texto: Karla Santin

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Senac PR investirá R$46 milhões de recursos próprios em cursos gratuitos em 2013. Com isso, serão ofertadas 20 mil vagas do Programa Senac de Gratuidade (PSG) em todo o estado. O programa, criado em 2008, ampliou a oferta de vagas gratuitas para população de renda baixa, custeadas pela contribuição compulsória do Senac. Os percentuais investidos vêm

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aumentando gradativamente e chegarão a 66,6% até 2014. Em 2011, o Senac PR direcionou R$19 milhões ao PSG, que atendeu a mais de 9 mil pessoas. Neste ano, a previsão é que sejam investidos R$30 milhões em cursos gratuitos que capacitarão 14 mil alunos. Mais do que números, o Programa Senac de Gratuidade representa a oportunidade de construir uma vida

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melhor para milhares de paranaenses de baixa renda. Ao ensinar as competências e técnicas de uma ocupação, o Senac dá condições para o desenvolvimento da cidadania. O diretor regional do Senac PR, Vitor Monastier, destaca que a ampliação de 53% no volume de recursos destinados a cursos gratuitos está em consonância com o conceito de Sociedade do Conhecimento, defendido por Peter Druker. No livro Sociedade Pós-capitalista, o “pai da administração moderna” defende que o recurso econômico não é mais no capital, a terra ou a mão de obra, mas o conhecimento.

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gratuidade O saber aplicado ao trabalho é a única ferramenta capaz de abranger os planos econômico e social. “Ao investir o montante de R$ 46 milhões em 36 pontos no estado, onde estão localizadas nossas Unidades de Educação Profissional, estamos contribuindo diretamente para o desenvolvimento econômico e social do Paraná", afirma. Segundo o diretor regional, os principais pontos do programa de gratuidade em 2013 serã os cursos técnicos e de aprendizagem, com

carga horária e duração maiores. Das 20 mil vagas ofertadas, 6,6 mil devem ser preenchidas por jovens aprendizes. “Na aprendizagem comercial e nas habilitações técnicas de nível médio, o aluno permanece mais tempo em sala de aula e recebe uma formação completa para iniciar sua carreira”, avalia Monastier. A instituição oferta cursos de aprendizagem nas áreas administrativas, comércio, saúde, gastronomia e hotelaria. Os títulos das habilitações técnicas também são

Senac Toledo. Em uma sequência de inaugurações de escolas, o Senac amplia as oportunidades de qualificação profissional no interior do Paraná

bastante variados. Entre eles estão o Técnico em Design de Interiores, Enfermagem, Eventos, Guia de Turismo, Podologia e Radiologia. As inscrições para os cursos gratuitos de 2013 já estão abertas. Os interessados precisam ter renda familiar per capita de até dois salários mínimos e atender aos pré-requisitos do curso escolhido. Para calcular a renda per capita é só somar os salários de todos os membros da família e dividir o resultado pelo número de integrantes.

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Desde a inauguração, em 2010, o Senac Campo Mourão formou quase mil pessoas gratuitamente, em 23 mil horas de aulas

Serviço: As inscrições para o Programa Senac de Gratuidade são feitas exclusivamente pelo site www.pr.senac.br/psg. Mais informações no 0800 643 6 346.

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G7 adere ao Paraná sem corrupção Texto: Karen Bortolini

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ntegrantes do G7 assinaram termo de adesão ao movimento Paraná sem corrupção, promovido pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR). O presidente darci Piana, do Sistema fecomércio Sesc Senac PR – uma das entidades integrantes do grupo – assinou o termo ao fim da soleni-

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dade, que ocorreu na sede do MP, no dia 17 de setembro. O movimento foi iniciado em maio de 2012 e vem mobilizando empresários do estado e a sociedade em geral. a subprocuradora-geral de Justiça para assuntos Jurídicos do MP-PR, Samia Saad Gallotti Bonavides, que representou na

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solenidade o procurador-geral de Justiça do Paraná, Gilberto Giacoia, explicou que o Paraná sem corrupção é apartidário e visa disseminar cultura, honestidade e sensibilização social. com o interesse das sete entidades do setor produtivo do estado o movimento ganhou ainda mais força. a iniciativa tam-

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bém está ligada à área de educação, pois pretende ensinar a crianças e jovens, valores como a honestidade. Para isso conta com apoio da Secretaria de educação do Paraná. Piana destacou que o estado vive um importante momento no combate à corrupção. Ele afirmou que as entidades integrantes do grupo representam milhares de pessoas, formadoras de opinião. “Este movimento atende ao objetivo de todos os paranaenses. a corrupção deve acabar, pois ser honesto não é uma obrigação, é um dever de todos, portanto estas instituições devem ser exemplo. Pela fecomércio, posso dizer que ficamos honrados em participar do movimento”, afirmou o presidente.

Estima-se que esta mobilização tenha repercussão nacional. “Estamos mostrando para o estado que aqui tem gente de bem e que quer combater as pessoas que enfraquecem a nação ao desviar anualmente R$45 bilhões”, frisou o presidente da associação comercial do Paraná (acP), Edson José Ramon. O coordenador do movimento, o promotor de Justiça Eduardo cambi, frisa que, em período eleitoral, exercer cidadania é também fiscalizar os candidatos. Segundo cambi, o comitê pretende mostrar aos eleitores, especialmente aos mais jovens, que o voto democrático é uma conquista para a sociedade e que não deve ser desperdiçada.

G7

O G7 é formado pelo Sistema fecomércio Sesc Senac PR, associação comercial do Paraná (acP), federação da agricultura (faep), federação das indústrias do Paraná (fiep), Organização das cooperativas do Paraná (Ocepar), federação das associações comerciais do Estado do Paraná (faciap), e federação das Empresas de Transporte de cargas do Estado do Paraná (fetranspar). assinaram o termo, além do presidente do Sistema fecomércio PR, darci Piana, o presidente da fiep, Edson campagnolo; o presidente da acP, Edson José Ramon; o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski; o presidente da faciap, Rainier Zielasko; o diretor executivo da fetranspar, coronel Sérgio Malucelli; e o diretor financeiro da faep, João luiz Rodrigues Biscaia.

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Representantes do G7 assinaram o termo de adesão ao movimento Paraná sem Corrupção

dESTaQuES PRESEnTES Também representaram o Sistema fecomércio Sesc Senac PR, o vice-presidente, Paulo césar nauiack; o diretor de Planejamento e Gestão, dieter lengning; o diretor da câmara de comércio Exterior, Rui lemes; o diretor sindical, alberto Samways, o diretor regional do Sesc PR, dimas fonseca; o presidente do Sindetur, nelson Pires de Moraes Júnior; ademir Barbosa, também do Sindetur; o presidente em exercício do Sinditiba e diretor da fecomércio PR, luiz Gonzaga fayzano neto; e do mesmo sindicato Esrom Guernieri; o presidente do Sindiplan e diretor da fecomércio PR, francisco Macedo Machado; o presidente do Sindepar e diretor da fecomércio PR, Everton calamucci; o presidente do Sesfepar e diretor da fecomércio PR; Gélcio Miguel Schibelbein; o assessor da presidência da fecomércio PR, Guilherme Piratello. www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

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ESPORTE cultura capa

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MARATONA de Foz, sucesso cada vez maior Organização e cuidado especial garantem retorno e satisfação dos atletas Texto: Karen Bortolini | Fotos: Aurea Cunha, Ivo Lima e Jean Pavão

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oi quase um ano de preparação para que a sexta edição da Maratona Internacional de Foz do Iguaçu do Sesc PR acontecesse. Tudo pronto para mais uma largada. A beleza das Cataratas, eleita uma das maravilhas do mundo, atraiu atletas de diversos estados do Brasil e dos países vizinhos a participar da prova, que a cada ano conquista a simpatia

nacional, também por sua organização impecável. Neste ano, uma novidade, a maratona de revezamento, uma possibilidade para quem ainda não se arrisca nos 42,195km. A prova, com largada no mirante do vertedouro da Itaipu Binacional e chegada no Parque Nacional do Iguaçu, foi realizada no dia 30 de setembro, sob sol forte. No feminino a primeira colocada

Maratona de Revezamento

Corrida de 11,5km

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foi a bicampeã Ednah Mukhwana, que chegou em 2h43min34s, tempo recorde entre as mulheres participantes de todas as edições da Maratona de Foz. Quem chegou em segundo foi a paraguaia Carmen Patricia Martinez Aguiler, que completou a prova no tempo de 2h51min20s, seguida da brasileira Elizabeth Esteves de Souza, com 2h52min41s. O troféu de primeiro coloca-

A primeira colocada da Maratona foi Ednah Mukhwana

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ESPORTE culTuRa caPa

“Quando iniciou, como Maratona das Águas, a prova contava com menos pessoas, e este número vem crescendo a cada ano. Hoje estimulamos o turismo, pois os participantes trazem amigos, parentes, o que é muito bom para esta cidade”. Vice-presidente da Fecomércio PR Ari Faria Bittencourt

do no masculino, na categoria elite, foi para o também queniano david Kiprotich Bowen, com o tempo de 2h20min07s. Poucos segundos depois chegou o mineiro, João Marcos fonseca, o João Gari, com a marca de 2h20min45s, seguido por Willian Salgado Gomes, com 2h21min41s. correndo pela terceira vez, a expectativa de João Gari se concretizou na prova. um dia antes de competir ele almejou o pódio. “Venci em 2010 e em 2011 fiquei atrás do queniano. Estou bem preparado, mas a marcação do Quênia é cerrada. Quero terminar a prova bem e o pódio será decorrente de meu desempenho”, previu o atleta.

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João Gari começou a correr em é um dos favoritos do Brasil. “Sou coBelo Horizonte em uma competição nhecido como João Gari, mas tenho para garis, quando descobriu seu ta- a corrida como profissão”, conta ele e complementa que se sente em casa ao correr em foz do iguaçu, pois adora a prova, o percurso e a “agradecemos e parabenizaorganização. mos o Sistema fecomércio, que na categoria cadeirante, o incentiva esta modalidade. isso primeiro lugar, com folga, foi de possibilita que um grande númeJaciel antonio Paulino, que chero de pessoas pratique esporte ao gou no tempo de 2h22min43s. participar da prova”. Já a primeira mulher cadeirante Presidente do Sinfarma do Oeste do Paraná a chegar foi Gévelyn almeida de Nelcir Ferro Quadros, que completou o percurso em 4h03min29s. foram 570 atletas participanlento de corredor ao vencer a prova. tes vindos de sete países para parna época, com dificuldades financei- ticipar dos 42,195km. no mesmo ras, ele procurou um treinador e hoje dia também foi feita a prova dos

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11,5km, no Parque Nacional do Iguaçu, com percurso bem arborizado e subidas intensas. Somados os participantes do revezamento e da prova dos 11,5km, foram 1.071 corredores.

Para o diretor de Esportes e Lazer do Sesc PR, Marcus Vinícius Mello, a prova alia o esporte à res- sua chegada à cidade, ponsabilidade social. Ele conta que hospitalidade, transporte, logística com o revezamento as inscrições na hora da prova, para que ele volte satisfeito”, comenta. A Maratona InternacioORGANIZAÇÃO nal de Foz do Iguaçu Sesc PR “O Sindicato e os empresários de Foz Muitos setores e unié uma iniciativa do Sistema do Iguaçu creem que o Sesc cumpre seu dades do Sesc foram enFecomércio Sesc Senac PR, compromisso social, ao realizar este tipo de projeto, e, assim, incentiva a prática de volvidos nesta edição da em parceria com a Itaipu Biatividades físicas”. Maratona. Ao todo, 820 nacional, Parque Nacional colaboradores, parceido Iguaçu e Prefeitura de Presidente do Sindicato Patronal do Comércio Varejista ros e acadêmicos trabaFoz do Iguaçu. Conta com de Foz do Iguaçu e Região Carlos Nascimento lharam na organização. apoio do Sindicato Patronal “Cada um deixou sua do Comércio Varejista de unidade para vir com Foz do Iguaçu, da Câmara energia e comprometimento para superaram a marca do ano passa- da Mulher Empreendedora e Geseste evento”, afirmou o gerente exe- do. “A ideia é que esta prova seja tora de Negócios de Foz do Iguacutivo do Sesc Foz do Iguaçu, Luiz a mais simpática e acolhedora do çu (CMEG) e patrocínio da Caixa Langoski. país. Recebemos bem o atleta desde Econômica Federal.

“A organização e o comprometimento dos colaboradores são o grande diferencial deste evento do Sesc Paraná”. Diretor regional do Sesc PR Dimas Fonseca

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CAPA

CONGRESSO TÉCNICO No dia anterior à prova os maratonistas participaram do congresso técnico oferecido pelo Sesc PR, quando foi explicado o percurso e entregues os kits dos atletas. Na ocasião o diretor regional do Sesc PR, Di-

mas Fonseca, deu boas vindas, salientou a satisfação de receber este volume de atletas e reiterou que esta é uma prova muito forte no calendário nacional. O gerente de Esportes do Sesc PR, Otton Bernardelli, as-

segurou os participantes ao explicar sobre a estrutura médica da prova, prova, contando com atendimento médico, ambulâncias, enfermeiras e batedores. Além disso, apontou todos todos os postos para drinks especiais e hidratação.

“Um dos grandes diferenciais desta prova é o fato de ela ser realizada dentro de uma unidade de conservação, o Parque Nacional do Iguaçu. Por isso são tomados todos os cuidados necessários, inclusive com as normas de visitação. É muito importante essa interação entre esporte, saúde e meio ambiente”. Diretor do Parque Nacional do Iguaçu Jorge Pegoraro Neste ano foram plantadas 2,2mil mudas de árvores

RESPONSABILIDADE AMBIENTAL O Sesc realiza a Maratona com visão de responsabilidade ambiental. Para isso, tudo é planejado para que o ambiente em que acontece a prova seja preservado

e deixado em melhor estado do que o anterior a sua realização. Os carros madrinha da prova são elétricos, as sacolas dos kits dos atletas são produzidas com ban-

ners institucionais recicláveis, o recolhimento de todo o lixo é feito no percurso, e neste ano foi realizado o plantio 2,2mil mudas de árvores.

Serviço: Os resultados, fotos e demais informações podem ser obtidas pelo site www.sescpr.com.br/maratonafoz.

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“A organização da prova foi perfeita. Contamos com a colaboração do Parque Nacional, da Itaipu, da Prefeitura, do Sindilojas, da Polícia Militar, da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros, do Exército Brasileiro e da Marinha. Todos juntos fazendo com que o Sesc mais uma vez mostre sua capacidade de realização e sucesso absoluto. A realização deste projeto gera ganhos a todos os envolvidos e aos participantes na questão da saúde. É por isso que realizamos esta prova, para incentivar a prática de esportes. Lembrando que os primeiros colocados também ganham financeiramente, e a cidade toda lucra com isso, com o volume de pessoas atraídas para Foz. Os hotéis e restaurantes ficam lotados, os bares, postos de gasolina, enfim, todo o comércio é estimulado”. Presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR Darci Piana

“Esta é uma ação muito importante do Sistema Fecomércio, pois motiva o esporte e movimenta o comércio, o turismo”. Presidente do Sindifarma Paraná Edenir Zandoná Junior

“Este evento é um incentivo para o comércio local e temos participantes do Brasil todo e do exterior. Vemos o quanto as mulheres vêm ganhando força nesta prova, ao longo dos anos que estamos acompanhando”. Vice-presidente da CMEG de Curitiba Alice Zandoná

“A Maratona de Foz tem representatividade nacional. É uma grande oportunidade de aprendizado, para nós que viemos de fora”. Assistente da Gerência de Esportes e Lazer do Sesc SP Marcos Martins

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confira o perfil de dois atletas cadeirantes desta edição da maratona:

JaciEl anTOniO PaulinO tância de praticar atividades físicas, ele iniciou no basquete sobre rodas, modalidade que praticou por sete anos. foi neste período que conheceu o atletismo. Quando começou a praticar corrida a maior dificuldade foi a falta de informação sobre a modalidade em cadeira de rodas. Há cerca de oito anos havia poucos cadeirantes nesta prática e, por consequência, o equipamento necessário era de difícil acesso. “a cadeira que comecei era muito pesada. O dobro do peso da que tenho hoje”, lembra. O maratonista explica que os treinos para cadeirantes são bem diferentes dos praticados por atletas sem deficiência. “Os cadeirantes treinam entre 30km a 40km diários, intercalando com musculação. Essa rodagem é semelhante a de quem faz ciclismo, porque em alguns momentos deixamos de impulsionar a cadeira. assim, ela anda alguns metros por si só, e dessa forma conseguimos manter treinos de Jaciel iniciou no esporte com a intenção de buscar qualidade de grande distância”, explica. Há um ano e meio Jaciel convida. “como cadeirante, vi vários deficientes amigos meus ficando segue ter o atletismo como sua obesos, por não fazerem atividades principal atividade, vivendo dessa profissão, mas conta que trabalhou físicas”, conta. ao ter consciência da impor- durante 21 anos em um posto de

