Revista Metropolis

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Ano IV - Dezembro de 2008 - nº 42

Metropolis BR

metromídia

COMUNICAÇÃO

Você se encontra aqui

Cultura Decoração Ecologia Gastronomia Carro

Dezembro de 2008 Ano IV - no 42

Fim de

Alphaville Tamboré Aldeia da Serra Granja Viana

ano Veja as jóias de luxo para arrasar nas festas, dicas de viagens para as férias, receitas para celebrar o Réveillon e os restaurantes onde esperar a chegada de 2009 em alto estilo


Metropolis BR

metromídia

Ano IV - Fevereiro de 2009 - nº 43

COMUNICAÇÃO

Você se encontra aqui Fevereiro de 2009 Ano IV - no 43

Mariana

Weickert

Alphaville Tamboré Aldeia da Serra Granja Viana

Ex-modelo fala sobre a carreira nas passarelas, a vida de apresentadora de televisão e empresária

Beleza Educação Decoração Gastronomia Sustentabilidade

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Ano IV | Março de 2009 | nº 44 | Alphaville Tamboré Aldeia da Serra Granja Viana

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metromídia

COMUNICAÇÃO

Pedro

Janot

Empresário morador de Alphaville tem a missão de fazer decolar a nova empresa da aviação brasileira

Aventura Nosso fotógrafo passou 40 dias na África do Sul e mostra detalhes dessa viagem

Decoração Arquiteta Débora Aguiar mostra apartamento decorado na Riviera de São Lourenço

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metromídia

COMUNICAÇÃO

Especial Dia das Mães Dicas de presentes para você antecipar as compras que vão agradar à sua mãe Abril de 2009 Ano V - no 45

Mellina Nunes

Alphaville Tamboré Aldeia da Serra Granja Viana

Estilista de Alphaville prepara sua quarta coleção enquanto vê o sucesso de sua marca pelo Brasil

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anos – Reveja, no aniversário da revista, as personalidades que já estiveram nas nossas páginas

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Metropolis BR Você se encontra aqui

Especial Top Car

metromídia

COMUNICAÇÃO

Um caderno especial com matérias sobre carros e informações sobre as lojas e concessionárias da região

Decoração Conheça algumas tendências do Salão de Milão e um projeto onde a área de lazer é o destaque Maio de 2009 Ano V - no 46 Alphaville Tamboré Aldeia da Serra Granja Viana

Clóvis

Tavares

As histórias do mágico e publicitário, morador do de Tamboré, que cria suas palestras-show em uma casa com formato de cartola Dia dos Namorados: veja algumas dicas de presentes para não errar na hora de escolher

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CAPA

por Tatianna Babadobulos fotos Pedro Dimitrow

Na passarela da

vida

VESTINDO CALÇA JEANS, SAPATILHAS E UMA BATA DE SUA PRÓPRIA grife, Mariana Weickert chegou ao estúdio do fotógrafo Pedro Dimitrow em uma quinta-feira à tarde. Entre uma troca e outra de roupa, a repórter do “GNT Fashion” falou com METROPOLIS. Sempre simpática, sorridente e com sotaque sulista, a ex-modelo contou que agora sua vida é dividida entre sua marca de beachwear, a Alòr, e o programa na televisão. No entanto, ela ainda desfila para algumas grifes, tal como costumava fazer para as maiores maisons de Paris, Londres, Milão e Nova York, como Alexander McQueen, Sonia Rykiel, Bottega Veneta, Marc Jacobs, Biblos, Gucci, Dior, Chanel, Christian Lacroix, Valentino, Kenzo, Versace, Jean-Paul Gaultier, Narciso Rodrigues, Givenchy, Louis Vuitton, Armani, entre outras. O nome de sua marca, aliás, foi escolhido com a mistura das letras da palavra “orla”. “Depois jogamos no Google e descobrimos que, com a mesma grafia, existe uma ilha na Indonésia”, comenta ela.

Ex-modelo, Mariana Weickert trocou as passarelas de Nova York pelas câmeras da televisão brasileira. E deu certo!

| edição de moda Deborah e Bárbara Lopes (Mninas) | produção de moda Carla Patrícia | beauty Junior Castro (Gloss) | assistentes de fotografia Danilo Stoqui e Flávio Oliveira | tratamento digital Sérgio Lisboa


Vestido de cetim estampado Spezzato Colar Fabrizio Giannone


CAPA

Bata Alòr Colar Gabriela Aidar


“Morar no Brasil é sensacional” Você começou sua carreira como modelo e desde 2005 é apresentadora de televisão. Foi isso o que você havia traçado para a sua carreira? Não foi nada planejado, e a minha carreira foi tomando rumo conforme as coisas foram aparecendo. Na verdade, tudo aconteceu depois que eu larguei a minha prioridade e vim fugida para o Brasil. Isso é bom? Morar no Brasil é sensacional. Fugi literalmente de Nova York. Como assim, “fugiu”? Já falei isso várias vezes, mas eu vim para fazer um desfile na São Paulo Fashion Week e deveria ficar cinco dias. Adiei a minha volta e acabei fazendo a minha mudança por telefone. Acho que eu peguei horror pela minha vida lá. Isso foi em julho de 2004. Em janeiro mudei e surgiu um convite da MTV. A televisão foi uma grande escola, eles são muito legais mesmo. Mas não era o que eu queria fazer, porque eu apresentava um programa de game. Depois apresentei com o Marcelo Tas e o Lobão o “Saca-Rolha”, na Rede 21, que depois virou PlayTV. Foi por causa desse programa que eu resolvi estudar Ciências Políticas, mas não aconteceu. Eu falava de política, Tas de tecnologia e Lobão de cultura. O programa teve problemas internos com o canal e comecei a flertar com o “GNT Fashion” no final de 2007. A Lílian (Pacce) é a crítica de moda; eu conheço o mundo da moda. Como é fazer o programa ao lado dela? Adoro a Lílian. Já a conhecia antes do programa, porque ela está na primeira fila de todos os desfiles; no programa a gente não se cruza, apenas na reunião de pauta. Como é entrevistar as modelos com quem você costumava dividir as passarelas e os estilistas, para os quais você costumava desfilar? Quando converso com essas meninas, vira um grande bate-papo, porque eu as conheço e conheço como tudo funciona, mas as pessoas se levam muito a sério. E você, se leva muito a sério? Tento não levar. É preciso ter bom senso para não cair no ridículo.


CAPA

“É importante não desistir” E agora você dedica parte do seu tempo à sua marca de beachwear. Qual é a sua participação? Em que você opina? Ah, guria, é uma correria. É difícil conciliar. Somos três sócias, e eu fico com a parte comercial, produção e criação. A gente priorizou os detalhes, usamos uma borracha fixada no biquíni, detalhe no metal que não é o dourado “peruona” ou o metal “quero ser cool”. E usamos tecidos de alta-costura. Onde você se sente mais à vontade: na passarela ou em frente às câmeras? Uma coisa não anula a outra. São complementares. Preciso das duas coisas. Para começar na televisão você fez alguma preparação anterior? Não. Estar na tevê foi uma consequência. Se eu tiver que ensaiar, prefiro não trabalhar na televisão. Dou o meu máximo, sou falante e prefiro fazer de verdade na primeira tentativa. Já tem novos planos para este ano? Vou lançar uma linha para a Hering by Mariana Weickert, e outra de óculos, Ventura by Mariana Weickert. O “GNT Fashion” terá novidades no ano que vem e também vou comemorar 10 anos de carreira. Qual é a sua dica para quem está começando como modelo? Antes de tudo, que a pessoa saiba que a vida não é fácil: é preciso disciplina, e não existe aquele glamour todo. Mas, se ainda assim a pessoa quiser ser modelo, a maneira mais certa e segura é procurar uma grande agência e participar de um concurso. A Ford é a única que eu conheço e que acompanho o trabalho. Sei que é muito séria. Caso alguém te diga um “não”, talvez não seja mesmo este o seu caminho, mas é importante não desistir.

Onde encontrar:

Alòr (11) 3063-5057 Fabrizio Giannone (11) 3085-3390 Patachou (11) 3062-3346 Raia de Goeye (11) 3079-3301 Spezzato (11) 3032-0569


Top de cetim estampado Patachou Saia longa Raia de Goeye Colar, pulseiras e anel Fabrizio Giannone

Raio-X Altura: 1,80 cm Peso: 60 kg Cor dos olhos: Azuis Cabelos: Loiros Signo: Aquário Aniversário: 17/02/1982 Idade: 26 anos Manequim: 38/40 Sapato: 39/40 Livro de cabeceira: Estou lendo “A Insustentável Leveza do Ser” Onde nasceu: Blumenau, Santa Catarina Nome dos pais: Rudolfo e Anamaria Tempo de carreira: 10 anos Hobby: Estar com os amigos Estação do ano predileta: Verão. Mas adoro o inverno também Está namorando? Sim Um homem bonito: O meu, oras Uma mulher bonita: Acho a Malu Mader e a Cate Blanchett Ator: Sean Penn, Johnny Depp, Al Pacino, Tim Robbins Atriz: Rachel Weisz, Julianne Moore, Fernanda Torres, Claudia Abreu, Carolina Dieckmann Perfume: Não vou contar Mania: Cutucar a unha Parte do corpo de que mais gosta: Cabelo Vício: Trabalhar Defeito: Ser muito imediatista Qualidade: Transparência. Pode ser também um defeito


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MAISA INFANTE texto GUILBER HIDAKA fotos

NO C AMINHO DA MODA Estilista Mellina Nunes quer levar inovação a uma moda mais comercial

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la não sabe bem de onde vem sua paixão por laços. Acha que começou ainda bebê, já que a mãe gostava de colar lacinhos em sua cabeça ainda com poucos cabelos. Hoje, no processo de criação da quarta coleção de roupas da grife que leva seu nome, Mellina Nunes não abre mão dos laços em algumas de suas peças. “Eu só não posso colocar em todas porque senão fica difícil combiná-las entre si”, explica. Mell, como é carinhosamente chamada, tem a energia dos 22 anos, mas a expertise administrativa de quem acompanha os pais nos negócios da loja Gazar há 17 anos. “Os meus pais sempre ouviram muito a gente. Acompanho o trabalho dentro da loja desde os 8 anos. Eu ia com eles nas fábricas fazer os pedidos das coleções, dava palpites. Então, estava sempre vendo o que acontecia. Quando criança, eu dizia que ia fazer arquitetura, mas depois que cresci nunca tive dúvidas de que seria moda”. Seguindo os passos da família, ela tem mostrado tino para os negócios. Sua marca já está em 30 pontos de venda do Brasil, de Aracaju a Porto Alegre, passou por um showroom de Tóquio no ano passado e, sem muitos detalhes, ela diz que em breve podem surgir negociações com outros destinos internacionais. “Por eu ser de São Paulo, o pessoal fala que é uma moda muito paulista. Mas é muito legal ver que tenho aceitação em todas as regiões”. Ela acredita que seu sucesso tem a ver com o foco que decidiu dar à carreira. “A escola que eu tenho em casa me deu direção de querer fazer algo bem comercial”. O maior desafio a que se propõe é inovar dentro dessa proposta comercial, buscando agregar às criações detalhes que façam a diferença, mas que continuem deixando suas peças vendáveis. “É muito mais fácil fazer um desfile de passarela absurdamente lindo, que os editores amem, sem

ganhar dinheiro. Eu não quero ser artista, porque aí a coisa tem que estar no museu. A minha ideia é tentar unir os dois lados, ou seja, trazer para o comercial uma pitada de inovação. E acho que isso é muito mais difícil”. A dificuldade pode até existir, mas está longe de ser impossível. Mesmo sem estar no rol dos grandes estilistas do país, Mell já é reconhecida. Sua marca foi indica no site Chic, de Glória Kalil, como uma das cinco marcas brasileiras para conhecer e comprar, e um de seus vestidos da coleção de verão 2009 foi usado pela atriz Fernanda de Freitas na novela “Negócio da China”, da Rede Globo, na qual interpretava a advogada Antonella. Sem ser do tipo de mulher que é louca por compras, Mell acha engraçado pensar que tem alguém esperando ansiosamente pela nova coleção. “Ser consumidor e criador é totalmente diferente. Tem mulher que é tarada por moda, e eu acho isso muito legal. Acho engraçado, na hora que estou criando, pensar que alguém está esperando aquilo”, diz. Quando foi estudar moda na Faculdade Santa Marcelina, sabia que encontraria algo bem diferente do que estava acostumada no dia-a-dia. “Eu não tinha noção da parte de desenvolvimento, que é o que faço agora. Eu entendia somente essa parte de compra”, diz. Assumir que faz moda para vender não faz de Mellina uma pessoa que pensa somente nos resultados financeiros de seu trabalho. Ela quer vender algo que agrade a seus clientes e, claro, a satisfaça profissionalmente. Por isso preocupase com todo o processo de criação de suas peças, busca inspirações variadas e não tira os olhos das tendências. A maior fonte de inspiração da estilista são os filmes. Não é à toa que duas de suas coleções ganharam uma pitada de cinema. A primeira foi inspirada na atriz Audrey Hepburn e sua participação

