Programa de Governo - PSTU/CS

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FRENTE POLÍTICA


Índice PROGRAMA DE GOVERNO 2 MANUELA E O PT NÃO REPRESENTAM MUDANÇA 3 OS CONSELHOS POPULARES 3 COMBATE À CORRUPÇÃO E REVOGABILIDADE DE MANDATOS 4 DINHEIRO DA PREFEITURA NÃO É UTILIZADO PARA PRESTAR BONS SERVIÇOS PÚBLICOS À POPULAÇÃO TRABALHADORA 4 A CRISE DA SAÚDE PÚBLICA 6 MORADIA NO BRASIL E EM PORTO ALEGRE 8 A EDUCAÇÃO NO BRASIL E EM PORTO ALEGRE 9 POR UM TRANSPORTE COLETIVO A SERVIÇO DOS TRABALHADORES 11 CONCENTRAÇÃO DE RIQUEZA CRESCE E AUMENTA A VIOLÊNCIA 12 CONDIÇÕES DE VIDA DOS NEGROS (AS) DE PORTO ALEGRE 15 SITUAÇÃO DAS MULHERES EM PORTO ALEGRE 16 UM PROGRAMA SOCIALISTA PARA A JUVENTUDE DE PORTO ALEGRE 19 O QUE DEFENDEMOS PARA A CULTURA EM PORTO ALEGRE 20 LIXO DE PORTO ALEGRE: GRANDE NEGÓCIO PARA OS RICOS 21 POR UMA PORTO ALEGRE QUE PROTEGE SEUS ANIMAIS 22

Comitê Av. Oswaldo Aranha, 378

3024-3486

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FRENTE POLÍTICA

16Érico Prefeito

Vice: Resplande

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MUDAR O MUNDO E SER FELIZ

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A administração Fogaça/Fortunati aprofundou vários problemas sociais e de estrutura da cidade. A maioria da população sofre todos os dias com o caos da saúde, a violência crescente, a falta de creches, ônibus lotados, falta de moradia e inúmeros outros problemas. A vida não é fácil para os que dependem dos serviços públicos. Vivemos em uma cidade em que 20% da população mora em condições inadequadas ou não tem moradia. Dezesseis mil crianças não têm creches, as emergências dos hospitais estão sempre lotadas e não existe atenção básica à saúde. Os culpados dessa situação são os governos de Dilma Roussef, Tarso Genro e Fortunati. Todos estão juntos em todas as esferas de poder e governam para uma minoria que está cada vez mais rica e não depende dos serviços públicos. A frente política PSTU/CS defende uma prefeitura que governe a serviço dos trabalhadores e da população pobre, e não de interesses econômicos dos grandes empresários e empreiteiros. Isso significa a reorientação dos recursos públicos, que serão aplicados nos setores de atendimento direto à população, como saúde, educação, transporte e saneamento básico. Nossas candidaturas vêm para ser um ponto de apoio na defesa dos interesses da classe trabalhadora e da população mais sofrida. Por isso defendemos que é preciso governar a partir das decisões dos trabalhadores tomadas em Conselhos Populares. Somente assim serão invertidas as prioridades. Os que compõem a base da pirâmide social são os que devem se beneficiar, com empregos, moradia digna, direito à saúde e educação de qualidade.

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Os Conselhos Populares A Frente Política PSTU/CS defende a organização dos Conselhos Populares nos bairros e regiões de Porto Alegre. Estes conselhos, formados por moradores inscritos em associações de bairro e demais entidades representativas (como grêmios estudantis e sessões sindicais), terão plena autonomia organizativa e servirão como impulsionadores no processo de construção do Poder Popular.

alha muito b a r t e o c u ha po O povo gan ar ário a lucr s e r p m e o r pros ricos E a n r e v o g e arar d nsformar a r t Tem que p r o d a h l o traba Pra vida d

Manuela e o PT não representam mudança Muitos trabalhadores e jovens descontentes com o governo Fortunati, acreditam que Manuela, ou o PT são alternativas melhores para governar Porto Alegre. O PT e PC do B estiveram juntos, durante 16 anos, à frente da prefeitura de Porto Alegre e poderiam ter resolvido grande parte dos problemas sociais da cidade como o problema do transporte público, mas recuaram na estatização dos serviços de transporte, privatizaram o DMLU e são também responsáveis pelo caos da saúde. Isso porque assumem compromissos com os empresários ao aceitar dinheiro nas campanhas e, depois, para saldar a dívida, governam com eles. Além disso, eles governam o Rio Grande e o país. Não é possível falar em resolver os problemas do município de Porto Alegre sem enfrentar o governo Dilma que paga mais de 45% do orçamento do país em juros da dívida, ou sem enfrentar o governo Tarso, que não cumpre o mínimo constitucional a ser gasto com saúde e educação. Nem Manuela, nem Villaverde representam a mudança de verdade, porque governam de braços dados com Dilma, Tarso e Fortunati.

A forma como o Estado se estrutura não é neutra, não é indiferente às classes, não basta apenas mudar os seus dirigentes. Será necessário um processo revolucionário de transformações na sociedade, onde a construção de mecanismos de participação direta não se dará da noite para o dia. Os trabalhadores irão aprender a governar, governando. Por isso em um municípi,o é possível organizar, por exemplo: Conselho Popular da Saúde, Conselho Popular da Educação, etc... Além da eleição de conselhos gestores em cada unidade educacional e de saúde do município. E assim segue para os diversos problemas da cidade. Estes conselhos não ficariam limitados à agenda e às políticas públicas da prefeitura, mas também os outros poderes vigentes seriam discutidos e acompanhados pelo povo ali organizado, fazendo, assim, desses organismos um espaço voltado à educação popular. O Orçamento Participativo rebaixou o compromisso inicial com a soberania popular e reduziu o horizonte de intervenção dos seus participantes. O OP acabou servindo como um incremento à governabilidade e à deficiência da democracia burguesa, afastando os participantes das discussões macro-políticas e estruturais e reforçando o discurso de que algumas decisões, como da política econômica, devem ser pragmáticas e exclusivas para técnicos. A Frente Política PSTU/CS defende que o conjunto da proposta orçamentária deve ser submetida à apreciação e alteração pelos Conselhos Populares. O povo organizado poderá radicalizar e qualificar sua participação para além de elencar prioridades emergenciais em meio a um orçamento municipal público insuficiente e que, ainda por cima, é controlado pela lei neoliberal de responsabilidade fiscal. Através do Orçamento Democrático, o povo organizado pode tomar o lugar que hoje é dado ao empresariado e seus interesses. Através do Orçamento Democrático também se pretende ir além de ações focalizadas e emergenciais, que passam à margem do funcionamento da economia municipa,l possibilitando o desenvolvimento de uma cultura de reflexão global dos problemas do município.


Combate à Corrupção e revogabilidade de mandatos Os escândalos do mensalão, os da exgovernadora Yeda, o caso Cachoeira mostram como funciona essa “democracia dos ricos”. O PT entrou no esquema e se iguala hoje à Yeda e a toda a corrupção que criticava. Defendemos cadeia para os corruptos e corruptores, o confisco de seus bens, e a aplicação desses recursos em obras públicas. Os banqueiros, empreiteiras e grandes empresas financiam as campanhas eleitorais da grande maioria dos partidos e candidatos. A Frente política PSTU/CS tem a única campanha que não aceita financiamento dos empresários e de nenhum dos privilegiados dessa sociedade. Nossa campanha vem da colaboração dos próprios trabalhadores. Defendemos a criação de mecanismos de revogabilidade dos mandatos sempre que a população estiver insatisfeita com seus representantes. A adoção de mecanismos de democracia direta, com o povo pobre e os trabalhadores governando Porto Alegre através dos Conselhos Populares, deve subordinar a prefeitura. Propomos constantes prestações de contas e rigorosa apuração de licitações públicas.

