Epave jun2015

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Edição Especial

EPAVê

17 de junho de 2015

Jornal da EPADRV

Dra. Teresa Valente a amamentar leitão

Cursos Profissionais áreas de formação

Manutenção Industrial Restauração (cozinha-pastelaria | restaurante-bar)

Produção Agrária

Entrega de prémios a melhores alunos do ano letivo 2013/2014

(área animal | área vegetal)

Gestão Equina Turismo

Cursos Vocacionais áreas de formação

Jardinagem e Espaços Verdes Agropecuária Tratamento e Desbaste de Equinos Defesa das Provas de Aptidão Profissional - Restauração

Lucas Henrique, aluno do 12º ano de Restauração a estagiar no Brasil

EPADRV

um lar longe de casa pg. 2

Rostos e Gerações pgs. 4 e 5

Da ternura dos animais à beleza das flores pgs. 6 e 7

O que fazemos é notícia pg. 8 Coordenação: Fernando Manuel Santos

Equipa EPAVê!: Dina Baptista, Fátima Laouini, Ângela Correia, Lídia Santos, Elsa Mourão .::. Colaboração: Comunidade Escolar .::. Edição Gráfica: João Peixe e José Abreu

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EPADRV, um lar longe de casa De forma a assegurar a igualdade de oportunidades aos alunos que necessitam de se deslocar do seu agregado familiar para prosseguir com os seus estudos, a EPADRV disponibiliza o serviço de Residência Escolar destinado a alojar alunos de ambos os sexos que residam a mais de 30Km, não tenham transporte diário para casa, ou

que, por razões pedagógicas ou financeiras, o necessitem. Aos alunos residentes é proposto e incentivado o estudo e a participação nas atividades definidas no Plano Anual de Atividades da Escola e em atividades de caráter educativo, cultural, desportivo, social, lúdico e recreativo,

previamente definidas. O acompanhamento diário é sempre assegurado por uma Equipa Técnica Multidisciplinar. A residência pode ainda servir outros utentes durante o período de férias ou durante as aulas, desde que não seja incompatível com o normal funcionamento da mesma.

Bloco 1 (capacidade para 60 alunos) – Constituído por 14 quartos, todos com aquecimento e detetor de incêndio/fumo, 5 dos quais com WC privado, 2 WC comuns, lavandaria, arrumos, sala de estar e biblioteca escolar (as duas últimas usadas por toda a comunidade escolar). Bloco 2 (capacidade para 40 alunos) – Constituído por 6 quartos, 2 dos quais com WC privado e 2 WC comuns, todos com ar condicionado e detetor de incêndio/fumo. Os alunos residentes podem também usufruir da sala polivalente, auditório, campo de jogos e salas de estudo. Quarto Masculino - Bloco I da Residência Escolar

Residência Escolar

Dra. Carla Caldas

Uma experiência muito gratificante e enriquecedora

Educadora Social, Responsável pela Residência Escolar

O meu trabalho na EPADRV tem sido uma experiência muito gratificante e enriquecedora tanto do ponto de vista profissional como pessoal. Como qualquer função em espaço escolar é um trabalho de relação por excelência. Faço parte de uma equipa técnica dinâmica, motivada, onde impera o bom ambiente de trabalho e na qual a preocupação com os alunos é realmente genuína. Considero a residência como uma extensão à família por isso como Educadora Social a minha preocupação fundamental tem sido a transmissão de valores educativos e competências sociais, através de atividades extracurriculares previamente definidas, de intervenções individualizadas e de um contacto constante com os encarregados de educação.”

estágios internacionais protocolos com universidades nacionais e internacionais visitas de estudo internacionais apoio a alunos carenciados transporte gratuito subsídios (refeição, transporte, material escolar) formações complementares GIP (Gabinete de Inserção Profissional) Polo da Residência - Bloco II

Andava perdido na vida escolar até que um dia uma professora me falou da EPADRV. Vim para o curso de CEF-TDE [Tratamento e Desbaste de Equinos], ao qual me adaptei facilmente e no qual me apaixonei pelos cavalos. Na escola aprendi muito, não só nos estudos mas também como pessoa. Depois de um longo caminho, com muitos altos e baixos, estou a finalizar o curso de TGE e agradeço todas as oportunidades que me foram dadas pela Direção e por alguns professores. Durante os 5 anos a residência foi um local onde me diverti e conheci muitas pessoas que marcaram o meu percurso. Saio da escola com muito boas recordações e com uma profissão.”

