Jornal Entreposto | Julho 2014

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Um jornal a serviço do agronegócio

Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento

Julho de 2014

ANO 15 - Nº 170

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Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva

Circulação Nacional - Distribuição Autorizada no ETSP da Ceagesp

Alcachofra, sabor e saúde para todos

Hortaliça está cada vez mais presente na Ceagesp, em feiras-livres, supermercados e sacolões ESPECIAL

Págs 9 a 13

CITRICULTURA

Pequenos produtores Galhos e folhas proibidos mostram a importância da na comercialização dos agricultura familiar Pág 6 produtos cítricos Pág 16

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DESCUBRA QUEM QUE


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ER COMPRAR DE VOCÊ. ESTEJA ENTRE OS MELHORES E OS MAIS LEMBRADOS Há muito tempo um ditado popular diz: “anunciar é a alma do negócio”. Outro, “quem não é visto não é lembrado”. A comunicação se vale de vários meios, formas e veículos diferentes. O Anuário Entreposto é um desses. O Anuário Entreposto é o meio mais tradicional e seguro de divulgação do mercado de abastecimento com uma forma física compacta, facilmente identificável e que condensa em suas páginas – de maneira simples, objetiva e direta – os fornecedores de produtos hortifrutícolas, proporcionando a pesquisa de mercado que o consultor necessita e/ou procura.

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ÍNDICE

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LEIA TAMBÉM... Artigos: profissionais escrevem sobre eSocial, impostos e Galeria de Fotos Femetran metas profissionais

#8

#18 #18

#12

A sucessão na rural agricultura Juros do crédito subiramdeve menos taxa Selic ser umque processo e não um fato

FRUTAS Pavilhão

Novas hortaliças e Pronatec Agro agricultura sustentável disponibiliza 10 mil na Hortitec 2014 vagas para jovens

agricultores

#20 #12

6h às 20h

MFE-A

6h às 21h

MFE-B/C

#17#16

Mercedes-Benz aprimora Ferramenta de gestão Atego, Axor e Actros facilita produção agrícola

6h às 20h

6h às 20h

6h às 21h

6h às 18h

6h às 20h

HF’S

LEGUMES Pavilhão

2ª à 5ª feira

6ª feira

Sábado

AP’s

6h às 20h

6h às 21h

6h às 18h Sábado

Pavilhão

2ª feira

3ª a 5ª feira

MLP

6h às 21h

12h30 às 21h 12h30 às 22h 14h às 21h

6ª feira

Pavilhão

2ª à Sábado

MSC

8h às 20h

BATATAS, CEBOLAS E DIVERSOS Pavilhão

2ª à 6ª feira

Sábado

BP’s

6h às 20h

6h às 17h

PESCADOS Pavilhão

3ª à Sábado

Pátio da Sardinha

2h às 6h

Pavilhão

3ª e 6ª feira

2ª à 5ª feira

5h às 10h30

MLP Praça da Batata

Romances famosos R$ 50 milhões disponíveis no para garantir Entreposto do Livroda preço

#16 #17

FRACA

REGULAR

HORTALIÇAS FRUTOS

Editoração /Artes Letícia Doriguelo Benetti

Colaboradores Anita Gutierrez e Manelão

Web Master Michelly Vasconcellos

Distribuição: Gratuita Redação Av. Dr. Gastão Vidigal, 1946 Edsed II - loja 14A CEP 05314-000 Tel.: 11 3831.4875

E-mail

contato@jornalentreposto.com.br

Os artigos e matérias assinadas não refletem, necessariamente, o pensamento da direção deste jornal, sendo de inteira responsabilidade de que os subscrevem.

JUN

JUL

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JUL

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JUL

ABACATE KIWI PINHA BANANA-CATURRA BANANA-PRATA BANANA-MAÇÃ CAQUI COCO

ABÓBORA HOKAIDO

FIGO

ALHO PORÓ

MORANGO

JILÓ

NÊSPERA

MAXIXE

PÊRA

PIMENTA

PINHÃO

PIMENTÃO VERMELHO

LIMA LIMA PÉRSIA

TOMATE

TANGERIN.PONKAN

COUVE-BRÓCOLO

Periodicidade: Mensal

FORTE

ABÓBORA SECA

AGRIÃO

Projeto Gráfico Paulo Cesar Rodrigues

FRUTAS

Indicador de boa oferta dos produtos comercializados no mercado. Tendência de baixa nos preços.

ALMEIRÃO

Edição Paulo Fernando Costa / Carolina de Scicco/ Letícia Doriguelo Benetti / Paulo Cesar Rodrigues

2h às 14h

SAZONALIDADE

HORTALIÇAS HERBÁCEAS

Jornalista Responsável Maria Ângela Ramos MTb 19.848

6h às 21h

FLORES

laranja

Diretor Comercial José Felipe Gorinelli

Sábado

ABÓBORAS

floricultura paranaense

Diretora Geral Selma Rodrigues Tucunduva

6ª feira

3ª a 5ª feira

VERDURAS

Mudanças climáticas já causam Seminário propõe queda da produtividade agrícola estratégias para a no mundo

#19 #14

2ª feira

CHEIRO-VERDE COUVE-MANTEIGA COUVE-FLOR

JUN

JUL

MIMOSA/MEXERICA MAÇÃ IMPORTADA KIWI IMPORTADA PERA IMPORTADA UVA IMPORTADA HORTALIÇAS TUBEROSAS BATATA-DOCE

COUVE-CHINESA

BATATA-SALSA

COUVE-RABANA

CARÁ

ESPINAFRE

CEBOLA

MOSTARDA

CENOURA

MOYASHI

GENGIBRE

REPOLHO

INHAME/TAIÁ

RÚCULA

MANDIOCA/AIPIM

BROTO BAMBU

NABO

RADITE

CEBOLA IMPORTADA

Mu pr Ro Liv No 20 Me Pá Ju Pá


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Não se constrói a paz com estômagos vazios ll A edição Maio/Junho da revista ESPM com o tema “Agrossociedades - o Brasil que deu certo”, traça um panorama e o papel do agronegócio na criação de centenas de novas cidades com um desenvolvimento maior que a média nacional, além de uma entrevista com Antonio Roque Duchen, professor da Esalq, destacando que não se constrói a paz com estômagos vazios.

O produtor tem um papel fundamental na segurança alimentar do nosso país. Por tudo que já avançamos até hoje, a fome no Brasil não persiste por falta de comida, mas por sua má distribuição Antonio Roque Duchen

28.07 - Dia do agricultor O crescimento do Brasil passa por este dia. parabéns

ll A competitividade e a inserção de um país no contexto global depen-

dem de investimentos em pesquisa e capacitação. O setor agropecuário brasileiro é reconhecido internacionalmente pela produção tecnificada e sucessivos recordes de produtividade. Esse desempenho é resultado da participação de instituições de pesquisa e universidades no processo de revolução da agricultura brasileira. Entretanto, o investimento do Brasil em pesquisa e desenvolvimento é baixo – cerca de 1,09% do Produto Interno Bruto (PIB). Portanto, uma política agrícola consistente, que contemple a atualização tecnológica dos produtores e a adaptação das técnicas de produção, garantirá produção competitiva no mercado internacional, com preços acessíveis por alimentos seguros e de qualidade no mercado interno.

O que é preciso? Uma política de transportes, logística e armazenamento integrada, para diminuir custos e aumentar a qualidade final dos produtos.

notas

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Agricultor, um herói ll A sociedade homenageia di-

versos profissionais pela importância de suas atividades na qualidade de vida das pessoas. O agricultor é um dos profissionais que mais merece ser reverenciado por todos. Ele é o principal responsável pelo nosso alimento. Além disso, também vem assumindo responsabilidades de produzir agroenergia: renovável e limpa, e fibras. Assim, 28 de julho é um dia especial. Todos deveriam parar um instante e dedicar uma oração aos agricultores, estes heróis anônimos, presentes na vida da população urbana todos os dias. Foi em 28 de julho de 1960 que o presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira instituiu o DIA DO AGRICULTOR, durante a comemoração do centenário do Ministério da Agricultura. O MAPA comemora, nesta data, 153 anos de atividades no Brasil. Felizmente, a imagem do agricultor, em particular do brasileiro, está mais próxima da realidade. Trata-se de um dos profissionais mais respeitados, que dedica sua vida para atender a principal necessidade das pessoas: alimento de quali-

dade. É ele que trabalha muito, levanta cedo, com chuva ou frio, não tem sábado ou domingo, Natal, Ano Novo, Carnaval etc. Que depende muito do clima, das flutuações dos valores recebidos, que tem dificuldade de acesso a crédito e seguro e, às vezes, ainda é taxado de destruidor na natureza. O agricultor atual é um profissional vocacionado que respeita os recursos naturais (solo, água, plantas, animais) e as pessoas, que tem que se preparar para produzir cada vez mais com menos terra, com sustentabilidade, utilizando tecnologias modernas, estando bem informado e atualizado. Já em 1960, no decreto que instituiu o DIA DO AGRICULTOR, o presidente destacava que “o país deve grande parte de prosperidade à economia agrícola” e que “é de justiça reverenciar aqueles que se dedicam ao cultivo da terra, transformando em riqueza dinamizada as dádivas naturais”. Não são muitas as pessoas que fazem o que os agricultores fazem. O êxodo rural é uma realidade. Atualmente, apenas 15% da população brasileira vive na zona rural. Um agri-

cultor tem que produzir o suficiente para alimentar cada vez mais gente que vive na cidade. Sem alimentos, a população urbana não vive. Não há outra maneira de produzir a comida diária. Não se faz comida em fábricas! A imagem do “Jeca Tatu”, do caipira, não se aplica mais aos agricultores. Nem a do “coronel”, prepotente, explorador, ou do “chorão”, atrás das benesses governamentais; o agricultor brasileiro é um dos que menos recebe subsídios. Muito menos se aplica a imagem do destruidor do ambiente. O agricultor, grande ou pequeno, sabe que seu sucesso depende do respeito aos recursos naturais, é um ecologista! Os agricultores, em especial os agricultores brasileiros, são grandes heróis e merecem a homenagem de toda a sociedade.

