[2016] Boletim Informativo - Edição 1

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COBRECOS CARIRI 2016

AOS QUE VIRÃO, O SERTÃO VAI VIRAR MAR!

O COBRECOS 2016 aconteceu de 14 a 21 de Fevereiro na região do Cariri (CE). Este ano o congresso teve como tema: “Aos que virão, o sertão vai virar mar”. Foi um encontro onde o debate prevaleceu, facilitando relevantes avanços nas políticas e ações da Executiva para 2016. Adiantamos vários eixos e pontos dos nossos cadernos, conseguimos organizar nossa militância e pensar esses processos com cuidado e compromisso. O caderno de ações está um pouco maior, e bem completo. As principais mudanças no Estatuto referem-se à gratuidade de pessoas trans nos encontros, a partir deste ano, com o objetivo de facilitar e incentivar o acesso desse grupo ao movimento estudantil de comunicação; e a redefinição de quórum para validação das eleições das coordenações da Enecos: agora basta a participação de 40% das escolas aptas, garantindo 10% do total de

estudantes da escola. Além da formulação dos cadernos e reavaliação do Estatuto, algo muito importante aconteceu neste COBRECOS: a posse das

coordenações regionais e da coordenação nacional <3 que, neste ano, puderam novamente ser ELEITAS!


Investimos numa comunicação mais direta, através da criação de alguns grupos no Whatsapp, para facilitar e aproximar o diálogo. E a partir de agora a ENECOS terá um boletim bimensal, que será construído junto às regionais. Pensamos também que essa pode ser inclusive uma atividade que aproxime as regionais e as escolas, facilitando também o diálogo com os cursos que tem ou não CA/DA ativo, pensando também na perspectiva de fortalecimento do MEcom nas universidades. Em relação às finanças os trabalhos serão intensos! Já que visamos a regularização do CNPJ, coletivos regionais, CA’s e DA’s já podem começar a pensar nas políticas de finanças nas universidades. Mobilizando, assim, os estudantes para os encontros, ao passo que contribui com o caixa nacional, para viabilizar a regulamentação dos nossos documentos enquanto Executiva. Além das campanhas de autofinanciamento

e de sustentabilidade, que acontecerão nos encontros. Para o GET de QFC (Qualidade de Formação de Comunicadoras/es) ficou prevista a criação de materiais audiovisuais que revelem as condições de precarização e de assistência estudantil insatisfatória nas Universidades. E durante o primeiro semestre criaremos uma proposta de diretrizes curriculares da ENECOS para o curso de comunicação social. Nas escolas ocuparemos conselhos e comissões dos

colegiados e departamentos de curso, com a finalidade de garantir representação estudantil na reformulação dos currículos. Conseguimos avançar no debate a cerca das universidades privadas, e pensamos em construir uma campanha nacional de combate e denúncia do aumento abusivo das mensalidades, que tem têm sido recorrentes nos últimos anos. Em DEMOCOM (Democratização da Comunicação) tivemos a criação do setorial de acessibilidade, que até o ENECOM Fortaleza estará funcionando. Os CAs/DAs e coletivos regionais estarão ao longo do ano responsáveis por mapear os conselhos Municipais de comunicação nas cidades que já foram contempladas pelo Canal da Cidadania, pra manter diálogo e interferir na pauta. Também está prevista a produção de uma série de vídeos com o tema “Desvendando DEMOCOM”, usados para embasar o surgimento de grupos de estudos regionais sobre democratização dos meios de comunicação e ampliar nosso conhecimento. Voltaremos a compor a campanha Fora Coronéis da Mídia durante o ano de 2016, entendendo que esta foi uma campanha de vasto alcance e importante para o tensionamento e expansão da pauta. É importante também, construir a Semana de DEMOCOM nacional e regionalmente, em diálogo com outras entidades e organizações. Assim como, a aproximação da campanha “ Banda larga é um direito seu”. O eixo de combate às opressões também está recheado de atividades para o ano inteiro. O setorial de negras e negros terá atividades voltadas para o combate do genocídio da juventude preta e periférica, também no aprofundamento das questões étnico raciais nos coletivos,