Vote certo essa vez Seu voto agora é 16 Érico pra prefeito, Vote 16 DINHEIRO DA PREFEITURA NÃO É UTILIZADO PARA PRESTAR BONS SERVIÇOS PÚBLICOS À POPULAÇÃO TRABALHADORA A receita total da Prefeitura de 2010 para 2011 cresceu 17,28%. O crescimento da arrecadação é reflexo do crescimento econômico brasileiro e do aumento das receitas tributárias que, em 2011, aumentaram 6,06% em relação a 2010. Em 2011, houve um aumento de 8,15% na arrecadação de IPVA devido ao crescimento de veículos pagantes. Apesar do aumento da receita do município, os trabalhadores continuam sem serviços públicos essênciais como as creches para mais de 16 mil crianças e falta de atendimento na saúde pública. Isso acontece, em primeiro lugar, pela má destinação dos recursos. O dinheiro que falta na saúde e na educação infantil é gasto com terceirizações que consomem 23,99% do total arrecadado no ano pela prefeitura.

Além de modificar completamente as prioridades dos investimentos também é preciso lutar para que os repasses do Estado e da União sejam maiores, pois o dinheiro que não é repassado pela união é consumido em pagamento de juros exorbitantes da divida pública federal, que já foi paga muitas vezes.

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Hospital lotado Passagem cara Trânsito parado Tudo pode piorar Tem que parar de governar pros ricos Pra vida do trabalhador transformar

Dívida Pública em Porto Alegre: quanto mais se paga mais se deve. Os gastos com a Dívida Pública absorvem, cada vez mais, os recursos da capital gaúcha. Porto alegre pagará quase R$ 200 milhões de reais no ano de 2012, somente no serviço da dívida (pagamento de juros e amortização). Veja, no gráfico abaixo, o valor e o pagamento desta dívida nos dois últimos governos municipais (Fogaça 2005/2008 e Fogaça/Fortunati 2009/2012):

Impostos progressivos: os ricos devem pagar mais para que os trabalhadores não paguem. Porto Alegre está toda privatizada. Defendemos o oposto disso. A cidade deve estar a serviço da classe trabalhadora e da população mais pobre, portanto, que os ricos, donos de grandes empresas e de grandes imóveis, paguem por isso. - Isenção de IPTU e TCL (Taxa de Coleta de Lixo) para quem tem renda menor que três salários mínimos. - Progressividade para os grandes proprietários, em especial os que possuam centenas de imóveis. Fim à especulação imobiliária. - Redução de alíquota de IPTU para imóveis residenciais, quando for a única propriedade. Aumento da alíquota para os imóveis não-residenciais, exceto microempresas.

A dívida era R$ 617 milhões em 2005, no início do governo Fogaça. Foram pagos R$ 368 milhões. A dívida deveria ter caído para menos da metade, R$ 248 milhões, no entanto, a dívida se manteve no mesmo patamar. No total de 8 anos, a dívida saiu de R$ 617 milhões de reais, em 2005, para R$ 1,113 bilhões em 2012, dobrando de tamanho, apesar de POA ter pago R$ 856 milhões neste mesmo período. Ou seja, a dívida duplicou quando deveria ter sido saldada completamente. A frente política PSTU/CS defende a suspensão imediata do pagamento da dívida pública e o investimento do valor a ser pago nas principais demandas sociais da população.

- Fim das isenções de IPTU e ISSQN para empresas, jornais, rádios e TVs, ou faculdades, escolas, hospitais e entidades desportivas disfarçados sob o rótulo de “sem fins lucrativos”. - Controle sobre a evasão fiscal, especialmente dos bancos que remetem os lucros auferidos na Capital para agências bancárias de municípios que não cobram ISSQN dos bancos. - Exigência de maiores repasses da União e do Estado, compatíveis com os serviços que foram repassados aos municípios e que antes eram de responsabilidade daqueles.

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A CRISE DA SAÚDE PÚBLICA De um lado, abundância e riqueza, com tratamento personalizado em hospitais privados, a preço de ouro. E de outro, a pobreza e o desprezo com a população trabalhadora que usa o SUS(Sistema Único de Saúde). Atendimento precário, longa espera por atendimento, falta de leitos, pacientes jogados em enfermarias improvisadas em corredores, com muitas mortes que poderiam ser evitadas. Isto é assim porque o SUS se transformou em um sistema para atender “pobres” que não podem pagar pela Saúde. O SUS é fruto de um intenso processo de organização e luta dos trabalhadores na década de 80, que garantiu a saúde como um direito de todos e dever do Estado na Constituição de 1988. Porém, na própria constituição de 1988 já aparece o artigo 199, que cria o “sistema de saúde complementar”, privado, que não faz parte do SUS. Atualmente, o sistema “complementar” movimenta mais de R$ 100 bilhões de reais por ano, sem contar as isenções fiscais permitidas pelo governo (abatimento do imposto de renda e hospitais “filantrópicos”).

O baixo financiamento público da Saúde no Brasil Isto acontece não porque o governo não tenha dinheiro para gastar com Saúde e sim porque privilegia outros gastos em detrimento da Saúde. Dados do próprio governo mostram que ele gasta, desde 1995, 1,7% do PIB com Saúde enquanto se gasta cerca de 20% do PIB com pagamento de dívida aos banqueiros nacionais e internacionais. Em 2010, o governo federal gastou com Saúde R$ 54 bilhões enquanto gastou R$ 635 bilhões com pagamento da dívida pública.

Em geral, o Brasil gasta 3,5% do PIB com Saúde, sendo 1,7% de gastos do Ministério da Saúde, enquanto os governos estaduais gastam cerca de 1% e os Municípios outros 1%. O mínimo necessário para um sistema público de saúde universalizado é de 6% do PIB! A Emenda Constitucional 29 garantia 10% da Receita Corrente Bruta do Governo Federal para a Saúde. Recentemente foi aprovada a EC 29 no Congresso Nacional, depois de muito tempo esperando para ser regulamentada, porém foi aprovada sem determinar o percentual mínimo a ser aplicado pelo setor público. Caso o governo federal cumprisse esta determinação teria que investir R$ R$ 92 bilhões em 2010 ao invés de R$ 54 bilhões. Resultado é que a Saúde no Brasil ostenta índices piores que os africanos.

A privatização da Saúde no Brasil A saúde no Brasil está sendo privatizada e o governo sucateia o SUS para que todos que tenham alguma renda migrem para os planos de Saúde privada. Atualmente, embora mais de 90% da população seja usuária do SUS, apenas 28,6% utilizam exclusivamente o sistema público. Dos 431 mil leitos contabilizados em 2009, 279 mil (65%) estão na rede hospitalar privada e 152 mil (35%) na rede pública, aponta o IBGE. O Brasil perdeu 11,2 mil leitos hospitalares entre 2005 e 2009, segundo o mesmo instituto. A prova mais contundente do sucateamento da Saúde Pública e da transformação do SUS em um sistema para “pobres” é a quantidade de tomógrafos computadorizados disponíveis no setor público e privado: enquanto o setor privado tem 44 tomógrafos computadorizados para cada milhão de habitantes, índice superior aos Estados Unidos, o SUS dispõe de 6 tomógrafos para cada milhão de habitantes. As operadoras de planos de saúde privados faturaram R$ 29,1 bilhões de reais, onde somente a Unimed faturou R$ 8,7 bilhões. Os laboratórios farmacêuticos, na sua maioria multinacional, faturaram R$ 28,7 bilhões, liderados pelo Pfizer que vendeu R$ 2,1 bilhões de reais em 2010. As seguradoras de saúde faturaram R$ 18,5 bilhões em 2010, lideradas pela Bradesco Saúde que vendeu R$ 3,6 bilhões. Por fim, os grandes hospitais privados faturaram R$ 8,9 bilhões de reais em 2010. Portanto, aqui se demonstra que o sucateamento do SUS tem um favorecido: a saúde privada.

O povo ganha pouco e trabalha muito E o empresário a lucrar

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Programa para a Saúde de Porto Alegre: 1. Reestatização de todas as privatizações e terceirizações (psiquiatria IAPI, PA restinga, Lomba do Pinheiro, serviços das Ilhas).

