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Expresso RSCor O fato transformado em notícia

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Edição 08 - Ano II

Edição Quinzenal - 16 a 31/08/14 - R$ 1,50

Brasil está na 61ª posição na lista dos melhores países para se aposentar Em pesquisa com 150 países, o Brasil ficou na 61ª posição na lista dos melhores países para se aposentar, de acordo com o Índice Global de Aposentadoria. Isso representa uma queda de 21 posições. Leia mais na página 12

De 30 de agosto a 7 de setembro, a beleza dos movimentos dos mais de 4 mil bailarinos nacionais e internacionais e as trilhas sonoras das apresentações do SUL EM DANÇA vão contagiar a cidade de São Leopoldo/RS. Em sua 12ª edição, o Festival acontece em novo local, no Centro de Eventos de São Leopoldo (Av. São Borja, 1860). O espetáculo de abertura, dia 30 de agosto, às 19h, conta com a participação de convidados e grupos premiados na edição de 2013. Os ingressos custam R$ 10. Participarão do concurso bailarinos de Ballet Clássico, Jazz, Dança Contemporânea, Danças Urbanas, Danças Folclóricas, Dança do Ventre, Estilo Livre e Dança de Salão. O corpo de jurados do festival conta com

nomes de peso no cenário da dança nacional como JANICE BOTELHO, coreógrafa da Rede Globo responsável pelo Criança Esperança; MARIZA ESTRELLA, diretora da Cia Jovem do Teatro Municipal Rio de Janeiro; e RICARDO SCHEIR, diretor do centro de artes Pavilhão D, de São Paulo. Além do concurso, a programação conta com a Mostra de Dança Estudantil e de Projetos Sociais - hoje considerada a maior apresentação deste porte do Brasil, dando oportunidade a aproximadamente 1 mil crianças, adolescentes e melhor idade de subirem ao palco. Em 11 edições, 33.317 bailarinos passaram pelos palcos montados em São Leopoldo, totalizando 5.282 obras coreográficas apresentadas em 1.538 horas de SUL EM DANÇA, entre ensaios, cursos e apresentações. O festival já proporcionou bolsas de estudos para bailarinos selecionados para o Ballet Bolshoi, com sede em Joinville, indicações para companhias de dança brasileiras, vagas para cursos em SP e RJ e para o Concurso de Dança Contemporânea "Valentina Koslova", em NY. O projeto SUL EM DANÇA é viabilizado pela Lei de Incentivo à Cultura Federal, tem o patrocínio master da Gedore, apoio da Prefeitura Municipal de São Leopoldo e patrocínio da Stihl e Unique. A direção é de Margit Kolling, com produção da Arte&Ideias. Fonte: www.saoleopoldo.rs.gov.br Foto: Divulgação

Voto nulo não invalida eleição, mas pode favorecer o candidato que você não quer PAG. 03

IdeiArts

12ª edição do SUL EM DANÇA movimenta São Leopoldo!

E começa a 37ª Expointer, com muitas novidades


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Editorial

A corrupção é a bandeira da política brasileira Há poucos dias repercutiu, Brasil afora, a notícia sobre as denúncias de que vereadores de Canoas estavam retendo parte dos salários dos CCs lotados em seus gabinetes. A notícia causou indignação em algumas pessoas e, principalmente, estranheza pelo absurdo. Apesar de parecer um fato isolado, isso é mais comum do que parece, ocorrendo dentro das Câmaras de Vereadores, Assembleias Legislativas e, não duvide, pode estar ocorrendo no Congresso Federal, Senado e Governo Federal. Não se espante se isso estiver ocorrendo também dentro das Prefeituras, onde alguns Secretários submetem CCs à esse tipo de extorsão. Se não aceita está fora e não adianta tentar trocar de secrfetaria, você fica marcado. São Leopoldo também já foi alvo dessas denúncias alguns anos atrás, onde vereadores ficavam com metade do salário dos CCs. Infelizmente, essa condição imposta por alguns políticos do nosso Brasil, é moeda de barganha para conseguir um cargo para aquele cabo eleitoral que batalhou, dia a noite, para que ELE conseguisse se eleger. Como aquele cabo eleitoral depende desse emprego, haja vista que muitos são cabos eleitorais e CCs por profissão, se sujeitam a esse tipo de situação. Somente alguns mais chegados ao político eleito tem o privilégio de receber o salário integral, aqueles que ficam do segundo escalão para baixo, lhes é dado o poder de escolha: é pegar ou largar. E na possibilidade de ficar de dois a quatro anos desempregado, pelo menos até a próxima eleição, e por muitos não ter outra profissão, a escolha é pegar e não largar. Alguns não aceitam essa condição e ficam de fora do mandato e, muito provavelmente, nas próximas eleições estarão trabalhando para outro candidato, o que é muito comum. E novamente irá acreditar no emprego fácil e garantido, até que o seu candidato lhe prove o contrário. Nossa política, desde o nível municipal até o federal, tem ficado a cada dia mais desacreditada. São tantos casos de corrupção, desvio de dinheiro, obras que nunca acabam ou nem começam, e isso não é mérito de uma bandeira política mas de todas, fazendo com que o povo brasileiro não sinta mais vontade de sair de casa para votar. Basta notar o aumento de abstenções e de votos nulos e brancos a cada eleição. Temos visto candidatos totalmente despreparados para ocupar um cargo político, basta você tirar um tempo e assistir aos programas eleitorais obrigatórios no rádio e TV. Às vezes são mais hilários que muitos programas de comédia. Os partidos não estão interessados em colocar candidatos com boas ideias e que sejam capacitados para, no mínimo, representar a eles e ao povo, simplesmente preenchem as porcentagem de candidatos que lhes é imposta pela legislação. Um exemplo claro dessa situação é a porcentagem em relação às candidatas femininas. Os partidos preenchem as vagas necessárias e depois muitas dessas mulheres ficam sozinhas, sem apoio, porque a visão de alguns diretórios ainda é um pouco machista, onde um bom político tem de ser do sexo masculino. Lógico, não queremos generalizar, pois existem mulheres que conseguiram e vão conseguir seu lugar ao sol, mas talvez isso se deva mais a ela própria do que ao partido. Depois que ela consegue se sobressair, aí sim, é cercada privilégios e de “assessores”, todos querendo tirar uma lasquinha do seu sucesso, ou seja, alguns votos e apoio para a próxima eleição. O Ministério Público, acreditamos, está vendo isso e cabe a você, CC, cabo eleitoral ou eleitor, fazer a denúncia e tirar esse mau político de circulação definitivamente. É muita bandeira tremulando por aí, nas mais variadas cores, enquanto que a única que deveria estar sendo conduzida com orgulho é a nossa verde amarela. Faça a sua parte! Dia 5 de outubro, não vote por conveniência, VOTE COM CONSCIÊNCIA!

“Uma celebridade é uma pessoa que trabalha duro a vida inteira para se tornar conhecida e depois passa a usar óculos escuros para não ser reconhecida.”

Acesso secundário da Rodovia do Parque vai desafogar trânsito na Expointer Uma das novidades deste ano no acesso à Expointer, a BR-448 - Rodovia do Parque - será uma das alternativas para os visitantes da maior feira de agropecuária da América Latina. Um acesso secundário da rodovia, que será inaugurado nesta quinta-feira (28), às 10h, vai ajudar a desafogar o trânsito da BR116 durante os nove dias do evento, que ocorre de 30 de agosto a 7 de setembro, em Esteio. A liberação da Avenida Cezar Antônio Bettanin vai permitir o acesso direto aos portões 15 e 16 da feira, tanto pela BR-386 (no sentido Lajeado-Vale do Sinos) quanto pela BR-448 (CapitalVale do Sinos). Subsecretário do Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, Adeli Sell afirmou que a ideia é melhorar o fluxo de veículos na região, além de possibilitar o acesso direto ao estacionamento. "O novo acesso pela BR-448 poderá absorver até 70% do movimento da BR-116". Para chegar ao parque de exposições, localizado no km 13 da BR-116 (via lateral), os usuários podem se deslocar de carro ou Trensurb. No ano passado, a feira recebeu mais de 390 mil visitantes. O estacionamento da Expointer tem 5 mil vagas. Ingressos A abertura dos portões da Expointer para a visitação do público será às 9h. Os valores para o acesso são de R$ 12 para o ingresso normal e R$ 5 para crianças e idosos. O estacionamento será de R$ 30 com isenção de ingresso para o motorista. O evento segue até 7 de setembro. Como chegar Trajetos para quem vai de carro a partir de Porto Alegre: 1) Vindo diretamente pela av. Guilherme Schell, por dentro de Canoas, costeando a linha do Trensurb, chegará ao acesso para os portões do parque; 2) Vindo pela BR-116, acessar a via lateral antes da Petrobras, seguir até a rótula que fica em frente ao portão principal

da Petrobras, contorná-la e seguir as orientações das placas indicativas existentes no local; 3) Vindo pela BR-116, seguir pela pista principal da rodovia, passar em frente ao parque de exposições – o acesso ao parque sob o viaduto estará fechado na maior parte do dia – seguindo, pela via lateral, até o viaduto da RS 118 (km 254) fazendo o retorno e acessando a via lateral no outro sentido, onde haverá placas indicativas para o acesso aos portões; 4) Vindo pela BR-448, entrar à direita no acesso secundário, passar pela Bolognesi e seguir em frente até o estacionamento. Trajetos para quem vem de carro a partir da região do Vale do Sinos: 1) Vindo pela BR 116, seguir pela pista principal passando sobre o viaduto de acesso ao município de Esteio, seguir até a saída da BR 116 para a av. Guilherme Schell (em frente ao parque), cruzá-la e seguir à esquerda para o acesso aos portões; 2) Vindo pela BR 116 (via lateral), acessar a pista principal e seguir a orientação supracitada no item nº 1, ou continuar pela via lateral seguindo até a rótula (sob o v i a d u t o ) e s e g u i r p e l a a v. Guilherme Schell passando pela frente do parque para acessar o portão 15;Trensurb: Metrô de Superfície que liga Porto Alegre a Novo Hamburgo (tarifa R$ 1,70)Por trem: desde Porto Alegre ou desde Novo Hamburgo, desembarcar na estação Esteio. Trajeto para quem vem de carro a partir da região do Vale do Taquari: 1) Vindo pela BR-386 (no sentido Lajeado-Vale do Sinos), entrar à esquerda na BR-448 e seguir até o acesso secundário do parque. Para quem vem de trem 1) Por trem, desde Porto Alegre ou desde Novo Hamburgo, desembarcar na estação Esteio. Fonte: http://www.expointer.rs.gov.br/

ANTIGO CONSELHO CHINÊS Era uma vez um camponês chinês, muito pobre mas sábio, que trabalhava a terra duramente com o seu filho. Um dia o filho disse-lhe: - Pai, que desgraça, o nosso cavalo fugiu. - Porque lhe chamas desgraça? - respondeu o pai. - Veremos o que nos traz o tempo. Passados alguns dias o cavalo regressou acompanhado de uma linda égua selvajem. - Pai, que sorte - exclamou o rapaz. - O nosso cavalo trouxe outro cavalo. - Porque lhe chamas sorte? - respondeu o pai. - Veremos o que nos traz o tempo.» Uns dias depois o rapaz quis montar o cavalo novo mas este, não acostumado à sela, encabritou-se e deitou-o ao chão. Na queda, o rapaz partiu uma perna. - Pai, que desgraça, parti a perna. O pai, retomando a sua experiência e sabedoria, disse: - Porque lhe chamas desgraça? Veremos o que nos traz o tempo. O rapaz não se convencia da filosofia do pai. Poucos dias depois passaram pela aldeia os enviados do rei à procura de jovens para levar para a guerra. Foram a casa do ancião, viram o jovem debilitado e deixaram-no, seguindo o seu caminho. O jovem compreendeu então que nunca se deve dar nem a desgraça nem a fortuna como absolutas mas que, para se saber se algo é mau ou bom, é necessário dar tempo ao tempo. A moral deste Antigo Conselho Chinês é: A vida dá tantas voltas e é tão paradoxal no seu decorrer que tanto o mau pode vir a ser bom, como o bom pode vir a ser mau.

FRED ALLEN

Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Portão, Capela de Santana e outras cidade do RS e Brasil

Rua José Bonifácio, 842, sala H - Centro CEP 93.010-180 - São Leopoldo/RS - Fone: (51) 3037-2018

DE GRANDI C. E COMUNICAÇÃO LTDA. Centro, São Leopoldo/RS

Diretor: Pedro Mello Conselho Editorial: - Odilon Ramos, Pedro Mello, Sônia Salete De Grandi, Diego De Grandi e Rogênio Nunes Jornalista Responsável: - Pedro Mello - Reg. 17084/RS Colunistas colaboradores: - Políbio Braga, Celito de Grandi, Andréa Hilgert, Cláudio Giacomini, Mai Bavoso, Paul Borges, Carlos Alberto Borré, Luciano Schewe, José Antônio Santos Oliveira, Dejair Krumenan, Alessandra Fedeski

Edição, produção e diagramação: Pedro Mello Contatos: - jornalexpressors@yahoo.com.br Fones: - (51) 9868+2358 - Odilon Ramos - (51) 9648-2818 - Pedro Mello

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Edição 08 - 16 a 31/08/14

Políbio Braga ESCRITOR JORNALISTA ADVOGADO www.polibiobraga.com.br

Calotes de empresas cresceram 12,9% em julho O Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas registrou crescimento de 12,9% em julho deste ano, na comparação com junho. Foi o maior avanço mensal para um mês julho de toda a série histórica, iniciada em 2000. Na relação anual – julho de 2014 contra o mesmo mês de 2013 –, o indicador teve alta de 11,4%. No acumulado de janeiro a julho de 2014, na comparação com o mesmo período do ano anterior, o índice também subiu 6,9%.

