ESTILOTENIS#8

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ESTILOTENIS #8

IGOR CUNHA

SXSW 2012: A GENTE FOI

SAIBA POR QUE ESTE É O MAIOR EVENTO DE INTERATIVIDADE DO MUNDO

O DJ DO JOÃO DORIA, DO RICARDO ALMEIDA, DA ANA MARIA BRAGA E DE UMA HISTÓRIA DE VIDA E DE SUCESSO INCRÍVEL

TEST-DRIVE

ADIDAS ADIPURE: UM TÊNIS QUE VESTE BEM COMO UMA LUVA

“ON THE ROAD” NA TELONA VEM AÍ O FILME SOBRE O LIVRO QUE MUDOU TODA UMA GERAÇÃO

TREINAMENTO

CHEGOU ÚLTIMA PARTE DA SÉRIE, É HORA DE CORRER

ALONGAMENTO: PORQUE VOCÊ PRECISA FAZER ESTILO POR AÍ: UM ROLÊ PELA ORLA DE SANTOS BRANCO É O TOM DOS SNEAKERS DA VEZ O PODER SOBRENATURAL DOS ELETROELETRÔNICOS

UM NOVO OLHAR, UM PROPÓSITO DE VIDA, UM JEITO DESPOJADO DE CURTIR A SUA VIBE.


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EDIÇÃO #8

DIREÇÃO DE EDITORIAL | COMO SEMPRE, IS WE

MARCELLO BORGES BARBUSCI mv marcello@barbusci.com.br @mbarbusci www.barbusci.com.br

EDUARDO SENA dudsweb@gmail.com @vainaminha_ www.vainaminha.com.br

ZECA SALGUEIRO zecasalgueiro@gmail.com @ZecaSalgueiro zecasalgueiro.blogspot.com

“No Brasil de hoje, os cidadãos têm medo do futuro. Os políticos têm medo do passado.” Chico Anysio 1931 - 2012


EDITORIAL

EDIÇÃO #8

DEMORAMOS POR UMA BOA CAUSA

É

verdade, demoramos. Demoramos para fechar a ET #8 mas foi por um ótimo motivo. Como alguns sabem, somos poucos para fazer muito. Mas fazemos com critério, com qualidade, com seriedade, com diversão, com dedicação e o principal, com amor. E foi por isso que procuramos buscar nesta edição, assuntos diferenciados. Trouxemos para a nossa capa, além de um amigo, um cidadão com uma bela história de vida, de virada de mesa por uma boa causa. A sua causa. Somado a isso, tivemos a oportunidade de trazer uma matéria internacional produzida por mais uma amigo. Um amigo que foi criado após ser a capa da ET #6, Paulo Ziliotto. Um cara que se identificou tanto com a forma da ESTILOTENIS que em um simples bate papo acordamos ter um texto de mais um grande cara no conteudo da revista.

Ou seja, somamos a cada edição novos amigos. O que foi o caso do João Marcello Bôscoli, que após a matéria feita, já tivemos a oportunidade de voltar a nos falar e poder agradecer pelos momentos sensacionais que pudemos criar em nosso bate papo. É disso que a ESTILOTENIS é feita. Feita da união de amigos que a cada edição criam novas amizades, conhecem novas histórias de vida, aprendem o que já achavam ter aprendido e constroem novas formas. Mais uma vez esperamos que nesta edição você curta como curtiu na anterior e irá curtir nas que virão pois da nossa parte você pode ter certeza de que sempre estaremos nos esforçando em nosso aprendizado e consequentemente, na realização de uma nova e melhor edição. Boa leitura Barbusci, Sena e Zeca


SUMÁRIO

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EDIÇÃO #8

SAÚDE ESTICA, PUXA, ALONGA. PORQUE ISSO É TÃO IMPORTANTE NOS TREINOS. TREINAMENTO: DEPOIS DA PREPARAÇÃO É HORA DE CORRER.

#CAPA: IGOR CUNHA

UM DOS GRANDES NOMES DA HOUSE MUSIC BRASILEIRA CONTA COMO CHEGOU LÁ.

#ESTILO POR AÍ: SANTOS SE VOCÊ AINDA NÃO CONHECE, É HORA DE FAZER UMA VISITA. SNEAKERinHEAD O BRANCO DÁ O TOM NOS ÚLTIMOS LANÇAMENTOS DE SNEAKER DO MERCADO. CURTIMOS SXSW 2012: FOMOS AO MAIOR EVENTO MULTIMIDIA DO MUNDO.

DESOPILANDO SHINEDOWN: A BANDA DE ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS ESTÁ DE VOLTA. CARREIRA GERENTE OU LÍDER: QUEM É QUEM NO MUNDO CORPORATIVO? TEST DRIVE CONHEÇA O ADIDAS ADIPURE: É UM TÊNIS, MAS NEM PARECE. CULTURA VEM AÍ O FILME “ON THE ROAD”, MAS VOCÊ JÁ SABE O QUE FOI A BEAT GENERATION?

PAPO RETO UMA CONVERSA FRANCA SOBRE O MUNDO DOS EVENTOS, COM ROBSON GALEOTE RENTAS. COTIDIANO A INVASÃO SILENCIOSA DOS ELETROELETRÔNICOS.

ORGANIZAÇÃO ANTES DE QUEBRAR SEU PORQUINHO, ORGANIZE SUAS FINANÇAS. FIM DE PAPO CONTEÚDO EXTRA CRÉDITOS QUEM FEZ


SUMÁRIO

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EDIÇÃO #8

SAÚDE ESTICAR E PUXAR, VOCÊ PRECISA ALONGAR.

#CAPA: IGOR CUNHA

PANAMÁ, MÔNACO, ROCK IN RIO E SWU. SIMPLESMENTE UM DJ VERSÁTIL COMO UMA HISTÓRIA GRANDIOSA.

#ESTILO POR AÍ: SANTOS UM PASSEIO DIVERTIDO PELA ORLA SANTISTA.

SNEAKERinHEAD OS SNEAKERS QUE VIRAM AS ESTAÇÕES. CURTIMOS SXSW: UM FESTIVAL DE GENTE GRANDE.

DESOPILANDO SHINEDOWN: A BANDA DE ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS ESTÁ DE VOLTA. CARREIRA GERENTE OU LIDER? CARREIRA GERENTE OU LIDER? CULTURA BEATNIKS: UMA GERAÇÃO QUE COLOCOU O PÉ NA ESTRADA. ORGANIZAÇÃO ANTES DE QUEBRAR SEU PORQUINHO, ORGANIZE SUAS FINANÇAS.

PAPO RETO ROBSON GALEOTE RENTAS: PREPARANDO SUA CURTIÇÃO. COTIDIANO ELETROELETRÔNICOS: O PODER SOBRENATURAL DE UM EXÉRCITO SILENCIOSO.

MAKING OF IGOR CUNHA E SUA CAPA FIM DE PAPO CONTEÚDO EXTRA CRÉDITOS QUEM FEZ


CURTIMOS

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EDIÇÃO #8

SXSW: UM FESTIVAL DE GENTE GRANDE | por Paulo Ziliotto

“2 mil atrações, de 60 países diferentes”

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CURTIMOS

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SXSW: UM FESTIVAL DE GENTE GRANDE | por Paulo Ziliotto

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ustin, Texas. Um belo lugar para acomodar (ou pelo menos tentar) durante duas semanas de março, cerca de 50 mil interessados em música, cinema e cultura digital. Geeks, hipsters, roqueiros e todos os outros estereótipos possíveis, unidos em busca de uma intensa troca de experiências, conhecimento, cartões de visita, contatos de Facebook, seguidores no Twitter e por aí vai.

Na parte de música do festival, nada menos que 2 mil atrações, de 60 países diferentes, se apresentaram em cerca de 100 palcos diferentes na cidade. Os nomes vão de Bruce Springsteen a Norah Jones, passando por The Gossip, Counting Crows, Snoop Dogg, e tudo mais se possa imaginar. Além, é claro, de uma participação de grandes revistas, uma feira de equipamentos e festas. Muitas festas.

Todo dia, e toda noite, uma agenda absurdamente lotada dos mais variados gêneros, gostos e ritmos marcaram o passo do evento. Uma rotina que tomou conta de toda a cidade, se espalhando por todos os hotéis, pavilhões de exposições, cinemas, bares, casas noturnas e, logicamente, pontos com wi-fi grátis. No Interactive, parte de cultura digital do festival, palestras, conversas, apresentações e painéis com títulos instigantes, como “Y Rappers R Better Marketers Than U” (porque os Rappers são melhores marqueteiros que você), ou “Can Growing a Moustache Change the World?” (cultivar um bigode pode mudar o mundo?). E até para os mais ávidos por programação teve dezenas de painéis sobre HTML5.

A parte que organizou o Film Festival, que contou com 120 palestras e painéis durante 5 dias, teve ainda que escolher entre 5.300 curtas, documentários e longas para chegar em 132 sessões, incluindo 74 estreias internacionais.

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CURTIMOS

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SXSW: UM FESTIVAL DE GENTE GRANDE | por Paulo Ziliotto

E isso tudo, só para começar. Pois existe ainda a novíssima StyleX, criando a fatia de moda do festival; o campeonato de golfe, a parte de games, as feiras de novos negócios, os excelentes tacos servidos nos caminhões de comida espalhados pela cidade, e tudo mais que rola às margens das grandes atrações. Invista 15 minutos do seu tempo e pesquise pelo SXSW. Entre no site oficial – sxsw.com e veja a gigantesca agenda, acompanhe um pouco das conversas pelas hashtags #sxsw, #sxswi, criadas durante o festival e muito mais.