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METROPOLIS

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no clássico “Bonequinha de Luxo”. A próxima (primavera/verão 2010) será inspirada em um jardim inglês, ideia que surgiu depois de rever o filme “Desejo e Reparação”. “Pensei em uma coisa bem jovem, como uma garden party. Então toda a minha coleção de verão vai ser baseada nisso. Vou usar tons de lavanda, verde, malva, tecidos mais fluidos, mais finos”. Para os leigos no mundo da moda, saber a inspiração da estilista pode não ser lá muito importante, já que nem sempre identificamos essa inspiração nas roupas. Mas para os criadores funciona como um norte. “O tema da coleção me inspira em termos de cartela de cor, referência, shape. É uma coisa mais visual”, explica. E nesse mundo cheio de cores e texturas, onde é preciso atender ao desejo das pessoas, o que é mais difícil? “A gente nem aproveitou o inverno, na verdade ainda estamos em um verão, e já estou criando o próximo. Isso é o mais difícil: saber o que as pessoas vão querer usar daqui a seis meses. Agora querem isso, mas e depois? Tenho que pensar em alguma coisa que daqui a seis meses não esteja ultrapassada. Por isso dizem que a melhor forma de criar uma obra é estudar sociologia, que é o comportamento humano. Hoje existem os birôs de estilo, escritórios que trabalham isso mundialmente, dizendo se as pessoas vão querer uma alimentação saudável, falar de ecologia, praticar ioga etc. Mas eu não tenho acesso.” Como se não bastasse, o mercado é muito concorrido e, segundo Mell, estamos vivendo um momento em que a moda não tem grandes rupturas. “Se você me perguntar o que está na moda, eu, sinceramente, não sei falar.” Para tentar entender os desejos das suas clientes nesse mundo onde parece que vale de tudo, Mellina vive moda quase 24 horas por dia. Acompanhar desfiles nacionais e internacionais, ficar de olhos nas tendências e no que acontece no badalado mundo da moda faz parte da sua rotina. Ela busca filtrar o que há de mais interessante no circuito, sem nunca abandonar a sua meta de fazer roupas que vendam por serem perfeitamente usáveis no dia-a-dia. Aos que veem os desfiles e imaginam onde, afinal de contas, aquelas peças podem ser usadas, ela explica. “A passarela é para mostrar um conceito e fazer as pessoas entenderem a marca”. Por isso é tão comum vermos peças exóticas compondo o look de modelos magérrimas. “No desfile você pode, literalmente, viajar. É onde o tema da coleção fica mais visível. Eu acho muito prazeroso esse trabalho, mas não estou pensando nisso agora. Estou indo por outro caminho. Começo vendendo as minhas criações e depois, quem sabe, posso criar algo paralelo, mais voltado para a passarela”. Sobre o fato de a moda ser exibida em modelos magérrimas, um tipo de corpo que contempla a minoria das mulheres, principalmente no Brasil, ela concorda que é necessário. “Eu só pego modelo magra, sem peito e sem bumbum”. E por que, afinal, se a moda é feita para vender e a maioria das compradoras não segue esse padrão? “Se eu colocar as minhas peças em um corpo de outro jeito, a roupa não vai cair legal e você não vai ter desejo de comprar. A mulher precisa desejar o que está vendo. Acho que o segredo é descobrir o estilo que mais combina com a sua forma física. Até quem é muito magro não fica bem com qualquer roupa. É uma questão de saber olhar na passarela e ver que pode ser usado no seu corpo de uma outra forma”. Que venham as próximas coleções! 44

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A estilista Mellina Nunes já está com a cabeça na próxima coleção de verão

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beleza

esmaltes por Carolina Isse fotos Guilber Hidaka

ExplosĂŁo de

Secret Textura cremosa e de um vermelho intenso Impala R$ 1,40 SAC 0800-1027277

New York De secagem rĂĄpida e alta durabilidade, possui brilho extra para as unhas Ana Hickmann R$ 2 SAC (11) 2167-2231

T5 Basta uma camada e a secagem acontece em um segundo. Bourjois. R$ 38 SAC 0800-7043440

Rouge Cassino Enriquecido de vinil e resinas com cores laqueadas. Bourjois. R$ 35 SAC 0800-7043440


Cores

Filete Faz parte da coleção Risqué Passarela, criada pelo estilista Reinaldo Lourenço Risqué. R$ 2,50 www.niasi.com

Os esmaltes do verão já chegaram. A estação mais quente do ano promete tons vivos, como roxo, azul e variações do vermelho, inclusive os vibrantes. Confira as cores que irão fazer sucesso nas unhas e escolha o seu.

Frisson Possui minerais bioativos que nutrem as unhas Impala Luxo. R$ 2,85 SAC 0800 702 7277

Carisma Um tom marrom doce-deleite com cobertura perfeita. Iris Stefanelli by Impala. R$ 2,70 SAC 0800-7027277


roteiro Gastronômico fotos Guilber Hidaka

Por Marco Antonio Costa Penna

Maria João “Adoro ir a esse lugar porque a pizza é fantástica e o ambiente é bonito e aconchegante.” Al. Purus, 265, Ed. L’Etoile, Alphaville. Tel.: 4688-1950

Sky “Esse restaurante é muito bacana porque fica na cobertura de um hotel supercharmoso, onde posso degustar diversas opções culinárias e ainda aproveitar a vista de São Paulo, que é maravilhosa.”

“Me encanta muito a gastronomia japonesa, que é servida de modo excepcional no Shaya, sem contar o ambiente e o atendimento, que são ótimos.”

Avenida Brigadeiro Luís Antonio, 4700. Bela Vista, São Paulo Tel.: 3055-4710

Rua Amauri, 282. Itaim, São Paulo Tel.: 3079-5020

Shaya


BiBBlioteca Gastronômica Bi Sergio Arno

É chef de cozinha, empresário e proprietário de 6 restaurantes, incluindo a marca La Pasta Gialla. O hábito de ajudar a mãe foi o que despertou, aos poucos, sua paixão pela culinária. Viajou à Itália para se aperfeiçoar no ramo e acabou aprendendo tudo o que sabe até hoje. Voltou para o Brasil e aos 20 anos abriu seu primeiro restaurante, inspirado na casa italiana em que trabalhou. Há 21 anos na profissão e apaixonado pelo que faz, Sergio não se arrepende de ter contrariado sua família quando optou pela carreira culinária.

Quem é? Marco Antonio Costa Penna é empresário e proprietário do restaurante Kyoto Sushi Lounge. Era gerente de tecnologia de uma empresa, mas preferiu deixar a área e abrir seu próprio negócio. Inaugurou seu primeiro restaurante em 2006 e hoje tem duas casas em Alphaville e planos para a abertura de mais uma filial.

Atlas Mundial do Vinho

Um Cientista na Cozinha

Hugh Johnson / Jancis Robinson Nova Fronteira

Hervé This Ática

“Escrito por um enólogo, o livro é um estudo sobre as regiões produtoras de vinho de todo o mundo. Muito bem ilustrado, mostra todos os fatores que influenciam no sabor e na qualidade da bebida.”

“O livro é de autoria de um cientista francês, conhecido como o “pai da cozinha molecular”, que com muita criatividade e diversão revela os segredos da química culinária.”

O que Einstein disse a seu Cozinheiro

Robert L. Wolke Jorge Zahar “Explica todas as dúvidas que alguém possa ter na cozinha, esclarece curiosidades, dá várias receitas, tem dicas, glossários e boas sugestões de leitura, além de ajudar todo cozinheiro a se sair melhor em frente às panelas.”


roteiro gastronômico fotos Guilber Hidaka

Por sônia menna Barreto

Gero Caffe “Está no shopping que eu gosto, o ambiente é gostoso e descontraído. Eu nunca deixo de ir ao Gero depois das compras.”

Quem é?

Av. Faria Lima, 2232, 1º piso, Jardim Paulistano Tel.: 3813-8484

Sônia Menna Barreto é artista plástica desde a década de 1980 e moradora de Alphaville há 4 anos. Seus quadros surrealistas encantam pessoas pelo mundo todo. Um deles integra a Royal Collection, pertencente à família real britânica e considerada uma das coleções de arte mais importantes do mundo.

ICI Bistrô “Adoro este restaurante porque está localizado no bairro do meu coração e o chef faz pratos especialmente para meu marido e eu. Além disso, tem um ambiente muito aconchegante.” Rua Pará, 36, Higienópolis Tel.: 3257-4064/3259-6896

Toro “Adoro a saborosa comida espanhola do Toro e os frutos do mar que, além de gostosos, são muito saudáveis.” Rua Joaquim Antunes, 224, Jardim Paulistano Tel.: 3085-8485


BiBlioteca gastronômica Mário Cordeiro de Menezes Neto É chef do restaurante Shambala. Sempre gostou de cozinhar em casa e, como o seu trabalho na bolsa de valores já estava desgastante, resolveu dar uma guinada em sua vida, mudando de profissão. E foi a leitura de “Cozinha Confidencial” que deu o incentivo que faltava para entrar no mundo da culinária.

Cozinha Confidencial

Anthony Bourdain Companhia das Letras “Gosto desse livro porque é a porta de entrada para quem quer ingressar na área de gastronomia. Mostra exatamente como é o dia-a-dia de um restaurante.”

Le Cordon Bleu

Todas as técnicas culinárias Marco Zero “É um livro completo, ensina passo a passo como manipular os alimentos, é explicativo e muito bem ilustrado.”

Receitas Preferidas do Chef Claude Troisgros

Claude Troisgros Larousse “É muito bacana, porque o chef utiliza produtos nacionais para fazer pratos franceses, fazendo tudo de uma forma muito simples e valorizando o Brasil.”


ROTEIRO GASTRONÔMICO

Vera Teixeira é designer de interiores e moradora de Alphaville há quase 15 anos. Decorar sempre foi sua grande paixão e ela não se imagina fazendo outra coisa. Mas também adora conhecer novos sabores. Aqui, ela dá suas dicas de restaurantes.

Waves “Um dos principais predicados que tornam este ambiente extremamente aconchegante é a bela decoração, que retrata com perfeição as décadas de 1950 e 1960.” Al. Itapecuru, 645 Alphaville. Tel.: 4195-0327

Ruella “Adoro ir ao Ruella devido ao charme do ambiente e à decoração diferenciada, além de ter um cardápio maravilhoso, recheado com comida contemporânea de qualidade.” Rua João Cachoeira, 1507 - Vila Olímpia. São Paulo. Tel.: 3842-7177

Alex Rogério

Zen Sushi Bar “O que mais me agrada neste restaurante é o menu de degustação, que é totalmente diferente de todos que já provei.” Calçada das Rosas, 25 – 1° Andar. Alphaville. Tel.: 4191-2797

Fotos Divulgação

Por Vera Teixeira


BIBLIOTECA GASTRONÔMICA

Escoffianas Brasileiras

Tecnologia Culinária

O Pão na Mesa Brasileira

Alex Atala com Carolina Chagas Editora Larousse

Ione Teichmann Editora Educs

Arthur Bosísio Júnior Editora Senac

“Era o livro que faltava, pois foi extraordinário ver que os autores valorizaram muito a cultura brasileira.”

“Foi de suma importância, sobretudo na época da minha formação, pois me ensinou muitas técnicas de preparo, conservação e manipulação dos alimentos. Poderia até ser meu livro de cabeceira, mas é melhor consultá-lo sempre na cozinha.”

“É uma publicação muito completa sobre pães, conta toda a sua história desde a colonização até a sofisticação das grandes padarias de hoje, além de conter receitas, técnicas e segredinhos. Mas tenha cuidado: ele abre o apetite.”

Guilber Hidaka

Flávia Barbedo Nasceu no Rio de Janeiro, é formada em gastronomia e moradora de Alphaville há pouco menos de um ano. Atua há 10 anos na organização de festas e eventos e conta com uma equipe de profissionais que cuida de todos os detalhes dos eventos e oferece atendimento personalizado aos convidados. Especialista em cozinha brasileira, ficou conhecida pelas famosas festas de botequim gourmet que fazia antigamente.


METROPOLIS

gastronomia

SDEABOR BRASIL Conheça alguns restaurantes de São Paulo que se dedicam à gastronomia nacional

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andioca, feijão-preto, queijo-de-minas, banana e carne seca são todos ingredientes que nos remetem imediatamente àquela comida bem tradicional, típica da cozinha da Tia Anastácia (personagem do Sítio do Picapau Amarelo), fi gura que sintetiza um pouco da ideia que se tem da culinária brasileira. Longe das histórias fantásticas de Monteiro Lobato, a cozinha do país Tropical está mais do que em alta. Nos últimos anos, São Paulo ganhou novos (e bons) exemplares de restaurantes que se dedicam aos sabores do Brasil. Seja em um estilo mais tradicional, que lembra as comidas da casa das avós, ou mais requintado, com tudo que o chef Alex Atala é capaz de fazer atrás das panelas, a nossa cozinha esta aí para quem quiser experimentar. É uma cozinha cheia de graça, que mescla o doce e o salgado, o simples e o sofi sticado e, é claro, que nunca deixa faltar a pimenta que levanta o astral de um brasileiro. Cada um à sua maneira, os restaurantes de São Paulo arrasam com menus de qualidade e cheios de sabor. Então, escolha o que mais te agrada e bom apetite!

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MAISA INFANTE texto

DALVA E DITO Inaugurado em janeiro, o Dalva e Dito é a mais nova opção de gastronomia brasileira em São Paulo. Idealizada pelo chef Alex Atala, a cozinha é comandada por Alain Poletto, pioneiro na técnica de cozinha a vácuo. Os pratos são elaborados com base no cozimento tradicional aliado à alta tecnologia e a regras de segurança alimentar industriais e estão divididos entre carnes, aves, peixes e espetinhos. Como destaque estão os pratos que recebem cocção em baixa temperatura, como Sela de cordeiro (lombo e filet mignon com osso) e Angus Prime Rib (chuleta) e os assados preparados na rotisserie, como contrafilé, frango aberto e galeto, que são servidos com acompanhamentos caseiros (arroz, feijão, farofa, couve, batata, creme de milho, etc.). Entre as sobremesas estão Açaí com banana e guaraná, Sorvete de tapioca e granolinha, Creme de papaya com catuaba e Creme de chocolate com priprioca.

Cássio Vasconcellos

Rua Padre João Manuel, 1.115, Jardins. Tel.: 3062-6282 www.dalvaedito.com.br

Moqueca capixaba 31

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gastronomia Marcos Issa

METROPOLIS

Medalhão de robalo com surubim defumado, purê de abóbora e pimenta-decheiro

Pirarucu fresco grelhado com tucupi e minilegumes

CAPIM SANTO

TORDESILHAS

Sob o comando da chef Morena Leite, o Capim Santo é um dos mais conhecidos restaurantes de comida brasileira de São Paulo. Trata-se de uma filial do Capim Santo de Trancoso, propriedade dos pais de Morena. No cardápio, combinações exóticas de ingredientes se transformam em pratos como Nhoque de mandioquinha recheado com brie e mel, servido com molho de sálvia; Marreco confit com molho de jabuticaba, acompanhado de farofa de maçã; Risoto de camarão com banana e gengibre; Camarão com creme de pupunha e tapioca, servido com arroz de coco; Salada de queijo brie empanado, com rúcula e agrião, servido com molho de caramelo balsâmico e Rolinho de abobrinha com queijo de cabra e figo, servido com molho de jabuticaba. E todos esses sabores são degustados em um ambiente rodeado por plantas tropicais, coqueiros, jabuticabeiras, pitangueiras, bananeiras, figueiras e muitos passarinhos, que interagem com a trilha sonora de música popular brasileira.

Acreditando que a comida brasileira precisa estar em sintonia com o que acontece no gastronomia do mundo, mas sem perder o seu lado tradicional, o Tordesilhas procura trabalhar com ingredientes locais e da época, além de refletir em seus pratos o que é mestiço, mulato, branco, negro, imigrante e toda essa mistura que é o caldo de cultura do Brasil. No cardápio, pratos tradicionais como Caldinho de feijão com torresmo e renda de couve, Guisado de carne seca, Barreado, Bobó de camarão e Galeto assado misturam-se a invenções da chef Mara Salles como Marinada de manga ao perfume de pimentacheirosa do Pará com surubim defumado e pérolas negras de tapioca e galeto assado, Curau em palha de milho verde e Arroz de abobrinha ao perfume de pequi. De sobremesa, Mix de compotas brasileiras com queijo-de-minas ou Pavê de chocolate com café e cristais de pimenta-decheiro. Para beber, um dos mais de 20 tipos de cachaças disponíveis.