A EPADRV foi a nossa ‘Casa’ durante estes 5 anos. No início não queria vir para cá... era muito novo! Com o tempo fui arranjando amizades e tudo melhorou... já não pensei mais em sair. Fui muito bem recebido na EPADRV. Foram 5 anos de muita diversão e conheci pessoas incríveis. Fui sempre leal ao quarto R16! Para mim a residência é o meu segundo Porto de abrigo, muita gente pensa que é uma ‘prisão’ mas a verdade é que é uma família.” Bernardo Bessa, aluno do 12º Técnico de Gestão Equina (TGE) – Porto

Paulo Moreira, aluno do 12º Técnico de Gestão Equino (TGE) - Águeda Paulo Moreira e Bernardo Bessa alunos residentes da EPADRV

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Colaboração em busca de uma solução Sendo o nosso lema “Uma Escola para todos a qualificar cada um”, a EPADRV abre as portas a todos os alunos que queiram ter uma oportunidade de sucesso educativo e profissional. A individualidade de cada aluno é respeitada durante o seu percurso escolar e as suas habilidades são potencia-

das através de um método de ensino diferenciador, visando a sua otimização pessoal e formativa. As práticas desenvolvidas são o resultado da estreita relação entre as diversas valências da EPADRV (Direção, assistentes operacionais, professores, educação especial, educação social

e SPO) e, quando existentes, com as equipas técnicas responsáveis pelo acompanhamento ou institucionalização de alguns dos nossos alunos, nomeadamente:

- Tribunais de Famílias e Menores; - Instituições de Acolhimento.

- Comissões de Proteção de Crianças e Jovens;

Comemoração do Dia Diferente na EPADRV

VOZES QUE ENRIQUECEM E VALORIZAM O PROJETO EDUCATIVO DA EPADRV

Tive a oportunidade de conhecer a vossa Casa há uns anos atrás, quando fiz parte da CPCJ de Águeda, e agora como gestora de um aluno que acompanho mais de perto, embora nunca tivesse tido o gosto de vos visitar. Em comum vejo histórias de vida dessas pessoas – jovens, algumas sem chão, sem teto, descalços emocionalmente…. Em comum também a procura de profissionais locais, após o insucesso das respostas tipificadas, de espaços que acolhessem essas pessoas, com todas as suas fragilidades e ajudassem a reconstruir outra história…tendo como meio contextos formativos nos quais pudessem “brilhar” de algum jeito… Sei que é importante e reconfortante terem, no vosso baú, jovens que vos deem ânimo e força para continuarem a investir junto de muitos outros que não correspondem às vossas expetativas e continuam a preocupar quanto à direção da trajetória de vida…mas em algum cantinho do coração desses jovens ficará sempre alguma marca que um dia, quem sabe, poderá fazer a diferença num qualquer momento decisivo das suas vidas… Só vos posso desejar que desenvolvam, com todas as diferenças e diversidade de “olhares”, um “Nós” que sirva de bússola para manter o rumo certo, centrado naqueles jovens desafiantes que precisam de Cuidadores, mais que instrutores de alguma coisa.com energia, garra e ideal…”

Técnica Social do Tribunal de Família de Menores

Quais as razões que motivam o encaminhamento dos vossos jovens para a EPADRV? Preocupamo-nos em garantir que os nossos jovens encontrem, no estabelecimento de ensino que os recebe, ferramentas que lhes permitam continuar a pavimentar o seu percurso académico e profissional. Ao longo dos anos, a nossa relação foi crescendo, e, com ela, a certeza de que a EPADRV é capaz de lhes fornecer essas e outras ferramentas, importantes para a construção das suas competências pessoais e sociais. Além disso, na EPADRV encontramos empatia, disponibilidade, dedicação e, acima de tudo, interesse pelos jovens, pelas suas capacidades e interesses. Como descreve a relação da vossa entidade com a EPADRV? Consideramos que, na fundação desta relação, está a convicção de que esta Escola acredita nos nossos jovens e nas suas capacidades, que se interessa genuinamente por cada um deles e pelas suas potencialidades. Apenas através desta premissa foi possível a construção de uma relação de confiança e de parceria. Como avalia os resultados obtidos dos jovens encaminhados para a EPADRV? Analisando o percurso dos jovens e o somatório de aprendizagens, oportunidades e experiências positivas, encontramos evolução, por isso, consideramos que esse balanço é positivo.

