A Bíblia do Pregador - 8 - RA - Capa Verde/Preta

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O Evangelho segundo

MARCOS Introdução O Evangelho de Marcos, considerado o mais antigo de todos os Evangelhos, anuncia a boa notícia a respeito de Jesus Cristo, dando atenção especial à sua atividade constante e à sua autoridade. Jesus vai de um lugar para outro, anunciando a vinda do Reino de Deus, ensinando multidões, fazendo milagres e curando doentes. Para ajudá-lo, ele escolhe doze homens, a quem chama de “apóstolos”. Estes acompanham Jesus por toda parte, aprendem o mistério do Reino de Deus e depois saem para anunciar a mensagem da salvação e curar pessoas. A autoridade de Jesus vem de Deus. Ele é o Filho do Homem, aquele que Deus escolheu e enviou para ser o Salvador de todos (10.45). Portanto, ele tem autoridade para expulsar demônios, curar doentes e perdoar pecados. Este Evangelho começa com o batismo de Jesus no rio Jordão por João Batista (1.9-11) e termina com a ressurreição de Jesus (16.1-8).

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1 Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho

Esquema do conteúdo Prólogo (1.1-15) Pregação de João Batista (1.1-8) Começo do ministério de Jesus (1.9-15) 1. Jesus, o Messias (1.16—8.30) a. Atividades e ensinamentos de Jesus (1.16—3.12) b. Proclamação do Reino de Deus (3.13—6.6) c. Jesus se revela como o Messias (6.7—8.30) 2. Jesus, o Filho do Homem (8.31—16.20) a. Jesus anuncia a sua morte (8.31—11.11) b. Atividades de Jesus em Jerusalém (11.12—13.37) c. Paixão, morte e ressurreição (14.1—16.20)

4 apareceu João Batista no deserto, pregando batis-

de Deus.

mo de arrependimento para remissão de pecados. 5 Saíam a ter com ele toda a província da Judeia João Batista e todos os habitantes de Jerusalém; e, confessando os seus pecados, eram batizados por ele no rio Mt 3.1-6; Lc 3.1-6 2 Conforme está escrito na profecia de Isaías: Jordão. Eis aí envio diante da tua face o meu mensa- 6 As vestes de João eram feitas de pelos de camegeiro, o qual preparará o teu caminho a; lo c; ele trazia um cinto de couro e se alimentava 3 voz do que clama no deserto: Preparai o cami- de gafanhotos e mel silvestre. c 2Rs 1.8 nho do Senhor, endireitai as suas veredas b; a Ml 3.1 b Is 40.3 João dá testemunho de Jesus Mt 3.11-12; Lc 3.15-17; Jo 1.19-28 Mc 1 O Senhor Jesus, em Mc 1, 7 E pregava, dizendo: Após mim vem aquele que é citado como: é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de, curvando-me, desatar-lhe as correias das san1. O obediente, que cumpre a justiça de Deus (v. 9; Mt 3.15). dálias. 8 Eu vos tenho batizado com 1 água; ele, porém, vos 2. O humilde, que se identifica com o homem pecador (v. 9). batizará com 1 o Espírito Santo. 1 com; ou em 3. O comprovado por Deus (v. 11). 4. O tentado por Satanás (v. 13). 5. O pregador do Evangelho de Deus (v. 14). 6. Aquele que convida para segui-lo (v. 17). 7. O mestre, que ensina com autoridade a Palavra (vs. 21-22).

O batismo de Jesus Mt 3.13-17; Lc 3.21-22; Jo 1.32-34 9 Naqueles dias, veio Jesus de Nazaré da Galileia e por João foi batizado no rio Jordão.


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Marcos 1

10 Logo

ao sair da água, viu os céus rasgarem-se e 19 Pouco mais adiante, viu Tiago, filho de Zebeo Espírito descendo como pomba sobre ele. deu, e João, seu irmão, que estavam no barco con11 Então, foi ouvida uma voz dos céus: Tu és o meu sertando as redes. Filho amado d, em ti me comprazo e. d Mt 12.18; 17.5; 20 E logo os chamou. Deixando eles no barco a seu Mc 9.7; Lc 9.35 e Is 42.1 pai Zebedeu com os empregados, seguiram após Jesus. A tentação de Jesus A cura de um endemoninhado Mt 4.1-11; Lc 4.1-13 12 E logo o Espírito o impeliu para o deserto, em Cafarnaum 13 onde permaneceu quarenta dias, sendo tentado por Lc 4.31-37 21 Depois, entraram em Cafarnaum, e, logo no Satanás; estava com as feras, mas os anjos o serviam. sábado, foi ele ensinar na sinagoga. 22 Maravilhavam-se h da sua doutrina, porque os Jesus volta para a Galileia ensinava como quem tem autoridade e não como Mt 4.12-17; Lc 4.14-15 14 Depois de João ter sido preso, foi Jesus para a os escribas. h Mt 7.28-29 23 Não tardou que aparecesse na sinagoga um hoGalileia, pregando o evangelho de Deus, 15 dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de mem possesso de espírito imundo, o qual bradou: Deus f está próximo; arrependei-vos g e crede no 24 Que temos nós contigo, Jesus Nazareno? Vieste f Mt 3.2 g Dn 2.44 para perder-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus! evangelho. A vocação de discípulos Mt 4.18-22; Lc 5.1-11 16 Caminhando junto ao mar da Galileia, viu os irmãos Simão e André, que lançavam a rede ao mar, porque eram pescadores. 17 Disse-lhes Jesus: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. 18 Então, eles deixaram imediatamente as redes e o seguiram. Tentações