Seja a negócios ou apenas por prazer, a visita ao SXSW vale muito. E não custa tanto. O passe varia de US$ 400 a US$ 1.300, dependendo dos dias em que deseja ficar e da antecedência da compra. Esse é o preço de muita palestra pasteurizada por aí. E se você for rápido e reservar sua passagem e hotel desde já, fica bem mais barato. Obs. 1: SXSW se lê South by Southwest. Obs. 2: Pense com carinho em ir no próximo ano!

Paulo Ziliotto é gaúcho, surfista, boleiro, fotógrafo, DJ, Senior Global Public Relations Strategy Manager da adidas em Amsterdã e, a partir desta edição, é colunista internacional da ESTILOTENIS. @pauloziliotto

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COTIDIANO

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ELETROELETRÔNICOS: O PODER SOBRENATURAL DE UM EXÉRCITO SILENCIOSO | por Marcos A. Ferreira

“Por que o sujeito compra um aparelho de telefonia móvel, que cabe no bolso, e ele sempre esquece em cima da mesa? ”

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ELETROELETRÔNICOS: O PODER SOBRENATURAL DE UM EXÉRCITO SILENCIOSO | por Marcos A. Ferreira

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ais por medo que por convicção filosófica, não sou uma pessoa afeita a questões de paranormalidades, espiritualidades e coisas do gênero. No entanto, sempre acreditei que há um poder sobrenatural nas máquinas e eletroeletrônicos. Os eletrodomésticos, por exemplo: acho que eles conversam entre si e combinam o exato momento de apresentar defeitos. É só quebrar o liquidificador e, não demora muito, lá está a máquina de lavar com problemas. A televisão pifa e logo o computador tem uns piripaques.

O celular O aparelho celular, por exemplo, passou a obrigar o ser humano a expor toda sua idiotice em público. Manda e desmanda. Deve haver alguma substância na bateria ou nas ondas sonoras do pequeno aparelho que nos tem feito perder o juízo. Não tenho conhecimentos científicos, mas os casos estão aí para os estudiosos.

Talvez essas coisas sejam menos perceptíveis hoje em dia, pois tudo parece descartável assim que sai da loja. Como somos sujeitos aficionados por dívidas parceladas, não prestamos mais atenção nesse provável complô dessas engenhocas. Basta o aparelho, qualquer que seja ele, apresentar um probleminha para corrermos abraçar mais um crediário. Acreditamos demais no poder das prestações, que agora dão a medida exata da nossa evolução social.

E a garota descolada, que inicia a conversa dizendo “Ai amiga, tenho um babado forte pra te contar, mas é segredo”, e imediatamente começa a falar alto em meio a um ônibus urbano apinhado de gente?

Por isso mesmo, creio que corremos um sério risco, caro leitor. Estamos, cada vez mais, nos entupindo de parafernálias, trazendo o exército inimigo para dentro de casa. Está cada vez mais fácil constatar a nossa impotência diante das máquinas, sobretudo, daquelas minúsculas, dotados de chips cada vez mais inteligentes. Será que o carnê e o crediário são as armas que os aparelhos eletroeletrônicos adotaram para dominar toda a humanidade? Seria essa uma estratégia de guerra para subjugar os seres humanos? Estamos dominados.

O que faz um cidadão colocar Michel Teló, Calipso, o tema da vitória do Ayrton Senna e outras musiquinhas insuportáveis como ´toque` de celular?

O que faz o ser racional comprar um celular de última geração para ficar jogando paciência, sem tirar o som irritante das teclas? Por que os donos de aparelhos super modernos nunca usam o modo vibratório?

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ELETROELETRÔNICOS: O PODER SOBRENATURAL DE UM EXÉRCITO SILENCIOSO | por Marcos A. Ferreira

Por que o sujeito compra um aparelho de telefonia móvel, que cabe no bolso, e ele sempre esquece em cima da mesa? Pior: assim que sai de perto, a coisa toca a musiquinha insuportável.

sem assunto, ela voltar-se para a novela e ele, para o joguinho no aparelho celular. Talvez seja mais algum tipo de complô, duplo (celular e televisão), para destruir dominar a humanidade.

Quero crer que tamanhas asneiras só podem ser fruto de uma estratégia poderosa de dominação que vem sendo tramada pelos eletroeletrônicos. Algo superior à inteligência humana. A tevê no boteco Outra tramoia dos eletroeletrônicos à qual estamos sucumbindo é com relação aos televisores. Não contentes em invadir nossas residências, eles agora estão tomando o espaço que (ao menos para mim) é por demais sagrado: o bar. Depois que inventaram esses aparelhos fininhos, então, não há parede que resista a um televisor. Muitas vezes, nem precisa parede. Tem um espaço, o proprietário vai lá e pendura uma tevê. O resultado é que está cheio de boteco e restaurante, onde os televisores estão ligados, mas sem som, porque ninguém vai escutar nada mesmo, já que o ambiente também tem música, além, é claro do barulho dos clientes. É uma confusão, uma profusão de informação que ninguém consegue codificar. E ficamos feitos idiotas, gritando para conseguir conversar com o colega do outro lado da mesa. A não ser quando homens e mulheres reúnem-se em um bar com o claro objetivo de assistir a uma partida de futebol ou a qualquer outro esporte, nos demais momentos o aparelho de televisão é um intruso no local. Mas têm o poder de hipnotizar. Chega a ser constrangedor ver o casal sentar-se à mesa e,

O solitário mundo dos fones de ouvido Outra estratégia de dominação dos eletroeletrônicos sobre a humanidade está ao pé do ouvido, literalmente. Por anos, os deuses das tecnologias vêm nos fazendo crer que vivemos a era da comunicação. Todo mundo passou a usar essa frase. Serve como argumento para todo tipo de conversa. Dizer “Vivemos na era da comunicação e da globalização” sustenta, com ar inteligente, qualquer conversa, de comentário sobre novela à análise da crise econômica mundial.

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ELETROELETRÔNICOS: O PODER SOBRENATURAL DE UM EXÉRCITO SILENCIOSO | por Marcos A. Ferreira

Mas está cada vez mais difícil se comunicar, já que todos usam fones multicoloridos nas orelhas, conectados a minúsculos aparelhos que emitem música em estrondoso volume sonoro. Às vezes, é melhor nem se atrever a pedir informações, porque o pior pode acontecer: o sujeito aceita o papo e tenta falar sem deixar de lado o fone, sai gritando com você, como se estivesse brigando. Uma nova ameaça É preciso muito cuidado, caro leitor. Não contentes com o poder e força de dominação, os eletroeletrônicos vêm cooptando outros segmentos não-humanos para nos dominar e nos fazer expor toda nossa idiotice. Penso que o mais recente aliado nessa estratégia de guerra dominadora são as mochilas. Isso mesmo, aquelas inocentes mochilas que, desde os primeiros anos escolares, carregavam parte da sua história de vida. Essas mesmo. Não são mais do bem.

Precisamos estar sempre atentos, pois estas não são as únicas (nem serão as últimas) vezes que seres inanimados tentam nos dominar, para provar nossa fraqueza. Já sofremos ameaças de um exército que parecia interminável, o das pochetes. Houve um tempo em que os Tamaguches estavam prestes a fazer a humanidade crer que eram bichinhos de estimação. Sem falar do controle remoto, que tem um poder extraordinário de grudar em nossas mãos e nos fazer passar horas frente à televisão, vendo tudo, sem assistir a nada. Preste bem atenção, a cada compra parcelada, você pode estar levando um inimigo para dentro de casa. Inclusive, sugiro que dê uma olhada naquela gaveta, sacola ou caixa, onde você certamente está acumulando carregadores, fones de ouvidos estraçalhados e aparelhos celulares antigos. Elimine tudo. Marcos Augusto Ferreira é jornalista

Elas se modernizaram, ganharam cores, flores, estampas etc. e tal. Agora, em tamanhos diversos, estão por aí, nos ônibus, metrô, calçadas, shoppings, em todos os lugares, ameaçando acertar a cara do primeiro que ameaçar chegar perto. É incrível, mas esses equipamentos parecem ter um poder de grudar nas costas do cidadão. A pessoa vai na frente e, na retaguarda, está a mochila, estapeando, empurrando, arrastando todo e qualquer obstáculo.

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ROBSON GALEOTE RENTAS: PREPARANDO SUA CURTIÇÃO | por Marcello Barbusci

“Crescemos sempre 30% ao ano e queremos au-

mentar isso. Pretendemos trabalhar mais com o Google e sermos mais percebidos pelo mercado.”

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ROBSON GALEOTE RENTAS: PREPARANDO SUA CURTIÇÃO | por Marcello Barbusci

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ocê já foi a algum evento empresarial, feira, etc. e se impressionou com o tamanho das estruturas montadas para eles? Nós já. Por isso fomos bater um papo com Robson Galeote Rentas. Um cara que mudou sua carreira pra entrar de vez no mundo dos eventos e nos conta tudo sobre essa transformação e o mercado. Veja como foi a conversa. EstiloTenis: Como foi chegar a esse patamar de eventos? Robson Rentas: Nós nem fazemos eventos de grande porte, do jeito que você está pensando, pois quem faz isso são as empresas que fazem os megashows que vemos por aí. Fazemos grandes eventos corporativos... Então, ainda falta um pouco pra chegar lá. ET: Mas vocês conseguem montar uma estrutura grande... RR: Se analisarmos só o mercado corporativo, podemos dizer que somos uma grande empresa, mas não se compara com um show do U2, por exemplo!