Sara Roque Psicóloga da “Obra da Criança”, de Ílhavo

Quais as razões que motivam o encaminhamento dos vossos jovens para a EPADRV? Alguns critérios estão subjacentes aos próprios pedidos de integração dos nossos jovens na vossa Escola. Por outro lado, porque a via de ensino da EPADRV prioriza as áreas funcionais em detrimento das verbais, e por um ambiente escolar contentor e mais capacitado a promover o desenvolvimento destes jovens, ajudando-os a prevenir comportamentos mais impulsivos e irrefletidos e consequentemente na regulação da ansiedade, promovendo desta forma uma adaptação mais positiva e um maior investimento académico, apostando numa discriminização positiva. A oferta formativa diversificada e em áreas de interesse para os jovens, difíceis de encontrar em outras escolas, constitui-se também, como um dos critérios valiosos. Como descreve a relação da vossa entidade com a EPADRV? O nosso Lar de Infância e Juventude – Obra de Frei Gil-Solar da Sagrada Família entende a relação com a EPADRV como sendo de grande proximidade e informalidade, numa relação de parceria com um objetivo comum- sucesso educativo dos jovens integrados. No âmbito desta relação, este LIJ considera uma mais-valia o interesse, compromisso e prontidão no trato prestado á resolução das situações/problemas que vão ocorrendo no dia-a-dia da vida escolar dos jovens. Como avalia os resultados obtidos dos jovens encaminhados para a EPADRV? Esta opção escolar tornou-se gratificante para os jovens, que viram assim estimulado o seu potencial e o reforço da sua autoestima, pelos resultados escolares positivos que têm alcançado. Dra. Maria Santos, Técnica do Lar de Infância e Juventude – Obra de Frei Gil-Solar da Sagrada Família, em Lobão, Sta. Mª Feira

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Rostos que continuam a

Desde 1990 muitas pessoas têm contribuído para o crescimento e evolução da EPADRV. Ao longo destes 25 anos, professores, funcionários, colaboradores e alunos continuam a fazer da EPADRV “Uma escola para todos a qualificar cada um”. Apresentamos um testemunho de uma Leopoldina Aires terminou o Curso de As obras foram sendo realizadas à medida Regente Agrícola em 1976, começando a sua atividade como docente em Maio de 1978. No ano letivo 1990/1991 ficou colocada na Escola Secundária de Vagos e em 1994/1995 começou a lecionar como professora efetiva na EPAV, agora designada de EPADRV. Atenta às mudanças, faz parte da história dos 25 anos da EPADRV como professora, Diretora de Turma e Coordenadora do Departamento de Matemática e Ciências Experimentais. O que melhor a caracteriza será com certeza a dedicação e o carinho que dá aos seus alunos, como se fosse sua “segunda mãe”.

SAÍDAS PROFISSIONAIS

Primeiras impressões A escola começou por funcionar, a título provisório, na Escola Secundária de Vagos, passando depois para o antigo edifício João Grave. A escola tinha poucas turmas e a exploração agrícola era feita na localidade de Lombomeão. Tínhamos uma certa dificuldade já que o espaço era bastante reduzido e os terrenos para a exploração agrícola eram alugados ou emprestados. O facto de tudo se concentrar num edifício já bastante antigo e o facto de nos termos de deslocar a pé do centro de Vagos para Lombomeão constituía um grande entrave.

das necessidades. Por exemplo, o Polo Tecnológico teve de ser adaptado para outras formações. Foram construídos os pomares e as hortas. As maiores valências da escola são a área de restauração, o picadeiro, a estufa das flores (nomeadamente a estufa dos antúrios), o Gabinete de Inserção Profissional, a Loja de Atendimento ao público e a Residência Escolar. Estar nesta escola proporcionou-me estar sempre a lecionar na minha área de formação (agrícola) e estar próximo da minha residência (Vagos). Os Alunos: Considero que sempre mantive um bom relacionamento com os alunos, fui sempre cordial e sempre me disponibilizei para os apoiar. Estive sempre presente quando necessitavam. O número de alunos por turma aumentou significativamente ao longo destes anos, o que, infelizmente, se refletiu nas suas atitudes e no seu comportamento nem sempre tão corretos como seria de esperar.

(variantes Cozinha-Pastelaria e Restaurante-Bar) empreendimentos hoteleiros restaurantes hotéis pastelarias cantinas (empresas, escolas)

Profª Leopoldina Aires, na EPAV (94/95)

Mudança para a Gafanha da Boa-Hora: A nova escola foi projetada e construída para 150 alunos. Todas as salas foram dimensionadas para esse número de alunos. O espaço e as condições, sem dúvida, aumentaram consideravelmente. A residência, uma grande valência da escola, também foi edificada a pensar no bem-estar dos alunos, que depois das aulas teriam ali um espaço acolhedor. Atualmente, face ao crescente número de alunos, no meu entender, falta na escola um pavilhão polivalente para as aulas de Educação Física e para o convívio dos alunos. Evolução da escola: Comparando com o antigo edifício, a ampliação da EPADRV trouxe consigo um alargamento das construções e um aumento de alunos. Verificou-se uma procura muito grande por parte de alunos de todo o país. A escola foi evoluindo de acordo com a procura e as áreas foram sendo adaptadas a essa mesma procura.