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combustível. “Hoje tenho o esporte como meu sustento familiar. Mas vejo muito além disso. É um ótimo meio de reabilitação social para outros deficientes e também um meio de mostrar que todos nós somos iguais e também aprendemos a passar por barreiras na vida, assim como fazemos no esporte”, crê. O atleta afirma que o esporte trouxe autoestima, condicionamento físico e contribuiu para a constituição de sua família, pois conheceu sua esposa em uma corrida no Rio de Janeira. no entanto, não se considera um exemplo de superação, pois acredita que ela esteja dentro de cada um. “depende de nós mesmos darmos um novo rumo para nossas vidas e fazer com que a superação aconteça nas nossas vidas”. Entre as provas que já participou, destacam-se a Maratona de nova iorque; a Meia Maratona de Miami, onde foi campeão; a Maratona de Punta del Este; a corrida de São Silvestre, onde conquistou o tricampeonato; e a Meia Maratona de lisboa. Também foi tricampeão na Maratona de Porto alegre e na Meia Maratona do Rio. Já a Maratona internacional de foz do iguaçu Sesc PR, ele considera a mais difícil do Brasil, por isso adora participar, pois sente que supera um desafio. Participou cinco vezes, sendo campeão em 2008, 2010, 2011 e 2012. setembro

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EDUARDO APARECIDO DE FRAÇA onde jogou por dois anos. Em 2008, começou no atletismo, com sua cadeira de rodas de uso diário, pois não tinha equipamento adequado para esta prática. A falta de apoio e patrocínio foram as maiores dificuldades, e não sua deficiência física. Eduardo conta que em todas as corridas de ruas locais, sempre chegou em primeiro lugar. Ao perceber seu desempenho, ele se desligou do basquete e passou a buscar recursos para comprar uma cadeira própria, e assim se dedicar mais a esta modalidade. Hoje conta com classificação no ranking pelo Comitê Parolímpico Brasileiro, quatro medalhas de ouro e duas de prata no circuito Brasil Paralímpico regionais e nacionais e sempre obteve até a terceira colocação em todas as maratonas. Eduardo Aparecido de França Os treinos para cadeiiniciou em modalidades parao- rantes são específicos. No caso de límpicas em 2005, quando veio de Eduardo, ele pratica duas vezes por Rondônia. Morador de São José semana em pistas de atletismos; dos Pinhais, ele conheceu a Asso- nos dias restantes faz musculação. ciação do Deficiente Físico do PR, Mas, ainda concilia o esporte com em Curitiba, e passou a integrar seu trabalho. O para-atleta exerce a a equipe de basquete sobre rodas, função de assistente administrativo, www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

em meio período. Para ele, o esporte tem um significado especial. Além de ser um exercício físico, dá prazer, gera momentos de diversão, proporciona amizades, e ainda considera um fenômeno sociocultural. “O esporte me fez apostar em mim mesmo. Trouxe-me mais saúde e determinação”, afirma. Eduardo se considera um exemplo de superação e realização. Ele conta que quando morava em Rondônia não tinha condições de ter uma cadeira de rodas. “Meu meio de locomoção pela cidade era um carrinho de rolimã. Às vezes eu assistia pela TV aos jogos olímpicos e pensava alto. Hoje os mesmos atletas que eu via pela TV são meus colegas de competição”. Sua determinação é prova em seu currículo. Em 2008 participou dos circuitos Brasil Paraolímpico e Maratona de São Silvestre. Em 2010 conquistou medalhas de ouro no circuito Brasil, terceiro lugar na São Silvestre e primeiro na Maratona de Curitiba, em 2011. Esteve três vezes da Maratona Internacional de Foz do Iguaçu Sesc PR, onde obteve o segundo lugar nos três anos que participou. “Deixo uma mensagem de incentivo aos portadores de deficiência física: mesmo com todas as dificuldades, tenham determinação, nunca desistam. Cada um tem seu valor e capacidade”, encerra.

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uM dia de

superação e glória Texto: Ernani Buchmann | Fotos: Aurea Cunha, Ivo Lima e Jean Pavão

5h50.

Os ônibus começam a despejar os primeiros atletas. a imensa barragem funciona como imã, é o mirante que todos procuram, o flash dos celulares estourando para marcar o momento. cada equipe se abraça e posa para uma foto histórica. al5h. a lua cheia ilumina o caminho até o mirante do vertedouro, guns caminham soltando os braços, em meio ao cenário magistral feito há quem alongue os músculos da de água e concreto da usina de itai- perna apoiando o corpo na murada pu. faz frio. O repórter tira seu blo- que nos separa do vale, onde, cenquinho do bolso e anota algumas tenas de metros abaixo, correm as palavras, os dedos enregelados. Há águas. poucas nuvens, a brisa noturna au5h55. O zumzum é quebrado menta a sensação de frio. pela primeira vez pela voz do lo5h20. O primeiro clarão do sol cutor, dando boas vindas, incencomeça a surgir no horizonte. Os fun- tivando os atletas. Mais ônibus cionários do Sesc tratam de montar o chegam. O deslumbramento com pórtico de largada, as vozes de coman- a visão da usina se mistura com o do cortando o silêncio da madrugada. alumbramento trazido pela claridaas faixas são erguidas, alinhadas, as de do dia. a voz da dupla sertanecordas de sustentação amarradas. nas ja explode nas caixas de som, nos camionetes das equipes de reporta- obrigando a embarcar no camaro gem os técnicos montam seus equi- amarelo. “agora fiquei doce”, canpamentos. uma repórter saltita para tam os atletas enquanto lambuzam espantar o frio, que nem a touca que o corpo com pomada e vaselina. O lhe cobre a cabeça é capaz de eliminar. cheiro da natureza dá lugar ao chei-

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ro da preparação. a lua desapareceu, duas estrelas remanescem no firmamento. Serão planetas, algum E.T. nos espiona?

6h04.

Os seis cadeirantes descem do ônibus. Eles serão os primeiros a largar, pouco menos de 30 minutos mais tarde. É preciso trocar as cadeiras de locomoção pelas de competição. Os técnicos do Sesc auxiliam na transição, o aquecimento vai começar.

6h15. dia claro. Os atletas aque-

cem, misturando as diversas categorias na mesma faixa de asfalto. Eles vão e vem, desviando das câsetembro

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tográfica em uma das mãos, a outra cobrindo o nariz, sem conseguir dominar o choro meras de TV que registram seu compulsivo que trote atlético. As cores das camise- ajuda a impulsionar seu corpo na tas diferenciam as equipes, muitas direção do objetivo. estampam as cidades de origem: do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, 7h. Depois dos comerciários, a Rio de Janeiro, Santa Catarina. elite masculina se põe a postos. Os pingos de chuva, antes esparsos, fi6h25. Os cadeirantes estão cam mais fortes. Vanderlei aperta as prontos, a bordo de seus veículos, mãos de todos, brasileiros e estrantransformados em pilotos. Van- geiros. Os votos de boa sorte são derlei Cordeiro de Lima, padrinho distribuídos, a competitividade não da prova, abraça cada um, beija as afasta a convivência fraterna, moltrês mulheres que formam o pelo- dada nas inúmeras provas em que tão feminino. Presidente e vice- se encontram mundo a fora. A es-presidente do Sistema Fecomércio, tridência da buzina se mantém até Darci Piana e Ari Faria Bittencourt, que todos os homens tenham cruseguram a faixa de largada, soa a zado a linha. Eles seguem determibuzina. Explode uma salva de pal- nados, pisando o asfalto. O último mas, a corrente de solidariedade a a cruzar a linha é Juarez Plassmann, unir todos os presentes. Lá vão nos- irmão do ex-goleiro do Cruzeiro sos heróis descendo a ladeira, 42 e do Flamengo, Raul Plassmann. quilômetros os separam do sonho. Neste mesmo momento, no portão de entrada do Parque Nacional do 6h35. Os atletas com deficiência Iguaçu, largam os inscritos para a visual assumem seu lugar no grid. corrida dos 11,5 km. São mais de As duplas se abraçam, atletas e guias 800 atletas, os primeiros a cruzar a incentivam-se. Largam, aplaudidos, mata preservada do grande parque. enquanto seu lugar é tomado pelas aatletas da elite feminina. 7h10. A camionete permite que atalhemos o percurso. Nos quilô6h40. Entre as mulheres que metros seguintes, se vê a mobilizapartem, uma cena emociona até o ção que toma conta da cidade. Foz velho repórter, calejado de tantas do Iguaçu respira corrida. Não há competições: a moça que cruza a mais sinal de chuva, o dia começa linha de largada com a máquina fo- a esquentar. www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

7h40. Em frente ao Hotel Mabu

está montada a grande estrutura para quem participa da maratona de revezamento. A modalidade é nova, está na primeira edição. Uma cena insólita diverte as centenas de pessoas que se reúnem no local, entre pessoal da organização, jornalistas e curiosos: duas freiras, portando crachás de algum evento próprio a freiras, vêm correndo, os hábitos pretos sacudidos pela velocidade. São aplaudidas, gargalham felizes pela brincadeira engendrada.

8h12.

A elite masculina começa a passar pelo local, metade da prova está concluída. O destino agora está a pouco mais de 20 quilômetros. À frente só os dois primeiros cadeirantes, que ultrapassamos já dentro do parque. Eduardo França, então o segundo colocado, não suporta mais as dores. Ele corre com o corpo apoiado sobre os joelhos, a ponto de explodirem. Eduardo comenta com o batedor da Polícia Militar que o acompanha a

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intenção de desistir. O batedor o incentiva na linguagem dos batedores: “Se tentar desistir, eu desço da moto e faço você chegar nem que seja à base de berros no ouvido”. a ameaça serviu de incentivo, ele cruzou a linha mantendo a segunda colocação.

lombada na mesma velocidade e teve um acidente feio, que o deixou fora de ação por alguns meses.

9h20. O “Tema da Vitória” volta

a ter tocado, enquanto o locutor se esgoela anunciando a aproximação do queniano david Kiprotich Bowen, o grande vencedor da Maratona. logo em seguida, o público se levanta para aplaudir o brasileiro João Gari, maratonista que saiu do lixo e tem orgulho da sua origem. William Salgado, também do Brasil, fecha a lista dos três primeiros.

pórtico de chegada representando a visão do paraíso.

11h.

Os ônibus de transporte dos atletas continuam saindo. Seus passageiros são, todos eles, vencedores. não importa o tempo que o percurso exigiu, importante é festejar o desafio vencido, a sublimação da dor e do cansaço.

9h23.

Ednah Mukhwana, do Quênia, abre a relação das vence8h45. Gusttavo lima e seu “Tchê- doras femininas. logo depois cru-tchê-re-re” mexem com as arquiban- za a paraguaia carmen Martinez, cadas na linha de chegada, em frente seguida por Elizabeth Esteves de às cataratas do iguaçu. as camisetas Souza, do Brasil. verdes dos corredores de 11,5km lotam o espaço. Tudo muito ecológico. O sol bate com força, todo mundo já se livrou dos agasalhos. O locutor anima o público, anunciando a chegada próxima do primeiro cadeirante.

8h52.

O “Tema da Vitória” embala a descida em direção à linha final de Jaciel Paulino, o primeiro a completar os 42,195km da maratona. É seu quarto título entre os cadeirantes, em cinco participações. Jaciel é cercado pelos repórteres, conta que quase capotou em uma curva dentro do parque, a 60km por hora. “a cadeira ficou em duas rodas, apoiei a mão direita no chão e consegui equilibrar”. Em 2009, ele passou por uma

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10h. começa a ser formado o pódio para as primeiras premiações. a solenidade não é contínua, é preciso aguardar a chegada dos primeiros de cada categoria. O vai-vem de atletas no padock é grande, centenas tratando de recuperar os músculos à base de massagens. Muitos cruzaram a linha emocionados, o

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12h. O domingo é de muito sol.

Sob ele, só a estátua de Santos dumont permanece impassível, à beira d’água. na placa que marca o monumento, as palavras proféticas do inventor da aviação a frederico Engels, então proprietário daquela área, e que o levou para conhecer as cataratas: “Este lugar não pode continuar em poder de particulares”. de fato, não continuou. Hoje é patrimônio da humanidade. E todo ano, por poucas horas, empresta sua magnitude para este evento que exalta a natureza e demonstra a capacidade do ser humano em superar seus próprios limites.

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uM BaÚ de história

Popular em Curitiba, o brechó pode ser uma opção econômica para a compra de peças cheias de recordações e estilo Texto: Isabela Mattiolli

a

Rua Mateus leme, em curitiba, poderia facilmente trocar de nome, se fosse relacionada à quantidade de lojas de peças usa-

das localizadas em suas intermediações. conta-se que a palavra brechó deriva de Belchior – comerciante do Rio de Janeiro que comercializava o an-

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tigo, o usado, o velho, o que não se usava mais. no livro “ideias de um canário”, Machado de assis descreve a tal loja: “Sucedeu que um tílburi à disparada, quase me atirou

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ao chão. Escapei saltando para dentro de uma loja de Belchior (...) a loja era escura, atulhada das cousas velhas, tortas, rotas, enxovalhadas, enferrujadas que de ordinário se acham em tais casas, tudo naquela meia desordem própria do negócio.” Evidente, que o negócio acompanhou a evolução do comércio e os brechós não são mais como descreve o autor. as lojas que comercializam este tipo de mercadoria costumam seguir uma linha de organização, cada uma com um segmento de mercado. no centro de curitiba e até mesmo em alguns bairros da cidade, as lojas se diferem umas das outras, sobretudo nos serviços que oferecem a seus clientes, os quais buscam em seus acervos opções para se vestir bem, gastando pouco. Outra vantagem apontada pela instrutora do Senac PR, fabianna Pescara, é de que as roupas fabricadas em outras épocas têm mais qualidade e, muitas vezes, alto grau de conservação se comparadas as produzidas hoje. “dificilmente você encontrará uma peça com o acabamento e tecido que encontra nos brechós”, orienta. Ela também explica a diferença de termos comuns neste tipo de segmento: o vintage e o retrô. “Existe uma diferença entre estes dois conceitos. O estilo vintage é formado por peças originais e antigas, das décadas de 30, 40, 50,

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60, etc.. Já o retrô é uma peça nova, fabricada por marcas atuais, com design inspirado nessas décadas”, pontua. Segundo a instrutora, muita coisa pode ser absorvida dentro do brechó, sem estar fora de moda. “Hoje a moda é muito democrática e a verdade é que ela acaba inventando nomes para se reinventar. a famosa calça boca de sino, da década de 70, mudou o nome para flare, mas o conceito é o mesmo. O legal do brechó é sair dele sem ter aquela

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cara de roupa antiga. Porque senão fica tudo muito datado. O interessante é misturar peças de época, com uma calça jeans ou com um tênis”, sugere. Quem também compartilha esta ideia é a empresária Marta Twardowski, do brechó Trapos de luxo. “a verdade é que depois da roupa de garrafa PET, acho que não tem muito a se inventar na moda. as referências hoje são todas passadas”, desmistifica. uma necessidade comum apontada pela instrutora do Senac PR, é

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a de ajustar as peças adquiridas em brechós, por serem fabricadas para outro biótipo. “no passado, as mulheres eram mais baixas e magras, com a cintura mais marcada. certamente uma roupa que você compra no brechó, de determinada época, terá que ir ao costureiro para um ajuste. O legal é que vários brechós disponibilizam este serviço para seus clientes, de forma gratuita”, complementa fabianna.