Mc 1.13

1. Qual é a origem das tentações? Satanás e a cobiça do coração (Mc 1.13; Tg 1.14). 2. Quem é tentado? Todos (Mc 1.12-13; Jó 1.8). 3. Quando somos tentados? Sempre, especialmente depois de grandes bênçãos (Mc 1.11; Mt 4.1). 4. Quando somos tentados? Nas áreas de fragilidade (Jesus: quando teve fome) (Lc 4.2-3). 5. Em que áreas somos tentados? Todas (Lc 4.3,6,9; 1Jo 2.16). 6. Qual a frequência das tentações? São contínuas (Lc 4.13). 7. Qual o propósito em Deus permitir as tentações? Provar-nos (Lc 4.1; Gn 22.16-18). 8. Como alcançamos a vitória nas tentações? Usando a Palavra (Lc 4.4,8,12; “Está escrito”). 9. Como alcançamos a vitória nas tentações? Usando a armadura de Deus (Ef 6.10-12).

André

Mc 1.16

1. Era irmão de Pedro. 2. Sua profissão era pescador (v. 16). 3. O chamado do Mestre: “Vem após mim” (v. 17). 4. O motivo do chamado: tornar-se pescador de homens (Jo 20.21-23). 5. O revestimento divino para o ministério (Mc 3.14-15). 6. Sua primeira experiência como pescador de almas (Jo 1.40-42). 7. Sua comunhão com outros no ministério (Jo 12.22). 8. Sua comunhão de oração (At 1.13-14). 9. O testemunho junto dos apóstolos (At 2.14).

Instruções para “pescadores de homens”

Mc 1.17

O Senhor chamou dois de seus discípulos que estavam ativamente envolvidos no trabalho. Eram pescadores de peixes e deveriam tornar-se “pescadores de homens”. Um verdadeiro pescador sabe atrair os peixes. “Pescadores de homens” devem estudar a maneira de pensar, os costumes e a vida das pessoas. Os pescadores de homens necessitam ter… 1. Tato e sabedoria (Mt 10.16; Pv 11.30). 2. Persistência (não devem desanimar) (1Tm 4.16). 3. Consciência dos perigos (Mt 10.16-17).


Marcos 1

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25 Mas

Jesus o repreendeu, dizendo: Cala-te e sai desse homem. 26 Então, o espírito imundo, agitando-o violentamente e bradando em alta voz, saiu dele. 27 Todos se admiraram, a ponto de perguntarem entre si: Que vem a ser isto? Uma nova doutrina! Com autoridade ele ordena aos espíritos imundos, e eles lhe obedecem! 28 Então, correu célere a fama de Jesus em todas as direções, por toda a circunvizinhança da Galileia. A cura da sogra de Pedro Mt 8.14-15; Lc 4.38-39 29 E, saindo eles da sinagoga, foram, com Tiago e João, diretamente para a casa de Simão e André. 30 A sogra de Simão achava-se acamada, com febre; e logo lhe falaram a respeito dela. 31 Então, aproximando-se, tomou-a pela mão; e a febre a deixou, passando ela a servi-los. Muitas outras curas Mt 8.16-17; Lc 4.40-41 32 À tarde, ao cair do sol, trouxeram a Jesus todos os enfermos e endemoninhados. 33 Toda a cidade estava reunida à porta. 34 E ele curou muitos doentes de toda sorte de enfermidades; também expeliu muitos demônios, não lhes permitindo que falassem, porque sabiam quem ele era. A cura do endemoninhado O milagre do Senhor foi tão poderoso, que todos os sinceros foram conduzidos à reflexão (Is 61). 1. Quando aconteceu o milagre? a. Imediatamente após a prisão de João Batista (Mc 1.14). b. Exatamente onde João parou, o Senhor continuou. c. Aconteceu num sábado. 2. O local, onde o milagre se realizou: a. Em Cafarnaum, onde tantas coisas aconteciam. b. Na sinagoga, durante um culto. 3. Um culto abençoado. a. Uma grande multidão ouvia atentamente. b. Um endemoninhado estava na sinagoga. Ele era uma habitação de Satanás. Homens em poder de Satanás também podem ser religiosos e ouvir uma pregação. O medo do

Jesus se retira para orar Lc 4.42-44 35 Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava. 36 Procuravam-no diligentemente Simão e os que com ele estavam. 37 Tendo-o encontrado, lhe disseram: Todos te buscam. 38 Jesus, porém, lhes disse: Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de que eu pregue também ali, pois para isso é que eu vim. 39 Então, foi por toda a Galileia i, pregando nas sinagogas deles e expelindo os demônios. i Mt 4.23; 9.35

