Cordel 01: Filhos de Minha Vida

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LITERATURA DE CORDEL

FILHOS DE MINHA VIDA

Autor: Carlos Eugênio de Alencar Araripe Furtado Fortaleza, CE, 2013


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Tudo no mundo é bênção Um presente, dom de Deus Inda mais se forem filhos Por sorte que tenho os meus Umas coisas mais lindas Miguel, Pedro os nomes seus O mais velho é espevitado Traquina a vender e dar Mas é um poço de doçura Sempre disposto a ajudar Também é mui independente E tem grande amor pra dar Miguel é esgalamido O bichinho chora e come Toda hora todo tempo E não há o que finda a fome Pode até dar complemento Que o desespero num some Mas sou muito felizardo tenho família abençoada Meus filhos minha alegria Uma mulher camarada Faz de mim homem feliz Facilita a caminhada


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Um porto sempre seguro Minha mulher é pra mim Amor e companheirismo Cheiro de rosa e carmim É a razão de minha vida Uma parceria sem fim Tem mais gente na família Que, óia, é digna de nota Pela parte do papai Se prepare pra marmota Pela parte da mamãe personagem de anedota Eu sou muito mais tranquilo Não gosto de confusão Precisando pelejar Corro dentro fujo não Pois capoeira que sou Boto o sujeito no chão A mãe é que vingou braba Tem gênio feroz e forte O rosto lindo engana Essa, briga por esporte E por ser minha esposa É uma mulher de sorte


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Em um ambiente assim Fácil é criar os filho É claro que tem excesso Se eles tem de andar nos trilho pois que muito mimo dado acaba sendo empecilho O mascote da família Um cachorro danado O seu nome é Drill Este também espivitado É o chamego do Pedrinho Seu companheiro abobado Na casa dos mais vividos Vô Furtado é brincalhão Equilibrando a balança, Vovó Yêlda é atenção Na casa do avô paterno Há sempre descontração E pra banda do outro lado Na casa dos Guedes Pia De manhã, tarde ou noite É animação todo dia E nessa casa de crentes O amor do Cristo ardia


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Se eu não falar dos parentes É confusão por certeza Tem gente de todo tipo A parentada é beleza Só tenho que falar bem Pra não faltar com justeza De um lado personalidade Do outro sobra temperança Mas são todos gente boa Não posso fazer lambança Temos todos mesmo sangue O mesmo fiel da balança Um bocado da família Vive longe bem distante Deixando sempre saudade No peito uma dor gritante Mas no Natal se ajuntamo Numa festa retumbante Tem gente que mora longe Na terra dos zói puxado Só vem a cada dois anos É um trabalho danado Mas quando os “China” se achega É riso pra todo lado


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Já outra mora mais perto Numa cidade histórica Viveu na terra sagrada Mas sem fazer a retórica Quando voltou chegou santa Ficou a família eufórica O meu irmão mais velho Na capital federal Com sua esposa querida de bom gosto colossal Não sabe que tão longe sua distância faz mal Já em outra capital, A do tempo do Império Moram uns cumpadres meus São pernambucanos sérios Sempre estão bem humorados certeza do refrigério Morando com os meus pais Estão duas irmãs queridas São pedras preciosas Cujo valor consolida O bem que lhes desejamos Seja bênção toda vida


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Nosso Lourinho querido Que gostamos de paixão De toda nossa família O mais querido irmão Apesar de abusado Tem um grande coração Me arrumaram dois irmãos Um par de gente bacana Sylvania a mulher de um A do outro é Silvana As duas, mulheres simpáticas Doces tal caldo de cana Um virou bom engenheiro Bamba da manutenção E monta elevadores Pra fazer elevação Virou também professor Prá trabalhar de montão Por ser bastante direito O outro é adevogado Um amante do sertão Sonha ser o Rei do Gado Mas a seca não ajuda Tem seu plano adiado


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A sobrinhada é legal São tudo gente mui boa Todos são bem responsáveis Não tem quem fique a toa Ainda que no colégio A nota não seja boa Mas que seja anotado É muita capacidade Não falta inteligência Muito menos lealdade Cada sobrinho e sobrinha Tudo exemplo de bondade Eu não fico por aqui Que tem mais gente chegando A cada ano que se passa Família vai aumentando É, a quarta geração Com o Artur representando Deus abençoe cada um Com muita graça e alegria No conviver da família Regra seja a simpatia Pra aumenar a unidade A alegria que contagia


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Não vou me despedir Não sem falar de amor Sentitmento que nos une Até em momento de dor Não o deixe diminuir Mas aumente seu valor Encerrando por aqui Deixo claro meu apreço Pois todos tem qualidades Tesouros que enalteço A família, ao meu sangue Nossos laços fortaleço ~.~


Carlos Eugênio de Alencar Araripe Furtado, nascido em fortaleza, em meados de 1970, é, não necessariamente nesta ordem, Publicitário, Radialista, Jornalista, Cordelista, Apresentador e Animador de Auditório, Corretor de Imóveis, Professor Universitário, Consultor em Comunicação e Artesão (ainda não registrado). Desde 2013, cria, redige e edita seus cordéis. Pedidos, doações, críticas e comentários construtivos (não necessariamente nesta ordem): eugenio.furtado@gmail.com

Capa: “Família”, xilogravura de Carlos Eugênio Furtado, set. 2013


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