O GaRiMPO

Requisitado para figurinos de TV, teatro e cinema, o Trapos de luxo, oferece peças selecionadas a seus clientes. além das roupas nas araras, o brechó também rende boas histórias. Há sete anos, a empresária Marta Twardowski decidiu liquidar o estoque de roupas de um negócio que não havia dado certo. um bazar foi montado em meados de novembro com este acervo e também com roupas em desuso da empresária e de algumas amigas. um novo nicho de mercado foi ganhando espaço na vida de Marta e assim nasceu o Trapos de luxo. “Eu acabei me apaixonando por este universo do usado, pois cada roupa tem uma história”, defende. Quando a loja completou um ano, a empresária e a até então sócia Geisa lombardi, promoveram o i Brechó fashion day, com apoio da fundação cultural de curitiba e do instituto Pró-cidadania de curiti-

ba. O Memorial de curitiba serviu de passarela para as 40 clientes de oito a 80 anos que desfilaram 120 looks do Trapos de luxo. a ação foi a primeira do gênero realizada, o que rendeu um registro no cartório e impulsionou ainda mais o comércio de Marta Twardowski. as histórias não param por aí. O Trapos de luxo serviu de cenário para o curta-metragem “um vestido e um amor”, do cineasta paranaense luciano coelho, do projeto Olho Vivo – ganhador de vários prêmios, como os da Mostra de Vídeo independente da casa Mário Quintana, do Rio Grande do Sul. “isso acabou despertando em mim o interesse de saber mais. aprendi a fazer figurino e comecei a estudar a história da moda, por hobby mes-

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mo, o que me trouxe uma gama de conhecimento e me faz cada dia mais apaixonada pelas peças. Esse é o diferencial. do lado do meu brechó há outros nove, porém sem essa preocupação com a roupa, com sua história”, diferencia, Marta. Há dez anos a estilista Tícia Muniz trouxe um pouco do trabalho que desenvolvia em florianópolis para a capital paranaense e assim nasceu a flor de Vedete – ateliê e brechó moderninho que funciona em sua própria residência. “Quando cheguei de Santa catarina havia poucas lojas do gênero. Eu comecei difundir um pouco essa história de que brechó é uma coisa boa. a receptividade foi bem legal e depois apareceram vários na mesma linha”, lembra. Os diferenciais do trabalho da

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cOMÉRciO estilista estão na customização das peças, que passam a ter uma nova roupagem, e das parcerias firmadas com artistas plásticos. “Eu sempre fiz o trabalho de garimpar coisas, lavar e deixar num bom estado. depois eu conheci o artista plástico Maikel da Maia, que tinha uns desenhos muito legais e reproduzia isso com serigrafia nas roupas. aí comecei a misturar crochê, aplicações, bordados. O trabalho foi crescendo e dando espaço para o novo, para a criação”, revela.

Já a empresária lisa Simpson mantém um brechó e um ateliê no mesmo espaço há três anos. É ali que ela trabalha todo o seu processo criativo, seja em roupas novas ou customizando as usadas. “Muitas vezes as roupas de brechó não servem nas pessoas, aí entra a customização”, diz. Quando começou a trabalhar com este ramo, há oito anos, o que mais lhe chamava a atenção era a durabilidade dos tecidos antigos. O ateliê/brechó está sempre cheio de pessoas, segundo lisa. “Por aqui passa desde o pesso-

a instrutora do Senac PR, fabianna Pescara, apresenta looks de brechó que podem ser utilizados hoje em dia. cOnfiRa!

CAMISA VINTAGE + CALÇA JEANS RETRÔ + CINTO VINTAGE Ainda vive-se em meio a febre das camisas de seda, ou seda sintética, com golas trabalhadas, em estampa de lenço. O look é atual e mistura vários elementos que podem ser facilmente combinados no dia a dia

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al mais jovem até pessoas com mais idade, mas sempre alguém que tem a mente mais aberta e procura uma roupa diferenciada”, observa. de olho no e-commerce, o empresário Marcinho, mantém um brechó online na rede social facebook. “a minha maior divulgação é na internet. no facebook, posto dois looks toda a semana e as encomendas podem ser feitas online – caso não morem em curitiba, ou podem vir até em casa, onde eu criei um espaço para atender esses clientes”, posiciona. a ideia de brechó online foi nascendo aos poucos. Marcinho trabalhou em diversas áreas até identificar a potencialidade do negócio próprio. Há três anos, ele iniciou o colete & corselete na rede social e não parou mais. “Eu sempre usei muito roupa de brechó e os meus amigos me perguntavam onde eu comprava e me pediam para conseguir peças para eles. E como era algo que eu gostava, comecei a fazer e hoje este é o meu ofício”, comemora. Outro segmento de mercado muito comum na cidade é o brechó infantil. Há um ano e quatro meses, a empresária dine leite abriu o Brechó infantil Girafinha, após voltar do exterior com ideias para o novo negócio. “Eu passei a comprar em brechós no período que morei nos Estados unidos e na inglaterra, países onde este comércio é muito comum. foi aí que eu comecei a considerar esta como uma opção de mercado a ser explorado no Brasil”, justifica. setembro

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TAILLEUR

VESTIDO RETRÔ

O tailleur é um clássico e representa a mais alta formalidade da mulher. É um conjunto formado por paletó e saia, obrigatoriamente do mesmo tecido. A peça selecionada é dos anos 1980, bem no início da década. Nota-se pelo ombro mais estruturado e pelos botões dourados, ícones desta época. O interessante que é uma peça tem quase 30 anos e está em alto grau de conservação

Embora esta peça possa facilmente ser confundida como uma fabricação do passado, ela é uma marca bem atual que tem inspiração no estilo dos anos 1960

a proprietária do Brechó infantil Girafinha, diz que as peças chegam a ser vendidas com até 50% a menos, comparadas a um produto novo. “O que acaba sendo uma vantagem, uma vez que nesta fase, as crianças perdem roupas muito rápido”, observa. de acordo com dine, ainda existe um preconceito sobre o negócio. “Queríamos tirar aquele conceito de que no brechó só tem roupa velha, acabada, mas que têm peças legais, com preço justo”, ressalta. O mercado de couro, com peças usadas, é outro segmento que pode ser encontrado em curitiba. a Petrukio couro e Pele é uma loja que atua na cidade há 14 anos com a venda de peças novas, usadas, além de reformas e pinturas no couro. Para uma das proprietárias, leni Pe-

reira Viana, além do preço, outra vantagem é que muitos clientes preferem peças de couro mais “malhadas” pelo tempo, o qque o torna mais macio. com fabricação própria, leni explica que também é comum a negociação de peças usadas por novas. “Às vezes, o cliente tem uma jaqueta em casa que comprou e ficou pequena, ou não gostou muito do modelo. Ele vem até a loja e a gente negocia, muitas vezes por uma peça nova”, exemplifica.

cOMÉRciO SuSTEnTÁVEl

uma palavra que nos últimos anos está na moda é a sustentabilidade. de acordo com a instrutora fabianna, o livro “Eco chic: o guia de moda ética para o consumo consciente”, escrito pela jornalista inglesa Matilda lee, relaciona o comércio de brechós à sustentabilidade. “O livro faz este comparativo de que, no

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passado, havia um melhor aproveitamento das roupas. Essa postura não é muito vista hoje, com a onda do fast fashion que lança minicoleções e tendências, às vezes, duas vezes na mesma semana, com acabamento e tecido inferior, o que deixa muito a desejar. isso prova que o que foi feito, por exemplo, na década de 1970 ainda é atual e, muitas vezes, está mais conservado do que algo que você comprou há um ou dois anos”, reflete. Essa consciência coletiva em favor do meio ambiente é um dos preceitos do brechó, o qual, muitas vezes, compra e troca peças com as próprias clientes. “Todo mundo tem uma roupa que está guardada no armário e que pode ser usada por outra pessoa. doar e vender são ótimas opções para reciclar e contribuir para a sustentabilidade do negócio”, pondera lisa Simpson. Esta preocupação do proprietário pode se estender para a sua clientela, mesmo que de forma lúdica. “nós tentamos passar para as crianças a ideia do reaproveitamento e da valorização do brinquedo. Pedimos para os filhos dos clientes escolherem um brinquedo que tem em casa, conservado e trazer para vender na loja ou trocar por outro. fazemos isto para despertar a ideia de o que não usa mais pode ser reaproveitado por outra pessoa e a criança acaba ganhando com isso”, avalia a empresária dine leite.

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RESSOcialiZaçãO

REinTEGRaçãO social na colônia Penal Iniciativa do Sesc PR em parceria com o Poder Judiciário levará aulas de pintura aos detentos Texto: Karen Bortolini

A desembargadora Joeci Machado Camargo motivou os detentos à ressocialização durante o lançamento do curso

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essocializar detentos através da arte. Esta é a proposta do Sesc PR em parceria com o Poder Judiciário ao realizar atividades culturais na colônia Penal agroindustrial (cPa),

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de Piraquara. O curso de pintura iniciou na primeira semana de outubro, com técnicas renascentistas, utilizando tintas não tóxicas, não sintéticas e de fácil manipulação, fabricadas pelos alunos. a ideia é

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possibilitar o desenvolvimento intelectual e criativo para motivá-los à reintegração social. a cPa abriga condenados prestes a cumprir pena e que já não oferecem mais risco de segusetembro

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rança à sociedade. Eles trabalham no plantio e na indústria para o próprio sustento e comercialização da produção para empresas. As atividades culturais permitirão que extravasem sua ansiedade, seus medos e que descubram o potencial criativo, ocupando o restante do tempo de forma produtiva e terapêutica. A previsão é que sejam atendidos 100 alunos por ano, divididos em seis turmas. Serão duas aulas por semana, com duração de cinco horas por dia. Todo o material para pintura no curso é extraído da natureza, como de rochas, terra e resina de árvore, facilmente encontrados na CPA. O Sesc PR concedeu todo o material, incluindo os livros para o estudo teórico da história da arte e das técnicas antigas que influenciam a arte contemporânea. Para ministrar as atividades, o agente de apoio da CPA, Orlando Gomes de Castro, foi capacitado pela Gerência de Cultura do Sesc PR com técnicas de pintura. Com base neste conhecimento, ele será o multiplicador entre a população carcerária. O curso terá a duração de 13 meses. No encerramento será realizada uma exposição das obras criadas pelos participantes.

Plínio Joaquim da Silva, que cumpre pena há dois anos, acredita que o curso será uma oportunidade de dar continuidade ao seu dom. “Eu cursava o último período da faculdade de Artes Plásticas, quando fui preso. Fiquei dois meses no regime fechado e agora estou no semiaberto. Para mim, esta será uma oportunidade de continuar meu sonho”, conta o rapaz que ainda tem um ano de pena a cumprir. Plínio pretende concluir a faculdade após a liberdade e reintegrar-se socialmente.

LANÇAMENTO

O lançamento do projeto de reintegração social por meio da arte foi realizado no dia 13 de setembro, na CPA. Na ocasião, a desembargadora Joeci Machado Camargo comentou que a parceria com Sesc e Senac já é de longa data, com o Justiça no Bairro Sesc Cidadão, iniciado em 2006. Segundo a desembargadora, este é um trabalho único no Brasil, com inúmeras atividades gratuitas concedidas à população. Por acreditar na ressocialização dos detentos, a desembargadora estima que ao serem libertos, os reclusos possam retomar suas vidas, e que aliem o cumprimento da pena ao aprendizado. “Às vezes desco-

brimos valores nos momentos de redenção. Todos temos um tempo para reavaliar a vida”, comentou. O Sesc é apoiador no âmbito social. O diretor regional do Sesc PR, Dimas Fonseca, contou que o Sesc carrega esta premissa desde sua fundação, com as ações de transformação social para o comerciário e público em geral.

QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

Na educação profissional o parceiro é o Senac, que realiza no Centro de Triagem I, penitenciária feminina, o curso de capacitação para a produção de currículos e preparação para entrevistas de emprego. De acordo com o diretor regional do Senac PR, Vitor Monastier, a parceria se estenderá também à CPA. “Queremos oferecer aulas da Webtv Senac para os detentos, com turmas para os cursos de Preparo de Pizza, A Arte de Servir, Preparo de Drinks, entre outros”, destacou ao complementar que a vida é um eterno aprendizado e que os cursos profissionalizantes farão bem não só para os detentos como para as famílias deles.

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Destaques presentes

Também estavam no lançamento o diretor da CPA, Ismael Salgueiro Meira; o diretor de Saúde e Ação Social do Sesc PR, Francisco da Costa e Silva; a diretora de Educação e Cultura do Sesc PR, Marússia de Souza Santos, a diretora do Senac Curitiba, Daniela Rosa de Lelis Oliveira; a analista de Ação Social do Sesc PR, Veridiany Filus, e a diretora assistente do Departamento Penal do Estado, Sônia Shober.

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GaSTROnOMia

TilÁPia,, o peixe top do Paraná

Receitas receberam um toque francês de sabor e requinte durante festival gastronômico Texto: Carolina Lara

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oulis, croustillant, ratatouille, paupiette, parfait. com esse vocabulário até parece que estamos falando de culinária francesa. apesar de muitos termos em francês, o tema do último festival gastronômico do Senac não foi o país da baguette. a grande estrela foi a tilápia, peixe de água doce que tem se popularizado no Paraná. O toque francês veio do consultor de gastronomia Pierre Vedel, trazido especialmente da frança. Realizada pelo Senac PR em parceria com o Serviço nacional de aprendizagem Rural (Senar PR), com apoio da universidade Positivo e da câmara de comércio frança Brasil, a Semana Gastronômica e de Estudos da Tilápia, além de promover o conhecimento entre instrutores e alunos, também teve como objetivo estimular o consumo do peixe, alavancando a economia da sua cadeia produtiva. foi o que afirmou o diretor regional do

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Senac PR, Vitor Monastier: “neste evento nós estamos levando conhecimento gastronômico a um número significativo de profissionais da alimentação e dando visibilidade aos produtos paranaenses.” Esta é a segunda edição da Semana Gastronômica que tem como protagonista a tilápia, peixe de carne branca, magra e sabor suave. a primeira edição ocorreu

em 2007, quando Senac e Senar firmaram parceria com o intuito de desenvolver receitas que pudessem tornar o ingrediente mais conhecido e melhor aceito. “O primeiro festival fez com que a tilápia passasse a ser vista como um peixe nobre”, lembrou o superintendente do Senar PR, Ronei Volpi. “a partir de então, ela tem ganhado cada vez mais mercado”, completou. Hoje, o

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produto faz parte do cardápio da merenda escolar na maioria dos municípios do oeste paranaense e é encontrado em diversos empreendimentos gastronômicos.

MESa-REdOnda

nesta edição da Semana uma mesa-redonda promoveu o debate sobre o tema “Tilápia: da produção a alta gastronomia”.

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a fundo os ingredientes. Vedel teve contato prévio com o peixe na África. uma plateia formada por instrutores, alunos e profissionais ligados à gastronomia, pôde acompanhar a história da origem da tilápia, contada pelo presidente do conselho Municipal do Meio ambiente de Toledo e também produtor de tilápia, Robert Gordon Hickson. Hickson ajudou a trazer a tilápia da África ao Paraná no início da década de 80. Segundo ele, as técnicas de produção em cativeiro, como o peixe é cultivado no Paraná, avançaO consultor gastronômico francês, ram muito ao longo desses úlPierre Vedel timos 30 anos. O cultivo local é o principal fator responsável Traduzido pela instrutora do Senac PR, Giana coró, o convi- pelo preço acessível do produto, o dado especial da Semana, Pierre que faz com que a tilápia apresenVedel, iniciou sua palestra falando te uma ótima relação custo benesobre a importância de um profis- fício quando comparada a outros sional da gastronomia conhecer peixes.

a mesa-redonda foi mediada pelo o assistente de gerente do Senac curitiba, lúcio Marcelo chrestenzen, e teve a participação do professor de Gastronomia da universidade Positivo, Gilmar fava.

EncOnTRO dE nEGóciOS

com programação diversificada, o evento também colocou em pauta a produção e comercialização da tilápia em todo o estado. Representantes de restaurantes, peixarias, supermercados e buffets, produtores de tilápia, profissionais e estudantes de aquicultura, Senac e do Senar participaram de um encontro de negócios com o objetivo de aproximar os dois lados da cadeia produtiva, promovendo o contato direto entre produtores e compradores.

alMOçOS TEMÁTicOS

uma das grandes atrações da Semana foram os almoços temáticos com receitas à base de tilápia, pro-

A instrutora do Senac PR, Giana Coró; o consultor gastronômico, Pierre Vedel; o assistente de gerente do Senac Curitiba, Lúcio Marcelo Chrestenzen; o presidente do Conselho Municipal do Meio Ambiente de Toledo, Robert Gordon Hickson; e o professor de Gastronomia da Universidade Positivo, Gilmar Fava; durante mesa-redonda

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Ao todo, foram servidos 990 almoços nas três cidades onde o evento foi realizado

movidos nos restaurantes-escola de Curitiba, Foz do Iguaçu e Caiobá. Entre buffet e empratado, ao todo foram servidos 990 almoços nas três cidades. Uma semana antes do início da Semana, os instrutores da área de Gastronomia reuniram-se em Curitiba onde passaram por um treinamento conduzido pelo chef Pierre Vedel. Parte das receitas preparadas durante o evento são de autoria de Vedel, como o prato servido no almoço de abertura, o coulibiak de tilápia em crosta, servido com purê de salsão e mostarda.

fazer perguntas ao convidado especial do evento.

DO ALEVINO AO PRATO

Durante a abertura da Semana foi exibido o vídeo “Tilápia: do alevino ao prato”, produzido em parceria com o Senar. O vídeo de sete minutos retrata toda a cadeia produtiva do peixe até o prato do consumidor, passando pelos períodos de engorda, abate, transporte, beneficiamento e transformação do ingrediente em receitas da alta gastronomia.