A cura de um leproso Mt 8.1-4; Lc 5.12-16 40 Aproximou-se dele um leproso rogando-lhe, de joelhos: Se quiseres, podes purificar-me. 41 Jesus, profundamente compadecido, estendeu a mão, tocou-o e disse-lhe: Quero, fica limpo! 42 No mesmo instante, lhe desapareceu a lepra, e ficou limpo. 43 Fazendo-lhe, então, veemente advertência, logo o despediu 44 e lhe disse: Olha, não digas nada a ninguém; mas vai, mostra-te ao sacerdote e oferece j pela tua purificação o que Moisés determinou, para servir de j Lv 14.1-32 testemunho ao povo. 45 Mas, tendo ele saído, entrou a propalar muitas coisas e a divulgar a notícia, a ponto de não mais Mc 1.23-28 endemoninhado era grande. Onde o Senhor se manifesta, tremem os maus espíritos. 4. O poderoso libertador. a. Sua presença libertou rapidamente o endemoninhado. b. Jesus é o Salvador dos perdidos (Mt 1.21; Hb 7.25ss.). c. O Autor da salvação (Hb 2.10). d. O Doador do arrependimento e o Restaurador (At 5.31). e. O único Salvador e Redentor do mundo (At 4.12). 5. A maravilhosa libertação. a. Jesus veio para destruir as obras de Satanás (1Jo 3.8). b. O Senhor não dizia muitas palavras (Mc 4.39). 6. Grande espanto e perguntas. Infelizmente não lemos de pessoas que creram.


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Marcos 1 – 2

poder Jesus entrar publicamente em qualquer ci- 7 Por que fala ele deste modo? Isto é blasfêmia! dade, mas permanecia fora, em lugares ermos; e Quem pode perdoar pecados, senão um, que é de toda parte vinham ter com ele. Deus? 8 E Jesus, percebendo logo por seu espírito que eles A cura de um paralítico em Cafarnaum assim arrazoavam, disse-lhes: Por que arrazoais Mt 9.1-8; Lc 5.17-26 sobre estas coisas em vosso coração? 1 Dias depois, entrou Jesus de novo em Cafar- 9 Qual é mais fácil? Dizer ao paralítico: Estão naum, e logo correu que ele estava em casa. perdoados os teus pecados, ou dizer: Levanta-te, 2 Muitos afluíram para ali, tantos que nem mesmo toma o teu leito e anda? junto à porta eles achavam lugar; e anunciava-lhes 10 Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados a palavra. 3 Alguns foram ter com ele, conduzindo um para- — disse ao paralítico: 11 Eu te mando: Levanta-te, toma o teu leito e vai lítico, levado por quatro homens. 4 E, não podendo aproximar-se dele, por causa para tua casa. da multidão, descobriram o eirado no ponto cor- 12 Então, ele se levantou e, no mesmo instante, respondente ao em que ele estava e, fazendo uma tomando o leito, retirou-se à vista de todos, a ponto de se admirarem todos e darem glória a abertura, baixaram o leito em que jazia o doente. 5 Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Filho, Deus, dizendo: Jamais vimos coisa assim! os teus pecados estão perdoados. 6 Mas alguns dos escribas estavam assentados ali e A vocação de Levi arrazoavam em seu coração: Mt 9.9; Lc 5.27-28 13 De novo, saiu Jesus para junto do mar, e toda a multidão vinha ao seu encontro, e ele os Mc 2.1-12 A cura do paralítico ensinava.

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A fama de Jesus percorria o país inteiro. Também os amigos do paralítico ouviram falar do Senhor e se prontificaram a levá-lo até ele. 1. O paralítico. a. Estava totalmente desamparado e não podia ir sozinho. b. Era completamente dependente e foi carregado por seus amigos. c. Estava interiormente e exteriormente na miséria (v. 5). 2. Os amigos do paralítico. a. Eram cheios de amor fraternal. b. Tiveram grande fé. c. Estavam em quatro, um sozinho não conseguiria nada. d. Eram, em seu amor, criativos e incansáveis (v. 4). 3. O grande Redentor. a. Ao primeiro olhar viu a fé que os carregadores tinham (v. 5). b. Depois olhou o enfermo (v. 5). c. A fala amorosa de Jesus: “Meu filho”. d. Seu maior ato de amor: o perdão dos pecados (v. 5). e. A palavra poderosa de Jesus: “Levanta-te e anda” (v. 11). 4. A multidão perplexa. Aquele que foi trazido carregado por quatro homens agora carregava a sua própria cama! O perdão dos pecados traz vida nova e nova força para o serviço (Ef 2.5-6; Jo 11.43-44; At 3.7-8; Rm 6.1-4; 1Ts 2.9).

De publicano a apóstolo

Mc 2.13-17

Levi, como seu nome já diz, era de descendência sacerdotal, da casa de Arão. Porém era dominado pelo dinheiro. Os judeus consideravam os publicanos como traidores e pecadores (Mt 9.11). 1. Um chamado divino. a. Ele foi dirigido a um apóstata. b. A um homem que trabalhou para os inimigos romanos. 2. Onde Levi recebeu o chamado. a. Na coletoria, cobrando impostos. b. Durante o seu serviço. 3. Como recebeu o chamado. a. Totalmente inesperado. b. Quando o Senhor passou (Não durante uma pregação). 4. Foi convidado para: a. Desistir do seu negócio rendoso. b. Seguir ao desprezado Nazareno. 5. Como Levi avaliou o chamado. a. Deixou tudo. b. Seguiu imediatamente, como outrora Abraão (Gn 12.4). 6. O que se seguiu a este chamado divino. a. Uma vida completamente nova. b. Um novo serviço: pescador de homens. c. Um novo ministério como apóstolo. d. A ele agradecemos o Evangelho segundo Mateus.