José Otávio Menten Presidente do Conselho Cinetífico para Agricultura Sustentável (CCAS)

Fonte: www.diadocampo.com.br


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ESPECIAL

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Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp The Cambridge World History of Food Tradução – Anita de Souza Dias Gutierrez cqh@ceagesp.gov.br

Produção familiar: o mais i Trabalho Agrícola

Agricultor familiar contabiliza mais de meio século de dedicação à vida no campo Danielle Forte De Minas Gerais

Q

uando o então presidente do Brasil Juscelino Kubitschek instituiu 28 de julho como o Dia do Agricultor, Luiz Gomes de Lima já atuava no campo. A vida sempre foi na lavoura e o senhor de 72 anos aprendeu o ofício ainda criança. Desde então, acompanhou e vivenciou os diversos momentos que a agricultura brasileira atravessou, inclusive o intenso êxodo rural que permeou o século XX. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, IBGE, entre os anos 1970 e 2006, a população brasileira praticamente dobrou. Já a participação na atividade agropecuária no mesmo período passou de 19 para 8,8% da população total. Um homem simples que resistiu e persistiu, vô Luiz hoje contabiliza mais de meio século como pequeno produtor rural na região sul de Minas Gerais. O caminho não foi fácil. Ao relembrar, os olhos ma-

rejam. Criado pelo pai, sem a mãe, via na lavoura uma razão existencial, plantando para sobreviver, vendendo o excedente. Da união com Maria do Carmo Pereira, filha de bem-sucedidos pecuaristas, vieram os 10 filhos. A pecuária bovina foi, inclusive, sua área de atuação preferida. Mas, o revés bateu a porta há quase 30 anos, quando financiou 20 alqueires de batatas e, por conta dos altos juros, acabou perdendo tudo. Viraram empregados e as crianças tiveram que parar de estudar para ajudar na roça. “Naquela época, a gente irrigava as cebolas com o regador e carregar caminhões de milho deixavam as mãos em carne viva. Não tinha incentivo para estudar, o ensinamento passado para os filhos era a lavoura”, relembra Ana, o feijão perdido da família, como costumava ser chamada pelo pai, já que “nunca foi muito da roça”. Hoje ela a representa nos módulos 26 e 27 do MLP, na empresa do seu ir-

mão Ismael no Entreposto Terminal de São Paulo, comercializando folhagens. Mais urbana, Ana mora na capital paulista há cerca de 25 anos. Deu continuidade aos estudos e titulada Mestra, lecionou em universidades. Largou tudo após o falecimento de sua mãe, dois anos atrás. “Meu irmão precisava de alguém na Ceasa e eu disse ‘eu vou’. Desde que me conheço por gente a família vende na Ceagesp e na Cantareira, mas quando cheguei lá foi aquela confusão, entrei no pavilhão errado, não sabia nem onde eu deveria ficar”, conta rindo de si mesma. Na Lavoura, os irmãos de Ana contaram com o apoio e incentivo de um grande produtor de batatas, o Seu Clemente, para iniciar a plantação e comercialização de brócolis ninja no sul mineiro. Hoje, a principal cultura da região. A família tem sítios nas cidades de Munhoz, Itapeva e Senador Amaral, as culturas são variadas, além de criações.

Eles também abastecem os mercados do RJ e BH. Simples, a casa da família, onde o pai ainda mora – e não sai de jeito nenhum – dista mais de 20 km em estrada vicinal do centro de Itapeva. A agricultura familiar é um dos pilares mais importantes na agropecuária brasileira. No país existem 5 175 636 estabelecimentos rurais dispostos em uma área total de 333 680 037 hectares de terra. Os dados são do censo agropecuário, realizado pelo IBGE em 2006. A simplicidade, união e o esforço da “Família dos Valérios” - como são conhecidos no mercado -, dimensiona a realidade da agricultura familiar em um país ainda enraizado pelo conceito patronal, priorizando as grandes propriedades rurais e monocultura de exportação. “Somos uma família de pequenos produtores, mas como somos vários, dá para trabalhar por conta”, elucida a comerciante. O Plano Safra disponibilizará


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ESPECIAL

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Família reutiliza água da chuva na plantação de cravos e astromélias

l

FotoS: DANIELLE FORTE

Ana com produtores e funcionário no módulo da família no Mercado Livre do Produtor

importante pilar da agricultura 156,1 bilhão de reais para a agricultura empresarial durante o biênio 2014/15, enquanto os recursos destinados ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) somam 24,1 bilhões. Ainda assim, o valor aumentou mais de 12 vezes desde 2002, quando foi de dois bilhões. O Pronaf foi criado há quase 20 anos, quando pequenos produtores reivindicavam uma política pública específica. Júlio, um dos filhos de Luiz, produz brócolis, batata, milho e ervilha. O trator Massey Ferguson adquirido recentemente faz parte do Programa Mais Alimentos, uma linha de crédito do Pronaf que financia investimentos para a modernização de propriedades rurais familiares a juros subsidiados. Quando a matriarca adoeceu, os produtores da família começaram a refletir sobre o uso de agrotóxicos. Ano passado Júlio experimentou cultivar brócolis organica-

mente. Não deu certo. Com aspecto fora dos padrões e sem valor no mercado, acabaram perdendo tudo. Ainda assim, eles limitam o uso de agrotóxicos ao máximo e fazem o próprio adubo para a produção de mudas. Além disso, a água da chuva é armazenada e utilizada para a irrigação. “Faltou água, faltou tudo”, comenta o produtor. Preocupada com a preservação dos recursos naturais e entusiasta do segmento educacional e de pesquisas, Ana sonha desenvolver uma escola agrícola voltada para a produção sustentável: “quero ensinar a não tirar da natureza mais do que precisa”, explica. Enquanto isso, na educação de seu filho Miguel, se preocupa em oportunizar sua vivência na ruralidade, com liberdade para conhecer e se um dia quiser atuar com isso. Miguel, aos nove anos, quer ser biólogo quando crescer. O motivo é simples, ele não quer conhecer apenas uma área da natureza, quer estudar todas.

Números: produção da agricultura familiar

87% 70% 58% 46%

50%

59%

34%

mandioca

feijão

*Censo agropecuário IBGE / 2006

milho

arroz

leite

aves

suínos


ARTIGOs

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eSocial: como aproveitar ao máximo os 12 meses que faltam? Roberto Dias Duarte (*) Roberto Dias Duarte é sócio e presidente do Conselho de Administração da NTW Franchising, primeira rede de franquias contábeis do Brasil.

llFinalmente o comitê gestor do eSocial atendeu à demanda da sociedade e formalizou um prazo viável para que os empregadores se adaptem à essa nova realidade. Atos normativos da Receita Federal e da Caixa Econômica Federal agora estão em sintonia com as apresentações e comunicados públicos desses órgãos, permitindo a todos falar a mesma língua. Esse projeto do Governo Federal, iniciado em 2010, irá monitorar eletronicamente, em tempo real, a folha de pagamento e as obrigaçõestrabalhistas, previdenciárias e fiscais relativas à contratação e utilização de mão de obra onerosa, com ou sem vínculo empregatício. Dentre os resultados esperados destacam-se o aumento da arrecadação espontânea; a participação do trabalhador no auxílio à fiscalização das obrigações trabalhistas e previdenciárias; a redução de fraudes na

concessão de benefícios previdenciários e do seguro desemprego e a ampliação da produtividade dos órgãos fiscalizadores. Os impactos desse sistema serão tão grandes quanto os da instituição da Consolidação das Leis Trabalhistas, dos tempos de Getulio Vargas. Não que novas leis sejam criadas, mas com o “Big Brother” trabalhista, a tendência é que o cumprimento das já existentes seja mais efetivo. Ou seja, acordos “informais” realizados entre patrões e empregados devem ser reduzidos significativamente. Quanto aos prazos, ficou claro que a transmissão dos eventos do eSocial para as grandes e médias empresas - com faturamento anual superior a R$ 3,6 milhões - deverá ser feita seis meses contados do mês da disponibilização do ambiente de testes, que, por sua vez, será liberado no semestre seguinte ao da publicação do Manual de Orientação do eSocial versão 1.2 (MOS). Em outras palavras, empregadores ganharam, no mínimo, 12 meses para se preparar, o que permite se estabelecer um roteiro simplificado, a fim de tornar o menos traumática possível a fase de transição. Independentemente de prazos, o

Metas para todos! As metas são estabelecidas para estreitar a distância entre o real e o ideal.