Causa revolta decisão do governo de não prorrogar prazo do Refis da Copa Acabou no último dia 25 de agosto o prazo final para adesão ao chamado Refis da Copa, com isso o que se observa por parte do empresariado é grande revolta. Os principais pontos questionados foram o prazo muito curto para adesão e dificuldades na consolidação de informações e problemas no atendimento na Receita Federal.

Juros para pessoa física chegaram a 43,2% ao ano. É o maior número desde 2011. Em sua nota de Crédito e Política Monetária, o Banco Central informou hoje que a taxa média de juros do crédito para pessoas físicas atingiu em julho 43,2% ao ano, contra 43% em junho. . É o maior número desde o início da série histórica, em março de 2011. . Com juros altos, as pessoas ficam cada vez mais endividadas e sobram menos recursos para o consumo e a poupança. . Os números se referem ao segmento livre, crédito que pode ser emprestado para qualquer destino - diferente do direcionado, que tem um fim específico, como, por exemplo, financiamento de imóveis ou agronegócio. . Segundo o BC, para pessoa jurídica, ainda em recursos livres, a taxa subiu de 22,6% para 23,1% entre junho e julho. Ainda neste segmento (livre), levando em consideração pessoas e empresas, a média subiu de 32% para 32,3%.

José Antônio Santos Oliveira josesaoleopoldo@gmail.com

O QUINTO DOS INFERNOS E PEDÁGIOS A Coroa portuguesa tinha como norma jurídica cobrar um imposto sobre todos os metais e pedras descobertas e mineradas em suas colônias. Era o “quinto”. Correspondia a 20% dos metais e pedras extraídos. No Brasil esta reserva era estipulada desde 1534, por D João III, ainda nas capitanias hereditárias. Mas o registro da descoberta de ouro no Brasil data de 1560 e está registrada na lápide de Brás Cubas. Mas apenas trinta e cinco anos após este registro, mais precisamente em 19 de junho de 1695, que o Rei de Portugal foi informado, pelo então governador do Rio de Janeiro, Sebastião de Castro Caldas, da existência de esmeraldas na colônia, nos aluviões do Rio das Velhas. O rigor administrativo e fiscal do governo na colônia tinha como objetivo particular a cobrança dos quintos, mesmo assim o imposto era muito desviado. Em 1604, Afonso Sardinha, o moço, deixou em testamento a declaração que guardava ouro em pó em vasos de barro. Mas já havia o costume de esconder ou guardar ouro em imagens sacras, surgindo dai a expressão, ainda presente entre nós, “santo do pau oco”. No século XVIII o confisco era maior que o quinto pago, quando foi criado o “Direito de Entrada”, imposto cobrado pelo trafego de pessoas, mercadorias e animais, para complementar o quinto utilizado para o pagamento da burocracia de controle de arrecadação do quinto. Funcionários montavam guarda nos distritos e os soldados patrulhavam seus arredores para inibir a saída de ouro não quitado. BEM, TODA ESTA “LENGA LENGA” HISTORICA TEM, COMO RAZÃO MAIOR, DEMONSTRAR QUE BRASILEIROS DE TODAS AS ETNIAS SOFREM, HÁ 480 ANOS, A AÇÃO DESTA PRAGA: OUTRORA CHAMADA DE QUINTO, E HOJE, MAIS DO QUE NUNCA PRESENTES, NA SUA DENOMINAÇAO POPULAR DE QUINTOS DOS INFERNOS, SOB A FORMA AGORA DE IMPOSTOS, QUE CONFORME O IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário o Brasileiro deste século paga na média 40% do PIB- Produto Interno Bruto (resultado de toda a riqueza produzida no pais), ou seja 2/5. Sendo assim a carga de tributos que recolhemos é o dobro da cobrada na época da Inconfidência Mineira. Pagamos, literalmente, “dois quintos dos infernos”. E além do mais temos que conviver com o Direito de Entrada sob sua denominação atualizada: ICMS E PEDÁGIO. Sendo um operário aprendi a ser um “santo do pau oco”.

Voto nulo não invalida eleição, mas pode favorecer o candidato que você não quer peso "zero" para esse voto de protesto. Ele não é considerado para o resultado das eleições -explicou o ministro do TSE Henrique Neves em recente entrevista. Confusão A confusão ocorre por uma interpretação equivocada do artigo 224 do Código Eleitoral, que prevê a necessidade de marcação de nova eleição se a nulidade atingir mais de metade dos votos do país. O grande equívoco dessa teoria reside justamente no Se mais da metade dos eleitores optarem por anular o voto nas eleições, o pleito será que se identifica como “nulidade”. De acordo com a TSE, essa nulidade não invalidado, como muita gente acredita? E uma nova disputa terá que ser organizada num pra- representa os votos nulos ou brancos - mas, zo de 40 dias, com novos candidatos? A res- sim, a votação em decorrência de fraudes, falsidades, coação, interferência do poder ecoposta, em ambos os casos, é não. O boato circula na internet há anos e ganha nômico e desvio e abuso de poder, além de força durante o período eleitoral. Em uma rápi- propaganda ilegal que beneficiem um candida pesquisa, é fácil encontrar páginas e comu- dato em uma disputa majoritária. Assim, para nidades nas redes sociais que hasteiam a ban- que um pleito seja considerado inválido, prodeira do voto nulo, apresentando-o como uma vocando nova eleição, é preciso que mais de forma de protestar contra “tudo que está aí”. 50% dos votos sejam declarados nulos pela Os defensores dessa prática política argumen- própria Justiça Eleitoral. Outra possibilidade de anular o pleito é tam que esse tipo de voto evidenciaria a insatisfação popular com os rumos atuais da políti- o indeferimento do registro de candidatura ca e a falta de identificação com os candidatos. – por estar inelegível ou não estar quite Protesto ou não, o Tribunal Superior com a Justiça Eleitoral - ou cassação do Eleitoral (TSE) tem buscado esclarecer o te- mandato do candidato eleito com mais de ma. O entendimento da Justiça Eleitoral para a 50% dos votos válidos. Legislação legislação em vigor é de que o voto anulado por vontade própria ou erro dos eleitores, mesSegundo a legislação, apenas os votos mo se em quantidade superior à metade do válidos contam para a aferição do resultado eleitorado, não invalida a eleição. de uma eleição. Voto válido é aquele dado a - Se a pessoa não vai à urna ou vai e vota um determinado candidato ou a um partido nulo, ela não manifesta a sua vontade em rela- (voto de legenda). Os votos nulos não são ção a nenhum dos candidatos. Se poderia até considerados válidos desde 1965, confordizer que ela está fazendo um voto de protesto, me o Código Eleitoral (Lei 4.737/1965). Já mas as regras constitucionais brasileiras dão os votos em branco não são considerados

válidos desde que entrou em vigor a Lei 9.504/1997 (Lei das Eleições). Esses votos, no final das contas, são registrados apenas para fins de estatísticas. Efeito contrário Como são descartados na apuração final, votos nulos e brancos podem, na verdade, ter o efeito contrário ao desejado pelos eleitores insatisfeitos com os atuais candidatos. Isso porque, na prática, implicam um número menor de votos válidos necessários para um candidato se eleger. Em uma eleição majoritária hipotética com 100 eleitores, um candidato precisaria de pelo menos 51 votos válidos (50% + 1) para vencer a eleição em primeiro turno. Na mesma situação, se 20 desses eleitores votarem em branco ou anularem seu voto, apenas 80 votos serão considerados válidos e, dessa forma, estará eleito quem receber apenas 41. Casos curiosos Apesar de reverberar hoje na era da internet, a defesa do voto nulo como forma de

protesto é antiga. O caso mais famoso foi o do rinoceronte Cacareco, que, transferido do Zoológico do Rio de Janeiro para a inauguração do Zoológico de São Paulo, obteve grande popularidade na capital paulista e, nas eleições de 1959, alcançou cerca de 100 mil votos para vereador - o partido mais votado não chegou a 95 mil votos. Outro caso foi o do macaco Tião, que obteve de 400 mil votos nas eleições para prefeito do Rio de Janeiro em 1988, tendo sido o terceiro mais votado no pleito. Os votos para Cacareco e para seu sucessor foram considerados nulos pela Justiça Eleitoral. Ambos os episódios ocorreram antes da adoção da urna eletrônica, quando os eleitores registravam seus votos em cédulas de papel, e podiam escrever o que desejassem nelas. Hoje a anulação se dá quando são digitados números que não correspondem a nenhum candidato ou partido. Fonte: Agência Senado

A PEDIDO - CNPJ CANDIDATA: 20567077/0001-55 - R$ 245,00


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Edição 08 - 16 a 31/08/14

Carlos Alberto Borré Dejair Krumenan *Jornalista

Advogado - OAB/RS 39.679 Auxiliadora Assessoria Jurídica Fone/fax: (XX) 51. 3588.5387

APOSENTADORIA POR INVALIDEZ

Olha aí! Ele disse que chegava lá! Um grupo de pesquisadores de uma universidade gaúcha resolveu fazer uma pesquisa para estudar a mente dos jovens infratores. Colocou a idéia num jornal da capital do Rio Grande do Sul e o assunto virou notícia nacional. Baixou aqui repórter da Folha de São Paulo que quis ouvir dois adolescentes que falassem de seus delitos. Queria duas histórias de adolescentes violentos. Na unidade do prédio mais antigo eu havia conhecido um adolescente, numa das visitas que fiz para conhecer as instalações quando cheguei para trabalhar na instituição, que me chamou logo a atenção. Olhar triste, distante, poucas palavras, quase monossílabo nas suas colocações. Cumprimentei-o, baixou os olhos e balbuciou uma boa tarde. Muito tímido. Em outra oportunidade fui fazer uma visita para conhecer as atividades de recreação dos adolescentes. Estava acontecendo uma partida de futebol entre gremistas e colorados, o famoso GRENAL dos gaúchos. Entre os colorados aquele tímido garoto. Fiquei olhando o jogo e o meu personagem real fez oito gols na equipe adversária. Um olheiro de um grande clube da capital gaúcha assistia a partida a convite da direção da unidade e comentou comigo: “estamos diante de um craque”, referindo-se a Moisés. Cabelos pretos bem cortados, magro, mas com porte de atleta, rosto bonito apesar da tristeza que seus olhos insistiam em estampar, assim era Moisés que, ao término do jogo passou por mim e, para minha surpresa me olhou e sorriu. Pela primeira vez o vi sorrindo. Acompanhava-me na visita nosso fotógrafo. Ao ver Moisés no time pedi que o fotografasse nas mais diversas poses que o talentoso jogador fazia para dominar a bola e os adversários e transformar suas brilhantes jogadas em gols. Mandei ampliar as fotos (copiá-las em papel) e, na semana seguinte fui até o dormitório de Moisés. Pedi para falar com ele, que me recebeu estendendo a mão, já mais sociável. Afinal, era a terceira vez que nos encontrávamos. Convidou-me para sentar no seu colchão. Sentou-se ao meu lado e lhe entreguei as fotos. Enquanto olhava as fotografias percebi que seu semblante mudara. O olhar triste se transformou em brilho e seu sorriso mudou o desenho de seu rosto. Chamou dois companheiros de dormitório, orgulhoso, para que vissem as fotos. Sua autoestima havia levantado cem por cento. Perguntou se as fotos eram para ele. Respondi que sim e sugeri que mostrasse aos seus pais quando viessem visitá-lo. Seu olhar entristeceu novamente e ele me disse que não tinha mais pai nem mãe, só uma irmã que, de vez em quando vinha visitá-lo. E que iria entregar as fotos para ela. E esta aproximação, segundo me contavam os técnicos que atendiam o Moisés influenciou no seu comportamento. Passou a ser um interno mais sociável, participativo. Chegou até a fazer parte do grupo de danças folclóricas da unidade. Coisas que poucos acreditavam. Um sorriso, um bom dia com um aperto de mão, algumas fotografias começaram a mudar a vida do tímido e rebelde adolescente que antes, em atendimento, pedia aos técnicos que não perdessem tempo com ele, pois dificilmente se recuperaria. A presidente da FASE que assumira naquele ano chegou com uma proposta chamada “Derrubada dos Muros”. Abriu as portas, os cadeados, sacudiu os mofos e ranços da instituição e resolveu mostrar à sociedade que o preconceito, os mitos e a antiga FEBEM estavam com seus dias contados. Um auditório do mesmo centenário prédio que deixou de abrigar eventos artísticos e culturais e passou a ser um depósito de colchões e móveis velhos, foi o primeiro ato da mudança que começava na FASE. Os próprios adolescentes ajudaram a limpar reformar, pintar e deixar o auditório em condições de receber os parceiros que a presidente queria. Na reforma Moisés pegou junto. Pintou, lixou parquê e, para completar, foi a estrela da noite. A orquestra jovem tocou o Hino Nacional Brasileiro, as luzes se apagaram e um foco único buscou lá no fundo do auditório o dono daquela voz rouca e afinada que ecoava pelo salão os versos do genial Chico Buarque de Olanda da música “Meu Guri”.. O foco de luz iluminava Moisés. Sim, ele mesmo. Agora de garoto tímido, acuado, triste de meses atrás, se tornara a estrela da noite. Os aplausos se misturavam a sua voz, mas ele adentrava ao auditório com firmeza. Aquele ano terminou e o craque de futebol continuava fazendo gols nos torneios, dançando nas invernadas e ganhando pontos nas audiências de avaliação. O ano de 2008 já passava da metade e a notícia: Moisés estava sendo liberado. Voltou para sua cidade Natal, Estrela. Sim, estrela mais uma vez. Moisés conseguiu emprego com carteira assinada e tudo. Passados trinta dias de vida nova e Moisés era, agora, um homem feito. Já com 19 anos estava mudado. Mas o destino resolveu interromper esta mudança que, verdadeiramente estava acontecendo com ele. Já era madrugada, duas horas da manhã. Moisés dormia, afinal, no dia seguinte tinha que voltar ao trabalho. O relato é de sua irmã. Um carro para em frente a sua casa. O motorista buzina, chama Moisés pelo nome. Ele acorda e vai ver quem é. Era um “amigo” de antigamente pedindo que Moisés o levasse com aquele carro até a cidade vizinha “pois estava sem habilitação”. Moisés tinha recuperado todos seus documentos, inclusive a habilitação para dirigir. E ele não atendeu ao pedido da irmã para não ir. Vestiu-se e foi. Nunca mais voltou. Ao passar por uma viatura da Polícia Militar passou a ser perseguido. O carro era roubado. Acuado, com medo, talvez, saiu em alta velocidade. Um barranco interrompeu sua fuga da polícia e sua nova vida que recém havia recomeçado. É ele não chegou lá onde, talvez, tivesse sonhado um dia. Saiu livre, foi trabalhar. Saiu livre, foi guiar um carro. E morreu. Fiquei sabendo da notícia pelo jornal que quase não terminei de ler. Não consegui segurar a lágrima que pingou no papel. “Desde o começo eu não disse, seu moço. Ele disse que chegava lá. Olha aí! Olha aí...”