Marcos 2 – 3

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14 Quando

ia passando, viu a Levi, filho de Alfeu, Jesus é senhor do sábado sentado na coletoria e disse-lhe: Segue-me! Ele se Mt 12.1-8; Lc 6.1-5 23 Ora, aconteceu atravessar Jesus, em dia de sálevantou e o seguiu. bado, as searas, e os discípulos, ao passarem, coa Dt 23.25 Jesus come com pecadores lhiam espigas a. 24 Advertiram-no os fariseus: Vê! Por que fazem o Mt 9.10-13; Lc 5.29-32 15 Achando-se Jesus à mesa na casa de Levi, es- que não é lícito aos sábados? tavam juntamente com ele e com seus discípulos 25 Mas ele lhes respondeu: Nunca lestes o que fez muitos publicanos e pecadores; porque estes eram Davi, quando se viu em necessidade e teve fome, em grande número e também o seguiam. ele e os seus companheiros? 16 Os escribas dos fariseus, vendo-o comer em 26 Como entrou na Casa de Deus, no tempo do companhia dos pecadores e publicanos, pergunta- sumo sacerdote Abiatar, e comeu os pães da provam aos discípulos dele: Por que come [e bebe] ele posição, os quais não é lícito comer, senão aos com os publicanos e pecadores? sacerdotes b, e deu também aos que estavam com 17 Tendo Jesus ouvido isto, respondeu-lhes: Os ele? c b Lv 24.9 c 1Sm 21.1-6 sãos não precisam de médico, e sim os doentes; 27 E acrescentou: O sábado foi estabelecido por não vim chamar justos, e sim pecadores. causa do homem, e não o homem por causa do sábado; 28 de sorte que o Filho do Homem é senhor tamDo jejum Mt 9.14-17; Lc 5.33-39 bém do sábado. 18 Ora, os discípulos de João e os fariseus estavam jejuando. Vieram alguns e lhe perguntaram: O homem da mão ressequida Por que motivo jejuam os discípulos de João e os Mt 12.9-14; Lc 6.6-11 1 De novo, entrou Jesus na sinagoga e estava ali dos fariseus, mas os teus discípulos não jejuam? 19 Respondeu-lhes Jesus: Podem, porventura, jeum homem que tinha ressequida uma das mãos. juar os convidados para o casamento, enquanto 2 E estavam observando a Jesus para ver se o curaria o noivo está com eles? Durante o tempo em que em dia de sábado, a fim de o acusarem. 3 E disse Jesus ao homem da mão ressequida: Vem estiver presente o noivo, não podem jejuar. 20 Dias virão, contudo, em que lhes será tirado o para o meio! 4 Então, lhes perguntou: É lícito nos sábados fazer noivo; e, nesse tempo, jejuarão. 21 Ninguém costura remendo de pano novo em o bem ou fazer o mal? Salvar a vida ou tirá-la? Mas veste velha; porque o remendo novo tira parte da eles ficaram em silêncio. 5 Olhando-os ao redor, indignado e condoído com veste velha, e fica maior a rotura. 22 Ninguém põe vinho novo em odres velhos; do a dureza do seu coração, disse ao homem: Estende contrário, o vinho romperá os odres; e tanto se a mão. Estendeu-a, e a mão lhe foi restaurada. perde o vinho como os odres. Mas põe-se vinho 6 Retirando-se os fariseus, conspiravam logo com novo em odres novos. os herodianos, contra ele, em como lhe tirariam a vida.

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Renunciar por amor a Jesus

Mc 2.14

1. Abraão deixou Ur na Caldeia (At 7.2; Is 41.9). 2. Rebeca deixou a casa de seus pais (Gn 24.57-60). 3. Levi deixou a tesouraria e se tornou um apóstolo (Mc 2.14). 4. Neemias deixou sua posição privilegiada (Ne 2). 5. José deixou sua veste para permanecer puro (Gn 39.12). 6. O filho pródigo deixou o cocho dos porcos (Lc 15.18). 7. “Quem não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo” (Lc 14.33).

Jesus se retira. A cura de muitos à beira-mar 7 Retirou-se Jesus com os seus discípulos para os lados do mar. Seguia-o da Galileia uma grande multidão. Também da Judeia, 8 de Jerusalém, da Idumeia, dalém do Jordão e dos arredores de Tiro e de Sidom uma grande multidão, sabendo quantas coisas Jesus fazia, veio ter com ele. 9 Então, recomendou a seus discípulos que sempre lhe tivessem pronto um barquinho, por causa da multidão, a fim de não o comprimirem. 10 Pois curava a muitos, de modo que todos os que padeciam de qualquer enfermidade se arrojavam a Mc 4.1; Lc 5.1-3 a ele para o tocar. a


923 11 Também

os espíritos imundos, quando o viam, prostravam-se diante dele e exclamavam: Tu és o Filho de Deus! 12 Mas Jesus lhes advertia severamente que o não expusessem à publicidade.