IV

Prof.ª Leopoldina Aires com alunos EQUI+ 14/15

Projetos para o futuro a desenvolver na EPADRV: Como projetos para o futuro tenho como objetivo criar no Parque Pedagógico um espaço onde pudesse ser construído um lago para acolher um casal de cisnes. No geral, pretendo continuar as atividades de melhoramento das condições do Parque Pedagógico. Uma mensagem à EPADRV Espero que a escola continue a evoluir no sentido de proporcionar melhores condições de formação para os alunos e melhores condições de trabalho para os professores. Ao longo destes 25 anos registou-se uma mudança muito significativa, no entanto, gostaria de ver os espaços verdes da EPADRV melhor tratados. Ainda há muito trabalho a desenvolver…

Kátia Milay Buato, aluna do 12° ano do Curso Técnico de Turismo Ambiental e Rural

Kátia Milay Neto Buato tem 22

anos, é Santomense e finalista do Curso Técnico de Turismo Ambiental e Rural, da EPADRV. A sua adaptação a um país culturalmente diferente não foi fácil, mas as aprendizagens e as vivências adquiridas ao longo destes 3 anos farão parte do seu crescimento pessoal e profissional. Como foi vir para a EPADRV? Depois de concluir o 9º ano, e como queria continuar a estudar num curso secundário profissional, a minha mãe procurou alternativas ao ensino no meu país. Foi então que tive conhecimento do protocolo que a EPADRV tinha com o Estado santomense. E como achei interessante o Curso de Técnico de Turismo Ambiental e Rural (TTAR) decidi inscrever-me. Quais as dificuldades encontradas? A 1ª dificuldade que senti foi o clima: muito frio! Também as ruas movimentadas e as autoestradas causaram-me alguma confusão. E a língua portuguesa tem expressões diferentes nos dois países. E não me estou a referir ao crioulo. Há expressões que se usam cá e que em São Tomé e Príncipe têm um significado diferente e, por vezes, resultam em situações engraçadas. Por exemplo, em STP chamamos “safada” a uma pessoa que está pálida, sem cor. Já imaginou a situação se nos referíssemos assim a alguém cá na escola?! Apesar das dificuldades, a vinda para a EPADRV também terá tido vantagens. Certo? Sim, sem dúvida. A maioria dos santomenses vão estudar para Lisboa, mas eu achei que teria vantagens vir para perto de Aveiro, porque é mais tranquilo e estamos mais em contacto com a natureza. Quando pesquisei na internet sobre a EPADRV verifiquei que ficava situada num meio rural e que tudo coincidia com o Curso de TTAR (que eu queria frequentar). Porquê o Curso Técnico de Turismo Ambiental e Rural? Desde que eu estudo, sempre gostei de estar em contacto com a natureza e vi neste curso a oportunidade de divulgar o meu país. São Tomé e Príncipe são ilhas verdes e cheias de biodiversidade! De que forma é que a cultura portuguesa é diferente da sua? Temos várias manifestações culturais


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escrever a história da EPADRV

docente que viu a EPADRV nascer e que continua a vê-la crescer, de uma aluna que está a concluir a sua formação e de um aluno que iniciou este ano o seu percurso nesta escola. diferentes. Em STP, ao nível das danças, temos, por exemplo, danço-congo, tragédia, puita, dança-de-cacete, esteleva que têm, cada uma delas, também as suas próprias músicas. Para além dessas músicas há, entre outras, a sangazuza e a tafua. A gastronomia também difere, pois há ervas, vegetais e frutos que não existem cá. A maneira de ser das pessoas também tem diferenças. Não consigo falar de todas, é melhor visitarem STP e irão descobrir imensas coisas! O que aprendeu no curso de TTAR? Neste curso aprendi o que é mesmo o turismo ambiental e rural e as suas diferentes vertentes. Hoje tenho a consciência que posso fazer muito (e que há muito ainda por fazer) em STP na área do turismo. Levo da EPADRV bons exemplos de práticas e de projetos que gostaria de implementar no meu país, que espero esteja aberto a receber a sua recém-formada Técnica de Turismo Ambiental e Rural. Quais os locais onde estagiou? O meu 1º estágio foi no Museu do Brincar, em Vagos. Lá contactei com outros estagiários, partilhamos as nossas vivências e aprendi imenso com os responsáveis do museu. Tenho algumas ideias que seriam interessantes para São Tomé e Príncipe… Em julho irei estagiar numa pequena unidade hoteleira, na Praia da Vagueira, porque expressei vontade de experimentar outro campo, enriquecendo mais o meu currículo e, assim, adquirir mais aprendizagens que me permitam poder trabalhar em opções diferentes.