O assunto abordado será a Aposentadoria por Invalidez, tendo o escopo de auxiliar os leitores e Segurados da Previdência Social acerca desse importante benefício oferecido pelo INSS. Todos os trabalhadores que contribuem para a Previdência Social têm direito a este benefício oferecido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). São dois os requisitos exigidos para que o segurado da Previdência Social tenha direito a aposentadoria por invalidez: ter carência e ser constatada a incapacidade total e permanente para o exercício de atividade laborativa, insuscetível de reabilitação. A condição da incapacidade será comprovada mediante exame médico-pericial de responsabilidade da Previdência Social, podendo o segurado, às suas custas, fazer-se acompanhar de médico de sua confiança. A carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para a concessão do benefício, a qual corresponde a 12 contribuições, ou seja, um ano. Todavia, muito importante considerar que o cumprimento do requisito carência é desnecessário quando se tratar de aposentadoria por invalidez decorrente de acidente de qualquer natureza, inclusive decorrente de acidente do trabalho ou das seguintes doenças ou afecções adquiridas após a filiação ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS): a) tuberculose ativa; b) hanseníase; c) alienação mental; d) neoplasia maligna; e) cegueira; f) paralisia irreversível e incapacitante; g) cardiopatia grave; h) doença de Parkinson; i) espondiloartrose anquilosante; j) nefropatia grave; l) estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante); m) Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids); n) contaminação por radiação com base em conclusão da medicina especializada; o) hepatopatia grave. O segurado deve requerer à Agência da Previdência Social mais próxima, a partir do 16º dia de afastamento da atividade em decorrência de estar impossibilitado para o trabalho, o benefício por incapacidade. Quando da realização da perícia médica elaborada pela Previdência Social, caberá ao médico perito determinar a concessão do auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, conforme o caso. Dessa forma, não há requerimento direto de aposentadoria por invalidez, normalmente o benefício de aposentadoria por invalidez sucede da conversão do benefício de auxílio-doença. Ressaltamos que durante os 15 primeiros dias de afastamento cabe à empresa pagar ao empregado afastado a correspondente remuneração. Em geral, o benefício será devido a partir do dia imediato ao da cessação do auxílio-doença, ou quando a perícia médica inicial concluir pela existência de incapacidade total e definitiva para o trabalho. A concessão do benefício em questão, seja ou não em decorrência de transformação de auxílio-doença, está condicionada ao afastamento do trabalhador de todas as atividades que vinha exercendo, devendo a data do início do benefício ser fixada no afastamento do Segurado do seu trabalho habitual. Ainda, importante lembrar que valor da renda mensal da aposentadoria por invalidez daquele segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25%, a partir da data do pedido do acréscimo. As situações que geram o direito ao referido acréscimo são: a) cegueira total; b) perda de 9 dedos das mãos ou superior a esta; c) paralisia dos dois membros superiores ou inferiores; d) perda dos membros inferiores, acima dos pés, quando a prótese for impossível; e) perda de uma das mãos e de dois pés, ainda que a prótese seja possível; f) perda de um membro superior e outro inferior, quando a prótese for impossível; g) alteração das faculdades mentais com grave perturbação da vida orgânica e social; h) doença que exija permanência contínua no leito; i) incapacidade permanente para as atividades da vida diária. Segundo a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, no seu art. 475, o empregado que for aposentado por invalidez terá o seu contrato de trabalho suspenso durante o período em que durar o benefício previdenciário, tendo direito ao saque do saldo da conta vinculada do Fundo de garantia do Tempo de Serviço (FGTS), bem como levantamento das cotas do Programa de Integração Social (PIS), independentemente de rescisão contratual. Quando ocorrer a recuperação total dentro do prazo de cinco anos contados da data do início da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a antecedeu sem interrupção, o beneficio cessará, sendo o antigo contrato de trabalho restaurado, tendo o empregado direito, inclusive, a eventuais aumentos salariais que tenham sido concedidos e todas as vantagens que foram atribuídas à categoria a que ele pertencia na empresa. Assim, em resumo, se o empregado recuperar a capacidade de trabalho e a aposentadoria for cancelada, terá assegurado o direito à função que ocupava ao tempo da aposentadoria, porém, sendo possibilitado ao empregador o direito de indenizá-lo por rescisão do contrato de trabalho sem justa causa. Vale lembrar que, o beneficio de 25% de acréscimo na renda, para aqueles aposentados por invalides que necessitam de cuidadores, os tribunais estão estendo aos demais benefícios. Para buscar esta vantagem se faz necessário buscar auxilio de um advogado.


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Rita de Cássia é reeleita presidente da Associação dos Funcionários Municipais de São Leopoldo Na última segunda-feira, dia 18/08, aconteceu a eleição da Diretoria e dos novos Conselhos Fiscal, Consultivo e Administrativo da Associação dos Funcionários Municipais de São Leopoldo – AFMSL, envolvendo os mais de dois mil associados na entidade. Forma quatorze urnas itinerantes, que percorreram escolas e outros órgãos públicos municipais, e uma urna fixa localizada na sede da associação. Houve apenas uma chapa inscrita, encabeçada pela atual presidente, Rita de Cássia Nunes. O resultado da eleição não poderia ser outro senão a confirmação expressiva de uma diretoria que tem a responsabilidade de, em seu terceiro mandato, continuar um trabalho que vem agradando à maioria dos associados, baseado no lema da Diretoria eleita, que é trabalhar com Responsabilidade, Credibilidade e Confiança. Rita de Cássia foi reeleita para o período de 2014 a 2018. Em uma entrevista concedida no dia da eleição, Rita colocou que suas metas para esses próximos quatro anos à frente da AFMSL, estarão focadas na Assistência à Saúde, Cultura, Bem Estar, Lazer e Qualidade de Vida. Alguns associados comentaram sobre as melhorias pelas quais a associação passou pelos últimos anos, inclusive na Sede Campestre e na Colônia de Férias localizada na praia de Santa Terezinha, enaltecendo o bom trabalho que a diretoria vem realizando. A AFMSL mantém hoje vários convênios com médicos, clínicas, lojas, farmácias, postos de combustíveis, laboratóri-

os de análises clinicas, mercados e outros serviços com descontos para os associados e com possibilidade de parcelamento. A diretoria que comandará a associação nos próximos quatro anos é a seguinte: Diretoria Presidente: Rita de Cássia Nunes 1ª Vice-presidente: Tânia Maria da Silva Xavier 2ª Vice-presidente: Brigitte Johanna Pinto 1ª Secretária: Olinda da Silva Quevedo 2ª Secretária: Cármen Lúcia Freitas da Silva 1ª Tesoureira: Cláudia Aparecida da Silva Galimberti 2ª Tesoureira: Mara do Carmo da Rosa Cezar

Conselho Fiscal Efetivos Ângelo Sandy Schmidt Ilene Sirtuli Luiz Henrique Scharlau da Silva Suplentes Carlos Roberto Marques Pinto Gilberto Machado Paulo Alberto da Silva Texto e foto: Pedro Mello Rita de Cássia recebendo os cumprimentos dos ex-presidentes da Associação. À esquerda, Antenor Bernardo da Silva, e à direita, Dalveni Loureiro da Rocha

Conselho Consultivo e Administrativo Efetivos Grasiela da Silva Mendes Heloisa Schirley Albrecht Coelho Ibanez Pereira da Silva Maria Carla Tedesco Alves Sueli Maria Klipperl Nor Suplentes Adriane da Silva Arceri Antônio Quevedo Berenice Sperb

Estão abertas inscrições para o Prêmio Bertha Lutz As inscrições para a 14ª Edição do Diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz se encerram em 1º de novembro, sendo que a premiação ocorrer em março de 2015, em Sessão Solene no Senado Federal, por ocasião, também, das comemorações pelo Dia Internacional da Mulher. O Diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz foi criado com a finalidade homenagear mulheres que tenham contribuído, de forma relevante, na defesa dos direitos da mulher e questões do gênero em nosso País. As candidatas ao prêmio devem ser indicadas por entidades governamentais e não governamentais, de âmbito nacional, que desenvolvam atividades relacionadas à promoção e valorização da mulher. As entidades deverão encaminhar o currículo de cada candidata, assim como a justificativa pela qual ela mere-

ce ser reconhecida. O Conselho do Diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz apreciará os currículos enviados e escolherá cinco mulheres de diferentes áreas de atuação para serem agraciadas. Escolhidas as candidatas, A Secretaria de Apoio a Órgãos do Parlamento da Secretaria Geral da Mesa do Senado é que ficará encarregada de encaminhar os nomes das candidatas à Mesa do Senado. A indicação do nome que irá concorrer ao Diploma deverá ser encaminhada à Mesa do Senado Federal, por meio da Secretaria de Apoio a Órgãos do Parlamento da Secretaria-Geral da Mesa, acompanhada do currículo da candidata, com justificativa de sua indicação (ver modelo em anexo), até o dia 1º de novembro de 2014. Junto com o currículo da candidata, a entidade deverá enviar um formulário com os seguintes dados: nome, filiação, data de nascimento, profissão, organização, endereço residencial completo, telefones para contato, e-mail e site ou blog. Deverá ainda responder algumas perguntas:  Quem é? (curta biografia)  Por que tipo de trabalho ela está sendo indicada? Em que nível realiza esse trabalho (nacional, regional, local ou comunitário)?  Ela ou seu trabalho faz parte de alguma organização ou rede? Caso positivo, sua organização é governamental ou não governamental (ONG)?

 Quem se beneficia com o seu trabalho?  Desde quando a candidata trabalha nes-

ta área?  Que mudanças/avanços duradouros

resultam do seu trabalho?  Que dificuldades enfrenta para realizar

seu trabalho? Descreva as barreiras físicas, econômicas, culturais e perigos encontrados no seu campo de ação.  Outras informações pertinentes às suas atividades em prol da valorização da mulher. Ao final, as informações sobre a entidade indicante: nome do responsável, organização, cargo, endereço completo, telefones para contato, e-mail e site ou blog. O proponente deverá assinar esse formulário. Esse material deverá ser enviado para: SAOP – Secretaria de Apoio a Órgãos do Parlamento – Senado Federal - Anexo II – Térreo, CEP: 70.165-900 - Brasília-DF. Maiores informações poderão ser obtidas através dos telefones: Tel: (61) 3303-4561, Fax: (61) 3303-5260 ou pelo e-mail: E-mail: saop@senado.leg.br ou ainda pelo site: http://www12.senado.gov.br/senado/procur adoria Quem foi Bertha Lutz Zoóloga de profissão, Bertha Maria Júlia Lutz é conhecida como a maior líder na luta pelos direitos políticos das mulheres brasileiras. Ela se empenhou pela aprovação da legislação que outorgou o direito às mulheres de votar e de serem votadas. Nascida em São Paulo, no dia 2 de agosto de 1894, filha da enfermeira inglesa Amy Fowler e do cientista e pioneiro da Medicina Tropical Adolfo Lutz, Bertha foi educada na

Europa, formou-se em Biologia pela Sorbonne e tomou contato com a campanha sufragista inglesa. Voltou ao Brasil em 1918 e ingressou por concurso público como bióloga no Museu Nacional, sendo a segunda mulher a entrar no serviço público brasileiro. Ao lado de outras pioneiras, empenhou-se na luta pelo voto feminino e criou, em 1919, a Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher, que foi o embrião da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF). Composição do Conselho do Diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz Senadora Angela Portela (PT-RR) Presidente Senadora Senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE) - Vice-Presidente Senador Pedro Simon (PMDB/RS) Senadora Lúcia Vânia (PSDB/GO) Senador Ciro Nogueira (PP/PI) Senador João Durval (PDT/BA) Senadora Lídice da Mata (PSB/BA) Senadora Kátia Abreu (PMDB/TO) Senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB /AM) Senador Paulo Davim (PV/RN) Senador Eduardo Amorim (PSC/SE) Senador Randolfe Rodrigues (PSOL /AP) Contatos para informações adicionais: Secretaria-Geral da Mesa - SGM ,Secretaria de Apoio a Órgãos do Parlamento SAOP - Senado Federal - Anexo II - Térreo CEP: 70.165-900 - Brasília-DF - Tel: (61) 3303-4561/5259 Fax: (61) 3303-5260 - Email: saop@senado.leg.br