Katsuya Hosotani

N

o início de maio tive a oportunidade de participar da cerimônia de abertura da Feira APAS 2014, onde falou o prof. Vicente Falconi, renomado consultor, em gestão empresarial. A frase acima foi citada, por ele, em seu livro O Verdadeiro Poder e resume a importância do estabelecimento de metas, numa empresa. Dentre os muitos pontos ressaltados, a definição de metas foi um dos aspectos que mais me chamou a atenção; não pelo fato em si, mas pela importância de estabelecê-las entre todos os colaboradores, da empresa. Para Falconi, é importante não definir metas muito elevadas (inexeqüíveis) de maneira a não frustrar a equipe. Numa empresa, TODOS os funcionários devem ter metas. Dessa forma, todos se sentem participantes e capazes de contribuir para a evolução, do negócio. Perceber-se parte fundamental da empresa é motivador e saudável, disse ele. Existem dois pontos fundamentais para o estabelecimento de metas e suas concretizações,

quais sejam: no primeiro caso, conhecer a realidade da empresa, através de seus indicadores, como, por exemplo: desempenho do negócio, qualidade dos produtos e motivação de seus colaboradores, e, no segundo, gerenciar as atividades, adequando a estratégia adotada, para alcançá-las, sempre que necessário. Para que uma empresa cresça é preciso criar um cenário onde o proprietário, os gestores e os demais colaboradores tenham claro o papel a desempenhar, a importância do comprometimento com suas responsabilidades e o conhecimento das metas. Estabelecido o cenário acima, cabe ao gestor constituir uma equipe competente e flexível, capaz de atender à demanda, com as ferramentas adequadas. Celia Alas Médica veterinária Consultora em segurança e higiene de alimentos Especialização: Gestão da Qualidade em Alimentos celia_alas@hotmail.com celular: 55 (11) 98747-6630

primeiro desafio de qualquer organização continua sendo o de sensibilizar seus líderes sobre a importância do tema e das mudanças necessárias para a adaptação ao paradigma do “Big Brother” trabalhista. Enviar e-mails, memorandos e comunicados até ajudam, mas não resolvem essa questão, pois nada substitui o “dedo de prosa”, o velho e bom “olho no olho”. Assim, se você quer mesmo mudar a cultura de sua empresa, crie grupos de estudo, promova encontros, palestras e debates com a participação de especialistas externos. O segundo passo é fazer um diagnóstico de conformidade. Sem ter plena ciência de como estão as coisas, não é possível saber o que deve ser mudado. Isto é, cada empresa deve se submeter aos “exames” trabalhistas, previdenciários, tributários e tecnológicos. Há ainda a análise da situação dos programas de medicina e segurança no trabalho. Com os resultados dos diagnósticos em mãos, o terceiro desafio é dar prioridade para cada “não conformidade” em função de riscos, impactos, custos e prazos. Há quatro possíveis estratégias básicas a ado-

tar frente a tais ocorrências : aceitar, eliminar, reduzir ou transferir o risco. Um exemplo bem fácil de entender é a decisão sobre férias fracionadas em períodos acima do legalmente permitido. Algumas empresas podem aceitar esse risco, tendo consciência de seus impactos. Outras, por sua vez, tendem a reduzi-lo a uma quantidade mínima de profissionais. Mas não se esqueça deque essa decisão deve ser tomada sempre pelo corpo diretivo de cada empresa. Por fim, definido o que precisa ser feito e também qual a estratégia de atuação a seguir, a próxima etapa será estabelecer um plano de ação contendo uma lista de atividades a serem executadas, bem como os seus respectivos responsáveis, prazos e custos. Há ainda algumas ações comuns à maioria das empresas, como “revogar” os acordos informais; definir responsáveis pelas informações dos eventos do eSocial; estabelecer processos de obtenção dos dados desses eventos; implantar uma tecnologia eficaz para integrar a comunicação entre empresas e escritório contábil; atualizar cadastro dos trabalhadores, rubricas da folha de pagamentos e programas de medici-

na e segurança do trabalho; formalizar planos de cargos e salários; atualizar e revisar contratos com prestadores de serviços; definir procedimentos de segurança da informação; estabelecer rotinas de contingência tecnológica. Um ponto crítico é comum à maior parte das pequenas empresas. Como elas têm o processamento das informações tributárias e trabalhistas operado por escritórios contábeis, terão que implantar processos mais eficientes de troca de informações entre elas e seus contadores. Evidentemente isso passa pela mudança de procedimentos e a informatização de toda essa comunicação. Mesmo para aqueles que têm a folha de pagamentos processada internamente, o fluxo de informações entre os departamentos deverá passar por uma revisão, e claro, por sua automatização. Sem isso, o risco de dados incompletos ou errados na hora da transmissão dos eventos trabalhistas será muito alto. Enfim, até dá para adaptar sua empresa às demandas do eSocial com o ano extra que se tem pela frente. Mas lembre-se, é fundamental começar hoje mesmo.

Imposto na nota já Adiamento no início de punições não deve desmobilizar o mercado ARTIGO

Mauro Negruni (*) llA inflação normalmente provoca diferentes níveis de percepção. Quem almoça fora, por exemplo, tende a se preocupar com o valor da refeição nos restaurantes, enquanto o preparo dos alimentos em casa desloca o foco da análise para os preços de supermercados e feiras. E os tributos, como saber seu impacto relativo no custo final de diferentes serviços e bens? Uma forma fácil de ao menos obter uma referência a respeito é usar a tabela do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) que retrata a carga tributária média para os produtos da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). Independentemente das justificativas que levaram o governo a protelar a fiscalização punitiva da lei federal 12.741/12, que entraria em vigor no último dia 8 de junho, é inaceitável a invocação de empecilhos tecnológicos como causa prin-

cipal, pois em apenas meio período é possível implantar a nova a funcionalidade em soluções como o Motor Tributário, há muito empregadas para o cálculo de tributos. Até mesmo nos sistemas Enterprise Resource Planning (ERP), que processam inúmeras operações, alternativas como esta têm demonstrado ser altamente viáveis, além de liberar importantes recursos humanos para atuar nas frentes vinculadas aos resultados. Para o consumidor, por sua vez, a mudança de atitude começa pela exigência imediata de um direito que sempre foi seu: conhecer os impostos embutidos nos produtos e serviços, até mesmo para cobrar do Poder Público o retorno condizente. E deve ir muito além, repercutindo nos seus hábitos diante de flagrantes incongruências praticadas nas gôndolas e prateleiras. Ficou mais fácil perceber, por exemplo, que a carga tributária do suco de laranja é de 30,75%, enquanto

na água mineral de 1,5 litros soma 36,68%. Poderá ele também questionar por que leva para casa um feijão preto tributado em 11,47%, ao passo que a lentilha, sua substituta imediata em boa parte dos lares, é taxada em praticamente o dobro (20,11%). O chamado ‘Imposto na Nota’, portanto, se assemelha ao voto: se bem utilizado, constitui ferramenta poderosa nas mãos do cidadão. Independentemente do prazo extra ora concedido pelo governo para o início de punições aos seus infratores, configura um direito extemporâneo dado ao consumidor e, como tal, imediatamente deve ser respeitado. Façamos então a nossa parte, exigindo-o em toda compra desde já! (*) Mauro Negruni é diretor de serviços da Decision IT e integrante do Grupo de Trabalho das empresas piloto do SPED.


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alcachofra

Na Europa, Itália e França se destacam no cultivo CQH traça panorama da produção mundial, comercialização na Ceagesp e apresenta o Comitê de Promoção e Desenvolvimento da Alcachofra da Califórnia

NÚMEROS

Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp Erick Cardoso - Estagiário estudante de Agronomia Idalina Lopes Rocha cqh@ceagesp.gov.br

1.629 mil ton

Produção Mundial

Maiores exportadores

Produção mundial concentrada em 3 países

92% das exportações

SOMENTE

24%

22%

12%

EGITO

ITÁLIA

ESPANHA

27%

2%

DA PRODUÇÃO É EXPORTADA

OUTROS PERU, ARGENTINA, CHINA, MARROCOS, ALGÉRIA, EUA, FRANÇA E TURQUIA

O Brasil não está entre os vinte países produtores

Estão centralizadas nestes quatro países

36%

22%

17%

17%

ESPANHA

FRANÇA

EGITO

ITÁLIA

O volume de exportações não ultrapassam 32,58 mil ton

39%

30%

6%

6%

4%

3%

FRANÇA

ITÁLIA

CANADÁ

HOLANDA

BÉLGICA

REINO UNIDO

Seis países importam 96% de todo volume exportado

6% 0,08% ESPANHA

ESPANHA

1,56% 2,67% ITÁLIA

ITÁLIA

27%

27%

FRANÇA

FRANÇA

IMPORTA DO QUE CONSUME

ALGUNS PAÍSES SÃO GRANDES PRODUTORES, EXPORTADORES E IMPORTADORES

EXPORTA DA SUA PRODUÇÃO

Maiores importadores

1,11% 0,10% MARROCOS MARROCOS


ALCACHOFRA

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Comercialização na Ceagesp DADOS

A variação de oferta ao longo dos anos é grande e para 2014 a perspectiva é interessante LILIAN UYEMA

Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp Cláudio Inforzato Fanale Idalina Lopes Rocha

Os dados do SIEM- Serviço de Informação e Estatística da Ceagesp, obtidos a partir das notas fiscais, mostram:

cqh@ceagesp.gov.br

Os dados do SIEM e da Cotação de Preços da Ceagesp permitem retratar o comportamento médio por mês do preço e do volume, em relação ao preço e volume médios de cada ano entre 2002 a 2013.

A oferta em 2013 foi concentrada nos meses de setembro, outubro e novembro, época de floração natural (63%). A produção nos outros meses do ano exige indução do florescimento. Fevereiro foi o mês de menor oferta (0,5%) e nos outros meses a proporção do volume varia entre 2 a 6%.

O SIEM registrou até 2006 a quan�dade de alcachofra em número de cabeças e a par�r de 2007 em quilos. A variação de oferta ao longo dos anos é grande. Evoluiu de 455 mil em 2002 para 540 mil cabeças em 2006 – um crescimento de 19% e de 93 toneladas em 2007 para 90 em 2013 – uma diminuição de 4%. Houve grandes variações de oferta – em 2006 a oferta foi de 540 mil cabeças e em 2012 de 110 toneladas. A perspec�va para o ano de 2014 é interessante, apesar do abandono de algumas áreas por falta de água para irrigar.

Preço

200

20

150

10

100

0

DEZ

NOV

-40

OUT

-100

SET

-30

AGO

-50

JUL

-20

JUN

0

MAI

-10

ABR

50

MAR

Eles mostram uma grande variação no volume de oferta em relação à oferta média mensal, com pico máximo em outubro (+ 200%) e mínimo em março (-85%) e variação e preço em função da demanda – 16% acima do preço em março e 27% e 26% abaixo em setembro e outubro.