Ceviche, minimilho e batata doce foi uma das entradas servidas no Restaurante-Escola do Senac Curitiba

aposentados, às pessoas que não teO CHEF riam acesso a ele de outra maneira. PALESTRAS Pierre Vedel é voluntário do insPelo instituto, Vedel já realizou Duas palestras e uma aula-show tituto ECTI, ONG que promove o missões na África, na América do complementaram a programação intercâmbio de conhecimentos e Sul e na Ásia. Antes disso, foi dono pedagógica da Semana. Nelas, es- tecnologias por todo o mundo. O de um restaurante duplamente estudantes de gastronomia puderam objetivo é levar o conhecimento, trelado pelo Guia Michelin, a bíblia acompanhar o preparo de pratos e adquirido por profissionais hoje da gastronomia. www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

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cOncuRSO

Pela primeira vez, um concurso de receitas fez parte da programação da Semana Gastronômica do Senac PR. a iniciativa teve como objetivo estimular a criação de pratos elaborados com o ingrediente tema da semana. O concurso foi dividido em duas categorias: chef Revelação, para alunos e ex-alunos dos cursos de gastronomia do Senac curitiba e da universidade Positivo; e Restaurante, para empreendimentos gastronômicos que enviaram as receitas elaboradas pelos chefs de cozinha de seus estabelecimentos. as receitas foram julgadas por uma comissão especial. após a apresentação do prato e degustação pelos jurados, os competidores receberam feedback imediato. Para o assistente de gerente do Senac curitiba, lucio Marcelo chrestenzen, a experiência de participar de um concurso traz maturidade ao novo profissional. “É muito positivo, dá segurança, estabilidade e confiança ao futuro desenvolvimento pessoal”, afirmou.

Para o assistente de gerente do Senac Curitiba, Lúcio Marcelo Chrestenzen, “a experiência de participar de um concurso traz maturidade ao novo profissional"

O vencedor do concurso na categoria chef revelação, Tulio Godoy Gomes Salles Rosa, durante preparo do prato Wonton de tilápia em brodo

valor estimado de R$3.500, oferecido pela metalúrgica Rodriaço. Para o representante da empresa, cícero Martins, o momento era de dupla comemoração. a metalúrgica figurou, na edição de Setembro da revista Exame, entre as 200 empresas que mais cresceram em 2011. “nada mais favorável do que aproveitar essa iniciativa do Senac PR para somar com esses novos talentos da gastronomia, declarou Martins. Os pratos vencedores, “Wonton de tilápia em brodo”, do chef revelação Tulio Godoy Gomes Salles Rosa, e “Tilápia grelhada sobre cama de aspargos frescos e vagem com purê de milho verde e manteiga de amêndoas”, do restaurante PaneOlio, figuraram no cardápio dos buffets especiais do Restaurante-Escola de curitiba durante a Semana Gastronômica. Os clientes experimentaram, votaram e o restaurante PaneOlio foi o vencedor do prêmio popular. a receita vencedora é do chef luiz fernando lima.

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PREMiaçãO

Os primeiros lugares nas duas categorias, além de terem recebido de prêmio um curso da Webtv Senac, um almoço com acompanhante durante a Semana, e participação na palestra-show do francês Pierre Vedel, ainda disputaram o prêmio extra de votação popular: um fogão industrial, no

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Serviço: Cícero Martins representou a metalúrgica Rodriaço, doadora do fogão industrial

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O livro de receitas à base de tilápia e o vídeo produzidos para o evento podem ser acessados no site www.pr.senac.br/semanagastronomica.

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culTuRa

liTERaTuRa

31ª Semana Literária & Feira do Livro Sesc PR percorre 21 cidades do estado Texto: Mariana Sanchez | Fotos: Shigueo Murakami

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proximar a literatura, a leitura e o livro das pessoas em seu cotidiano. Este era o principal objetivo da Semana literária e feira do livro Sesc PR, que em 2012 se consolidou como o maior evento de literatura do estado, percorrendo simultaneamente 20 cidades além da capital. de 10 e 15 de setembro, dezenas

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de escritores, educadores, críticos e jornalistas participaram de quase 400 atividades, entre seminários, mesas-redondas e sessões de autógrafos, estimulando e aprofundando o debate em torno do livro e da leitura no Brasil. Sob o tema “Reinventar-se em tempos apressados”, e tendo o contista curitibano dalton Trevisan

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como autor homenageado da edição, o evento teve saldo extremamente positivo, conforme avaliação do coordenador Márcio norberto. “a Semana literária fomentou discussões importantes sobre leitura e formação de leitores, gerou novas informações e conhecimento, possibilitou que autores com obra reconhecida nacionalmente pudessem

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movimenta cidades

com uma programação cultural diversa, superando expectativas

estar com públicos diferentes pelo estado, além, é claro, de estimular o mercado livreiro”, disse. neste sentido, os números falam por si: a expectativa da feira do livro era alcançar a meta de 25 mil obras vendidas em todo o estado, e ao fim da semana este número já havia superado a marca de 40 mil. Outro ponto positivo desta 31ª

edição foi a criação de um hotsite exclusivo, que concentrou a programação de todas as cidades participantes, além de oferecer a cobertura completa do evento, com matérias diárias, entrevistas e podcasts. “O público que acompanha a literatura ficava esperando o próximo post. O espaço também favoreceu no agendamento da mídia, pois os

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acontecimentos estavam ali, em um mesmo ambiente, e ainda cumpriu com o papel de memória do evento”, afirmou norberto.

PaRcERia inÉdiTa

Realizadas este ano pela primeira vez em parceria, a Semana literária e feira do livro do Sesc PR, e a feira universitária do li-

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culTuRa

Conferência de abertura, proferida pela escritora e membro da Academia Brasileira de Letras, Nélida Piñon

vro Editora ufPR aproximaram a literatura do livro técnico, oferecendo ao público descontos e títulos variados. Segundo o diretor da editora ufPR, Gilberto de castro, cada evento já tinha seu público cativo e ambos tinham carências: o primeiro ganhou mais força na comercialização de livros, enquanto o segundo ganhou com uma programação cultural rica e de absoluta relevância. “São eventos complementares que, juntos, criam um ambiente extremamente prodigioso”, disse. Participaram cerca de 40 editoras universitárias, entre elas as

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quatro maiores do Brasil: unicamp, unesp, Edusp e ufMG, mas havia também outras instituições presentes, como Editora da universidade Estadual de londrina (EduEl), Editora ufSc (da universidade federal de Santa catarina) e Editora uEPG (da universidade Estadual de Ponta Grossa). “É um grande engano achar que a produção acadêmica é sisuda e está de costas para o mundo”, opinou castro, referindo-se à enorme variedade de títulos destes selos. Outras editoras nacionais e livrarias locais também participaram do evento, compartilhando o

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mesmo espaço. Entre elas, a Editora Senac São Paulo, especializada em livros nas áreas de beleza, moda, design, gastronomia, gestão de negócios, saúde, turismo e hotelaria. Também marcou a presença a livraria do chain, uma das mais antigas e tradicionais de curitiba. “Os organizadores estão de parabéns. uma empresa como o Sesc, que se responsabiliza por tudo em nome da literatura, sem cobrar nada dos participantes, é algo realmente inédito no Brasil. Editores do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Santa catarina têm elogiado muito a

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organização”, contou aramis chain, que apostou em títulos da literatura paranaense, trazendo à feira a obra completa do autor homenageado, dalton Trevisan.

PROGRaMaçãO culTuRal

na capital, uma das atividades mais procuradas foi a conferência de abertura, proferida pela escritora e membro da academia Brasileira de letras, nélida Piñon. diante da plateia – que contou com a presença do presidente do Sistema fecomércio Sesc Senac PR, darci Piana, do reitor da universidade federal do Paraná, Zaki akel Sobrinho e do diretor regional do Sesc PR, dimas fonseca – nélida comentou a importância de “Reinventar-se em tempos apressados”, título da conferência. admitindo enxergar o Século XXi com algum alarme, disse: “há uma transição de virtudes, de valores e conceitos morais. Estamos perplexos e não sabemos lidar ainda com os acertos e desacertos do mundo contemporâneo. São poucas

vagas para muitos no mundo. Mas não é a fragmentação da arte que me preocupa, e sim a fragmentação do convívio entre as pessoas”. a autora afirmou acreditar na importância da fantasia. “alguém se atreve a voltar para casa sem uma grande intriga? Sem um causo para contar? Portanto, à medida que o humano precisa narrar, é impossível negar a tradição literária”, comentou, dizendo que “a imaginação é o maior clamor da liberdade humana”. Quanto à necessidade de o artista se renovar nos dias de hoje, a escritora defen-

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deu: “Todos nós precisamos, diariamente, nos reinventar. Quem tem estes sobressaltos é vítima de uma redenção maravilhosa”. na mesa “O Brasil literário”, os convidados cristovão Tezza e alberto Mussa discutiram a produção do país na literatura e comentaram a expectativa que o mercado editorial ainda tem sobre os escritores nacionais de dar conta de uma certa concepção estereotipada de Brasil. “Quando se vive em um país fora do eixo e se está à margem da produção literária mundial, existe uma expecta-

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CULTURA

tiva do retrato social, de representar a sociedade em que se vive. Um escritor inglês pode falar sobre qualquer assunto, mas um brasileiro parece ser responsável por retratar seu país”, afirmou Mussa. Já no seminário “Cadê o leitor?”, três escritores e professores universitários abordaram a necessidade de fortalecer políticas públicas em torno do livro e da leitura, e a importância dos professores como mediadores deste processo. Marisa Lajolo, Nilma Lacerda e Paulo Venturelli questionaram o paradoxo

entre o Brasil ser o país onde mais abriram editoras nos últimos anos, enquanto apenas 50% da população se considera leitora, segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-Livro. “O livro é uma mercadoria altamente rentável, porque o governo brasileiro é o maior comprador de livros do mundo. Pena que isso não corresponda ao desenvolvimento de práticas de leitura, pois não há uma política efetiva de valorização e capacitação do Magistério”, afirmou Marisa Lajolo. Para Venturelli,

“O evento consegue mostrar o quanto a literatura é prazerosa e instigante; consegue também falar do papel social da literatura. Pelo interior, a Semana Literária é aguardada com expectativa, é o momento de o público conhecer os escritores, debater ideias.” Técnico de Cultura do Sesc PR e coordenador do evento Márcio Norberto

31ª Semana Literária em números:

o professor só poderá ser um mediador de leitura se for um leitor. “É impossível ensinar o que não se sabe”, refletiu. Porém, o professor e escritor chamou atenção para outro problema: “Hoje esperamos muito da escola, mas ela não dá conta. Se os pais fossem leitores, meio caminho estaria andado”, sentenciou. As atividades – destinadas a todas as faixas etárias e abertas à população em geral, com entrada franca – traçaram um panorama tão plural quanto particular da literatura brasileira contemporânea.

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21 cidades

do Paraná percorridas

32 escritores convidados 49 estandes participantes

40 mil livros vendidos

Quase 400 atividades culturais

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cRÔnica

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nO inTERiOR do Paraná, saltimbancos que somos Texto: Ignácio de Loyola Brandão | Foto: Shigueo Murakami

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uarapuava PR – cinco da manhã, Marina colasanti, pontualíssima, apesar da hora, desceu do seu apartamento no hotel, o motorista levou sua mala para o carro. atravessamos a cidade deserta. Por que as cores dos semáforos parecem mais vivas no vazio da madrugada? durante uma hora viajaríamos no escuro, até que as sombras se retirassem. na noite anterior tínhamos ido dormir quase à meia-noite, após uma conversa inesquecível no Sesc local. ao final, fomos rodeados por estudantes e professores para os inevitáveis autógrafos e fotografias que pipocam na rede social minutos depois.

Passei uma semana como um homem privilegiado. Porque enquanto a plateia se sentava distante para ouvir Marina, fiquei ao lado dela. Sua fala é precisa, exata. não desperdiça palavras e cada momento vem cheio de poesia, informação, visão de mundo. Se o mediador conduz para o feminismo, ela traz intensa bagagem. Se fala de contos de fadas, crônica, poesia, ensaio, ela surfa equilibradíssima sobre a onda. Escreve e ilustra os próprios textos, o que significa domínio total. não tínhamos muito tempo para jantar em restaurante após os debates. no entanto, experientes em viagens pelo Brasil, saíamos à tarde, procurando uma padaria. Marina

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é assim. Está à vontade, seja num restaurante parisiense como o chez René, onde estivemos juntos em maio (lembram-se da crônica Os Primeiros aspargos da Primavera?), seja na padaria Real, em umuarama, deliciando-se com um beirute saboroso, num pão sírio delicado. nós é que fazemos o momento. Em Maringá, escritores locais, da academia, nos ofereceram um jantar. Mas em umuarama, Paranavaí, campo Mourão e Guarapuava, fomos a padarias e lanchonetes, porque preferimos comer lanches rápidos, misto-quente, pingado de café com leite, antes das palestras, para dormir leve, uma vez que a cada dia saíamos cedo de uma cidade para

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CRÔNICA

outra, saltimbancos que somos. Três horas de Maringá a Umuarama. Duas e meia de Umuarama a Paranavaí. Duas e meia até Campo Mourão. Anos atrás, demorei a saber de onde tinha vindo uma empregada nossa. Ela dizia: Camorã. Até que descobrimos, era Campo Mourão. Duas horas e meia até Guarapuava, sempre rodando numa van. Incrível como o Paraná, Estado agrícola que depende do tráfego de caminhões, possua estradas que parecem vicinais, pistas únicas. Tudo se torna lento. Entre Maringá e Umuarama, a certa altura, havia um desvio por causa de um acidente. O congestionamento se estendeu. Contei 113 caminhões enfileirados formando uma muralha como a da China. Entre os dias 10 e 14 deste mês, autores como Marina, João Gilberto Noll, Luiz Henrique Pellanda, Luiz Andrioli, Nivaldo Kruger, Angela Ruski, Norbert Heinz, e eu, levados pelo Sesc, atravessaram o interior do Paraná, cruzando-se em algumas cidades. Uns na direção inversa dos outros, conversando com o público sobre o tema Reinventar-se em Busca do Leitor. Fazia anos que não penetrava no interior do Paraná. As cidades mais novas - novas, mas com 75 anos - trazem ruas e avenidas largas e praças imensas, os pioneiros tiveram o bom senso de ampliar o espaço público. E

muita vegetação, árvores e mais árvores, ainda que as araucárias sejam raras. A seca castiga e o que se vê entre Maringá e Campo Mourão são campos de cana, pastos, e silos, silos. Totens gigantescos de cor prateada. Depois, entre Campo Mourão e Guarapuava e em seguida na direção de Curitiba, a paisagem muda, torna-se mais colorida, estendendo-se em plantações de soja, ora verdes, ora douradas. Ou, tendo os grãos já sido colhidos, resta a terra revirada e seca. Colinas e serras, a rodovia enrola-se em curvas e nas manhãs há neblina e orvalho brilhando sobre as folhas. Há escritores difíceis, há escritores complicados para se conviver, trabalhar ou viajar juntos. Há escritores que se acham. Fazem exigências de hotel, condução, comida, camarim, como se fossem primas-donas. Mas há escritores que proporcionam prazer e alegria de estar ao lado. Como Marina, cujo nome atrai plateias ansiosas, seduzidas pelo seu texto e sua simplicidade, pela sua doçura e seu envolvimento. Ao falar, ela provoca, mexe com as cabeças, embala as pessoas. Contadora de histórias, seu tom de voz se alterna entre o musical e a dureza de uma afirmação contundente, principalmente sobre a condição da mulher brasileira. Estar ao lado dela é sentir-se estimulado a trabalhar bem.

O último encontro em Guarapuava, para mim, teve dos mais belos finais entre todas as mesas de que participei em muitos anos. Com uma memória e um conto. Realidade e ficção. Para fechar, contei uma história sobre meu avô, lembrança que é tema de meu próximo livro, Os Olhos Cegos dos Cavalos Loucos. Gira em torno de uma caixinha vermelha, envernizada, na qual meu avô José guardou, por décadas, preciosas bolinhas coloridas de vidro, que tinham imenso significado em sua vida. Um dia, as bolinhas sumiram, porque surrupiei todas e as perdi nas calçadas, e ele ficou muito mal. Marina narrou o conto de uma princesa que, a cada aniversário, ganhava do rei, seu pai, uma pedra preciosa que guardava numa caixinha. Aos 15 anos, ele iria montar para a princesa o mais belo colar do mundo. No entanto, a princesa tinha dado, pedra a pedra, a um pássaro faminto que chegava em sua janela, em cada aniversário. A caixinha esvaziou, assim como esvaziou a caixa de bolinhas coloridas de meu avô. Sem que um soubesse do outro, porque esses encontros são improvisação constante e neles as conversas tomam rumo próprio, colocamos no palco duas caixas que mexeram com a imaginação e a emoção da plateia, provocando lágrimas e aplausos.