As coisas se fundiram bastante. Antigamente havia quem fazia eventos corporativos e quem fazia shows, e hoje os dois tipos de empresa fazem as duas coisas. Claro que com suas restrições. As grandes empresas de shows sempre tiveram equipamento de ponta, e quando elas começaram a fazer corporativos, a tecnologia migrou junto. E pra ficar no mercado, quem só fazia corporativos teve que se atualizar também. Tudo cresceu muito! ET: As empresas quiseram isso em seus eventos ou essa migração de tecnologia foi uma necessidade? RR: O que aconteceu foi que as empresas de shows viram nos eventos corporativos um novo filão de trabalho, mas no começo só trouxeram o equipo, não a primazia pelo bom atendimento. Nós, do mundo corporativo, tivemos que correr atrás da tecnologia e aliá-la ao nosso atendimento, já que o perfil corporativo é mais exigente quanto ao serviço prestado. Então, hoje em dia, quem faz shows faz corporativo e vice-versa, uma vez que nós já temos a tecnologia. ET: O que você fazia antes disso? RR: Nossa... Nada a ver... eu era técnico da Brastemp. Saí por conta de um problema físico; peguei alergia à fibra de vidro, quase perdi meu dedo e me afastei. Fiquei perdido um tempo e entrei no ramo de eventos, como técnico, que é o cara que montava e operava tudo. Pauleira mesmo. Hoje tem gente pra

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ROBSON GALEOTE RENTAS: PREPARANDO SUA CURTIÇÃO | por Marcello Barbusci

ET: De onde veio a ideia de fazer a Apoio? RR: Foi aí que tudo começou... (risos). Foi na época do boom de eventos aqui em São Paulo, quando chegou a tecnologia de leds, etc. Comecei alugando um projetor, daí comprei outro, operava pro cliente, fui comprando mais coisas e quando vi tinha uma pequena empresa. E isso não tem fim porque você nunca para de comprar novos equipamentos, já que todos sabem o que podem pedir em termos de tecnologia.

eventos que às vezes precisam de algo que eu tenha. E outra coisa importante aconteceu: as empresas não fazem mais seus próprios eventos, elas contratam agências especializadas e essas agências nos contratam - é tudo terceirizado. Só recentemente eu formei um setor de vendas para atender o cliente final.

ET: Na edição ET#6 conversamos com o fotógrafo Cacalo e ele nos disse que vendia ou doava equipamentos obsoletos para novos fotógrafos aprenderem desde o começo. O que você faz com os seus? RR: Equipos de vídeo a gente vende para restaurantes, bares - principalmente os projetores. Já o equipo de áudio dá pra usar por mais tempo. Até aquelas caixas de som enormes você ainda pode usar em um carnaval de rua, ou em algum show. Quanto ao aprendizado, quando eu comecei um técnico ensinava outro, o que era meio amador. Hoje você manda os técnicos a cursos específicos, como o IAV para áudio, o Senac para iluminação, e é esse profissional que faz dinheiro em eventos. Esses caras iam pro teatro ou faziam vários bicos... Hoje em dia há mercado para eles. ET: Por que você foi direto pro mundo corporativo? RR: Estou nessa área desde quando comecei. Inclusive nunca fiz locações para o cliente final porque conheço várias empresas de

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ROBSON GALEOTE RENTAS: PREPARANDO SUA CURTIÇÃO | por Marcello Barbusci

ET: E você também começou a trabalhar assessorando uma banda! Como foi isso? RR: Eu queria diversificar. Uns amigos estavam montando uma banda e resolvi me inteirar no processo e aprender com isso, o que foi bem difícil. E não deu certo porque eles não tinham um agente que vendesse os seus shows, e eu não sei fazer isso - nem eles. Se eu voltasse a trabalhar com isso tentaria uma parceria com um agente de bandas, já que, uma vez que se tenha shows vendidos eu vou lá e faço. Coisa pequena... um showzinho pra até 2.000 pessoas eu consigo fazer! (risos) ET: Você fala muito em investimento e eu estou vendo que sua estrutura é bem complexa. Qual foi seu faturamento ano passado? E sua previsão pra este ano? RR: R$ 1,1mi ano passado. Crescemos sempre 30% ao ano e queremos aumentar isso. Pretendemos trabalhar mais com o Google e sermos mais percebidos pelo mercado.

ET: Você trabalha sozinho? RR: Não mais. Eu montei a Apoio onde era sozinho e agora montei outra empresa, a 7D, onde tenho seis sócios e cada um é responsável por uma coisa. Essa empresa é obrigada a locar equipamentos da Apoio; se a Apoio não suportar, aí sim ela pode locar de outros. Agora fazemos cenografia, temos toda parte administrativa, vendas, etc. Consegui delegar um monte de atividades e continuo ganhando na locação. O mais interessante é que os sócios eram prestadores de serviço da Apoio. Eu os chamei para a chance de serem donos de uma empresa. E está dando muito certo! ET: Conselhos pra quem está começando... RR: Em primeiro lugar aprender sobre o mercado que se quer trabalhar. Depois fazer cursos de administração em lugares como Sebrae, etc. Má administração é o que quebra as empresas no primeiro ano. Resumindo: não começar como eu comecei! (risos)

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CULTURA

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BEATNIKS: UMA GERAÇÃO QUE COLOCOU O PÉ NA ESTRADA | por Mauricio Cozer

“Os Beatniks adentraram as mentes de milhões a partir da segunda metade do século XX. ”

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CULTURA

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BEATNIKS: UMA GERAÇÃO QUE COLOCOU O PÉ NA ESTRADA | por Mauricio Cozer

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pós o anúncio do novo filme de Walter Salles, a ser lançado em junho desse ano, o aguardado On The Road - uma adaptação da mais famosa obra literária de Jean-Louis “Jack” Kerouac - muita gente tem se perguntado sobre a Beat Generation: quem foram, o que faziam e qual a importância “desse tal de Jack Kerouac” na literatura. Para responder a essas e outras perguntas, achei por bem trazer à luz alguns aspectos gerais desses fascinantes pensadores que surgiram na Era Atômica: os Beatniks.

O descompromisso era um reflexo dessa jornada existencial onde o destino era desconhecido, contudo avidamente desejado. Desse triunvirato contra cultural, Jack Kerouac em sua obra-prima, On The Road (1957), é quem mais deixa evidente essa busca. Nesse relato autobiográfico, Jack - sob o pseudônimo de Salvatore “Sal” Paradise – e seu amigo Neal Cassady – apresentado como Dean Moriarty – colocam, literalmente, o “pé da estrada”, viajando com e sem rumo pelos Estados Unidos.

Logo após a 2ª Guerra Mundial o mundo viu surgir nos Estados Unidos um seleto grupo de pensadores que tinham por objetivo, responder as questões existencialistas através da subversão de padrões culturais, fundamentalmente através da literatura: a Geração Beat. Tendo como seus mais notáveis representantes Jack Kerouac, Allen Ginsberg e William Burroughs, a Geração Beat – ou simplesmente Beatniks – deu seus primeiros passos no final dos anos 40, rompendo com todos os padrões de comportamento estabelecidos até então. Contudo não se tratava de mera rebeldia, mas sim de uma caótica e desesperada busca espiritual. Podemos comprovar isso através dos livros que são os pilares do movimento beat: On The Road (de Kerouac), O Uivo (de Ginsberg) e Almoço Nu (de Burroughs). Transitando entre o descompromisso, a loucura e a exacerbação da liberdade, essa trindade literária desafiou uma sociedade que, além de extremamente conservadora, recuperava-se ainda de uma guerra que destruíra não somente nações, homens e famílias, mas também sonhos e esperanças.

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CULTURA

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BEATNIKS: UMA GERAÇÃO QUE COLOCOU O PÉ NA ESTRADA | por Mauricio Cozer

O Uivo (1956) por sua vez é o mais marcante poema de Allen Ginsberg, um poeta que fazia de sua arte um grito incontido em versos. Pode-se dizer que Ginsberg transformou a maneira como a poesia poderia ser gerada, desconstruindo-a enquanto um simplificado ato de estética, tornando-a um veículo não somente de belas emoções, muito pelo contrário: fez dela uma versão moderna das mais assustadoras catarses e frustrações humanas.

Já em o Almoço Nu (1959), William Burroughs cria uma narrativa não linear em que seu álter ego, o agente William Lee, encontra-se envolvido em uma aventura que, pela própria sequência de acontecimentos, revela-se não apenas psicologicamente brutalizante, como também lisérgica e com desfechos muito distantes de qualquer coisa que se possa apontar como convencional, inclusive sendo ainda hoje um livro tão inovador quanto à época de seu lançamento.