Volume

FEV

$

Variação % em relação ao preço e ao volume de cada mês de 2002 a 2013

JAN

A comercialização de alcachofra na Ceasa paulistana em 2013 foi feita por 17 atacadistas, sendo muito concentrada – o primeiro atacadista responde por 51% do volume, os três primeiros por 84% e os outros 14 atacadistas por 16% do volume

Evolução da oferta em toneladas de alcachofra de 2007 a 2013 115 110 105 100 95 90 85 80 2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013


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A hortaliça no ‘The Cambridge World History of Food’ Três hortaliças bem diferentes são chamadas de alcachofra: a francesa ou globosa, a de Jerusalém e a alcachofra chinesa Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp The Cambridge World History of Food - Tradução – Anita de Souza Dias Gutierrez

Alcachofra de Jerusalém

(Helianthus tuberosus)

(Cynara Scolymum)

llÉ a raiz tuberosa do girassol americano. A grande peculiaridade é que o seu material de reserva é inulina e não amido como a maioria das outras raízes tuberosas.

E

A alcachofra de Jerusalém selvagem já era utilizada pelos índios americanos como alimento, em tempos pré-históricos.

cqh@ceagesp.gov.br

Alcachofra globosa xistem muitas variedades diferentes de alcachofra globosa. Na Europa suas folhas são avermelhadas, nos Estados Unidos a variedade mais encontrada é a verde italiana. A região de origem mais provável da alcachofra globosa é o norte da África, onde ela ainda existe em estado selvagem. Ela se tornou silvestre na Sicília onde era coletada nos campos para consumo das folhas e dos botões florais. Os gregos e romanos começaram o seu cultivo e o consumo do seu botão floral e das suas folhas carnudas é registrado desde o tempo do Império Romano.

O seu primeiro registro foi em 1605, perto de Massachusetts. Logo depois ela apareceu na França. Ele se tornou uma parte importante da gastronomia italiana e foi importada pela Rainha da França Catarina de Médicis. As alcachofras só chegaram aos Estados Unidos no século XIX. Hoje espanhóis, franceses e italianos são os maiores apreciadores

de alcachofra no continente europeu e os grandesprodutores são a Califórnia, a Bélgica, a França e os países do Mediterrâneo. As suas folhas e coração são consumidas de muitas maneiras e podem ser compradas frescas, geladas, enlatadas e em conserva.

Alcachofra chinesa (Satchis sieboldii)

llÉ também chamada de alcachofra japonesa, sendo cultivada no Japão e na China.

É uma raiz tuberosa, crocante e com sabor semelhante à alcachofra de Jerusalém. Na Europa é também chamada de crosne, o mesmo nome da cidade na França, onde foi introduzida em 1822. Elas são consumidas depois de cozidas e utilizadas em outros pratos e sopas com outros vegetais.

zoom

Ela nunca foi muito consumida, mas recentemente tem se tornado mais popular nos Estados Unidos. O nome de alcachofra foi dado pelos holandeses que a importaram e consideraram os seus ao da alcachofra globosa.

NUTRIÇÃO As alcachofras são uma boa fonte de vitamina C, fibra e atuam como tônico digestivo

Comitê de Promoção e Desenvolvimento da Alcachofra da California Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp Anita de Souza Dias Gutierrez cqh@ceagesp.gov.br

ll O ‘California Artichoke Advisory Board’, organizado em 1960, é mais um exemplo do grande sucesso de um programa de trabalho, parceria público-privada, para a promoção e desenvolvimento institucional das frutas e hortaliças frescas, disponibilizado pelo governo federal americano e por alguns governos estaduais como o da Califórnia. A partir de 1999 o ‘Board’ ampliou o seu foco de trabalho para pesquisa e desenvolvimento, mantendo o seu trabalho de promoção, como pode ser visto na página eletrônica http://artichokes.org/ As leis americanas de promoção de produtos agrícolas estabelecem programas que funcionam como mecanismos de auto-ajuda para que produtores e processadores poderem provisionar fundos para promoção genérica e desenvolvimento de tecnologia dos seus produtos, sob a supervisão do governo.

O Comitê de Promoção e Desenvolvimento é uma entidade público-privada com poderes juridicamente estabelecidos, organização para viabilizar o objetivo e direção executiva por representantes da iniciativa privada Programas promocionais desse tipo existem há décadas nos Estados Unidos, na Europa e na Austrália e têm tido uma enorme influência nos destinos e no sucesso dos agronegócios dos países desenvolvidos. A rápida globalização da economia e a enorme importância, para o Brasil, da competitividade de sua produção com base agrícola, faz da criação de mecanismos ágeis de conquista e manutenção de mercados para os produtos agrícolas uma imperiosa necessidade para os produtores brasileiros. O Brasil precisa de uma “Lei de promoção de produtos agrícolas”, que garanta o estabelecimento e operação de um programa de promoção de um determinado produto agrícola e que inclui uma combinação de atividades de promoção, de

pesquisa e de informações de produção e consumo, com provisão de fundos originária de contribuições obrigatórias de produtores e/ou de processadores e com a finalidade de manter ou expandir mercados e usos para o produto agrícola em questão. O ‘California Artichoke Advisory Board’ foi organizado pelos produtores de alcachofra, para enfrentar desafios muito bem estabelecidos e muito semelhantes aos dos produtores brasileiros de alcachofra. • 1. A necessidade de promoção genérica de alcachofra • 2. A solução tecnológica para problemas graves de pragas e doenças • 3. Promover a união dos produtores e a cooperação para o sucesso da alcachofra – da produção ao consumo. Entre na página eletrônica http://artichokes. org/ e conheça alguns dos trabalhos desenvolvidos pelo ‘California Artichoke Advisory Board’.


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Normas de classificação Qualidade

A variedade produzida no Brasil é a roxa de São Roque e o período da safra é de outubro a dezembro

Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp Erick Cardoso -Estagiário estudante de Agronomia cqh@ceagesp.gov.br

ll O Centro de Qualidade em

Horticultura foi criado pela CEAGESP em 1997 para operacionalizar o ‘Programa Paulista de Melhoria de Padrões Comerciais e de Embalagens de Hortigranjeiros’, que se transformou num programa nacional, o Programa Brasileiro de Modernização da Horticultura. Um dos principais trabalhos do CQH continua sendo o desenvolvimento de normas de classificação e de padrões de qualidade para as frutas e hortaliças frescas. Agora é a vez da alcachofra. O primeiro passo é compreender os fatores que determinam a valorização e a desvalorização da alcachofra na comercialização – características de tamanho e de qualidade do lote e de cada unidade do produto. Ele permite também os principais desafios e problemas enfrentados na comercialização – oriundos da produção e da pós-colheita.

A alcachofra tem suas origens no Sul da Europa e Norte da Africa, tem nome cientifico de Cynara cardunculus, e pertence à família das asteraceae que é a mesma do Girassol. É uma planta perene de ciclo produtivo em torno de cinco anos, propagada por mudas via propagação vegetativa onde as mudas são feitas a partir das plantas adultas. Do centro da planta surge uma

haste floral alongada, onde são produzidas as alcachofras, que são inflorescências grandes, do tipo capítulo, reunindo numerosas flores púrpuras e cobertas de grossas brácteas membranáceas. A cor arroxeada é acentuada com a proteção do botão contra o sol. A variedade produzida no Brasil para consumo in natura é a Roxa-de-São-Roque e a maior parte

da produção nacional está localizada no Município de Piedade-SP e também no sul do País. O período normal de safra da alcachofra é de outubro a dezembro. A produção em outras épocas do ano exige a indução do florescimento com a injeção de uma pequena dose de ácido giberélico, um hormônio vegetal, no centro da haste floral da planta.

A técnica permite a oferta da alcachofra durante todo o ano. A escolha do ponto certo de colheita não é fácil. O botão deve ser grande e bem fechado. Botões pequenos, sem reserva e sem valor comercial são o resultado da colheita antes do tempo. Botões rachados, abertos, com início da abertura da flor e sem valor comercial podem ser o resultado da colheita mais tardia. Os estudos das normas de outros países, as entrevistas com atacadistas, os levantamentos no mercado e na produção mostraram que as características que depreciam a alcachofra e que podem ser consideradas como defeitos –são podridão (causada por bactérias), passado (colheita tardia), dano por frio (desprendimento da película fina de recobrimento das brácteas e perda da coloração roxa e da turgidez), brácteas danificadas (brácteas com cortes ou lesões por insetos), murcho (perda de turgidez), falta de coloração e deformado. As normas de classificação exigem a caracterização mensurável de tamanho e de qualidade e permitem a premiação do bom produtor e diminuem os atritos comerciais.

Principais grupos varietais de alcachofra na Ceagesp MORFOLOGIA Brácteas externas Brácteas internas Flor em formação Prato ou coração

Cabeça

Brácteas

Roxo

Ilustrações: Bertoldo Borges Filho

Ápice

VERDE

Base Pedúnculo ou haste

Grupos varietais

Formato das brácteas

Coloração das brácteas externas Coloração da flor

Roxo

Extremidade arredondadda e bifurcada

Roxa com base esverdeada

Roxo-azulada

Verde

Extremidade pontiaguda

Verde

Roxo-azulada


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Produtos da alcachofra

A alcachofra é utilizada na fabricação de remédios e de bebida xxxxxxxx

llA Cynara scolimus L. tem sido citada desde o século 4 a.C. como alimento e medicamento. Foi apreciada pelos antigos romanos como um vegetal suculento com efeitos benéficos para a digestão. Conhecida popularmente como alcachofra é uma Asteraceae, trazida para o Brasil pelos imigrantes europeus. Possui um papel importante na dieta mediterrânea, sendo utilizada na forma alimentar, medicinal e na indústria de bebidas. Parte da planta com interesses medicinais é a folha e seus principais componentes químicos são os derivados fenólicos incluindo os ácidos cafeoilquínicos, flavonóidas, sesquiterpenos em menor quantidade e vários ácidos alifáticos e especialmente os hidroxiácidos. As atividades farmacológicas da alcachofra são conhecidas desde a antiguidade e foram testadas por uma infinidade de estudos clínicos. O extrato de alcachofra é utilizado para tratar problemas de dispepsia, especialmente aquelas causadas por problemas funcionais relacionados com o sistema biliar descendente. Suas folhas possuem propriedades colerética, diurética, hipocoloesterolêmica bem como hepatoestimulante e hepatoregeneradora. Relata-se que a cinarina é a principal responsável pela atividade cologoga e colerética da droga. Esutods demonstraram a importância dos flavonóidas, não só na inibição da biossíntese e aumento da excreção do colesterol hepático como também na atividade anti-trombótica a anti-arterosclerótica da planta. A literatura não apresenta toxicidade aguda, subaguda ou crôncia pa-