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Entenda como será a tributação do Simples Nacional No Simples Nacional, os impostos federais, estaduais e municipais são pagos em um único boleto. Além disso, a carga tributária das empresas participantes será reduzida em até 40%. Entretanto, com as alterações, sancionadas no último dia 7, houve um aumento de atividades inseridas no regime tributário, e, desse modo, há uma série de intervalos de alíquotas de tributos. Por exemplo, o setor de Comércio terá alíquotas de imposto que variam de 4%, quando o faturamento é de até R$ 180 mil; a 11,61%, se o faturamento da companhia em questão for de R$ 3,42 milhões. Já para o setor industrial, as alíquotas de imposto oscilam entre 4,5% e 12,11%. Se a função exercida for relacionada à agência terceirizada de correios, de viagem e turismo; centro de formação de condutores; agências lotéricas; serviços de instalação, de reparos e de manutenção em geral; transportes interestaduais de

cargas e intermunicipais (de cargas ou passageiros); escritórios de serviços contábeis; produções cinematográficas, audiovisuais, artísticas e culturais as faixas de tributação irão de 6% até 17,42%. Para os serviços advocatícios; de construção de imóveis; de obras de engenharia em geral; de execução de projetos; de paisagismo; de decoração de interiores; de vigilância, limpeza ou conservação, as taxas de imposto cobradas vão de 4,5% até 16,85%. As atividades de medicina (laboratorial, enfermagem e veterinária); odontologia; psicologia; psicanálise, terapia ocupacional; acupuntura; podologia; fonoaudiologia; ligadas a clínicas (de nutrição e de vacinação) e bancos de leite; serviços de comissária de despachantes; tradução; interpretação; engenharia; arquitetura; medição, cartografia, topografia, geologia, geodésia; testes, suportes e análises técnicas e tecnológicas; pesquisas; design, desenho; agronomia; de repre-

sentação comercial; de perícia, de leilão e avaliação; auditoria; economia; consultoria; gestão, organização, controle e administração; jornalismo; publicidade; agenciamento, exceto de mão de obra; e serviços que tenham por finalidade o exercício de atividade intelectual têm alíquotas que variam entre 16,93% e 22,45%. Folha de salários Em certos ramos do setor de serviços, além do faturamento total, a folha de salários também influencia a faixa de imposto o montante que será pago pela empresa. Devido a isso, quanto maior for a folha de salários, em relação ao faturamento da companhia, menor será a alíquota do imposto. Nesse quesito, são englobadas as atividades de fisioterapia; corretagem de seguros; locação de bens móveis; educacionais e de capacitação. As porcentagens para essas funções variam entre 8% e 22,9%.

“O filtro de água nos dias de hoje, deixou de ser um luxo” O Expresso RS recebeu a visita da Gerente Regional de Vendas da Pentair Hidro Filtro do Brasil, Graziela Araújo, e da equipe da Magsinos, liderados por João Manuel e Maria Amália de Souza. A Pentair é líder mundial em gerenciamento de água, fluxo e temperaturas para fins industriais, comerciais e residenciais, com mais de 30 mil funcionários, sendo mais de mil somente aqui no Brasil. A empresa trabalha com seis unidades de negócios: Válvulas, Atuadores e Sistema de Controles para diversos mercados industriais; Gerenciamento Térmico, Isolamento de Tanques e Detecção de Vazamentos para aplicações industriais e comerciais; Proteção de Equipamentos (soluções que resfriam e protegem equipamentos eletrônicos e elétricos); Sistemas Aquáticos (piscinas, revestimentos, filtros, bombas e acessórios); Tecnologia de Fluxo (bombas para transporte de líquidos, bicos para pulverização e irrigação, sistemas de combate a incêndio e enchentes); e Filtração e Processos (filtros e elementos filtrantes residenciais e industriais, sistemas e equipamentos para alimentos, bebidas e tratamento de água). Graziela esteve em São Leopoldo para demonstração de produtos e informações de suporte para a equipe de vendas da Magsinos, distribuidora dos filtros Pentair aqui na região. Segundo João Manuel, Diretor da Magsinos, “nossa empresa trabalha há anos comercializando os produtos Pentair, fornecendo filtros residenciais e cooperativos para clientes aqui no estado e fora dele. A linha doméstica e coorporativa tem praticamente a mesma base, o

que muda são os tipos e as formas de aplicação de cada produto”. “A pentair atua em algumas empresas de saneamento, tanto público quanto privado. Em São Paulo, a SABESP tem produtos da nossa empresa. As empresas de saneamento fazem um grande e excelente trabalho, o grande problema é o percurso entre a estação de tratamento e a casa do consumidor. Sabe-se que existem lugares na região sul, apesar de a nossa água ser uma das melhores do Brasil, onde a qualidade da água ainda é um problema. Em Caxias do Sul, por exemplo, temos uma água relativamente boa, já aqui na região do Vale do Sinos, a qualidade da água cai um pouco devido à poluição dos rios que servem para captação. A água de poço por maior qualidade que possua, há necessidade de testes para apurarmos se não há excesso de minerais, nesse caso a solução seria a utilização de um filtro,” comenta Graziela. Expresso RS: Até bem pouco tempo, percebia-se o uso de filtros somente em casa de pessoas de uma classe social um pouco mais elevada. Isso está mudando? Graziela: O filtro de água nos dias de hoje, deixou de ser um luxo, não sendo supérfluo, simplesmente tornou-se necessário, porque ele está tratando da qualidade de vida da pessoa. Se você não cuidar e tratar melhor a sua água, muito em breve terá que tratar da sua saúde, porque muito provavelmente esse descuido vai lhe trazer problemas de estômago, rim, entre outros. Uma água com excesso de cloro, minerais ou metais pode muito bem alterar o efeito de algum tipo de remédio que a pessoa necessite tomar, como o da pressão, por exemplo. Há muitas situações em que um filtro se torna necessário e útil para a saúde, e as

pessoas não tem noção disso. Expresso RS: O uso do filtro de água não vai eliminar os minerais necessários para uma boa qualidade da água? Graziela: A função do filtro é estabilizar a quantidade de minerais e metais na água, eliminando o excesso. O filtro Logic, por exemplo, tem polipropileno para retirar as partículas, carvão ativado para retirar cloro em excesso e tem um mix de minerais para enriquecer aquilo que foi perdido durante a filtragem. Maria Amália (Magsinos): mesmo aqueles minerais que por acaso se percam na utilização de filtros, são automaticamente repostos se adotarmos também uma alimentação saudável, balanceada. Expresso RS: Há uma garantia de qualidade da água? Graziela: A Pentair possui laboratórios próprios espalhados pelo mundo que fazem as análises de todos os produtos produzidos pela empresa, pensando sempre na qualidade final que será oferecida aos nossos clientes. A necessidade desses laboratórios espalhados é por que cada região apresenta uma situação diferente. São especialistas na questão da água, técnicos em engenharia que fazem um estudo de solo, estrategistas de marketing que analisam como e o que vender em cada região. Até porque o tipo de produto que é vendido nos Estados Unidos não serve para ser vendido aqui no Brasil, ou o que é comercializado aqui no Brasil não serve para o Chile, por exemplo. Cada região tem uma composição específica na sua água. Então há a necessidade de um estudo também específico para cada região, sempre visando a qua-

lidade final. Expresso RS: E o consumidor nota essa diferença? Graziela: Se você fizer o teste, experimentando um copo de água diretamente da torneira, um copo de água envazada e um copo de água filtrada, perceberá nitidamente a diferença, principalmente no gosto. Apesar de que alguns dizem que a água não tem gosto, depois do teste você verá que isso não é verdade, principalmente nos dias de hoje, onde são utilizados diversos produtos para o tratamento dessa água. Hoje podemos dizer que a água tem gosto, cheiro e, muitas vezes, tem cor. O ideal é você ter um filtro em casa, mas se isso não for possível, dê preferência pela água da torneira, pois se ela tiver algum tipo de gosto ou cor, é devido à produtos utilizados para garantir a qualidade do produto que você recebe e, além disso, você sabe de onde ela vem. Você pode conhecer ou adquirir os filtros Pentair na MAGSINOS, que tem sede na Rua José Bonifácio, 842, Centro, São Leopoldo. Os telefones para contato são (51) 3591-4709 ou 8255-0330, ou ainda pelo email: magsinos@maginos.com.br. Texto e fotos: Pedro Mello

Romar Bordignon comemora aniversário com amigos no Caça e Tiro No último dia 26 de agosto, durante o tradicional Galeto com Massa promovido pela Sociedade Caça e Tiro, de São Leopoldo, Romar Bordignon aproveitou para comemorar seus 50 anos, reunindo alguns amigos e familiares. Além de empresário do setor de móveis planejados, de artista da arte em madeira, Romar também é presidente da Sociedade Cantores do Arroio da Manteiga, função assumida na última eleição da sociedade. A escolha do local não foi por acaso, haja vista Romar

ser freqüentador assíduo do Caça e Tiro, seja através do Galeto com Massa que é realizado sempre na última terça-feira do mês ou no Turma das Quartas, onde todas as quartas-feiras um grupo de amigos se reúne para um churrasco e comemorar o aniversário de um deles. Como sempre, a organização do encontro esteve excelente, aliás esta tem sido a marca da administração da Sociedade Caça e Tiro de São Leopoldo, capitaneada pelo presidente André Francisco Letti.



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GUIA DE EMPRESAS E NEGÓCIOS

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Há necessidade de eliminar a chamada "morte súbita" das empresas no Simples No Brasil, abrir uma empresa é uma epopeia. Essa operação envolve várias etapas e comparecimento a diversos órgãos e entidades, de cunho federal, estadual e municipal. Uma via-crúcis repleta de balcões. Fechar uma empresa, então, é quase impossível. Isso começou a mudar. No dia 7 de agosto foi sancionada a lei complementar nº 147, que promove uma verdadeira revolução na Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. Por quê? Porque se constatou o óbvio. E o óbvio é complexo para ser identificado. Depende de uma reflexão profunda, pois envolve ir contra hábitos e costumes. A lei geral foi criada para concretizar o tratamento favorecido e diferenciado para as micro e pequenas empresas garantido na Constituição, principalmente facilitando a vida do pequeno empresário, com menores ônus tributários e burocráticos. Dentre os mais de 50 pontos de inovação da nova lei nº 147, alguns merecem destaque, como é o caso da universalização do Simples Nacional. Quando assumi a Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República, iniciei intensa interlocução com o Congresso Nacional e com os fiscos, bem como inú-

meros encontros na maioria dos Estados, com o objetivo de ouvir a sociedade e construir consenso para acabar com a discriminação injusta de alguns setores. Cerca de 450 mil empresas serão beneficiadas e mais de 140 atividades poderão optar pelo Simples Nacional já a partir de 2015. Prevaleceu, enfim, a tese de que a opção pelo Simples deve ser pelo porte, e não pela atividade. A importância desse passo é gigantesca para aumentar o potencial de geração de trabalho e renda na sociedade, incentivar o empreendedorismo e a transição dos negócios para a formalidade. Hoje, mais de 9 milhões de empresas estão no Simples, protegidas contra o bombardeio burocrático que grassa fora dessa redoma. E mais: nenhuma nova lei, norma ou regulamento alcançará a micro e pequena empresa se, em seu texto, não estiver o expresso tratamento diferenciado previsto na Constituição. Outro ponto de avanço é a criação do cadastro nacional único de empresas. Com a nova lei, um sistema informatizado garantirá a execução de processo único de registro e a legalização para obter os registros e licenças de funcionamento. Fechar uma empresa também ficará muito mais simples. Vamos começar pela implantação do sistema de baixa imediata já em setembro deste ano no Distrito Federal, com ampliação sucessiva nos meses seguintes para os demais Estados. E novos avanços virão. A Fundação Getulio Vargas assi-

nou com a Secretaria da Micro e Pequena Empresa e o Sebrae o compromisso de elaborar estudos para que, em 90 dias, possamos apresentar ao Congresso Nacional novo projeto de lei para rever o próprio modelo de tributação do Simples. Há necessidade de eliminar a chamada "morte súbita" das empresas no Simples --quando, com um pequeno faturamento a mais, a empresa passa a pagar muito mais imposto. A ideia é melhorar o atual modelo de faixas, que tem elevação brusca da tributação. Em vez de escada com altos degraus, rampa de acesso. E é impressionante como, após descobrir o óbvio, o consenso político se forma. A lei nº 147 foi aprovada por unanimidade na Câmara e no Senado, com o trabalho dos presidentes Henrique Alves e Renan Calheiros, respectivamente. A própria presidenta Dilma Rousseff, cujo apoio e firmeza foram decisivos para a aprovação do projeto, afirmou, na cerimônia de sanção, que a lei nº 147 representou a reforma tributária necessária para as micro e pequenas empresas. Descobrindo o óbvio, exercitando o diálogo e perseguindo o consenso, vamos tornar muito mais simples, e menos complexa, a vida do empreendedor brasileiro. GUILHERME AFIF DOMINGOS, 70, é ministrochefe da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República e vice-governador do Estado de São Paulo Foonte: http://smpe.gov.br/noticias