O po vo E o e ganha p ou m Tem presário co e traba a q lha m Pra ue parar lucrar uito de go v id a v do tr abalh ernar pro s ador trans ricos forma r

A Saúde no município de Porto Alegre A Situação da saúde no município de Porto Alegre é caótica. A grande maioria da população que depende da saúde pública acaba sofrendo enfrentando longas filas, falta de leitos, dificuldade em marcar consultas em especialistas. Na gestão Fogaça/Fortunati, ocorreram diversas crises na saúde de Porto Alegre. Reprovações de relatórios de gestão pelo conselho municipal de saúde, escândalo de corrupção no caso Sollus, assassinato do secretário de saúde, sucateamento do HPS e do H PV, diminuição do número de leitos, avanço na privatização e terceirização do sistema de saúde, criação da Imesf e muitos outros ataques à saúde pública. O Prefeito Fortunati ataca diretamente os servidores municipais da saúde, retirando uma conquista histórica que era a jornada de 30 horas semanais. Como verdadeiro carrasco, culpa os servidores pelo caos da saúde pública e acaba atingindo a vida de muitos trabalhadores que para se sustentar tem mais de 1 emprego.

2. Priorizar a atenção básica de saúde através da Estratégia de Saúde da Família (ESF) totalmente estatal, com funcionários com regime estatutário do quadro geral da PMPA, garantindo o atendimento universal e integral a toda população. Não às fundações de direito privado! 3. Criar uma rede de média e alta complexidade articulada com a atenção básica, onde a espera por uma consulta ou exame especializado não ultrapasse uma semana. 4. Aumentar o número de leitos hospitalares disponíveis, construindo novos hospitais se necessário. Em 2006 havia 8489 leitos, já em 2010 havia 7328 leitos. Essa diminuição tem haver diretamente com a falta de investimento em saúde. 7. Garantir carga horária máxima de 30h semanais sem redução salarial. Construção e efetivação de um Plano de Carreiras, Cargos e Salários do SUS, que contemple as especificidades do trabalho em saúde, conforme definido na Lei Orgânica do SUS (Lei 8080/90) e reiterada historicamente nas Conferências de Saúde (Federal, Estadual, Municipal). Realização de concursos públicos para disponibilizar os profissionais necessários para um atendimento de saúde universalizado e integral. 8. Para ampliar os recursos financeiros para a saúde propomos medidas como: suspender o pagamento da dívida do município junto à união. A prefeitura deve exigir dos governos estadual e federal um aumento de transferência de verbas para a saúde de nossa cidade. A prefeitura de Porto Alegre deve liderar uma campanha nacional pelo fim da famigerada lei de responsabilidade fiscal, que engessa e proíbe contratações de funcionários para melhorar os serviços prestados à população.

Nossa proposta é reverter o curso de privatização da saúde de Porto Alegre.

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Moradia no Brasil e em Porto Alegre Um dos problemas mais angustiantes da classe trabalhadora brasileira é a falta de moradia para uma parte considerável da população e de condições inadequadas nas moradias(sem banheiro, esgoto, água, luz) em favelas ou palafitas. O verdadeiro absurdo, no Brasil capitalista, é que, com tanto sem-teto, existiam, em 2008, segundo o IBGE, 7,2 milhões de imóveis vazios, utilizados para especulação imobiliária.

6% do PIB para resolver o problema habitacional do Brasil em 12 anos Segundo a Fundação Getúlio Vargas, se o Governo Federal gastasse cerca de 6% do PIB ao ano, durante 10 anos, resolveria o problema habitacional do país. Devemos exigir do governo Federal este investimento. O governo Federal faz demagogia com o Programa Minha Casa Minha Vida com intenções eleitoreiras. Boa parte desse Programa do governo ajuda mais aos empresários da construção que à população trabalhadora brasileira. Enquanto cobra juros de 0,5% ao ano das grandes construtoras com seus empréstimos do BNDES, no programa MINHA CASA MINHA VIDA, a taxa de juros praticada para as famílias de baixa renda é em torno de 8% ao ano. As sete grandes construtoras tiveram lucros de R$ 3,5 bilhões de reais em 2010, boa parte deles proveniente do Programa Minha Casa Minha Vida.

DÉFICIT E INADEQUAÇÃO HABITACIONAL EM PORTO ALEGRE Milhares de porto alegrenses vivem em Aglomerados subnormais: 37.480 (143.353 pessoas), 75.656 em domicílios irregulares (280.005 pessoas). Isso significa que 21,46% da população e 17,1% dos domicílios encontram-se em situação de habitação irregular. Pesquisa do IBGE e do DEMHAB mostram que existe um déficit habitacional de 38.572 domicílios e 123.804 domicílios em situação de inadequação habitacional em Porto Alegre.

O custo de uma casa popular é cerca de R$ 62 mil reais, para um Projeto de Interesse Social (PIS) com 60m2 e a de um apartamento por volta de R$ 30 mil reais. Isso significa que R$ 2.391.464.000 seria o suficiente para construir imediatamente 38.572 casas populares e acabar com o déficit habitacional. No entanto, no orçamento de 2011, Fortunati destinou 77 mil reais para a habitação. Com esse investimento demoraria cerca de 30 anos, caso a população não crescesse, para resolver o problema habitacional em Porto Alegre. Para financiar um programa de casas populares e acabar com o déficit bastaria: suspender a transferência anual que a Prefeitura de Porto Alegre faz para as “Instituições sem Fins Lucrativos” que, em 2011, receberam 133 milhões de reais; interromper o pagamento das amortizações e dos juros da dívida pública, que consomem cerca de 100 milhões por ano da prefeitura; deixar de alocar recursos públicos para as obras da Copa do Mundo (560 milhões) e acabar com as terceirizações na prefeitura, que consomem mais de 900 milhões por ano.

Principais propostas para acabar com o déficit habitacional: - Um plano de obras públicas para a construção de casas populares e infraestrutura urbana (água, luz, saneamento básico e etc.) buscando seu financiamento na suspensão do pagamento da dívida pública, fim das terceirizações, fim das doações às entidades filantrópicas, taxação sobre grandes fortunas. - 6% do PIB para a habitação. - Regularização de todas as ocupações, que são hoje 75.656 domicílios. - Fim das remoções e projetos de higienização social como os que ocorreram na vila Chocolatão, no morro de Santa Tereza, no bairro Cristal, na Vila Dique. Não às remoções forçadas da Copa do Mundo! - Expropriação de todas as grandes empresas imobiliárias e construtoras, para colocar em uso seus imóveis, mantidos desocupados para fins de especulação. Essas medidas só serão possíveis em um governo apoiado diretamente na luta dos trabalhadores. Uma Prefeitura que governe para os trabalhadores e para o povo pobre.


A precarização do Ensino Público em Porto Alegre

A Educação no Brasil e em Porto Alegre Nós temos, no Brasil, 14 milhões de analfabetos (IBGE, 2009) e 30 milhões de analfabetos funcionais, 1/5 da população é analfabeta e ainda temos 14 milhões que apenas reconhecem as letras e palavras, mas não entendem o sentido delas. Em todos estes índices há um abismo de gênero, raça e classe. Vejamos: Enquanto 59,4% da população negra, acima de sete anos, é analfabeta, somente 12,1% da população branca padece do mesmo anacronismo. Em 2009, 41,5 milhões de crianças e jovens entre 0 e 24 anos estavam fora da escola. Relacionando com o censo do IBGE de 2010, que identificava uma população de 80 milhões de pessoas entre 0 e 24 anos, pouco mais da metade dos jovens não tem acesso à educação no Brasil, negando todas as leis constitucionais que apontaram, em 1988, para a garantia de uma educação pública, gratuita e universal.

Gasto Público com educação no Brasil O gasto público total no Brasil alcança 4 a 5% do PIB desde muitos anos. O crescimento do investimento em educação foi de 0,06% ao ano entre 1998 e 2009. Nesta velocidade, levará 80 anos para chegar em 10% do PIB. O Governo Dilma descumpre até a Constituição do País e se nega a entregar para a Educação a quantia estipulada, que é de 18% das receitas resultantes de impostos.