ra o extrato de alcachofra. Pesquisas com o extrato não mostraram efeitos teratogênico, carcinogênicos ou tóxicos para seres humanos, além de não mostrarem reações dermatológicas ou oftálmicas na administração do extrato em animais. No Brasil medicamentes à base de alcachofra são enquadrados na Instrução Normativa no 5m de 11 dezembro de 2008/”Lista de medicamentos fitoterápicos de registro simplificado”. Destaca-se o marcador e a dose diária recomendada: 7,5 a 12,5 mg de derivados e ácido cafeiolquínico expressos em ácido clorogênico. O Martin Bauer Group já produz o Extrato Finzelberg por mais de 130 anos com extrato seco de folhas (www.yumpu.com/pt/document/ view/10334895/alcachofra-cynara-scolymus-l-martin-bauer-group). A busca na Internet por ‘medicamentos a base de alcachofra’ mostra o grande número de medicamentos existentes no Brasil. O Cynar é um bitter italiano produzido com 13 ervas e plantas. A mais predominante entre essas é a alcachofra (Cynara Scolymus), baseando-se nisso, surgiu o nome. O cynar é marrom escuro, tem um gosto misturado de amargo com doce (agridoce), tendo 16.5% de álcool. Lançado em 1995, o cynar é produzido e distribuído pelo Campary Group. Pode ser bebido puro (geralmente com gelo), ou como coquetel (misturado com soda e limão ou rodelas de laranja, ou com Coca-Cola, água tônica ou suco de limão). Europeus geralmente misturam o cynar com suco de laranja. O cynar é também descrito como digestivo (pt.wikipedia.org/wiki/Cynar).

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Especialista é líder no comércio de alcachofra na Cesgesp llCom o fim da Cooperativa Agrícola de Cotia, em 1994, agricultores de alcachofra da região de Piedade decidiram dar preferência para algumas empresas ao escoar suas produções. Atualmente, a atacadista Especialista é a maior distribuidora da hortaliça na Ceagesp. Cinco vezes por semana o box é abastecido com mil caixas da planta. “Há três anos, no pico da safra, chegamos a receber 10 mil caixas por dia”, lembra entusiasmado o vendedor André. Carlos, outro funcionário, já foi dono de empresa no entreposto e hoje colabora nas vendas da Especialista. “Sou expert na comercialização de legumes. Na época em que eu trabalhava na Cooperativa de Cotia, éramos obrigados a visitar a plantação e conhecer toda a cadeia. Foi uma ótima maneira de aprender”, avalia. Nas últimas semanas, a Especialista tem recebido alcachofra de nove produtores. Como o investimento é muito alto, os vendedores explicam que muitos agricultores pararam de produzir. “É um trabalho minucioso. Como o mercado bra-

sileiro prefere alcachofra com coloração arroxeada, é preciso proteger cada cabeça da luz solar direta”, explica André. Até o ano passado a alcachofra era o carro-chefe da atacadista, mas o volume diminui a cada ano. “A minha geração consumia muito mais. Eu acredito que hoje não comemos um terço do que comíamos. A alcachofra está muito ligada aos

imigrantes e com o passar dos anos fomos perdendo alguns costumes”, analisa Carlos. Para Chiquinho, que trabalha há 25 anos na Ceagesp, o principal diferencial da atacadista, além da especialização no comércio de alcachofra, é o conhecimento dos funcionários. “Conhecemos o que vendemos e sabemos como vender”, garante.

Nova Iguatemi apoia produtor rural efetuando pagamento a curto prazo ll Em pouco mais de uma déca-

da de existência, a atacadista Nova Iguatemi construiu uma sólida imagem na Ceagesp. Os sete boxes da empresa são cuidadosamente administrados pelo permissionário Rubens Susumo Hiraoka. Até hoje, invariavelmente, ele analisa todas as caixas que recebe no mercado e escreve o preço a giz. Depois de fixado o valor, nenhum vendedor pode alterá-lo “São mais de 37 anos na Ceagesp. Eu bato o olho e sei o quanto aquele produto vale”, diz o comerciante. Foram muitos anos de trabalho

até surgir a oportunidade de se tornar permissionário. “Fui funcionário por um bom tempo. Tenho experiência em todas as etapas da comercialização”, afirma Susumo, que começou vendendo vargem e ervilha e hoje ofere um grande mix de legumes. No ano passado a empresa ficou em quarto lugar no comércio atacadista de alcachofra no entreposto paulistano. “Já cheguei a trabalhar com 20 agricultores de alcachofra. Hoje em dia, recebo mercadoria de apenas um”, comenta Rubens, relatando que muitos desistiram de pro-

duzir por falta de mão-de-obra. Segundo Hiraoka, o segredo para se manter estável no mercado é trabalhar com pagamentos a curto prazo. Tanto para receber quanto para pagar, ele prefere uma transação rápida. Dessa maneira, o empresário acredita que incentiva o produtor rural e evita perdas. Outra tática de mercado utilizada na Nova Iguatemi é comprar pouca quantidade de diversos produtos. A alta rotatividade do estoque garante o frescor dos alimentos.

Azul oferta alcachofra desde a inauguração do mercado ll A Comercial Agrícola Azul foi criada em 1968. Muito tradicional no mercado, a empresa comercializa alcachofra desde que foi inaugurada. No passado, ocupou a posição de maior atacadista da hortaliça no mercado da Ceagesp. Em 2013, ficou com o terceiro lugar. Celso, permissionário, explica que chegou a conclusão de que é melhor para ele e para o produtor trabalhar com quantidades menores. “Evitamos o desperdício no merca-

do e na roça”, afirma, comentando que no começo a alcachofra recebida vinha principalmente de São Roque. Atualmente, Piedade é a maior cidade fornecedora. Trabalhando no entreposto desde 1993, Celso assumiu os negócios após a morte do pai. “Meu pai começou trabalhando na antiga Cooperativa Agrícola de Cotia até decidir abrir uma empresa com mais um sócio”, explica. A atacadista oferece vasta variedade de legumes.

Com tantos anos de funcionamento na Ceagep, Celso acredita que o maior trabalho a ser desenvolvido é manter a tradição da Agrícola Azul e se adaptar às tendências do mercado, como, por exemplo, em relação ao manuseio. “Os mercados da região Sul do país não aceitam mais caixas de madeira para transporte de hortifruti. As caixas plásticas, além de mais higiênicas reduzem perdas. Estamos nos adequando aos poucos”, finaliza Celso.


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NEGÓCIOS

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A sucessão na agricultura deve ser um processo e não um fato Profissionalismo e comunicação são fatores críticos para o sucesso do processo e garantia da sustentabilidade do negócio da família, ensina a especialista do Rabobank ARTIGO

llO processo de sucessão familiar em uma empresa agrícola não é simples. Muitos produtores rurais têm um grande desafio para encontrar o seu sucessor, pois em muitos casos os filhos não querem se envolver na gestão da fazenda. Em outros, um processo de sucessão deficiente pode culminar na divisão da família ou na impossibilidade de constituição de sociedade entre herdeiros. O tema é preocupante, já que o desafio da produção de alimentos no longo prazo é enorme, sendo necessário, portanto, contarmos com uma produção agrícola sustentável e eficiente. Em muitos países de grande potencial agrícola, podemos observar um aumento na idade média do produtor. Segundo o Global Census Reports, na maioria dos países considerados desenvolvidos no setor mais da metade dos produtores tem mais de 55 anos. Nos EUA, por exemplo, a taxa de produtores rurais com mais de 65 anos aumentou em 20% nos últimos cinco anos. No Brasil, temos um cenário um pouco mais otimista, com uma média de 30% de produtores com idade superior a 55 anos, indicando que a geração atual de agricultores ainda estará na “ativa” por muito tempo. A agricultura é uma atividade volátil de ciclo longo, que cunhou o ditado “o olho do dono é que engorda o boi” (engorda mesmo!). Portanto, é um setor que se beneficia por ser majoritariamente gerido por famílias que têm “apego” à atividade e mantêm a visão de longo prazo. Assim, a transferência de experiência entre gerações é fundamental: a sucessão na agricultura deve ser um processo e não um fato. A vivência

do fundador, que muitas vezes se estende por mais de 30 ciclos agrícolas, infelizmente não é transmitida no DNA. A única forma da geração seguinte se beneficiar e absorver essa experiência é possibilitando uma convivência estruturada das duas gerações na gestão e na tomada de decisões, mesmo com os desafios que podem surgir durante este processo. A depender da idade que a segunda geração se junta à gestão, pode levar décadas até que de fato o bastão seja passado. Portanto, é recomendável que o processo seja conduzido de forma consciente e ativa. Este período da “gestão conjun-

ta” deve preparar não só os herdeiros para serem os futuros líderes, mas também a empresa para ser liderada por outra geração e para ser tornar uma sociedade. Idealmente, os descendentes interessados em trabalhar no negócio da família deveriam buscar alguma experiência de trabalho fora do negócio da família antes de se juntarem à operação agrícola para, não só adquirirem referências que possam ajudar no aprimoramento da gestão, mas como também para experimentarem a relação de subordinação em um ambiente não familiar. Tal experiência favorece muito a separação de papéis de gestor,

acionista e membro da família, que será requerida no futuro. No entanto, observamos que na maioria das vezes esta experiência prévia não acontece. Portanto recomendamos que haja cautela dobrada no processo de gestão conjunta. Podemos identificar dois fatores críticos que influenciam a taxa de sucesso do processo: profissionalismo e comunicação. É preciso alinhar as expectativas de carreira do novo gestor, definir formalmente as suas responsabilidades e os critérios de remuneração. Já na empresa é preciso trazer as informações que muitas vezes ficam “na cabeça do fundador” para um formato aces-

sível para a nova geração. Ou seja, investir na implementação de sistemas e controles, organizar a informação de forma que haja transparência de custos e de resultados, através da contabilidade gerencial, e implementar algumas estruturas de governança, como reuniões de alinhamento e de planejamento e avaliação de resultados. Outro ponto relevante é que, definir a sucessão patrimonial, a estrutura jurídica societária, por si só não garante o futuro ou o sucesso da gestão conjunta. Acordos prévios sobre a interface da família com a empresa, sobre os papéis a serem desempenhados por cada membro durante o processo e um plano de transferência da gestão são as ações que realmente ampliam as taxas de sucesso e que devem preceder acordos jurídicos. Nossa recomendação para minimizar turbulências no processo de sucessão é que a geração atual e os futuros líderes do agronegócio estejam atentos para implementar as boas práticas de governança e gestão que mencionamos, que vêm sendo amplamente discutidas no setor, mas que o cenário agrícola tem resistido a adotar. Utilizar as boas práticas é essencial para que a passagem do bastão seja perfeita, para que não seja um fato, mas sim que venha a ocorrer depois de uma longa e harmoniosa corrida conjunta. Assim poderemos dizer que a sucessão foi um processo saudável, que contribuiu para a sustentabilidade da atividade e do negócio da família. * Fabiana Ferreira Alves, gerente executiva responsável pela Consultoria do Rural Bank, Rabobank Brasil.