CONFRARIA DO EMPREENDEDOR

Iniciativa estimula o crescimento das empresas no Vale do Sinos porte ou que estavam começando suas atividades, que não tinham um momento para trocar ideias e experiências”, destaca. Não é cobrado qualquer valor para participar da Confraria, uma vez que a ação não visa lucros. “Cobramos um valor apenas quando realizamos os eventos, para cobrir os custos básicos”, expõe Carine. Um dos projetos da Confraria do Empreendedor é o Venda Seu Peixe, um evento pensado e planejado para fomentar negócios. Com apresentações informais e descontraídas, as empresas vão apresentando-se e “vendendo seu peixe”. Promovido mensalmente, é itinerante. É realizado em São Leopoldo, Novo Hamburgo e Canoas. Como o objetivo maior é a realização de contatos efetivos, Carine elaborou um sistema onde os confrades enviam antecipadamente seu material de divulgação, como folders, cartões de visitas, pequenos mimos para serem sorteados após as apresentações, dentre outros, que são colocados em um kit. Também é inserido um postal para indicar novos confrades e uma agenda para escrever com quem deseja negociar após o evento. A seguir, a equipe da Confraria insere os membros no Clube Venda Seu Peixe, onde poderão interagir com os confrades que participaram de outras edições. Trata-se de um grupo fechado no Facebook, somente para participantes do evento. Além disso, cada empresário que participa do VsP ganha um perfil pessoal no Portal da Confraria, que poderá utilizar como mais um canal de comunicação. A Confraria do Empreendedor também promove cursos, palestras e encontros diferenciados. Como exemplo, está o Café Confrade, onde um pequeno grupo, de no máximo dez integrantes, troca experiências. A participação é gratuita. Carine Göettert é consultora organizacional, palestrante, escritora e Coaching. Idealizadora Confraria do Empreendedor e diretora da Ser Mais Desenvolvimento Humano (São Leopoldo/RS). Possui 14 anos de experiência em Gestão de Pessoas, atuando nas áreas da indústria, comércio e serviços. É formada em Comunicação, Gestão de Recursos Humanos e

Empreendedorismo, com MBAs em Gestão do Comportamento Organizacional e em Gestão Estratégica de Negócios. É membro da Academia Brasileira de Coaching e tem as certificações internacionais em Coaching pelo BCI/USA e em DISC® – Assessment em Comportamento Humano. Certificação Internacional em SEI ®. A Ser Mais Desenvolvimento Humano é uma empresa de consultoria, que tem como foco proporcionar a otimização de resultados, através de soluções customizadas por meio de prestação de serviços diferenciados baseados nos valores agilidade, flexibilidade, ética, transparência, assertividade, inovação e compromisso permanente com a satisfação do cliente. Atua em segmentos como coaching, solução de conflitos, gestão da Cultura Organizacional, Administração do tempo, Seleção por competências, Motivação, gerenciamento de Carreira, além de promover palestras e cursos. Texto: Elizabeth Renz Fotos: Pedro Mello/Divulgação

IdeiArts

Como divulgar uma empresa, criar relacionamentos e gerar negócios em um único momento? Esta pergunta vem sendo respondida pela Confraria do Empreendedor, movimento criado pela Ser Mais Desenvolvimento Humano, de São Leopoldo e que, em menos de dois anos, já tem cerca de seis mil confrades. A Confraria do Empreendedor, segundo Carine Goettert, diretora da Ser Mais, cria e media ambientes de interação e convivência entre os empresários, através de uma rede colaborativa de confrades, com quem promove atividades de aprendizagem, co-criação, networking e muita informação. “A Confraria surgiu para suprir uma lacuna no setor empresarial, principalmente junto aos empreendedores de pequeno


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Tribunal de Mediação, Conciliação e Arbitragem é mais um serviço que a FRACAB oferece à população gaúcha

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A FRACAB – Federação Riograndense de Associações Comunitárias de Moradores e Bairros oferece agora mais um serviço à população, trata-se do Tribunal de Mediação, Conciliação e Arbitragem – TMCAFRACAB. Criado sob a égide da Lei Federal 9.307/1996, esse é um departamento hierarquicamente subordinado à FRACAB, esse novo serviço tem como proposta propiciar aos vários segmentos da sociedade, de forma extrajudicial, métodos alternativos para a solução de controvérsias, com confidencialidade, rapidez e baixos custos, porém com as mesmas garantias dadas pelo poder Judiciário Estatal. A conciliação, a Mediação e a Arbitragem, desenvolvidos por esse serviço, são meios alternativos de resolução de litígios. A conciliação ocorre quando um terceiro ou terceiros (conciliadores) desenvolvem esforços e se empenham, com sugestões e propostas, para o consenso dos interessados diretos em resolver os conflitos. A mediação é um diálogo entre duas ou mais partes em conflito, assistidas por um mediador, para que possam chegar a um acordo satisfatório para ambas as partes. Na mediação prevalece sempre a vontade das partes. O mediador não impõe soluções, apenas aproxima as partes para que negociem diretamente e reconheçam o conflito para buscar algum tipo de solução que contemple e satisfaça razoavelmente os interesses de todas elas. Na arbitragem o árbitro, substituindo a vontade das partes em divergência, decide a pendência pela confiança que foi nele depositada pela eleição prévia em cláusula compromissória. No Brasil, a Lei 9.307 de setembro de 1996 autorizou a utilização da arbitragem para o julgamento de litígios envolvendo bens patrimoniais disponíveis ou seja, aqueles direitos nos quais as partes podem transacionar - contratos em geral (civis, comerciais e trabalhistas). As sentenças proferidas pelos tribunais arbitrais têm a mesma eficácia da sentença judicial. A principal diferença é o prazo máximo de seis meses para a solução dos conflitos. O Tribunal de Mediação, Conciliação e Arbitragem é um tribunal privado com todas as obrigações, direitos e deveres de uma empresa comum, porém dotado de instrumentos jurídicos legais capazes de decidir discussões cíveis ou comerciais. A sentença emitida pelo

Juiz Arbitral tem força de lei e dela não cabe recurso. Importante: O Tribunal Arbitral não é um tribunal paralelo aos Tribunais de Justiça, mas um instrumento jurídico legal com poderes especiais para dirimir pendências, dúvidas e casos omissos em tudo que envolva bens patrimoniais disponíveis. O quadro de Mediadores e Árbitros credenciados pelo TMCA-FRACAB, é composto por profissionais das mais diferentes áreas, devidamente qualificados através de cursos de especialização específica e de ilibada conduta social, comercial e profissional, atuando com neutralidade e de forma independente, observando uma rigorosa regulamentação ética e procedimental.

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Alessandra Fedeski Jornalista- Mtb 17.348

É o meu Rio Grande do Sul A cultura gaúcha ganha um espaço permanente no Expresso RS a partir desta edição. Mais do que merecido, este espaço vem ao encontro daquele povo orgulhoso dos costumes e das tradições, que sabe apreciar um bom chimarrão e assar um baita churrasco. O período não poderia ter sido melhor para começarmos: estamos nos aproximando dos festejos da Semana Farroupilha. Nós, gaúchos, somos donos de uma paixão ímpar pela cultura rio-grandense, e enchemo-nos de orgulho quando o mês de setembro se aproxima. Comemorada entre os dias 14 e 20 deste mês, a Semana Farroupilha é regulada por uma lei estadual do ano de 1964. Desde 1995 a nossa data magna, o 20 de setembro, é feriado estadual em homenagem, aos rebeldes que invadiram Porto Alegre e então davam início ao maior conflito da história do Brasil, a Revolução Farroupilha, conhecida também como Guerra dos Farrapos. No ano de 1835, o Brasil vivia uma época de numerosos conflitos e o regime regencial era duramente criticado por aqueles que defendiam o federalismo e buscavam maior autonomia econômica. Caso do povo aqui do Sul, da terra dos ventos minuanos, que se sentia profundamente desfavorecido pelas políticas de cobrança de impostos do que era produzido aqui, especialmente do charque, enquanto que produtos que eram importados tinham taxação menor. Este foi um dos principais fatores que motivaram a Guerra dos Farrapos, tema de filmes, livros e minisséries. Mais de 3 mil bravos homens perderam suas vidas nas batalhas até que, em 1844, as negociações de paz tiveram início, quando o governo resolveu aumentar as taxas sobre o charque estrangeiro e os “farrapos” perdiam a batalha de Porongos. Em 1845 a Revolução Farroupilha chegava ao fim. Mais de um século depois, em 1947, surgiam os festejos da Semana Farroupilha, que inicialmente levavam o nome de Ronda Crioula, uma iniciativa de João Carlos D'Ávila Paixão Côrtes, que tinha como objetivo resgatar a nossa identidade. E Côrtes é até hoje reconhecido por seu feito, tão ou mais lembrado que os “farrapos”, tanto que vemos nos acampamentos famílias passeando felizes, com as suas vestimentas tradicionalistas e com as nossas músicas na ponta da língua. O gaúcho é facilmente reconhecido, seja pelo sotaque ou pelas expressões, seja pela vestimenta, ou ainda, por portar uma cuia e uma garrafa térmica aonde quer que estejam. As nossas crianças aprendem a tomar chimarrão muito cedo. Olhamos com estranheza para aqueles que se dizem gaúcho e que não apreciam o chimarrão. Não saber cantar o hino do Rio Grande do Sul é outro grave pecado. Os acampamentos da Semana Farroupilha são então o ponto de encontro da gauchada, onde cada piquete tem um feijão no fogão a lenha, uma água quente para o chimarrão e uma brasa acesa durante todos os sete dias de festa. Leve a sua família, marque um encontro com os amigos e não deixe de prestigiar uma importante manifestação de todo o legado de luta e bravura do Rio Grande do Sul.


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Espaço Animal Cláudio Giacomini Médico Veterinário

Não seja um peixe fora d´água Quando falamos em animais de estimação, parece estranho falarmos de peixes de aquário, mas tem muita gente que os considera dessa forma, afinal os cuidados necessários com eles são quase os mesmos de outros animais, a única diferença que não se pode pegá-los no colo ou levá-los para passear no parque, por exemplo. Aliás, os peixes dão menos trabalho, pois comem menos, não sujam toda a casa ou pátio e na hora de se fazer uma viagem a sua preocupação é bem menor, afinal pergunte ao seu parente, amigo ou vizinho se ele prefere cuidar do seu cachorro ou do seu peixe. Existem os que escolhem criar peixes de aquário por estética, outros por acreditarem que um aquário propicia um ambiente sereno. O Aquário O tamanho do aquário deve ser proporcional à quantidade de peixes que você for criar. Deve levar em conta que mesmo sendo peixe ele precisa de uma certa movimentação, então tenha critérios, escolha um tamanho que se encaixe no local em que você vai colocar na sua casa ou escritório, escolha poucos ornamentos e peça ajuda ao pessoal da loja sobre quais peixes melhor se adaptarão ao aquário escolhido e quais os cuidados que você deve ter em relação à limpeza e alimentação dos mesmos. O aquário de água doce pode ser de qualquer tamanho e pode-se utilizar água da torneira, mas sua troca deve ser parcial. A manutenção é fácil, a temperatura atinge o equilíbrio rapidamente, as plantas decorativas são baratas e as doenças são comuns e podem ser facilmente tratadas. O custo é baixo e um bom manejo é necessário, pois os peixes alcalinizam a água. Manutenção Você deve ter alguns cuidados referentes à manutenção do seu aquário: - A água merece uma atenção especial quanto à limpeza dos filtros, verifique-os periodicamente e, se necessário, os substitua. - Se for utilizar algum tipo de iluminação, tenha o cuidado de não exagerar, o excesso pode prejudicar os peixes. - Você deve sifonar o fundo do aquário no mínimo a cada 15 dias para eliminar as impurezas que se acumulam no local. Automaticamente ao sifonar você estará fazendo a troca da água do aquário, pois terá de repor a água retirada, que deve ser no máximo 25% da água do aquário. - Periodicamente você deve conferir os parâmetros da água, conferindo o PH da mesma, que deve ficar entre 6,5 e 7,5. O ideal é 7,0. - Outro cuidado é com a temperatura da água, que deve variar entre 26 e 28º C. Alimentação Coloque de quatro a seus grãos da ração na água (dependendo da quantidade de peixes) e espere que eles comam tudo para colocar mais. Observando a movimentação (agitação) deles você saberá quando estão satisfeitos. Nunca coloque muita comida, pois a sobra vai poluir a água podendo causar doenças nos peixes. Use sempre uma ração de qualidade e não invente moda, não coloque pão ou minhoca no aquário. Os peixes A quantidade de peixes vai depender do tamanho do seu aquário, mas procure comprar no mínimo seis de cada espécie, haja vista que normalmente esse tipo de peixe costuma viver em cardumes. Quanto às espécies consulte o vendedor, ele saberá lhe dizer quais espécies convivem melhor e que podem comer o mesmo tipo de ração, com isso sua vida também ficará mais fácil. As espécies mais comuns são: Paulistinha, Neon, Betta (este vive mais solitário), Guppy, Espada, Cascudo, Molinésia, Beijador, Oscar, Trigogaster, entre muitos outros.