Marcos 3 – 4

A família de Jesus Mt 12.46-50; Lc 8.19-21 31 Nisto, chegaram sua mãe e seus irmãos e, tendo ficado do lado de fora, mandaram chamá-lo. 32 Muita gente estava assentada ao redor dele e A escolha dos doze apóstolos. Os seus nomes lhe disseram: Olha, tua mãe, teus irmãos e irmãs Mt 10.1-4; Lc 6.12-16 estão lá fora à tua procura. 13 Depois, subiu ao monte e chamou os que ele 33 Então, ele lhes respondeu, dizendo: Quem é mesmo quis, e vieram para junto dele. minha mãe e meus irmãos? 14 Então, designou doze para estarem com ele e 34 E, correndo o olhar pelos que estavam assenpara os enviar a pregar tados ao redor, disse: Eis minha mãe e meus 15 e a exercer a autoridade de expelir demônios. irmãos. 16 Eis os doze que designou: Simão, a quem acres- 35 Portanto, qualquer que fizer a vontade de Deus, centou o nome de Pedro; esse é meu irmão, irmã e mãe. 17 Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, aos quais deu o nome de Boanerges, que quer dizer: A parábola do semeador filhos do trovão; Mt 13.1-9; Lc 8.4-8 18 André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tia1 Voltou Jesus a ensinar à beira-mar. E reuniugo, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o Zelote, -se numerosa multidão a ele, de modo que en19 e Judas Iscariotes, que foi quem o traiu. trou num barco a, onde se assentou, afastando-se da praia. E todo o povo estava à beira-mar, na praia. a Lc 5.1-3 A blasfêmia dos escribas 2 Assim, lhes ensinava muitas coisas por paráboMt 12.22-32; Lc 11.14-23 20 Então, ele foi para casa. Não obstante, a mul- las, no decorrer do seu doutrinamento. tidão afluiu de novo, de tal modo que nem podiam 3 Ouvi: Eis que saiu o semeador a semear. 4 E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho, comer. 21 E, quando os parentes de Jesus ouviram isto, saí- e vieram as aves e a comeram. ram para o prender; porque diziam: Está fora de si. 5 Outra caiu em solo rochoso, onde a terra era 22 Os escribas, que haviam descido de Jerusalém, pouca, e logo nasceu, visto não ser profunda a diziam: Ele está possesso de Belzebu b. E: É pelo terra. 6 Saindo, porém, o sol, a queimou; e, porque não maioral dos demônios que expele os demônios. b Mt 9.34; 10.25 tinha raiz, secou-se. 23 Então, convocando-os Jesus, lhes disse, por 7 Outra parte caiu entre os espinhos; e os espinhos meio de parábolas: Como pode Satanás expelir cresceram e a sufocaram, e não deu fruto. 8 Outra, enfim, caiu em boa terra e deu fruto, que a Satanás? 24 Se um reino estiver dividido contra si mesmo, vingou e cresceu, produzindo a trinta, a sessenta e tal reino não pode subsistir; a cem por um. 25 se uma casa estiver dividida contra si mesma, 9 E acrescentou: Quem tem ouvidos para ouvir, tal casa não poderá subsistir. ouça. 26 Se, pois, Satanás se levantou contra si mesmo e está dividido, não pode subsistir, mas perece. A explicação da parábola 27 Ninguém pode entrar na casa do valente para Mt 13.10-23; Lc 8.9-15 10 Quando Jesus ficou só, os que estavam junroubar-lhe os bens, sem primeiro amarrá-lo; e só então lhe saqueará a casa. to dele com os doze o interrogaram a respeito das 28 Em verdade vos digo que tudo será perdoado parábolas. aos filhos dos homens: os pecados e as blasfêmias 11 Ele lhes respondeu: A vós outros vos é dado coque proferirem. nhecer o mistério do reino de Deus; mas, aos de 29 Mas aquele que blasfemar c contra o Espírito fora, tudo se ensina por meio de parábolas, Santo não tem perdão para sempre, visto que é 12 para que, vendo, vejam b e não percebam; e, c Mt 12.32; Lc 12.10 ouvindo, ouçam e não entendam; para que não réu de pecado eterno. 30 Isto, porque diziam: Está possesso de um es- venham a converter-se, e haja perdão para eles. b Is 6.9-10 pírito imundo.

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Marcos 4

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13 Então,

lhes perguntou: Não entendeis esta parábola e como compreendereis todas as parábolas? 14 O semeador semeia a palavra. 15 São estes os da beira do caminho, onde a palavra é semeada; e, enquanto a ouvem, logo vem Satanás e tira a palavra semeada neles. 16 Semelhantemente, são estes os semeados em solo rochoso, os quais, ouvindo a palavra, logo a recebem com alegria. 17 Mas eles não têm raiz em si mesmos, sendo, antes, de pouca duração; em lhes chegando a angústia ou a perseguição por causa da palavra, logo se escandalizam. 18 Os outros, os semeados entre os espinhos, são os que ouvem a palavra, 19 mas os cuidados do mundo, a fascinação da riqueza e as demais ambições, concorrendo, sufocam a palavra, ficando ela infrutífera. 20 Os que foram semeados em boa terra são aqueles que ouvem a palavra e a recebem, frutificando a trinta, a sessenta e a cem por um.

A parábola da semente 26 Disse ainda: O reino de Deus é assim como se um homem lançasse a semente à terra; 27 depois, dormisse e se levantasse, de noite e de dia, e a semente germinasse e crescesse, não sabendo ele como. 28 A terra por si mesma frutifica: primeiro a erva, depois, a espiga, e, por fim, o grão cheio na espiga. 29 E, quando o fruto já está maduro, logo se lhe mete a foice, porque é chegada a ceifa. A parábola do grão de mostarda Mt 13.31-32; Lc 13.18-19 30 Disse mais: A que assemelharemos o reino de Deus? Ou com que parábola o apresentaremos? 31 É como um grão de mostarda, que, quando semeado, é a menor de todas as sementes sobre a terra; 32 mas, uma vez semeada, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças e deita grandes ramos, a ponto de as aves do céu poderem aninhar-se à sua sombra.