Al. Ministro Rocha Azevedo, 471 - Jardins - São Paulo, SP Tel.: 3068-8486 - www.capimsanto.com.br

Rua Bela Cintra, 465, São Paulo - Tel.: 3107-7444 www.tordesilhas.com

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Carpaccio de vieiras e palmito

Arroz com abóbora, carne seca e couve rasgada

BRASIL A GOSTO

D.O.M.

Há 3 anos em São Paulo, o restaurante Brasil a Gosto é comandado pela chef Ana Luiza Trajano. Ela passou meses viajando por todas as regiões do Brasil e criou os pratos a partir das descobertas feitas nessa viagem, que também rendeu o livro “Brasil a Gosto”, recheado de fotos do que a chef encontrou por aí. O ambiente do restaurante é cheio de referências à tradição brasileira, assim como o cardápio. Entre as novidades para a temporada 2009 estão a Maionese caseira com legumes (aromatizada com capim santo e gengibre), o Arroz cateto com feijão verde (acompanhado de palmito pupunha e banana grelhada) e a nova boia nacional (feijoada, couve refogada, laranja e arroz branco). Tem ainda os drinks Dona Deusa (Absolut mandrin, licor de gengibre, laranja da baía e hortelã), Martini Jericoacoara (cachaça, Curaçao Blue, suco de abacaxi com hortelã e mel) e Lençóis Maranhenses (cachaça, licor de chocolate, creme de cacau e creme de leite). Para as crianças, a chef criou um menu infantil com direto a cardápio ilustrado e com algumas lendas brasileiras.

O restaurante do premiado chef Alex Atala completa 10 anos em 2009. Diferentemente das casas mais tradicionais, que valorizam um ambiente cheio de referências ao lado mais folclórico do Brasil, o D.O.M. possui um ambiente requintado, assinado por Ruy Ohtake, repleto de pratas, madeira de lei e cristais. No cardápio, o chef parte de bases clássicas e ingredientes brasileiros para ter um resultado moderno e reconhecido mundialmente. Para Atala, a cozinha brasileira é a valorização da cozinha patrimonial do país por meio de um trabalho contínuo dos nossos ingredientes cotidianos. Partindo desses conceitos ele criou pratos como o Filet curado, agrião e chocolate amargo ao sal defumado; Vieiras marinadas com leite de coco, pimenta-de-cheiro e crocante de manga com castanha-do-pará; Gnocchi com rabada desfiada e tomate fresco; Costelinha de porco com arroz proibido e catupiry; Ravióli de banana com maracujá e sorbet de tangerina; Espuma de manga, maracujá e baunilha com sorvete de coco e cristais de gengibre, entre outros.

Rua Prof. Azevedo do Amaral, 70 - São Paulo - SP Tel.: 3086-3565 - www.brasilagosto.com.br

Rua Barão de Capanema, 549 - Jardins, São Paulo Tel.: 3088-0761/3891-1311 - www.domrestaurante.com.br

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RECEITAS

Ceia

por Carolina Isse fotos Guilber Hidaka

com requinte Chef Maurício de Freitas ensina três receitas que são garantia de sabor nas festas de fim de ano Uma ceia prática e reqUintada. essa é a dica do chef maU Uricio pedreiras de freitas, 33, morador de alphaville há 25 anos. com om especialização feita em firenze, na itália, e experiência em restaurantes e hotéis do nordeste, ele montou três receitas especialespecial mente para os leitores da metropoLis. seja para o natal ou para o réveillon, são pratos que garantem uma festa chique e saborosa. a paixão de maurício aurício pela cozinha começou na infância, quando ajudava sua mãe com as panelas. hoje, oje, é proprietário de um bufê que oferece trabalho personalizado e leva à casa do cliente copeira, pratos, talheres, toalhas, além, é claro, de saborosos pratos. maurício também está finalizando o projeto de uma fábrica de conservas que levará a sua assinaassina tura e terá produtos diferenciados, como alcachofra e tomate seco. “meu “ sonho ainda é montar um restaurante. mas, as, por enquanto, quero me dedicar inteiramente à abertura da minha fábrica, que terá um conceito todo especial”, diz. embora apaixonado pelo que faz, maurício aurício é crítico em relação à forma como a profissão de chef de cozinha é vista atualmente. para ara ele, há uma glamouglamou rização exagerada desses profissionais. “não ão existe nada de sofisticado em cortar cebola e descascar batatas. oss chefs recebem tudo pronto somente para finalizar o produto.” para ara ele, quem quiser ter sucesso deve passar por todas as etapas, desde limpar o chão, lavar pratos, descascar legumes até chegar a ser um chef de cozinha. “todo ttodo odo o glamour e requinte em que a televisão transformou a profissão foi um equívoco, pois dentro da cozinha é tudo muito mais complicado do que parece ser”, afirma. essa opinião não significa que ele não goste do que faz. pelo con-trário. estar em volta das panelas é o lugar onde maurício se sente melhor. “considero-me um verdadeiro apaixonado pela cozinha e não me imagino fazendo outra coisa na vida”, afirma. mauriciopfreitas@hotmail.com


Bolo de Natal

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Para a Massa Ingredientes: • 8 ovos; • 150 g de farinha de nozes; • 150 g de farinha de amêndoas; • 1 ½ xícara de açúcar; • 6 colheres de sopa de farinha de rosca; • 4 colheres de sopa de fécula de batata; • 1 xícara de farinha de trigo; • 1 colher de chá de fermento em pó. Modo de preparo Separe as gemas e claras. Bata as claras em neve colocando o açúcar aos poucos. Depois de bem batido, coloque as gemas. Misture os ingredientes secos. Unte e enfarinhe duas formas (de 23 cm de diâmetro). Junte com movimentos delicados as farinhas às claras batidas. Divida a massa nas formas preparadas e leve ao forno pré-aquecido a 200 ºC, por 30 a 40 minutos. Para o recheio Ingredientes: • 8 gemas; • 200 g açúcar; • 150 ml de água; • Canela em pó a gosto; • 1 colher de café de manteiga. Modo de preparo Leve uma panela com a água e o açúcar ao fogo baixo. Sem mexer, deixe formar uma calda em ponto de fio (aproximadamente 10 minutos). Desligue o fogo, coloque a manteiga (sem mexer) e deixe a calda esfriar. Quando esfriar, acrescente as gemas, previamente peneiradas, e retorne ao fogo baixo, mexendo sempre até começar a engrossar. Deixe esfriar novamente. Para a cobertura Ingredientes: • 1 xícara (chá) de açúcar; • 1/2 xícara (chá) de água; • 3 claras; • Essência de baunilha.

Modo de preparo Misture o açúcar, a água e algumas gotas de essência de baunilha. Leve ao fogo alto até ficar em ponto de fio. Bata três claras até formarem picos moles, e não quebradiços. Aos poucos, junte a calda quente às claras, batendo sempre, até a mistura esfriar e adquirir uma consistência cremosa e firme. Finalize cobrindo o bolo com marshmallow e amêndoa filetada e torrada.


RECEITAS

Ravióli de bacalhau

Ingredientes: • 200 g de bacalhau; • 80 ml de azeite de oliva; • 1 folha de louro; • 10 ml de azeite de alho; • Pimenta-do-reino moída na hora; • 350 g de purê de batatas; • 80 ml de creme de leite fresco; • 2 colheres (sopa) de azeite de ervas; • Cebolinha verde picada; • 20 ml de óleo; • Ciboulette (cebola fina francesa) para decorar; • Massa “filo”. Modo de Preparo: Dessalgue o bacalhau mergulhado em água, de um dia para o outro (caso necessário, deixe por mais tempo), trocando a água cinco vezes. Escorra, retire as espinhas e a pele e desfie. Em uma panela, refogue, no fogo médio, o bacalhau desfiado com a metade do azeite, o louro, o azeite de alho e a

pimenta-do-reino moída na hora. Espere até secar e tire do fogo. Em outra panela, coloque o purê de batata, o creme de leite, o bacalhau refogado, o azeite de ervas, a cebolinha verde e o restante do azeite. Misture em fogo médio, mexendo sempre, por uns 10 minutos. Acerte o sal e a pimenta. Recheie a massa com o bacalhau e dobre com se fosse um ravióli. Leve ao forno por 20 minutos ou até dourar. Para enfeitar • Azeite de pimentão. Ingredientes: • 100 ml de azeite; • 2 pimentões amarelo. Modo de Preparo: Besunte os pimentões com óleo de girassol e leve ao forno por 15 a 20 minutos a 250 graus, tire do forno e espere esfriar. Retire a pele e a semente, coloque-os em um liquidificador e bata, acrescentando o azeite vagarosamente.


57 STINCO DE CORDEIRO COM COUSCOUS E PURÊ DE MANDIOCA Para o Stinco: Ingredientes: • 4 peças (pequenas) de stinco de vitela; • 1 cenoura; • 2 talos de salsão; • 1 cebola; • 200 ml de vinho branco seco; • 200 ml de vinho tinto; • 2 ramos de alecrim fresco; • 2 ramos de tomilho fresco; • 3 folhas de louro; • 2 dentes de alho; • 50 g de manteiga sem sal; • 50 ml de azeite extravirgem; • 1 litro de caldo de carne; • 100 g de farinha de trigo; • Sal e pimenta-do-reino a gosto. Tempere o stinco com alecrim e tomilho (bem picado), sal e pimenta a gosto. Deixe na geladeira por 24 horas. Passe na farinha e frite-os com metade do azeite e da manteiga. Reserve. Refogue em fogo médio o restante do azeite e da manteiga, o salsão, a cenoura, a cebola e as ervas picadas. Junte o stinco, adicione o vinho branco e o tinto e deixe evaporar pela metade. Coloque em uma assadeira alta e junte o caldo de carne. Cubra com papel alumínio e asse em fogo médio por 1 hora e meia. Retire o papel e asse por mais 20 minutos. Retire o stinco e peneire o molho. Coloque a carne de volta ao molho peneirado.

Para o purê: Ingredientes: • 600 g de mandioquinha; • 90 g de manteiga; • 150 ml de creme de leite fresco; • Sal a gosto; • Pimenta-do-reino branca a gosto. Descasque as mandioquinhas e lave-as em água corrente. Cozinhe-as em água e sal até que estejam macias. Escorra e passe-as uma por uma frigideira em fogo brando por 2 minutos para retirar a umidade. Passe por um espremedor de legumes, misture bem com a manteiga e acrescente o creme de leite bem quente. Tempere com sal e pimenta e passe por uma peneira fina para que fique bem homogêneo. Para o Couscous: Ingredientes: • 100 ml de água fervente; • 100 g de couscous marroquino; • 1 colher (sopa) de manteiga; • Sal a gosto; • Pimenta-do-reino branca a gosto; • 100 g de amêndoas filetadas torradas. Adicione o couscous aos poucos na água fervente, mexendo sempre. Acrescente metade da colher de manteiga e mexa até secar um pouco. Desligue o fogo e abafe por aproximadamente 5 minutos. Para finalizar, tempere com o sal e a pimentado-reino e acrescente as amêndoas.


PERFIL

por Maisa Infante

Artista plástica transforma bolos em obras de arte

Bolo em formato inusitado, uma das obras de Ci Prado

DIVULGAÇÃO

Um doce de arte


ALEX ROGÉRIO

A artista plástica Ci Prado hoje se dedica a criar receitas e design de bolos diferenciados

UMA FESTA NÃO É COMPLETA SE NÃO TIVER BOLO E DOCINHOS NO FINAL. E É JUSTAMENTE para deixar esse momento ainda mais açucarado que a artista plástica Cecília Prado, mais conhecida como Ci Prado, trabalha. Moradora de Alphaville há 23 anos, há 8 ela abandonou o trabalho com artesanato convencional para se dedicar ao chamado “Cake Design”. Em um ateliê montado em casa, ela prepara bolos, docinhos, lembranças e sobremesas personalizadas. Pode-se dizer que é uma pequena fábrica de sonhos. Cada produto é único. Impossível encontrar dois iguais, porque Cecília faz tudo artesanalmente. Na hora de moldar flores, bichinhos, bonecos e personagens, ela dispensa os moldes e prefere usar as suas habilidades manuais. “Eu gosto mais de fazer a modelagem à mão. Acho que me dá mais liberdade”, diz. E haja habilidade para fazer um bolo que tenha o formato de várias xícaras empilhadas, bules, balde de champagne, além de detalhes como flores e laços. Utilizando pasta americana e massa feita de açúcar ela coloca a criatividade em ação sempre que recebe uma encomenda. A maioria dos pedidos é de bolos de aniversário, festa de despedida ou homenagem, o que faz com que Cecília saia em busca do estilo que mais se pareça com seu cliente. Chega a fazer bolos que são quase uma biografia. “Uma vez, a esposa me pediu um bolo para comemorar os 50 anos do marido. Eu peguei várias referências de coisas que ele já tinha feito ao longo da vida e coloquei no bolo - que era um barco, uma de suas paixões”, conta.