Paul Borges www.reverbnation.com/paulborges Músico, diretamente de Cleveland, Ohio, EUA

Gravações de Vocais Olá, amigos! Esta semana estou explicando a respeito da compressão vocal. A trilha vocal requer atenção especial para manter a visibilidade e impacto. O alcance dinâmico das trilhas vocais são pré-estabelecidas, não há necessidade de serem ajustadas ou niveladas por intermédio de uso de compressor ou limitador, o ponto focal primário da mistura é sempre a trilha do vocal, por isso temos que manter um espaço exclusivo só para ela. O estilo da música geralmente determina exatamente a altura em relação ao resto da banda, assim que isso for determinado a relação deve ser mantida constante. Em músicas pesadas, de R & B ou Rock, o vocal líder geralmente se mistura um pouco. O resultado desse balanço chama-se rítmico e tem a bateria mais alta um pouquinho. Adicionalmente o baixo e as harmonias primarias dos instrumentos são acentuadas. Nas músicas sertanejas ou música popular o vocal líder será dominante na mistura, assim as letras da música serão nítidas para quem escuta. Compressão: Na trilha vocal líder, o nível tem baixa consistência. Experimente usar o compressor entre 7:1 e 10:1, com o ATTACK rápido e a LOOSE mediana. Equilíbrio vocal: Se você usa o microfone indicado na matéria anterior, não precisa fazer EQ na mistura de trilha vocal. Exciter, ou brilho, é outra ferramenta que usamos em vocal para dar claridade. Porém, cuidado para não abusar, pois seu vocal poderá ficar arranhando. Se usado com moderação, o brilho adiciona claridade notável. Eco: Em trilhas de audio vocal digital uso o ECO 3.6 segundos na nota oitava ou ao fim das sentenças. Adicione o eco com moderação. Um exemplo: certas letras de sua música ficarão mais destacadas com ecos e outras não. Geralmente gravo minhas trilhas vocais numa base de 8 trilhas e depois corto e emendo o eco nas letras finais da sentença. Exemplo: "O meu grande amor", adiciono eco, em "amor" somente. Transparência: Para uma música limpa (sem ruídos que não pertencem a trilha), geralmente uso expansão no meu compressor vocal somente quando estou fazendo cópias de trilhas vocais. Muitas vezes limpo meus vocais na tela do monitor por intermédio do Pro Tools Software. Entre a onda sonora gravada e as trilhas, existe sujeira granular e resíduos de interferência eletrônica. Aumento o comprimento da trilha e tudo que não é vocal eu limpo. Geralmente no estúdio levamos de 8 a 10 horas para fazer uma gravação vocal. No começo de sentenças e ao fim delas, o assopro vocal é altamente audível, e em certas músicas não são necessários e as vezes são altamente insuportáveis. Para remediar isso, as trilhas digitais são cortadas, a princípio, só naquele lugar. Veja figura. Mistura vocal A trilha líder geralmente é comprimida durante a gravação e, muitas vezes, descomprimidas durante a mistura geral. Muitos engenheiros de som preferem somente compressão vocal em vez de comprimir todas as trilhas. Em muitas músicas POP a compressão é usada para retirar as agressividades sonoras e alisar a mistura, sendo assim, quanto mais compressão você usar nos ingredientes de mistura, mais razão para comprimir.

Durante a mistura, os ajustamentos são feitos no arranjo geral. Assim que você fizer uma avaliação da produção, você poderá desligar tudo e deixar somente o vocal líder e a guitarra durante o primeiro (1 1/4) de sua música. Muitas vezes poderá deixar algumas faixas completamente fora da música ou simplesmente incluir elas nas trilhas coral. As escolhas são vastas. Perca um pouco de seu tempo analisando suas misturas. É muito importante escutar seu som com ouvidos analíticos, antes que você faça sua mistura final. Isso pode levar algumas horas, mas definitivamente é um tempo bem empregado. Tente considerar todas as suas escolhas e faça uma lista de ideias diferentes. Tente manter seu coração fora do som, como se estivesse ouvindo seu som pela primeira vez. Talvez até surgirão ideias novas. Uma coisa que tira muito nosso tempo durante a mistura de trilhas, é quando nos aproximamos do final e experimentamos novos detalhes. Misturas múltiplas: Não tenha medo de experimentar coisas novas em sua música. Trabalhe em suas misturas escrevendo e anotando ideias, e vá gravando-as para ter referências. Eu gosto de gravar muitas versões de minhas músicas, quanto mais melhor. Às vezes eu escuto a versão final de uma delas que parecia minha favorita, acabo amando ela. Grava tua ideia imediatamente, pois ela nunca mais retornará do mesmo jeito que da primeira vez. A sua primeira impressão é, geralmente, a melhor. Grave seu som com o baixo “HARD", mas também experimenta com "SOFT". É comum acabarmos com 10 a 20 experimentos antes da decisão final. Com certeza você ficará satisfeito com uma das suas trilhas. Assim que você aprender e ficar habituado com suas sessões de gravações, ficará mais confiante nos procedimentos de mistura em seu estúdio, começará a gravar menos trilhas experimentais. Eu gravo hoje quatro trilhas experimentais. Notas Eu uso o compressor Focusrite 11, modelo tubo, que tem o som do sistema ANALOG mais puro. Uso também o equalizador da Neves (red), que dá calor e tamanho vocal com a maciez de seda. Gravo meus vocais com frequência de gravação entre 112 hz. Cuidado com a anulação de frequência entre o contrabaixo e o bumbo da bateria. Eu uso o baixo em 80 hz, pesado, e a bumbo da bateria em 150 hz, pesado também. A guitarra acústica, eu uso em 0 3 A 7 Khz. O teclado sintetizador uso em 3 hz. Um dos maiores problemas com as gravações é quando as frequências são combinadas, juntas elas ficam acumuladas, então suas misturas ficarão embaralhadas, em outras palavras, não serão boas. Para a próxima coluna: Gravando Baixos; Gravando Guitarras; Gravando Guitarras Acústicas Qualquer dúvida sobre o assunto desta coluna, me adicionem no Facebook (www.facebook.com/PaulBorgesMusic) que responderei com o maior prazer no bate-papo. Para encerrar, quero mandar um abraço a todos os amigos e fãs brasileiros e um beijo muito especial para minha filha, Vivian Borges, que mora em Belo Horizonte/MG, que estará de aniversário no dia 6 de setembro. Um beijão filha. O pai te ama muito. Até a próxima!


IDADE ATIVA Brasil ficou na 61ª posição na lista dos melhores países para se aposentar O Brasil está numa situação ruim em relação aos benefícios de aposentados e pensionistas, alertou o senador Paulo Paim (PT-RS) no plenário em 14/08. É que, em pesquisa com 150 países, o Brasil ficou na 61ª posição na lista dos melhores países para se aposentar, de acordo com o Índice Global de Aposentadoria. Isso representa uma queda de 21 posições, segundo o senador. Paulo Paim explicou que a pesquisa levou em consideração quatro itens: ter boa saúde e acesso a serviços de saúde; ter vida confortável; ter acesso a investimentos de qualidade e viver em ambiente limpo e seguro. Na opinião do Paim, os planos de saúde são um fator que prejudicam a qualidade de vida dos aposentados e pensionistas, porque são caros demais e deixam muito a desejar. Outro problema é o reajuste das aposentadorias. - Outro fator determinante para a queda brasileira nesse ranking são os

Erechim encerra o ciclo de Formações da Rede de Proteção e Atendimento à Pessoa Idosa Com o objetivo de conhecer e qualificar o atendimento aos idosos em seus munícipios, servidores públicos de Erechim e mais 17 cidades do estado participaram do XVII Seminário Regional de Formação da Rede de Proteção e Atendimento à Pessoa Idosa. O evento ocorreu na câmara de vereadores de Erechim e contou, também, com a participação de agentes públicos e da comunidade local, que lotaram o auditório. Promovido pela Fundação para Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH), por meio da Escola de Governo, em conjunto com a Universidade de Cruz Alta, o encontro conta o apoio da Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos. A diretora de Educação e Formação da FDRH, Necca Steffen, fez um balanço dos dois anos de seminário. Segundo a diretora foram mais de 1.800 participantes entre todos os encontros, com uma média de 100 pessoas por evento. “Uma das

explicações para o bom número de participantes é em virtude da preocupação dos administradores municipais em qualificar os seus servidores, para atender da melhor forma este público”. Com o encerramento do clico de seminários será publicado um livro contendo informações do trabalho desenvolvido e relatório de avaliação com diagnóstico sobre as politicas sociais públicas dos municípios gaúchos, além do mapeamento da rede de atenção ao idoso.

Aposentados gaúchos fecham avenida de Porto Alegre Cerca de 600 aposentados de Porto Alegre (RS) se manifestaram na região central da cidade, no dia 21/08. A mobilização faz parte da agenda de manifestações nacionais do Movimento Unificado dos Idosos, Aposentados e Pensionistas – UNA-SE, para reivindicar a aprovação do PL 4434/08, que trata sobre o reajuste das aposentadorias, e da PEC 555/06, pelo fim do desconto sobre aposenta-

dorias e pensões do serviço público. O ato seguinte foi entregar diretamente no comitê do líder do governo na Câmara dos Deputados, deputado Henrique Fontana, o pedido de votação dos projetos. O presidente da COBAP, Warley Martins Gonçalles, o presidente da Fetaergs, Pedro Kuhn, de Santa Catarina, Iburici Fernandes, de Minas Gerais, Robson Bittencourt participaram do ato.

[baixos] reajustes das aposentadorias acima de um salário mínimo, que têm índice de indexação baseado somente no INPC, ou seja, sem o crescimento real que em tese acompanharia o reajuste do salário mínimo. É preciso que essa questão seja revista - afirmou, em nova crítica ao chamado fator previdenciário, que tem achatado o valor das aposentadorias. Ele lembrou que o Senado já aprovou o PLS 58/2003, de sua autoria, que tramita na Câmara com o número 4.434 e recompõe os benefícios. Paim também manifestou a esperança de que o Senado aprove nesta semana o projeto de lei que trata da renegociação das dívidas dos estados e municípios com a União e de que a Câmara aprove logo o Estatuto da Pessoa com Deficiência. Fonte: Agência Senado

Fórum Nacional discute enfrentamento à violência contra população idosa Cerca de 120 representantes da sociedade civil e do poder público de todas as regiões do país participam, em Brasília, do III Fórum Nacional de Gestores Estaduais em Direitos da Pessoa Idosa. Realizado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), o evento segue até está sexta-feira (31) e pretende discutir e avaliar as políticas públicas de enfrentamento à violência contra a população idosa. Na ocasião, ocorre também o II Encontro Nacional de Promotores, Defensores e Delegados. Ao participar do evento, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência República, Ideli Salvatti, ressaltou que o envelhecimento da sociedade brasileira exige a adoção de novas ações voltadas para esse segmento. “O percentual de pessoas com mais de 60 anos tende a ficar ainda mais significativo daqui para frente e, portanto, todas as nossas políticas públicas devem corresponder a esta nova situação”, acrescentou. Segundo os últimos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), o Brasil possui 24,8 milhões de idosos. A ministra afirmou também que há uma preocupação do governo com o número de violações dos direitos dos idosos. Entre janeiro de 2011 e março de 2014, o Disque Direitos Humanos (100), da Secretaria de Direitos Humanos, recebeu 77.059 denúncias envolvendo pessoas acima de 60 anos e as violações mais comuns foram: negligência, violência psicológica, abuso financeiro e econômico e a violência física. “Essas denúncias nos trazem preocupação e mostram a necessidade de atuarmos articuladamente e, principalmente, de maneira eficiente e eficaz”, disse.

Durante a cerimônia de abertura, o secretário Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos substituto, Marco Antonio Juliatto, destacou que o governo brasileiro adotou nos últimos anos diversas ações que possibilitaram avanços importantes nessa temática e colocaram o país em destaque no cenário mundial, como a criação do Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI), no ano de 1994, e a aprovação do Estatuto do Idoso, em 2003. No entanto, lembrou Juliatto que ainda é necessário estimular o empoderamento dos idosos no Brasil e a atuação deles no mercado de trabalho, na vida social e na sociedade de um modo geral. “É preciso combater a visão equivocada de que há uma incapacidade das pessoas idosas nos aspectos fiscos, sociais e financeiros”, explicou. “Temos que ressaltar que essa população não é um grupo vulnerável, mas que está suscetível a vulnerabilidades devido a situação de abusos, maus tratos, discriminação por idade, abondo, pobreza e dificuldades de acesso a serviços básicos, entre outros fatores”, afirmou. No primeiro dia do evento, foram discutidos temas como o impacto do Disque Direitos Humanos (100), o enfrentamento à violência contra pessoas idosas e a situação das instituições de longa permanência. Nesta sexta-feira (31), os debates abordarão as políticas governamentais implementadas na área. O encontro reúne representantes do Ministério Público Federal; Ministério Público do Trabalho; Secretaria Nacional de Segurança Pública, além de representante da Associação Nacional dos Defensores Públicos; da Associação Nacional do Ministério Público de Defesa dos Direitos dos Idosos e Pessoas com Deficiência. Fonte: http://www.sdh.gov.br/

Projeção de 1 bilhão de idosos em 2020 Projeções das Nações Unidas (Fundo de Populações) indicam que uma em cada 9 pessoas no mundo tem 60 anos ou mais. O estudo aponta, ainda, que, em 2050, pela primeira vez, haverá mais idosos que crianças menores de 15 anos. Fonte: IBGE

Em 2012, 810 milhões de pessoas tinham 60 anos ou mais, constituindo 11,5% da população global. Projeta-se que esse número alcance 1 bilhão em menos de dez anos. Já no Brasil, segundo pesquisa do IBGE, a população idosa totaliza 23,5 milhões de pessoas.


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...está na hora de termos prioridades, nem tudo é construir conjunto habitacional e enterrar canos, podemos ter uma política que destine trinta por cento do orçamento para algo que vai ajudar São Leopoldo hoje e no futuro. Atualmente apenas trinta por cento da mão-de-obra do Parque Tecnológico é de São Leopoldo, quando o ideal seria cem por cento. Por isso a construção de uma escola técnica em São Leopoldo está caindo de maduro, e não é uma escola para cem alunos, temos de pensar em três mil alunos. Uma das coisas das quais me orgulho é ter nascido na Lomba Grande, onde morei por 14 anos e estudei no Madre Benícia, onde minha mãe era merendeira. Talvez por ser filha e neta de mecânicos, eu tinha um sonho que mais tarde consegui realizar no Liberato, o de me formar com Técnica em Mecânica. Foi uma etapa difícil, pois como não havia uma conexão direta entre Lomba Grande e Novo Hamburgo, tinha que pegar o ônibus que saía da Lomba às 5h40min. Era o que passava pela Feitoria e que levava os operários do Cortume Pinheiros. No centro de São Leopoldo tinha que pegar outro ônibus até o Liberato.