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Crônica publicada originalmente no Caderno de Cultura do jornal O Estado de São Paulo, no dia 21/09/2012. Publicação autorizada.

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CRÔNICA CRÔNICA

TÃO jovens porém

Texto: Marina Colasanti | Foto: Shigueo Murakami

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ue bonitas podem ser as cidades donzelas! Cidades envelhecem rápido, na modernidade. O concreto não tendo sido concebido para a eternidade, mas para a substituição, se entrega ao tempo quase sem resistência, em manchas, rachaduras, feridas que revelam aqui e acolá os vergalhões da ossatura. Mas uma cidade jovem guarda ainda a candura primeira, e se oferece ao olhar como menina vestida para a primeira comunhão. Viajando em companhia de meu amigo querido e de longa data Ignácio de Loyola Brandão, para a Semana Literária do Sesc Paraná, atravesso o interior do estado, colhendo a cada dia uma cidade. Maringá, Umuarama, Paranavaí, Campo Mourão. Terminaremos em Guarapuava. Ao redor, as plantações de cana despidas do seu verde, cochilam no amarelo dos restolhos, oprimidas pelo calor. Mas nas cidades é bom andar nas calçadas limpas das ruas largas, tão largas que muitas vezes há canteiros separando-as pelo meio, e no canteiro há flores. Gostam tanto de flores essas cidades mocinhas! De flores e de sombra. Em

Maringá os jacarandás estão floridos, tudo é roxo, visto do alto. Umuarama escolheu ipês brancos, e quando florescem é uma festa, a branca espuma invade as ruas e os facebooks. Paranavaí misturou os amarelos e vermelhos. Encontro canteiros de gerânios e de cravos de Funto, sou recebida com margaridas e gerberas. Aqui não há engarrafamentos, o trânsito gentil deixa espaço aos pedestres e ao silêncio, na tarde calma podem-se ouvir vozes que conversam, ou o martelo do vizinho que conserta alguma coisa. Os gestos parecem mais lentos, suspeito que a poeira se pouse mais devagar sobre as coisas. Mas não existem paraísos, não terrestres, pelo menos. E já a serenidade uniforme de casas com jardins e prédios de for apenas quatro andares vai sendo rompiape da, os espigões brotam, e as populações almejam shopping centers grandiosos. Os ovos da serpente estão no choco. Fomos, Ignácio e eu, a uma padaria. É uma bela maneira de participar da vida de uma cidade, a ida à padaria. E uma forma segura de lanchar quando ainda é cedo, antes de ir ao encontro do público para realizar o trabalho que nos

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trouxe. Era uma boa padaria, quase vazia àquela hora da tarde. Tamboretes altos diante do balcão, a bancada de mármore entre nós e a moça que nos atendia. Jovem, a moça, e delicada. Trazia um nome tatuado no braço esquerdo, um nome composto, longo. Trazia outro nome tatuado no braço direito, curto, de mulher. E enquanto uma máquina esquentava os sanduíches e a outra coava o café, porque ela era tão gentil perguntamos de quem era o nome longo. Do meu marido, respondeu. E mostrando o outro acrescentou, da minha mãe. O do filhinho, apontou, estava na nuca. Tão jovem e já casada?, dissemos. Viúva, respondeu ela, e a voz pareceu mais baixa, ou talvez fosse porque ela baixou o rosto. Na saída, para que a delicadeza contasse pontos para ela, dissemos à dona da padaria que havíamos sido muito bem atendidos, a funcionaria era excelente. E ela então nos contou que a viuvez era recente, a moça havia voltado ao trabalho embora o drama tivesse acontecido apenas 40 dias antes, deixando-a com um filhinho de 10 meses. A mãe dela cuidava agora do bebê. O jovem marido, envolvido com drogas, havia sido assassinado.

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SindicaTO

SindiVaREJiSTa de campo largo, tradição desde 1933 Entidade fundada para formalizar trabalhadores atua diretamente com empresários Texto: Karen Bortolini

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Sindicato do comércio Varejista de campo largo (Sindivarejista) é uma das entidades representativas mais tradicionais da região metropolitana de curitiba, fundado em 1933. a iniciativa partiu de um grupo de empresários do comércio varejista, preocupados com a informalidade na atuação dos profissionais do segmento. a criação do sindicato teve inicialmente a intenção de elaborar uma convenção coletiva de Trabalho. desde sua fundação, o sindicato busca a participação efetiva dos empresários do setor, incentivando o exercício das funções dos trabalhadores a partir da formalidade. Hoje representa o comércio varejista de campo largo e Balsa nova, tendo como principal atividade o acordo coletivo de Trabalho do

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consultivo, e trabalha na solução de problemas relacionados à atividade representada. conta atualmente com 268 empresas filiadas.

açãO

Entre os projetos e programas desenvolvidos pelo sindicato, destaca-se o Observatório Social, com o qual atua em parceria, trazendo resultados positivos a toda a comunidade. O Observatório é um órgão de fiscalização de obras públicas e contribui em trabalhos da comunidade. Presidente do Sindivarejista, O Sindivarejista realiza ações Miguel Fernando Spack conjuntas com a Secretaria Municipal de Segurança, Guarda Municisetor. Também representa os direi- pal e Polícia Militar para contribuir tos e interesses dos integrantes da com a segurança nos estabelecicategoria, colabora com os pode- mentos comerciais, tanto a lojisres públicos, como órgão técnico e tas como a clientes. Esta parceria

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se intensifica no período natalino, quando o horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais é estendido. Também realiza, em conjunto com a Prefeitura de campo largo e a associação comercial, industrial e agropecuária, o feirão do Emprego. Este evento apresenta um banco de vagas ofertadas pela indústria e pelo comércio. O presidente do Sindivarejista, Miguel fernando Spack, ainda destaca a parceria com agência de fomento do Paraná do Governo do Estado na realização de campanhas de fomento e valorização do comércio local. com o Sistema fecomércio Sesc Senac PR, já realizou diversas ações conjuntas como o projeto lazer no comércio. Spack afirma que as atividades realizadas ao lado do Siste-

ma fecomércio contribuem para o aumento da representatividade do sindicado nos municípios de sua abrangência.

aTuaçãO

O presidente do sindicato relaciona-se com diversas entidades no município, sempre com foco no desenvolvimento do segmento. uma das conquistas em sua gestão, ao atuar com um grupo de empresários, foi a implantação do Sistema de cooperativas de crédito do Brasil (Sicoob), que repassa empréstimos do Banco do Empreendedor aos empresários, com juros mais baixos, conforme explica o presidente. “O sindicato trabalha para fortalecer o comércio local. incentiva compras no município para evitar a fuga de consumidores para curiti-

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ba. campo largo conta com muitas empresas familiares, que oferecem segurança e credibilidade aos clientes”, conta Spack. Para 2013, entre as expectativas, a gestão do sindicato pretende conquistar a equiparação de jornada de trabalho exercida por profissionais do comércio de diferentes classificações de empresas. Spack conta que atualmente os regimes são distintos perante as convenções coletivas de trabalho de pequenas e médias empresas e grandes lojas de departamentos.

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Serviço: Sindivarejista de Campo Largo PR Sede: Rua XV de Novembro, 2535 – Campo Largo – Paraná | CEP: 83601-030 Tel: (41) 3292-2482 / 3392-1186 sindivarejista@uol.com.br

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cOMÉRciO

dEPOiS do casamento vem o filho E com ele nasce um segmento de varejo que vai além dos nove meses Texto: Fernanda Ziegmann | Fotos: Larissa Guimarães

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cho que vocês se lembrarão de mim. Sou a fernanda, a noiva jornalista que casou em dezembro do ano passado. nem um ano depois de toda aquela correria dos preparativos do meu casamento volto aqui para contar outra novidade. Meu primeiro filho está chegando. Pois é, nem deu tempo de me recuperar dos custos da festa e já comecei a gastar com quartinho do bebê, carrinho, roupinhas, decoração, bichinhos de pelúcia e tudo o que envolve esse serzinho tão pequenino e indefeso. Exatamente um mês depois de casada acabei engravidando. na época, achava que não existiria outra data tão importante quanto o dia do meu casamento, mas hoje me dou conta que lá só era o início da minha felicidade.

cOnSuMO QuE naScE

Meu Tomás nem chegou ao mundo e já está fomentando o comércio. como sempre, a pesquisa de preços é fundamental para economizar. logo que fiquei sabendo

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Na revista nº 85 na matéria “Aventuras pré-nupciais de uma noiva jornalista” conto minhas experiências nos preparativos do meu casamento

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do resultado pensei que teria nove meses para organizar tudo, mas não foi bem assim. Primeiro, só é possível comprar alguma coisa para seu filho depois do terceiro ou quarto mês, que é quando se descobre o sexo do bebê, pois hoje em dia até as peças brancas, chamadas neutras, vêm com flores ou carrinhos bordados. O segundo ponto e não menos importante: é preciso estar com tudo preparado até o sétimo mês de gestação. Ou seja, dos nove meses, me restaram apenas três.

ROuPinHaS

como sou mãe de primeira viagem, busquei informações com minha mãe, sogra, amigas, livros e internet. as listas são imensas e é preciso ter foco, senão é fácil perder o controle e encher os armários

com aqueles tip tops fofos que nem chagarão a ser usados, porque os bebês crescem muito rápido e deixam as roupas quase novas, tornando-se um gasto desnecessário.

O BERçO

Mas não são somente as roupas que ficam. depois de dois anos, o quarto do neném se torna pequeno e é necessário investir em um novo quarto. Hoje já existem berços que viram minicamas e elas podem ser usadas até os seis anos, desse modo vale a pena investir um pouco mais.

a MaMãE

como me disseram uma vez, são oito meses e uma eternidade de gestação. nesse longo período, coisas maravilhosas acontecem. a expectativa em descobrir o sexo, comprar o primeiro sapatinho, o bebê começar a mexer, aí vem o cheirinho pela casa das roupas lavadas e das fraldas. É um momento mágico. Mas nem tudo são flores. Quem disse que a mulher fica linda quando está gravida, é porque nunca passou por isso. as roupas não servem mais, manchas na pele aparecem, o cabelo fica oleoso, sem contar nas danadas das estrias, o terror de qualquer gravidez. Hoje já existem lojas especializadas em gestantes para nos

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Fernando e Fernanda

ajudar nessa difícil etapa da vida e os custos são altos. durante a gravidez é preciso ter diversos cuidados com a pele, usar hidratantes e óleos específicos. Se possível, fazer exercícios, como hidroginástica, usar filtro solar para não ficar com manchas do sol e cuidar da alimentação. Sem contar que, de uma semana para a outra, aquela bata moderna e superconfortável não serve mais e lá se vai dinheiro, dessa vez com roupas para a mamãe. depois que o bebê nasce os cuidados e investimentos da mãe continuam. Vêm as cintas pós-parto, sutiãs de sustentação e amamentação, hidratantes específicos e, claro, academia.

EXPERiÊncia Única

São nove meses maravilhosos e cheios de novidades. acredito que nada no mundo paga a emoção de ver o rostinho do meu filho pela primeira vez. Tomás deve nascer entre os dias 10 e 14 de outubro. Hoje, 26 de setembro, estou entrando de licença maternidade. até a volta.

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EcOnOMia

OTiMiSTaS, porém cautelosos Depois de um período de menor confiança, o empresário do comércio vislumbra o último trimestre do ano com atividade aquecida Texto: Silvia Bocchese de Lima

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intenção dos paranaenses é consumir mais. foi o que revelou a última pesquisa realizada pela confederação nacional do comércio de Bens, Serviços e Turismo (cnc), em outubro, sobre a intenção de consumo das famílias. Os dados mostram que a perspectiva de consumo é 76,7% maior do que o registrado no segundo semestre do ano passado. de acordo com a pesquisa, 67,1% dos entrevistados mostraram-se mais satisfeitos com a renda familiar atual e 75,8% julgaram ser mais fácil o acesso ao crédito. a chegada do 13º salário, aliado à restituição do imposto de Renda, são fatores positivos e que influenciarão as compras de fim de ano. depois de um semestre de apreensão do empresário do comércio de bens, serviços e turismo e queda de otimismo, o período de natal ainda é o maior pico de vendas no ano, pode marcar a virada positiva das vendas em 2012.

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Segundo análise da federação do comércio do Paraná (fecomércio PR) sobre as expectativas de vendas do varejo para o fim do ano, prevê-se um aumento de 6% a 8%, em relação ao mesmo período de 2011. focando no varejo de mercadorias que concentram vendas nesta época - supermercados e hipermercados, lojas de departamentos, móveis e decoração, material de construção - o desempenho é ainda maior, cresce entre 12% e 15%. Quando o assunto são bens duráveis para a casa, 90,8% dos consumidores do Paraná acreditam que este é um bom momento para comprar. E a lista dos desejos para o natal está repleta de material de informática, eletroeletrônicos, celulares, brinquedos, eletrodomés-

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ticos de linha branca, vestuário e calçados. Para o presidente do Sistema fecomércio Sesc Senac PR, darci Piana, a expectativa positiva do empresário está associada, também, à renegociação com os devedores, o que possibilitará regularizar inadimplências e trará para o mercado os consumidores que estavam excluídos. além disso, Piana acredita que os preços estabilizados, juros menores, emprego em crescimento e a contratação de mão de obra temporária para o fim do ano explicam o aumento do otimismo. com o anúncio do Ministro da fazenda, Guido Mantega, na segunda quinzena de outubro, sobre a prorrogação da redução do imposto sobre Produtos industrializa-

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dos (iPi) incididos sobre automóveis, a fecomércio PR acredita que a medida poderá contribuir para a expansão das vendas para o último bimestre de 2012. “cabe destacar que o efeito poderá ser marginal, considerando que a maior parte dos consumidores interessados já efetuou a compra do carro até outubro”, pontua Piana.

tas para todo o estado entre 14 mil a 18 mil vagas temporárias para esta época do ano. Para Piana, o maior empregador de temporários é o comércio de atacado e varejo. um percentual entre 6% e 7% será aproveitado pelo comércio como permanentes via contrato formal. “O trabalho temporário representa, para muitos, o primeiro emprego, funciona como EMPREGOS entrada para o mercado formal. a TEMPORÁRiOS média de ganho mensal do trabaOs meses de outubro a dezem- lhador temporário para o fim de bro caracterizam-se pelo período 2012 deverá oscilar entre R$800,00 em que há a maior contratação de e R$1.200,00”, avalia o presidente. colaboradores temporários, tanto Outro fator que merece destana indústria como no comércio e que para este momento positivo prestação de serviços. Estão previs- para a economia é o alargamento da

classe c, que representa 54% da população e a ascensão de renda das classes d e E, que juntas são responsáveis pelo crescimento na curva de consumo. de acordo com dados do Banco central do Brasil, o volume de dinheiro em circulação registrado em outubro de 2012 é de R$157,3 bilhões, um crescimento de R$23,1 bilhões, se comparado ao mesmo período de 2010. Tudo isso é que justifica o otimismo e a cautela. Enquanto não houver dados confiáveis sobre as projeções do PiB para 2013, o empresário aproveita o momento favorável mas resguarda-se com relação ao futuro.

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Intenção de consumo

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90,8%

Bom momento para comprar bens duráveis

76,7%

Perspectiva de consumo maior que em 2011

49,9%

Consome mais do que em 2011

75,8%

Facilidade de acesso ao crédito Fonte: CNC – Intenção de Consumo das Famílias / Outubro 2012

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SOcial

unidadE Móvel chega a cambará Primeira parada da carreta de Moda e Beleza vai qualificar mais de cem pessoas Texto: Karla Santin

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Senac PR chega a todos os municípios com suas unidades móveis. Em setembro, a nova unidade Movel de Moda e Beleza chegou ao seu primeiro destino, a cidade de cambará. a inauguração aconteceu no dia 14 de setembro e contou com a presença do secretário de Estado

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do Trabalho, Emprego e Economia Solidária, luiz claudio Romanelli, que recebeu as chaves da carreta-escola do gerente executivo do Senac Jacarezinho, Raul Pizarro. a solenidade também contou com a participação do prefeito de cambará, José Salim Haggi neto; do presidente do Sindicato do comércio Varejista de cornélio Procópio (Si-

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cov), Valter da Silva Barros, além de representantes do Senac, Secretaria do Trabalho e da Prefeitura. na ocasião, Romanelli destacou a parceria do Sistema fecomércio Sesc Senac PR com o governo do estado na realização de cursos de capacitação e qualificação profissional. “a Secretaria do Trabalho tem se empenhado para setembro

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O gerente executivo do Senac Jacarezinho, Raul Pizarro, durante a entrega a chave da Unidade Móvel ao secretário Romanelli e ao prefeito Neto

Alunos matriculados nos cursos da nova Unidade Móvel

ampliar a oferta de cursos profissionalizantes em todo o estado e encontrou no Sistema S os principais parceiros para esse trabalho”, comentou o secretário.

licitatório realizado pelo Senac nacional, foi adaptada para atender a diferentes cursos como cabeleireiro, Manicure e Pedicure, Maquiador, design de Sobrancelhas, entre outros. SalãO dE BElEZa a unidade Móvel de Moda e iTinERanTE Beleza do Senac PR está estacionaa nova unidade Móvel, com- da na Praça dr. Miguel dinizo, no prada por meio de um processo centro da cidade. no espaço são www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

ministrados os cursos de auxiliar de cabeleireiro e automaquiagem, ofertados pela Secretaria Estadual do Trabalho, por meio do Plano Territorial de Qualificação (Planteq). Também está em andamento o curso de cabeleireiro assistente, do Programa Senac de Gratuidade (PSG). ao todo, serão capacitadas 101 pessoas.