Para Cecília, cada trabalho é um desafio diferente. Na busca por um resultado melhor, ela se aliou à internet e sempre que aparece um tema desconhecido sai em busca de informações que possam enriquecê-lo. “Certa vez, apareceu um bolo que tinha como temática o tae kwon do. Eu não entendo nada do assunto e fui pesquisar. Foi ótimo, porque consegui fazer a pessoa executando um dos principais movimentos da luta”, diz. Depois de terminar a faculdade de Artes Plásticas, Cecília montou um ateliê em São Paulo, onde desenvolvia seus trabalhos - em sua maioria, enfeites de Natal. Ficou nesse trabalho até o fim da década de 1990, quando parou porque os produtos artesanais perderam espaço para os importados. Aos poucos, descobriu a arte de fazer bolos decorados e começou a se interessar. O gosto pelas panelas ela já tinha desde a adolescência, quando gostava de ajudar a mãe em festas que aconteciam em casa. Quando descobriu que poderia unir a paixão pela cozinha com as artes plásticas, saiu em busca de cursos e, literalmente, pôs a mão na massa. Uma das coisas que Cecília mais preza em sua profissão é fazer bolos e doces que sejam bonitos, mas também gostosos. “Existem muitos produtos que são só bonitos. Quando você come, não é saboroso. Eu já acho que essa parte é tão importante quanto a beleza.” É de comer com os olhos e, claro, com a boca. Pode experimentar! www.ciprado.com.br


CONFRARIA

por Maisa Infante fotos Guilber Hidaka Mariana Weickert, Zilú Camargo e Andrea Funaro, anfitriãs da Confraria de Verão, em Alphaville

Homem não entra Alphaville entra na rota da confraria que só aceita mulheres. Evento foi promovido pelas revistas A Magazine e Metropolis

Zilú Camargo abriu as portas da sua casa para a primeira Confraria do Verão que aconteceu em Alphaville. Cerca de 40 pessoas participaram do evento, que foi promovido pelas revistas A Magazine e METROPOLIS juntamente com Andrea Funaro, executiva da Bulgari no Brasil. Nesses encontros, as mulheres aprendem um pouco mais sobre harmonizações, bebidas e pratos sofisticados. Em Alphaville, Matilde Ghelfond, do Le Caviar, ofereceu uma aula sobre a iguaria, além de orientar a degustação de diferentes tipos de ovas e, claro, do legítimo Caviar. A importadora de bebidas Canevari foi representada por seu embaixador, Damian Canevari, que levou dois tipos de prosecco para degustação: o Canevari Brut, produzido com a uva nativa de Conegliano Vêneto, uma região DOC (com denominação de origem controlada) e o Corte Viola, um prosecco leve e suave que passa por um processo especial de fermentação. As mulheres também puderam ver um desfile de biquinis da marca Alor, de Mariana Weickert, que são confeccionados em borracha nada tensionada, o que os deixa mais confortáveis e ajustados ao corpo. O petit comité contou também com lembranças de Tânia Bulhões, Chocolat du Jour e Scatto Lampadário, que fizeram questão de participar do evento. De acordo com Julianna Mota, coordenadora de Marketing do grupo Metromídia, “este evento, mais do que apontar a integração das revistas do grupo com marcas consagradas no mercado de luxo, salienta o potencial de consumo e desejo dos moradores de Alphaville e região”. Para Andrea, idealizadora das Confrarias, vir para Alphaville era um desejo e uma necessidade, já que muitas mulheres que moram na região têm o perfil do projeto e gostariam de participar dos encontros. “A idéia é que esse evento possa reunir cada vez mais as pessoas que moram aqui”, diz. E, para o primeiro evento na região, Zilú fez questão de abrir as portas


Lembrança que a Scatto Lampadários ofereceu às participantes da Confraria. Abaixo, os proseccos da Canevari, que puderam ser degustados

da sua casa. Ela já era participante de Confraria e acha que é importante mulheres se reunirem para se conhecerem e aprenderem coisas novas. “Os homens fazem muito isso, e as mulheres não. Além de ser um aprendizado, é um momento de lazer muito bom. Também achei ótima a idéia de fazer em casa, porque fica mais aconchegante”, disse. A Confraria começou por acaso, depois de um almoço de Andrea com Maria Alice Klein, no Oscar Café. Elas idealizaram esse tipo de encontro e começaram a colocar em prática. “Criamos alguns pratos, fizemos harmonização com um vinho rosé que estava sendo lançado na época e todo mundo amou. Aí eu me propus a organizar alguma coisa nesse sentido uma vez por mês”, conta Andrea. Em geral, as reuniões acontecem em um espaço na loja da Bulgari dos Jardins, mas também acontecem na casa das participantes: “Foi uma brincadeira que deu certo. Mais de 60 mulheres já participaram. Existe um grupo fixo, que sempre participa, e outro de convidados. No ano que vem, quero fazer um grande evento e convidar todo mundo de uma vez”. Para a empresária Georgia Corona, que participa da Confraria desde o começo, poder vir a Alphaville, conhecer um lugar e pessoas diferentes foi uma experiência muito boa. “Na Bulgari, ficamos restritas a 20 pessoas. Aqui na casa da Zilú tem mais gente, e pudemos participar de uma aula de gestão do luxo incrível. Acho que a Confraria mostra que nós, mulheres, podemos escolher por nós mesmas o que queremos.”


METROPOLIS

entrevista

FORÇA E SENSIBILIDADE Pela quarta vez à frente do Fundo Social de Solidariedade de Barueri, Sônia Furlan acredita que grandes mudanças são possíveis desde que haja envolvimento de todos os setores

fala pausada pode até dar a impressão de se tratar de uma pessoa extremamente frágil. Mas basta pouco tempo conversando com Sônia Furlan sobre seu trabalho à frente do Fundo Social de Solidariedade de Barueri para se perceber que a fragilidade, se existe, não fica à mostra. De personalidade forte, ela não titubeia em momento algum quando fala sobre os projetos que já implantou e aqueles que têm em mente. Para ela, primeiro é preciso fazer para depois dizer que não dá certo, embora ache que tudo é possível, desde que haja responsabilidade de todas as partes. Mas é bom não confundir essa determinação com falta de sensibilidade. Isso ela tem de sobra, mas sabe que não adianta ficar se lamentando, sentindo pena das pessoas e não fazer nada. A sensibilidade deve ser algo que faça as pessoas saírem do comodismo para trabalhar pelo bem do próximo e, consequentemente, de si. Ela tinha 22 anos na primeira vez que assumiu o posto de primeira-dama, uma enorme responsabilidade pela frente e muito pouca experiência. Acha que fez o que podia naquele momento para ajudar a cidade. Hoje, 26 anos depois, pela quarta vez como primeira-dama, o desafio é outro. A cidade cresceu (são 252.748 habitantes), tem problemas diferentes, e Sônia, em contrapartida, ganhou mais experiência e feeling para reconhecer quem realmente precisa de ajuda. Com franqueza, ela diz que não se imaginava nessa posição quando jovem, mas que abraçou a causa e acha que a questão social é responsabilidade de todos os cidadãos, inclusive daqueles que são alvo das políticas públicas.

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MAISA INFANTE texto GUILBER HIDAKA fotos

VOCÊ ASSUMIU O POSTO DE PRIMEIRA-DAMA COM 22 ANOS, HÁ MAIS DE DUAS DÉCADAS. O QUE MUDOU DE LÁ PARA CÁ? Eu acho que a maturidade é muito importante para a gente evoluir como pessoa. Barueri era uma cidade menor e com problemas localizados. Eram questões mais básicas e fáceis de serem solucionadas de forma emergencial. Coincidentemente, para resolver tais problemas não era necessário ter grande conhecimento. Envolvia mais boa vontade e solidariedade. Já em um segundo momento, me deparei com uma realidade um pouco diferente, e eu já demonstrava uma visão de que era importante trabalhar por segmento. Fiquei oito anos fora e, quando retornei, a cidade havia crescido. Com esse crescimento houve uma migração muito grande e um aumento também das diferenças. Percebi que o município tinha um alto polo de desenvolvimento e uma estrutura muito boa em termos de educação e saúde. A Secretaria de Ações Sociais fazia um trabalho muito bom e isso facilitou para que eu pudesse desempenhar o que eu achava preocupante, que era tentar a aproximação da parte mais carente com a mais desenvolvida e chamar um pouco da atenção da própria comunidade para essas duas realidades.

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entrevista

METROPOLIS

NÃO FAÇO NADA PELA METADE. OU FAÇO BEM OU NÃO FAÇO

QUAL FOI O SEU MAIOR DESAFIO DE NESSE MOMENTO? Voltei com um foco mais definido. Fizemos uma pesquisa socioeconômica para identificar os bairros com mais necessidade e elaboramos um programa de desenvolvimento de comunidades e bairros. Dessa forma, conseguimos estabelecer um vínculo com essas pessoas e, consequentemente, tivemos o respeito e liderança necessários para exigir uma contrapartida. E hoje, avaliando, acho que o trabalho deu muito certo porque iniciamos da forma correta, que é ouvir as pessoas e estabelecer a metodologia de acordo com a realidade de cada local. Sabia também que se houvesse pressa da minha parte, poderia perder o resultado do trabalho, já que o próprio povo tem o seu tempo.

reta, vou ficar em paz comigo. Eu não diria que nasci para exercer a função de voluntária, embora ache que tenha conseguido fazer da melhor forma que posso.

ANTES DE SE TORNAR PRIMEIRA DAMA VOCÊ JÁ TINHA ALGUM TIPO DE RELAÇÃO COM TRABALHO SOCIAL? Não. Quando jovem, queria me formar, ter uma profissão, mas me casei muito nova com um homem público e me envolvi profundamente. Eu não tenho nenhuma vontade de exercer cargo público, não é meu dom natural. Entretanto, a questão social me interessa, inclusive como cidadã. Como julgo muito quando alguma coisa não vai bem e não gosto de falar “essa pessoa não faz isso bem, mas eu não faço nada também”, tenho que fazer a minha parte. E eu faria ainda que eu não estivesse aqui. Como cidadã, estaria engajada em alguma coisa, porque acho que todo mundo tem sua responsabilidade. Agora, com certeza esse lado sobressai ainda mais por eu estar ao lado de um homem público e ter o mesmo dever que ele. Eu sou voluntária, não tenho salário nem pretensão política, mas tenho responsabilidade. E a tenho primeiro comigo, depois com as outras pessoas. Se eu sentir que fiz o melhor da forma cor-

VOCÊ TEM O HÁBITO DE PLANEJAR NO PAPEL? No papel e na cabeça – para não me perder. Quando as ações vão bem, a tendência é ficar feliz com o resultado e ir ampliando-o. Se não existir um senso de organização grande, você pode até se perder na sua boa vontade. É importante saber trabalhar bem com aqueles pontos que você não teve o resultado esperado. Acho que temos de lutar até o fim por aquilo em que acreditamos. Eu luto até o fim. Só vou achar que não deu certo no dia em que eu chegar no limite e falar: ‘não deu’. Por enquanto está dando tudo certo.

PODEMOS DIZER QUE VOCÊ ABRAÇOU A CAUSA? Isso é uma característica minha. Não faço nada pela metade. Ou eu faço bem ou não faço. Sou muito organizada, muito objetiva e consigo ver claramente as coisas. E não vejo muitas dificuldades também. Acho que tudo é possível de ser feito desde que se faça. Ser objetivo, ter um foco definido, organização, um plano para trabalhar, conhecer a realidade e se propor a fazer o que se pretende é fundamental. Tudo o que me propus a fazer está acontecendo no prazo certo.

O TERCEIRO SETOR E A INICIATIVA PRIVADA SÃO FUNDAMENTAIS PARA O TRABALHO QUE VOCÊS DESENVOLVEM? Em momento algum fomos atrás de parceria, pois acho que nós mesmos temos que dar o pontapé inicial. Se quem tem o dever de fazer não faz, como é que você estimula alguém que queira ajudar? Agora, o poder público, iniciativa privada e terceiro setor têm que trabalhar juntos e bem-focados, porque até a boa

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vontade precisa ser bem-focada. Toda ajuda é bem-vinda, mas todos são responsáveis para se alcançar uma transformação – até o próprio povo. Obviamente que quem está no comando tem que trabalhar muito, dar bons exemplos. É inviável você exigir contrapartida do povo se não houver esse comprometimento. Eu acredito que a política é um meio de transformar as realidades, mudar a vida das pessoas, e por isso tem que ser encarada de forma muito séria. O que eu vejo muito é o ser humano se perder na vaidade, ficar mais preocupado com o posto que ocupa do que com a responsabilidade desse posto. O político faz parte de uma classe que tem que dar exemplos, custe o que custar. É preciso deixar de ser político por profissão para ser político por vocação. O poder não é para a pessoa usar contra ou a favor de alguém. É para usar a favor da maioria. VOCÊ, NO SEU DIA A DIA, LIDA COM MUITAS ALEGRIAS E TRISTEZAS. IMAGINO QUE ENQUANTO ALGUMAS PESSOAS SE ENVOLVEM NOS PROJETOS, OUTRAS SE PERDEM. COMO É LIDAR COM ISSO? O meu grande motivador foi o fato de não perder ninguém nas ações do bairro em que comecei. No processo que estamos agora, a realidade é diferente – e algumas pessoas não se envolvem. Eu lamento, mas é uma coisa que não posso mudar. E não vou me perder por isso. Se a pessoa deseja uma mudança, farei o possível e o impossível para ajudá-la nessa

transformação. Se essa pessoa não desejar, eu só posso ir até certo ponto e voltar meu foco para aquelas que desejam ter um aproveitamento melhor da sua vida. É UM TRABALHO QUE NÃO PERMITE QUE VOCÊ SEJA EMOCIONAL DEMAIS PARA NÃO PERDER O FOCO? Eu sou emocional, mas consigo lidar com isso e não perder o foco. Procuro não exteriorizar muito para não ficar fragilizada. A minha fragilidade só aparece quando percebo uma relutância por parte dos outros em participar desse processo, que não é fácil porque exige contrapartida das pessoas. EXISTE ALGUMA COISA QUE VOCÊ TEM MUITA VONTADE DE FAZER E AINDA NÃO FEZ? Minha grande vontade é que a nossa cidade possa adotar uma dessas cidades muito pobres que existem no país. Mas não uma adoção apenas de forma emergencial. Podemos, em um primeiro momento, mandar alimentos, cobertores e calçados. Também podemos, com o tempo, fazer uma adoção de verdade, talvez levando para a cidade um modelo de como é possível mapear o lugar para ver o que pode ser feito para beneficiá-lo. Se temos potencial para fazer uma ação organizada, por que não transportar um pouco de conhecimento para otras pessoas? Que eu vou fazer essa ação, eu vou. Não sei o depois.

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ALÉM DA MÁGICA Conheça a história de Clóvis Tavares, que com bom humor uniu mágica e publicidade para chegar ao sucesso orador de Tamboré há 13 anos, o mágico e publicitário Clóvis Tavares é um exemplo de como a criatividade pode abrir novas portas. Mágico por paixão e publicitário por formação, ele encontrou um novo nicho de mercado com as chamadas palestras-show, onde ajuda empresas e empresários a melhorar seu negócio usando seu conhecimento de marketing, vendas e mágica. “Em vez de chegar lá e mostrar gráficos, eu digo que para melhorar o seu gráfico você tem de aumentar o percentual de relacionamento das pessoas. Aí amarro duas pessoas no palco e elas têm um minuto para se soltarem. Se elas não conseguirem, eu vou ensinar como se faz. Mostro que a saída era óbvia. Faltava apenas um pegar na corda do outro. E aí eles não esquecem mais. Isso é mais catalisador do que você usar um slide, uma foto ou apenas falar”. A ideia foi bem aceita e Clóvis criou a Magical Company, que oferece as palestras e o treinamento para empresas baseado nos mesmos conceitos. Hoje, ele viaja pelo mundo com o seu trabalho, que já lhe rendeu quatro prêmios Top de Marketing. Quando volta, descansa na sua casa em forma de cartola, o que mostra que criatividade e bom humor não podem faltar. Neste mês, Clóvis lançou, na Livraria Cultura, o livro “O Show é Você”, prefaciado por Max Gehringer, no qual compara um espetáculo de mágica a uma empresa e também conta a história de sucesso de algumas personalidades como Romero Britto, Amir Klink, Lu Alckmin, Içami Tiba, entre outros. Nessa entrevista você vai conhecer um pouco mais da criativa história de Clóvis.