Nascer na Lomba Grande me trouxe uma coisa muito importante, que eu carrego comigo até hoje, que é as marcas do trabalho da minha família, da educação como um valor. Lembro que minha mãe e meu avô diziam: estude para ser alguém, e isso foi muito importante. Venho de uma família que trabalhava muito duro para levar comida para dentro de casa, igual à de muitos jovens, e não via uma perspectiva de futuro, talvez por estudar em escola pública. Acho que sou um exemplo de um Brasil que dá certo pela educação, comigo isso realmente aconteceu. Lembro de algumas historias da minha infância, como por exemplo, na época no ginásio tinha um questionário que passava entre os alunos que perguntava: “qual seu nome, qual sua idade e profissão no futuro?” Várias amigas queriam ser aeromoças, para mim isso era algo muito distante, nem imaginava o que era ser aeromoça. E como a vida dá voltas, hoje sou servida por aeromoças quando viajo de avião, como executiva. Naquela época tinha famílias com muito mais posse do que a minha, mas acredito que foi a obstinência da minha família, principalmente da minha mãe, de que eu tinha de estudar, que me trouxe ao que sou hoje. Quando foi para fazer o estágio do Liberato, eu já estava trabalhando, comecei a trabalhar muito cedo. Meu primeiro emprego foi de Projetista de Câmara Frigorífica, na Recrusul. Foi muito engraçado porque no setor de engenharia da empresa só trabalhavam homens e aí cheguei eu, uma mulher. Tinha que trabalhar, porque concluído o Liberato, eu tinha que pagar a Unisinos. E aí começou tudo de novo, o ônibus dos operários me acompanhou durante muito tempo, por que eu saía de manhã muito cedo para trabalhar em Esteio, vinha para a faculdade em São

Leopoldo e pegava o “corujão”, às 22h45min., para voltar para Lomba Grande. A Recrusul foi um momento muito importante para mim, de entrar para o mercado de trabalho como mulher, porque eu acho que nós mulheres, por mais que tenhamos uma carreira ou uma boa formação, a gente ainda tem que provar algumas coisas. Graças a Deus hoje eu já passei pelo meu histórico, onde muitas portas se abriram, mas naquele momento era muito difícil. Após dois anos eu saí da Recrusul e fui ser Gerente de Treinamento na Paramount Lansul, e lá tive outra experiência muito interessante, que foi o de trabalhar onde só tinham mulheres, então eu saí de um ambiente onde só trabalhavam homens e fui trabalhar só com mulheres. E lá eu trabalhei em todos os turnos e em diversas áreas, dando cobertura aos contramestres que saiam de férias. Foi uma experiência importante, pois naquela época começavam no Brasil os movimentos dos círculos da qualidade. Aí é que a gente vê o quanto evoluímos. Lembro que na Paramount era uma fila de banheiros femininos e um banheiro masculino, e as portas dos banheiros femininos tinham uma abertura diferente, eram pela metade por que o contramestre tinha que ver se tinha alguém lá dentro. Tem uma frase que sempre me tocava muito, que dizia assim: “Não interessa se tu és mulher, mãe e trabalhadora, tu tens que deixar a mãe e a mulher no lado de fora e aqui tu vens trabalhar”, como se isso fosse divisível, pois a gente sempre carrega isso tudo junto, os problemas dos filhos, da família. Fiquei um bom tempo na Lansul, e nesse tempo estava finalizando o meu curso. Ao contrário do que muita gente imagina, comecei a fazer engenharia e depois de algum tempo, me deu um estalo, e comecei a sociologia. Sou uma socióloga formada e tenho muito orgulho disso, porque a sociologia me trouxe um lado que me fazia muita falta, eu tinha um olhar muito técnico sobre as coisas e a sociologia trouxe esse outro lado, muito importante. Sempre gostei de sociologia, mas não de sociologia política, mas da sociologia do desenvolvimento, e é o que eu faço até hoje. Gosto trabalhar em cima de projeções. Saí da Lansul porque fui convidada pelo Padre Aloysio, que naquela época era o reitor da Unisinos, para começar a área internacional da universidade, num momento importante, porque se criava o Mercosul, e a Unisinos queria fazer intercâmbio com os países do Mercosul. Fui a primeira Assessora de Assuntos Internacionais da Unisinos, o que para mim foi um momento muito importante. Fiquei um bom tempo aqui e fui estudar fora, fiz um curso no Japão sobre o mercado japonês, que foi a minha primeira experiência acadêmica fora do Brasil, com uma bolsa da Jetro, que é a organização japonesa na área de comércio. Naquela época, era casada com um japonês, aqui de São Leopoldo, com quem tive dois filhos, até arranhava um pouquinho

de japonês, e fazer esse curso foi muito importante. O Japão tem um método muito interessante de aprendizado, de trabalho, de convivência, de como ver o mundo e de disciplina. Quando fiz esse curso no Japão, era funcionária da Unisinos. Fiquei na Universidade por mais um tempo até ganhar uma bolsa para fazer doutorado na Espanha, na área de Cooperação para o Desenvolvimento. Minha tese de doutorado foi feita em cima da competitividade da indústria coureirocalçadista. Coloquei como conclusão do trabalho, que nós não nos vendíamos, nós éramos comprados. E isso causou uma revolução, um impacto tremendo, teve gente que ficou de mal comigo e acabei sendo mídia nacional na revista CNI, da Confederação Nacional da Indústria. Na capa estava escrito assim: “Yes, nós temos calçados”. E isso foi interessante por que era uma análise concreta que eu tinha feito, mas era muito difícil para a indústria ouvir isso. Passados dois anos, foi interessante ouvir o Presidente da ABICALÇADOS repetir a minha frase, enfocando que a indústria coureira do Brasil precisava passar por algumas mudanças, sob o risco de sumir, o que acabou acontecendo. Acabamos por ver nossas empresas investindo na China e em outros países porque os incentivos eram melhores. Foi a partir desse ponto que houve uma mudança na minha carreira, por que essa frase acabou se consolidando num convite da CNI para ir trabalhar para a confederação. Eu já tinha feito alguns trabalhos de análise setorial para eles, fiz um trabalho bem interessante, que foi o primeiro Sistema de Análise de Desagravo Tributário de Indústrias no Mercosul, ou seja, aquela lista que o Mercosul tinha de como ia diminuindo, de tempo em tempo, as alíquotas tributárias até chegar em zero. Esse foi o primeiro trabalho, a pedido do Itamaraty. Esse momento foi um ponto de guinada na minha carreira, entrei na CNI com um cargo de Subchefia do setor de Competitividade Industrial. Passado um ano, a pessoa que estava acima de mim saiu e eu assumi a posição de chefia do setor, que sem duvidas era o setor mais importante da confederação, por que dentro da área de Competitividade Industrial, estava toda a política de infraestrutura, de qualidade, de tecnologia, de meio ambiente, tudo que a indústria pensa, e isso me trouxe uma experiência fantástica em termos do tamanho do desafio, por que não era só tratar de um tema, como a política do meio ambiente ou escrever parágrafos na lei nacional dos resíduos sólidos, era uma visão macro, que ao mesmo tempo tinha que consolidar com o estado do Pará, com o Rio Grande do Sul, com São Paulo e todos os outros estados desse Brasil imenso.

Isso me deu a oportunidade única de poder lidar com essas coisas, como formulador para a indústria, e tenho muito orgulho disso, porque, primeiramente, se eu olho hoje a política nacional da água, a política nacional dos resíduos sólidos, as agências reguladoras, lá tem parágrafos que eu e minha equipe escrevemos dentro da lei. Em segundo, pela complexidade que é trabalhar numa entidade como a confederação, porque na verdade são vinte e sete chefes, que são os presidentes das federações, cada estado tem sua peculiaridade, e você tem de trabalhar uma questão que a meu ver é estratégica, que é a negociação e harmonização. Foi uma experiência muito forte que adquiri ali. Outra coisa foi o cabedal de relacionamento de nível nacional até nível internacional. Participei, por exemplo, na Cúpula do Desenvolvimento Sustentável como representante da indústria brasileira, de grandes fóruns dentro da ONC. Foram momentos importantes, onde me firmei nessa coisa que adoro, que é o desenvolvimento. Na CNI, fiquei quase oito anos, com uma pequena característica, durante todo esse tempo fiz ponte aérea todas as semanas. Optei por deixar meus filhos em São Leopoldo, num ambiente que eu conhecia, conhecia as relações dos meus filhos e conhecia a escola. Minha mãe foi o grande esteio durante esse

período, pois eu já estava divorciada, então sempre fui pai e mãe para os meus filhos, e optei por deixá-los aqui e sair. Então todas as segundas-feiras, às 5h45min da manhã, pegava um avião e voltava no horário das 6 horas da tarde de sexta-feira, todas as semanas, durante quase oito anos. Quando estava no sétimo ano, pedi para sair, porque não agüentava mais, pois além de trabalhar fora de casa ainda viajava muito pela confederação. Tive que ficar ainda mais um ano para poder preparar meu sucessor. Tenho muito orgulho de ter passado pela confederação por três presidentes diferentes e de ter até hoje as portas absolutamente escancaradas, no sentido se um dia quiser voltar.


Voltei para o Rio Grande do Sul, para o SEBRAE, para ser a Diretora de Operações, durante cinco anos, e foi aí que comecei a redescobrir o meu estado, pois fiquei muito tempo fora. Minha decisão em voltar para o Rio Grande do Sul não foi somente por não querer mais fazer ponte aérea, mas porque estava me dando uma angústia, pois queria voltar para o estado e para a cidade que eu nasci, cresci e estudei, para começar a devolver tudo aquilo que aprendi, fazer coisas mais locais. E o SEBRAE me deu essa oportunidade, de poder conhecer todo o estado, conhecer a economia, e tenho exemplos bonitos do que se fez para a pequena empresa, porque ser empresário aqui e no Brasil sempre foi um desafio, agora está melhor por causa da estabilidade econômica, da conjuntura como um todo. Para pequena empresa ainda segue sendo um desafio. Quando viajo pelo estado as pessoas não me chamam por Susana Kakuta, mas por Susana do SEBRAE, pelo tipo de trabalho que a gente fez acontecer. Um exemplo desse trabalho, foi conseguirmos fazer o reconhecimento da carne do pampa gaúcho como uma indicação geográfica, então hoje nenhum outro lugar no mundo pode usar o termo “Carne do Pampa” que não seja o Rio Grande do Sul. Conseguimos isso também com os Doces de Pelotas, com as Cachaçarias. Isso agrega valor, qualidade, agrega mercado e auto-estima para quem produz os produtos. O SEBRAE propicia muito isso, propicia você mudar a vida das pessoas, dá um prazer muito grande. Em função de conhecer bem nosso estado e também as empresas, recebi o convite, que para mim foi um desafio inesperado e inédito, de presidir um banco, a Caixa-RS, que hoje é o Badesul. Foi uma experiência muito legal, não só pelo aspecto de aprender de como o financiamento pode ser uma alavanca importante para o desenvolvimento, mas, em especial, a gente poder entender o quanto o Brasil ainda esta distante de outros países em algumas políticas de desenvolvimento. E aí chamo muita atenção para a política de micro crédito que aqui no Brasil avança muito pouco, a política de capital de risco para empreendimentos de atividades tecnológicas, que é a área que atuo hoje. O banco trouxe para mim a oportunidade deste olhar diferente e de poder fazer algumas coisas de impacto para o nosso estado e comecei ali a entrar mais na área de atração de empresas. Ali tive um grande professor que foi o Nelson Proença, que foi quem trouxe a GM para o Rio Grande do Sul. Passado algum tempo tomei a decisão de sair do banco, quando recebi o convite do Padre Marcelo, da Unisinos, para transformar o Pólo de Informática em uma estratégia de desenvolvimento. Não era para eu ser uma gestora do Pólo de Informática da Unisinos e sim, num voto de confiança, uma pessoa para ajudar a transformar a região. Isso foi o que me encantou, e tinha tudo a ver com o que já havia feito. Então a minha entrada no Parque Tecnológico se deu a partir de algumas coisas que para mim foram importantes: Primeiro,