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BEATNIKS: UMA GERAÇÃO QUE COLOCOU O PÉ NA ESTRADA | por Mauricio Cozer

Os Beatniks adentraram as mentes de milhões a partir da segunda metade do século XX. Traziam consigo questionamentos comuns a todos, mas raramente externados pela maioria, muito menos da maneira ácida e subversiva que o fizeram. Não por um acaso o termo “beatnik” é uma contração entre as palavras beat – batida, ritmo, e segundo Kerouac, uma referência à palavra beatific, ou seja, beatífico – e Sputnik – satélite artificial russo, o primeiro a ser colocado em órbita da Terra e pelo maior inimigo dos EUA. Não seria errado afirmar que eram loucos fora de órbita em uma santa cruzada por um Graal desconhecido. Em um século já tão fortemente marcado pelo “para onde estamos indo?”, Kerouac e seus apóstolos usaram de sua juventude para tentar responder ao “quem somos nós?”, a primeira pergunta que se deve responder para chegar a todas as outras respostas. Com o Jazz como música de fundo, os beats declamavam suas poesias e ensaios em uma batida que parecia querer conduzir a um estado de iluminação interna. Essa jornada pelo autoconhecimento originou um rico relato por parte de seus “cosmonautas”, homens que ao se lançarem nos inóspitos e insondáveis domínios da mente, retornaram com algumas respostas e ainda mais perguntas. Entre os beats eram relativamente comuns as experiências com drogas alucinógenas, formas não convencionais de sexo e o interesse por religiões do Extremo Oriente. Para eles todo caminho poderia ser “O” caminho. As possíveis respostas mesclavam-se às perguntas, tornando-se gradualmente a matéria-prima de sua literatura. O ritmo incomum

de sua prosa e de sua poesia parecia acelerar infinitamente, distorcendo a realidade – ou quem sabe, na verdade, revelando a mesma – fazendo de seus leitores passageiros em um veículo construído por palavras e movido a pensamentos. Esse ritmo frenético e essa aparente desordem de pensamentos, eram o reflexo natural da urgência em conhecermos mais sobre nós mesmos, sobre nossas motivações, sobre nossas limitações, sobre nossas mais secretas verdades. Em pleno século XXI ainda podemos ler e contemplar a produção literária da Geração Beat e admirar o fato de que tentaram abrir nossas mentes. Seja como for, dificilmente saberemos dizer algum dia, se suas respostas se perderam ao longo das décadas, ou se simplesmente não somos mais capazes de formular as perguntas certas. “Eu só confio nas pessoas loucas, aquelas que são loucas pra viver, loucas para falar, loucas para serem salvas, desejosas de tudo ao mesmo tempo, que nunca bocejam ou dizem uma coisa corriqueira, mas queimam, queimam, queimam, como fabulosas velas amarelas romanas explodindo como aranhas através das estrelas.” Jack Kerouac (1922-1969) http://www.beatmuseum.org/ http://www.americanwriters.org/ http://www.imdb.com/ Mauricio R. Cozer é redator, analista de social media e um ferrenho defensor do Rock ´N Roll. Escreve e edita os blogs 13 Caminhos e Rock Universe. http://rockuniverse.wordpress.com/ http://13caminhos.wordpress.com/

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CAPA

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IGOR CUNHA – VIAGENS, CORRERIA, MÚSICA E MUITO TRABALHO! | por Sena e Zeca

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IGOR CUNHA – UMA CARREIRA DE SUCESSO PAUTADA PELA PAIXÃO PELA MÚSICA | por Sena e Zeca

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ma grande história não se escreve da noite para o dia, nem sem sacrifícios. E com o DJ Igor Cunha não foi diferente. Paulistano da lendária Zona Leste e um dos grandes talentos da house music nacional, já tocou na Spirit of London, assinou festas e trilhas para João Doria Jr, Ana Maria Braga e Ricardo Almeida. E sempre com a mesma simplicidade de quem nunca se esquece de sua origem humilde, seja em um desfile de Channel, seja no churrasco de um grande amigo. O papo com o DJ e produtor Igor Cunha aconteceu em seu escritório/estúdio, em São Paulo. Um espaço simples e organizado, onde se vê desde um invejável arsenal de House Music, à uma agenda de eventos cada vez mais internacional. Conheça essa história que a gente conta a partir de agora. EstiloTenis: Rock in Rio com Dj? Igor Cunha: Diferente, né? Eu estava tocando no camarote da Volkswagen, fazendo um esquenta antes das atrações da noite. Faço muito isso. Além de desfiles de moda, casas noturnas, etc. ET: Parece que você sempre foi DJ, mas sabemos que não foi bem assim... onde você andou antes de assumir as pickups? IC: Olha, eu trabalhei em banco, agências de publicidade, etc, até dar um estalo e eu decidir que queria fazer isso da minha vida, já que é uma história que vem desde quando eu era criança e meu irmão mais velho me levou a uma danceteria, dizendo pra minha mãe que iríamos patinar. Eu só tinha dez anos! ET: Nossa! Mas o que tem a ver a publicidade? IC: Eu me formei em Relações Públicas na Cásper Líbero e fazia estágio nesses lugares... até descobrir que eu ganhava mais dinheiro tocando duas vezes por semana do que trabalhando de segunda à sexta! (risos)

Antes disso fiz aulas de piano e bateria; depois um curso de DJ, e o cara que me ensinou pediu pra fazer umas festas com ele. Daí em diante comecei a fazer essas festas aos sábados. Nessas festas eu fazia de tudo: carregava as caixas, montava tudo, tocava, desmontava e ia embora. Hard times! Em 2006 fui viver só disso, inclusive peguei um dinheiro que tinha economizado para comprar um carro e comprei meu primeiro set de equipamento. ET: Foi uma fase difícil? IC: Foi uma fase de dúvidas, mas foi onde eu comecei a usar o que tinha aprendido na faculdade, pois além de DJ eu também era meu RP! Meu amigo Pazetto, um cara que me ajudou muito, me pos pra tocar em eventos de moda. Fiz desfiles da Le Lis Blanc, Channel, Ricardo Almeida e tudo mais. Aí comecei com os grandes eventos de moda. E outro amigo meu, Bareta, me inscreveu num curso de DJs na rádio 97FM, pois os melhores DJs tocavam na rádio. Comecei a fazer minhas produções para o programa Night Sessions junto do DJ Clemente Napolitano. O programa vai ao ar toda segunda-feira, das 21h às 22h, e estamos lá até hoje. ET: Como é o projeto Duo DJ? IC: Por indicação de outro cara da rádio, conheci Clemente, que é meu sócio no projeto. Ele já fazia festas e precisava de alguém para auxiliá-lo, e lá fui eu. Fiz uma festa no lugar dele (que estava doente), e depois disso não paramos mais de trabalhar juntos.

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EDIÇÃO #8

IGOR CUNHA – VIAGENS, CORRERIA, MÚSICA E MUITO TRABALHO! | por Sena e Zeca

É uma coisa diferente, dois DJs com idades e culturas musicais bem diferentes tocando juntos na mesma festa, ao mesmo tempo. Isso torna o projeto mais do que interessante!

IC: Nesse evento fomos como atração – o Duo DJ. Lá lançamos nosso remix da música “Doin Ya Thang?” de Oliver $ (lê-se Oliver Dolar).

ET: De onde vieram clientes como Ana Maria Braga, João Doria, Channel, Volkswagen e outros caras sacudidos? IC: Devo muito ao Clemente, quem me apresentou pro João Doria, que me apresentou pro Ricardo Amaral, que me apresentou pra outros clientes e aí fui criando minha própria network. Mas também devo demais ao Pazeto, Bareta, Claire, Helder, ao próprio João Doria por acreditar muito no meu trabalho, além de amigos e parceiros que encontrei nesse percurso. ET: Como foi a experiência do Spirit of London? Foi convidado ou foi a trabalho?

Aliás, esse evento foi a estreia do Duo DJ, que foi incrível! Foi a partir dali que começamos a vender pra casas noturnas. E começamos a produção de músicas também. Nosso primeiro trabalho foi um remix de “It’s the same old song” do KC and the Sunshine Band, que saiu no CD da Casa Cor e do Amaury Jr. Aqui tem uma anedota: primeiro nós pegamos uma trilha do Rod Stewart cantando essa música e a remixamos. Tentamos licenciá-la e o cara quase comeu nosso fígado. Mas o pessoal do KC achou bacana e lançamos a versão deles. ET: Então você já está grandão no cenário house? IC: Nem pensar. Falta muito pra chegar lá. Eu me espelho muito no (DJ e produtor musical) Memê. Ele é minha referência nesse cenário, e se você perguntar aonde quero chegar, quero poder fazer coisas parecidas com as que ele já fez.

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IGOR CUNHA – VIAGENS, CORRERIA, MÚSICA E MUITO TRABALHO! | por Sena e Zeca

ET: Qual a festa mais falida que você já fez?

ET: Na sua opinião, o que é um DJ completo?

IC: Nossa... teve um casamento onde eu toquei de tudo e ninguém dançou! Eu quis devolver o dinheiro! Era um casamento árabe e toquei tudo que eu tinha e tudo o que me pediram. A casa lotada, a pista cheia e nin-guém dançou. Nessa noite me senti um nada! (risos) Ao final da festa o dono me cumprimentou dizendo que tinha adorado... vai entender...

IC: É o cara que tem tesão em fazer a parada artesanalmente. É o cara que mixa ao vivo, não o que usa um software que faz isso pra você. Nada contra a tecnologia, mas tem que ter feeling. Tem que sentir o que a galera quer e saber tocar isso, poder ouvir o grito deles. Desde o Panamá e Mônaco até o churrascão de domingo. Também não esqueço de onde eu vim, não. ET: O que é uma pista cheia? IC: É o lance da moçada que responde ao que você está fazendo. Não adianta a pista estar cheia só porque não tinha mais espaço na casa. Prefiro uma balada pra 50 pessoas alucinadas do que 500 na temperatura ambiente.