CA’s/DA’s e nas universidades, produzindo cartilhas de temas tratados pelo setorial. Tal e qual composição e cobertura colaborativa de manifestações contra intolerância religiosa, genocídio da juventude negra e de mulheres negras. Igualmente a construção de debates, cineclubes, palestras e intervenções que pautem a negritude, não apenas

ca?” que será tocada ao longo do ano, junto à campanha sobre a dificuldade de acesso das/dos LGBTs a saúde. O eixo antiprobiconista formulará reportagens sobre essa relação de resistência. E a luta antimanicomial também será pautada através de rodas de conversas com a ajuda dos coletivos e representações estudantis. Composição de espaços e coletivos antiproibicionistas também são importantes para aprofundar o debate da executiva a cerca do tema. O eixo de comunicação e cultura foi muito fortalecido, foram tiradas ações muito importantes para a mobilização e reativação do setorial. Principalmente com a visão de contribuir na comunicação de grupos regionais e populares que são frequentemente invisibilizados. Criaremos também a campanha “Do lado de cá”, que refletirá sobre a pluralidade cultural no país, a fim de valorizar as diferenças. Teremos também a criação de uma mini campanha produzida pelos CA’s/DA’s sobre opressões regionais para abrirem debate sobre isso nos cursos e universidades, assim

na semana da consciência negra. Também a construção de uma agenda 2017, valorizando a temática negra através do resgate da memória do povo negro O setorial de mulheres, logo após o COBRECOS, inaugurou a página do Coletivo de Mulheres da Enecos com a campanha do 8 de março (e foi lindo!), mas as missões não param por aí: também são algumas das atividades para serem construídas ao longo do ano a atualização do manual das flores, apresentação e participação das mulheres da ENECOS em outros espaços, não apenas na universidade, e a criação de cartilha nacional sobre aborto, como tática de guerrilha. Temos, ainda, que consolidar junto com os demais setoriais a criação do Tumblr sobre Combate às Opressões. Enquanto isso, o eixo de diversidade sexual produzirá a cartilha do setorial até julho. A construção de ações que relembrem a memória de LGBTs também estará presente e se iniciará com a campanha “Cadê Verôni-

como nos espaços da ENECOS. E os encontros, terão que apresentar mais características regionais em suas programações, místicas, espaços e núcleos de vivência. Além de debates sobre a influência da cultura na educação e na formação dos comunicadores, questionando sempre as diretrizes nacionais do MEC que desconsideram essas diferenças regionais. Apostamos, com tudo isso, na participação qualificada de estudantes nos nossos diversos espaços de atuação, nas notas, conteúdos online, produção das campanhas, reestruturação e fortalecimento dos setoriais. Assim como a reaproximação e filiação das entidades de base à Executiva. Os cadernos estão com recorte de classe muito sólido, e isso irá embasar como os setoriais vão caminhar na construção das tarefas. Acreditamos que 2016 será, sobretudo, um ano de amadurecimento político para a ENECOS, e de muita luta!


Coletivo de mulheres

Mulher, mãe, estudante. Assistência estudantil para quem?

O 8 de Março é muito simbólico para a luta das mulheres em nossa história de resistência. Neste ano o Coletivo de Mulheres da ENECOS fez um campanha muito importante sobre as mulheres mães estudantes, e suas demandas de políticas de assistência estudantil. A campanha foi construída ao lado das

que são mães e estudantes em diversas partes do Brasil e enfrentam uma série de dificuldades para conseguir completar seus estudos, alcançar suas metas e viver a maternidade. Faltam creches universitárias, bolsas creche, licença maternidade adequada, estrutura, acesso à moradia e em-

parceiras da Enesso, Executiva Nacional patia. Alguns trechos dos relatos pinde Estudantes de Serviço Social, e con- tam um quadro do cenário difícil que estou com uma série de relatos de mulheres sas mulheres enfrentam diariamente:


“Uma das coisas mais importantes que você perde quando se torna mãe é o tempo. A estudante que não é mãe tem a possibilidade de ir pra moradia, que a mãe não tem. Com o padrão de produtividade que existe hoje na academia, a estudante mãe também não tem chance de participar de pesquisa e extensão, porque não se encaixam na nossa dinâmica. Viver o tripé da universidade pública não é possível pra uma estudante mãe. Não plenamente. (...) Eu não conseguia ser uma estudante normal, ler meus textos, fazer uma boa prova, ou acompanhar as atividades acadêmicas que eram extras. Eu sempre fui militante, mas essa parte da minha vida acabou durante um bom tempo. Só voltei quando a Luane já estava mais crescida. Pra mim, militar contribui pra minha formação em Serviço Social, que é uma formação crítica, marxista. O movimento estudantil não é feito para quem é mãe, como também não é feito para quem é trabalhador. Ele tem horários e uma dinâmica que não abarcam essas pessoas.” (Marianne, UFF) “Tem preconceito com quem é mãe, com a gravidez em si, e não sei porque. É até hipocrisia do próprio sistema que cobra da mulher que tem que ser mãe ‘ah, você tem certa idade e não é mãe?’. Mas aí quando a gente é mãe, não tem meios pra te acolher. (...) Bom, eu diria para as mulheres mães e estudantes: conheçam o feminismo. Acho que o feminismo ajuda muito. Pode ser que esteja na moda e tal, mas eu acho que a maternidade e o feminismo são coisas que estão ligadas” (Danielly, Piauí)

EME da UNE Nos dias 25, 26 e 27 de março rolou o Encontro de Mulheres da UNE (EME). O Coletivo de Mulheres da Enecos se organizou para realizar uma roda de conversa sobre Mulher e Mídia durante o espaço de atividades auto-gestionadas programado para uma das regiões mais periféricas de Niterói, o Fonseca. O Encontro, de uma forma geral, foi um espaço de pouco diálogo e pouca construção coletiva, centrado nas falas das militantes da organização do evento. As militantes da Enecos interviram no espaço sobre Cyberativismo

Feminista, pautando a necessidade da democratização da comunicação para a concretização de uma mídia que seja produzida pelas mulheres e abarque suas pautas. Infelizmente, a programação do evento foi modificada de última hora e os espaços auto-gestionados foram retirados, impedindo-nos de fazer o debate completo sobre Mulher e Mídia com as mais de 3 mil mulheres que participavam do encontro. Mas não acabamos por aqui e a pauta das mulheres continuará presente em todos os espaços em que a Enecos estiver!


SETORIAL DE DIVERSIDADE

Trans e travestis terão isenção na inscrição dos próximos encontros! Isenção para pessoas trans e travestis nos próximos eventos da ENECOS é uma das primeiras ações do Coletivo de Diversidade Sexual da Executiva neste ano. A iniciativa serve, em especial, para tornar a ENECOS cada vez mais acolhedora para as pes-

rem cumpridas pelo coletivo e pelas regionais durante todo o ano de 2016. Na primeira reunião online após o evento, as/os militantes entraram em consenso sobre as duas primeiras tarefas a serem inicialmente cumpridas: a criação de um

soas trans e travestis, que ainda não compõem em peso a Executiva. Militantes das várias regionais da ENECOS se reuniram na Universidade Federal do Cariri (UFCA), em Juazeiro do Norte, durante a realização do Cobrecos Cariri, para conversar sobre a rearticulação do Coletivo de Gêneros e Diversidade Sexual da Executiva. Durante a plenária de Estatuto, a união entre os participantes do evento foi fundamental para a unânime aprovação de um parágrafo que determina a isenção de pagamento de pessoas trans e travestis em futuros eventos nacionais e regionais da Executiva – a começar pelo Enecom Fortaleza, em julho desse ano. As/os participantes do coletivo promoveram conjuntamente uma grande revisão no Caderno de Posicionamentos e tiraram ações a se-

caderno do setorial LGBT, para que toda a Executiva possa ter acesso a pautas importantes para o movimento, além de uma campanha que retrate a história de mulheres e homens trans, protagonizando suas lutas e as violências que sofrem. Foram tiradas duas comissões dentro do coletivo para que todas as ideias fossem organizadas e lançássemos propostas de um calendário para as ações. O Coletivo de Gêneros e Diversidade Sexual da ENECOS, por meio de suas e seus militantes, convida todos/as aqueles/as que reivindicam espaço enquanto LGBTTs, agêneros, não-binários e outras identidades de gênero a participar de nossas reuniões e atuar ativamente nos espaços do coletivo. Vamos, de pouco em pouco, colorir, enegrecer e tornar a Executiva cada vez mais feminista!