Estágio no Museu do Brincar, Vagos

Quais as atividades em que participou durante estes 3 anos e que mais a marcaram? Gostei da atividade para divulgação dos produtos da EPADRV, no Porto, e de ter participado na organização de duas comemorações: Dia Diferente e Escolíadas. Uma palavra para descrever a EPADRV? Tutora: A EPADRV foi para mim como uma tutora, acolheu-me e preocupou-se com o meu bem-estar. Esteve sempre presente, apoiando a minha formação, durante estes 3 anos. Também ralhou comigo (e eu ficava chateada), mas agora sei que foi para o meu bem. Apesar de me manter segura, não me prendeu, deu-me asas (e, por vezes, até me empurrou) para eu seguir por mim própria o meu caminho. E, como tutora, orgulharse-á sempre das minhas vitórias.

Escola, no meio da floresta. Além disso, o facto de a Escola ter residência escolar foi muito importante para os meus pais e para mim.

Tiago Veiros, aluno do 10º ano do Curso Técnico de Produção Agrária

Tiago Veiros, residente na Vila de

Cucujães, frequentou o 9º ano na Escola Básica/Secundária Dr. Ferreira da Silva, no ensino regular, mas a paixão pela agricultura e o desejo de fazer renascer e modernizar o pequeno negócio familiar dos avós levou-o a enveredar por um curso profissional que lhe permitirá adquirir uma formação profissional qualificada. Neste ano letivo 2014/2015, Tiago Veiros frequenta o 10º Ano do Curso Técnico de Produção Agrária, na EPADRV. Como é que teve conhecimento da EPADRV? Eu nunca tinha ouvido falar desta Escola, mas um dia quando partilhei com uma professora o meu gosto pela agricultura, ela falou-me da EPADRV e do Curso Profissional de Técnico de Produção Agrária (TPA). Nessa altura consultei o site da EPADRV e percebi que se tratava de uma escola que, além de ficar relativamente perto da minha residência, tinha uma área muito agradável e condições espetaculares para a prática do Curso. Porquê o Curso de Produção Agrária? Os meus avós paternos sempre trabalharam na agricultura e chegaram mesmo a ter vacas leiteiras. Desde pequeno que me habituei a ajudá-los e, por isso, senti que se tirasse um curso nesta área poderia recuperar este modo de vida dos meus avós. Até porque eles têm espaços e terras que eu posso usar e recuperar. O que é que gostou mais na EPADRV quando a visitou pela primeira vez? Quando visitei a Escola, o que mais gostei foi do Polo de Bovinos Leiteiros e da Exploração agrícola, mas também gostei muito do sítio onde está localizada a

Como tem sido a experiência de estudar na EPADRV? A minha opinião sobre o Curso de TPA é muito positiva. Este curso é realmente muito bom para quem gosta da natureza e de trabalhar na área vegetal e animal, porque tem boas estruturas físicas e professores competentes. Além disso, este curso é muito dinâmico porque organiza seminários e palestras que complementam aquilo que aprendemos durante as aulas. Em relação à Escola, este ano permitiu-me conhecer pessoas novas e fazer muitas amizades. Tenho a certeza que durante estes três anos irei aprender bastante. Quando vim para o ensino profissional pensava que o grau de dificuldade era muito inferior, mas agora sei que as diferenças não estão tanto no grau de dificuldade, mas no apoio que os professores nos dão. Nesta Escola e neste Curso, a relação que existe entre os professores e os alunos é muito boa, o que nos ajuda a superar mais facilmente as dificuldades. Qual a expetativa em relação ao estágio e para onde vais estagiar? Penso que vai correr bem, até porque vou estagiar para uma vacaria que fica perto da minha casa. O que significa que vou poder aprender ao mesmo tempo que vou tendo o apoio dos meus pais. Estudar neste curso tem muitas vantagens e uma delas é poder estagiar em três momentos do curso e poder aplicar na prática aquilo que aprendemos nas aulas. Quais os seus planos para depois da conclusão do Curso? Como já disse anteriormente, eu pretendo recuperar a pequena vacaria dos meus avós e talvez transformar a pequena exploração agrícola numa grande exploração. No entanto, infelizmente, no meio da crise em que vivemos, sei que este projeto poderá ser difícil de concretizar. E por isso mesmo também não ponho de lado a hipótese de emigrar para França ou para a Suíça, onde tenho familiares que me poderão ajudar, se me for dada essa possibilidade Use apenas um adjetivo para descrever a EPADRV e outro para descrever o curso de TPA. É difícil reduzir a um só adjetivo uma escola e um Curso que nos ensinam tanto e que ainda têm tanto para nos ensinar. Por isso, prefiro dizer que este primeiro ano está a ser espetacular e espero que os restantes também o sejam.