A parábola da candeia Lc 8.16-18 21 Também lhes disse: Vem, porventura, a can- Por que Jesus falou por parábolas deia para ser posta debaixo do alqueire ou da cama? Mt 13.34-35 33 E com muitas parábolas semelhantes lhes exNão vem, antes, para ser colocada no velador c? c Mt 5.15; Lc 11.33 punha a palavra, conforme o permitia a capacida22 Pois nada está oculto d, senão para ser manifes- de dos ouvintes. to; e nada se faz escondido, senão para ser reve- 34 E sem parábolas não lhes falava; tudo, porém, d Mt 10.26; Lc 12.2 explicava em particular aos seus próprios discílado. 23 Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça. pulos. 24 Então, lhes disse: Atentai no que ouvis. Com a medida com que tiverdes medido e vos medirão Jesus acalma uma tempestade também, e ainda se vos acrescentará. e Mt 7.2; Lc 6.38 Mt 8.23-27; Lc 8.22-25 25 Pois ao que tem f se lhe dará; e, ao que não tem, 35 Naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes Jesus: até o que tem lhe será tirado. f Mt 13.12; 25.29; Lc 19.26 Passemos para a outra margem.

Sementeira e ceifa

Mc 4.14

1. O que devemos semear: a Palavra (Mc 4.14). 2. Como devemos semear: muitas vezes chorando (Sl 126.5). 3. Onde devemos semear: em todos os lugares (Is 32.20). 4. Quando devemos semear: em todo tempo (Ec 11.6; 2Tm 4.2). 5. Semeamos sem olhar para as circunstâncias adversas (Ec 11.4). 6. Nós ceifaremos com júbilo (Sl 126.5-6; Gl 6.9). 7. A recompensa do ceifeiro será grande (1Co 15.58; Jo 4.36).

“Passemos para a outra margem”

Mc 4.35-41

Podemos comparar o texto com a nossa vida e com a igreja. 1. Nossa vida é uma viagem do tempo para a eternidade (Hb 11.16). 2. A tempestade é um quadro das provações da vida (Mt 7.25). 3. O piloto é o Senhor (jamais perecerá quem nele confia) (Mc 4.38; At 27.22-25). 4. A bússola são as promessas de Deus (At 27.22-25). 5. O lastro que dá estabilidade é a Palavra de Deus (Mc 4.39). 6. O barco tem uma âncora (Hb 6.19).


925 36 E

eles, despedindo a multidão, o levaram assim como estava, no barco; e outros barcos o seguiam. 37 Ora, levantou-se grande temporal de vento, e as ondas se arremessavam contra o barco, de modo que o mesmo já estava a encher-se de água. 38 E Jesus estava na popa, dormindo sobre o travesseiro; eles o despertaram e lhe disseram: Mestre, não te importa que pereçamos? 39 E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Acalma-te, emudece! O vento se aquietou, e fez-se grande bonança. 40 Então, lhes disse: Por que sois assim tímidos?! Como é que não tendes fé? Com Jesus na tempestade

Mc 4.35-41

1. Uma ordem clara: Jesus ordena que naveguem para a outra margem (v. 35). 2. Uma atitude sábia: os discípulos levam Jesus consigo (v. 36). 3. Um acontecimento perigoso: água entra no barco (v. 37). 4. Uma visão tranquilizadora: o Senhor dorme na tempestade (v. 38). 5. Um grande contraste: os discípulos assustados e o Senhor dormindo (v. 38). 6. Uma pergunta cheia de dúvidas: “Não te importas?” (v. 38). 7. Uma resposta maravilhosa: Jesus acalma a tempestade (v. 39). 8. Uma repreensão merecida: “Homens de pequena fé!” (v. 40). 9. Um final abençoado: temor ao Senhor (v. 41).

Jesus cura os que estão em pior estado O Senhor havia acalmado uma grande tempestade no mar. Neste texto, lemos sobre sua luta contra uma tempestade no coração humano. O Senhor veio para destruir as obras do diabo (1Jo 3.8). 1. Um homem preso por Satanás. a. Estava endemoninhado (Ef 2.2). b. Morava em sepulcros (Lc 1.79). c. Estava fora do juízo (louco) (Rm 1.21ss.). d. Encontrava-se em grande miséria (Ap 3.17; Sl 88). e. Ele se autoflagelava (Mc 5.4-5). f. Era um grande perigo para sua vizinhança (Mt 8.28). g. Ninguém conseguia dominá-lo (Mc 5.4). 2. O poderoso Salvador. a. O Senhor veio para salvar os perdidos (Lc 19.10).

Marcos 4 – 5

41 E

eles, possuídos de grande temor, diziam uns aos outros: Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?