Ferramenta de gestão facilita produção agrícola EMPREENDORISMO RURAL

Kit de apoio ao produtor também garante qualidade e regularidade do abastecimento de alimentos

llUma ferramenta de planejamen-

to específica para fruticultura e olericultura lançada na Agrishow do ano passado está mudando o perfil do empreendedor rural em São Paulo. Trata-se do Produza Fácil Agri-

cultura, elaborado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP) em parceria com a Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (Faesp) O kit de apoio ao planejamento da produção agrícola, composto por uma brochura explicativa, também apresenta dicas e orientações com papéis adesivos para que o produtor consiga fazer seu planejamento de forma simples e rápida. A ferramenta questiona o produtor sobre quais são os produtos que produz, quais são seus compradores e o auxilia a escalonar sua produção para atender, de forma eficaz, os contratos de compra firmados. O Produza Fácil Agricultu-

ra também ajuda a deixar claro e visível para todos os envolvidos na produção as etapas a serem cumpridas, desde o plantio até a colheita. Segundo especialistas do setor, o mercado exige do produtor rural compromisso do abastecimento em quantidade, qualidade e regularidade. Por isso, planejar a produção, dando ao comprador a segurança da entrega e o cumprimento do contrato de fornecimento, é relevante para a perenidade dos negócios. No segundo semestre do ano passado, a ferramenta Produza Fácil Agricultura passou a ser aplicada na região de Bauru com grupos fechados da área de olericultura e, até o momento, o programa está sen-

do bem avaliado pelos agricultores. Aproximadamente 50% do grupo usam a ferramenta continuamente, especialmente aqueles que têm anotações controladas e gestão mais desenvolvida. “Os produtores de folhosas como alface e rúcula são os que mais se beneficiam, já que estas são culturas de ciclo curto e a renovação dos canteiros deve constante”, diz o consultor Marcelo Rondon Bezerra, do escritório regional do Sebrae-SP em Bauru. Desde a implantação da ferramenta na área em que arrenda, o técnico em agropecuária Israel Deodato Braga, produtor de alface, rúcula, cheiro verde, chicória, almeirão e couve no município de Torrinha, não vê mais perdas em suas hortas.

“Com a produção mais estável, passei a plantar também brócolis ninja, repolho e couve-flor”, relata. E os negócios do pequeno empreendedor rural seguem em expansão. “Ainda não forneço para Ceasas, mas já vendo minha produção para as escolas, comerciantes e diretamente em duas feiras-livres da cidade”, comemora. Além do atendimento fechado a grupos de produtores, o Sebrae-SP também presta atendimentos pontuais com palestras e oficinas para grupos que demandam uma necessidade coletiva, com temas que incluem aposentadoria rural, associativismo e cooperativismo, planejamento de safra, custo de produção e negociação.


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ceasas Banco de alimentos realiza oficina para elaboração de cardápios saudáveis ALIMENTAÇÃO

Ceasa DF reuniu representantes de entidades sócio assistenciais

llA 1° Oficina de Elaboração de Cardápios Saudáveis do Banco de Alimentos da Ceasa-DF, realizada em junho, reuniu cerca de 30 cozinheiras e representantes de entidades sócio assistenciais, como creches, casas de recuperação e espaço para idosos. O objetivo da ação foi estimular a alimentação saudável e balanceada nas instituições. Segundo o gerente de Segurança Alimentar da Ceasa-DF, Natalino Neto, o Banco de Alimentos busca qualificar as pessoas diretamente envolvidas na definição e preparação das refeições para melhorar o aproveitamento dos produtos que

recebem e, com isso, evitar o desperdício. “Um item muito comum aqui é o alface, mas algumas cozinheiras só sabem fazer a salada convencional e acabam desperdiçando muito. Aqui, ensinamos a preparar com essa hortaliça sucos e outras receitas, tornando as refeições mais dinâmicas”, explicou o gerente. O evento, ministrado pela nutricionista da Emater-DF Lidiane Matos, ensinou aos participantes como preparar o cardápio diário, utilizando a alimentação para melhoras a qualidade de vida e cuidar da saúde dos seus beneficiários. “Tudo é questão de planejamen-

to, essas medidas são importantes para que nos ajude na formação alimentar”, afirmou Lidiane. Um bom planejamento pode trazer muitas vantagens para a instituição, evitando desperdício com refeições mais equilibradas e mantendo o hábito saudável. Entre os temas abordados está a importância de balancear as refeições com alimentos energéticos, construtores e reguladores. Foi apresentada, ainda, a função de cada tipo de alimento e regras para comer de tudo, sem exageros. “Geralmente, escolhemos a refeição pelo nosso gosto e com essa oficina percebi que

não estou errada em algumas delas. Também aprendemos muito mais sobre as combinações dos alimentos”, destacou a cozinheira Julia Luciana, do espaço para idosos Asmac. Maria Suely, membro da administração da Atividade Sócio Educacional do Contra Turno Escolar no Gama, ressaltou que a oficina é fundamental para entidades que, como a dela, não tem nutricionistas. “É ótimo! É um curso que nos ajuda no planejamento do cardápio da nossa instituição e acrescenta na alimentação das crianças”, declarou. A entidade de Suely atende crianças de 6 a 14 anos e algumas famílias.

Inaugurado varejão de FLV e Peixe na Ceasa Campinas Iniciativa garante alimento de qualidade VAREJO

llO prefeito de Campinas, Jonas Donizette, participou, no dia 14 de junho, da Inauguração do Varejão de FLV & P (Frutas, Legumes, Verduras e Peixes), que aconteceu no estacionamento do Complexo Miguel Vicente Cury. A iniciativa tem o objetivo de garantir mais saúde e acesso a frutas, verduras e legumes com qualidade e preço justo à população. Segundo o representante do executivo, a ação é importante, pois a população consome pouco alimentos saudáveis. “Quando colocamos

uma feira com preço de atacado, funcionando aos sábados, trazemos movimento para esta área que revitalizamos. A diferença é notável. Agora vamos acrescentar, aos sábados, essa comercialização de alimentos de qualidade, por um preço acessível á população”. O consumo médio atual de frutas, legumes e verduras no Brasil é menos da metade do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Enquanto isso, o sobrepeso e a obesidade atingem aproximadamente 50% da população do país, inclusive crianças e adolescentes. Este cenário, associado ao maior consumo de alimentos industrializados e ao sedentarismo, tem impacto na saúde e contribui para o aumento das Do-

enças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) como diabetes, hipertensão e problemas cardiovasculares. Para o presidente da Ceasa, Mário Dino Gadioli, a iniciativa faz parte das ações das Ceasas em prol de uma campanha nacional de incentivo ao consumo de hortifrutigranjeiros. “O consumo de frutas, verduras e legumes é fundamental para mudar esta realidade e garantir mais saúde e o bem-estar das pessoas. O compromisso da Ceasa é preço justo e acessível à população, além de incentivar uma alimentação saudável”. Maria Zoteli, aposentada, comprou verduras e achou a iniciativa excelente. “Achei ótimo, quero que o preço continue estável. Estou gostando, moro pertinho”, comentou.

Dez bancas de permissionários estarão abertas para atender à população com hortifrutigranjeiros e peixes de qualidade e preço justo. Os mesmos produtos comercializados no atacado da Ceasa-Campinas serão disponibilizados no espaço. “Esta é uma iniciativa que visa melhorar a alimentação da população ampliando o acesso e o consumo de frutas, legumes, verduras e peixe”, comentou o presidente da Ceasa Campinas, Mário Dino Gadioli. Segundo ele, o aumento na ingestão destes gêneros pela população tem sido uma prioridade das políticas públicas de saúde em muitos países, inclusive no Brasil. “A Ceasa tem essa prioridade e está fazendo sua parte”, disse.

TECNOLOGIA

Ceasa Paraná instala aplicativo para webconferência llA Centrais de Abastecimento do Paraná – Ceasa - está adotando o sistema de webconferência para interagir diretamente com o seu público. A nova ferramenta de trabalho, que conta com apoio da Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná – Celepar, passa a ser administrada pela Divisão de Informática – Divin, da Ceasa, e será um novo meio de gestão de interatividade entre suas cinco unidades no Estado, em Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu, e seu público – agricultores, atacadistas, comerciantes, varejistas, agrônomos, técnicos agrícolas, estudantes e consumidores em geral. “Este novo aplicativo webcast, possibilitará que você interaja conversando ao vivo com a empresa. É uma ótima ferramenta para propagar conteúdos e informações. É um sistema sem custos, de fácil manuseio mas com uma importância muito grande nos dias hoje, quando se fala em custos e agilidade na área de tecnologia da informação. O objetivo dessa ferramenta é dar mais agilidade na tomada de”, explica o Luiz Dâmaso Gusi, diretor presidente da Ceasa Paraná. Na avaliação de Abdel Naser Haj Ahmad, diretor técnico da Ceasa Paraná, “o sistema ajudará na decisões que envolva as gerencias da unidades e diretoria executiva da empresa”. “A webconferência será também usada como uma ferramenta de capacitação, de orientação e até mesmo que possa ser utilizada para um permissionários, ou produtores rurais que atuam nas Ceasas do estado, agendando ou programando uma conversa com algum diretor da empresa”, explica Abdel Naser.