SAÍDAS PROFISSIONAIS

unidades industriais manutenção mecânica e elétrica gestão da manutenção linhas de montagem montagens industriais


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Aluno do Curso Técnico de Gestão Equina (TGE) de EPADRV reconhecido internacionalmente Gonçalo Diabinho, aluno do 12ºano do Curso de Gestão Equina, da EPADRV é atualmente um jovem cavaleiro promissor no espaço nacional internacional. Conquistou o 1º lugar na prova Young Riders Freestyle, com o PSL, Uige, na X Taça Ibérica CDI 3*, realizada em Vilamoura, Algarve, nos dias 8 a 12 de abril. Estreouse além fronteiras, entre os dias 15 a 17 de maio, em Biarritz , França, no CDI 3*, assumindo a liderança nas provas de Freestyle, com 70,625% e de Young Riders Team, com 66,053%, e conquistando ainda o 3º lugar, com 64,974% na reprise individual. Uma semana depois, de 21 a 24 de maio, em Madrid, no CDI 3*, no Campo Villa de Madrid, Gonçalo Diabinho volta a conquistar o 1º lugar na prova Freestyle,

com 67,850%. Segundo o aluno, “participar nestas provas, com juízes internacionais faz-nos evoluir muito como cavaleiros e ajudanos a melhorar algumas falhas. Além disso, é uma porta aberta para futuras participações e também para o mercado de trabalho.” Relativamente à Escola, Gonçalo Diabinho refere que “antes de vir para a EPADRV eu já montava e participava em Provas Nacionais de equitação de trabalho. No entanto, a EPADRV permitiu-me aprofundar e melhorar algumas competências técnicas, além de me dar a formação teórica necessária. Com a EPADRV consegui também criar contactos que se tornarão muito úteis para a minha vida profissional, já que me quero dedicar à Equitação a

100%, fazendo disto o meu modo de vida. Além disso, o facto de ter estagiado com o cavaleiro Filipe Canelas Pinto também me ajudou bastante a melhorar o meu desempenho”. Terminado o 12º ano, Gonçalo prepara-se para entrar num Curso de Especialização Tecnológica em Maneio e Utilização do Cavalo, na Escola Superior Agrícola de Santarém, e ao mesmo tempo trabalhar na área.

SAÍDAS PROFISSIONAIS

centros hípicos escolas de equitação organização de eventos equestres gestão de empresas de produção de equinos coudelarias empresas de turismo equestre Gonçalo Diabinho, em Biarritz, França

ATIVIDADES COMPLEMENTARES QUE ENRIQUECEM PLANO CURRICULAR Atividades complementares específicas que a EPADRV oferece aos seus alunos do Curso de Técnico de Gestão Equina e da área vocacional de Tratamento e Desbaste de Equinos, aos alunos exteriores do Centro Hípico e demais interessados da comunidade equestre, durante este ano letivo: Formações complementares: Cursos de Treinadores de Equitação grau I (Cursos I a VII), grau II (inscrições abertas) e exames de Sela 4 e 7. Participação em Concursos Nacionais e Regionais: Riatour, Aveiro; III Jornada do Interescolar da Golegã. Organização de Concursos na EPADRV: III Campeonato EPADRV Regional; Concurso

Nacional C - provas de obstáculos. Projetos para o próximo ano letivo Pretende-se dar continuidade às formações complementares, reforçar a participação nos concursos regionais e nacionais e continuar a investir nos projetos e atividades escolares, como as visitas de estudo e estágios nacionais e internacionais, através da parceria com entidades e empresas de referência no setor equestre e na cooperação com instituições vocacionadas para o Ensino Especial

Equitação Special Olympics; no Concurso de Equitação de Trabalho; no Concurso Nacional de Dressage e na dinamização de uma Prova de Horseball.