A cura do endemoninhado geraseno Mt 8.28-33; Lc 8.26-34 1 Entrementes, chegaram à outra margem do mar, à terra dos gerasenos. 2 Ao desembarcar, logo veio dos sepulcros, ao seu encontro, um homem possesso de espírito imundo, 3 o qual vivia nos sepulcros, e nem mesmo com cadeias alguém podia prendê-lo; 4 porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e cadeias, as cadeias foram quebradas por ele, e os grilhões, despedaçados. E ninguém podia subjugá-lo. 5 Andava sempre, de noite e de dia, clamando por entre os sepulcros e pelos montes, ferindo-se com pedras. 6 Quando, de longe, viu Jesus, correu e o adorou, 7 exclamando com alta voz: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me atormentes! 8 Porque Jesus lhe dissera: Espírito imundo, sai desse homem! 9 E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? Respondeu ele: Legião é o meu nome, porque somos muitos. 10 E rogou-lhe encarecidamente que os não mandasse para fora do país. 11 Ora, pastava ali pelo monte uma grande manada de porcos. 12 E os espíritos imundos rogaram a Jesus, dizendo: Manda-nos para os porcos, para que entremos neles.

5

Mc 5.1-20 b. Não foi por acaso até este pobre. c. Jesus perdoa a grande e a pequena culpa (Lc 7.41-42). d. Curou o geraseno através do poder da sua palavra, como no acalmar da tempestade (Mc 5.8). 3. A grande mudança. a. O curado assentou-se aos pés de Jesus. b. Estava calmo e vestido (Mc 5.15; Is 61.10; Lc 15.22). c. Estava em perfeito juízo (Mc 5.15). 4. O testemunho maravilhoso. O geraseno tornou-se uma testemunha de Jesus Cristo. Não como os discípulos, mas na casa com seus familiares, em toda circunvizinhança, onde todos conheciam sua vida anterior. Seu testemunho trouxe muitos frutos (Mc 5.20).


Marcos 5

926

13 Jesus

o permitiu. Então, saindo os espíritos imundos, entraram nos porcos; e a manada, que era cerca de dois mil, precipitou-se despenhadeiro abaixo, para dentro do mar, onde se afogaram. 14 Os porqueiros fugiram e o anunciaram na cidade e pelos campos. Os gerasenos rejeitam a Jesus Mt 8.34; Lc 8.35-39 Então, saiu o povo para ver o que sucedera. 15 Indo ter com Jesus, viram o endemoninhado, o que tivera a legião, assentado, vestido, em perfeito juízo; e temeram. 16 Os que haviam presenciado os fatos contaram-lhes o que acontecera ao endemoninhado e acerca dos porcos. 17 E entraram a rogar-lhe que se retirasse da terra deles. 18 Ao entrar Jesus no barco, suplicava-lhe o que fora endemoninhado que o deixasse estar com ele. 19 Jesus, porém, não lho permitiu, mas ordenou-lhe: Vai para tua casa, para os teus. Anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve compaixão de ti. Tocando Jesus

20 Então,

ele foi e começou a proclamar em Decápolis tudo o que Jesus lhe fizera; e todos se admiravam.

O pedido de Jairo Mt 9.18-19; Lc 8.40-42 21 Tendo Jesus voltado no barco, para o outro lado, afluiu para ele grande multidão; e ele estava junto do mar. 22 Eis que se chegou a ele um dos principais da sinagoga, chamado Jairo, e, vendo-o, prostrou-se a seus pés 23 e insistentemente lhe suplicou: Minha filhinha está à morte; vem, impõe as mãos sobre ela, para que seja salva, e viverá. 24 Jesus foi com ele. A cura de uma mulher enferma Mt 9.20-22; Lc 8.43-48 Grande multidão o seguia, comprimindo-o. 25 Aconteceu que certa mulher, que, havia doze anos, vinha sofrendo de uma hemorragia 26 e muito padecera à mão de vários médicos, tendo despendido tudo quanto possuía, sem, contudo, nada aproveitar, antes, pelo contrário, indo a pior,

Mc 5.25-43

1. Sua necessidade. a. Doze anos doente (pessoas vivem ainda mais tempo no pecado) (Mc 5.25). b. Grande necessidade (o pecado também traz necessidades) (Mc 5.25-26). c. A enfermidade a tornou impura diante da lei (Lv 15.25-27). d. Sua situação era desesperadora (Mc 5.26). 2. Seus esforços vãos por alcançar cura. Foi a muitos médicos (quantos “médicos” espirituais existem) (Mc 5.26; Jó 13.4). 3. Sua fé no Senhor. a. Ouviu dele (Rm 10.17). b. Veio a ele (Jo 6.37; 1Rs 10.1). c. Tocou-o com fé (Mc 5.27). 4. Sua cura. a. Poder saiu de Jesus (Mc 5.30). b. Tocar e ser curada foram experiências simultâneas (Mc 5.28-29). 5. Seu testemunho. a. Contou sua experiência com tremor (Mc 5.33). b. Testemunhou sem constrangimento (Mc 8.38; Rm 10.10). c. Paz inundou sua alma (a fé traz a paz) (Mc 5.34; Rm 5.1).