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COMO A MÁGICA ENTROU NA SUA VIDA? Meu tio Durval, que morava nos Estados Unidos, veio para São Paulo e fez uma mágica com uma moeda que sumia. Eu fiquei encantado e pedi para ele me ensinar. O meu pai ficou sensibilizado, me levou a uma loja de mágica na rua São João e me deu a opção de escolher uma mágica. Eu escolhi uma raquetinha de um coelho que some e aparece, que eu tenho até hoje.

E A PARTIR DAÍ VOCÊ NÃO PAROU MAIS? Logo depois disso a gente se mudou para Jacutinga, no interior de Minas Gerais, e eu tive contato com uma vida totalmente diferente. Durante os dois anos e meio em que vivi lá, vinha para São Paulo mais ou menos uma vez por mês e ia direto para a loja da São João. E cada vez eu aprendia uma mágica diferente. Às vezes eu comprava alguma coisa, mas como meu pai não investia muito em mágica, porque encarava como uma brincadeira, eu aprendia olhando o balconista fazer. Depois eu reconstruía a mágica em casa com isopor, papel, prego, papelão, caixa de panetone, caixa de sapato. E COMO A MÁGICA VIROU PROFISSÃO? Com a morte do meu pai (quando eu tinha 17 anos), fui forçado a fazer alguma coisa. Aí comecei a 25

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fazer mágicas em festas infantis. Cheguei a ter 12 pombos e um coelho em apartamento. Era engraçado porque naquela época eu não tinha carro. Imagina uma pessoa pegando ônibus com uma gaiola, uma bolsa e vestindo smoking? Era uma atração. Algumas vezes eu chegava a fazer 5 festas em um sábado. E comecei a ganhar dinheiro com isso, paguei meus estudos, ajudei em casa, comprei um carro e fui estudar nos Estados Unidos. E VOLTOU COM A IDEIA DE UNIR A MÁGICA E A PUBLICIDADE? Quando voltei para o Brasil - depois de um ano lá fora- fiquei na dúvida entre mágica e publicidade. Aí percebi que o mercado de feiras estava explodindo e comecei a divulgar o meu trabalho para as empresas que organizavam essas feiras. E uma dessas empresas me fez um desafio, perguntando se eu era capaz de cortar um carro ao meio. Falei que sim e fiquei sem dormir pensando em como fazer isso. Quando criei uma estratégia, mostrei para eles e construímos uma mágica de um carro que se abria ao meio. E foi um sucesso. Como eu não falava durante o número, achavam que eu era um mágico americano. QUANDO COMEÇOU COM ESSE TRABALHO, O QUE VOCÊ QUERIA ERA FICAR FAMOSO? Meu sonho era ser um mágico famoso. Mas no Brasil a profissão estava restrita a circo e festa infantil. Eu já tinha feito mágica em feiras, tinha feito uma mágica exclusiva para o fantástico, na qual eu atravessava o Obelisco do parque Ibirapuera, e não sabia mais o que fazer. Se quisesse continuar com isso teria de ir embora do Brasil. Foi aí que resolvi juntar o mágico e o publicitário e surgiu a palestra-show. É engraçado porque a primeira vez que aconteceu não foi planejado. Eu fui contratado pela Celit para fazer um show de mágica durante um evento. Faltando três dias eles quiseram cancelar porque o presidente queria um show de mulatas. Eu insisti, dei outras opções e disse que podia fazer palestras. A pessoa ficou com dó de mim e me deu espaço. Fiz a palestra e foi um sucesso, todo mundo gostou. No mesmo dia fechei mais duas palestras. No entanto eu era muito jovem e, para poder palestrar para esse público, eu precisava me disfarçar, envelhecer. Aí fui à rua 25 de Março e comprei bigode, óculos fundo de garrafa, passei gel no cabelo e comecei a falar com sotaque americano para as pessoas pensarem que eu era um jovem prodígio americano. Então fazia palestras como gringo para conseguir trabalhar. Somente no final eu tirava o disfarce. E criei esse nicho de trabalho.

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QUER DIZER QUE NAS SUAS PALESTRAS QUEM FALA NÃO É O CLÓVIS, MAS OS PERSONAGENS QUE VOCÊ CRIOU? Pela primeira vez nesse ano vou ministrar palestra como brasileiro. Sempre falo que o meu marketing pessoal foi péssimo porque não divulguei meu nome, Clóvis Tavares. O pessoal ligava na minha empresa para contratar um americano. MAS A SUA CASA, EM FORMATO DE CARTOLA, NÃO FOI UMA ESTRATÉGIA DE MARKETING? Quando fui construir essa casa queria algo que tivesse tudo a ver comigo. Como o terreno era íngreme, precisava pensar em algo comprido para aproveitar o segundo andar. Aí eu lembrei que a cartola é um cilindro e comecei a pensar em uma cartola com a aba para cima. Então desafiei um arquiteto e uma engenheira, falei que na minha cabeça já existia o design, eles viram que era viável e fizemos. As abas foram as partes mais difíceis e foi preciso uma fôrma com aço dentro para suportar o peso. Somente a aba da casa tem umas 10 toneladas. Essa casa me ajudou bastante como promoção porque consegui ir ao Fantástico, ao TJ Brasil e ao Jô Soares. E VOCÊ DESISTIU DE SER FAMOSO? Hoje o que me move para trabalhar é essa história de transformar as pessoas. Na palestra eu me sinto satisfeitíssimo como mágico porque consigo realizar o lado do artista e con-

sigo passar uma mensagem. Não consigo mais fazer uma mágica sem passar um conteúdo. Eu criei mais do que o hábito, a responsabilidade da palavra. O LIVRO QUE VOCÊ ACABOU DE LANÇAR, “O SHOW É VOCÊ”, FOI UM POUCO INSPIRADO NA SUA HISTÓRIA? Sempre escrevi livros, mas nunca fui muito a fundo no que realmente me fez crescer. E nesse livro eu faço essa reflexão. Eu mostro como é que a pessoa pode alcançar o sucesso usando as estratégias que o mágico usa para dar um show. O mágico precisa sentir o ambiente, treinar em frente ao espelho, estar concentrado, ter uma equipe que trabalha com ele, ter um plano B caso a mágica não dê certo, ter um bastidor que ele conhece profundamente, ter partners que estão ali para ajudá-lo no que acontecer. Todos A casa no inusitado esses segredos do espetáculo eu coloformato de cartola quei no livro, que mostra para a pessoa que ela não tem que ter clientes apenas; ela tem que ter fãs que pagam, que vão aonde a empresa está, que são admiradores, propagadores e testemunhas de sucesso. Quando comecei a escrever o livro percebi que nesses 20 anos de palestra eu conheci muita gente que alcançou o sucesso e algumas delas usaram a estratégia do mágico sem perceber. Aí resolvi colocar a história delas no livro também. O objetivo é mostrar que somos capazes de fazer o que parece impossível se tivermos uma visão alternativa. Baseado em histórias de várias personalidades eu descobri sintomas que nem eles mesmos haviam percebido e os levaram ao sucesso.

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METROPOLIS

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MAISA INFANTE texto GUILBER HIDAKA fotos

O HOMEM DOS

DESAFIOS Com larga experiência na indústria têxtil, Pedro Janot, morador de Alphaville, encara o desafio de presidir o ambicioso projeto da Azul Linhas Aéreas ão deve ser fácil para um carioca deixar a orla da praia e encarar o concreto da metrópole. Mas como nessa vida precisamos enfrentar desafios, um legítimo carioca, que adora o mar e a natureza, teve que enfrentar a barra de dizer adeus à Cidade Maravilhosa. Pedro Janot, 49, presidente da Azul Linhas Aéreas (companhia aérea brasileira que começou a operar no final de 2008), chegou a São Paulo em meados da década de 1990. Depois de meses em um apart hotel, escolheu Alphaville para morar. Foi onde encontrou um ambiente mais próximo da tranquilidade e da natureza da qual tanto gosta. Hoje, Pedro pode desfrutar de uma comodidade e conforto que não são muito característicos de paulistanos: mora e trabalha no mesmo lugar (a sede da Azul está em Alphaville). Com isso, tem tempo para trabalhar muito e ainda estar perto da família e se dedicar a duas paixões: os passeios de moto e de bicicleta. “O carioca é um bicho estranho se comparado ao paulista, e o paulista é um bicho estranho se comparado ao carioca. São perfis de vida muito diferentes. No Rio de Janeiro você tem à disposição toda uma infraestrutura urbana natural, praia, montanha e uma forma muito fortuita de relacionamento. Você pode encontrar as pessoas na praia a todo momento. Um carioca, para morar em São Paulo é um perrengue. Primeiro porque as distâncias são muito grandes e, segundo, porque paulista fica em clube. Tem clube da moto, da BMW, do vinho, do charuto. E o carioca não tem esse hábito. Carioca não vai a clube. Assim como São Paulo, o Rio também é uma cidade de trabalho. O que eu estou dizendo é que no Rio você encontra o que fazer facilmente. Aqui já é um pouco mais complexo”, diz.

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METROPOLIS

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QUANDO VI QUE A PARTE TÉCNICA ESTAVA ESTRUTURADA, FIQUEI SEGURO PARA AJUDAR A CONSTRUIR UMA NOVA COMPANHIA Criado na beira da praia, velejando e em contato com a natureza, ele chegou a ter dúvidas entre ser um velejador profissional ou se dedicar a uma carreira mais convencional. Duas vezes campeão brasileiro júnior da classe laser, acabou decidindo cursar engenharia. “Esses dias eu encontrei um folder que tinha feito com recortes de jornais para buscar patrocínio. Eu já tinha essa visão empresarial como esportista. Mas aí não deu, a vida veio e eu tinha que ganhar a vida.” E foi justamente a perspectiva de uma bela carreira e sua sede por desafios que o fez deixar para trás a Cidade Maravilhosa. Tentou a engenharia, a profissão de seu pai, mas no fim do curso resolveu mudar o rumo. Formou-se em administração de empresas com MBA na área de Recursos Humanos e começou a sua caminhada empresarial. Curiosamente, sempre atuou em fase de ruptura de empresas, quando surgem novas perspectivas. Quando ainda estava na faculdade de engenharia começou a trabalhar como trainee da Mesbla, que estava centralizando seu departamento de compras. Depois, passou um ano na área de marketing das Lojas Americanas, onde depois surgiu a oportunidade de atuar no departamento de compras da Richards, na época com quatro lojas. “Foi aí que vivi minha grande experiência empresarial, porque era uma companhia pequena, que estava em crescimento. Ao término de 11 anos de trabalho deixei essa companhia absolutamente estruturada e profissional. Tive um aprendizado gigantesco porque como era uma empresa pequenininha você tinha que fazer de tudo um pouco. Aí aflorou o meu lado gestor, porque eu ia aprendendo e crescendo com a companhia.” Nessa uma década de Richards, Pedro resolveu mudar radicalmente de vida. Em uma decisão conjunta com a esposa, que, segundo ele, foi tomada apenas com o olhar, deixou o Rio e foi morar em Araras, na região de Petrópolis, em uma casa incrustada no meio da mata. Todos os dias ele descia a serra para ir trabalhar. Depois

de alguns anos nessa vida de cuidar de horta, jardim e cavalos, já com os filhos nascidos, sentiu que era hora de mudar. Sua veia empresarial começou a lhe dizer que era preciso injetar um pouco mais de adrenalina no diaa-dia o que, para uma pessoa como Pedro, se resume a novos desafios. “Nessa época me bateram dois medos. O primeiro de ficar trabalhando em uma empresa, morando num lugar bucólico, confortável, com a vida organizada e ver a vida passar. Fiquei com medo também de não expor as crianças a um outro mundo ao qual estava acostumado a viver.” Junto com a família, decidiu que era hora de descer a serra com toda a bagagem nas costas. Ele só não sabia que essa saída da serra se transformaria em algo mais radical. Um telefonema de uma headhunter o convidando para participar de um processo seletivo para uma empresa de São Paulo caiu como uma bomba nos planos de Pedro. Já sentindo que a sua missão na Richards estava acabada, resistiu até o último minuto e resolveu tentar. Acabou assumindo a frente do projeto de trazer a espanhola Zara para o Brasil e não teve outra alternativa a não ser mudar para São Paulo. “Fiquei seis meses em apart hotel e cheguei a propor à minha mulher comprar passagens para o ano inteiro e ir todo final de semana para o Rio. Ela achou que seria ruim para a família. Porque no fundo, quando a empresa te deixar, você vai para onde? E São Paulo é um buraco negro econômico que puxa tudo para cá. Aí vim morar em Alphaville.” Coincidência ou não, o pai de Pedro havia morado no mesmo residencial que ele há 15 anos. “Foi uma casualidade. Na realidade, um encontro de forças.” Como se vê, a família teve um papel fundamental em todas as decisões de Pedro, seja para realizar o sonho da vida bucólica na montanha ou para enfrentar a selva de pedra que é São Paulo. “Se o executivo não tomar cuidado, a vida dele descola do resto da família porque é uma vida muito diferente. Hoje, a minha vida é desenhada a quatro mãos. A gente discute muito os fatos.”