Metas para o próximo ano: aposta na organização do Concurso de Saltos Nacional B; no I Concurso inter-turmas da EPADRV; no Concurso Nacional de Concurso Nacional C - prova de obstáculos

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Da ternura dos animais à beleza das flores Assim se aprende no Curso Técnico de Produção Agrária

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uando se fala no Polo de Bovinos Leiteiros da EPADRV, à memória vem de imediato o fenómeno da vaca amestrada - a Sissi - que dá pelo nome, obedece quando é chamada, saltita de contente ou amua quando é repreendida e que neste momento está a empreender esforços para saltar obstáculos como “habilidade” para mostrar às crianças. Tudo isto graças à Dra. Teresa Valente, médica veterinária que trata cada cria pelo nome e a todas por “as minhas meninas”. E, por isso, mesmo, quando as estas nascem têm direito a cobertores, rosa ou azul, de acordo com o género. No entanto, na EPADRV, há outros animais que se integram no plano de formação do Curso Técnico de Produção Agrária - variante animal, e que também merecem a atenção da veterinária. São estes os suínos-bebés com direito a serem alimentados por biberão e ao colo.

assume o papel de formador. É estimulante verificar que os alunos aderem a todas as formações complementares, enriquecendo o seu leque de competências e que sugerem mesmo temáticas que pretendem ver abordadas. Como responsável técnica do Polo Bovinos Leiteiros, é gratificante acompanhar o presente crescimento do efetivo bovino, sempre com o melhoramento genético como preocupação e o bem-estar animal como prioridade para continuar a produzir leite de elevada qualidade. O polo de bovinos tem um elevado potencial de crescimento e como profissional não poderia estar mais feliz por fazer parte este projeto que é sobretudo pedagógico.” Dra. Teresa Valente, Médica Veterinária responsável pelo Polo de Bovinos Leiteiros da EPADRV

do crescimento formativo dos seus alunos. Desde 2006, a primeira vez que fui contratado pela EPADRV, que se notam melhorias significativas nas infraestruturas da Escola, nomeadamente ao nível das explorações agrícolas, das estufas, das linhas de rega e também do alargamento das área de cultivo. A EPADRV está inserida numa zona muito privilegiada ao nível das condições climáticas e logísticas necessárias para a produção agrícola e as parcerias com entidades diversificadas permitelhes ampliar as áreas formativas e complementar as competências dos alunos.” Mestre João Margarido, Responsável pela exploração agrícola e estufas da EPADRV

SAÍDAS PROFISSIONAIS (variantes Animal e Vegetal) empresário agrícola (jovem agricultor) gestão de empresas agrícolas e afins Dra Teresa Valente a amamentar leitão

Não é novidade para a comunidade epadreviana que, durante o verão, a Dra. Teresa Valente se preocupa em passar creme hidratante nas suínas para evitar que a sua pele grete. Mas os seus cuidados passam também por alimentar as pequenas crias ao colo. Estas são apenas duas imagens ternurentas que mostram a forma carinhosa e dedicada como a médica trata os “seus meninos e meninas”. Assim se compreende a razão pela qual o efetivo de animais na EPADRV não pare de crescer. Quando cheguei a esta instituição há cerca de dois anos, a expetativa de sair da minha zona de conforto, que é a prática da medicina veterinária, era muito elevada, sobretudo pelo desafio de formar jovens, fazendo-os adquirir competências técnicas que são a base do seu percurso profissional. Considero o curso de Técnico de Produção Agrária muito completo dado que os alunos estão prontos para assumir um papel de destaque em explorações agrícolas ou iniciar a sua própria exploração após este percurso de 3 anos e como tal a exigência da sua formação é um incentivo para quem

associações agrícolas e afins organismos públicos unidades agroindustriais

Mestre João Margarido, na estufa de Antúrios

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endo os animais, e mais especificamente os bovinos leiteiros, o motivo de maior procura e atração por parte dos alunos do Curso de Técnico de Produção Agrária, até pela preponderância regional e familiar deste setor, a variante vegetal também tem os seus atrativos. E prova disso mesmo é a beleza que floresce nas explorações agrícolas, nas estufas e no Helioagro uma estufa térmica que resulta de um projeto de investigação horto florícola e que, neste momento, encanta com os seus antúrios. O professor João Margarido, licenciado e mestre em Agropecuária, trabalha na EPADRV há 9 anos, e é neste momento o responsável por esta vertente, embora também já lecionado na variante animal e na área de jardinagem e espaços verdes. Em comum com a Dra. Teresa Valente tem a paixão pela natureza e o gosto de poder fazer parte

