Anuário 2006 / 2007 Infraestrutura

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7. SETOR SANEAMENTO.ok

09/11/2006

13:19

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O que dizem as cores

Setores | Saneamento

Indica que não há problemas ou questionamentos impedindo a prestação dos serviços ou a realização de investimentos para atender às exigências do país

Indica que há certos problemas ou questionamentos que podem impedir a prestação dos serviços ou a realização de investimentos para atender às exigências do país

Indica que há problemas ou questionamentos graves que impedem a prestação dos serviços ou a realização de investimentos para atender às exigências do país

Extensão da rede de drenagem urbana (em km) (2) Sudeste

Coleta de lixo e drenagem urbana O Brasil não sabe onde pôr o lixo

São Paulo debaixo d’água: cena comum a cada chuva forte

UEM VIVE EM GRANDES CIDADES, COMO SÃO PAULO e Rio de Janeiro, conhece de perto as conseqüências de um sistema ineficiente de drenagem urbana: inundações a cada chuva mais intensa. Além de resultado do crescimento desordenado, trata-se também de simples falta de educação: boa parte do problema é causada pelo lixo que, descartado em lugares públicos, entope os sistemas de drenagem. Uma questão séria é que apenas um em cada três municípios brasileiros recolhe todo o lixo que produz. Além disso, somente 6% dos municípios brasileiros têm programas de coleta seletiva — que, por exigir logística específica, são cinco vezes mais caros que os serviços convencionais.

• O segmento ainda não tem regulação específica, questão que vem sendo discutida há pelo menos 15 anos. Há uma nova proposta de legislação, batizada de Política Nacional de Resíduos Sólidos, em tramitação na Câmara dos Deputados. • Enquanto a questão não se resolve, registram-se avanços em temas específicos, como a regulamentação do destino de pneus e pilhas.

2. Questões legais

AVALIAÇÃO

• Há polêmicas freqüentes em torno das licitações envolvendo coleta de lixo, muitas das quais foram parar na Justiça. Essas polêmicas aumentam os custos dos investidores e contribuem para afastar a iniciativa privada do setor.

3. Questões tributárias

AVALIAÇÃO

• Para aumentar a arrecadação, muitas cidades criaram taxas de coleta de lixo e passaram a depender dessa receita, nem sempre reinvestida no serviço.

4. Questões institucionais

AVALIAÇÃO

120 | ANUÁRIO EXAME • INFRA-ESTRUTURA | 2006•2007

7 856

Norte

2 375

Brasil

104 906

Sudeste

38,1

Sul

21,5

Centro-Oeste

16,1

Nordeste

15,5

Norte

2,9

Brasil

22,6

Região

Quantidade

Região

(em 1 000 toneladas/dia)

na fonte. A coleta seletiva permanece restrita a iniciativas isoladas e não faz parte do cotidiano da maioria da população. A boa notícia fica por conta da excelente performance na reciclagem de latas de alumínio para bebidas, modalidade em que o Brasil é líder mundial há cinco anos, com 96,2% de reaproveitamento em 2005. • Os processos de obtenção de licenças ambientais são burocráticos e demorados. • A forma desordenada como o lixo foi depositado no passado gerou um passivo ambiental que não está resolvido. Há casos de áreas residenciais construídas sobre antigos depósitos de lixo tóxico. • Nem todos os municípios estão preparados para lidar com a questão da drenagem urbana de forma integrada aos projetos de urbanismo e saneamento.

5. Investimentos

AVALIAÇÃO

• Há divergências sobre o montante que precisaria ser investido no país em coleta de lixo e drenagem urbana, mas ninguém discorda que as verbas destinadas ao setor estão muito abaixo do necessário.

Desafios

• O foco da discussão no Brasil está mais na necessidade de destinar corretamente o lixo produzido e menos em reduzir o volume de dejetos gerados, uma saída para combater o problema diretamente

8 257

Centro-Oeste

• Superar os entraves legais que afastam a iniciativa privada do setor. • Integrar o planejamento da drenagem urbana a projetos de urbanismo e saneamento. • Buscar a universalização dos serviços de coleta de lixo. • Disseminar a instalação de aterros sanitários. • Captar recursos para atender às necessidades do setor.

O segmento em números Domicílios com coleta de lixo (1) Ano

Número de domicílios

% com coleta de lixo

Estação de compostagem (%)

Sudeste

141,6

Sudeste

3,8

Nordeste

41,6

Nordeste

0,2

Sul

19,9

Sul

Centro-Oeste

14,3

Centro-Oeste

Norte

11,1

Norte

-

Brasil

228,5

Brasil

2,9

Região

Aterro controlado (%)

Região

2 4,9

Estação de triagem (%)

Sudeste

46,5

Sudeste

0,9

Nordeste

14,7

Nordeste

0,4

Sul

24,1

Sul

Centro-Oeste

32,9

Centro-Oeste

-

Norte

27,9

Norte

-

Brasil

37

Brasil

1

4

(em milhões)

2001

46,9

83,2

2002

48

84,8

2003

49,7

85,7

Sudeste

37,1

Sudeste

2004

51,7

84,8

Nordeste

36,1

Nordeste

-

Sul

40,2

Sul

-

Municípios com 100% dos domicílios com coleta de lixo (2) (3)

Centro-Oeste

39,2

Centro-Oeste

-

Sudeste

51,3

Norte

13,5

Norte

-

Centro-Oeste

48,2

Brasil

36,2

Brasil

0,4

Sul

31,7

Nordeste

19,3

Norte

7,3

Brasil

32,9

Região

Região

Aterro sanitário (%)

Lixão a céu aberto (%)

Região

Incineração (%)

Região

0,7

Outros (%)

Sudeste

9,7

Sudeste

1,3

Nordeste

48,1

Nordeste

0,5

Municípios com sistema de drenagem subterrâneo (em %) (2) (3)

Sul

25,6

Sul

4,1

Sul

93,8

Centro-Oeste

21,7

Centro-Oeste

1,3

Sudeste

84,6

Norte

56,8

Norte

1,8

Centro-Oeste

58,1

Brasil

21,1

Brasil

1,4

Nordeste

44,7

Norte

30,5

Brasil

67

LEGENDAS E FONTES: (1) Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicílio (PNAD) 2004, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); (2) Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB) 2002, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); (3) De um total de 5 507 municípios brasileiros

2006•2007 | ANUÁRIO EXAME • INFRA-ESTRUTURA | 121

SETORES | Saneamento

AVALIAÇÃO

Nordeste

Destino do lixo coletado (2)

FERNANDO DONASCI/FOLHA IMAGEM

SETORES | Saneamento

Q

1. Características do marco regulatório

36 300

Municípios com mais de 80% das ruas pavimentadas no perímetro urbano (em %) (2) (3)

Apenas um terço dos municípios do país coleta todo o lixo que produz

Avaliação geral do segmento

50 118

Sul


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