Coletivos regionais

Erecom Ilhéus movimenta a Regional Nordeste 1

Sob o mote “Descolonizando os meios: pra que(m) serve teu conhecimento?” estudantes das diferentes habilitações da Comunicação Social da Regional Nordeste 1 se reuniram em Ilhéus, Bahia, entre os dias 24 e 27 de março para o ERE-

Além desses, a percussão do Grupo Encantarte impulsionou o debate étnico-racial através das artes, e o Terreiro Matamba Tombenci possibilitou maior contato com a religião afro-brasileira do candomblé. Nos painéis aconteceram discussões

COM. Com painéis temáticos, oficinas, grupos de discussão, núcleos de vivência, a estudantada pode refletir e debater sobre qualidade de formação de comunicadores/as, problematizando como o atual cenário de crise econômica contribui para o aprofundamento do processo de sucateamento da educação. No CINECOM, a exibição dos produtos audiovisuais dos estudantes mostrou a produção midiática de conteúdo sob uma perspectiva de cunho político e comprometido com diversas questões sociais que gritam por mais debates como transexualidade, cultura popular, identidade racial, machismo, etc. Nos Núcleos de Vivência, estabelecemos maior contato com a educação do campo na Escola Agrícola Margarida Alves e com o debate sobre demarcação das terras indígenas na Aldeia Tupinambá de Olivença.

sobre educação pública superior e básica, coronelismo midiático, apropriação cultural, exploração da mulher preta e trabalhadora e diversidade sexual. O ERECOM Ilhéus 2016 teve a tarefa de dar maior gás a Regional Nordeste 1, e nesse processo de renovação, o encontro foi muito significativo para que Executiva caminhe de forma combativa na Bahia, em Sergipe e em Alagoas.


O Coletivo Enecos ES está crescendo! O Coletivo do ES apresentou a ENECOS para as calouras e calouros da UFES. Junto com o Centro Acadêmico, o Coletivo preparou a semana calórica e apresentou a Executiva para as/os estudantes que entraram no curso em março. Conseguimos falar sobre as bandeiras de luta da Enecos, a dinâmica da Executiva de um modo geral, sobre as regionais, eventos, os encontros que a UFES já recebeu e falamos sobre o próximo, o ENECOM Fortaleza. Fizemos algumas reuniões com as calouras e calouros que demonstraram interesse em compor o Coletivo. Muitos estudantes compareceram, passaram a acompanhar as ações e o movimento mais de perto e a compor o Coletivo do ES (estamos crescendo!). Como forma de entrosar e explicar com detalhes a Enecos para quem entrou agora criamos um grupo de estudos que começará em abril. O Grupo de Estudos Enecos tem como

proposta reunir pelo menos uma vez por mês pessoas para conversar sobre um tema especifico, o encontro é aberto e convidamos as particulares para participar, mas foi uma ideia voltada principalmente para formação política de quem compõe o Coletivo e também para ocupar os espaços da universidade. Vamos propor temas e textos para estudarmos e discutirmos como forma de conhecer e nos aproximar melhor das bandeiras de luta da Enecos, fortalecer nossa militância e nos preparar para construir os próximos encontros. Optamos por falar sobre Feminismo nessa primeira reunião, tendo como base de estudo o Manual das Flores, cartilha produzida pelo setorial de Mulheres da Enecos, e outros textos e artigos propostos. O primeiro grupo de estudos acontece no dia 03/04 onde será decidido também o tema do próximo encontro.


Coletivo Enecos Libertas nasceu e está atuante! Dentre todos os coletivos presentes neste boletim, o Coletivo Enecos Libertas é o mais novo. Como bom mineiro, o coletivo veio chegando “comendo quieto”, e cá está: atuante na regional Sudeste 3! Depois de várias dificuldades estruturais para conseguir participar dos encontros da Enecos, e dificuldades de mobilizar a base de nossa cidade e região, finalmente decidimos que não dava mais pra esperar, precisávamos agitar o movimento estudantil de comunicação na região, e então nasceu o Libertas <3 As últimas ações realizadas pelo Coletivo foram o Expressarau, e a cobertura de um evento muito importante para nós, nossa cidade, e os movimentos sociais da região, organizado pelo Coletivo Vozes da Rua. Queríamos fazer uma atividade lúdica, mas não queríamos que ela deixasse de ser política, e portanto pensamos: que tal fazer um sarau? E foi daí que saiu o Expressarau! E essa primeira edição (Sim! Deu tão certo que nós já estamos pensando