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METROPOLIS

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VIVO COM MUITO POUCO. BASTA UM JEANS, UM TÊNIS, UM CAMISETA E ESTAR EM CONTATO COM A NATUREZA

Encerrado seu trabalha na Zara, Pedro teve uma passagem pelo Pão de Açúcar e, no ano passado, assumiu o cargo na Azul. O fato de ser uma empresa de aviação, algo totalmente diferente do que ele havia feito até então, chegou a causar um pouco de ansiedade, o que logo foi dissipado. “Quando surgiu o projeto da Azul fiquei encafifado e fui ler a história do David (Neeleman, chairmain da Azul) e da Jet Blue (empresa de aviação criada por Neeleman nos Estados Unidos). E pensei: ‘esse cara é ligado a serviços e atendimento ao cliente’. Quando ele me disse que a parte técnica estava bem estruturada, muito bem apoiada, fiquei mais seguro para poder, de novo, construir uma nova companhia. No fundo a aviação está aqui dentro, mas tem um grupo técnico que toma conta disso. O resto é juntar gente com o mesmo propósito, dentro de um plano estratégico para atingir o objetivo. Na realidade, a história do cliente começa pela equipe. A sua equipe é mais importante que o cliente. Se você tem uma boa equipe orientada para o cliente, o seu cliente está protegido.” Com a missão de fazer emplacar uma empresa em um mercado onde já existem duas marcas de peso, Pedro diz que o trabalho é intenso, mas que hoje, com a experiência adquirida ao longo da carreira, consegue controlar a ansiedade. “Eu continuo trabalhando 12, 13 ou 14 horas por dia. Só que aprendi a balancear um pouco as coisas, cuidar do lado espiritual, físico e afetivo. É claro que o trabalho sempre ganha de tudo. Pedalo menos do que gostaria, faço ginástica menos do que gostaria, estou com a minha família menos do que gostaria. Mas, com a maturidade, você vai aprendendo a ter qualidade nos poucos momentos que tem.” Os momentos de lazer são longe da agitação e do consumismo. Autointitulandose caseiro e apaixonado por natureza, Pedro gosta de sair de bicicleta pela região de Alphaville, passear de moto e, é claro, ir para o Rio de Janeiro aproveitar tudo que o sol e o mar podem oferecer. “Minha juventude foi dentro do mar. Só mais velho é que fui para a terra. E descobri que gosto mais do verde. O verde me traz uma energia que a água não traria. Fico calmo e energizado. Aprendi a gostar disso e também das pessoas que vivem nessas regiões, desarmadas. Vivo com muito pouco. Basta um jeans, um tênis, um camiseta e estar em contato com a natureza.”

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TATIANNA BABADOBULOS texto

UM DIA COM O PRESIDENTE Pedro Janot soma mais de 1.200 voos com a Azul e costuma voar pelo menos duas vezes por semana para conversar com os clientes

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ra um voo comum entre Campinas e Salvador, em um sábado de manhã. Ao chegar ao Aeroporto de Viracopos e fazer o checkin com mais de uma hora de antecedência à partida, o presidente da Azul Linhas Aéreas Brasileiras, Pedro Janot, aproveitou para fazer vistoria na nova sala de descanso dos pilotos. Na ocasião, conversou com duas comissárias de bordo e voltou para o saguão tentando ser um anônimo, mas não resistiu. Ao comprar um café, perguntou para a caixa se o movimento aumentou após o início das operações da Azul por ali. “Ah, sim, aumentou bastante”, confirmou a moça. Uma vez dentro da aeronave, Pedro se comporta como um passageiro comum e se senta na primeira fileira, até que se levanta e, via microfone, se apresenta, informa sobre as atuais promoções da empresa e os novos itinerários para Recife, Fortaleza, Manaus, Rio de Janeiro. Antes de passar de poltrona em poltrona para conversar com os passageiros, Pedro informou que já havia feito mais de 1.200 voos para conversar com os clientes e, como sempre, carregava sua caderneta preta onde anota as reclamações e sugestões. “Há algumas folhas preenchidas, mas não muitas”, disse. Depois, iniciou o “corpo a corpo” e ouviu dos passageiros sugestões, reclamações e também muitos elogios. Com cerca de

70% de sua ocupação, o voo vinha de Porto Alegre e levava muitos gaúchos com destino a Salvador. Muitos deles, aliás, aproveitaram a conversa com o presidente para discutir, com muito bom-humor, o nome da companhia. Os fanáticos torcedores do Grêmio são chamados de azulão e, portanto, os torcedores do Colorado, o time rival, não gostaram da ideia de apoiar a cor concorrente. Brincadeiras à parte, Pedro perguntou se as pessoas estavam gostando do voo. Entre os elogios, os clientes parabenizaram o serviço de bordo, o tamanho das poltronas e a compra da passagem por telefone. As reclamações também foram registradas, como débito em duplicidade no cartão de crédito, alimentação salgada ou doce – opções ruins para os idosos – e o fato de o código da internet para o check-in só servir para a ida. “Se as outras companhias fazem diferente, nós vamos fazer também e melhorar o serviço”, ponderou Pedro. Duas horas depois, a aeronave modelo 190 pousava no Aeroporto Internacional de Salvador com toda a segurança, rapidez e pontualidade. Então, Pedro foi para um hotel no centro da cidade onde participaria de uma entrevista coletiva, almoçaria e seguiria para Recife para outros compromissos, até retornar a Campinas no fim do dia.

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Cultura

J.R.DURAN por Maisa Infante fotos J.R.Duran

Um outro

olhar

J.R.Duran deixa de lado o glamour do mundo da moda e lança livro com fotos de seu encontro com tribos isoladas da Etiópia

Quando pronunciado, o nome de J.R.Duran é rapidamente relacionado a luxuosos ensaios de moda e nudez. O espanhol da vila de Mataró, uma cidade próxima a Barcelona, que vive no Brasil desde 1970, conquistou um espaço nobre no mundo da fotografia. O que pouca gente sabe é que esse tímido fotógrafo, que prefere não ser fotografado, também gosta de se embrenhar em grotões pelo mundo para registrar aquilo que pouca gente vê. Tem uma paixão especial pela África, onde já esteve várias vezes. Lá, fotografou o deserto da Namíbia, a guerra civil de Angola e caçou gorilas em Ruanda. A última incursão foi pela Etiópia, onde ficou frente a frente com tribos primitivas que vivem à beira de um rio. O resultado desse trabalho é o livro “Cadernos Etíopes”, que acaba de ser lançado pela Cosacnaify, com fotos e textos de Duran. Longe dos hotéis luxuosos em que costuma se hospedar pelo mundo, Duran caminhou horas com sua câmera pendurada no pescoço, dormiu em acampamentos, navegou por quilômetros em botes, perdeu fotos que, para ele, seriam as melhores e fez outras que o deixaram maravilhado. Mesmo distante dos estúdios e do glamouroso mundo da moda, Duran questiona os que acham que esse trabalho é muito diferente do que faz no dia-a-dia. Na verdade, a diferença que existe, segundo o fotógrafo, é que nesse caso ele está sozinho, carregando o próprio equipamento. Na Etiópia, Duran fotografou as tribos que vivem às margens do Rio Omo e brigam por espaço para criar gado. Algumas delas andam armadas com fuzis, como verdadeiros “guerreiros”. Uma aventura que está registrada em livro e que talvez, algum dia, tenha mais detalhes revelados pelas cartas que o fotógrafo costuma mandar a si mesmo dos lugares por onde passa, mas que nunca abre. O fotógrafo recebeu a reportagem da METROPOLIS em seu estúdio, na Vila Madalena, onde falou sobre a experiência dessa viagem.


MURSI Parecem mais agitados que as outras tribos que encontramos. Por um instante, me parece que, pelo fato de ser o povo mais conhecido do delta, eles têm uma familiaridade com a câmera que induz a certa teatralização de poses e movimentos.


Cultura

HAMER Depois de almoçar na moradia de uma família hamer, vamos assistir à cerimônia do bull jumping. A tarde inteira, no ponto determinado, as mulheres hamer se reúnem, cantam e dançam enquanto os homens se pintam embaixo das árvores da ribeira. No momento certo, todos se dirigem, cantando, a uma clareira no cerrado. Lá, o gado é reunido e as cabeças escolhidas são colocadas de modo que o jovem possa pular sobre elas.


Por que você começou a fazer essas viagens de aventura pela África? Encara isso como um trabalho ou um momento de descanso? Lembro-me que a primeira vez que fui à África, no Quênia, fui fazer uma matéria de moda. Tinha um acampamento. À noite a editora de moda estava de saia e salto alto, e eu pensei: “alguma coisa não está combinando”. Naquele mesmo ano, eu voltei para fotografar a Namíbia e comecei a ver a África de uma outra maneira. Na verdade, eu encaro essas viagens como um descobrimento pessoal. Há várias coisas que você aprende nessas situações que pode aplicar na vida prática. E como foram esses 20 dias na Etiópia? Quando cheguei, desci do avião em um lugar chamado Ginka e, de lá, a gente saiu em um caminhão abastecido com mil litros de gasolina, que era para durar todos esses dias. Lá, eu ficava em um acampamento, e tinha um guia que possuía pequenas lanchas, nas quais a gente viajava pelo rio. Como é um rio que faz muitos “S”, você gasta 8 horas para fazer cerca de 50 quilômetros. Além do guia, eles têm um esquema em que para cada tribo a gente tem que levar alguém que também faça parte da tribo. Foi difícil estabelecer contato com essas tribos? Houve algum lugar que tentaram acessar, e não conseguiram? Teve dias em que a gente tentava achar as pessoas, e não conseguia nada. Eram distâncias enormes e poucas pessoas. Uma das tribos tinha apenas 1.500 membros. Além disso, muitas dessas tribos brigam entre si. No passado, teve um governo socialista que forneceu armas para todo mundo. Hoje em dia mudou, mas nesse vale as pessoas continuam tendo suas AK-47. E é muito mais fácil apertar o gatilho do que jogar uma lança.

Como foi para você se aproximar dessas pessoas? Você conversava com elas antes? Não teve muita conversa. A gente chegava e fazia retratos. É engraçado, porque no mundo da moda a gente faz centenas de fotos da mesma coisa para chegar à perfeição. Lá, para mim, talvez na minha ignorância visual, as pessoas estavam perfeitas. Porque era um mundo tão diferente que eu não precisava dessa repetição para ser perfeito, mesmo porque eu não tinha referência nenhuma. E, para um olhar que fotografa moda e glamour no dia-adia, o que muda? Nada. A razão de eu ter ido para esse lugar é porque lá as pessoas também têm uma elegância. Cada tribo tem um código para se vestir, usa o cabelo de um jeito diferente, amarram o colar, o lenço e a saia de um jeito. Os temas que sempre me interessaram, seja fotograficamente ou por curiosidade, que são a violência, a nudez e o comportamento das pessoas, estão aqui. O santo espanhol San Juan de La Cruz escreveu que as três tentações do homem são o mundo, o demônio e a carne. E, em um certo momento, quando eu me deparei com os escritos desse santo, percebi que fotografava muito por essas tentações. Ao lado da viagem e da escrita, essa é a minha essência. As pessoas costumam dizer que me conhecem por outros trabalhos, mas talvez seja o contrário, e elas conheçam os meus trabalhos porque por baixo disso existe este tipo de coisa, que é o que me alimenta. Então, é quase como mostrar para as pessoas a origem do meu pensamento. Você não se sente em perigo em viagens como essas? Eu não sei. A noção que eu tenho é que quem consegue sobreviver em São Paulo ou Rio de Janeiro consegue sobreviver em qualquer


Decore

EXPOSIÇÃO KARIM RASHID

As formas de

Karim Rashid Designer egípcio tem retrospectiva no Instituto Tomie Ohtake

Formas orgânicas e surpreendentes marcam o trabalho do DEsigner egípcio Karim Rashid, que pode ser melhor conhecido pelo público brasileiro na retrospectiva que fica em cartaz até janeiro no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo. Cerca de 60 peças, como mobiliários, objetos e embalagens, vieram, principalmente, do museu alemão Die Neue Sammlung, de Munique. “A exposição realça o jogo entre realidade e artificialidade como algo típico do trabalho de Karim Rashid”, ressalta o curador da mostra, Albrecht Bangert. Segundo ele, a idéia do Instituto Tomie Ohtake de mostrar o trabalho do artista/designer irá estimular o debate no Brasil sobre aspectos do design contemporâneo e seu impacto no dia a dia. As criações de Karim vão de embalagens a hotéis e muitas delas são frutos de parcerias com as mais diversas origens. Dos japoneses Issey Miyake, Toyota, Kenzo, aos italianos Alessi, Bokka, Edra, Armani até a marca brasileira Melissa, o único princípio que tangencia os trabalhos é a inovação. Atualmente, a equipe de Karim Rashid, que tem uma brasileira entre seus integrantes, trabalha em 50 projetos e atua em 27 países diferentes, sendo um deles o Brasil. Ritmo de quem, desafiando a Bauhaus, costuma repetir: “Mais é Mais”.


Jogo para mesa Stak, Danese

Sofá Felici Rossi, Krysalis

Sofa Spline

Karin é filho de pai egipicio e mãe inglesa, nasceu em 1960 no cairo e foi criado no canadá. durante 10 anos, foi professor. depois, começou a viver das suas criações. um de seus grandes trunfos foi ter empregado o plástico como matéria-prima de seus trabalhos bem antes do material virar vedete. atualmente, Karim rashid tem mais de 2 mil produtos no mercado, sem a contar os hotéis, restaurantes e bares, e foi premiado inúmeras vezes em muitas categorias. além de expor em museus e galerias no mundo todo, 70 objetos de sua autoria fazem parte de coleções permanentes de 14 diferentes museus, entre os quais o moma ma em nova York. a mais nova aquisição do moma foi a lixeira garbo, da umbra, que desde 2005 é parte do acervo permanente. com propostas vanguardistas, tem sido convidado para fazer os projetos de casas conceituais montadas em feiras de mobiliário e interiores, como as de milão, coréia e colônia.

Karim Rashid - Arte e Design num Mundo Global Até 4 de janeiro de 2009. De terça a domingo, das 11h às 20h Entrada franca. Instituto Tomie Ohtake Av. Faria Lima, 201 (Entrada pela rua Coropés). Tel.: 2245-1900

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moda Gustavo Sarti é consultor de moda do programa “Hoje em Dia”, da Rede Record, e disponibiliza suas dicas no portal www.gustavosarti.com.br

Dúvidas femininas parte 2 Qual o melhor modelo de vestido para quem está um pouco acima do peso? O truque está em mostrar a região mais estreita do seu corpo. Para isso use um modelo trapézio, pois a marcação do vestido estará logo abaixo do seu seio (parte mais fina do corpo) e o tecido vai cair reto em direção às pernas. Decote V, cores mais escuras e acessórios verticais (como colares) também ajudam.

Com que roupa posso usar a sandália gladiadora? Esse é um modelo super-requisitado, mas perigoso! Pernas proporcionais não sofrem, mas se você tiver pernas grossas, a cor deve ser bege ou bem próxima ao tom da sua pele para ajudar a alongar as pernas e criar a ilusão de que são mais finas. Por ser uma modelagem mais robusta, cai bem com trajes mais casuais ou esportivos e não combina com ocasiões sociais. Certamente a expressão gladiadora não lembra festa romântica, a não ser que você seja segurança do castelo!