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SaÚdE

O caMinHO para a sustentabilidade Logística Reversa de Medicamentos estabelece processos para recuperação sustentável Texto: Silvana Kogus

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tualmente o descarte de medicamentos vencidos, sobras ou em desuso é feito por grande parte das pessoas na rede de esgoto ou no lixo comum. Segundo o conselho federal de farmácia existem várias causas para a sobra de medicamentos, das quais se destacam a dispensação em quantidade além da necessária para o tratamento, amostras grátis distribuídas pelos laboratórios farmacêuticos como propaganda e o gerenciamento inadequado por parte de farmácias e demais estabelecimentos de saúde. no Paraná, a assembleia legislativa decretou em julho deste ano a lei que estabelece a logística Reversa de Medicamentos, instituída pela Política nacional de Resíduos Sóli-

dos, de autoria do deputado estadual luiz Eduardo cheida (PMdB).. Para sua implantação falta apenas a regulamentação do governo, prevista para dezembro. Segundo cheida, quando descartados incorretamente, os medicamentos trazem diversas consequências, como a agressão ao meio ambiente, a contaminação de animais, do solo e da água, além do risco à saúde de pessoas que possam reutilizá-los. “São resíduos tóxicos para o meio ambiente e perigosos para a saúde que precisam ser devolvidos ao lugar certo, a fim de que sejam neutralizados, melhorando a qualidade de vida de todos”, defende. de acordo com a nova legislação, fabricantes, comerciantes e consumidores ficam responsáveis

pelo descarte correto dos produtos. Segundo o presidente do Sindicato do comércio Varejista de Produtos farmacêuticos do Paraná (Sindifarma), Edenir Zandoná Junior, “farmácias e postos de saúde passam a ser um elo entre o consumidor, o fabricante e importadores, já que estes se responsabilizarão pelo recolhimento e destinação final aplicável a cada caso”. cheida destaca ainda a responsabilidade compartilhada. “cada um tem o seu dever. dividem-se as atribuições de forma que todos passam a colaborar”. Segundo o deputado o projeto cria ainda novas oportunidades, já que os resíduos são potencialmente recicláveis, compostos essencialmente por vidro e papel.

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O que é Logística Reversa? Em resumo, a logística Reversa é a atividade de recolhimento, separação e processamento de produtos ou materiais usados para assegurar uma recuperação sustentável. Ela se materializa pelo retorno ou recuperação de produtos; pela redução do consumo de matérias-primas; reciclagem, substituição e reutilização de materiais; deposição de resíduos; reparação e refabricação de produtos e pela coleta e destinação adequada de rejeitos.

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EducaçãO

ii fóRuM Social da Educação Profissionais do Sesc de todo Paraná se reuniram-se para debater os avanços do projeto do contraturno escolar Texto: Cristiane Lebelem | Fotos: Edilson Tadeu Giordano

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entenas de educadores e gestores das unidades do Sesc e do Senac de todo estado reuniram-se no Hotel Sesc caiobá para três dias de palestras e oficinas, de 17 a 19 de outubro. foi a segunda edição do fórum Social da Educação do qual se extraiu uma carta compromisso das próximas ações. O objetivo é melhorar ainda mais o projeto do contraturno escolar que o Sistema fecomércio Sesc Senac PR desenvolve há dois anos, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Para o presidente do Sistema fecomércio, darci Piana, o modelo é tão importante para a preparação escolar e profissional dos paranaenses que a ideia é alargar o programa no próximo ano. “Para 2013, iremos ampliá-lo ainda mais. É a contrapartida social que o empresariado do comércio oferece aos cidadãos por meio do nosso Sistema”.

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O número de estudantes atendidos atualmente é de 18 mil, podendo aumentar para cerca de 30 mil alunos do ensino fundamental e médio da rede pública. na abertura do fórum foi apresentado um vídeo-reportagem produzido especialmente para o evento, mostrando as experiências do projeto do contraturno na capital, em Ponta Grossa e no litoral. a palestra de abertura ficou por conta do pedagogo e mestre contador de histórias, Roberto carlos Ramos, ex-menino de rua que se tornou referência internacional em educação, premiado pela unesco, órgão de educação e cultura da Onu. Sua vida virou filme e ele deixou o público emocionado, contando trajetória de vida e a experiência como educador. na manhã seguinte (18), foi a vez da ex-jogadora da seleção brasileira de vôlei, ana Moser, fundadora do

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instituto Esporte e Educação, que contou aos educadores sobre os projetos que colocam o esporte como agente de transformação no processo educativo. na sequência, os instrutores participaram de oficinas, para trocar experiências e compartilhar novos conceitos de letramento e raciocínio lógico aplicados nas atividades do contraturno com os alunos em todas as unidades do Sesc e nas escolas parceiras. Para a técnica setembro

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em atividade, Graciele Weiler, do Sesc de cascavel, um dos 27 municípios que atuam no projeto, “apresentar o que foi criado com os alunos aos outros educadores é a parte mais rica do nosso encontro”, concluiu. a visão técnica da experiência paranaense chamou a atenção do Ministério da Educação, como contou Maria alice lopes de Souza, gerente de educação do departamento nacional do Sesc. "O modelo do Sesc Paraná vai ajudar a melhorar a

educação”, afirmou. Para a coordenadora de integração de programas e projetos educacionais da Secretaria de Estado de Educação do Paraná, Juara de almeida ferreira, “sem esta ação do Sistema fecomércio, não seria possível ter tantos programas de contraturno nas escolas como temos agora”, destacou. O diretor regional do Sesc PR, dimas fonseca, fez questão de ressaltar a natureza das contribuições empresariais que viabilizam a manutenção das estruturas do Sesc

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e do Senac e transformam em realidade projetos de cunho social tão essenciais. na mesma linha, o diretor regional do Senac PR, Vitor Monastier, lembrou que este trabalho em conjunto, visando a preparação educacional por meio do contraturno escolar, “é a melhor forma de pre-

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EDUCAÇÃO

parar a mão de obra do Paraná, ou seja, aumentar a empregabilidade porque o trabalhador está tendo uma formação melhor, chega mais qualificado para o curso técnico”, afirmou. O grande encontro dos educadores, neste II Fórum Social da Educação, serviu também para reafirmar o compromisso com o futuro dos estudantes do Paraná. “O importante é que o aluno seja um agente de transformação na sua comunidade”, considerou a direto-

ra de Educação e Cultura do Sesc PR, Marússia Santos. “Precisamos ajudar a educar pessoas questionadoras, formadoras de opinião, capazes de realizar, e de ter condições de sonhar por uma vida melhor”, finalizou. O encontro mostrou aos educadores a importância da grande rede de educação que formam. Eles também puderam conhecer a estrutura do Hotel Sesc Caiobá, responsável por hospedar as mais de 300 pessoas participantes do evento.

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AUTORIDADES QUE COMPUSERAM A MESA NA ABERTURA DO FÓRUM: O presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana; a gerente de educação do Departamento Nacional do Sesc, Maria Alice Lopes de Souza; a coordenadora de integração de programas e projetos educacionais da Secretaria de Educação do Paraná, Juara Regina Arthury Ar thury de Almeida Ferreira, representando o Secretário de Educação do Paraná, Flávio Arns; o diretor regional do Sesc PR, Dimas Fonseca; o diretor regional do Senac PR, Vitor Monastier; e a responsável pelo evento, a diretora de Educação e Cultura do Sesc PR, Marússia Santos.

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INVESTIMENTO

SENAC inaugura escola 4,5 mil pessoas devem ser preparadas para o trabalho na nova unidade Texto: Karla Santin

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sol está tão presente em Umuarama que compõe o próprio nome da cidade. Formada a partir de termos tupis, a denominação significa lugar ensolarado, de bom clima para encontro de amigos. É

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na nova escola do Senac, prédio que se destaca pelo aproveitamento da luminosidade natural, que os umuaramenses e a população de municípios vizinhos se encontrarão. O assunto dessas conversas certamente será a formação profis-

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sional de qualidade proporcionada pela unidade. A inauguração da sede ocorreu no dia 18 de setembro e reuniu diversas autoridades locais, estaduais e até de outros estados. Todos vieram conhecer a ampla e moderna setembro

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a em Umuarama

estrutura que atenderá uma região composta por 25 municípios do Noroeste do estado e agrega 300 mil habitantes. Em seu discurso, o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, destacou que

a unidade possui o que há de mais avançado para a qualificação de trabalhadores. "As pessoas atendidas por esta escola terão profissão e emprego, o que permitirá ampliar sua renda familiar e com isso ganhar mais qualidade de vida e a conquis-

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ta da cidadania", enfatizou. Presente na cerimônia, o vice-governador e secretário de Educação do Paraná, Flávio Arns, lembrou que um dos maiores desafios para o desenvolvimento do estado e do país é a disponibilidade de mão

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REINAUGURAÇÃO INVESTIMENTO

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A festa de inauguração reuniu autoridades locais, regionais e de outros estados

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de obra qualificada para o trabalho. "O diploma do Senac é um certificado que abre portas. Uma pessoa preparada, estimulada, com oportunidades para o mundo corporativo exerce com plenitude sua cidadania, pois através de seu trabalho consegue ter uma vida melhor e mais digna", afirmou Arns. Com 1.758 m² de área construída, o Senac Umuarama triplicará sua capacidade e poderá atender a mais de mil alunos por dia. A escola possui auditório para 120 pessoas, biblioteca, ambiente pedagógico de beleza para os cursos de cabeleireiro e manicure, cozinha pedagógica, lanchonete-escola, laboratório de enfermagem, laboratórios de software e hardware, sala com pranchetas para cursos de design e moda, seis salas de aula convencionais e área de convivência coberta. A unidade foi projetada para garantir conforto térmico e acústico, além de cumprir com todas as exigências de acessibilidade, como sinalização tátil, plataforma elevatória e vaga especial no estacionamento. "A meta da nova unidade é chegar a 4,5 mil matrículas em 2013. Destas, aproximadamente 50% serão no regime de gratuidade. E para que isso aconteça, o Senac investirá R$ 3,3 milhões de recursos próprios em cursos gratuitos somente em Umuarama. E ainda teremos aproximadamente 300 vagas pelo Pronatec, em uma parceria do Senac com o Governo Federal", pontuou Monastier. setembro

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Ambiente pedagógico para cursos de beleza

Laboratório de hardware

Biblioteca

A formação de profissionais especializados em ocupações do comércio, serviços e turismo deve refletir no bom desempenho das empresas e na economia regional. É o que vislumbra o presidente do

Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios, de Maquinismos, Ferragens, Tintas e de Material Elétrico e Aparelhos Eletrodomésticos de Umuarama (Sindilojistas), Clau-

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dinei Herreiro. "Os setores do comércio e serviços representam 67% do PIB de Umuarama. Com mais pessoas capacitadas, certamente mais empresas serão estimuladas a ampliarem sua estrutura ou se ins-

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INVESTIMENTO

Piso tátil e elevador para pessoas com defici ncia

talarem em nossa cidade, gerando mais empregos e mais renda para Umuarama e região", reiterou. Representando a Prefeitura de Umuarama, que doou o terreno para a construção da sede própria do Senac, o secretário de Indústria e Comércio, Rômulo Rauen, agradeceu ao Sistema Fecomércio pelo investimento feito no município. "Uma cidade pode crescer, mas precisa se desenvolver. É diferente. E isso só acontece através das pessoas, pela educação. Nossos jovens e nossos trabalhadores serão preparados nesta escola, de forma a construir o futuro de Umuarama", disse o secretário. Para o deputado estadual Fernando Scanavaca, o novo Senac

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trará um diferencial para a educação da região. "Além de educação, esta escola vai trazer cidadania para a comunidade, que muitas vezes não conseguia emprego por falta de qualificação", sinalizou. Em sua fala, o deputado federal Osmar Seraglio lembrou a época em que foi instrutor do Senac em Umuarama. "Tenho um carinho especial pelo Senac por já ter sido um de seus colaboradores e porque é uma instituição que busca de fato desenvolver as potencialidades do ser humano", avaliou. Também estavam presentes no evento o assessor legislativo da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Roberto Velloso; o pre-

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Área de convivência com aproveitamento da luminosidade natural

sidente da Fecomércio de Alagoas, Wilton Malta de Almeida; o presidente da Fecomércio de Tocantins, Hugo de Carvalho; o secretário especial do Departamento Nacional do Senac, Eládio Prado; o diretor regional do Senac de Minas Gerais, José Carlos Cirilo da Silva; o vice-presidente da Fecomércio PR, Ari Faria Bittencourt; a presidente da Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Negócios de Umuarama (CMEG), Jane Bitencourt; o prefeito de Campo Mourão, Nelson Tureck; o diretor regional do Sesc PR, Dimas Fonseca; e a presidente do Sindicato dos Empregados do Comércio de Umuarama (Sindecomu), Miromar Ponciano de Ansetembro

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drade. Presidentes de sindicatos filiados à Fecomércio, gerentes, gestores e colaboradores de unidades do Senac de todo o estado, a imprensa local e regional e demais autoridades também prestigiaram a inauguração.

Sala para cursos de moda e design

Laboratório de enfermagem

Laboratório de enfermagem

CONTRATURNO

Durante a solenidade, Darci Piana e Flávio Arns assinaram o novo termo de cooperação entre o Sistema Fecomércio Sesc Senac PR e o governo estadual para realização de atividades no contraturno escolar. Até dezembro de 2014 serão beneficiados diretamente mais sete mil alunos de escolas públicas.

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HiSTóRiaS As várias facetas de um artesão poderoso Texto e Fotos: Carolina Lara

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em dúvida, é difícil a tarefa de escrever sobre Pedro Mikuska em apenas duas páginas. O artesão de 56 anos é cheio de histórias para contar e dificilmente consegue terminar uma sem antes começar outra. Marceneiro, pai, poeta, empreendedor, religioso, cantor, são muitas as facetas do homem simples e franco. com seus límpidos olhos azuis, herdados dos antepassados poloneses, que depois descobriu serem tchecos, ele conta sua trajetória de maneira nada linear. Mikuska é dono da fábrica de móveis clássicos que leva o seu sobrenome. Suas peças em marchetaria, vendidas para o Brasil inteiro e também para outros países, ficarão ainda mais conhecidas com a nova novela “Salve Jorge”. “a Globo achou a fábrica na internet e então tivemos apenas 20 dias para produzir as 15 peças que eles pediram”, contou Mikuska. a inspiração ele tira dos livros e revistas trazidos da Europa pelos clientes. “Tudo que eu quero é que as pessoas me ajudem com catálogos de castelos”, contou debruçado nos livros. O artesão, que tem medo de avião e nunca visitou o Palácio

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Divulgação

que o Pedro conta

Peças produzidas pela Móveis Mikuska Divulgação

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de Versalhes, reproduz em detalhes móveis que foram de napoleão a Maria antonieta. Tudo é copiado das fotos. imbuia maciça, ouro, bronze, couro, tecidos e estampas exclusivas, além de pedras de ônix trazidas do Paquistão, Índia e itália, são alguns dos materiais usados na fabricação das peças. natural de itapará, no município de irati (PR), Mikuska aprendeu sozinho a profissão de marceneiro. “desde que eu parei de carpir os pés de feijão, passei a trabalhar com móveis. comprei um serrotinho velho e comecei a fazer uns caixotinhos”, relembrou. Quando tinha 11 anos, mudou-se com a família para curitiba. além da fábrica, aberta em 1976 na cidade de Pinhais, Mikuska tem duas lojas, uma em curitiba, e outra em Balneário camboriú. a ajuda vem dos seis funcionários e do filho, antônio carlos Mikuska, de 25 anos. O herdeiero cursou Engenharia Madeireira, atua diretamente na fabricação dos móveis e administra a loja de Balneário camboriú. Pode ser papo de pai coruja mas, segundo Mikuska, o filho não deixa a desejar. “Bom mesmo de martelo é meu filho”, falou orgulhoso. aliás, orgulho é o que não falta ao artesão quando fala também da mulher e da filha. uma família poderosa, como ele mesmo gosta de falar. Planos para o futuro? Mikuska sonha com um casarão de época que ele possa recuperar. “Eu queria levar minha loja para um desses lugares e poder zelar pelo imóvel”, contou.