A Prefeitura de Porto Alegre descumpre a Lei Orgânica do Município, que determina, em seu artigo 183: “Art. 183 . O Município nunca aplicará menos de trinta por cento da receita resultante de impostos, nela compreendida a proveniente de transferências da União e do Estado, na manutenção e desenvolvimento do ensino público municipal.” A prefeitura diz investir 27% dos impostos em educação, mas o governo Fortunati subtraiu R$ 286.885,00 milhões de gastos com a Educação, somente em 2011, ao não cumprir a Lei orgânica do Município, que determina o gasto mínimo de 30% da Receita de Impostos e Transferências com Educação. O investimento em educação foi de 586.356 milhões de reais. Assim sendo, em 2011, se aplicou apenas 20% do que se deveria na educação. O subinvestimento é o motivo da precarização do ensino municipal. Com o dinheiro que a prefeitura deixa de pagar seria possível universalizar o ensino infantil para crianças de 0 a 6 anos. Nos últimos 4 anos, por exemplo, a receita corrente líquida (tudo que se arrecada) saiu de R$ 2.641.603 milhões para chegar, em 2011, ao valor de R$ 3.556.791 milhões de reais. Dessa forma, faltam escolas infantis e de ensino fundamental, faltam professores e o resultado é a sobrecarga de trabalho dos que estão na ativa. Quem sofre com isso? A população trabalhadora e o povo pobre que usa a rede municipal de ensino cada vez mais precarizada. Gastos com Educação e PIB de Porto Alegre Em 2010 o PIB de Porto Alegre foi de R$ 36.774.000.000,00 (bilhões de reais), o valor investido em educação foi de R$ 524.432.000,00 (milhões de reais), o que corresponde a míseros 1,42% do PIB de Porto Alegre. Os gastos com a educação municipal estão estagnados enquanto aumentam as necessidades da população. Entre 2001 e 2010 foram inauguradas apenas cinco escolas. Dinheiro existe, mas, nos 16 anos de PT e 8 anos de Fogaça/Fortunati, quem saiu ganhando foram os grandes empresários da cidade, cujas famílias não usam a rede municipal de ensino.

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Propostas para a educação de Porto Alegre. - Aplicação dos 30% das receitas tributárias e transferências correntes que prevê a lei orgânica do Município de Porto Alegre. Lutar pelos 10% do PIB para a educação pública já. - Garantia de creche e pré-escola para as 16.608 crianças que hoje estão fora das escolas infantis. Hoje a cidade de Porto Alegre está 191º na posição entre os municípios gaúchos em relação à universalização da educação infantil em contradição com o primeiro PIB estadual e sétimo maior PIB do país. Os dados mostram que apenas 42,67% das crianças de 0 a 6 anos são atendidas. Substituir a política de convênios (hoje existem cerca de 189 creches conveniadas), com a construção de escolas infantis, acabando assim com a dependência em relação a renovação de convênios. - Acabar imediatamente com o déficit de professores da rede municipal, garantindo a nomeação dos concursados aprovados. Acabar com a terceirização de funcionários de escola garantindo concurso público. Contratação de monitores especializados para atender o ensino especial. Acabar com a contratação de estagiários para suprir a falta de professores e monitores na educação infantil e ensino fundamental. - Ampliação a rede municipal de ensino fundamental e exigir que o estado se responsabilize pelo o ensino médio principalmente nas áreas da periferia da cidade, para atender novas comunidades que demandam por educação. - Garantia do acesso e a permanência necessária que propicie atendimento às necessidades de aprendizagem, tanto das crianças, como dos jovens, adultos e idosos com o tempo necessário ao processo de aprendizagem. Acabar com as práticas de correção de fluxo, que se expressam sob a forma de turmas de progressão ou aceleração, com certificação automática, as quais só servem para aumentar as estatísticas governamentais. - Garantia em todas as escolas de melhores condições de trabalho e segurança dos professores, funcionários e alunos, com a presença efetiva da guarda municipal. - O ensino municipal, hoje, atende 50% dos alunos com necessidades especiais. Infelizmente, não investe para a real inclusão desses alunos. Nossa proposta é: a) Condições de trabalho para atender esses alunos - profissionais de apoio nomeados (monitores), com especialização para atendê-los e recursos tecnológicos na sala de aula; b) Redução do número de alunos por turma devido à exigência de atendimento mais individualizado desses alunos; c) Atendimento à saúde e assistência social a esses alunos nos postos de saúde, hospitais e FASC. Para esses alunos é necessária uma rede de atendimento, pois precisam de acompanhamento constante de profissionais da saúde e assistentes sociais para se manterem na escola. - Garantia da educação integral de qualidade, com professores e funcionários concursados e garantindo continuidade. Acabando com a educação integral “focalizada e precarizada” como do programa federal “mais educação”. - Acabar com a intervenção das Fundações privadas nas definições das práticas pedagógicas. Garantia da participação dos trabalhadores em educação e da comunidade escolar na elaboração e reelaboração de propostas curriculares. - Mais escolas de educação básica na periferia!

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Por um transporte coletivo a serviço dos trabalhadores Sem dúvida, uma das maiores dificuldades dos porto-alegrenses é se locomover pela cidade nos horários de pico. Trânsito engarrafado e ônibus lotados é uma dura realidade que os trabalhadores, os jovens e os desempregados enfrentam todo dia. Transporte coletivo com qualidade e acessível à população passa, em primeiro lugar, pela decisão política de estatizar o transporte público. Decisão essa que os últimos prefeitos de Porto Alegre não tomaram, pelo contrário, foram cúmplices desses tubarões do transporte coletivo, que são as grandes empresas. Em segundo lugar, deve ser uma tarefa central de uma administração buscar formas alternativas de transporte como a ciclovia e o metrô para a cidade, além de barcas para aproveitar o Guaíba.

Fogaça/Fortunati – prefeitos a serviço das empresas de ônibus. A atual gestão segue a lógica das antigas administrações da chamada gestão popular, de conduzir a tarifa de Porto Alegre em um aumento vertiginoso, nessa tabela fica explícita qual foi a política aplicada em relação à tarifa dos ônibus em porto alegre. Hoje, chegamos à tarifa de R$ 2,85, uma das mais caras do Brasil.

De 2009 até hoje, tivemos um reajuste de aproximadamente 35,7%. Se levarmos em conta os reajustes, desde, a implementação do plano real, chegamos a 629.73%. Ou seja, o transporte, hoje, é um dos maiores gastos enfrentados por uma família. O reajuste das tarifas teve um aumento superior a outros gastos básicos, como água e luz, ficando abaixo apenas do telefone, que teve os serviços privatizados durante a década de 90. Os reajustes da tarifa do ônibus, neste último período, têm ficado, inclusive, acima da inflação. Isso configura, de maneira categórica, que os últimos prefeitos, inclusive os do PT, estavam comprometidos essencialmente com o lucro das grandes empresas.

Uma política para democratizar o transporte: É possível ter um transporte mais eficiente e barato, mas para isso é preciso ter uma política de enfrentar os grandes consórcios, que detém as licitações do transporte coletivo. Essas medidas passam, em primeiro lugar, por uma fiscalização mais rigorosa dos serviços prestados por essas empresas, analisando horário, lotação e qualidade dos serviços e as planilhas das empresas. Segundo, um fortalecimento da CARRIS como empresa pública, que garanta um serviço de qualidade que vise o atendimento à população e não o lucro. Nossa proposta é, através da CARRIS, propor a tarifa social de 1 real para a população e aumentar imediatamente a frota de ônibus e linhas da empresa para avançar, junto com a mobilização dos trabalhadores, para um transporte público 100% estatal. Além disso, é preciso tomar medidas para garantir um transporte de qualidade, a prefeitura, junto com os sindicatos e o movimento estudantil, deve congelar imediatamente as tarifas de ônibus e criar uma auditoria da tarifa, para analisar esses anos de aumento acima da inflação. Esse processo não está relacionado com o atual COMTU (Conselho Municipal de Transporte), que, na prática, sempre foi um braço da prefeitura e das empresas de ônibus. Esse Conselho deveria ser extinto. É preciso criar outro conselho, composto por representantes eleitos nos bairros para analisar as solicitações de reajuste e que esse conselho tenha poder de veto.