Sou magra e tenho as pernas finas. Como faço para usar minissaia? Mulheres com as pernas finas não devem usar minissaia pois a modelagem expõe demais esse ponto fraco do seu corpo. São ideais para mulheres longilíneas, jovens e com as pernas perfeitas. A melhor opção são as saias longas em tons claros e com estampas, preferencialmente em tecidos com movimento solto e fluido. Outra opção são as saias não muito curtas e com bolsos laterais ou lapelas e detalhes, que aumentam o volume.

Tenho o quadril largo. Tem algum tipo de saia que fica melhor pra mim? Para quadril largo são proibidas saias cigarrete ou modelos que afunilem em direção aos pés, pois formam o efeito “triângulo de ponta para baixo” e deixam seu quadril mais evidente. O ideal são as saias mais retas ou evasês, que abrem de cima para baixo e equilibram a largura dos quadris. Você também deve evitar qualquer elemento chamativo na região do quadril ou estampas na região.

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TEMPLO INDIANO

METROPOLIS selecionou alguns produtos que exalam a cultura da Índia para deixar sua casa com um clima mais oriental.

Floreiras ou centro de mesa em metal prateado com relevos, recortes e pés elevados. R$ 1.650 (grande), R$ 960 (médio), R$ 480 (pequeno). 6F Decorações para Sierra Movéis. Tel.: 3043-9210.

Jogo de jantar de porcelana com estampa inspirada nos saris indianos. Disponível com 20, 30 ou 42 peças. A partir de R$ 650. www.germerporcelanas.com.br

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METROPOLIS

empório

Escultura em terracota representando ‘Cabeça de Buda’. R$ 490. 6F Decorações para Raízes Design. Tel.: 2597-3084

Ânfora dourada R$ 995. Divino Espaço. Tel.: 5051-1268

Lanterna de vitral para ser usada com vela. R$ 100,80 Hits Kids’n’Teens. Tel.: 3083-3989

Cabeça de Buda dourada. R$ 265. Design da Vila. Tel.: 4154-5052

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METROPOLIS

novidades

BELEZA E

FEMINILIDADE A linha de maquiagem Ônix Splendor 2009, da Lancôme, foi toda inspirada na Índia, com a intenção de refletir Lakshimi, a deusa da feminilidade. Os produtos abusam do preto e tons terrosos, com brilho radiante. O nome de cada item foi inspirado no dialeto e na iconografia hindu. O estojo com duo de sombras e batom (R$ 259) tem a forma de uma flor de lótus, que é a personificação da beleza e feminilidade. O pó compacto (R$ 178) vem com a imagem de um elefante, símbolo de força e sorte para os indianos. Para as unhas, a marca lança o duo de esmaltes Crème de nacres (R$ 172), enriquecido com madrepérola e acompanhado por um aplicador de borracha. A linha tem ainda lápis, gloss, batom e rímel. SAC 0800 701 7323.

OLHOS PODEROSOS A By Samia Aromaterapia traz para o Brasil o Kajal Orgânico Lakshmi Ayurvedic Beauty, com fórmula ayurvédica, livre de conservantes e feita com ingredientes orgânicos. O kajal pode ser encontrado em quatro versões: khol, kajal preto sensível, com carbono e sem cânfora (R$ 116); khol-kajal preto cold, com 5% de cânfora (R$ 116); khol-kajal men cold, transparente e com 5% de cânfora, para homens que querem apenas tratar os olhos, sem colori-los (R$ 116); color, com mais de 20 cores e os mesmos ingredientes do kajal base, menos o carbono, com opção com ou sem cânfora (R$ 104). Tel.: 3679-8001.

TEMPERO Criada pela chef sul-africana Tracy Foulkes, a NoMU traz para o Brasil a linha de temperos com sabores indianos. Sem conservantes ou sabores artificiais, os temperos podem ser colocados sobre carne, peixes ou vegetais. Estão disponíveis em três versões: indian rub, com cardamomo, pimenta, sementes de cominho, folhas de louro e coentro; masala rub, com cardamomo, sementes de cominho, folhas de louro, sementes de erva-doce e alcarávia; e tandoori rub, com pimenta, páprica, cominhos, cardamomo e coentro. Preço sugerido de R$ 31,34. O produto pode ser encontrado na Casa Santa Luzia, em SP.

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TATUAGEM Para quem quiser aderir à moda das tatuagens indiana, a Surya lançou a linha Tatoo, que traz opções com símbolos místicos, grafismos e desenhos para homens e mulheres. Os kits vêm com seis ou nove figuras, com os moldes dos desenhos já prontos. No lugar da henna usada na Índia, a empresa usa extrato de jenipapo, substância usada por tribos indígenas brasileiras. De fácil aplicação, o desenho permanece na pele por cerca de dez dias. Com fórmula composta de ingredientes vegetais, a tatuagem leva mais tempo para atingir a tonalidade ideal (pode levar até 24 horas após a aplicação), pois seus ingredientes têm de interagir com a pele, até resultar na cor desejada. R$ 10. SAC 3732-3417.

JOIA A joalheria The Graces se inspirou na flor de lótus, que para os indianos representa o deus da fortuna, prosperidade e a beleza feminina, para criar esse brinco em ouro rosê com ametista rosa, prasiolita, quartzo rosa e diamantes. R$ 4.170. Tel.: 5189-6620.

SEM ESTRESSE Os óleos relaxantes e energizantes Valmari Ayurveda foram desenvolvidos para atender à necessidade de cada dosha (Vata, Pitta e Kappa). Para os indianos, o dosha é a caracterização do perfil biológico do ser humano, dividido em três categorias que avaliam a classificação física e energética do corpo. Todos temos os três doshas, mas um sempre se destaca mais, o que leva a um desequilíbrio, tratado pela medicina Ayurveda. R$ 53,85 (510 ml). SAC 5531-4977.

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VIDA EXECUTIVA

Christiane Almeida Edington por Carolina Isse foto Guilber Hidaka


Dedicação

feminina

Christiane almeida edington sempre quis trabalhar na área de teCnologia. hoje, aos 43 anos, é a diretora geral de sistemas de informação da Vivo, coordena uma equipe de 500 pessoas e é o exemplo de que um sonho pode se tornar realidade. o caminho trilhado pela executiva sempre foi pontuado por calma e paciência, duas de suas características mais marcantes. Formada em processamento de dados, pós-graduada em engenharia de software e especializada em gestão empresarial e governança de ti, está na área há 20 anos. Começou como analista de sistemas da telebahia Celular e passou para o gerenciamento de pessoas, até chegar ao posto que ocupa hoje. Christiane é a responsável por toda a parte de gerenciamento de sistemas, faturamento de clientes, plataforma de telefonia pré-paga, recargas e promoções da Vivo. “em minha opinião, essa é principal parte, porque é o que move o negócio”, diz. mãe de dois filhos, ela garante que é perfeitamente possível conciliar a rotina de 10 horas de trabalho diários com os cuidados com a família. não sem algum esforço, é claro. o segredo da diretora para harmonizar família e trabalho é se preservar inteiramente nos momentos de lazer para os filhos e o marido. “minha rotina diária é difícil, cheia de compromissos, mas aos finais de semana me dedico inteiramente à minha família.” Foi para garantir esses momentos exclusivos que Christiane escolheu alphaville para morar, há um ano e meio, buscando mais qualidade de vida, tranqüilidade e segurança. “quando resolvi morar em alphaville, já sabia que seria difícil. mas adoro viver aqui. por isso sempre digo que qualquer esforço compensa.” em 20 anos de carreira, Christiane viu o mercado passar por muitas mudanças, ficar mais agressivo e dinâmico. e nunca se intimidou pelo fato de ser mulher em um ambiente onde os homens ainda são maioria. pelo contrário. “em algumas reuniões, eu cheguei a ser a única mulher a participar, e fui muito bem tratada por todos. não acho que isso é um problema.” hoje, embora realizada profissionalmente, ela conta que continua tendo ambições e alimentando planos de crescimento. “durante a minha carreira, sempre procurei crescer e trabalhar o quanto fosse necessário para atingir todos os meus objetivos. agora não é diferente.” e qual o segredo para ser mulher, mãe, esposa e executiva de sucesso? “traçar metas, ter visão ampla sobre negócios, comprometimento com o trabalho, vontade de crescer, dedicação e uma cabeça aberta às novidades e ousadias. só assim a pessoa fará a diferença.”

Diretoda geral de sistemas de informação da Vivo, Christiane Edington aposta na definição de metas como estratégia para o sucesso


METROPOLIS

turismo

AVENTURE-SE NA

ÁFRICA

Nosso fotógrafo Guilber Hidaka passou 40 dias na exótica África do Sul, onde a sofisticação e a aventura caminham ao lado da vida selvagem. Embarque com ele nessa viagem!

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GUILBER HIDAKA texto e fotos

ESQUEÇA AS COMPRAS EM NOVA YORK OU OS Museus de Paris. Se você quer fazer uma viagem surpreendente e marcante, vista-se de coragem e espírito aventureiro, encare 14 horas de voo e desembarque na África do Sul, um país capaz de deixar marcas muito mais profundas do que um simples carimbo no passaporte. Você poderá conhecer praias lindas e de águas geladas, montanhas, vinícolas e hotéis luxuosos, além de ter a indescritível sensação de ficar a poucos metros de animais selvagens (como os leopardos da foto), durante safáris pelas savanas do país. Para quem gosta de viver a história é obrigatório uma ida à prisão onde Nelson Mandela ficou encarcerado por 29 anos. Então, afivele suas malas e embarque nessa viagem!

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turismo

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EM BUSCA DOS ANIMAIS Os safáris são feitos em companhia de guias especializados e preparados para localizar os animais e lidar com possíveis adversidades. Mas quando estiver no meio da Savana não é hora de pensar em perigo. Os passeios são seguros e garantia de fortes emoções. Os hóspedes do Singita Ebony Lodge partem em duplas e acompanhados por dois guias que, certamente, encontrarão leões, leopardos, elefantes, girafas, zebras e muitos outros animais pelo caminho. Assim que encontrar o primeiro você vai experimentar a sensação única de ficar a poucos metros da vida selvagem. Para que a segurança seja completa, não deixe de seguir à risca todas as instruções dos guias. A mais importante delas: quando estiver dentro do carro, não se levante em hipótese alguma. Os animais veem o carro com as pessoas dentro como um único inimigo (e bem grande!). A partir do momento que alguém se levanta, ele passa a ver dois inimigos (sendo um deles pequeno!) e a situação pode se complicar. Seguindo todas as normas de segurança, a única preocupação é curtir a paisagem e se surpreender com manadas de elefantes, leopardos e leões a poucos passos de você.

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Não perca na próxima edição da Revista Metropolis o especial TopCar com as principais novidades do mercado automotivo.

Você se encontra aqui

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Especial E special Metropolis

metromídia COMUNICAÇÃO

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METROPOLIS

lançamento

Pequenos de estilo Para muita gente eles são alternativas mais práticas e econômicas para o trânsito das grandes cidades mas, na verdade, o smart fortwo e o MINI Cooper são carros para quem quer aliar luxo, estilo e requinte nos mínimos detalhes

smart fortwo Com apenas 2,7 metros de comprimento (um Ford Ka tem 3,83 metros), o fortwo chega ao Brasil na versão cupê (R$ 57,9 mil) e Cabrio conversível (R$ 64,9 mil). Apesar de pequeno, tem capacidade para andar até 145 km/h. O motor de três cilindros rende até 84 cavalos extraídos de apenas um litro de cilindrada. Segundo a fabricante, a aceleração vai de 0 a 100 km/h em 11 segundos. Com motor de três cilindros 1.0 turbo 12V de 84 cv, o carro faz 15 km/l na cidade e 24 km/l na estrada. A capacidade do tanque é de 33 litros mais 5 litros da reserva. www.smartjardins.com.br

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MINI Cooper Com preço variando entre R$ 92,5 mil e R$ 129,5 mil o MINI Cooper chegou oficialmente ao Brasil em quatro versões? MINI Cooper Mecânico e Automático), MINI Cooper S (Automático) e MINI Cooper S Clubman (Automático). Os dois primeiros modelos apresentam motor a gasolina de 1,6 litro e quatro cilindros e potência de 120 cv. Com a introdução da avançada tecnologia de motor baseada nos sistemas VALVETRONIC do BMW Group, o consumo de combustível e os níveis de emissão foram reduzidos. A velocidade máxima é de 201 km/h e a aceleração entre 0 e 100 km/h ocorre em apenas nove segundos. E tudo isso com um consumo médio de apenas 17,24 km/l. No caso do MINI Cooper S, o motor de quatro cilindros com injeção direta gera uma potência de 175 cv. Um controle de válvulas infinitamente variável controla a potência e torque do motor e minimiza o consumo de combustível e as emissões. A aceleração de 0 a 100 km/h ocorre em apenas sete segundos. O botão Sport é um item padrão e, uma vez pressionado, a direção Servotronic é acionada e a resposta do acelerador torna-se ainda mais espontânea. No modo automático, as marchas são mudadas mais rapidamente. www.caltabianomini.com.br

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CAR por Heymar Lopes Nunes

A classe que todos querem

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Modelo excedeu os padrões de luxo, conforto e segurança

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ESPERADA POR MUITOS, FINALMENTE A NOVA CLASSE E DA Mercedes-Benz foi apresentada. O sedã de luxo mais vendido da marca alemã ganhou itens de segurança, conforto e tecnologia que o colocam num patamar bem acima de sua categoria, além de design moderno que o deixa com ares de cupê, seguindo a atual tendência. A Classe E de 1995 foi o primeiro modelo da Mercedes-Benz a surgir com a copiadíssima frente de faróis duplos - um traço de design altamente simbólico que ainda caracteriza a identidade dessa classe. Os designers agora reinterpretaram esses quatro “olhos” como retângulos, com uma referência direta às formas geométricas interessantes encontradas no cubismo. Da mesma forma, a grade do radiador com suas linhas de contorno cromadas tridimensionais em forma de seta e na posição mais ereta conferem ao carro um status de exemplo típico de sedan de luxo. Na traseira, esse fluxo harmonioso culmina com uma nova característica, que é uma linha graciosa que segue os arcos das rodas traseiras e confere uma forma clara aos contornos imponentes e fortes das asas traseiras. Os aficionados pela marca reconhecerão as características de estilo que são reminiscência do famoso “Ponton Mercedes” introduzido em 1953, que já enfatizava sua personalidade soberana com esses contornos chamativos na época.

