Rafael Maravilha

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RAFAEL MARAVILHA Era uma vez um menino chamado Rafael, menino bondoso, explorador e bastante curioso porque a escola que ele frequentava ensinava-o a pesquisar muito e a dar valor às coisas. Ele vivia numa pequena aldeia chamada “Maravilha” devido à sua magnífica beleza a nível mundial. Numa bela e quente tarde de verão o Rafael e o seu pai foram até à floresta. Quando lá chegaram, o pai do Rafael tirou uma sachola na mala do carro e de seguida dirigiu-se até uma árvore cortando-a agressivamente. Os pais de Rafael não respeitavam nada a natureza e isso agastava o menino. Quando o Rafael viu o pai a cortar a árvore perguntou-lhe: - Pai, que estás a fazer? - Não vês, estou a cortar esta árvore! - Para quê? Perguntou o Rafael. - Para decorar o jarrão que temos à entrada da nossa casa. O Rafael um pouco desiludido e não concordando com a ideia do pai, desistiu de falar com ele e foi explorar aquele belo espaço sozinho. Quando o pai arrancou a planta, chamou o menino: - Rafael, anda já embora, já não temos mais nada a fazer aqui! - Já vou pai. Disse o Rafael, que à ida para o carro encontrou um escaravelho e colocou-o dentro de uma caixa com furos, que trazia sempre consigo, no caso de encontrar algum animal engraçado para poder observar. Quando regressaram a casa, o menino entusiasmado, voltou-se para os pais e disse: - Mãe, mãe, anda cá ver o escaravelho que eu encontrei. - Agora não posso, estou muito ocupada, talvez mais logo. - E tu pai, anda ver! - Agora não, deixa-me ver se a árvore fica bem aqui à entrada! Então o Rafael esperou, esperou… depois de tanto esperar e já cansado, abriu a tampa da caixa para ver o escaravelho e de repente… zás! O escaravelho fugiu. - Já não me apanhas… Ah! Ah! Ah! Curioso e por ver que o escaravelho falava a nossa língua, o Rafael seguiu-o atravessando rios e montes. Chegaram a uma corrente e o escaravelho exclamou: - Com este rio aqui no meio ele não pode apanhar-me, ele não tem asas! Rafael destemido, pegou num tronco que ali se encontrava, criou uma ponte e passou para o outro lado ao jeito de um acrobata, continuando a seguir o escaravelho.


Chegou a um jardim cheio de flores onde estava uma bela borboleta que logo de imediato lhe chamou à atenção, fazendo-o esquecer da sua perseguição àquele escaravelho malandro e pensando para com os seus botões: - Aquela borboleta parece que me quer mostrar alguma coisa… Desta forma, seguiu-a e após uma longa caminhada esta mostrou-lhe uma flor murcha que estava em cima de uma colina. Com pena da flor, com a sua bondade e preocupação pela natureza decidiu ir buscar água ao rio. Como as suas mãos eram pequeninas, pelo caminho, a água que trazia nas suas mãos bondosas ía caindo, chegando apenas algumas pingas à flor. Por isso repetiu esta ação vezes sem conta. Rafael ia ficando cansado, até que aterrou no chão e disse: - Desculpa bela flor, mas estou sem forças, estou tão cansado… Ao dizer estas palavras o menino adormeceu ao seu lado. A flor que estava enorme e bela, como forma de agradecimento deixou cair uma pétala para aconchegar o menino do frio e do escuro. Na aldeia da Maravilha já todos estavam preocupados com o Rafael. Os seus pais depois de tanto o procurarem pela aldeia lembraram-se: - Se calhar está na floresta! Vamos depressa procurá-lo, pois ele deve estar cheio de frio e assustado. Disse o pai. - Coitadinho do meu filho! Dizia aflita e chorosa a mãe. Depois de tanto andar, lá encontraram o menino a dormir ao lado daquela magnífica flor que o protegia de todos os perigos apenas com aquela pétala. - Filho, estás bem? Perguntou a mãe. - Sim, estou bem, apenas um pouco estafado. Respondeu o menino. A mãe de tanto chorar nem conseguiu falar, mas o pai encheu-se de coragem e pôs-se a discursar. - Obrigado, linda flor, por de meu filho cuidar, deste-lhe amor e alegria para ele repousar! - Eu é que estou em dívida para com a enorme atitude desta pequena criança. Pois fez-me acreditar que o Homem ainda é capaz de AMAR! Após esta importante conversa regressaram à aldeia, que quando os viu, depois de um silêncio de assombrar começaram a festejar… A aldeia ficou a chamar-se Rafael Maravilha por causa do menino, que apesar da idade que tinha, fez um enorme e precioso bem!


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