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citrICULTURA Proibido citros com folha na comercialização Os técnicos da EMATER gaúcha estão orientando os produtores a colherem as mexericas (bergamotas) sem os galhos e folhas, por serem grandes transmissores de doenças, especialmente cancro cítrico FUNGO

Engenheiro-agrônomo Paulo Lipp da EMATER - RS

llEles estão enfrentando dificulda-

des com os produtores que enviam produto para a Ceagesp. Os produtores alegam que os seus compradores, os atacadistas da CEAGESP, exigem que eles mandem a fruta com a folha. Os produtores gaúchos que desobedecem a orientação da EMATER, correm o risco de serem penalizados pela Defesa Sanitária, e prejudicam os outros produtores e toda a citricultura. A pinta preta é uma doença causada pelo fungo Guignardia citricarpa (Phyllosticta citricarpa), que ataca folhas, ramos e, principalmente, fru-

tos de todas as variedades de laranjas doces, limões e tangerinas, à exceção da lima ácida ‘Tahiti’, na qual não são observados os sintomas. Produz lesões na casca dos frutos, depreciando-os comercialmente para o mercado de frutas frescas e a doença pode causar queda intensa de frutos. A pinta preta atinge vários estados brasileiros. Uma das principais formas de disseminação é através dos esporos do fungo contido nas folhas. Foi através desta maneira que a doença se espalhou por várias partes do Brasil. Por esta razão está proibido o transito interestadual de frutos de tangerinas, mexericas e outros cítricos com folhas e ramos.

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Gabinete do ministro Instrução normativa nº 1, de 5 de janeiro de 2009 ..... “Art. 4º Frutos cítricos provenientes de UF com registro oficial de Guignardia citricarpa, ainda que apresentem sintomas da MPC poderão transitar para outras UF, inclusive aquelas reconhecidas como livres de ocorrência da praga, desde que isentos de material vegetativo e originados de Unidades de Produção que adotem as práticas de Manejo Integrado preconizadas no § 2º, do art. 2º, do Anexo I, desta Instrução Nor-

mativa, devidamente registradas pelo Responsável Técnico no Livro de Acompanhamento da certificação fitossanitária. Parágrafo único. Para o trânsito, será exigido Certificado Fitossanitário de Origem (CFO) ou Certificado Fitossanitário de Origem Consolidado (CFOC) com a seguinte Declaração Adicional: “Os frutos foram produzidos sob Manejo Integrado de Guignardia citricarpa e submetidos a processo de seleção para a retirada de folhas e partes de ramos”. (NR) Altera a Instrução Normativa nº 3 de 08/01/2008 www.legisweb.com.br/ legislacao/?id=77854

Governo destina R$ 50 milhões para garantir preço da laranja Ações visam auxiliar produtores de laranja quando o valor do produto no mercado estiver abaixo do mínimo estabelecido para este ano MERCADO

Agência Brasil

llO governo federal disponi-

bilizou R$ 50 milhões para a realização de leilões públicos de equalização dos preços da laranja. O valor foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (3) por meio da Portaria Interministerial nº 641, que define os critérios para subvenção nos arremates de laranja in natura durante a safra 2014/15. “Com a publicação dessa portaria, o governo poderá atuar para

garantir o preço mínimo ao produtor de laranja, que atualmente é de R$ 11,45 a caixa com 40,8 kg”, explicou o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, que assina a Portaria juntamente com os titulares das pastas da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior. De acordo com o secretário de Política Agrícola do Mapa (SPA/ Mapa), Seneri Paludo, o Ministé-

rio da Agricultura tem acompanhado os preços de mercado da laranja e, no momento que vai iniciar a colheita, está apto a aplicar os programas de apoio à comercialização do produto. Os leilões serão realizados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que utilizará como mecanismos de apoio à comercialização o Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) e o Prêmio de Escoamento de Produto (Pep).

A diferença entre as duas modalidades está em quem participa como arrematante dos prêmios. No Pep, os participantes são os beneficiadores, agroindústrias e comerciantes e, no Pepro, produtores e cooperativas. Na data da realização do leilão, o participante deverá estar adimplente junto ao Cadastro Informativo de Créditos Não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) e possuir cadastro em situação regular no

Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (Sicaf). O prazo de comprovação de venda da laranja pelo produtor rural e pela cooperativa de produtores é de até 35 dias corridos da data da realização do arremates. O prazo limite para a comprovação da operação para fins de recebimento do prêmio será de até 120 dias corridos, contados após a data limite estabelecida para a venda da laranja em cada leilão.


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flores Seminário propõe estratégias para a floricultura paranaense *Antonio Hélio Junqueira **Marcia da Silva Peetz

llEstima-se que o Estado do Pa-

raná possua atualmente cerca de 160 produtores de flores e plantas ornamentais, quando não contabilizado entre eles os agentes produtivos do setor de gramas esportivas e ornamentais. Este conjunto de produtores cultiva uma área de 420 hectares, gerando um Valor Bruto da Produção (VBP) que atingiu, em 2012 – último dado disponível, segundo levantamentos do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), – R$ 30.752.000,00, sem considerar o setor de gramas. No total nacional, a área paranaense cultivada representa 3,5%, o número de produtores, 2,7% e o Valor Bruto da Produção (VBP) de 2,1 % (novamente, sem considerar o setor de gramados). Em termos de sistemas de produção, no Paraná, pouco mais de 356 hectares são cultivados a céu aberto (3,8% do total nacional); 62 hectares são cultivados sob a proteção de estufas (2,7% do total brasileiro) e 2 hectares sob telados (0,6% do total nacional no sistema). O Estado do Paraná possui cinco núcleos regionais de importância econômica para o segmento de flores e plantas ornamentais: Apucarana, Cascavel, Curitiba, Londrina e Maringá. Os municípios de Maringá, de Curitiba, de Cascavel e de Londrina lideram a produção paranaense, com porcentuais de

participação relativa de respectivamente: 25,06%, 20,94%, 13,12% e 10,41%. Em seguida vêm as cidades de: Guarapuava (5,08%), Apucarana (4,98%) e Paranaguá (4,71%). Cabe destacar que, em 2012, a produção de flores e plantas ornamentais contribuiu para a renda agrícola de 17 municípios do Estado do Paraná. Nos anos anteriores esse número foi apenas um pouco mais expressivo: 18 (em 2011) e 20 (em 2010). Em 2006, 22 municípios paranaenses mostravam ter na floricultura uma de suas principais bases de exploração econômica, contra apenas 13 cidades observadas em 1997. As principais espécies de flores e plantas ornamentais cultivadas no Estado do Paraná são: mudas de árvores para arborização

urbana (18,47%), crisântemos em vasos (14,22%), plantas ornamentais perenes para paisagismo e jardinagem (13,27%), outras plantas ornamentais, em geral (13,27%), orquídeas em vasos (8,30%) e rosas (6,51%). No segmento das flores de corte destacam-se: crisântemos em maços (2,90%), flores diversas (5,32%) e gérberas (1,52%), entre outras. Também a produção de forrações, ou caixarias, são destacadas no Estado, especialmente de beijo americano (Impatiens sp.), com 3,50% de participação no total do VBP paranaense. Considera-se que o Estado do Paraná reúna as melhores condições para se consolidar como importante polo produtor de flores e plantas ornamentais, cujos pro-

dutos além de atender ao abastecimento do mercado local poderão representar importante contribuição para a floricultura brasileira, suprindo importantes centros de consumo, especialmente em plantas ornamentais para paisagismo e jardinagem, setor no qual o Paraná possui Know how e vocação. Com o intuito de dar suporte à organização à floricultura paranaense foi realizado, sob a coordenação técnica da Hórtica Consultoria e Inteligência de Mercado, com promoção e patrocínio do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná (SEBRAE PR), especialmente do Escritório Regional de Curitiba, o Seminário de Planejamento Estratégico do Desenvolvimento da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais do

Estado do Paraná, o qual aconteceu durante todo o dia 08 de maio de 2014, no âmbito da HORTIFRUTI BRASIL SHOW 2014, no interior do pavilhão de exposições especialmente montado para a ocasião, na CEASA de Curitiba (PR). O HORTIFRUTI BRASIL SHOW é um evento anual promovido pela Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento (Abracen) em parceria com o Governo do Estado do Paraná, em apoio e aliança estratégica com a Ceasa Paraná, Sebrae /PR e Emater/PR. O referido Seminário teve como objetivo principal sensibilizar e mobilizar agentes de toda a Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais no Estado do Paraná, para participarem das discussões e elaboração de propostas visando à consolidação de documento final direcionador das estratégias e diretrizes para o desenvolvimento da floricultura paranaense e contou com a elaboração e apresentação de diagnósticos da situação atual e perspectivas da floricultura estadual no cenário brasileiro. Nos próximos meses, reuniões entre as instituições envolvidas darão continuidade aos trabalhos, dos quais, sempre traremos notícias atualizadas. *Engenheiro agrônomo, doutor em Ciências da Comunicação (ECA/USP), mestre em Comunicação e Práticas de Consumo (ESPM), pós-graduado em Desenvolvimento Rural e Abastecimento Alimentar Urbano (FAO/PNUD/CEPAL/ IPARDES), sócio administrador da Hórtica Consultoria e Treinamento. ** Economista, pós-graduada em Comercialização Agrícola e Abastecimento Alimentar Urbano, sócia-administradora da Hórtica Consultoria e Treinamento.