ET: E a melhor? IC: Foi a última que fiz, que foram cinco dias no Panamá. Foram cinco dias e noites alucinantes com todos dançando o tempo todo. Lá o bicho pegou!

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IGOR CUNHA – VIAGENS, CORRERIA, MÚSICA E MUITO TRABALHO! | por Sena e Zeca

ET: Como está a carreira internacional? IC: Como DJ pude conhecer e tocar em lugares incríveis, como Punta Cana (Republica Dominicana), Cartagena (Colombia), Roma, Porto Fino e Mônaco (Itália) e Panamá City (Panamá). Em junho toco em uma festa fechada em Portugal e em outubro tenho uma festa no Meximo em Outubro. Sempre tive boa receptividade nos lugares que visitei, já que aonde vou sempre conheço alguma balada pra tocar. O pessoal gosta muito dos DJs brasileiros e eu tenho tido muita sorte. ET: Uma pergunta espiritual: como você define sua carreira e os objetivos que alcançou? IC: Sei que tenho muito pra aprender. Quanto mais você trabalha, mais você toma conhecimento do seu tamanho e de como é pequeno. Gosto de pesquisar músicas, personalizar as festas...

No começo eu queria tocar e hoje eu ainda quero tocar. Eu estava no Panamá e estava contente porque ia tocar todos os dias. Não sei se aguentaria ficar um dia no quarto do hotel. E é exatamente isso o que eu quero: tocar, mixar, curtir a balada junto com a pista de dança. Sou apaixonado pelo que faço! www.personalsound.com.br

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SANTOS – UM PASSEIO DIVERTIDO PELA ORLA SANTISTA| por Marcos Augusto Ferreira

“Particularmente, gosto de me perder ali pela

Ponta da Praia, dar um pouco de tempo ao nada, junto a uma daquelas pontes que avançam por sobre o mar.”

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SANTOS – UM PASSEIO DIVERTIDO PELA ORLA SANTISTA| por Marcos Augusto Ferreira

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outono chegou recepcionado por dias calorentos e pancadas de chuva - resquícios do verão. Mas a temperatura, cada vez mais agradável, torna os dias bastante convidativos para o passeio pela orla santista. Ao menos para mim, que tenho, por natureza, a cor que muitos procuram ali, estatelados sob o sol. A praia é democrática e é preciso conviver com os bons e os maus da democracia.

para tentar fazer o cachorrinho sair da sombra de uma árvore: “Vamos ver se o nenê chega primeiro que a mamãe”, ela dizia. Se você olhar torto, corre o risco de ser excomungado, ser visto como o demo em forma de transeunte e está automaticamente alijado do grupo do “pessoal do bem”. E pensar que, outrora, zombamos de um ex-ministro que caiu na besteira de falar que “cachorro também é humano”.

Há mulheres belíssimas, mas há também as feias e os homens barrigudos que insistem em usar sunga. Ao saboroso som das ondas, contrapõem-se as buzinas, os pagodeiros que nunca conseguem, nem com reza braba, afinar o cavaquinho (o batuque pode até estar cadenciado, mas o cavaco navega lá pelo mar da China), e o som em alto volume nos quiosques – programa de auditório na tevê, putz-putz na FM e funk no sonzão do veículo estacionado com o porta-malas aberto. É preciso, também, ficar atento para desviar dos cachorrinhos e cachorrões, porque existe uma confraria de cidadãos iluminados que acreditam ter comprado um lugar no céu só porque gostam de animais de estimação. E você que não se atreva a desgostar. O “pessoal do bem” praticamente exige que você converse com o bichinho e peça licença para passar. Sabe aquela brincadeira que se faz com o filho pequeno, para ludibriá-lo e, sem pegá-lo no colo, fazê-lo ir ao local que se deseja – algo do tipo: vamos ver quem chega primeiro; papai vai ganhar a corrida do nenê etc. e tal? Pois bem, outro dia, vi uma senhora usando desse artifício

Apesar dos pesares, é melhor viver com democracia e, felizmente, a orla santista tem um extenso e aconchegante jardim, que permeia parte dos 7 km de praia – está até no livro dos recordes (Guinness Book of Records, 2000): os dados oficiais informam que são 5.335m de comprimento e largura entre 45 e 50m, com 815 canteiros, adornados, principalmente, por lírios e crisântemos. Encontra-se de tudo por ali, inclusive alguns despreocupados roedores que pedem lugar ao sol, para saborear as migalhas deixadas para trás pelos frequentadores.

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SANTOS – UM PASSEIO DIVERTIDO PELA ORLA SANTISTA| por Marcos Augusto Ferreira

No sábado à tarde, na Ponta da Praia, na praça do Aquário Municipal, tem grupo de chorinho. No final do domingo, bailão com música ao vivo, na Fonte do Sapo. Na outra ponta, quase divisa com São Vicente, há o emissário submarino (agora parque municipal), área urbanizada para todos os gostos. Em uma manhã de domingo, por exemplo, via-se por ali uma roda de hare-krishnas a entoar canções contemplativas. Mais adiante, figuras interessantíssimas traziam a arte no próprio corpo, exposto sob um sol de rachar, na final do festival de estátuas vivas. Tudo isso, em um espaço que se assanha para dentro do mar, de onde se avista toda a orla santista e a praia do Itararé, em São Vicente.

Na região central, chineses em excursão empunhavam bandeirinhas e sacavam suas máquinas fotográficas para guardar a paisagem. Em trajes mais apropriados para festas e afins, buscavam um lugar à sombra, de onde pudessem apreciar, admirados, o mar e a movimentação na praia.

Serpenteando a orla, uma ciclovia com cerca de 8 km de extensão. Por favor, preste atenção. Ciclovia é para bicicletas. Ainda que, ultimamente, também circulem por ali skates e patins. Então, não fique parado na pista, conversando. Olhe para os dois lados, antes de atravessar, e segure as crianças e os cachorrinhos! As referências às áreas na orla são mais conhecidas pelos números indicativos dos canais do que pelo nome dos bairros. Claro que há os bairros mais famosos, como Gonzaga, José Menino, Boqueirão e Ponta da Praia. Mas é inevitável que estes nomes sejam acompanhados por indicativos como: “ali entre os canais 1 e 2”, “fica ali no canal 3”, etc. São sete os canais, seis deles avançam pela larga faixa de areia, até o mar. Foram construídos a partir do final do século XIX – o Canal 1 foi inaugurado em 1907. Idealizados pelo engenheiro sanitarista Saturnino de Brito, integravam o plano de saneamento da ilha (Santos está na Ilha de São Vicente, apesar de ter parte do município

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SANTOS – UM PASSEIO DIVERTIDO PELA ORLA SANTISTA| por Marcos Augusto Ferreira

no continente), para garantir a drenagem e ajudar no processo de urbanização e no combate a doenças como malária. Aliás, é de Saturnino, também, a ideia da construção dos jardins, lá pelos anos 1920. Nas décadas seguintes, a proposta foi sendo ampliada e aprimorada.

Particularmente, gosto de me perder ali pela Ponta da Praia, dar um pouco de tempo ao nada, junto a uma daquelas pontes que avançam por sobre o mar – os navios passam tão perto que deixam a gostosa sensação de que navegar é preciso.

Como bem descreveu meu velho amigo Mauri Alexandrino, os canais “estão entranhados na alma do santista, pois percorrem toda a planície, como veias abertas onde corre o mar. Neles, sobrevoa, como as garças brancas, o espírito da cidade”.

Ainda bem que a praia é um espaço democrático. Vá até lá e escolha o seu lugar!

Por toda orla, você encontrará um cantinho para chamar de seu, tomar água de coco, ficar a ver navios. Pode ser o Museu de Pesca, o Aquário, a Pinacoteca, a Gibiteca... Pode-se até ficar a contemplar, abismado, os prédios tortos do outro lado da avenida.

Marcos Augusto Ferreira é jornalista e santista

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DESOPILANDO

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SHINEDOWN: UMA BANDA DE JACKSONVILLE, FLÓRIDA

Shinedown é uma banda estadunidense de Jacksonville, Flórida formada atualmente por Brent Smith (vocais), Zach Myers (guitarra), Eric Bass (baixo e piano) e Barry Kerch (bateria). O grupo lançou o seu álbum de estreia, Leave a Whisper, em 2003. Em 2005 a banda foi mais uma vez para o estúdio, dessa vez para gravar o segundo álbum da carreira, chamado Us and Them. O terceiro só veio depois de mais três anos (em 2008), intitulado The Sound of Madness. No ano de 2010, participou da trilha sonora de Alice no País das Maravilhas (Almost Alice) com o single “Her Name is Alice”. No mesmo ano a banda lançou o single “Diamond Eyes (Boom-Lay Boom-Lay Boom)”. Em 2011, a banda gravou seu segundo DVD ao vivo, Somewhere in the Stratosphere. Composto por dois shows: Live from Kansas City (Acústico) e Live from Washington State (Elétrico). Até então, a banda já vendeu cerca de doze milhões de álbuns em todo o mundo. A banda chega em 2012 com um novo Album, o Amaryllis, que trás Bully como música principal. Clique no link abaixo e assista o mais novo clipe do SHINEDOWN.

http://www.shinedown.com/video/bully-official-music-video


# SNEAKERinHEAD

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BRANCO DÁ O TOM NOS PRINCIPAIS LANÇAMENTOS DO ÚLTIMO MÊS | por Eduardo Sena

“a classe nos modelos brancos que, como se sabe, não foram feitos para os fracos. Enjoy!”

adidas Originals Mens Forum Mid RS

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# SNEAKERinHEAD

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BRANCO DÁ O TOM NOS PRINCIPAIS LANÇAMENTOS DO ÚLTIMO MÊS | por Eduardo Sena

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utro dia um sujeito no elevador encarou admirado meu Nike Air Force 1 White – devidamente limpo e verdadeiramente white – e comentou admirado que nunca poderia ter um tênis assim porque suja demais. Sorri positivamente e segui em frente, pois realmente não é fácil manter tênis branco limpo. Mas vale o esforço, principalmente quando vejo lançamentos como no último mês, que acreditam no branco e em quem gosta dele. Veja a seguir uma seleção com alguns dos grandes lançamentos de sneakers que chegaram às lojas recentemente – ou apenas para alguns felizardos – e contemplem a simplicidade de alguns modelos, a ousadia de outros e, claro, a classe nos modelos brancos que, como se sabe, não foram feitos para os fracos. Enjoy!