Propostas da Frente política PSTU/ CS para o transporte em Porto Alegre: - Estatização de toda a rede de transporte para poder planificar o transporte e baratear as passagens; - Tarifa de transporte público de R$ 1,00 por dia garantido pela Carris. Expansão da empresa pública com compra de ônibus, aumento das linhas e concursos públicos para funcionários; - Auditoria imediata dos quatro consórcios de ônibus e dos aumentos das passagens que, desde o plano real, aumentaram 629,73%. Revogação dos aumentos, caso se comprovem as irregularidades. - Construção de um metrô público e estatal na cidade de Porto Alegre, sem parceria público privada e expansão dos corredores exclusivos de ônibus elevando-os para o padrão BRT; - Passe livre para idosos, estudantes, desempregados e deficientes. Claro que isto só pode acontecer apoiado na mobilização da juventude, juntamente com a classe trabalhadora; - Mais linhas noturnas, fora do eixo central da cidade; - Construção de ciclovias nas principais avenidas da cidade, como a Ipiranga, 3ª Perimetral, Protásio Alves, Farrapos e etc.

CONCENTRAÇÃO DE RIQUEZA CRESCE E AUMENTA A VIOLÊNCIA Um programa socialista contra a violência não se baseia no aumento da repressão policial, mas no combate radical às causas da criminalidade. A violência é um produto social. A Violência é produto da miséria. Não existe nenhuma maneira de acabar com os crimes em uma sociedade onde impera a desigualdade. Um programa para combater a violência nas cidades não se dará como os políticos do PDT, PCdoB, PT e outros apresentam nas eleições. As propostas deles estão ancoradas em mais repressão. Estão falando em ampliar o armamento da Guarda Municipal e cobrar mais repressão via programas federais e estaduais. Já temos provas suficientes de que a segurança para a população não melhora com mais e mais órgãos de repressão. Os candidatos que representam o governo federal e estadual falam em mais segurança prometendo cercamento eletrônico, outros falam na surrada proposta de mais policiamento com cobranças ao governo do Estado para um efetivo

maior da Brigada na Capital, outros até falam em outro tipo de policiamento mais agressivo com cavalaria. Enfim, todos prometem combater a violência e, na verdade, são promotores da mesma, quando apóiam medidas de governo que aumentam a exploração, a opressão e a desigualdade social. São falsas promessas, na verdade, eles apenas querem garantir a segurança para o patrimônio dos ricos. Ao povo, resta a violência policial e a violência do tráfico, que é ligado a vários setores empresarias e à própria polícia. Para combater a violência em Porto Alegre tem que começar por garantir, habitação para os milhares de moradores que não tem onde morar com dignidade. Para ter segurança é preciso garantir emprego com salário e direitos para todos, através de um plano de obras públicas. Para combater a violência de verdade tem que garantir creches às 16 mil crianças que hoje estão fora delas. Para garantir segurança ao povo tem que punir rigorosamente os sonegadores, os corruptos, os especuladores e todos os que querem ganhar dinheiro, roubando e explorado o povo trabalhador de nossa cidade.

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O Pronasci em Porto Alegre é uma fachada maquiada dos governos Em dezembro de 2007, a SMDHSU, órgão gestor da política municipal de segurança urbana, selecionou, em Porto Alegre, os locais de maior risco à violência letal e criminalidade para a implantação do Programa Territórios da Paz. As áreas de intervenção social do programa foram identificadas com base nos critérios de taxas de homicídios da população de 15 a 24 anos, percentual de adolescentes atendidos pelo Programa Municipal de Execução de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto. A definição dos bairros e regiões realizada pela SMDHSU teve a concordância da Brigada Militar e da Polícia Civil de que representam as áreas de maior risco da cidade. Calculou-se as taxas médias de homicídios, no período 2000-2006, por meio dos registros desagregados por bairros do Sistema de Informação da Mortalidade processados pela Secretaria Municipal de Saúde. O secretário explica que os quatro bairros foram escolhidos por concentrarem 37% dos homicídios da Capital.

Hospital lotado Passagem cara Trânsito parado Tudo pode piorar Tem que parar de governar pros ricos Pra vida do trabalhador transformar

Em Porto Alegre existem 4 Territórios da Paz : Rubem Berta, Lomba do Pinheiro, Cuzeiro, Restinga Velha. A implantação dos Territórios de Paz iniciou em setembro do ano passado. Em Porto Alegre, os quatro bairros com maiores índices de violência Restinga, Rubem Berta, Lomba do Pinheiro e Santa Tereza - deveriam receber ações específicas dos policiais, juntamente com projetos nas áreas de saúde, educação, cultura, geração de emprego e renda, que ajudariam a desenvolver as potencialidades dos moradores e suprir suas principais necessidades. O Bairro Rubem Berta, na Zona Norte de Porto Alegre, tem um ônibus da Brigada Militar estacionado desde o dia 13 de setembro. Segundo os próprios policiais que fazem turno de até doze horas de trabalho, nenhum projeto com a comunidade foi desenvolvido até agora. O índice de criminalidade não diminuiu. Infelizmente vem sendo assim também no Morro Santa Teresa, na Restinga e na Lomba do Pinheiro. O Território de Paz do Bairro Santa Teresa continua com os conflitos de disputa entre dois grupos rivais que ficam nas proximidades da Escola Estadual Santa Rita de Cássia. O que mais assusta quem vive na região é o fato de os conflitos acontecerem, a menos de cinco quadras do local onde está estacionado a van da BM do projeto RS na Paz. Instalado no dia 13 de setembro de 2011, o veículo e as equipes de apoio tinham como objetivo frear o número de homicídios no bairro que, na época, chegava a 17. Meses depois, já são 21 os assassinatos e, segundo os moradores, o ônibus não diminuiu os tiroteios nem a sensação de medo. Na Restinga, o ônibus da BM chegou à Rua Belize no dia 6 de setembro de 2011, uma semana antes dos demais. É a região na qual a violência mais aumentou após a chegada do ônibus da Brigada Militar. Até 6/9: 35 homicídios (um a cada 7 dias). A partir de 6/9: 12 (um a cada 6,4 dias).

Vote certo essa vez Seu voto agora é 16 Érico pra prefeito, Vote 16

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Érico pra prefeito, Vote 16 COMBATE AO TRÁFICO DE DROGAS Para combater as drogas é preciso combater os grandes traficantes, que incrementam a corrupção policial e a violência generalizada. Combate-se o tráfico descriminalizando o consumo das drogas, o que terminaria com o submundo, que vive em grande parte desta ilegalidade, tal e qual a máfia no período da lei seca nos EUA. Existe uma parte da burguesia, que ganha muito dinheiro com as drogas, muito mais poderosa que os traficantes dos morros. Um negócio que movimenta bilhões de dólares no mundo não está nas mãos de favelados do Brasil ou dos moradores dos “cerros” colombianos, muito menos na periferia gaúcha. Este negócio se mantém com a corrupção de grande parte do aparelho do Estado. Como se pode explicar que os subchefes do tráfico e seus comparsas estejam soltos nos morros do Rio de Janeiro, senão com a complacência de uma parte da polícia, ou que outros controlem o tráfico mesmo dentro dos presídios, senão com a anuência dos carcereiros e diretores? Combater o tráfico é combater os grandes traficantes que têm suas contas no exterior e suas mansões nos bairros burgueses. O combate às drogas entre os consumidores não é um caso de polícia e sim de saúde pública.

Guarda Municipal não pode ser outra polícia A partir da criação da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Segurança Urbana (SMDHSU) no final de 2002, a Guarda ganhou novas atribuições. Atualmente, conta com 572 integrantes que atuam em diversas funções operacionais, administrativas, além de educativas e preventivas e têm como atribuições básicas o zelo pelo patrimônio público e os serviços do município. Do total do efetivo 123 guardas estão habilitados ao uso de arma de fogo de armas menos letais como a Taser, que imobiliza a resistência da pessoa através de uma descarga elétrica, o que permite um reforço nos patrulhamentos motorizados.