Ao fim destes três anos, mais uma etapa da minha vida está a chegar ao fim, essa etapa tem por nome EPADRV. Esta escola ajudou-me a ser uma pessoa mais determinada, com mais garra para superar qualquer obstáculo, no fundo ajudou-me a crescer como pessoa e como futura profissional. Foi através dela que consegui descobrir a minha paixão pela área da transformação. Um aspeto muito positivo que a escola oferece é o facto de abrir horizontes profissionais, quer através de estágios em empresas de referência a nível nacional e internacional, quer complementando o ensino com visitas de estudo internacionais.” Sílvia Neves

Sílvia Neves, finalista do curso Técnico Produção Agrária

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O que fazemos é notícia ALUNOS EM ESTÁGIO

Se uns alunos estão em contagem decrescente para o estágio, outros já usufruem daquela que será a sua nova etapa de formação. Assim acontece com os alunos dos Cursos Profissionais de Restauração, Turismo Ambiental e Rural,de Manutenção Industrial e dos Cursos de Educação e Formação de Serralharia Civil e Tratamento e Desbaste de Equinos, que já estão em vários espaços nacionais e também no estrangeiro, nomeadamente, Palma de Maiorca, Espanha continental, Inglaterra, Brasil e Estados Unidos da América. alunos do curso técnico de Restauração em estágio, Palma de Maiorca, Espanha

PROVAS DE APTIDÃO PROFISSIONAL

Nos dias 21 de maio e 5 de junho, os alunos do 12º ano do Curso Técnico de Restauração (variante cozinha e restaurante bar) e do Curso Técnico de Turismo Ambiental e Rural apresentaram, respetivamente, as suas Provas de Aptidão Profissional e defenderam os seus projetos, que comprovam o espírito empreendedor destes alunos.

Júri da Prova de Aptidão Profissional do Curso Técnico de Turismo Ambiental e Rural

uma mini-horta e realização de um workshop de mel, com o apoio dos alunos de Produção Agrária; batismo a cavalo com a orientação dos alunos de Gestão Equina. Para além disso, foi apresentado um espetáculo de dança alusivo à comemoração dos 25 anos da EPADRV.

III JORNADA DO INTER ESCOLAR DA GOLEGÃ Alguns alunos da EPADRV participaram pela terceira vez na III Jornada do Inter escolar da Golegã, nos dias 26 e 27 de maio de 2015, nomeadamente, Paulo Moreira 12°TGE, Renata Machado 12°TGE, Duarte Ferreira 12°TGE, Hugo Carlos 11°TGE, Diogo Henriques 12°TGE e Estrela Andias 12°TGE. Os alunos participaram nas provas de dressage, obstáculos e cross.

Foram premiados os dois melhores alunos de cada ano escolar e de cada área de formação, que se destacaram pelo seu desempenho tanto no domínio cognitivo como nas atitudes e nos valores: João Alves 10º TR; Pedro Rocha – 10º TMI; Débora Amorim – 11º TGE; Ana Catarina Gonçalves - 11º TGE; Sandra Jesus - 12º TMI; Margarida Isabel Vidal Pereira - 12º TPA.

(curso vocacional - 3º ciclo)

SAÍDAS PROFISSIONAIS

empresas de turismo em espaço rural EPADRV na Semana Cultural de Vagos a “adoçar” as festas

autarquias (depto. turismo, postos de turismo) parques de campismo

EPADRV NA SEMANA CULTURAL DE VAGOS As Festas de Vagos, em Honra do Divino Espírito Santo e Santa Maria de Vagos, este ano com um novo formato, através da inclusão da Semana Cultural nas festividades, permitiram a todas as escolas do concelho, participar e conviver de forma salutar, através da dinamização de atividades conjuntas. Assim, durante a semana de 23 a 30 de maio, além de um espaço permanente, no qual foi possível admirar alguns exemplares equinos, a EPADRV dinamizou outras atividades que visam divulgar a oferta formativa e mostrar o que de melhor se faz nesta Escola Profissional, como por exemplo: demonstração de trabalhos por parte dos alunos de Manutenção Industrial, através da utilização de um torno mecânico; degustação de crepes flamejados e de cocktails, por parte dos alunos de Restauração; acompanhamento da construção de

VIII

MELHORES ALUNOS DO ANO LETIVO 2013/2014 PREMIADOS DURANTE A SEMANA CULTURAL DE VAGOS

áreas protegidas (parques naturais, reservas)

Os melhores alunos do ano letivo 2013/2014 receberam, no dia 25 de maio, prémios e medalhas de mérito, numa cerimónia integrada na Semana Cultural de Vagos, presidida pelo Secretário de Estado da Administração Local, António Leitão Amaro.

pousadas da juventude unidades hoteleiras agências de viagens empresas e associações de animação cultural

Entrega de prémios aos melhores alunos do ano letivo 2013/2014 - Semana Cultural de Vagos


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