Três passos importantes

Mc 5.25-34

Esta história é comovente. Observemos somente alguns fatos. A mulher estava sofrendo há doze anos e gastou tudo que possuía (vs. 25-26). Conforme a lei, ela era impura e excluída e totalmente sem esperança, porque toda ajuda humana tinha falhado. Nesta hora difícil apareceu uma mensagem alegre. 1. Ela ouviu do Senhor e das suas curas e milagres (Gn 42.1; 1Rs 10.1-9). 2. Foi ao Senhor. a. Somente ouvir não é suficiente, o homem precisa ir ao encontro de Jesus. b. Ele chama: “Vinde” (Mt 11.28; 19.21; Lc 6.47; 14.17; Jo 6.35,37). 3. Ela tocou no Senhor! a. “Se eu apenas lhe tocar as vestes”. b. “Tocando” em Cristo o homem é curado (Lc 6.19). 4. A rica bênção deste toque no Senhor. a. O poder divino curou-a do seu flagelo. b. O Senhor disse-lhe palavras de conforto. c. Deu-lhe mais do que cura: deu-lhe paz. d. Ela confessou a cura diante de todos. e. Seu testemunho foi uma ajuda para Jairo e outros.


927 27 tendo

ouvido a fama de Jesus, vindo por trás dele, por entre a multidão, tocou-lhe a veste. 28 Porque, dizia: Se eu apenas lhe tocar as vestes, ficarei curada. 29 E logo se lhe estancou a hemorragia, e sentiu no corpo estar curada do seu flagelo. 30 Jesus, reconhecendo imediatamente que dele saíra poder, virando-se no meio da multidão, perguntou: Quem me tocou nas vestes? 31 Responderam-lhe seus discípulos: Vês que a multidão te aperta e dizes: Quem me tocou? 32 Ele, porém, olhava ao redor para ver quem fizera isto. 33 Então, a mulher, atemorizada e tremendo, cônscia do que nela se operara, veio, prostrou-se diante dele e declarou-lhe toda a verdade. 34 E ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz e fica livre do teu mal.

Marcos 5 – 6

40 E

riam-se dele. Tendo ele, porém, mandado sair a todos, tomou o pai e a mãe da criança e os que vieram com ele e entrou onde ela estava. 41 Tomando-a pela mão, disse: Talitá cumi!, que quer dizer: Menina, eu te mando, levanta-te! 42 Imediatamente, a menina se levantou e pôs-se a andar; pois tinha doze anos. Então, ficaram todos sobremaneira admirados. 43 Mas Jesus ordenou-lhes expressamente que ninguém o soubesse; e mandou que dessem de comer à menina. Jesus prega em Nazaré. É rejeitado pelos seus Mt 13.53-58; Lc 4.16-30 1 Tendo Jesus partido dali, foi para a sua terra, e os seus discípulos o acompanharam. 2 Chegando o sábado, passou a ensinar na sinagoga; e muitos, ouvindo-o, se maravilhavam, dizendo: Donde vêm a este estas coisas? Que sabedoria é esta que lhe foi dada? E como se fazem tais maravilhas por suas mãos? 3 Não é este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas e Simão? E não vivem aqui entre nós suas irmãs? E escandalizavam-se nele. 4 Jesus, porém, lhes disse: Não há profeta sem honra, senão na sua terra a, entre os seus parentes a Jo 4.44 e na sua casa. 5 Não pôde fazer ali nenhum milagre, senão curar uns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos. 6 Admirou-se da incredulidade deles. Contudo, percorria as aldeias circunvizinhas, a ensinar.

6

A ressurreição da filha de Jairo Mt 9.23-26; Lc 8.49-56 35 Falava ele ainda, quando chegaram alguns da casa do chefe da sinagoga, a quem disseram: Tua filha já morreu; por que ainda incomodas o Mestre? 36 Mas Jesus, sem acudir a tais palavras, disse ao chefe da sinagoga: Não temas, crê somente. 37 Contudo, não permitiu que alguém o acompanhasse, senão Pedro e os irmãos Tiago e João. 38 Chegando à casa do chefe da sinagoga, viu Jesus o alvoroço, os que choravam e os que pranteavam muito. 39 Ao entrar, lhes disse: Por que estais em alvoroço e chorais? A criança não está morta, mas dorme. As instruções para os doze Mt 10.5-15; Lc 9.1-6 7 Chamou Jesus os doze e passou a enviá-los de Mc 5.41 Seis toques de Jesus dois a dois, dando-lhes autoridade sobre os espírino Evangelho de Marcos tos imundos. O Senhor está pronto para ajudar a todos. Quem ele toca ou aqueles que o tocam, experimentam sua ajuda e poder. 1. A sogra de Pedro experimentou a cura (1.31). 2. O leproso recebeu a purificação (1.41). 3. A filha de Jairo recebeu uma nova vida (5.41). 4. O surdo experimentou uma total restauração (7.33-35). 5. Para o jovem possesso ele deu a libertação (9.27). 6. Para as crianças ele deu ricas bênçãos (10.13-16). O Senhor é acessível a todos. Seu toque significa: cura, purificação, nova vida, restauração, liberdade e bênçãos.

O amor do Senhor pelas pessoas

Mc 6

1. O Senhor veio para as multidões famintas (v. 34; Lc 19.10). 2. O Senhor vê a necessidade das pessoas (v. 34; Lc 10.33). 3. O Senhor se compadece diante das necessidades humanas (v. 34; Mt 11.28-30). 4. O Senhor ensina as multidões (v. 34; Lc 24.45). 5. O Senhor se preocupa com as pessoas (v. 37; Mt 6.25-34). 6. O Senhor dá orientação para as pessoas (v. 39; Jo 6.27). 7. O Senhor alimenta as pessoas (v. 41; Jo 21.9).




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