UM PROGRAMA DOS TRABALHADORES CONTRA A VIOLÊNCIA - Formação de grupos comunitários encarregados de controlar e trabalhar com policiais nos bairros, subordinados aos conselhos populares de segurança, formados por trabalhadores(as) sindicatos e organizações populares com a construção de um voluntariado civil para combater a violência e a criminalidade. - Desarmamento da Guarda Municipal e exigência ao governo do Estado de fazer a desmilitarização da Brigada Militar. - Unificação das policias e da guarda municipal em uma única polícia que defenda os interesses dos pobres e dos bairros da periferia. Por uma nova polícia, com seus chefes eleitos pela comunidade! - Investir em tecnologia e apostar no mapeamento da criminalidade e em políticas específicas de combate ao crime. - Proibição de atuação no município de tropas estaduais ou federais encarregadas de repressão das manifestações. - Democratização das forças de segurança com direito a organização sindical, eleição dos superiores. - Delegados, promotores e juízes devem ser eleitos pela comunidade. - Fim das empresas de segurança privada, auditoria patrimonial para aqueles que as criaram, relocalização dos trabalhadores de segurança após prévia capacitação. -Legalização da Maconha e descriminalização de todas as drogas! Por controle estatal da produção e distribuição; campanhas de conscientização; tratamento de saúde para os dependentes químicos, chega de violência!

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Condições de trabalho, renda e educação

Condições de vida dos negros (as) de Porto Alegre Segundo a análise feita pelo último censo do IBGE em 2010, pretos e pardos recebem metade do rendimento de brancos em todos os estados. Os dados mostraram ainda que a desigualdade por cor era mais forte que por gênero, pois os homens pretos e pardos ganhavam, em 2001, 30% a menos que as mulheres brancas. Do total de pessoas que faziam parte do 1% mais rico da população, 88% eram de cor branca, enquanto que entre os 10% mais pobres, quase 70% se declararam de cor preta ou parda. Os mais de 81 bairros oficiais têm uma população que se divide em 653.787 homens, 755.564 mulheres. Dentre estes, 84,5% constituído por brancos, e 15,4% por pretos e pardos em 2000. (IBGE, Censo 2000) A população vive de forma precária em subhabitações, a cidade é uma das que tem o custo de vida mais alto do país. Há grande dificuldade no tratamento de esgoto nos bairros mais negros e pobres da cidade e há muita poluição, a ponto de degradar o ecossistema original da cidade. Com tudo isso, podemos afirmar que há duas Porto Alegres; aquela em que mora a burguesia branca e aquela que mora a maioria dos trabalhadores, em especial os negros. Em “termos da distribuição da população”, os autodeclarados brancos representam mais de 90% nas regiões Noroeste e Centro, que concentram os bairros mais ricos e de melhor qualidade de vida de Porto Alegre. Estas duas regiões também agregam a maior parcela da população branca da cidade, 10,8% e 22,3% respectivamente. Em contraste, a fração mais significativa da população negra, 2,2% dos afrodescendentes, vive nas regiões mais pobres da cidade, como bairros Partenon, Coronel Aparício Borges, Santo Antônio, São José... onde há, significativamente, a presença de camadas de mais baixa renda.

De acordo com os dados nacionais do mapa racial do país, em 2001, dos trabalhadores que realizavam serviços domésticos, 13,7% eram de cor preta, 9,1% da parda e 6,3% da branca. Sendo empregadores, 5,8% dos brancos, 1,3% dos pretos e 2,3% dos pardos. No que tange a relação entre trabalho e instrução quase a metade de pretos e pardos ocupados tinham até quatro anos de estudo e eram considerados analfabetos funcionais. Por outro lado, a proporção de brancos ocupados com 12 anos ou mais de estudo (16,4%) era equitativamente maior que a de pretos e pardos com os mesmos níveis de instrução (4,5% e 4,4%, respectivamente). Na população ocupada, o grupo entre 5 e 8 anos de estudo se apresentava como o mais homogêneo em termos raciais. Percebe-se também que a população preta ou parda de 15 anos ou mais anos de estudos representava 36% de analfabetos funcionais, ao passo que na população branca, 20% permaneciam nessa condição. Em Porto Alegre, quando fazemos a mesma analogia no que tange ao trabalho, salário, desemprego e educação, os dados também reafirmam as estatísticas nacionais. O índice de desemprego na cidade em 2010 era 7,7%, sendo 7,1% para brancos e 8,5% para negros. Já, em 2011, o índice foi de 6,5%. Sendo 7,2% brancos e 10,6% negros.

O povo ganha pouco e trabalha muito E o empresário a lucrar Tem que parar de governar pros ricos Pra vida do trabalhador transformar

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Regularização e titulação de todas as comunidades quilombolas da região! Ainda quando se fala de racismo, devemos enfatizar outro problema existente entre os brancos ricos e os negros pobres: a titulação da Terra de Quilombos que, no estado, mexe com o grande latifúndio e, na cidade de Porto Alegre, toca diretamente na especulação imobiliária. Em Porto Alegre há pelo menos 5 Quilombos Urbanos conhecidos: Alpes, Areal da Baronesa, Comunidade quilombola da Vila dos Sargentos, Família Fidélix e Família Silva. Existem também alguns quilombos urbanos em municípios vizinhos de Porto Alegre; é o caso da comunidade de Chácara das Rosas, em Canoas. Tais comunidades estão organizadas em uma coordenação regional metropolitana, compondo uma das seis coordenadorias regionais quilombolas da Federação das Associações das Comunidades Quilombolas do Rio Grande do Sul. Falar em terras para negros em Porto Alegre, ou seja, em Quilombos, significa mexer em regiões altamente ricas da cidade e destinadas, historicamente, aos brancos ricos. Como por exemplo, o Quilombo dos Silva, que se situa na Avenida Carlos Gomes, região onde o metro quadrado é o mais caro da cidade. Ter um enclave de pretos pobres neste lugar é ofender a “estética” da cidade, segundo a alta burguesia, é trazer violência para uma região pacífica.

Chega de racismo e violência à juventude negra! -Fim do genocídio da juventude negra! - Trabalho, educação e moradia para os jovens! - Chega de violência! -Cotas raciais nas universidades públicas e no mercado de trabalho!

SITUAÇÃO DAS MULHERES EM PORTO ALEGRE Os indicadores sociais do IBGE, segundo pesquisa de 1995 a 2005, demonstram que a taxa de desocupados aumentou 3,2 pontos percentuais e que, “nos últimos dez anos”, a chefia feminina na família aumentou cerca de 35%, de 22,9%, em 1995, para 30,6% em 2005, mesmo em famílias que contam com a presença dos homens”.Cerca de 31,0% das famílias, na Grande Porto Alegre, são chefiadas por mulheres. As mulheres gastam 25,2 horas semanais, em média, com afazeres domésticos. A População de Porto Alegre é constituída por 1.409.351 habitantes, destes 653.787 (46,39%) são homens e 755.564 (53,61%) são mulheres. Sendo que da População Economicamente Ativa da Região Metropolitana de Porto Alegre, em 2011, 54,75% dos homens e 46,0% das mulheres eram ocupados. Ao se analisar a situação de desemprego vemos que o percentual aumenta para as mulheres, onde 54,4% se encontram em situação de desemprego para 45,6% dos homens. Outro elemento importante é a comparação de salário entre homens e mulheres e tempo de estudo. Os dados demonstram que as mulheres, com o mesmo tempo de escolaridade, recebem salários inferiores. Quando se fala na condição da mulher negra em nosso país e, em especial, em Porto Alegre nota-se que todos os índices são superiores no que tange à precarização da condição de vida das negras.


A reestruturação produtiva do capitalismo nas últimas décadas aumentou a terceirização e a precarização de setores em que predomina a mão-de-obra feminina. A incorporação das mulheres à produção social significou uma grande conquista, entretanto essa vem carregada de contradições: •As mulheres são as mais atingidas pelo desemprego, pela informalidade e pelos baixos salários. •Sua localização se dá nos setores mais precarizados da economia. São as principais vítimas das terceirizações. •Seus salários representam apenas 70% dos salários dos homens. •São as principais vítimas das doenças profissionais como LER/DORT •Sofrem com a dupla jornada. Segundo dados do IBGE em 2008 as mulheres gastavam 25 horas por semana em afazeres domésticos contra 10 horas do homens, elevando a jornada de trabalho semanal total das mulheres para 60 horas, contra 53 horas dos homens.