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REcOnHEciMEnTO

1º PRÊMiO fecomércio PR de Jornalismo A primeira edição do troféu de Jornalismo da Federação do Comércio do Paraná premiará as melhores reportagens que tenham como tema o Paço da Liberdade Texto: Silvia Bocchese de Lima

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rofissionais das mídias impressa, eletrônica e digital de todo o país já podem se inscrever para a primeira edição do Prêmio fecomércio PR de Jornalismo. Serão premiadas reportagens que tenham como tema a restauração do antigo Paço Municipal de curitiba e sua transformação no Paço da liberdade, unidade cultural do Sesc PR, a revitalização do entorno ou a capacitação profissional do comércio das redondezas. as matérias devem ser publicadas no período de 15 de outubro de 2012 a 15 de janeiro de 2013.

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a iniciativa do Sistema fecomércio Sesc Senac PR premiará as reportagens por categorias: jornalismo impresso, telejornalismo, radiojornalismo e internet. Os trabalhos selecionados em primeiro lugar de cada categoria concorrerão ao grande prêmio. as inscrições podem ser realizadas de 22 de outubro a 17 de janeiro de 2013. O regulamento está disponível no site www.fecomerciopr.com.br. www.fecomerciopr.com.br Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail premiojornalismo@fecomerciopr.com.br

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A HISTÓRIA DO PAÇO DA LIBERDADE

inaugurado em fevereiro de 1916, na atual Praça Generoso Marques, o antigo Paço Municipal foi construído para ser a primeira sede própria da Prefeitura de curitiba. Projetado pelo então prefeito cândido de

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Abreu, com colaboração do escultor Roberto Lacombe, o Paço substituiu o mercado que havia ali. A Prefeitura permaneceu no prédio até 1969. Cinco anos mais tarde, um convênio firmado entre o estado e o município permitiu que ele se tornasse sede do Museu Paranaense, até 2002. O prédio é um dos mais importantes monumentos da cidade e o único edifício curitibano com tombamento nas três instâncias: municipal, estadual e federal. A

construção apresenta linhas arquitetônicas que se enquadram no ecletismo, com predominância do Art Nouveau, estilo marcado pela decoração elaborada e formas

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curvilíneas ou sinuosas, presentes nos portões de ferro da entrada principal, na marquise voltada para a Praça Tiradentes e nas esquadrias de madeira.

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RECONHECIMENTO

A RESTAURAÇÃO

mércio da região, e do Sebrae/PR – que possibilita aos empreendedores cursos de gestão empresarial. A obra também contribuiu para valorizar e remodelar a região. O projeto de revitalização do entorno do Paço recebeu o nome de Arqueologia da Memória e teve origem na experiência desenvolvida na inter-relação entre acervos culturais e o público na condição de agente formador da cultura urbana. Opera com a ideia de que os espaços urbanos devem reconhecer e qualificar a história individual e coletiva dos que construíram e constroem, cotidianamente, a vida e a história da cidade.

O Sistema Fecomércio Sesc Senac PR recebeu da Prefeitura de Curitiba, em sistema de comodato, o antigo prédio e teve a incumbência de restaurá-lo. A estrutura, que já abrigou o gabinete de 42 prefeitos de Curitiba, desde 29 de março de 2009 é sede do Centro Cultural do Sesc PR. Cerca de 80 restauradores, operários e técnicos trabalharam para colocar em prática as duas etapas do projeto: o restauro (seguindo as mesmas técnicas da época em que foi construído) e a reciclagem (reformas de construção civil) do prédio. São 2.205,70m2 de área construída. O entorno da unidade tem a PROGRAMAÇÃO participação efetiva do Sesc PR CULTURAL como incentivador de projetos arO prédio divide seus espaços tísticos, do Senac PR – que ministra em salas para leitura, que disponicursos para os trabalhadores do co-

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biliza aos visitantes livraria, biblioteca e um espaço de internet livre; um ambiente para música com um estúdio de gravação para bandas paranaenses, café com piano, uma sala de atos para apresentações musicais e teatrais que sejam adaptáveis a um palco pequeno; salas e audiovisual com um estúdio de arte eletrônica para criação e edição de som e vídeo, além de instalações, sala de exibição de vídeos não-comerciais. Há também salas de exposições ocupando todo o primeiro andar, capaz de abrigar manifestações convencionais e novas mídias. Também ocorrem no Paço da Liberdade cursos nas áreas de artes e comunicação.

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educação profissional

Pós em Docência

Paranaenses são os mais participativos na Especialização em Docência para Educação Profissional Texto: Karla Santin

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m levantamento feito pelo Departamento Nacional do Senac (DN) revelou que os participantes paranaenses da Especialização em Docência para Educação Profissional são os mais ativos do Brasil. A pós-graduação lato sensu, na modalidade de educação a distância, é um projeto de âmbito nacional coordenado pelo DN, que possibilita a formação de docentes certificada pelo Ministério da Educação (MEC). O objetivo do curso é aprimorar a prática pedagógica de aproximadamente 7.400 colaboradores do Senac em todo o Brasil. O índice do Senac PR, de 27,5 participações por aluno, é superior à média nacional, de 24 participações por aluno. A pesquisa levou em consideração as turmas iniciadas em abril de 2011 e mediu a participação dos alunos na unidade de Metodologia de Desenvolvimento de Competências, uma das cinco unidades que compõem a pós-graduação. Esta é a mais longa e importante, pois trata da metodologia pedagógica utilizada pelo Senac. A participação diz respeito à realização das atividades semanais, tais como fóruns, postagens em galerias e tarefas. A coordenadora de Educação e Tecnologia do Senac PR, Carina Bárbara de Oliveira Bechert, explica que a Divisão de Educação acompanha todo o processo pedagógico das tur-

mas, buscando levar aos instrutores a reflexão sobre a prática educacional. “O foco do curso é ação-reflexão-ação. Portanto, o instrutor reflete sobre suas práticas diárias em sala de aula, propõe novas estratégias e dinâmicas educacionais e as avalia, em um processo contínuo que deverá ser incorporado posteriormente a sua ação docente”. Na opinião da coordenadora, a participação dos paranaenses nas atividades do curso permite uma assimilação maior do conteúdo, principalmente porque o instrutor parte de sua realidade em sala de aula. Ele consegue perceber na prática o que dá certo para seus alunos, consolidando os conceitos teóricos estudados durante o curso. “A participação ativa demonstra a preocupação de toda equipe do Senac PR na missão de educar para as atividades do comércio, de bens, serviços e turismo, com qualidade e comprometimento do nosso quadro de instrutores”, avalia Carina. No Paraná o projeto é realizado por uma parceria entre a Divisão de Recursos Humanos e pela Divisão de Educação e Tecnologia do Senac. As primeiras turmas tiveram iní-

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cio em 2010. Participam do curso instrutores, técnicos, analistas e gerentes das Unidades de Educação Profissional do Senac presentes em todo o estado. A Especialização em Docência para Educação Profissional, um dos primeiros cursos de pós-graduação do país voltados para o ensino profissionalizante, já está provocando mudanças. “Com a participação no curso, os instrutores estão mais abertos à inovação, propõe atividades diferenciadas para os alunos, realizam o planejamento de aulas baseados na pesquisa, incentivam o aluno também a pesquisar. O docente vai além e leva com ele os seus alunos. Realmente eles internalizam e mantêm em sua prática profissional ação-reflexão-ação”, completa Carina.

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SindicaTO

uMa visão de planejamento

Sindióptica traça novas propostas para difundir o trabalho em todo o estado e convergir novos olhares para a força sindical Texto: Isabela Mattiolli | Fotos: Arquivo

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riada em 1987, a associação Profissional do comércio Varejista de Material óptico, fotográfico e cinematográfico do norte do Paraná foi um esboço daquilo que, um ano depois, se tornaria o Sindióptica. Os objetivos eram os mesmos, mas ganharam força com a carta Sindical, emitida em 2001. de lá para cá, o Sindicato do comércio Varejista de Material óptico, fotográfico e cinematográfico no Estado do Paraná (Sindióptica) cresceu – não só no número de filiados, mas em ações. O atual presidente da entidade, José alberto Pereira, acompanhou boa parte desta mudança. Em 2010, quando foi chamado a reassumir a presidência do Sindióptica, ele passou a ter uma visão mais nítida do que era o mundo sindical. “logo que eu entrei, fui conhecer a fecomércio e também o presidente Piana. foi ali que eu passei a ter realmente uma visão sobre

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o dia a dia do sindicato. E desde então, sou grato não só a entidade, como a todo o Sistema S, pelo total apoio que recebemos”, lembra. com sede em londrina, o Sindióptica realiza ações que visam beneficiar as empresas filiadas em todo o estado. com foco na integração, o sindicato disponibiliza assessoria jurídica por meio do escritório nogueira Presidente do Sindióptica, José Alberto Pereira de azevedo & advogados aos poucos, a nossa diretoria consiassociados S/c., o qual representa os interesses da entidade ga levar cursos, workshops,, promoe atua fisicamente no Paraná em ver encontros, além de outras ativilondrina e curitiba, além de dis- dades em cidades polo do estado, o ponibilizar um canal direto de re- que já estamos fazendo. Para que o lacionamento – pelo telefone 0800- empresário do ramo tenha conhecimento dos benefícios a ele dirigidos 400-5535. “Embora nosso sindicato esteja e, também, para reforçar a ideia de localizado em londrina, ele defen- que o sindicato pode sim oferecer de os interesses profissionais, eco- muito não só a ele, como a todo o nômicos, sociais e políticos da clas- ramo óptico”, ressalta o presidente se em todo o Paraná. a ideia é que, do sindicato.

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Em diversas destas ações, o Sistema fecomércio Sesc Senac PR é um parceiro constante. neste ano, um evento em comemoração ao dia Mundial da Saúde Ocular foi organizado junto ao Sesc londrina. Para celebrar esta data, foi promovido no Sesc apucarana, um minicurso em Técnicas em Vendas e ótica Básica. a parceria com o Senac convergiu no Workshop – Essilor, Senac e Sindióptica-PR realizado em diversas cidades paranaenses. O curso de atendente de ótica concluiu sua segunda turma no mês de outubro, no Senac londrina. “atualmente, a nossa maior conquista é o curso Técnico em ótica, que será disponibilizado pelo Senac londrina, provavelmente no segundo semestre do ano que vem. um laboratório está sendo criado na unidade com máquinas de ponta e computadorizadas, que atendem às demandas necessárias para a formação de técnicos capacitados. “a procura é grande, devido a exigência de um técnico que responda por cada ótica. O mercado está sentindo esta escassez de mão de obra”, avalia José alberto Pereira.

O Sindióptica em parceria com o Hospital de Olhos de londrina (Hoftalon) levou uma equipe de médicos e funcionários do hospital para prestar atendimento às crianças da creche cEi Haydée colli Monteiro, em julho deste ano. O Projeto Primeiros Olhares recebe o apoio do Sindióptica desde 2008. O trabalho conjunto mobiliza as empresas do setor ótico para a doação de armações e lentes para crianças. de acordo com o presidente do Sindióptica, todas essas ações serão reforçadas em 2013 e expandidas a outros municípios paranaenses. um encontro do ramo óptico também deve acontecer no próximo ano em londrina, cascavel, Maringá, curitiba e Região Metropolitana. denominado Painel de óptica, o encontro abordará temas como varejo óptico, gestão de pessoas, controle sanitário para produtos do setor e associativismo, explica o presidente da entidade.

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integrante da câmara Brasileira de óptica – filiada à confederação nacional do comércio (cnc), jun-

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to a outros sindicatos do ramo óptico do país, o Sindióptica discute alguns projetos que normatizem o comércio do setor do Brasil, no que tange a vigilância sanitária e o combate à pirataria. “Eu sempre digo que vender óculos é vender saúde. Quando você vai ao oftalmologista, recebe uma receita como se fosse comprar um remédio. a diferença é que o remédio, no caso, é a correção na visão da pessoa. O que nós vemos hoje? Vários shoppings populares, os chamados camelódromos, com venda ilegal de armações e lentes sem a qualidade óptica exigida. lentes com distorções, que com o uso em médio em longo prazo, dificultam e podem comprometer ainda mais a visão, por não ter a proteção de filtros. nós tentamos em conjunto a outros sindicatos fazer um trabalho muito grande para reverter esta realidade”, conclui José alberto Pereira.

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Serviço: Sindióptica PR Av. São Paulo, 170 – sala 107 – Londrina – PR Telefone: (43) 3334-1492 sindiopticapr@hotmail.com

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TuRiSMO

uM cOBiçadO e preparado destino A exuberância natural, a diversidade cultural, gastronômica, de aventura e de eventos faz do Paraná um local privilegiado para o turismo – uma atividade que cresce anualmente Texto: Silvia Bocchese de Lima | Fotos Litoral: Priscila Forone | Foto Cataratas: SETU

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onsiderado pelo fundo Monetário internacional como a sexta maior economia do planeta, o Brasil é uma potência emergente que tem chamado a atenção de investidores de todo o mundo. um dos resultados desta visibilidade é verificado no turismo, que tem apresentado crescimento constante e tornado o país em um cobiçado destino de turistas. Prova disso são os 5,4 milhões de visitantes estrangeiros que desembarcaram em terras brasileiras, em 2011.

Antonina E o Paraná não ficou de fora. de acordo com mapeamento realizado pelo Ministério do Turismo, divulgado em outubro, foz do iguaçu figura em segundo lugar nas cidades brasileiras que mais receberam turistas estrangeiros, quando o assunto é lazer, com 19,8% do total. a capital paranaense está em terceiro lugar no quesito negócios, com 4,9%, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro. a américa do Sul é a principal emissora de turistas a foz do iguaçu, chegando a 75%, en-

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quanto em curitiba, 19,5% dos turistas são europeus e 16,6% norte-americanos. dados da Secretaria de Estado de Turismo (SETu) apontam que o maior fluxo de turistas brasileiros no Paraná é do próprio paranaense, que representa 34,4% do total; 23,4% são de São Paulo e 12,2% de Santa catarina. “Tais números seguem a tendência mundial de cada vez mais as pessoas preferirem se deslocar dentro de distâncias menores, ou seja, para o seu entorno”,

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TuRiSMO

revela o secretário de Estado de Turismo, Jackson Pitombo. Pitombo também enfatiza que há registros de crescimento do gasto médio diário do turista que visita o Paraná, passando de uS$63,1, em 2007, para uS$72,5, no ano passado. “Estes números não seriam possíveis se não houvesse a ampliação da oferta turística, principalmente em função da integração regional, que resulta em roteiros e da segmentação que possibilita atrair nichos de demanda específicos, como o ecoturista e o turista motivado pela fé”, informa o secretário. Os números novamente são favoráveis ao Paraná. Em 2011, somente na linha Turismo, que percorre os principais pontos turísticos da capital, foram registrados

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604.656 embarques e, de 1994 a julho de 2011, este número ultrapassou os 5 milhões, segundo dados da Secretaria Especial para assuntos da copa do Mundo 2014.

dESTinOS induTORES

O Ministério do Turismo desenvolveu o projeto dos 65 destinos indutores do Turismo para o mercado internacional, sendo três do Paraná: curitiba, foz do iguaçu e Paranaguá/ ilha do Mel. Pitombo destaca que se somam a estes, nos estudos realizados pela SETu, Ponta Grossa, Maringá e londrina. “a oferta do estado vai muito além destes destinos. Seu misto de natureza, cultura, gastronomia, aventura e eventos faz do Paraná um local privilegiado. Em todas as

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dez regiões turísticas do Paraná, do norte ao Sudoeste, multiplicam-se as opções”, enaltece. as atrações paranaenses não se resumem à exuberância das cataratas do iguaçu e da monumental itaipu Binacional. curitiba conta com uma infinidade de parques espalhados pela cidade, museus, setor histórico e Jardim Botânico. Rumo ao litoral do estado, o visitante pode fazer um passeio pela Estrada de ferro Paranaguá-curitiba, passando pela maior área contínua de Mata atlântica do Brasil ou optar pela Estrada da Graciosa, além de cidades históricas, praias e ilhas. nos campos Gerais, a tradicional Rota dos Tropeiros e os parques estaduais de Vila Velha e do Guartelá são outras opções. setembro

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Perfil do turista estrangeiro no Brasil 69% 61,6% 32,6% 53,7% 67,9% 95,4%

visitaram o país outras vezes são homens tiveram a internet como fonte de informação estão plenamente satisfeitos com a viagem possuem entre 25 e 50 anos têm a intenção de voltar Fonte: Ministério do Turismo – Perfil da demanda turística internacional – Síntese Brasil – 2005/2011

Cataratas do Iguaçu ESTRuTuRa TuRÍSTica

O estado também tem se preocupado com a exPara que o número de pansão de sua rede turistas que visitam o Parahoteleira. Segundo ná seja ainda maior e para dados do cadasque os atrativos estejam tur, realizado pelo aptos a recebê-los, o goverMinistério do Tuno do estado desenvolve e rismo, o Paraná estuda uma série de projeconta com 437 tos, como o navega Paraná, Secretário de Estado de Turismo, Jackson Pitombo meios de hospepara potencializar o turismo dagem cadastranáutico; Turismo no Espaço Rural; Regionaliza Paraná; Turismo dos, totalizando 46.840 leitos. deste cultural; cu cultura da Viagem; Turis- total, 70% são constituídos de hotéis e mo é um Bom negócio; Viaje legal curitiba e foz do iguaçu detêm quase e Paraná Marca. “com estes projetos metade do parque hoteleiro do estado. pretende-se ampliar o fluxo turístico “Somam-se a este número outros eme a receita gerada, como também ge- preendimentos ainda não cadastrados, rar empregos, negócios, impostos e, que serão alvo de uma ação específica portanto, desenvolvimento econômico”, nos próximos anos”, revela o secretário, que acrescenta que também será reapontua Pitombo. www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

lizado um levantamento de oportunidades de negócios em todas as regiões turísticas. O objetivo, segundo o secretário, é incentivar investimentos no setor, não apenas na hospedagem, mas também no agenciamento, transporte, gastronomia, entre outros. “Os números são suficientes para atender a demanda atual. Para a copa 2014, a cidade sede curitiba se comprometeu a apresentar capacidade de 13 mil leitos, o que já atingiu ainda em 2011”, ressalta o secretário. O zelo com o turista, com a infraestrutura, serviços, limpeza, sinalização e segurança deve ser constante, afinal, os dados apontam que 95,4% dos visitantes estrangeiros que visitaram o Brasil têm a intenção de voltar! Welcome back to Brazil!