Reebook Twilight Zone Pump Smartphone Pack - “N-Droid” A PickYourShoes.com, em parceria com a Reebok, lançou recentemente o último modelo da colaboração que ambas fizeram para sua linha inspirada em smartphones. É o Twilight Zone Pump Smartphone Pack – “N-Droid”. O modelo foi feito sob medida para os fãs do sistema operacional mobile do Google, e usa um dos modelos mais bacanas da Reebok, o Pump. Se você gosta anote: o modelo está disponível no site da PYS e custa US$ 129 doletas.

Converse Chuck Taylor Premium Os fãs do clássico sneaker da Converse, que tem uma queda pelos modelos mais minimalistas, vão tremer com essa versão do Chuck Taylor. Trata-se de um modelo em couro branco premium, com uma textura suave, mas muito marcante. O toque final fica por conta dos detalhes da costura em branco, e da estrela da marca em couro marrom, costurada na lateral como sempre. Incrível! Nas lojas por US$125 pratas.

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BRANCO DÁ O TOM NOS PRINCIPAIS LANÇAMENTOS DO ÚLTIMO MÊS | por Eduardo Sena

NIKEiD Air Force 1 Safari Design A grande popularidade do design safari, lançada inicialmente no Nike Air Safari, em 1987, e a comemoração recente dos 30 anos do Air Force 1, proporcionaram uma edição limitada e que promete ser concorridíssima dos modelos High e Low com pinta de onça. A novidade começa a rolar a partir de primeiro de abril e, ao contrário do que pode propor a data de lançamento, é a mais pura verdade. Acesse o site NikeID e confira.

COMME Des GARÇONS SHIRT X Pointer Chester COMME Des GARÇONS SHIRT e a londrina Pointer se uniram pra criar um low-top sneaker bem interessante. Com linhas leves e uma combinação ótima de lona azul com entressola branca e marrom, o modelo ficou bonito em sua simplicidade e traz a marca Pointer no calcanhar e sola. Já a palmilha é assinada pela COMME Des GARÇONS SHIRT.

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BRANCO DÁ O TOM NOS PRINCIPAIS LANÇAMENTOS DO ÚLTIMO MÊS | por Eduardo Sena

UNDERCOVER Canvas Sneaker Aqui vai mais um low-top bacana. Na na verdade, trata-se de uma coleção feita pela japonesa UNDERCOVER, que sempre apresenta colaborações de alto nível. Desta vez a marca traz um low-top com visual limpo, em lona discretamente estampada e forro e sola de borracha vulcanizada. As cores também foram escolhidas com sabedoria, azul marinho e – o bom e velho – branco. Tem estilo, tem capricho, tem meu voto. Nice!

Ronnie Fieg X ASICS GEL Saga “Bumblebees” Mais uma das dezenas de colaborações incríveis de Ronnie Fieg com grandes marcas e chegamos a este exclusivíssimo ASICS GEL Saga “Bumblebees” (zangão, em tradução livre). O sneaker – que tem esse apelido por motivos óbvios – é um GEL amarelo mostarda com detalhes em preto – minhas cores prediletas – e só tem um problema: não está a venda. É que o modelo foi um presente de aniversário para um membro do time da Kith NYC. Mas vale admirar.

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BRANCO DÁ O TOM NOS PRINCIPAIS LANÇAMENTOS DO ÚLTIMO MÊS | por Eduardo Sena

M.LAB Collection Pra tentar familiarizar os alunos com a realidade do design de produto, os institutos de design japonês Keio University e Vantan fizeram uma parceria com dois grandes veteranos da indústria, UBIQ e Mountainsmith. O resultado? A M.LAB Collection. Uma coleção com três estilos de tênis e bolsas, feitos a partir de produtos 3M reflexivos, couro perfurado e denin índigo. Os produtos chegam às lojas em maio, mas desde já vale dar uma olhada na linha e no vídeo promocional, que também foi projetado pelos alunos. Tem seu valor!

com detalhes sutis em dourado. Só isso, precisa mais? Definitivamente, não.

Veja a galeria com todas as fotos dos modelos citados nessa coluna em nossa fan page no Facebook. Acesse já, http://on.fb.me/HB9jtA

Puma Japan RS Ainda no Japão, a Puma apresentou recentemente o super lançamento de um sneaker high-top que impressiona pela pegada que eu mais aprecio em um sneaker: a simplicidade. O Puma Japan RS é um modelo em couro nos tons preto e branco,

Gostou da seleção da coluna SNEAKERinHEAD deste mês? Mesmo que não, comente, elogie, xingue, ou simplesmente mande um salve por e-mail. eduardosena@estilotenis.com.br

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TEST-DRIVE

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ADIDAS ADIPURE: O CONCEITO MINIMALISTA LEVADO AO EXTREMO | Por Zeca Salgueiro

“Quando se quer alcançar um objetivo, disciplina é fundamental.”

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ADIDAS ADIPURE: O CONCEITO MINIMALISTA LEVADO AO EXTREMO | Por Zeca Salgueiro

E

stranho. Essa é a primeira impressão quando você olha o novo adidas adiPure trainer. A partir daí prende sua atenção, porque é muito legal – parece que calçaram luvas nos seus pés. E você que achou que já tinha calçado de tudo! A adidas inovou mais uma vez (depois dos modelos Feather), e fez questão de mostrar tudo o que esse novo modelo é capaz de proporcionar, lançando vídeos no Youtube e tabelas de treinos específicos em seu site americano. É um conceito novo para a prática esportiva e, pra mim, foi ótimo na execução de exercícios relacionados à capoeira e outras artes marciais. Mas vamos à análise... Tipo de tênis Específico para treinos, pois proporciona bastante equilíbrio. Quem pode usar Quem tem pisada neutra. Como é praticamente uma luva, não corrige a passada. Peso Aproximadamente 200 gramas.

Design Diferente de tudo que você já viu, pode ter certeza! Parece uma luva de goleiro com as três listras em forma de onda no peito do pé. Fora o espaço para calçar cada dedo! Disponível em tantas cores e combinações que vale mais a pena checar no site: http://bit.ly/ntZpWz Conforto É preciso se acostumar. No começo você tem a sensação de que alguém está separando seus dedos, mas depois fica gostoso de usar. Requer algum tempo para calçá-lo com perfeição.

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ADIDAS ADIPURE: O CONCEITO MINIMALISTA LEVADO AO EXTREMO | Por Zeca Salgueiro

É mais recomendado para quem tem os pés mais largos. Como o meu pé é mais estreito, causou algum desconforto por forçar um “espaçamento” não natural dos dedos. Usa o sitema Ortholite de palmilha. Amortecimento Parece com a pisada de uma chuteira de futsal. Seus pés praticamente tocam o chão e esse modelo não tem a pretensão de ser um exemplo em amortecimento, já que aqui o princípio é o do equilíbrio, embora seja mais confortável do que aparenta.

Estresse térmico O tecido de padrão Climacool, marca registrada da adidas, garante uma boa ventilação. Só senti calor ao ficar parado ao sol, pois meu modelo era inteiro da cor preta. Aderência Ponto para o candidato! Você não derrapa em nenhum terreno e ainda assim pode fazer alguns giros sem correr o risco de torcer o tornozelo ou o joelho.

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ADIDAS ADIPURE: O CONCEITO MINIMALISTA LEVADO AO EXTREMO | Por Zeca Salgueiro

Estabilidade (controle de movimento) Aqui o bicho pegou, pois parece que você realmente está correndo ou fazendo exercícios descalço. É incrível o equilíbrio que esse modelo proporciona.

Conclusão É um novo conceito, como já disse; e leva um tempo para acostumar à pegada do modelo, mas a resposta de equilíbrio e noção da pisada são coisas de outro mundo. Eu recomendo mais para a prática de artes marciais do que para corrida, mas aí vai do gosto do freguês.

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TREINAMENTO

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PARTINDO PARA O ABRAÇO, CORRENDO | por Anderson Lopes

“Quando se quer alcançar um objetivo, disciplina é fundamental.”