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cultura Visite o Entreposto do Livro e escolha o título do mês

llCuba Libre (Elmore Leonard)

Leonard se utiliza de um fundo histórico — a explosão do couraçado Maine, em Havana, levou os americanos a lutar contra a Espanha, ao lado dos rebeldes cubanos — para traçar a trajetória de um caubói extraviado, Ben Tyler, que, a pretexto de comercializar cavalos, na verdade faz contrabando de armas. De certa forma, a obra é uma volta às origens do autor, que começou a carreira como escritor de western.

llO Homem que matou Getúlio Vargas (Jô Soares) Romance escrito por Jô Soares conta a história de Dimitri Borja Korosec, assassino profissional que encontra com diversas figuras históricas entre 1897 e 1954. Dimitri sempre está sempre no meio de algum acontecimento interessante. O autor constrói um roteiro geográfico para seu assassino e, através dele, conta 40 anos de história.

llExodus (Leon Uris)

Neste romance épico, o escrito Leon Uris narra a saga do povo judeu rumo à conquista de um Estado próprio. Um sonho acalentado por milênios e que só se concretizou depois de muita luta e sofrimento. Na obra, o autor imortalizou a luta de um povo que nunca pediu desculpas por sua origem racial. Apenas exigiu o direito de viver com dignidade.

llSou Insensato (Cristovam Buarque) Neste livro Cristovam Buarque reúne uma série dos seus já célebres artigos publicados na imprensa ao longo dos anos e a seguir tece comentários, atuais, sobre seu conteúdo e as circunstâncias que lhes deram origem. Os assuntos? As ‘insensatas’ utopias de sempre - inclusão social, justiça, meio ambiente, desenvolvimento sustentável e, naturalmente, educação.

llOs Piores Textos de W. Olivetto (Washington Olivetto) Coletânea de artigos publicados pelo publicitário nos últimos 10 anos. O livro aborda temas como comportamento, viagens, marketing, futebol, religião, negócios (que ele entende muito bem), música, administração de empresas, sexo e também publicidade. Washington Olivetto mostra em seus “piores textos” que a sua melhor habilidade é a de contador de história.

eventos Pronatec Agro disponibiliza 10 mil vagas para jovens agricultores Cursos serão nas áreas de produção animal, bovinocultura de leite e de corte, fruticultura, horticultura, iLPF e agricultura orgânica Profissionalização

llO Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por meio do Pronatec Agro implementado pela Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC), está disponibilizando 10 mil vagas voltadas para agricultores e famíliares, especialmente, jovens da área rural, além de trabalhadores rurais, técnicos do setor agropecuário recém-formados, estudantes de escolas técnicas e de ensino médio. O convênio é uma parceria com o Ministério da Educação (MEC) que investiu R$ 25 milhões somente para este ano, por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec),

para trazer oportunidades de estudo para quem trabalha no campo. Segundo o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, essa será uma grande oportunidade para o produtor rural de todo o país. “O Pronatec amplia a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica para os brasileiros. Agora, por meio do Programa, o Ministério da Agricultura também vai contribuir para a educação profissional de agricultores, especialmente os jovens da área rural”, disse. As 10 mil vagas são para a Formação Inicial e Continuada (FIC) para diversos cursos. Para o secretário de Desenvol-

vimento Agropecuário e Cooperativismo, Caio Rocha, a implantação do Programa visa apoiar a geração de emprego e renda no setor agropecuário por meio da capacitação em temas ligados à gestão das propriedades rurais e à adoção de tecnologias sustentáveis nos sistemas de produção agropecuária. “Já temos diversos projetos de capacitação, inclusive para o médio produtor no âmbito da agricultura. O Pronatec Agro vem para agregar ainda mais conhecimento para o produtor rural”, afirmou. Informações: depros.gab@agricultura.gov.br ou no telefone (61) 3218-2433.


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Site Enflor Garden Fair acontece em Holambra

Rio Acima é pioneira em pedidos online

Comércio exclusivo de pimentas na Akira

K.K distribui hortifruti para restaurantes

Campo Tenente abastece mercado de Manaus

ll Com o objetivo de capacitar, profissionalizar e fomentar o mercado de flores e plantas, o 23º Encontro Nacional de Floristas (Enflor) e a 11ª Feira de Tecnologia em Jardinagem e Paisagismo (Garden Fair) acontecem entre os dias 20 e 22 de julho, a cidade de Holambra, interior de São Paulo. Além de cursos, palestras, oficinas exclusivas, a Enflor e Garden Fair apresentarão as últimas novidades e tendências do segmento, desde acessórios arte-floral, embalagens, flores e plantas a forrações.

llHá 30 anos, um grupo de pro-

llPara assegurar o padrão dos produtos que comercializa na Ceagesp, a empresa Akira Pimentas fornece sementes para produtores parceiros que estão espalhados por diversas regiões do país. O longo tempo de relacionamento garante a qualidade do serviço. Keyla Mendes, que assumiu os negócios do pai há cinco anos, explica que a atacadista existe há mais de duas décadas. “Antigamente vendíamos verduras em geral, mas acabamos nos especializando no comércio de pimenta”, afirma.

llHá mais de 30 anos no mercado da Ceagesp, a atacadista K.K. Comércio de Hortifruti oferece grande variedade de verduras, principalmente folhagens. Lúcia Kuzuhara, filha de permissionários, explica que o pai foi um dos pioneiros no cultivo de nabo em Embu-Guaçu. “Antigamente não tinham muitos produtores naquela região. Foi através do trabalho da minha família que as plantações de nabo expandiram por lá”, conta orgulhosa. Hoje, a K.K conta com o apoio de uma distribuidora para atender restaurantes.

llQuando iniciou sua atividades na

nhora Assunção da comunidade 1010, no Rio Pequeno. A Tia Eni, da Pastoral de Catequese da Paróquia São Mateus preparou o quentão e temperou o vinho quente. O Anísio e o Onofre e as respectivas esposas prepararam e serviram o cachorro-quente, que acabou rapidinho. As quituteiras de

plantão do Jardim Esmeralda Dona Maria Morena, Maria Giarola e Isabel. Antes de abrir a massa do pastel da saúde da Dona Elza, que com certeza vai estar jóia para o próximo evento. O Brasil não ganhou a Copa, mas o grande legado foi o fervor com que todos cantaram o nosso

Hino. A partir de agora a seleção vai mudar e toda a nação vai lutar para a vida melhorar. No mês de agosto, no Barretão, a nossa torcida vai para a Comitiva Bully Bull’s e para a querida Comitiva Capiau, que promete que o feijão não vai queimar. Na disputa São Paulo, a Ceasa vai ganhar!

dutores de agrião da região de Mogi das Cruzes, sentindo-se injustiçados com os valores praticados pelos revendedores, criou uma empresa dentro da maior Central de Abastecimento da América Latina, visando comercializar o próprio produto: a Rio Acima. Nos dias de hoje, já não produzem mais. “Chegou um momento em que tivemos que optar por um lado”, conta Maurício Fraga, filho de um desses produtores e atualmente responsável pela atacadista.

Ceagesp na década de 70, Sueo Kihoshita produzia hortaliças na região do Vale do Paraíba, interior do estado de São Paulo. Hoje em dia, Sueo não produz mais: “Plantar é igual criação, tem que tratar. Com outros negócios e a dificuldade com relação a mão-de-obra eu parei”, explica. Mesmo assim, a boa relação com o campo se mantém e os produtores que atuam em conjunto com a Campo Tenente Comércio de Verduras contabilizam muitos anos de tradição.

Programas exigidos por lei: Programa de Controle de Saúde Médico Ocupacional - PCMSO Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP Exames médicos: Admissão, Periódico, Retorno ao trabalho, Demisssionais. Dra. Ana Maria Alencar (Diretora Médica) Entre em contato com nossos representantes Fábio (11) 3832.4049 / 3835.9576 / 7871.2644 End. Edsed II sala 37(em cima da padaria Nativa)

CÁ ENTRE NÓS

Festa e Copa do Mundo na Nossa Turma Manelão

llNo dia 27 de junho, folga da Copa do Mundo de Futebol, realizamos uma grande festa junina com a presença maciça da comunidade do entorno da Ceagesp. O som foi conduzido pela magia das mãos da DJ internacional Ana John. Ela interrompeu seu descanso preparatório para tocar nas baladas de Sampa e com maestria fez a pick-up vibrar ao som do Arraial. O Mister e a Miss Caipirinha deixou pais e mães orgulhosos com o feito do seus filhos. E todas as classes dançaram o ritmo caipira. No final, me vestiram de noivo e a Maribel de noiva, mas o casamento não aconteceu porque o Padre se perdeu. Aí convidamos toda a galera para participar da marcação da dança da quadrilha caipira. O cortejo percorreu todo o pavilhão e o bailão foi pra lá de bom! Recebemos a visita da líder indigenista Ita Venâncio. Ela estava acompanhada de uma comitiva de mulheres de Angola e Guiné-Bis-

sau que vieram convidá-la para um seminário de antropologia no continente africano. O cantor Márcio Leme cantou músicas de seu próximo CD que logo estará sendo ofertado para a galeria de fãs que ele tem no mercado. A pedido da criançada ele cantou o sucesso do carnaval baiano “Lepo Lepo”. O povão gostou. Aí Ana John se despediu, pois ia alegrar uma casa noturna nos Jardins. Em seguida, cantor Luigi entrou em cena cantando country americano. Atendendoa pedidos passeou pelo repertório de Raul Seixas, Renato Russo, Cazuza e, no final, o grande sucesso de Rio Negro e Solimões: “O Cowboy Vai Te Pegar”. Agradecimentos à Coordenadoria de Sustentabilidade da Ceagesp, que pleiteou a liberação do espaço do PBCF junto à nossa gerência; à todas as empresas irmãs que contribuíram com grana e com gêneros alimentícios; às voluntárias da Nossa Turma que se uniram às professoras da creche Nossa Se-


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