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No novo sedã, os engenheiros da Mercedes conseguiram mais progressos - especialmente quanto ao conforto de direção, dos assentos e de climatização. Os equipamentos de série incluem uma suspensão com amortecedores adaptáveis. Eles automaticamente adaptam-se à situação de direção do momento, reduzindo os esforços de amortecimento durante a direção normal, aumentando, assim, perceptivelmente o conforto. Quando se está fazendo curvas em velocidade ou durante manobras rápidas, o sistema passa para o efeito máximo de amortecimento, de forma que o sedã tenha o melhor efeito de estabilidade. O sistema de suspensão a ar está disponível como opcional para os modelos V6 (padrão para o E 500/E 500 4MATIC) e, pela primeira vez, foi combinado com um sistema de amortecimento controlado eletronicamente, que processa vários sinais de sensores e controla cada roda independentemente. Com relação ao desenvolvimento dos assentos, a Mercedes adicionou uma nova qualidade ao seu conceito já bem estabelecido. Trata-se do chamado “padded seat piping” (acolchoado das guarnições dos bancos) - uma técnica sofisticada e elaborada de estofados que só é usada pela Mercedes-Benz. Ela considera a in-

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CAR

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24 serção de um enchimento adicional de espuma sob a capa de pano ou couro, que dá uma sensação imediata de conforto e bem-estar quando se senta no carro. Há diferentes versões de acolchoado das guarnições dos bancos: no modelo básico e na linha Avantgard o estofamento é contornado transversalmente, enquanto na linha ELEGANCE as guarnições são longitudinais. O pacote de assentos ativos multicontorno “active multicontour seat package” (opcional) inclui bancos desenvolvidos com dispositivos de conforto para a cabeça e duas funções de massagem de dois estágios no encosto do banco que tiveram muito sucesso na Classe S. Dependendo do ângulo de esterçamento, aceleração lateral e velocidade do veículo, válvulas de atuação rápida nas câmeras de ar dos encostos dos bancos variam sua pressão e volume, dando ao motorista e ao passageiro da frente um melhor apoio lateral. A Mercedes desenvolveu um sistema de controle de clima para o Classe E que não somente permite que temperaturas individuais sejam definidas em três zonas - para o motorista, para o passageiro da frente e para os passageiros do banco traseiro - mas também oferece diferentes “modos de climatização”.

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Apesar de toda a modernidade, painel teve poucas modificações, mantendo o padrão da marca

A gama de motores disponíveis para a nova Classe E compreende unidades com quatro, seis e oito cilindros com potência de 100 kW/136 hp a 386 kW/525 hp. Os motores de quatro cilindros são unidades recém-desenvolvidas de injeção direta, que desenvolvem potência e torque maiores do que os motores V6 comparáveis da série anterior, a despeito de terem um deslocamento menor. A estratégia é substituir os motores grandes, naturalmente aspirados, por unidades turbo que excedem em vantagens tais como menor peso, fricção interna reduzida e características operacionais mais econômicas. Com três motores de quatro cilindros totalmente reformulados, a Classe E também se coloca uma geração à frente, quanto à tecnologia em diesel. Esses motores possuem injeção direta por duto comum de última geração, injetores rápidos “piezo-electric”, recirculação do gás de escapamento melhorada e um inovador turbo, proporcionando respostas rápidas e boa performance. Entre as opções de motores a gasolina estão os E 200 CGI e o E 250 CGI, ambos de 1.8 litro turbo de 204 e 292 cv respectivamente. Mas o top de linha e mais desejado de todos é o E500, que utiliza motor V6 com nada menos que 388 cv de potência, juntamente com câmbio automático de sete marchas.

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METROPOLIS

cinema

Gran Torino

Warner

Desde “Menina de Ouro”, em 2004, Clint Eastwood não atuava em seu próprio filme. De lá para cá, porém, ele filmou outras obras, como “Cartas de Iwo Jima”, “A Conquista da Honra” e o recente “A Troca”. Agora, porém, ele chega aos cinemas dia 20 de março, no qual interpreta um veterano da Guerra da Coreia. Depois de ver falecer a esposa e os vizinhos, hoje ele apenas vê a vida passar diante de seus olhos. O ápice da história acontece quando alguém tenta roubar seu Ford Gran Torino que é preservado embaixo de uma capa de seda em sua garagem, que só descobre para lustrá-lo. Talvez injustiçado pelo Oscar, uma vez que Eastwood nem o seu filme foram indicados (apenas Angelina Jolie foi lembrada em “A Troca”), o cineasta foi homenageado pelo Festival de Cannes com a Palma de Ouro Honorária, pela “paixão que ele desperta nos cinéfilos”. Nada mau.

O MENINO

Sony Pictures

DA PORTEIRA Refilmagem da produção de 1976, o filme volta aos cinemas sob as batutas do mesmo diretor Jeremias Moreira e do produtor Moracy do Val. Em vez de Sérgio Reis no papel do boiadeiro, é a vez de o cantor Daniel soltar a voz. O longa-metragem é baseado na letra da música sertaneja de mesmo nome, e conta a história de Diogo (Daniel), um peão de boiadeiro que, ao tocar a boiada do vilão Major Batista (José de Abreu, muito bom), passa pelo Sítio Remanso, onde conhece o menino (João Pedro Carvalho) que toma conta da porteira e pede ao moço para tocar o berrante e recebe uma moeda. No meio do caminho, ele se apaixona pela filha do major (Vanessa Giácomo). Ambientada no interior do sudeste do Brasil, nos anos 1950, a fita foi rodada em Brotas e arredores, e no Polo Cinematográfico de Paulínia. Embora o filme seja previsível por conta do conhecimento da música, “O Menino da Porteira” surpreende positivamente o espectador, uma vez que há boas interpretações e diálogos engraçados, principalmente vindos de Rosi Campos, como Filoca, e de Antonio Edson, como Zé Coqueiro.

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TATIANNA BABADOBULOS texto

QUEM QUER SER UM

MILIONÁRIO?

Europa Filmes

O filme brilhou no Oscar 2009, levando oito prêmios das 10 indicações que teve. O longa-metragem baseado no romance “Q & A”, de Vikas Swarup, conta a história de Jamal (Dev Patel), um órfão que vive na favela de Mumbai, na Índia, e está em um programa de televisão a um passo de ganhar uma bolada. O programa é a versão indiana do que tivemos na televisão brasileira, o “Show do Milhão”. No entanto, as primeiras imagens dão conta de mostrar que ele está sendo torturado, porque os produtores não acreditam como um favelado pode responder a tantas perguntas sobre atualidades e acertá-las! Entre os acontecimentos que influenciaram em sua conquista estão seu amor por Latika (Freida Pinto) e seu irmão Salim (Madhur Mittal), que se aliou a traficantes da cidade e passou a ter a proteção da máfia. Além de a história ser comovente, tratar de superação, garra e amor, o longa tem excelentes atuações de atores desconhecidos, boa direção e, apesar de ser negado pelo diretor Danny Boyle, lembra sim “Cidade de Deus”, de Fernando Meirelles.

WATCHMEN Em uma América na qual super-heróis fazem parte da estrutura da sociedade, o Comediante, um dos Vigilantes, é assassinado. Então, os outros mascarados: Dr. Manhattan, Rorschach, Coruja II, Ozymandias e Espectral II querem descobrir quem foi o autor do crime. O longa, que é adaptação da graphic novel, se preocupa em fazer, por meio de flashback, as apresentações dos personagens, mostrar a personalidade de cada um, até chegar à conclusão do motivo que levou o assassino a cometer o crime. Com 160 minutos de duração, o filme contempla cenas bem-humoradas (mas não muitas), diálogos que abordam o tema político em Nova York em um país onde o presidente é Richard Nixon. O diretor Zack Snyder, o mesmo de “300”, não poupa o espectador de apreciar cenas violentas repletas de sangue, torturas e sexo.

Paramount Pictures

O FILME

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VINHOS

por Rosana Wagner

De onde vem o encantamento? Sempre iremos encontrar uma característica inédita em uma garrafa de vinho

Há muito tempo venho me perguntando porque tantas pessoas deixam suas atividades normais, às vezes até mesmo uma profissão consolidada, para se dedicarem exclusivamente ao trabalho com o vinho. Médicos, advogados e executivos de grandes empresas deixam suas carreiras para se dedicarem a falar, escrever e comercializar este produto. Busco a resposta em mim mesma. Tive uma longa experiência em uma empresa multinacional, onde, por muitos anos, tive o privilégio de trabalhar com muitos outros produtos além do vinho. Eram vodcas, whiskies, licores, runs, cachaças nobres, enfim, todos ótimos produtos. Mas abandonei tudo para me dedicar exclusivamente ao vinho. Troquei o dia-a-dia corrido de uma fábrica para observar a natureza se desenvolvendo, ver os cachos de uva crescerem nos parreirais, tomar a decisão da colheita na hora certa e... elaborar meu próprio vinho. Parece um sonho, não é? Pode ser, mas há também o outro lado, aquele no qual temos que sobreviver com a atividade, gerar o pão de cada dia. Ficamos limitados, não podemos fazer apenas aquilo de que gostamos. Temos que fazer coisas que não nos proporcionam tanto prazer, como em todas as outras profissões e atividades. Sendo assim, por que mudar, por que procurar um novo desafio no trabalho com o vinho, se aí também encontramos as mesmas adversidades? Esta é a questão, finalmente. Tento compreendê-la. O vinho, diferente das outras bebidas, não é previsível. Em cada garrafa, encontramos um diferencial. Duas garrafas distintas de um mesmo vinho, de uma mesma uva, produzidas pelo mesmo vinhateiro, na mesma safra e lote, nunca serão exatamente iguais. Sempre iremos encontrar alguma característica inédita em cada uma delas, ainda mais quando produzidas em regiões diferentes, por produtores diversos. Esta é a sedução. Estamos sempre nos deparando com algo novo, uma sensação desconhecida, um aroma distinto, um sabor inusitado. Ah, e isto, não há dúvida, só o vinho nos proporciona. Não é à toa que, a cada dia, vemos crescer o número de confrarias em torno do vinho. Amigos que se reúnem para degustar e experimentar sensações diferentes. Cada um avalia, à sua maneira, as diversas nuances de um vinho. Todos se lembram de alguma fruta, alguma flor, algum sabor. Dificilmente há consenso. As percepções são distintas. Logicamente, há vinhos muito bons; outros, nem tanto. Mas, quando se degustam produtos de um mesmo nível, em que todos têm uma boa história de “terroir” e elaboração, também vemos uma diversidade de opiniões. Além disso, também é possível falar sobre o local de produção, buscar informações sobre a cultura do lugar, as pessoas que manejam o solo e elaboram o vinho. E também divagar sobre a embalagem: o rótulo, a garrafa, a rolha, a cápsula... Cada componente tentando expressar algo que gostaria de ser dito pelo enólogo ou produtor. E este conhecimento não tem fim. Nos fascina e nos faz procurar entendê-lo cada vez mais. Fica explicado o encantamento. Assim, quando neste Natal você for escolher aquele vinho que irá acompanhar a sua ceia, delicie-se pensando nas diferentes sensações que irá provar e escolha um bom vinho, porque, como diz Hubrecht Dujker, no livro “Wine Wisdom”, “a vida é curta demais para beber um mau vinho”. Feliz Natal, e saúde para todos nós!

Rosana é sócia-administradora e enóloga da Vinícola Cordilheira de Sant’Ana, engenheira química e especialista em gestão organizacional e de projetos de tratamento de efluentes industriais colunista@revistametropolis.com.br


música

por Nereu Leme

Natal

na cama com Madonna Se você não conseguir ver o show, leve a biografia de Madonna, cinqüentona, para a cama

Jingle Bells. Já é Natal para os amantes da música. Os presentes chegaram até mesmo antes do dia 25 de dezembro. Tivemos, ou teremos, apresentações para todos os gostos: do jazz ao pop, do rock ao heavy metal. Novembro começou com Kylie Minogue, Diana Krall, Cindy Lauper, Duran Duran, Judas Priest, R.E.M. e Queen. E, já na metade do mês de dezembro, em meio às músicas natalinas, chega a superstar Madonna. A pop star apresenta seu show “Sticky & Sweet Tour” no Rio de Janeiro e em São Paulo. Quem não vir os shows pode se conformar em ler a biografia “Madonna: Like an Icon”, de Lucy O’Brien. Não é a mesma coisa que vê-la ao vivo, porém o livro pode ser levado para a cama, em alusão ao documentário “Na cama com Madonna”, de 1991. O livro, obviamente, enaltece a cantora, como no trecho em que a ensaísta Camille Paglia diz que “Madonna uniu e cicatrizou as duas metades separadas: Maria, a Virgem abençoada e mãe sagrada, e Maria Madalena, a prostituta”. Madonna nasceu enquanto os pais passavam férias em Bay City (eles moravam em Pontiac, subúrbio de Detroit, onde Madonna passou a infância e a juventude), no dia 16 de agosto de 1958. A autora faz algumas referências duras a Detroit, talvez para sugerir ao leitor que, como não havia o que fazer por lá, Madonna se tornou uma artista rebelde, desconfiada. Aos oito anos, sentiu-se roubada ao perder a mãe e ver seu pai se casar com a ex-babá dela e dos irmãos. Com 15 anos, conheceu Christopher Flynn, 30 anos mais velho, que foi seu mentor, professor de balé e o homem mais importante de sua vida, depois de seu pai. Com ele, sua vida deslanchou. Com seu apoio, conseguiu uma bolsa para estudar dança na Universidade de Michigan. Foi no Verão de 1982 que o sucesso começou a mostrar sua cara. Nessa época, ela gravou Everybody e Ain’t No Big Deal pela gravadora Sire. O compacto chegou às paradas de sucesso da música dance pela Warner e, por causa de uma espécie de erro na produção do disco, a capa saiu sem a foto de Madonna e todos pensaram que ela era negra, o que conferiu um certo crédito como artista da música dance. Mas sua grande chance aconteceu em 1984, quando ela assinou contrato com uma gravadora e criou seus dois primeiros grandes sucessos: Like a Virgin e Holiday. Em 1989, o videoclipe de Like a Prayer, ligando religião e erotismo, foi condenado pelo Vaticano, levando a Pepsi-Cola a cancelar o contrato de patrocínio de Madonna. A visibilidade ajudou o álbum a virar best-seller mundial. Em sua turnê Blonde Ambition, de 1990, Madonna causou furor ao cobrir o palco de imagens religiosas. O Vaticano descreveu o show como “um dos espetáculos mais satânicos da história da humanidade”. Em um de seus últimos shows, em San Diego (EUA), ela declarou que “estava no dia mais feliz de sua vida”, após a vitória de Barack Obama nas eleições americanas.

Nereu é jornalista há 40 anos, já escreveu para Folha de São Paulo, Jornal da Tarde e O Globo colunista@revistametropolis.com.br


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