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TREINAMENTO

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PARTINDO PARA O ABRAÇO, CORRENDO | por Anderson Lopes

M

uito bem! Estou gostando de ver! Quando se quer alcançar um objetivo, disciplina é fundamental. Ainda mais se é algo feito para melhorar o seu rendimento físico, bem-estar e saúde. Ao ultrapassar 5 minutos de corrida, a vontade de sair desbravando ruas, avenidas e parques é incontrolável. Siga corretamente o recomendado, pois a pressa é inimiga da perfeição! Aí, é só partir para o abraço – e correndo! Nesta fase incluiremos intervalos de corrida rápida, objetivando aumentar a sua tolerância ao esforço da corrida. Ajustes fisiológicos ocorrerão ao se incrementar a intensidade. A programação de corrida de rua nas últimas quatro edições (incluindo esta) lhe proporcionará concluir bem, provas de 5km e servirá de base para provas de 10Km. Não foram mencionadas informações sobre controle de frequência cardíaca, pois a idéia foi de desenvolver um guia de fácil interpretação, considerando a percepção de esforço do praticante, apenas sendo necessário o uso de relógio com o recurso de cronômetro. A quarta sequência do programa sugerido deve ser realizada nas próximas quatro semanas. Lembrando, algumas regras devem ser respeitadas para se ter resultado: 1. Escolha o período do dia que melhor atenda ao seu treino de corrida. Considerando os horários mais adequados, antes das 10 e após 16 horas;

2. Se possui algum tipo de restrição clínica ortopédica, cardíaca, respiratória ou outra, verifique com o seu médico de confiança; 3. Evite locais de tráfego intenso de carros, optando por parques, praças ou ruas de menor movimento; 4. Respeite o intervalo de pelo menos 48 horas entre uma sessão e outra. Também pode ser realizado terças, quintas e sábados/domingos (depende da sua disponibilidade); 5. Alimente-se antes da sua corrida. Dê preferência a alimentos leves (pão, fruta, suco de fruta, etc); 6. Realize, sempre, a caminhada rápida antes do treino principal. Não há necessidade de alongar antes, mas imprescindível no seu término; 7. Beber água faz parte do treino. Evite excessos, pois o desconforto pode interromper a sua sessão de treino; 8. Queimar etapas pode aumentar o risco de se lesionar. Siga corretamente o indicado. Caso sinta algum tipo de dor, suspenda imediatamente o treino. Se sentir a mesma numa segunda sessão, busque ajuda médica; 9. Use protetor solar, roupas e acessórios adequados para a prática da corrida de rua. Acompanhe a nossa coluna Test-drive com muitas dicas!; 10. Ao interpretar o treino, verifique o significado correto da legenda.

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TREINAMENTO

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PARTINDO PARA O ABRAÇO, CORRENDO | por Anderson Lopes

Dia Segunda Terça

Quarta

Semana 1

Semana 2

Semana 3

T.T. 42' T.T. 42' T.T. 52' 5'-car 5'-car 5'-car 2x(15'-col/2'-car) 2x(15'-col/2'-car) 2x(20'-col/2'-car) 3'-cal 3'-cal 3'-cal Day off

Day off

Day off

Semana 4 T.T. 52' 5'-car 2x(20'-col/2'-car) 3'-cal Day off

T.T. 38' T.T. 44' T.T. 50' T.T. 56' 5'-car 5'-car 5'-car 5'-car 1x(4'-col/2'-car/8'1x(5'-col/2'- 1x(6'-col/2'-car/12'- 1x(7'-col/2'-car/14'col/2'-car/12'-col/2'- car/10'-col/2'col/2'-car/18'col/2'-car/21'car) car/15'-col/2'-car) col/2'-car) col/2'-car) 3'-cal 3'-cal 3'-cal 3'-cal

Quinta

Day off

Day off

Sexta

T.T. 36' 5'-car 7x(2'-col/1'-com/1'cor) 3'-cal

T.T. 36' 5'-car 7x(2'-col/1'cor/1'-com) 3'-cal

Sábado

Day off

Day off

Day off

Day off

Domingo

Day off

Day off

Day off

Day off

Legenda:

Day off

Day off

T.T. 38' T.T. 38' 5'-car 5'-car 6x(2'-col/2'-com/1'- 6x(1'-col/3'-com/1'cor) cor) 3'-cal 3'-cal

T.T.-tempo total; cal-caminhada leve; car-caminhada rápida; colcorrida lenta; com-corrida moderada; cor-corrida rápida

Boa corrida! Anderson Lopes Personal Trainer e Consultor em Treinamento Físico, Esporte e Saúde E-mail: andersonpersonal@me.com Twitter: @andsoulop

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SAÚDE

EDIÇÃO #8

ESTICAR E PUXAR, VOCÊ PRECISA ALONGAR | por Anderson Lopes

O

alongamento, da forma que o conhecemos, faz parte do que é fundamental numa sessão de treinamento físico, mas sempre deixamos para fazê-lo depois... “Ah, eu vou alongar em casa!”... Muito bem, conhecemos bem essa frase. Você, eu e tantos outros já disseram ou pensaram nisso algum dia. Na pior das hipóteses, faz parte de uma rotina, que guarda desagradáveis surpresas futuras.

As complicações com a falta de alongamento não ocorrem apenas nas sessões de treinamento físico, mas também nas tarefas do dia-a-dia e no trabalho. Em todos esses momentos assumimos posturas e movimentos incorretos, implicando em dores e lesões mais sérias, levando até mesmo à incapacidade física!

A flexibilidade, capacidade física que consiste na manutenção ou melhora dos níveis de amplitude articulares, influi diretamente em nossa qualidade de vida, pois através dela promovemos relaxamento, prevenção de encurtamento muscular e consequentes tendinites, lombalgias, estiramentos, rupturas musculares entre outras tantas que vemos e conhecemos por aí. Segundo Dantas (2005), o alongamento é a forma de trabalho que visa a manutenção dos níveis de flexibilidade obtidos e a realização dos movimentos de amplitude normal com o mínimo de restrição física possível, isto é, com mais eficácia e menor gasto energético. Infelizmente, passamos a dar mais valor ao alongamento quando sentimos dor ou sofremos alguma lesão. Daí, não há como deixar de praticá-lo, pois faz parte do processo de reabilitação, por conta de aumentar a amplitude de movimento de uma articulação imobilizada, no período pós-traumático. Literalmente temos que sofrer “na pele”.

Nas empresas, a ginástica laboral é praticada com o objetivo de reduzir o número de afastamento por incapacidade física, seja por dor de coluna, desvios posturais, tendinites por uso excessivo do computador, entre outros. Essa prática trouxe resultados em produtividade, interação social e bem estar para os seus colaboradores. O alongamento é parte fundamental nesse processo.

Há muitas dúvidas sobre como o alongamento deve ser realizado. No presente artigo, mencionarei razões importantes para convencê-lo das vantagens e benefícios dessa modalidade física. Siga-me!

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SAÚDE

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ESTICAR E PUXAR, VOCÊ PRECISA ALONGAR | por Anderson Lopes

Que momento da sessão de treinamento físico devo alongar? As pesquisas são inconclusivas sobre a questão do alongamento ser realizado antes ou depois da sessão de treino. Mas muitos estudos sugerem que o alongamento é fundamental ao final da sessão, prevenindo encurtamento muscular e promovendo relaxamento. Tal condição é facilitada pelo aumento da temperatura corporal (é unânime que o aquecimento é componente fundamental no pré-treino), implicando na diminuição da viscosidade das fibras musculares. Isso favorece o seu deslizamento, assim, reduzindo o risco de lesão por estiramento excessivo. No entanto, a musculatura aquecida diminui a sensibilidade da magnitude do quanto o músculo está alongado, sendo necessário perceber um leve desconforto durante sua execução.

Quanto tempo preciso manter em cada posição para o alongamento ser efetivo? Preconiza-se manter a posição do alongamento em torno de 30 segundos, visando o efeito de manutenção da flexibilidade ou relaxamento. À medida que se habitua a fazê-lo pode-se aumentar o tempo para mais de 30 segundos. Se o objetivo é a performance esportiva, há a necessidade de se utilizar outros métodos para melhorar a flexibilidade, melhorando a qualidade do gesto esportivo. Qual a diferença entre alongamento ativo e passivo? Opa! Deixa eu explicar essa história! Alongamento ativo é aquele que você mesmo faz. Por exemplo, em pé, ao apoiar a mão no peito pé mantendo o joelho flexionado, alongando o quadríceps (músculo anterior da coxa). Já o alongamento passivo é aquele realizado por uma segunda pessoa ou equipamento, sem que você realize esforço. Assim, os resultados tendem a ser melhores, porque conseguimos alcançar os limites musculares. Muito utilizado entre os personal trainers. Ainda há o tipo misto, implicando na ação do indivíduo somado à ajuda externa.

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SAÚDE

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ESTICAR E PUXAR, VOCÊ PRECISA ALONGAR | por Anderson Lopes

A rotina de alongamento é diferente entre as modalidades esportivas/físicas? Tendem a ser diferentes, pois os gestos esportivos/físicos (movimentos) se diferem entre eles. Um corredor de rua não alongará do mesmo jeito que um jogador de futebol, ou vice-versa. Há grupos musculares utilizados em ambos os esportes, o que apresentará algumas semelhanças entre os exercícios de alongamento praticados. Além da flexibilidade, que é desenvolvida através do alongamento, há outra capacidade física que é tão importante quanto ela? A força muscular é interdependente da flexibilidade. Quando a flexibilidade é baixa e a força muscular é alta, as rupturas e inflamações musculares e tendíneas apresentam um risco maior de acontecer por causa de desequilíbrios musculares e movimentos bruscos. Quando ambas são treinadas, concomitantemente, esse risco é reduzido.