em outras edições) foi temática sobre a legalização das drogas. No microfone aberto diversas pessoas puderam se posicionar, trazer informações sobre o debate, e músicas e poesias que tratam do tema. Nos dias 18 e 19 de março o Coletivo Vozes da Rua, historicamente atuante na comunicação popular em Juiz de Fora e importante articulador e mobilizador da periferia da cidade, organizou o evento “A cultura Hip Hop e a diversidade feminina”. A programação contou com rodas de vivências e shows, tendo a participação de militantes locais, e também de outras regiões, como Preta Rara (Santos/SP) e Tâmara Franklin (Betim/MG). Desde seu nascimento o Coletivo Enecos Libertas pensa atividades ao lado desses grupos populares, e neste momento não seria diferente: em parceria com o Vozes da Rua fizemos uma cobertura audiovisual do evento que estará disponível no canal da Enecos no Youtube muito em breve. Se preparem pro tombamento!


PIAUÍ DE LUTO E NA LUTA! Realizamos duas reuniões pós Cobrecos, pra dar repasses e agendar as ações e leitura dos cadernos, planejar nossa intervenção na Recepção dos Calouros e, claro, a ida ao Enecom Fortaleza. Falamos com o CA, e eles vão fazer uma semana de integração com todos do curso. Como eles vão convocar pessoas que não são da gestão pra formar uma comissão de planejamento da semana, estaremos lá nos disponibilizando. Vamos sugerir oficinas e um espaço pra apresentar a Enecos. Provavelmente também vamos compor a mesa do dia do jornalista, para discutir DEMOCOM. Estamos de férias na UFPI, e as aulas retornam em Abril, mas a articulação com a faculdade particular Ceut não foi impedida por isso: fomos procurados para auxiliar a recriação de um CA na faculdade, e apresentar a Executiva, e estamos construindo o diálogo. Participamos, também, de discussões sobre as políticas de assistência estudantil da UFPI no DCE, levando o acúmulo que tivemos com a campanha do 8 de março do Coletivo de Mulheres da Enecos.

LUTO!

Também construímos a campanha Comradio de Mobilidade Urbana, que tem como objetivo entender, refletir e abrir o debate sobre o direito de ir e vir nas cidades, falando sobre acessibilidade e comunicação. E participamos de uma reunião para discutir as políticas de cultura de Teresina e pensar a participação popular na Secretaria de Cultura.

Nos últimos meses três estudantes de comunicação da UFPI nos deixaram. Questões sociais, ligadas à LGBTfobia e também à qualidade de formação de comunicadores nas universidades brasileiras, vem tirando vidas em nossas Universidades. Os casos de suicídio abalaram muito as pessoas do coletivo, mas ainda assim reunimos forças para construir uma carta sobre os casos, o luto, e a situação da universidade. A carta pode ser lida na íntegra na página do coletivo: https://www.facebook.com/enecospiaui


Vai ter ENECOM e muito mais! O Movimento Estudantil de Comunicação ganha fôlego em Fortaleza, e começa a florescer em outros lugares. Agora, é a vez da Faculdade 7 de Setembro mobilizar-se em torno da reabertura de seu Diretório Acadêmico. Fechado desde 2012, o DACO Fa7 retoma uma nova trajetória a partir de reuniões que iniciaram com o Itinerante - Ciclo de Debates em Comunicação - e, agora, culmina em Assembleia Estudantil realizada na sexta (01/04), às 11:20 na Praça do Quinto Andar da Fa7. Em paralelo, acontece o processo eleitoral do DATA UFC. ‘Cirandas - A luta é como um círculo’ é chapa

única ao pleito e conta comparticipação de 17 estudantes dos cursos de Jornalismo e Publicidade. A Semana de Recepção - SDR do curso de Comunicação da UFC é atividade garantida a cada semestre pelo DATA e conjunto de estudantes do 2º semestre. Com foco no Combate ás Opressões, os fóruns trataram sobre privilégios e Universidade, pautando os recortes de combate ao machismo, racismo, LGBTfobia, gordofobia e antiproibicionismo. A ENECOS teve espaço garantido nos ciclos de debates com foco em democratização da comunicação.