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foi uma questão pessoal de poder fazer alguma coisa para a região onde eu nasci, e esse é o meu desafio, é isso que me move; segundo, é pela capacidade de devolver tudo isso que eu já tinha contabilizado na minha vida, que são os contatos, as experiências, a respeitabilidade, o conhecimento de poder trazer tudo isso e poder colocar em um projeto de desenvolvimento; e terceiro, por acreditar que a região precisava de um motor, se a gente olhar dez anos atrás essa região tinha um gargalo de empregabilidade. Nesta época, a matriz de São Leopoldo era um pouquinho calçado, um pouquinho metal mecânico, ao contrário de hoje, onde já se pode afirmar que São Leopoldo tem uma economia baseada no conhecimento, e isso não se refere somente ao Parque Tecnológico, muitas empresas da cidade precisam dessa tecnologia para seus produtos. Minha vinda para cá teve essa motivação. Quando assumi o Parque, ele contava com 26 empresas (2 internacionais) e 1.200 empregos diretos, e em dezembro de 2011, três anos depois, eram 74 empresas (9 internacionais) e 4.000 empregos diretos. O Parque é um proje-

to de desenvolvimento onde a gente uniu, na tríplice hélice de governança, o poder público, as empresas e a universidade, que compartilham um projeto comum. Começamos a apontar o que é esse projeto, ou seja, temos bem claro o que queremos ser quando crescer. Nos meus primeiros três anos, digo com muito orgulho, o Parque ganhou três prêmios importantes, o de Melhor Parque Tecnológico do Brasil; o de Melhor Incubadora de Base Tecnológica Global; e o prêmio de Melhor Empresa Englobada do Brasil. Isso mostra a causa e conseqüência do nosso trabalho. O parque tem algumas coisas extremamente relevantes ao meu ver: primeiro, que ele aponta hoje claramente um projeto de desenvolvimento não só para São Leopoldo mas para a região, sendo um sinalizador muito claro de que a gente tem um futuro importante; segundo, é sobre o caráter absolutamente inclusivo dessa economia, assim como foi para mim, esse parque pode traduzir para um jovem da Feitoria, por exemplo, o futuro dele. Hoje temos 200 vagas em aberto, para o ano que vem nós temos contabilizados, só de crescimento orgânico, 2 mil vagas previstas, sendo que 70% dessas vagas são de nível técnico. É sim uma oportunidade para os jovens da Lomba Grande, da Feitoria, da Campina, enfim para os jovens de todos os bairros do entorno, uma mudança na vida deles, na família deles. O Parque representa tudo isso, essa capacidade de fazer um desenvolvimento inclusivo. A terceira perspectiva é esse desenvolvimento numa base sustentável, o parque abriga essas 74 empresas de cinco áreas tecnológicas e todas elas com zero de impacto ambiental e com alto potencial de desenvolvimento sócio

econômico, ou seja, é tudo que a gente quer quando se fala em sustentabilidade. Acho que isso é uma vertente muito importante, nós não estamos fazendo um trabalho a curto prazo, que não potencialize o futuro das próximas gerações, muito pelo contrário, a gente está construindo um projeto capaz de sustentar muitas gerações. A chave de acesso a esse momento econômico é a educação, não existe outra, por que ao contrário das indústrias tradicionais, onde valia a pena o município dar um terreno, incentivar um galpão, para essa indústria o que interessa é o cérebro, a capacidade intelectual das pessoas. Então se tem aí uma mudança muito importante, onde antes era um fator material, hoje é um fator pessoal, e aí a educação é a chave de acesso e eu tenho insistido muito nessa tecla. É lá na escola, no ensino fundamental, que o menino ou menina toma gosto pelas ciências exatas. A gente chama isso de economia do conhecimento, ela tem como um eixo principal, a gente pode dizer assim, três ou quatro grandes ciências, isso falando em matemática, física, química e biologia, tudo vai passar por essas quatro ciências. Não existe TI se não existe matemática, não se tem nanotecnologia se você não tem matemática e física. Essas ciências são de conhecimento básico e tem de se trabalhar essas matérias desde o ensino fundamental, através de olimpíadas de conhecimento, laboratórios, jogos, etc. Eu sempre digo que São Leopoldo tem que ser campeão de matemática em nível nacional, nós temos que ter um projeto para isso, porque é isso que vai garantir que o jovem tenha acesso. Temos alguns números que são bem relevantes. Se a gente olhar o último IDEB, vamos ver que o estado do Rio Grande do Sul, no nível fundamental, é um dos piores estados do Brasil e o pior na Região Sul. Ter um projeto que possibilite esse jovem a ser um jovem vencedor, é uma condição básica, é fundamento, é como construir uma casa sem o alicerce. O futuro do Parque Tecnológico está atrelado a isso, e não é difícil de fazer, temos que ter um projeto mobilizador, tem que ter preparo de professor e alguma coisa de infraestrutura, porque não adianta a gente dizer que todas as escolas têm computadores conectados a internet, se o conteúdo oferecido a esse jovem é muito aquém do que ele tem acesso em uma lan house. Trabalhar ciências de matemática, química, física, não é só aprender a parte burocrática da coisa, tem que ter uma nova pedagogia e isso tem que ser introjetado na escola, e para isso tem que se ter um projeto mobilizador, que está muito mais vinculado a ter um professor certo, um professor motivado, com aquela competência específica dentro da sala de aula, isso tem que acontecer, sob pena de termos resultados como se tem aqui na Unisinos, onde progressivamente nos últimos anos, até muito em função do Parque, as inscrições para engenharia tem aumentado, o que é um movimento ótimo porque mostra que ao contrário do que esta acontecendo na maioria das universidades do Brasil, onde estão faltando candidatos à engenharia, aqui a

15 gente tem de sobra, como uma resposta a um ciclo legal com o Parque Tecnológico, só que o que esta acontecendo, quando ele vai pra primeira ou segunda matemática, ele desiste e vai fazer publicidade, e isso não é uma coisa que você vai desenvolver lá naquela hora, a universidade até tem programas paralelos, mais o ideal é que isso não aconteça. Estive com um pessoal nosso da Unisinos, jovens que estão fazendo graduação e estão no Brasil Sem Fronteiras, na Coréia, dentro de uma universidade coreana, e dois meninos me disseram: “olha, cálculo diferencial aqui na Coréia é uma matéria de segundo grau”. E é disso que nós estamos falando, porque se queremos ter uma economia nessa área, temos que ter infraestrutura para isso, por que não podemos ter um professor de história dando aulas de informática e essa é a mudança que tem que ser feita, e isso é definidor. Por outro lado, eu acho que esse é um problema bom, afinal qual o prefeito que não queria isso como problema, vagas em aberto na sociedade, e o prefeito de São Leopoldo tem uma ótima oportunidade nas mãos, seria a cereja do bolo que qualquer outro prefeito gostaria de ter. Acho sim, que esta na hora de termos prioridades, nem tudo é construir conjunto habitacional e enterrar canos, podemos ter uma política que destine trinta por cento do orçamento para algo que vai ajudar São Leopoldo hoje e no futuro. Hoje apenas trinta por cento da mão-de-obra do Parque é de São Leopoldo, quando o ideal seria cem por cento. Por isso a construção de uma escola técnica em São Leopoldo está caindo de maduro, e não é uma escola para cem alunos, temos de pensar em três mil alunos. E para os jovens fica a minha mensagem: Tudo é possível se a gente tem valores importantes na vida da gente, e o primeiro deles é o respeito e o amor pela família, porque a nossa família é o nosso porto seguro e é capaz de fazer a gente tomar o rumo certo. O segundo é o valor do trabalho, pois acho que nada nesse mundo substitui esse valor e ele é o mais legítimo da cidadania, e o terceiro valor, que é o da educação como elemento de transformação, como o elo de colocar a gente em um bom futuro, por que se existe alguma coisa que pode levar a gente para frente é a educação, foi assim na minha vida e não tem nada de especial no que fiz. Nos dias atuais os jovens têm muito mais oportunidades do que eu tive e os pais deles tiveram. Hoje só não faz seu futuro quem não tem interesse em fazer, pois agora se pode fazer faculdade subsidiada pelo governo, antigamente não tínhamos isso. Entrevista concedida a Pedro Mello/Revista Feitoria, em outubro de 2012, mas que se encaixa perfeitamente nos dias de hoje. Mesmo passados praticamente dois anos, muito pouca coisa mudou.

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Expresso RS


Expresso RS O fato transformado em notícia

Edição 08 - Ano II

O povo de Wilhelmsluft e a Sociedade de Canto Eintracht

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Continuação... Em agosto de 1899, os sócios da Sociedade de Canto Eintracht elegeram João Brandenburger para presidente e João K. von Hohendorff para secretário, que permaneceram no cargo até agosto de 1900, quando em nova eleição, Jacob Franke foi eleito para presidir a sociedade, sendo que João K. continuou como secretário. O mandato de Jacob encerrou em agosto de 1901, quando Joseph Heidrich retornou à presidência para mais um mandato de um ano. Em agosto de 1902, Anton Heidrich assumiu a presidência e Henrique Ebling assumiu como secretário. Nesse ano, novamente houve troca de regência do coral da sociedade. Huhnfleisch, depois de dois anos e meio como regente, mudou-se para Porto Alegre. Em seu lugar assumiram Júlio Kunz e Samuel Dietsche (de Hamburgo Velho), alternando-se na regência. De agosto de 1903 até agosto de 1904 o presidente da entidade foi Andreas Ebling, tendo como secretário Fritz Wielck. Para o mandato de 1904 até 1905, novamente foi

eleito Joseph Heidrich. Durante esse mandato de Joseph Heidrich, a regência do coral passou a ser exercida oficialmente por Samuel Dietsche. Samuel Dietsche nasceu em 14 de dezembro de 1875, em Mundo Novo, hoje município de Taquara. Em 1898 casou-se com Frida Hoffmann, com quem fundou uma escola com pensionato em Hamburgerberg, oferecendo aulas complementares sobre músicas e cantos. Em suas horas de folga tinha o costume de reunir os imigrantes moradores de Mundo Novo, para juntos entoar canções alemãs, fazendo com que estes espantassem a saudade da terra natal. Foi um incentivador para a criação de sociedades de canto na região. Durante anos foi regente da Gesangsverein Eintracht Wilhelmsluft, ou, como era conhecida, Sociedade de Canto Eintracht. Em 1905, com sua regência, a sociedade alcançou o primeiro lugar em um Festival de Canto. Foi regente do coral Júlio Kunst e professor de música da Fundação Evangélica por mais de 50 anos. Faleceu em 6 de junho de 1948, aos 72 anos.

Em agosto de 1906, Andreas Ebling retornou à presidência da sociedade. Em sessão realizada em 04 de fevereiro de 1906, Adolf Schreck sugeriu que a sede da sociedade voltasse para Wilhelmsluft. Em consenso, os presentes na sessão decidiram por construir uma sede própria. Foram elaboradas listas de contribuição, mas devido não atingir o valor necessário a ideia foi abandonada. Em 30 de junho de 1907, a sede da sociedade saiu da casa de Peter Ebling e retornou para a casa de Joseph Kaplan, agora pertencente à August Berger. Em agosto de 1907, Jospeh Heidrich assumiu seu quarto mandato como presidente da sociedade, ficando até agosto de 1908, quando Valentin Bayer o substituiu e Arnold Berger entrou como secretário. No mandato de Valentin, outros três nomes passaram pela regência do coral: Edmund Wolf, Wilhelm Blauth e Frederich Becker. De agosto de 1909 até agosto de 1910, o presidente da sociedade foi Heinrich Scharlau, tendo como secretário Arnold Berger. Ainda em 1909, aconteceu a morte do regente Frederich Becker, sendo que até abril de 1910 a sociedade ficou sem regente, até o retorno de Franz Kaplan para a função. No mandato de Heinrich, houve novamente troca de regentes, primeiro assumiu Van Teffelen e depois Anton Heidrich. Em agosto de 1910, Johann K. von Hohendorff assumiu a presidência e Anton Heidrich a secretaria, sendo reeleitos em agosto de 1911 para um mandato até agosto de 1912. Para os mandatos de agosto de 1912 a agosto de 1913 e de agosto de 1913 até agosto de 1914, foi eleito Hermann Berger e o secretário Emil Berger. No primeiro mandato de Hermann, voltou-se a discutir a possibilidade de a sociedade ter sua sede própria. Pensou-se em aumentar a casa de Karl August Berger, construindo as peças necessárias. Berger e seu filho Arnold propuseram construir a sede com seus recursos, desde que houvesse a garantia de retorno do investimento. Como sempre aconteceu, a proposta da sede própria foi esquecida. Heinrich Scharlau voltou a ser eleito presidente para os períodos de agosto de 1914 a agosto de 1915 e de agosto de 1915 até agosto de 1916. Scharlau resolveu visitar pessoalmente os moradores de Wilhelmsluft para falar-lhes sobre a situação da sociedade. Ou ela teria uma sede própria ou ela terminaria por se extinguir. A primeira pergunta foi: onde a sociedade deve ficar. Fritz Bayer comentou que seu pai, agora falecido, gostaria que a sociedade ficasse em suas terras. Frederich Emil Berger também já havia oferecido uma área de terras de mil metros quadrados, na estrada que ligava São

2ª PARTE

Edição Quinzenal - 16 a 31/08/14

Leopoldo a Portão. Como haviam duas propostas, foi eleita uma comissão formada por Johann K. von Hohendorff, Leopold Kampf, Hermann Berger e Heinrich Scharlau, que decidiu que a melhor área era a oferecida por Emil Berger. Por sugestão de Alban Hasse, no dia 30 de janeiro de 1915 foi realizado um churrasco de confraternização entre os familiares dos cantores, que ficou a cargo dele mesmo. No ano de 1916, em 13 de fevereiro, o churrasco ficou a cargo de Adolf Schreck, sendo realizado no mato de Valentin Bayer. Para o período de 27 de agosto de 1916 a agosto de 1917, foi eleito Eugen Berger para presidente e Johann K. von Hohendorff para secretário. No ano de 1917 a sociedade enviou documento ao Intendente Dr. Gabriel de Azambuja Fortuna, oferecendo a sala de entrada da entidade para ali ser instalada uma sala de aula de uma escola pública. A professora encarregada de lecionar para as crianças foi Cristina Stoll. Após o cancelamento da proibição da guerra, a língua alemã passou a ser lecionada pelo Pastor E. Lindemann. Posteriormente juntou-se a eles o professor Karl Brune. De 30 de setembro de 1917 a 13 de julho de 1919 não houve atividades na sociedade devido a guerra. Pedro Mello

Nesta e nas próximas edições estaremos contando a história da Sociedade de Canto Eintracht e da localidade de Wilhelmsluft, uma parte da história de São Leopoldo que poucos conhecem. A matéria é baseada em anotações e fotografias raras e valiosas cedidas por Arthur Carlos von Hohendorff, um descendente de imigrantes alemães. Não percam as próximas edições.


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