A Violência contra Mulher Os dados sobre a violência contra a mulher no Brasil são alarmantes, de acordo com o relatório Mapa da Violência 2012 divulgado pelo Instituto Sangari, entre 1980 e 2010 perto de 91 mil mulheres foram assassinadas no país – 43,5 mil só na última década. O número de mortes ao ano saltou de 1.353 para 4.297, um aumento de 217,6%, ou seja, é um assassinato feminino a cada 2 horas. Há uma taxa de 4,4 homicídios para cada 100 mil mulheres, índices muito superiores a média internacional, inclusive da América Latina que coloca o Brasil na 7ª posição em casos de feminicídios no ranking dos 84 países do mundo com dados homogêneos da Organização Mundial da Saúde (OMS) entre 2006 e 2010. Em Porto Alegre, passou-se de 534 (39,2%) homicídios em 2000 para 518 (36,2%) em 2010. Das 27 capitais, Porto Alegre é 16º em números percentuais. A violência contra mulher na cidade e na Região Metropolitana de julho de 2009 a julho de 2010 cresceu em 150%. Se levarmos em conta que Porto Alegre tem apenas uma Delegacia da Mulher e uma casa abrigo de atendimento, diagnosticaremos a inoperância da lei Maria da Penha no que tange a prevenção aos homicídios.

As principais vítimas possuem entre 15 e 29 anos e em 40% dos casos os óbitos ocorrem na residência ou habitação da vítima e os agressores, na maioria absoluta, são familiares homens. O machismo combinado ao racismo gera violência superior às mulheres negras. Existe também um componente racial na violência contra as mulheres. Desde 2003, o número de homicídios de mulheres brancas vem caindo enquanto que o de negras aumentou. A taxa de homicídios femininos entre as brancas, em 2008, foi de 3,2 por 100 mil e entre as negras 4,7 por 100 mil, uma vitimização 45% maior entre mulheres negras. A grande mídia costuma divulgar que as mulheres já conquistaram tudo pelo que batalharam, que obtiveram melhores salários e tem maior liberdade. Nada mais falso! Hoje, as mulheres ainda ganham cerca de 30% a menos que os homens na mesma função, uma mulher é espancada a cada 15 segundos no Brasil e cerca de 70% destes casos de agressão ocorrem dentro de casa. Com as jovens a situação se agrava, desde a dificuldade de conseguir o primeiro emprego até a violência machista dentro e fora da casa. O caso de Taís Regina, assassinada em abril, simplesmente porque não queria mais viver com seu marido é o retrato dessa violência. Em nosso estado, a taxa de homicídios a cada 1000 mulheres é de 4,1, muito maior do que em São Paulo e o Rio de Janeiro. Além disso, a violência se expressa na ausência de creches públicas, delegacias e juizados especializados e serviço para atendimento de mulheres vítimas de violência. Outra causa das mortes é o aborto clandestino, que vitima principalmente as jovens da periferia que não tem dinheiro para pagar as “clínicas especializadas”, cerca de 20% das mortes de jovens em nosso país são por consequência de abortos.

do a t o l l a Hospit ra a c m e g Passa parado to os c i r s o Transi e piorar pr r a n d r o e v p ar o g m r e o f d s Tudo rar ran t a p r o e d u a Tem q do trabalh 17 v id a


Um programa socialista para enfrentar a opressão e a exploração das mulheres

- Fim da Violência contra a mulher! Aplicação e Ampliação da Lei Maria da Penha! Punição dos agressores!Construção de casasabrigo! - Anticoncepcionais para não abortar! Aborto legal, seguro e gratuito para não morrer! Legalização e descriminalização do aborto! - Campanhas de conscientização, distribuição gratuita e sem burocracia dos métodos contraceptivos! - Mais delegacias de mulher e casas de amparo para atender as vítimas da violência! - Aumento geral dos salários. Salário Igual para Trabalho Igual! - Garantia de atenção integral à gestante no parto e pré-natal! - Licença-maternidade de 6 meses sem isenção fiscal, para todas as trabalhadoras e estudantes, rumo a um ano! - Reconhecimento do atestado de acompanhamento dos filhos como abono de dias ao trabalho! - Revogação imediata da MP 557/2011, que criminaliza as mulheres! - Pela autonomia sobre o próprio corpo, contra a exigência de autorização do marido para realização de “ligadura”.

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A juventude quer o direito à cidade! A questão da mobilidade em Porto Alegre é algo que afeta diariamente a vida dos jovens, na ida para a escola, o estágio ou trabalho e principalmente, no direito à cultura e ao lazer nos finais de semana. Além de não possuirmos metrô, o trânsito em nossa cidade está um caos, com um número exacerbado de carros, poucas linhas de ônibus durante o dia e principalmente à noite; completa falta de respeito aos pedestres, usuários de bicicletas e um longo etc.

A juventude quer viver livre de toda opressão! Um programa socialista para a juventude de Porto Alegre A Juventude da Frente Política PSTU-CS vai apresentar nessas eleições propostas para transformar radicalmente a realidade da nossa capital. Queremos construir uma cidade para os trabalhadores e sabemos que para concretizar essa ideia, a força da mobilização de milhares de jovens será fundamental. Governando junto com a classe trabalhadora, sem patrões e sem corrupções, acreditamos que é possível dar um fim a desigualdade social e a opressão, que impedem a juventude de vislumbrar um futuro decente.

Viver na cidade de Porto Alegre para a juventude não está fácil! Nosso direito de ir e vir é cada vez mais restringido com o preço e a precariedade do transporte público. O acesso a cultura e ao lazer é muito limitado; a educação em todos os níveis vive um processo de sucateamento e faltam estágios e oportunidades de um primeiro emprego digno. Mas, para um setor significativo da população a situação é mais complicada ainda. Todas essas situações se agravam quando olhamos a realidade da juventude da periferia, guris/gurias, negras/negros e LGBTS.

O outro lado de Porto Alegre: o lado que ninguém mostra. Nessa eleições, campanhas milionárias como a de Manuela, Fortunatti e Adão Villaverde, mostrarão uma Porto Alegre colorida, com imagens bonitas construídas por grandes marqueteiros, com o objetivo de criar uma falsa ilusão na juventude e no povo trabalhador de que está tudo bem. Todos fazem isso, porque não tem interesse em transformar de fato a vida da população. Apesar de estarem daqui até outubro em uma luta “encarniçada” para saber quem ocupará o Paço Municipal e as vagas na Câmara de Vereadores, a nível estadual e nacional estão todos juntos, governando com Tarso, Dilma, os latifundiários, banqueiros e as multinacionais. Nossa campanha é diferente, pois nosso programa é diferente! A vida da juventude e da classe trabalhadora permanece sempre na mesma, pois os governos fazem sua política para quem os financia. Nós queremos construir uma alternativa independente e por isso nossas candidaturas não terão “papas na língua”, vamos falar a verdade sobre a capital gaúcha!

A Frente Política PSTU/CS defende: - A criminalização da homofobia, pela aprovação do PLC 122 original! - Leis municipais de criminalização da homofobia! - Kit Anti homofobia nas escolas municipais! - Paridade de direitos entre LGBTs e heterossexuais!


O que defendemos para a Cultura em POA Os trabalhadores e jovens de nossa cidade têm muito pouco acesso à cultura e ao lazer. Porto Alegre sempre foi conhecida por ser um grande centro cultural, diversas expressões da arte livre ficaram conhecidas em nossa cidade, como a Terreira da Tribo, Timbuka, o Teatro de Arena, entre tantos outros. Hoje, a cada dia que passa perdemos nosso direito à cultura. Nos últimos

anos a prefeitura está restringindo cada vez mais os espaços culturais como o Largo Zumbi dos Palmares e o Glênio Peres. Alem disso, os bares da Cidade Baixa, que eram frequentados pela juventude trabalhadora foram fechados no ano passado, numa atitude completamente arbitrária. Outras questões como a ausência de meiaentrada, falta de incentivo aos jovens músicos trabalhadores, mancham a história artística de nossa cidade e colocam cada vez mais a arte e a cultura a serviço do capital!