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cOnGRESSO

19º congresso WfBSc Evento mundial debateu a importância do uso sustentável da água Texto: Carolina Lara, com colaboração de Giana Andonini | Fotos: Shigueo Murakami

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e 10 a 14 de outubro, curitiba recebeu o 19º congresso internacional da federação Mundial das Empresas de limpeza e conservação (WfBSc). O evento aconteceu simultaneamente a 22ª feira de Produtos e Serviços para Higiene, limpeza e conservação (Higiexpo) e ao 23º Encontro nacional das

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Empresas de asseio e conservação (Eneac). a confederação nacional do comércio de Bens, Serviços e Turismo (cnc) e o Sistema fecomércio Sesc Senac PR patrocinaram o evento e tiveram um stand de 64m² na Higiexpo. O presidente da fecomércio, darci Piana, esteve na cerimônia de abertura representando

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as duas casas. Piana parabenizou o presidente da WfBSc, adonai aires de arruda, pela iniciativa de trazer o congresso a curitiba. “Esta reunião engrandece a nossa cidade, o nosso estado e o nosso país. além disso, a combinação dos três eventos trará as soluções que precisamos para o setor de asseio e conservação”, declarou Piana. setembro

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a partir de uma preocupação com as futuras gerações, o mote escolhido pelo evento mundial foi a água e sua importância para a limpeza sustentável. O tema é defendido pelo presidente da WfBSc, por acreditar que a sustentabilidade é um assunto a ser levado a sério pelo segmento. “É impossível você proceder limpeza sem a água, mas é possível utilizar a água advinda da chuva. É possível a utilização de produtos menos danosos”, exemplificou arruda. Para o vice-governador do Paraná, flávio arns, o desenvolvimento sustentável é fruto do envolvimento de todos os setores da sociedade. arns acredita que o governo pode fazer sua parte incentivando iniciativas dessa natureza, induzindo o debate e levando o tema para as escolas.

nÚMEROS dO SETOR

Segundo estudo realizado pela federação nacional das Empresas de Serviços e limpeza ambiental (febrac), que faz parte da cnc, o setor tem apresentado taxas anuais de crescimento superiores a 10%. Para 2012 estima-se que esse crescimento seja de 12,5%. São mais de 13 mil empresas atuando neste ramo no Brasil, com 1,6 milhões de trabalhadores formais e uma receita de R$32 bilhões em 2011.

PRESEnçaS

Participaram da cerimônia de abertura do 19º congresso internacional da WfBSc, o presidente da febrac, Ricardo costa Garcia; o vice-governador do Paraná, flávio arns; o presidente da associação Brasileira do Mercado de limpeza Profissional abralimp, Romilton Santos; a presidente do instituto Municipal de Turismo de curitiba, Juliana Vosnika; o superintendente regional do Trabalho, neivo BeralHiGiEXPO din; o deputado federal do Sergipe Paralelamente ao congresso, e conselheiro da cnc, laércio José aconteceu a feira mais importante de Oliveira; o diretor da associação da américa latina para o segmen- de Serviços de limpeza e apoio, de to, a Higiexpo. Mais de 50 empre- londres (Reino unido), andrew sas, nacionais e internacionais, large; o representante da delegação expuseram suas máquinas, pro- japonesa, Hideo Shirozaki; o predutos, softwares e serviços para a sidente da federação americana área de limpeza profissional. de asseio e conservação, Stanley

Da esquerda para a direita, o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana; o superintendente regional do Trabalho, Neivo Beraldin; o presidente da Abralimp, Romilton Santos; o vice-governador do Paraná, Flavio Arns; o presidente da WFBSC, Adonai Aires Arruda; o presidente da Febrac, Ricardo Costa Garcia; a presidente do Instituto Municipal de Turismo de Curitiba, Juliana Vosnika e o diretor da Associação de Serviços de Limpeza e Apoio de Londres, Andrew Large

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cOnGRESSO

Autoridades reúnem-se em frente ao stand da CNC e da Fecomércio PR. Da esq. para a dir., o vice-presidente da Fecomércio PR, Ari Faria Bittencourt; o vice-presidente de Relações Institucionais da Abralimp, Luciano Galea; o presidente do sitema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana; o presidente da WFBSC, Adonai Aires Arruda; o vice-governador do Paraná, Flavio Arns; o diretor da Higiexpo pela Abralimp, Salvator Licco Haim; e o presidente da Abralimp, Romilton Santos

Sustentabilidade na prática A implementação de práticas sustentáveis pode agregar valor à marca e representar um diferencial de mercado. É nisso que acredita a Higi Serv, empresa prestadora de serviços na área de limpeza, asseio e conservação. Fundada em 1977, com apenas sete funcionários, a Higi Serv é hoje a 14ª empregadora do Paraná, com cinco mil funcionários. Pioneira em práticas sustentáveis no segmento, a empresa possui um departamento de Meio Ambiente

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que gerencia os projetos de responsabilidade ambiental. A gestora da área, Priscilla Arruda, explica que o cliente que opta por serviços mais sustentáveis percebe o retorno em economia e aumento da eficiência. Priscilla sugere um passo a passo para os empresários que desejam implementar iniciativas de sustentabilidade. “Primeiro preciso que um profissional com essa visão seja responsável pela gestão da área. Deve-se então fazer um levantamento de

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aspectos e impactos ambientais, para que em seguida seja construído o plano de ações que podem ser realizadas para minimizar esses impactos”, explica. Ela também sugere que sejam realizadas pesquisas de mercado constantes para a empresa estar sempre inovando. O empresário pode buscar alternativas de produtos da chamada linha verde com fornecedores, pesquisar na internet e visitar eventos e feiras da área.

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doobin; o presidente da federação do comércio do ceará, luiz Gastão; além de autoridades nacionais e internacionais.

PalESTRa

O economista chefe da confederação nacional do comércio de Bens, Serviços e Turismo (cnc), carlos Thadeu de freitas Gomes, abriu os trabalhos da manhã de sábado (13) do congresso. Gomes proferiu palestra com o tema “Perspectivas da Economia Brasileira”. apesar da expectativa de crescimento da economia para 2012 e 2013 ter diminuído em todos os países que compõem o fundo Monetário internacional (fMi),

a mensagem de Gomes foi otimista. “a nossa condição e de outros países emergentes é extraordinária, porque nossa dívida ainda é baixa”, declarou o economista. Segundo Gomes, não há crise no Brasil e nem haverá nos próximos anos. E mesmo que o país não apresente taxas de cres- O economista chefe da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo cimento como as de 2010, quan- (CNC), Carlos Thadeu de Freitas Gomes do o PiB foi de 7,5%, os indícios levam a crer que continuará tenmento estrangeiro. Gomes tamdo um crescimento satisfatório. bém discorreu sobre os cuidados O palestrante alertou sobre a que o governo brasileiro deve ter importância das reformas fiscal em não estimular o endividamene tributária, além da desburocra- to da população, o que pode levar tização da economia, medidas o país a precisar frear no futuro, necessárias para atrair o investi- diminuindo o crescimento.

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imagem meramente ilustrativa

Conheça alguns projetos que já foram implementados pela empresa: •

Uniformes sustentáveis

Programa Gordura não cabe no esgoto

Vassouras ecológicas e produtos biodegradáveis

Produzidos de poliéster e fibra de garrafas PET, os tecidos de ecopoli representam uma opção sustentável para os uniformes. Desde 2010, quando a prática foi adotada, 5.832 garrafas PET foram reutilizadas para produzir 15.527 uniformes para serventes. Os funcionários da Higi Serv recebem embalagens reutilizadas para armazenar óleo de cozinha utilizado em casa. Quando entregam o material ao departamento de Meio Ambiente da empresa, recebem em troca detergente líquido reprocessado, que é produzido com o próprio óleo recolhido pelo programa. A utilização das vassouras ecológicas trouxe além de inovação, muita economia. Feitas de garrafas PET, as vassouras ecológicas duram em média seis meses, enquanto são necessárias três vassouras convencionais por mês. A empresa também preza pela utilização de produtos de limpeza que sejam biodegradáveis.

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indEPEndÊncia dO BRaSil

a indEPEndÊncia

feita no grito

A emancipação política do território brasileiro aconteceu oficialmente em 7 de setembro de 1822, dia do chamado ‘Grito do Ipiranga’ Texto: Silvana Kogus

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á exatamente 190 anos às margens do Rio ipiranga, foi concretizada a tão sonhada independência do Brasil. a partir do dia 7 de setembro de 1822 o país garantiu sua integridade territorial, libertando-se do domínio português. Para lembrar a data, o governo

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do Paraná, a 5ª Região Militar e entidades da sociedade civil, organizaram as comemorações da Semana da Pátria. O evento contou com uma extensa programação iniciada no dia 1º setembro, com o acendimento da pira com fogo simbólico da Pátria, seguido por uma feira de serviços e ações de cidadania .

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no dia 3, foi realizada, no auditório do Museu Oscar niemeyer, a conferência Magna, com a presença do príncipe dom Bertrand de Orleans e Bragança. O representante da família imperial no Brasil discorreu sobre aspectos da atuação do príncipe d. Pedro i no episódio da independência, setembro

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Parte da mesa de autoridades durante palestra de abertura

a criação de instituições próprias de uma nação autônoma e o período em que o Brasil se separou de Portugal. “a memória dos feitos do passado é importante para projetar o futuro do Brasil” declarou. O príncipe foi alvo de várias homenagens durante sua estada em curitiba, sendo saudado pelo professor e presidente do instituto Histórico e Geográfico do Paraná, Ernani costa Straube. Em seguida, o desembargador Munir Karam citou a contribuição dos magistrados e jurisconsultos formados na universidade de coimbra, que auxiliaram a redigir a constituição imperial em 1824. O príncipe dom Bertrand foi cumprimentado pelo presidente do Sistema fecomércio Sesc Senac

PR, darci Piana, em nome do empresariado paranaense. no dia seguinte, foi realizada n no auditório Tiradentes do centro universitário uninter uma mesa-redonda com o tema “independência no contexto da mundialização”, que avaliou as condições para manter a autonomia do país na era da globalização. no encontro foi concluído que o Brasil deve reforçar sua estrutura de educação para superar as dificuldades da atual conjuntura e assegurar um lugar desafiante no mundo criado pela globalização, mas conservando os valores de humanidade e solidariedade herdados dos formadores e líderes do passado. Participaram das comemorações o governador do Paraná, Beto Richa;

o presidente do Sistema fecomércio Sesc Senac PR, darci Piana; o presidente da companhia Paranaense de Gás, luciano Pizzato; o vice-presidente da federação do comércio PR, luiz carlos Borges da Silva; o representante da federação das indústrias, Rodrigo Martins; o professor da universidade de Évora-Portugal, José Manuel de Barros dias; o diretor cultural da aPi, Hélio Puglielli; odiretor cultural do instituto Histórico e Geográfico do Paraná, General José chuquer Rodrigues; o professor da universidade federal do Paraná, Ricardo costa de Oliveira; e da anfitriã e coordenadora dos cursos de ciência Políticas, Relações internacionais e Gestão Pública do centro universitário uninter, carla Gobbo, entre outras autoridades do estado.

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Tentativas de independência do Brasil Até o dia em que o Brasil foi finalmente considerado independente do domínio português, muitos movimentos e revoluções aconteceram. A exemplo disso destacam-se a Inconfidência Mineira, em 1789, a primeira tentativa de libertação colonial que se tem conhecimento. O movimento pretendia transformar o Brasil numa república independente de Portugal que culminou com a morte do líder Tiradentes em 21 de abril de 1792.

No mesmo ano, na cidade de Salvador, a Conjuração Baiana pregava a liberdade do comércio e uma sociedade democrática e igualitária. Entre seus líderes estavam sapateiros, escravos, alfaiates. As principais causas da revolução foram a falta de alimentos e de produtos importados da Europa. A última tentativa de separação ocorreu no ano de1817, em Recife. A cidade viveu uma crise econômica,

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pois o ouro, o açúcar, entre outros, estavam em baixa. A Insurreição Pernambucana como é chamada era liderada por padres, artesãos, soldados, proprietários rurais e senhores de engenhos que não concordavam com a cobrança dos altos impostos após a chegada da família real no Brasil. Ao contrário das outras duas cidades, Recife conseguiu instalar um governo republicano, durante dois meses e doze dias.

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Mudança de rumo Manicure encontrou em nova profissão o apoio necessário para superar uma das principais dificuldades vivida pela família Texto: Giana Andonini

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uitas itas vezes a melhor ita forma de enfrentar uma dificuldade pessoal é buscar suporte no trabalho – um dos pilares que sustentam o equilíbrio na vida de qualquer pessoa. aos 28 anos, a ex-aluna do Senac PR, Paola christina Scuciato (foto), é um desses exemplos de superação e transformação positiva pelo trabalho. Em 2008, após um grave acidente ocorrido com seu marido que o deixou tetraplégico, Paola se viu em uma situação difícil. na época, com uma filha de seis anos, ela teve que sair dos dois empregos que tinha – em um call center e como segurança noturna – para poder cuidar da família. a saída encontrada foi procurar uma alternativa de emprego com horários flexíveis, que a permitisse trabalhar e cuidar do marido e da filha ao mesmo tempo. E foi por sugestão do um tio que Paola buscou no Senac o curso de Manicure e Pedicure, ofertado pelo Programa Senac de Gratuidade (PSG). Três meses e meio depois, Paola já estava atendendo clientes em domicílio. “adorei o curso. na época eu não tinha a mínima noção. nunca tinha pego em um alicate”, conta. E foi a pedido das próprias clien-

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tes que a manicure aumentou a sua oferta de serviços e fez o curso de depilador no Senac colombo alguns meses depois. Paola considera que o seu atendimento é diferenciado entre as profissionais da área de beleza. “Tento aplicar tudo que aprendi no curso. Me obrigo a esterilizar tudo e prezo muito pela higiene”, comenta. Hoje, ela comemora o crescimento profissional que teve com os cursos. Sua renda chega a R$2.000,00 por mês e ela tem cerca de 40 clientes fixos de diferentes regiões de curitiba e Região Metropolitana. O esforço com a nova profissão trouxe recompensas: ela comprou um terreno e construiu duas casas, uma para a família e outra para alugar.

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Os benefícios da nova rotina contribuíram também para a melhora da qualidade de vida da manicure, já que assim ela tem flexibilidade de horários. “Tenho mais tempo com a minha filha, para acompanhá-la e participar mais da sua vida. antes, eu trabalhava nos fins de semana e até natal eu deixei de passar com a minha família”, conta. Para o futuro, as expectativas de Paola são as melhores. “não trocaria o meu emprego hoje por nada. Quero fazer mais cursos e continuar atendendo dessa forma. assim eu conheci muita gente e aprendi a lidar com vários públicos, cresci com isso e estou mais madura”, afirma.

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