O alongamento é importante na prevenção de dores na coluna? Experimente permanecer por horas, dias, meses, anos, na maior parte do tempo sentado numa cadeira, trabalhando ou em frente ao computador... Muitos dos males que nos acometem hoje, originam-se do sedentarismo e dos movimentos repetitivos da nossa rotina diária. Alongar não só previne, como é recurso fundamental para tratar males da coluna ou de outras articulações. Lembre-se, alongar é preciso!

Anderson Lopes Personal Trainer e Consultor em Treinamento Físico, Esporte e Saúde E-mail: andersonpersonal@me.com Twitter: @andsoulop

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CARREIRA

EDIÇÃO #8

GERENTE OU LÍDER? | por Nélio Bilate

...e falando de carreira, temos aqui uma pergunta muito importante: qual a diferença entre gerente e líder? Nos dias de hoje tenho falado muito sobre esses dois “sujeitos” que andam pelos corredores, salas e reuniões do mundo corporativo, das lojas, dos restaurantes, enfim, dos lugares onde a hierarquia aparece. Para esclarecer (ou gerar mais dúvidas ainda, apesar de não ser a intenção), de uma forma geral, todos podemos ser os dois. Por vezes um domina o outro. Por vezes um é parceiro do outro. Por vezes um briga com o outro. Não existe melhor nem pior. Os dois podem se completar e formar uma bela dupla, dependendo da situação. Para ser um bom líder, um início favorável é o autoconhecimento. Só alguém que se conhece pode tentar conhecer o outro. Só alguém que se lidera, pode tentar liderar o outro, só alguém que se responsabiliza, pode se responsabilizar por si e pelo outro. O líder é aquele que pergunta: O que? Por quê? O gerente é aquele que pergunta: Como? O líder é o cara da visão, da sensibilidade, da intuição. É o sujeito que inspira e motiva pelas suas experiências e vivências, aproveitando também, a vivência do outro. O gerente é o sujeito dos processos, da forma, do passado, presente e futuro. Ele, o gerente, nos ajuda no “como”, nas métricas, nos dados, na metodologia, nos objetivos. O líder nos ajuda nos “porques” das coisas, das pessoas, das grandes metas, da missão e do propósito de estarmos juntos. Isso quando somos um time. O gerente faz o plano e o líder aproveita o aprendizado de fazer o planejamento. Muito bom ter os dois, mas efetivamente o mundo está carecendo mais dos líderes que conseguem inovar e trazer aquilo que jamais foi pensado. Estamos numa era onde o “fazer” está tomando lugar do pensar e do “sentir”. Líder sente mais. Gerente faz mais. Os dois são necessários, mas com equilíbrio. Coisa rara nos nossos dias de hoje, o equilíbrio.

E como podemos formar novos líderes para empresas, carreiras e times melhores? Devo confessar que não acredito nos modelos e nos livros que dizem como. Devo dizer que não concordo com coisas do tipo: “os dez mandamentos do líder” ou “os cinco passos para ser um grande líder”. Se quisermos mesmo responder essa pergunta, devemos ser mais humanos. Devemos gostar e aceitar a humanidade, ou seja, aceitar o erro do outro e ter a consciência que falhamos. Um bom líder precisa ter recebido boas doses de amor na vida e também precisa assumir que recebeu e, portanto, que pode doar, sem expectativas. O verdadeiro líder é aquele que tem a plena e verdadeira capacidade de se colocar no lugar do outro. Ser gerente ou estar gerente, pode se aprender muito bem nas escolas de gestão, no dia-a-dia das empresas, nos cursos e treinamentos. Ser líder depende de olhar para si e para o outro. Depende da alegria e da diversão permitida. Depende das conversas com a família e com os amigos. Depende de estarmos dispostos a jantar com quem amamos sem que a TV esteja ligada. Depende de telefonar para os nossos amigos mais queridos e não somente mandar uma mensagem pelo celular ou pelo computador. Ser líder depende da maravilhosa capacidade de não julgar.

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CARREIRA

EDIÇÃO #8

GERENTE OU LÍDER? | por Nélio Bilate

Para ser ou estar gerente precisamos de muito. Para ser líder precisamos de pouco. Mas o pouco que representa o bastante e que nos move para o que não sabemos ainda. O verdadeiro líder é aquele que ama a simplicidade. Que tem o desejo real de transformar o complicado em simples, o difícil no fácil e o negativo no positivo. Quer ser líder, então seja antes de tudo o protagonista da sua vida e da sua carreira. Definitivamente carecemos desses líderes maravilhosos que sabiam como motivar e inspirar pessoas. Precisamos nos conscientizar disso para criarmos filhos com essa vocação, com esse desejo. Mas para isso precisamos estar com eles, conversar com eles, contar boas histórias, traduzir coisas (como um bom líder é capaz de fazer), precisamos nos abrir para o desconhecido e finalmente nos divertir com o que fazemos e comemorar todas as vitórias da vida. Que assim seja! Coisa rara nos nossos dias de hoje, o equilíbrio.

Nélio Bilate é consultor da área de desenvolvimento humano da DBM e empresário da NBHEART. www.nbheart.com.br

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ORGANIZAÇÃO

EDIÇÃO #8

ANTES DE QUEBRAR SEU PORQUINHO, ORGANIZE SUAS FINANÇAS | por Cintia Covre

D

izem que o ano só começa depois do carnaval. Se a máxima é verdadeira ou não, este é o momento que muitos aproveitam para colocar as contas em dia, checam os excessos do final do ano e do Carnaval, e retomam os planos. Para deixar sua vida mais tranquila, saber quanto é possível gastar e alcançar os objetivos de compras já traçados é preciso se organizar financeiramente.

Não deixe para depois, o ano já começou, o tempo passa rápido e a organização financeira é muito importante para uma vida mais programada, saudável, para que você atinja suas metas e, no balanço de 2012, você sinta-se satisfeito. Pense bem e, se precisar, procure ajuda!

Para começar, coloque em uma planilha de Excel seus custos fixos mensais como, por exemplo, a academia, plano de saúde, contas de luz, aquele curso, etc. Não deixe de computar todos os gastos, por menor que eles sejam, pois no final do mês isso fará diferença! Deixe um valor considerável para os gastos extras, como remédios e passeios. Depois é só subtrair estes custos do valor que você ganha. Se sobrar dinheiro, isso significa que você pode poupar aquela quantia para comprar o que almeja; se faltar, veja o que pode ser retirado dos gastos variáveis para zerar as dívidas. Uma dica importante é manter a disciplina e, todo mês, fazer esses cálculos. Com o tempo você poderá fazer uma avaliação de como anda a saúde das suas finanças. Se essa estimativa de “mais e menos” não for suficiente, sugiro que procure um profissional que direcionará corretamente seus gastos ao longo do tempo. Muitas vezes, as pessoas acham que não precisam de serviços de consultores ou especialistas, mas isso é um engano, pois o tempo curto e outros compromissos comprometem esta tarefa.

Cintia Covre é proprietária da Otimiza Design empresa especializada em organização de ambiente / www.otimizadesign.com.br / fone: 11 7152-5552

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FIM DE PAPO

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AMIGOS, AMIGOS... | por Eduardo Sena

- Olha lá! Olha lá! - To vendo. - E aí? - Hmmm… - Diz aí, vai. - Casada, séria, tímida. - Tímida? - Tá bom. Tímida, mas deve ser uma máquina. - Será? - Eu acho. - Ia? - Fácil. - Eu também. - Pois é. - E essa agora? Toda cheia de pressa, desconfiada. - Sei. - Parece que esconde alguma coisa. - A bolsa. - O que? - Com essa sua cara de trombadinha tarado encarando ela, só pode estar escondendo a bolsa. - Também não exagera. - Pois é. - Sei… E aquela lá longe? - Sei não. - Fala, vai. - Melhor não. - Qual é? - Não tô vendo direito… - Mas o míope aqui sou eu! - Eu sei. - Então dá um chute.

- Melhor não. - Afinou? - Claro que não! - Então arrisca. - Tá bom: eu ia bem fácil! - Mesmo sem ver direito? Como assim? - Ia, ora bolas! - Péra lá… Mas... É minha irmã! Tá maluco, cara?! - Estaria se não fosse. - Seu… - Antes um amigo que um desconhecido... Não? - Seu! Seu! - Sério. Vai na minha, cara... Como sua irmã... E não se falaram mais até o dia do casamento. Quando, mesmo a contra gosto do primeiro, passaram de amigos a cunhados.

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CRÉDITOS CONSTRUIRAM ESTA REVISTA | por ESTILOTENIS Diretores de Redação: Marcello Barbusci, Eduardo Sena e Zeca Salgueiro Diretor de Arte: Marcello Barbusci Projeto Gráfico: Marcello Barbusci e Eduardo Sena Fotos: Marcello Barbusci e Eduardo Sena Interatividade: Marcello Barbusci Revisão: Zeca Salgueiro e Eduardo Sena Plataforma usada: ISSUU Foto Capa: Marcello Barbusci Colaboraram com esta edição: Anderson Lopes | Saúde / Test-drive Nélio Bilate | Carreira Cintia Covre | Organização pessoal e empresarial Marcos Augusto Ferreira | ESTILOTENIS por aí Mauricio Cozer | CULTURA Agradecimentos: Renata Nacarato | Giornate Comunicação

Contato Comercial: Marcello Barbusci | marcello@estilotenis.com.br | 11 2532 0549 - 11 8208 3698

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