VAI TER ENECOM! Já não é mais nenhuma novidade que Fortaleza é a cidade-sede do (amor) ENECOM. Do COBRECOS para cá, assumimos um rigoroso calendário de tarefas e prazos para fazer o Encontro fluir da melhor e mais transparente forma possível. Em 2016, o tema será ‘Memória e Resistência’, a fim de que possamos olhar para nosso passado, entender o nosso presente e sulear nossos próximos passos. O Encontro acontece entre os dias 24 e 31 de Julho. E a chamada de mobilizadores/as já foi feita: se articule com seu CA, DA ou coletivo para enviar os nomes de quem vai fazer essa importante missão. Mais informações estão acessíveis em nossa página e blog: facebook.com/enecomfortaleza2016 e enecomfortaleza2016.blogspot.com.br


RELATO DO ATO NA PUC SÃO PAULO

A história é arquitetada pelas farsas, como afirmava Marx. E não preciso ir muito longe para observar os fatos. O nosso cenário de desestabilização política só é mais um reflexo disso. E a rua Ministro de Godoy mais uma vez foi palco de truculência da polícia sobre os estudantes. É válido ressaltar que também havia meia dúzia de caras pálidas que se diziam pró impeachment que estavam do lado da polícia. Após o ocorrido da segunda-feira (21/03), foi decidido pelas organizações estudantis e coletivos, dois atos contra a repressão da Polícia Militar no Campus. Um ocorreu no período da manhã, e aparentemente foi tranquilo e favorável e o outro, do período noturno, com a condição de jovem e trabalhadora, pude acompanhar melhor . A concentração ocorreu na Prainha (escadarias que ligam ao prédio novo e que dão acesso a Ministro de Godoy) às 18h. Antes de definir o trajeto, como toda assembléia estudantil, houve abertura do microfone para as falas. Estudantes, professores e funcionários expressaram seu descontentamento com a instituição e a FUNDASP, e é claro, expressaram o repúdio pelo ataque da PM na segunda

lacrimogênica na PUC. As falas que traziam mais impacto eram aquelas que ressaltavam que os ocorridos eram inexpressivos perto do extermínio da juventude negra e periférica que ocorre nas quebradas de São Paulo e do Brasil. Sem mais delongas, definiu-se então que seguiríamos até o Tuca, para chamar a atenção da reitoria, e de lá seguiríamos até a Av.Matarazzo (o propósito de seguir até a Matarazzo será dito mais tarde). Então caminhamos pelas ruas de perdizes seguindo com seus luxuosos condomínios neoclássicos que ecoavam dos mais altos andares as sinfonias (do demo) das panelas. E nós, sem medo de gastar a amídala, gritávamos: ‘mas que palhaçada, bate panela mas quem lava é a empregada’ ou ‘Olê olê olê olá Bate panela, mas não sabe cozinhar’. Contudo, nossos gritos não se limitavam por aí, gritamos contra o fascismo, a PM e o golpe. Ali ficou evidente do lado em que sambamos no processo de luta de classes. Então ocupamos uma das vias da Av. Matarazzo para pedir as/aos alunas/os da UNINOVE que se incorporassem ao ato conosco, contra o fascismo. Esse era o propósito de percorrer a Matarazzo. Uma parcela de estudantes de uma universidade extremamente elitista (embora tenha todo o contexto que tenha de enfrentamento e resistência) não conseguem provocar muito além da vizinhança. Nesse processo, é necessária a unidade entre aquelas/