Colocamos como objetivos gerais na área da Cultura: - Lutar para que os valores da solidariedade e do desejo de transformar a sociedade na conquista da igualdade e da justiça social sejam hegemônicos na cidade de Porto Alegre. - Oferecer a todos os habitantes da cidade a oportunidade de integrar-se à cultura construída pela humanidade, a fim de ter a possibilidade de superá-la e contribuir para a sua expansão em escala universal. - Fomento aos novos artistas, contribuindo para o desenvolvimento das potencialidades humanas e da cultura regional e nacional. - Descentralização da Cultura já! Com a descentralização da cultura entendemos o deslocamento de atividades culturais para centros comunitários, vilas populares, núcleos habitacionais e bairros de população de baixo poder aquisitivo. Metade da população de Porto Alegre, principalmente a carente e desempregada, não assiste a eventos culturais. - Criação de Centros Comunitários – destinados não só a Cultura como também ao apoio da população na resolução de conflitos locais, propiciando assistência jurídica, social, psicológica e médica. - Lei Municipal de incentivo à Cultura. Tendo em vista incrementar a produção cultural local propomos a criação de uma lei municipal de incentivo à cultura. Esta seria feita através de renuncia fiscal do ISSQN e do IPTU em 100% do projeto cultural. Dará prioridade a projetos de corte popular, pois a produção cultural da elite já tem seus próprios mecanismos de captação. Estes projetos seriam oriundos do Conselho Popular de Cultura. - Garantir a Cidade Baixa como um espaço de cultura e lazer da população de Porto Alegre. Não à repressão ao público LGBT e à juventude nas ruas da cidade!

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ATERRO DA ZONA NORTE: PROVA DO DESCASO COM O MEIO AMBIENTE

uito m a h l a trab e o c u o ap h n a g o v ar r c u O po l cos a i r o i s r o á r s p e r r E o emp rar de governa sformar pa ran e t u r q o d m a e h l T aba r t o d a Pra vid LIXO DE PORTO ALEGRE: GRANDE NEGÓCIO PARA OS RICOS Porto Alegre conta com cinco serviços de limpeza urbana da cidade: são os serviços de coleta de lixo domiciliar, coleta de lixo automatizada ou containerizada via robótica, coleta seletiva, coleta de lixo público e transporte de resíduos sólidos urbanos. Todos estes serviços foram privatizados e tem empresas explorando. Hoje esses serviços são executados por cinco empresas diferentes: Revita (contrato sem licitação pública), Cone Sul (contrato por licitação pública), RN Freitas (contrato por licitação pública), Construrban (contrato por licitação pública) e Julio Simões Logística (contrato por licitação pública), respectivamente. A Cone Sul Soluções Ambientais Ltda presta serviço ao DMLU e opera com 1.200 containeres a coleta de resíduos via robótica no centro histórico de Porto Alegre. O governo do prefeito Fortunati deseja implantar a concentração desses cinco serviços diferentes em um único contrato, proporcionando que somente uma empresa privada (ou até três empresas aglutinadas, em forma de consórcio) seja contratada e possa faturar mais de 500 milhões.

A obra do Lixão da Zona Norte, ativada pelo governo Fortunatti, não recebeu proteção no solo, sendo lá enterradas milhares de toneladas de resíduos de todos os tipos e classes, incluindo o lixo hospitalar sem tratamento. Essa montanha de lixo, equivalente a um edifício de 8 andares, originou um volume incalculável de chorume, o qual escorre para o subsolo, e que pode ser visto ainda “a céu aberto” no entorno do retângulo que forma o famigerado “lixão”. O Prefeito José Fortunati (PDT) assinou um contrato milionário, em 12 de junho de 2012, decorrente de uma licitação pública promovida pela Prefeitura, no valor de 3,9 milhões de reais. Dinheiro esse decorrente de parte de empréstimo assumido com a Caixa Federal, para movimentar e enterrar 81.000 toneladas de lixo. Sabendo que o DMLU de Porto Alegre, em abril de 2012, coletou 26.969 toneladas de resíduos domiciliares, a montanha de 116.000 m³ (81.000 toneladas) representa três meses de toda a coleta de lixo domiciliar da capital gaúcha.

Unidades de Triagem – empregos precários onde quem ganha mesmo não são os recicladores Hoje cerca de 700 trabalhadores vivem da reciclagem do chamado lixo seco, organizados em oito galpões do DMLU, localizados na periferia de Porto Alegre, e em 18 Unidades de Reciclagem, administradas por associações. Na coleta, por sua vez, há carroceiros, carrinheiros e catadores, que somados totalizam cerca de 15 mil famílias ou 60 mil pessoas envolvidas. A coleta seletiva dos resíduos sólidos reaproveitáveis ou recicláveis (lixo seco) são separados pela população e organizados em associações e/ou cooperativas que, muitas vezes, são gerenciadas por interesseiros e beneficiam atravessadores ou grandes empresas que compram o material. Existem 18 unidades de triagem (UT) conveniadas. Nesses locais, os trabalhadores fazem a separação (plásticos, papel, embalagens longa vida, vidro, isopor, garrafas plásticas), prensam, agrupam em fardos e vendem desses materiais para a indústria de reciclagem e/ou reaproveitamento. O resultado da comercialização dos resíduos é dividido entre os integrantes das associações ou cooperativas que gerem cada UT.

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Lixo , carroceiros e animais em condições desumanas A inexistência de emprego formal para milhares de trabalhadores da cidade, leva um setor cada vez maior a buscar alternativas precárias de trabalho como a coleta desorganizada de lixo reciclável, com ferramentas no mínimo atrasadas e desumanas: carroças de tração animal e mesmo carrinhos de tração humana. A circulação de carroças nas ruas de Porto Alegre é um problema visto e comentado por quem aqui chega. É preciso resolver essa questão, porém somos contra a perseguição aos carroceiros, pois estes também são vítimas de uma situação de caos social. Não basta proibir o uso de carroças com prazo de extinção até 2014, como diz a Lei aprovada nesse governo. Um estudo bem feito com técnicos especializados e todas as partes envolvidas (catadores, entidades sérias de defesa animal, EPTC), faria com que a médio ou longo prazo esse problema fosse aos poucos sendo resolvido, os carrinhos e carroças eliminadas e os animais fossem sendo tratados e aposentados, voltando para o meio rural da cidade ou do Estado.

Por uma Porto Alegre que protege seus animais É obrigação do Estado e, portanto, da prefeitura cuidar da fauna da cidade, seja ela selvagem, exótica ou doméstica. Com a administração correta dos recursos públicos da cidade, sob o controle da população, haverá verbas não só para cuidar da dignidade dos seres humanos, como também para proteger os diversos animais que estão indefesos nessa sociedade capitalista que mal trata e explora a natureza com todos os seus seres vivos. Há inúmeras ONG's e grupos de proteção animal na cidade, porém os maus tratos, a

Nossas propostas: - Fim dos contratos com as empresas privadas do lixo. Fortalecimento do DMLU com o retorno do recolhimento do lixo pela prefeitura. - Construção de estação de tratamento do lixo com criteriosos procedimentos de preservação do meio ambiente, acabando com aterros sanitários como o lixão da zona norte. - Através das estações de tratamento reutilizar o lixo para geração de energia limpa . - Coleta seletiva pela prefeitura em toda a cidade e não só em alguns bairros como é hoje. - Combate as falsas cooperativas e associações que exploram os recicladores e catadores.

comercialização ilegal, a reprodução desordenada, a extinção do habitat natural de diversas espécies, etc., não param de crescer. Apesar da boa intenção de alguns desses grupos, somos contra a criação de ONG's que estão sujeitas as mais diversas formas de corrupção e desvios de dinheiro público. A tutela dos animais é tarefa do Estado e só com políticas públicas, implementadas diretamente pela prefeitura, controladas por entidades e grupos independentes e sérios de proteção animal, será capaz de resolver o grave problema de maus tratos aos animais. Fora disso, por mais progressivos e “heróicos” que sejam os protetores de animais, as iniciativas serão paliativos ineficazes.

- Por políticas públicas de controle de natalidade de cães e gatos; pelo controle ou extinção de zoonoses(não só as transmitidas aos seres humanos, como também as exclusivas de animais, como a Cinomose que já foi extinta em vários países). - Fiscalização e punição aos que mal tratam e realizam atividades ilegais com animais domésticos, selvagens ou exóticos.

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"É preciso sonhar, mas com a condição de crer em nosso sonho, de observar com atenção a vida real, de confrontar a observação com nosso sonho, de realizar escrupulosamente nossas fantasias. Sonhos, acredite neles." Vladimir Lenin


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