es estudantes universitários que estão descontentes e dispostos a irem para a rua contestar de forma unitária. Nossas vozes se potencializam quando ficam unificadas. Ao fim, decidimos voltar pela Cardoso de Almeida e vimos somente uma viatura. Sim, foi um ato pacífico por inúmeras justificativas e o recorte de classes pode ser uma delas. Contudo, não podemos ignorar o processo histórico e político que estamos vivendo e o quanto até então, estamos contribuindo com a resistência contra o golpe arquitetado pela mídia e as grandes corporações internacionais. E ouso em dizer que nós, alunos/as, militantes e pessoas descontentes com essa manobra midiática, estamos sendo mapeados. Após a dispersão do ato na prainha, fui para a Ministro e observei um rapaz filmando alunos/as com uma câmera nada discreta. Eles conhecem os nossos rostos, nossas casas, sabem o que defendemos ou deixamos de defender. Não há tempo para se perder com medo, é tempo de dar cara à tapa enquanto ainda temos democracia. Como diria Caê: “Tudo é perigoso / Tudo é divino maravilhoso / Atenção para o refrão / É preciso estar atento e forte / Não temos tempo de temer a morte’’. Resistiremos, como os que resistiram em 64!

Relato da estudante de comunicação, habilitação publicidade, da PUC SP, Laís.


BONDE DO RIO NA RUA, NA L Em fevereiro, o Coletivo Enecos Bonde do Rio participou da recepção da calourada da UERJ e da UFRRJ, apresentando o movimento estudantil de Comunicação e as bandeiras de luta da Enecos. Falamos sobre as regionais, GETs, setoriais auto-organizados, eventos, e ainda sobrou tempo para divulgar o Enecom Fortaleza. Vale a pena, ainda, agradecer ao espaço concedido pelo CACO-Rural e CACOS-Uerj para essas apresentações. O primeiro piquenique do Bonde aconteceu na Quinta da Boa Vista, um parque localizado no bairro de São Cristóvão. Durante uma tarde de domingo conseguimos repassar tudo o que aconteceu no Cobrecos Cariri para a galera que não pode participar, e ainda organizar as atividades para esse semestre, com base no novo Estatuto, Caderno de Ações e Caderno de Posicionamentos.

PREPARATIVOS PARA O ENCONTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO NO RIO. A etapa estadual do II ENE ocorrerá nos dias 15 e 16 de abril, e começará com uma mesa de abertura sobre acesso à educação, a base nacional curricular comum e organizações sociais, seguida de um grande ato em defesa da educação pública. A programação do encontro inclui diversos grupos de discussão, que devem girar em torno dos eixos: 1) a gente não quer só comida, a gente quer acesso, permanência e vagas; 2) Ocupando as escolas: democratização do espaço público 3) Tem dinheiro para as olimpíadas, mas não para a educação: contra o desmonte do serviço público.


LUTA, NAS UNIVERSIDADES! PLENÁRIA ESTADUAL DA FALE-RIO (COMITÊ LOCAL DO FNDC) No próximo sábado, 02 de abril, vai acontecer uma plenária do comitê local do FNDC no Rio, onde discutiremos as três teses elaboradas pela coordenação executiva da entidade, apresentando propostas de destaque. Também nesse encontro, serão decididos os delegados do comitê para a plenária nacional do FNDC. O Coletivo Enecos Bonde do Rio se filiou à FALE-RIO após o Cobrecos Cariri, e pretende se candidatar à tarefa de representá-la na plenária, levando os posi- Os movimentos que defendem uma saúde e uma cionamentos políticos da Executiva para esse espaço. educação públicos sofreram uma grave derrota em março de 2016. O Conselho Universitário da UFF aprovou a assinatura do contrato com a Empresa Brasileira de EBSERH APROVADA NA UFF Serviços Hospitalares (EBSERH), que passará a COM TRUCULÊNCIA. administrar o Hospital Universitário Antônio Pedro. Os conselheiros estudantis do PT, que compõem a majoritária do Diretório Central dos Estudantes (DCE), votaram a favor da privatização do HUAP. Do lado de fora do prédio da Imprensa Oficial, onde ocorreu a reunião, estudantes, professores, técnicos e usuários foram impedidos de participar da sessão por policiais, que reprimiram duramente os manifestantes com pancadas e muito spray de pimenta. Um estudante teve que ser levado para o hospital. O movimento realizará um grande ato nesta quarta-feira (30), quando acontecerá o próximo CUV, na tentativa de barrar mais uma vez esse grande retrocesso.


O próxim o ENECO M acontece em Forta leza, em Julho , se liga!

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Contatos: boletiminformativoenecos@gmailcom cnenecos@gmail.com facebook.com/enecos


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